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MAPA DE VEGETAÇÃO E USO DO SOLO DA REGIÃO DE POCONÉ, MT:
II- CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURAL
ELTON ANTONIO SILVEIRA1, LETÍCIA THOMMEN LOBO PAES DE BARROS2
e NORANEY NASCIMENTO ALMEIDA3
RESUMO: Este trabalho faz parte do Plano Diretor de Mineração de Poconé, que teve
como objetivo caracterizar a estrutura das formações vegetacionais naturais,
identificadas no Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do solo da Região de Poconé,
MT. Aplicou-se o método fitossociológico em parcelas de 400 m², nas áreas mais
conservadas. Nos resultados, identificaram-se subtipos fitofisionômicos para a Floresta
Estacional Semidecidual: Frondosa com 36 m de altura máxima que ocorre em setores
de baixa vertente e fundos de vales e dominada por (dominância relativa, DOR)
Dipteryx alata, (21,52%) e Anadenathera colubrina (17,11%); a de Dossel Baixo, com
21 m, ocorre nas porções mais elevadas das vertentes e topos de interflúvios com DOR
para Ocotea sp. (20,49%) e Dipteryx alata (15,97%). Savana Arborizada, dois subtipos:
um, sobre Latossolo, com maiores DORs para Curatella americana (24,52%) e Andira
cuyabensis (15,31%); outro, sobre solo Litólico, com Curatella americana (28,15%)
associada a Qualea multiflora (13,79%). Savana Parque, com subtipos fitofisionômicos
relacionados com a densidade de murundus: o denso, dominado por Dipteryx alata
(31,90%) e Curatella americana (20,51%) e, a menos densa, Curatella americana
(36,63%) associada a Hymenaea stignocarpa (33,12%). As variações fitofisionômicas
das unidades mapeadas demonstram a necessidade de tais estudos serem considerados
para fins de uso.
1 Prof. M.Sc. Departamento de Botânica e Ecologia/IB/UFMT.2 Eng.-Agr. M.Sc. Ecologia e Conservação da Biodiversidade/IB/UFMT.3 Bióloga. M.Sc. Ecologia e Conservação da Biodiversidade/IB/UFMT.
2
MAP OF THE VEGETATION AND LAND-USE IN THE REGION OF
POCONÉ/MT: II - FLORISTIC AND STRUCTURAL CHARACTERIZATION
ABSTRACT: This study is part of the Directing Plan for Mining in Poconé, with the
purpose of a structural characterization of the natural vegetation formations, as
identified on the map "The Vegetation and Land Use of the Poconé, MT Region". The
phytosociological method was applied in plots of 400m² in the best-preserved areas. For
seasonal semideciduous forests two subtypes were identified: one with high canopy of
up to 36 m maximum height, which occurs on lower slopes and valley bottoms,
dominated by Dipteryx alata (21,5% relative dominance) and Anadenathera colubrina
(17,1%), and another with low canopy of up to 25 m, which occurs on the upper slopes
and on higher interfluvial plateaus, with Ocotea sp. (20,5%) and Dipteryx alata
(16,0%). There are also two subtypes of arborized savannas: one on Latosols with
Curatella americana (24,5%) and Andira cuyabensis (15,3%), and one on Litholic soils
with Curatella americana (28,2%) associated with Qualea multiflora (13,8%). In park
savannas the phytophysiognomic subtypes are related to the density of "Murundus": a
dense one dominated by Dipteryx alata (31,9%) and Curatella americana (20,5%) and a
less dense one with Curatella americana (36,6%) associated with Hymenaea
stignocarpa (33,1%). The phytophysiognomic differences of the mapped units prove the
need to take studies like this in consideration for the land-use.
3
INTRODUÇÃO
O Plano Diretor (Brasil, 1988) tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
No município de Poconé, MT, tal Plano concretiza-se após a decadência da
atividade garimpeira aliada ao rigor da fiscalização dos órgãos ambientais públicos. A
falta de alternativas que pudessem absorver mão-de-obra de baixa qualificação e a
degradação da qualidade de vida despertaram a preocupação do poder público e,
culminaram com a iniciativa da criação de um Projeto Plano Diretor de Mineração de
Poconé, MT através do Prodeagro/Fema/MT.
Para a concretização de um Plano Diretor, é imprescindível a elaboração de um
Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do solo da Região de Poconé, MT e informações
básicas para a tomada de decisões municipais.
Nesse contexto, o Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação do solo da Região de
Poconé, MT foi concebido por Almeida et al. (2000) em escala 1:20.000. Segundo o
IBGE (1992), nesse nível de detalhamento é necessário o levantamento da estrutura
comunitária e florística das fitofisionomias, a fim de determinar espécies dominantes.
