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REPÚBLICA DE ANGOLA UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS REPARTIÇÃO DE MATEMÁTICA TEMA: A avaliação como processo regulador da actividade do professor e dos alunos. Uma reflexão desde o ponto de vista da prática dos professores de Matemática. Dois estudos de casos. Trabalho de fim do curso, para obtenção do grau de Licenciatura em Ciências de Educação, opção de Matemática. Realizado por: Manuel Pedro 1

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REPÚBLICA DE ANGOLA

UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS

REPARTIÇÃO DE MATEMÁTICA

TEMA: A avaliação como processo regulador da actividade do professor e dos alunos. Uma reflexão desde o ponto de vista da prática dos professores de Matemática. Dois estudos de casos.

Trabalho de fim do curso, para obtenção do grau de Licenciatura em Ciências de Educação, opção de Matemática.

Realizado por: Manuel Pedro

Tutor: Alberto Domingos Jacinto Quitembo, Phd

Benguela, 2014

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REPÚBLICA DE ANGOLA

UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS

REPARTIÇÃO DE MATEMÁTICA

TEMA: A avaliação como processo regulador da actividade do professor e dos alunos. Uma reflexão desde o ponto de vista da prática dos professores de Matemática. Dois estudos de casos.

Trabalho de fim do curso, para obtenção do grau de Licenciatura em Ciências de Educação, opção de Matemática.

Realizado por: Manuel Pedro

Tutor: Alberto Domingos Jacinto Quitembo, Phd

Benguela, 2014

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PENSAMENTO

“A avaliação é o instrumento da própria ambição do homem de “pesar “ o

presente para “pesar” o futuro”.

(Anónimo)

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DEDICATORIA

Dedico este trabalho a todos aqueles que directa ou indirectamente

contribuíram para que o mesmo fosse realizado, muito especialmente ao

professor, Dr. Alberto Quitembo, que de uma forma incansável soube orientar

esta obra.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, Todo-Poderoso, pela grande dádiva que me

concedeu, aos familiares pela grande ajuda, outro agradecimento especial dirijo

particularmente ao professor Dr. Alberto Quitembo pela paciência, persistência

e empenho que demonstrou para que o trabalho se tornasse numa realidade.

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Resumo

O trabalho que se apresenta faz uma reflexão da avaliação como

processo de regulação da actividade do professor e dos alunos, tendo como

ponto de partida a identificação das perspectivas e práticas de professores em

relação a avaliação.

A revisão da bibliografia aborda aspectos da avaliação sobretudo,

aspectos ou práticas que conduzem a definir a avaliação como processo de

regulação da actividade do professor e do aluno

O estudo foi desenvolvido assente na abordagem qualitativa de natureza

interpretativa, com o estudo de caso como design do estudo. A análise dos

dados recolhidos mostra que os professores encaram a avaliação como um

processo que regula a sua actividade e a dos alunos. Manifestam a

necessidade do uso de modalidades de avaliação diversificados mas, também

reconhecem que a prova escrita é o instrumento mais usado.

Palavras-chave: definir as palavras chaves

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Formatar o índice (não está alinhado)

INDICE

Introdução

Pertinência do estudo -------------------------------------------------------------------- 02

Capitulo I – Avaliação como processo de regulação do processo de

ensino e aprendizagem ----------------------------------------------------------------- 04

Avaliação segundo alguns teóricos. Conceitos -------------------------------------- 05

Modalidade de avaliação ---------------------------------------------------------------- 06

Avaliação diagnostica ------------------------------------------------------------------- 06

Avaliação formativa ---------------------------------------------------------------------- 08

Avaliação sumativa ---------------------------------------------------------------------- 09

Avaliação como processo de regulação da actividade

Do Professor e dos alunos ------------------------------------------------------------- 12

Do Professor --------------------------------------------------------------------------------- 12

Do aluno ------------------------------------------------------------------------------------- 14

Capitulo II – Metodologia de estudo ------------------------------------------------- 17

Opções Metodológicas ------------------------------------------------------------------ 18

Instrumento de recolha de dados ----------------------------------------------------- 19

Capitulo III – Apresentação e discussão de dados ------------------------------- 21

Professor Lote ----------------------------------------------------------------------------- 22

Professora Chiaña ----------------------------------------------------------------------- 25

Visão dos dois professores da escola Nova dos

Navegantes -------------------------------------------------------------------------------- 28

Professor Adão --------------------------------------------------------------------------- 29

Professor Chihaluca --------------------------------------------------------------------- 32

Visão de dois professores da escola do 1º Ciclo DR.A.A. Neto –

--------------------------------------------------------------------------------------------------- 34

Análise do questionário ----------------------------------------------------------------- 35

Discussão dos dados ------------------------------------------------------------------- 41

Considerações finais -------------------------------------------------------------------- 43

Reflexão de estudo ---------------------------------------------------------------------- 45

Bibliografia --------------------------------------------------------------------------------- 46

Anexos ---------------------------------------------------------------------------------------- 48

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INTRODUÇÃO  

Toda actividade que o homem realiza para ter êxito precisa de ser

acompanhada, monitorizada e fiscalizada.  O processo de aprendizagem é

complexo, e no entanto, a sua realização deve ser dirigido, coordenado e

sistematizado através da avaliação com a qual todos os intervenientes do

processo procuram alcançar a melhoria da qualidade do serviço educativo

prestado pela escola. Esta prestimosa função da avaliação tem conduzido

actualmente a sérios debates, que procuram enquadrar o seu papel relevante,

quer ao nível pessoal, quer ao nível institucional sobretudo no processo

docente educativo, uma vez que, a avaliação (a) interfere em todas as

dimensões do acto educativo e (b), ocupa uma posição única como processo

de regulação do processo de ensino -aprendizagem (Diogo; 2010; 96).

No processo docente educativo a avaliação assume uma dimensão

eminentemente pedagógico, com um carácter formativo em detrimento da

dimensão somática e a sua classificação/certificação que é posta, no

quotidiano lectivo em primeiro lugar. Na perspectiva do carácter formativo da

avaliação, ela é encarada não como um fim, mas como um meio para

aperfeiçoar todo o processo de ensino-aprendizagem, controlando-o por meio

dos resultados que vão se obtendo e comprovando, sendo esta linha a mais

definida pelos especialistas e aconselhada para o seu uso no processo de

ensino -aprendizagem (Quitembo, 2010). Nesta linha, em função da prática

avaliativa exercida nas nossas escolas, levantam-se as seguintes questões: 

1. Qual é o posicionamento dos professores em relação a avaliação? Uma

posição formativa ou somatória?

2. As actividades avaliativas que desenvolvem concorrem para o

melhoramento do processo de ensino -aprendizagem, para a formação

integral do formando e mesmo para o desenvolvimento profissional do

professor?

3. O que pensam os professores sobre a avaliação e as suas práticas?

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Na base da avaliação das aprendizagens o professor é capaz de aferir

as situações que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem e,

efectivamente poder traçar estratégias que visam a melhoria das actividades.

A avaliação é uma componente importante do ensino aprendizagem

porque permite observar, averiguar ou verificar até que ponto está decorrendo

o processo de ensino e aprendizagem. Dai que o estudo procura alcançar os

objectivos seguintes:   

Objectivo geral:   

Contribuir para a reflexão sobre práticas avaliativas no processo de

ensino e aprendizagem da Matemática.

 

Objectivos específicos:

- Compreender o papel que os professores atribuem a função reguladora da

avaliação.   

- Identificar os mecanismos que usam que realcem a avaliação como processo

de regulação da sua actividade e dos alunos.

- Compreender as influências da prática avaliativa dos professores no

desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, da formação integral

do formando e do desenvolvimento profissional do professor.  

Pertinência de Estudo 

Como se sabe a avaliação não pode ser pensada em simples termo de

classificação implicando-se na formação hierarquias de excelência, um modo

eficaz de selecção ou até, meio subtil de gerar insucessos-, mas sim como

garante da aprendizagem e de competências de cidadania activa para todos, já

que, através dela o aluno ganha responsabilidade de autonomia e tenha uma

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atitude reflexiva sobre os valores morais estéticos e cívicos, julgar com espírito

critico e criativo o meio social em que se integra e de desempenhar na sua

transformação progressiva, possuidor de uma sólida formação geral e

especifica capaz de inserir na vida activa investindo com seu trabalho no

progresso social, e capaz de ocupar criativamente as suas actividades.

A compreensão do papel que os professores atribuem a avaliação e das

suas modalidades, conhecer as suas perspectivas e prática sobre a avaliação

das aprendizagens constitui a premissa maior para o sucesso das

aprendizagens, uma vez que ela joga um papel preponderante na orientação

da funcionalidade do processo de ensino-aprendizagem onde actua como um

termómetro, bússola ou alarme, medindo, orientando e despertando o

professor com vista a garantir a eficácia das actividades didácticas. Razão pela

qual consideramos estudo pertinente e actual.

 

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CAPÍTULO I

A avaliação como processo de regulação do processo de ensino e

aprendizagem.

Com vista a garantir a sustentabilidade técnica – cientifico da abordagem

da temática recorreu-se aos fundamentos de alguns teóricos abordados por

alguns autores sobre a avaliação. Assim neste capítulo vamos apresentar a

discussão à volta do conceito da avaliação, segue-se a abordagem sobre as

modalidades de avaliação, assim como o papel da avaliação na regulação da

actividade do professor e do aluno.

