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MODELO
MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE
DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA
IMPLANTOSSUPORTADA COM CARGA IMEDIATA
NATAL/RN
2019
www.posgraduacao.ufrn.br/ppgscol [email protected] 55-84-3342-2338
CENTRODECIÊNCIASDASAÚDEPROGRAMADEPÓS-GRADUAÇÃOEMSAÚDECOLETIVA
MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE
VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA
COM CARGA IMEDIATA
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva, Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como
requisito para a obtenção do título de Doutor em
Saúde Coletiva, Área de Concentração em
Odontologia.
Orientador: Profa. Dra. Adriana da Fonte Porto
Carreiro
Natal/RN
2019
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - Departamento de Odontologia
Campos, Maria de Fátima Trindade Pinto. Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa implantossuportada com carga imediata / Maria de Fátima Trindade Pinto Campos. - Natal, 2019.
126 f.: il.
Orientador: Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Natal, 2019.
1. Prótese total - Tese. 2. Implante dentário - Tese. 3. Carga imediata em implante dentário - Tese. 4. Qualidade de vida - Tese. 5. Mastigação - Tese. I. Carreiro, Adriana da Fonte Porto. II. Título.
RN/UF/BSO BLACK D32
Elaborado por MONICA KARINA SANTOS REIS - CRB-393/15
MARIA DE FÁTIMA TRINDADE PINTO CAMPOS
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE
VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA
COM CARGA IMEDIATA
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como
requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Saúde
Coletiva com área de concentração Odontologia.
Aprovada em: ___/___/___.
BANCA EXAMINADORA
Profa. Drª. Adriana da Fonte Porto Carreiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Orientadora
Prof. Dr. Antonio Ricardo Calazans Duarte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
Profa. Drª. Érika Oliveira de Almeida
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
Profa. Drª. Sandra Lúcia Dantas de Moraes
Universidade de Pernambuco
Membro
Profa. Drª. Carmem Silvia Laureano Dalle Piagge
Universidade Federal da Paraíba
Membro
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à Deus, por reconhecer sua presença divina em minha vida...
Ao meu pai, Carlos Câmara de Oliveira Pinto (in memoriam)..lembrar de suas
atitudes diante da vida me inspiraram na condução desse trabalho ...
Papai você nunca esteve tão presente em minha vida...
Dedico também a minha mãe, Maria de Lourdes da Trindade Pinto (in memoriam).
por seu olhar...
Ao meu marido, José Ribamar Campos Júnior, “um guardião”... aos meus filhos
Caroline, Pedro e Úrsula... e as minhas netinhas, Valentina e Antonella...
Que eu possa ser espelho para inspirá-los...a desenvolver a grandeza interior,
despertando a força e a coragem em suas vidas.
Eu amo vocêsssss...
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus, que sempre me fez acreditar que eu não estava sozinha, que me
iluminou e me deu forças para superar todas as dificuldades para realização desse trabalho e a
minha família, pela tranquilidade como conduzem suas vidas me deixando livre para buscar e
superar meus objetivos pessoais.
À Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro, minha orientadora nesse trabalho, que me
deu a oportunidade de executar um dos mais belos trabalhos que fiz, com momentos especiais de
superação, que repercutiram na melhoria da qualidade de vida dos pacientes desse trabalho,
repercutindo na minha felicidade também. Expresso aqui toda a minha gratidão. Obrigada pela
confiança e amizade.
Ao Prof. Dr. Euler Maciel Dantas, responsável por todas as cirurgias realizadas nesse
trabalho, juntamente com seus orientados, Fernanda Amorim, Leo Trajano, Felipe Carvalho e
Ivalter Ferreira.
A todos os colegas que de alguma forma colaboraram para realização desse trabalho,
Rafaela Albuquerque, Raíssa Afonso, Gerlayne Barros, Rachel Cardoso, Laércio Melo, Annie
Medeiros, Ana Larisse, Luana Aquino, Anne Claudino e em especial a Ana Clara Torres que
esteve mais próxima de mim em todas as fases desse projeto.
Ao Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa, pelo apoio, na ausência da Profª Drª
Adriana da Fonte Porto Carreiro.
Aos vários ex-alunos que passaram a ser meus colegas de doutorado, pelas trocas
enriquecedoras durante a convivência que tivemos, onde muitas vezes, se tornaram meus
professores e que aqui não citarei nomes para não pecar pela omissão, ressalvando apenas o nome
do querido colega, Danilo Gonzaga, (in memoriam), que Deus não permitiu estar aqui
conosco......obrigada a todos pelo respeito, amizade e companheirismo.
Ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, juntamente com todos os professores e funcionários que a integram, pelas
contribuições nessa formação acadêmica e aqui de forma especial, ao secretário da Pós-
Graduação Lucas Araújo.
Às professoras doutoras Maria Ângela Fernandes Ferreira e Isauremi Vieira de
Assunção pelas valiosas contribuições metodológicas no processo de qualificação.
Aos professores doutores, Carmem Silvia Laureano Dalle Piagge, Sandra Lúcia Dantas
de Moraes, Érika Oliveira de Almeida e Antonio Ricardo Calazans Duarte, pela aceitação e
disponibilidade em participar dessa banca de defesa de doutorado.
Ao Dr. Silvano Pinheiro e Dr. Paulo Guilherme, pela disponibilidade na realização dos
exames tomográficos, ajudando sempre que solicitado.
Ao colega Hanieri Oliveira, responsável por todas as medições radiográficas.
A todos os bolsistas que integraram o laboratório de fabricação do alimento artificial
utilizado nessa pesquisa em especial a Rafael Amorim.
Aos funcionários da Biblioteca Setorial do Departamento de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela atenção especial a todas solicitações que
foram realizadas para condução bibliográfica desse trabalho.
A todos os funcionários do Departamento de Odontologia, em especial a Edson e a
Inácia que “me abriram portas”, muito obrigada...
Aos técnicos em prótese dentária, Nelson e Clébia pela disponibilidade e confecção dos
guias multifuncionais e em especial a Saint Clair Blackstone, pela confecção e transformação de
todas as próteses desse trabalho.
Aos funcionários do setor de radiologia, em especial ao colega Paulo Maia, sempre
disponível.
Ao querido colega Jonhson, sempre disposto a ajudar...
Aos pacientes, meu carinho todo especial, pela sua atenção e disponibilidade total a
qualquer momento...obrigada, obrigada, obrigada...
Ao CNPQ pelo apoio e incentivo financeiro. MCTI/CNPQ/Universal 14/2014 –
Processo: 462100/2014-6
Que Deus nos abençoe!
Obrigada!
“Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de
amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a
fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de
escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão o trabalho, Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o
de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída....”
Mahatma Gandhi
RESUMO
O impacto da saúde oral na qualidade de vida (OHRQoL) dos pacientes através da
substituição de próteses totais convencionais (PTC) por próteses fixas implantossuportadas
(PFIS) ainda não está totalmente claro, devido à grande heterogeneidade metodológica. O
objetivo desse ensaio clínico controlado não randomizado foi comparar a OHRQoL e a
performance mastigatória (PM) em pacientes reabilitados com PTC e com PFIS com carga
imediata na mandíbula. A amostra foi composta por 40 indivíduos com idade média de 59,08
anos (± 7,04), predominantemente do sexo feminino (n=36), distribuídos em dois grupos: PTC e
PFIS. Todos os pacientes foram reabilitados com PTC inicialmente, 23 permaneceram com suas
PTC, e o restante (17 pacientes), após 3 meses de uso das PTC tiveram suas próteses convertidas
em PFIS com barra distal com carga imediata, sendo 7 suportadas por 3 implantes e 10 suportada
por 4 implantes. O OHRQoL foi mensurado através do questionário OHIP-Edent (versão
brasileira) e a PM, através do método das tamises com o X50 calculado. Dados foram coletados
antes (T0), e após 3 meses da instalação das PTC e da PFIS (T1). Para a análise dos dados, Teste
t de Student para amostras pareadas foi aplicado para avaliar o mesmo grupo antes e após a
intervenção clínica, sendo na comparação entre os grupos aplicado o Teste t para grupos
independentes e o “d” de Cohen calculado para ambas comparações. Teste de correlação de
Spearman foi empregado para avaliar a correlação entre as variáveis. Os resultados mostraram
que ao comparar o grupo PTC em T0 e T1, não houve melhora na OHRQoL e nem redução do
X50, indicando que a PM não melhorou. Já no grupo PFIS, houve melhora significativa na
OHRQoL (p < 0,001) com tamanho do efeito “muito grande” (Cohen’d = 2,49) e melhora
significativa na PM com tamanho do efeito “muito grande” (Cohen’ d = 2,47). Considerando a
comparação no tempo T1 de ambos os grupos, o grupo PFIS apresentou menor valor de
OHRQoL e menor valor de X50, indicando maior impacto positivo na qualidade de vida e melhor
PM, quando comparado ao grupo PTC (p < 0,001). Constatou-se correlação entre a PM e o
OHIP-Edent de forma positiva apenas para o grupo PTC, no tempo T0, no domínio “desconforto
psicológico”, indicando que a medida que a PM piorava, o desconforto psicológico aumentava.
Concluiu-se que a conversão da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada
impacta positivamente na qualidade de vida e na performance mastigatória dos usuários com um
tamanho de efeito “muito grande”.
Palavras-chave: Prótese Total. Implante dentário. Carga imediata em implante dentário.
Qualidade de vida. Mastigação.
ABSTRACT
Oral health impact on the quality of life (OHRQoL) of patients through the replacement
of conventional complete dentures (CCD) to implant suported dentures (ISD) is still not
completely clear due to the great methodological heterogeneity. The objective of this non-
randomized controlled clinical trial was to compare OHRQoL and masticatory performance (PM)
in rehabilitated patients with CCD and ISD under lower immediate loading. The sample consisted
of 40 individuals, mean age of 59.08 years (± 7.04), predominantly female (n = 36), were divided
into two groups: CCD and ISD. All patients were rehabilitated with CCD initially, 23 remained
with their CCD, and 17 patients after 3 months of CCD use had their dentures converted into ISD
under immediate loading, supported by 3 or 4 implants. The OHRQoL was measured by OHIP-
Edent questionnaire (Brazilian version) and the PM, using the sieve method with the calculated
X50. Data were collected before (T0), and after 3 months of installation of CCD and ISD (T1).
Student's t-test for paired samples was applied to evaluate the same group before and after the
clinical intervention, in the comparison between the groups the t test was applied for independent
groups and the "d" of Cohen calculated for both groups comparisons. Spearman's correlation test
was used to evaluate the correlation between the variables. Comparing the CCD group at T0 and
T1, there was no positive impact on the OHRQoL and no significant X50 reduction, which
indicates that there was no improvement in the PM. For ISD, there was an improvement in the
OHRQoL (p < 0.001) with a large size effect (Cohen'd = 2,49) and a significant improvement in
the PM with a large size effect (Cohen'd= 2,47). Comparison in time T1 for both groups, ISD
presented lower OHRQoL and lower value of X50, which indicates a higher positive impact on
the quality of life and better PM when compared to CCD (p < 0.001). Correlation between PM
and OHIP-Edent was found only positively for CCD at time T0, in the "psychological
discomfort" domain, indicating that as the PM worsens, the psychological discomfort increases. It
is concluded that the conversion of complete dentures into implanted suported denture has a
positive impact on the quality of life and on masticatory performance.
Keywords: Complete denture. Implant dental. Immediate dental implant loading. Quality of life.
Mastication.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fluxograma do tamanho da amostra..................................................................... 39
Figura 2 - Radiografia panorâmica para avaliação da altura óssea........................................ 42
Figura 3 - Sequência clínica para confecção da prótese total convencional. Prótese antiga
(A); Moldagem anatômica (B); moldagem funcional (C); registro das relações
maxilo-mandibulares (D); prova dos dentes em cera (E); prótese finalizada (F)..
45
Figura 4 - Sequência clínica para execução do planejamento reverso. Guia tomográfico
(A); Prova do guia tomográfico (B); tomografia em análise no Software Dental
Slice (C).................................................................................................................
46
Figura 5 - Modelo superior em gesso montado em ASA com a mesa de Camper (A);
Registro maxilo-mandibular (B).........................................................................
48
Figura 6 - Sequência clínica cirúrgica para instalação dos implantes. Prova do guia
cirúrgico (A); Abertura do retalho-exposição do rebordo (B); Confirmação do
paralelismo entre os implantes (C); Instalação dos implantes (D); Instalação
dos minipliares (E); Finalização da cirurgia (F)....................................................
50
Figura 7 - Sequência clínica para transformação da PTC em PFIS. Abertura lingual da
prótese (A); cilindros provisórios instalados (B); Captura dos cilindros (C);
Cilindros capturados (D); Vista inferior da prótese com os cilindros capturados
(E); Vista superior dos cilindros capturados (F); Confirmação do registro
oclusal (G); Moldagem com silicona de adição (H)..............................................
52
Figura 8 - Montagem em ASA da prótese a ser transformada (A). Substituição do cilindro
distal por uma barra distal (B) e (C)......................................................................
54
Figura 9 - Avaliação dos contatos oclusais (A e B); Instalação da Prótese Fixa
Implantossuportda (C)...........................................................................................
55
Figura 10 - Avaliação periimplantar aos 3meses (T1) - clinicamente e radiograficamente.... 57
Figura 11 - Porções de alimento-teste Optocal (A); Conjunto de tamises (B); tamise com
abertura de 5,6 mm (C); e tamise com abertura de 0,71mm (D)...........................
60
Figura 12 - Sequência de alimento-teste obtido nas diferentes tamises, após mastigação.
Porção de alimento a ser mastigado (A); Alimento retido na tamise 5,6 (B);
Alimento retido na tamise 4 (C); Alimento retido na tamise 2,8 (D); Alimento
retido na tamise 2(E); Alimento retido na tamise 1,4 (F); Alimento retido na
tamise 1(G); Alimento retido na tamise 0,71(H)...................................................
61
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Contraindicações sistêmicas para instalação de implantes. Natal-RN, 2019........... 38
Quadro 2 - Variáveis dependentes do estudo. Natal-RN, 2019.................................................. 40
Quadro 3 - Variável independente principal analisada no estudo. Natal-RN, 2019.................. 40
Quadro 4 - Caracterização das variáveis independentes de confusão do estudo. Natal-RN,
2019..........................................................................................................................
