Manual - Operações de Combate a Incêndios

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  • Objetivos:

    1. Conhecer a utilizao de linhas de combate a incndio e jatos.

    2. Conhecer os procedimentos de combate em incndios classe A.

    3. Conhecer os procedimentos de combate em incndios classe B.

    4. Conhecer os procedimentos de combate em incndios classe C.

    5. Conhecer os procedimentos de combate em incndios classe D.

    6. Conhecer as diversas tticas de combate a incndios diversos.

    1 Ten. QOBM caro Gabriel Greinert

    2200 OOppeerraa eess ddee CCoommbbaattee aa IInnccnndd iioo

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    20. OPERAES DE COMBATE A INCNDIO

    Durante uma operao de combate a incndio em edificaes muito importante a coordenao e o treinamento entre as e quipes envolvidas.

    O treinamento ira propiciar um trabalho em conjunto durante o ataque s chamas, ventilao e salvamento. Todas as guarnie s devero estar treinadas e entrosadas entre si, no obstante, a guarnio de ver possuir pleno conhecimento operacional dos materiais colocados a sua disposio na viatura.

    Todos os membros da guarnio devero estar utiliza ndo obrigatoriamente os equipamentos de proteo indivi duais j citados no captulo 08, ressaltando a utilizao de roupas de aproximao confeccionadas em material anti-chamas, botas adequadas, capacetes especficos e que propiciem a reflexo da caloria, luvas adequadas ao combate a incndio (no simplesmente as luvas de couro sem forrao), balas -clava em material anti chamas, equipamento autnomo de respirao, lantern a a prova de exploso, bem como o devido equipamento de comunicao.

    Estes equipamentos garantiro a integridade fsica dos bombeiros envolvidos no combate a qualquer incndio e proporcionaro a possibilidade de aproximao ao incndio, e conseqente extino das chamas, em segurana.

    Falaremos primeiro das tcnicas de utilizao dos j atos e a maneira correta do posicionamento das linhas de ataque.

    Operador de linha, posicionado para iniciar o ataque ao incndio.

    Chefe e operador de linha em posio para combate s chamas. Nota-se que os dois bombeiros esto posicionados do mesm o lado da mangueira, trata-se de uma tcnica americana retirada dos manuais: Essentials of Firefighting e Industrial Fire Brigade: Principles and Practice. Tal tcnica utilizada por trazer as seguintes vantagens:

    Fig. 20-01 operador de linha. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    Rpida assuno do esguicho por parte do chefe de linha, no caso de qualquer problema com o operador de linha. Note que caso seja necessrio (aumento da presso) o chefe de linha poder apoiar com seu p, brao e ombros o operador de linha alm de melhor controlar a mangueira.

    Para a aplicao de jato compacto, o esguicho est pouco aberto e quanto mais fechado, mais compacto ser o jato.

    J para a aplicao de jato neblinado: bata realizar uma maior abertura do esguicho. Quanto mais aberto estiver o esguicho mais neblinado ser o jato.

    Quando necessitarmos de maior quantidade de gua e conseqente maior vazo no incndio, uma linha de 63 mm ser requerida ou mesmo uma linha de 38 mm com maior presso. A tcnica para o controle desta linha citada acima, todavia, em alguns casos necessitaremos de mais operadores na linha devido a presso gerada.

    Em alguns casos, o trabalho de extino requer tal linha, todavia, no possumos pessoal em numero suficiente, portanto, ser demonstrada a tcnica de operao de linha de 63 mm ou 38 mm com grande presso, por um nico bombeiro.

    Fig. 20-02 ajudante de linha e chefe de linha em po sio de ataque; notar o posicionamento dos ps de apoio. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-04 jato neblinado. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-03 jato compacto. Fonte: 1 Ten Icaro Gabriel Greinert.

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    Durante o combate as chamas o operador de linha poder optar, por uma das tcnicas abaixo descritas para direcionar o jato ao fogo:

    a) Ataque em O: trata-se de um simples movimento circular,

    geralmente o mais utilizado.

    Fig. 20-06 tcnica de combate em O. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel

    Fig. 20-05 tcnica para controle de mangueira de 63 mm ou 38 mm sob grande presso por um nico bombeiro. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    b) Ataque em T :

    c) Ataque em Z:

    Fig. 20-08 tcnica de combate em Z. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-07 tcnica de combate em T. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    20.1 Incndio em Edificaes Classe A Independentemente da necessidade de entrada forad a e da condio visual no interior da edificao, a linha de ataque ou guarnio destinada ao resgate de vtimas no interior da edificao em cha mas, dever obrigatoriamente ser composta por dois Bombeiros: Devido ao perigo de backdraft (captulo 06), antes de adentrar na edificao, ou a um cmodo qualquer, o chefe de lin ha dever verificar:

    1) Lufadas de fumaa saindo da edificao; 2) Ar fresco entrando na edificao atravs de fres tas, inclusive com

    assovios; 3) Verificar a temperatura da porta ou janela, com as mos; 4) Utilizar cmeras ou termmetros infravermelhos p ara verificar a

    temperatura da edificao ou cmodos.

    20.1.1. Procedimentos para adentrar a edificao:

    1) A linha devera aguardar a ordem para adentrar a edificao ou cmodo, externamente ao caixilho da porta;

    2) Se o caixilho da porta estiver em chamas, a linha de ataque dever extinguir tais chamas neste momento;

    3) Ao adentrar na edificao ou cmodo e o Bombeiro conseguir visualizar a rea em chamas, dever efetuar um ataque direto s chamas;

    i.

    Fig. 20-09 linha de ataque avanando. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-10 linha aguardando para adentrar a edificao. Fonte: 1 Ten Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-11 Ataque direto as chamas. Fonte: Caroline Eifler Arajo.

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    4) Muitas vezes o Bombeiro visualiza um princpio de incndio, por exemplo, num colcho ou num sof; este utenslio dever ser retirado da edificao para ento ser realizada a extino do f ogo;

    5) Quando o Bombeiro no visualizar o foco de incndio, ou ainda, este se encontrar em local confinado, o chefe de linha dever utilizar jato neblinado e realizar um ataque indireto;

    6) Este tipo de combate a incndios mais eficaz em ambientes confinados, porm necessita de uma ventilao adequ ada, pois provoca um desequilbrio nas camadas trmicas, inundando o ambiente com vapores superaquecidos.

    IMPORTANTE: jamais utilizar um ataque indireto em local confinado quando houver a suspeita de vtimas no local, pois o vapor dgua gerado pode levar qualquer pessoa sem aparelho autnomo de resp irao a bito. 20.1.2 Seleo do Tipo de Jato (ver Anexo 01)

    Quando houver a possibilidade de ventilao adequada, o combate ao incndio provocar pouca fumaa, pouco vapor se concentrar no interior da edificao, bem como a caloria ser dissipada para o exterior da edificao, facilitando o combate s chamas.

    Quando a ventilao for inadequada ou mesmo imposs vel de ser realizada, como por exemplo, incndios em pores e cmodos cegos, importante o bombeiro utilizar o ataque direto, ou seja, procurar combater o incndio com a utilizao de jato compacto na dire o da base do fogo, pois, no caso de ausncia completa de ventilao e utilizao de ataque indireto, o bombeiro fatalmente provocara muito vapor de gua e altas temperaturas que no se dissiparo, complicando o combate ao incndio, inclusive aumentando o risco de acidentes para os membros da guarnio.

    20.1.3 Canho monitor Os canhes monitores de solo so geralmente menos utilizados do que os outros tipos de esguicho, todavia, estes equipamentos so os nicos capazes de controlar grandes incndios devido caloria ou risco de exploso.

    Fig. 20-12 Ataque indireto as chamas. Fonte: Caroline Eifler Araujo.

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    impossvel manter uma guarnio combatendo o inc ndio com linhas normais. As principais utilizaes do canho monito r so:

    a) Ataque direto ao fogo; b) Apoio externo s guarnies que realizam um comb ate interno a

    edificao; c) Proteo do exposto. O posicionamento do canho dever ser analisado com cautela, porque

    aps seu estabelecimento fica muito difcil para a guarnio reposicion-lo, sendo impossvel em alguns casos, considerando a segurana da guarnio. Outra questo que dever ser observada antes do estabelecimento do canho monitor o suprimento de gua. Em geral para operar o canho monitor necessria uma quantidade de gua na ordem de 2.850 litros por minuto (lpm) ou 750 gales por minuto (gpm). Seu sistema de abastecimento de gua conta com admisses de 65 mm, na ordem de uma, duas ou at mais, dependo da utilizao especifica. Portanto uma viatura de combate a incndio com capacidade para 6.000 litros de gua ter uma autonomia de 03 (trs) minutos no combate a incndio utilizando o canho monitor, e uma viatura com capa cidade de 4.000 litros de gua ter menos de 02 (dois) minutos de autonomia, ento o responsvel pelo abastecimento dever estar atento para a vazo necessria ao reabastecimento da viatura utilizada.

