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Centro Universitário Teresa D'Ávila Programa de Pós-Graduação em Design, Tecnologia e Inovação - Mestrado Profissional MARIA CRISTINA NEVES CARVALHO ANTUNES DE OLIVEIRA PROTÓTIPO MANUAL DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA USO NA ESTÉTICA LORENA 2021

MARIA CRISTINA NEVES CARVALHO ANTUNES DE OLIVEIRA

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Programa de Pós-Graduação em Design, Tecnologia e Inovação - Mestrado Profissional

MARIA CRISTINA NEVES CARVALHO ANTUNES DE OLIVEIRA

PROTÓTIPO MANUAL DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA USO NA ESTÉTICA

LORENA

2021

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Programa de Pós-Graduação em Design, Tecnologia e Inovação - Mestrado Profissional

PROTÓTIPO MANUAL DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA USO NA ESTÉTICA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós - graduação – Stricto Sensu - Mestrado Profissional em Design, Tecnologia e Inovação. Centro Universitário Teresa D’Ávila, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Design, Tecnologia e Inovação. Área de concentração – Design, Tecnologia e Inovação.

ORIENTADORA: Dra. Claudia Lysia de Oliveira Araújo

LORENA 2021

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O46p

Oliveira, Maria Cristina Neves Carvalho Antunes Protótipo Manual de óleos essenciais para uso na estética, orientado pela Prof.ª Dra. Claudia Lysia de Oliveira Araújo, Lorena, UNIFATEA, 2021. 34 páginas Dissertação (Mestrado Profissional) Centro Universitário Teresa D’Ávila – Programa de Pós-Graduação em Design, Tecnologia e Inovação. 1. Óleos Voláteis. 2. Produtos para beleza. 3.Estética.

I. Protótipo Manual de óleos essenciais para uso na estética.

II. Orientadora: Prof.ª Dra. Claudia Lysia de Oliveira Araújo.

CDU.665.5(035).

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MARIA CRISTINA NEVES CARVALHO ANTUNES DE OLIVEIRA

PROTÓTIPO DE MANUAL DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA

USO NA ESTÉTICA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação - Stricto Sensu - Mestrado Profissional

em Design, Tecnologia e Inovação, Centro

Universitário Teresa D’Ávila, como parte dos pré-

requisitos para obtenção do título de Mestre em

Design, Tecnologia e Inovação.

Orientadora: Profa. Dra. Claudia Lysia de Oliveira Araújo

Data: 25/02/2021 Resultado: Aprovada

BANCA EXAMINADORA

Centro Universitário Teresa D’Ávila / UNIFATEA

Profa. Dra. Adriana Rodrigues dos Anjos Mendonça Universidade do Vale do Sapucaí / UNIVAS

Prof. Dr. Nelson Tavares Matias Centro Universitário Teresa D’Ávila / UNIFATEA

Profa. Dra. Claudia Lysia de Oliveira Araújo (Orientadora)

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DEDICATÓRIA

A Deus, que permitiu minha jornada até aqui, com os desafios, mas com a força

que somente Ele pode dar.

A minha mãe Marly Neves (in memoriam) que com certeza de onde está, vibra

com minhas conquistas, e a quem me ensinou a ser forte mesmo nos momentos

difíceis, mulher guerreira e de fibra, exemplo de honestidade e humildade, meu maior

exemplo na minha caminhada nesta vida terrena e se faz presente todos os dias, me

protegendo, iluminando, dando forças diante das adversidades. Sempre mostrou a

importância dos estudos, sem medir esforços para que todas as etapas na vida

pudessem ser concluídas. Gratidão Eterna.

Ao meu marido Eduardo Antunes de Oliveira, que sempre esteve presente ao

meu lado, com respeito, carinho e compreensão.

Aos meus filhos Bruno e Larissa, pelo respeito, tolerância, compreensão,

incentivo e amizade.

.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, a Nossa Senhora Aparecida, que sob sua condução iluminaram meu

caminho e colocaram pessoas especiais neste percurso importante de minha vida que

sem elas talvez não tivesse chegado até aqui.

A minha orientadora e amiga Prof.ª Dra. Claudia Lysia de Oliveira Araújo,

gratidão por ter acreditado no meu potencial quando eu mesma muitas vezes

desacreditei, por todo o ensinamento, paciência, e contribuição neste processo de

aprendizagem, assim como as palavras amigas de encorajamento.

A minha sobrinha Tais Neves que sempre me ajudou a esclarecer dúvidas e

não mediu esforços para ajudar neste meu percurso.

A profissional e amiga Maria Ligia Marques, que chegou de mansinho em

minha vida, e trouxe junto a ela conhecimento, disponibilidade, humildade e carisma,

sempre disposta em ajudar. Obrigada pelo apoio, contribuição, boa vontade,

paciência, escuta. Você é uma pessoa maravilhosa, iluminada e de um coração

enorme. Agradeço pela amizade, confiança e colaboração.

A minha companheira de trabalho e amiga Priscila Santos que sempre esteve

comigo, dando forças e incentivo para que chegasse até aqui, e que por diversas

vezes abri meu coração com minhas aflições em relação as dificuldades encontradas

durante este percurso.

Ao profissional e amigo Álvaro Possato pela contribuição e apoio na execução

deste trabalho.

Aos Professores do Mestrado Profissional em Design, Tecnologia e Inovação,

por todo o conhecimento transmitido.

Aos meus colegas discentes do mestrado, pela troca de experiências e

conhecimento.

Agradeço também a todos que direta ou indiretamente colaboraram com o

trajeto deste trabalho e a família UNIFATEA.

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“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”

(Cora Coralina)

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RESUMO

Um olhar para pesquisas no âmbito da Estética e Cosmetologia, agrega a combinação dos óleos essenciais com a importância de manter o corpo do cliente em equilíbrio, amenizando e prevenindo disfunções estéticas, porém estudos tem foco no uso destes óleos em sinergia, ou seja, a combinação de dois ou mais óleos. Isto torna-se difícil ao profissional identificar o ativo do óleo responsável pela melhora significativa no quadro da disfunção. Diante desta realidade, faz se necessário elaborar um protótipo de manual prático afim de facilitar aos profissionais da área a utilizar apenas um óleo essencial, correlacionando com as características de acometimento dérmico de cada disfunção estética, com qualidade e segurança aos profissionais da área. O objetivo do estudo é a construção de um manual baseado na literatura cientifica para subsidiar o uso dos óleos essências aos profissionais da estética trazendo os benefícios para a pele do rosto e do corpo. Embora para muitos, os efeitos de um óleo essencial são considerados naturais, hoje sabe-se que a aplicação requer conhecimento e cautela, para evitar efeitos indesejáveis no organismo. A pesquisa tem como método uma Revisão Integrativa, realizado busca em bancos de dados como: Scielo, Google Acadêmico e PubMed, (2000-2019), utilizando-se as palavras-chave, óleos voláteis, produtos para beleza e estética. Foram encontrados estudos de óleos essenciais no contexto de sua aplicação em geral, para tratamentos de situações que envolvem o emocional e evidenciando seus benefícios no âmbito específico das disfunções estéticas. Com base nestes estudos foi elaborado um protótipo de manual de óleos essenciais para uso na estética. Palavras-chave: Óleos voláteis, Produtos para beleza, Estética.

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ABSTRACT

A look at research in the field of Aesthetics and Cosmetology, adds the combination of

essential oils with the importance of keeping the client's body in balance, softening and

preventing aesthetic dysfunctions, however studies focus on the use of these oils in

synergy, that is, the combination of two or more oils. This makes it difficult for the

professional to identify the oil asset responsible for the significant improvement in the

framework of the dysfunction. In view of this reality, it is necessary to elaborate a

prototype of a practical manual in order to facilitate professionals in the field to use

only one essential oil, correlating with the dermal impairment characteristics of each

aesthetic dysfunction, with quality and safety for professionals in the area. The aim of

the study is to build a manual based on scientific literature to support the use of

essential oils for aesthetic professionals bringing the numerous benefits to the skin of

the face and body. Although for many, the effects of an essential oil are considered

natural, today it is known that the application requires knowledge and caution, to avoid

effects on the body. The research has as method an Integrative Review, carried out

search in databases such as: Scielo, Google Scholar and PubMed, (2000-2019), using

the keywords, volatile oils, products for beauty and aesthetics. Studies of essential oils

were found in the context of their application in general, for the treatment of situations

that involve the emotional and evidencing their benefits in the specific scope of

aesthetic dysfunctions. Based on these studies, a prototype of a manual of essential

oils was developed for use in aesthetics

Keywords: Volatile oils, Beauty products, Aesthetics.