41
Quadro 5 - Materiais, utilizados para confecção do alimento-teste Optocal. Natal/RN, 2019.. 58
Quadro 6 - Tempos de seguimento e instrumentos de avaliação. Natal/RN, 2019.................... 63
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Interpretação da magnitude do efeito “D” de Cohen............................................... 64
Tabela 2 - Classificação do coeficiente de Spearman............................................................... 64
Tabela 3 - Descrição e comparação das médias das variáveis de confusão nos grupos PTC e
PFIS. Natal/RN, 2019..............................................................................................
65
Tabela 4 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T0 e T11.
Natal/RN, 2019.................................................................................................
67
Tabela 5 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T1.
Natal/RN, 2019........................................................................................................
68
Tabela 6 - Comparação entre os grupos PTC e PFIS quanto à performance mastigatória nos
tempos T0 e T1. Natal/RN, 2019.............................................................................
69
Tabela 7 - Correlação entre a performance mastigatória e a qualidade de vida relacionada à
saúde oral nos grupos PTC e PFIS em ambos os tempos de avaliação. Natal/RN,
2019........................................................................................................
70
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES
PTC - Prótese Total Convencional
PFIS - Prótese Fixa Implantossuportada
CCD - Conventional complete dentures
ISD - Implant suported dentures
HE - Hexágono Externo
DOD - Departamento de odontologia
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
OHRQoL Oral Health-Related Quality of Life
Qualidade de vida relacionada à saúde bucal
OHIP-Edent - Oral Health Impact Profile- Edentolous
Perfil de impacto sobre a saúde bucal - desdentado
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 16
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................ 18
2.1 PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS................................................ 18
2.2 PRÓTESES FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS COM CARGA
IMEDIATA.................................................................................................
22
2.3 QUALIDADE DE VIDA............................................................................ 27
2.4 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA........................................................ 30
3 OBJETIVOS.............................................................................................. 36
3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................... 36
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................ 36
4 MÉTODO............................................................................................................. 37
4.1 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................................ 37
4.2 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA................................................................ 37
4.3 PLANO AMOSTRAL........................................................................................... 37
4.3.1 Critérios de inclusão................................................................................. 37
4.3.2 Critérios de exclusão................................................................................ 38
4.3.3 Forma de alocação.................................................................................... 38
4.3.4 Tamanho da amostra................................................................................ 40
4.4 VARIÁVEIS ESTUDADAS................................................................................. 40
4.5 FASE EXPERIMENTAL...................................................................................... 41
4.5.1 Confecção das próteses totais.............................................................................. 41
4.5.2 Planejamento reverso - preparo prévio reabilitador........................................ 45
4.5.3 Protocolo de instalação dos implantes............................................................... 48
4.5.4 Transformação da prótese total convencional em prótese fixa
implantossuportada.............................................................................................
50
4.5.5 Procedimentos laboratoriais............................................................................... 53
4.5.6 Instalação da prótese fixa implantossuportada com carga imediata.............. 54
4.6 COLETAS DE DADOS........................................................................................ 58
4.6.1 Avaliação da performance mastigatória............................................................ 58
4.6.2 Avaliação da qualidade de vida.......................................................................... 62
4.6.3 Seguimento........................................................................................................... 63
4.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS............................................................ 63
5 RESULTADOS.................................................................................................... 65
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA................................................................ 65
5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA............................ 66
5.3 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA.................................................................. 68
5.4 CORRELAÇÃO ENTRE A PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E A
QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE ORAL...........................
69
6 DISCUSSÃO......................................................................................................... 71
7 CONCLUSÃO...................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS................................................................................................... 78
APÊNDICES........................................................................................................ 88
APÊNDICE A....................................................................................................... 89
APÊNDICE B....................................................................................................... 92
APÊNDICE C....................................................................................................... 94
ANEXOS............................................................................................................... 122
ANEXO A............................................................................................................. 123
ANEXO B............................................................................................................. 126
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
16
1 INTRODUÇÃO
Reabilitações orais com próteses totais convencionais tem entre outros objetivos o
restabelecimento da função mastigatória, que é um dos fatores mais importantes associado a
qualidade de vida em edêntulos (SMITH; ENTWISTHLE; NUTTALL, 2005; VAN DER BILT,
2011; STJERNFELDT et al., 2017). A presença da reabsorção óssea remodelando o cume ósseo
residual continuamente ao longo da vida de forma crônica, progressiva, irreversível e cumulativa,
resulta em mudanças na arquitetura da crista óssea alveolar (ATWOOD, 1971; MERCIER;
LAFONTANT, 1979), que associam-se às condições mecânicas desfavoráveis inerentes a esse
tipo de prótese, provocando desadaptações, falta de estabilidade e diminuição da retenção
(SINGHAL et al., 2012). O somatório desses fatores impacta negativamente na capacidade
mastigatória necessária para a fragmentação dos alimentos, principalmente naqueles pacientes
que apresentam mucosa delgada, facilmente ulcerável (MERCIER; LAFONTANT, 1979;
SINGHAL S et al., 2012).
Uma alternativa para pacientes edêntulos é a reabilitação através das próteses fixas
implantossuportadas (LOPEZ et al., 2016) por possibilitar a redução da força mastigatória aos
tecidos subjacentes, preservando a anatomia e o volume do rebordo alveolar disponível. Como
vantagem ainda, essas próteses podem ser instaladas com carga imediata, com um resultado
estético satisfatório (SCALA et al., 2012), proporcionando conforto imediato aos pacientes
(CHOW et al., 2001). Além disso, a capacidade mastigatória melhora, pela retenção e
estabilidade adquiridas (CAKIR et al., 2014; LOPEZ et al., 2016) causando expectativas
elevadas na aceitação (FURUYAMA et al., 2012), repercutindo em efeito psicossocial positivo
(RIVALDO et al., 2012; OH et al., 2016).
A avaliação do impacto da saúde oral na qualidade de vida através de instrumentos
psicométricos validados é fundamental para nortear a escolha das modalidades restauradores por
pacientes e profissionais (SCALA et al., 2012; REISSMANN et al., 2017; COSOLA et al.,
2018). Baseado na percepção do paciente, o impacto de uma reabilitação oral pode ser medido
através de questionários, tais como o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), o Dental
Impact on Daily Living (DIDL) (REISSMANN et al., 2017) e do Oral Health Impact Profile -
Edentolous OHIP-Edent, (ALLEN; LOCKER, 2002) que foi elaborado a partir do OHIP-49
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
17
(SLADE; SPENCER, 1994), com versões em vários idiomas incluindo a versão brasileira
(SOUZA et al., 2007), e que é específico para edêntulos.
Entre os fatores que influenciam na OHRQoL observa-se que a mastigação é apontada
como uma variável com repercussão na saúde sistêmica dos indivíduos (FUEKI et al., 2007) e na
prevenção às doenças crônicas (SHEPHERD, 2009). Em idosos edêntulos essa situação pode ser
agravada já que, apresentam dificuldades na correta mastigação (HSU et al., 2011) associado as
diferenças no fluxo salivar e a diminuição da força de mordida (CAKIR et al., 2014;
REISSMANN et al., 2017). Esses pacientes optam por alimentos mais fáceis de mastigar, sem
nutrientes necessários à sua saúde, pois a limitação mastigatória, impede a redução do tamanho
das partículas dos alimentos e a insalivação (VEYRUNE et al., 2013), dificultando a deglutição
do bolo alimentar e a absorção intestinal (PAPAS et al., 1998).
Vários estudos investigaram a influência que a mastigação, exerce na qualidade de vida,
comparando usuários de próteses totais convencionais e usuários de próteses fixas
implantossuportadas (SCALA et al., 2012; VEYRUNE et al., 2013; VIEIRA et al., 2014), os
resultados evidenciaram uma melhoria na qualidade de vida relacionada a performance
mastigatória, no entanto, os tipos de estudo e as metodologias utilizadas, resultam em
heterogeneidade, impedindo a realização de meta-análises nas revisões sistemáticas já realizadas
(REISSMANN et al., 2017), enfraquecendo as evidências, (FUEKI et al., 2007; KERN et al.,
2016). Em uma recente revisão sistemática, a avaliação e comparação da OHRQoL entre
usuários de prótese fixa implantossuportada e a prótese total convencional, os autores concluíram
que somente evidências moderadas sugerem a superioridade da prótese fixa implantossuportada
(REISSMANN et al., 2017).
Diante do exposto, objetiva-se, através de um ensaio clínico controlado não
randomizado, investigar se a reabilitação oral com próteses fixas implantossuportadas
mandibulares melhora a performance mastigatória e promove um impacto positivo sobre a
qualidade de vida comparado à reabilitação oral com próteses totais convencionais em pacientes
completamente desdentados. A hipótese principal do estudo é que a reabilitação oral
implantossuportada mandibular proporciona impacto positivo sobre a performance mastigatória e
qualidade de vida relacionada à saúde oral, quando comparada a prótese total convencional
mandibular.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
18
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
Apesar dos grandes avanços da Odontologia, a reabilitação oral com próteses totais
convencionais ainda é a única opção restauradora para muitos pacientes (SLADE; AKINKUGBE;
SANDERS, 2014). Problemas sócio econômicos e expectativa de vida aumentada são razões que
contribuem para o aumento do edentulismo (REISSMANN et al., 2017; OH et al., 2016;
RIVALDO et al., 2012), fazendo com que a prótese total convencional ainda permaneça como
uma indicação terapêutica. Independente dos fatos geradores dessa condição, o edentulismo é
uma condição física penosa, que pode favorecer o desencadeamento de problemas psicossociais e
mastigatórios que influenciam na qualidade de vida das pessoas (CAKIR et al., 2014; OH et al
2016; REISSMANN et al., 2017).
Estudos mostram que cerca de 5 a 20% dos pacientes reabilitados com próteses totais
convencionais, permanecem insatisfeitos, devido principalmente à instabilidade da prótese total
inferior (POCZTARUK et al., 2009). Esta queixa está ligada à própria anatomia do rebordo
mandibular reabsorvido, o qual fornece pequena área de suporte comparada à maxila, implicando
em maior necessidade de coordenação muscular para estabilizar a prótese, que além disso,
apresenta uma fibromucosa de revestimento do rebordo que é fina, móvel e facilmente
traumatizável. Esses fatores comprometem a retenção e estabilidade que associam-se a redução
da força da mordida com consequente diminuição do desempenho mastigatório sendo
compensado pela mastigação de alimentos macios e pouco nutritivos que necessitam de menor
trabalho muscular e menor tempo de mastigação ou pela deglutição de partículas maiores
(RIBEIRO et al., 2014).
Para minimizar dificuldades como essas, alguns pacientes mesmo sem orientação de um
profissional, usam adesivos tentando melhorar sua mastigação e a sua fala. Baseado nisso,
Fujimori, Hirano, Hayakawa, (2002) realizaram um estudo cross-over introduzindo um adesivo
na base de próteses e compararam dois grupos de pacientes. Nesse estudo, foi concluído que
mesmo em pacientes cujo rebordo era mais reabsorvido a mastigação melhorou
significativamente (p<0,05), ficando clara a importância de uma prótese retida. Para o autor, a
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
19
melhora do desempenho mastigatório foi provavelmente devido a uma melhor retenção e
estabilidade proporcionada pelo adesivo à prótese dentária.
Da mesma forma, Oliveira et al. (2014), desenvolveram um estudo clínico cross over,
objetivando avaliar a capacidade mastigatória, comparando o creme Ultra Corega e pó Ultra
Corega; (Glaxo SmithKline) em pacientes edêntulos. Uma amostra de conveniência composta por
cinquenta indivíduos (32 mulheres e 18 homens) com média de idade de 66,05 anos foram
avaliados. Os resultados mostraram uma melhora na capacidade mastigatória de ambos os
grupos.
Posteriormente, um estudo transversal conduzido por Marcello-Machado et al. (2016),
identificou que o fator que mais prejudica a função mastigatória em usuários de próteses totais
convencionais é o movimento da prótese mandibular. O deslocamento dessa prótese, durante a
mastigação juntamente com os alimentos, prejudica a mastigação, havendo uma competição entre
os alimentos e a prótese durante a execução dos ciclos mastigatórios. Dessa forma, alguns
pacientes não homogenizam os alimentos de forma adequada e ainda sofrem com o desconforto,
pois nessas regiões a mucosa é fina e sensível e sujeita a úlceras de pressão, hiperplasia e
estomatite protética.
Dificuldades de retenção e estabilidade estão por vezes, associadas as limitações
técnicas existentes na confecção das próteses totais, que pela impossibilidade de resolução
tornam-se um problema, onde muitos pacientes desdentados sentem-se insatisfeitos com sua
condição e com suas próteses, porém aceitando como parte de suas vidas (PRITHVIRAJ et al.,
2014; HEYDECKE et al., 2003). As consequências dessa situação, desencadeiam limitações
físicas relacionadas a mastigação e dor, podendo levar as limitações psicológicas e sociais
(CAKIR et al., 2014), algumas vezes, resultando em desuso da prótese, principalmente em se
tratando das próteses totais convencionais inferiores, que apresentam maiores dificuldades de
adaptação.
Preocupados com essa situação, especialistas reunidos em um simpósio realizado na
Universidade McGill em 2002, sugeriram que a restauração das mandíbulas desdentadas com
uma prótese total convencional não seria mais a primeira escolha de tratamento e em seu lugar
deveria ser realizada a instalação de overdentures com dois implantes (FEINE et al., 2002).
Apesar da recomendação, problemas sócio-econômicos têm impedido a realização dessa prática.
(YAMAGA; SATO; MINAKUCHI, 2013).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
20
Embora dificuldades sejam relatadas, alguns trabalhos apresentam-se resolutivos em
relação a problemática descrita. Goiato et al. (2012), correlacionaram a qualidade de vida (QV) e
o estímulo a percepção em 60 usuários de prótese total convencional bimaxilar. Dados
demográficos foram coletados e aplicados os questionários Oral Health Impact Profile (OHIP-
EDENT) antes e após 3 meses da instalação das novas próteses e o questionário de percepção de
estímulo PERCEPTION questionnaire no dia da instalação e após 3 meses de instalação. O
questionário OHIP-EDENT mostrou impacto positivo significativo das novas próteses sobre a
saúde oral e o questionário PERCEPTION indicou que os pacientes experimentaram melhorias (p
<0,05) em relação as sensações com as novas próteses. As queixas observadas nos pacientes
foram superadas. O autor concluiu que o tratamento foi eficaz em relação à QV dos pacientes e
sua adaptação às novas próteses, porém a causalidade entre percepções do paciente e QV não foi
estabelecida.