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A avaliação segundo alguns teóricos. Conceitos 

Toda e qualquer questão de sentido corre risco de nunca ter resposta

acabada. A avaliação constitui uma dessas questões. Nesta conformidade,

existem diferentes posições em relação o que pensam acerca do que é a

avaliação. Todavia, as ideias convergem ao encará-la como um processo de

verificação do alcance dos objectivos pretendidos (Quitembo, 2010). Tal é o

caso de Stufflebeam & Shinkfield (1987, citados por Diogo; 2010:98), que

consideram-na como um processo para identificar, obter e proporcionar

informação útil e descritiva acerca do valor e do mérito das metas, da

planificação e da realização de um objecto determinado, com o fim de servir de

guia para a tomada de decisões, solucionar os problemas de responsabilidade

e promover a compreensão dos fenómenos implicados.  

Segundo Tenbrick (1984) citado por Diogo (2010:98) considera a

avaliação como um processo de obter informação e usá-la para formular juízos

que por sua vez serão utilizados na tomada de decisões. Para Queiroz

(2003:31) a avaliação é a acção de determinar o valor de um trabalho de uma

acção e consiste na colecta de dados quantitativos e qualitativos. No universo

pedagógico, o termo avaliação tem sido empregado para referir-se a medida de

desempenho escolar, procedimento de atribuição de notas conceito ou

aplicação de um instrumento de testagem do aproveitamento escolar

«prova». Ao passo que Haydt (2006:288) considera a avaliação como um

processo de colecta e análise de dados, tendo em vista verificar se os

objectivos propostos foram atingidos. No âmbito escolar, a avaliação se realiza

em vários níveis: do processo de ensino e aprendizagem, do currículo, do

funcionamento da escola como um todo.  

Ela é também vista como um processo de confronto entre as metas

estabelecidas e os resultados obtidos, permitindo verificar o grau de

consecução dos objectivos, através da comparação das metas com os

resultados. Ajuda a detectar as falhas e as incorrecções no processo de ensino

- aprendizagem e facilita a distribuição dos resultados escolares dos alunos de

acordo com uma escala previamente definida.  

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Segundo Marques (2000:20), avaliar é um acto pelo qual, através de

uma disposição acolhedora, qualifica-se alguma coisa (um objecto, uma acção

ou pessoal) tendo em vista, de alguma forma tomar alguma decisão sobre ela.

Consiste em dinamizar oportunidades de acção-reflexão no processo de

ensino-aprendizagem. No entanto, ela é basicamente um processo de

acompanhamento da evolução do aluno no processo de construção do

conhecimento, e da actividade do professor.  

Em suma podemos entender que a avaliação não é mais se não o

balanço que se faz a respeito da actividade de cada aluno e do professor,

tendo em conta as aprendizagens adquiridas em cada acto educativo num

dado período ou a certificação, ou juízo de valor em termos de competências. A

avaliação dá indicador do desempenho escolar do professor e do aluno, numa

determinada situação do processo de ensino-aprendizagem. É através da

avaliação que se pode aferir os resultados escolares e poder traçar estratégias

convincentes com vista a tomar decisões acertadas.      

 

Modalidade de avaliação 

A avaliação não é apenas um processo de recolha de informação, mas

também a de formulação de juízo de valor. Para efeito de alcance das suas

finalidades ela deve ser desenvolvida tendo em conta as seguintes

modalidades da avaliação: diagnostica, formativa e a sumativa.

Avaliação diagnóstica 

Para Pilleti (1994: 102), a avaliação diagnóstica serve para averiguar se

os alunos possuem os conhecimentos e aptidões para poderem iniciar novas

aprendizagens. Permite identificar problemas, no início de novas

aprendizagens, servindo de base para decisões posteriores, no sentido da

adequação do ensino às características dos alunos.  

Permite verificar se o aluno possui as aprendizagens anteriores

necessárias para que novas aprendizagens tenham lugar (avaliação dos pré-

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requisitos) e também se os alunos já têm conhecimentos da matéria que o

professor vai ensinar, isto é, que parte das aprendizagens que se pretendem

iniciar se são já dominadas pelos alunos (avaliação dos níveis de entrada).

Para o mesmo autor a avaliação diagnóstica não ocorre em momentos

temporais determinados, podendo realizar-se no início do ano, no início de uma

unidade de ensino e sempre que pretende introduzir novas aprendizagens, ou

mesmo no desenvolvimento da aula (Pilleti 1994: 104).

O objectivo da avaliação diagnostica é pois, conhecer o aluno e sua

situação perante as aprendizagens, de maneira a ser possível adaptar as

estratégias aos seus conhecimentos prévios, aos seus ritmos de

aprendizagem, as sua características e interesses.  

Ela pode ser orientada, como já vimos, para verificar se o aluno domina

ou não os pré-requisitos indispensáveis as novas aprendizagens ou apenas

para sabermos quais são os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do

novo assunto que vamos iniciar. Importa distinguir o conceito de pré-requisito

do conceito aprendizagem anterior, segundo (Pilleti 1994). Uma aprendizagem

anterior é tudo aquilo que o aluno sabe acerca do novo tema a iniciar (ideias do

senso comum recolhida nas suas experiências quotidiana ou aprendizagens

que fez em leituras de jornais, revistas, na televisão ou no cinema,). Um pré-

requisito é uma aprendizagem anterior requerida e imprescindível para nova

aprendizagem, isto é, necessária para que novas aprendizagens tenham lugar.

Para Bloom, Hastings e Madaus (1983, citado por Ferreira, 2007), a 

avaliação diagnóstica “tem como função principal a localização do aluno; isto é,

tenta focalizar a instrução, através da localização do ponto de partida mais

adequado” (Pág. 23). Isto é, procurar assegurar de que o aluno esteja numa

situação inicial propiciadora de sucesso na aprendizagem. Para isso,

precisamos de conhecer os seus interesses, aptidões, background,

personalidade e seu percurso de aprendizagem em relação a uma determinada

estratégia de ensino.  

No dizer de Ferreira (2007:24), a avaliação determina o grau de

preparação do aluno antes de iniciar uma unidade de aprendizagem, permite

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saber o seu nível prévio e possibilita averiguar possíveis dificuldades que

possa ter no decorrer do processo de ensino-aprendizagem.  

 

A Avaliação Formativa 

O conceito de avaliação formativa foi proposto por Scriven, (citado por

Diogo, 2010), cuja finalidade consiste em julgar o valor de algo. No entender

deste autor, a avaliação formativa é parte integrante do processo de

desenvolvimento do currículo, acerca do qual proporciona informações para

ajudar a aperfeiçoar esse mesmo processo. No entender de Rivila e Mata

(2002) a avaliação formativa, tem a função de modificar e aperfeiçoar o

processo de ensino-aprendizagem, ajustando os planos estabelecidos em

função das metas fixadas. Na sua dimensão formativa, avaliação é usada para

apoiar ou reforçar o desenvolvimento continuado de um programa ou de uma

pessoa, como o fim de reorientar a conduta de cada um. Em educação suporia

avaliar o processo completo que o aluno segue nas suas tarefas para

introduzir, na sua marcha, as modificações oportunas, que puderam referir-se a

intervenção do professor, ao ajuste do tempo, a mudança de actividades, entre

outros.  

A avaliação formativa é modalidade de avaliação que visa informar o

aluno e seu encarregado de educação, os professores e outros intervenientes

sobre a qualidade do processo educativo e de aprendizagem, bem como do

estado do comprimento dos objectivos dos currículos. Possui um carácter

sistemático e contínuo, sendo da responsabilidade conjunta do professor, em

diálogo com os alunos e outros professores. Não se trata, no entanto, de uma

avaliação simplesmente informal e permanente. A sua planificação deve

permitir a existência de momento organizada de avaliação formativa,

recolhendo informações com regularidade acerca do processo de

aprendizagem. Note-se que da aprendizagem exija a regularidade avaliativa.

Avaliação contínua no sentido de permanente, existe, muitas vezes, de forma

implícita, com um carácter informal e não de forma instituída, isto é, não

organizada de forma deliberada e sem critérios explícitos, pelo que avaliação

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formativa regular, formalmente organizada, é um modo decisivo de recolha de

informação para a regulação do processo de ensino-aprendizagem.  

Segundo Ferreira (2007:29) são várias as vantagens de uma avaliação

realizada continuamente na sala de aula, isto é, a avaliação formativa: a)

permite a regulação de processo de aprendizagem pela adopção de medidas

de recuperação ou de estratégias de ensino individualizadas, o que converte

num factor de êxito para a realização da avaliação sumativa e, assim, torna o

processo de ensino-aprendizagem mais motivador para o aluno; b) proporciona

a análise do processo didáctico no sentido de o melhorar e de lhe atribuir mais

qualidade; c) adoptar atempadamente medida de intervenção face as

dificuldades e aos erros dos alunos, tornando-a economicamente vantajosa,

porque se evita a reprovação dos alunos e a repetição de mais um ano, o que

acarretaria gastos para a administração e para as escolas.