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LISTA DE FLUXOGRAMA E QUADROS

Fluxograma 1: Fluxograma de identificação, seleção e inclusão dos estudos da revisão de literatura, para desenvolvimento do manual de óleos essenciais para uso na estética....................................................................................................................p.28 Quadro 1: Níveis de divisões argumentativos que pautaram esta revisão integrativa 2020........................................................................................................................p.29 Quadro 2: Trabalhos utilizados para investigação e comprovação científica do uso de óleos essenciais 2020.............................................................................................p.30

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 10

2 .1 Objetivos gerais .................................................................................................. 10

2. 2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 10

3 CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO ......................................................................... 10

4. O CONTEXTO E A REALIDADE INVESTIGADA .................................................. 13

4.1 Design Emocional ............................................................................................... 13

4.2 Ergonomia Cognitiva ........................................................................................... 13

4.3 Osmologia ........................................................................................................... 14

4.4 Aromacologia ...................................................................................................... 15

4.5 Aromaterapia ....................................................................................................... 15

4.6 Óleos Essenciais ................................................................................................. 16

4.7 Disfunções Estéticas Faciais e Corporais ........................................................... 18

4.7.1 Melasma ........................................................................................................... 18

4.7.2 Acne ................................................................................................................. 18

4.7.3 Envelhecimento Cutâneo ................................................................................. 19

4.7.4 Linhas Estáticas e Dinâmicas ........................................................................... 20

4.7.5 Flacidez ............................................................................................................ 20

4.7.6 Fibroedemageloide ........................................................................................... 21

4.7.7 Lipodistrofia ...................................................................................................... 21

4.7.8 Estrias .............................................................................................................. 22

4.8 Comprovações científicas sobre os efeitos dos óleos essenciais. ...................... 22

5 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA E/OU OPORTUNIDADE ................ 24

6 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ................................................ 26

7 ANÁLISE E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO/RECOMENDAÇÃO ....................... 32

8 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 33

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34

Anexo A: Protótipo Manual de Óleos Essenciais para uso na estética .................... 38

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1 INTRODUÇÃO

A utilização do aroma das ervas percorre as práticas humanas desde os tempos

da descoberta e domínio do fogo. A partir daí a exploração das mais variadas espécies

de plantas tem contemplado diferentes culturas, seja em rituais religiosos, medicinais

ou ainda com intenções terapêuticas (CORAZZA, 2004).

Por volta do final do século 16 e início do século 17, mais de 100 óleos

essenciais eram utilizados para tratar problemas específicos, graças à base de

conhecimento formada por herança antepassada e enriquecida pelas descobertas das

medicinas tradicionais (BAUDOUX, 2018).

Na era moderna, um interesse renovado pela cura natural à base de ervas

levou ao desenvolvimento da aromaterapia moderna. Na década de 1920, um químico

francês, René Gattefossé, fez experiências com óleos essenciais e percebeu seu

grande potencial de cura (FARRER - HALLS, 2015).

Ao final dos anos 20, já se sabia que os óleos essenciais tinham ação sobre o

sistema nervoso, e que a entrada do cheiro pelas vias respiratórias era capaz de

reduzir a ansiedade e quadros de depressão. Em 1928 o químico francês Maurice

René Gattefossé denominou o nome aromaterapia, definida como a ciência,

responsável por investigar as ações dos óleos essenciais sobre o organismo humano,

analisando os efeitos fisiológicos, psicológicos e até energéticos (CORAZZA, 2019).

É um conjunto de técnicas de aplicação de óleos essenciais, para obter efeitos físicos

e mentais (AMARAL, 2019).

Óleo essencial é um princípio ativo natural proveniente de plantas medicinais

e aromáticas (AMARAL, 2019). São componentes odoríferos das plantas, e podem

ser obtidos de suas partes secas ou frescas, como folhas, flores, talos, caule, haste,

pecíolo, casca e raízes, variam sua composição química, são altamente voláteis e têm

fragrância agradável (CORAZZA, 2019; BORSATO, et al. 2008; ALMEIDA, 2009).

Quando comparados aos óleos vegetais, os óleos essenciais são mais voláteis,

e não são considerados exatamente gorduras, mas homogeneízam-se facilmente com

compostos graxos. Como são menos densos que a água, penetram até 100 vezes

mais que ela nas membranas das células, com alta solubilidade em lipídeos do corpo

animal (CORAZZA, 2019; AMARAL, 2019; PHYTTERAPICA, 2018). A produção de

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óleos essenciais pode variar de 0,005% a 10%, de acordo com a planta, e o processo

de extração. Além disso, são altamente sensíveis à luz e ao ar, podendo sofrer

alterações físicas por influência do clima, relevo, método de extração e até mesmo

pela forma como é colhido (CORAZZA, 2019).

Após muitos estudos dentro da aromaterapia, foram descobertos óleos

essenciais com propriedades antimicrobiana, anti-inflamatória, adstringente e até

cicatrizante, o que despertou o olhar para pesquisas dentro da Estética e

Cosmetologia. O interesse em agregar os benefícios medicinais dos óleos essenciais

a técnicas de massagens orientais, foi preconizado na década de 50 por Marguetite

Maury e fundadora da 1ª Clínica de aromaterapia em Londres (CORAZZA, 2004;

MAURY’S, 1996). Com a diversidade de atuação e a eficácia cada vez mais

comprovada da aromaterapia, vários segmentos de saúde e beleza começaram a

explorar este novo nicho de mercado, constituído por consumidores interessados em

tratamentos eficazes, com benefícios rápidos e prazerosos.

Para a prática do uso dos óleos essenciais por profissionais de saúde e beleza,

deve-se entender bem o que é aromaterapia e sua relação com o óleo essencial e

vice-versa (AMARAL, 2019).

O modo de aplicação dos óleos essenciais também pode influenciar

diretamente nos resultados proporcionados, podendo ser inalados (ação mais rápida),

ou aplicados sobre a pele (KELLER, 2003).

As moléculas aromáticas ao serem inaladas, entram pela câmara olfatória e se

ligam a receptores do epitélio olfativo, ativando o sistema límbico (tálamo e

hipotálamo), podendo evocar memórias, emoções e reações, tais como: medo,

agitação, desequilíbrio digestivo, tensão muscular, tranquilidade, entre outros (JHON,

et al. 2007; AMARAL, 2019). Já por interação cutânea, a penetração dos óleos

essenciais ocorre através dos poros e ductos das glândulas sudoríparas, passando

gradualmente da epiderme para a derme. Por ser vascularizada, a segunda camada

da pele transporta os óleos para todo o organismo através dos vasos sanguíneos,

sendo os órgãos e regiões atingidos de acordo com as propriedades específicas de

cada óleo essencial (HERBIA, 2013; PEREIRA, 2013).

Com algumas exceções, não é indicado aplicar os óleos essenciais puros, pois

são altamente concentrados e podem causar algum tipo de toxicidade ao organismo.

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Para a utilização sobre a pele, é indicada a diluição em veículos conhecidos como

carreadores, que facilitarão não só a aplicação, como também a permeação de forma

mais segura. Os veículos podem ser os óleos vegetais, argilas, ceras, manteigas,

entre outros, mas preferencialmente que sejam de natureza orgânica (CORAZZA,

2019; PRICE, 1999; KELLER, 2003; AMARAL, 2019). É possível também misturar os

óleos essenciais, criando uma sinergia entre eles, porém, esta prática deve ser

realizada apenas por pessoas que tenham profundo conhecimento dos resultados

desejados.

