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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR COMPARAÇÃO DO MÉTODO DE EXECUÇÃO DE PAVIMENTOS SEM E COM O REFORÇO DE GEOGRELHA MACEIÓ ALAGOAS 2017/1

MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

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Page 1: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

COMPARAÇÃO DO MÉTODO DE EXECUÇÃO DE

PAVIMENTOS SEM E COM O REFORÇO DE GEOGRELHA

MACEIÓ – ALAGOAS 2017/1

Page 2: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

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MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

COMPARAÇÃO DO MÉTODO DE EXECUÇÃO DE

PAVIMENTOS SEM E COM O REFORÇO DE GEOGRELHA

Projeto de pesquisa apresentado como requisito para a conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro

Universitário CESMAC, sob orientação da Professora Mestra Danúbia Teixeira Silva

MACEIÓ - ALAGOAS 2017/1

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RESUMO

Marcos Antônio Perciano Messias Junior

Graduando do curso de Engenharia Civil

[email protected]

Danubia Teixeira Silva

Mestre em Geotecnia e professora de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac

[email protected]

Em construções de pavimentos tem-se a preocupação com as camadas inferiores ao revestimento, visto que há locais em que o subleito não suportaria a carga tida com a repetição de tráfego, se o

problema for realmente camadas inferiores com baixa capacidade de carga, uma das alternativas pode ser o uso de geogrelhas para reforço da base, material composto por polímeros naturais ou sintéticos que aumenta a resistência à tração e compressão do pavimento. Com a aplicação da

geogrelha é possível também ter ganhos econômicos com a diminuição da camada de base em aproximadamente 60%, e ganhos ecológicos com a menor exploração de jazidas. Para se descobrir a espessura das camadas que serão aplicadas na obra são usados cálculos que determinam num

pavimento sem reforço com o método de Murilo Lopes (DNIT) congregado com o método da AASHTO e em pavimento com reforço da geogrelha com o método de Giroud e Noiray ou com o método de TBR. Ao final dos cálculos diretos foi tido que com a aplicação da geogrelha o aumento

econômico da obra cresceu muito, não sendo viável seu uso em grandes extensões da obra. Foram feitas pesquisas em livros, artigos e dissertações para que se chegasse a essa conclusão.

PALAVRAS-CHAVE: Geossintéticos. Geogrelha. Reforço. AASHTO. TBR.

Pavimento.

ABSTRACT

In pavement constructions there is a concern with the layers lower than the coating, it is necessary to

make tests to discover the quality and support of loads that they support. Another problem that must be observed is an amount and a repetition of traffic passing on the road. After the tests and discoveries, solutions can be found for the problems, if the problem is a soft ground , it can use

systems to reinforce the pavement, and use the geosynthetic resource with economic gains with a decrease of the thicknesses of the Lower layers, gains of Strength, or, gain of tensile strength and compression and ecological gains with a decrease of exploitation to deposits. In order to find out the

thickness of the layers that are applied in a work can use calculations that help us in a pavement without reinforcement with the AASHTO method and in pavement with the reinforcement of the geogrid with the method of Giroud and Noiray or TBR METHOD. In the final of the calculations we

have discovered that the economics becomes increase too much, so, it’s not viable to use in big extensions.

KEYWORDS: Geosynthetics. Geogrid. Reforcement. AASHTO. TBR. Pavement.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Seção típica de um pavimento flexível em concreto asfáltico.................3

FIGURA 2 – Pista com trincas......................................................................................3

FIGURA 3 – Afundamento de trilho de roda.................................................................4

FIGURA 4 – Diferentes tipos de geotêxteis..................................................................9

FIGURA 5 – Uso de geogrelha como reforço na pavimentação................................11

FIGURA 6 – Uso de geomembrana para filtração e drenagem.................................11

FIGURA 7 – Geotêxtil usado para proteção de talude...............................................11

FIGURA 8 – Geotêxtil usado para separação de materiais.......................................12

FIGURA 9 – Geossintético usado para impermeabilização de camadas

asfálticas................................................................................................................... ..12

FIGURA 10 – Geotêxtil tecido usado para controle de erosão..................................12

FIGURA 11 – Diferentes mecanismos de interação desenvolvidos na interface solo-

grelha..........................................................................................................................16

FIGURA 12 – Demonstração de diminuição de espessura na camada de

base............................................................................................................................29

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6

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Espessura mínima de revestimento betuminoso ....................................6

TABELA 2 – Uso do geossintético para cada função e objetivo da obra...................12

TABELA 3 – Demonstração de valores no serviço de compactação nos dois métodos

de execução...............................................................................................................29

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................1

1 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................... .................................2

1.1 PAVIMENTOS .......................................................................................................2

1.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DO PAVIMENTO ......................................................................................................................................4

1.3 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL ............................................6

1.4 GEOSSÍNTÉTICOS ...............................................................................................8 1.5 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL COM APLICAÇÃO DE

GEOSSINTÉTICO .....................................................................................................12

1.6 MECANISMO DE ATUAÇÃO DO GEOSSINTÉTICO COMO REFORÇO EM PAVIMENTO .............................................................................................................15

1.7 HISTÓRICO DE UTILIZAÇÃO DO GEOSSÍNTÉTICO NO BRASIL ....................................................................................................................................16

2 METODOLOGIA ....................................................................................................18

3 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS DE EXECUÇÃO SEM E COM GEOGRELHA ...........................................................................................................19

3.1 MÉTODO CONVENCIONAL SEM GEOSSINTÉTICO .......................................19

3.2 MÉTODO CONVENCIONAL COM GEOSSINTÉTICO ..................................... ..21

3.3 COMPARATIVO DE CUSTO DE UM PAVIMENTO HIPOTÉTICO COM E SEM GEOGRELHA ...........................................................................................................22

3.3.1 CUSTO DO PAVIMENTO HIPOTÉTICO SEM GEOGRELHA ...................... ..22

3.3.2 CUSTO DO PAVIMENTO HIPOTÉTICO COM GEOGRELHA ........................25 3.4 DISCUSSÃO ENTRE OS DOIS MÉTODOS ..................................................... ..30

CONCLUSÃO............................................................................................................31

REFERÊNCIAS..........................................................................................................32

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INTRODUÇÃO

Na tentativa de melhorar a condição das pistas, pode-se usar a geogrelha,

geossintético composto por polímeros sintéticos ou naturais. A geogrelha tem

espaçamentos quadrados ou retangulares que interagem com os materiais

granulares do solo, assim sendo, dão mais elasticidade à área de aplicação,

aumentando a resistência à tensão e à compressão. A grelha age de uma forma que

quando a deflexão no pavimento chega ao seu “ponto de ativação”, ou seja, quando

a carga feita sobre o pavimento exige que a grelha comece à funcionar, ela evita que

a deflexão seja maior que o desejável, evitando assim o surgimento e a propagação

de trincamentos, e sob determinadas condições, atua na separação da camada

granular do subleito (BARBOSA, 2010).