Investigando essa mesma problemática, Yamaga, Sato e Minakauchi (2013), buscaram a
relação existente entre a forma da crista mandibular, a estabilidade e a retenção da prótese total
mandibular, a precisão no registro da relação mandibular, percepção da habilidade mastigatória,
satisfação com dentaduras e qualidade de vida relacionada a saúde bucal (OHRQoL) em usuários
de prótese total em um estudo com 183 pacientes desdentados. A forma da crista mandibular foi
classificada de acordo com o método de Cawood e Howell, enquanto que a estabilidade e
retenção da prótese total mandibular foram avaliadas pelo metódo de Kapur. A precisão do
registro da relação mandibular foi avaliada usando uma mandíbula desenvolvida para obtenção
do índice de relação. A percepção da capacidade de mastigação foi avaliada por meio de um
questionário e a satisfação dos pacientes com as próteses foi avaliada através da escala visual
analógica. Para avaliação da qualidade de vida, a versão japonesa do OHRQoL para edêntulos foi
aplicada. Um modelo de equações estruturais foi construído, considerando a hipótese de que a
condição bucal e a qualidade da prótese seriam relacionadas à capacidade de mastigação,
satisfação e OHRQoL. Os resultados encontrados mostraram relações significativas entre a crista
da mandíbula, a estabilidade da prótese total mandibular, acurácia do registro da mandíbula, a
capacidade da mastigação percebida, satisfação e OHRQoL, com vários índices de ajuste dentro
de limites aceitáveis. Foi concluído que a condição bucal e a qualidade da prótese estavam
relacionadas à percepção dos pacientes, capacidade de mastigação, satisfação com dentaduras e
OHRQoL.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
21
Nesse mesmo sentido, Limpuangthip, Somkotra e Arkornnukit (2018) investigaram a
existência de associação entre a qualidade da prótese total avaliada pelos critérios de Kapur e os
critérios adotados da Universidade de Chulalongkorn (CU), além da associação dos resultados
baseados em respostas dos pacientes tais como, qualidade de vida relacionada à saúde oral
(OHRQoL), satisfação alimentar e desempenho mastigatório. Um total de126 indivíduos usuários
de próteses totais foram incluídos na amostra. A retenção e a estabilidade das próteses foram
avaliadas conforme o método de Kapur, a OHRQoL usando a versão tailandesa, o Índice de
Impactos Orais sobre Performances Diárias (OIDP) e a satisfação dos participantes com suas
próteses por meio da escala Likert, enquanto o desempenho mastigatório foi avaliado pelo
método de peneira múltipla com amendoim. A retenção e a estabilidade completa da prótese,
foram avaliadas pelos critérios convencional e modificado por CU. Foi observado que a
estabilidade da prótese apresentou uma associação mais forte do que a retenção, concluindo-se
que a retenção e a estabilidade foram indicadores importantes na estimativa da capacidade
mastigatória e da qualidade de vida dos portadores de próteses totais e os critérios de Kapur
modificados pela CU identificaram habilidade mastigatória e OHRQoL em usuários de prótese
total melhor do que os critérios convencionais.
Conforme observado na literatura disponível, a retenção das próteses totais mandibulares
convencionais é um fato recorrente em muitos trabalhos, sendo importante para melhorar a
capacidade mastigatória e influenciar na qualidade de vida dos pacientes (GOIATO et al., 2012;
PRITHVIRAJ et al., 2014), além disso, na vasta literatura sobre o assunto, uma evidência
científica sobre uma melhor qualidade de vida em usuários de próteses totais convencionais não
está clara. Em uma recente revisão sistemática, (MEDEIROS et al., 2019) constatataram que
entre os estudos encontrados, existem poucos ensaios clínicos randomizados controlados e estes
se apresentam com baixa qualidade metodológica e risco de viés, além disso, apresentam pouco
tempo de acompanhamento, sendo incerto se o impacto positivo apresentado sobre a qualidade
de vida, persiste ao longo da vida desses usuários, sendo concluído que o tratamento com
próteses totais melhora a qualidade de vida em pacientes idosos, porém novos estudos com
evidências mais fortes e melhor qualidade metodológica são necessários para validar a hipótese
de que esse tipo de tratamento fornece resultados positivos.
Diante da constatação dessa problemática, uma alternativa atual para melhorar essa
condição, pode ser a conversão dessas próteses totais convencionais em próteses fixas
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
22
implantossuportada, através da instalação de implantes osseointegráveis e eliminação do contato
da base das próteses com o rebordo residual, eliminando possíveis desconfortos ao rebordo
remanescente, o que poderá melhorar a capacidade mastigatória e consequentemente a qualidade
de vida desses usuários.
2.2 PRÓTESES FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS COM CARGA IMEDIATA
Próteses fixas implantossuportadas é uma modalidade de reabilitação oral, que para sua
confecção, inclui necessariamente a instalação de implantes osseointegráveis no rebordo
remanescente como meio de obtenção de retenção e são denominadas de prótese híbrida por
serem confeccionadas em resina acrílica e dentes de estoque e por possuirem uma barra metálica
em seu interior. Esta prótese é parte integrante do protocolo original de reabilitação oral
implantossuportada idealizado pelo prof. P. I. Brånemark, que previa a execução desse protocolo
em dois tempos cirúrgicos, com um carregamento protético, após um período de 3 a 6 meses
(BRÅNEMARK et al., 1977), porém, ao longo dos anos essa técnica evoluiu, passando a ser
possível a sua realização em uma única etapa e utilizando outros materiais, trazendo como
vantagem a realização do procedimento em um menor tempo, proporcionando um maior conforto
ao paciente (SCHNITMAN et al., 1977).
Em estudos mais antigos, observa-se que havia uma expectativa com o carregamento
imediato e a possibilidade de insucessos. Tarnow, Emtiaz e Classi (1997), apresentaram relato de
dez casos de pacientes que foram submetidos a carga imediata e reabilitados com próteses
provisórias. A amostra incluiu pacientes desdentados totais, que possuíam estrutura óssea
permitindo a instalação de implantes com 10mm de comprimento. Em cada arco, 10 implantes
foram instalados, sendo 5 carregados imediatamente e 5 ficaram submersos, totalizando 107
implantes distribuídos entre os 10 pacientes, onde foi possível instalar 6 próteses mandibulares e
4 maxilares. Desse total, apenas 2 implantes que foram carregados imediatamente não
osseointegraram e 1 implante que ficou submerso. Todos os pacientes receberam próteses fixas
definitivas posteriormente. Concluiu-se, que vários implantes unidos rigidamente através de uma
prótese e submetidos à carga imediata poderia ser uma opção restauradora.
Para uma melhor compreenssão dos fatores que poderiam influenciar à osseointegração
Gapski et al., em 2003, realizaram uma revisão da literatura e observaram que a seleção do
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
23
paciente, tipo de osso, comprimento do implante, micro e macroestrutura do implante, habilidade
cirúrgica, necessidade de atingir estabilidade primária, controle de forças oclusais, e guias para
confecção das próteses eram fatores a considerar. Apesar dos estudos mostrarem previsibilidade
para o uso da carga imediata, estes eram retrospectivos ou casos não-controlados. Os autores
concluiram que havia uma carência de estudos, porém observaram que as localizações
anatômicas, o formato dos implantes, e guias para confecção das próteses eram importantes para
o sucesso dos resultados.
Nesse mesmo ano, um estudo clínico multicêntrico descrito por Testori et al. (2003), um
total de 62 pacientes foram submetidos à carga imediata. Nas próteses, confeccionadas extensões
distais foram incluídas e instaladas 4 horas após o procedimento cirúrgico, sendo substituídas por
próteses híbridas definitivas, após 6 meses de uso. Todos os pacientes tiveram seus implantes
carregados imediatamente com exceção de dois pacientes que receberam 2 implantes imediatos e
2 implantes que ficaram submersos. O acompanhamento da perda óssea marginal foi realizado
através de radiografias periapicais. Após 3 semanas de carregamento, houve a perda de um
implante, porém a taxa de sucesso foi de 99,4% em 48 meses de acompanhamento, enquanto que
para as próteses a taxa de sucesso foi de 100%. Quando comparada a perda óssea entre os
protocolos de carga tardia e imediata, não houve diferenças resultando em 0,6mm no controle de
2 meses e ao final do primeiro ano a média foi de 1mm. No tempo de 24 meses a média foi de
1,2mm e no controle de 60 meses foi de 1,3mm. Os autores concluíram que além dessa técnica
reduzir o tempo de tratamento, as próteses híbridas com carga imediata suportadas por 5 ou 6
implantes podiam representar uma alternativa viável de tratamento ao clássico protocolo de carga
tardia.
No ano seguinte, Misch (2004), apresentaram uma técnica para o carregamento imediato
de implantes. O protocolo recomendado era para a colocação de 4 a 5 implantes na região
anterior da mandíbula entre os forames mentuais, onde os implantes deveriam ter estabilidade
primária. Nesta técnica, os minipilares eram aparafusados aos implantes e a prótese inferior do
paciente era convertida em uma prótese fixa provisória com carga imediata. A técnica de
conversão da prótese demonstrou resultados previsíveis para carregamento do implante nas
mandíbulas desdentadas. A prótese final foi fabricada após a osseointegração dos implantes em 3
meses. Foi concluído que a técnica de conversão da prótese oferecia várias vantagens, pois
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
24
poderia ser usada com sistemas de implantes disponíveis comercialmente e incorporava
componentes de implantes convencionais.
Uma técnica semelhante denominada Sistema IOL® (3I Implant Innovations) foi
apresentado por Nary Filho et al., em 2004. Em um paciente de 71 anos, desdentado total, cinco
implantes foram instalados entre os forames mentonianos, seguido da instalaçao de uma prótese
fixa provisória através da captura e transformação da prótese total convencional utilizada pelo
paciente. Para esta captura foi utilizado o sistema IOL, que é composto por intermediário,
cilindro de titânio e barra de extensão distal. Ao final, a prótese total convencional, transformou-
se em uma prótese fixa implantossuportada com carga imediata. O procedimento foi realizado em
uma única sessão e entre as vantagens apresentadas pela técnica, observou-se a rapidez, baixo
custo, facilidade e praticidade.
Posteriormente Thomé et al. (2006), apresentaram o sistema da Barra Distal para
utilização com carga imediata. Como vantagem, a captura da prótese era realizada nos pilares das
fixações, e assim o tempo clínico, custos do procedimento e procedimentos laboratoriais eram
reduzidos. Nessa técnica, pacientes com rebordos mais reabsorvidos, eram mais beneficiados pela
possibilidade de uma maior espessura da resina, evitando fraturas da prótese. No estudo
realizado foi concluído que a técnica da barra distal, é uma forma de tratamento viável para
cargas imediatas em mandíbulas edêntulas, onde a simplicidade da técnica, baixo custo, tempo
clínico e menor número de componentes sem a necessidade de procedimentos laboratoriais
seriam fatores importantes a considerar.
Com a finalidade de simplificar a utilização do Sistema IOL® para reabilitação
mandibular com carga imediata, e buscando a diminuição do custo laboratorial e do tempo, um
relato de caso clínico foi apresentado por Trevisan Júnior et al., em 2008. Na sequência do
trabalho, uma canaleta foi confeccionada na face lingual da prótese, além disso, foi realizada uma
abertura vestibular para a captura dos cilindros sem a necessidade de removê-los, eliminando a
necessidade do lençol de borracha. A utilização anterior das próteses do paciente, foi uma
vantagem pela possibilidade de manutenção da dimensão vertical, assim como a intercuspidação
por meio de um registro prévio realizado com pasta zincoenólica, permitindo o reposicionamento
da prótese durante a captura dos implantes.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
25
Desde então, diversos estudos foram desenvolvidos com a finalidade de avaliar essa
alternativa de reabilitação mandibular para desdentados totais, de modo que, algumas revisões
sistemáticas já foram conduzidas.
Em uma revisão sistemática realizada por Esposito et al. (2013) os autores concluiram
que a taxa de insucessos nas intervenções com carregamento imediato, precoce ou tardia foi
baixa, não sendo identificado diferenças na falha do implante, falha na prótese ou perda óssea
associados aos diferentes tempos de carregamento dos implantes. Também foi verificado que um
torque de cerca de 35 Ncm, parece ser um dos pré-requisitos fundamentais. Porém a qualidade da
evidência foi avaliada como muito baixa, sendo necessário a realização de ensaios clínicos
randomizados controlados (RCTs) mais bem desenhados conforme os Padrões Consolidados de
Relatórios Trials (CONSORT, 2010), como forma de avaliar a eficácia da compararação entre
carregamentos para melhorar a satisfação dos pacientes e diminuir o tempo de tratamento.
Papaspyridakos et al. (2014) em uma revisão sistemática da literatura com metanálise
compararam o efeito do carregamento sobre implantes em próteses fixas em pacientes
desdentados relacionados a sobrevivência, falhas e complicações do implante e da prótese
concluindo que a indicação adequada e o uso de implantes dentários com superfície rugosa,
resulta em sobrevivência superior a 99% para todos os tipos de protocolo de carregamento com
taxas de falha semelhante para implantes nos diversos tipos de protocolo, sendo que para o
carregamento imediato, a maioria dos estudos recomendaram um torque mínimo de inserção de
30 Ncm.
Em uma outra revisão sistemática também em 2014, Kwon, Bain e Levin (2014),
avaliaram a sobrevivência e o sucesso a curto e longo prazo de próteses fixas híbridas de arcada
completa e os implantes de suporte. Os estudos foram identificados através de uma pesquisa
realizada nas bases PubMed/Medline (NCBI), da Web of Science (Thomson Reuters), Cochrane
Register de Ensaios Clínicos Controlados (EBSCO), e Odontologia e Ciências Orais fonte
(DOSS; EBSCO) desde as primeiras datas disponíveis até 17 de julho de 2013. Foi constatado,
altas taxas de sobrevivência a curto prazo de prótese híbrida fixa dentária (93,3–100%) e
implantes de suporte (87,89–100%), sendo observado a escassez de estudos a longo prazo.