Para um tratamento eficiente deve ser considerado não apenas a

aplicabilidade, mas possíveis mudanças durante o processo, pois o corpo é único e

vivo, e assim como a natureza, está em constante alteração, o ser humano precisa

estar em sintonia com toda a sua constituição, física, psíquica e emocional.

Quando olhamos para um cliente, precisamos enxergar o ser humano, sentir a

sua pele, a sua musculatura, o seu estado de espírito. Uma pessoa estressada

absorverá menos o tratamento do que outra relaxada (AMARAL, 2019).

Por isso, é importante que um profissional da área da estética tenha uma visão

holística de seu cliente, buscando conhecer não apenas as características fisiológicas

e anatômicas de sua pele, mas a vivência emocional dele e com isto proporcional um

ambiente agradável e confortável.

Segundo Norman (2008), quando fala sobre design emocional cita que nossos

sistemas perceptivos, límbico e motor que significam o controle de todos os nossos

músculos, tudo evoluiu para nos fazer funcionar melhor no mundo. Afeto, emoção e

cognição também evoluíram para interagirmos e como nos completamos uns com os

outros. Assim como a ergonomia cognitiva refere-se aos processos mentais e

como eles afetam as interações entre seres humanos e outros elementos de um

sistema (ABRANTES, 2017).

Proporcionar um ambiente agradável que nos remetam a emoções boas,

positivas e relaxantes, assim como objetos que ali compõem, visando bem-estar,

também contribuem para que tratamentos sejam mais eficazes.

Em virtude de todas essas questões, espera-se reunir informações sobre os

óleos essenciais a serem utilizados para tratamentos de disfunções estéticas faciais

e corporais, como o hortelã-pimenta e lavanda no tratamento para melasma, flacidez

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e envelhecimento cutâneo ou melaleuca na lipodistrofia, fibroedemageloide e acne,

por exemplo e poderão contribuir com profissionais da área da saúde e bem-estar,

para que utilizem todos estes ativos de forma correta e segura, garantindo resultados

em seus procedimentos estéticos.

Organizar em uma única fonte as principais disfunções estéticas para a área

da beleza e bem estar os benefícios obtidos com a inclusão dos óleos essenciais em

procedimentos estéticos faciais e corporais. Elaborar um protótipo de um manual

prático que servirá como apoio de consulta ao profissional da estética, compreender

melhor os efeitos de cada óleo essencial, correlacionando com as características da

disfunção estética, que acometem grande parte das mulheres, e uma parte também

dos homens, uma vez que no mercado existem pesquisas, livros, artigos

correlacionados a aplicação de sinergias, quando temos a combinação de mais de um

óleo. Com isto acarreta para o profissional que irá usar, a incerteza de qual dos óleos

realmente tem papel fundamental na melhora da disfunção.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos gerais

Elaborar um protótipo de um Manual Prático dos óleos essenciais específicos para

as principais disfunções estéticas.

2.2 Objetivos Específicos

Identificar informações sobre a inclusão de óleos essenciais em procedimentos

estéticos faciais e corporais.

3 CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO

Levando-se em consideração a responsabilidade de um profissional da área da

estética, mostrar ao seu cliente a importância de enxergar na totalidade do humano o

vínculo entre seu estado físico e emocional. Este trabalho reúne informações teóricas

e práticas da área da estética, com o universo dos óleos essenciais, contribui também

com orientações pautadas em estudos científicos, para que profissionais da estética

utilizem os benefícios dos óleos essenciais em seus atendimentos, observando as

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vantagens que estes ativos trazem, além de agregar as funcionalidades corporais de

seu cliente, integrando o mesmo de maneira holística.

Foram encontrados 38 (trinta e oito) estudos, sendo 21 (vinte e um) sobre óleos

essenciais no contexto de sua aplicação em geral para tratamento de situações que

envolvem o emocional e apenas um sobre benefícios no âmbito das disfunções

estéticas.

Para que o óleo escolhido surta um retorno realmente real é preciso conhecer

sua interação no sistema sanguíneo, no sistema tegumentar. Apesar de serem

considerados naturais tem efeitos colaterais uma vez aplicados de forma errônea,

requer cuidados e muito conhecimento, para que não cause reações alérgicas,

irritabilidade ou mesmo ausência de efeitos (AMARAL, 2019).

Visando saúde e bem-estar, e que a cada dia seus benefícios estão sendo

mais descobertos por profissionais da área da estética, novos livros, artigos,

publicações surgem sobre as utilizações dos óleos, específicos para as disfunções

estéticas.

No mundo da estética, os óleos essenciais têm voltado a ganhar mercado, e

com isso estão sendo incluídos em muitos procedimentos, já que pesquisas mostram

efeitos fisiológicos obtidos com a utilização destes recursos. Sabe-se que os óleos

essenciais têm efeito tanto por aplicação tópica (com seus devidos cuidados), assim

como seu efeito no sistema límbico, ou seja, quando é inalado pelo consumidor,

podendo também desencadear muitos efeitos no organismo, porém não foram

encontradas referências relevantes relacionadas aos óleos essenciais e aplicações

especificas acerca das disfunções estéticas. Foram encontradas pesquisas que

abordavam a utilização dos óleos separadamente do contexto das disfunções e muito

pouco com alguma disfunção específica como por exemplo tratamento para a

fisiopatologia da acne.

Elaborar um protótipo de Manual Prático abordando as disfunções estéticas e

aplicação dos óleos correspondentes é de vital necessidade com a finalidade de

auxiliar e orientar as pessoas do uso correto destes elementos, que podem trazer

inúmeros benefícios para a pele do rosto e do corpo. Além disso, pensando nos

profissionais da área, ter em uma única base de dados com o maior número de

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informações sobre a utilização de óleos essenciais em procedimentos estéticos, trará

mais segurança e resultados de qualidade.

Para a construção de um manual piloto é necessário buscar na literatura

especializada o conhecimento cientifico existente sobre o assunto, definindo

conceitos, que servem para o manejo e melhora dos quadros de desarmonia estética,

proporciona segurança aos usuários e confiança aos clientes. Descrever com clareza

a fundamentação das aplicações dos óleos e cuidados a serem realizados é essencial

(ECHER 2005).

O conteúdo proposto para elaboração do manual piloto de óleos essenciais

para uso na estética foram: conhecer o tecido tegumentar, que subdivide-se em

epiderme, derme e hipoderme, constituição e função, conceito de óleo essencial e

óleos vegetais, função do óleo nos órgãos do corpo como pulmão ao ser inalado, na

pele em massagens e na mente, princípios da extração dos óleos, como prensagem

a frio, destilação, enfloragem, extração com CO2 e hidrodifusão, diferenças entre os

óleos essenciais e óleos vegetais e os mais compatíveis com a fisiologia da pele,

argilas também utilizadas como carreadoras dos óleos essenciais, especificação das

principais disfunções estéticas primeiramente as faciais e depois as corporais e os

óleos compatíveis com cada uma delas.

Para construção de uma manual é importante transformar a linguagem das

informações encontradas na literatura, readaptando-a, transformando a linguagem

científica em uma linguagem coloquial, tornando-as acessíveis a sociedade (SILVA,

2020).

O manual deve ser objetivo, não deve ser muito extenso, mas deve conter

orientações significativas sobre o tema a que se propõe, precisa ser de fácil

compreensão e atender às necessidades específicas de um determinado

tratamento/protocolo, ilustrado de maneira a torná-lo mais atrativo, facilitar o

entendimento e também embelezar, visto que trata-se de um manual para a área da

estética (ECHER, 2005).

Para a construção do manual piloto, é necessário, organizar o conteúdo e suas

interfaces, com base em um modelo de raciocínio lógico, e nos cuidados precisos,

entender o cliente, sua perspectiva em relação ao tratamento, conhecer a disfunção

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a ser tratada, o óleo que condiz com a disfunção propriamente dita. Além disto, os

conteúdos foram trabalhados para torná-los claros e objetivos (OLIVEIRA et. al 2014).

A ideia é que este manual se encontre disponível tanto na versão impressa,

quanto na versão on-line, afim de facilitar aos usuários poder consultá-los, na versão

impressa para que usuários tenham a mão uma fonte de consulta e na versão digital,

a fim de facilitar o acesso rápido e levando-se em consideração, principalmente na

atualidade onde tudo acontece no mundo virtual, facilitando assim a interface entre

usuário e cliente (ECHER, 2005).