A Avaliação Sumativa 

Realizando-se no final do processo de ensino-aprendizagem (final de

uma unidade didáctica, final de um período escolar, final do ano lectivo), a

avaliação sumativa corresponde a um balanço e visa medir e classificar as

aprendizagens de um aluno. Exprime-se de forma quantitativa, através da

atribuição de uma nota que situa o nível alcançado pelo aluno numa

determinada escala pré-estabelecida. Segundo Ferreira (2007:31), trata-se de

uma avaliação que mede resultados de aprendizagem que se revelam

publicamente pela atribuição de notas, mas também por certas expressões

qualitativas utilizados pelos professores muito bom, não Satisfaz, muito bem no

final de um trabalho ou de um período de ensino de aprendizagem, visando

comunicar aos alunos e aos pais os resultados conseguidos (Cortesão, 2007;

Leite e Fernandes, 2002). Deste modo, as notas também facilitam as decisões

de promoção, ou não, do aluno ao longo da escolaridade, pois permitem a

comparação de resultados entre aluno em função das normas estabelecidas.   

A avaliação sumativa tem por objectivo principal o controlo dos

resultados, pretendendo determinar se os objectivos previstos foram

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conseguidos ou não e até que ponto e forma chamar-se de avaliação final

exactamente porque pretende controlar somente a qualidade.  

Certificação de promoção ou de repetição, de selecção, pelo que

também é designada de avaliação certificativa.  

A avaliação sumativa traduz-se num juízo globalizante sobre o

desenvolvimento dos conhecimentos e competências, capacidades e atitudes

do aluno, tendo lugar, ordinariamente, no final de cada período lectivo, no final

de cada ciclo de ensino, podendo, também, ter lugar no final de uma ou varias

unidades temáticas que interessa avaliar globalmente. A avaliação sumatica

fornece um resumo da informação disponível, procede a um balanço de

resultados no final de um segmento extenso de ensino. A avaliação sumativa

presta-se a classificação, atribuindo uma nota a cada aluno com vista certificar

a competência adquirida.

   Síntese

No cômputo geral as três modalidades de avaliação são necessárias e

indispensáveis no processo de ensino-aprendizagem porquanto garantem o

sucesso das actividades didácticas, pese embora cada uma com a sua

especificidade. A avaliação diagnostica conforme diz o termo procura identificar

as potencialidades e as fraquezas que o processo de aprendizagem possui isto

é saber do aluno, o seu perfil em termos de reportório dos seus conhecimentos

servindo como ponto de partida. A avaliação formativa na sua forma ideal

ocorre num clima de confiança passível de informar das dificuldades de cada

aluno e seus motivos e também do progresso dos alunos do modo como cada

um aprende e usa o saber, para que seja possível reorientar o processo de

ensino-aprendizagem, ajustando, com oportunidades os meios didácticos e

relacionais aos contextos em que a aprendizagem se realiza adequando-os aos

diferentes níveis do saber, as competências manifestadas ou não a motivações

e os ritmos de aprendizagem. Essa modalidade tem vantagem a medida que

regula o processo, observando o desenvolvimento de cada aluno, mas é

preciso que o professor tenha competências para melhor registar os sucessos

e insucessos de cada um.

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Por sua vez a avaliação somática faz o balanço de toda informação

sobre o aluno, obtida sob a forma de avaliação informal e/ou avaliação formal

durante um dado período de tempo. Socorre-se da avaliação formativa

consistindo num juízo globalizante sobre a aprendizagem conseguida e as

competências desenvolvidas. Ela consiste na formulação de sínteses das

informações recolhidas quantificando-os, neste caso atribuindo cada aluno uma

nota.

A avaliação como processo de regulação da actividade do professor e

dos   alunos.

Do professor 

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A avaliação constitui a ferramenta pedagógica que funciona como se

fosse uma bússola, termómetro, alarme pois ela consiste em regular e certificar

as competências a serem adquiridas pelo aluno, assim como, de toda acção do

professor.   Detectadas as dificuldades de aprendizagem, o professor organiza

actividades de remediação seleccionadas em função do perfil de resultados

obtidos pelo aluno, e reavaliar ou retomar os objectivos estabelecidos.   

A regulação, sendo diferida, ocorre após um tempo de ensino e de

aprendizagem e traduz-se nas decisões tomadas para levar o aluno ao

cumprimento dos objectivos que ainda não cumpriu. Dai tratar-se de uma

regulação retroactiva uma vez que se retomam os objectivos não alcançados e

as tarefas que não foram bem sucedidas durante a primeira etapa de

aprendizagem (Ferreira, 2007).

Ainda a Correia  (2002 p.31) afirma que “toda a acção pode estimular o

auto-desenvolvimento, auto-aprendizagem, auto-regulação de um sujeito,

modificando o seu meio entrando na interacção com ele”. O processo de

avaliação é conduzido pelo professor ou equipa de professores responsáveis

pela organização de ensino e da aprendizagem. Entre tanto o professor na sala

de aula é responsável pela regulação do processo de ensino - aprendizagem

com vista a determinar o tratamento didatico-pedagógico.

Segundo o autor, as informações recolhidas através do teste formativo

só permitem constatar aquilo que o aluno domina e as suas dificuldades e

erros, a adaptação das actividades pedagógicas é efectuada por meios

parcialmente estandardizados o que significa que dois alunos, que têm o

mesmo perfil de resultados realizam as mesmas actividades de remediação. As

actividades de remediação típicas são: o estudo em manuais ou do manual

inicial, mas com uma nova forma de apresentação da informação para a

realização de exercícios suplementares em função das dificuldades e erros

constatados.

Através do controlo escrito, a alteração feita pelo aluno na resolução da

tarefa a partir das críticas e das orientações do professor, a realização de texto

programado ou modular, a utilização de meios audiovisuais ou informática

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ajuda tutórias feita pelo professor ou por um aluno, o trabalho em pequenos

grupos de alunos que se ajudam mutuamente para fazerem face as lacunas

relevadas, perfilam no conjunto de acções a desenvolver emergidos da

avaliação (Ferreira: 2007).

A avaliação é um processo didáctico que para além de detectar as falhas

e incorrecções por parte dos alunos permite desenvolver o professor

profissionalmente visto que este vai buscar as metodologias e as didácticas

que garantem uma aprendizagem adequada. Dai que o Professor é chamado a

reflectir sobre as melhores estratégias de ensino que se adequam as

capacidades e as características do aluno, e deste modo, o professor estará

cada vez mais aperfeiçoando o seu trabalho.

Para Pimenta et al. (1999) a avaliação acontece e ocorre portanto num

contexto de interacção social entre o professor e aluno onde o professor se

informa, detecta, controla, valida e regula o processo de ensino e de

aprendizagem. O professor, efectivamente aplicando a avaliação tem a

possibilidade de buscar as ferramentas necessárias para tomar medidas de

controlo para que tome rumo a um desenvolvimento das aprendizagens. Nesta

perspectiva avaliar para o professor é sobretudo desenvolver uma

compreensão dos sucessos ou fracassos dos alunos de modo a permitir a

sugerir e sustentar estratégias que ajudem os alunos a superar as suas

dificuldades. Nesta linha de pensamento o professor fará a sua auto-reflexão

sobre a sua acção didáctica com vista a encontrar vias para auto-superação. A

auto-reflexão como um processo de avaliação conduz ao desenvolvimento da

acção profissional do professor.

Do aluno 

Segundo Ferreira (2007), qualquer mecanismo de regulação comporta

sempre dois aspectos ou momentos: a) o feedback dado ao aluno ou a outros

intervenientes no processo de ensino-aprendizagem, através do qual é situado

em relação ao referente: b) a orientação do percurso pelo ajustamento da

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acção e a reorientação constituindo duas etapas sequenciais articulados

através de um trabalho pedagógico e/ou didáctico (selecção de estratégias, de

actividades de materiais de objectivos), que podem ser desencadeados pelo

professor (regulação externa) ou pelo aluno (auto-regulação) ou ainda pelos

dois em interacção.

A regulação da aprendizagem numa perspectiva formativa está

associada a análise do processo de aprendizagem do aluno em função de um

referente, visando a reorientação desse processo, a tomada de decisões no

seguimento de programas e nas suas estratégias. Para que a regulação tenha

efeitos pretendidos é importante que o aluno tenha um papel participante em

todo este processo. Para Ferreira, (2007) num contexto da avaliação formativa

a regulação da aprendizagem traduz-se na tomada de decisões, com o aluno,

sobre a acção pedagógica, visando a construção de uma trajectória óptima de

aprendizagem de maneira a criarem-se as condições para a consecução de

objectivo definido. No entanto, é preciso salientar a necessidade de uma

avaliação contínua do percurso de aprendizagem do aluno, para se verificar a

necessidade, ou não, de reajustamento em função das diferentes

circunstâncias com que o sujeito se vai deparando na aprendizagem. Dai a

averiguação constante das estratégias, das actividades e dos objectivos

intermédios que melhor possam conduzir ao aluno no cumprimento dos

objectivos terminais.  

No mesmo diapasão Zabala (1995; p.216) afirma que o aluno necessita

de incentivos e estímulos, uma vez que sem entusiasmo dificilmente poderá

enfrentar o trabalho que lhe é proposto, é imprescindível oferecer a informação

que o ajude a superar o desafio escolar. Portanto tem que ser uma ajuda não

unicamente uma constatação de coerências que certamente o próprio aluno

conheça efectivamente que tem de receber informações que o anime a

continuar trabalhando ou a trabalhar. A avaliação deve ser efectuada em

relação ao seu desempenho e competências para melhor regulação das

actividades.