Segundo Trichês e Bernucci (2004), pavimentos flexíveis quando assentados

sobre subleitos de baixa capacidade de suporte, podem apresentar alguns

problemas, como:

Ocorre redução da espessura e da resistência da camada granular pela

cravação ou agulhamento do material granular no subleito. Isso acontece

proporcionalmente à repetição do tráfego, que também promove, se em presença de

água, ascensão plástico para vazios da camada granular, isso acontece com a

junção da tração do tráfego agindo sobre o solo com a água, causando um efeito de

bombeamento dos materiais.

Há também a heterogeneidade do estado da camada granular. Decorre pelo

mal serviço de compactação do solo, ou seja, se a compactação não for feita

corretamente, o subleito que já tem uma baixa capacidade de suporte acaba por ter

uma baixa densificação da parte inferior da camada granular compactada, que fica

em contato com o subleito. Esse problema está associado ao fato de que solos de

baixa capacidade oferecerem baixa capacidade de deslocamento lateral dos

agregados. Assim sendo, é sabido que a parcela inferior da camada irá trabalhar

com menores valores de resiliência.

Em obras de pavimentação um grande problema encontrado no trecho é que

por vezes encontramos locais com áreas de subleito com baixa capacidade de

carga, ou seja, subleitos que não aguentariam a obra, finalização e manutenção de

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um trecho por tempo útil suficiente à ponto de que a obra possa sair do papel. Esse

problema poderia ser resolvido se existisse uma jazida próxima onde pudesse

buscar material de reforço, mas existe a possibilidade de as jazidas serem longe do

trecho da obra, e quando isso acontece, não se torna economicamente bom. Uma

das formas para se resolver a questão de camadas com baixa capacidade de carga

é com o uso de geossintéticos, na questão do pavimento, mais especificamente o

uso da geogrelha (BARBOSA, 2010).

Pesquisas na área do uso da grelha como reforço no pavimento é justificado

pela possibilidade de economia tanto para empresas quanto para o poder público

através de projetos mais precisos e adequados à realidade do local. Além disso,

ganhamos economia também com a redução das camadas inferiores, e também

ganhos ecológicos, visto que com a redução das camadas, as jazidas serão menos

exploradas (GONÇALVES, 1999).

O foco desse estudo é mostrar a diferença nos métodos de execução de um

pavimento flexível com a base convencional, e pavimento flexível com o uso de

geossintéticos como reforço da base do pavimento e fazer uma análise de custo

com aplicação de geogrelha como reforço de base num pavimento de dimensões

hipotéticas.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo é apresentado uma revisão bibliográfica realizada a

partir de teses e livros quanto ao tema para que pudesse ser apresentado de

forma clara.

1.1 PAVIMENTOS

Pavimento é uma estrutura construída após a terraplanagem por meio de

camadas de vários materiais de diferentes características de resistência e

deformabilidade. Esta estrutura assim constituída apresenta um elevado grau e

complexidade no que se refere ao cálculo das tensões e deformações. (MARQUES,

2003).

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Pavimento flexível é aquele que tem revestimento asfáltico e camada granular. A

distribuição da tensões e deformações causadas na estrutura do pavimento,

causadas pelo tráfego de automóveis, se dá de modo que as camadas de

revestimento e base absorvam a maior parte da carga e aliviem as tensões verticais

de compressão do subleito por meio da absorção de tensões cisalhantes. Neste

processo, ocorrem tensões constantes que podem levar o pavimento a desenvolver

trincamentos (Figura 2) ou abranger trincas que já tenham sido criadas, um outro

problema é também a formação de afundamentos de trilhas de rodas (Figura 3),

esses problemas se dão devido à repetição das cargas do tráfego, como mostra a

(figura 1) (GONÇALVES, 1999).

Figura 1 - Seção típica de um pavimento flexível em concreto asfáltico

Figura 2: Pista com trincas.

Fonte: (ANDRADE, 2005)

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Fonte: (ANDRADE, 2005).

O pavimento flexível é composto por quatro camadas, são elas:

Revestimento: Formado por misturas de agregados e cimento asfáltico.

Recebe as cargas do tráfego e distribui para as camadas estruturantes.

Base: Composta de materiais granulares, com ou sem aglutinantes (CAP,

cimento ou cal). Recebe esforços da camada superior e distribui para a sub-

base.

Sub-base: Composta de materiais granulares com ou sem aglutinante com

função de diminuir a espessura da base e mudar a rigidez da camada.

Subleito: Terreno natural, passível de reforço por compactação ou

substituição do material para aumentar a rigidez (IMPLANTAÇÃO, 2002).

1.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO DOS PAVIMENTOS

Existem fatores que influenciam no desempenho e na vida útil do pavimento,

dentre estes destacam-se: o número e a magnitude das cargas do tráfego, as

propriedades dos materiais componentes das camadas e sua heterogeneidade ao

Figura 3: Afundamento de trilho

de roda.

.

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longo da via, a natureza do solo do subleito, a frequência e a forma com que será

feita a manutenção ao longo do tempo, as condições de drenagem e as condições

climáticas. O desempenho estrutural pode ser avaliado através da variação do

módulo de elasticidade efetivo de uma ou mais camadas com o tráfego acumulado.