4. O CONTEXTO E A REALIDADE INVESTIGADA

4.1 Design Emocional

Segundo Norman (2008), a emoção era uma parte

pouco conhecida da psicologia humana. Uma grande parte pensava em emoções

como um problema e devia ser superado pelo pensamento racional lógico. Ainda, a

maior parte das pesquisas se baseava em emoções negativas como

estresse, medo, ansiedade e raiva. O estado de afeto negativo leva as pessoas

a se concentrar nos detalhes que não tem relevância, estreitando os processos

de raciocínio.

As emoções desempenham um papel essencial no nosso dia-a-dia auxiliando

avaliar as situações como boas ou más, seguras ou perigosas. Emoções

positivas são tão importantes quanto as negativas, já que são básicas para o

aprendizado, a curiosidade e o pensamento positivo, atualmente os

pensamentos estão se voltando para esta realidade. O estado emocional

positivo, tende aos indivíduos olharem ao redor em busca de alternativas, que

muitas das vezes levarão a soluções satisfatórias (NORMAN, 2008).

4.2 Ergonomia Cognitiva

O termo ergonomia, derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e

nomos (lei natural), quando aplicado à produção, pode ser interpretado como a

adaptação do trabalho ao homem, ou seja, o que se deve fazer para que o

trabalho não cause problemas de saúde.

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Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu

trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente à aplicação dos

conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos

problemas surgidos desse relacionamento (Lida, 2001, apud

Abrantes,2017, p.3).

A ergonomia, no início, tratava apenas dos aspectos físicos da atividade

de trabalho diante disso, alguns estudiosos cunharam o termo Fatores

Humanos, de forma a incluir os aspectos organizacionais e cognitivos presentes

nas atividades de trabalho humano. A ergonomia baseia-se em muitas

disciplinas em seu estudo dos seres humanos e seus ambientes, incluindo

antropometria, biomecânica, engenharia, fisiologia e psicologia (ABRANTES,

2017).

De acordo com Abrantes (2017) a Associação Internacional de Ergonomia

(IEA) e a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), dividem a ergonomia

em três domínios de especialização: física, organizacional e cognitiva. Sendo a

ergonomia cognitiva também conhecida como engenharia psicológica, refere-se aos

processos mentais (ABRANTES, 2017).

4.3 Osmologia

Segundo Amaral (2019) olfato faz parte de um dos nossos cinco sentidos

básicos e refere-se capacidade de absorver odores, são exalações invisíveis que se

soltam de um corpo, capazes de serem captados pelo sistema olfativo.

Ainda que invisíveis, os odores são formados de moléculas odoríferas,

pertencentes as famílias químicas que afetando o olfato, remetem memórias e

estimulam sensações, as quais se modificam em reações físicas e comportamentais.

Chega-se ao conhecimento de como o ser humano reage aos cheiros e, assim

classifica as substâncias aromáticas e busca reproduzir sua ação a fim de obter ação

igual ou similar em outros indivíduos. A osmologia estuda os parâmetros que

constroem a relação que o odor exerce sobre um indivíduo, são

importantes e interferem em nosso comportamento no dia-a-dia, é uma área da

ciência médica que estuda o olfato e a relação com os odores (AMARAL, 2019).

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15

4.4 Aromacologia

Aromacologia é um termo criado e registrado como Aromachology, em

1989, pelo Sense of Smell Institute, formalmente conhecido como Fundação

para Pesquisa do Olfato, para descrever o conceito desenvolvido para o estudo

das inter-relações entre psicologia e tecnologia de fragrâncias. Visa alcançar os

efeitos positivos que os aromas causam nas emoções e no humor, que

proporcionam bem-estar e melhorar a qualidade da vida humana (CORAZZA,

2004).

Aromacologia, não é uma terapia, mas sim uma ciência em fase de

desenvolvimento, que pesquisa os usos e efeitos psicológicos e

fisiológicos das fragrâncias e odores, estudando e explorando as

relações existentes entre os compostos aromáticos e os estados de

espírito que eles estimulam (CORAZZA, 2004, p.145).

O foco de tratamento aromaterápico está tanto na área física, cuidando de

desordens menstruais, problemas digestivos, dores e disfunções como também

na área psicológica, tratando, por exemplo depressão, ansiedade ou insônia

(CORAZZA, 2004).

Segundo Corazza (2004) a aromaterapia não atua somente de forma

emocional; mas também a sua atuação química é excessivamente intensa e

valiosa, sendo fundamental conhecer a fundo os efeitos químicos dos óleos

essenciais e seus componentes no organismo humano. Como exemplos de

óleos que não são facilmente absorvidos pela pele, temos a lavanda (Lavandula

officinalis) e o pau-rosa (Aniba rosaeodora), que possuem altos teores de linalol.

Dosagens sanguíneas mostram que, o linalol não tem qualquer penetração com

a pele mesmo depois de 2 horas de aplicação. Trata-se de uma substância

química como propriedades antissépticas, antidepressivas e calmantes. Ao

contrário do a-pineno, encontrado no óleo essencial do pinheiro escocês (Pinnus

syvestris), pode ser detectado na corrente sanguínea em poucos minutos.

4.5 Aromaterapia

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16

Embora a prática da utilização dos aromas das plantas tenha se originado nos

últimos cem anos, e já vem sendo conhecida no antigo Egito, o uso dos óleos

essenciais para auxiliar a curar a mente, o corpo e o espírito pode

ser visto em todas as principais civilizações antigas (MALUF, 2008; FARRER-HALLS,

2015).

Os ativos tanto das plantas aromáticas, quanto dos óleos voláteis podem ser

observados até os dias atuais nos templos do oriente, onde a queima dos incensos é

feita, nos altares de divindades hindus e budistas. A moderna Igreja Católica também

continua sua tradição de queimar incenso durante os serviços religiosos (FARRER-

HALLS, 2015).

Segundo Amaral (2019) no contexto da atualidade, as modernas tecnologias,

um novo interesse pela cura natural, a importância de se viver bem através da base

de ervas levou ao desenvolvimento da aromaterapia moderna. Na

década de 1920, um químico francês, René Gattefossé, fez experiências com

óleos essenciais, quando queimou sua mão no laboratório em um acidente, ele

mergulhou o braço em óleo essencial de lavanda e percebeu seu grande

potencial de cura (CORAZZA, 2004; MALUF, 2008).

A eficácia milagrosa da lavanda na cura da queimadura o levou a

pesquisar mais a fundo os óleos essenciais e a usar o termo

aromathérapie pela primeira vez num artigo científico, em 1928. Era a

introdução formal da aromaterapia contemporânea como a

conhecemos hoje (HALLS, 2015, p.9).

Segundo a Associação Brasileira de Medicina Complementar, aromaterapia é

um tratamento curativo que utiliza o olfato e as propriedades dos

óleos essenciais (HALLS,2015).

4.6 Óleos Essenciais

Óleos essenciais são decorrentes de partes das plantas que abrange as

essências aromáticas, ervas, flores, frutos ou bagas, sementes, folhas e especiarias,

é um princípio ativo natural, são substâncias naturais que formam-se no interior das

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plantas, obtido pelo processo de destilação, portanto uma essência destilada

(AMARAL, 2019; BAUDOUX, 2018).

Alguns óleos florais, como o jasmim, são obtidos por um processo

chamado enfleurage ou extração com solvente. Pode ser também feita a extração

através da destilação a vapor, método mais utilizado (BAUDOUX, 2018).

Muitos óleos essenciais são viscosos e outros, coloridos, há outros que

são leves, transparentes e não gordurosos. Porém todos possuem a mesma

característica importante, que é se dissolverem em óleos gordurosos, como a

amêndoa ou o girassol, ou em álcool, não dissolvem em água, o que faz com

que se interfira o modo como são usados (FARRER-HALLS, 2015).