    20.2 Incndio classe B Incndios classe B so aqueles que envolvem lquidos combustveis, lquidos inflamveis e gases inflamveis. Lquidos inflamveis so aqueles que possuem temperatura de fulgor menor que 38C. Exemplo: gasolina, acetona, lcool, etc. Lquidos combustveis so aqueles lquidos que pos suem temperatura de fulgor superior a 38 C. Exemplo: querosene, le o vegetal, etc. Podemos separar os lquidos inflamveis em dois grandes grupos:

    a) Hidrocarbonetos: derivados do petrleo e no mis cveis em gua; b) Solventes polares: so lquidos miscveis em gua, como por

    exemplo, o lcool combustvel e outros alcois.

    Fig. 20-13 canho monitor. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    muito importante para o bombeiro conhecer estes c onceitos para escolher o tipo de espuma adequado ao combate a incndio classe B. Assunto este tratado no capitulo especifico de gua e espuma. 20.2.1 Procedimentos em incndios classe B:

    Deve existir uma grande cautela em incndios classe B, pois os lquidos tendem a tomar o formato do recipiente em que se encontram (trazendo riscos elevados em caso de vazamento) e os gases tendem a tomar todo o ambiente podendo ocasionar intoxicao, feri mentos (em caso de exploso) e morte aos bombeiros envolvidos na ocorr ncia;

    Conter o vazamento atravs da instalao de barreir as de conteno ou construo de diques;

    Cuidado para no contaminar as roupas de proteo c om o lquido que no esta queimando, pois se houver ignio, tai s roupas podem incendiar causando ferimentos ao bombeiro;

    Estancar o vazamento com a utilizao de cunhas de madeira ou borracha, ou simplesmente fechando o registro;

    Aplicar espuma para evitar a formao de gases infl amveis no lquido que vazou;

    Controlar as fontes de ignio: interrupo do trn sito, desligamento da rede eltrica, etc.

    Fechar os bueiros e impedir o vazamento de lquidos ou gases pesados para a galeria de guas pluviais.

    Ateno para descolorao do recipiente e aumento d o som proveniente de um incndio em recipiente de gs sob presso, pois estes sinais indicam uma ruptura iminente e provvel ocorrncia de boiling liquid expanding vapor explosion - BLEVE , neste caso toda a rea dever ser abandonada num raio mnimo de 500 metros .

    A gua pode ser utilizada para extino de incndio classe B, desde que o bombeiro conhea as propriedades dos lquidos cla sse B, bem como os efeitos que a gua produz nestes. O mais importante reconhecer os hidrocarbonetos (que no se misturam com gua) e solvente polares (que se misturam com gua), desde que no utilizemos jatos compactos direcionados para o lquido em chamas, pois pode ocorrer extravasamento do lquido e maior liberao de gases inflamveis aumentando as chamas. O combate

    Fig. 20-14 fogo tipo maarico, caso tpico de BLEVE. Fonte: boletim tcnico PMSP.

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    neste caso dever ser realizado com jato neblinado com o objetivo de resfriar os gases inflamveis produzidos pelo lquido.

    . Utilizamos espuma para extinguir o incndio e para proteger o lquido que vazou, via de regra, ao atender qualquer ocorrncia onde houve vazamento de lquidos inflamveis ou combustveis, toda rea atingida pelo vazamento dever receber uma camada de espuma (na porcentagem adequada ao produto) para evitar a formao de gase s inflamveis e exploso.

    Outra forma de combater um incndio classe B, a retirada do material atravs do fundo do tanque em chamas, isto porque os lquidos somente queimam em superfcie, conforme figura:

    Fig. 20-18 retirada do liquido inflamvel. Fonte: Manual de fundamentos PMSP

    Fig. 20-17 esquema da aplicao de espuma em liquid o inflamvel. Fonte: Risco Ltda.

    Fig. 20-15 combate a incndio indireto classe B. Fonte: diagnostico de solues de segurana

    Fig. 20-16 aplicao de espuma. Fonte: 1 Ten Icaro Gabriel Greinert.

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    Devido s altas temperaturas produzidas por um inc ndio classe B, sempre que houver a necessidade de aproximao do l quido em chamas para realizar um resgate, fechar alguma vlvula ou mesmo abrir o canho monitor, a linha de aproximao dever ser protegida atravs de uma linha de proteo. Todo o tanque onde estiver armazenado um lquido em chamas, bem como os tanques vizinhos, devero ser resfriados a fim de evitar o aquecimento de todo o lquido, podendo ocasionar mais focos de incndio ou mesmo a ocorrncia de BLEVE.

    A guarnio dever tomar muito cuidado para adentrar na zona quente de uma ocorrncia com extravasamento de lquido inflamvel, combustvel ou mesmo gs inflamvel, com equipamentos adequados que no provoquem por si s uma exploso, como lanternas e rdios portteis intrnsecos. 20.2.2 Lquidos ou Gases Inflamveis - Combustveis Transportveis Todo produto inflamvel ou combustvel quando transportado por via terrestre (rodovia ou ferrovia) deve conter conjuntamente no veculo a ficha de segurana que conforme norma pertinente deve consta r as informaes de segurana do produto transportado. Uma premissa bsica deve ser cumprida pela guarnio ao atender qualquer emergncia envolvendo veculos com produtos inflamveis ou perigosos: sempre se aproximar do local do acidente com o vent o pelas costas , pois assim, estaro evitando o contato com os vap ores emanados do produto. Tal cuidado importante, pois em muitos casos os lquidos transportados so diversos aos constantes nos painis de segurana. Todo produto possui uma classificao da ONU (Orga nizao das Naes Unidas) que permite identificar o produto e optar pelo mtodo adequado de combate e isolamento de acordo com manuais fornecidos pelas empresas responsveis: Associao Brasileira da Indstria Qumica (ABIQUIM), Petrobrs, etc.

    Fig. 20-19 resfriamento de tanque com liquido em ch amas. Fonte: Caroline Eifler Araujo

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    Principais cuidados:

    Aumento dos riscos para a guarnio em funo do t rafego no local; Aumento dos riscos para usurios da rodovia e moradores do entorno

    do local em que ocorre um incndio num vaso que transporta lquido inflamvel sob presso;

    Dificuldade no abastecimento de gua; Dificuldade em determinar o produto em chamas; Dificuldade no controle de vazamentos; Danos causados aos vasos transportados, no momento do acidente; Instabilidade dos veculos; Risco aumentado quando o acidente ocorre prximo d e reas onde

    h concentrao de pblico: escolas, igrejas, hospitais, etc. Manter as superfcies externas dos vasos contendo os lquidos

    inflamveis ou combustveis constantemente resfriadas com gua, no caso de existir algum foco de incndio no produto, nas vlvulas, no lquido que vazou ou mesmo no caminho. muito comum apenas o caminh o ou mesmo o rodado deste se incendiarem. Nesta situao, alm d o servio de extino deste incndio, o vaso dever ser constantemente resfriado. Logo aps a constatao de existncia de ocorrncia envolvendo lquido inflamvel ou combustvel (mesmo no havendo chamas) a guarnio dever isolar toda a rea conforme determinado no manual especfico (em geral ABIQUIM), inclusive no permitindo a passagem de ne nhum veculo no local. O trfego s poder ser liberado para fluxo normal ou parcial aps constatao de no existir risco para os usurios da via onde ocorreu o acidente.

    Ao atender incndios envolvendo lquidos inflamveis ou combustveis a guarnio dever estabelecer obrigatoriamente duas linhas para controle e combate do fogo, ou utilizar uma linha para combate deixando a segunda como segurana da guarnio.

    recomendado a utilizao do canho monitor para o combate, permanecendo uma segunda linha de segurana.

    Fig. 20-20 painel de segurana. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    20.2.3 Gs Natural - GN Consiste numa mistura principal de metano com pequena quantidade de propano, butano e pentano. O gs natural mais leve que o ar e se dissipa facilmente no ambiente quando liberado. O gs natural no txico, porm considerado asfixiante. Primariamente no possui ch eiro, todavia, adicionado ao gs natural o gs mercaptan (que possui cheiro caracterstico) para que um vazamento possa ser detectado.

    O gs natural possui um limite inferior de explosividade na ordem de 05% e um limite superior de explosividade na ordem de 15%, e quando comprimido em cilindros (como por exemplo, o gs natural veicular) passvel de BLEVE.

    Em caso de emergncia a empresa responsvel pela rede de distribuio dever ser imediatamente notificada.

    20.2.4 Gs Liquefeito do Petrleo GLP O GLP composto prioritariamente por propano e uma pequena quantidade de butano, etano, etileno, propileno, isobutano e butileno. O GLP, assim como o gs natural, originariamente inodoro e por isso recebe uma

    Fig 20-21 Utilizao remota do canho monitor. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-22 utilizao de gs natural veicular. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel

    Fig. 20-23 ramal de distribuio de gs natural. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert. .

