Manual Orientacao Gestor Agosto 2009

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  • 7/24/2019 Manual Orientacao Gestor Agosto 2009

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    Atualizado em Agosto/2009

    GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIROSECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

    CONTADORIA GERAL DO ESTADOSUPERINTENDNCIA DE NORMAS TCNICAS

    Manual de Orientao do Gestor Pblico

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    GOVERNADOR DO ESTADOSERGIO CABRAL

    VICE - GOVERNADOR DO ESTADOLUIZ FERNANDO DE SOUZA PEZO

    SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

    SECRETRIOJOAQUIM VIEIRA FERREIRA LEVY

    CONTADOR GERAL DO ESTADONESTOR LIMA DE ANDRADE

    SUPERINTENDENTE DE NORMAS TCNICAS

    ROSANGELA DIAS MARINHO

    Equipe da Superintendncia de Normas Tcnicas:

    ANA MARIA CUPERTINO S. CASTROCARLOS ADALBERTO PRATAEDUARDO LURNEL GONALVESDAVID DE BRITO DANTASJUAREZ FERREIRA DOS SANTOS

    LUIZ ANTONIO DA CRUZ PINHEIROLUIZ RODRIGUES DE MATOSRENALDO VIEIRA DE GOUVA

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    APRESENTAO

    Ao lanar o MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO, aCoordenao de Normas Tcnicas da Contadoria Geral do Estado da Secretaria deEstado de Finanas do Governo do Estado do Rio de Janeiro tem como objetivo

    oferecer aos Gestores Pblicos, bem como aos profissionais de ContabilidadePblica; de Auditoria; Diretores de Departamentos Gerais de AdministraoFinanceira, - DGAFs e a todos aqueles que lidam na rea de Contabilidade Pblica,Controle, Administrao Financeira e Auditoria, um suporte documental, atualizado,com textos da legislao federal, estadual e municipal, com vistas que os atos aserem praticados pelos Gestores Pblicos, no desempenho de suas atribuies,sejam realizados em consonncia com a legislao vigente, como no poderia deixarde ser, com o propsito maior de que a eficcia, a legitimidade, a autenticidadedocumental e a correo contbil sejam alcanadas.

    O seu contedo busca a consolidao de normas gerais de direito financeiro e

    controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados dos Municpios e doDistrito Federal, conforme determina a Lei Federal n. 4.320, de 17.03.64; asdiretrizes constantes no Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblicado Estado do Rio de Janeiro, aprovado pela Lei Estadual n. 287, de 04.12.79, e seusDecretos regulamentadores; Resolues; Portarias; Deliberaes do Tribunal deContas do Estado do Rio de Janeiro, TCE-RJ; Estatuto das Licitaes, Lei FederalN. 8.666, de 21.06.93, com as alteraes promovidas pelas Leis n. 8.883, de08.06.94 e 9.648, de 27/05/98.

    Alm do documental supracitado foram inseridos textos de legislao fiscal eprevidenciria.

    Este MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO no esgota oassunto, pois o mesmo dinmico por sua natureza.

    Servir como repositrio ordenado e sistemtico da legislao a ser aplicadanos atos praticados pelos Gestores Pblicos.

    Ser sempre atualizado quando novos dispositivos legais forem publicados.

    A Coordenao de Normas Tcnicas est a disposio de todos para recebersugestes, crticas, como tambm, para elucidar dvidas sobre qualquer captulo doMANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO.

    Para tanto poder ser utilizado o e-mail [email protected]

    O presente MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO j estdisponibilizado na Internet na pgina da Secretaria de Estado de Finanaswww.financas.rj.gov.br.

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    SumrioPg:

    1 Oramento ............................................................................................................ 81.1 Conceito ....................................................................................................... 81.2 Classi ficao ............................................................................................... 8

    1.3 Princpios que regem o Oramento..........................................................9

    2 Exerccio Financeiro e Regime Contbil ............................................................ 112.1 - Exerccio Financeiro ..................................................................................... 112.2 Regime Contbil ............................................................................................ 112.3 - Restos a Pagar .............................................................................................. 11

    3 Conceitos Bsicos de Receita e de Despesa Pbl ica ...................................... 123.1 - Classi ficao da Despesa Oramentria ................................................... 13

    3.1.1 Insti tucional ...................................................................................... 143.1.2 Quanto Natureza ........................................................................... 14

    3.1.3 - Fonte de Recursos ............................................................................ 153.1.4 - Funcional ........................................................................................... 16

    4 - Estgios da Realizao da Despesa .................................................................. 174.1 - Fixao da Despesa ..................................................................................... 174.2 - Empenho Despesa ....................................................................................... 17

    4.2.1 Concei tos .......................................................................................... 174.2.2 - Modalidades ...................................................................................... 184.2.3 - Da Formalizao ............................................................................... 19

    4.3 Liquidao da Despesa .............................................................................. 234.4 Pagamento ................................................................................................... 25

    5 Regime de Execuo das Despesas ................................................................. 275.1 - Despesa por Processo Normal de Aplicao ............................................ 275.2 - Adiantamentos ............................................................................................. 285.3 - Subvenes / Auxli os ................................................................................. 30

    5.3.1 - Subvenes ....................................................................................... 305.3.2 - Subvenes Sociais / Auxl ios ........................................................ 315.3.3 - Subvenes Econmicas ................................................................. 315.3.4 Prestao de Contas de Subvenes e Auxlios ao rgo

    competente.................................................................................................................. 315.3.4.1 - Da Formalizao do Processo de Prestao de Contas......... 325.3.4.2 - Apresentao da Prestao de Contas ao TCE-RJ................. 33

    5.4 - Despesas sob o Regime de Descent ralizao de Crditos ..................... 365.4.1 - Descentralizaes Internas de Crditos Prov iso ...................... 365.4.2 - Descentralizaes Externas de Crditos Destaque ................... 36

    5.5 - Despesas de Exerccios Anteriores ........................................................... 38

    6 Tpicos da Legislao Uti lizada na Anlise da Despesa ................................ 406.1 Licitao 40

    6.1.1 - Dos Princpios ................................................................................... 426.1.2 - Das Modalidades ............................................................................... 44

    6.1.2.1 Concorrncia ..................................................................... 446.1.2.2 Tomada de Preos ............................................................ 45

    6.1.2.3 Convi te ............................................................................... 45

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    Sumrio Pg:6.1.2.4 Concurso ........................................................................... 456.1.2.5 Leilo .................................................................................. 456.1.2.6 Prego................................................................................. 46

    6.1.3 Da Dispensa ...................................................................................... 59

    6.1.4 Da Inexigibil idade ............................................................................. 616.1.5 Das Modalidades e Valores Estimados da Contratao .............. 636.1.6 Limites de Dispensa de Lici tao ................................................... 63

    6.2 Dos Contratos ............................................................................................. 63

    7 Bens Patrimoniais ................................................................................................ 647.1 Conceito ....................................................................................................... 647.2 Manual de Contabil idade Portaria n. 25/IGF de 12/06/78 e alteraes 65

    "O ndice abaixo refere-se a numerao original do Manual de Contabilidade"

    15 Controle dos Bens Patrimoniais ....................................................................... 65

    15.1 Disposies Introdutrias ........................................................................ 6515.2 Contabil izao dos Bens em Uso ............................................................ 6615.3 Do Controle dos Bens em Uso ................................................................ 6815.4 Dos Bens em Transio de Baixa ............................................................ 7215.5 Da Baixa ..................................................................................................... 7415.6 Dos Inventrios Anuais ............................................................................ 79

    16 Controle dos Bens em Almoxari fado ............................................................... 8216.1 Introduo .................................................................................................. 8216.2 Da Documentao de Entrada e Sada .................................................... 8216.3 Do Registro das Movimentaes ............................................................. 8416.4 Do Controle Contbil ................................................................................ 8516.5 Dos Bens em Estoque em Transio de Baixa ...................................... 8916.6 Dos Responsveis pela Guarda e Contr. Bens em Almoxari fados ...... 8916.7 Das Tomadas de Contas dos Responsveis por Almoxari fados.......... 90

    8 Despesas que Merecem Destaque ..................................................................... 938.1 Despesas com Publ ic idade ........................................................................ 938.2 Contratao de Pessoal Temporrio ......................................................... 938.3 Despesas com Dirias e Traslado.............................................................. 94

    8.3.1 Conceito de Dirias e Traslado ......................................................8.3.2 Das Dirias .......................................................................................

    8.3.2.1 Requisitos para concesso de Dirias...........................

    8.3.2.2 Dos valores .......................................................................

    949494

    958.3.2.3 Da no concesso.............................................................. 958.3.3 Dirias no Exter ior ...........................................................................8.3.4 Do traslado .......................................................................................

    9595

    8.3.4.1 Da concesso ....................................................................8.3.4.2 Dos valores.........................................................................8.3.4.3 Da no concesso ..............................................................

    959696

    8.3.5 Disposies Gerais......................................................................... 968.3.6 Anexos dos Decretos n 41.644 e 41.645........................................8.3.7 - Resoluo Conjunta CASA CIVIL/SEPLAG n 16 ........................

    9798

    8.4 Da Contratao de Aluguis de Imveis - rgos e Entid . Estaduais . 104

    8.5 Sentenas Judiciais Precatrios ............................................................ 1048.6 Da Contratao de Seguros ....................................................................... 111

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    Sumrio Pg: 8.6.1 Contrao de Seguros em Geral .................................................. 111

    8.6.2 - Contratao de Seguros Envolvendo Veculos da FrotaEstadual ........................................................................................ 114

    8.7 Das Despesas Com Aquisio de Combustveis ..................................... 1158.8 Das Despesas com Reteno do Imposto de Renda ............................... 1198.8.1 Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF ................................. 1198.8.2 Da Legislao ................................................................................. 1208.8.3 Da Reteno do Trabalho No Assalariado (autnomos) .......... 121

    8.8.3.1 Instrues Sobre a Reteno......................................... 1258.8.4 Da Reteno de Pessoas Jurdicas .............................................. 1268.8.5 Da Prestao de Inform.Benef. P.Fsica ou Jurdica................... 1308.8.6 Rendimentos Mensais de Aluguis ou Royalties .......................

