Manual Seguranca Edificios

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Manual de Utilizao, Manuteno e Segurana dos Edifcios Administrativos do Ministrio da Educao

Ficha tcnicaConcepo

Direco de Servios de Instalaes e Equipamentos EducativosImpresso

Servio de Reprografia da Direco de Servios de Informao e Documentao Av. 24 de Julho, LisboaTiragem

50 exemplares Outubro de 2006

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Manual de Utilizao, Manuteno e Segurana dos Edifcios Administrativos do Ministrio da Educao

SUMRIO INTRODUOMANUAL DE UTILIZAO, MANUTENO E SEGURANA DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOS 5 6 7 9 10 10 10 11 11 11 12 12 13 14 14 14 15 15 16 17 18 19 19 19 20 20 20 21 23 24 24 24 25 25

CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSSEGURANA RELATIVA A ASPECTOS DE SADE E HIGIENE A UTILIZAO, A SALUBRIDADE E O MEIO AMBIENTE

. Pureza do ar ambiente . Ventilao . Abastecimento de gua . Evacuao de guas residuais domsticas . Evacuao de guas pluviais . Evacuao de lixos . Limpeza e desinfecoSEGURANA CONTRA RISCOS INERENTES AO USO NORMAL SEGURANA NO CONTACTO SEGURANA NA CIRCULAO SEGURANA EM DESNVEIS SEGURANA DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS ELCTRICOS SEGURANA DE INSTALAES DE ASCENSORES SEGURANA DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS DE GS E OUTROS COMBUSTVEIS RISCOS DIVERSOS CASOS PARTICULARES LIGADOS AOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOS OS EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS E INFORMTICOS UTILIZAO DOS DIFERENTES ESPAOS DO EDIFCIO FACILIDADE NA DISPOSIO DE ACESSRIOS E EQUIPAMENTOS ADEQUAO DOS REVESTIMENTOS SUA UTILIZAO INTRUSES HUMANAS E VANDALISMO INTRUSO DE ANIMAIS CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS NO EXTERIOR DOS EDIFCIOS CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS NO INTERIOR DOS EDIFCIOS (Estacionamento Coberto) CONDIES DE HIGIENE, SEGURANA E QUALIDADE ALIMENTARES

. Condies gerais das cozinhas, bares e refeitrios . Preparao, confeco e distribuio das refeies . Lavagem e arrumao de utenslios e louas . Limpeza e conservao dos equipamentos . Higiene e sade do pessoal 3

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SEGURANA CONTRA INCNDIO OS PRINCPIOS E MEIOS GERAIS EM MATRIA DE PREVENO

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. Evitar o incio de um fogo . Decoraes temporrias . Execuo de trabalhos perigososMEIOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIOS

. Sistema de alarme e alerta . Centrais de comando e de sinalizaoSEGURANA CONTRA INCNDIO MEIOS DE EXTINO

. Os extintores . As redes de incndio armadas . As colunas secas ou hmidas . Os hidrantes exterioresCAMINHOS DE EVACUAO VIAS DE ACESSO AOS EDIFCIOS

CAPTULO 2. MANUTENO PREVENTIVAFichas Tipo de Operaes de Manuteno

CAPTULO 3. PLANOS DE SEGURANARESPONSABILIZAO PELA SEGURANA ORGANIZAO DA SEGURANA CONTRA INCNDIO PLANOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

. Plano de preveno . Plano de emergncia . Instruo, formao e exerccios de seguranaCADERNO DE REGISTO DA SEGURANA VISTORIAS PELO SNBPC SEGURANA AOS SISMOS CONSIDERAES GERAIS EM MATRIA DE SEGURANA MEDIDAS DE PREVENO E SEGURANA MEDIDAS DE PROTECO EDUCAO E PREPARAO DOS UTENTES

MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE SISMOO que esperar em caso de sismo! O que fazer durante o sismo! O que fazer aps o sismo!

EXERCCIOS DE EVACUAO

CAPTULO 4. BIBLIOGRAFIA

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INTRODUOO Manual de Utilizao, Manuteno e Segurana nos Edifcios Administrativos do Ministrio da Educao teve como modelo o manual anteriormente elaborado por este Ministrio para as instalaes escolares, seguindo a sua estrutura e a sua metodologia, embora adoptando as normativas especficas para os edifcios de tipo administrativo, como exigem as Normas de Segurana aprovadas pela Portaria 1276/2002, de 19 de Dezembro, do Ministrio da Administrao Interna e do Ministrio das Obras Pblicas, Transportes e Habitao. Este manual tem como objectivo servir de apoio aos Organismos do Ministrio de Educao na gesto dos edifcios administrativos que lhe esto afectos, de modo a garantir as adequadas condies de instalao, funcionamento e segurana de pessoas e bens. Estas condies devero ser mantidas e preservadas durante o funcionamento normal dos servios, garantindo-se assim a salvaguarda da sade e do bem - estar dos seus utentes, a proteco e conservao dos edifcios, das instalaes tcnicas, dos equipamentos e do mobilirio, determinantes na melhoria da qualidade do servio prestado. O manual est organizado em quatro captulos: CAPTULO 1: Utilizao, que inclui informaes, regras a respeitar e cuidados a ter na utilizao das instalaes e dos equipamentos, para garantia das condies de habitabilidade e segurana; CAPTULO 2: Manuteno, que inclui princpios mnimos para a conservao (manuteno preventiva) das instalaes ao longo do tempo, prolongando a sua vida til, preservando a sua integridade e as condies de utilizao; CAPTULO 3: Planos de segurana, relativos organizao da segurana, garantindo-se a permanente operacionalidade dos meios, dispositivos e equipamentos de segurana, bem como a preparao e organizao dos meios existentes nos edifcios, para que, em caso de ocorrncia de situaes graves, sejam eliminados ou minimizados os seus efeitos. CAPTULO 4: Bibliografia, relativa legislao aplicvel em matria de manuteno, higiene, segurana e sade no trabalho. Atravs deste manual procura-se, tambm, sensibilizar todos os utentes para os riscos de acidentes nos edifcios administrativos, apontando solues que passam por uma componente de essencial importncia: a preveno. A par das medidas de preveno, o planeamento da segurana indispensvel e dever envolver o rgo de gesto dos diferentes organismos, os trabalhadores, em aces de apoio e formao, que possibilitem eliminar carncias, riscos e a ocorrncia de situaes graves ou, pelo menos, minimizar os seus efeitos. 5

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MANUAL DE UTILIZAO, MANUTENO E SEGURANA DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOS As regras a respeitar e os cuidados a ter na utilizao, manuteno e segurana dos edifcios administrativos do Ministrio da Educao devem estar coligidas num MANUAL que constitui o portfolio das instalaes, infra-estruturas e equipamentos que lhes do suporte funcional. O manual de utilizao, manuteno e segurana de cada edifcio administrativo deve conter, sempre que possvel, os seguintes elementos: Ficha tcnica do edifcio administrativo, incluindo: - a descrio geral do edifcio, propriedade, registos, acabamentos, infra-estruturas e instalaes tcnicas, descrio dos pisos, etc.; - a designao dos tcnicos responsveis pela explorao das instalaes especiais, exigidos por lei, nomeadamente das instalaes elctricas e de gs; - relao dos equipamentos e componentes montados, incluindo a indicao de marcas, modelos e fornecedores, e as instrues de utilizao e manuteno; - as plantas, alados e cortes dos edifcios, planta geral de implantao e arranjos exteriores (projecto de arquitectura) e peas desenhadas relativas s instalaes especiais interiores e exteriores; Mtodos e procedimentos a adoptar na limpeza peridica das instalaes (sobretudo das superfcies e, em particular, dos elementos drenantes); Contratos com empresas de manuteno especializada, quando existam; Procedimentos e comportamentos a adoptar em situaes de emergncia: incndio, sismo, inundao.

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CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSO funcionamento dos servios pblicos requer a sua instalao em condies de conforto, segurana e higiene, o que constitui um dos factores determinantes na melhoria da qualidade do servio prestado. As condies dos locais de trabalho, o ambiente do trabalho, as ferramentas, as mquinas e materiais utilizados no trabalho, as exposies a substncias e agentes qumicos, fsicos e biolgicos devem garantir as condies de segurana, higiene e proteco da sade dos trabalhadores dos servios pblicos, assegurando-se, assim, uma efectiva preveno de riscos profissionais. Os rgos de gesto dos servios pblicos devem assegurar a todos os trabalhadores essas condies em todos os aspectos relacionados com o trabalho, sensibilizando e informando para a preveno dos riscos profissionais. As boas condies de utilizao dos edifcios administrativos contribuem tambm para a manuteno do nvel aceitvel de desempenho das instalaes, infra-estruturas e equipamentos, traduzidas ao longo da sua vida til esperada na preservao da sua integridade e durabilidade. Apresentam-se, seguidamente, cuidados e recomendaes que garantem a utilizao dos edifcios administrativos em condies de: Segurana relativa a aspectos de sade e higiene; Segurana contra riscos inerentes ao uso normal; Segurana contra riscos diversos casos particulares ligados aos edifcios administrativos; Condies de higiene, segurana e qualidade alimentares (cantinas, bares e refeitrios); Segurana contra incndio; Segurana aos sismos.

