UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIA

UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIAMANUAL VISO SOCIALDEPENCIA QUMICA

SERVIO SOCIAL DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA APLICADA AO SERVIO SOCIALTUTORA ADISTNCIA: Ma. MARICIANE MORES NUNESTUTORA EAD: LCIA MEDEIROSALUNAS: LETCIA LUSIA SILVA OLIVEIRA RA: 431741 MARIA EDILAMAR RAMOS RA: 423865 TNIA MARIA DE JESUS RA 423763

UBERLNDIA 2014

INTRODUO

Este manual tem como objetivo mostrar o aprimoramento dos nossos conhecimentos no exerccio da profisso do Assistente Social.Mostrar a realidade dos problemas sociais, que um dos objetos de estudo da antropologia, e um dos problemas enfrentados pelo profissional da rea da Assistncia Social assim como a dependncia qumica, e como esse profissional pode agir para ajudar no tratamento deste grave problema.

QUARTO DE DESPEJO: DIRIO DE UMA FAVELADA

Em meio a manifestaes populares, Carolina Maria de Jesus escreve livro Quarto de Despejo, onde podemos enxergar a criatividade de uma mulher pobre, favelada, marginalizada, e que demonstra muita garra, me solteira, de trs filhos de pais diferentes, passou sua vida pelas ruas de So Paulo, na favela do Canind catando papis e ferros, para sua famlia, ela conta atravs de seu dirio a realidade da sua vida, mostrando a misria, o racismo a indiferena, a fome, da luta pela igualdade entre os sexos a dificuldade de convivncia com os vizinhos, a unio e ajuda que havia entre eles. Ela falava em seu dirio relato do dia a dia, representando a voz dos excludos, marginalizados por questes sociais e tnicas. Certa vez ela se revoltou contra o servio social, porque prometiam e no cumpriam, os problemas so grandes, e o tratamento dado muitas vezes era com ironia. A nica coisa que eles querem saber so os nomes e os endereos dos pobres. (JESUS, 1960, p. 36).

Disponvel em: http://arteculturaespiritualidade.blogspot.com.br/2012/11/carolina-maria-de-jesus.html s 23hs 12-05-2014

O SERVIO SOCIAL E A POBREZAOs assistentes sociais trabalham diariamente com a pobreza, e v de perto os problemas enfrentados pelas classes empobrecidas da nossa sociedade, caracterizado por trajetrias de explorao, opresso e resistncia, observando o crescimento da violncia, da droga, so cdigos que sinalizam a condio subalterna: o desconforto da moradia insalubre, as estratgias de sobrevivncia frente ao desemprego, a debilidade da sade, a resignao, o sofrimento expressos nas suas expresses corporais, nas linguagens alm dos discursos.O assistente social enfrenta inmeros componentes para articular projetos na sua profisso: Que so os valores, saberes e escolhas tericas, prticas, ideolgicas, polticas, ticas, normatizaes acerca de direitos e deveres, recursos poltico-organizativos, processos de debate, investigaes, em interlocuo crtica com o movimento da sociedade na qual o Servio Social parte e expresso.

Disponvel em:http://www.shutterstock.com Acessado s 23hs 12-05-2014

O SERVIO SOCIAL NAS ONGs NO CAMPO DA SADE: PROJETO SOCIETRIO EM DISPUTAO trabalho do Servio Social visa identificar os dilemas e desafios no cotidiano das intervenes dos assistentes sociais nas sequelas da questo social. Tambm apresenta a pesquisa enquanto estratgia na construo de propostas coletivas na direo da cidadania, em contraponto lgica do favor.

As ONGs nasceram com a misso de contribuir na melhoria da organizao interna, na articulao e na transferncia de recursos captados de organismos internacionais para os movimentos sociais. Disponvel em: http://provisasaude.blogspot.com.br/ Acessado em 12-05-2014 s 00hs.

As ONGs comearam a ocupar lugar de movimentos sociais nos anos 90. O autor ressalta que atualmente as ONGs tornaram-se o ator principal na negociao com o Estado, o que acarretou enfraquecimento dos movimentos sociais, deslocando a lgica das lutas e das reivindicaes para o caminho da parceria e da negociao (MONTANO. 2002).As ONGs no campo da sade formulam uma nova construo social que tem implicaes nas polticas sociais e no fazer profissional. Os conflitos mais pertinentes e persistentes so os conflitos cotidianos com os voluntrios na conduo do trabalho, pois estes tentam impor a lgica do favor s intervenes sociais.O trabalho do assistente social nas ONGs no campo da sade traz dilemas e desafios no horizonte da cidadania. imprescindvel que o profissional avance na realidade concreta, entendendo que o real formado por contradio e por projetos societrios em disputa. Cabe aos profissionais, direcionar os projetos em disputa rumo cidadania de direitos, em contraponto cultura do favor.

