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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 PAULO JOSÉ Acompanhado de auxiliares e parlamentares goianos, o governador Marconi Perillo reuniu- se na última quinta-feira (16) com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, em Brasília. O governador apresentou duas reivindicações ao presidente da Caixa: recursos para a construção de novas unidades habitacionais no Estado e financiamento para projetos de energia solar. O projeto do governador é construir 30 mil casas em Goiás nos próximos dois anos. Página 6 Marconi busca parceria para construir 30 mil casas em Goiás Estudantes superam o medo de falar em público Os portadores de Down e uma nova realidade Em artigo, o jornalista Frederico Ribeiro comenta a “ditadura do politicamente correto” em face ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março. Ele observa que, por mais que certas “patrulhas” da correção política incomodem, elas nos ajudam a evoluir. Página 6 Reforma da Previdência é debatida em Goiânia O deputado federal Daniel Vilela (PMDB), presidente da Comissão Especial da Reforma Trabalhista, debateu com sindicalistas o projeto de flexibilização da CLT durante evento promovido na CUT-GO. Página 3 Timidez, medo e vergonha de falar em público são alguns dos empecilhos para quem vai apresentar um trabalho escolar ou fazer entrevista de emprego. Para ajudar o estudante a vencer essa barreira, a professora Neusa Rosa, da Escola Estadual José Lobo, do Setor Rodoviário, em Goiânia, tem realizado um trabalho de mostra literária com os estudantes das turmas do terceiro ano do ensino médio por meio de apresentações no pátio da escola. ANO 30 - Nº 1.572 GO I Â NIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017 Páginas 4 e 5 ENTREVISTA/FRANCISCO OLIVEIRA Interlocutor do Governo estadual na Assembleia Legislativa, o deputado Francisco Oliveira afirma que não há desagregação da base de apoio ao Governo estadual. Ele diz que, até que se prove o contrário, todos os partidos [aliados da eleição de 2014] são da base aliada. “E vamos lutar para que essa base se mantenha”, destaca. O deputado fala ainda como o governo está se preparando e quais armas utilizará para neutralizar a oposição na campanha de 2018. “A eleição em Goiás será polarizada”, sentencia. “A base aliada tem que dialogar até os 45 minutos do segundo tempo” MTST e Igreja brigam na justiça por área pública ocupada Uma área no Conjunto Vera Cruz II, em Goiânia, se tornou ponto de tensão social depois que integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) levantaram acampamento, no final de 2016, após autorização da prefeitura. Porém, um antigo morador da área alega que todo o terreno é propriedade sua. Enquanto isso, famílias aguardam uma decisão para construir casas no local. Página 7

Marconi busca parceria para construir 30 mil casas em Goiástribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/03/19-03-2017_tribuna.pdf · Marconi busca parceria para construir 30

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

PAU

LO J

OSÉ

Acompanhado de auxiliares eparlamentares goianos, ogovernador Marconi Perillo reuniu-se na última quinta-feira (16) com

o presidente da Caixa EconômicaFederal, Gilberto Occhi, emBrasília. O governador apresentouduas reivindicações ao presidente

da Caixa: recursos para aconstrução de novas unidadeshabitacionais no Estado efinanciamento para projetos de

energia solar. O projeto dogovernador é construir 30 milcasas em Goiás nos próximos doisanos. Página 6

Marconi busca parceria paraconstruir 30 mil casas em Goiás

Estudantes superam o medo de falar em público

Os portadoresde Down e uma novarealidadeEm artigo, o jornalista FredericoRibeiro comenta a “ditadura dopoliticamente correto” em face aoDia Internacional da Síndromede Down, celebrado em 21 demarço. Ele observa que, por maisque certas “patrulhas” dacorreção política incomodem, elasnos ajudam a evoluir. Página 6

Reforma daPrevidênciaé debatidaem GoiâniaO deputado federal Daniel Vilela(PMDB), presidente da ComissãoEspecial da Reforma Trabalhista,debateu com sindicalistas oprojeto de flexibilização da CLTdurante evento promovido naCUT-GO. Página 3

Timidez, medo e vergonha de falarem público são alguns dosempecilhos para quem vaiapresentar um trabalho escolar oufazer entrevista de emprego. Paraajudar o estudante a vencer essabarreira, a professora Neusa Rosa,da Escola Estadual José Lobo, doSetor Rodoviário, em Goiânia,tem realizado um trabalho demostra literária com os estudantesdas turmas do terceiro ano doensino médio por meio deapresentações no pátio da escola.

ANO 30 - Nº 1.572 GO I Â NIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

Páginas 4 e 5

ENTREVISTA/FRANCISCO OLIVEIRA

Interlocutor do Governo estadual na Assembleia Legislativa, o deputado Francisco Oliveiraafirma que não há desagregação da base de apoio ao Governo estadual. Ele diz que, atéque se prove o contrário, todos os partidos [aliados da eleição de 2014] são da base aliada.“E vamos lutar para que essa base se mantenha”, destaca. O deputado fala ainda como ogoverno está se preparando e quais armas utilizará para neutralizar a oposição nacampanha de 2018. “A eleição em Goiás será polarizada”, sentencia.

“A base aliada tem quedialogar até os 45 minutosdo segundo tempo”

MTST e Igreja brigam na justiça por área pública ocupadaUma área no Conjunto Vera Cruz II, em Goiânia, se tornou ponto de tensão social depois que integrantes do Movimento dos TrabalhadoresSem Teto (MTST) levantaram acampamento, no final de 2016, após autorização da prefeitura. Porém, um antigo morador da área alega quetodo o terreno é propriedade sua. Enquanto isso, famílias aguardam uma decisão para construir casas no local. Página 7

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORFOTO: TOMAZ SILVA / AGÊNCIA BRASIL

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

De repente, nos deparamos com: um cansaço quenão passa depois de uma noite de sono, com alteraçõesno humor que variam entre uma tristeza profunda, irri-tação, agitação e atitudes que usualmente não fazemparte da pessoa. Entre outros sintomas, há uma falta desentido na vida. É a Síndrome de Burnout, ou Síndromedo Esgotamento Profissional e que confunde-se comuma diversidade de quadros emocionais. Burn querdizer queima e out exterior. Podemos fazer a correlaçãocom um pavio que se queima até esgotar completa-mente. Resultado de acúmulo de tarefas, excesso de cobran-

ças e de atividades, uma boa dose de perfeccionismo ea falta de outras atividades que gerem prazer, o estresseno ambiente profissional é uma realidade presente emquase todas as profissões e mercados.Duas situações são observadas nas pessoas que pas-

sam por isso: o absenteísmo, ou seja, a ausência no tra-balho para realização de tratamento médico, exames,psicoterapia, entre outros; e o presenteísmo, ou seja, apessoa que está no trabalho, mas com uma reduçãodrástica em sua produtividade e numa situação de“mente distante” da realidade onde está.Estudos realizados pela Universidade de São Paulo,

no Instituto de Psiquiatria, revelaram que contribuempara o quadro de esgotamento: a necessidade de con-trole das situações, a falta de paciência e a dificuldadepara tolerar frustrações ou delegar tarefas, e o trabalhoem grupo. Sentimento de injustiça, falta de participaçãonas decisões e de apoio, e conflitos com colegas podemagravar o quadro. Rever as situações profissionais e como elas são en-

caradas, é um passo bastante importante. Todavia, odiagnóstico deve ser feito por um médico, com a avalia-ção do estilo de vida da pessoa, de sua profissão e daforma como ela lida com suas emoções. Os sintomas característicos desse problema estão re-

lacionados ao cansaço, aos distúrbios do sono, às doresna musculatura e também de cabeça, à alteração doapetite, à dificuldade para iniciar uma atividade e às al-terações constantes no humor. A produtividade de umapessoa que passa por essa situação cai de forma percep-tível. Há ainda a tendência ao isolamento social.As alterações hormonais provocadas pela irritação,

podem produzir efeitos em todo nosso organismo,desde a pressão arterial, diabetes, doenças do coração,

dentre outras. Ou seja, trata-se deum quadro que requer observação,pois pode comprometer muito o bem-estar.É comum associar esse quadro à depressão, por isso

o diagnóstico é essencial, para reconhecer o que, de fato,está acontecendo com a pessoa. Nem sempre, por exem-plo, as férias poderão aliviar tal quadro, pois a melhoravirá de mudanças em todo contexto profissional. E como evitar esse esgotamento? • Tenha outras fontes de satisfação além do traba-

lho: descubra gostos, hábitos, animais de estimação, umencontro com amigos, sair (para um lugar que não sejaum shopping, por exemplo, onde os estímulos são ex-cessivos e a pressão por compras é grande).• Avalie como tem conduzido seu dia de trabalho:

O que lhe atrai no emprego atual? Vê possibilidade demudança? Se pensa em mudar de empresa, organizeesta transição, preparando seu currículo e avaliando aspossibilidades.• Como é sua visão sobre as situações? Por vezes,

valorizamos apenas os aspectos negativos de uma si-tuação. Treine também a visão sobre o que você tem vi-vido de bom.• Tenha regularidade nos horários: alimentação,

sono, trabalho, lazer. A falta de rotina para necessidadesbásicas faz com que nosso corpo entre em crise. Revejasua rotina diária.É muito importante observar os sinais do seu corpo,

e, sempre que possível, receber orientação médica parasintomas que podem estar associados a problemas car-diológicos, endocrinológicos entre outros.• Atividade física, por mais simples que seja, auxilia

muito a combater os estados de cansaço, auxiliam nometabolismo e na circulação.• Conte com amigos, com a família, com a prática

de espiritualidade, pois todos esses apoios são essen-ciais.Nossa saúde emocional e física é essencial para que

nossa atividade profissional e demais áreas da vida pos-sam ser realizadas com sucesso. Portanto, rever nossoshábitos, nossa forma de conduzir a vida e nossos rela-cionamentos é essencial para uma vida saudável.