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    adio do gs mercaptan, que lhe concede o odor caracterstico com o objetivo de detectarmos vazamentos sem o auxilio de aparelhos. O GLP atxico porem asfixiante, e mais pesado que o ar. Portanto, concentra-se no solo quando vaza, diferentemente do gs natural, inclusive podendo atingir as galerias de guas pluviais.

    O limite inferior de explosividade do GLP de 1,5% e o limite superior de explosividade de 10%. Os botijes de GLP possuem uma vlvula de alvio construda em uma liga fusvel (bismuto) com temperatura de amolecimento 70 e 77 C, liberando o gs do recipiente, diminuindo sua presso interna.

    Os botijes de capacidade at 90 kg so considerado s transportveis e acima de 90 kg os recipientes so considerados esta cionrios. Os estacionrios so abastecidos no local, e apesar do botijo de 90 kg ser transportvel, tambm abastecido no local. Obs.: Os vasilhames de GLP so assim conceituados: at 90 kg so chamados de botijo e acima disso so chamados de recipiente . 20.2.5 Redes de Distribuio

    Redes enterradas de distribuio de GN e GLP esto sujeitas a acidentes ocorridos durante escavaes. Quando um s inistro desta natureza ocorrer, a companhia responsvel pelo abastecimento deve ser imediatamente comunicada, apesar de atualmente todas possurem sistemas de deteco de vazamentos, para interrupo imediata do fluxo. Nes te caso o risco de exploso muito grande, e a guarnio deve prioriz ar o seguinte:

    1) Isolar a rea e realizar a retirada das pessoas; 2) Interromper o fluxo de gs; 3) Estancar o vazamento (com o auxilio da empresa fornecedora); 4) Neutralizar todas as fontes de ignio: desligan do a energia eltrica

    de um bairro, regio ou mesmo da cidade inteira, ca so seja necessrio, bem como, interromper todo o trafego da regio.

    ATENO: a guarnio jamais deve fechar qualquer vlvula da tubulao principal sem a presena ou o devido conh ecimento da companhia responsvel pelo abastecimento, pois manobras executadas de maneira errnea podem agravar a situao.

    Fig. 20-24 vlvula de segurana. Fonte: 1 Ten Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-25 tipos de botijes de glp. Fonte: manuais tcnicos PMSP.

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    20.2.6 Incndio em centrais e revendas de gs

    Os bombeiros devero estabelecer uma linha de prote o para o fechamento da vlvula, antes de executar a extino das chamas. Jamais extinguir o incndio se no possuir plena certeza de como estancar o vazamento. Neste caso o bombeiro dever resfriar o recipiente e aguardar a chegada do tcnico para melhores orientaes. Incndios em revendas de GLP no so freqentes, t odavia o princpio o mesmo para o combate em central de GLP, observando o seguinte:

    Resfriar todos os botijes da revenda, para evitar a propagao do fogo e ruptura dos vasos;

    Retirar, se possvel, os botijes no atingidos pe las chamas. Todavia, estes devem ser adequadamente acondicionados de maneira segura dentro dos limites de segurana da rea de armazenamento da revenda;

    O fogo deve ser extinto, somente aps a guarnio possuir meios de conter o vazamento do(s) botijo (es);

    Muito cuidado quando houver exploso de botijes, pois a projeo dos mesmos pode ocasionar srios ferimentos, portanto a rea deve estar adequadamente isolada.

    20.3 Incndio Classe C

    O primeiro procedimento de uma guarnio, durante o atendimento a uma ocorrncia envolvendo equipamentos energizados desligar a eletricidade (chave-geral), ou solicitar este procedimento com panhia de eletricidade. Em geral, quando ocorre um incndio, a chave geral do edifcio ir desligar automaticamente, todavia, dever do chefe da guarnio confirmar esta situao antes de iniciar o combate s chamas.

    Ateno: jamais extinga as chamas de uma tubulao sem ter meios de estancar o vazamento. Isso acarretar em um vazamento incontrolvel e passvel de exploso. prefervel uma chama (queima) controlad a do que um vazamento incontrolvel.

    Fig. 20-26 central de GLP. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    .Fig. 20-27 Incndio em revenda de GLP, Curitiba 03/ago/07. Fonte: CBPR.

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    Algumas operaes de bombeiros necessitam de eletr icidade para o andamento das operaes, como por exemplo, os eleva dores de emergncia para a evacuao de edifcios altos, bombas de incndio, etc. Incndios em equipamentos eltricos devem ser extintos preferencialmente com a utilizao de agentes extin tores limpos, como o gs carbnico. A utilizao de qualquer tipo de p qum ico deve ser avaliada, pois os danos causados a outros aparelhos eltricos devem ser levados em considerao. Sistemas fixos de gases limpos tambm so utilizados, principalmente em centrais de telefonia celular e centrais de processamento de dados de grande monta. O agente extintor gua tambm pode ser utilizado para extino de incndios classe C, ao contrrio do censo geral, todavia, a seguinte tabela deve ser respeitada para evitar o choque eltrico:

    20.3.1 Incndios em Linhas de Transmisso, Transfor madores e Subestaes Eltricas

    Quando o bombeiro enfrentar qualquer situao de in cndio envolvendo linhas ou torres de transmisso, transformadores de rede e subestaes ou at mesmo usinas hidroeltricas, de suma importncia a presena de algum tcnico responsvel da companhia distribuidora de eletricidade, devendo a guarnio realizar o isolamento do local at a cheg ada do mesmo. Em hiptese alguma a guarnio dever tentar desligar transformadores ou geradores, bem

    Ateno : bombeiros no tm autonomia para desligar redes eltricas, sempre que houver suspeita de algum equipamento energizado a companhia de eletricidade dever ser imediatamente acionada para realizar o desligamento da rede, antes de iniciar qualquer procedimento de combate a incndios utilizando gua ou espuma. Muita ateno: alguns equipamentos permanecem energizados por vrias horas aps desligados.

    Fig. 20-28 tabela de distanciamentos de segurana p ara aplicao de gua em rede eltrica. Fonte: Manual de fundamentos PMSP.

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    como cortar cabos eltricos de qualquer tenso eltrica, sem a superviso ou autorizao de pessoal especializado. Muito cuidado ao atender incndios em transformadores, pois estes possuem produtos de natureza cancergena como os b ifenilos policlorados. Incndios em transformadores no solo ou em locais baixos devem ser extintos com extintores do tipo p qumico seco, ou mesmo, o gs carbnico.

    20.3.2 Instalaes comerciais de alta voltagem Muitas plantas industriais, edifcios comerciais ou residenciais possuem transformadores com potncia superior a 600 volts, por norma, estes equipamentos devem obrigatoriamente ser identificados. Aparelhos eltricos possuem o smbolo de: perigo, risco de choque eltrico.

    A utilizao de gua para extino em incndios desta natureza no recomendada, todavia podemos utiliz-la, dependendo da situao, e

    Ateno : at a confirmao de um tcnico da companhia responsvel pelo fornecimento de eletricidade, as linhas de transmisso e/ou fornecimento devem ser consideradas energizadas, cabendo guarnio o iso lamento do local, independentemente da natureza da ocorrncia e da presena de vitimas.

    Fig. 20-30 sinalizao de alta tenso e smbolo de risco de choque eltrico. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-29 incndio em subestao. Fonte: www.horadopovo.com.br

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    respeitando as distncias previstas na tabela menci onada Preferencialmente, o ataque s chamas deve ser feito com extintores de p qumico seco, ou gs carbnico. A utilizao de Equipamento de proteo respiratr ia obrigatria neste tipo de incndio, pois a fumaa gerada extremamente txica. Procure sempre agir com cautela para evitar toques acidentais em superfcies energizadas que podem ocasionar o choque eltrico. Quando necessitar inspecionar paredes, portas ou objetos procure fazer com as costas da m o, pois caso ocorra um choque eltrico esta no ficar grudada no aparelho energizado. Geradores eltricos devem ser considerados como equipamentos eltricos energizados. Muita ateno ao trabalhar c om grupos geradores, pois estes possuem baterias internas que acumulam energia, portanto, o fato de desligar o gerador no garante a inexistncia de energia eltrica acumulada.

    20.3.3 Riscos da eletricidade O choque eltrico um risco real para bombeiros mesmo durante o atendimento a incndios em residncias. Em geral, quando h um incndio numa residncia, a chave geral ir desligar (cair) e interromper o fluxo de energia naquela residncia, todavia, obrigao do chefe da primeira viatura a chegar ao local (mesmo que delegando esta tarefa a outro bombeiro), verificar se a chave geral realmente esta desligada, para garantir a segurana de sua equipe. As botas de combate a incndio possuem isolamento eltrico, e podem garantir algum grau de segurana ao bombeiro, todav ia este equipamento no deve ser considerado como totalmente isolante. Outra realidade em qualquer centro urbano so as l igaes eltricas clandestinas (gatos), as quais no possuem chave ge ral e, portanto, no desligam a rede automaticamente. Quando enfrentar situaes desta natureza a companhia eltrica dever ser acionada. Caso necessrio combater as chamas, utilizar a tabela de distanciamentos j citada. Muito cuidado com o choque eltrico, pois ele pode ocasionar: parada cardaca, fibrilao ventricular, parada respiratr ia, contraes musculares involuntrias, paralisia, queimaduras na pele, ou em rgos internos, queimadura nos olhos.