    1348.9 INSS sobre servios executados mediante Cesso de Mo-de-Obra ... 135

    8.9.1 Concei tos ........................................................................................ 135

    8.9.2 Do Fato Gerador da Contribuio ................................................ 1358.9.3 Da Base de Clculo e Alquota ..................................................... 1408.9.3.1 Dedues da Base de Clculo da Reteno ................. 1418.9.3.2 Dispensa da Reteno .................................................... 1438.9.3.3 Empresa Contratada Optante Pelo SIMPLES ............... 1448.9.3.4 Presuno da Reteno ................................................. 1448.9.3.5 Transportador Autnomo ............................................... 144

    8.9.4 Da Competncia ............................................................................. 1448.9.5 Do Prazo de Recolhimento ............................................................ 1448.9.6 Da Reteno e Recolhimento da Contribuio ........................... 1458.9.7 Responsabi lidade Solidria .......................................................... 145

    8.10 Cooperativa de Trabalho .......................................................................... 146

    8.11 INSS Sobre Servios Prestados por Pessoa Fsica ............................... 1488.11.1 Contribuintes Individuais - Autnomos .................................. 1488.11.2 A Al quota da Contribuio Patronal.......................................... 1488.11.3 Da Contr ibuio do Segurado Contr ibuinte Individual............. 1488.11.4 Do Prazo ........................................................................................ 1498.11.5 Do Limite Mximo para o Desconto Previdencirio. 1498.11.6 Da Guia GPS ................................................................................. 1508.11.7 Quanto ao Recibo ........................................................................ 1518.11.8 Do Empenho Prprio ................................................................... 1518.11.9 Informaes Previdncia Social (GFIP)................................... 1518.11.10 Inscrio do Autnomo no Cadastro de Atividades

    Econmicas do Municpio do Rio de Janeiro .......................................................... 1528.12 Despesas com aquisio de bens e com renovao de Contratos de

    Servios de Ao Continuada ( no podem sofrer interrupo ) ......................... 1538.13 Convnios .................................................................................................. 156

    8.13.1 Concei to ........................................................................................ 1568.13.2 Formal izao ................................................................................ 1578.13.3 Da Prestao de Contas de Convnios ..................................... 1578.13.4 Da devoluo de saldos de Convnios ..................................... 158

    8.14 I.P.V.A. da frota de vecu los estaduais .................................................... 1648.15 Resoluo SER 047/03 Iseno de ICMS nas aquis ies / servios... 165

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    Anexo nico

    I - Rotina para Liquidao de Despesas com Fornecedores............................ 184II - Rotina para Folha de Pessoal .......................................................................... 186III - Modelo de Confeco de Programao de Desembolso de pagamentos de guias

    cuja autenticao, obrigatoriamente, ser realizada no Banco do Brasil...................................................................................................................

    198

    IV - Rotina sobre Descentralizao de Crditos.................................................... 199V - Execuo de "PD" (Programao de Desembolso), para pagamento de aquisio

    de combustveis, por entidades que no utilizem fonte de recursos 00........................................................................................................

    201

    VI - Rotina de Transferncia de Devoluo do ITAU, ref. Ofcio SUFIN 482. 203VII - Rotina Contbil referente a Anulao de Despesas com Dirias ou Adiantamentos,

    em Virtude de Devoluo dos Saldos................................204

    VIII - Rotina para a confeco de Programao de desembolso da guia de recolhimentoda seguridade social eletrnica GPS.................................... 206

    IX - Rotina de procedimentos para a conformidade Diria e Conformidade Contbil,desenvolvida pelo Setor de Treinamento da SUTIC....................... 209

    X Contabilizao de Adiantamentos Previdencirios, realizados medianteformalizao de convnio com o INSS.............................................................

    217

    XI - Rotina para Liquidao de Despesas com Autnomos................................ 220XII Rotina para Registro das Obrigaes a Pagar e Exerccios Anteriores ............... 222XIII - Associao da Fatura/Bloquetos Programao de Desembolso 223XIV Associao Automtica da Lista na Programao de Desembolso 225XV- Nova verso consulta movimento GPS 227XVI Registro da execuo oramentria da despesa e receita intra-oramentria 232

    XVII-Rotina para reclassificao de contas em conformidade com a Lei n11.638/07 eMP n 449/08 que alteram a Lei n 6.404/76

    237

    XVIII -Rotina para apropriao das Receitas Diferidas de Doaes e Subvenes paraInvestimentos

    240

    XIX Procedimentos para utilizao da transao ALTMODAPLI no SIAFEM/RJ 242XX- Rotina de contabilizao dos dbitos oriundos de sentenas judiciais 246

    Sumrio Pg:

    8.16 Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza Retido na Fonte LeiComplementar N 116, de 31 de julho de 2003......................................................... 1678.17 Reteno de CSSL, COFINS e PIS/PASEP, nos moldes da Lei Federal n

    10.833, de 29 de dezembro de 2003........................................................ 1788.18 Da NO Incidncia do ICMS no Fornecimento de Material Utilizado naPrestao de Servio de Limpeza e Conservao de Imveis......................... 183

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    1 - ORAMENTO

    1.1 - Conceito

    O Oramento um processo de planejamento contnuo e dinmico que o Estado seutiliza para demonstrar seus planos e programas de trabalho, para determinado

    perodo, obedecidos aos princpios da unidade, universalidade, anualidade eexclusividade.

    1.2 - Classificao

    O Sistema Oramentrio encontra fundamento constitucional nos arts. 165 a 169 daConstituio Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, e arts. 209 a 213 daConstituio do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 05 de outubro de 1989. Osdispositivos mencionados da Constituio Federal indicam os instrumentos normativosdo sistema:

    a lei complementar de carter financeiro;

    a lei do plano plurianual; a lei de diretrizes oramentrias; a lei oramentria anual (lei do oramento anual).

    A Lei que estatui normas gerais de direito financeiro para elaborao e controle dosoramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal,de acordo com o disposto no art. 24, incisos I e II, da Constituio Federal, e a Lei n.4.320 de 17de maro de 1964. No Estado do Rio de Janeiro a Lei n. 287, de 04 dedezembro de 1979, que trata do Cdigo de Administrao Financeira e ContabilidadePblica.A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes,

    os objetivos e metas da administrao pblica estadual para as despesas de capital eoutras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada (

    1 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da

    administrao pblica estadual, incluindo as despesas de capital para o exerccio

    financeiro subseqente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor

    sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das

    agncias financeiras oficiais de fomento( 2 do Inc. III Art. 209 da Constituio

    Estadual).A lei oramentria anual compreender: ( 5 do Inc. III Art. 209 da Constituio

    Estadual).

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, rgos e

    entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas

    pelo Poder Pblico;

    II - o oramento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou

    indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

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    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela

    vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes

    institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    O projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do

    efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses,

    subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia. ( 6 do Inc. III Art.

    209 da Constituio Estadual).

    Os oramentos previstos nos itens I e II, acima, compatibilizados com o plano

    plurianual, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais,

    segundo critrio populacional. ( 7 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e

    fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de

    crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por

    antecipao de receita, nos termos da lei. ( 8 do Inc. III Art. 209 da Constituio

    Estadual).

    1.3 Princpios que regem o Oramento

    Os princpios oramentrios so parmetros que iro servir para orientar

    efetivamente o oramento. So voltados especificamente matria oramentriae so encontrados na prpria Constituio da Repblica vigente, de formaimplcita ou expressa.

    Podemos elencar alguns princpios como: o Princpio da Exclusividade, oPrincpio da Anualidade, o Princpio da Universalidade, o Princpio da Legalidade,o Princpio da Transparncia Oramentria, o Princpio da Publicidade, entreoutros princpios que no trataremos no presente trabalho.

    1.3.1 Princpio da Exclusividade

    Este princpio est expresso na Carta Poltica, observado no seu art. 165, 8,onde: A Lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso dareceita e fixao da despesa (...) .

    Este mesmo dispositivo prev uma exceo ao princpio em tela, onde em suaparte final diz: (...) no se incluindo na pro ibio a autorizao para abertura decrditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que porantecipao de receita, nos termos da lei.

    Neste sentido, segue a disposio do Art. 25, da Lei Estadual 287/79.

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    1.3.2 Princpio da Anualidade

    Este princpio funda-se na caracterstica fundamental do oramento, que suaperiodicidade.

    Verifica-se este princpio expresso no Art. 165, III e 5 da Carta Magna, como noAr t. 34 da Lei Federal 4.320/64, como tambm no Ar t. 9 da Lei Estadual 287/79,em que diz: O exerccio financeiro coincidir com o ano civil .

    Nas palavras de Jos Afonso da Silva, o princpio da anualidade sobrevive erevive no sistema, com carter dinmico-operativo, porquanto o plano plurianualconstitui regra sobre a realizao das despesas de capital e das relativas aosprogramas de durao continuada, mas no operativo por si, e sim por meio dooramento anual.

    1.3.3 Princpio da Universalidade

    Segundo o doutrinador Kiyoshi Harada, este princpio significa que as parcelasda receita e da despesa devem figurar em bruto no oramento, isto , semquaisquer dedues.

    Deve haver a incluso de todas as rendas e despesas dos Poderes, fundos,rgos, entidades da administrao direta e indireta etc., no oramento anualgeral. Assim dispe a regra do Art. 165, 5 da Constituio da Repblica, etambm comenta o Art . 12 da Lei Estadual 287/79.

    1.3.4 Princpio da Legalidade

    Em geral, o princpio da legalidade aquele segundo o qual n ingum obrigadoa fazer, ou deixar de fazer seno em virtude de lei. Este princpio decorre dagarantia expressa no Art. 5, inciso II de nossa hodierna Constituio daRepblica.

    Em se tratando da Administrao Pblica, verificamos que o princpio dalegalidade se revela em verdadeira obrigao de fazer unicamente aquilo o quedispe a lei.

    1.3.5 Princpio da Transparncia Oramentria

    Este princpio est expresso no Art. 165, 6 da Consti tuio da Repblica, ondeo projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativosregionalizados do efeito, sobre as receitas e despesas decorrentes de isenes,anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria ecreditcia. Tem sua previso, tambm, na Constituio do Estado do Rio deJaneiro no art. 209, 6.