* Elaine Ribeiro é psicóloga clínica e organizacional daFundação João Paulo II / Canção Nova (www.elaineribeirop-sicologia.com.br - Twitter: @elaineribeirosp)

GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

X

A economia começaa dar sinais positivosPela primeira vez em 22 meses, o país registrou em fevereiro a abertura

de postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, as contrataçõessuperaram as demissões em 35.612 vagas. A boa notícia foi dada na quinta-feira passada, dia 16, pelo presidente Michel Temer e pelo ministro do Traba-lho, Ronaldo Nogueira.Os números têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desem-

pregados (Caged). A criação das 35.612 vagas de emprego é resultado de1.250.831 admissões e de 1.215.219 demissões em fevereiro. No acumuladodo primeiro bimestre de 2017, porém, o país registra fechamento de 5.475 pos-tos de trabalho.Temer disse que os dados do emprego são “boas novas” e um sinal da re-

tomada do crescimento da economia brasileira. Segundo o presidente, essessinais são “a cada dia, mais claros”.Ao convocar a imprensa para comentar dados positivos da economia bra-

sileira, Temer disse também que pode “garantir” que a inflação fechará esteano abaixo do centro da meta de 4,5% ao ano.Em uma rara iniciativa, o próprio presidente anunciou os dados de em-

prego, durante uma fala no Palácio do Planalto. Nos últimos meses, a divul-gação vinha sendo feita pelo ministério apenas via nota em sua página nainternet.De acordo com o presidente, o “otimismo deve guiar” os passos do go-

verno e da economia. “Mais que nunca, eu verifico interesse de investimentosestrangeiros no nosso país”, disse ele, citando as reformas e medidas de ajusteque o Planalto vem implementando ao longo dos últimos meses.O presidente destacou ainda a mudança da perspectiva da economia bra-

sileira feita na semana passada pela Agência Moody's. De acordo com Temer,a “queda substancial, em pouquíssimo tempo”, dos pontos negativos, depoisque o país perdeu o grau de investimento em fevereiro do ano passado, sina-liza que o país poderá retomá-lo. “Ao longo do tempo é muito provável quese atinja uma pontuação que nos faça retomar o grau de investimento.”Temer também lembrou o leilão de quatro aeroportos brasileiros, realizado

hoje em São Paulo, que atingiu o valor de R$ 3,72 bilhões, considerando quefoi um “grande sucesso”.Ele ressaltou que outras medidas, como a queda dos juros e a injeção na

economia de bilhões de reais com a liberação de saque de contas inativas doFundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), vão contribuir para a rea-tivação da economia.Ainda não é possível afirmar que o país saiu de vez da recessão, mas a ge-

ração de empregos é um forte indicativo que a equipe econômica está no ca-minho certo.

O Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência (quarta, 15) levou milhares de trabalhadoresàs ruas por todo o país. Em Goiânia (foto), mais de 12 mil pessoas participaram da mobilização

Jorge Antônio Monteiro de Lima

Do encantamento

A síndrome do esgotamento profissional

Era criança quando ouvi pela primeira vez uma mu-lher cantando a “Dama da noite”, de Mozart. Nãosabia bem o que era aquilo, mas sentia que era mágico.A construção da melodia, o jogo das notas, o ar lúdico,era belo e instigante, e ali me vi preso à música. Nãosabia quem era, o que cantava, se tinha boas ou másintenções. Nada disto importava. Era uma criançarefém pra sempre da melodia de Mozart. Dias atrás conversava com um colega sobre a pro-

blemática do encantamento. A drástica mudança quevivemos nas duas últimas décadas com a perda do fas-cínio. Tudo é tão pronto, plastificado, cópia, mesmiceque a magia do encantamento se esvaiu. Do cinema aoteatro, da música às artes plásticas, dos negócios à po-lítica, da amizade ao enamoramento. Onde foi que me-teram o fascínio, a sedução, o charme, a beleza, aeducação? Boa parte da solidão que muitas pessoas reclamam

tem início na perda da capacidade de encantar, de semostrar interessante, de oferecer ao mundo algo além.Hoje no cenário dos discursos prontos em que mulhe-res dizem que homens têm medo de mulheres indepen-dentes, e que homens reclamam da superficialidade ematerialismo feminino, neste cenário de falta de per-cepção coletiva para relacionamentos, poucas pessoasse atentam que se tornaram desinteressantes qual umproduto vencido em prateleira de loja. Sem novidade esem conteúdo. Graça mesmo em quê? Lembro que há 20 anos a chamada miss universo

tinha como crivo de seleção a simpatia. Era vital a mu-lher que queria destaque o mínimo de refinamento,educação, cordialidade. Hoje assistindo a televisão vejopessoas de mídia, atores, modelos, jornalistas, pessoasembrutecidas, duras, sem delicadeza. Talvez com belaestampa, mas sem brilho, sem fogo, sem graça. Não

é a toa que tem de fazer um alto in-vestimento em divulgação e marke-ting pra poder ter evidência. Dias atrás assistia a um pro-

grama musical com novos artistas.E da mesma forma a problemática estava lá. Falta totalde carisma dos cantores e da futura promessa dosnovos talentos. Fez feio tal qual a abertura da copa domundo de 2014.Hoje em lojas sinto isto. Raros vendedores vendem,

ou tentam me encantar pra adquirir um produto. Ven-dedores que ganham comissão, e lojas que contratamvendedores pra ter algum faturamento. Quantas vezesnão tenho de implorar pra ter o mínimo de atenção. Várias vezes questiono as pessoas que vivem uma

crise afetiva, em minha prática profissional como ana-lista e psicólogo clínico: “o que você tem de bom praoferecer às pessoas? O que você tem exigido equivaleao que você oferece?”.

Muitos casamentos e crises afetivas têm inícionisto. Na balança descompensada. Balança que nãotem como crivo o encantamento que deve ser intermi-tente. Relacionamento sadio impõe a conquista cons-tante, e não existe conquista sem encantamento. Lamentavelmente, nos dias de hoje, as pessoas

acham que encantam pela marca de celular, pelobrinco, pela prótese de silicone, pela marca do carro.Normalmente são estas mesmas pessoas que mais têmcrise afetiva, relacionamentos sem duração, instabili-dade emocional. São ainda as que mais se queixam desolidão ou que ninguém as leva a sério. Por que será?

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pesquisadorem saúde mental, escritor, cronista e músico.

Elaine Ribeiro

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra (interina)

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

2

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORFOTO: TOMAZ SILVA / AGÊNCIA BRASIL

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

De repente, nos deparamos com: um cansaço quenão passa depois de uma noite de sono, com alteraçõesno humor que variam entre uma tristeza profunda, irri-tação, agitação e atitudes que usualmente não fazemparte da pessoa. Entre outros sintomas, há uma falta desentido na vida. É a Síndrome de Burnout, ou Síndromedo Esgotamento Profissional e que confunde-se comuma diversidade de quadros emocionais. Burn querdizer queima e out exterior. Podemos fazer a correlaçãocom um pavio que se queima até esgotar completa-mente. Resultado de acúmulo de tarefas, excesso de cobran-

ças e de atividades, uma boa dose de perfeccionismo ea falta de outras atividades que gerem prazer, o estresseno ambiente profissional é uma realidade presente emquase todas as profissões e mercados.Duas situações são observadas nas pessoas que pas-

sam por isso: o absenteísmo, ou seja, a ausência no tra-balho para realização de tratamento médico, exames,psicoterapia, entre outros; e o presenteísmo, ou seja, apessoa que está no trabalho, mas com uma reduçãodrástica em sua produtividade e numa situação de“mente distante” da realidade onde está.Estudos realizados pela Universidade de São Paulo,

no Instituto de Psiquiatria, revelaram que contribuempara o quadro de esgotamento: a necessidade de con-trole das situações, a falta de paciência e a dificuldadepara tolerar frustrações ou delegar tarefas, e o trabalhoem grupo. Sentimento de injustiça, falta de participaçãonas decisões e de apoio, e conflitos com colegas podemagravar o quadro. Rever as situações profissionais e como elas são en-

caradas, é um passo bastante importante. Todavia, odiagnóstico deve ser feito por um médico, com a avalia-ção do estilo de vida da pessoa, de sua profissão e daforma como ela lida com suas emoções. Os sintomas característicos desse problema estão re-

lacionados ao cansaço, aos distúrbios do sono, às doresna musculatura e também de cabeça, à alteração doapetite, à dificuldade para iniciar uma atividade e às al-terações constantes no humor. A produtividade de umapessoa que passa por essa situação cai de forma percep-tível. Há ainda a tendência ao isolamento social.As alterações hormonais provocadas pela irritação,

podem produzir efeitos em todo nosso organismo,desde a pressão arterial, diabetes, doenças do coração,

dentre outras. Ou seja, trata-se deum quadro que requer observação,pois pode comprometer muito o bem-estar.É comum associar esse quadro à depressão, por isso

o diagnóstico é essencial, para reconhecer o que, de fato,está acontecendo com a pessoa. Nem sempre, por exem-plo, as férias poderão aliviar tal quadro, pois a melhoravirá de mudanças em todo contexto profissional. E como evitar esse esgotamento? • Tenha outras fontes de satisfação além do traba-

lho: descubra gostos, hábitos, animais de estimação, umencontro com amigos, sair (para um lugar que não sejaum shopping, por exemplo, onde os estímulos são ex-cessivos e a pressão por compras é grande).• Avalie como tem conduzido seu dia de trabalho:

O que lhe atrai no emprego atual? Vê possibilidade demudança? Se pensa em mudar de empresa, organizeesta transição, preparando seu currículo e avaliando aspossibilidades.• Como é sua visão sobre as situações? Por vezes,

valorizamos apenas os aspectos negativos de uma si-tuação. Treine também a visão sobre o que você tem vi-vido de bom.• Tenha regularidade nos horários: alimentação,

sono, trabalho, lazer. A falta de rotina para necessidadesbásicas faz com que nosso corpo entre em crise. Revejasua rotina diária.É muito importante observar os sinais do seu corpo,

e, sempre que possível, receber orientação médica parasintomas que podem estar associados a problemas car-diológicos, endocrinológicos entre outros.• Atividade física, por mais simples que seja, auxilia

muito a combater os estados de cansaço, auxiliam nometabolismo e na circulação.• Conte com amigos, com a família, com a prática

de espiritualidade, pois todos esses apoios são essen-ciais.Nossa saúde emocional e física é essencial para que

nossa atividade profissional e demais áreas da vida pos-sam ser realizadas com sucesso. Portanto, rever nossoshábitos, nossa forma de conduzir a vida e nossos rela-cionamentos é essencial para uma vida saudável.

* Elaine Ribeiro é psicóloga clínica e organizacional daFundação João Paulo II / Canção Nova (www.elaineribeirop-sicologia.com.br - Twitter: @elaineribeirosp)

GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

X

A economia começaa dar sinais positivosPela primeira vez em 22 meses, o país registrou em fevereiro a abertura

de postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, as contrataçõessuperaram as demissões em 35.612 vagas. A boa notícia foi dada na quinta-feira passada, dia 16, pelo presidente Michel Temer e pelo ministro do Traba-lho, Ronaldo Nogueira.Os números têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desem-

pregados (Caged). A criação das 35.612 vagas de emprego é resultado de1.250.831 admissões e de 1.215.219 demissões em fevereiro. No acumuladodo primeiro bimestre de 2017, porém, o país registra fechamento de 5.475 pos-tos de trabalho.Temer disse que os dados do emprego são “boas novas” e um sinal da re-

tomada do crescimento da economia brasileira. Segundo o presidente, essessinais são “a cada dia, mais claros”.Ao convocar a imprensa para comentar dados positivos da economia bra-

sileira, Temer disse também que pode “garantir” que a inflação fechará esteano abaixo do centro da meta de 4,5% ao ano.Em uma rara iniciativa, o próprio presidente anunciou os dados de em-

prego, durante uma fala no Palácio do Planalto. Nos últimos meses, a divul-gação vinha sendo feita pelo ministério apenas via nota em sua página nainternet.De acordo com o presidente, o “otimismo deve guiar” os passos do go-

verno e da economia. “Mais que nunca, eu verifico interesse de investimentosestrangeiros no nosso país”, disse ele, citando as reformas e medidas de ajusteque o Planalto vem implementando ao longo dos últimos meses.O presidente destacou ainda a mudança da perspectiva da economia bra-

sileira feita na semana passada pela Agência Moody's. De acordo com Temer,a “queda substancial, em pouquíssimo tempo”, dos pontos negativos, depoisque o país perdeu o grau de investimento em fevereiro do ano passado, sina-liza que o país poderá retomá-lo. “Ao longo do tempo é muito provável quese atinja uma pontuação que nos faça retomar o grau de investimento.”Temer também lembrou o leilão de quatro aeroportos brasileiros, realizado

hoje em São Paulo, que atingiu o valor de R$ 3,72 bilhões, considerando quefoi um “grande sucesso”.Ele ressaltou que outras medidas, como a queda dos juros e a injeção na

economia de bilhões de reais com a liberação de saque de contas inativas doFundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), vão contribuir para a rea-tivação da economia.Ainda não é possível afirmar que o país saiu de vez da recessão, mas a ge-

ração de empregos é um forte indicativo que a equipe econômica está no ca-minho certo.

O Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência (quarta, 15) levou milhares de trabalhadoresàs ruas por todo o país. Em Goiânia (foto), mais de 12 mil pessoas participaram da mobilização

Jorge Antônio Monteiro de Lima

Do encantamento

A síndrome do esgotamento profissional

Era criança quando ouvi pela primeira vez uma mu-lher cantando a “Dama da noite”, de Mozart. Nãosabia bem o que era aquilo, mas sentia que era mágico.A construção da melodia, o jogo das notas, o ar lúdico,era belo e instigante, e ali me vi preso à música. Nãosabia quem era, o que cantava, se tinha boas ou másintenções. Nada disto importava. Era uma criançarefém pra sempre da melodia de Mozart. Dias atrás conversava com um colega sobre a pro-

blemática do encantamento. A drástica mudança quevivemos nas duas últimas décadas com a perda do fas-cínio. Tudo é tão pronto, plastificado, cópia, mesmiceque a magia do encantamento se esvaiu. Do cinema aoteatro, da música às artes plásticas, dos negócios à po-lítica, da amizade ao enamoramento. Onde foi que me-teram o fascínio, a sedução, o charme, a beleza, aeducação? Boa parte da solidão que muitas pessoas reclamam

tem início na perda da capacidade de encantar, de semostrar interessante, de oferecer ao mundo algo além.Hoje no cenário dos discursos prontos em que mulhe-res dizem que homens têm medo de mulheres indepen-dentes, e que homens reclamam da superficialidade ematerialismo feminino, neste cenário de falta de per-cepção coletiva para relacionamentos, poucas pessoasse atentam que se tornaram desinteressantes qual umproduto vencido em prateleira de loja. Sem novidade esem conteúdo. Graça mesmo em quê? Lembro que há 20 anos a chamada miss universo

tinha como crivo de seleção a simpatia. Era vital a mu-lher que queria destaque o mínimo de refinamento,educação, cordialidade. Hoje assistindo a televisão vejopessoas de mídia, atores, modelos, jornalistas, pessoasembrutecidas, duras, sem delicadeza. Talvez com belaestampa, mas sem brilho, sem fogo, sem graça. Não

é a toa que tem de fazer um alto in-vestimento em divulgação e marke-ting pra poder ter evidência. Dias atrás assistia a um pro-

grama musical com novos artistas.E da mesma forma a problemática estava lá. Falta totalde carisma dos cantores e da futura promessa dosnovos talentos. Fez feio tal qual a abertura da copa domundo de 2014.Hoje em lojas sinto isto. Raros vendedores vendem,

ou tentam me encantar pra adquirir um produto. Ven-dedores que ganham comissão, e lojas que contratamvendedores pra ter algum faturamento. Quantas vezesnão tenho de implorar pra ter o mínimo de atenção. Várias vezes questiono as pessoas que vivem uma

crise afetiva, em minha prática profissional como ana-lista e psicólogo clínico: “o que você tem de bom praoferecer às pessoas? O que você tem exigido equivaleao que você oferece?”.

Muitos casamentos e crises afetivas têm inícionisto. Na balança descompensada. Balança que nãotem como crivo o encantamento que deve ser intermi-tente. Relacionamento sadio impõe a conquista cons-tante, e não existe conquista sem encantamento. Lamentavelmente, nos dias de hoje, as pessoas

acham que encantam pela marca de celular, pelobrinco, pela prótese de silicone, pela marca do carro.Normalmente são estas mesmas pessoas que mais têmcrise afetiva, relacionamentos sem duração, instabili-dade emocional. São ainda as que mais se queixam desolidão ou que ninguém as leva a sério. Por que será?

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pesquisadorem saúde mental, escritor, cronista e músico.

Elaine Ribeiro

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra (interina)

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETADobradinha

O deputado Marlúcio Pereira (PSB) e oempresário professor Alcides (PSDB) vão fa-zer dobradinha na campanha para Assem-bleia/Câmara em 2018. Os dois políticos têmdomicílio eleitoral em Aparecida de Goiâniae disputaram a cadeira do executivo na últimaeleição na cidade.

ApoioOs dois são da base do governo estadual

e vão unir força para ajudar no projeto de Jo-sé Eliton, nome do PSDB para suceder Mar-coni Perillo. A união entre Marlúcio e profes-sor Alcides já havia sido ensaiada há poucotempo, mas só foi sacramentada agora.

RivaisNa última eleição municipal de Aparecida

de Goiânia, os dois foram apoiados pelo go-vernador Marconi Perillo. Apesar de o PSDBter lançando candidatura própria, a relaçãoentre Marlúcio e Marconi nunca sofreu des-gastes que a ameaçasse. Juntos, Marlúcio eAlcides somaram cerca de 81 mil votos em2016.

Férias fracionadasSe depender do Senado Federal, o trabalha-

dor brasileiro poderá fracionar suas férias. Pro-jeto nesse sentido, relatado e com parecer favo-rável do senador Wilder Morais (PP), está napauta da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).A proposta acrescenta um artigo ao Código deLeis Trabalhistas.

Wilder MoraisA proposta regulamenta o fracionamento

das férias, abrindo a possibilidade negociaçãocoletiva em outras hipóteses não previstas na le-gislação. O texto da CLT em vigor proíbe o par-celamento de férias dos empregados menores de18 anos e maiores de 50 anos de idade.

Maternidade do IrisA Comissão de Saúde e Assistência Social

da Câmara Municipal de Goiânia visitou na úl-tima semana a Maternidade Dona Iris, localiza-da na Vila Redenção. A unidade está com suasatividades paralisadas por não receber repassesdesde o mês setembro. A manutenção mensalgira em torno de R$ 4 milhões.

RecursosA Comissão presidida pelo vereador Paulo

Daher (DEM) reuniu nove vereadores que pro-puseram uma reunião com o prefeito Iris Rezen-de (PMDB) e com parlamentares goianos noCongresso Nacional. A iniciativa visa conseguirrecursos para a unidade junto aos poderes Exe-cutivo e Legislativo.

RÁPIDASO Cadastro Geral de Empregados e Desem-

pregados (Caged) constatou sinais de recupera-ção da economia goiana.

...O destaque em fevereiro foi o setor de servi-

ços, com 3.118 vagas criadas. Em segundo lugara agropecuária, com 2.763.

A primeira sentença do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva na Justiça Federal de Curi-tiba deve sair até o meio do ano.

...“Seja para condenar ou absolver”, foi o que

disse o coordenador da Lava Jato, Deltan Dal-lagnol, ao jornalista Ricardo Boechat.

Vecci pede mudanças naReforma da Previdência

O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB) apresentou na última semana uma emenda aotexto original da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da Reforma da Pre-vidência. O parlamentar, que também é titular da Comissão Especial que analisa o estágio atualda proposta, pede que sejam alterados os pontos que discorrem sobre as regras de transição.Para o goiano, o texto original é severo e traz prejuízos ao trabalhador. A proposta patenteadapelo tucano sugere que seja levado em conta não somentea idade mas também o tempo de contribuição acumu-lado, de maneira proporcional à participação do se-gurado para o custeio do sistema. Na proposta ori-ginal, o governo propõe que homens a partir de50 anos e mulheres com 45 anos ou mais serãoenquadrados em normas mais suaves, mas comtempo adicional para requerer o benefício. Es-ses trabalhadores teriam que contribuir com50% do total do tempo que resta para se apo-sentar. A emenda de Vecci pede ainda maiorflexibilização da proposta nos artigos que tra-tam dos trabalhadores rurais e dos professores.

Reforma Trabalhista é debatida em Goiânia

Presidente da ComissãoEspecial da Reforma Traba-lhista, o deputado federal Da-niel Vilela (PMDB-GO) veiona última semana a Goiâniapara debater a reforma traba-lhista que tramita no Con-gresso Nacional. O encontroocorreu na sede da CentralÚnica dos Trabalhadores deGoiás (CUT-GO), um dia an-tes da grande mobilização na-cional que levou milhares detrabalhadores às ruas brasilei-ras em protesto contra outraproposta do governo MichelTemer, a Reforma da Previ-dência.Durante o encontro com

representantes de dezenas desindicatos ligados a áreas co-mo educação, saúde, limpezaurbana e serviço público, alémde representantes do Ministé-rio Público do Trabalho no

Estado de Goiás, Daniel Vi-lela pode dialogar com o mo-vimento sindical e conhecer asreivindicações da classe traba-lhadora. O presidente da Co-missão Especial da ReformaTrabalhista ouviu as conside-rações e fez exposição sobre oprojeto que visa atualizar a le-gislação trabalhista.O encontro foi comandado

pelo presidente da CUT, o ex-deputado estadual MauroRubem, que destacou a im-portância da união do movi-mento sindical para debater epropor encaminhamentos pa-

ra as questões de interessesdos trabalhadores relativos àsreforma trabalhista e previ-denciária. O presidente daCUT afirmou ainda que osprojetos de lei trazem altera-ções significativas para o con-junto da sociedade e não so-mente para a classe trabalha-dora.Daniel Vilela classificou o

debate na CUT como “pro-veitoso” e disse que levaráconsiderações dos participan-tes ao relator da comissão,deputado Rogério Marinho(PSDB-RN)”. O parlamentar

convidou os dirigentes sindi-cais a participarem de audiên-cia pública que deve ser reali-zada no próximo dia 27, naOrdem dos Advogados doBrasil - Seção Goiás (OAB-GO): “A pluralidade de ideiasé importante, em especialquando é nítida a necessidadede mudanças e todos estãodispostos a buscar um con-senso.”O deputado goiano é a fa-

vor da reforma porque, se-gundo ele, as leis trabalhistasprecisam ser modernizadas.Daniel Vilela destacou no en-

contro que os ajustes vão con-templar as novas configura-ções do mercado de trabalho.“Reformar é necessário por-que as configurações do mer-cado de trabalho mudarammuito nos últimos anos com aevolução tecnológica”, enfati-zou o deputado.Apesar dos argumentos do

parlamentar, os representesdo sindicatos fizeram críticasà reforma. “O que estamosvendo é o fim dos sindicatos”,afirmou Mauro Rubem. A procuradora-chefe do

Trabalho em Goiás, Janilda

Lima, teceu várias observa-ções sobre pontos específicosdo projeto.“No caso da eleição do re-

presentante, quem vai chamaressa eleição?”, questionou,ponderando que cabe ao sin-dicato e não à empresa essaprerrogativa. Segundo ela, oprojeto não é claro neste enoutros pontos. O parlamentar pediu que a

procuradora encaminhesse assugestões para avaliar a pos-sibilidade de apresentaremenda na comissão. DanielVilela disse que, embora aindanão haja consenso, tem sidopossível promover “um deba-te razoável e com muita con-vergência.” Daniel Vilela ressaltou que

ainda serão realizadas 15 au-diências na comissão, emBrasília, além dos debate es-taduais, como o que será rea-lizado na OAB-GO. “Estamos promovendo um

amplo debate sobre a reformatrabalhista. Este é nosso com-promisso como presidente dacomissão e acredito que esta-mos cumprindo este papel”,ressaltou o deputado DanielVilela. Em Goiânia, o parla-mentar também já se reuniucom membros de sindicatospatronais, na sede da Feco-mércio-GO.

