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MARCIANO DE BRITO
FILOSOFIA ... FILOSOFIA GREGA: DIÁLOGOS DE PLATÃO
(CONHECIMENTO E AMOR)
14/05/2020
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Tema: Filosofia Grega - Diálogos de Platão (Conhecimento e Amor)
Objetivo: Conhecer os Diálogos de Platão que abordam as temáticas"Conhecimento" e "Amor".
Diálogo.
Diálogos de Platão.
Teeteto: Sobre o Conhecimento.
Banquete: Sobre o Amor.
Atividades.
• DIÁLOGO é o processo de busca daverdade através de perguntas erespostas; estabelecendo umarelação.
• Dialogar é uma característica própriae única do ser humano.
• O DIÁLOGO permite o acesso aopensamento do outro.
Diálogo
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• Sócrates não deixou nenhumescrito.
• Platão escreveu diálogos.
• Segundo Platão, o pensamento é odiálogo da alma consigo mesma.Permitindo a passagem da opiniãoà verdade.
Diálogos de Platão
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• A figura central é Sócrates. Ele interroga,argumenta e discute com outros personagens.
• As perguntas de Sócrates obrigam o seuinterlocutor a procurar uma verdade que estepensava já possuir.
• São trinta e cinco diálogos. Exemplos:
1. República – livro I.2. Fédon: Alma3. Banquete: Amor4. Teeteto: Conhecimento, etc.
Diálogos de Platão
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TeetetoSobre o Conhecimento
• Tema: A naturezado conhecimento.
• Nele aparece, talvez pela primeiravez na Filosofia, o confronto entre:
1. Verdade. (Conhecimento)
2. Relativismo. (Opinião)
Teeteto
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• Personagens Principais:
1. Sócrates.2. Teeteto: Matemático.3. Teodoro de Cirene: Professor
de Teeteto.
• Personagens secundários:Terpsião e Euclides
Teeteto
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• Platão procura desmentira afirmação dos sofistas,que afirmavam que ossentidos determinassemo conhecimento.
• Segundo Platão somente épossível chegar aoconhecimento atravésda razão.
• Teeteto de Atenas, propõetrês definições sobreconhecimento que sãorechaçadas por Sócrates:
Teeteto
1. O conhecimento pode ser definido mediante exemplos.
Mundo dos SentidosOpinião
2. O conhecimento não épercepção nem opiniãoverdadeira.
Mundo dos SentidosOpinião
3. Conhecimento não é uma explicação acompanhada de opinião verdadeira.
Opinião
• Sócrates rebate esses argumentos de um ponto devista crítico: apenas questiona o que propõe Teetetoatravés de perguntas, mas não formula um conceitode Conhecimento.
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Trecho de Teeteto
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• Sócrates - Volta, pois, para o começo, Teeteto, e procura explicar o que éconhecimento. Não me digas que não podes; querendo Deus e dando-tecoragem, poderás.
• Teeteto — Realmente, Sócrates, exortando-me como o fazes, fora vergonhosonão esforçar- me para dizer com franqueza o que penso. Parece-me, pois, quequem sabe alguma coisa sente o que sabe. Assim, o que se me afigura nestemomento é que conhecimento não é mais do que sensação.
• Sócrates — Bela e corajosa resposta, menino. É assim que devemos externar opensamento. Porém examinemos juntos se se trata, realmente, de um feto viávelou de simples aparência. Conhecimento, disseste, é sensação?
• Teeteto — Sim.
Sócrates expõe Teeteto à sua própria ignorância.
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• Sócrates — Talvez tua definição de conhecimento tenha algum valor; é a definição deProtágoras; por outras palavras ele dizia a mesma coisa. Afirmava que o homem é a medidade todas as coisas, da existência das que existem e da não existência das que não existem.Decerto já leste isso?
• Teeteto — Sim, mais de uma vez.
• Sócrates — Não quererá ele, então, dizer que as coisas são para mim conforme meaparecem, como serão para ti segundo te aparecerem? Pois eu e tu somos homens.
• Teeteto — É isso, precisamente, o que ele diz.
• Sócrates — Por vezes não acontece, sob a ação do mesmo vento, um de nós sentir frio e ooutro não? Um ao de leve, e o outro intensamente?
• Teeteto — Exato.
Sócrates expõe Teeteto à sua própria ignorância.
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• Sócrates — Nesse caso, como diremos que seja o vento em si mesmo: frio ou não frio? Outeremos de admitir com Protágoras que ele é frio para o que sentiu arrepios e não o é parao outro?
• Teeteto — Parece que sim.
• Sócrates — Não é dessa maneira que ele aparece a um e a outro?
• Teeteto — É.
• Sócrates — Ora, este aparecer não é o mesmo que ser percebido?
• Teeteto — Perfeitamente.
• Sócrates — Logo, aparência e sensação se equivalem com relação ao calor e às coisas domesmo gênero; tal como cada um as sente, é como elas talvez sejam para essa pessoa.
Sócrates expõe Teeteto à própria ignorância.