    Este princpio possibilita, posteriormente, a fiscalizao e o controle interno eexterno da execuo oramentria.

    Nos dizeres de Harada, este princpio oramentrio nada mais do que odesdobramento do pr incpio da transparncia tributria, que est inserido no 5

    do art. 150 da Constituio da Repblica, segundo o qual a lei determinar

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    medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos queincidam sobre mercadorias e servios.

    1.3.6 Princpio da Publicidade

    Este princpio decorre inicialmente da previso Constitucional insculpida no Art

    37 onde, a Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dosPoderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedeceraos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

    A Carta Magna determinou, tambm, sua observncia relativamente aos projetosde leis oramentrias (Art. 166, 7), alm de ordenar especificamente, apublicao pelo Poder Executivo, at trinta dias aps o encerramento de cadabimestre, relatrio resumido da execuo oramentria (Art. 165, 3).

    2 - Exerccio Financeiro e Regime Contbil

    2.1 - Exerccio Financeiro

    o perodo durante o qual ser executado o oramento pblico, ou seja, o perodo emque sero arrecadadas as receitas previstas e despendidos os recursos fixados nooramento.Conforme estabelece o art. 34 da Lei Federal n. 4.320/64 e art. 9 da Lei Estadual n.287/79, o Exerccio Financeiro coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1 dejaneiro e encerra-se em 31 de dezembro.

    O registro das receitas oramentrias obedecer ao regime de caixa, sendoconsideradas pertencentes ao exerccio as receitas nele arrecadadas (Lei Estadual n.287/79, art. 10, I).O registro das despesas obedecer ao regime de competncia, sendo consideradaspertencentes ao exerccio as despesas nele legalmente empenhadas (Lei Estadual n.287/79, art.10, II).

    2.3 - Restos a Pagar

    Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas no pagas at 31 dedezembro, distinguindo-se as processadas das no processadas.

    LEI COMPLEMENTAR FEDERAL N.. 101 de 04 de maio de 2000.

    Dos Restos a Pagar

    Art. 41. (VETADO)

    Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seumandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou quetenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa paraeste efeito.

    Pargrafo nico - Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos edespesas compromissadas a pagar at o final do exerccio.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

    a) 2.2 - Regime Contbil

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    Art. 11 - Quanto ao exerccio financeiro, observar-se-o os seguintes princpios:I - constituiro Restos a Pagar as despesas empenhadas e no pagas at 31 de dezembro; II - os rgos competentes procedero liquidao da despesa empenhada em exerccios encerrados, vista dos processos, se a despesa constar da relao dos Restos a Pagar;

    Captulo IIIDos Restos a Pagar

    Art. 134 - Constituem Restos a Pagar:I - a despesa com fornecimento de material, execuo de obras ou prestao de servios legalmenteempenhada e no paga dentro do exerccio, a qual ser relacionada em conta nominal do credor; II - a despesa de transferncia em favor de entidade pblica ou privada, legalmente empenhada e nopaga no exerccio, a qual ser relacionada em conta nominal da entidade beneficiria. 1 - Os Restos a Pagar mencionados no item 1 deste artigo tero a vigncia de cinco exerccios, acontar do exerccio seguinte quele a que se referir o crdito. 2 - Os Restos a Pagar mencionados no item 2 deste artigo tero a vigncia de dois exerccios, a contardo exerccio seguinte quele a que se referir o crdito. Art. 135 - Os registros de Restos a Pagar far-se-o por exerccio e por credor, distinguindo-se asdespesas processadas das no processadas. 1 - Constituem despesas processadas, alm das caracterizadas no item 2 do art. 134 deste Cdigo,aquelas cujo o fornecimento do material, execuo da obra ou prestao do servio tenha se verificadoat a data do encerramento do exerccio financeiro. 2 - So despesas no processadas as que, empenhadas estejam na dependncia da apurao do

    fornecimento do material, execuo da obra ou prestao de servio, ainda que ocorram depois doencerramento do exerccio financeiro.Art. 136 - Os Restos a Pagar sero revistos no fim de cada exerccio, para efeito de proceder-se excluso dos no mais vigentes, nos termos dos 1 e 2 do art. 134 deste Cdigo, ou dosinsubsistentes, levando-se conta patrimonial a variao da corrente.Art. 137 - Caber ao Inspetor Geral de Finanas autorizar a inscrio de despesas na conta Restos aPagar, obedecendo-se, na liquidao respectiva, s mesmas formalidades fixadas para a administraodos crditos oramentrios.

    LEI N. 4.320, 17 DE MARO DE 1964.(...)Art. 36 - Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas no pagas at o dia 31 dedezembro, distinguindo-se as processadas das no-processadas.

    Pargrafo nico. Os empenhos que correm a conta de crditos com vigncia plurianual, que no tenhamsido liquidados, s sero computados como Restos a Pagar no ltimo ano de vigncia do crdito.(...)

    3 - Conceitos Bsicos de Receita e de Despesa Pblica -

    Receita Pblica do Estado o produto dos impostos, taxas, contribuies, auxlios,tarifas e preos de alienaes, bem como os rendimentos do seu Patrimnio e dosrecursos obtidos do lanamento de emprstimos, obedecidos aos princpiosestabelecidos pela Lei Federal n. 4.320 de 17 de maro de 1964; Lei Estadual n. 287de 04 de dezembro de 1979, e Lei Complementar Federal n. 101 de 04 de maio de2000 (LRF).

    Despesa Pblica todo desembolso efetuado pelo Estado no atendimento dosservios e encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos daConstituio, da lei ou em decorrncia de Contratos e outros instrumentos.

    Ao observarmos os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.101/2000, j mencionada neste manual) a Despesa Pblica prevista nos arts. 15 ao24, sendo de maior importncia a observncia ao disposto no art. 15 desta LeiComplementar.

    Em relao ao disposto na Lei Federal n. 4.320/64, cuida-se da despesa pblica nos

    artigos 58 a 70.

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    Cabe ressaltar, que pertencem ao exerccio financeiro (art. 9, Lei Estadual n.287/79), as despesas nele empenhadas, imperativo legal insculpido no art. 10, inciso IIda Lei Estadual n. 287/79

    Pode-se dizer que, o emprego do dinheiro para consecuo de objetivos pblicosconstitui o elemento essencial da despesa pblica, proporcionando aos seus

    administrados servios essenciais ao bem-estar pblico em respeitos aosprincpios constitucionais consagrados em nosso ordenamento jurdico ptrio,contribuindo para o mnimo da dignidade humana, a exemplo de servios comosade, transporte, entre outros.

    Receita pblica o ingresso de dinheiro aos cofres do Estado para o atendimento desuas finalidades, como obrigaes firmadas com seus administrados, assim, obtendofontes de recursos para a aplicao nas despesas pblicas, possibilitando acontinuidade do servio pblico.

    Em anlise da LRF (Lei Complementar n. 101/2000), a receita pblica encontra-seestipulada nos arts. 11 ao 14.

    Em relao ao disposto na Lei Federal n. 4.320/64, cuida-se da receita pblica nosartigos 51 a 57.

    As Receitas e Despesas Pblicas desdobram-se em: Oramentrias; Extra-oramentrias.

    As Receitas Oramentr ias so aquelas previstas na legis lao oramentr ia.Destinam-se a atender s Despesas Oramentrias devidamente autorizadas.

    A Receita Oramentria pode ser classificada por fonte de recursos e pelaclassificao econmica estabelecida na Lei Federal n. 4.320/64, de 17 de maro de1964.

    As Receitas e Despesas Extra-oramentrias so, respectivamente, os recebimentose pagamentos de recursos:

    que no esto previstas e fixadas na lei de oramento, tais como: caues,consignaes, vencimentos no reclamados, depsitos de terceiros, etc;

    ou que, pela sua natureza, no constituem receitas ou despesasoramentrias, tais como operaes de crdito por Antecipao de ReceitaOramentria (ARO), Restos a Pagar, para compensar sua incluso na

    Despesa Oramentria e os valores arrecadados que revestemcaractersticas de simples transitoriedade de classificao no passivo.

    3.1 - Classificao da Despesa Oramentria

    As Despesas Oramentrias podem ser classificadas com base no estabelecido pelaLei Federal n. 4.320/64 e Portarias da Secretaria de Oramento e Finanas - SOF, doGoverno Federal.

    3.1.1 - Institucional

    A Despesa classificada por rgos e Unidades Oramentrias U.O., de forma a

    permitir um melhor controle do Errio e sua distribuio, evidenciando a poltica

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    III - constituio ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem aobjetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaes bancrias ou de seguros

    So Transferncias de Capital as dotaes para investimentos ou inversesfinanceiras que outras pessoas de direito pblico ou privado devam realizar,independentemente de contraprestao direta em bens ou servios, constituindo

    essas transferncias auxlios ou contribuies, segundo derivem diretamente da Lei deOramento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotaes para amortizaoda dvida pblica.

    As tabelas para classificao da despesa pr categoria econmica, grupo de despesa,modalidade de aplicao, elemento e subelemento constam no classificador deReceita e Despesa (Decreto n.. 35.021 de 19 de maro de 2004)), periodicamenterevisto e atualizado pela Subsecretaria de Controle e aprovado por Decreto do Chefedo Poder Executivo.

    A especificao da despesa quanto a sua natureza, adotada pelo Estado do Rio deJaneiro, a estabelecida pelo Decreto N. 35.021 de 19 de maro de 2004), e

    alteraes posteriores, que conjuga tabelas de categorias econmicas, grupos dedespesa, modalidades de aplicao, elementos de despesa e subelemento dadespesa.

    De acordo com esse critrio a despesa identificada por um conjunto de oito dgitos,assim distribudos:

    X.X.XX.XX.XX

    Exemplo: A despesa referente compra de combustvel ser assim classificada:3.3.90.30.13, onde:3, significa despesa corrente (categoria econmica);3, outras despesas correntes (grupo de despesa);90, aplicaes diretas (modalidade de aplicao);30, material de consumo (elemento);

    13, Combustvel destinado a veculo individual (subelemento).