Essa concepção metodológica remete à problemática da definição e uniformização
da nomenclatura dos tipos fitofisionômicos dos Cerrados discutida por Ribeiro e Walter
(1998). Esses autores propuseram, após ampla revisão da literatura, uma uniformização
da nomenclatura para a região do bioma cerrado em escala de semidetalhe (1:100.000
até 1:25.000). Para os subtipos fitofisionômicos, decorrentes da variação das
características estruturais influenciadas pelas condições edáficas, Oliveira Filho et al.
(1989) recomendam a utilização da classificação do IBGE (1992). Assim, este trabalho
teve por objetivo caracterizar a estrutura florística das unidades fitofisionômicas
identificadas por Almeida et al. (2000), adequando a nomenclatura preconizada pelo
IBGE (1992) aos subtipos fitofisionômicos encontrados na região do município de
Poconé, MT.
4
MATERIAIS E MÉTODOS
As áreas amostradas neste estudo situam-se entre as coordenadas geográficas,
16°12’ a 16°19’S e 56°34’ a 56°40’W, no entorno da sede municipal de Poconé
(Almeida et al. 2000).
A análise da composição florística e estrutural das áreas das unidades mapeadas
por Almeida et al. (2000) foi realizada após observações de campo, onde se escolheram-
se áreas de melhor estado de conservação para aplicação dos levantamentos
fitossociológicos, de acordo com o IBGE (1992).
Determinadas as áreas, realizaram-se os levantamentos de campo que
subsidiaram os seguintes aspectos:
a) caracterização estrutural da fitofisionomia - consideraram-se os indivíduos
arbustivos - arbóreos com circunferência ≥ 10 centímetros ( CAP - circunferência à
altura do peito, média de 1,30 m do solo); e as alturas totais dos indivíduos;
b) levantamento florístico dos remanescentes naturais de vegetação - utilizou-se o
método de parcelas de 100 m², num total de 4 parcelas para cada tipo de unidade de
vegetação natural mapeada (400 m²), exceto para a floresta inundável, que foram duas
parcelas (200 m²). Outra exceção foi o campo de murundus, onde se amostrou um bloco
de 20 X 30 metros (600 m²), para estimar a densidade de murundus;
c) parâmetros fitossociológicos calculados - ABi - Área basal da espécie i; Altura
média da comunidade; DAi - Densidade absoluta da espécie i; DRi - Densidade relativa
da espécie i; DORi - Dominância relativa da espécie i (Müeller e Dombois, 1974);
d) análise de semelhanças - entre as áreas amostrais das unidades de mapeamento com
relação à presença e ausência de espécies, utilizou-se o coeficiente de similaridade de
Dice/Sorenson/Czekanowiski. O dendrograma foi construído por meio do método de
grupamento por média aritmética não ponderada (UPGMA), utilizando o programa
FITOPAC 1 (Shepherd, 1994). A riqueza de espécies e o índice de diversidade de
Shanonn-Weaver foram calculados de acordo com Magurran (1988).
5
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos com os levantamentos fitossociológicos embasam a
classificação das formações florestais da área do Plano Diretor de Mineração de acordo
com o IBGE (1992), considerando a escala do mapeamento (1:20.000) efetuado por
Almeida et al. (2000).
A composição florística e a distribuição das espécies nas áreas das formações
amostradas (Florestas Estacional Semidecidual e Sempre Verde Sazonalmente
Inundável, Savanas Florestada, Arborizada e Parque) estão apresentadas na Tabela 1,
cujo detalhamento estrutural baseia-se em espécies dominantes de cada unidade
amostral, descrita a seguir:
a) Floresta Estacional Semidecidual (Fes)
Ocorre regionalmente na Depressão Cuiabana e nas porções mais elevadas do
Pantanal de Poconé. A sua distribuição na área mapeada está relacionada,
preferencialmente, com solos mais profundos, a exemplo dos Latossolos.
Fisionomicamente, pode apresentar duas variações:
Floresta Estacional Semidecidual - frondosa: caracteriza-se pela dominância
de Dipteryx alata, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma cylindrocarpon,
Pseudobombax marginatum e Dilodendron bipinnatum no dossel superior (FIG. 1), e,
no sub-bosque, Tocoyena cf. formosa, Alibertia sessilis e bambus. A altura média das
cinco espécies de maior dominância desse tipo florestal varia entre 10,4 a 29 metros
(FIG. 2).