Tem-se o conhecimento de alguns fatores que levam à deterioração dos pavimentos

flexíveis, os principais são:

Formação e crescimento de trincas asfálticas, formadas principalmente pela

repetição das cargas do tráfego.

Formação de afundamentos de trilhos de rodas, que são formadas pela

repetição das cargas de tráfego que geram um acumulo de fadigação na via,

acumulando deformações plásticas em todas as camadas.

Acumulo de água no topo da base e no revestimento, que normalmente é

causado por a camada da base ser de drenagem lenta.

Envelhecimento do ligante betuminoso por oxidação (GONÇALVES, 1999).

Segundo Rocha e Fuentes (2013), fatores climáticos também influenciam no

comportamento dos pavimentos, visto que se as camadas são aplicadas em épocas

húmidas, o solo pode não secar ou tomar tempo da obra pela demora da seca, é

importante também observar que se o pavimento é construído em épocas molhadas,

o revestimento pode vir a se tornar um solo borrachudo, isso vai facilitar o

aparecimento trincas e afundamentos do pavimento.

De acordo com Oliveira (2013), existem também fatores como: baixa

capacitação da mão-de-obra, má qualidade dos materiais usados e até sabotagem

dos integrantes da equipe. Especificadamente em obras de pavimento a má

execução de compactação das camadas inferiores podem levar o pavimento a ter

uma vida útil menor, visto que se mal compactada, o pavimento pode apresentar o

fenômeno de bombeamento e misturar os materiais granulares da base com subleito

e assim perderem suas características.

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1.3 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL (MÉTODO DNER)

Um outro fator que influencia no desempenho do pavimento é a espessura e a

capacidade de suporte das camadas, no manual do DNER (1981), elaborado pelo

engenheiro Murilo Lopes de Souza no início da década de 60, trata-se

substancialmente de métodos de avaliações empíricos. O manual foi elaborado de

forma que suas observações empíricas foram congregadas ao método AASHO

Road Test. No manual encontramos uma espessura mínima das camadas do

pavimento elevadas, ou seja, Murilo em suas observações chegou a conclusão que

melhor sobrar que faltar, com uma grande espessura, ele chegou a conclusão de

que isso aumentaria a segurança dos usuários das vias, porém essa espessura

elevada pode também desservir a segurança, já que ela não leva em conta as

deformações máximas de tração que são provocadas pelas cargas de tráfego nessa

camada e que controlam sua vida útil (LAGES; VIDAL, 2004).

As espessuras mínimas adotadas para suporte de cargas estão apresentadas

na Tabela 1, e são de uso exclusivo em revestimento apoiados em base de

características puramente granular, esse valores foram determinados através de

inúmeras observações (BARBOSA, 2010).

Tabela 1: Espessura mínima do revestimento betuminoso

Fonte: (BARBOSA, 2010).

As espessuras de base (b), sub-base (H20) e reforço de subleito (Hn),

são obtidas através da solução sucessiva das seguintes inequações,

apresentadas na Equação1.

(R x KR) + (B x) ≥ H20 (1)

(R x kR) + (B x KB) + (h20 x KS) ≥ Hn (2)

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(R x KR) + (B x KB) + (h20 + KS) + ( hn x KRet) ≥ Hm (3)

KR: Coeficiente de equivalência estrutural do pavimento;

R: espessura do revestimento;

KB: Coeficiente de equivalência estrutral da base;

B: espessura da base

H20: Espessura de pavimento necessária para proteger a sub-base

KS: Coeficiente de equivalência estrutral da sub-base;

H20: espessura da sub-base;

Hn: espessura de revestimento necessária para proteger o reforço de

subleito;

KRef: Coeficiente de equivalência estrutural do reforço de subleito;

Hn: Espessura de reforço do subleito;

Hm: Espessura total de pavimento necessária para proteger o material com

CBR igual em %.

Equação 1: Inequações para determinação da espessura mínima da base, sub-base

e subleito.

A utilização das inequações acima devem respeitar as seguintes considerações:

Caso o CBR da sub-base seja superior a 20%, deve-se utilizar o valor máximo

de 20%

A espessura total mínima para as camadas granulares é de 15 cm

Se o CBR da sub-base for maior ou igual a 40% e o N (espessura mínima de

revestimento betuminoso) menor ou igual a 106 substitui-se na inequação, (R

x KR) + (B x KB) ≥ H20, H20 por 0,8 x H20;

Para N > 107, recomenda-se substituir a inequação (R x KR) + (B x KB) ≥ H20,

H20 por 1,2 x H20. (BARBOSA, 2010).

As espessura Hm, Hn e H20, são determinadas pela Equação a seguir, em

função do número N e do CBR.

HT = 77,67 x N0,0482 x CBR-0,598 ( Equação 2).

Devem ser levadas em consideração as seguintes observações:

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Supõe-se que exista uma drenagem superficial adequada e que garanta que

o lençol freático fique rebaixado a pelo menos 1,5m em relação ao greide de

terraplanagem;

No caso da existência de materiais de subleito cujo CBR seja < 2%, é sempre

recomendável que seja feita a substituição deste material a uma espessura

de pelo menos 1m por uma material cujo CBR < 2% (Recomenda-se material

≥ 10%).

As espessuras máximas e mínimas para compactação das camadas

granulares são de 20 cm e 10 cm, respectivamente. (BARBOSA, 2010).

1.4 GEOSSINTÉTICOS

Os geossintéticos são compostos por fibras têxteis (Figura 5), sendo elas

naturais ou sintéticas. As fibras naturais (lã, seda, algodão, etc.) são raramente

usadas por serem materiais biodegradáveis, assim sendo, tendo sua vida útil

reduzidas. Entre as fibras sintéticas que compõe os geotêxteis encontra-se as

seguintes (FERREIRA GOMES, 2001):

PET – Poliester;

PA – Poliamida;

PE – Polietileno;

LDPE – Polietileno de baixa densidade;

LLDPE – Polietileno de baixa densidade linear;

HDPE – Polietileno de alta densidade;

PP – Polipropileno;

PS – Polistireno;

PVC – Cloreto de Polivinilo;

ECB – Copolímero de etileno com betume, e

CPE – Polietileno clorado

Segundo Ferreira Gomes (2001), os três últimos (PVC, ECB e CPE) usados

apenas para a fabricação de geomembranas. As geomembranas podem ser

utilizadas como barreira em sistemas de controle e desvio de fluxo, possibilita a

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9

impermeabilização de aterros sanitários, aterros químicos, canais, biodigestores,

lagoas de tratamento de chorume e dejetos, barragens, tanques de psicultura,

esterqueiras, pátios e lagoas de compostagem, ETEs e ETAs.