    Fig 20-31 aproximao. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-32 baterias de acumulo de energia. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    20.5.7 Check list de procedimentos envolvendo elet ricidade

    1) Isolar toda a rea sujeita a eletricidade; 2) Ateno para o arco voltaico, conforme fig. 20-3 3, o distanciamento

    do bombeiro para rede eltrica nunca deve ser inferior a um metro. 3) Considerar todas as linhas de transmisso e fia es eltricas

    energizadas ate a confirmao de tcnico ou da comp anhia responsvel; 4) Jamais corte fiao ou redes de alta tenso; 5) Utiliza sempre EPI adequado ao risco envolvido, sendo os mesmos

    homologados e testados; 6) Muito cuidado ao manejar escadas prximo da fia o eltrica, pois

    estas podem encostar acidentalmente na rede, ou ate mesmo fechar o arco voltaico;

    7) Jamais encoste num veculo que esteja submetido a qualquer fiao eltrica, pois o bombeiro poder fechar o circuito (aterrar) e aferir um choque eltrico;

    8) Procure no utilizar gua para extinguir incndios envolvendo eletricidade, caso extremamente necessrio utilize as distancias previstas na tabela citada.

    9) Cuidados com as cercas eltricas, bem como portes metlicos, pois podem estar energizadas;

    10) Cuidado com a transmisso de energia atravs de gua ou umidade quando houver fiao eltrica no solo.

    20.4 Incndio Classe D Incndios desta natureza apresentam dois problemas fundamentais ao combate a incndio: gerao de altas temperaturas e reaes adversas com o agente extintor gua, inclusive projetando pedaos do material em chamas.

    A utilizao de gua recomendada apenas quando houver a possibilidade de utilizao em grande escala, pois ao utilizar grande quantidade de gua, no possibilitar ao metal pirofrico atingir altas temperaturas, porm, quando conscientemente a guarnio optar por este m todo, deve estar

    Fig. 20-33 arco voltaico. Fonte: olhares fotografia on-line

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    devidamente protegida e ciente da ocorrncia de exploso. O principal mtodo de combate neste caso a proteo ao exposto e a queima total do material em chamas. A utilizao de apenas uma linha de ataque poder gerar uma decomposio acelerada e violenta do metal em chamas aumentando o processo de queima, inclusive com exploso. Tais temperaturas chegam casa dos 1.093C.

    Agentes especiais especficos podem ser utilizados de acordo com o material em chamas. A areia pode ser utilizada, todavia recomendada apenas em princpios de incndio devido dificuldade de obteno, transporte e maneabilidade.

    Existem tambm alguns extintores portteis halogenados que permitem o combate a este tipo de incndio, mas servem apenas para alguns casos de princpio de incndio. 20.5 Tticas de Combate a Incndio A primeira guarnio a chegar para atendimento a u m incndio deve ter como prioridade mxima; a segurana da guarnio e o resgate de possveis vtimas. Aps o salvamento de vtimas do interior d a edificao em chamas a guarnio deve se voltar para o controle da ocorrncia como um todo. Vidas humanas vm em primeiro lugar e, em segundo plano, a preservao do patrimnio. 20.5.1 Incndio em Edificaes Incndios em edificaes so os mais comuns no cot idiano do Corpo de Bombeiros. O resgate, a proteo ao exposto, venti lao, confinao e finalmente extino, com posterior rescaldo, tem qu e funcionar de maneira coordenada para o sucesso das operaes. 20.5.2 Primeira Viatura no Local do Incndio A primeira viatura a chegar numa ocorrncia de incndio dever realizar uma avaliao de 360 no local, para definir todos os riscos presentes, aps, independente da graduao dos membros, a guarnio dever iniciar os procedimentos de comando do incidente e deciso da ttica adequada ao combate s chamas, informando imediatamente a centr al de operaes da natureza exata da ocorrncia, tamanho do incndio e provvel comportamento do fogo na seqncia, inclusive solicitando o tipo de apoio necessrio e

    Fig. 20-34 combate a incndio em veiculo. Fonte: Corpo de Bombeiros de Paris, Frana.

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    adequado. Conforme citado, esta guarnio dever obter informaes da existncia de vtimas no interior da edificao, procedendo ao resgate da(s) mesma(s) e tambm iniciando a proteo ao exposto, caso necessrio e logisticamente possvel. Caso a guarnio visualize fumaa, ou mesmo chamas ao chegar ao local da ocorrncia, dever estacionar a viatura de maneira adequada e segura ao combate a incndio, preferencialmente estabelecendo a viatura prximo a uma fonte de abastecimento (hidrante), caso no haj a hidrante na proximidade do incndio, a guarnio dever solicitar apoio de gua imediatamente, independente do tamanho do incndio. O chefe da guarnio no dever ficar constrangido em solicitar apoio para qualquer tipo de ocorrncia de incndio. Aps estabelecer o local de estacionamento da viatu ra, a guarnio dever:

    1) Realizar a avaliao de 360, para reconheciment o do local e avaliao de riscos;

    2) Atuar entre o resgate de vtimas, o combate ao incndio e a proteo ao exposto;

    3) Proteger os bens ainda no atingidos pelas chama s, bem como proteger seus recursos como: mangueiras, viaturas, homens, etc.;

    4) Proteger cmodos ainda no atingidos pelas chama s; 5) Proteger outras edificaes, ou outros andares; 6) Iniciar a extino das chamas atravs da parte n o afetada do imvel; 7) Estabelecer o canho monitor se necessrio.

    20.5.3 Segunda Viatura no Local do Incndio - Apoio A tarefa inicial da segunda viatura no local da ocorrncia de incndio o fornecimento de gua para que em hiptese alguma ocorra a falta de gua para o servio de extino do incndio. Muitos casos, ap s a chegada de apoio e pessoal extra necessrio realocar as linhas estabelecidas no inicio das operaes, ou mesmo, a instalao de linhas adicion ais. Muita ateno: utilizar preferencialmente apenas uma viatura para ligao d as linhas de ataque, a segunda viatura no local dever estar disponvel para o abastecimento. Aps estabelecer o suprimento adequado de gua para a primeira viatura no local, a guarnio de apoio dever proceder de acordo com as seguintes prioridades:

    1) Proceder entrada forada, caso necessrio e ainda no realizado; 2) Conduzir as operaes de busca e salvamento de v timas ainda

    desaparecidas; 3) Proceder a salvatagem dos bens mveis da proprie dade; 4) Estabelecer escadas, se necessrio; 5) Proceder ventilao; 6) Preparar para a continuao da ocorrncia; 7) Preparar o material de iluminao; 8) Estabelecer o controle logstico dos suprimentos operacionais,

    como gua e comida, por exemplo; 9) Preparar a escada mecnica ou plataforma mecnic a para atacar

    externamente o incndio, caso possvel e necessrio; 10) Auxiliar a primeira guarnio, ou mesmo, efetua r o rescaldo;

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    11) Proceder inspeo final do incndio, e poster ior entrega s autoridades competente ou proprietrio. 20.5.4 Guarnio de Interveno Rpida GIR Apresentamos aqui um conceito novo, porm amplamente utilizado por bombeiros de todas as partes do mundo. Quando a ocorrncia for se estender por um longo perodo (superior a duas horas de trabalho de combate a incndios) a central de operaes do Corpo de Bombeiros ou mesmo o comandante do incidente dever preparar uma guarnio de interveno rpida GIR, para o a tendimento a possvel acidente ocorrido com membros da guarnio envolvid a no combate as chamas, ou mesmo para reparar falhas nos equipamentos diversos.

    Ressaltando que a GIR no uma guarnio de busca e salvamento de vtimas, pois este procedimento j deve ter sido realizado. Esta guarnio deve permanecer de prontido para o atendimento de bombe iros em perigo.

    A prpria NFPA 1500 - Standard on Fire Departament Occupational Safety and Health Program (Programas de Segurana e Sade Ocupacional para Corpos de Bombeiros) recomenda: providenciar pessoal para o resgate de membros envolvidos no atendimento ao incidente. Esta guarnio de interveno rpida poder ser composta por uma terceira ou quarta viatura no local, pela guarnio de uma ambulncia, ou mesmo a travs da convocao de pessoal administrativo. O nmero exato da guarnio de interveno rpida ser determinado pelo comandante do incidente, na hora da ocorrncia atravs dos meios disponveis, todavia o numero recomendado de no mnimo dois bombeiros. O numero dos membros desta guarnio depender do tamanho do incndio e das edificaes envolvidas. Independentemente do ef etivo desta guarnio, obrigatrio que todos estejam com o equipamento de proteo individual completo e pronto para o emprego imediato.