Os valores relacionados com as áreas basais das espécies amostradas dessa
formação variam de 0,0008 a 0,5047 cm², sendo que, o valor médio da área basal das
cinco espécies de maior dominância é de 0,35 cm² e que representa 75,7% do total do
valor da área basal da comunidade arbustivo-arbórea dessa formação. Tal fato indica a
importância de estudos mais aprofundados sobre o potencial madeireiro, que subsidiem
a exploração racional das espécies desse tipo de floresta.
6
TABELA 1 - Lista das espécies encontradas nas formações vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual - Fes (1-frondosa, 2 -dossel baixo); Savana Florestada - Sf (cerradão); Savana Arborizada - Sa (1 - cerrado, 2 - cerrado aberto); SavanaParque - Sp (1 - campo de murundus, 2 - campo de murundu denso); Floresta Sempre Verde SazonalomenteInundavel - Fi.
Família Espécie Nome vulgar OcorrênciaFes1 Fes2 Sf Sa1 Sa2 Sp1 Sp2 Fi
Anacardiaceae Astronium fraxinifolium Schott. Gonçaleiro X X X X X XMyracroduon urundeuva (Engl.) Fr. All. Aroeira X X X
Apocynaceae Aspidosperma cylindrocarpon M. Arg. Peroba-rosa XAspidosperma sp. XHancornia speciosa Gomez Mangabeira X X
Araliaceae Morototó XBignoniaceae Jacaranda cuspidifolia Mart. Caroba X
Tabebuia aurea (Manso) B. et H. Paratudo XTabebuia serratifolia (Vahl.) Nich. Piúva amarela XTabebuia sp. 1 XTabebuia sp. 2 XTabebuia sp. 3 Taipoca X XTabebuia sp. 4 X
Bombacaceae Pseudobombax marginatum (St. Hil.) Rob. Imbiruçu XBoraginaceae Cordia glabrata (Mart.) A . DC. Louro XBurcearaceae Protium heptaphyllum (Aubl.) March. Almescla X X X XCaesalpinaceae Bauhinia cf. rufa (Bong.) Stend Pata-de-boi X X
Bauhinia sp. XCopaifera langsdorffii Desf. Pau-de-óleo X XCopaifera martii Hayne Guaranazinho X
(continua)
7
TABELA 1 - Lista das espécies encontradas nas formações vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual - Fes (1-frondosa, 2 -dossel baixo); Savana Florestada - Sf (cerradão); Savana Arborizada - Sa (1 - cerrado, 2 - cerrado aberto); SavanaParque - Sp (1 - campo de murundus, 2 - campo de murundu denso); Floresta Sempre Verde SazonalomenteInundavel - Fi.
Família Espécie Nome vulgar OcorrênciaFes1 Fes2 Sf Sa1 Sa2 Sp1 Sp2 Fi
Caesalpinaceae Dimorphandra mollis Bth. Fava-de-anta XDiptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. Carvão-vermelho XHymenaea stignocarpa (Mart.) Hayne Jatobá-do-cerrado X X XPlatypodium elegans Vog. Farinheira XSclerolobium aureum (Tul.) Bth Pau bosta X
Cariocaraceae Caryocar brasiliense Camb. Pequi X XCecropiaceae Cecropia pachystachya Trec. Embaúba X XCombretaceae Buchenavia tomentosa Eichl. Tarumarana X
Combretum leprosum Mart. Carne-de-vaca X XTerminalia argentea Mart et Zucc. Pau-de-bicho X X
Compositae Vernonia scabra Pres. XCrysobalanaceae Licania parviflora Huber Pimenteira X XDilleniaceae Curatella americana L. Lixeira X X X X X X
Davilla elliptica St. Hil. Lixinha XDavilla nítida (Vahl.) Kubitz. Lixeirinha X
Ebenaceae Diospyros hispida DC. Olho-de-boi X XErythroxyllaceae Erythroxylum anguifugum Mart. Pimenteirinha X
Erythroxylum decidum St. Hil. XErythroxylum sp. 1 XErythroxylum sp. 2 X
(continua)
8
TABELA 1 - Lista das espécies encontradas nas formações vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual - Fes (1-frondosa, 2 -dossel baixo); Savana Florestada - Sf (cerradão); Savana Arborizada - Sa (1 - cerrado, 2 - cerrado aberto); SavanaParque - Sp (1 - campo de murundus, 2 - campo de murundu denso); Floresta Sempre Verde SazonalomenteInundavel - Fi.