Ainda segundo Santos (2006 p.41) afirma que as possibilidades de

compressão do erro, alargadas pela emergência do paradigma cognotivista,

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contribuíram também para que a avaliação pudesse desempenhar este outro

papel na relação com aprendizagem. Assim, a relação continua a ser a chave

para que a avaliação seja um contributo para a formação. A tarefa de regulação

pedagógica é essencialmente uma tarefa do próprio aluno.

No entanto a avaliação acontece sempre num contexto de interacção

social entre o professor e o aluno, onde este último desenvolve-se em

interacção com o contexto de trabalho e apenas se pode predizer uma

pequena parte das suas possibilidades futuras. Mediante a avaliação o aluno

vai reconhecer os seus sucessos e fracassos.

Assim classificar alunos não só contribui para esclarecer as suas

dificuldades como ainda acentua a sua dose de culpabilidade, a avaliação deve

permitir que o aluno em si, tome consciência das possibilidades de como

superar as falhas no processo de aprendizagem (Pimenta et al.1999).

Síntese

Sendo a avaliação o balanço que se realiza tendo em conta o que foi

realizado, neste caso quer por parte do professor quanto do aluno, razão pelo

qual podemos afirmar que a avaliação regula a actividade dos dois. Em relação

aos alunos, tomam consciência do seu desenvolvimento na aula, durante o

trimestre ou mesmo durante ano lectivo, descobrindo assim os sucessos e

insucessos, o que lhe permite efectuar mudanças de comportamentos perante

as tarefas de aprendizagem.

As modalidades de avaliação (diagnóstica, formativa e somativa),

assumem um papel preponderante, uma vez que determinam, regulam e

certificam as competências desenvolvidas por cada aluno num período escolar.

A avaliação das aprendizagens assenta nos seguintes princípios: Consciência

entre os processos de avaliação e as aprendizagens e competências

pretendidas através de modos e instrumentos de avaliação diversificados, de

acordo com a natureza das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem;

primazia da avaliação formativa com a valorização dos processos de auto-

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avaliação regulada, e sua articulação com os momentos de avaliação somativa;

e a valorização da evolução do aluno nomeadamente ao longo de cada

trimestre, semestre ou ano (Correia 2002).

A avaliação regula a actividade do professor porquanto este dá conta do

alcance ou não dos objectivos traçados e toma novas decisões, apostando e

aperfeiçoando naquilo que está certo, bem como corrigir as possíveis falhas,

sugerir a mudança e implementação de novas estratégias e métodos

adequados. No entanto, a avaliação é um processo de tomada de consciência

dos actos realizados e, assim, definir ou redefinir novas acções e estratégias

para melhorar e ou superar a actividade realizada.

CAPÍTULO II

Metodologia de estudo

Neste capítulo, descrevemos a Metodologia usada para

abordagem do estudo de caso, na base da investigação qualitativa, onde foi

empregue a entrevista semi-estruturada e o questionário como instrumento de

recolha de dados.

16

Page 24: MANUEL PEDRO.doc

Opções Metodológicas

Optou-se pelo tipo de abordagem; estudo de caso; que segundo

Marques (2000:65) trata de uma tipologia de investigação especialmente

indicada para fenómenos isolados uma vez que proporciona uma oportunidade

para estudarem de uma forma profunda, um determinado problema concreto

que afecta uma organização. O investigador identifica o problema e de seguida

procede a recolha de dados através de, entrevistas e registos de observação.

17

Page 25: MANUEL PEDRO.doc

A abordagem qualitativa analisa, descreve os factos e situações sem a

quantificação dos dados, ela constitui uma ferramenta metodológica em que o

investigador colecta os dados na base das ideias concatenadas. Fazendo

comentários e argumentos relativos a um assunto determinado.

Participantes  

O trabalho de investigação decorreu em duas escolas distintas

procurando-se perceber o entendimento de professores de escolas diferentes

sobre a avaliação.

- Escola do Iº Ciclo do Ensino Secundário dos Navegantes,

localizada na zona B, em Benguela.  

- Escola do Iº Ciclo do Ensino Secundário Dr.A.A.Neto do

Caimbambo, no Município do Caimbambo, Província de Benguela.  

Os sujeitos participantes foram extraídos entre os professores de

Matemática das duas escolas seleccionadas. E os critérios de selecção

basearam-se nas competências didácticas dos professores tendo em conta a

diuturnidade, disposição e disponibilidade em participação na investigação.  

Assim, foram seleccionados quatro (4) professores de Matemática,

sendo (2) por cada escola, e que atribuímos nomes fictícios, segundo o

carácter da investigação.    

  Instrumentos de recolha de dados  

Tratando-se do estudo de caso optamos pelos instrumentos de recolha

de dados os seguintes: A entrevista e o questionário. Estes instrumentos

permitem registar, colher e aferir informações mais consentâneas sobre o

desenvolvimento das actividades didácticas.  

Entrevista: Para Good e Halt (1987), citado por Marconi e Lakatos

(2002), a entrevista consiste “no desenvolvimento de previsão, fiscalização,

18

Page 26: MANUEL PEDRO.doc

fidedignidade e validade de um acto social como a conversação. Considera-se

que este método consiste numa conversa efectuada face a face de maneira

metódica, proporcionando ao entrevistador de forma global a obtenção de

informação necessária relativa ao assunto em pesquisa” (15).  

Este instrumento permite recolher dados sobre o objecto de estudo

através de uma série de perguntas orais estruturadas e seleccionadas

previamente. De realçar que, por opção metodológica, foi aplicada somente

aos professores das duas escolas seleccionadas.  

 

 Questionário:  Na perspectiva de Marconi e Lakatos (2002, p.33), os

Questionários são muito utilizados em investigações científicas,

fundamentalmente nas investigações Pedagógicas.

Sendo o questionário um método baseado em perguntas e respostas

escritas ajuda a obter informações a partir da amostra. A utilização deste

método possibilita a recolha de dados de uma forma direita através de

respostas escritas sobre as questões previamente apresentada. O questionário

foi aplicado aos professores das duas escolas participantes, exceptuando os

professores entrevistados.

Análise de dados: A análise de dados é um processo de busca que nos

permite à organização sistemática das transcrições de entrevistas de notas de

campo, assim como de outros materiais que foram sendo acumulados com o

objectivo de aumentar a compreensão desses mesmos materiais (Pontes,

1994).

Os instrumentos de recolha de dados, a princípio foram validados e,

posteriormente, aplicamos nas duas escolas afecta a nossa investigação

(Escola do I Ciclo Nova dos Navegantes/Benguela e Escola do I Ciclo Dr A.A.

Neto/Caimbambo), onde trabalhamos com os sujeitos alvo. Isto é, a amostra foi

determinada, pelos professores presentes no momento da distribuição do

questionários. Posteriormente analisamos as ideias e opiniões que serviram de

suporte para a compreensão da temática em estudo. Desta feita no nosso

19

Page 27: MANUEL PEDRO.doc

entender, a análise de dados representa a fase crucial de estudo, pois permitiu-

nos ter uma ideia geral, até que ponto os professores das duas escolas têm

ideia acerca da avaliação partindo do conceito, modalidades de avaliação,

instrumentos de avaliação, como a avaliação regula a actividade do professor e

dos alunos.

  

CAPÍTULO III

Apresentação e discussão de dados

Neste Capítulo apresentamos os dados de cada participante obtidos

por entrevista aos professores e questionário aos professores não

20

Page 28: MANUEL PEDRO.doc

entrevistados. Após a apresentação e análise de cada participante seguiu-se a

discussão dos mesmos, derivando as considerações finais de estudo.

Professor Lote

Apresentação

É professor há 22 anos, destes 11 na cadeira de Matemática, fez o

médio na Escola de Formação de Professores, actualmente é técnico superior

pelo ISCED de Benguela na especialidade de Matemática.  

21

Page 29: MANUEL PEDRO.doc

Perspectivas Sobre a Avaliação 

O professor Lote considera a avaliação como um processo dentro do

sistema de ensino onde o professor avalia o grau de aprendizagem dos alunos.

“A avaliação é um processo dentro do sistema de ensino onde o professor vai

avaliar o grau de aprendizagem dos alunos ou estudantes. A avaliação é feita

no decorrer da aula ou na realização de exercícios”   

Segundo ele a avaliação regula as actividades do professor e dos

alunos, pois que encontradas as dificuldades, o professor organiza melhor a

sua actividade, e o aluno descobre as suas próprias falhas, melhorando-as.   

 “É com a avaliação que o professor consegue medir o nível de

assimilação dos alunos em função do rendimento ou aproveitamento escolar de

cada um. Em contrapartida a medida que os alunos realizam exercícios na

turma fazem uma auto-avaliação e, consequentemente, uma auto-superação”

Modalidade da avaliação

O professor Lote tem usado a avaliação diagnóstica, a avaliação

formativa e somativa. Quanto à avaliação diagnóstica ele afirma: “tenho usado

a mesma quando pretendo saber o que os alunos conhecem sobre

determinada matéria, uso geralmente no início do ano lectivo, início de uma

unidade ou matéria”. Ele ainda afirma que tem usado a avaliação formativa

quando pretende recolher informações no que tange ao processo de ensino-

aprendizagem; “uso a avaliação formativa com objectivo de recolher

informações acerca do processo de ensino-aprendizagem, ela é contínua e

permanente”. Enquanto segundo o professor Lote a avaliação sumativa visa

balancear os conhecimentos adquiridos e transmitidos; “ainda uso avaliação

22

Page 30: MANUEL PEDRO.doc

somativa para balancear de forma qualitativa e quantitativa os conhecimentos

adquiridos pelos alunos e transmitidos pelo professor”.  