    Os membros da guarnio de interveno rpida poder o ser utilizados para o revezamento das equipes destinadas ao combate ao incndio, ressaltando a necessidade de permanecerem sempre equipados e prontos para a interveno, caso preciso. 20.5.5 Comandante do Incidente Inicialmente o comando do incidente ser realizado pelo chefe da primeira guarnio a chegar ao local, podendo este ser o Chefe do Socorro local, ou chefe da viatura de algum posto de bombeiros. Aps este estabelecer inicialmente o combate ao incndio de acordo com a ttica necessria, dever se preparar para passar o comando do incidente, de acordo com o fluxograma abaixo:

    obrigao do comandante do incidente coordenar to das as operaes na cena da ocorrncia, acompanhar a evoluo do incndio e solicitar os materiais necessrios, inclusive solicitando apoio externo de pessoal especializado ou material. O comandante do incidente dever providenciar a coordenao das diversas equipes de bombeiros no local, equipes civis e tambm da prpria imprensa.

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    20.5.6 Incndio em Edifcios Altos Os incndios em edifcios altos so totalmente diferentes dos incndios mais comuns ocorridos em edificaes trreas (at quatro pavimentos), sendo necessrio um nmero maior de viaturas, guarnio e materiais operacionais no local. So incndios onerosos e cansativos para a guarnio de servio, pois na maioria dos casos todo o material destinado ao combate a incndio dever ser transportado pela guarnio atravs das escadas, exceo aceita quando houver elevador de emergncia na edificao.

    Tem-se ainda que conceituar o que exatamente so ed ifcios altos, segundo a NFPA 101 Life Safety Code (Cdigo de Segurana) so edifcios altos aqueles com altura maior que 75 ps (aproximadamente 23 m), altura essa medida do mais baixo nvel de acesso para a viatura do Corpo de Bombeiros ao piso do mais alto pavimento ocupado. A NBR 9077 conceitua edifcios medianamente altos aqueles com 12 metros de altura.

    Todavia, podemos encontrar um conceito mais adequado ao cotidiano do Corpo de Bombeiros na definio dos autores: Silvio Bento da Silva, Rogrio Bernardes Duarte e Rosaria Ono, no artigo: Problemtica de incndios em edifcios altos, baseada na obra: Fire problems in high-rise buildings - IFSTA, onde temos:

    Edifcio Alto Edificao que, em altura, ultrapassa o alcance do maior equipamento (auto-escada mecnica e auto-plataforma mecnica) existente no Corpo de Bombeiros da localidade, utilizado nas operaes de salvamento das pessoas que se encontrem acima do pavimento incendiado. A partir da temos alguns determinantes cruciais que vo interferir diretamente nas aes de busca e salvamento bem com o as aes de combate ao incndio, como por exemplo, o tipo de ocupao do edifcio. Se, tivermos um incndio num edifcio comercial durante a noite, ou mesmo no final de semana, sabemos que no teremos problemas de eva cuao, fato este que muda totalmente quando se tratar de prdio residencial, ou ainda pior, se no local funcionar algum tipo de estabelecimento de reunio de publico como um shopping center, bares, restaurantes, cinemas, etc. Outro fator muito importante o fato do edifcio ter sofrido vistoria e estar em conformidade com as normas de segurana do Corpo de Bombeiros, pois neste caso a guarnio saber que poder contar com o sistema preventivo fixo do edifcio. Todavia, caso o prdio esteja irregular, com deficincias preventivas, o comandante do incidente no saber o que esperar dos

    Fig. 20 -18 Fluxograma da transio do comando.

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    sistemas do edifcio. Outro fator determinante para a evacuao do local so as escadas. Atualmente as normas so bastante exigentes nestes meios de abandono, exigindo escadas protegidas, escadas protegidas a prova de fumaa (aquelas com antecmaras e dutos de entrada e sada de ar); e ainda, contemplando as escadas pressurizadas. Todavia, em nosso estado, principalmente na capital e nas cidades mais antigas, existe inmeros edifcios altos que possuem apenas uma escada comum, sem qualquer tipo de proteo p ropagao da fumaa e do fogo, tornando os trabalhos de extino muito ar riscados e complexos. Tem-se ainda que considerar a utilizao dos elev adores, no recomendamos a utilizao dos elevadores normais da edificao, pois podem acarretar dois problemas srios:

    A falta de energia gerada pelo incndio poder deixar a guarnio ou mesmo algum equipamento presos no elevador;

    Mesmo que a inteno da guarnio seja parar no an dar abaixo daquele atingido pelas chamas, acidentalmente o elevador pode parar, e abrir a porta diretamente no andar em chamas. Caso haja elevador de emergncia no edifcio onde ocorre um incndio (atualmente o CBPR, exige a instalao de elevadore s de emergncia para edifcios com 20 ou mais pavimentos conforme NBR 9077/93) a guarnio poder utilizar este meio para atingir o andar abaixo daquele em chamas, inclusive para transportar o material necessrio.

    A guarnio poder solicitar ao sindico do edifcio uma inspeo rpida no apartamento do andar inferior, para visualizar o cmodo, apartamento ou mesmo andar em chamas, e assim coordenar melhor suas tticas de combate. Muita ateno, por vezes os bombeiros utilizam a t cnica de armar a linha de ataque a partir do hidrante do andar inferior, todavia, se este procedimento for tomado num edifcio onde haja escadas enclausuradas pressurizadas, protegidas ou mesmo a prova de fuma a, a estanqueidade da escada ser perdida, espalhando fumaa para todo o corpo da escada. Esta

    Fig. 20-35 combate a incndios em edifcios. Fonte: Caroline Eifler Araujo.

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    fumaa tende a subir, dificultando ou mesmo inviabi lizando um possvel trabalho de evacuao do prdio se ainda estiver se nto realizado. A guarnio dever armar uma linha com duas mangueiras no andar de baixo e deix-la como reserva para pronto emprego, e ento tentar adentrar ao andar onde se encontra a unidade em chamas, e armar a linha de ataque diretamente neste andar. Obviamente este procedimento no ser possvel se o andar inteiro estiver tomado pelas chamas, ou mesmo por muita fumaa, tendo a guarnio, ento, que utilizar o hidrante d o andar abaixo. O trabalho de evacuao total do edifcio tem que s er iniciado conjuntamente com o trabalho de combate as chamas. Uma rea de espera com o pessoal extra, com os equipamentos de respirao extra e a guarnio de interveno rpid a dever ser estabelecida dois andares abaixo daquele onde o trabalho de extino esta sendo desenvolvido, ressaltando que este pessoal deve estar sob comando de um oficial ou graduado, em condies para atuao imed iata, resgate de bombeiros e mesmo para a evacuao do edifcio caso requerido pelo comandante do incidente. A atuao rpida e eficiente das guarnies envolv idas neste tipo de incndio imprescindvel, pois a demora no controle s chamas pode ocasionar um dano estrutura do edifcio. Normas n acionais requerem que estruturas deste porte suportem quatro horas de fogo, portanto este o tempo que as guarnies tm para controlar o incndio numa condio estrutural segura. A guarnio dever considerar todas as hipteses p rovveis de propagao do incndio, inclusive deslocando aos andares superiores e fechando as janelas, pois este procedimento simples poder impedir ou retardar a propagao vertical do fogo, atravs das correntes de conveco para os andares superiores. Atualmente todos os edifcios esto sujeitos a vis toria e exigncias preventivas da seo de engenharia e preveno do C orpo de Bombeiros, mesmo os antigos, onde adaptaes so sugeridas par a a adequao da melhor maneira possvel s normas de segurana. Os edifcios possuem dois tipos de proteo contra incndios:

    a) Proteo Passiva : aquela proteo prevista no projeto estrutural do edifcio e so virtualmente a prova de falhas, como : compartimentao vertical e horizontal, isolamento de risco, resistncia estrutural ao fogo, materiais utilizados nos revestimentos e acabamentos, e principalmente o elemento construtivo que pode salvar o maior numero de vidas: as rotas de fuga e meios de abandono;

    b) Proteo Ativa : so os meios destinados ao combate ao incndio propriamente dito. So utilizados em princpio pelo s ocupantes do imvel, ou so sistemas automticos e, na seqncia, auxiliam o Corpo de Bombeiros no servio da extino do incndio, como por exemplo: extintores portteis de incndio, sistemas fixos de proteo contra incndios (hidrantes), sistemas de sprinklers, sistema fixo de gases como o gs carbnico, entre outros. Procedimentos iniciais para o atendimento de incndio em edifcios altos:

    1) Estacionamento adequado da viatura para a pressurizao do sistema fixo do edifcio, considerando a segurana da guarnio e da viatura;

    2) Verificao de pessoas nos elevadores, e posteri or desativao;

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    3) Localizao do andar exato do incndio pelo chefe da guarnio. Muitas vezes o incndio no visvel do exterior do edifcio, portanto, o chefe da guarnio dever subir acompanhado de outro bombeiro, ambos equipados com aparelho de respirao autnoma.