Somado a isso, os estudos incluídos continham potenciais fontes de viés (i.e., publicação,
relatórios, viés de atrito). Os autores concluíram que apesar da sobrevivência aparentemente alta
a curto prazo, a sobrevivência a longo prazo do implante suportando a prótese híbrida fixa de
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
26
arco completo não pode ser determinada, devido a limitações de estudos a longo prazo. Por fim
concluíram que, embora possa ser uma opção valiosa para um paciente com cume completamente
edêntulo a remoção estratégica de dentes com prognóstico satisfatório para fornecer uma prótese
híbrida odontológica de arco completo com implante deve ser evitada.
Mais recentemente, Tettamanti et al. (2017) conduziram outra revisão sistemática
para identificar os aspectos críticos relacionados a instalação de implantes com carga imediata.
Afirmaram que, apesar do procedimento da instalação de implantes através da carga imediata, já
ser uma prática comum, visando o conforto ao paciente em um menor período de tempo, essa é
uma prática que ainda precisa ser discutida devido aos vários fatores que podem influenciar no
seu sucesso. De uma forma geral os implantes osseointegráveis podem ser instalados com
carregamento imediato em até uma semana, com carga precoce entre uma semana e dois meses
ou com carga convencional de 3 a 4 meses para a mandíbula e 6 a 8 meses para a maxila,
enquanto que o carregamento oclusal pode ser direto ou não, ou ainda ser progressivo. Evitar os
micromovimentos, é importante para garantir a continuidade da estabilidade primária obtida, e
nesse sentido a densidade óssea é fundamental. Foi concluído, que o sucesso da carga imediata é
influenciado pela indicação precisa, onde a qualidade e quantidade óssea disponíveis, o número e
o desenho do implante, a estabilidade primária do implante, carga oclusal e a capacidade
cirúrgica do clínico são fundamentais e embora haja altas taxas de sucesso para os diferentes
tipos de carregamentos, a variabilidade dos estudos, dos tipos de próteses, e dos tempos de
carregamento limita a relevância das conclusões sobre a superioridade de um ou de outro tipo de
carregamento.
Diante disso, observa-se na literatura que, embora diversos estudos tenham
apresentado a opção da prótese fixa implantossuportada mandibular como alternativa
rehabilitadora com altas taxas de sucesso, revisões sistemáticas que avaliam a sobrevivência dos
implantes e os fatores que influenciam no sucesso da reabilitação, ressaltam as limitações
metodológicas dos estudos com tal propósito. A magnitude do efeito dessa alternativa de
tratamento sobre os desfechos influencia diretamente na satisfação dos pacientes, como a
qualidade de vida e a performance mastigatória que parecem ainda, que não estão muito bem
esclarecidos.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
27
2.3 QUALIDADE DE VIDA
A ênfase no conceito de que saúde é um recurso e não a ausência de doença, reforçou
o objetivo defendido de aumentar as avaliações de qualidade de vida apresentado na Iniciativa
Healthy People 2000 (SLADE, 1997). O reconhecimento de que a qualidade de vida é
influenciada pela condição odontológica, estimulou a necessidade da criação de instrumentos que
pudessem medir a qualidade de vida relacionada a saúde bucal, dessa forma vários instrumentos
de medição foram criados e entre eles o (OHIP-49) que é um questionário de 49 perguntas que
avalia a percepção do impacto das condições bucais no bem estar sendo estas, baseados no
modelo teórico de Locker de saúde bucal (SLADE, 1997). A partir desse questionário inicial,
outra versão foi derivada, o OHIP-14. O Perfil de Impacto da Saúde Oral – OHIP-14, é um
questionário composto por 14 perguntas que assim como o OHIP-49, contempla sete dimensões:
Limitação funcional, Dor física, Desconforto Psicológico, Incapacidade física, Incapacidade
psicológica, Incapacidade social e Prejuízo /Desvantagem. Para todas as questões é possível
responder a cinco respostas que assumem um valor de acordo com a escala Likert: Quase
sempre=4; Algumas vezes=3; Poucas vezes=2; Raramente=1; Nunca=0. Para calcular a gravidade
do impacto os valores são somados (método aditivo). Valores maiores indicam uma pior
qualidade de vida (LOCKER; SLADE, 1993; SLADE, 1997).
Com a intenção de obter uma aplicação mais prática e respostas em situações
relacionadas a usuários de próteses totais Allen e Locker (2002), desenvolveram uma forma
abreviada do OHIP. Dados foram coletados em Ontário e no Reino Unido utilizando o OHIP a
partir de uma versão abreviada denominada OHIP-Edent derivada de ambos os conjuntos de
dados. Foi constatado que as propriedades de validade discriminantes do OHIP-Edent eram
semelhantes ao OHIP-14 e OHIP-49. Assim a versão final do OHIP-Edent contém 19 perguntas,
com três possibilidades de respostas, sendo esta versão abreviada segundo os autores, a forma
mais apropriada para o uso em pacientes desdentados do que a versão do OHIP-14.
Posteriormente foi realizada uma versão brasileira que foi validada por Souza et al. (2007).
Muitos estudos foram desenvolvidos com o objetivo de avaliar o impacto da reabilitação
oral na qualidade de vida. Brennan et al. (2010), em um estudo retrospectivo, comparou a
qualidade de vida através do OHIP-14 e a satisfação através de uma pesquisa, entre usuários de
próteses fixas sobre implantes (n=37) e sobredentaduras (n=25). De uma maneira geral, pacientes
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
28
com prótese fixa relataram melhor qualidade de vida relacionada à saúde oral do que os pacientes
com sobredentaduras.
Um outro estudo prospectivo controlado conduzido por Scala et al. (2012), comparou a
satisfação entre pacientes reabilitados com próteses fixas provisórias mandibulares sobre
implante com carga imediata (n=41) e próteses totais convencionais (n=38). O perfil de satisfação
(SAT-P) foi aplicado 1 mês antes e 3 meses após a instalação das próteses provisórias, avaliando
4 itens: qualidade de alimentação, comportamento alimentar, humor e autoconfiança, além disso
foi aplicada a escala visual analógica. Uma diferença significativa foi observada na avaliação da
satisfação entre os tempos antes e depois de cada grupo, como também entre os grupos controle e
teste.
Mais tarde, em um estudo clínico prospectivo longitudinal Misumi et al. (2015)
avaliaram o OHRQoL em 10 pacientes submetidos a instalação de implantes de acordo com o
conceito All-on-4 utilizando próteses fixas com carregamento imediato em acrílico em um ou
ambos maxilares. Após 3–6 meses, próteses definitivas com estrutura de titânio e resina reforçada
foram instaladas. O Perfil de Impacto na Saúde Bucal (OHIP-J14) foi aplicado, antes da cirurgia
(T0), 1 semana após a cirurgia (T1) quando foram colocadas próteses provisórias (T2), e 3 meses
após a colocação definitiva da prótese (T3). Os autores concluíram que o OHRQoL foi
melhorado em um grau limitado. A prótese provisória inicial de acrílico não teve um efeito
positivo na OHRQoL, porém a prótese definitiva com estrutura metálica foi mais eficaz na
restauração da OHRQoL. Componentes psicológicos foram os principais fatores que
influenciaram a OHRQoL durante o tratamento. A pontuação total do OHIP-J14 reduziu
significativamente apenas em T3 (P < 0,05). "limitação física funcional”, “dor física”,
“incapacidade física” e “incapacidade psicológica” diminuiram em T3, e os escores de
"desconforto psicológico" também caíram significativamente em T2. Enquanto que,
"incapacidade social” e “desvantagem” permaneceram inalteradas durante todo o tempo,
concluindo que próteses definitivas fixas com estrutura metálica são mais efetivas que as próteses
fixas acrílicas para melhorar o índice de OHRQoL durante tratamento com o All-on-4.
Aarabi et al. (2015), em um acompanhamento de 2 anos de pacientes tratados com
próteses fixa, prótese parcial removível, e próteses totais, observou como eles perceberam sua
saúde bucal. O questionário utilizado foi o OHIP-G (versão germânica) e foi aplicado antes do
tratamento protético, 4-6 semanas, 6, 12, 18 e 24 meses após a terapia. Quando as pontuações do
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
29
OHIP de acompanhamento de toda a amostra foram comparados com os escores da linha de base,
as mudanças foram estatisticamente significativas, levando a crer que os efeitos das intervenções
protéticas na percepção dos pacientes pareceram durar pelo menos nos últimos 2 anos.
Considerando que o tratamento protético foi apenas um fator para a saúde bucal de um paciente, a
reabilitação protética pareceu ter influência significativa na trajetória de saúde bucal dos
pacientes.
Oh et al. (2016), em um estudo retrospectivo, comparou próteses fixas e removíveis
sobre implantes e próteses totais convencionais, e identificaram que a satisfação do paciente
através da EVA e a OHRQoL através do questionário OHIP-14, melhoraram significativamente
especialmente, quando os tratamentos eram com próteses fixas ou removíveis
implantossuportadas comparadas as próteses totais convencionais, as dimensões do OHRQoL
limitação funcional, dor física, desconforto psicológico e incapacidade psicológica no grupo das
PF, e limitação funcional no grupo PR, melhorou muito em comparação com o grupo PTC grupo
(p <0,05). O autor ressaltou a importância de novos estudos, levando em consideração a
importância da opinião dos pacientes para escolha da melhor opção de tratamento.
Recentemente, Cosola et al. (2018), em busca de resultados centrados no paciente,
aplicou o Questionário do Perfil de Impacto na Saúde Bucal 14 (OHIP-14) para avaliar o
OHrQoL, em um estudo retrospectivo com 35 pacientes usuários de próteses sobre implantes
divididos em 2 grupos: grupo de carga tardia (grupo DL) e grupo de carga imediata (grupo IL).
Parâmetros clínicos e radiográficos foram coletados e o Questionário Health Impact Profile -14
(OHIP-14) foi aplicado para medir o seu OHrQoL. Os resultados obtidos não foram
significativamente diferentes entre os grupos, no entanto, os domínios “limitação funcional” e
“incapacidade física” resultaram significativamente mais altos nos pacientes dentro do grupo DL
e pelo contrário, a incapacidade social foi maior no grupo IL. Quando a comparação foi realizada
considerando o sexo, não houve diferenças significativas entre os grupos. Em vez disso, a
estratificação para anos de acompanhamento levou a evidências. Quando o seguimento foi menor
do que 5 anos, os escores de limitação funcional relatados foram maiores. Os autores concluíram
que não houve diferenças significativas entre os protocolos de carregamento imediato e
carregamento tardio em termos de taxa de sucesso clínico e parâmetros radiológicos de saúde
bucal na Qualidade de Vida medido pelo Oral Health Impact Questionário Profile-14.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
30
Outra revisão sistemática recente conduzida por Reissmann et al. (2017), sobre a
qualidade de vida relacionada à saúde bucal em pacientes desdentados ou parcialmente dentados,
reabilitados com próteses sobre implantes incluiu estudos compreendido no período de 1960 a
2017, que possuíam na amostra pelo menos 50 pacientes que utilizaram instrumentos
psicométricos validados como o Perfil de Impacto de Saúde Oral (OHIP), o Índice Geriátrico de
Avaliação da Saúde Bucal (GOHAI), a medida de qualidade de vida relacionada à saúde bucal do
Reino Unido (OHQoL-UK), ou o Dental Impact on Daily Living (DIDL). Um total de 63 artigos
que apresentaram achados de 55 estudos individuais foram selecionados para inclusão na revisão
final, destes 32 estudos identificados na revisão da literatura foram realizados em pacientes
desdentados, e a maioria dos estudos incluídos comparou implantes mandibulares suportados por
overdentures (IOD) versus dentaduras convencionais (CD) em termos de OHRQoL. Os autores
concluíram que as evidências indicaram que somente se a OHRQoL inicial for de pacientes
comprometidos em sua saúde bucal o tratamento com IOD é superior a CD em termos de
melhoria da OHRQoL, ou seja, a deficiência de OHRQoL antes do tratamento estava fortemente
associada à melhora da OHRQoL.Também foi concluído que poucos estudos bem delineados
compararam o impacto da prótese total fixa mandibular com a prótese total convencional, sobre a
qualidade de vida.
2.4 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA
A mastigação é um processo fisiológico realizado pelo sistema estomatognático, que
promove a redução mecânica dos alimentos e insalivação química com a finalidade de preparar o
bolo alimentar para a deglutição (VAN DER BILT et al., 2010; BONNET et al., 2018). As perdas
dentárias que ocorrem nesse sistema, assim como a introdução de aparelhos protéticos
influenciam no seu equilíbrio, levando a necessidade de avaliações, que objetivam verificar o
sucesso do tratamento proposto (KAPUR; SOMAN, 2006b) como também, promover estratégias
que possam contribuir na melhoria desse desempenho (SILVA et al., 2018). A soma desses fatores
influencia diretamente na qualidade de vida dos pacientes, principalmente em idosos
(STJERNFELDT et al., 2017).
Vários métodos de avaliação da mastigação estão disponíveis na literatura, destacando-
se a “performance mastigatória” através do método das tamises, que é um tipo de avaliação que
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
31
caracteriza-se por ser um método objetivo (YAMAMOTO; SHIGA, 2018), apto a avaliar o
aparelho dentário de um indivíduo na redução de um alimento teste (VAN DER BILT et al.,
2010), sendo definido em termos de porcentagem de distribuição de tamanho de partícula de
alimentos quando mastigados por um determinado número de golpes (KAPUR; YURKSTAS,
1964) onde os alimentos utilizados podem ser naturais ou artificiais, enquanto que, o número de
golpes aplicados para triturar o alimento é variável e dependente do objetivo do estudo.
Outra forma de avaliar o sistema mastigatório de forma objetiva é através da avaliação
da eficiência mastigatória, onde se quantifica o número de golpes necessários para formar o bolo
alimentar apto a deglutição, nesse caso a função mastigatória é obtida (VAN DER BILT et al.,
2010; VAN DER BILT, 2011) e interpretada pela capacidade do indivíduo se adaptar a textura do
alimento. Na eficiência mastigatória leva-se em conta o número de golpes extras necessários,
para uma dentição natural ou artificial atingir o mesmo grau de trituração dos alimentos tendo um
valor de eficiência mastigatória como referência (KAPUR; SOMAN, 2006a).