Figura 4: Diferentes tipos de geotêxteis: a) geotêxtil tecido; b) geotêxtil não tecido

ligado quimicamente; c) geotêxtil não tecido ligado termicamente; d) geotêxtil não

tecido ligado mecanicamente (por agulhagem).

Existem então dois tipos de materiais que podem ser usados no reforço dos

pavimentos flexíveis contra os trincamentos por fadiga de tráfego, são eles:

Grelhas (fibras de vidro, metálicas e geogrelhas poliméricas);

Tecidos/mantas (geotêxteis). (SIEIRA, 2003)

Embora os dois sejam utilizados frequentemente nas mesmas situações, as

geogrelhas são mais usadas como reforço em pavimentos (BUHLER, 2007).

Segundo Shujmann (2010), geotêxteis tecidos são aqueles fabricados em processos

de tecelagem, em que há entrelaçamentos ordenados das fibras, em geral, num

ângulo de 90º, possuem espessura muito fina (<1,0 mm). Os não-tecidos são

fabricados pela deposição aleatória de fibras em uma esteira rolante, ficando a

espessura do produto condicionada à velocidade de avanço da esteira.

Os geotêxteis têm varias aplicações, as principais delas são:

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10

Drenagem: Os tecidos podem canalizar e transferir rapidamente a água do

solo para várias saídas.

Filtragem: Quando posicionado entre duas camadas de solo, uma de grãos

grossos e outra de grãos finos, o tecido permite o escoamento livre da água

de uma camada para outra. Ao mesmo tempo, impede que o solo de

granulação fina seja transportado pela água para dentro do solo de grãos

grossos.

Separação: Os geotêxteis ajudam a manter as diferentes camadas de solo

separadas após a conclusão da construção. Por exemplo, na construção de

autoestradas, um terreno de fundação argiloso pode ser mantido separado de

uma base granular.

Reforço: A resistência à tração dos geotêxteis aumenta a capacidade de

carga do solo. (BRAJA, 2011)

Segundo Colmanetti (2006), Geomembrana é um produto planar, composto

por uma ou mais camadas, essencialmente impermeável, manufaturado a partir de

materiais poliméricos. Pode ser empregada com solo, rocha ou qualquer outro

material relacionado à engenharia geotécnica, como parte integrante do projeto,

estrutura ou sistema.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na norma NBR 12553

(ABNT, 2000a) define geomembrana como um produto bidimensional, de baixíssima

permeabilidade, composto predominantemente por asfaltos, elastômetros ou

plastômetros.

As geogrelhas segundo Ante (2012), são geossintéticos projetados

principalmente para cumprir a função de reforço. O material tem tido várias

aplicações em projetos rodoviários. As aberturas que a geogrelha possui permite

uma maior interação do material com o solo na qual está enterrada. As grelhas são

classificadas dependendo da resistência que podem fornecer nas duas direções,

sendo classificadas como unidirecional ou bidirecional. As geogrelhas unidirecionais

podem ser usadas como reforço de muros e taludes, já as bidirecionais são mais

comumente usadas como reforço na camada de base de estruturas de pavimentos.

Os geocompostos segundo Silva (2007), sua filosofia básica é a combinação

de materiais com as melhores características para cada função, de tal modo que sua

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11

finalidade seja atentida. Os geocompostos são constituídos de materiais sintéticos,

podendo ser fabricado industrialmente ou até mesmo produzido no canteiro de obra.

Os geocompostos tem a drenagem e filtração como funções principais, normalmente

são posicionados acima ou baixo de georredes, satisfazendo desta forma, funções

de drenagem e filtração.

Como foi dito, os geossintéticos tem várias aplicaçãos, entre eles: reforço

(Figura 5), filtração e drenagem (Figura 6), proteção (Figura 7), separação (Figura 8),

impermeabilização (Figura 9) e controle de erosão (Figura 10).

Figura 5: Uso da geogrelha como Figura 6:Uso da geomembrana para

reforço na pavimentação. filtração e drenagem

Fonte: Geosynthetica Fonte: Inovageo

Figura 7: Geotêxtil usado para Figura 8: Geotêxtil usado para

proteção de talude separação de materiais

Fonte: Cadigeo Fonte: Inovageo

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12

Em projetos de engenharia, as aplicações de geossintéticos são diversas e

cada tipo possui funções determinadas. A tabela 2 apresenta o emprego de alguns

geossintéticos para atender as suas funções nos projetos.

Tabela 2: Uso do geossíntéticos para cada função e objetivo da obra.

FONTE: SIEIRA, 2003.

1.5 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL COM APLICAÇÃO DE

GEOSSINTÉTICO

Para a execução do pavimento com reforço da base com o uso da geogrelha

a execução não se torna diferente, e tampouco mais difícil. O uso da geogrelha não

Figura 9: Geossíntetico usado para Figura 10: Geotêxtil tecido usado

impermeabilização de para controle de

camadas asfálticas. erosão.

Fonte: Geosynthetica Fonte: Civilização engenharia

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necessita de mão-de-obra especializada, sua execução no método de reforço da

base deve ser feita assim que a base estiver nivelada. Sua execução é feita de

forma que a geogrelha é posta em cima da área a ser reforçada e desenrolada

devagar. Apesar da facilidade da aplicação da geogrelha, deve-se atentar para o

fato da economia com materiais de camadas inferiores, com o uso da grelha sub-

leito, base, sub-base e revestimento têm suas espessuras diminuídas

consideravelmente. (LAGES, VIDAL, 2004).