Os óleos essenciais são bastante concentrados e poderosos, e são

bem diluídos antes do seu uso na aromaterapia. Num óleo de

massagem, por exemplo, a diluição do óleo essencial no óleo carreador

fica em torno de 2 ou possivelmente 3%. Raramente são utilizados sem

diluição e somente em casos muito específicos. Eles são altamente

voláteis e se evaporam rapidamente quando expostos ao ar; portanto

é melhor armazená-los em frascos de vidro, bem fechados (FARRER-HALLS,

2005, p.19).

Sabe-se que os óleos essenciais se destacam na estética há muitos anos,

porém a prática é mais evidenciada em aromaterapia e seus efeitos no organismo

como todo.

Visto que a área da estética vem se destacando, principalmente quando a

profissão foi regulamentada segundo a lei Nº 13.643, de 3 de abril de 2018, a

diversificação não somente na área da saúde mas também de bem estar, a prática de

uso tópico dos óleos essenciais enfatizado na área da Estética ainda é um recurso

novo, e que deve ser estudado, para que o profissional conheça o indivíduo como um

todo e com isto as reações que os óleos podem desencadear no organismo, em

relação as disfunções estéticas. A partir disto, conhecer também a função de cada

óleo na permeação cutânea para que trate seu cliente com ética, respeito,

responsabilidade e qualidade. Importante registrar através de dados informativos a

respeito da saúde deste cliente e sua qualidade de vida e correlacionar a disfunção

estética ao óleo correspondente.

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4.7 Disfunções Estéticas Faciais e Corporais

4.7.1 Melasma

A cor da pele humana é influenciada pela quantidade de deposição de um

pigmento natural chamado melanina, que possui coloração acastanhado e conforme

aumenta sua concentração, mais enegrecido fica (JIMBOW, et al. 1999; LIN, FISHER,

2007). A produção de melanina é conhecida como melanogênese, e ocorre dentro de

pequenas vesículas, chamadas de melanossomas. Essas vesículas são componentes

do citoplasma dos melanócitos (células dendríticas responsáveis pela produção de

melanina) (SULAIMON, KITCHELL, 2003; LIN, FISHER, 2007; ABDEL-MALEK, et al.

2001; JIMBOW, et al. 1999).

Além de conferir coloração à pele, a melanina possui uma função fotoprotetora,

devido à sua capacidade de filtrar e absorver a radiação UV. Depositada em regiões

específicas do rosto, a melanina contribui para uma disfunção dérmica chamada de

hipermelanose crônica, ou popularmente melasma (NIKOLAOU, et al. 2006;

PANDYA, et al. 2006; RIGOPOULOS, et al. 2007; SALIM, et al. 2008; BOLANCA, et

al. 2008). O pigmento pode estar depositado na região epidérmica, dérmica ou misto,

e esta variação de profundidade que determina a forma como será conduzido o

tratamento (RIGOPOULOS, et al. 2007; SALIM, et al. 2008; BOLANCA, et al. 2008).

Por ser uma das grandes ativadoras de melanócitos, pode se considerar a radiação

UV uma das maiores causas do melasma, porém, estudos mostram que fatores

hormonais também influenciam diretamente no aparecimento dessas manchas, que

acomete tanto homem, quanto mulheres (RIGOPOULOS, et al. 2007; SALIM, et al.

2008; BOLANCA, et al. 2008; HASSUN, et al. 2008; VICTOR, et al. 2004).

4.7.2 Acne

A acne é uma doença inflamatória crônica da pele, que acomete o folículo

pilossebáceo e forma lesões variadas com aumento da secreção sebácea em áreas

como face, pescoço e tronco, zonas ricas em glândulas sebáceas. Caracteriza-se pela

existência de comedões abertos (negros) ou fechados (brancos), pápulas e pústulas,

cistos e abscessos em casos mais graves, levando à formação de cicatrizes

inestéticas (BORGES, SCORZA; 2016).

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As lesões acneicas são tão antigas e presentes no cotidiano do ser humano

quanto a história da humanidade. A acne nem sempre passa com a chegada da

maturidade e, portanto, deve ser cuidada. A acne vulgar ou acne juvenil é uma doença

da unidade pilossebácea e o desconhecimento da doença e de suas consequências

pode levar à demora na procura de recursos para os tratamentos de profilaxia

secundária ou sistêmica, o que, com frequência, resulta em sequelas, dependendo da

gravidade das lesões. A acne é uma dermatose tratável, e em muitos casos curável,

cujos resultados não são imediatos, podendo demorar meses para ser obtido.

Tratamentos tópicos ou sistêmicos podem ser empregados e a escolha dependerá da

gravidade do quadro (GOMES; DAMAZIO, 2013).

4.7.3 Envelhecimento Cutâneo

Há diferentes teorias que explicam o envelhecimento. Uma das mais

abrangentes é a teoria dos radicais livres e que só pode ser evidenciada a partir da

década de 1970, com a comprovação empírica da toxicidade do oxigênio. Além disso,

temos a teoria de encurtamento dos telômeros e a teoria do envelhecimento

mitocondrial que propõem que o envelhecimento celular seja causado pelas lesões

acumuladas principalmente no DNA mitocondrial, inviabilizando a atividade de

produção de energia das células (HARRIS, 2003).

O envelhecimento é definido como um processo dinâmico e progressivo, no

qual há modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas e

funcionais, que colaboram para a perda gradual da capacidade de adaptação do

indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e,

consequentemente, maior incidência nos processos patológicos. A qualidade do

envelhecimento está relacionada diretamente com a qualidade de vida à qual o

organismo foi submetido (BORGES, SCORZA; 2016).

Segundo Rebello (2017) duas teorias tentam explicar o complexo processo de

envelhecimento. A primeira, denominada envelhecimento intrínseco, determinada que

pela genética e pelo tempo cronológico, acontece uma mudança gradual na estrutura

do tipo físico. Trata-se da modificação estrutural e funcional das células, em razão da

passagem do tempo, também chamado de envelhecimento cronológico, onde ocorre

uma queda gradual das funções do corpo. A segunda, denominada envelhecimento

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extrínseco, defende que o envelhecimento decorre da exposição repetida e excessiva

às influências danosas do meio ambiente, agressões externas. Está relacionado com

a inevitável passagem do tempo e as condições que surgem ao longo da vida

provocadas principalmente por fatores externos. A pele é constantemente exposta a

radiações ultravioleta, radiações ionizantes, ozônio e poluentes ambientais que

podem, deleteriamente, aumentar o estresse oxidativo, levando a um processo

degenerativo mais precoce (REBELLO, 2017).

4.7.4 Linhas Estáticas e Dinâmicas

Segundo Borges e Scorza (2016), rugas são sulcos ou pregas na superfície da

pele e corresponde a um dos parâmetros mais visíveis do envelhecimento cutâneo,

são alterações resultam do processo natural de envelhecimento, expressões faciais,

exposição solar, fumo, hidratação inadequada, entre outros fatores. A pele vai

gradativamente perdendo a elasticidade, em razão da diminuição das fibras elásticas,

do espessamento e da rigidez das fibras colágenas, devido a diminuição da irrigação

dos vasos sanguíneos, como o sangue é rico em proteínas sua diminuição em relação

a irrigação causa um menor aporte, ou seja um déficit em proteínas o que causa uma

menor nutrição das células de colágeno e elastina (MAUAD, et al. 2012). De acordo

com a profundidade, as rugas podem ser classificadas em superficiais, quando há

diminuição ou perda das fibras elásticas, desaparecem ao estiramento da pele e rugas

profundas, decorrentes principalmente da ação solar e não desaparecem ao

estiramento da pele. Podem ser divididas em três categorias, dinâmicas, decorrentes

do movimento muscular da expressão facial, estáticas, aparecem mesmo na ausência

do movimento, e podem ser entendidas como fadiga pelo excesso de tensão e rugas

gravitacionais, decorrentes do excesso de movimentação, associado a ptose tissular

e muscular (BORGES, SCORZA; 2016).

4.7.5 Flacidez

Perda da firmeza dos tecidos subcutâneos (derme, hipoderme e músculos),

acompanhada da diminuição da espessura do panículo adiposo, bem como de

lacunas provocadas pelo seu desaparecimento regional (PEREIRA, 2007).