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CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSSEGURANA RELATIVA A ASPECTOS DE SADE E HIGIENEA UTILIZAO, A SALUBRIDADE E O MEIO AMBIENTE

. Pureza do ar ambiente . Ventilao . Abastecimento de gua . Evacuao de guas residuais domsticas . Evacuao de guas pluviais . Evacuao de lixos . Limpeza e desinfeco

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SEGURANA RELATIVA A ASPECTOS DE SADE E HIGIENEA UTILIZAO, A SALUBRIDADE E O MEIO AMBIENTE

Os edifcios administrativos devem ser equipados e conservados de modo a assegurarem as condies de habitabilidade e conforto ambiental necessrias, para que a sade dos utentes no seja afectada por efeitos da prpria ocupao. Pureza do ar ambiente O ar ambiente no interior dos edifcios no deve conter gases, poeiras e aerossis nocivos em teores excessivos, mantendo uma qualidade adequada conservao da sade dos utentes. Os elementos nocivos no ar interior so, geralmente, em maior quantidade do que no ar exterior, mesmo em zonas consideradas de forte poluio. O fumo de tabaco nos locais de trabalho um dos factores prejudiciais qualidade do ar ambiente. Pode ser estabelecida a proibio de fumar nos locais de trabalho, na medida em que a existncia de defesa de no fumadores torne vivel a proibio de fumar, designadamente pela existncia de espaos alternativos disponveis. No permitido o uso de tabaco em locais de atendimento pblico, nos elevadores, em espaos de exposies e nas bibliotecas. Os filtros de ar dos sistemas e aparelhos de ventilao e ar condicionado devem ser limpos regularmente e substitudos se necessrio. Recomenda-se que a limpeza de filtros, no caso de ventiladores e unidades de tratamento de ar, seja trimestral, e no caso de unidades de tratamento de ar de expanso directa, seja mensal. Na instalao de ar condicionado devem tambm ser regularmente verificadas as linhas de gs, fugas, isolamentos e fixaes, bem como a regulao dos termostatos. Ventilao A ventilao dos espaos deve ser eficaz, quer em condies de Inverno quer em condies de Vero, promovendo a renovao do ar ambiente e a evacuao de fumos, de gases nocivos ou de cheiros incmodos. Os espaos interiores devem dispor de ventilao natural e, se necessrio, de ventilao forada. A ventilao dos espaos deve poder realizar-se de modo a no provocar correntes de ar frio incmodas para os seus ocupantes. Os espaos dos edifcios administrativos devem ser dotados de condies que possibilitem a ventilao natural transversal e a fcil circulao do ar atravs dos vos abertos com as proteces solares aplicadas. Os dispositivos de manobra das janelas e de outras aberturas usadas na ventilao devem permitir a sua fcil utilizao atravs da facilidade de manobra, da acessibilidade e da robustez. 10

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Sempre que a ventilao natural no assegure suficiente renovao de ar, os espaos destinados a cozinha, bares, despensas interiores, reprografias, arquivos interiores e instalaes sanitrias interiores, devem ser dotados de ventilao forada.

Abastecimento de gua O bom funcionamento da rede de gua condio imprescindvel para a higiene e salubridade dos edifcios administrativos. Dada a sua utilizao intensa, a rede de abastecimento de gua est sujeita a avarias frequentes n os r es pe c tivo s dispositivos e aparelhos, se no se tomarem os devidos cuidados de conservao e funcionamento. Os edifcios administrativos devem ser dotados de abastecimento de gua potvel, em todas as tomadas de gua existentes e distribuda por rede prpria. A potabilidade da gua destinada ao consumo humano dever ser verificada periodicamente, com informao aos utentes. Havendo uma rede independente de gua no potvel, ela dever ser utilizada apenas em tomadas destinadas a limpezas, rega, descargas de bacias de retretes e pias de despejo. As referidas tomadas no sero acessveis aos utentes e devero ter afixado um aviso bem visvel e de material durvel, indicando que se trata de gua imprpria para beber e cozinhar. Em caso algum poder haver uma interligao entre esta rede e a rede de abastecimento pblico. A rede de distribuio de gua, quando metlica, dever estar ligada terra de proteco (no podendo, ela prpria, ser considerada como elctrodo de terra). Evacuao de guas residuais domsticas As instalaes de esgotos comportam redes destinadas evacuao de guas residuais domsticas e de guas pluviais. As guas residuais domsticas, provenientes de sanitrios, lavatrios, cozinhas, bares, etc., devero ser drenadas imediatamente atravs de uma rede apropriada, de modo a evitar os inconvenientes, para a higiene e sade de todos, resultantes do mau funcionamento dos esgotos. Dever haver o cuidado de manter as redes de esgotos permanentemente desobstrudas. Dever ser dada especial ateno aos esgotos das instalaes sanitrias, facilmente entupveis pela introduo de materiais e objectos para que no foram dimensionados e construdos, e aos esgotos das cozinhas, bares e de outros espaos em que sejam utilizadas matrias gordurosas e detritos slidos. As instalaes sanitrias devem ser dotadas de recipientes para o lixo. Os troos de canalizao acessveis aos utentes devem estar protegidos contra aces de vandalismo. Evacuao de guas pluviais A manuteno em bom estado de funcionamento das redes de esgoto de guas pluviais dos edifcios 11

SEGURANA RELATIVA A ASPECTOS DE SADE E HIGIENE

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essencial para evitar eventuais infiltraes e alagamentos. A drenagem das guas pluviais incidentes em coberturas e terraos deve assegurar que, mesmo em caso de obstruo dos dispositivos de escoamento, no haja penetrao da gua para o interior das construes. A recolha das guas pluviais em coberturas e terraos deve assegurar o conforto dos utentes nos acessos aos edifcios e na circulao perifrica, se esta existir. Os tubos de queda acessveis devem estar protegidos contra aces de vandalismo. Chama-se a ateno para a necessidade de vistorias peridicas s coberturas (telhados e terraos) e caleiras, principalmente antes do incio das chuvas, com vista desobstruo do sistema de escoamento de guas pluviais, frequentemente obstrudas por folhas de rvores, papis, ou outros detritos usualmente trazidos pelo vento. Evacuao de lixos Os edifcios administrativos devem ser equipados com sistemas de armazenamento de lixo, concebidos por forma a permitir a sua fcil remoo, a assegurar as condies de higiene e segurana contra riscos de incndio e a evitar a sua fermentao, com os consequentes riscos de libertao de gases e odores incmodos. A remoo de lixos deve estar articulada com o respectivo servio pblico de recolha. Recomenda-se o acondicionamento dos lixos em contentores hermticos, facilmente lavveis. aconselhvel fazer-se a separao dos lixos de cozinha e bares mais sujeitos a fermentaes. Igualmente, deve-se fazer a separao de papis, vidros, plsticos e pilhas, tendo em vista a segurana contra incndio, a defesa do meio ambiente e a sua reciclagem. Limpeza e desinfeco Os elementos e equipamentos dos edifcios administrativos, em especial os seus revestimentos, devem proporcionar uma limpeza fcil, tendo em vista a higiene, a salubridade e a manuteno do seu aspecto exterior. Todas as instalaes devero ser mantidas em permanente estado de limpeza e de arrumao. As cozinhas, bares e os seus espaos de apoio, bem como as instalaes sanitrias, devem ser limpos diariamente e periodicamente desinfectados. Nas operaes de limpeza e desinfeco correntes, devem utilizar-se os processos e produtos mais apropriados a cada tipo de revestimento e com qualidade ambiental, de modo a no afectar a sua durabilidade nem a dos respectivos elementos de construo ou equipamentos, bem como a qualidade do ar interior. importante manter os espaos exteriores dos edifcios limpos e em bom estado de utilizao.

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CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSSEGURANA CONTRA RISCOS INERENTES AO USO NORMALSEGURANA NO CONTACTO SEGURANA NA CIRCULAO SEGURANA EM DESNVEIS SEGURANA DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS ELCTRICOS SEGURANA DE INSTALAES DE ASCENSORES SEGURANA DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS DE GS E OUTROS COMBUSTVEIS

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SEGURANA CONTRA RISCOS INERENTES AO USO NORMALSEGURANA NO CONTACTO

Em condies de uso normal, os utentes dos edifcios no devem sofrer leses em consequncia do contacto com os elementos ou componentes da construo (revestimentos de paredes e piso, portas ou janelas), ou em consequncia das matrias constituintes dos mesmos. As superfcies acessveis aos utentes no devem ser cortantes nem apresentar arestas com ngulos vivos ou salincias perigosas. Os elementos e equipamentos salientes, nomeadamente em zonas de circulao e locais de convvio, no devem propiciar situaes perigosas para os utentes. A temperatura das partes quentes acessveis deve ser inferior a 60 C, salvo se a sua aparncia exterior assinalar de modo evidente que existe perigo de queimadura. Nas obras de conservao, no devero ser utilizados materiais perigosos (caso das pinturas base de chumbo, por exemplo).SEGURANA NA CIRCULAO

Os acessos e as circulaes, quer em espaos exteriores quer em espaos interiores, devem ser concebidos, mantidos e limpos de forma a evitar a ocorrncia de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, nomeadamente devidos a escorregamento, tropeamento, obstruo e desamparo. Os revestimentos de piso no devem ser utilizados molhados e, na sua manuteno e limpeza, no devem ser aplicados produtos que favoream o escorregamento (por exemplo, ceras orgnicas), devendo optar-se por produtos com qualidades ambientais e certificados. Os espaos de circulao devem manter-se livres e no impedir a passagem dos utentes, no devendo, em condies de uso normal, ser ocupados por mobilirio ou outro equipamento. No devem existir obstculos no pavimento, tais como ressaltos, salincias locais ou degraus isolados, com excepo das soleiras de porta. No devem existir elementos verticais transparentes que possam no ser vistos e com os quais se possa colidir. Deve existir nvel de iluminao suficiente nos locais de circulao, bem como iluminao de emergncia e sinalizao de sadas. Devem existir guardas e corrimos nas escadas.