Prática na avaliação 

Segundo o professor Lote, tem avaliado no início de uma aula, no fim, na

correcção dos exercícios, em fim, quantas vezes necessárias.  ”Tenho

avaliado, na aplicação de exercícios na consolidação dos conhecimentos,

avalio ainda no início de uma aula ou no fim, na correcção de exercícios e

quantas as vezes necessárias” 

Instrumento de avaliação 

O professor Lote tem usado os instrumentos de avaliação tais como;

provas escritas, perguntas dirigidas exercícios escritos, bem como os

exercícios que  se realizam durante a aula.  “Tenho avaliado os meus alunos

durante as aulas fazendo perguntas dirigidas ou mesmo uma avaliação escrita,

durante as minhas aulas tenho avaliado alunos que participam na aula, que

realizam tarefas”

Síntese

O professor Lote considera a avaliação como um processo dentro do

sistema de ensino, com grande significado no processo de aprendizagem,

segundo ele, a avaliação tem um carácter regulador das actividades quer do

professor quanto dos alunos, uma vez que com avaliação podemos verificar se

os objectivos traçados foram alcançados, e, neste contexto o aluno procura

auto superar-se. Ainda o professor Lote tem usado a avaliação diagnóstica,

formativa e somativa.

Tem usado as provas escritas, perguntas orais, os exercícios que os

alunos realizam durante a aula correcção da tarefa entre outros instrumentos

de avaliação, realizando-se no início, durante, no fim da aula, em suma aplica a

avaliação quando for necessário.

23

Page 31: MANUEL PEDRO.doc

Professora Chiaña 

Apresentação   

    É professora há vinte (20) anos, destes, 16 a leccionar a cadeira de

Matemática. Fez o médio no Industrial de Benguela, e Licenciada em Educação

Especial pelo ISCED de Benguela.

24

Page 32: MANUEL PEDRO.doc

Perspectiva sobre avaliação 

            A professora Chiaña, considera a avaliação como ponderação. Para ela

o conceito de avaliação tem haver com a eficácia dos professores, programas

curriculares, estratégias e métodos a aplicar.   “A avaliação é a ponderação de

todos os elementos intervenientes no processo educativo, a eficácia dos

professores, programas curriculares, estratégias, métodos de ensino,

organização da aula, rendimento escolar entre outros” 

Segundo a professora, a avaliação tem grande significado no ensino da

Matemática, já que é um instrumento eficaz na observação e verificação do

processo de ensino-aprendizagem. “Podemos dizer que, a avaliação é um

instrumento quanto bem aplicado, mais eficácia na observação e verificação

do aprendizado”

Para ela a avaliação permite acompanhar o desenvolvimento do aluno

na disciplina: “É uma maneira do professor verificar como está o

desenvolvimento em Matemática de cada aluno”. Razão pela qual Chiaña

considera importante para alunos e professores tal como afirma: “A avaliação é

importante para o aluno, tanto para o professor, com ela o aluno descobre as

suas falhas os sucessos e insucessos, para o Professor, é um instrumento que

lhe permite tomar novas decisões e aplicação de métodos adequados”

A professora adianta dizendo que avaliação não está somente virada

para alunos e professores, mas para todo um processo, ou seja, elementos

intervenientes no processo.  “Não é apenas alunos e professores que devem

ser julgados, neste processo de avaliação, mas sim todos os elementos

intervenientes, entre os métodos utilizados pelos professores, meios

disponíveis, o meio ambiente, entre outros”     

Modalidades de avaliação   

         A professora Chiaña tem utilizado a avaliação diagnóstica, formativa e

somativa, para ela  a avaliação diagnóstica é usada para despistar a situação

25

Page 33: MANUEL PEDRO.doc

do aluno: “Tenho utilizado a avaliação diagnóstica ao aplicar a avaliação de

despistagem ou de triagem, pois que, determina a situação em que se encontra

o aluno”. Em relação à avaliação formativa na óptica da professora tem a

função de verificar a progressão do aluno, tal como: “Esta permite verificar o

progresso em relação aos objectivos propostos possibilitando a correcção de

eventuais desvios ou potenciando outros aspectos”. Já em relação à somativa

segundo a professora se consubstancia na atribuição de classificação, tal como

afirma: “A avaliação somativa visa essencialmente atribuir uma nota ou

classificação no final de alguma actividade ou aprendizagem servindo-se de

testes”

Práticas na avaliação 

            Segundo a professora, avalia sobretudo no início de cada unidade de

uma determinada matéria nas correcções das tarefas nos exercícios de

aplicação: “Tenho avaliado cada vez que acho necessário testar os meus

alunos, perante os novos conteúdos avalio ainda a medida em que os alunos

participam numa determinada aula, na realização de exercício de aplicação.”  

Instrumento de avaliação    

A professora tem usado como instrumento de avaliação, as provas

escritas, provas orais e exercícios de aplicação: “Tenho avaliado os meus

alunos todas as vezes necessárias, utilizando perguntas orais, escritas, para

testá-los o que sabem. Ainda avalio no decorrer de uma determinada aula”.  

Síntese

A professora Chiaña, considera avaliação como ponderação de todos os

elementos intervenientes no processo docente educativo. Para ela só com

avaliação conseguimos verificar o alcance ou não dos objectivos traçados, para

tomar novas decisões, segundo ela avaliação não pode ser vista como um

26

Page 34: MANUEL PEDRO.doc

processo para julgar os alunos e professores, mas sim todos os elementos

intervenientes no processo.

A professora usa as três modalidades de avaliação: A Diagnóstica,

Formativa e Somativa com objectivos previamente definidos, para ela a

avaliação faz-se todas as vezes necessárias para podermos testar os

conhecimentos dos alunos, usa as provas escritas orais exercícios de

aplicação.

Visão dos dois professores do 1º Ciclo da escola Nova dos Navegantes.

Os dois professores leccionam a Matemática há mais de 10 anos e

todos formados pelo ISCED-Benguela.

27

Page 35: MANUEL PEDRO.doc

O professor Lote acha que a avaliação tem um grande significado no

ensino da Matemática; é um processo dentro do sistema de ensino, pois que

com ela conseguimos dar conta do alcance dos objectivos e traçar estratégias.

Ao passo que a professora Chiaña considera a avaliação como a ponderação

de todos elementos intervenientes no processo educativo, a eficácia dos

professores, programas curriculares, estratégias, métodos de ensino,

organização da aula, rendimento escolar entre outros. Pelo que segundo ela

não é apenas o professor e os alunos que devem ser julgados, mas sim todos

elementos intervenientes no processo.

Em suma, para os dois professores a avaliação visa verificar se os

objectivos preconizados foram alcançados ou não.

Quanto à modalidades de avaliação os dois professores usam as três: A

diagnostica, a formativa e a sumativa. A primeira modalidade, usam para

diagnosticar a matéria que se vai tratar durante o ano lectivo, trimestre, unidade

ou aula. Para a professora Chiaña realça que a avaliação diagnóstica lhe

permite efectuar uma triagem para determinar a situação a que se encontra o

aluno.

Os dois (2) professores atribuem uma grande importância à avaliação no

processo docente – educativo, pois segundo eles com a avaliação o professor

dá conta do alcance ou não dos objectivos pré-definidos. Ainda segundo eles a

avaliação tem um carácter de regular as actividades dos professores e dos

alunos, bem como de todos elementos intervenientes no processo de ensino e

aprendizagem (condições disponíveis, meios de ensino, relação entre

professores). Pelo que a avaliação não está somente virada para julgar o

trabalho do professor e alunos. Desta feita os professores acham que com a

avaliação, pode-se descobrir onde está a falha para poder traçar novas

estratégias

Professor Adão

Apresentação 

28

Page 36: MANUEL PEDRO.doc

            É professor há oito (8) anos, sempre a leccionar Matemática, fez o

médio na Escola de Formação de Professores – Cubal, é técnico superior pelo

ISCED de Benguela, na especialidade de Matemática.

  

Perspectivas sobre avaliação 

            O professor define avaliação, como uma actividade dominante na vida

quotidiana da Escola, que consiste em averiguar a qualidade e a quantidade do

processo docente educativo. “A avaliação é uma das actividades dominantes

na vida quotidiana da Escola, é o processo pelo qual se julga os resultados do

processo de ensino aprendizagem, com objectivo de averiguar a qualidade e a

quantidade das actividades da aprendizagem, no que tange as capacidades e

habilidades”

              Segundo o professor Adão, é uma actividade que concorre para

formação da personalidade da pessoa, pois que a avaliação regula a actividade

dos professores e alunos. “A avaliação é o processo de ensino e

aprendizagem, que concorre para a formação da personalidade da pessoa, já

que regula as actividades quer do professor, quanto dos alunos, pois que o

professor ao avaliar descobre as suas falhas e vai aplicando estratégias

adequadas de maneira a alcançar os objectivos, e o aluno faz uma auto-

superação procurando assim, eliminar as suas dificuldades”   

Modalidades de Avaliação   

Para o professor Adão, tem utilizado a avaliação diagnóstica, formativa e

somativa. Diagnóstica para buscar do aluno conhecimentos que ele trás.