PROBLEMAS SOCIAIS ENFRENTADOS PELOS BRASILEIROSO Brasil da atualidade apresenta uma srie de problemas que parecem no ter fim. Embora seja a sexta maior economia do mundo, o Brasil se encontra em uma situao crtica, milhares e milhares de brasileiros sem emprego, e a violncia crescendo em todos os lugares do pas. Pessoas tm ficado doentes por causa da poluio, causada por grandes empresas que esto preocupadas unicamente com lucros.

Dentro da distribuio de renda, uma pequena parcela da populao detm a maior parte do poder aquisitivo, enquanto a maioria dos brasileiros vive com menos, gerando, entre outras dificuldades, um grande problema habitacional. A habitao est um caos de difcil resoluo. Existem casas em locais irregulares, esgotos a cu aberto, pessoas sem casa, tudo isso resultado da m distribuio das terras do Brasil e da grande desigualdade social daqui.Imagem disponvel em: https//www.flickr.com Acessado em: 13-05-2014 s 14hs

O PROBLEMA SOCIAL DA DEPENDNCIA QUMICA

Dependncia qumica a dependncia de qualquer substncia que altere o comportamento, tais lcool, tabaco, maconha e cocana. A dependncia caracterizada pelo fato do dependente necessitar daquela substncia, como necessita de gua pra viver.A dependncia qumica ou fsica uma condio orgnica que acontece quando um individuo faz uso constante de certas drogas psicoativas, provocando o aparecimento de sintomas que envolvem especialmente o Sistema Nervos Central, tornando-o dependente daquela substncia, ocorrendo o sofrimento dos efeitos de uma abstinncia repentina e prolongada. O uso abusivo do lcool, de drogas consideradas ilegais e da nicotina pode gerar esta reao corporal.A dependncia qumica considerada uma doena grave pela Organizao Mundial da Sade OMS. A Dependncia qumica tambm um grave problema social, e aqui, no Brasil um problema social muito grande, pois boa parte da populao brasileira de alguma forma, dependente qumica.

As drogas mais utilizadas pela populao brasileira so tabaco e lcool. Hoje comum ver crianas e adolescente usando drogas, por influncia dos amigos, e algumas vezes at dos prprios pais. Com o aumento do nmero de dependentes qumicos nas ruas, so acarretados outros problemas sociais graves, como por exemplo, o aumento da violncia por parte de dependentes.Podem ser considerados fatores que influenciam no aumento do nmero de dependentes e ainda o no tratamento de usurios de substncias psicoativas, a falta de programas de sade especializados para esses casos e o grande preconceito da parte de pessoas que no conhecem sobre esse assunto to delicado.

Disponveis em:https://www.flickr.com/ Acessado em: 13-05-2014 s 15hs.

O ASSISTENTE SOCIAL E A DEPENDNCIA QUMICA

O Assistente Social trabalha na questo da dependncia qumica e estimula a qualidade de vida e o exerccio pleno da cidadania dessas pessoas marginalizadas. O assistente social promove a incluso social dos dependentes qumicos adotando uma abordagem de ateno integral.Os profissionais do servio social disponibiliza informao e orienta no acolhimento e apoio do dependente qumico e encaminha para grupos de autoajuda. Os profissionais fazem pesquisas e estudos sobre a temtica na efetiva interveno profissional, os assistentes sociais desenvolvem um tratamento terico-metodolgico e tico-poltico diferenciado.Os problemas sociais se acumulam na vida dos dependentes qumicos: Desagregao da estrutura familiar, ambiente de trabalho inadequado propcio a acidentes, aumento da criminalidade e violncia, aumento da disseminao de doenas como, o vrus do HIV e suicdio, possvel ver as consequncias generalizadas que a dependncia qumica acomete na vida das pessoas.

O assistente social pode agir em diferentes frentes para auxiliar aqueles que sofrem do problema da dependncia qumica, tais como: Acolhimento - Ajuda oferecida a pacientes e familiares para refletirem e melhorarem seu relacionamento interpessoal, autoestima e autoconfiana, entre outros valores; Anamnese do Assistente Social O assistente utiliza instrumentais tcnico-operativos como diagnstico, plano de tratamento psicossocial, atendimento individualizado, anamnese social, acompanhamento, visitas domiciliares, hospitalares e institucionais, anotaes em pronturios, entrevistas, testes especficos, relatrios, grupo, oficinas teraputicas, superviso clnica, encaminhamentos para especialistas, terapia comunitria, terapia de orientao sistmica, estudo tri geracional, utilizao de vivncias (danas, exerccios, caminhadas, relaxamento);.