SEGURANA EM DESNVEIS

Os dispositivos de proteco, tais como guardas e vedaes, utilizados nomeadamente em janelas, varandas, galerias, escadas e coberturas, so concebidos e localizados de forma a evitar a ocorrncia de acidentes devidos a quedas de pessoas ou objectos, em situaes de uso normal, nomeadamente na execuo de operaes de conservao e manuteno correntes e na circulao no exterior. 14

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Na sua concepo e manuteno, recomenda-se particular ateno para: Estabilidade e robustez. Altura de proteco das guardas e vedaes. Impedimento de passagem de pessoas por cima e atravs das guardas. No caso de se detectar alguma insuficincia quanto a estes aspectos, dever proceder-se, de imediato, reparao ou substituio dos componentes anmalos ou danificados.SEGURANA DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS ELCTRICOS

As instalaes elctricas esto concebidas e devero ser verificadas e mantidas de forma a evitar a ocorrncia de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, como electrocusso, exploso ou queimaduras. A manobra dos equipamentos elctricos deve fazer-se sem perigo ou risco de leses para os utentes. O comando dos circuitos de iluminao no exterior e zonas de circulao efectuado, normalmente, a partir dos respectivos quadros elctricos, os quais se devem encontrar sempre fechados e inacessveis s pessoas. Todas as massas metlicas devem estar ligadas terra. Os aparelhos de iluminao e restantes equipamentos elctricos localizados no exterior, incluindo galerias exteriores, devem ser estanques. Os edifcios administrativos e os respectivos recintos, no protegidos contra descargas atmosfricas, devem ser dotados com instalao de pra-raios. O sistema de iluminao de emergncia dever funcionar durante o tempo suficiente para permitir a evacuao em segurana de todos os ocupantes. Os equipamentos deste sistema devem ser periodicamente testados, no mnimo duas vezes por ano. As instalaes e os equipamentos elctricos devero estar protegidos contra contactos directos, de modo a proteger as pessoas dos riscos de contacto com peas em tenso. Todos os equipamentos elctricos devem estar protegidos com dispositivos sensveis a correntes diferenciais/residuais, os quais devero ser periodicamente testados, no mnimo duas vezes por ano. Dever ser substituda, imediatamente, toda a aparelhagem partida ou danificada.

SEGURANA DE INSTALAES DE ASCENSORES

As instalaes de ascensores so concebidas e localizadas de forma a evitar a ocorrncia de acidentes pessoais decorrentes do uso normal. A sua manobra deve fazer-se sem perigo ou risco de leses para os utentes. Os ascensores existentes em edifcios administrativos devem ser adequados utilizao de pessoas com mobilidade condicionada. Em caso de incndio ou de sismo, os ascensores no devero ser utilizados. 15

SEGURANA CONTRA RISCOS INERENTES AO USO NORMAL

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Em caso de incndio, quando existir instalao de deteco de incndios, os ascensores devero estar programados para descer at ao piso de sada e abrir as suas portas, mesmo sem energia da rede, s podendo ser utilizados pelos bombeiros mediante fechadura apropriada (e chave especial), localizada no piso de sada. Em caso de falha de corrente elctrica, os ascensores tambm devero descer automaticamente at ao piso de sada. Para atender a pedidos de socorro do seu interior, os ascensores devero ter um boto de alarme e, sempre que possvel, um telefone ligado central telefnica do edifcio. Os ascensores devero ser sujeitos a operaes de manuteno regular, a assegurar por contrato com uma empresa de manuteno de ascensores inscrita na Direco-Geral de Energia. Os ascensores devero ser inspeccionados de dois em dois anos pelos servios tcnicos camarrios ou por entidades inspectoras devidamente credenciadas para o efeito pela Direco-Geral de Energia, devendo ser aposto na cabina o certificado de registo da inspeco.SEGURANA DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS DE GS E OUTROS COMBUSTVEIS

As instalaes de gs e outros combustveis so concebidas por forma a evitar a ocorrncia de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, nomeadamente devidos a asfixia, intoxicao, exploso, queimaduras ou outras causas previsveis. A manobra dos equipamentos de gs deve fazer-se sem perigo ou risco de leses para os utentes. As instalaes de gs, de acordo com a lei, devero ser objecto de um projecto aprovado pela entidade inspectora e ser executadas por firmas credenciadas. As instalaes de gs esto limitadas cozinha e ao aquecimento de gua. Em caso de opo, prefervel a utilizao de gs natural, em vez de gs propano ou butano (estes ltimos so mais perigosos, por serem mais densos que o ar). A utilizao de gs propano ou butano (GPL) deve ser restringida ao mximo, no devendo ser armazenadas mais do que duas garrafas de 13 kg dentro do edifcio. A utilizao de gs propano ou butano proibida em caves e em espaos com cota inferior do piso exterior contguo. As instalaes e os equipamentos a gs devero ser vistoriados de dois em dois anos como medida de preveno, por entidade inspectora reconhecida para o efeito pela Direco-Geral de Energia, devendo ser emitido o respectivo certificado de inspeco. No permitida a utilizao de aparelhos de aquecimento do ar ambiente a gs.

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CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSRISCOS DIVERSOS CASOS PARTICULARES LIGADOS AOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSOS EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS E INFORMTICOS UTILIZAO DOS DIFERENTES ESPAOS DO EDIFCIO FACILIDADE NA DISPOSIO DE ACESSRIOS E EQUIPAMENTOS ADEQUAO DOS REVESTIMENTOS SUA UTILIZAO INTRUSES HUMANAS E VANDALISMO INTRUSO DE ANIMAIS CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS NO EXTERIOR DOS EDIFCIOS CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS NO INTERIOR DOS EDIFCIOS (Estacionamento Coberto)

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RISCOS DIVERSOS CASOS PARTICULARES LIGADOS AOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSA PREVENO EM ESPAOS ESPECIALIZADOS O trabalho em reas oficinais de manuteno, de reprografia e impresso, e em locais afectos a servios tcnicos em que estejam instalados equipamentos elctricos, electromecnicos ou trmicos expe os funcionrios a maiores riscos de acidente que advm da utilizao de cada tipo de mquina, aparelho ou equipamento. A organizao das oficinas de manuteno (implantao de mquinas e mesas de servio, espaos de circulao e dispositivos obrigatrios) deve ter em conta no s a funcionalidade, como tambm os imperativos de segurana. Importa criar nos utentes hbitos de ordem e um estado de esprito que os torne sensveis aos perigos devidos s faltas de ateno. As mquinas, aparelhos e os equipamentos devem estar equipados com a proteco adequada. Os utentes no devem trazer os cabelos flutuantes nem vesturio susceptvel de ficar preso num rgo mvel da mquina. Em todas as operaes susceptveis de provocar poeiras, os utentes devem usar culos e mscaras apropriadas, e as mquinas devem possuir sistema de desempoeiramento. Em oficinas de carpintaria, reprografias, onde eventualmente possam ser utilizados produtos de grande toxicidade ou explosividade, devem ser tomadas medidas especficas de reforo da ventilao, incluindo sistema de filtragem e purificao do ar.OS EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS E INFORMTICOS

Os equipamentos audiovisuais e informticos devem ser adequados e instalados de modo a proteger as pessoas contra choques elctricos e os efeitos de temperatura excessiva, radiaes ionizantes, imploso e instabilidade mecnica. De qualquer modo, estes equipamentos devem ser objecto de uma ateno regular, especialmente os aparelhos com uma certa idade em que podem existir defeitos de isolamento elctrico. Estes aparelhos devem ser sujeitos a revises tcnicas peridicas para verificar as suas condies de funcionamento. Os equipamentos audiovisuais e informticos devem ser controlados e verificados com regularidade, assim como os respectivos cabos e fichas. Devem ser colocados sobre suportes estveis, ao abrigo da humidade, em locais bem adaptados e com instalao elctrica adequada. Todas as tomadas de corrente devero estar ligadas terra e, sempre que possvel, no devem ser utilizadas tomadas de corrente mltiplas, pelo risco de aquecimento. As aberturas de ventilao dos aparelhos no podem ser obstrudas, mesmo ocasionalmente, com o seu encosto a paredes ou a outros obstculos. 18

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Os aparelhos de televiso nunca devem ser encastrados nem ter objectos sobre eles, particularmente vasos ou jarros com plantas. O transporte dos equipamentos audiovisuais e informticos, de um local para outro, deve ser cuidado para no comprometer o seu bom funcionamento. Poucos aparelhos so concebidos para serem, efectivamente, portteis.UTILIZAO DOS DIFERENTES ESPAOS DO EDIFCIO

A utilizao dos diferentes espaos dos edifcios deve ser compatvel com as finalidades para que foram concebidos, construdos e equipados, e com as respectivas condies de segurana. A alterao do tipo ou das condies de utilizao dos espaos dos edifcios carece de parecer prvio do respectivo tcnico responsvel. Caso estas alteraes impliquem um agravamento dos riscos de incndio, dever requerer-se tambm a concordncia do Servio Nacional de Bombeiros e Proteco Civil. Apenas permitida a utilizao de edifcios por terceiros, para a realizao de actividades compatveis com a natureza e o apetrechamento dos locais, desde que no envolvam maiores riscos de segurana, nomeadamente de incndio, do que os inerentes s actividades neles habitualmente realizadas. O rgo de gesto do servio deve assegurar a presena de pessoal do seu quadro durante o perodo de cedncia, assim como deve determinar e indicar os espaos a utilizar, respectivos caminhos de evacuao e sistemas de segurana e qualquer outro aspecto relevante para a segurana do local durante o perodo de cedncia.FACILIDADE NA DISPOSIO DE ACESSRIOS E EQUIPAMENTOS

Os pisos dos edifcios administrativos do ME no devem apresentar desvios de horizontalidade alm dos admissveis, nem deformaes que impeam ou dificultem o correcto posicionamento do mobilirio ou de outro equipamento.

Identicamente, os paramentos interiores das paredes no devem apresentar desvios de planeza, de verticalidade e de esquadria que impeam ou dificultem o correcto posicionamento de equipamento suspenso e de outros acessrios ou objectos de uso corrente e cuja fixao seja possvel com recurso a meios usuais.

ADEQUAO DOS REVESTIMENTOS SUA UTILIZAO

Os revestimentos de piso e de paredes devem resistir sem deteriorao significativa s aces inerentes ocupao e circulao normais, conservando as suas restantes caractersticas funcionais. Sempre que os revestimentos apresentem deformaes ou se encontrem deteriorados, dever proceder-se sua reparao imediata.