Tanto na performance mastigatória, quanto na eficiência mastigatória o alimento
triturado é submetido a peneiração em uma série de peneiras com malhas padronizadas de forma
decrescente (MANLY; BRALEY, 1950). O alimento obtido em cada peneira é secado e
posteriormente pesado (OLTHOFF et al., 1984); (EBERHARD, et al., 2015) e os valores obtidos
são submetidos a uma curva de distribuição cumulativa e quantificada percentualmente e
comparado ao total do alimento mastigado, determinando graficamente valores padrão do X50
do tamanho da malha mediana, definido como o tamanho da peneira na qual 50% da massa das
partículas do bolus pode passar.
Apesar do teste das peneiras ser considerado o “padrão ouro” da literatura, (SILVA et al.,
2018) esse método nem sempre é aplicado de forma padronizada, havendo variações no número
de peneiras utilizadas, no tamanho da abertura das malhas, de como a água é vertida sobre o
alimento mastigado, e até de como se submete as peneiras à vibração.
Uma outra variação importante observada nos estudos, ocorre entre os alimentos
utilizados, onde deve-se considerar a diferença da dureza e textura dos alimentos (JALABERT-
MALBOS et al., 2007). Vários alimentos naturais já foram utilizados para esses fins, sendo com
mais frequência a amêndoa, a cenoura e o amendoim e também alimentos artificiais como o
Optosil®, e o Optocal, (JALABERT-MALBOS et al., 2007; SLAGTER et al., 1993;
EBERHARD et al., 2015) que substituiu o Optosil® em decorrência da dureza que o mesmo
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
32
apresentava ao ser testado em usuários de prótese total (SLAGTER; BOSMAN; VAN DER BILT,
1993). Este é fabricado a partir da base de silicone (Heraeus Kulzer®, Alemanha). O Optocal é
obtido pela aglutinação com gesso odontológico, alginato, vaselina sólida, creme dental e
catalisador (SLAGTER et al., 1992), e como vantagem, permite a reprodutibilidade de sua
textura e tamanho, o que possibilita a padronização dos testes refletindo a ação das cúspides dos
dentes no rompimento dos alimentos, pela possível elasticidade (OLTHOFF et al., 1984).
Para avaliação da granulometria do alimento mastigado, além da forma convencional,
uma outra forma observada nos estudos é a análise através de imagens fotográficas digitais
obtidas do alimento reduzido, utilizando um software como o Image J, que possibilita medições
do tamanho, identificação da forma e contagem do número de partículas (EBERHARD et al.,
2015).
Van Der Bilt et al. (2010) compararam a performance mastigatória utilizando o optosil e
o optocal e uma goma de mascar de duas cores para avaliar a “capacidade de homogeneizar” os
alimentos, comparando dois grupos, sendo 20 indivíduos jovens com dentição natural e 20 idosos
na maioria edêntulos. Diferenças significativas na performance mastigatória utilizando os dois
métodos entre os grupos foi observada sendo que o método utilizando o optosil e o optocal foi
mais efetivo na identificação da diferença entre os grupos. Enquanto que a avaliação da
capacidade de homogeneizar os alimentos foi mais adequada para identificar a função
mastigatória nos indivíduos desdentados, comparado ao grupo dos pacientes jovens.
Com o objetivo de comparar a eficiência mastigatória entre usuários de próteses,
Apolinário et al. (2017), em um estudo clínico controlado, duplo-cego utilizou o método
colorímetrico através da mastigação de cápsulas de fucsina em 60 pacientes que foram
distribuídos em três grupos, comparando diferentes reabilitações onde o grupo G1 era composto
por pacientes desdentados bimaxilar e reabilitados por próteses totais convencionais, o grupo G2
reabilitado com prótese totais convencionais maxilares e overdentures mandibulares e o grupo G3
reabilitado com prótese totais convencionais maxilares e protocolos fixos inferiores. Os
resultados obtidos indicaram que a reabilitação oral com implantes osseointegrados melhorou a
eficiência mastigatória. Além desse, outros estudos, também avaliaram com sucesso a
performance mastigatória pelo método colorímetrico com cápsulas de fucsina em usuários de
próteses totais (RIBEIRO et al., 2012; TORRES et al., 2017; CARDOSO et al., 2016).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
33
A constatação de que a reabilitação oral com próteses fixas implantossuportadas com
carga imediata também melhora a eficiência mastigatória foi realizada por Veyrune et al. (2013).
Os alimentos utilizados no estudo foram a cenoura e o amendoim, além de 3 alimentos
padronizados com durezas crescentes. Através de filmagens, foram registrados o tempo de
Mascar (CT), o número de ciclos de mastigação (CC) e a frequência da mastigação dos pacientes.
Os resultados mostraram diminuição dos valores do D50 (p < 0,001). Os valores obtidos para
performance mastigatória e eficiência mastigatória com os três modelos de alimentos também
diminuiram, apesar do aumento da dureza do modelo alimentar (p < 0,001).
Em um ensaio clínico, Vieira et al. (2014) comparam o índice de satisfação (EVA) a
capacidade mastigatória (questionário) e a performance mastigatória (optocal) com 20 e 40
ciclos em pacientes desdentados que receberam uma prótese total superior e uma prótese fixa
implantossuportada inferior, na condição anterior a intervenção, 20 dias e após 8 meses de
reabilitação e avaliou também se a percepção dos pacientes sobre as mudanças no estado de
saúde bucal estavam em concordância com os resultados do teste de performance mastigatória.
Um total de 14 pacientes desdentados foram reabilitados com próteses fixas implantossuportada
inferiores e próteses totais superiores. Todas as respostas mostraram diferenças significativas
estatisticamente, excluindo a que se refere à facilidade de limpeza das próteses. Concluiu-se que
a reabilitação oral proporciona uma melhor função mastigatória em pacientes desdentados
existindo uma coincidência entre a percepção do paciente e uma real melhoria na função
mastigatória.
Um outro estudo conduzido por Neves et al. (2015), comparou a performance
mastigatória de indivíduos com dentes naturais e pacientes com diferentes tipos de reabilitações
em mandíbulas desdentadas. A performance mastigatória foi avaliada pelo método das tamises e
foi muito superior para pacientes com dentição natural quando comparado aos outros grupos,
enquanto que o grupo das próteses totais apresentaram a pior performance, já os grupos que eram
reabilitados com implantes tiveram um valor intermediário de performance mastigatória.
Concluindo-se que implantes osseointegrados melhoraram a performance mastigatória.
Alguns estudos investigaram o efeito da reabilitação oral na mastigação dos indivíduos e
sua influência na qualidade de vida, Batisse et al. (2016) em um estudo prospectivo
observacional avaliou a possibilidade de melhorar a instabilidade de próteses mandibulares e os
problemas mastigatórios em pacientes que não podiam ser instalados implantes convencionais.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
34
Quatro mini-implantes foram instalados na região da sínfise mandibular, parâmetros
mastigatórios e o impacto na saúde oral relacionado a qualidade de vida foram observados. A
média da idade dos pacientes era de 72 anos e os dados foram coletados nos tempos T0 (antes) e
T1 (3 meses depois). Os parâmetros mastigatórios incluindo o X50 e o questionário GOHAI
foram aplicados. Os resultados mostraram que os pacientes se mostraram hábeis a mastigar
cenouras e outros alimentos duros e macios após a colocação dos mini-implantes, e os parâmetros
cinemáticos mastigatórios também melhoraram acompanhados da melhoria na qualidade de vida,
porém o tamanho das partículas X50 permaneceu mais elevado do que para sujeitos dentados. Os
autores concluíram que a colocação dos mini-implantes gerou o impacto positivo na função
mastigatória e na qualidade de vida, sendo esta uma alternativa para pacientes que não podem se
beneficiar de implantes convencionais.
Simplicidade de manipulação, facilidade no controle de higiene, e possibilidade de
padronização foram vantagens observadas por Yamamoto e Shiga (2018), ao avaliar o
desempenho mastigatório antes e depois do tratamento com próteses totais utilizando uma geléia
gomosa. O parâmetro para avaliação do desempenho mastigatório era a extração de glicose
durante a mastigação. Os autores concluíram que apesar do desempenho mastigatório ser afetado
por limitação funcional e dor ele foi significativamente melhorado após o tratamento.
A confiabilidade de um método para medir o desempenho mastigatório como uma
alternativa a outros testes disponíveis foi realizada por Silva et al. (2018). Neste método, a
capacidade de misturar foi realizada por análise colorimétrica visual e eletrônica. Uma amostra
composta por 75 pacientes, que receberam novas próteses totais convencionais foi selecionada.
Uma goma de mascar foi fornecida e mastigada por 5, 10, 20, 30 e 50 ciclos. O nível da mistura
das duas cores da goma mastigada foi avaliado visualmente por dois avaliadores independentes e
eletronicamente. Concluiu-se que o teste de duas cores com goma de mascar é um método
confiável para avaliar o desempenho mastigatório em usuários de prótese total.
Conforme observado, em uma recente revisão da literatura conduzida por Bonnet et al.
(2018), existe uma grande variabilidade de métodos de avaliação da função mastigatória, como
também da interpretação conceitual e seus fins. Especificamente em relação a função
mastigatória pelo método das peneiras, há uma necessidade de adequação do número de ciclos
mastigatórios à sua finalidade e objetivo, onde a “performance mastigatória” deve ser realizada
para caracterizar o aparelho mastigatório e avaliar a trituração do alimento-teste mastigado e a
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
35
“eficiência mastigatória” deve ser realizada para a investigação da relação existente entre a
fisiologia e estratégias de adaptação da mastigação.
Constata-se nessa revisão de literatura, que muitos estudos foram encontrados buscando
respostas para a relação entre as variáveis performance/eficiência mastigatória e qualidade vida
relacionada a saúde oral em pacientes desdentados totais reabilitados com próteses totais
convencionais e próteses fixas implantossuportadas, porém foi observado uma grande variedade
metodológica nos instrumentos de medição e uma lacuna relacionada a ensaios clínicos
prospectivos comparando a magnitude do efeito entre a reabilitação com próteses totais
convencionais e a prótese fixa implantossuportada em desdentados totais, no que se refere a
qualidade de vida e a performance mastigatória, havendo portanto a necessidade de realização de
mais estudos que possam fortalecer a evidência científica sobre o assunto.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
36
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Investigar o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a performance mastigatória de
usuários de prótese total convencional bimaxilar comparado a usuários de próteses totais
convencionais maxilares com próteses fixas implantossuportadas mandibulares.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Comparar o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a performance mastigatória em
usuários de prótese total convencional bimaxilar que tiveram a prótese total convencional
inferior convertida em prótese fixa implantossuportada.
Mensurar a magnitude do efeito da intervenção sobre o impacto da saúde oral na
qualidade de vida e sobre a performance mastigatória.
Avaliar a correlação entre o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a performance
mastigatória entre usuários de prótese total convencional bimaxilar e próteses totais
convencionais maxilares com próteses fixas implantossuportadas mandibulares.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
37
4 MÉTODO
4.1 ASPECTOS ÉTICOS
Esta pesquisa foi desenvolvida no Projeto de Extensão Reabilitação Oral
Implantossuportada que é parte integrante do Departamento de Odontologia (DOD) da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal/RN, após aprovação com Registro
Brasileiro de Ensaios Clínicos RBR-5f8 xwb e aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa com
número 1.007.959 (ANEXO A). Aos pacientes que aceitaram ser reabilitados nas condições
apresentadas foi solicitada a leitura individual do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –
TCLE (APÊNDICE A), e após o esclarecimento de todas as dúvidas, a sua assinatura.
4.2 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA
Esse estudo é um ensaio clínico controlado não randomizado composto de um grupo
controle (PTC) e de um grupo teste (PFIS). Os pacientes que integraram esses grupos foram
avaliados no pré-tratamento (T0), e no pós-tratamento (T1) após 3 meses. A intervenção para o
grupo (PTC) foi a confecção de novas próteses totais convencionais e para o grupo (PFIS) a
intervenção foi a confecção de novas próteses totais convencionais, seguida da conversão dessa
prótese total convencional mandibular em prótese fixa implantossuportada. O tempo (T0) do
grupo (PFIS) foi após o uso da (PTC) por 3 meses e o tempo (T1) após o uso dessa mesma
prótese convertida em prótese fixa implantossuportada e também usada por 3 meses.
4.3 PLANO AMOSTRAL
4.3.1 Critérios de inclusão
Pacientes desdentados totais ou parcialmente dentados com indicação de exodontia dos
dentes presentes que buscaram o serviço de prótese do Departamento de Odontologia-
UFRN buscando a sua reabilitação oral.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
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4.3.2 Critérios de exclusão
Pacientes que escolheram pertencer ao grupo (PFIS), mas que, já tinham se submetido a
qualquer experiência anterior com a colocação de implantes;
Pacientes que escolheram pertencer ao grupo (PFIS), mas que, se enquadraram nas
contraindicações sistêmicas estabelecidos no Quadro 1 (DIZ; SULLY; SANZ, 2013).
Quadro 1 - Contraindicações sistêmicas para instalação de implantes. Natal-RN, 2019.
ABSOLUTAS RELATIVAS TEMPORÁRIAS
Imunossupressão profunda
Diabetes não controlada
Bifosfonatos Distúrbios hemorrágicos
Infarto miocárdio recente
AVC Tratamento ativo de malignidade
Abuso de drogas
Doenças neuropsiquiátricas
Osteoporose Tabagismo
Periodontite
Doença autoimune (condições não diabéticas)
Crescimento incompleto
Gravidez
Infecção aguda
Fonte: (SADOWSKY, 2017) (Tradução nossa)
Pacientes que em avaliação através de radiografia panorâmica não apresentaram altura
óssea minima de 12 mm considerada necessária para instalação de implantes;
Pacientes que mesmo se enquadrando em todos os critérios estabelecidos, não dispunham
tomograficamente de osso com espessura óssea, suficiente para instalação de implantes de
11 X 3,75 mm;
Pacientes do grupo (PFIS), que durante a instalação dos implantes não apresentaram
travamento mínimo suficiente para a aplicação de carga funcional imediata sobre os
mesmos, sendo o valor mínimo igual a 45 N.cm (OLIVEIRA et al., 2016).
