MAPEAMENTO DE PROCESSOS: ESTUDO EM …...XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

MAPEAMENTO DE PROCESSOS:

ESTUDO EM UM BANCO DE VALVAS

CARDÍACAS HUMANAS

Renata Maria Ferreira (PUCPR )

[email protected]

Evandro Henrique Cavalheri (PUCPR )

[email protected]

Angelo Marcio Oliveira Sant Anna (PUCPR/USP )

[email protected]

Marise Teresinha Brenner Affonso da Costa (BVHSC )

[email protected]

Daniela Gil Contini (BVHSC )

[email protected]

A busca pela qualidade é uma atividade constante nas mais diversas

formas de produzir bens e serviços, e o uso de ferramentas da

qualidade pode auxiliar no desenvolvimento organizacional. O

mapeamento de processos em forma de fluxograma é uuma ferramenta

gráfica que facilita a visualização da sequência das atividades, além

de disciplinar a forma de raciocínio da equipe. Quando se trata de

produtos para saúde os cuidados envolvidos e conhecimentos são de

estrema importância, mais especificamente, no que refere à qualidade

aos enxertos fornecidos por Bancos de Tecidos Humanos. Este

trabalho objetiva mapear os processos de análise de documentos e

recebimento da amostra sanguínea de doadores de coração para

valvas, a fim de identificar as possíveis falhas no processo produtivo. A

identificação e a formalização dos processos de análise dos

documentos e recebimento da amostra sanguínea permitiu a detecção

05 pontos críticos que podem ser analisados a cada recebimento de

coração doado para valvas. Espera-se que este estudo venha contribuir

com as atividades do Banco de Valvas Cardíacas Humanas e outros

tipos de Bancos de Tecidos e que desperte interesse em pesquisas

futuras.

Palavras-chaves: Qualidade, mapeamento de processos, banco de

tecidos, transplante homólogo

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.



2

1. Introdução

A busca pela qualidade é uma atividade constante nas mais diversas formas de produzir bens e

serviços, e o uso de ferramentas da qualidade pode auxiliar no desenvolvimento

organizacional. Desta forma, a compreensão dos processos de uma empresa é de extrema

importância, pois isso se torna um dos pontos principais para o sucesso.

O termo processo pode ser definido como uma ordenação específica das atividades de

trabalho no tempo e no espaço, com inputs e outputs claramente identificados, sendo enfim,

uma estrutura para tomada de ações (DAVENPORT, 1994).

Tendo em vista a necessidade de compreender os processos das organizações, é necessária a

adoção de ferramentas que possibilitem uma compreensão completa de cada passo e de suas

inter-relações. Sendo assim, o mapeamento de processos em forma de fluxograma é uma

ferramenta gráfica que facilita a visualização da sequência das atividades e a maneira que elas

se encaixam, além de disciplinar a forma de raciocínio da equipe.

Neste contexto, a busca pela qualidade quando se trata de produtos para saúde envolvem

cuidados e conhecimentos ainda maiores, principalmente quando se trata de produtos

implantáveis, mais especificamente, no que refere à qualidade aos enxertos fornecidos por

Bancos de Tecidos. A principal atividade dos Bancos de Tecidos é distribuir enxertos de alta

qualidade e livre de qualquer tipo contaminação, seja de natureza viral, bacteriana ou fúngica,

causada por microorganismos presentes no próprio doador ou por contaminações causadas

durante as diversas etapas do processamento dos tecidos.

Para manter um bom desempenho, os Bancos de Tecidos, além de cumprir normas vigentes,

tais como: Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, Portaria nº 333/GM, 24 de março 2000,

Portaria 2.600/GM, 21 de outubro de 2009; RDC nº 15, de 15 de março de 2012, entre outras

legislações, devem estabelecer um rígido controle de qualidade em todas as etapas dos

processos, incluindo a triagem e seleção de doadores, captação, transporte, recebimento do

órgão doado, análise de documentos, processamento, armazenamento e distribuição dos

tecidos.

O fator mais importante no transplante de tecidos é a segurança do receptor, que depende da

seleção adequada dos doadores. O processo inicial de seleção de doadores é baseado em



3

estudo da história médica e social do doador, triagem sorológica e análise de dados do

prontuário de internação, além de exame físico.