Família Espécie Nome vulgar OcorrênciaFes1 Fes2 Sf Sa1 Sa2 Sp1 Sp2 Fi
Erythroxylum suberosum St. Hil. Sombra-de-touro XEuphorbiaceae Mabea sp. XFabaceae Andira cuyabensis Bth. Morcegueira X X
Pterodium sp. Sucupira XDipteryx alata Vog. Cumbaru X X X X X X XVatairea macrocarpa (Bth.) Ducke Angelim X X X X X
Flacourtiaceae Casearia cf. sylvestris SW. XCasearia decandra Jacq. Pururuca XCasearia sp. X
Guttiferae Kielmeyera coriaceae Mart. XKielmeyera rubriflora Camb. XKielmeyera sp. X
Hippocrateaceae Salacia campestris XLauraceae Ocotea sp. 1 X
Ocotea sp. 2 XLoganiaceae Strychnos sp. XLythraceae Lafoensia Pacari St. Hil. Mangava-brava X XMalpighiaceae Byrsonima coccolobifolia (Spr.) Kunth. Canjiqueira X
Byrsonima crassifolia (L.) H.B.K. Canjicão XByrsonima orbignyana A. Juss. Canjiqueira X X
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TABELA 1 - Lista das espécies encontradas nas formações vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual - Fes (1-frondosa, 2 -dossel baixo); Savana Florestada - Sf (cerradão); Savana Arborizada - Sa (1 - cerrado, 2 - cerrado aberto); SavanaParque - Sp (1 - campo de murundus, 2 - campo de murundu denso); Floresta Sempre Verde SazonalomenteInundavel - Fi.
Família Espécie Nome vulgar OcorrênciaFes1 Fes2 Sf Sa1 Sa2 Sp1 Sp2 Fi
Byrsonima sp. 1 XByrsonima sp. 2 X
Malpighiaceae Byrsonima sp. 3 XByrsonima sp. 4 X
Meliaceae Trichilia elegans A. Juss. Cachuá XMimosaceae Anadenanthera colubrina (V.Cebil) Bren. Angico-vermelho X X
Anadenanthera falcata Benth. Speg. Angico-branco XBrosimium gaudichaudii Trec. Mama-cadela X XPlathymenia reticulata Bth. Vinhático X XStryphnodendron obovatum Bth. Barbatimão X
Myrtaceae Calypthranthes eugenioides Camb. Cambucá XEugenia sp. XMyrcia albo-tomentosa Cambess. Jacarezinho X X X
Palmae Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. Acumã XPolygonaceae Coccoloba molis Casar. XRhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum Reiss. Cabriteiro XRubiaceae Alibertia edullis (L.L.Rich.) A.C.Rich. Marmelada-bola X
Alibertia sessilis (Vell.) Schum. Marmelada-de-cachorro X X X XGuettarda viburnoides C. et. S. Veludo-branco X XInd. X
(continua)
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TABELA 1 - Lista das espécies encontradas nas formações vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual - Fes (1-frondosa, 2 -dossel baixo); Savana Florestada - Sf (cerradão); Savana Arborizada - Sa (1 - cerrado, 2 - cerrado aberto); SavanaParque - Sp (1 - campo de murundus, 2 - campo de murundu denso); Floresta Sempre Verde SazonalomenteInundavel - Fi.
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME VULGAROCORRÊNCIAFes1 Fes2 Sf Sa1 Sa2 Sp1 Sp2 Fi
Rudgea virburnoides (Cham.) Bth. XThileodoxia cf. lanceolata F.C.L. Marmelada XTocoyena cf. formosa (C. et. S.) Schum. Olho-de-boi X
Sapindaceae Cupania vernalis Camb. Camboatá XDilodendrom bipinnatum Radlk. Mulher pobre X X XMagonia pubescens St. Hil. Timbó X X XMataiba cf. guianensis Aublet. X
Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum (Mart. e Eichl.)Engl.
Guatambu X X X
Crysophyllum marginatum (H. et A.) Radlk. X XPouteria ramiflora (Mart.) Fruta de veado X X
Simaroubaceae Simarouba versicolor St.Hil. Pau de perdiz X X XSterculiaceae Helicteres lhatzkyana Schum. Rosquinha XTiliaceae Luehea paniculata Mart. Açoita cavalo X
Luehea sp. XVochysiaceae Qualea grandiflora Mart. Pau terrão X
Qualea Multiflora Mart. Pau terra X XQualea parviflora Mart. Pau terrinha X XSalvertia convallariodora St. Hil. Capotão X
(continua)
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TABELA 1 - Lista das espécies encontradas nas formações vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual - Fes (1-frondosa, 2 -dossel baixo); Savana Florestada - Sf (cerradão); Savana Arborizada - Sa (1 - cerrado, 2 - cerrado aberto); SavanaParque - Sp (1 - campo de murundus, 2 - campo de murundu denso); Floresta Sempre Verde SazonalomenteInundavel - Fi.