- Giroud e Noiray

Método criado em 1981, foi o pioneiro no cálculo de dimensionamento de vias

não pavimentadas sobre solos moles, utilizando geossintéticos como elemento de

reforço. Este método calcula a espessura da camada de agregado com a inclusão

de geossintético através de comparação entre uma análise estática (com e sem

geotêxtil) e dinâmica (sem geotêxtil). O ganho final na espessura vem da concepção

de que o geossintético substitui parte da espessura de agregado ou solo necessária

para a dissipação da carga aplicada. O método considera que o subleito é o

composto de um material homogêneo, com baixa permeabilidade, saturado, tendo

uma espessura mínima suficiente para desenvolvimento de uma zona plástica de

ruptura, cuja resistência ao cisalhamento é representada pela coesão não drenada,

Su. Admite-se também que a camada de agregado tenha certas propriedades

necessárias para que a sua deformação plástica seja desprezível, isto corresponde

a solos com CBR ≥ 80% (LAGES, VIDAL, 2004).

Cálculo para o caso com reforço.

Onde:

Su: Coesão não drenada;

P: Pressão dos pneus no pavimento;

Βo: Ângulo de espairamento das tensões;

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K: Módulo de rigidez;

ε: Deformação da geogrelha;

α: Largura da corda da parábula formada pela deformação em trilho de roda;

s: Flecha correspondente.

Equação 3: Cálculo para determinação de camadas com o uso de reforço

Fonte: (LAGES, VIDAL, 2004).

- Método TBR

Segundo Barbosa (2010), um outro método importante a ser usado é o TBR –

Taxa de Benefício de Tráfego. O método tem a função de avaliar a repetição de

tráfego que passa sobre o pavimento e fazer as especificações técnicas que levem a

um resultado aproximado da necessidade do pavimento. O método TBR é definido

pela Equação:

Equação 4.

Onde:

Ngeo: número de repetições do eixo padrão de 82 kN que produz um determinado

afundamento em trilha de roda (TR) no pavimento com geossintético.

N: número de repetições do eixo padrão de 83 kN que produz o mesmo

afundamento em trilho de roda (TR) no pavimento sem o geossintético.

Em geral, adota-se TR (trilha de roda) entre 2,0 e 2,5 cm para indicar a falha

ou ruptura da estrutura do pavimento.

Assim, para contemplar o aumento da vida útil ou período de projeto que a

geogrelha proporciona, pode-se adaptar o método da AASHTO incluindo a TBR

conforme a Equação:

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15

(Equação 5.)

Onde:

TBR: taxa de benefício de tráfego, geralmente igual a 2;

SNBR: número estrutural considerando-se a contribuição da geogrelha;

∆PSI: perda de serventia esperada durante o período do projeto;

W18: número de solicitações equivalentes ao eixo padrão de 82 kN, calculado com

os coeficientes de AASHTO;

MR: módulo de resiliência do subleito;

ZR: desvio padrão para a probabilidade de êxito que se quer para a estrutura

dimensionada;

S0: desvio padrão que leva em conta as incertezas das variáveis medidas e do

processo construtivo.

1.6 MECANISMO DE ATUAÇÃO DE GEOSSINTÉTICO COMO REFORÇO EM

PAVIMENTO

A interação entre o solo e a geogrelha depende basicamente das

propriedades mecânicas do solo (densidade, granulometria, composição) e das

propriedades da geogrelha utilizada, sendo função de dois mecanismos: 1)

cisalhamento na interface e 2) cisalhamento do solo confinado nos orifícios da

malha. diferentes mecanismos de interação são desenvolvidos na interface solo-

geogrelha, como mostra a (Figura 11)

Page 24: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

16

Figura 11: Diferentes mecanismos de interação desenvolvidos na interface solo-

geogrelha.

Fonte: (SIEIRA, 2013)

Segundo Texeira (2003), o ensaio que vem se mostrando bastante promissor

no sentido de mostrar o funcionamento da interação solo-geogrelha, é o ensaio de

arrancamento, que simula bem o comportamento das geogrelhas com o solo.

Teixeira (2003) diz ainda que o ensaio de cisalhamento direto apesar de

conveniente para estudar a interação solo-geotêxtil, não se mostram adequados ao

estudo da interação solo-geogrelha, devido às diferenças entre os mecanismos de

interação do elemento de reforço com o solo.

1.7 HISTÓRICO DE APLICAÇÃO DOS GEOSSINTÉTICOS NO BRASIL

A utilização de geossintéticos, no Brasil, iniciou-se na década de 70,

principalmente em sistemas de drenagem. A primeira obra de solo reforçado por

Page 25: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

17

gotêxteis foi realizada em 1984, no km 35 da rodovia SP-123 que liga Taubaté a

Campos do

Jordão. Esta obra foi implantada para recuperar um aterro rodoviário de cerca de

30m de altura, construído para a travessia de um talvegue que havia sofrido uma

ruptura e cuja cicatriz continuava sofrendo evolução através de processos erosivos,

colocando em risco a continuidade da rodovia. Este tipo de obra se viabilizou, tanto

tecnicamente quanto economicamente, após um estudo de alternativas, eliminando

soluções convencionais que se inviabilizaram devido à elevada inclinação do talude

resultante e também à não competitividade econômica destas alternativas (Carvalho

et al., 1986).

Nos últimos anos, destacam-se os sistemas híbridos, que combinam

estabilidade interna e externa da estrutra. Um exemplo de tal técnica é o sistema

Terramesh, que associa a face externa do muro de contenção, formada por gabiões,

com capas de malha inseridas no retroaterro de solo (SIEIRA, 2003).

As geogrelhas são feitas a partir de materiais sintéticos de alto módulo e

baixa deformação envolvidos em um revestimento polimérico de proteção. São

fabricadas de modo a garantir uma elevada estabilidade nas intersecções. O

poliéster de alto módulo (PET) tem sido a matéria-prima básica para a fabricação do

geossintético. Desenvolvimentos tecnológicos levaram à utilização de polímeros

avançados e de melhor desempenho, como por exemplo o álcool polivinílico (PVA) e

aramida. Esses materiais mais modernos apresentam uma rigidez axial

excepcionalmente elevada. Além disso o PVA apresenta uma resistência maior aos

agentes químicos aplicados no solo – especificamente substancias alcalinas.