    3.1.3 - Fonte de Recursos

    A despesa classificada de acordo com a fonte de receita que a financia, ou seja aorigem dos recursos. Entre as diversas fontes utilizadas, destacam-se as seguintes:

    Recursos do Tesouro

    00 Ordinrios Provenientes de Impostos;01 Outros No Provenientes de Impostos;04 Indenizao Pela Extrao De Petrleo;

    05 Salrio Educao;06 Fundo De Participao Dos Estados - FPE;11 Operaes De Crdito Atravs Do Tesouro;

    Categoria econmica

    Grupo de despesa

    Modalidade de AplicaoElemento

    Subelemento

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    26 Contribuio de Interveno do Domnio Econmico;

    Recursos de Outras Fontes

    10 Arrecadao Prpria Administrao Indireta;12 Convnios Administrao Direta;13 Convnios Administrao Indireta;

    15 Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaodo magistrio FUNDEF;17 Operaes De Crdito Atravs da Administrao Indireta;25 Sistema nico de Sade;96 Multa pela infrao do Cdigo de Defesa do Consumidor;97 Conservaes Ambiental;98 Outras Receitas da Administrao Indireta;99 Outras Receitas da Administrao Direta.

    3.1.4 - Funcional

    A despesa classificada por Funo, Subfuno, Programa e Projeto, Atividade ouOperaes Especiais, obedecendo seguinte estrutura de codificao conforme

    estabelece a Portaria n. 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Oramento eGesto.

    XX.XXX.XXXX.XXXX

    onde,Funo representa o maior nvel de agregao das aes do Governo;Subfuno o desdobramento da funo, pelo qual se estabelecem produtos finais queconcorrem para a soluo dos problemas da sociedade;Programa instrumento de organizao da ao governamental visando a concretizao dosobjetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; eProjeto / atividade / Operaes Especiais so a materializao dos objetivos dos programas.

    Exemplo:Na classificao Funcional definida por 01.031.0002.2213,01 representa a Funo Legislativa;031, a Subfuno Ao Legislativa;0002, o Programa Gesto Administrativa; e2213, a Atividade Reformar, Equipar, e Ampliar Instalaes.

    Portaria n. 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Oramento e Gesto.

    Funo

    Subfuno

    Programa

    Projeto/Atividade/Operaes Especiais

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    Art. 1 As funes a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de maro de 1964,discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alteraes posteriores, passam a ser as constantes doAnexo que acompanha esta Portaria.................................... 1 Como funo, deve entender-se o maior nvel de agregao das diversas reas de despesa quecompetem ao setor pblico.................................... 3 A subfuno representa uma partio da funo, visando a agregar determinado subconjunto dedespesa do setor pblico...................................Art. 2 Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por:a) Programa, o instrumento de organizao da ao governamental visando concretizao dosobjetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;b) Projeto, um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendoum conjunto de operaes, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para aexpanso ou o aperfeioamento da ao de governo;c) Atividade, um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendoum conjunto de operaes que se realizam de modo contnuo e permanente, das quais resulta umproduto necessrio manuteno da ao de governo;d) Operaes Especiais, as despesas que no contribuem para a manuteno das aes de governo,das quais no resulta um produto, e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ouservios. (Portaria N. 42, de 14 de abril de 1999)

    4 - Estgios da Realizao da Despesa -

    A Despesa Pblica Oramentria passa por trs estgios, de acordo com a LeiFederal n. 4.320/64. Porm, doutrinariamente, alguns autores consideram, tambm, afase da Fixao da Despesa.

    4.1 Fixao da Despesa

    A fixao a etapa inicial da despesa pblica, e est consubstanciada em vriosdispositivos Constitucionais, pois a Constituio Federal veda, expressamente, que asdespesas excedam os crditos oramentrios ou adicionais (art. 167 - II).

    4.2 Empenho da Despesa

    4.2.1 - Conceitos

    O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para oEstado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. (art.58 da Lei Federal n. 4.320/64, e art. 84 da Lei Estadual n. 287/79)

    vedada a realizao de despesa sem prvio empenho ou acima do limite doscrditos oramentrios concedidos (arts. 59 e 60 da Lei Federal n. 4.320/64 e Lei

    Estadual n. 287/79, art. 87).O Empenho ser autorizado pelo Ordenador da Despesa (Lei Estadual n. 287/79,Art. 82) atravs da "NAD" Nota de Autorizao da Despesa, sendo esta facultativa.

    O Empenho materializa-se pela emisso da nota de empenho, comentando Heraldoda Costa Reis, que h hipteses em que pode se dispensar esta exigncia, comoaquelas do 1 do Art. 60 da Lei 4.320/64, onde passvel de dispensa da Nota deEmpenho, desde que regulamentadas na lei complementar ou supletiva estadual oumunicipal, a exemplo de despesas ou obrigaes de contratos de adeso, deconvnios ou contratos expressos, entre outros casos. Neste sentido, caminha alegislao Estadual, onde observamos esta dispensa insculpida no art. 88, 1, da Lei

    Estadual 287/79.

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    4.2.2 - Modalidades

    De acordo com as caractersticas da despesa, so definidas trs modalidades deEmpenhos (Art. 87, Pargrafo nico, da Lei Estadual n. 287/79):

    Empenho Ordinrio

    Destinado a despesa cujo valor se conhece e que ser pago em uma nica parcela.Exemplo: Aquisio de um bebedouro, pago em uma nica vez.

    Empenho Estimativo

    utilizado nos casos em que no possvel a determinao prvia do valor exato dadespesa, podendo o pagamento ser efetuado em uma nica vez, ou parceladamente.Por essa razo, estima-se um valor e se estabelece um cronograma de pagamento.Exemplo: pagamento de contas de energia eltrica, gua e telefone.

    A cada parcela do Empenho Estimativo a ser paga, acontece uma transao deLiquidao Parcial desse Empenho e a emisso de uma Ordem de Pagamento.

    Constatada a insuficincia do valor estimado para atender despesa empenhadaadmite-se a sua complementao mediante o reforo do Empenho.

    Trata-se de um novo Empenho cujo valor acrescentado ao valor do EmpenhoEstimativo.

    Convm ressaltar que como em qualquer caso de reforo de Empenho, obrigatria aexistncia de saldo no Empenho a ser reforado.

    Empenho Global

    Utilizado nos casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujomontante de pagamento previamente conhecido.Exemplo: Despesa com locao de imvel

    Deve-se considerar dois fatores para a utilizao desta modalidade de empenho. Aprimeira, revela-se no prvio conhecimento do valor total da obrigao, ou dasparcelas vincendas. A segunda concentra-se no parcelamento da obrigao, deve serexecutada por etapas. Assim, o empenho prvio na modalidade global, destina-se afacilitar a execuo da despesa, na medida em que autoriza a concentrao dos

    empenhos, que seriam feitos de forma parcelada considerando-se as etapas deexecuo do contrato, em um nico empenho, tendo por base o valor total do contrato.

    Cumpre notar, que na hiptese da execuo exceder os limites do exerccio financeirono ser possvel a utilizao desta modalidade de empenho. Este impedimentodecorre do imperativo legal insculpido no art. 88, da Lei Estadual 287/79, quedetermina que apenas ser empenhado o valor correspondente a parte da execuocompreendida no exerccio financeiro corrente, no sendo possvel empenhar valoresrelativos exerccios financeiros subseqentes. Esta a interpretao compreendidado mandamento legal em tela, cujo teor se transcreve a seguir:

    Art. 88 A despesa que, por determinao legal ou contratual, setenha de realizar em vrios exerccios, s ser empenhada, em cadaano, pelos quantitativos correspondentes ao exerccio docompromisso.

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    Nesta esteira, muito embora se tenha o valor exato e conhecido da obrigao, e estavenha a se realizar por etapas, caso exceda o exerccio financeiro, apenas podercompreender os quantitativos correspondentes ao exerccio do compromisso. possvel, porm, valer-se do empenho global para as obrigaes, parceladas,correspondentes ao exerccio do seu adimplemento, sendo vedado englobar valoresestranhos ao exerccio financeiro do compromisso.

    Imperioso ressaltar, a necessidade da observncia aos mandamentos previstos naLRF (Lei Complementar 101/2000), onde a Lei Oramentria no poder consignardotao para investimento com durao superior a um exerccio financeiro que noesteja previsto no plano plurianual. Regra que trazemos colao a seguir:

    Art. 5. O projeto de lei oramentria anual, elaborado de formacompatvel com o plano plurianual, com a lei de diretrizesoramentrias e com as normas desta Lei Complementar:

    (omissis)

    5. A lei oramentria no consignar dotao para investimento

    com durao superior a um exerccio financeiro que no estejaprevisto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua incluso,conforme disposto no 1o do art. 167 da Constituio.

    Pelo exposto, as obrigaes que excederem a um exerccio financeiro, alm deestarem previstas no PPA (plano plurianual), no podero ser empenhadas pelamodalidade global considerando-se a totalidade do contrato, mas apenas pela partereferente ao exerccio do compromisso.

    Como sabido, nos compete repetir, que pertencem ao exerccio financeiro asdespesas nele legalmente empenhadas, assim determina o mandamento legalprevisto no art. 35, II, da Lei Federal 8.666/93, esta regra transcreve-se no art. 10, II,da Lei Estadual 287/79, como verificamos a seguir:

    Art. 10. Pertencem ao exerccio financeiro:

    (omissis)

    II as despesas nele empenhadas.

    4.2.3 - Da Formalizao

    Art. 7 da Resoluo SEFCON n. 6.024 de 27/03/2001

    2 - A Nota de Autorizao de Despesa - NAD poder ser utilizada como documento

    autorizativo de despesa, sendo que nestes casos, obrigatoriamente, far parteintegrante do processo.

    Para as formalidades do empenhamento da despesa devero ser observados, alm daLei Estadual n. 287/79, Artigos 81 ao 88, a Portaria n. 103/SECIN de 23/12/88,alterada pela Portaria n. 108/SECIN de 28/02/1989.

    O Empenho ser formalizado por meio da emisso, atravs do SIAFEM/RJ comeventos do tipo 4, do documento denominado Nota de Empenho (NE), onde soespecificados, entre outros, os seguintes campos:

    data de emisso, nmero da NE no SIAFEM/RJ e cdigo do evento; identificao da Unidade Gestora emitente; nome, CGC ou CPF, e endereo do credor;

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    programa de trabalho, natureza da despesa, fonte dos recursos e valor dadespesa;

    modalidade de Empenho; modalidade de Licitao, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referncia legal,

    nmero do processo e especificao; NE de referncia, no caso de reforo ou anulao;

    cronograma de desembolso; especificao do objeto da despesa, quantidade e preos unitrios e total; tipo de Empenho; assinatura do servidor responsvel pela emisso da NE; assinatura do Ordenador de Despesa/preposto;assinatura do responsvel pela Coordenao Contbil, ou rgo equivalente.