29

Page 37: MANUEL PEDRO.doc

“Tenho utilizado a avaliação diagnóstica para buscar do aluno conhecimentos

que ele traz das classes anteriores ou aulas anteriores, ou seja actualizar até

que ponto o aluno conhece algo.” Avaliação formativa é aquela que permite

recolher informações, é contínua e permanente. “A avaliação formativa nos

permite recolher informações dando a conhecer ao aluno, pais e encarregados

de educação no decurso da aula, ao transmitir os conhecimentos, a avaliação

formativa é permanente e contínua.” Enquanto a avaliação sumativa, permite

verificar o alcance ou não dos objectivos tal como afirma: “a avaliação sumativa

nos permite verificar o alcance ou não dos objectivos definidos, realiza-se no

final de uma unidade, ou período escolar, matéria…, corresponde ao balanço

que se realiza depois de um trabalho.

  

Práticas na Avaliação 

Segundo ele, tem avaliado no princípio e no fim de uma unidade ou aula.

“Tenho avaliado no princípio de uma unidade ou no fim, para ver dos alunos, os

pré-requisitos que os alunos têm da matéria que vou transmitir, no fim para

balancear tudo aquilo que os alunos aprenderam. Ainda avalio no início ou no

fim de uma aula com o mesmo propósito” 

Instrumentos de avaliação 

O professor Adão, tem usado provas escritas, exercícios de aplicação,

perguntas orais, bem como destacar alunos, quando estes se aplicam.  “Tenho

usado os instrumentos de avaliação como as provas escritas calendarizadas ou

não, exercícios de aplicação na consolidação de uma determinada aula de

revisão ou exercitação. As perguntas orais quando pretendo saber algumas

definições ou conceitos, ou ainda, passos a ter em conta para a resolução de

um exercício também trabalhos individuais e em grupos de maneiras que haja

interacção entre alunos.” 

Síntese

30

Page 38: MANUEL PEDRO.doc

O professor Adão define a avaliação como uma actividade dominante na

vida quotidiana da escola, para averiguar a qualidade do processo docente

educativo, é uma actividade que visa a formação da personalidade do homem,

pois que uma vez constatadas as falhas quer por parte do professor como dos

alunos, o professor vai procurar aplicar os métodos adequados e o aluno faz

uma auto-superação com intuito de eliminar tais falhas o professor Adão usa as

três modalidades de avaliação: A diagnóstica a formativa e a somativa, a

primeira para verificar o que é que o aluno traz nas classes anteriores, a

segunda para recolher informações, enquanto a terceira para verificar se os

objetivos definidos foram alcançados ou não.

O professor usa como instrumentos de avaliação, as provas escritas

exercício de aplicação perguntas orais.

Professor Chihaluca

31

Page 39: MANUEL PEDRO.doc

Apresentação   

Professor há sete (7) anos, destes, três (3) anos a leccionar a

Matemática, é Técnico Médio, formado na Escola de Formação de Professores

no Cubal, na Especialidade de Matemática e Física.  

  

Perspectiva sobre Avaliação 

O professor Chihaluca, considera a avaliação como um processo de

comprovar as competências dos alunos e professores. “A avaliação, é um

processo ou maneira de certificar as competências adquiridas pelos alunos ao

longo de um trabalho em função dos objectivos preconizados, bem como o

trabalho realizado pelo professor.” 

            Segundo ele, a avaliação joga um papel importantíssimo, no ensino de

Matemática.  “Sendo a Matemática disciplina que requerer a exercitação, para

que os alunos ganhem hábitos e habilidades, nos cálculos e não só, é

importante a avaliação sobretudo a formativa, para que o aluno esteja

preparado em todos momentos.” 

  

Modalidade de Avaliação 

O professor aponta três modalidades de avaliação: A diagnóstica, a

formativa e a sumativa, segundo ele a avaliação diagnóstica lhe permite

conhecer os níveis de entrada de cada aluno: “utilizo geralmente no início de

novas aprendizagens quando pretendo saber dos alunos os seus níveis de

entrada.” A avaliação formativa é aquela que acompanha todo o processo tal

como afirma: “A avaliação formativa permite informar aos alunos, pais e

encarregados de educação é a avaliação que acompanha todo o processo de

ensino e aprendizagem.” Ainda para ele a avaliação sumativa lhe permite

balancear o trabalho realizado: “a avaliação sumativa é a modalidade

direccionada para a classificação dos conhecimentos e competências.”

32

Page 40: MANUEL PEDRO.doc

Práticas na avaliação   

         O professor Chihaluca, tem avaliado todas as vezes necessárias, no

início e no fim de uma unidade ou aula na consolidação da aula durante as

aulas de exercícios. “Tenho avaliado todas as vezes possíveis no início de uma

unidade ou aula para diagnosticar até que ponto os alunos têm conhecimento

em relação com o que pretendemos transmitir no fim de uma unidade ou aula,

para verificar até que ponto os alunos assimilaram a matéria dada, ainda tenho

avaliado nas aulas de exercícios.” 

Instrumento de avaliação 

O professor Chihaluca, tem utilizado os seguintes instrumentos: Provas

escritas e orais.  “Tenho utilizado as provas escritas quando são

calendarizadas pelo Ministério ou não calendarizadas. Provas orais para que

os alunos dominem definições e conceitos, de forma que os alunos com mais

habilidades ajudem os demais.” 

Síntese

O professor Tchihaluca considera avaliação como um processo para

comprovar as competências dos alunos e do professor, com o objectivo de criar

hábitos e habilidades no trabalho com a Matemática.

O professor aponta as três modalidades de avaliação: A diagnóstica a

formativa e a somativa, diagnostica visa buscar dos alunos os conhecimentos

que trazem, níveis de entrada, formativa para recolher informações aos alunos

é a avaliação que acompanha todo processo, sumativa para balancear o

trabalho efetuado. O professor Chialuca avalia todas vezes necessárias usando

provas escritas, orais e trabalhos em grupos.

Visão dos dois professores da escola do 1º Ciclo Ensino Secundário Dr.

A. A. Neto/Caimbambo

33

Page 41: MANUEL PEDRO.doc

Ambos os professores exercem actividade docente a menos de 10 anos,

foram formados pela escola de formação de professores (médio), e, um deles

continuou com a formação no Instituto Superior de Ciências de Educação de

Benguela.

Para Adão a avaliação é o processo de ensino e aprendizagem, que

concorre para a formação da personalidade do homem, ao passo que

Chihaluca considera a avaliação como um processo de certificar as

competências adquiridas pelos alunos bem como o trabalho realizado pelo

professor. Ambos apresentam a mesma perspectiva sobre a avaliação uma vez

que a certificação das competências traduz necessariamente a formação da

personalidade.

Os professores usam as três modalidades de avaliação. Quanto as

praticas da avaliação e os seus instrumentos, os dois professores têm avaliado

no fim de uma determinada unidade, no princípio e no fim de uma aula ou

quando a situação exigir. Os instrumentos de avaliação que eles usam são as

provas escritas, perguntas orais, na correcção das tarefas, aulas de exercícios.

Análise do questionário

34

Page 42: MANUEL PEDRO.doc

A avaliação como processo regulador da actividade do professor e dos

alunos, na perspectiva dos professores de Matemática das duas escolas

inqueridas.

Apresentação

O questionário foi aplicado a 16 professores de Matemática dos quais (2)

dois do sexo feminino, trabalhamos com duas escolas nomeadamente:

- Escola do I Ciclo do ensino secundário nova dos Navegantes/Benguela, com

seis professores sendo dois do sexo feminino.

- Escola do I Ciclo do ensino secundário Dr. A. A. Neto do Caimbambo, com

dez professores.

O quadro a baixo espelha a diuturnidade dos professores afectos a

amostra, para melhor caracterização da profissão docente em termos das suas

competências didácticas.

Quadro I – tempo de serviçoQuestões 0 -5 % 6 – 9 % Mais de

10 anos%

Tempo de serviço no ministério

3 19% 4 25% 9 56%

Tempo que lecciona a Matemática

4 25% 2 13% 10 63%

A maior parte dos professores questionados têm mais de 10 anos de

serviço (56%), o que demonstra uma certa maturidade e experiência com os

problemas da educação. Dos professores questionados 63% têm mais de 10

anos a leccionar Matemática, igualmente uma certa experiência no trabalho

com os programas de Matemática, assim como, com o processo de ensino e

aprendizagem.

35

Page 43: MANUEL PEDRO.doc

Neste quadro apresentamos as questões relacionadas com o conceito

de avaliação, ou seja como os professores concebem a avaliação, com

objectivo de buscarmos os pontos de vistas comuns e divergentes, todavia a

quadro ilustra melhor as informações recolhidas.

Quadro II – Perspectiva sobre a avaliação

A avaliação é concebida pelos professores como um processo de reflexão do processo de ensino e aprendizagem (100%), bem como processo regulador da actividade do professor e do aluno.