    4) Caso o incndio esteja visvel, os equipamentos necessrios ao combate devero ser conduzidos, atravs da escada ou do elevador de emergncia, at o andar abaixo daquele em que se encontra o incndio. As informaes tm que ser imediatamente repassadas a central de operaes para o encaminhamento de pessoal e material necessrios;

    5) O Condutor da viatura dever iniciar os procedimentos de pressurizao do sistema fixo, atravs do hidrante de recalque;

    6) A evacuao do edifcio ser realizada atravs da utilizao do interfone, podendo ser realizada pelo porteiro ou sindico do edifcio na eventualidade de restrio de pessoal;

    7) Localizar o foco do incndio e iniciar o ataque, com o objetivo de confinar as chamas num nico cmodo, para ento efe tuar a extino completa;

    8) Na eventualidade do edifcio estar tomado pela fumaa e a equipe no local no possuir a confirmao de que todos os ocupantes do edifcio esto em local seguro, a busca deve ser iniciada, conforme demonstrado no capitulo de busca e salvamento.

    A guarnio dever obrigatoriamente levar consigo os seguintes materiais:

    a) Dois lances de mangueiras : um para o andar em chamas e outra para a linha de segurana no andar abaixo. Este pro cedimento tem que ser realizado uma vez que as mangueiras prediais podem no estar em condies ou falharem..

    b) Um esguicho ajustvel ; pois em edificaes altas apenas esguichos cnicos, no ajustveis so exigidos;

    c) Duas chaves de mangueira ; d) Material para arrombamento : haligan ou machado arrombador; e) Cada membro da primeira guarnio a intervir deve

    obrigatoriamente estar equipado com uma lanterna ; f) Mascara reserva (carona) : para a retirada de vtima; g) Rdio de comunicao porttil;

    A presso adequada ao combate a

    incndio em edifico alto outra questo a ser observada pela guarnio, sobretudo pelo condutor. Ora, sabemos que a presso ideal para o combate a incndio de uma linha interna a edificao de 7 kgf/cm 2 (quilograma fora por centmetro quadrado). Mas ento como garantir tal presso no andar em chamas? O condutor pode realizar uma conta rpida e eficaz para calcular a presso necessria na bomba para gerar aquela requerida na ponta do esguicho.

    Fig. 20-36 pressurizao de rede hidrulica.

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    Sabemos que cada dez (10) metros de um tubo com gua na vertical so 10 (dez) metros de coluna de gua (mca) o que equivale a 1 kgf/cm2. Os edifcios possuem um p direito de aproximadamente trs (03) metros, ento, um prdio com trs pavimentos ocasionar uma perda de carga de 01 kgf/cm2 (arredondaremos sempre para mais objetivando incluir neste clculo a perda de carga normal das tubulaes). J um edifcio com dez (10) pavimentos, ou trinta (30) metros de altura, ocasionar uma perda de 03 kgf/cm2. Ento se queremos combater o incndio no interior do cmodo em chamas com 7 kgf/cm2, devemos adicionar perda de carga vertical a pre sso requerida, portanto, para combate um incndio no dcimo pavimento de um edifcio, teremos que aplicar 10 kgf/cm2 na bomba de incndio. 20.5.7 Incndio em Veculos Os incndios mais comuns neste caso so aqueles ocorridos em veculos leves, utilizados por particulares, ou em rodovias, principalmente com longos trechos em declive, nos rodados de caminho. Incndios desta natureza devero ser tratados como incndio classe A, inclusive a guarnio dever estar equipada com o EPI completo, incluindo aparelho autnomo de respirao. O ataque deve ser efetuado com uma linha direta de 38 mm, ou mesmo com a utilizao do mangotinho, se possvel. Logo d epois de estabelecida a linha e iniciado o combate direto ao veculo em chamas uma linha reserva dever ser considerada. Quando o incndio no tomar o veculo inteiro, restringindo-se ao motor ou rodado, a guarnio dev er utilizar extintores portteis de p qumico seco. 20.5.7.1 Procedimentos Bsicos Primeiro devero ser extintos os focos de incndios no solo sob o veculo, para ento proceder ao ataque s chamas do veculo. A linha de ataque dever procurar proteger o exposto ao veculo em chamas, como outros veculos, bombas de combustvel, etc. O veculo pode ser composto de algum componente de metal pirofrico, tratando-se portand o de incndio classe D, o que necessita de grande quantidade de gua para a extino. Tambm pode ser um veculo movido a gs natural veicular, que possui um cilindro sob presso e necessita de resfriamento imediato para e vitar o BLEVE. Para tanto, a guarnio dever sempre agir com cautela quando da primeira aplicao de gua no veculo em chamas, pois no caso de existir magnsio poder ocorrer uma pequena exploso e forte liberao de calor. No caso de incndio envolvendo nibus ou vans a guarnio dever abrir a porta principal, ou ento quebrar as janela s e efetuar um combate longitudinal ao veculo, ou seja, iniciar numa extremidade (frente ou parte traseira do veculo) e ir avanando na direo opos ta, preferencialmente buscando proteger a parte ainda no atingida pelas chamas, conforme a ilustrao, lembrando sempre de estar com o vento n as costas, para evitar problemas com a fumaa e ferimentos ocasionados pel o calor.

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    Existem trs mtodos quando o veculo encontra-se tomado pelas chamas, conforme demonstrado pela ilustrao acima, so eles:

    a) Se houver suspeita de material perigoso no interior do veculo, ou mesmo de metal pirofrico em sua estrutura, o opera dor de linha dever utilizar um jato compacto na parte externa do veculo, a uma distncia segura;

    b) Caso a aproximao do veculo seja considerada s egura, o operador de linha poder direcionar um jato compacto, mais prximo ao veculo, direcionado para o solo sendo o jato redirecionado ao veculo. Geralmente esta fase realizada antes da terceira, como forma de verificao para uma aproximao mais segura;

    c) O ultimo e mais eficaz mtodo produzir uma abertura no veculo: portas ou janelas e direcionar o jato diretamente ao interior do veculo. Imediatamente aps o controle das chamas a guarni o dever estabelecer alguns procedimentos de segurana:

    1) Verificar a integridade do tanque de combustvel, pois comum o combustvel se manter intacto durante um incndio em veculo;

    2) Verificar a existncia de vazamentos, procedendo ao controle e preveno deste;

    3) Verificar a existncia de focos secundrios, principalmente no porta- malas e estofamentos;

    4) Desconectar a bateria. 20.5.8 Incndio em Lixo e Caminhes de Lixo Carga Perigosa Existe a possibilidade real de risco durante o trabalho de extino em lixo ou mesmo em caminhes, ou recipientes transpor tveis de lixo. Em muitos casos produtos perigosos que no deveriam estar no lixo comum, esto. Desta forma, o bombeiro deve sempre contar com essa possibilidade quando se deparar com incndio em lixo, tratando o mesmo como incndio em produto perigoso, utilizando portanto o equipamento de proteo respiratria. Ademais, plsticos e outros derivados de petrleo emanam gases txicos junto as fumaa. Latas de aerossis, baterias automotivas, p ilhas, ou seja, materiais que podem produzir uma exploso tambm so comument e encontrados no lixo domstico. A linha adequada ao combate depender, sobretudo, do tamanho do incndio e do risco de propagao. Fogo em latas de lixo e pequenos compartimentos podem ser extintos com o mangotinho. Quando no se tratar

    Fig. 20-38 incndio em veiculo. Fonte: o globo.

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    de um princpio de incndio uma linha de 38 mm requerida.

    20.5.9 Incndios em Espaos Confinados

    No so ocorrncias muito comuns, mas apresentam um srio risco, sobretudo s equipes de resgate e combate a incndio, envolvidas. Tais incndios ou resgates podem ocorrer em estruturas industriais, cavernas, tanques de armazenamento de lquidos. Os seguintes riscos devem ser considerados antes de iniciar as operaes:

    a) Falta de oxignio; b) Gases e vapores inflamveis (todavia no em chamas devido

    exatamente ao ambiente pobre em oxignio). c) Gases txicos; d) Temperaturas elevadas; e) Poeira em suspenso atmosfera explosiva; f) Meios limitados de acesso ou mesmo de sada; g) Estrutura sem estabilidade para suportar toda a equipe; h) Poos profundos com gua ou outros lquidos podem estar associados; i) Risco eltrico. j) Baixa luminosidade;

    Neste tipo de ocorrncia muito importante a coordenao da equipe do

    Corpo de Bombeiros com o pessoal responsvel pelo local: engenheiro de segurana, tcnico de segurana, ou os trabalhadore s que executam suas tarefas diariamente, pois tais pessoas podero repa ssar informaes importantes e precisas acerca de possveis vtimas, riscos especficos do local, bem como orientar a equipe sobre os acessos.