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME VULGAROCORRÊNCIAFes1 Fes2 Sf Sa1 Sa2 Sp1 Sp2 Fi
Vochysia cinnamomea Pohl Pau doce XVochysia divergens Pohl Cambará X X
Indeterminadas Indet 1 XIndet 2 XIndet 3 X
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Aspidosperma cylindrocarpon
14%
Pseudobombax marginatum
14%
Anadenanthera colubrina
17%
Dipteryx alata 22%
Outras33%
FIG. 1. Dominância relativa para as cinco espécies de maior DORi da Floresta
Semidecidual frondosa.
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Aspidosperma cylindrocarpon
14%
Pseudobombax marginatum
14%
Anadenanthera colubrina
17%
Dipteryx alata 22%
Outras33%
FIG. 2. Altura de cinco espécies com maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Floresta Estacional Semidecidual frondosa.
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Floresta Estacional Semidecidual - dossel baixo: caracteriza-se pela presença
de Ocotea sp., Dipteryx alata, Protium heptaphyllum e Myracrodum urundeuva, que
representam as quatro espécies de maior área basal e dominância relativa da
comunidade arbustivo-arbórea (FIG. 3). A categoria “morto” é representativa para essa
comunidade, que é a quinta na ordem da escala de grandeza desse parâmetro, e pode
indicar a influência das atividades antrópicas sobre o remanescente natural, que se situa
muito próximo às áreas de garimpo de ouro. A altura máxima da comunidade arbustivo-
arbórea dessa floresta atinge 21 metros (FIG. 4).
b) Savana Florestada (Sf)
Regionalmente, ocorre em toda a Depressão Cuiabana e também na Planície do
Pantanal, em capões e cordilheiras (Nunes da Cunha, 1990). Na área mapeada recobre,
preferencialmente, os Latossolos.
A estrutura da formação amostrada apresenta altura média de 7,3 metros, com
forte deciduidade na comunidade durante a estação seca, dominância de Bowdichia sp.,
Diptychandra aurantiaca, Curatella americana, Magonia pubescens e Dipteryx alata,
que compõem o dossel superior dessa formação. O sub-bosque é caracterizado por
Brosimium gaudichaudii, Alibertia sessilis, Erytroxylum decidum; palmeiras, como
Syagrus flexuosa, e lianas, como Bauhinia sp. As FIGs. 5 e 6 mostram, respectivamente,
as cinco espécies de maior dominância relativa e a variação de suas alturas.
c) Savana Arborizada (Sa)
Formação caracterizada pela relação solo/fitofisionomia, que influencia na
distribuição e porte das espécies arbustivo-arbóreas da comunidade. Identificaram-se
dois subtipos fitofisionômicos: o cerrado stricto sensu de fisionomia mais típica nos
Latossolos, e o cerrado aberto, de fisionomia baixa e aberta sob solos Litólicos e/ou
Plintossolos. A florística analisada nessas duas situações mostrou que Curatella
americana domina a sinúsia arbustivo-arbórea. No entanto, as áreas diferenciam-se
pelas associações a Curatella americana, que, no cerrado stricto sensu são Andira
cuyabensis, Caryocar brasiliense e Terminalia argentea, e, no cerrado aberto, Qualea
multiflora, Qualea parviflora, Lafoensia pacari e Terminalia argentea. As FIGs. 7 e 8
referem-se, respectivamente, a cinco espécies de maior dominância e à altura da
comunidade do cerrado stricto sensu, e, as FIGs. 9 e 10 mostram, respectivamente, as
15
cinco espécies de maior dominância relativa e suas alturas na comunidade do cerrado
aberto.
FIG. 3. Dominância relativa para as quatro espécies de maior DORi da Floresta
Semidecidual de dossel baixo.
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5,0
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15,0
20,0
25,0
Altu
ra (m
)
1 2 3 4 5
máxima�������� média
mínima
1. Ocotea sp. , 2. Protium heptaphyllum, 3. Dipteryx alata , 4. Myracroduon urundeuva , 5. Morto.
FIG. 4. Altura das cinco espécies de maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Floresta Estacional Semidecidual de dossel baixo.
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Outras37%
Protium heptaphyllum
16%
Dipteryx alata 16%
Ocotea sp.20%
Myracroduon urundeuva
11%
16
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Bowdichia sp. 49%
Outras26%
Diptychandra aurantiaca
10%
Magonia pubescens
7%
Curatella americana
8%
FIG. 5. Dominância relativa para as quatro espécies de maior DORi da Savana
Florestada.