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Segundo Souza (2004) não há uma doença na pele, mas sim um intrínseco

envelhecimento, ou fotoenvelhecimento, causando mudanças anatômicas,

fisiológicas e clínicas. Estas alterações variam desde uma sensação de ressecamento

e perda do brilho natural até flacidez, áreas de hipertrofia ou mesmo equimose.

A epiderme torna-se fina, com uma interface dermoepidérmica achatada e uma

perda de vários elementos da derme como colágeno, elastina e fibras elásticas,

componentes celulares e de sustentação, clinicamente podendo existir flacidez

(OBAGI, 2004).

4.7.6 Fibroedemageloide

A nomenclatura fibroedemageloide está relacionada a uma infiltração

edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, de característica não inflamatória,

seguida de polimerização da substância amorfa presente no espaço intersticial da

derme. Esse edema se infiltra no tecido conjuntivo e produz uma reação fibrótica

consecutiva. Sendo assim, podem ser encontrados a fibrose e o edema que

acometem o tecido conjuntivo da derme e o tecido subcutâneo (BORGES; SCORZA;

2016).

De acordo com Pereira (2007), denomina-se fibroedemageloide, popularmente

conhecida como celulite, o resultado de alterações metabólicas e circulatórias que

envolvem desde o tecido adiposo até a derme.

4.7.7 Lipodistrofia

A lipodistrofia é um distúrbio do metabolismo das gorduras, mas também pode

ser definida como crescimento anormal de gordura localizada na hipoderme ou no

panículo adiposo, é uma alteração das células adiposas que acomete o tecido

conjuntivo. A gordura do organismo está depositada nas células adiposas, as quais

tem a capacidade de aumentar (hipertrofia) ou diminuir de volume (hipotrofia ou

atrofia) conforme a maior ou menor quantidade de gordura absorvida sob a forma de

triglicerídeos (GOMES; DAMAZIO, 2013).

Segundo Borges, Scorza (2016), a gordura localizada é caracterizada pelo

excesso de adipócitos localizados de forma desordenada no corpo.

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4.7.8 Estrias

Lesões no tecido dérmico, devido a um estiramento excessivo da pele,

caracterizada como uma condição comum da pele, as estrias são causadas pela

ruptura das fibras elásticas presentes na derme, identificadas por pequenas rugas

transversais que desaparecem com a tração do segmento (BORGES, SCORZA;

2016).

Ocorre uma desorganização das fibras de colágeno e elastina, um rompimento

destas fibras, a pele então reage proporcionando uma cicatriz, uma atrofia dérmica

(GOMES; DAMAZIO, 2013). As estrias são chamadas de atróficas em virtude de

algumas peculiaridades encontradas na região estriada, como diminuição da

espessura da pele, pregueamento, adelgaçamento, secura, redução da elasticidade

e ausência de pelos. Inicialmente, as estrias apresentam-se com uma tonalidade

avermelhada (estrias rubras), e após algum tempo, começam a apresentar uma

aparência branco-nacarada (BORGES, SCORZA; 2016).

4.8 Comprovações científicas sobre os efeitos dos óleos essenciais.

O óleo essencial de Cipestre (Cupressus sempervires) é muito utilizado para

tratamentos de infecções cutâneas (BAUDOUX, 2019) e através de testes in vitru

realizados por Toroglu (2007) pode ser considerado bastante eficaz com algumas

linhagens de fungos e bactérias.

Os óleos essenciais obtidos de espécies pertencentes ao gênero Mentha,

também são conhecidos como agentes antimicrobianos, e dentre eles destaca-se o

Hortelã-pimenta (Mentha piperita), que adicionalmente tem ação antioxidante, pois

atua em radicais livres e ativa circulação local, desintoxicando o tecido (MÍMICA, et al.

2003; BAUDOUX, 2019).

Muitas vezes o que confere características aos óleos essenciais está

diretamente relacionado com os seus componentes. O linalol é um importante

componente do óleo essencial de Lavanda (Lavandula officinalis), e sendo um dos

responsáveis pelas ações antiinflatórias, cicatrizantes e regeneradora de tecidos, que

a Lavanda pode proporcionar (PEANA, et al. 2005; BAUDOUX, 2019).

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O óleo essencial de Melaleuca (Tea Tree) é composto por terpenos (cineno,

terpeno e cimeno): terpinel (tepinen-4-ol), sesquiterpenos e cineol, que conferem sua

ação antimicrobiana e antifúgica (SIMÕES, et al. 2002 apud GARCIA, et al. 2009).

Além disso, este óleo também é muito conhecido por sua ação antisséptica,

parasiticida natural, expectorante, cicatrizante, anti-inflamatório e antiviral (AZEVEDO,

2002; MALUF, 2008). Muito utilizado pela indústria cosmética, o óleo essencial de

Melaleuca pode ser encontrado em shampoos, condicionadores, cremes, loções,

sabonetes e vários outros produtos de assepsia cirúrgica (GARCIA, et al. 2009).

No estudo de Ríos, Recio (2005), discutem a importância de estudos que

envolvem plantas medicinais como agentes antimicrobianos, e ressaltam que tais

pesquisas devem trazer informações precisas de quais são os mecanismos que

conferem a ação antimicrobiana, e adicionalmente sugerem a relevância do

conhecimento sobre a toxicidade dos agentes vegetais sobre células animais. Os

autores sugerem ainda que os testes in vivo devem ser considerados relevantes, e

sempre deve ser utilizada uma metodologia que possibilite a reprodução dos ensaios

biológicos.

Corroboram Zago, et al. (2009) utilizaram a combinação de seis óleos

essenciais: [canela (Cinnamomum zeylanicum Blume Lauraceae), capim-cidreira

(Cymbopogon citratus (DC.) Stapf, Poaceae), hortelã-pimenta (Mentha piperita L.

Lamiaceae), gengibre (Zingiber officinale Roscoe Zingiberaceae), cravo-da-índia

(Caryophillus aromaticus L. Myrtaceae) e alecrim (Rosmarinus officinalis L.

Lamiaceae)], com oito drogas antimicrobianas, para verificar a eficácia de tais

interações em amostras de Staphylococcus aureus e Escherichia coli (isoladas de

humanos).

Zago, et al. (2009) mostram que nos ensaios com S. aureus o óleo essencial

de capim-cidreira foi o único que apresentou sinergia com todas as drogas, enquanto

o óleo essencial de canela não apresentou nenhuma interação.

Já os ensaios realizados com E. coli, houve sinergismo apenas para os óleos

de alecrim com três drogas e capim-cidreira com duas drogas. Esta é uma importante

pesquisa, que traz para discussão a possibilidade de se combinar produtos naturais

com antimicrobianos tradicionais, para aumentar a eficácia antimicrobiana das drogas

(ZAGO, et al. 2009).

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5 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA E/OU OPORTUNIDADE

O estudo dos óleos essenciais vem percorrendo anos dentro da história, e as

questionamentos quanto a ação que exercem sobre os organismos se tornou cada

vez mais objeto de pesquisas não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Embora

possam ser considerados como naturais, requer cuidado e conhecimento, para que

não cause reações alérgicas, irritabilidade ou mesmo ausência de efeitos. É muito

fácil, e comum encontrar vidros de óleos essenciais, em farmácias e estabelecimentos

de vendas de produtos naturais, porém, saber e conhecer de fato cada um deles, além

de evitar problemas, pode também potencializar os resultados.

Um tratamento eficaz requer estratégia, aplicação e ajustes durante o

processo, pois o corpo é vivo tanto quanto a natureza, e todos os dias ambos se

modificam, nada se repete, tudo se transforma. Quando olhamos um cliente,

precisamos enxergar o humano, sentir sua pele, a sua musculatura, seu estado de

espírito, e conduzir o tratamento de uma maneira que a pessoa possa recebê-lo da

melhor forma possível. Somos seres únicos e devemos ser tratados como tal, quando

aprendemos a lidar com as diferenças, entendê-las e respeitá-las é nestas

observações simples porém essenciais para um tratamento de sucesso. Os óleos

voláteis tem o que a natureza oferece de melhor e tratar o cliente como único,

respeitando o contexto da sua história.