    Resoluo 3.029 de 26/04/1999Evento o instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento de telas e/ou

    documentos de entrada no SIAFEM, para transformar atos e fatos administrativos rotineirosem registros contbeis automticos.

    O cdigo do Evento composto de seis algarismos, assim estruturados: XX.X.XXX, onde:os dois primeiros algarismos identificam a Classe, ou seja, o conjunto de Eventos de uma

    mesma natureza de registro (exemplo: os Eventos da Classe 40 registram a emisso de

    Empenhos; os da Classe 51, a apropriao da despesa no estgio da Liquidao; os daClasse 52, as obrigaes e retenes para pagamento posterior; e os da Classe 53 ou7(eventos tipo 7 so destinados, em sua maioria para programao de desembolso PD), aliquidao dessas obrigaes com o respectivo pagamento);

    terceiro algarismo identifica o Tipo de Utilizao do Evento (exemplo: 0 quando utilizadodiretamente pelo Gestor; 1, quando se tratar de Evento interno do prprio SIAFEM, tambmchamado Evento de mquina; e 5, para estorno de Evento do Gestor); e

    os trs ltimos algarismos indicam a numerao seqencial dos Eventos.Exemplos: 400091 Evento destinado a empenhamento da despesa.

    510110 - Evento destinado a liquidao de despesas com servios de terceirospessoa jurdica.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

    Aprova o Cdigo de AdministraoFinanceira e Contabilidade Pblica do

    Estado do Rio de Janeiro e d outras

    providncias

    (...)Captulo IIIDa Despesa

    Seo IDo Empenho

    Art. 81 - A despesa do Estado obedecer Lei de Oramento e s leis especiais, constituindocrime de responsabilidade os atos dos Ordenadores que contra elas atentarem.

    Art. 82 - So competentes para autorizar despesas, movimentar as cotas e transfernciasfinanceiras:I - o Governador;II - o Vice-Governador;III - as autoridades do Poder Judicirio, indicadas por lei ou nos respectivos regimentos;IV - as autoridades do Poder Legislativo, indicadas no respectivo regimento;V - o Presidente do Tribunal de Contas;VI - o Presidente do Conselho de Contas dos Municpios;VII - os Secretrios de Estado;VIII - o Chefe do Gabinete Militar;IX - os titulares de autarquias, de empresas pblicas, de sociedades de economia mista e defundaes, de acordo com o estabelecido em lei, decreto ou estatuto;X - os Procuradores Gerais do Estado e da Justia e o Procurador Chefe do Ministrio PblicoEspecial. 1 - A competncia prevista neste artigo poder ser objetivo de delegao a ordenadores de

    despesas, mediante o ato normativo expresso, a ser comunicado ao Tribunal de Contas e Secretaria de Estado de Fazenda.

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    2 - Os rgos de contabilidade inscrevero como responsveis todos os ordenadores dedespesas, os quais s podero ser exonerados de responsabilidade aps julgadas regularessuas contas pelo Tribunal de Contas do Estado. 3 - Para fins do disposto neste artigo, entende-se como ordenador de despesas toda equalquer autoridade de cujos atos resultarem reconhecimento de dvida, emisso de empenho,autorizao de pagamento, concesso de adiantamento, suprimento de fundos ou dispndio derecursos do Estado ou pelos quais este responda.Art. 83 - A aplicao dos crditos oramentrios e adicionais compreende trs fases: empenho,liquidao e pagamento.Art. 84 - Empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria, para oEstado, obrigao de pagamento, pendente ou no de implemento de condio. 1 - O empenho de despesa far-se-, estritamente, segundo a discriminao oramentria eno poder exceder o limite dos crditos concedidos. 2 - Ao empenho da despesa dever preceder licitao ou sua dispensa. Art. 85 - O empenho de despesa compreende a autorizao e a formalizao. 1 - A autorizao a permisso dada por autoridade competente para a realizao dedespesa. 2 - A formalizao a deduo do valor da despesa, feita no saldo disponvel da dotao oudo crdito apropriado comprovada pela Nota de Empenho.Art. 86 - Para cada empenho ser extrado um documento denominado Nota de Empenho.Pargrafo nico - A Nota de Empenho dever conter em todas as vias:1) o nome do credor;

    2) a especificao da despesa;3) a importncia da despesa;4) a declarao de ter sido o valor deduzido do saldo da dotao prpria, firmada pelo servidorencarregado e visada por autoridade competente;5) declarao expressa, quando se tratar de despesa de carter secreto ou reservado.Art. 87 - vedada a realizao de despesa sem prvio empenho, ressalvado o disposto nos 1 e 2 do art. 88.Pargrafo nico - Os empenhos classificam-se em:1) Ordinrio - quando destinado a atender despesa cujo pagamento se processe de uma s vez;2) Por Estimativa - quando destinado a atender despesas pelas quais no se possa previamentedeterminar o montante exato;3) Global - quando destinados a atender despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento,cujo montante exato possa ser determinado.Art. 88 - A despesa que, por determinao legal ou contratual, se tenha de realizar em vrios

    exerccios, s ser empenhada, em cada ano, pelos quantitativos correspondentes ao exercciodo compromisso. 1 - Alm de outras previstas em legislao prpria, dispensada a emisso da nota deempenho para as despesas de pessoal, correspondentes a vencimentos, remuneraes, salriose demais vantagens fixadas em leis gerais ou especiais. 2 - No caso dos encargos da Dvida Pblica Fundada, permitida a emisso, a posteriori, dasnotas de empenho.Art. 89 - No dever ser empenhada, dentro de cada trimestre, importncia superior quartaparte da dotao anual fixada, exceto quando se tratar de empenho global ou por estimativa. 1 - No se compreendem nesta proibio os saldos no utilizados das cotas dos trimestresanteriores. 2 - Se, em fase de razes relevantes, a dotao no puder ser aplicada uniformemente nocurso do exerccio, as autoridades mencionadas nos incisos I a X do art. 82 podero autorizardistribuio diversa.(...)

    LEI COMPLEMENTAR N. 101, de 04 de maio de 2000(LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL)

    Captulo IVDa Despesa Pblica

    Seo IDa Gerao da Despesa

    Art. 15 Sero consideradas no autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimnio pblico agerao de despesa ou assuno de obrigao que no atendam o disposto nos arts. 16 e 17.Art. 16 A criao, expanso ou aperfeioamento de ao governamental que acarreteaumento da despesa ser acompanhado de:

    I estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor enos dois subseqentes;II declarao do ordenador de despesa de que o aumento tem adequao oramentria e

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    financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei dediretrizes oramentrias.

    1 Para os fins desta Lei Complementar, consider-se:I adequada com a lei oramentria anual, a despesa objeto de dotao especfica e suficiente,ou que esteja abrangida por crdito genrico, de forma que somadas todas as despesas damesma espcie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, no estejamultrapassados os limites estabelecidos para o exerccio;II compatvel com o plano plurianual e a lei de diretrizes oramentrias, a despesa que seconforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e noinfrinja qualquer de suas disposies. 2 A estimativa de que trata o inciso I do caput ser acompanhada das premissas emetodologia de clculo utilizadas. 3 Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos emque dispuser a lei de diretrizes oramentrias. 4 As normas do caput constiturem condio prvia para:I o empenho e licitao de servios, fornecimento de bens ou execuo de obras;II desapropriao de imveis urbanos a que se refere o 3 do art. 182 da Constituio.(...)

    De forma a facilitar a emisso da Nota de Empenho no SIAFEM/RJ, os pontos abaixo

    relacionados devem ser analisados quando do recebimento da Nota de Autorizao daDespesa - NAD, ou documento que o substitua:

    Nmero do Processo; rgo, unidade, funo, programa, subprograma, atividade ou projeto, nmero de

    ordem, natureza de despesa, de conformidade com o quadro de detalhamento dadespesa;

    Subelemento / item; Fonte de recursos, Espcie de empenho; Valor que se est empenhando;

    Valor por extenso do empenho; Nome do favorecido, CNPJ, CPF, endereo completo; Especificao da despesa; Espcie da licitao, sua dispensa ou inexigibilidade; Prazo de entrega dos materiais ou servios; Data e assinatura do responsvel pela emisso da NAD, se houver; Data, assinatura e amparo legal da Autoridade Ordenadora da Despesa e, Data, assinatura e amparo legal da Autoridade Ratificadora da Despesa, quando

    houver necessidade.

    Quando da utilizao de um evento no SIAFEM/RJ, vrias so as contas utilizadas de

    forma a permitir um correto controle contbil daquilo que se pretende realizar.

    Quando do empenhamento de uma despesa:

    Documento no SIAFEM/RJ "NE"

    Evento a ser utilizado: 400091 - EMPENHAMENTO DA DESPESA400092 - REFORCO DO EMPENHO400093 - ANULAO DO EMPENHO

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    Notamos portanto, que um nico empenho envolve a contabilizao do valor propostoem diversas contas contbeis, que permitiro o controle at mesmo nas fasesimediatamente posteriores, ou seja, a liquidao e o pagamento.

    4.3 Liqu idao da Despesa

    A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor,tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito, com ofim de apurar:

    I - a origem e o objeto do que se deve pagar; "(Lei .Estadual n. 287/79 Art. 90 1,1)"II - a importncia exata a pagar; "(Lei Estadual n. 287/79 Art. 90 1, 2)"III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao."(Lei Estadual n.