FLEXIBILIZAÇÃO

“Expectativa é que Lula seja julgado até o meio do ano”

Deltan Dallagnol, procurador da República e coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato, em entrevistaconcedida ao jornalista Ricardo Boechat, na última sexta-feira, 17.

Consciência ambientalO vereador Jorge Kajuru (PRP) apresentou

projeto de lei que pretende organizar o recebi-mento do lixo e resíduos sólidos e líquidos emGoiânia. O objetivo também é conscientizar apopulação, empresas e indústrias sobre a ado-ção de práticas ambientais sustentáveis.

DescasoA Prefeitura não tem conseguido atender às

demandas de Goiânia. Além de várias reclama-ções com lixo, buracos e outros problemas, oscemitérios de Goiânia estão completamente to-mados pelo mato. O caso mais grave é visto noCemitério Parque, que sofre com isso não é dehoje.

CríticasAliados do prefeito de Goiânia estão decep-

cionados com a gestão de Iris Rezende. Muitosdizem não entender tantas falhas no início degestão, apesar da falta de dinheiro. Um aliadoafirmou que Iris não está conseguindo deslan-char na direção da prefeitura.

Hospital do CâncerO deputado estadual Marlúcio Pereira

(PSB) propõe que o Hospital de Urgências deAparecida de Goiânia (Huapa) seja transforma-do em Hospital do Câncer. Com isso, o Hospi-tal Municipal da cidade passaria a funcionar co-mo o novo hospital de urgências. A propostacomeça ser analisada pela Assembleia.

Novo ComandoO PP empossou na última sexta-feira, 17, a

nova comandante do partido. O PP Mulher serácomandado pela ex-deputada Dária Alves. Elaé natural de Trindade e fez parte da 13ª legisla-tura na Assembleia Legislativa de Goiás, de1995 a 1998. Ela já foi filiada ao PMDB e teverápida passagem pelo PSC.

Amigos da EducaçãoCom o objetivo de estimular pessoas jurídi-

cas a contribuírem com ações que beneficiem oensino na rede pública estadual, foi aprovado naComissão de Constituição e Justiça da Assem-bleia Legislativa o projeto Amigos da Educação,proposto pelo deputado Francisco Junior(PSD).

Passe Livre EstudantilO plenário da Assembleia aprovou, em pri-

meira fase, na última semana a concessão doPasse Livre estudantil para as cidades de Aná-polis e Catalão. A ampliação vai beneficiar cercade 15 mil estudantes em Anápolis e cinco mil emCatalão, sul do estado. Hoje, apenas a regiãometropolitana de Goiânia se beneficia do pro-grama.

Representantes desindicatos detrabalhadores e doMinistério Públicoestadual debateram, juntoao presidente daComissão Especial daReforma, o projeto queprevê a flexibilização dasleis trabalhistas duranteencontro na CUT-GO

Deputado Daniel Vilela, presidente da Comissão da Reforma, ouve críticas e sugestões de representantes dos trabalhadores

POLÍTICA4 GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

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ENTREVISTA/DEPUTADO FRANCISCO OLIVEIRA

Daniela Martins, Manoel Messias Rodrigues e Marcione Barreira

Tribuna do Planalto – Comopretende cumprir a missão demediação entre o Executivo e oLegislativo ?

Francisco Oliveira – Já fa-zíamos isso quando eu era se-cretário do Gabinete de Gestãoda Governadoria, porque aten-díamos os deputados nos seus

pleitos de emendas, em algunsprojetos mais polêmicos eu medirigia à Assembleia para aju-dar nas articulações. Será umatarefa fácil porque nos estamosdando sequência naquilo que odeputado José Vitti construiuao longo de dois anos aqui naCasa. Conversei com o gover-nador sobre os pontos que de-vem ser mais críticos aqui, quesão os pagamentos das emen-das e elas acontecerão, bem co-

“Vamos respeitar aoposição como ela merece”

“Marconi nunca esteve tão grande e tão forte”

mo agenda com o governador,demandas junto ao governo.Acho que todos os membros dabase aqui da Casa.

No processo de escolha de seunome como líder do Governo,houve certa insatisfação de ou-tros deputados. Essas arestasjá foram aparadas?

O deputado Talles Barreto éum amigo, uma pessoa que co-nheço desde o início, desde me-nino. É uma pessoa que eu te-nho um respeito muito grande,que convivo com ele, indepen-

dentemente de política, comamizade. O que houve foramcoisas de momento. A liderançafoi um acordo com o governa-dor e ele me convidou para serlíder. O Talles, como presidenteda Comissão de Justiça, foi omelhor presidente que esta Ca-sa já teve. Seria um grande lí-der, com toda certeza. Mas nomomento eu postulava a presi-dência da Casa e ele me convi-dou para ser o líder e eu aceitei.O Talles é um dos deputadosque o governador respeita mui-to. É um dos deputados fiéis

que temos e cada um no mo-mento vai dando a sua contri-buição. Agora está no momen-to de eu dar a minha.

A oposição na Assembleia épequena, mas tem deputadoque faz barulho. Como o sr.pretende conduzir o relaciona-mento com a oposição?

O que queremos é respeitarcada parlamentar. Somos 41deputados e o líder do governotem que trabalhar ativamente eproativamente com a sua base.Os 31 para cuidar dos interes-

O ar. defende um grupo queestá no poder há quase 20anos. Não será difícil conven-cer a população a continuarcom esse projeto?

De forma alguma. Temosque entender que nós tivemosquatro governo do Marconi eteve intercalado o do Dr. Alci-des. Para se ter uma ideia, sevocê pegar nesses 20 anos to-dos os índices nacionais de to-dos os estados da Federação,você vai perceber que o estadoque mais valorizou o servidorpúblico no Brasil foi o estadode Goiás. Então, a relação res-peitosa do governo com o ser-vidor é real. O governo priorizapagar os servidores em dia, o13º, o inativo, todos. Essa éuma vocação natural do gover-nador em respeito ao servidor.Veio a crise nacional e o gover-no fez esforço para continuarhonrando os servidores. Se vo-cê pegar os estados da federa-ção, 10 a 15 não estão pagando13º, não estão pagando a folhaem dia, seus inativos e não es-tão dando conta de manter aestrutura do estado funcionan-do. As medidas tomadas pelogovernador Marconi fizeramcom que o estado ficasse àfrente dos outros. Então, são20 anos de poder, mas são anosde modernização, de diálogodireto com a população. Umgoverno que preocupa com ocidadão e com as pessoas queaqui no estado vivem. A dife-rença do governo Marconi e dogoverno do Tempo Novo é es-sa, sempre inovando, se moder-nizando. Goiás foi o primeiro asair da crise. O estado de Goiásé o único no país que está dis-tribuindo R$ 500 milhões paraas prefeituras para fazerem

obras de infraestrutura e aí oprefeito vai definir suas priori-dades. Temos um exército de200 prefeitos, tem um candida-to a governador que é o JoséEliton e um candidato a Sena-do, que é o governador Marco-ni. Essa é a chapa que seráapresentada pela base aliadapara que através desses doisnomes a gente possa formatar ebuscar os outros quadros. Che-garemos muito fortes. Alémdisso, temos o ano de 2018,quando o nosso vice-governa-dor José Eliton assume o go-verno, para também fazer gran-des lançamentos de obras já nasua gestão. Ou seja, estaremosagora tocando obras com osprefeitos e depois o vice-gover-nador assume e fará também assuas demandas de governo, le-vando obras para os municí-pios. Chegaremos muito fortes,com 200 prefeitos que darão,em cada município, a vitória aonosso candidato a governador.Chegaremos fortes com JoséEliton governador.

Em 2006, Marconi conseguiureeleger seu vice, Alcides Ro-drigues, que assumiu o gover-no, a exemplo do que deveocorrer ano que vem com JoséEliton. À época, Marconi car-regou Alcides, que não tinhamuito carisma. Agora, são no-vamente quase oito anos degoverno, quase 20 anos dogrupo no poder. E há um des-gaste natural. José Eliton temas qualidades para esse atualmomento político, que é dife-rente daquele da eleição de Al-cides?