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15,0
20,0
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)
1 2 3 4 5
máxima ����
médiamínima
1. Bowdichia virgilioides , 2. Diptychandra aurantiaca , 3. Curatella americana ,4. Magonia pubescens , 5. Dipteryx alata .
FIG. 6. Altura das cinco espécies de maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Savana Florestada.
17
FIG. 7. Dominância relativa para as quatro espécies de maior DORi da Savana
Arborizada (Cerrado stricto sensu).
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2,0
4,0
6,0
8,0
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)
1 2 3 4 5
máxima�������� média
mínima
1. Curatella americana , 2. Andira cuyabensis , 3. Qualea grandiflora , 4. Caryocar brasiliense , 5. Terminalia argentia .
FIG. 8. Altura das cinco espécies de maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Savana Arborizada (cerrado).
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Outras43%
Caryocar brasiliense
7%
Curatella americana
25%
Andira cuyabensis
15%Qualea grandiflora
10%
18
FIG. 9. Dominância relativa para as quatro espécies de maior DORi da Savana
Arborizada (cerrado aberto).
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4,00
5,00
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Altu
ra (m
)
1 2 3 4 5
máxima��������média
mínima
1. Curatella americana , 2. Qualea multiflora , 3. Qualea parviflora , 4. Lafoensia pacari , 5. Terminalia argentea .
FIG. 10. Altura das cinco espécies de maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Savana Arborizada (cerrado aberto).
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Outras42%
Curatella americana
28%
Qualea multiflora
14%Qualea parviflora
9%
Lafoensia Pacari
7%
19
As alturas médias das cinco espécies de maior dominância da comunidade
amostrada no cerrado stricto sensu, variam de 3,4 a 7,5 metros, resultando um valor
médio destas médias igual a 5 metros. Na comunidade, a média das alturas apresentam
um valor igual a 3,8 metros, enquanto que sua variação que é de 1,70 a 8 metros. Tais
resultados mostram que as cinco espécies mais dominantes também são as mais altas,
representando a dominância do estrato arbóreo.
Essa mesma análise para o cerrado aberto mostra que as alturas médias das cinco
espécies dominantes variam de 2,8 a 4,45 metros, tendo o valor médio de 3,51 metros,
correspondendo ao mesmo valor da altura média da comunidade amostrada, que tem sua
variação entre 1,7 e 6 metros.
d) Savana Parque (Sp)
Esta formação recobre solos hidromórficos e relaciona-se, preferencialmente,
com a Planície do Pantanal (em extensas áreas) e com a Depressão Cuiabana (em áreas
restritas). Assim distribui-se, principalmente, nas áreas de Plintossolos, a sudeste, leste e
nordeste da sede municipal de Poconé, que corresponde a uma faixa marcada pela
transição entre a Depressão e a Planície Pantaneira.
Identificaram-se duas fitofisonomias: na primeira, onde os montes de terra são
mais adensados e numerosos (campo de murundus denso), o campo circundante tem
presença expressiva de espécies subarbustiva, como Byrsonima orbignyana, e, na
segunda, os montes de terra são mais esparsos e o campo circundante tem maior
expressão, onde predominam herbáceas (campo de murundus aberto).
As análises estruturais dessas formações mostraram que ambos os campos de
murundus, denso e aberto, são dominados por Curatella americana. Associada a essa
espécie, encontram-se Dipteryx alata, Hymenaea stignocarpa, Vataira macrocarpa e
Licania parviflora (FIGs. 11, 12, 13 e 14). Ressalta-se a diferença florística entre essas
duas fitofisionomias de campo de murundus (denso e aberto), que se relacionam à
riqueza de espécies (número de espécies por unidade de área), onde o denso apresentou
0,035 espécie/m² e o aberto 0,015 espécie/m².
e) Floresta Sempre Verde Sazonalmente Inundável (Fsvi)
20
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Curatella americana
21%
Licania parviflora
14%
Hymenaea stignocarpa
13%
Outras21% Dipteryx alata
31%
FIG. 11. Dominância para Savana Parque denso.
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0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Altu
ra (m
)
1 2 3
Máxima�������� Média
Minima
1. Curatella americana , 2. Hymenaea stignocarpa , 3. Vataira macrocarpa .
FIG. 12. Altura das cinco espécies de maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Savana Parque (1. Campo de murundu).
21
FIG. 13. Dominância para Savana Parque aberta.