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BanqueteSobre o Amor.
O Banquete de Platão, representado por Anselm Feuerbach (1873), Alte Nationalgalerie, Berlim
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• Temática: Série de discursos sobrea natureza e as qualidades doamor (Eros).
• Eros: deus da paixão, do amorverdadeiro e do erotismo. Suaprincipal função era unir aspessoas por meio de suas flechasmágicas. Na mitologia romana eleé chamado de cupido.
Banquete
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• Trata-se de uma pequena festa na casa de Agatão,poeta trágico ateniense.
• Sócrates é o mais importante dentre os homenspresentes.
• Outros convidados:
1. Aristodemo (amigo e discípulo de Sócrates)2. Fedro (Retórico)3. Pausânias.4. Erixamaque (Médico)5. Aristófanes (comediante que ridicularizava Sócrates)6. Alcibíades (Político)
Banquete
• Durante a festa, Pausânias propõe que, em lugarde beber, os convidados fizesse algo "diferente".A proposta de Pausânias é aceita por todos.
• Erixímaco sugere que fossem feitos elogios aEros (Amor).
• Sócrates intervém, ponderando que, antes defalar sobre o bem que o amor causa e seusfrutos, deveriam tratar de definir o que é oamor.
• Discursam sem sequência: Pausânias, Erixímaco,Aristófanes e Agatão.
Banquete
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• Sócrates inicia seu discurso falando que, sendo oAmor, amor de algo, esse algo é por elecertamente desejado.
• Porém, este objeto do amor só pode ser desejadoquando lhe falta e não quando o possui; poisninguém deseja aquilo de que não precisa mais.
• O que deseja, deseja aquilo de que é carente.
• Ama-se apenas aquilo que não se tem. E sealguém ama a si mesmo, ama o que não é.
• O objeto do amor sempre está ausente, massempre é solicitado.
Banquete
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Trecho do Banquete
• Sócrates - Realmente, caro Agatão, bem me pareceste iniciar teu discurso, quando dizias que primeiro sedevia mostrar o próprio Amor, qual a sua natureza, e depois as suas obras. Esse começo, muito o admiro.Vamos então, a respeito do Amor, já que em geral explicaste bem e magnificamente qual é a sua natureza,dize-me também o seguinte: é de tal natureza o Amor que é amor de algo ou de nada? Estou perguntando,não se é de uma mãe ou de um pai - pois ridícula seria essa pergunta, se Amor é amor de um pai ou ele umamãe - mas é como se, a respeito disso mesmo, de “pai”, eu perguntasse: “Porventura o pai é pai de algo ounão? Ter-me-ias sem dúvida respondido, se me quisesses dar uma bela resposta, que de um filho ou de umafilha que o pai é pai ou não?”
• Agatão- Exatamente.
• Sócrates - E também a mãe não é assim?
• Agatão – Também.
• Sócrates - Responde-me ainda, mais um pouco, a fim de melhor compreenderes o que quero. Se eu teperguntasse: “E irmão, enquanto é justamente isso mesmo que é, é irmão de algo ou não?”
• Agatão - É, sim.
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• Sócrates - De um irmão ou ele uma irmã, não é?
• Agatão Concordou.
• Sócrates- Tenta então, também a respeito do Amor dizer-me: o Amor é amor de nada ou de algo?
• Agatão - De algo, sim.
• Sócrates- Isso então, guarda contigo, lembrando-te de que é que ele é amor; agora dize-meapenas o seguinte: Será que o Amor, aquilo de que é amor, ele o deseja ou não?
• Agatão – Perfeitamente.
• Sócrates - E é quando tem isso mesmo que deseja e ama que ele então deseja e ama, ou quandonão tem?
• Agatão - Quando não tem, como é bem provável.21
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1. Qual é a figura central dos Diálogos de Platão? (Marque aalternativa correta).
A. ( ) Platão.B. ( ) Teeteto.C. ( ) Aristóteles.D.( ) Sócrates.E. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
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2. Qual é a temática do Diálogo de Platão “Teeteto” ? (Marque aalternativa correta).
A. ( ) Conhecimento.B. ( ) Amor.C. ( ) Alma.D.( ) Virtude.E. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
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3. Qual é a temática do Diálogo de Platão “Banquete” ? (Marque a alternativacorreta).
A. ( ) Conhecimento.B. ( ) Amor.C. ( ) Alma.D. ( ) Sabedoria.E. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
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1. Quais são os personagens principais do Diálogo Platônico Teeteto? (Marque a alternativa correta).
A. ( ) Platão, Teeteto e Teodoro de Cirene.B. ( ) Sócrates, Teeteto e Teodoro de Cirene.C. ( ) Sócrates, Aristóteles e Teodoro de Cirene.D.( ) Sócrates, Teeteto e Agatão.E. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
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Tema: Filosofia Grega -Diálogos de Platão (Repúblicae Imortalidade da Alma)
Objetivo: Conhecer osDiálogos de Platão "República"e "A Imortalidade da Alma".