Tenho plena convicção dis-so. Para você ter um ideia, ogovernador Marconi nunca vi-

venciou um momento tão ba-cana e tão bonito da vida polí-tica dele como agora. Ele nun-ca esteve tão grande e tão forte.Marconi hoje é um dos maioreslíderes nacionais no país. Emum momento de crise, o gover-nador criou o Consórcio BrasilCentral que agregou 10 gover-nadores e fez com que o gover-no federal reconhecesse os plei-tos desses estados. Marconi pe-gou o Fundo de Exportação,que não entregava recursos aesses estados, e fez com que es-tes estados recebessem de R$200 a 500 milhões. O governa-dor Marconi, liderando essesgovernadores, e aí os outrosgovernadores da federaçãoabraçaram a luta, conseguiuque o dinheiro da repatriaçãofosse repartido para esses esta-dos e para os municípios. O go-verno de Goiás recebeu quaseR$ 500 milhões e os outros es-tados também. O que quero di-zer com isso, os governadoresdesses estados perceberam que

Marconi é líder, autoridade quesabe liderar. O governador Ge-raldo Alckmin se dirige a Mar-coni como “professor”. Nasreuniões de governadores, asteses do governador Marconisempre são as aprovadas e sãoas mais bem argumentadas emtodos os sentidos. EnquantoParaná e Rio Grande do Sulperderam os seus incentivos fis-cais, o governador Marconi foiem Brasília, junto ao SupremoTribunal Federal, e conseguiuretirar essa votação e fez umacordo com o governo de SãoPaulo. Isso é um líder agindo etrabalhando. Nesse sentido,nós estamos num grande mo-mento. E José Eliton está extre-mamente preparado. Na elei-ção de 2010, trabalhou e andoumuito. Mas do ano de 2010 a2014, ele foi um vice de fato ede direito, compartilhando, co-nhecendo e trabalhando com ogovernador Marconi Perillo emtodo o estado, exercendo fun-ções administrativas e repre-

sentando o governador em to-das as cidades do estado. Em2014, ele foi o coordenador dacampanha, conversando comtodos os partidos da base alia-da, compondo e negociadocom cada um deles. Ele se fezgrande, visitou 120 cidades e ogovernador fez as outras 120.Então, ele esteve presente nacampanha. Hoje, o governadordelega a ele missões importan-tes. O Marconi confia no viceJosé Eliton, que está extrema-mente preparado para ser go-vernador do estado porque co-nhece como ninguém a máqui-na do Estado. E ele estava tran-quilo na Secretaria mais impor-tante e mais poderosa que era aSecretaria de Desenvolvimento.Saiu da sombra e do ar-condi-cionado e foi para a Secretariade Segurança Pública para daruma resposta ao momento decrise que vivíamos ali, porque oprojeto estava fadigado. En-trou, inovou. A polícia hoje es-tá toda equipada, bem apare-

lhada com equipamento de se-gurança. E a polícia militar re-conhece no vice José Eliton ogrande líder que ele foi comosecretário de Segurança Públi-ca. E agora está tocando, como governador, esse implementode obras que será realizado noestado de Goiás, conversandocom cada liderança, cada pre-feito e, a partir de abril, levan-do boas novas, obras para ascidades, recursos, que não éobrigação do Estado. O gover-nador é municipalista e vai fa-zer com que chegue recursos atodos os municípios republica-namente.

O sr. traça naturalmente umpanorama azul. Mas, porexemplo, nas últimas eleiçõespara a prefeitura de Goiânia,ficou aquela indecisão se usa-vam ou não o nome do Mar-coni, se o nome dele ajudavaou atrapalhava o candidatoque ele estava apoiando...

Em campanha não existenada mais ou menos, nadamorno. É frio ou quente! Elesperderam a eleição exatamentepor não assumir o grande líderque é Marconi. Ficou uma coi-sa capenga. Marconi é umgrande líder em Goiânia, é ogovernador que mais fez obrasem Goiânia. Tenho certeza, nãoestou floreando, estou colocan-do uma realidade que vivencia-mos hoje no país e em Goiás.Temos uma estrutura políticaazeitada, uma política que temo respeito do Estado e das po-pulações dos municípios e é is-so que vamos apresentar para oeleitor. Temos uma candidaturaforte e, pode escrever, faremoso próximo governador.“Temos um exército de 200

prefeitos, tem um candidato agovernador, que é o José Eliton,e um candidato a Senado, que é

o governador Marconi.”

Reconhecido como exímio articulador, o deputadoFrancisco Oliveira (PSDB) é a voz do Governo estadual naAssembleia Legislativa. Mas ele garante que estaráconversando com todos os 40 colegas deputados, nãoapenas com os 31 que são alinhados com o Palácio dasEsmeraldas. “Com os outros deputados da oposiçãovamos trabalhar com muito respeito, num projeto deconstrução. As críticas construtivas, vamos absorver. Osprojetos que vierem para cá, se os deputados deoposição tiverem razão, vamos pontuar e discutir caso acaso. Agora, é claro, eles fazem papel de oposição e nósfazemos o papel em defesa do nosso governo, dogoverno que acreditamos. Essa base aliada vai trabalharpara dar governabilidade ao nosso governador MarconiPerillo”, diz, sem titubear. Escolhido líder do Governo,ele tem um discurso afiado em defesa das gestões dogovernador Marconi Perillo (PSDB). Além dos avançosconseguidos desde que assumiu o Governo pela primeiravez, em 1999, Marconi – segundo Francisco Oliveira –tem outros trunfos, especialmente muitas obras, queserão realizadas ao longo de 2018, quando o vice-governador José Eliton assumirá o governo antes de saircandidato a governador. “Ou seja, estaremos agoratocando obras com os prefeitos e depois o vice-governador assume e fará também as suas demandas degoverno, levando obras para os municípios. Chegaremosmuito fortes, com 200 prefeitos, que dará em cada umdeles a vitória ao nosso candidato a governador. Eautomaticamente chegaremos muito fortes com JoséEliton governador”, acredita.

“vamos trabalhar com muito respeito. Os projetos que vierem para cá, se os deputadosde oposição tiverem razão, vamos pontuar e discutir caso a caso”

ses do governo. Com os outrosdeputados da oposição vamostrabalhar com muito respeito,num projeto de construção. Ascríticas construtivas, vamos ab-sorver. Os projetos que vierempara cá, se os deputados deoposição tiverem razão, vamospontuar e discutir caso a caso.Agora, é claro, eles fazem papelde oposição e nós fazemos opapel em defesa do nosso go-verno, do governo que acredita-mos. Essa base aliada vai traba-lhar para dar governabilidadeao nosso governador MarconiPerillo.

Especialmente no período depré-campanha, a oposiçãoacirra as críticas ao gover-no. O sr. vai buscar umdiálogo mais próximocom os críticos?Como eu disse, estare-

mos abertos a qualquer críti-ca. Quando o debate vai para apoliticagem, para coisa peque-na, automaticamente nós tam-bém vamos trabalhar nessa li-nha. Agora, o nosso papel aquicom a oposição é muito cons-trutivo. Muito republicano emuito respeitoso. Ontem [quar-ta-feira, 15], por exemplo, levei,em audiência com o governa-dor, oa deputadoa Paulo Cezare Waguinho [ambos doPMDB], como tenho feito comoutros, exatamente para fazeressa transição e esse trabalhorepublicano respeitando os 41deputados desta Casa. O papeldo líder do governo é tambémrespeitar os deputados da opo-sição como eles merecem.

FOTOS: PAULO JOSÉ

“A eleição em Goiás será polarizada; aqueles que forem pra uma terceira via

estarão fadados ao fracasso.”

“É impossível continuar dando aumento, sem limite de gastos, quando não se tem caixa pra isso”

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

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A base aliada tem uma série denomes que vão tentar entrar nachapa majoritária, que ofereceapenas quatro vagas. Até queponto uma aproximação entreLúcia Vânia e Ronaldo Caiadoincomoda a base?

Entendemos que a basealiada tem que dialogar até os45 minutos do segundo tempo.O que está formatado da basealiada é da eleição anterior.Todos esses partidos, até que seprove o contrário, são da basealiada e vamos lutar para queessa base se mantenha. Temoito postulantes a vagas e nóssó temos duas para senador,uma de vice e uma de governa-dor. Então tem que ter compo-sições e nós trabalhamos paraque essa unidade prevaleça atéo último minuto e para que pos-samos caminhar juntos. Agoratambém não temos medo de en-frentar eleição com o que nósteremos. É bom entender queoutras candidaturas já foramcolocadas da mesma forma.Demóstenes [Torres] teve tan-tos milhões de voto, depois foicandidato e teve uma votaçãopequena. Barbosa Neto, tam-bém buscando alternativas, saiu

candidato e teve votação pe-quena. A próxima eleição emGoiás será da mesma forma,fla-flu. A base aliada terá umcandidato extremamente prepa-rado para ganhar as eleições e ooutro candidato, do PMDB, oua base que for formatada paraenfrentar nosso candidato, teráoutro, será polarizada essa elei-ção. Em Goiás não existe possi-bilidade de um terceiro nome,uma terceira via, isso é fadadoao fracasso. Isso é real. Então,estes que estão se intitulando air para a oposição saberão queenfrentarão essa dificuldade etambém não têm garantidavaga do lado de lá. Do lado decá, todos somos fortes. Do ladode lá, todos se tornam comuns.

O sr. se refere a Lúcia Vânia?Eu me refiro a qualquer um

que se coloca aberto a negociarcom qualquer partido que estejafora da base aliada. Qualquerum que declarar que está a lei-lão, pra ir pra qualquer lado, naminha avaliação, está fadado aofracasso. Aqui, são reconheci-dos, nós sabemos seu nome, sa-bemos reconhecer o valor decada um, o que cada um já fez

pela base aliada. Lúcia Vâniafoi uma grande senadora. Nes-ses dois anos, ela ajudou Goiáscomo ninguém, foi uma dasresponsáveis para que pudésse-mos estar hoje na posição queestamos, como um dos estadosmais bem posicionados no Bra-sil. Vilmar Rocha, sempre muitoestudioso, valoroso, abrindoportas em Brasília quando aDilma era presidente. Então,temos respeito a cada um dosque estão aqui. Hoje temos osenador Wilder Morais, quemais abre portas pra Goiás, quemais traz recursos, que temmarcado audiências e dadocondições para tocarmos o es-tado. Então aqui na base aliadasabemos os nomes e os serviçosprestados por todos. Esses, nósrespeitamos e valorizamos.Temos certeza de que essegrupo unido é muito forte.Agora, se forem pra lá, serãotratados como aqueles queestão indo, porque lá tambémtêm aqueles que postulam vagade governador, de senador. Equero reafirmar aqui: a eleiçãoem Goiás será polarizada.Aqueles que forem pra uma ter-ceira via estarão fadados ao fra-

Além de fazer e apreciar proje-tos de leis, os deputados têm afunção de fiscalizar o Execu-tivo. A Assembleia tem feitoesse papel?

Nós da base aliada e todosos deputados conhecemos arealidade do estado, sabemosonde tem os problemas, pois ogovernador se reúne com os de-putados duas vezes por mês,conversa com cada um, aceitaaudiência toda semana. Os par-lamentares sabem que o gover-nador briga para valorizar cadacentavo, cada real que o Go-verno arrecada. E as respostasestão aí: a saúde aqui era umcaos, o governador enfrentou,criou as organizações sociais ehoje é a saúde mais bem ava-liada do país, referência para osdemais estados. Não sou euque estou dizendo, são os pa-cientes que dão 96% de aprova-ção ao serviço prestado noshospitais. Isso é inovação. Oestado de Goiás hoje tem maisde seis mil quilômetros demalha viária em bom estado deconservação. Alguns locais têmproblemas, porque a empresaque ganhou a licitação nãoconsegue tocar a obra e aí ocaso vai pra justiça. Na habita-ção, vamos construir 30 milnovas moradias em parceriacom o Governo federal. A áreasocial do estado nunca parou.Já concedemos mais de 200 milbolsas universitárias para alu-nos se formarem. O Governocontinua com a Bolsa Família.

Que projetos mais polêmicosdevem entrar na pauta da As-sembleia Legislativa nos próxi-mos meses?