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RISCOS DIVERSOS CASOS PARTICULARES LIGADOS AOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOS

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INTRUSES HUMANAS E VANDALISMO

Os edifcios administrativos devem ser providos de dispositivos que permitam dificultar aces de intruso e vandalismo de pessoas e objectos, a fim de assegurar a segurana e proteco de utentes e bens materiais, em complementaridade com a rede de deteco de incndios e com o servio de vigilncia e ronda fora das horas normais de servio. Durante a noite, deve ser deixada ligada a iluminao exterior, e os pontos de entradas e sadas devem ser fechadas chave. Locais como: - Salas ou centros de informtica - Arrecadaes de material informtico, audiovisual e de apoio - Reprografias e tipografias - Oficinas de manuteno - Papelaria e eventuais vendas de material ou documentao, caso existam - Arquivos (com volume superior a 50m3) - Cozinhas (em que estejam instalados aparelhos ou grupos de aparelhos com potncia total til superior a 20 kW) e despensa - Bares - Secretarias e reas de trabalho administrativo especial devem dispor de sistemas especiais de segurana contra a intruso, que podero ser fechaduras com chaves especiais, portas e janelas reforadas, estores metlicos e, eventualmente, dispositivos de deteco e alarme adequados. Estes locais devem manter-se fechados quando no estiverem a ser utilizados.INTRUSO DE ANIMAIS

A possibilidade de intruso de animais nos edifcios administrativos deve ser acautelada, atravs de algumas recomendaes: As aberturas de ventilao, as redes de evacuao de guas residuais e os equipamentos devem ser protegidos contra a penetrao de animais e objectos, atravs de redes de proteco ou outros materiais adequados de suficiente resistncia. Recomenda-se particularmente uma proteco eficaz e cuidada nas cozinhas, bares e nas despensas, caso existam.CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS NO EXTERIOR DOS EDIFCIOS

Os espaos exteriores de um edifcio, para alm de constiturem a primeira percepo da imagem do edifcio, so o suporte das actividades que nele se desenvolvem, devendo, portanto, desempenhar funes de apoio e servio s actividades em causa. Caso o edifcio esteja localizado num terreno que disponha de uma rea exterior, ajardinada ou 20

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no, deve ser dada prioridade para circulao e estacionamento a pessoas com mobilidade condicionada (funcionrios ou pblico), fornecedores e veculos de socorro ou emergncia. O estacionamento de veculos de 2 rodas deve confinar-se s proximidades imediatas do acesso principal e ter local prprio adequado. As vias de circulao no exterior do edifcio devem estar constantemente desimpedidas para permitir o fcil acesso de viaturas de socorro e emergncia.CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS NO INTERIOR DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOS

(Estacionamento Coberto) As condies de circulao em estacionamento coberto existente nos edifcios administrativos so particularmente condicionadas pelas medidas de segurana contra incndio. Esta matria regulada pelo Decreto-Lei 66/95, de 8 de Abril, dizendo respeito, principalmente, a estacionamentos cobertos, mas engloba tambm, no s os edifcios ocupados totalmente por estacionamento de veculos automveis ligeiros e seus reboques, mas tambm os edifcios cuja parte restante tem ocupao diferente, nomeadamente habitaes, escritrios e estabelecimentos que recebam pblico. Os aspectos da circulao e estacionamento de veculos no interior dos edifcios, e da segurana das reas e acessos destinados a este efeito, devem ser acautelados com: Equipamentos de deteco e combate a incndios: a) Existncia de um sistema de deteco de incndios ligado a uma central de vigilncia. Verificao peridica do seu estado e funcionamento; b) Existncia de botoneiras para alarme manual, accionando um sistema elctrico ligado a uma central de vigilncia. Verificao peridica do seu estado e funcionamento; c) Existncia de bocas de combate a incndio e extintores em nmero, localizao e condies de funcionamento para a cobertura adequada aos fins em vista. Verificao peridica do seu estado, capacidade e funcionamento, incluindo sua sinalizao e identificao; d) Existncia de caminhos de sada de emergncia, seguros e bem assinalados, com a localizao adequada dos trajectos, com portas corta-fogo estudadas para um funcionamento seguro e localizao apropriada; e) Existncia de sistemas de controlo do AVAC e exausto de fumos, bem como deteco de CO2, onde julgado necessrio. Sinalizao: a) conveniente a existncia de informao grfica bem patente e posicionada do estacionamento sobretudo quando este for usado por funcionrios e/ou pblico exterior; b) indispensvel a sinalizao grfica no pavimento para indicao dos lugares de estacionamento, incluindo os reservados para o estacionamento de veculos conduzidos por deficientes portadores do respectivo dstico, caminhos de veculos e pees, sentido dos caminhos, sinalizao de sadas para utentes e veculos, etc. 21

RISCOS DIVERSOS CASOS PARTICULARES LIGADOS AOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOS

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c) obrigatria a sinalizao grfica dos caminhos de emergncia e painis de localizao com informao sobre esses caminhos e a situao do utente, em nmero e dimenses que facilitem a sua identificao e leitura; d) obrigatria a iluminao de emergncia conforme regulamentao, com especial ateno para a iluminao adequada dos caminhos de sada de emergncia e sua sinalizao, e tambm junto dos meios de combate a incndios; e) A sinalizao grfica deve ter por objectivo ser informativa e ter boa legibilidade, de forma a proporcionar, antes de mais, um grau acrescido de condies de segurana; f) A iluminao normal e de emergncia, cumprindo o que est regulamentarmente estabelecido, deve ter como preocupao o apoio da funo referida na alnea anterior; g) A manuteno e a fiscalizao do funcionamento de todo o material anteriormente referido deve ter a periodicidade necessria ao funcionamento seguro das instalaes. Cabe aos utentes utilizarem os espaos de acesso e estacionamento de forma a no causar perturbaes ao seu normal funcionamento, nomeadamente no estacionando frente a entradas e sadas, no estacionando em vias de circulao, etc. No entanto, no poder deixar de caber aos responsveis pela segurana do edifcio a fiscalizao do cumprimento das regras de bom funcionamento das reas de estacionamento, pelo que dever ser previsto pessoal de segurana em nmero suficiente para desempenhar estas funes. Estas podem e devem ser reforadas por sistemas de televiso interna ou/e vdeovigilncia, tendo como base uma central de vigilncia convenientemente localizada para o efeito.

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CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSCONDIES DE HIGIENE, SEGURANA E QUALIDADE ALIMENTARES . Condies gerais das cozinhas, bares e refeitrios . Recepo e armazenamento dos produtos alimentares . Preparao, confeco e distribuio das refeies . Lavagem e arrumao de utenslios e louas . Limpeza e conservao dos equipamentos . Higiene e sade do pessoal

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CONDIES DE HIGIENE, SEGURANA E QUALIDADE ALIMENTARESCondies gerais das cozinhas, bares e refeitrios As cozinhas e os bares em edifcios administrativos, caso existam, tm geralmente dimenses e equipamentos variveis, em funo do nmero de refeies que servem. As cozinhas devem estar organizadas especialmente em zonas distintas e articuladas: a recepo dos produtos alimentares, a preparao (subdividida em trs subzonas destinadas preparao de carne, peixe e legumes), a confeco, a distribuio das refeies e ainda a lavagem das louas e utenslios. Para alm da organizao interna da cozinha, em anexo mesma, devem existir uma despensa geral para armazenamento dos produtos alimentares, vestirios e instalaes sanitrias. O ponto de entrada dos produtos alimentares deve ser distinto e separado dos pontos de sada e de depsito de lixos. Na impossibilidade desta situao, fundamental que o horrio de recepo dos produtos alimentares no coincida com o momento de sada ou movimentao dos lixos. No caso dos bares, a capacidade e caractersticas destes espaos, e as quantidades e tipo de equipamento devem ser adequados apenas para a confeco e distribuio de refeies leves e rpidas, e para servio de cafetaria, devendo garantir-se, igualmente, uma zona de lavagem de utenslios. O espao para refeitrio ou, no caso dos bares, a zona de consumo devem ter rea suficiente para o nmero de utentes, ser acolhedores, bem iluminados e ventilados, apetrechados com mesas e cadeiras em nmero suficiente. Junto ao refeitrio devem ser previstos lavatrios para que os utentes lavem as mos antes das refeies, apetrechados com doseadores de sabo lquido desinfectante, toalhetes de papel e cesto de papis. Preparao, confeco e distribuio das refeies Na preparao e confeco das refeies, obrigatrio o cumprimento das boas regras de manuseamento e confeco saudvel dos alimentos. Sempre que possvel, devem utilizar-se utenslios apropriados (esptulas, pinas, colheres, etc.) para efectuar o empratamento e no faz-lo mo. Lavagem e arrumao de utenslios e louas Recomenda-se que a lavagem da loua fina seja feita em separado da loua grossa. A lavagem da loua fina deve ser precedida da pr-lavagem manual, com detergente adequado. Toda a loua, depois de seca, deve ser arrumada em armrios fechados ou locais prprios ao abrigo de poeiras. Os panos de secagem da loua devem servir apenas para essa funo. Os talheres lavados e secos devem ser embalados.

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Limpeza e conservao dos equipamentos Todos os equipamentos utilizados na preparao, confeco e distribuio das refeies devem manter-se em bom estado de conservao e limpeza aps a sua utilizao, bem como serem desinfectados diariamente, no final do dia de trabalho. Higiene e sade do pessoal Deve existir uma caixa de primeiros socorros na cozinha e nos bares. A cozinha e os sanitrios do pessoal devem ser apetrechados com doseadores de sabo lquido desinfectante, toalhetes de papel e balde do lixo. O pessoal da cozinha deve apresentar-se de acordo com as regras de higiene pessoal, utilizando vesturio adequado, evitando o uso de adornos e protegendo os cabelos com toucas. O uso de luvas deve ser bem compreendido pelo pessoal, porque, se no houver informao e formao adequadas sobre regras de higiene, o seu uso pode provocar mais acidentes do que preveni-los. Os responsveis superiores destes servios devem incentivar os funcionrios a submeterem-se a visitas regulares ao seu mdico de famlia.