Atendimento e orientao: As etapas de atendimento caracterizam-se a partir da recepo do paciente, ate os procedimentos de encaminhamento. Frisa a importncia da famlia na recuperao do paciente, envolvendo-a no tratamento. Visa tambm, resgatar o paciente que abandonou o tratamento e reintegr-lo novamente na sociedade. Atendimento ambulatorial com encaminhamentos para CAPS; Atendimentos aos familiares e promoo da reintegrao social;Acompanhamento ambulatorial

Disponveis em:http://captafranca.wordpress.com/category/uncategorized/page/2/ Acesso em 13-05-2014 s 16hs.

Disponvel em: http://portacurtas.org.br/busca/?termo=dependencia%20quimica 13-05-1=2014 Acesso s 18hs.

ANTROPOLOGIA UMA INTRODUOO estudo da antropologia tem dimenses biolgicas, scios culturais e filosficas, tendo toda investigao valendo-se dos mtodos de comparao em busca de respostas a uma infinidade de perguntas, na tentativa de compreender as semelhanas e as diferenas fsicas, psquicas, nas manifestaes culturais do comportamento e da vida social entre grupos humanos, isto porque o homem diferente da natureza. Como cincia do biolgico e do cultural tem como objeto de estudo o homem e suas obras. Temos como exemplo o estudo do homem fssil, suas mudanas evolutivas, sua anatomia e suas produes culturais.A Antropologia como Cincia Social - prope conhecer o homem enquanto elemento integrante de grupos organizados.Vista como uma Cincia Humana - volta-se especificamente para o homem como um todo: sua histria, suas crenas, usos e costumes, filosofia, linguagem, etc.Partimos do princpio que a natureza humana a essncia do homem, e para diferenciar das coisas do universo esta natureza apresenta-se em aspectos:Os fatores ambientais exercem poderosa influncia no desenvolvimento de personalidade. Os seres humanos esto sujeitos a mudanas comportamentais.

Os assistentes sociais trabalham com a questo social nas suas mais variadas expresses quotidianas, tais como os indivduos as experimentam no trabalho, na famlia, na rea habitacional, na sade, na assistncia social pblica. Podemos entender na sugesto de FALEIROS, que qualificar a questo social significa apreender o que compete ao Servio Social no mbito da questo social. Se falarmos, por exemplo, nas expresses sociais da questo social, estaremos, minimamente, definindo um espao de atuao profissional.

Disponvel em: http://formacao.universiablogs.net/tag/doutoramento Acessado em 13-05-2014 s 16hs.

CONCLUSOO Brasil avanou muito na rea social nos ltimos anos, mas ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros em vrios aspectos sociais, como, moradia, dependncia qumica, alcoolistas, moradores de rua, desabrigados, moradores de favela ou rea de risco, portadores de doenas sexualmente transmissveis, crianas abandonadas, idosos residentes em asilos, mulheres vtimas de violncia domstica e doenas terminais. O Assistente Social e os dependentes qumicos tem como objetivo estabelecer uma relao atravs de um canal de comunicao claro, adquirindo confiana entre ambos. O uso de drogas um fenmeno muito complexo, o que se faz necessrio um ponto de vista mais detalhado, o Assistente Social deve direcionar seu trabalho, buscar entender todo o sistema, identificando as causas que levou aquele individuo a procurar ajuda. E estar disponvel sempre quando algum vier solicitar a sua orientao, buscar a colaborao e apoio dos outros profissionais ligados sua rea, e principalmente das famlias do paciente. A melhor maneira de prevenir, diminuir ou tratar as drogas por meio de informaes e conscientizao de todos do seu meio.

REFERNCIAS BIBLIOGRAFICASDISPONVEIS EM:http://criticaconsciente.wordpress.com/2012/03/22/quarto-de-despejo-diario-de-uma-favelada/ Acessado em: 09-05-2014 19h28mins.http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n102/a05n102.pdf Acessado em: 12-05-2014 s 21h31mins.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802010000200001 Acessado em 09-05 19:07hs http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/problemas_sociais.htm Acessado em: 09-05 19h15minshttp://www.uel.br/cesa/sersocial/pages/revista-servico-social-em-revista.php Acessado em: 09-05. s 20h00mins.http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/15305 Acessado em: 10-05-2014, s 22hs.http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/59205/servico-social-resistencia-e-praxis-profissional/ Acessado em: 11-05-2014, s 23hs.http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2007000100027&script=sci_arttext Acessado em: 11-05-2014, s 23hs.http://portacurtas.org.br/busca/?termo=dependencia%20quimica Acessado em: 12-05-2014, s 22hs.http://www.passeidireto.com/arquivo/2144128/antropologia---uma-introducao---marconi-e-presotto Acessado em: 12-05-2014, s 22hs.Jesus, C.M. de. Quarto de despejo: dirio de uma favelada. 9. Ed. (Coleo Sinal Aberto). So Paulo: Editora tica, 2007.Marconi, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zlia Maria Neves. Antropologia: Uma introduo. 6 ed. So Paulo: Editora Atlas,2002.