4.3.3 Forma de alocação
Os pacientes dessa amostra foram alocados por conveniência, sendo composto por
pacientes desdentados totais, ou com extrações indicadas, de ambos os sexos, sem restrição de
idade, que procuraram o serviço odontológico do Projeto de Extensão “Reabilitação Oral
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
39
Implantossuportada”, no período compreendido entre outubro de 2014 a julho de 2018. Estes
pacientes foram informados das modalidades restauradoras e escolheram entre a reabilitação oral
com próteses totais convencionais ou com próteses fixas implantossuportadas. Todos os pacientes
foram examinados clinicamente e radiograficamente e avaliados conforme os critérios de
inclusão e exclusão estabelecidos, compondo o grupo prótese total convencional (PTC) ou o
grupo prótese fixa implantossuportada (PFIS) e se submeteram a confecção de novas próteses
totais convencionais. Os pacientes do grupo (PFIS), após 3 meses de uso das próteses totais
convencionais novas, tiveram a conversão de sua prótese total convencional inferior em próteses
fixa implantossuportada com carga imediata. (Figura 1).
Figura 1 - Fluxograma do tamanho da amostra.
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
40
4.3.4 Tamanho da amostra
O tamanho da amostra foi estimado levando-se em consideração o desenho experimental
de comparação de grupos e o desfecho da performance mastigatória em milímetros. Sendo assim,
valores de performance mastigatória foram extraídos da literatura (MARCELLO-MACHADO, et
al., 2017) e considerou-se um desvio padrão de 1,58 mm para um grupo e no outro 1,20 mm e
uma diferença entre os grupos de 2 mm, a qual produziria um efeito clínico moderado (d=0,50).
Além disso, admitiu-se um nível de confiança de 99% para minimizar erro do tipo I e um poder
amostral de 80% para minimizar a possibilidade de erro tipo II. Desta forma obteve-se um n
amostral de 16 indivíduos por grupo.
4.4 VARIÁVEIS ESTUDADAS
A caracterização das variáveis do estudo estão descritas nos quadros 2, 3 e 4.
Quadro 2 - Variáveis dependentes do estudo. Natal-RN, 2019.
Variáveis Definição Classificação Categorias/Escalas
de Medidas
Performance
mastigatória
É a razão entre o trabalho
mecânico útil e a energia gasta para realizá-lo.
Quantitativa discreta mm
Qualidade de vida escore total do OHIP-Edent Categórica ordinal Escores/pontos
Fonte: Autor (2019).
Quadro 3 - Variável independente principal analisada no estudo. Natal-RN, 2019.
Nome da Variável Descrição Classificação Categoria/Escala
Tipo de prótese
Tipo de prótese – antes e
após a intervenção com
implantes
Categórica nominal
Prótese Total Convencional
Prótese Fixa
Implantossuportada
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
41
Quadro 4 - Caracterização das variáveis independentes de confusão do estudo. Natal-RN, 2019.
Variáveis Definição Classificação Categorias/Escalas
de Medidas
Idade Quantidade de anos de vida. Quantitativa discreta anos
Gênero Categoria fundamentada na
distinção natural dos sexos
Categórica nominal
mutuamente
exclusiva
0 – Masculino
1 – Feminino
Tempo de
edentulismo
Tempo em anos do edentulismo total
Quantitativa discreta anos
L 1 - Altura do
rebordo residual
mandibular na linha
média
Medida em mm Quantitativa discreta mm
Tipo de prótese Tipo de prótese portada pelo
paciente Categórica nominal
0 - Prótese Total Convencional
1- Prótese Parcial
Removível
Fonte: Autor (2019).
4.5 FASE EXPERIMENTAL
4.5.1 Confecção das próteses totais
Inicialmente os procedimentos clínicos e radiográficos convencionais foram realizados,
observando-se as características anatômicas dos rebordos residuais e a altura óssea disponível,
(RAGHOEBAR et al., 2011), através das linhas traçadas para análise na radiografia panorâmica
com posterior planejamento para instalação de implantes (Figura 2).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
42
Figura 2 - Radiografia panorâmica para avaliação da altura óssea.
Fonte: Autor (2019).
Todas as radiografias panorâmicas foram obtidas no aparelho CS 8000C (Carestream
Health. Inc. France), e as medições foram realizadas por um único operador devidamente
calibrado utilizando Software IDOC laudo (Radiomemory LTDA, SP, Brasil) utilizando a
metodologia descrita por XIE et al. (1997) e citada por MARCELLO-MACHADO, R. M. et al.
(2017).
Após isso, a moldagem anatômica foi realizada, utilizando o alginato Jeltrate (Dentsply,
Petrópolis, Brasil) para o rebordo superior (Figura 3B), seguido do vazamento com gesso pedra
(ASFER, São Caetano do Sul, São Paulo). Para o rebordo inferior, a moldagem foi realizada com
silicona de condensação massa densa Silon2 APS (DENTSPLY, Petrópolis, Brasil). A partir do
modelo obtido, a área chapeável foi delimitada e a moldeira individual em resina acrílica (VIPI,
Pirassununga, Brasil) foi confeccionada e ajustada, respeitando as áreas de alívio.
Após os ajustes clinicos necessários nas moldeiras, procedeu-se a moldagem funcional
com a vedação periférica utilizando godiva de baixa fusão tipo I (Nova DfL Indústria e Comércio
B
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
43
S.A, Rio de Janeiro, RJ), seguida da moldagem funcional de corpo com impregnum (3M ESPE,
EUA) ( Figura 3C).
Na sessão seguinte, utilizando os planos de orientação, obtidos a partir dos modelos
funcionais, foram realizados o ajuste estético do plano superior e o estabelecimento da dimensão
vertical de oclusão (DVO) e relação cêntrica (RC). Após confirmação das relações maxilo-
mandibulares, pelos testes métrico, estético, fonético e pela combinação deles, o registro foi
realizado, (Figura 3D), possibilitando a transferência da posição obtida para o articulador semi–
ajustável 4000 (Bio-art, São Carlos – SP, Brasil). Nessa mesma sessão, a seleção dos dentes
anatômicos artificiais foi realizada, observando-se a padronização da inclinação das cúspides em
33º para todos os pacientes e levando-se em consideração as linhas de referência média, dos
caninos e a linha alta do sorriso para escolha dos dentes anteriores de acordo com a carta molde e
a escala de cores para dentes Trilux (VIPI, Pirassununga, Brasil).
Para a montagem no articulador modelo 4000 (Bio-art, São Carlos – SP, Brasil), os
valores médios foram padronizados e o pino incisal posicionado em zero para todos os pacientes.
Para a montagem do modelo superior foi utilizada a mesa de Camper (Bio-art, São Carlos – SP,
Brasil) tendo suas linhas de referência como orientação, em seguida, o modelo inferior foi
montado através do registro intermaxilar realizado em relação cêntrica. Em outra sessão,
realizou-se a prova clínica dos dentes montados em cera até os primeiros molares e em oclusão
balanceada bilateral (Figura 3E). A seleção da cor da base de resina foi feita através da escala de
gengiva STG – Sistema Tomaz Gomes de Caracterização (VIPI, Pirassununga, Brasil). Todos os
procedimentos estéticos tiveram a aquiescência dos pacientes envolvidos.
As próteses em cera foram incluídas na mulfla, juntamente com seu respectivo modelo
funcional, para realização da acrilização e prensagem com resina acrílica termopolimerizável
(VIPI, Pirassununga, Brasil) na cor da gengiva selecionada e incolor, e submetida ao ciclo de
polimerização de forma convencional. Após a demuflagem, foi realizado o acabamento e
polimento das próteses e a remontagem em articulador para os ajustes oclusais.
Na instalação das próteses em boca, a estética, fonética, retenção e a estabilidade foram
examinadas assim como a oclusão que foi avaliada e ajustada se necessário, utilizando papel
carbono accu film II® (parkell, USA). De acordo com a necessidade, as bordas e bases das
próteses também foram ajustadas, assim como as áreas para liberação de frênulos e bridas (Figura
3F). Orientações de uso e higiene foram repassadas aos pacientes, e os controles para
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
44
acompanhamento de possíveis áreas de compressão foram realizados após 24 hs, 7 dias, 15 dias e
1 mês, e ou, quando necessário, de modo a favorecer o conforto individual de cada paciente
(ZARB; BOLENDER, 2004).
Os pacientes com dentes a serem extraídos incluídos na amostra, receberam uma prótese
total convencional imediata e tiveram controles posteriores semelhantes aos descritos
anteriormente para a prótese total convencional, excetuando-se que após a fase da prova dos
dentes com aprovação estética e funcional, os dentes remanescentes presentes no modelo de
gesso foram recortados e realizado uma regularização do rebordo no modelo de gesso,
previamente a montagem e acabamento final dos dentes artificiais com posterior inclusão em
mufla e acrilização da prótese em resina termopolimerizável semelhante a sequência já descrita
anteriormente. Antes, da instalação dessas próteses, esses pacientes se submeteram a cirurgia para
remoção dos dentes presentes, e após os procedimentos cirúrgicos, a prótese imediata foi
instalada sem qualquer ajuste e com recomendações aos pacientes para não remoção das próteses
por um período de 24 horas. No controle de 7 dias, após a remoção da sutura, realizou-se um
reembasamento utilizando Coe-Soft (GC AMERICA INC. USA).
Todas as próteses totais convencionais, foram confeccionadas no Departamento de
Odontologia da UFRN, com os pacientes sendo atendidos no Projeto de Extensão Reabilitação
Oral Implantossuportada, seguindo o protocolo preconizado pela Disciplina de Prótese Dentária I
(CARREIRO et al., 2016), enquanto que a confecção laboratorial de todas as próteses da
pesquisa, foi realizada pelo mesmo técnico em um laboratório de prótese privado (Figura 3A-F).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
45
Figura 3 - Sequência clínica para confecção da prótese total convencional. Prótese antiga (A); Moldagem
anatômica (B); moldagem funcional (C); registro das relações maxilo-mandibulares (D); prova dos dentes em cera (E); prótese finalizada(F).
Fonte: Autor (2019).
4.5.2 Planejamento reverso-preparo prévio reabilitador
Logo após a finalização dos controles para adaptação das próteses totais convencionais
instaladas, a execução do planejamento cirúrgico-protético ou planejamento reverso foi iniciada
para os pacientes do grupo PFIS, começando pela confecção do guia tomográfico a partir da
duplicação da prótese total inferior, recém instalada e em uso pelo paciente. A prótese total
inferior foi moldada utilizando alginato (DENTSPLY, BRASIL), e posteriormente duplicada em
resina acrílica incolor (VIPI, Pirassununga, Brasil). Em seguida, foram realizados os
procedimentos laboratoriais de acabamento e polimento e perfurações no guia em número de B C
E F
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
46
cinco, de acordo com o posicionamento dos dentes, e que foram posteriormente, preenchidas com
guta percha (DENTSPLY, BRASIL) (Figura 4A). Feito isso, os guias foram provados em boca,
para verificação da adaptação e da confirmação das relações maxilo-mandibulares de acordo com
as próteses totais em uso pelo paciente, (Figura 4B) e a tomografia realizada. De posse da
tomografia, a análise tomográfica foi realizada, através do programa Dental Slice (Bioparts,
Brasília, Brasil), para confirmação do planejamento protético-cirúrgico inicial realizado através
das radiografias panorâmicas (Figura 4C), que consistiu do planejamento para a instalação de 3
ou 4 implantes da seguinte forma: pacientes que receberam 3 implantes, tiveram um
planejamento tomográfico para instalação cirúrgica no rebordo residual de 1 implante na região
correspondente a linha mediana, e na região à frente do forame mentoniano bilateralmente,
enquanto que, pacientes que receberam 4 implantes tiveram planejamento tomográfico para
instalação cirúrgica de implantes no rebordo residual na região correspondente aos incisivos
laterais de cada lado, e na região à frente do forame mentoniano bilateralmente.
Figura 4 - Sequência clínica para execução do planejamento reverso. Guia tomográfico(A); Prova do guia
tomográfico (B); tomografia em análise no Software Dental Slice(C).
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
47
Uma vez confirmado o planejamento reverso, passou-se a preparação do guia para
utilização na cirurgia com a remoção da parte lingual, através do desgaste, com broca maxicut
PM (EDENTA, SWITZERLAND)® para permitir durante a cirurgia uma orientação e o acesso
para a instalação dos implantes no local planejado, mantendo-se a superfície oclusal dos molares
intacta até a região correspondente a papila piriforme, proporcionando estabilidade ao “guia
cirúrgico”.
Previamente à cirurgia todos os pacientes foram receitados com terapêutica
antimicrobiana, da seguinte forma: Amoxicilina 500 mg, via oral, 01 comprimido de 08/08 horas
por um período de 7 dias, iniciando no dia anterior à cirurgia; também foi prescrito para todos os
pacientes terapêutica analgésica e anti-inflamatória com o uso via oral de Decadron 4 mg, sendo
2 comprimidos de 08/08 horas por 2 dias e Lisador também via oral, 01 comprimido de 06/06
horas por 2 dias, para analgesia pós-operatória se necessário.
Como parte do planejamento reverso e para permitir a reprodução das relações maxilo-
mandibulares da PTC na PFSI, a prótese total superior foi moldada com alginato (DENTSPLY,
BRASIL), o molde foi vazado e obtido o modelo em gesso pedra tipo III (ASFER – São Caetano
do Sul-SP) que foi recortado e montado em articulador semi-ajustável (Bio-art, São Carlos – SP,
Brasil), com a técnica semelhante à que foi utilizada para confecção das próteses totais já descrita
anteriormente. Para montagem do modelo superior a mesa de Camper foi posicionada no ramo
inferior do articulador e em seguida, o modelo superior foi montado, tendo como referência a sua
linha média e as linhas de referência da mesa de Camper (Figura 5A).