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CONDIES DE HIGIENE, SEGURANA E QUALIDADE ALIMENTARES

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CAPTULO 1. UTILIZAO DOS EDIFCIOS ADMINISTRATIVOSSEGURANA CONTRA INCNDIOOS PRINCPIOS E MEIOS GERAIS EM MATRIA DE PREVENO

. Evitar o inicio de um fogo . Decoraes temporrias . Execuo de trabalhos perigososMEIOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIOS

. Sistema de alarme e alerta . Centrais de comando e de sinalizaoSEGURANA CONTRA INCNDIO MEIOS DE EXTINO

. Os extintores . As redes de incndio armadas . As colunas secas ou hmidas . Os hidrantes exterioresCAMINHOS DE EVACUAO VIAS DE ACESSO AOS EDIFCIOS 27

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SEGURANA CONTRA INCNDIOOS PRINCPIOS E MEIOS GERAIS EM MATRIA DE PREVENO

Os incndios podem surgir na sequncia de sismos, ser provocados por raios, por deficincias de equipamentos e instalaes tcnicas, ser de origem criminosa ou resultar de causas acidentais, devidas a erro ou negligncia humanos. As causas mais frequentes dos incndios em edifcios so os descuidos humanos, podendo por isso ser evitados. Os objectivos fundamentais da segurana contra incndio em edifcios administrativos so: A salvaguarda da vida e da integridade fsica dos ocupantes; A proteco dos edifcios, equipamentos e mobilirio. Qualquer esquema de segurana, em caso de incndio, visa reduzir as causas dessa ocorrncia e garantir a segurana da evacuao dos ocupantes, dependendo o xito desta operao da possibilidade de, rapidamente e sem pnico, abandonarem as zonas atingidas dos edifcios. A proteco das instalaes depende da sua capacidade para resistirem propagao das chamas e ao calor, dos dispositivos de evacuao de fumos e dos meios de conteno e ataque ao fogo. Enunciam-se algumas medidas cautelares de segurana, com o objectivo de: - Limitar as causas de um incndio; - Detectar rapidamente o inicio de um incndio e dar o alarme; - Dar o alerta, ligando o Nmero Nacional de Socorro (112), mesmo que o incndio possa ser combatido com os meios disponveis no local; - Evacuar rapidamente todos os ocupantes, funcionrios e visitantes, evitando-se o pnico; - Evitar a propagao do fogo e a invaso dos fumos; - Facilitar a actuao dos servios dos bombeiros. Evitar o incio de um fogo A adopo de medidas de preveno no impedir em absoluto a deflagrao de incndios, mas o risco ser certamente mais reduzido. Para limitao das causas de um incndio, bem como para a minimizao das condies de alimentao e propagao do fogo, fundamental a reduo da carga combustvel e a manuteno das instalaes em boas condies de limpeza, arrumao e utilizao. Na vistoria que diariamente se deve fazer a todas as instalaes, antes do seu encerramento, deve verificar-se se foram cumpridas todas as medidas de preveno contra incndio. Entre as medidas preveno, sugerem-se as seguintes: Empreender operaes peridicas de limpeza geral de todos os espaos normalmente no ocupados e de difcil acesso, e de todos os espaos que, embora ocupados, sejam pouco visitados (arrecadaes, 28

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Evitar utilizar os stos e as caves para armazenamento de papis, mobilirio danificado ou excedentrio, tecidos, plsticos ou quaisquer outros materiais combustveis e lquidos inflamveis, de modo a reduzir o risco de incndio destes espaos. Manter todas as instalaes em permanente estado de limpeza e de arrumao. Proceder recolha diria de lixos e desperdcios em recipientes apropriados, para remoo pelos servios pblicos de limpeza. Dar especial ateno s condies de armazenamento de reagentes qumicos, combustveis lquidos e gasosos, plsticos e outros materiais altamente inflamveis, devendo os reagentes e os combustveis ser guardados em contentores apropriados e prova de derrame, em locais afastados de qualquer fonte de calor, chama ou fasca. Assegurar que todas as instalaes elctricas, de gs e de aquecimento, assim como todos os aparelhos e equipamentos elctricos, incluindo os afectos segurana contra incndio, sejam mantidos em perfeitas condies de funcionamento. Dar especial ateno aos seguintes aspectos: - Substituio de todos os condutores elctricos em mau estado de conservao; - Investigao de qualquer parte de equipamento elctrico com cheiro anormal; - Evitar a sobrecarga dos circuitos elctricos, no ligando demasiados aparelhos na mesma tomada; - Fazer a reviso peridica das tubagens de gs e, em caso de anomalia, contactar imediatamente um tcnico. Desligar a aparelhagem de aquecimento local sempre que se no justifique o seu funcionamento, especialmente quando em espaos no ocupados por largos perodos; Prestar especial ateno s instalaes de gs, tendo o cuidado de fechar as torneiras de segurana aps cada utilizao dos aparelhos. Se sentir cheiro a gs, no ligar/desligar interruptores, aparelhos elctricos ou fazer qualquer tipo de chama, ventilar o local e fechar as torneiras de segurana. No utilizar aparelhos de aquecimento de gua, por queima, desde que no estejam reunidas as necessrias condies de segurana (incombustibilidade da base de trabalho e garantia de evacuao de fumos e gases). No fazer lume fora dos locais prprios. No utilizar cestos de papis em material combustvel. Nas cozinhas e bares: - Manter os exaustores ligados enquanto se cozinha, assegurando o seu bom estado de limpeza e substituindo os filtros periodicamente; - Utilizar extenses elctricas apenas para uso temporrio, mantendo os fios elctricos afastados de superfcies quentes ou com gua, e retirar das tomadas os aparelhos portteis quando no esto a ser usados; 29

SEGURANA CONTRA INCNDIO

depsitos, armazns), pois a poeira, facilmente acumulvel nestes locais, altamente inflamvel.

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- Manter afastados da chama asas de tachos e panelas, caixas e utenslios de plstico, apagando os bicos ou as placas de fogo quando no esto a ser utilizados; - Se surgirem chamas numa frigideira ou fritadeira, cobri-la com uma manta de abafamento, tampa ou toalha hmida. No utilizar nunca gua e desligar imediatamente o gs ou a electricidade; - No fim do dia, antes de abandonar o local de trabalho, remover todos os materiais combustveis da proximidade de fontes de calor, limpar a gordura acumulada e desligar a energia elctrica. Ao fim de cada dia de trabalho, antes do encerramento dos edifcios, proceder a uma vistoria cuidadosa de todas as instalaes, tendo em vista verificar se foram cumpridas as medidas cautelares mnimas de segurana, nomeadamente o fecho das torneiras de corte geral das instalaes de gs. Decoraes temporrias Nas decoraes temporrias interiores destinadas a festas, exposies e outros eventos, devem, tomar-se precaues relativamente ao risco de incndio provocado pela proximidade de qualquer fonte de calor a materiais facilmente inflamveis, e dever garantir-se a funcionalidade dos meios de extino de fogo existentes ou suplementares apropriados situao. Os elementos de decorao temporria utilizados nas manifestaes referidas devem ser desmontados num prazo no superior a 48 horas. Execuo de trabalhos perigosos Os trabalhos de conservao, manuteno, beneficiao, alterao ou reparao que envolvam procedimentos que possam prejudicar a evacuao dos ocupantes no devem, em regra, ser realizados durante os perodos de permanncia dos utentes nas instalaes dos edifcios. No caso dessa impossibilidade, devem ser previamente implementados meios de evacuao alternativos satisfazendo as disposies do Regulamento de Segurana contra Incndio em Edifcios de Tipo Administrativo. Os trabalhos que envolvam a utilizao de substncias, materiais, equipamentos ou processos que apresentem riscos de incndio ou exploso, nomeadamente pela produo de chamas nuas, fascas ou elementos incandescentes em contacto com o ar, associados presena de materiais facilmente inflamveis, carecem de concordncia prvia do Servio Nacional de Bombeiros e Proteco Civil, devendo a zona de interveno ser convenientemente isolada e dotada dos meios de interveno e de socorro suplementares apropriados ao risco em causa.

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Os edifcios, em geral, devem dispor de meios de deteco, alarme e alerta que, em situao de emergncia, permitem difundir avisos de evacuao para os seus ocupantes, alertar o 112 (Nmero Nacional de Socorro) e accionar os dispositivos de comando das instalaes e equipamentos que devem intervir em caso de incndio. Devem dispor tambm de meios complementares de primeira interveno, colocados em todos os pisos do edifcio, os quais podem englobar mantas, baldes para gua, baldes com areia seca, extintores portteis e dispositivos fixos equivalentes, tais como redes de incndio armadas, colunas secas e colunas hmidas, que devero estar devidamente localizados e sinalizados conforme os planos de preveno e de emergncia. O xito no ataque a um incndio, bem como a maior facilidade de evacuao dos ocupantes e a limitao de danos materiais, dependem fundamentalmente da rapidez de deteco de focos de incndio, da imediata transmisso do alarme e do alerta para o 112 (Nmero Nacional de Socorro), da resposta dos servios de bombeiros e, ainda, do oportuno accionamento dos dispositivos de conteno e de ataque inicial do fogo. Em caso de deflagrao de um foco de incndio, desde que as suas propores ainda o permitam, deve-se intervir prontamente sobre o mesmo, com os meios de combate disponveis (areia, mantas, extintores, etc.), sem prejuzo da chamada dos bombeiros. Se possvel, deve isolar-se o compartimento onde se manifeste o incndio e fechar as janelas e as portas. Caso se julgue necessrio ou prudente a evacuao dos ocupantes, deve accionar-se o alarme. Mesmo que o incndio tenha sido dominado pela interveno dos ocupantes, os bombeiros devem ser chamados para tomar conta da ocorrncia e verificar se no h perigo de reactivao do fogo. As vias de circulao nas imediaes e no interior dos edifcios administrativos devem estar desimpedidas, a fim de permitir e facilitar a interveno dos bombeiros. Sistema de alarme e alerta Justifica-se uma atitude de vigilncia permanente e atenta por parte dos ocupantes, sendo desejvel que essa atitude seja complementada por sistemas de deteco e alarme mais ou menos sofisticados, conforme o grau de risco das instalaes. Os dispositivos de accionamento do alarme podero ser manuais ou automticos detectores de incndio. Nos termos do Regulamento de Segurana Contra Incndio em Edifcios de tipo Administrativo: a) Os edifcios de grande altura ou com rea bruta de construo igual ou superior a 2000 m2 devem ser dotados de instalaes de alarme constitudas pelos seguintes componentes: - Dispositivos de accionamento manual, alm de eventuais dispositivos de accionamento automtico; - Centrais de comando e sinalizao com dispositivos de temporizao do alarme e de comando dos sistemas de segurana do edifcio; 31