    287/79 Art. 90 1, 3)"

    A liquidao da despesa ter por base: (Lei Estadual n. 287/79 Art. 90, 2)

    .I - o contrato, ajuste ou acordo se houver;II - a nota de empenho;III - os comprovantes de entrega do material ou da prestao efetiva do servio ou

    execuo da obra, que sero apresentados no original.No SIAFEM/RJ, a Liquidao formalizada por meio de Nota de Lanamento (NL),com o Evento tipo 51.0.XXX. Neste procedimento, a despesa classificada at o nvelde subelemento, ou seja, com a seguinte estrutura de codificao:X.X.XX.XX.XX , onde:

    O primeiro algarismo indica a Categoria Econmica;O segundo indica o Grupo de Despesa;O terceiro e o quarto indicam a Modalidade de Aplicao;O quinto e o sexto indicam o Elemento; eO stimo e o oitavo indicam o Subelemento.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979Aprova o Cdigo de Administrao

    Financeira e Contabilidade Pblica do

    Estado do Rio de Janeiro e d outras

    providncias

    (...)Seo II

    Da LiquidaoArt. 90 - A liquidao da despesa consiste na verificao do direito do credor, tendo por base osttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito. 1 - Esta verificao tem por fim apurar:1) a origem e objeto do que se deve pagar;2) a importncia exata a pagar;3) a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao. 2 - A liquidao da despesa por fornecimento feito, servio prestado ou obra executada terpor base:1) o contrato, ajuste ou acordo, se houver;2) a nota de empenho;3) os comprovantes da entrega do material, da prestao efetiva do servio ou da execuo daobra;4) prova de quitao, pelo credor, das obrigaes fiscais incidentes sobre o objeto da liquidao. 3 - Os documentos de que trata o item 3 devero conter declarao expressa, assinada pordois servidores, excetuado o ordenador da despesa, de que foi recebido o material, executado oservio ou realizada a obra em condies satisfatrias para o servio pblico.

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    4 - Para os fins do item 4 deste artigo, a prova de quitao abranger, to-somente, asobrigaes fiscais de ordem estadual que incidam, especificamente, sobre o objeto daliquidao, e poder ser feita pelo documento fiscal que, para efeito do fornecimento do material,da prestao de servio ou execuo da obra, estiver obrigado o credor a emitir. 5 - Nos casos de realizao de obra ou aquisio e instalao de equipamentos especiais,ser indispensvel declarao assinada por profissional habitado do Estado em que ateste suaexecuo, as condies tcnicas de realizao e a concordncia com plantas, projetos,oramentos e especificaes respectivas.Art. 91 - Como comprovante de despesa s sero aceitas as primeiras vias de Nota Fiscal oudocumento equivalente, no caso de no obrigatoriedade de emisso da Nota Fiscal. 1 - No caso de extravio ou inutilizao da primeira via do documento fiscal, poder ser aceitacpia do documento devidamente autenticada pela repartio fiscal competente. 2 - Em caso de extravio ou inutilizao, a Nota de Empenho poder ser suprida por cpiareprogrfica devidamente autenticada, uma vez publicada a ocorrncia no rgo oficial doEstado.

    Art. 92 A liquidao da despesa, na Administrao Estadual, ser feita pelas UnidadesGestoras executoras da despesa.(*)Pargrafo nico - A regularidade da liquidao da despesa ser atestada e certificada porprofissional qualificado da rea contbil.(*)(*) Nova redao dada pelo Art. 1 da Lei n. 3.506/2000. (...)

    De forma a verificar a condio de conformidade para emisso da NL Nota deLiquidao no SIAFEM/RJ, devero ser observados os seguintes itens:

    Se a especificao, o nome do beneficirio e o valor so os mesmos na proposta, nanota de empenho e na nota fiscal;

    Se os clculos aritmticos esto corretos; Se a primeira via da nota de empenho consta do processo; Se a primeira via da nota fiscal consta do processo; Se na primeira via da nota fiscal consta declarao expressa assinada por dois

    servidores, excetuado o ordenador de despesa, de que foi recebido o material,executado o servio ou realizada a obra em condies satisfatrias para o serviopblico;

    Se houve substituio por documento hbil, devidamente atestado; Se a entrega do material ou execuo do servio foi feita dentro do prazo; Se o atraso na entrega do material ou execuo do servio est devidamente

    justificado, caso tenha ocorrido; Se houve a devida aplicao da multa regulamentar, quando for o caso; Se o clculo das obrigaes tributrias est correto, quando for o caso; Se a iseno de obrigaes tributrias est justificada, quando for o caso; Concluso.

    Apontar na forma de Concluso, tomando como base os itens acima:

    Se o processo se reveste das formalidades legais;Se a despesa est liquidada e pode ser providenciado o pagamento;

    Se o processo deve retornar ao rgo de origem, para cumprir exigncia, neste casoas exigncias devem ser relacionadas de forma clara e objetiva, visando uma fcilcompreenso e saneamento, retornando o mais breve possvel para concluso daliquidao.

    Estando em condies de se dar prosseguimento a liquidao emitida ento umaNL, Nota de Liquidao, no SIAFEM/RJ.Eventos a serem utilizados: 510XXX - LIQUIDAO DA DESPESA

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    Consiste na quitao do valor devido ao credor, extinguindo dessa forma a obrigao.

    Antes de sua efetivao, faz-se necessria, pelo Ordenador da Despesa ou servidorcom delegao de competncia de cada Secretaria, das Autarquias e das Fundaes

    a ordenao para pagamento, nos respectivos processos de liquidao, informando onmero da RESOLUO da SECRETARIA DE CONTROLE ou o ato expresso doGovernador do Estado que liberou financeiramente a despesa para a elaborao daPD ou outro meio de pagamento, sendo que a regra a PROGRAMAO DEDESEMBOLSO "PD".

    RESOLUO SEFCON N. 6.229 DE 20 DE ABRIL DE 2001

    Art. 2 - Os pagamentos das despesas dos rgos mencionados no Pargrafo nico do artigo anteriorpassaro a ser feitos, a partir de 28 de maio de 2001, exclusivamente por meio de ordens bancrias, apsa correspondente liquidao da despesa. e emisso das Programaes de Desembolso - PD, do SistemaIntegrado de Administrao Financeira para Estados e Municpios -SIAFEM/RJ, por parte dos referidosrgos.

    RESOLUO SEFCON N. 4.757 DE 12 DE SETEMBRO DE 2000

    Art. 2 - Os pagamentos das despesas dos rgos mencionados no 1 do artigo anterior passaro a serfeitos, a partir de 29 de setembro de 2000, exclusivamente por meio de ordens bancrias, aps acorrespondente liquidao da despesa. e emisso das Programaes de Desembolso - PD, do SistemaIntegrado de Administrao Financeira para Estados e Municpios -SIAFEM/RJ, por parte dos referidosrgos.

    LEI N. 287, de 04 de dezembro de 1979Aprova o Cdigo de Administrao

    Financeira e Contabilidade Pblica do

    Estado do Rio de Janeiro e d outras

    providncias

    (...)Seo III

    Do PagamentoArt. 93 - A ordem de pagamento o despacho exarado por autoridade competente,determinando que a despesa, devidamente liquidada, seja paga.Pargrafo nico - A ordem de pagamento s poder ser exarada em documento processadopelos rgos de contabilidade. (*) Pargrafo revogado pelo Art. 1 da Lei n. 3.506/2000.Art. 94 - Para efetivao da ordem de pagamento, o rgo competente examinar:I - se consta:

    a) por extenso, o nome do credor e a importncia a pagar; no caso de ordens coletivas, o nomee o nmero de credores, bem assim as quantias parciais e o total de pagamento;b) a classificao da despesa;II - se a despesa foi regularmente liquidada.(*)Nova redao dada pelo Art. 1 da Lei n. 3.506/2000.Art. 95 - Os pagamentos sero feitos pelo Estado, em cheques nominativos, ordens depagamento, crdito em conta ou, em casos especiais em ttulos da Dvida Pblica Estadual, vista de ordem de pagamento. 1 - As despesas pagveis fora do Estado, por fornecimento e servios indispensveis eurgentes, podero ser satisfeitas atravs de ordem de pagamento, de crdito ou de remessa decambiais, por intermdio do Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. - BANERJ. 2 - Nenhuma quitao poder ser aceita sob reserva ou condio. Art. 96 - As autoridades mencionadas nos incisos I a X do artigo 82 deste Cdigo mantero emovimentaro sua respectiva "Conta nica de Recursos a Utilizar", em agncia do Banco doEstado do Rio de Janeiro S.A. - BANERJ subordinada ao "Fundo de Recursos a Utilizar", quecompreende: (*)Redao dada pela Lei n. 1.346 de 16/09/1988.I - as cotas e as transferncias que vierem a ser liberadas para a execuo do oramento;

    b) 4.4 Pagamentoc)

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    II - as receitas prprias, as transferncias da Unio ou de Municpios, os recursos provenientesde contratos, acordos, ajustes e convnios, o produto de restries de consignaes a favor deterceiros e outros recursos financeiros de que a entidade seja titular ou depositria. 1 - As contas nicas sero movimentadas exclusivamente por cheques nominativos. 2 - s autoridades referidas no caput deste artigo vedado: a) a movimentao para outras contas ou outros estabelecimentos bancrios;b) a manuteno de depsito a prazo fixo ou outras aplicaes financeiras; c) o desdobramento das Contas nicas para simples controle, exceto nos casos em que, emvista de legislao federal, houver necessidade de demonstrar fontes e aplicaes de recursos. 3 - No se compreendem no disposto no pargrafo anterior as aplicaes financeiras dasautarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas, comdisponibilidades resultantes de receitas prprias, bem como dos Fundos Especiais, desde quedevidamente autorizadas pelo governador.(*) redao dada pela Lei n. 1.548 de 16/10/1989. 4 - No ser admitido o dbito na conta "Fundo de Recursos a Utilizar" como forma depagamento de despesa.Art. 97 - O "Fundo de Recursos a Utilizar", com as suas respectivas "Contas nicas de Recursosa Utilizar", ser mantido e movimentado em instituio bancria oficial designada pela Secretariade Estado de Fazenda, e ter a denominao de "Estado do Rio de Janeiro - Tesouro do Estado- Fundo de Recursos a Utilizar". 1 - Para a movimentao da "Conta nica de Recursos a Utilizar" o titular da conta ouautoridade delegada requisitar ao Banco tales de cheques assim caracterizados:

    1) cruzado em preto, para atender ao pagamento de despesa acima de 5 (cinco) Valores deReferncia;2) sem cruzamento, para as despesas e adiantamentos at 5 (cinco) Valores de Referncia. 2 - vedada a emisso de mais de um cheque sem cruzamento, para pagamento da mesmanota fiscal ou documento equivalente. 3 - A abertura, o encerramento, a fuso ou qualquer modificao da "Conta nica deRecursos a Utilizar", bem como os desdobramentos necessrios por exigncia legal, somentesero processados por ordem expressa da secretaria de Estado de Fazenda. 4 - As contas em nome do Tesouro Estadual sero movimentadas exclusivamente pelaSecretaria de Estado de Fazenda.Art. 98 - No caso de pagamento a mais ou indevido, a autoridade competente providenciar orecolhimento da respectiva importncia ao Tesouro Estadual, que ser classificada comoanulao de despesa, se ainda estiver aberto o exerccio relativo ao pagamento ou como receitaoramentria, em caso contrrio.