Verificamos ainda que 25% dos professores não perspectivam como actividade reguladora assim como outros 25% que não têm uma posição definida sobre a questão, a avaliação é perspectivada pelos professores como uma actividade associada a determinar o valor de um trabalho (63%) e de julgar o trabalho (50%).

No quadro nº3 apresentamos as opiniões dos professores sobre a relevância da matemática.

36

Concordo Neutro Não Concordo

Total

Rreq. % Rreq. % Rreq. % Rreq. %1-A avaliação é actividade de determinar o valor de um trabalho ou de uma ideia

10 63% 5 31% 1 6% 16 100%

2-A avaliação é actividade que visa julgar o trabalho.

8 50% 3 19% 5 31% 16 100%

3-Aavaliação regula actividade do aluno e Professor

8 50% 4 25% 4 25% 16 100%

4-A avaliação é um processo de reflexão no processo de ensino e aprendizagem

16 100% - 0% - 0% 16 100%

Page 44: MANUEL PEDRO.doc

Quadro III – Perspectiva dos professores na resolução de exercícios

Concordo Neutro Ñ/Concordo Total

Freq. % Freq. % Freq. % Freq. %

1 - Em Matemática o mais importante é o resultado alcançado.

4 25% 1 6% 11 69% 16 100%

2- A argumentação é o parâmetro avaliativo mais importante.

11 69% 2 13% 3 19% 16 100%

3 - A argumentação é o parâmetro avaliativo menos importante.

0 0% 5 31% 11 69% 16 100%

O quadro mostra que os resultados não representam para os

professores o parâmetro mais importante na avaliação (69%).

Deste modo, a argumentação é perspectivada como parâmetro mais

importante (69%).

O quadro em referência faz alusão as três modalidades de avaliação, a

aplicar no processo de ensino-aprendizagem.

37

Page 45: MANUEL PEDRO.doc

Quadro IV – Modalidades de avaliaçãoConcordo Neutro Ñ/Concordo Total

Freq. % Freq. % Freq. % Freq. %

1- Avaliação formativa ajuda o aluno a desenvolver

14 88% 2 13% - 0% 16 100%

2- A avaliação diagnostica realiza-se somente no inicio do ano lectivo.

4 25% 2 13% 10 63% 16 100%

3- A avaliação Formativa visa informar o aluno e o seu encarregado de Educação, Professores e outros intervenientes sobre o desenvolvimento do aluno.

14 88% 1 6% 1 6% 16 100%

4- A avaliação Formativa ajuda o Professor a se desenvolver.

11 69% 2 13% 3 19% 16 100%

Questionados sobre as funções da avaliação verifica-se que a maioria

dos professores entendem a avaliação como um acto de ajuda aos alunos, dá

informação aos professores e encarregado de educação sobre a situação do

aluno, assim como promove o desenvolvimento profissional dos professores.

Deste modo, tal como se pode ver, os professores assumem o papel

formativo, de diagnostico e de desenvolvimento da avaliação.

O quadro aqui apresentado faz menção aos instrumentos de avaliação

aplicados pelos professores nas suas actividades didácticas.

Quadro V – Instrumento de avaliação

38

Page 46: MANUEL PEDRO.doc

Concordo Neutro Ñ/Concordo Total

Freq. % Freq. % Freq. % Freq. %

1-A prova escrita e oral são os instrumentos mais usados na avaliação em Matemática.

3 19% 1 7% 12 75% 16 100%

2-Para além das provas escritas e orais existem outros instrumentos de avaliação.

14 88% 1 6% 1 6% 16 100%

3-O portefólio é um instrumento que permite regular a actividade dos alunos.

8 50% 5 31% 3 19% 16 100%

No quadro V procuramos saber, os instrumentos de avaliação que os

professores de Matemática usam, bem como aqueles que se usam com maior

frequência, se verifica que a prova escrita e oral são instrumento menos

usados na avaliação em Matemática (75%).

Os professores manifestam conhecer outros instrumentos para além da

prova oral e escrita (88%) assim como o conhecimento do papel do portefólio

na regulação da actividade dos alunos (50%).

Síntese geral do questionário

O questionário foi aplicado a 16 professores de Matemática de duas

escolas do Iº Ciclo do Ensino Secundário dos quais 2 são do sexo feminino.

39

Page 47: MANUEL PEDRO.doc

Dos professores participantes mais de 56% são docentes a mais de 10 anos e

63% leccionam a Matemática igualmente a mais de 10 anos.

Os professores das duas escolas perspectivam a avaliação como um

processo que ajuda a detectar as falhas, para melhor perspectivar o futuro.

Na resolução dos exercícios de Matemática 69% dos professores

questionados foram unânimes em afirmarem que não importa o resultado que

se obtém, mais sim os procedimentos usados bem como a argumentação que

é dada para justificar os procedimentos. Porém verifica-se que 13% dos

professores participantes não têm ideia definida sobre o que é mais importante

na avaliação bem como, 19% discordam em ter que argumentação seja o

parâmetro a ter em conta na avaliação.

Quanto às modalidades de avaliação 25% dos professores inqueridos

acham que a avaliação diagnostica realiza-se somente no inicio do ano lectivo,

enquanto que 88% acham que avaliação formativa visa informar aos alunos e

seus encarregados de educação e outros intervenientes sobre o

desenvolvimento dos alunos.

Quanto aos instrumentos de avaliação 88% dos professores das duas

escolas acham que para além da prova oral e escrita existem outros

instrumentos de avaliação.

Discussão dos dados

Apresentação

40

Page 48: MANUEL PEDRO.doc

Vamos apresentar a abordagem das opiniões recolhidas aos (20) professores,

destes (2) do sexo feminino, das (2) escolas, sendo (4) entrevistados e (16)

inqueridos.

De realçar que dos (20) professores (10) ensinam a Matemática a mais

de (10) anos, enquanto os outros a menos de (10) anos.

Perspectivas sobre a avaliação

Segundo os professores entrevistados, bem como a análise feita através

do questionário, de uma forma geral eles têm ideias acerca da avaliação. Para

eles a avaliação é um processo que ajuda a detectar as falhas com o objectivo

de tomar novas decisões para que o processo de ensino e aprendizagem tenha

êxitos. Neste contexto para Fernandes (1998) citado por Correia (2002) a

avaliação não é apenas um processo de recolha de informações e tomada de

decisões possíveis para o melhoramento das actividades de ensino e da

aprendizagem. Para eles a avaliação é um processo de reflexão da actividade

didáctica, que segundo Cordeiro (2010) se desenvolve com o propósito de

cada integrante (professor e aluno), melhorar o processo de ensino e

aprendizagem descobrindo as suas capacidades e fragilidades.

Modalidades de avaliação

Quanto as modalidades, os professores usam a avaliação diagnóstica,

formativa e somativa com determinados objectivos. Segundo a perspectiva dos

professores a avaliação diagnóstica é realizada apenas no início do ano lectivo,

contrariando assim a perspectiva de Ferreira(2007) que admite que a mesma

deve ser usada para descobrir os conhecimentos prévios, ocorrendo assim em

todas as aulas.

O processo de ensino-aprendizagem é complexo, na sua aplicação. A

avaliação pode ajudar a compreender o próprio processo, as modalidades

podem ser aplicadas em qualquer momento independentemente do contexto.

Assim, a avaliação diagnóstica não só é realizada no início de cada acto

educativo conforme a ideia da maior parte dos professores afectos a amostra,

pode sim ser aplicada no decurso de cada acto educativo. A avaliação

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formativa é somente realizada quando se quer certificar as aprendizagens

adquiridas durante uma unidade dada ou percurso escolar dado. Dos

professores entrevistados (88%), enfatizam a avaliação formativa pelo facto de

ajudar os alunos no seu desenvolvimento, ajuda o professor a desenvolver-se

profissinalmente, assim como permite aos encarregados de educação

acompanharem a evolução do educando. Na óptica de Revila e Mata (2002) a

avaliação formativa não se limita somente a certificação dos conhecimentos,

mas sobretudo, de efectuar mudanças nas atitudes, nas tarefas a desenvolver

para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Instrumento de avaliação

Quanto aos instrumentos de avaliação os professores entrevistados

usam as provas escritas, provas orais, avaliam durante os exercícios de

aplicação entre outros. Entre estes instrumentos a prova escrita é a mais usada

pelos professores na sala de aulas. A mesma prática é usada pelos restantes

professores (19%). Todos os instrumentos de avaliação são válidos; a prova

oral ajuda o professor a descobrir as capacidades criativas e de pensamento,

assim como o desenvolvimento da expressão oral. A prova escrita pela sua

natureza ajuda o aluna a ter capacidade imaginativa e de construção de ideias

bem como o seu desenvolvimento intelectual. Uma das desvantagens da prova

oral é que o aluno não tem possibilidade de fazer as conjecturas em relação a

uma situação dada (Diogo, 2010). É também enfatizado a valorização que é

dada aos procedimentos e a argumentação em detrimento do resultado obtido

(certo errado).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

À luz dos pressupostos teóricos e metodológicos podemos concluir o

seguinte:

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1. Os professores participantes consideram a avaliação como um

instrumento para fornecer informações, detectar as falhas quer do

professor, quanto do aluno com intuito de tomar novas decisões. A

avaliação é tida como um processo de colheita de informações

sistematizadas com as quais fazemos comparação daquilo que é, e o

que deve ser. Ideia partilhada pelo Diogo (2000), já que considera a

avaliação como um processo de obter informações e usá-la para

formular juízos que serão utilizados na tomada de decisões.