SEGURANA CONTRA INCNDIO

MEIOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIOS

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b) Os edifcios de mdia altura ou com rea bruta de construo inferior a 2000 m2 devem ser dotados de instalaes de alarme constitudas pelas seguintes componentes: - Dispositivos de accionamento manual, alm de eventuais dispositivos de accionamento automtico; - Centrais de comando e sinalizao sem exigncias de temporizao do alarme geral e de comando dos sistemas de segurana do edifcio; - Difusores de alarme geral. c) Os edifcios no abrangidos pelos pargrafos anteriores devem ser dotados de instalaes simplificadas de alarme, compreendendo apenas dispositivos de accionamento manual e difusores de alarme geral. Os sistemas de alarme so de vrios tipos e instalados de acordo com as caractersticas e condies de funcionamento dos edifcios, devendo estar em conformidade com o disposto no Regulamento de Segurana contra Incndio em Edifcios de Tipo Administrativo. De acordo com este Regulamento, entende-se por alarme restrito o sinal sonoro ou ptico emitido para prevenir o pessoal afecto segurana do edifcio e por alarme geral o sinal sonoro emitido para difundir o aviso de evacuao aos utentes do edifcio. Os dispositivos de accionamento manual do alarme encontram-se normalmente instalados nos caminhos horizontais de evacuao, junto s sadas dos pisos e a locais sujeitos a riscos especiais. O sinal de alarme geral deve ser claramente audvel em todos os espaos e ser perfeitamente identificvel pelos ocupantes dos edifcios, e deve ter a possibilidade de soar durante o tempo necessrio para a evacuao do edifcio e ser ligado e desligado a qualquer momento. O sinal de alarme geral no deve ser estridente, para no provocar situaes de pnico, e no deve ser usado para qualquer outra finalidade a no ser a de dar alarme em situaes de emergncia que imponham a evacuao dos edifcios e a chamada de socorros. Nos perodos de ocupao do edifcio, os sistemas de alarme devem estar no estado de viglia, facto que deve ser assinalado no quadro de sinalizao, quando exista. Nos edifcios que disponham de meios humanos afectos segurana contra incndio, a actuao de um dispositivo de accionamento de alarme deve provocar, de imediato, o funcionamento de alarme restrito. Neste caso, deve haver temporizao entre o alarme restrito e o alarme geral, de modo a permitir a interveno do pessoal de segurana na extino da causa do alarme sem proceder evacuao do edifcio. A transmisso do alerta deve ser assegurada por posto telefnico ligado directamente rede pblica, junto do qual dever ser afixado o nmero de chamada do quartel da cooperao de bombeiros mais prxima.

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As centrais de comando e de sinalizao dos sistemas de alarme devem ser instaladas em espaos reservados ao pessoal afecto segurana do edifcio e devem assegurar o bom funcionamento das instalaes de deteco e alarme e o comando dos sistemas de segurana do edifcio. As fontes de energia de emergncia devem assegurar o funcionamento dos sistemas de alarme em caso de falha de energia da rede pblica. As fontes devem ser incorporadas na central ou nas unidades autnomas de alarme e assegurar o funcionamento dos sistemas, colocados no estado de viglia, por um mnimo de 72 horas seguido de um perodo de 5 minutos no estado de alarme geral. As fontes de energia de emergncia que apoiam os sistemas de alarme no podem servir quaisquer outras instalaes.SEGURANA CONTRA INCNDIO MEIOS DE EXTINO

Os edifcios devem dispor de meios prprios de interveno que permitam a extino imediata de focos de incndio pelos seus ocupantes e de meios que facilitem, de maneira rpida e eficaz, as operaes de combate a incndio pelos bombeiros. Os meios de extino a exigir nos edifcios administrativos so: - Extintores de incndio portteis (obrigatrios), redes de incndio armadas e outros meios de primeira interveno; - Hidrantes exteriores; - Outros meios a definir pela entidade licenciadora, em situaes que apresentem riscos especiais de incndio. Os meios de extino devem estar em conformidade com o Regulamento de Segurana contra Incndio em Edifcios de Tipo Administrativo. Os extintores Os edifcios devem, em regra, ser equipados com extintores da classe de eficcia 8 A, adequadamente distribudos, razo de 18 litros de agente extintor padro por 500 m2 de rea de pavimento do piso em que se situem, no mnimo de dois, e por forma que a distncia a percorrer de qualquer ponto susceptvel de ocupao at ao extintor mais prximo no exceda 15 m. Os extintores devem, sempre que possvel, ser instalados nas comunicaes horizontais, junto s sadas dos pisos, em locais bem visveis e de acesso fcil, convenientemente sinalizados e colocados de modo a que o seu manpulo fique a cerca de 1,2 m do pavimento. importante conhecer a localizao dos extintores, saber utiliz-los, verificar se o agente de cada extintor o adequado para o tipo de fogo que provvel ocorrer no local e verificar se esto completamente cheios e com presso adequada, pelo que devero ser objecto de manuteno peridica (anual).

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SEGURANA CONTRA INCNDIO

Centrais de comando e de sinalizao

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Casos particulares: As oficinas eventualmente existentes como parte integrada no edifcio, ou como anexo, devem estar equipadas com extintores de incndio portteis adequados, prevendo-se outros meios de primeira interveno, como recipientes com areia e mantas de material incombustvel. Os extintores devero ser utilizados de acordo com os seguintes critrios: a) P qumico para lquidos inflamveis; b) Anidrido carbnico para aparelhos elctricos; c) gua com eventual aditivo molhado, para madeira, papel, carto e plstico. Os arquivos, cozinhas, bares, arrecadaes e locais de recolha de lixos devem estar equipados com extintores de gua pulverizada com capacidade unitria de 6 litros. Nos arquivos e arrecadaes em que o uso da gua no aconselhvel, deve ser utilizado agente exterior apropriado, em quantidade equivalente. Os locais afectos a servios elctricos e as casas das mquinas de ascensores, devem estar equipados com extintores das classes 8 A ou 10 B, contendo anidrido carbnico, p qumico polivalente ou outro agente apropriado aos riscos correspondentes. Nas centrais trmicas com potncia til superior a 70 KW devem ser instalados os seguintes meios de primeira interveno, consoante o tipo de combustvel utilizado: a) Nos casos de combustvel slido ou lquido: a1) um recipiente com 100 litros de areia e uma p: a2) extintores da classe 34 B, razo de dois por queimador, com um mximo exigvel de quatro. b) Nos casos de combustvel gasoso, um extintor de p qumico polivalente, das classes 5 A/34 B. Os extintores devem ser periodicamente vistoriados e terem aposto o respectivo selo de vistoria. As redes de incndio armadas Todos os espaos ou locais dos edifcios que possam receber mais de 200 pessoas ou se situem em zonas de acesso difcil devem ser servidos por redes de incndio armadas. Estas redes devem ser dotadas, em cada piso que servem, de bocas-de-incndio em nmero suficiente e devidamente localizadas. As colunas secas ou hmidas Os edifcios com pisos situados a uma altura superior a 20 m devem dispor de colunas secas ou hmidas, instaladas em todas as vias verticais de evacuao protegidas que lhes dem acesso. Essas colunas devem ser dotadas, em cada piso que servem, de bocas de incndio, devidamente tamponadas e encerradas em armrios dotados de portas com trinco.

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Quando, nas zonas em que se situam os edifcios, no exista rede pblica de hidrantes para o servio de bombeiros, deve ser instalada uma rede de bocas-de-incndio, localizadas nas paredes exteriores dos edifcios, ou de marcos de gua. O tipo e a localizao dos hidrantes exteriores devem ser aprovados pelos servios camarrios em coordenao com os bombeiros locais. CAMINHOS DE EVACUAO Os caminhos de evacuao (corredores, portas e escadas) devem possuir caractersticas tais que permitam uma evacuao rpida e segura dos ocupantes para o exterior do edifcio, atravs de percursos claramente definidos e to curtos quanto possvel. Devem ainda, estar providos de sinais de segurana normalizados e visveis, tanto de dia como de noite, de modo a orientarem os ocupantes no sentido da sada do edifcio, em caso de sinistro. No caso da existncia de ascensores, deve ser afixada junto dos acessos aos mesmos a inscrio No utilizar o ascensor em caso de incndio. Os caminhos de evacuao, devem manter-se permanentemente desimpedidos de obstculos e em condies de utilizao. O mobilirio e o equipamento dos locais devem ser dispostos de maneira a que os percursos de acesso s sadas fiquem perfeitamente desimpedidos. Nos caminhos de evacuao, no devem ser colocados quaisquer objectos ou materiais que prejudiquem a evacuao dos ocupantes ou que possam cair sobre eles. Todas as portas dispostas ao longo dos caminhos de evacuao devem estar desimpedidas, permitindo a sua fcil e rpida manobra. Nenhuma porta disposta ao longo dos caminhos de evacuao deve ser mantida fechada com chave, durante os perodos de ocupao dos edifcios, e deve poder abrir-se facilmente pelo lado interior. As portas corta-fogo, ou pra-chamas, devem ser mantidas permanentemente fechadas. Nos locais que possam receber mais de 100 pessoas, no permitida a disposio de reposteiros ou de cortinados transversalmente ao sentido de evacuao nas sadas e nas respectivas vias de evacuao.VIAS DE ACESSO AOS EDIFCIOS

As vias de circulao nas imediaes e no exterior dos edifcios administrativos devem manter-se permanentemente desimpedidas, para permitir, sempre que necessrio, o acesso das ambulncias e das viaturas dos bombeiros a todos os pontos dos edifcios. As vias de acesso aos edifcios devem permitir a aproximao, o estacionamento e a manobra das viaturas dos bombeiros, bem como o estabelecimento das operaes de socorro, atravs da penetrao dos bombeiros no interior de todos os pisos ocupados do edifcio. 35

SEGURANA CONTRA INCNDIO

Os hidrantes exteriores

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Nenhum obstculo deve ser colocado ao acesso e utilizao dos hidrantes da rede exterior de combate a incndio. A entrada dos bombeiros no interior dos pisos atravs dos vos no deve ser dificultada pela interposio de obstculos, quer no exterior, quer no interior do edifcio.