Eu acredito que a PEC do

Teto de Gastos, que é umacordo firmado entre o Go-verno federal e todos os gover-nadores, com algumasalterações, deve ser aprovada.Estamos aguardando o decursode sessões para que possa sercolocada em discussão e vota-ção. É a parte de cada estadoda Federação no corte de gas-tos. É uma medida necessária,já aprovada no Congresso Na-cional.

É o congelamento de gastos?É.

Não vai comprometer acordosjá firmados com servidores?

De forma alguma. Os servi-dores estão recebendo em dia,estão sendo valorizados. Agora,não se faz dinheiro com vari-

nha mágica. É impossível con-tinuar dando aumento, sem li-mite de gastos, quando não setem caixa pra isso. Se assimocorrer, vira um Rio de Janeiro,o caos. E nós não queremosisso. Continuaremos tratandobem os servidores de Goiás,que são bem tratados e rece-bem bem. Prova disso foi o re-cente aumento para os policiaismilitares, que são preparados,parceiros do Governo e sãouma classe especial.

Como está o projeto de cons-trução da nova sede da As-sembleia?

Quando da eleição do depu-tado José Vitti para a presidên-cia da Assembleia, tivemos umaconversa com o governador e eufui convidado para ser o líder doGoverno, ficou definida a cons-trução da sede. E eu tenho con-vicção que o deputado José Vittinos próximos dois anos estarájogando pesado para conclusãodessa sede, com o aval do go-vernador e meu empenho comolíder para cobrar e fazer comque os recursos cheguem aquina Casa, para que essa obra

“A base aliada tem quedialogar até os 45 minutosdo segundo tempo” “Eu acredito quea PEC do Teto

de Gastos, comalgumas

alterações, deveser aprovada

[naAssembleia].“

“A eleição em Goiás será polarizada; aqueles que forem pra uma terceira via

estarão fadados ao fracasso.”

“É impossível continuar dando aumento, sem limite de gastos, quando não se tem caixa pra isso”

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

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A base aliada tem uma série denomes que vão tentar entrar nachapa majoritária, que ofereceapenas quatro vagas. Até queponto uma aproximação entreLúcia Vânia e Ronaldo Caiadoincomoda a base?

Entendemos que a basealiada tem que dialogar até os45 minutos do segundo tempo.O que está formatado da basealiada é da eleição anterior.Todos esses partidos, até que seprove o contrário, são da basealiada e vamos lutar para queessa base se mantenha. Temoito postulantes a vagas e nóssó temos duas para senador,uma de vice e uma de governa-dor. Então tem que ter compo-sições e nós trabalhamos paraque essa unidade prevaleça atéo último minuto e para que pos-samos caminhar juntos. Agoratambém não temos medo de en-frentar eleição com o que nósteremos. É bom entender queoutras candidaturas já foramcolocadas da mesma forma.Demóstenes [Torres] teve tan-tos milhões de voto, depois foicandidato e teve uma votaçãopequena. Barbosa Neto, tam-bém buscando alternativas, saiu

candidato e teve votação pe-quena. A próxima eleição emGoiás será da mesma forma,fla-flu. A base aliada terá umcandidato extremamente prepa-rado para ganhar as eleições e ooutro candidato, do PMDB, oua base que for formatada paraenfrentar nosso candidato, teráoutro, será polarizada essa elei-ção. Em Goiás não existe possi-bilidade de um terceiro nome,uma terceira via, isso é fadadoao fracasso. Isso é real. Então,estes que estão se intitulando air para a oposição saberão queenfrentarão essa dificuldade etambém não têm garantidavaga do lado de lá. Do lado decá, todos somos fortes. Do ladode lá, todos se tornam comuns.

O sr. se refere a Lúcia Vânia?Eu me refiro a qualquer um

que se coloca aberto a negociarcom qualquer partido que estejafora da base aliada. Qualquerum que declarar que está a lei-lão, pra ir pra qualquer lado, naminha avaliação, está fadado aofracasso. Aqui, são reconheci-dos, nós sabemos seu nome, sa-bemos reconhecer o valor decada um, o que cada um já fez

pela base aliada. Lúcia Vâniafoi uma grande senadora. Nes-ses dois anos, ela ajudou Goiáscomo ninguém, foi uma dasresponsáveis para que pudésse-mos estar hoje na posição queestamos, como um dos estadosmais bem posicionados no Bra-sil. Vilmar Rocha, sempre muitoestudioso, valoroso, abrindoportas em Brasília quando aDilma era presidente. Então,temos respeito a cada um dosque estão aqui. Hoje temos osenador Wilder Morais, quemais abre portas pra Goiás, quemais traz recursos, que temmarcado audiências e dadocondições para tocarmos o es-tado. Então aqui na base aliadasabemos os nomes e os serviçosprestados por todos. Esses, nósrespeitamos e valorizamos.Temos certeza de que essegrupo unido é muito forte.Agora, se forem pra lá, serãotratados como aqueles queestão indo, porque lá tambémtêm aqueles que postulam vagade governador, de senador. Equero reafirmar aqui: a eleiçãoem Goiás será polarizada.Aqueles que forem pra uma ter-ceira via estarão fadados ao fra-

Além de fazer e apreciar proje-tos de leis, os deputados têm afunção de fiscalizar o Execu-tivo. A Assembleia tem feitoesse papel?

Nós da base aliada e todosos deputados conhecemos arealidade do estado, sabemosonde tem os problemas, pois ogovernador se reúne com os de-putados duas vezes por mês,conversa com cada um, aceitaaudiência toda semana. Os par-lamentares sabem que o gover-nador briga para valorizar cadacentavo, cada real que o Go-verno arrecada. E as respostasestão aí: a saúde aqui era umcaos, o governador enfrentou,criou as organizações sociais ehoje é a saúde mais bem ava-liada do país, referência para osdemais estados. Não sou euque estou dizendo, são os pa-cientes que dão 96% de aprova-ção ao serviço prestado noshospitais. Isso é inovação. Oestado de Goiás hoje tem maisde seis mil quilômetros demalha viária em bom estado deconservação. Alguns locais têmproblemas, porque a empresaque ganhou a licitação nãoconsegue tocar a obra e aí ocaso vai pra justiça. Na habita-ção, vamos construir 30 milnovas moradias em parceriacom o Governo federal. A áreasocial do estado nunca parou.Já concedemos mais de 200 milbolsas universitárias para alu-nos se formarem. O Governocontinua com a Bolsa Família.

Que projetos mais polêmicosdevem entrar na pauta da As-sembleia Legislativa nos próxi-mos meses?

Eu acredito que a PEC do

Teto de Gastos, que é umacordo firmado entre o Go-verno federal e todos os gover-nadores, com algumasalterações, deve ser aprovada.Estamos aguardando o decursode sessões para que possa sercolocada em discussão e vota-ção. É a parte de cada estadoda Federação no corte de gas-tos. É uma medida necessária,já aprovada no Congresso Na-cional.

É o congelamento de gastos?É.

Não vai comprometer acordosjá firmados com servidores?

De forma alguma. Os servi-dores estão recebendo em dia,estão sendo valorizados. Agora,não se faz dinheiro com vari-

nha mágica. É impossível con-tinuar dando aumento, sem li-mite de gastos, quando não setem caixa pra isso. Se assimocorrer, vira um Rio de Janeiro,o caos. E nós não queremosisso. Continuaremos tratandobem os servidores de Goiás,que são bem tratados e rece-bem bem. Prova disso foi o re-cente aumento para os policiaismilitares, que são preparados,parceiros do Governo e sãouma classe especial.

Como está o projeto de cons-trução da nova sede da As-sembleia?

Quando da eleição do depu-tado José Vitti para a presidên-cia da Assembleia, tivemos umaconversa com o governador e eufui convidado para ser o líder doGoverno, ficou definida a cons-trução da sede. E eu tenho con-vicção que o deputado José Vittinos próximos dois anos estarájogando pesado para conclusãodessa sede, com o aval do go-vernador e meu empenho comolíder para cobrar e fazer comque os recursos cheguem aquina Casa, para que essa obra

“A base aliada tem quedialogar até os 45 minutosdo segundo tempo” “Eu acredito quea PEC do Teto

de Gastos, comalgumas

alterações, deveser aprovada

[naAssembleia].“

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

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ARTIGO

MORADIA POPULAR

AMPLIAÇÃO

O governador MarconiPerillo reuniu-se na tarde daúltima quinta-feira (16) com opresidente da CaixaEconômica Federal, GilbertoOcchi, na sede da instituiçãoem Brasília. Acompanhado dosecretário da Fazenda,Fernando Navarrete, do secre-tário da Secima, VilmarRocha, do chefe do escritóriode representação de Goiás emBrasília, Simão Cirineu, dosenador Wilder Moraes e dodeputado federal HeulerCruvinel e do secretárioExtraordinário Sandes Júnior,o governador apresentou duasreivindicações ao presidenteda Caixa: recursos para aconstrução de novas unidadeshabitacionais no Estado efinanciamento para projetosde energia solar. O projeto dogovernador é o de construir 30mil casas em Goiás nos próxi-mos dois anos.

O deputado HeulerCruvinel sugeriu ao presidenteda Caixa a abertura de linha

especial de crédito para ofinanciamento de energia solarrural, o que, na opinião doparlamentar, poderia alavancara implantação de vários proje-tos no setor, principalmente nageração de energia para pivôscentrais.

A prioridade do governa-dor Marconi Perillo, ampla-mente manifestada principal-

mente nas audiências concedi-das aos prefeitos, é construir30 mil casas até o final de2018 com recursos comparti-lhados da Caixa e do governodo Estado. O presidente dainstituição disse que é possívelajudar Goiás a bater essameta.

Maior cliente da Caixa noBrasil, o governo do Estado,

segundo o governador, terágarantido os recursos quenecessita para bater a meta deconstruir as 30 mil casas até ofinal do ano que vem. Faltaagora definir o que vai ser libe-rado em 2017 e em 2018.

“Nós sentimos que o gover-no de Goiás tem cada vez maiscredibilidade aqui em Brasíliae no mundo”, comentou o

governador ao final da audiên-cia.

Marconi apresentou aGilberto Occhi a ideia de aCaixa criar o cartão solar definanciamento para quemdesejar colocar energia solarem sua casa. A nova modali-dade de financiamento viriacom juros especiais. O presi-dente da Caixa disse que já

existe o Construcard, tambémdestinado ao financiamento deprojetos na área de energiasolar. Mas achou interessantee passível de estudo a criaçãode um mecanismo de financia-mento especificamente para aenergia solar.

No ItamaratyDepois de mais de uma

hora de reunião com o presi-dente da Caixa, o governador eos secretários Vilmar Rocha eSandes Júnior realizaram visi-ta de cortesia ao novo ministrodas Relações Exteriores,Aloysio Nunes Ferreira, noPalácio do Itamaraty.