(VILCHEZ, 2002)

Considerando os principais requisitos técnicos de um projeto com geogrelha,

ultimamente opta-se por usar geogrelhas bidirecionais incluindo-a nos trechos

pontuais de solos moles ao nível do subleito. O melhoramento de subleitos baseia-

se totalmente no conceito de distribuição de cargas em uma área maior, contribuindo

desta maneira para minimizar a pressão sobre os solos moles.Finalmente, para o

cálculo da estrutra de pavimento, foi estabelecido um CBR mínimo de 3,3% (Mr =

5.000,00psi) para o subleito. As camadas seguintes estavam conformadas por: uma

Page 26: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

18

sub-base de 15cm de areia limpa de rio com anticontaminante e 15 cm de areia

siltosa proveniente de uma pedreira próxima; uma base granular de pedra britada,

reforçaca com uma geogrelha biaxial ao longo de todo o pavimento novo. A

vantagem da geogrelha como elemento de reforço da base granular em uma

estrutura de pavimento geralmente de quantifica em termos de incremento da vida

útil medida pelo número de repetições de carga. O reforço de base é gerado

mediante um jogo de mecanismos complexos que incluem o confinamento que faz a

geogrelha se adaptar ao material granular de base, através das suas aberturas

(CENTURIÓN; VILELA; MARQUINA, 2005).

A geogrelha usada como reforço na pavimentação possui características que

devem ser lembradas, são elas:

Alto módulo de rigidez (alta resistência à tração à baixa deformação)

Elevada resistência à tração até 2.500 kN/m

Comportamento estável a longo prazo devido à propriedade de baixa fluência

Resistência aos micro-organismos e elementos químicos presentes no solo,

bem como radiação UV e à degradação por danos mecânicos de instalação

Excelente interação com o solo pela escolha da abertura de malha da

geogrelha mais apropriada ao material adjacente.

Flexível, leve e fácil de instalar

Ampla gama de resistências nas direções longitudinal e transversal

Possibilidade de escolha da matéria prima de acordo com as especificações

do projeto (VILCHEZ, 2002).

2. METODOLOGIA

No presente trabalho foi realizada um revisão de literatura sistemática, com a

intenção de comparar os métodos de execução de pavimento flexível sem e com o

uso de geossintéticos como reforço da camada de base. O presente estudo teve

como base teses, dissertações, livros e artigos. Nos artigos estudados foi observado

que com o uso do geossintético como reforço da base e sub-base, a obra tem

vantagens econômicas, visto que, com sua aplicação as camadas inferiores do

pavimento têm suas espessuras reduzidas, ainda nas vantagens econômicas temos

Page 27: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

19

uma considerável diminuição no transporte jazida-obra dos materiais que

complementam e reforçam o subleito, sub-base e base. Nos materiais de estudo foi

observado também que tivemos vantagens ambientais, com a menor quantidade de

materiais utilizados, as jazidas são menos exploradas, foi observado também a

vantagem física da obra, visto que com a aplicação de geossintéticos o pavimento

ganha mais resistência à tração e à compressão. Foi feito também um cálculo de

um pavimento hipotético mostrando a diferença nos gastos com a economia da

espessura de base com o reforço da geogrelha.

3. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS DE EXECUÇÃO SEM E

COM GEOGRELHA

Neste capítulo serão apresentados os métodos de execução do pavimento

flexível sem e com o reforço da geogrelha na camada de base, após a apresentação

dos dois métodos será feita uma discussão entre os dois métodos.

3.1 MÉTODO CONVENCIONAL – SEM GEOSSINTÉTICO

Segundo Mota (2010), a execução de pavimento flexível convencional é feito

da seguinte forma:

- Preparo da base

Essa camada se encontra logo abaixo do capeamento asfáltico. Esse piso

deve estar regular, compactado e isento de partículas soltas. A brita graduada

simples é um dos materiais mais usados no país como base e sub-base de

pavimentos asfálticos. Trata-se de um material cujo diâmetro dos agregados não

excede 38mm, e que tem entre 3% e 9% de finos. Seu transporte é feito em

caminhões basculantes e a distribuição do material na pista é feita, normalmente,

por vibroacabadora ou motoniveladora.

Page 28: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

20

- Compactação da base

A compactação é executada por rolos compactadores estáticos ou vibratórios,

Essa operação deve ser feita logo após o espalhamento para evitar que a

brita perca umidade.

- Lançamento da mistura asfáltica

A mistura asfáltica deve ser lançada em uma camada de espessura uniforme.

O lançamento é feito por vibroacabadora, que lança a mistura, faz o nivelamento e a

pré-compactação da mistura asfáltica. O lançamento da mistura deve ser precedido

por uma preparação da superfície da base – com uma imprimação, por exemplo. A

imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da base já

concluída, para conferir impermeabilização e permitir a aderência entre a base e o

revestimento a ser executado.

- Compactação do asfalto

Essa fase de execução da camada asfáltica geralmente se divide em: 1)

rolagem de compactação e 2) rolagem de acabamento. Na primeira, se alcança a

densidade, a impermeabilidade e grande parte da suavidade superficial. Na rolagem

de acabamento são corrigidas marcas deixadas na superfície pela fase de rolagem

anterior. Para essas tarefas são empregados rolos compactadores estáticos ou

vibratórios. Após a compactação o pavimento está pronto para receber o

acabamento superficial especificado.

Segundo Senço (2001), para que o pavimento convencional seja feito de

forma correta é preciso também atentar para a regularização ou preparo do subleito.

No caso de a pavimentação ser executada sobre um leito antigo de estrada de terra,

é certo que a superfície desse leito se apresentará irregular, assim, não vai

satisfazer às condições de forma imposta ao pavimento. Deve-se então sempre dar

preferência à regularização de pequenos aterros. Admitindo-se que o trecho em

pavimentação apresente um perfil longitudinal com irregularidades na superfície, os

pequenos aterros viriam corrigir essas irregularidades, dando condições geométricas

definidas ao subleito.