    Art. 99 - Os servios e os rgos de preparo de pagamento mantero registro especiais dos atossuspensivos ou impeditivos de pagamentos. 1 - As quantias seqestradas ou penhoradas a favor de terceiros somente lhes podero serpagas mediante mandato, expedido pela autoridade competente. 2 - Enquanto no requisitada a entrega das somas penhoradas ou seqestradas, sero asordens de pagamento arquivadas nas reparties pagadoras, tendo anexos os mandadosrelativos ao seqestro ou penhora.Art. 100 - O Tesouro Estadual no pagar vencimento, remunerao ou quaisquer vantagens,sob qualquer ttulo ou pretexto, sem expressa autorizao decorrente de lei ou ato que aregulamente.Art. 101 - O pagamento do inativo ou pensionista s ser feito depois de sua inscrio emregistro prprio, com base no respectivo processo, aps apreciada sua legalidade pelo Tribunalde Contas.Pargrafo nico - O servidor, quando aposentado, receber, a ttulo de abono de proventos, e apartir da data da publicao do ato de aposentadoria, importncia mensal proporcional ao tempo

    de servio apurado, computados vencimentos e vantagens, independentemente da apreciaoda legalidade, pelo Tribunal de Contas, do respectivo ato.Art. 102 - Os pagamentos devidos pela Fazenda Pblica, em virtude de sentena judiciria, far-se-o na ordem de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, sendoproibida a designao especial de casosou pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditosadicionais abertos para esse fim.(...)

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    5 - Regime de Execuo das Despesas

    5.1 - Despesas por Processo Normal de Aplicao.

    So aquelas em que as prprias Unidades Oramentrias realizam todas as etapas doseu processamento, ou da sua dispensa ou inexigibilidade.

    O processamento normal para uma licitao o seguinte:

    Constata a carncia do material/servio necessrio (requisitante); Formula expediente solicitando, detalhadamente o material/servio necessrio

    (requisitante); constatada a impossibilidade de atendimento ou a eminncia de falta (rea de

    material); providenciada a cotao para estimar a despesa (rea de material); sugerida a forma de aquisio fundamentadamente (indicando modalidade e

    tipo) (rea de material); verificada a disponibilidade oramentria e informada sua existncia (exigncia

    legal) (rea financeira); Autoriza a aquisio (incio da licitao pblica) (Ordenador de Despesa); bloqueado o valor estimado para a despesa (rea financeira); expedida a documentao oficial para aquisio (rea de material); So apreciados eventuais instrumentos convocatrios/contratos, pronunciando-se; Junta ato(s) de designao dos membros da Comisso Permanente de Licitao

    (CPL); Designa dia/hora/local para a realizao da Abertura da Licitao, observando a

    viabilidade do cumprimento do prazo legal mnimo (CPL); Providencia publicao e/ou expede documentao divulgatria (rea de material); Entrega a documentao convocatria aos interessados qualificados (cadastrados

    previamente) (rea de material); Na data aprazada recebe os envelopes com a documentao habilitatria e o com as

    propostas, e abre os de habilitao (CPL); Divulga habilitaes/inabilitaes, devolve envelopes-proposta dos inabilitados, abre

    os dos habilitados e lavra a Ata (CPL); Analisa as propostas, preenche o Mapa Comparativo de Preos/notas, julga, divulga o

    resultado e lavra a Ata (CPL); Sonda os preos de mercado (rea de material); Homologa a licitao e adjudica o objeto (Ordenador de Despesa); Registro do valor real da despesa e emite o documento de Autorizao da Despesa

    (rea financeira); analisado o processo pela rea contbil (rea contbil); emitido o empenho (rea contbil);

    Entrega-se a primeira via do empenho ao(s) adjudicatrios(s) e formalizam-seeventuais contratos (rea de material).

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    5.2 Adiantamentos.

    Consiste na entrega de numerrio a servidor, devidamente credenciado, sempreprecedida de Empenho, na dotao oramentria prpria, a fim de realizar despesasque no possam se subordinar ao processo normal de execuo. (Lei Estadual n.287/79, art. 103 ao 115; Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93).

    So despesas especialmente processveis pelo regime de adiantamentos:

    Concesso

    1 - despesas com diligncias policiais at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), Decreto n.3.147/80, alterado pelo Decreto n.18.827/93. Classificao da Despesa 3390.30.XX,ou 3390.39.XX;

    2 - despesas eventuais de gabinete at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), conformeDecreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Classificao da Despesa3390.30.XX, 3390.39.XX, ou 4490.52.XX;

    3 - despesas midas de pronto pagamento at R$ 4.000,00 (quatro mil reais),conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Dispensa delicitao conforme Art. 24, II, Lei Federal n. 8666/93. Classificao da Despesa3390.39.24;

    4 - despesas extraordinrias ou urgentes at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), salvo setratar de aquisio de gneros alimentcios, quando esse limite poder ascender a atR$ 40.000,00 (quarenta mil reais), independendo neste ltimo caso, de autorizao doGovernador do Estado, conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n.18.827/93. Dispensa de licitao conforme Art. 24, IV Lei Federal n. 8666/93.Classificao da Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX;

    5 - despesas de carter secreto ou reservado at R$ 20.000,00 (vinte mil reais),conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Dispensa delicitao conforme Art. 24, IV, Lei Federal n. 8.666/93. Classificao da Despesa3390.30.XX, ou 3390.39.XX.

    Importante:

    No se conceder adiantamento: (Art. 3, do Decreto n. 3.147/80)

    a servidor em alcance (servidor, responsvel por adiantamento, que no

    apresentou comprovao dentro do prazo);a servidor responsvel por 2 adiantamentos a comprovar;a servidor que no esteja em efetivo exerccio;a servidor que esteja respondendo a inqurito administrativo;ao ordenador de despesas ou do pagamento do adiantamento.

    Qualquer despesa relativa ao adiantamento somente poder ser efetuada apsa sua autorizao, cujo pagamento, entretanto, s ser permitido aps o seu orecebimento (Art. 8, Decreto n. 3.147/80).

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    Aplicao

    Prazo mximo de 60 dias corridos para efetuar as despesas, a partir da data daassinatura da autorizao na NAD (Nota de Autorizao da Despesa), Art. 12, Decreton. 3.147/80.

    No sendo gasto todo o valor do adiantamento, o responsvel dever devolv-lo aoEstado atravs de depsito em conta bancria, no mesmo prazo da aplicao (Art. 12,III, Decreto n. 3.147/80)

    Todas as despesas efetuadas tero como comprovantes as primeiras vias de NotasFiscais , com data contempornea ou posterior da autorizao do adiantamento,em nome e com CNPJ do rgo concedente (Art. 16, 2, Decreto n. 3.147/80).

    Todo material adquirido ou servio prestado deve ser especificado claramente nodocumento fiscal (valores, quantidade, etc.).

    Todos os documentos fiscais, comprovantes de despesas, devero conter declarao

    expressa do recebimento, no prprio documento. (Art. 12, 2, Decreto n. 3.147/80).

    Todos os documentos fiscais comprovantes de despesas devero conter atestao,por dois servidores, do recebimento do material ou a prestao do servio. Aautoridade requisitante dar o visto. (Art. 12, 4, Decreto n. 3.147/80).

    Com exceo do CPMF (Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira)todas as despesas extras, tais como taxas bancrias etc. sero cobradas aoresponsvel pelo adiantamento.

    Todo adiantamento s poder ser aplicado e devolvido dentro do exerccio financeiro(ano) em que foi concedido.(Art. 12, 5, Decreto n. 3.147/80).

    Observar atentamente os tpicos sobre legislao, neste manual, com referncia aIRRF, e INSS sobre autnomos, aplicveis sobre as despesas de adiantamentos.

    Comprovao

    O prazo para comprovao de 30 dias aps o ltimo dia para aplicao. (Art. 15, 1, Decreto n. 3.147/80).O Processo de Comprovao ser encaminhado a autoridade requisitante, no prazoacima, atravs de Ofcio.

    A autoridade requisitante tem o prazo de cinco dias, a contar da data do recebimentodo Processo de Comprovao do Adiantamento, para encaminh-lo a Coordenadoriade Contabilidade Analtica, ou rgo equivalente, ex-CONSEC. (Art. 19 do Decreto n.3.147/80).

    A Coordenadoria de Contabilidade Analtica, ou rgo equivalente de contabilidade,dispor de 25 dias para o exame do processo. (Art. 20 do Decreto n. 3.147/80)O prazo para cumprimento de exigncias de 20 dias, a contar do seu retorno. (Art.20, do Decreto n. 3.147/80).

    O Ordenador da Despesa ter o prazo de cinco dias, a contar do seu recebimento

    para aprovar ou impugnar a comprovao. ( nico do art. 20, do Decreto n.3.147/80).

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    O Processo de Comprovao de Adiantamento dever ser instrudo com os seguinteselementos: (Art. 16 do Decreto n. 3.147//80):

    1. 1 via da Nota Empenho;2. Recibo do depsito bancrio (*);

    3. Mapa Discriminativo da Despesa;4. Comprovante de Despesas (notas fiscais, recibos, etc.);5. Comprovante do recolhimento do saldo do adiantamento, se houver;6. NAD de anulao (se for o caso);7. Cheques no utilizados;8. Comprovante declarando a inexistncia do material adquirido em estoque, emitido

    pelo rgo competente;9. Autorizao para abertura de conta corrente bancria, em nome do servidor

    responsvel pelo adiantamento, vinculada ao valor do adiantamento a serdepositado.(Res. SEF n.. 3.047 de 13/07/1999);

    10. Extratos bancrios, com o saldo "zerado".

    (*) Desconsiderar, no caso de recebimento atravs de execuo de "PD", peloSIAFEM/RJ.