“Vim relatar as últimasmissões que fiz, especialmenteao Oriente Médio. Tambémtrazer sugestões ao governobrasileiro sobre as relaçõesbilaterais que, na minha opi-nião, precisam ser intensifica-das entre o Brasil e os paísesque são muito ricos, têm fun-dos soberanos de trilhões dedólares e que podem vir pra cátrazer os seus investimentos eviabilizar financiamentos emprojetos de concessões queestão programados para oPaís”, justificou o governador.

Marconi lembrou que ele eo secretário Vilmar são “velhosamigos do ministro Aloysio”, efinalizou dizendo que conver-saram ainda sobre váriosoutros assuntos relacionados àmissão de chanceler deAloysio.

O Serviço Estadual deTransplantes Renais do HospitalAlberto Rassi (HGG) prevê oaumento de pelo menos 70% naquantidade de transplantes rea-lizados em Goiás. A novidadefoi lançada na sexta-feira, dia17, pelo secretário estadual deSaúde, Leonardo Vilela, emsolenidade no auditório doHGG. Com a medida, a unida-de passa a ser de referência esta-dual na realização de transplan-tes renais.

O Governo de Goiás assinouum termo aditivo com o Idtech,organização social que adminis-tra a unidade. O aporte, novalor mensal de R$ 300 mil, serádirecionado à aquisição dematerial, equipamentos funda-mentais para realização dostransplantes e contratação deequipe de especialistas na área.O evento contou com a presen-ça de representantes do Idtech,da diretoria do HGG e de pro-fissionais da SES-GO, entre osquais componentes da Centralde Transplantes. Em pronuncia-mento, Leonardo Vilela desta-cou que o HGG é dotado deinfraestrutura e equipe de profis-sionais altamente especializada,o que o avaliza o serviço paraser uma unidade de referênciaem transplantes renais.

Além disso, Leonardo disseque o HGG tem o certificadonível 2 concedido pelaOrganização Nacional deAcreditação (ONA), o que atestaa qualidade do trabalho ofereci-

do à população. Com a implan-tação do Serviço Estadual deTransplantes Renais, a SES-GOpretende realizar neste ano pelomenos 60 procedimentos a maisdo total realizado no ano passa-do. Só em março, 6 pessoas jáforam contempladas com otransplante renal. Em 2016foram efetivados 84 procedimen-tos desta natureza, enquanto em2015 foram feitos 85.

HemodiáliseDados da Associação

Brasileira de Transplantes deÓrgãos mostram que em Goiásexistem 3.579 pacientes em diáli-se (nome que se dá a qualquerprocedimento que promova afiltragem do sangue) . Destes,84% são usuários do Sistema

Único de Saúde (SUS).Atualmente, 232 pessoas estãona fila por um transplante renal.Os transplantes renais podemacorrer, também, entre vivos.

O diretor-técnico do HGG,Rafael Nakamura, assinalou queo avanço na realização de trans-plantes de rins vai melhorar aqualidade de vida das pessoasque sofrem de insuficiência renale que têm de fazer a hemodiálisetrês vezes por semana.

A realização de transplantes,conforme o diretor técnico, tam-bém proporciona economia aoEstado, tendo em vista que assessões de hemodiálise têmcusto elevado. Existe a expectati-va de futuramente o HGG reali-zar, também, transplantes defígado e de pâncreas.

Muitos reclamamdo que chamam da“ditadura do politica-mente correto”, algoque começou aindanos anos 1990 e quesó cresceu em intensi-dade, chegando agora,em 2017, segundoalguns, a extremosi n s u p o r t á v e i s .Expressões designando raça e gênero, antesusuais, e ditas muitas vezes sem malícia, torna-ram-se sinônimo de preconceito por parte dequem as profere. Não por acaso, eu aqui me abs-tenho de citar exemplos exatamente para não viraruma vítima do que eu acho ser realmente umaespécie de “patrulha” das expressões e palavrasque dizemos.

Ocorre que existe o outro lado da moeda... Defato, preconceitos muitas vezes viram intolerân-cia; diferenças podem descambar para o racismoou para a homofobia. Podemos enxergar entãoessa denominada ditadura por outros olhos echamar todo esse movimento de “mobilização”. Eessa mobilização atinge não apenas as minoriascitadas anteriormente, mas uma classe de pessoasainda (embora menos) discriminadas, para nãodizer ostracizadas socialmente: aqueles com difi-culdades mentais.

Como este 21 de março é o Dia Internacionaldos Portadores da Síndrome de Down, vou falarespecialmente destes.

Nossa ignorância, especialmente em relação aessa condição era enorme. A boa notícia é que, seaté poucos anos atrás estes indivíduos eram con-siderados praticamente inválidos, isso tudomudou. Nosso desconhecimento diminuiu muito

e, com ele, o preconceito.Segundo o renomado

especialista norte-americanono assunto, Dr. DennisMcGuire, “para um bomdesenvolvimento da criançaDown, é necessário que ospais, desde o nascimentotenham a preocupação deapresentar e incluir a criançana sociedade. E isso não acon-

tecia com frequência, pois a maioria dos paisretraia-se com medo do preconceito alheio, e tam-bém com intuito de proteger a criança de cons-trangimentos. Isto, no entanto, está mudando.”

Hoje, as crianças estudam junto a outras sema síndrome – convivem como iguais, enfim.

Nos centros urbanos existem comunidadesDown. Daqui de Goiânia mesmo, temos ummuito ativa no Facebook, a Comunidownde(@comunidownde). E este é apenas um exemplodentre vários que se espalham pelo país. Sãoassociações virtuais, mas não só: existem as debairros, de escolas, e a tendência é que o númerocresça.

Descobriu-se que, com o estímulo necessário,os Down desenvolvem habilidades variadas, setornam grandes profissionais e grandes pessoas,em suma.

O certo é quanto mais sabemos sobre a ques-tão, menos preconceito temos e isso reflete emuma sociedade menos discriminatória.

Então, por mais que certas “patrulhas” dacorreção política incomodem, lembremos doquanto elas nos ajudam a evoluir.

*Frederico Fribeiro é escritor, jornalista e cola-borador da Tribuna do Planalto. Cinéfilo e cineas-ta. Email: [email protected]

Presidente da Caixa,Gilberto Occhi disseque é possívelajudar Goiás, maiorcliente do banco noBrasil, a bater ameta

Acompanhado de auxiliares e parlamentares, Marconi Perillo se encontrou com o presidente da Caixa Econômica Federal

Leonardo Vilela, secretário de Saúde: hospital é capacitado

Marconi começa a viabilizar recursospara construir 30 mil casas em 2 anos

HGG passa a ser referênciaem transplante renal Os portadores de Down

e uma nova realidade

Frederico Ribeiro Especial para a Tribuna do Planalto

HUMBERTO SILVA

COMUNIDADES 7

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GOIÂNIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

MTST e igreja disputam naJustiça posse de área públicaDepois de receberárea para plantio,pastor deixou à mercêparte de chácara. Emúltimo ato da gestãoPaulo Garcia, Seplanhfez doação de parteda área para oMovimento dosTrabalhadores SemTeto, até entãoacampados na sededa Prefeitura deGoiânia

Yago Sales

O pastor Raimundo Perez deSousa, 65 anos, preparava afesta de Ano-Novo no dia 31 de-zembro do ano passado, em suaresidência acoplada à pequenaigreja Assembleia de Deus, naRua Dilermano Reis, Área 107,no Conjunto Vera Cruz 2, emGoiânia, quando foi surpreen-dido por dezenas de homens emulheres que desceram de umônibus em uma área ao lado desua residência. Espantado, elereparava que o grupo roçava ocampo, furava o chão com cava-deira articulada com cabo demadeira e fincava bambus. Erao início do acompanhamentoFidel Castro Presente, orques-trado pelo Movimento dos Tra-balhadores Sem Teto (MTST).A primeira reação do pastor foiligar para a polícia.

Quando os policiais chega-

ram, o líder do MTST, RogérioCunha, sob protestos de Rai-mundo, apresentou um docu-mento assinado pelo entãosecretário Municipal de Planeja-mento Urbano e Habitação (Se-planh), Sebastião Ferreira Leite,o Juruna, no dia anterior à ocu-pação. Raimundo ficou furiosoe teve de ser contido.

O Termo de Doação aoMTST, obtido pela reportagem,destaca que o titular da pasta,“no uso de suas atribuições le-gais, emite Declaração de Titu-laridade em favor da Associaçãode Moradores do Acampa-mento de Esperança do NovoMilênio”. O documento afirmaque este termo é “para fins deprodução e promoção de habi-tação de interesse social do imó-vel”. Uma área de 8.3500,00

metros quadrados que abarcaalguns metros da residência dopastor.

Segundo o líder do MTST, apasta “cedeu às pressões da lutapela moradia em Goiânia”. Eleconta que o grupo ficou acam-pado na sede da Prefeitura deGoiânia por meses. “Claro quea prefeitura não queria entregaro prédio com a gente lá, por issoassinou o documento dois diasantes do fim do mandato doPaulo [Garcia (PT)]”, destacaRogério Cunha.

Na mesma semana, Rai-mundo acionou a Justiça.“Quero que eles saiam. Essaárea é minha”, disse. Cunha re-bate: “A área é nossa. Quandochegamos aqui não tinha nadaplantado. Era só mato. Olha emvolta, cuidamos de tudo”.

Maria Xavier, 60 anos, dor-miu tarde da noite depois de es-pantar para bem longe o medo dea água invadir sua barraca delona, sustentada com ripas demadeira. Ela necessita resistir àsintempéries no acampamentoFidel Castro Presente, em prol deter sua própria casa. Maria é umadas 100 famílias que permanecemem uma área da Prefeitura, nosetor Vera Cruz II, em Goiânia, deacordo Rogério Cunha, líder doMovimento dos Trabalhadoressem Teto (MTST).

Quando Maria acordou, otemporal já tinha se desfeito, maso céu ainda estava pretejado. Elatossia com força, estranhamente.Uma dor aguda no peito e os ca-lafrios, a pele fria e a falta de ar fi-zeram com que ela demorassealguns minutos para perceber queestava ensopada dos pés à ca-beça. “O colchão vazava”, lem-bra. É que a água acumulada fezcom que a lona cedesse sobre acama. Levada ao hospital, Mariafoi diagnosticada com pneumo-nia. “Quase morri, meu filho.Então vieram aqui e arrumaramminha barraca. Tá tudo arruma-dinho agora, tá vendo?”.

Mesmo assim, Maria se recu-sou a deixar os “companheiros”.“Não posso desistir. Preciso deum lugar para terminar meusdias”, acredita. Maria compõeuma estatística nenhum poucoanimadora. Segundo dados deum levantamento inédito, feito em2014 pela Fundação João Pi-nheiro, em parceria com o Minis-tério das Cidades, o déficithabitacional em Goiás chegou a202.720, o maior da região Cen-tro-Oeste.