Antes da cirurgia para instalação dos implantes iniciar, todos os pacientes eram
recebidos por um único protesista experiente, que realizava um registro interoclusal das próteses
presentes na boca do paciente. Para tanto, a prótese superior era isolada com vaselina, e três
pontos (dois posteriores e um anterior) de resina acrílica (GC, Pater Resin, GC AMERICA
INC.USA) eram inseridos, utilizando a técnica de Nealon (NEALON, 1952), sendo dois na face
oclusal dos primeiros molares inferiores e um na borda incisal dos incisivos centrais inferiores. O
paciente era orientado a ocluir registrando a posição de MIH/RC até a polimerização final da
resina. Após a confirmação da exatidão do registro o paciente era liberado para dar-se início aos
procedimentos cirúrgicos (Figura 5B).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
48
Figura 5 - Modelo superior em gesso montado em ASA com a mesa de Camper (A); Registro maxilo-
mandibular (B).
Fonte: O autor (2019).
4.5.3 Protocolo de instalação dos implantes
Após a instalação de uma barreira de biossegurança, através da paramentação de toda a
equipe e antissepsia da área extra-bucal e intra-bucal com cloridrato de clorexidina a 2%
(Rioquimica, São José do Rio Preto – SP) como também da imersão do guia cirúrgico nessa
mesma solução as cirurgias eram iniciadas, sendo conduzida em todos os pacientes, por um único
cirurgião experiente. Inicialmentete, era verificada a adaptação do guia cirúrgico (Figura 6A), em
seguida, era realizada uma incisão mucoperiostal, com lâmina de bisturi nº 15 montada em um
cabo n° 3, envolvendo a área a ser operada. Após esse procedimento, o periósteo era destacado
com um descolador de Molt e afastado juntamente com os outros tecidos, expondo a superfície
externa do rebordo alveolar por vestibular e lingual; nos casos onde houve irregularidade da
crista óssea, a osteotomia foi realizada possibilitando uma padronização para avaliações futuras
do controle da perda óssea marginal (Figura 6B)
Neste estudo todos os implantes utilizados foram do tipo Branemark, com a seguinte
configuração: Implantes Hexágono Externo (Titamax, Neodent®, Curitiba, Brasil) com tamanho
de plataforma 4.1 sendo de 3,75 x 11mm. Os locais para instalação dos implantes foram
demarcados com a broca tipo lança tendo como auxílio o uso do guia cirúrgico. As perfurações
foram realizadas sob irrigação abundante de solução fisiológica a 0,9% evitando a geração de
calor excessivo. Após a confirmação do paralelismo das perfurações, (Figura 6C) iniciou-se a
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
49
fresagem com a sequência de brocas e instalação dos implantes a nível ósseo, conforme o
protocolo para instalação de implantes com plataforma do tipo hexágono externo (Figura 6D).
Após a instalação dos implantes, a possibilidade de aplicação da carga imediata foi
confirmada quando os implantes instalados apresentaram estabilidade primária com torque igual
ou superior a 45 N.cm. Em algumas situações a estabilidade primária do implante foi maximizada
por subfresagem do local.
Os tecidos moles circundantes foram suturados, utilizando fio de sutura reabsorvível
(Ethicon Vicryl 5-0, Johnson & Johnson) e os minipilares cônicos (Neodent, Curitiba, Brasil)
com cintas variando entre 1, 2 e 3 mm foram instalados. A escolha da altura da cinta de cada mini
pilar dependeu da espessura do tecido subjacente ao implante. Foi preconizado a utilização de
minipilares que permitisse a exposição da margem da conexão intermediário/prótese em nível
supragengival, os mesmos foram instalados aos implantes com uso de uma chave para conexão
de pilares protéticos (Neodent, Curitiba, Brasil), que foi acoplada a um torquímetro manual
(Neodent, Curitiba, Brasil), o qual foi girado em sentido horário até atingir o torque recomendado
pelo fabricante que é de 32 N.cm (Figura 6E) em seguida a ferida foi cuidadosamente
inspecionada para qualquer sangramento ativo e cilindros protetores de minipilares 4.1 (Neodent,
Curitiba, Brasil) foram instalados. A área cirúrgica foi limpa com irrigação salina normal.
(Figura 6F).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
50
Figura 6 - Sequência clínica cirúrgica para instalação dos implantes. Prova do guia cirúrgico (A); Abertura
do retalho-exposição do rebordo (B); Confirmação do paralelismo entre os implantes (C); Instalação dos implantes (D); Instalação dos minipliares (E); Finalização da cirurgia (F).
Fonte: Autor (2019).
4.5.4 Transformação da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada
Após a confirmação da instalação dos implantes com carga imediata, um desgaste por
lingual na prótese inferior foi iniciado utilizando uma peça de mão reta com uma broca maxicut
PM (EDENTA, SWITZERLAND) ® (Figura 7A). Este desgaste foi realizado com sucessivas
provas intraorais, verificando os ajustes necessários, bem como os espaços requeridos para
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
51
captura em boca dos cilindros protéticos provisórios (Neodent, Curitiba, Brasil) (Figura 7B). A
oclusão foi confirmada, considerando-se o registro realizado previamente à cirurgia, e após o
posicionamento adequado da prótese em relação a oclusão, procedeu-se a captura um a um dos
cilindros protéticos provisórios utilizando resina acrílica (GC, Pater Resin, USA) pela técnica de
Nealon (NEALON, 1952) (Figura 7C-D). Finalizada a captura de todos os pilares provisórios,
observou-se cuidadosamente a confirmação do registro occlusal obtido inicialmente. O conjunto
pilares-prótese foi removido da boca do paciente, e uma camada de adesivo universal para resina
acrílica (Tray – Zhermack) foi aplicado na estrutura da prótese com a finalidade de promover a
união com a silicona de adição (Express XT - 3M do Brasil) para possibilitar a moldagem do
rebordo (Figura 7E-F). A prótese foi então reposicionada na boca do paciente e confirmada mais
uma vez o registro occlusal obtido (Figura 7G), e com auxílio da pistola de moldagem a silicona
de adição leve foi conduzida entre os espaços dos cilindros. Após a polimerização da silicona, a
moldagem foi removida da boca do paciente (Figura 7H), os análogos (Neodent, Curitiba, Brasil)
aparafusados aos cilindros provisórios capturados e os protetores dos minipilares foram
reposicionados aos implantes instalados. O paciente recebeu alta por 24 horas.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
52
Figura 7 - Sequência clínica para transformação da PTC em PFIS. Abertura lingual da prótese (A);
cilindros provisórios instalados (B); Captura dos cilindros (C); Cilindros capturados (D); Vista inferior da prótese com os cilindros capturados (E); Vista superior dos cilindros capturados(F); Confirmação do
registro oclusal (G); Moldagem com silicona de adição (H).
Fonte: Autor (2019)
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
53
4.5.5 Procedimentos laboratoriais
Com os análogos dos implantes (Neodent, Curitiba, Brasil) já posicionados nos cilindros
dos minipilares (Neodent, Curitiba, Brasil) procedeu-se o vazamento do molde utilizando-se
gesso tipo IV (Durone IV®, Dentisply, Brasil) que foi manipulado de acordo com as normas do
fabricante e vertido para a obtenção do modelo de trabalho, acrescido da complementação com
Silicone de condensação Optosil Comfort® (Heraeus Kulzer, Hanau, Germany). Após a presa
final do gesso, e da polimerização final da silicona de condensação a montagem do modelo
inferior em ASA foi realizada, através do registro anteriormente obtido na prótese inferior.
(Figura 8A).
Os procedimentos laboratoriais consistiram na remoção dos cilindros protéticos distais
(Neodent, Curitiba, Brasil), que capturaram a prótese na posição dos implantes instalados em
boca e sua substituição pelos cilindros protéticos com barra distal (Neodent, Curitiba, Brasil).
(Figuras 8B-C). Desgastes foram realizados na prótese, eliminando partes que agora passaram a
ser desnecessárias para sua nova função. Uma nova resina termopolimerizável (VIPI,
Pirassununga, Brasil) foi adicionada, considerando-se a cor da base da prótese e polimerizada em
uma panela eliminadora de bolhas (Protécni- Araraquara- SP-Brasil) por um período de 30
minutos. Em seguida, realizou-se a remontagem em ASA, onde foram realizados ajustes oclusais
e em seguida procedeu-se o acabamento e polimento final de forma convencional.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
54
Figura 8 - Montagem em ASA da prótese a ser transformada (A). Substituição do cilindro distal por uma
barra distal (B) e (C).
Fonte: Autor (2019).
4.5.6 Instalação da prótese fixa implantossuportada com carga imediata
Após um período aproximado de 24 horas, a prótese fixa implantossuportada com carga
imediata foi instalada nos pacientes. Inicialmente os protetores dos minipilares foram removidos
e a ferida cirúrgica examinada. Após o exame cuidadoso das bordas dos cilindros provisórios e de
possíveis áreas favoráveis à retenção de biofilme a prótese fixa implantossuportada foi avaliada
quanto a adaptação e passividade, através do teste do parafuso único (JEMT, 1991), que consistiu
em apertar o parafuso em uma das extremidades observando-se o assentamento na outra
extremidade. Em seguida, os espaços disponíveis para a higiene, foram avaliados e só então, a
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
55
prótese foi aparafusada sobre os implantes com auxílio de uma chave hexagonal (Neodent,
Curitiba, Brasil) acoplada a um torquímetro manual (Neodent, Curitiba, Brasil) que foi girado em
sentido horário até atingir o torque recomendado pelo fabricante para o parafuso de fixação do
cilindro provisório (Neodent, Curitiba, Brasil) que é de 10 N.cm. Os ajustes oclusais foram
refinados utilizando-se carbono accu film II® (parkell, USA), observando-se os movimentos em
MIH, laterais e protusivos e eliminando-se possíveis interferências (Figuras 9 A-B). Em seguida,
os orifícios de acesso aos parafusos de fixação foram fechados com fita teflon (Tigre Brasil) e
restaurador provisório Bioplic (Biodinâmica Química e Farmacêutica – PR-Brasil) (Figura 9C).
Figura 9 - Avaliação dos contatos oclusais (A e B); Instalação da Prótese Fixa Implantossuportda (C).
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
56
Todos os pacientes receberam verbalmente e por escrito as orientações relacionadas a
alimentação que deveria ser pastosa e cuidados pós-operatórios pertinentes ao procedimento
realizado, além de orientação de higiene oral com bochechos com 10 ml de Periogard
(Colgate PerioGard) durante 1 minuto de 12/12 horas por 10 dias.
Nos casos em que não houve estabilidade primária dos implantes para aplicação de carga
funcional imediata as próteses desses pacientes foram reembasados com o coe-soft (Reembasador
Coe-Soft – GC AMERICA INC.USA) e estes pacientes foram reabilitados com carga tardia,
porém foram excluídos da amostra.
Após três meses de instalação das PFIS, foi realizada a avaliação, da osseointegração
através do exame clínico direto dos implantes com retirada das próteses e exame das condições
periimplantares (Figura 10) obedecendo aos critérios de sobrevivência dos implantes
(ALBREKTSSON et al., 1986); (MOMBELLI et al., 1987) seguido de exames radiográficos
periapical e panorâmico. Após a confirmação da osseointegração, nessa mesma oportunidade as
coletas do tempo T1 da performance mastigatória e do OHIP- Edent, foram realizadas.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
57
Figura 10 - Avaliação periimplantar aos 3 meses (T1) - clinicamente (A) e radiograficamente.(B),(C),(D) e
(E).
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
58
4.6 COLETAS DE DADOS
4.6.1 Avaliação da performance mastigatória
A performance mastigatória foi avaliada através da mastigação de pedaços de alimento
artificial que foram tamisados e pesados, de acordo com o método dos tamises (MANLY;
BRALEY, 1950). O alimento teste artificial utilizado foi obtido através da mistura do material de
moldagem odontológico à base de silicone de condensação Optosil® que passou a ser
denominado Optocal (SLAGTER et al., 1993). Quadro 5.
Quadro 5 - Materiais, utilizados para confecção do alimento-teste Optocal. Natal/RN, 2019.
Nome comercial Fabricante País Porcentagem em
peso (%)
Quantidade em
gramas (g)
Optosil Comfort Putty Heraeus Kulzer Alemanha 57% 53g
Colgate tripla-ação hortelã
Colgate Palmolive Company
Brasil 27% 25g
Vaselina Rioquímica Brasil 3% 3g
Gesso pedra tipo III Asfer Brasil 9% 8g
Alginato Avagel Tipo II Dentsply Brasil 4% 4g
Activador Universal Heraeus Kulzer Alemanha 27mg/g 1,43g
Fonte: Autor (2019).
Após a aglutinação dos componentes a massa homogeneizada foi inserida em um molde
metálico com compartimentos cúbicos de dimensões de 5,6 mm previamente vaselinados e em
seguida, estocado em estufa por um período de 16 horas a temperatura de 65°C, como forma de
assegurar a completa polimerização do material. Assim sendo, cubos de alimento, foram obtidos,
e porcionados em pacotes de 3 g aproximadamente, através da pesagem em uma balança de
precisão (SHIMADZU do Brasil) (Figura11A). Em seguida, essas porções foram armazenadas
em local seco e fresco, com prazo de validade determinado de 7 dias.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
59
Para realização do teste mastigatório, cada paciente individualmente recebeu orientações
em relação aos movimentos mastigatórios que deveriam ser realizados e, também, quanto ao
bochecho posterior a mastigação (em número de três). Durante a realização do teste o paciente
permaneceu sentado confortavelmente e recebeu uma porção de 3g (17 cubos) para simular a
mastigação de um alimento durante 20 ciclos, sendo monitorado pelo examinador.
Após a mastigação o alimento foi recolhido em um recipiente descartável e realizado o
enxágue da boca com 200ml de água por duas vezes com as próteses e uma vez sem as próteses,
assegurando-se que todo material mastigado foi recolhido da cavidade oral do paciente. Em
seguida o material coletado, foi identificado e datado. Para a tamisação do alimento mastigado o
mesmo foi despejado na parte superior de um conjunto de oito tamises granulométricas (Bertel®)
com aberturas de 0,5; 0,71; 1; 1,4; 2; 2,8; 4; 5,6 mm, acopladas em ordem decrescente, de acordo
com o tamanho da abertura de seus orifícios (Figuras 11B-D) Em seguida um litro de água
corrente foi despejado na primeira tamise do conjunto, e este conjunto foi submetido a vibração,
favorecendo a passagem do alimento mastigado para as tamises seguintes.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
60
Figura 11 - Porções de alimento-teste Optocal (A); Conjunto de tamises (B); tamise com abertura de 5,6
mm (C); tamise com abertura de 0,71mm (D).