No mundo da estética, os óleos essenciais têm voltado a ganhar mercado, e

com isso estão sendo incluídos em muitos procedimentos estéticos, já que pesquisas

mostram efeitos fisiológicos obtidos com a utilização destes recursos. Sabe-se que os

óleos essenciais têm efeito tanto por aplicação tópica (com seus devidos cuidados),

assim como seu efeito no sistema límbico, ou seja, quando é inalado pelo consumidor,

podendo também desencadear muitos efeitos no organismo.

Um tratamento eficaz requer estratégia, aplicação e ajustes durante o

processo, pois o corpo é vivo tanto quanto a natureza, e todos os dias ambos se

modificam, nada se repete, tudo se transforma. Quando olhamos um cliente,

precisamos enxergar o humano, sentir sua pele, a sua musculatura, seu estado de

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espírito, e conduzir o tratamento de uma maneira que a pessoa possa recebê-lo da

melhor forma possível. Somos seres únicos e devemos ser tratados como tal, quando

aprendemos a lidar com as diferenças, entendê-las e respeitá-las é nestas

observações simples porém essenciais para um tratamento de sucesso. Os óleos

voláteis tem o que a natureza oferece de melhor e tratar o cliente como único,

respeitando o contexto da sua história.

O levantamento bibliográfico na área de óleos essenciais reúne informações

sobre a aplicação de ativos pela sinergia em disfunções estéticas. As pesquisas

encontradas, abordavam o tema separadamente, ou seja, comentavam sobre alguns

exemplos de óleos essenciais para tratar alguma disfunção estética específica, como

manchas e acne.

Foram encontradas na literatura 38 (trinta e oito) trabalhos, porém 21 (vinte e

um) que descrevessem especificamente o uso de óleos essenciais na estética, mas

evidenciando as sinergias, ou seja o uso tópico de pelo menos dois a três compostos

ativos, não a aplicação de apenas um ativo e sempre com ênfase primeiramente nos

óleos, para depois as disfunções.

Encontrou-se 12 (doze) estudos relacionadas as sinergias ou seja a utilização

com mais de um ativo. É necessário que se invista em mais pesquisas, acerca das

disfunções estéticas e como um determinado óleo interage no sistema tegumentar

após sua utilização, com o objetivo de conseguir resultados satisfatórios e seguros

nos protocolos de tratamento.

Importante entender as necessidades do humano, como um ser completo,

onde o interior remete ao físico. Apesar de serem considerados naturais tem efeitos

colaterais uma vez aplicados de forma errônea.

O mercado da estética ainda requer estudos sobre as disfunções estéticas e

utilizações especificas de apenas um óleo para tratá-las, gerando dúvidas do óleo que

realmente reage melhor para amenizar e tratar as disfunções, uma vez que os estudos

se baseiam em aplicações de sinergias em determinados tratamentos.

A elaboração de um manual piloto trará ao usuário informações seguras, com

uma linguagem objetiva, de maneira ilustrativa, com orientações subjetivas, pautadas

na literatura, afim de facilitar a busca relacionada aos tratamentos das desarmonias

faciais e corporais através dos ativos que os óleos voláteis possuem.

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De maneira nenhuma pretendo esgotar o tema e nem divergir da opinião de

outros pesquisadores, mas sim fazer com que estas orientações, beneficiem

profissionais da área da estética e de quem dele vier a consultar.

6 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

O trabalho teve como método a Revisão Integrativa da Literatura contemplando

cada etapa para uma fundamentação teórica concisa e que proporcione um olhar

inovador para a relação entre óleos essenciais e profissionais da área da estética,

com base em dados anteriores que evidenciassem os benefícios decorrentes da

utilização dos óleos essenciais na área da estética, uma vez que este tipo de estudo

possibilita o parecer de diversas pesquisas sobre o tema dissertado, viabilizando uma

análise dos estudos, compreendidos na literatura e da utilização de cada um deles.

A revisão integrativa é a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado. Combina também dados da literatura teórica e empírica, além de incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos, revisão de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos de um tópico particular (SOUZA et al. 2010).

Para elaboração do conteúdo do protótipo do manual realizou-se uma revisão

integrativa, realizando busca em bancos de dados como: Scielo, Google Acadêmico

e PubMed, (2000-2019), utilizando as palavras-chave, óleos voláteis, produtos para

beleza e estética.

Pergunta como questão norteadora foi: quais os principais óleos essenciais

dentro de um contexto amplo de óleos existentes, podem ser aplicados em disfunções

estéticas faciais e corporais, como utilizá-los e sua atuação no sistema tegumentar.

Para a seleção das publicações a serem incluídas na revisão, foram adotados

como critério de inclusão trabalhos que abordassem assuntos relacionados à estética,

bem-estar e óleos essenciais para a construção de um protótipo de manual com

conhecimento das disfunções estéticas e os óleos para tratá-las.

O trabalho teve como inclusão, artigos que pautassem o uso dos óleos

essenciais na estética e bem-estar com aplicação tópica em manobras de massagens,

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através do sistema tegumentar e como exclusão trabalhos que abordassem a

aplicação dos óleos essenciais envolvendo o uso em difusão aérea, sistema inalatório.

Com base nos objetivos do presente trabalho, as evidencias pesquisadas

foram divididas em três níveis, considerando os artigos que realmente pautassem a

pesquisa onde, Nível I: foram encontrados quatro trabalhos evidenciando a utilização

dos óleos essenciais, Nível II: foram encontrados cinco trabalhos evidenciando a

utilização dos óleos essenciais no contexto da saúde e bem-estar e Nível III: não

foram encontradas evidências da utilização dos óleos essenciais na melhora das

disfunções estéticas faciais e corporais, doze trabalhos que trouxeram comprovação

cientifica sobre a utilização dos óleos essenciais, porém não respondeu a nenhum dos

níveis selecionados.

O fluxograma 1 demonstra como foi realizada a seleção dos artigos que

serviram em base para a construção do fluxograma.

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Fluxograma 1. Fluxograma de identificação, seleção e inclusão dos estudos da

revisão de literatura, para desenvolvimento do manual de óleos essenciais para uso na

estética.

Identificação dos artigos encontrados durante à busca da revisão da literatura

SCIELO, PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO Total de artigos: 38

Artigos sobre a contextualização

histórica dos óleos essenciais.

Total de artigos: 4

Artigos sobre a utilização dos óleos essenciais com

propriedades antifúngicas e antimicrobianas.

Total de artigos:12

Estudos excluídos por apresentarem o uso dos

óleos essenciais em difusão aérea, para

tratamento da ansiedade. Total de artigos: 8

Estudos sobre a utilização dos óleos

essenciais para benefício na área da saúde e bem-estar. Total de artigos: 5

Estudos excluídos por não apresentarem o uso dos óleos tanto na estética quanto no bem-estar.

Total de artigos: 9

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Os artigos científicos pesquisados correspondem aos anos de 2002 a 2019.

Após leitura e análises criteriosas do que cada autor relata em suas pesquisas, foi

elaborada uma quadro, para categorizar os respectivos artigos e seu nível de

evidência, conforme mostra no Quadro 1.

Quadro 1. Níveis de divisões argumentativos que pautaram esta revisão integrativa 2021.

Nível I

Evidência sobre contextualização

histórica dos óleos essenciais

Guide to Aromatherapy: The Secret of Life and Youth (MAURY’S, 1989). Técnicas de aplicação de óleos essenciais (AMARAL, 2019). Phytoterapica. Aromaterapia: Óleos essenciais, óleos vegetais e resinas (PHYTTERAPICA, 2018). Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros (CORAZZA, 2019).

Nível II

Evidências sobre a utilização dos óleos

essenciais para benefício na área da saúde e bem-estar

Aromaterapia para doenças comuns (PRICE, 1999). Guia Completo de Aromaterapia: Cura e transformação através das essências e dos óleos aromáticos (KELLER, 2003). Compondio de Fisiología Médica (JHON, et al 2007). Óleos essenciais e o poder da sua absorção (HERBIA, 2013). Spaterapia. O uso de óleos essenciais na Estética (PEREIRA, 2013).