Visto a importância da seleção adequada dos doadores para garantir a qualidade dos enxertos

e a segurança do receptor, este estudo teve como principal objetivo identificar a ocorrência

das possíveis falhas ligadas a este processo de triagem e seleção inicial de doadores.

2. Processos

Segundo Gonçalves (2000) não existe um produto ou serviço oferecido por uma empresa sem

um processo empresarial. Da mesma forma, não faz sentido existir um processo empresarial

que não ofereça um produto ou serviço.

Processo é considerado como qualquer atividade ou conjunto de atividades que usa recursos e

que é gerenciada de forma a possibilitar a transformação de entradas em saídas. Geralmente, a

saída de um processo é a entrada para o processo seguinte (ABNT, 2008). Para Johansson

(1995) o processo é um conjunto de atividades ligadas que tomam um insumo (input) e o

transformam para criar um resultado (output).

Um processo dispõe de inputs, outputs, tempo, espaço, ordenação, objetivos e valores que,

interligados logicamente, irão resultar em uma estrutura para fornecer produtos ou serviços ao

cliente (DOMINGUES et al., 2013).

Como observado o conceito de processos pode ser visto sob diferentes enfoques, mas de um

modo geral, podemos considerar que processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades

que toma um input, adiciona valor a ele e fornece um output a um cliente. Esse output é um

produto, resultado da realização do processo, podendo ser tangível ou intangível (Figura 1).



4

Figura 1 – Processo

Fonte: Adaptado da NBR ISO 9001:2008

3. Mapeamento de processos

Para compreender como realmente funcionam os processos internos é necessário a adoção de

ferramentas que possibilitem um melhor entendimento dos processos de forma completa,

incluindo todos os passos e suas inter-relações.

Para tanto, o mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial analítica e de

comunicação essencial para líderes e organizações inovadoras que intencionam promover

melhorias ou implantar uma estrutura voltada para novos processos (VILLELA, 2000;

HARRINGTON, 1993).

O mapeamento de processos tem como principal benefício uma visão geral e um

entendimento compartilhado de um processo por todos os envolvidos e, assim, a identificação

de seu papel no processo do começo ao fim (JOHNSTON; CLARK, 2002).

Mapear os processos significa identificar, documentar, analisar e desenvolver um processo de

melhoria. É uma representação visual dos processos de trabalho mostrando como inputs,

outputs e tarefas estão interligados entre si, proporcionando um novo pensamento de como o

trabalho é realizado, destacando os pontos cruciais das áreas onde uma mudança terá um

impacto bastante significativo para a melhoria do processo atual (ANJARD, 1995).

A literatura apresenta algumas ferramentas para o mapeamento de processos com diferentes

enfoques, sendo que a correta interpretação destas técnicas é fundamental. Uma das

ferramentas mais utilizadas é o fluxograma, que descreve graficamente um processo existente

ou um novo processo proposto, identificando cada evento da sequência de atividades por meio

de símbolos, linhas e palavras (PINHO et al., 2007).

4. Banco de Tecidos



5

O progresso da ciência e da biotecnologia já revelou resultados significativos, dentre os quais,

a possibilidade de novas alternativas de transplante de tecidos humanos, proporcionando uma

qualidade de vida a vítimas de traumas e outras doenças degenerativas. As atividades de

captação, processamento, armazenamento e distribuição de tecidos e seus derivados, de

procedência humana, de doadores vivos ou cadáveres, para fins terapêuticos e de pesquisa são

responsabilidades de uma entidade denominada Bancos de Tecidos (BRASIL, 2009).

Os Bancos de Tecidos são estabelecimentos de saúde que dispõe de instalações físicas,

equipamentos, recursos humanos e técnicas adequadas que permitem o processamento,

armazenamento e distribuição de tecidos doados para transplante alógenos, tais como: tecidos

cardiovasculares, pele, ossos, cartilagens, tendões, âmnios, córneas, etc. (BRASIL, 2009). No

Brasil, para o funcionamento dos Bancos de Tecidos, os mesmos devem estar licenciados

junto aos órgãos locais de Vigilância Sanitária competente e devidamente autorizada pela

Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplante (CGSNT) do Ministério da Saúde.

Conforme dados do Ministério da Saúde, atualmente o Brasil possui 04 tipos de Bancos, são

estes: Banco de Tecidos Oculares, Musculoesquelético, Pele e Tecidos Cardiovasculares,

geograficamente distribuídos (Figura 2).