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CAPTULO 2. MANUTENO PREVENTIVAA preservao da integridade e das condies de utilizao dos edifcios administrativos, ao longo dos tempos, exige um plano de manuteno preventiva, atravs de aces programadas ou rotinas. Esse plano deve incluir a descrio das aces de manuteno necessrias, a sua periodicidade e outros pormenores relacionados com a sua execuo, tais como anomalias, materiais e tcnicas a utilizar para a sua correco. O plano de manuteno preventiva dos edifcios deve estar organizado em cinco partes: 1. Limpeza diria e permanente das instalaes (sobretudo das superfcies e das instalaes sanitrias); 2. Verificao, desde simples inspeces visuais (vistorias) at realizao de medies e ensaios; 3. Pequenas reparaes, para correco de deficincias sobretudo devidas ao uso do edifcio, como, por exemplo, reparao de revestimento dos pavimentos (colagem de tacos), afinao de autoclismos e torneiras, substituio de filtros, etc.; 4. Grandes reparaes ou renovao, reposies dos materiais de acabamento e revestimento; 5. Beneficiao, para correco de erros grosseiros do projecto ou de execuo, ou para responder, ao longo do tempo, natural obsolescncia do edifcio resultante do grau de exigncia de regulamentao quanto s condies de desempenho dos edifcios. A limpeza diria, vistorias anuais e pequenas reparaes (sempre que sejam detectadas avarias) includas na manuteno preventiva dos edifcios administrativos devem ser da responsabilidade dos Organismos que os utilizam, devendo para isso dispor de uma equipa tcnica responsvel pela conservao das instalaes, interna ou contratada no exterior. As grandes reparaes e beneficiao de instalaes devem ser realizadas com periodicidade mais alargada, de cinco a dez anos, e so da responsabilidade do Organismo com competncia centralizada da gesto e conservao do patrimnio imobilirio afecto ao Ministrio da Educao. Sem prejuzo de uma planificao mais detalhada das aces de manuteno para cada um dos edifcios administrativos afectos ao Ministrio da Educao, apresenta-se seguidamente, de uma forma sistematizada, como se podem distribuir os trabalhos de manuteno de um edifcio ao longo do ano, identificados em fichas tipo para diversas operaes de manuteno, relatrios de vistoria, folha de registo de ocorrncias e ficha de interveno.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

EDIFCIO (Coberturas e Fachadas) Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 Verificao das coberturas em telhado, ajustamento de telhas, substituio de telhas partidas, limpeza e varrimento de folhas e outros detritos Verificao das coberturas em terrao, deteco e correco de anomalias nas impermeabilizaes, infiltraes, limpeza e varrimento de folhas e outros detritos Verificao de paredes de fachada, deteco e correco de fissuras, manchas e repassos de humidade, estado da fixao de pedras de revestimento Verificao das caixilharias exteriores, afinao de fechos, reparao de vedantes, desobstruo de orifcios de drenagem Verificao das guardas e barreiras de proteco de varandas e telhados, deteco e correco de corroso, folgas e afinao das fixaes Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final das coberturas e fachadas

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral Anual X X X X X X

EDIFCIO (Pavimentos, Tectos e Paredes Interiores) Fases de trabalhos1.1 1.2 Verificao de paredes interiores, limpeza, deteco e correco de fissuras, manchas e repassos de humidade, estado da pintura, retoques na pintura, se necessrio Verificao de revestimentos de pavimentos cermicos, limpeza, deteco de humidades, deslocamentos, juntas abertas, estado da fixao de azulejos, substituio localizada de revestimento, sempre que detectadas falhas Verificao de revestimentos de pavimentos em madeira, limpeza, aspirao, enceramento, deteco de humidades, deslocamentos, juntas abertas, substituio localizada de revestimento, sempre que detectadas falhas, colagem de tacos Verificao de tectos estucados, deteco de humidades, fissuras, substituio localizada de revestimento, sempre que detectadas falhas Verificao de tectos falsos, deteco de humidades, fissuras, deformaes, substituio localizada de revestimento, sempre que detectadas falhas Verificao das portas interiores, limpeza, afinao de dobradias, fechaduras e puxadores, reparao de vedantes. Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final dos pavimentos, tectos e paredes

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral X X Anual

1.3 1.4 1.5 1.6 1.7

X X X X X

INSTALAES SANITRIAS Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 Verificao, limpeza e afinao de torneiras, fluxmetros, sifes de lavatrio e autoclismos Verificao das fixaes dos aparelhos sanitrios Substituir vedantes de torneiras, fluxmetros e autoclismos, sempre que necessrio Limpeza dos equipamentos Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X Trimestral Semestral Anual

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

REDE ESGOTOS RESIDUAIS E PLUVIAIS Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral X X X X X X X Semestral Anual

Verificao da rede de tubos, fixaes, obstrues e estanquecidade Controlo da ventilao natural de tecto Limpeza de sifes de pavimentos, caixas de passagem, ralos de pavimento, ralos de pinha no topo das prumadas, ralos, caleiras Manuseamento de vlvulas Reparao de pontos de corroso Limpeza dos equipamentos e acessrios Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

REDE DE GUAS SANITRIAS Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Controlo de estanquecidade das redes de guas Anlises e tratamento qumica s guas da rede Verificao dos redutores de presso e vlvulas Controlo das fixaes Reparao de pontos de corroso Limpeza dos equipamentos Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

REDE DE ABASTECIMENTO DE GS Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral Anual X X X

Deteco de fugas Estado de funcionamento das torneiras Substituio de tubos de ligao aos aparelhos

Manuteno a realizar, exclusivamente, por pessoal qualificado. Vistoriada de dois em dois anos como medida de preveno, por entidade inspectora reconhecida, para o efeito, pela Direco-Geral de Energia.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

REDE DE INCNDIO Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Verificao da rede de tubos, fixaes e estanquecidade Verificao de fugas Verificao dos redutores de presso e vlvulas, vlvulas de reteno e segurana Verificao do estado das juntas Reparao dos pontos de corroso Manuseamento das vlvulas Verificao e teste dos carretis Verificao e teste das bocas de incndio Verificao e teste dos postos de comando da rede de sprinklers Limpeza dos equipamentos e acessrios Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.DETECO DE INCNDIO SISTEMA CENTRALIZADO Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral Anual X X X

Ensaios de comunicao e operacionalidade do Sistema Centralizado de Informaes LMS Verificaes e ensaios de operacionalidade dos detectores de incndio Verificaes e calibrao dos detectores de Monxido de Carbono Limpeza, verificao, afinao e ensaio da Central de Sinalizao e Comando, incluindo os rgos pticos e acsticos e a transmisso distncia Ensaios de funcionamento do Sistema de Deteco de Incndio e do Sistema de Deteco de Monxido de Carbono Ensaio de funcionamento dos quadros repetidores de alarme Inspeco visual de toda a cablagem Verificao e ajuste da corrente de carga das baterias de energia de socorro Ensaio dos Botes de Alarme e indicadores de aco Limpeza da central Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistemaX X

1.4

X

1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11

X X X X X

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.DETECO DE INCNDIO EXTINTORES Fases de trabalhos1.1 1.2

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral Anual X X

Actualizao da validade do carregamento Verificao se os extintores se encontram no violados e sem alteraes fsicas visveis

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado. 40

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

ILUMINAO Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Verificar funcionamento dos pontos luminosos e estado geral dos aparelhos Verificar a presena de sobreaquecimentos Substituio de tubos defeituosos, arrancadores, balastros, sempre que necessrio Limpar o conjunto das iluminrias, a grelha da luminria, as armaduras difusoras, os globos, etc. Controlo da continuidade das massas das iluminrias terra Controlo de estanquecidade das iluminrias exteriores Substituio de lmpadas fundidas Preenchimento da folha de manuteno anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.41.5 1.6 1.7 1.8

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

QUADRO ELCTRICO Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X X X X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Verificar funcionamento geral e pesquisa de anomalias Verificar fixao da aparelhagem Verificao de disjuntores, fusveis e corta - circuitos Limpeza geral do quadro (despoeiramento) Efectuar medio de consumos elctricos e regulao de proteces trmicas e testes Reaperto de contactos elctricos, se necessrio Verificao do estado dos contactos fixos e mveis dos contactores Efectuar teste de lmpadas sinalizadoras Verificao de desenhos e etiquetagem interior e exterior Verificao de estanquecidade de portas e bucins Verificao de suportes do quadro e cabos exteriores Beneficiao/lubrificao de fichas e dobradias Verificao e beneficiao de ligaes terra Medio da resistncia de isolamento da cablagem elctrica Verificao dos aparelhos de medida dos Quadros (voltmetros, ampermetros, etc.) Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.4 1.51.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 1.13 1.14 1.15 1.16

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

BATERIA DE CONDENSADORES Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3 1.4 1.5

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral X X X X X Anual

Verificar o funcionamento geral e pesquisa de anomalias (rudos, contactores, etc.) Termografia (contrato especializado) Limpeza geral e reapertos Verificao afinao do rel varimtrico Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

POSTO DE TRANSFORMAO Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Verificar funcionamento geral e pesquisa de anomalias (rudos e sobreaquecimentos) Termografia Limpeza geral (contactos, isoladores, etc.) Reaperto de contactos elctricos Verificao do estado dos contactos e terminais elctricos Teste do alarme de temperatura Teste do disparo trmico Medio da resistncia de isolamento de cablagem Medio da resistncia de terra Verificao, aplicao e lubrificao do equipamento, comando, fechaduras e portas Verificao dos apetrechos de manobra e segurana (chave, extintor, tapete de borracha, luvas, equipamento de primeiros socorros e sinalizao de risco) Verificao dos encravamentos Verificao dos rels Teste de disparo dos disjuntores Colheita de amostra de leo Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.4 1.51.6 1.7 1.8 1.9 1.10

1.11

X

1.12 1.13 1.14 1.15 1.16

X X X X X

Manuteno a realizar exclusivamente por empresa qualificada.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