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21

Equipamentos utilizados na execução de um pavimento convencional:

Veículos para transporte dos agregados;

Distribuidores, de preferência mecânicos, de agregados; e irrigadeiras de no

mínimo 5.000 litros;

Rolos compressores com peso de 10 a 12t.;

Vassouras manuais e mecânicas;

Equipamentos variados para execução de pequenos acertos e medida dos

trabalhos realizados (SENÇO, 2001).

3.2 MÉTODO DE EXECUÇÃO DE PAVIMENTO COM GEOSSINTÉTICO

Segundo Senço (2001), o método de execução de um pavimento com o

reforço de geossintético, da geogrelha mais especificamente, não se diferencia

muito em questões de trabalho manual. Os métodos para regularização e reforço do

subleito, base e sub-base são os mesmos. O que se diferencia entre um método e

outro é o projeto do pavimento que deve constar as novas espessuras, ou seja, com

a aplicação da geogrelha, o projeto deve constar quais as novas medidas da base e

sub-base, visto que tem-se uma economia nas camadas. O maquinário tem uma

pequena diferenciação, exigindo-se a presença de rolos com vibração para que na

compactação do solo com a geogrelha a interação solo-geogrelha aconteça de

forma satisfatória.

Carmo e D’ávilla (2012) mostra que após feitos os procedimentos habituais,

deve-se seguir o passo-à-passo para que a geogrelha seja posta de forma correta e

atenda as suas funcionalidades, são eles:

Correto posicionamento, direção e dimensões dos painéis devem ser

definidos pelo projeto executivo;

A geogrelha deve ser desenrolada manualmente ou por equipamentos que

não ofereçam risco de danos ao material;

Os painéis de geogrelha devem estar tão esticados quanto possível sem

apresentarem dobras;

Page 30: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

22

Os painéis de geogrelhas devem ser sobrepostos, na falta de recomendações

explicitas pelo projeto executivo, recomenda-se uma sobreposição mínima de

20 cm;

Sobreposições na direção longitudinal e na transversal devem seguir os

mesmos critérios;

O solo ou agregado de cobertura deve ser espalhado e compactado de modo

que se minimize o risco de formação de dobras e movimentações da

geogrelha. O aterro pode ser executado diretamente sobre a geogrelha;

A geogrelha deve ser coberta em no máximo 30 dias, para evitar muito tempo

em exposição;

Deve-se ter o cuidado de não deixar as máquinas e equipamentos terem

contato direto com a geogrelha. Um mínimo de 15 cm de solo ou agregado

deve ser espalhado sobre a geogrelha para permitir o tráfego de máquinas

sobre a área coberta com a geogrelha.

3.3 COMPARATIVO DE CUSTO DE UM CASO HIPOTÉTICO DE PAVIMENTO

COM E SEM GEOGRELHA

Neste capítulo é mostrado um cálculo comparando os custos de um

pavimento com a aplicação da geogrelha e sem a aplicação. O dimensionamento

das espessuras do pavimento calculado é hipotético. A extensão do trecho do

pavimento é de 2 Km.

Os valores de custos de materiais e serviços foi tirado do SICRO-AL 2016.

GRECO (2011) considera que os limites de passada do rolo compactador seja entre

6 e 12 vezes sobre as camadas, nos cálculos a seguir foi considerado 6 passadas a

uma velocidade do rolo de 8 km/hr.

3.3.1 CUSTO DE EXECUÇÃO DE PAVIMENTO HIPOTÉTICO SEM

GEOGRELHA

Segundo Carmo e D’ávilla (2012), sem o uso da geogrelha como reforço de

base de um pavimento, sua espessura no pavimento hipotético ficou em 75 cm,

assim sendo foi descoberto o volume dessa camada:

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23

Vb = Eb x Ct

Onde:

Vb: Volume da base;

Eb: Espessura da base;

Ct: Comprimento do trecho.

Calcula-se:

Vb = 0,75 x 2000

Vb = 1500 m3

De acordo com Greco (2011) o rolo deve efetuar no mínimo 6 passadas a

cada 200 m, tem-se:

Pt = P x (Ct ÷ 200)

Onde:

Pt: Passadas totais;

P: Passadas a cada 200 m;

Calcula-se:

Pt = 6 x ( 2000 ÷ 200)

Pt = 60

Tendo 60 passadas num trecho de 2 km, a uma velocidade de 8 km/hr do rolo

compactador, tem-se:

8 km/h ÷ 3.6 = 2,22 m/s

T = S ÷ V

Onde:

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24

T = Tempo;

S = Trecho parcial de 200 m;

V = Velocidade do rolo compactador.

Calcula-se:

T = 60 x (200 m ÷ 2,22 m/s)

T = 60 x 90 s

T = 5400 s = 90 min = 1 hora e 30 minutos.

Seguindo os valores dados pelo SICRO-AL (2016), tem-se que:

Rolo compactador liso: R$ 90,17/ hora

Brita Graduada Simples (BGS): R$ 64,69/m³

Tem-se que a cada 200 m do trecho o rolo passa 1 hora e 30 minutos para

completar a compactação, se o trecho tem um total de 2000 m, calcula-se:

Tt = 90 min x 10

Tt = 900 min = 15 horas

Assim sendo, o custo final do uso do rolo compactador liso é calculado da seguinte

forma:

CFR = Tt x R$/h

Onde:

CFR: Custo final do rolo.

Calcula-se

CFR= 15h x R$ 90,17

CFR= R$ 1.352,55

Page 33: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

25

O custo final da brita graduada simples é calculado da seguinte forma:

CFB = R$/m³ x Vb

Onde:

CFB: Custo final da brita.

Calcula-se:

CFB = R$ 64,69 x 1500m³

CFB = R$ 97.035,00

3.3.2 CUSTO DE EXECUÇÃO DE PAVIMENTO HIPOTÉTICO COM

GEOGRELHA

Considerando o mesmo pavimento hipotético apresentado por Carmo e

D’ávilla (2012), com o uso da geogrelha a espessura da camada de base diminuiu

para 30 cm, assim sendo, vamos aos cálculos.

Vb = Eb x Ct

Onde:

Vb: Volume da base;

Eb: Espessura da base;

Ct: Comprimento do trecho.