O Banco de Valvas Cardíacas Humanas do Hospital de Caridade da Irmandade da Santa Casa

de Misericórdia de Curitiba (BVCHSC) é primeiro e único Banco de Valvas Cardíacas

Humanas do país e foi estabelecido em 1996 com o propósito de fornecer, de forma

sistemática, enxertos valvares aos serviços de cirurgias cardíacas do país. A iniciativa partiu

devido à alta prevalência de substituições valvares no Brasil em uma população com baixa

condição socioeconômica e sem condições para adequada terapia com anticoagulantes

(COSTA, 2005). O BVCHSC recebe em média 16,5 corações/mês provenientes de 21 estados

brasileiros e distribui em torno de 19,6 enxertos/mês.



6

Figura 2 – Distribuição geográfica dos Bancos de Tecidos no Brasil.

Fonte: Relatório de Avaliação dos dados de Produção dos Bancos de Tecidos 2011-2012 -

ANVISA

O processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes é complexo e composto por

diferentes etapas. O conhecimento de todo este processo e a execução adequada destas etapas

torna-se fundamental para a obtenção de órgãos e tecidos com segurança e qualidade. Visando

coordenar e regulamentar o processo de captação e distribuição de órgãos e tecidos doados,

em 1997 foi criado o Sistema Nacional de Transplante (SNT) que, provavelmente, é o maior

programa público de transplante do mundo (BRASIL, 1997).

O SNT está estabelecido em uma rede descentralizada dividida em três níveis hierárquicos

totalmente integrados (Figura 3):

Nível 01 - Nacional, no Ministério da Saúde, em Brasília;

Nível 02 – Regional, em cada Secretaria Estadual de Saúde;

Nível 03 – Intra-hospitalar.



7

O processo de captação de órgãos e tecidos inicia-se com a identificação do potencial doador

e notificação a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), e

posteriormente é realizada a avaliação do doador (Figura 4).

Figura 3 – Organização do Sistema Nacional de Transplante

Fonte: Adaptado de Pestana et al., (2011)

Figura 4 - Processo de captação de órgãos e tecidos

Identificação do potencial doador de órgãos e

tecidos

Notificação a CNCDO

Avaliação clínica do potencial doador

Entrevista familiar e autorização da doação

Confirmação do doador efetivo

Acionamento da equipe de captação

Realização da captação

Fonte: Adaptado de Roza (2006)



8

5. Metodologia

O objeto de estudo foi o Banco de Valvas Cardíacas Humanas do Hospital de Caridade da

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba no qual foi utilizada a ferramenta de

mapeamento de processos.

Utilizou-se o método da pesquisa-ação já que um dos autores está envolvido nos processos

estudados (THIOLLENT, 1994). A pesquisa tem caráter exploratório (GIL, 1996) e

qualitativo (MARTINS, 1994), pois se buscou explicitar os processos da instituição em

estudo.

Os corações para valvas são obtidos de doadores de múltiplos órgãos (em morte encefálica),

doadores em parada cardíaca ou receptores de transplante cardíaco. As CNCDOs,

CHIDOTTs, COPOTs e OPOs são responsáveis pela identificação, seleção inicial e

abordagem familiar dos potenciais doadores, seguindo as diretrizes nacionais para a captação

de órgãos humanos, acrescidas de critérios específicos do BVCHSC.

A retirada de órgãos e tecidos é realizada, preferencialmente, após testes de triagem para o

diagnóstico de doenças infectocontagiosas, ou sistêmicas que podem afetar a qualidade do

tecido valvar, infecções ativas ou septicemias, doenças malignas (exceto tumores primários do

sistema nervoso central), doenças autoimunes ou uso prolongado de corticosteroides, morte

por causa desconhecida, entre outros.

O estudo foi organizado em 07 fases distintas:

Fase 1 - entrevistas com os membros da equipe;

Fase 2 - acompanhamento das atividades;

Fase 3 - análise dos protocolos e procedimentos;

Fase 4 - identificação dos processos internos do BVCHSC;

Fase 5 - seleção dos processos para realização do mapeamento;

Fase 6 - elaboração e análise do fluxograma;

Fase 7 - detecção de pontos críticos e proposta de melhorias.



9

6. Resultados

Desde o recebimento do órgão até a liberação dos tecidos para transplante foram identificados

oito processos e quinze subprocessos, como representado nos quadros 1 e 2. Dentre estes

processos foram verificados que os processos de análise de documentos e recebimento da

amostra sanguínea estão diretamente ligados à triagem e seleção inicial dos doadores de

coração para valvas (Figura 5).