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2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
Altu
ra (m
)
1 2 3 4 5
máxima�����
médiamínima
1. Dipteryx alata , 2. Curatella americana , 3. Hymenaea stignocarpa ,4. Tabebuia aurea , 5. Andira cuyabensis .
FIG. 14. Altura das cinco espécies com alta dominância relativa na comunidade
arbustivo arbórea da Savana Parque (2. Campo de murundu denso).
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Curatella americana
37%
Outras1%Dipteryx alata
13%
Vataira macrocarpa
16%
Hymenaea stignocarpa
33%
22
Denominada regionalmente como Landizal (Almeida e Nunes da Cunha, 1995 e
Campos Filho, 1998), esta formação ocorre no Pantanal de Poconé e se encontra
associada, na área de estudo, às drenagens, principalmente ao longo do córrego
Guanandi, cuja área amostrada apresenta dossel baixo e contínuo.
Estruturalmente, é caracterizada pela dominância de Licania parviflora,
Calypthranthes eugenioides e Mabea sp. Essa formação apresenta baixa riqueza de
espécies arbustivo-arbóreas (0,030 espécie/m²), que é uma característica intrínseca da
Floresta Sempre Verde Sazonalmente Inundável (FIGs. 15 e 16).
A análise de agrupamento das áreas amostradas, nas Formações Vegetacionais,
com relação à presença e ausência das espécies, está representada pelo dendrograma da
FIG. 17, podendo ser interpretada com o auxílio da Tabela 1.
Foram separados dois grupos: o grupo 1, completamente dissimilar, é formado
pelas espécies que compõem a Floresta Sempre Verde Sazonalmente Inundável. O fato
de essa formação apresentar-se de forma singular na paisagem regional, demonstra que
as espécies presentes são adaptadas às condições estressantes desse ambiente,
confirmado pelo baixo valor do índice de diversidade florística (H’=0,61, Tabela 2).
O grupo 2, na similaridade de 0,2, reconheceu dois subgrupos: 2a (formações
florestadas) e 2b (formações savânicas), em função da presença comum de Dipteryx
alata. Próximo à similaridade de 0,25, o subgrupo 2a agrupou a Floresta Estacional
Semidecidual frondosa com a Savana Floresta e a Floresta Estacional Semidecidual de
dossel baixo, em função da presença de Alibertia sessilis e Protium heptaphyllum. Na
similaridade aproximada de 0,32, o subgrupo 2a agrupou a Savana Florestada e a
Floresta Estacional Semidecidual de dossel baixo, pela presença comum de
Chryphyllum gonocarpum, Astronium fraxinifolim, Copaifera langsdorfii, Cecropia
pachystachya e Vatairea macrocarpa. Apesar de a Savana Floresta estar agrupada com
a Floresta Estacional Semidecidual de dossel baixo nota-se a sua diversidade quanto às
outras duas formações florestais, onde o índice de diversidade e de riqueza foram,
respectivamente, 1,307 e 0,068, conforme a Tabela 2. Esse resultado pode estar
relacionado com a faixa transicional na forma de ecótono que coincide com a transição
fisiográfica regional.
23
TABELA 2. Índice de diversidade de Shannon-Weaver (H') e riqueza de espécies paraas Formações vegetacionais da região de Poconé, MT.
Formações vegetacionais H´ Evennes RiquezaFloresta Estacional Semideciduais - (Fes - 1) 1,196 0,866 0,060Floresta Estacional Semideciduais - (Fes - 2) 1,114 0,843 0,053Savana Floresta (Sf) – cerradão 1,307 0,913 0,068Savana Arborizada (Sa) - cerrado stricto sensu 1,315 0,909 0,070Savana Arborizada (Sa) – cerrado aberto 1,283 0,860 0,078Savana Parque (Sp)- campo de murundus 0,629 0,629 0,017Savana Parque (Sp - 1) – campo Denso de Murundus 1,024 0,801 0,032Floresta Sempre Verde Sazonalmente Inundável (Fsvi) 0,610 0,784 0,030
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������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ Licania
parviflora 53%
Outras5%
Mabea sp.10%
Erythroxylum anguifugum
3%
Calypthranthes eugenioides
29%
FIG. 15. Dominância para Floresta Inundável.
24
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0,01,02,03,04,05,06,07,0
Altu
ra (m
)
1 2 3 4 5
máxima����������média
mínima
1. Licania parviflora , 2. Calypthranthes eugenioides , 3. Mabea sp. 4. Erythroxylum anguifugum , 5. Morto.
FIG. 16. Altura das três espécies com maior dominância relativa na comunidade
arbustivo-arbórea da Floresta Sempre Verde Sazonalmente Inundável.