2. A posição dos professores em relação a avaliação está focalizada na

avaliação somativa em detrimento da formativa uma vez que, a prova

escrita é a que se destaca na sua prática avaliativa da sala de aula

utilizada para verificar os conhecimentos e desempenho dos alunos.

Posição contraditória em relação a ideia de alguns autores, caso de

Ferreira (2007), que coloca a avaliação numa posição privilegiada, e que

deve ser realizada continuamente, pois que permite;

a) Regular o processo de ensino e aprendizagem.

b) Proporcionar a análise do processo didáctico no sentido de o

melhorar e de lhe atribuir mais qualidade.

c) Adoptar atempadamente medida de intervenção face as

dificuldades e aos erros dos alunos.

3. A avaliação é fundamental no processo de ensino-aprendizagem pois

fornece informações sobre o andamento das actividades didácticas.

Deste modo, embora os professores realcem o carácter formativo da

avaliação, na sua prática têm tomado a posição somativa como

modalidade que mais usam para regular e certificar as competências

adquiridas pelos alunos.

4. A prática da modalidade somativa da avaliação não contribui para o

melhoramento do processo de ensino aprendizagem, porquanto a prova

escrita como instrumento mais usado não permite acompanhar a

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Page 51: MANUEL PEDRO.doc

evolução do estudante na sua aprendizagem através de um processo de

interacção planificado (reflexão).

REFLEXÃO DE ESTUDO

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A percepção que os professores apresentam em relação ao conceito de

avaliação vai mais além do que a aplicação da prova escrita e ter os valores

sequenciados quantitativos e com ele definir o resultado final do aluno

(aprovado/reprovado). A detenção das falhas quer do professor como dos

alunos, implica uma preocupação constante com a melhoria do processo de

ensino-aprendizagem. A identificação de falhas não pode acontecer com a

análise dos resultados das provas escritas mas, pelo processo de interacção

estabelecido em cada aula seguido pela reflexão-sobre-a-acção, enfatizado por

Schou (1992) como processo que permite melhorar o ensino e a

aprendizagem. Daí que, a avaliação das aprendizagens deve ser vista como

um processo de formação, em que o diagnóstico das situações é o ponto de

partida da acção do professor e do aluno para acções de melhoria (planificação

e implementação). No entanto, cada aula deve constituir um momento de

implementação de novas práticas (métodos e estratégias), de diagnóstico de

novas situações emergidos na implementação das acções programadas em

relação a adequabilidade dos métodos e estratégias e dos processos de

aprendizagem dos alunos. Tudo isso, não pode ser processado apenas com a

aplicação da prova escrita, mas, pela aplicação de instrumentos diversificados.

Só desta forma a avaliação estará ocupar o seu papel de regulador da

actividade do professor e dos alunos.

BIBLIOGRAFIA

45

Page 53: MANUEL PEDRO.doc

Bogdan, R.; Biklen, (1994). Investigação qualitativa em educação:

uma introdução a teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora. Não está

bem esta referencia.

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fundamental e média. S. Paulo: Pioneira.

Cordeiro, J. (2010), Didáctica. 2ª ed. São Paulo: Editora contexto.

Correia, E. S. L. (2002). A avaliação das aprendizagens – Novo Rosto. Aveiro

Textos Pedagógicos.

Correia, E. S. L. (2002). Avaliação das aprendizagens – o novo rosto.

Aveiro: Universidade de Aveiro.

Diogo, F. (2010) Desenvolvimento Curricular. Porto: Porto Editora, LDA.  

Ferreira, C. A. (2007). A avaliação no quotidiano da sala de aula. Porto: Porto

Editora.  

Haydt, R. C. (2006) Curso de Didáctica Geral. 8ª Ed. S. Paulo: Editora Ática.  

Marconi, A. M. A. e LAKATOS, E. M. (2002). Técnicas de Pesquisa:

planejamento e execução de pesquisa, amostragem e técnicas de pesquisas,

elaboração, análise e interpretação de dados. 5ª ed. S. Paulo: Atlas.  

Marques, R. (2000). Dicionário Breve de Pedagogia. Lisboa: Editorial Presença.

Piletti, C. (1994). Didáctica geral! S. Paulo: Editora ática.   

Pimenta, M. G. (1999). Dimensões de Formação na Educação: Contributo para

um Manual de Metodologia Geral. União Europeia.  

Ponte, J.P. O estudo de caso na investigação em Educação de Matemática.

Quadrante, 3(1), 3-18.

Projecto 7 ACP.ANGO.083, Assistência Técnica à Formação, contínua de

Professores do Ensino Primário – Área Curricular: Matemática; Luanda.  

Queiroz, T. D. (2003). Dicionário Prático de Pedagogia. S. Paulo: Editora

Rideel.  

Quitembo, A. D. J. (2010). A Formação de Professores de Matemática no

Instituto Superior de Ciências de Educação em Benguela – Angola. Um Estudo

sobre o seu Desenvolvimento (Tese de Doutoramento). Instituto de Educação,

Lisboa.  

Santos, J. P. L. (2006). Modelos de avaliação das aprendizagens, Universidade

Aberta

46

Page 54: MANUEL PEDRO.doc

Zabala, A. (2007) A pratica educativa como ensinar. Porto Alegre: ARTMED

Editora, SA.

47

Page 55: MANUEL PEDRO.doc

ANEXOS

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Page 56: MANUEL PEDRO.doc

QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS (4) PROFESSORES DAS DUAS ESCOLAS

ONDE TRABALHAMOS, SOBRE A INFLUÊNCIA DA AVALIAÇÃO NO

PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.

Guião de Entrevista aos Professores

Objectivo: Colher informações quatro (4) professores de Matemática, acerca

da insuficiência da avaliação no processo de ensino-aprendizagem.

1. O que é a avaliação?

2. Como tem avaliado os seus alunos?

3. Que forma de avaliação tem utilizado?

4. Que significado atribui a avaliação no ensino da Matemática?

5. Quais os aspectos que o professor dá maior atenção na avaliação?

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6. Em que momento da aula o professor tem avaliado as suas actividades?

7. Tem planificado na base da constatação feita em termos das aptidões e

capacidades dos alunos? Porquê?

8. Será que a avaliação lhe permite verificar o grau de consecução dos

objectivos, ajuda a detectar as falhas e incorrecções no processo de

ensino-aprendizagem no ensino de Matemática? Como?

9. Até que ponto a avaliação regula a sua actividade?

10.Até que ponto a avaliação regula a actividade dos alunos?

11.Quais são as funções da avaliação?

12.Que elementos introduziria para melhoria das formas de avaliação?

13.Emita a sua opinião sobre a avaliação no processo de ensino-

aprendizagem.

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INQUÉRITO DIRIGIDO AOS (16) PROFESSORES DAS DUAS ESCOLAS

ONDE TRABALHAMOS, SOBRE A INFLUÊNCIA DA AVALIAÇÃO NO

PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.

BOLETIM DE INQUÉRITO AOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA

1. Objectivos

Este inquérito foi elaborado no âmbito da investigação que se pretende fazer

sobre a avaliação das aprendizagens utilizadas nas escolas;

2. Instruções para o preenchimento

a) Não escrever o seu nome em nenhuma parte.

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Page 59: MANUEL PEDRO.doc

b) Responder cuidadosamente todas as perguntas.

c) Assinalar com X segundo a sua opção.

Ano Lectivo ___________.

Sexo: Masculino Feminino

Habilitações literárias: _____________________________________________.

Habilitações Profissionais: _________________________________________.

Especialidade: __________________________________________________.

Tempo que lecciona Matemática: ____________________________________.

QUESTIONÁRIO

Questões Concordo NeutroNão

Concordo

1- A avaliação é a actividade de determinar

o valor de um trabalho ou de uma acção.

2- A avaliação é a actividade que visa julgar

o trabalho dos alunos.

3- A avaliação é a actividade que o

professor julga o seu próprio trabalho.

4- A avaliação formativa ajuda o aluno a se

desenvolver.

5 - A avaliação diagnostica realiza-se

somente no início do ano lectivo.

6 — A avaliação diagnostica realiza-se

durante o ano lectivo.

7 — A avaliação formativa visa informar o

aluno e o seu encarregado de educação,

professores e outros intervenientes sobre o

desenvolvimento do aluno.

8 — A avaliação formativa ajuda o

professor a se desenvolver.

9 — Em Matemática o mais importante é o

resultado alcançado.

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10 — Em Matemática o mais importante

são os procedimentos.

11 — A argumentação é o parâmetro

avaliativo mais importante.

12 — A argumentação é o parâmetro

avaliativo menos importante.

13 — A avaliação regula a actividade do

professor.

14 — A avaliação regula a actividade do

aluno.

15 — A prova escrita é o instrumento

menos usado na avaliação em Matemática.

16 — A prova oral é o instrumento mais

usado na avaliação em Matemática.

17 — Para além das provas escritas e orais

existem outros instrumentos de avaliação.

18 — É necessário aplicar o teste em duas

fases para avaliar os alunos.

19 — O porte folho o é um instrumento que

permite regular a actividade dos alunos.

20 - A avaliação é um processo de reflexão

no desenvolvimento do processo de ensino-

aprendizagem.

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