No mapeamento do processo de análise dos documentos, foi detectada a possibilidade de

ocorrência de cinco falhas, sendo:

Documentos não enviados junto ao órgão doado;

Documentos não enviados ao Banco após solicitação;

Documentos com informações faltantes ou preenchidas inadequadamente;

Informações não enviadas ao Banco após solicitação;

Doadores fora dos critérios de aceitação estabelecidos no Protocolo para Captação de

Tecidos Cardiovasculares do Banco de Valvas Cardíacas Humanas.

Em relação ao recebimento da amostra sanguínea podem ocorrer três falhas, tais como:

Amostra sanguínea não enviada junto ao órgão doado;

Amostra sanguínea não enviada ao Banco após a solicitação;

Amostra sanguínea enviada com qualidade inadequada.

É importante salientar que a amostra sanguínea está diretamente ligada ao recebimento do

laudo dos exames sorológicos. Nos casos em que a amostra não foi enviada, ou apresenta

qualidade inadequada, não será necessária à solicitação de uma nova amostra desde que os

laudos dos exames sorológicos apresentem todos os resultados, caso contrário é

imprescindível.

Outro fator importante, quando a amostra é recebida e apresenta uma qualidade adequada e os

laudos estão completos, a mesma é armazenada na soroteca por um período de 06 meses após

a liberação do último lote de tecidos desse doador. Nas situações em que os laudos não foram

enviados ou estão incompletos, a amostra é encaminhada ao laboratório de triagem sorológica

para realização dos exames e em seguida os resultados são avaliados.



10

Quadro 1 – Processos do Banco de Valvas Cardíacas Humanas.

Identificação

numérica do doador

Análise dos

documentos

Recebimento da

amostra sanguínea

Análise das

condições de

transporte

Dissecção do órgão

Descontaminação

dos enxertos

Descelularização

dos enxertos

Liberação dos

enxertos para

transplante

Fonte: Adaptado dos procedimentos internos do Banco de Valvas Cardíacas Humanas

Quadro 2 – Linha cronológica dos processos do Banco de Valvas Cardíacas Humanas.

Subprocessos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 .... 180

Verificação das condições de

transporte

Análise microbiológica da solução

de transporte

Análise do exame físico

Análise doTermo de Consentimento

Análise da história médica e social

do doador

Análise do relatório de captação

Análise do laudo dos exames

sorológicos


de descontaminação

Descontaminação dos enxertos

Análise microbiológica dos enxertos


de descelularização

Etapa 01 - descelularização



Etapa 04 -Análise microbiológica

dos enxertos

Rec

ebim

ento

Pro

cess

am

ento

Identificação numérica do doador

Análise do transporte do

órgão doado

Processos

Descontaminação dos

enxertos

Recebimento da amostra sanguínea

Dissecção do órgão doado

Enxertos liberados para transplantes

Validade dos tecidos

Análise dos documentos

Descelularização dos

enxertos

Tempo em Dias


Figura 5 – Mapeamento de processos: análise dos documentos e recebimento da amostra sanguínea.

Aná

lise

dos

Doc

umen

tos

Rece

bim

ento

da

Am

ostr

a Sa

nguí

nea

Verificar se todos os

documentos foram

recebidos

Todos os

documentos foram

recebidos?

Não

Preenchimento

adequado?

Documento(s)

recebido(s) após

solicitação?

Sim

Solicitar documento(s)

faltante(s)

Inicio

Doador aceito

Não

Verificar se todos os

documentos foram

preenchidos

adequadamente

Verificar se os dados

estão dentro dos

critérios de aceitação

Verificar se a amostra

sanguínea foi

recebida

Amostra recebida?Analisar a qualidade

da amostraAmostra adequada?

Não

NãoSolicitar amostra

sanguinea

Não

Não

Sim

Continuar processoSim

Fim

O documento faltante é o

Laudo do exame sorológico?Encerrar processo

Sim

Sim

Não

Tem amostra sanguínea

armazenada na soroteca?

Amostra sanguínea

recebida após solicitação?

Encaminhar amostra

para o laboratório de

triagem sorológica

Analisar resultados dos

exames sorológicos

Armazenar na

sorotecaFim

As análises das culturas

microbiológicas estão

aceitáveis?