QUADRO ELCTRICO - AVAC Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X X X X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Verificar funcionamento geral e pesquisa de anomalias Verificar fixao da aparelhagem Verificao de disjuntores, fusveis e corta - circuitos Limpeza geral do quadro (despoeiramento) Efectuar medio de consumos elctricos, e regulao de proteces trmicas e testes Reaperto de contactos elctricos, se necessrio Verificao do estado dos contactos fixos e mveis dos contactores Efectuar teste de lmpadas sinalizadoras Verificao de desenhos e etiquetagem interior e exterior Verificao de estanquecidade de portas e bucins Verificao de suportes do quadro e cabos exteriores Beneficiao/lubrificao de fichas e dobradias Verificao e beneficiao de ligaes terra Medio da resistncia de isolamento da cablagem elctrica Verificao dos aparelhos de medida dos Quadros (voltmetros, ampermetros, etc) Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.4 1.51.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 1.13 1.14 1.15 1.16

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

VENTILADORES Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral X X X X X X X X X X X Semestral Anual

Limpeza de filtros (insuflao) Ajustes e verificao do estado das correias (excludos os ventiladores de acoplamento directo) Verificao e alinhamento das polis de transmisso Medio dos consumos elctricos dos motores Medio do isolamento dos motores elctricos Limpeza exterior das turbinas Detectar rudo de picagem de rolamentos Reapertos mecnicos e elctricos Retocar pontos de ferrugem Limpeza geral do equipamento Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.4 1.51.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

UNIDADES DE TRATAMENTO DE AR Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral X X X X X X X X X X X X X Semestral Anual

Limpeza de filtros de ar Limpeza das baterias de frio e quente com jacto de ar comprimido Purga de baterias de gua Inspeco e ajuste das correias de transmisso Testar o funcionamento das electrovlvulas Registos motorizados e seus controladores, verificao dos parmetros de funcionamento Limpeza e desobstruo do esgoto de condensados Verificao do alinhamento das polis de transmisso Medio de consumo dos motores Verificao de rolamentos Anlise do funcionamento do equipamento Limpeza geral do equipamento Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.4 1.51.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 1.13

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

UNIDADES DE TRATAMENTO DE AR DE EXPANSO DIRECTA Fases do trabalho1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 2 2.1 2.2 2.3 3 3.1 3.2 3.3 4 4.1 4.2 4.3 4.4 5 UNIDADE INTERIOR Limpeza dos filtros de ar Verificar funcionamento do ventilador em todas as velocidades Medir temperatura de entrada e sada de ar da serpentina Limpeza do tabuleiro de condensados e verificar descargas Limpeza da serpentina e ps do ventilador Medir consumo do motor elctrico do ventilador; verificar fixao, rudos e limpeza geral Substituio de filtrina do filtro de ar, se necessrio UNIDADE EXTERIOR Verificar funcionamento do ventilador Limpeza da serpentina, ps do ventilador e caixa Medir consumo motor elctrico do ventilador verificar fixao, rudos e limpeza geral CIRCUITO FRIGORFICO Compressor: medir presso de aspirao e descarga. Fixao, rudos e aquecimento. Medir consumo do motor elctrico. Ajustar carga de gs, se necessrio Verificar linhas de gs, fugas, isolamentos e fixaes Verificar funcionamento da vlvula reversvel, se existir CIRCUITO ELCTRICO Verificao do funcionamento dos comandos de controlo Verificar e reapertar ligaes elctricas Verificar e testar o sistema elctrico de aquecimento, se existir. Medir consumo, limpar e verificar proteco Limpeza geral do quadro elctrico Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaMensal Bimestral Trimestral Semestral Anual

X X X X X X X

X X X

X X X

X X X X X

Manuteno a realizar exclusivamente por empresa qualificada.

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FICHAS TIPO DE OPERAES DE MANUTENO

ELECTROBOMBAS Fases de trabalhos1.1 1.2 1.3

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal X X X X X X X X X Trimestral Semestral Anual

Anlise do estado de empanques e sua substituio, se necessrio Medio e registo de consumo dos motores Verificao do estado das transmisses motor/bomba e substituio, se necessrio Manuseamento de vlvulas e reaperto de bucins Limpeza geral da electrobomba e limpeza dos ventiladores com ar comprimido Verificao dos apertos mecnicos e elctricos Medio e registo do isolamento dos motores Retoques de pintura ou pintura integral, se necessrio Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.4 1.51.6 1.7 1.8 1.9

Manuteno a realizar exclusivamente por pessoal qualificado.

ASCENSORES E MONTA-CARGAS Fases de trabalhos1

Periodicidade das Operaes de Manuteno PreventivaSemanal Mensal Trimestral Semestral Anual

Motor, rolamentos e chumaceiras, traves, cabine, guias e cabos, equipamento de segurana, botoneiras, comandos e intercomunicadores Verificao do funcionamento, fugas de leo, folgas do grupo tractor e alongamento dos cabos, deformaes, corroso, presena de gua no poo do elevador, qualidade do ar na casa das mquinas, nveis de iluminao nos patamares de acesso casa das mquinas Preenchimento da folha de manuteno, anotando as aces complementares efectuadas, materiais utilizados e estado final do sistema

1.1

1.2

Manuteno a realizar exclusivamente por empresa qualificada e credenciada pela Direco-Geral de Energia. Inspeces de dois em dois anos pelos servios tcnicos camarrios ou por entidades inspectoras devidamente credenciados para o efeito pela Direco-Geral de Energia.

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FICHA DE INTERVENO

ITEM REF.

DESIGNAO: TIPO DE INTERVENO OK DR DS T DNR

OK: Trabalho efectuado DR: Detectado e reparado DS: Detectado e substitudo T: Testado DNR: Detectado e no reparado Anomalias verificadas durante a manuteno _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

______________________ O Tcnico

_______________________ Organismo

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RELATRIO DE VISTORIA

Edifcio ____________________________________________________ Data: ___________ Pg. ___/___ Morada ________________________________________________________________________________ Responsvel pela vistoria _______________________________________ Assinatura _________________ Outros participantes na vistoria (nome, especialidade, razo da participao e assinatura) A. B. C. Objectivo da vistoria:

(Ex.: rotina, periodicidade, ocorrncia de anomalias) mbito da vistoria:

(Ex.: totalidade do edifcio, s cobertura, s sistema de iluminao,) Resumo das concluses:

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CAPTULO 3. PLANOS DE SEGURANAOs Planos de Preveno e Emergncia de um edifcio administrativo tm por objectivo a preparao e organizao dos meios existentes para garantir a salvaguarda dos seus ocupantes, no caso de ocorrncia de uma situao perigosa. Devem prevenir situaes de risco, definir planos previsionais que minimizem as consequncias directas e indirectas de um eventual sinistro, designar pessoas com misses especficas na aplicao dos planos e pormenorizar aces a desenvolver em situaes de emergncia, nomeadamente em caso de incndio, sismo, fuga de gs, alerta de bomba, etc. Na preparao dos Planos de Preveno e Emergncia de um edifcio, devero considerar-se, como referncia, as indicaes constantes nos captulos Segurana Contra Incndio e Segurana aos Sismos, tendo em conta que os planos a previstos devem abranger as vrias situaes de emergncia possveis e especificar as medidas e os procedimentos a adoptar relativamente a cada uma delas, definindo as disposies que permitam resolver os problemas de preveno, alarme, alerta, proteco, evacuao e primeira interveno. Note-se que, embora as medidas de preveno e os procedimentos de segurana a adoptar para cada situao de emergncia possam apresentar especificidade prpria, as providncias a tomar em qualquer circunstncia, no que se refere a alarme, socorro a pessoas em perigo, alerta e evacuao, so basicamente as mesmas. Na preparao de Planos de Segurana Contra Incndio e Sismos, bem como na organizao de exerccios de evacuao, os edifcios administrativos devem solicitar a colaborao dos Bombeiros e dos Servios Municipais de Proteco Civil.

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RESPONSABILIZAO PELA SEGURANA O responsvel pela gesto de cada edifcio dever designar um tcnico responsvel pela segurana do mesmo, em quem poder delegar o seguinte: Estar presente, ou fazer-se substituir, durante os perodos de utilizao dos edifcios. Velar pela manuteno dos edifcios e das respectivas instalaes e equipamentos, promovendo aces regulares de manuteno e conservao, de acordo com as disposies aplicveis da regulamentao em vigor e com as instrues dos respectivos fabricantes, construtores ou instaladores. Promover e acompanhar as vistorias a realizar pelo Servio Nacional de Bombeiros e Proteco Civil aos edifcios, sempre que o entendam necessrio. Solicitar, em situaes de emergncia, a interveno dos servios de socorro. Desencadear, no caso de ocorrncia de uma situao perigosa, as aces a tomar em situao de emergncia. Estabelecer as condies a que deve obedecer a cedncia dos edifcios a terceiros, nomeadamente em matria de segurana contra incndio. Manter actualizado o Caderno de Registo da Segurana.

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CAPTULO 3. PLANOS DE SEGURANAORGANIZAO DA SEGURANA CONTRA INCNDIOPLANOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

. Plano de preveno . Plano de emergncia . Instruo, formao e exerccios de seguranaCADERNO DE REGISTO DA SEGURANA VISTORIAS PELO SNBPC

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ORGANIZAO DA SEGURANA CONTRA INCNDIOPLANOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

Os responsveis pela segurana contra incndio dos edifcios administrativos devem promover e coordenar a elaborao dos planos de preveno e de emergncia, em colaborao com o Servio Municipal de Proteco Civil e os Bombeiros da rea em que se situam os edifcios que lhes esto afectos. Todo o pessoal do edifcio deve estar em condies de utilizar correctamente os meios de primeira interveno e os seus sistemas de alarme e alerta. Para o efeito, o responsvel pelos servios deve promover, pelo menos duas vezes por ano, a participao do pessoal em aces de instruo e treino, destinadas a habilit-lo quanto forma de actuao em caso de sinistro e ao adequado manuseamento dos meios de interveno, alarme e alerta, bem como nos exerccios de evacuao do edifcio coordenados pelos Servios Municipais de Proteco Civil. Durante os perodos de funcionamento dos edifcios administrativos, deve ser assegurada a vigilncia contra incndio. Plano de preveno O plano de preveno visa reduzir os riscos de ocorrncia e desenvolvimento de incndios e garantir a permanente operacionalidade dos meios, dispositivos