    Muitas empresas possuem planos de contingncia para acidentes especficos que em muito auxiliam o resgate e as a es de combate a incndio. Outro quesito importante a liberao do local por parte do setor de preveno do Corpo de Bombeiros. Verificar tambm a existncia de atmosferas explosivas e, portanto, a utilizao cor reta de equipamentos para a prpria guarnio dos bombeiros no ocasionar um de sastre, como lanternas e rdios portteis, bem como aferidores de atmosferas explosivas, os oxi-explosmetros.

    Operaes desta natureza so bastante complexas. muito importante

    Fig. 20-39 incndio em lixo. Fonte: Corpo de Bombeiros de Npoles, Itlia.

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    o estabelecimento do posto de comando do incidente prximo a rea afetada, preferencialmente de onde o responsvel tenha todas as aes em seu campo visual, sem no entanto se expor a riscos, ou mesmo atrapalhar a entrada das equipes na rea confinada.

    Em alguns casos o bombeiro tem que retirar o cilindro do aparelho de respirao autnomo das costas para adentrar a um e spao confinado, muito cuidado com este procedimento, pois a mascara poder ser solta durante sua entrada neste ambiente, depois de entrar no ambiente recoloca o cilindro em suas costas. Alguns quartis e mesmo empresas possuem sistema de ar mandado, muito adequado neste tipo de ocorrncia, pois a equipe no interior do espao confinado no precisa se preocupar com o suprimento limitado de ar, todavia, dever levar consigo o aparelho autnomo, para o caso de rompimento do cabo que leva ar respirvel.

    A comunicao entre a equipe no interior do espao confinado dever preferencialmente ser feita com a utilizao de rdios portareis, porm, isto nem sempre possvel. O uso de cabo da vida recomendvel neste caso, o que nem sempre possvel, pois alguns ambientes so um emaranhado de equipamentos e o cabo da vida pode tornar-se perigoso. Quando utilizado, o cabo tem que ser liberado e acompanhado por membro treinado da guarnio do lado externo, com uma conveno de sinais de pux es no cabo da vida previamente definida e treinada pela equipe. Esta conveno esta descrita no capitulo 11 - Busca e Salvamento. 20.5.9.1 Monitoramento do ar Como j citado, a quantidade de gases txicos, explosivos e do prprio oxignio pode ser medida atravs de equipamentos comercialmente conhecidos como oxi-explosmetros. Estes aparelhos medem a quantidade de diversos gases previamente calibrados em porcentagem de parte por milho PPM . Alguns aparelhos so programados para acompanhar apenas a quantidade de oxignio no ambiente, uma vez que necessitamos deste gs para sobrevivncia, bem como para

    IMPORTANTE: o bombeiro jamais deve entrar numa rea confinada sem o equipamento de proteo adequado completo, revisado por outro bombeiro, e tambm nunca deve entrar antes de receber a ordem especifica para tanto.

    Fig. 20-49 ambiente confinado. Fonte: Omega engenharia ambiental.

    Fig. 20-50 sistema de ar mandado. Fonte: MSA do Brasil Ltda.

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    monitorar atmosferas explosivas. A verificao prv ia de gases existentes com tais aparelhos possibilita a equipe de interveno optar pelos EPIs corretos, bem como avaliar a possibilidade de sobrevivncia de vtimas.

    20.5.9.2 Combate as Chamas Incndios em ambientes confinados devem ser extintos atravs de ataque indireto ou com a utilizao de esguichos es peciais, requeridos apenas em locais com riscos especiais:

    a) Esguicho tipo agulha b) Esguicho de poro c) Esguichos distribuidores d) Esguicho de alta expanso

    Outra tcnica obrigatria neste tipo de combate a incndio a ventilao adequada do local, sem a qual, talvez a extino do incndio seja praticamente impossvel de ser realizada. Bombeiros no devem adentrar no ambiente confinado at a confirmao de que no h mais focos de incndios.

    Fig. 20-53 Esguicho de poro.

    Fig. 20-52 Esguicho agulheta

    Fig. 20-54 Esguicho distribuidor

    Fig. 20 -51 modelos de aparelhos utilizados para a deteco de gases.

    Ateno : jamais adentrar a um ambiente confinado em chamas, mesmo que para proceder a um resgate, o fogo ter que ser controlado primeiramente.

    Fig. 20-55 Esguicho de alta expanso.

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    20.5.9.3 Incndio em Silos

    Na continuao, podemos considerar os silos como a mbientes confinados, devido a suas caractersticas construtivas, sem janelas, e em geral apenas dois acessos: um para carga e outro para descarga. Existem basicamente dois tipos de silos

    a) Silo de armazenagem construdo em metal; b) Silo em concreto (como o do Porto de Paranagu, o maior silo em

    concreto do Brasil, com capacidade para armazenar 100.000 toneladas)

    Silos so estruturas destinadas ao armazenamento te mporrio de substncias slidas diversas, em geral gros ou ain da fertilizantes. Muitos esto prximos a grandes fazendas, onde armazenam o produto das colheitas para ento seguir s indstrias de beneficiamento, ou ainda para exportao. No Paran encontramos uma grande quantidade de silos no Municpio de Paranagu, devido ao Porto e sua caracterstica de exportao e importao de graneis slidos. Os silos so abastecidos por caminhes ou ainda po r trens, em sua extremidade superior, e so esgotados pela extremid ade inferior, conforme demonstrado na ilustrao abaixo. Atualmente, quase todos os silos possuem um sistema computadorizado para controle de entrada e sada de materiais e o mais importante para os bombeiros, o controle da temperatura interna do silo.

    Fig. 20-56 silos de armazenamento. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-57 silo de Paranagu. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-58 esquema de abastecimento e esgotamento d e silo. Fonte: 1 Tem QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    Quando alocados na rea retro porturia, os silos so dotados de dalas, sistemas de esteiras com correias que levam o produto armazenado ao interior dos navios.

    Durante a operao de carregamento de navios, o ma ior risco est presente nas correias dalas, pois estas so confe ccionadas em borracha resistente, movimentada por rolos de ao, tudo isso vinte e quatro horas por dia, todos os dias. Esse atrito pode levar a um super aquecimento das correias, vindo a incendiar-se. Neste caso, deve-se:

    1) Interromper imediatamente as operaes; 2) Utilizar equipamento de proteo anti-quedas par a subir s dalas; 3) Procurar utilizar inicialmente extintores de gua pressurizada para

    extinguir o princpio de incndio; 4) Caso necessrio uma linha de 38 mm deve ser estabelecida; 5) Em alguns casos tambm pode ser estabelecido o canho monitor,

    pois este tem alcance suficiente para combater do solo. Todos os esforos da guarnio devem ser feitos no intuito de impedir o alastramento do fogo para o interior do navio ou do silo dependendo do caso, pois incndios nas dalas so relativamente fceis de, serem combatidos e em geral no passam de princpios. Caso seja transport ado at o interior do silo ou mesmo do navio, pode torna-se uma ocorrncia muito complicada e com conseqncias catastrficas.

    Fig. 20-59 sistema de abastecimento de navios no Po rto de Paranagu. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    J os silos representam um risco muito elevado, sobretudo de exploso,

    pois so destinados ao armazenamento geralmente de gros muito pequenos, que produzem um p, que se acumula por todo o silo, e atingindo a temperatura ideal e alcanando uma fonte de ignio pode ocasionar uma exploso.

    Todos os silos devem possuir sistema de exausto do p, bem como termmetros para acompanhamento da temperatura. Em geral o interior de um silo de concreto varia entre as temperaturas de 40 C e 50 C. A seguir, o momento da exploso de um silo armazen ado com p de madeira.

    Geralmente as exploses em silos no so seguidas de incndio, excetuando focos secundrios, causados pela exploso. Caso a guarnio se depare com um incndio no interior do silo, alguns cuidados devem ser observados:

    O silo dever ser resfriado pelo lado externo, para evitar comprometimento da estrutura em funo do calor;

    Todo o material do silo dever ser retirado atravs de sua parte inferior, para ento, as chamas serem extintas, ao lado externo do silo.

    Fig. 20-60 esquema demonstrando o risco da exploso difusa em silos. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-61 exploso de silo. Fonte: Universidade Federal Fluminense.

    Fig 20-62 Colapso de silo. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    Lembrando que apesar de estar armazenado em gros, trata-se de

    um incndio classe A, que queima em superfcie e profundidade; Ateno, se o incndio estiver concentrado na parte superior do

    produto, grande parte dos gros vai ser retirada in tacta, devendo ento ser direcionada para outro silo, ou mesmo para caminhe s. Jamais direcionar jatos para este produto no queimado, pois a gua ir inviabilizar o reaproveitamento de qualquer parte do produto.

    20.5.10 Incndio em Navios Incndios em navios e embarcaes diversas so bas tante incomuns, todavia apresentam uma serie de particularidades, que tem que estar em mente das guarnies que participaram de uma ocorrncia desta natureza, a comear pela nomenclatura das partes do navio.