FIG. 17. Dendrograma UPGMA, considerando a presença e ausência nas áreas das
formações amostradas, região de Poconé, MT (correlação cofenética de 91,16%). (Sa-1
- cerrado stricto sensu; Sa-2 - cerrado aberto; Sp-1 - campo denso de murundus; Sp -
campo de murundus; Sf - cerradão; Fes-1 - Floresta Estacional Semidecidual frondosa;
Fes-2 - Floresta Estacional Semidecidual de dossel baixo; Fsvi - Floresta Sempre Verde
Sazonalmente Inundável).
25
Na similaridade aproximada de 0,28, o subgrupo 2b agrupou dois blocos: 2bc
(campo denso de murundu e campo de murundu) e 2bd (cerrado stricto sensu e campo
aberto), em função de Astronium fraxinifolim e Curatella americana. O bloco 2bc
agrupou, a 0,5 de similaridade, os dois subtipos fitofisionômicos de Savana Parque
(campo de murundus), principalmente em função de Byrsonima orbignyana,
acompanhadas de Hymenaea stignocarpa, Vatairea macrocarpa e Mycia albo-
tomentosa. É necessário esclarecer que esses subtipos fitofisionômicos mantêm estreitas
relações com o comportamento hídrico das vertentes, onde pequenas variações
topográficas resultam em grandes diferenças na fisionomia. Assim, a diversidade do
campo denso de murundus é maior comparada ao campo de murundus, com valores
respectivos de 1,024 e 0,629 (Tabela 2).
O bloco 2bd, na similaridade aproximada de 0,41 agrupou os dois subtipos
fitofisionômicos de Savana Arborizada (cerrado stricto sensu e cerrado aberto), pela
presença comum de Lafoensia pacari, Guettarda viburnoides, Pouteria ramiflora,
Qualea parviflora, Hancornia speciosa, Cariocar brasiliense, Terminalia argentea,
Magonia pubescens e Simarouba versicolor. Apesar de esses subtipos fisionômicos
serem semelhantes em termos florísticos, seus valores de riqueza e diversidade diferem-
se inversamente, mostrando que o cerrado stricto sensu apresenta maior diversidade por
causa da maior uniformidade na distribuição do número de indivíduos da espécies (H’=
1,315 e riqueza =0,07), comparado ao cerrado aberto, que apresenta maior riqueza
(riqueza =0,078 e H’=1,283).
CONCLUSÕES
A análise florística e estrutural das comunidades arbustivo-arbóreas amostradas
neste estudo, por meio dos parâmetros fitossociológicos, refletem a estreita relação entre
os tipos de solos, o comportamento hídrico das vertentes, as variações topográficas das
feições geomorfológicas locais e as características do clima regional. Isso pode ser
identificado inclusive do ponto de vista fitofisionômico, conforme mostra o
mapeamento realizado por Almeida et al. (2000), no qual a escala adotada (1:20.000)
26
ainda é insuficiente para a delimitação dos diferentes subtipos fitofisionômicos das
Formações Florestadas e Savânicas, situadas na faixa transicional entre a Depressão
Cuiabana e a Planície do Pantanal Mato-Grossense.
Os resultados da análise fitossociológica mostram as diferenças que devem ser
consideradas para se elaborarem projetos e planos de recuperação, recomposição e ou
reabilitação de áreas degradadas, uma vez que a tendência do uso e ocupação da região
de Poconé, MT, é diminuir a área dos remanescentes de vegetação natural.
AGRADECIMENTOS
À Prefeitura Municipal de Poconé, MT e à METAMAT pelo apoio logístico.
Ao Sr. Hélio Ferreira, Técnico do Departamento de Botânica e Ecologia/IB/UFMT, nos
levantamentos de campo.
Ao Marcos Antônio Figueiredo, Técnico Administrativo/IB/UFMT, na arte final.
Ao Peter Peterman pela elaboração do Abstract.
27
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Pantanal de Poconé: registro do ano de 1966. In: CNPq. Relatório: fotointerpretação de
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Janeiro: 1995. 26p.
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ocupação do solo da região de Poconé-MT. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS
NATURAIS E SÓCIO-ECONOMICOS DO PANTANAL, 3., 2000, Corumbá. Os
desafios do novo milênio. Resumos... Corumbá: Embrapa Pantanal, 2000.
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New York: John Wiley, 1974. 547p.
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SHEPHERD, J. Fitopac1: manual do usuário. Campinas: UNICAMP, 1994. 88p.