Sim

Não

Solicitar informação(s)

faltante(s)

Informação(s)

recebida(s)?

Não

Sim

NãoSim Sim

Não

Amostra adequada?

Sim

SimNão

1

1

2

2 2

Sim


7. Conclusão

A identificação e a formalização dos processos de análise dos documentos e recebimento da

amostra sanguínea permitiu a detecção de cinco pontos críticos que podem ser analisados a

cada recebimento de coração doado para valvas, tais como: tipos de falhas, número de

ocorrência destas falhas, os envolvidos no processo de triagem e seleção do doador, o tempo

de resposta e o impacto das falhas (atraso na liberação dos tecidos ou interrupção do processo

inviabilizando a disponibilização dos mesmos para transplante).

A partir dos pontos críticos identificados, é de fundamental importância a geração de um do

banco de dados que permita a identificação de erros com objetivo de corrigir estas falhas junto

as CNCDOs, CHIDOTTs, COPOTs e OPOs.

A utilização de ferramentas computacionais como MS Office® Excel e Access permite

gerenciar as informações e são bastante relevantes para o controle de falhas, devido à

facilidade de manipulação, além de apresentar baixo custo.

Espera-se que este estudo venha contribuir com as atividades do Banco de Valvas Cardíacas

Humanas e com todos os envolvidos no processo de triagem e seleção inicial de doadores,

despertando interesse em pesquisas futuras, tanto em relação ao mapeamento de outros tipos

processos como o desenvolvimento de ferramentas para análise dados.



14

REFERÊNCIAS

ANVISA. Relatório avaliação dos dados de produção dos Bancos de Tecidos. Brasília,

DF, 2011-2012.

ANJARD, Ronald P. Process mapping: one of three, new, special quality tools for management, quality and all

other professionals. Microelectron. Reliab, v. 36, n. 2, p. 223-225, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: 2008: Sistemas de gestão da

qualidade – requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei 9.434 de 04 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a

remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e

dá outras providências. Brasília, DF, 1997

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.6000/GM de 21 de outubro de 2009. Aprova o Regulamento

Técnico do Sistema Nacional de Transplantes. Brasília, DF, 2009

ROZA, Bartira de Aguiar, et al. Captação de órgãos para transplante. In: KNOBEL, Elias. Condutas no

paciente grave. São Paulo: Atheneu, 2006.

COSTA, Marise Teresinha Brenner Afonso, et al. Análise das atividades dos oito anos iniciais

do Banco de Valvas Cardíacas Humanas do Hospital de Caridade da Irmandade da Santa Casa

de Misericórdia de Curitiba. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v. 20, n. 4, p.

8-17, 2005.

DAVENPORT, Thomas H. Reengenharia de processos: como inovar na empresa através da Tecnologia da

Informação. Rio de Janeiro: Campus, 1994.

DOMINGUES, Jeferson, et al. Análise de valor e engenharia de valor: estudo de caso em serviços. Revista de

Administração e Contabilidade da Unisinos, São Leopoldo, v. 10, n. 4, p. 373-385, 2013.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

GONÇALVES, J. E. L. As empresas são grandes coleções de processos. Revista de Administração de

Empresas São Paulo, v.40, n.1, p.6-19, jan/mar, 2000.

HARRINGTON, James. Aperfeiçoando processos empresariais. São Paulo: Makron Books, 1993.

JOHANSSON, H. et al. Processos de negócios: Como criar sinergia entre a estratégia de mercado e a

excelência operacional. São Paulo: Pioneira, 1995.

JOHNSTON, R.; CLARK, G. Administração de operações de serviço. São Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas,

1994.

PESTANA, José O. M, et al. O contexto do transplante renal no Brasil e sua disparidade geográfica. Jornal

Brasileiro de Nefrologia, v. 33, n. 4, p. 472-484, 2011.

PINHO, A. F. et al. Combinação entre as técnicas de fluxograma e mapa de processo no mapeamento de

um processo produtivo. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu: 2007. Disponível

em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_ TR570434_9458. pdf>. Acesso em 10. Jan. 2014



15

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

VILLELA, Cristiane da Silva Santos. Mapeamento de processos como ferramenta de reestruturação e

aprendizado organizacional. Florianópolis: UFSC, 2000. 214 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-

Graduação em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

Documents

MAPEAMENTO DE PROCESSOS: ESTUDO EM …...XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10