    Ateno : jamais direcionar o jato para o interior do silo. A entrada de gua causar danos a estrutura, ocasionando provvel ruptura da estrutura e desabamento do silo.

    Fig. 20-63 esquema para extino de incndios em si los. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    a) V = lado direito da embarcao, chamado de BORESTE (anteriormente denominado de estibordo);

    b) E = lado esquerdo da embarcao, chamado de BOMBORDO ; O esquema acima trs a nomenclatura utilizada a bordo de embarcaes, mesmo de pequeno porte, bem como as lu zes obrigatrias em todas as embarcaes. Todos os navios que navegam em alto mar possuem sistema de combate a incndios prprios, bem como brigada de incndio treinada. Normas internacionais implicam tripulao da embarcao estrangeira a obrigatoriedade de extino do incndio, mas salutar que uma vez atracada em nossos portos e acometida por um incndio, o corpo de bombeiros apoie o trabalho de extino do incndio, em parceria com a Marinha de Guerra do Brasil, pois estes so os fiscais legais das embarc aes estrangeiras que se encontram em guas territoriais brasileiras.

    Salienta-se que um navio estrangeiro um pedao de outro pas dentro do nosso territrio, o qual goza de certas prerroga tivas. Por exemplo, a guarnio do corpo de bombeiros somente pode adentr ar ao navio aps ordem explcita do comandante do navio, ou ordem emanada pela Marinha de Guerra

    Fig. 20-63 nomenclatura das partes componentes de u m navio . Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-64 nomenclatura das extremidades do navio . Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

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    do Brasil, geralmente atravs de suas capitanias dos portos.

    Em princpio o combate a incndio em navios deve utilizar o sistema de hidrantes existente na embarcao, bem como a gua do mar, no entanto, durante um incndio ou uma exploso ocorrida, o sistema de combate a incndio poder ser danificado, uma vez que o sistema esta atrelado ao motor do navio. Neste caso, a nica forma de combate ao incndio atravs de rebocadores ou navios destinados ao combate a incndio, externamente ao navio. O principal cuidado no combate a incndio em navios o acumulo de gua no seu interior, bem como a distribuio desta gua de maneira desigual, o que abalar o LASTRO do navio, ou seja, sua estabilidade. Todas as aes de combate a incndio tm que estar coordenadas com o comandante da embarcao para que ele possa estabilizar o navio, deixando a gua utilizada no combate a incndio sair do navio, ou mesmo enchendo seus tanques de lastro.

    A seguir verifica-se um navio com problemas de estabilidade e inclinado a bombordo. Neste caso o comandante da embarcao d ever encher o tanque de boreste, com gua para colocar o navio no prumo.

    Note a gua saindo do casco do navio, esta a chamada gua de lastro, e atravs dela o comandante da embarcao controla a estabilidade do navio, enchendo e esvaziando os tanques independentes.

    Fig. 20-68 navio fora de prumada. Fonte: 1 Ten Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-69 gua de lastro. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-66 combate a incndio ao navio Vicua, Paranagu, 15/Nov/04. Fonte: 1 Ten QOBM Icaro Gabriel Greinert.

    Fig. 20-67 combate a incndio com rebocadores. Fonte: o globo.

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    Caso haja necessidade de realizar busca e salvamento no interior do

    navio, a guarnio dever tomar muito cuidado para no ficar perdida, o interior do navio um verdadeiro labirinto. Plantas e rotas de fuga esto afixadas nas paredes do navio e em todos os acessos e devem ser cuidadosamente estudadas e seguidas. Ao adentrar numa embarcao e m chamas, alm do equipamento de proteo corriqueiro, a guarnio de ver utilizar coletes salva vidas, pois caso ocorra uma queda no mar, o bombeiro no conseguir manter-se flutuando devido ao prprio EPI. O deslocamento pelo interior do navio similar a busca realizada no interior de edifcios.

    SUM`RI O

    Operaes de combate a incndios so operaes onde se emprega a tcnica e os materiais necessrios para suprimir os incndios classes A, B, C e D;

    Ttica de combate a incndio a estratgia empregada na supresso das

    chamas, a citar: incndios em edificaes trreas, incndios em edificaes altas, veculos, em lixo, ambientes confinados, silos e navios.

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    Anexo 01 Seleo do Jato para Combate a Incndio.

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    Exerccios de Fixao 1. Assinale a alternativa correta quanto utilizao de linhas de ataque e tipos de jato. a. ( ) Chefe de linha e operador devem permanecer em lados opostos da mangueira. b. ( ) Para proporcionar um jato compacto o esguicho deve estar totalmente aberto. c. ( ) O ataque em O o menos utilizado. d. ( ) As tcnicas para aplicao do jato so conhe cidas como: A, B e C. e. ( ) O operador poder optar por um ataque em Z. 2. Durante o combate a incndios classe A, no inter ior de edificaes falso afirmar: a. ( ) A linha de ataque poder ser composta por um bombeiro. b. ( ) O Chefe de linha dever verificar com a mo a temperatura da porta. c. ( ) Ao adentrar na edificao e visualizar o foc o de incndio a linha dever proceder a um ataque direto. d. ( ) Ao adentrar na edificao e no visualizar o foco de incndio a linha dever proceder a um ataque indireto, desde que haja ventilao adequada. e. ( ) Quando houver a suspeita de vtimas no interior da edificao, a linha no poder utilizar um ataque indireto. 3. No um procedimento de combate a incndio clas se B. a. ( ) Conter o vazamento atravs da instalao de barreiras de conteno ou construo de diques. b. ( ) Estancar o vazamento com a utilizao de cun has de madeira ou borracha, ou simplesmente fechando o registro. c. ( ) Aplicar espuma para evitar a formao de gas es inflamveis no lquido que vazou. d. ( ) Controlar as fontes de ignio: interrupo do transito, desligamento da rede eltrica, etc. e. ( ) Nenhuma das alternativas. 4. Durante um combate a incndio classe C correto afirmar. a. ( ) O Bombeiro poder desligar a rede de alta tenso com o croque. b. ( ) O Corpo de Bombeiros no deve atuar em incndios envolvendo eletricidade. c. ( ) Devemos sempre utilizar espuma para controlar um incndio classe C. d. ( ) O Bombeiro poder utilizar gua para extinguir um incndio classe C, desde que respeitadas as distancias de segurana. e. ( ) A Guarnio poder apoiar a escada sob a rede de baixa tenso desde que proceda o devido aterramento. 5. Durante um combate a incndio em edificao trr ea falso afirmar. a. ( ) A primeira Guarnio no poder jamais adent rar a edificao para realizar salvamento. b. ( ) O Chefe de Guarnio dever realizar uma inspeo de 360 ao chegar no local. c. ( ) A viatura de apoio dever preocupar-se inicialmente com o

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    abastecimento de gua. d. ( ) O Comandante do incidente poder estabelecer uma Guarnio de Interveno Rpida. e. ( ) A extino do incndio ser iniciada atravs da parte no atingida do imvel. 6. No um equipamento indispensvel num atendimento a inc ndio em edifcio alto. a. ( ) Duas mangueiras de incndio, provenientes da VTR. b. ( ) Ferramenta para arrombamento. c. ( ) Chave de mangueira. d. ( ) Esguicho tipo cnico. e. ( ) Aparelhos de respirao autnomos. 7. Durante um combate a incndio classe D correto afirmar. a. ( ) Jamais podemos utilizar gua para realizar este combate. b. ( ) Este tipo de incndio no gera muita caloria. c. ( ) Este tipo de incndio no causa exploses. d. ( ) So incndios ocorridos em lquidos inflamveis sob presso. e. ( ) Todas as alternativas esto incorretas. 8. Durante um atendimento a incndio em veculos, o bombeiro no dever: a. ( ) Realizar o combate com uma linha direta de 38mm. b. ( ) Utilizar o mangotinho para extinguir pequenos focos de incndio. c. ( ) Desligar a bateria assim que possvel. d. ( ) Utilizar extintor de PQS, para incndio no motor. e. ( ) Aproximar-se com o vento sempre pela frente, para melhor visualizao. 9. So problemas tpicos de incndios em espaos co nfinados: a. ( ) Falta de oxignio;. b. ( ) Gases e vapores inflamveis. c. ( ) Gases txicos. d. ( ) Risco eltrico. e. ( ) Todas as alternativas. 10. Assinale a alternativa falsa : a. ( ) Para combater incndio em silos devemos direcionar todos os jatos para o interior do mesmo. b. ( ) O maior perigo em silos so as exploses dif usas causadas pelo p em suspenso. c. ( ) Devemos retirar o material em chamas de um silo, atravs de sua extremidade inferior. d. ( ) Navios possuem sistemas de combate a incndio prprios. e. ( ) Devemos nos preocupar com a estabilidade do navio durante um combate a incndio em alto mar.