    5.3 - Subvenes / Auxlios - Quadro demonstrativo

    TTULOSCLASSIFICAO

    CONTBILAPLICAO ENTIDADES BENEFICIADAS

    SUBVENESTransfernciasCorrentes

    Despesas CorrentesCusteios

    Pessoas Jurdicas deDireito Pblico ouPrivado com ou sem

    fins lucrativos

    AUXLIOSTransferncias deCapital

    Despesas de CapitalInvestimentos eInverses Financeiras

    Pessoas Jurdicas deDireito Pblico ouPrivado sem finslucrativos

    5.3.1 - Subvenes

    So transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades de qualquernatureza, com exceo das empresas com fins lucrativos, salvo se previstoexpressamente autorizadas em Lei, (Art. 19, da Lei Federal N. 4.320/64 e Art. 41,daLei Estadual N. 287/79), destinadas :

    Promover e desenvolver a cultura, inclusive fsica e desportiva, em qualquer desuas modalidades ou graus;

    Promover amparo ao menor, ao adolescente, ao adulto desajustado ouenfermo;

    Promover a defesa da sade coletiva ou a assistncia mdico-social oueducacional;

    Promover o civismo e a educao poltica;Promover a incrementao do turismo e de festejos populares, em datas

    marcantes do calendrio.

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    5.3.2 - Subvenes Sociais / Auxlios

    So recursos repassados pelo Estado, instituies pblicas ou privadas, - sem finslucrativos. - para auxiliar ou estimular a prestao de servios essenciais deassistncia social, mdica, educacional ou cultural. Em suma, so recursos paraserem utilizados em carter social.

    ENTIDADES BENEFICIADAS: Instituies pblicas ou privadas sem fins lucrativos.FINALIDADE:Auxiliar ou estimular a prestao de servios essenciais de assistnciasocial, mdica e educacional, em suplementao iniciativa privada.CONCESSO:Com base nas unidades de servios a serem efetivamente prestadosou postos disposio dos interessadosCONDIES: Obedincia a padres mnimos de eficincia previamente fixados.Condies satisfatrias de funcionamento julgadas pelos rgos de fiscalizao, bemcomo, as previstas no artigo 41, da Lei Estadual N. 287/79.

    5.3.3 - Subvenes Econmicas

    So recursos repassados pelo Estado, empresas pblicas ou privadas que tenhamcarter industrial, comercial, agrcola ou pastoril, com ou sem fins lucrativos, paracobertura dos dficits de manuteno, de diferena de preos de mercado e derevenda de gneros alimentcios ou outros materiais, bem como, para pagamento debonificaes ou produtos de determinados gneros ou materiais.ENTIDADES BENEFICIADAS: Empresas pblicas ou privadas que tenham carterIndustrial, Comercial, Agrcola ou Pastoril com ou sem fins lucrativos.

    FINALIDADE:Cobertura dos dficits de manuteno ou funcionamento de entidadesda Administrao Indireta. Cobertura de diferena de preos de mercado e de revendade gneros alimentcios ou outros materiais. Pagamento de bonificaes a produtoresde determinados gneros ou materiais.

    CONCESSO: Com base no interesse pblico. Para as empresas de fins lucrativos,exige-se autorizao em Lei Especial.

    CONDIES:A serem fixadas em Lei Especial.

    5.3.4 - Prestao de Contas de Subvenes e Auxlios ao rgo competente.(rgo que concedeu o Auxilio ou Subveno)

    Definio

    De acordo com o art. 8 do Decreto n. 3.148/80, que regulamentou o Capitulo II doTtulo X do Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica (Lei Estadualn. 287/79), Prestao de Contas o procedimento pelo qual, dentro dos prazosfixados em lei, regulamento ou instruo, o responsvel est obrigado, por iniciativapessoal, a comprovar, ante o rgo competente, o uso, o emprego ou a movimentaodos bens, numerrios e valores que lhe foram entregues ou confiados.O processo de Prestao de Contas ser constitudo do conjunto desses documentoscomprobatrios organizados em pasta, onde esto dispostos os Empenhos dasDespesas realizadas, acompanhados de toda a documentao exigida para a sua

    comprovao (Notas Fiscais, Recibos, Guias de Recolhimentos de Impostos,Relaes de Beneficirios de Dirias, etc.).

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    Procedimentos

    Segundo dispe o artigo 41, 2, da Lei Estadual n.. 287/79, o estabelecimento ouinstituio beneficiada pelo Estado prestar contas ao rgo Estadual competente, dacorreta aplicao dada ao Auxlio ou Subveno recebida, no podendo receber

    outro benefcio antes do cumprimento dessa obrigao.

    As entidades beneficiadas, ao prestarem contas da fiel aplicao dosAuxlios/Subvenes recebidas, apresentaro os seguintes documentos:

    a) Comprovantes originais das despesas realizadas, no valor igual ou superior aodo beneficio concedido (inciso II do artigo 18 do Decreto n. 3.148/80 e artigo24, e inciso I, da Deliberao TCE 198/96).

    b) Como Comprovante de Despesa, s sero aceitas as primeiras vias da NotaFiscal ou documento equivalente, no caso de no obrigatoriedade de emissode Nota Fiscal, com data contempornea ou posterior ao recebimento donumerrio. No caso de extravio ou inutilizao da primeira via do documento,

    poder ser aceita cpia do documento devidamente autenticado pela repartiofiscal competente (artigo 24, 1 e 2, da Deliberao TCE n. 198/96); e

    c) Balancete Analtico da entidade beneficiada ou outro demonstrativo contbil,evidenciando o registro do Auxlio ou da Subveno e a aplicao dos recursosrecebidos (artigo 24, inciso II, da Deliberao TCE n.198/96).

    5.3.4.1 - Da Formalizao do Processo de Prestao de Contas

    O rgo formalizar o processo de Prestao de Conta das Subvenes e AuxliosConcedidos e juntar ao mesmo o Processo relativo concesso daquelasSubvenes e Auxlios (art.21, pargrafo nico, da Deliberao TCE n. 198/96).

    O rgo de Controle Interno que atua junto ao rgo estadual responsvel pelaConcesso dos Auxlios/Subvenes emitir Parecer sobre as Contas, conformepreceitua o artigo 24, inciso III, da Deliberao TCE n. 198/96.

    A autoridade competente se pronunciar acerca da Prestao de Contas e do Parecerdo Controle Interno atestando o conhecimento das concluses nele contidas (artigo24, inciso IV, da Deliberao TCE n. 198/96).

    Caso as contas estejam em perfeitas condies para serem aprovadas, a autoridadeque concedeu os Auxlios/Subvenes aprovar formalmente as mesmas eprovidenciar a publicao do aprovo no rgo oficial de imprensa (artigo 24, inciso V,da Deliberao TCE n. 198/96 e alneas b e c do inciso II, do Art. 18, do Decreto n.3.148/80).

    Caso as contas no sejam aprovadas pela autoridade concedente, ser aberta umaTomada de Contas para apurao de responsabilidades acerca do fato.

    A Prestao de Contas ser encaminhada Audi toria Geral do Estado, rgocentral de Controle Interno, da Secretaria de Estado de Fazenda, AGE/SEF, para

    elaborao de Relatrio, com Parecer Conclusivo quanto regularidade ouirregularidade das Contas, subscrevendo, posteriormente, o competente Certificado de

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    Auditoria. (artigo 24, inciso VI, da Deliberao TCE n. 198/96 e Art. 34, do Decreto n.3.148/80).

    5.3.4.2 - Apresentao da Prestao de Contas ao TCE-RJ

    Em conformidade com o artigo 20, da Deliberao TCE n. 198/96 os processos dePrestao de Aplicao de Recursos Concedidos pelo Governo do Estado do Rio deJaneiro, a ttulo de Auxlios ou Subvenes, sero remetidos ao TCE-RJ nos seguintescasos:

    I -Quando concedidos a Entidades Pblicas Estaduais

    A Prestao de Contas ser parte integrante das Contas Anuais dos Ordenadores deDespesas do rgo concedente e ser analisada em conjunto com o respectivoprocesso do Ordenador.

    II- Quando concedidos a Entidades Particulares ou Entidades Pblicas daAdministrao Federal ou Munic ipal, por intermdio do rgo concedente

    A Prestao de Contas ser devidamente instruda pelos Tcnicos do TCE/RJ edever conter todos os elementos exigidos no pargrafo nico, do art. 21 e do artigo24, da Deliberao TCE n. 198/96.Essa Prestao de Contas dever ser remetida ao TCE-RJ no prazo mximo de 180(cento e oitenta) dias, contados do encerramento do exerccio em que foi entregue onumerrio, conforme determina o artigo 21 da mesma Deliberao.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

    Aprova o Cdigo de Administrao

    Financeira e Contabilidade Pblica do

    Estado do Rio de Janeiro e d outras

    providncias

    Seo II

    Das Subvenes e Auxlios

    Ar t. 41 S podero receber auxlios ou subvenes do Estado associaes, agremiaes e entidades

    de qualquer natureza, regularmente organizadas e que mantenham, satisfatoriamente, servios que visema um dos seguintes fins:

    I promover e desenvolver a cultura, inclusive fsica e desportiva, em qualquer de suas modalidades ougraus;

    II promover amparo ao menor, ao adolescente, ao adulto desajustado ou enfermo;

    III promover a defesa da sade coletiva ou a assistncia mdico-social ou educacional;

    IV promover o civismo e a educao poltica;

    V promover a incrementao do turismo e de festejos populares, em datas marcantes do calendrio.

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    1 - As entidades enumeradas neste artigo podero receber auxlio ou subveno para prestao deservio de assistncia social, entendimentos como tal a aquisio, construo ou reforma de imveisocupados pelas entidades beneficiadas, aquisio de equipamentos ou instalaes, e gastos com aprestao de servios, inclusive pagamento de pessoal, sendo que, nesta ltima hiptese, media