Nível III

Evidências da aplicação

de óleos essenciais para melhora de

disfunções estéticas faciais e/ou corporais

Fonte: a autora (2021).

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Verificou-se uma quantidade de aplicabilidade dos óleos relacionados a

farmacologia e algumas evidências comprobatórias de sua utilização especificamente

para a área da estética, porém foram selecionados também materiais mostrando a

comprovação dos óleos como terapêuticos, sua eficácia em testes laboratoriais, ativos

presente em composições relacionadas a área da beleza, e sua correlação como os

níveis de evidência, apresentados no Quadro 2.

Quadro 2. Trabalhos utilizados para investigação e comprovação científica do uso de óleos

essenciais 2021.

1.Simões, et al

2002.

Discorrem sobre os componentes do óleo essencial de

Melaleuca (Tea Tree), que conferem sua ação antimicrobiana e

antifúgica. Porém não há correção com os Níveis I, II e III do

presente trabalho.

2.Azevedo, 2002.

3.Maluf, 2009.

Discorrem sobre os componentes do óleo essencial de

Melaleuca (Tea Tree) com ação antisséptica, parasiticida

natural, expectorante, cicatrizante, antiinflamatório e antiviral.

Porém não há correção com os Níveis I, II e III do presente

trabalho.

4.Mímica, et al.

2003.

5.Baudoux, 2019.

Trabalhos que abordaram os óleos essenciais do gênero

Mentha, como execelentes agentes antimicrobianos,

destacando com ênfase em Hortelã-pimenta (Mentha piperita),

que adicionalmente tem ação antioxidante, pois atua em

radicais livres e ativa circulação local, porém não há correção

com os Níveis I, II e III do presente trabalho

6.Peana, et al.

2005.

7.Baudoux, 2019.

Retratam sobre o componente linalol, presente no óleo

essencial de Lavanda (Lavandula officinalis), como sendo

responsável pela ação antiinflatórias, cicatrizantes e

regeneradora de tecidos, que a Lavanda é conhecida. Porém

não há correção com os Níveis I, II e III do presente trabalho

8.Ríos, Recio,

2005.

Discutem a importância de estudos que envolvem plantas

medicinais como agentes antimicrobianos, e ressaltam que tais

pesquisas devem trazer informações precisas de quais são os

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mecanismos que conferem a ação antimicrobiana, e

adicionalmente sugerem a relevância do conhecimento sobre a

toxicidade dos agentes vegetais sobre células animais. Porém

não há correção com os Níveis I, II e III do presente trabalho

9.Toroglu, 2007.

10.Baudoux,

2019.

Definem o óleo essencial Cipestre (Cupressus sempervires)

como utilizado para tratamentos de infecções cutâneas, por ser

bactericida e fungicida. Não há correção com os Níveis I, II e III

do presente trabalho

11.Garcia, et al.

2009.

Discorrem a utilização do óleo essencial de Melaleuca (Tea

Tree) pela indústria cosmética, em shampoos, condicionadores,

cremes, loções, sabonetes e vários outros produtos de assepsia

cirúrgica. Porém não há correção com os Níveis I, II e III do

presente trabalho

12.Zago, et al. 2009.

Contrastam a sinergia dos óleos essenciais de: canela

(Cinnamomum zeylanicum Blume Lauraceae), capim-cidreira

(Cymbopogon citratus (DC.) Stapf, Poaceae), hortelã-pimenta

(Mentha piperita L. Lamiaceae), gengibre (Zingiber

officinale Roscoe Zingiberaceae), cravo-da-índia (Caryophillus

aromaticus L. Myrtaceae) e alecrim (Rosmarinus officinalis L.

Lamiaceae), com drogas antimicrobianas para verificar a

eficácia de tais interações em amostras de S. aureus e E.

coli (isoladas de humanos). Não há correção com os Níveis I,

II e III do presente trabalho.

Fonte: a autora (2021).

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7 ANÁLISE E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO/RECOMENDAÇÃO

Após análise do referencial teórico levantado para a presente revisão

integrativa, logo de início constatou-se a ausência de informações registradas em

literatura, que fosse consistente e capaz de pautar completamente sobre a aplicação

dos óleos essenciais na área da estética.

Sendo assim, foi possível observar que os trabalhos utilizando testes para

comprovar a eficácia de um óleo essencial, geralmente tem um enfoque

farmacológico, e pouco estético. Porém, o presente trabalho abordou também

referências que descrevem as principais disfunções estéticas, faciais e corporais, e a

partir de observações sobre o que de fato cada uma delas representa, foi possível

realizar uma discussão mais ampla, relacionando cada uma delas com alguns óleos

essenciais.

O melasma é consequência de um processo inflamatório que ocorre quando as

células produtoras de pigmento da pele são estimuladas por alguma agressão

externa, ou mesmo por algum distúrbio intrínseco, e por isso, sendo o óleo essencial

de Hortelã-pimenta muito indicado para o tratamento, já que os estudos mostraram

sua eficácia como antioxidante, assim como o óleo essencial de Lavanda e o de

Melaleuca, por terem apresentado ação antiinflamatória.

A acne por outro lado, tem início por uma contaminação bacteriana, e por isso,

com base em todo o levantamento realizado neste trabalho, os óleos mais indicados

para auxiliar no tratamento seriam o de Cipestre, Hortelã-pimenta e Melaleuca, por

terem ação antimicrobiana, ou ainda o óleo essencial de Lavanda, com ação

cicatrizante e antiinflamatória. Vale ressaltar que os óleos essenciais de capim-

cidreira, alecrim e gengibre também mostraram eficácia como antimicrobianos em

uma pesquisa, quando foram colocados em interação com drogas antimicrobianas, e

por isso podem ser listados aqui como referências para tratamentos estéticos que

busquem amenizar quadros de acne.

Quanto ao envelhecimento cutâneo, é sabido que a entrega de nutrientes,

assim como a eliminação de catabólitos ficam completamente comprometidos,

quando esta disfunção estética passa a se instalar nos tecidos dérmicos. Por isso, os

óleos essenciais mais indicados para tratar ou mesmo prevenir todo este processo é

o de Hortelã-pimenta por ser antioxidante, ativador de circulação e desintoxicante de

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tecido, e o de Lavanda, que por ser antiinflamatório pode evitar danos causados às

fibras de sustentação, além de ter propriedades capazes de restaurar tecidos. Todos

os danos que as fibras de colágeno e elastina possam sofrer ao longo do tempo,

consequentemente levam ao aparecimento das linhas dinâmicas e estáticas, pois a

flacidez está de fato instalada no tecido, por isso, para essas três disfunções estéticas

citadas anteriormente, também podem ser recomendadas a utilização dos óleos de

Hortelã-pimenta e Lavanda.

Quando se discute sobre fibroedemagelóide, sempre é necessário pensar no

conjunto de tecidos e seus respectivos componentes que passam a ficar

comprometidos com o agravamento do processo. Neste caso, ao optar pelo uso do

óleo essencial de Hortelã-pimenta, uma ação antioxidante poderia ajudar, eliminando

os radicais livres, assim como a ação desintoxicante e ativadora de circulação que o

óleo mostrou em pesquisas realizadas e descritas no presente referencial teórico,

ajudam a embasar sua eficácia. Este mesmo raciocínio pode ser utilizado quando se

trata de Lipodistrofia, pois a Hortelã-pimenta pode amenizar o acúmulo de gordura, e

as consequentes inflamações e compactações de tecidos. Como os estudos

mostraram que o óleo essencial de Melaleuca também tem ação antiinflamatória, este

também seria muito indicado, tanto para os casos de fibroedemagelóide, quanto para

Lipodistrofia.

8 CONCLUSÃO

Foi elaborado um manual de óleos essenciais para uso na estética segundo

levantamento bibliográfico das bases de dados.

Dispor de um material educativo e instrutivo facilita e uniformiza as orientações

a serem realizadas, com vistas aos procedimentos estéticos envolvendo os óleos. Por

outro lado, visa também um melhor entendimento acerca da sua utilização no âmbito

das desarmonias corporais, melhorando a autoestima e bem-estar do cliente.

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Anexo A: Protótipo Manual de Óleos Essenciais para uso na estética

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