Calcula-se:

Vb = 0,30 x 2000

Vb = 600 m³

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26

De acordo com Greco (2011), tem-se 6 passadas do rolo a cada 200 metros,

então:

Pt = P x (Ct ÷ 200)

Onde:

Pt: Passadas totais

P: Passadas a cada 200 m.

Calcula-se:

Pt = 6 x (2000 ÷ 200)

Pt = 60

Tendo 60 passadas num trecho de 2 Km, a uma velocidade de 8 km/hr do rolo

compactador vibratório (usado para execução de pavimentos com geogrelha), tem-

se:

8 km/h ÷ 3,6 = 2,22 m/s

T = S ÷ V

Onde:

T: Tempo;

S: Trecho parcial de 200 m;

V: Velocidade do rolo compactador.

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27

Calcula-se:

T = 60 x (200 m ÷ 2,22 m/s)

T= 60 x 90 s

T = 5400 s = 1 hora e 30 minutos

Seguindo os valores adotados no SICRO-AL (2016), tem-se que:

Rolo compactador vibratório: R$ 107,89/hr

Brita Graduada Simples (BGS); R$ 64,69/m³

Geogrelha: R$ 21,33

Tem-se que a cada 200 metros do trecho, o rolo passa 1 hora e 30 minutos

para completar a compactação, se o trecho tem um total de 2000 metros, calcula-se

Tt = 90 min x 10

Tt = 900 min = 15 horas

Onde:

Tt: Tempo total de compactação.

Assim sendo, o custo final do uso do rolo compactador vibratório é calculado

da seguinte forma:

CFR = Tt x R$/h

Onde:

CFR: Custo final do rolo vibratório.

CFR = 15h x R$ 107,89

CFR = 1.618,35

O custo final da brita graduada simples é calculado da seguinte forma:

Page 36: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

28

CFB = R$/m³ x Vb

Onde:

CFB = Custo final da brita

Calcula-se:

CFB = R$ 64,69 x 600 m³

CFB = R$ 38.814,00

Foi feita uma pesquisa de preços no manual de obras do DNIT, o valor da

geogrelha encontrado foi de R$ 21,33.

Segundo o Manual de Obras do DNIT, a pista de rolamento deve ter uma

largura de 9 metros. O trecho hipotético neste trabalho corresponde a um

comprimento de 2 Km, então em m², tem-se:

2000 m x 9 m = 18000 m²

Então tem-se que:

PG = 18000m² x R$ 21,33

PG = R$ 383.940,00

Onde:

PG: Preço da Geogrelha;

Page 37: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

29

A Tabela 3 demonstra os valores achados nos dois métodos de execução.

Tabela 3: Demonstração de valores achados no serviço de compactação nos dois

métodos de execução.

Pavimento hipotético conforme Figura 12 mostra uma diminuição na

espessura da camada de base de 60% com o reforço da geogrelha.

FIGURA 12: Demonstração de diminuição de espessura na camada de base

Fonte: Carmo e D’ávilla (2012)

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30

3.4 DISCUSSÃO ENTRE OS DOIS MÉTODOS

Quando se trata de maquinário, os dois métodos se diferenciam apenas com

a presença do rolo vibratório na execução do pavimento com o reforço da geogrelha,

visto que o mesmo precisa de obter mais interação com o solo para que os materiais

granulares tenham maior aderência com os vãos da geogrelha. A mão-de-obra para

aplicação da geogrelha tem a necessidade de funcionários qualificados para a

aplicação da geogrelha, que tenham treinamentos para o manuseio de máquinas

quando se trata de andar sobre as geogrelhas, lembrando sempre que não se pode

ter contato direto máquina-geogrelha.

Quando se fala de economia entre os dois pavimentos, temos um

encarecimento na obra quando se aplica a geogrelha com a exigência de

contratação do rolo vibratório, da mão-de-obra qualificada e da compra da própria

geogrela. Porém, tem-se ganho econômico na diminuição considerável da camada

de base e sub-base.

Na observação de vantagens ambientais é tido que com a aplicação da

geogrelha as jazidas são menos exigidas, menos exploradas, diminuindo a

degredação ambiental.

Observando o ganho econômico com a diminuição da espessura da camada

de base e o aumento do valor final da compactação com a aquisição da geogrelha,

foi observado como reforço da camada de base é viável apenas para pequenos

trechos da obra, ou seja, é inviável o uso de geogrelhas em pavimentos onde elas

não sejam necessárias. Usá-las apenas para o aumento da vida útil do pavimento é

totalmente dispensável. Foi observado um acréscimo de 331,32% no valor final do

serviço de compactação, ou seja, em obras onde o solo inteiro precisa de reforço,

torna-se viável o uso de materiais de jazidas para seu fortalecimento.

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31

CONCLUSÃO

No presente trabalho concluiu-se que com a pequena diferença entre os métodos de

execução para que sejam feitos pavimentos sem e com reforço de geogrelhas, é

uma boa opção quando se vai construir em áreas de subleito com baixa capacidade

de carga onde sabe-se que as camadas não suportarão o tráfego e a repetição das

cargas.

Foi verificado que para a instalação da geogrelha num pavimento flexível ganham-

se vantagens físicas como: maior resistência à tração, maior resistência à

compressão, porém não é econômico. Todos os artigos e autores citados neste

trabalho corroboram com o fato de que com o uso da geogrelha há a diminuição da

espessura da camada de base, diminui também o gasto com o transporte de

materiais a serem acrescentados à obra, seja para completar as camadas ou para

nivelamento, e ganhos também ecológicos, visto que com a diminuição de materiais

necessários, as jazidas são menos exploradas e uma menor utilização de

combustíveis.

Com os cálculos de gastos com maquinário e espessura da base dos dois métodos,

e a compra da geogrelha no método com reforço de base, o método se mostrou

inviável visto que o gasto superou 300% no aumento de preço, ficando viável

apenas em caso de a geogrelha ser usada apenas em pequenos trechos da obra,b

que realmente precisem de reforço na base.

Page 40: MARCOS ANTÔNIO PERCIANO MESSIAS JUNIOR

32

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