Por trás dos números, famílias

Em 1989, Raimundo Perezera o único que tinha carro noConjunto Vera Cruz 2. Por isso,era requisitado a comparecer areuniões, acompanhado de JoséBasílio, presidente da Associaçãodos Moradores à época. Eles es-tavam prestes a angariar áreaspúblicas que deveriam ser usadaspara a plantação.

Na época, Raimundo era téc-nico de áudio na TV Brasil Cen-tral. Ele não queria assumir aresponsabilidade de cumprir como trato do Governo de HenriqueSantillo: a área deveria ser usadapara plantio. “Eu já era pastor eainda tinha de trabalhar na TV.Não sabia cultivar nada em terranem cuidar de animais. Sem qual-quer vocação”, assume.

Segundo ele, o único docu-mento de que dispunha e que lhedava direitos sobre a área era umcomodato com a Organizaçãodas Voluntárias de Goiás (OVG),que teria o tempo de quatro anosdesde 1989, assinado pelo ex-go-vernador Henrique Santillo. Aotodo, a fazenda São José, de pro-priedade da Agência Goiana deHabitação, foi dividida em 13chácaras.

O tratado dava aos beneficia-dos autorização apenas paraconstruir barracões de alvenariapara guardar ferramentas. “Maslogo todo mundo passou a cons-truir”. Raimundo levantou suacasa, a igreja e uma ONG, que elediz atender crianças carentes daregião. “A ONG está paradadesde que esse pessoal invadiuminhas terras. Tenho até parceriacom a OVG, os estudantes davamaulas aqui. Era a contrapartidadeles, mas estão com medo devoltar ao projeto”, diz.

Bem que Raimundo tentouplantar na área, mas desistiu.“Cheguei a plantar, criar vacas egalinhas, que fugiam e até eramroubadas”, contou. Por fim, dei-xou o pedaço de terra que teria lhesido destinado em 1989, só omato mesmo. “Eu planejava divi-dir tudo entre os filhos e não deutempo. Mas essa área é minha evou provar na Justiça”, confirma.

Por outro lado, o líder da ocu-pação está tranquilo. “Aqui énosso. Temos o documento assi-nado. Vamos construir aparta-mentos para as famílias”, destacaRogério Cunha que, inclusive, ga-nhou uma casa no ResidencialItaipu, fruto de outras frentes deluta desencadeadas por ele e ou-tros integrantes do MTST. “Emnosso acampamento, temos or-ganização para que todos não te-nham dúvida de que realmente asfamílias precisam de moradiadigna”, diz, enquanto caminhaentre as barracas.

Os anos passaram e o como-dato que dava direito ao pastorRaimundo de cuidar da terra ven-ceu. Sem escritura, as áreas estão

sujeitas a doações, como feitas aoMTST. E isso virou bandeira dereivindicação junto à prefeiturapelos chacareiros. Ano passado,várias reuniões foram feitas pelaassociação de moradores, inclu-sive com o ex-secretário da Se-planh, para obtenção da escritura.

No dia 3 de junho de 2016, otitular da pasta se reuniu com oschacareiros. Na ocasião, o verea-dor Denício Trindade, que bus-cava a reeleição, fez umapostagem em seu perfil do Face-book: “Nos reunimos para discu-tirmos sobre a regularização dosimóveis deste setor Vera Cruz 2”.Nas fotos, é possível ver o verea-dor e Raimundo posando juntos.

Trindade esteve com os cha-careiros em outras reuniões. Emoutro post na rede social, Trin-dade, que não foi reeleito, ter-mina: “Uma das prioridades domeu mandato é intervir junto aosórgãos competentes para viabili-zar a entrega das escrituras e a re-cuperação asfáltica nas vias quedão acesso às chácaras”.

A reportagem informou aRaimundo que o MTST tem um“termo de cooperação” assinadopelo próprio secretário doando aárea da prefeitura ao movimento.Já Raimundo aponta o decreto doex-prefeito Paulo Garcia, n° 3187,de 27 de dezembro de 2016, comoo documento que daria a ele o di-reito sobre o terreno ocupado. Nodecreto, a prefeitura aprova o pro-jeto de regularização fundiáriadas Quadras RF1 até RF6, inclu-sive a quadra de Raimundo, a RF-2. A única especificação é que olocal indicado pela regulamenta-ção é para o desenvolvimento deuma igreja. “Vamos ver isso naJustiça”, finalizou Raimundo.

Enquanto isso, famíliasesperam por moradia

Pastor pretendia dividira terra entre os filhos

que não têm condições de finan-ciar uma casa ou não consegui-ram passar pelo crivo deprogramas habitacionais.Quando não estão desemprega-dos, o salário mínimo mal dápara o alimento. Ter de pagar oaluguel, que abocanha boa parteda renda, é uma dificuldade aindamaior, sobretudo àqueles que têmfilhos. Este costuma ser o perfilde gente que busca, assim comoMaria, junto a movimentos deluta, uma moradia digna.

Marinalva Lima de Souza, 38anos, mãe de quatro meninas, in-siste à filha: “Vem tirar foto pro

jornal. É pra mostrar que precisa-mos mesmo”. A menina, aca-nhada, de 12 anos, encosta-se aosombros da mãe, que segura a ca-çula, de oito meses. Todas enca-ram a câmara, mas de nadarevelam as dificuldades que en-frentam diariamente dentro deuma barraca.

A mãe dorme com as duasmenores em uma cama comba-lida, torta e barulhenta. As maisvelhas, contudo, se sujeitam àfriagem do chão batido, em umcolchão úmido, que fica o tempotodo no chão, encostado na lonapreta.

Ygdgt"fq"Pcuekogpvq"Fkpk|"Iwkoctçgu 77951247120 - ME, torna públicoque requereu da Agência Municipal de Meio Ambiente - AMMA a licençaambiental de Funcionamento, para a atividade de Serviços de Manutenção

Automotiva, na Rua SV-03, N. 21 qdr. 177 Lt. 03 - Cidade Jardim,Goiânia/GO

Pastor Raimundo Perez: ele alega que a prefeitura doou ilegalmente parte de sua propriedade

Acompanhamento Fidel Castro Presente, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no Conjunto Vera Cruz 2, em Goiânia: litígio

Maria Xavier, 60 anos: barraca de lona sutentada com ripas

Marinalva de Souza e as quatro filhas: “Precisamos mesmo”

Rogério Cunha,líder da ocupação

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 19 A 25 DE MARÇO DE 2017

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Ex-executivo da Disney faz palestra em GoiâniaA primeira edição da Vitrine do Conhecimen-

to 2017, promovida pelo Shopping Flamboyant,será dia 29 próximo, com o Phd Claudemir deOliveira, ex-executivo da Disney, que abordará apsicologia positiva. Os ingressos para sua pales-tra, A Arte de Materializar Sementes de Sonhos,já podem ser adquiridos no piso 1 do Shoppinga partir da doação de um livro em bom estado deconservação. As vagas são limitadas.

Flamboyant In Concert 2017começa com Titãs e Negra LiNa terça, 28, tem início a temporada 2017 do

Flamboyant In Concert com show exclusivo deTitãs e Negra Li, às 19h30, no Deck Sul I. Os in-gressos podem ser trocados por notas ficais decompras no Shopping. Mais informações no sitedo shopping.

Reencontro de Elba, Alceu e Geraldo Azevedo, 20 anos depois, no Jaó Cruzando os caminhos em colaborações pontuais desde o final dos anos 1960, alguns dos

principais representantes da nordestinidade na música brasileira registraram em 1996 essa afi-nidade eletiva. Para comemorar as duas décadas desse grande encontro, Alceu Valença, Elba Ra-malho e Geraldo Azevedo voltaram a reunir-se e esse show chega aos palcos do Jaó Music Hallno dia 8 de abril. É o lançamento do DVD O Grande Encontro 20 anos. O primeiro O grande encontro foi um show em duo de Zé e Geraldo. Elba e Alceu assistiram

ao espetáculo no Rio e resolveram ampliar a função para o formato de quarteto. A junção vendeumais de 1 milhão de cópias, comprovando a potência inventiva e a empatia inabalável de cançõesque estouraram nas paradas nacionais entre os anos 1970 e os 1980. É hora de curtir esses su-cesso no palco. Ingressos a partir de R$ 120 no site: www.bilheteriarapida.com.br.

Empreendedorismo feminino em pautaA jornalista Cristiana Lôbo, da GloboNews, e Andréa Álvares, vice-presidente de marketing

da Natura, falam dos temas Mulheres de Sucesso e Igualdade de Gênero: Conquistas e Desa-fios, respectivamente, no Circuito de Palestras promovido pelo Sebrae. Esta primeira edição de2017 será realizada no dia 22, a partir das 17h, no Centro de Convenções de Goiânia. O eventoé gratuito (pede-se a doação de itens de higiene e beleza, que vão para o Cevam). Inscrições:www.sebraego.com.br ou pelo fone 0800 570 0800

Múltiplas artes na Vila Cora CoralinaCom a proposta de agregar diferentes for-

mas de arte, o festival Go Art será realizado dias1º, 6, 7, 8 e 9 abril, na Vila Cultural Cora Cora-lina. Tatuadores de várias partes do país partici-pam do maior evento de tatuagem de Goiás, queterá exposição fotográfica e de body suit, cine-ma, grafite, gastronomia, exposições e palestras.Entre as atrações musicais estão BNegão e JoãoGordo (foto), além das bandas goianas CarneDoce e Violins, estes últimos abrem o Go Artcom shows dia 1º, 20h30, no Teatro Goiânia.

Novidade gastronômicaA partir desta semana, a avenida Ricardo Pa-

ranhos ganha mais uma alternativa gastronômi-ca inovadora. Nova marca da República daSaúde, a Flow segue a tendência do ‘FreshFood’, comida rápida e saudável, com comodi-dade para quem tem mais pressa e não quer sealimentar em fast-foods. O local terá no cardá-pio itens como açaí, saladas, sanduíches, tapio-cas e sucos. O preço varia de R$ 10 a R$ 20.Atendimento todos os dias, das 8 às 22 horas.

Pinturas de Galvão BertazziÚltimos dias para conferir a mostra indivi-

dual Outra Distância, pinturas do artista GalvãoBertazzi, o autor das tirinhas Vida Besta, sucessoem vários jornais nacionais. A mostra está abertaà visitação no Lowbrow Lab Arte & Boteco até opróximo dia 5. As relações interpessoais, a urba-nidade, o amor, a raiva, a família e o caos da vidacontemporânea fazem parte das temáticas abor-dadas por Galvão em sua arte. A Lowbrow ficana rua 115, nº 1.684, Setor Sul. Mais informa-ções: 3991-6175

Coletânea comhumor e ficçãoO escritor goiano

Bariani Ortencio lan-çou, semana passadano Palácio das Esmeraldas, a sua coletânea for-mada por quatro livros, com as presenças do go-vernador Marconi Perillo, artistas e escritores. Acoletânea é composta por O crime do mordomoe outros crimes… de humor, Chão bruto, Con-versando com os mitos do folclore brasileiro, eFicção longa de Bariani Ortencio.