Fonte: Autor (2019).
Após a tamisação o conteúdo retido em cada tamise foi recolhido e acondicionado em
recipientes identificados e individualizados de acordo com a malha da tamise em que foi
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
61
recolhido, ficando exposto a temperatura ambiente por um período de até 7 dias para evaporação
natural da água absorvida. Em seguida, a massa contida em cada recipiente foi pesada na balança
analítica. Os valores da pesagem em gramas, de cada paciente, separados pelas diferentes malhas
do sistema de peneiras, foram inseridos em uma planilha do Excel para o cálculo do percentual
acumulado em cada peneira e em seguida submetido ao cálculo estatístico, para ser obtido o valor
da performance mastigatória (Figura 12).
Figura 12 - Sequência de alimento-teste obtido nas diferentes tamises, após mastigação. Porção de alimento a ser mastigado (A); Alimento retido na tamise 5,6 (B); Alimento retido na tamise 4 (C);
Alimento retido na tamise 2,8 (D); Alimento retido na tamise 2(E); Alimento retido na tamise 1,4 (F);
Alimento retido na tamise 1(G); Alimento retido na tamise 0,71(H).
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
62
A performance mastigatória foi obtida por meio do cálculo do tamanho mediano de
partícula triturada (X50), utilizando uma análise de regressão não linear, a equação de Rosin-
Rammler: QW– (X) = 1 – 2 – (X /X50) b, onde QW– que representa a porcentagem do peso
acumulado das partículas com um tamanho menor do que X ou que podem atravessar um tamis
de certa abertura, X50, que é a abertura de um tamis teórico através do qual 50% do peso do
material poderia passar, e b representa a dispersão da distribuição (0 < b < ∞). Neste método, o
peso das partículas em cada tamis, ou a distribuição das mesmas, é representado em um gráfico
mostrando as porcentagens do peso acumulado das partículas com tamanho menor do que X
como uma função do tamanho da abertura de um determinado tamis, por meio do uso do
programa IBM SPSS Statistics 20 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Os valores de X50 e b foram
determinados por ajuste de curva utilizando o método dos mínimos quadrados, de acordo à
função y = aX ± b. Assim, um valor de X50 menor indicava que o material teste mastigável foi
bem triturado e, portanto, o desempenho mastigatório foi alto.
4.6.2 Avaliação da qualidade de vida
Para a avaliação do Impacto da saúde oral na Qualidade de vida (OHRQoL) foi utilizado
o questionário OHIP-Edent, ( ALLEN; LOCKER, 2002), que é uma forma simplificada do OHIP-
49, idealizado especificamente para responder questões relacionadas aos pacientes edêntulos.
No presente estudo a versão brasileira, validada por Souza et al. (2007) foi aplicada no formato
entrevista (ANEXO B). Esta ferramenta possibilitou através das 19 perguntas, distribuídas nas
dimensões Limitação funcional, Dor, Desconforto Psicológico, Inabilidade Física, Inabilidade
psicológica, Inabilidade social e Incapacidade, relacionar a condição bucal dos pacientes e das
suas próteses instaladas ao impacto causado na sua qualidade de vida, através da escolha das
respostas as questões formuladas e respondidas entre as opções “nunca” (valor = 0), “às
vezes”(valor = 1) e “quase sempre”(valor=2), onde o valor representava um impacto crescente,
com um somatório final variando de um valor mínimo de 0 a um valor máximo de 38. No
presente estudo, as coletas foram realizadas nos tempos de avaliação da pesquisa (T0 e T1 com 3
meses). Quanto maior a pontuação total obtida, maior foi o impacto da saúde oral sobre o bem-
estar e a qualidade de vida e, portanto, menor a satisfação do paciente. O protocolo de pontuação
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
63
das respostas do questionário foi seguido em todas as avaliações e todos os resultados foram
armazenados no banco de dados da pesquisa para posterior análise.
4.6.3 Seguimento
As coletas das variáveis estudadas foram realizadas, de acordo com os grupos em
estudo, sendo os dados coletados antes (T0) e após 3 meses de uso da reabilitação com próteses
convencionais (T1) e antes com PTC novas instaladas (T0) e após 3 meses de uso com a PTC
(T1), conforme pode ser visto no Quadro 6.
Quadro 6 - Tempos de seguimento e instrumentos de avaliação. Natal/RN, 2019.
Variável Tempo de
seguimento Instrumento de avaliação
Performance mastigatória T0, T1 Método das tamises
Qualidade de vida T0, T1 OHIP-Edent
Fonte: Autor (2019).
4.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS
Os dados obtidos foram armazenados e processados através do software IBM SPSS
Statistics 20 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Inicialmente, realizou-se uma análise descritiva da
população estudada seguida da aplicação do Teste t de Student para grupos independentes, a fim
de avaliar a homogeneidade da amostra quanto às variáveis de confusão “idade”, “tempo de
edentulismo superior”, “tempo de edentulismo inferior” e “altura óssea do rebordo mandibular na
linha média”. Além das variáveis categóricas de confusão gênero e tipo de prótese.
Para avaliar a diferença de médias entre os grupos PTC e PFIS, em um único tempo, foi
empregado o Teste t de Student para grupos independentes. Já o Teste t para amostras pareadas
foi utilizado para avaliar o mesmo grupo antes e após a intervenção clínica, em tempos diferentes.
Este tipo de análise foi utilizado para determinar a diferença das medidas antes e depois de uma
intervenção (SHEATS; PANKRATZ, 2002).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
64
Para estimar e comparar o tamanho do efeito da intervenção (ES), foi utilizado a
estatística “d” de Cohen (DURLAK, 2009), o qual padroniza as diferenças das médias entre os
grupos pela média dos desvios padrão e assim permite a comparação do tamanho do efeito entre
eles. Essa análise complementou o resultado do Teste t. A quantificação do efeito é medida e
comparada com dados pré-estabelecidos, que foram apresentados por Cohen (1988) como visto
na Tabela 1.
Tabela 1 - Interpretação da magnitude do efeito “D” de Cohen.
Insignificante Pequeno Médio Grande Muito grande
< 0,19 0,2 - 0,49 0,5 - 0,79 0,8 - 1,29 > 1,3
Fonte: Cohen (1988).
O teste de correlação de Spearman foi empregado na análise para avaliar a correlação
entre a performance mastigatória e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal em ambos os
grupos nos dois tempos de avaliação. O coeficiente R descreve a intensidade e a direção da
relação (diretamente proporcional ou inversamente proporcional) entre as variáveis,
classificando-se em “desprezível”, “fraco”, “moderado”, “forte” e “muito forte” (Tabela 2).
Tabela 2 - Classificação do coeficiente de Spearman.
Desprezível Fraca Moderada Forte Muito forte
0 - 0,19 0,20 - 0,39 0,40 - 0,69 0,70 - 0,89 > 0,9
Fonte: (SHIMAKURA, 2006).
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65
5 RESULTADOS
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
A amostra final foi composta por 40 indivíduos com idade média de 59,08 anos (± 7,04),
predominantemente do sexo feminino (n=36), cujo tempo de edentulismo superior e inferior foi
de 22,37 anos (± 13,16) e 17,73 anos (± 13,13), respectivamente. Todos os participantes (n=40)
inicialmente eram edêntulos no rebordo superior e 82,5% (n=33), eram edêntulos no rebordo
inferior sendo usuários de prótese total convencional, o restante (17,5%) eram dentados no
rebordo mandibular e usavam prótese parcial removível inferior. Posteriormente, todos os
pacientes receberam PTC novas. O grupo PFIS, composto por 20 pacientes após 3 meses de uso
da PTC, converteram as mesmas em PFIS. Dos 20 pacientes que tiveram as próteses convertidas
em PFIS, somente 17 apresentaram estabilidade primária na instalação cirúrgica dos implantes,
sendo que em 7 pacientes, foram instalados 3 implantes e em 10 pacientes foram instalados 4
implantes.
Na análise das variáveis de confusão “idade”, “tempo de edentulismo superior e
inferior” e “altura óssea mandibular”, avaliados na condição inicial, observou-se a
homogeneidade entre os grupos estudados. Os dados da Tabela 3 mostram os valores médios,
desvio-padrão, diferença de médias entre os grupos (ΔPTC – PFIS) e a significância estatística.
Tabela 3 - Descrição e comparação das médias das variáveis de confusão nos grupos PTC e PFIS. Natal/RN, 2019.
Variáveis PTC PFIS
n Média
Desvio
padrão n Média
Desvio
padrão ΔPTC – PFIS p1
Idade 23 60,57 7,20 17 57,06 6,48 3,51 0,12
Tempo Edentulismo Superior 21 20,05 14,14 17 25,24 11,62 - 5,19 0,23
Tempo Edentulismo Inferior 21 19,81 13,92 17 15,16 11,99 4,65 0,28
Altura óssea mandibular 21 20,10 4,50 13 24,07 2,85 - 3,98 0,08
Nota: 1 Teste t de Student; Δ PTC – PFIS: Diferença entre as médias do grupo PTC e do grupo PFIS. Fonte: Autor (2019).
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66
5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA
Foi observado no grupo PTC que a média da pontuação total do OHIP-Edent reduziu do
tempo T0 para o tempo T1, após o uso de novas próteses totais convencionais (PTC), porém não
houve uma melhora estatisticamente significativa na qualidade de vida desses usuários (p = 0,07).
Além disso, em todos os domínios, os resultados foram semelhantes nos dois tempos, com
exceção do domínio 3 (desconforto psicológico) que apresentou uma melhora significativa (p <
0,001) (Cohen’d = 1,33), sendo considerado um tamanho de efeito “ muito grande” (Tabela 4).
No grupo PFIS, o valor total do OHIP-Edent reduziu significativamente após a
conversão da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada com carga imediata,
o que representa um impacto positivo e estatisticamente significativo na qualidade de vida
relacionada à saúde oral (p < 0,001), com um tamanho de efeito “muito grande” (Cohen’ d =
2,47). Ao analisar os domínios individualmente nesse grupo, percebe-se que em todos eles a
pontuação diminuiu após a instalação da prótese fixa implantossuportada, destacando-se os
domínios: Função, Dor física, Disfunção física e Disfunção psicológica, com valores
estatisticamente significativos (p < 0,001), (Tabela 4). Em relação ao valor do efeito do
tratamento, por meio da medida Cohen’ d, nesses domínios destacados, observa-se um tamanho
de efeito “muito grande”, enquanto que o “desconforto psicológico” apresentou um valor
estatisticamente significativo (p < 0,05), porém com um tamanho do efeito “médio” (Cohen’ d =
0,68) (Tabela 4).
Ao comparar as novas próteses totais no grupo PTC com as novas próteses
implantossuportadas no grupo PFIS, no tempo T1, verifica-se que a prótese fixa
implantossuportada mandibular proporcionou uma melhor qualidade de vida relacionada à saúde
oral, com um tamanho de efeito “muito grande”. O OHIP-Edent total médio do grupo PFIS foi
de 1,29 em oposição à pontuação do grupo PTC, de 10,52 (p < 0,001 e Cohen’d = 1,80). Esse
resultado favorável do grupo PFIS foi observado também em todos os domínios do OHIP-Edent,
pela redução dos seus valores, destacando-se os domínios Função, Dor física, e Disfunção física,
que apresentaram significância estatística (<0,001*), e Cohen’ d “muito grande”, e Disfunção
psicológica com significância estatística (p = 0,03), e um Cohen’ d “grande”. Tabela 5.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
67
Tabela 4 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T0 e T1. Natal/RN,
2019.
Variáveis
T0 T1
T0-T1 P-valor Cohen’
d N média Dp N média Dp
PTC
Função 23 3,74 1,51 23 2,87 1,71 0,87 0,06 0,54
Dor física 23 3,87 1,84 23 3,65 2,44 0,22 0,76 0,10
Desc psicológico 23 2,35 1,64 23 0,57 0,95 1,78 <0,001* 1,33
Disfunção física 23 2,13 1,96 23 1,78 1,24 0,35 0,48 0,21
Disfunção
psicológica 23 1,3 1,43 23 0,65 1,03 0,65 0,09 0,52
Disfunção social 23 0,83 1,72 23 0,43 0,95 0,40 0,38 0,28
Incapacidade 23 0,87 1,42 23 0,57 1,2 0,30 0,33 0,23
OHIP-Edent TT 23 15,09 8,9 23 10,52 7,06 4,57 0,07 0,57
PFIS
Função 17 2,53 1,01 17 0,71 0,85 1,82 <0,001* 1,96
Dor física 17 3,18 1,13 17 0,41 0,71 2,77 <0,001* 2,93
Desc psicológico 17 0,53 0,8 17 0,12 0,33 0,41 0,05* 0,67
Disfunção física 17 1,53 1,28 17 0,00 0,00 1,53 <0,001* 1,69
Disfunção psicológica
17 0,65 0,7 17 0,06 0,24 0,59 <0,001* 1,12
Disfunção social 17 0,35 1 17 0,00 0,00 0,35 0,16 0,50
Incapacidade 17 0,24 0,66 17 0,00 0,00 0,24 0,16 0,50
OHIP-Edent TT 17 8,88 4,03 17 1,29 1,61 7,59 <0,001* 2,47
1. Teste t de Student para amostras emparelhadas.
*Significante ao nível de 5%.
Fonte: Autor (2019)
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
68
Tabela 5 - Qualidade de vida relacionada a saúde oral nos grupos PTC e PFSI, em T11. Natal/RN, 2019.
Variáveis
PTC PFIS
T1-T1 p -
valor Cohen’
d N média Dp N média Dp
T1
Função 23 2,87 1,71 17 0,71 0,85 2,16 <0,001* 1,60
Dor física 23 3,65 2,44 17 0,41 0,71 3,24 <0,001* 1,80
Desc psicológico 23 0,57 0,95 17 0,12 0,33 0,45 0,07 0,63
Disfunção física 23 1,78 1,24 17 0,00 0,00 1,78 <0,001* 2,03
Disfunção psicológica
23 0,65 1,03 17 0,06 0,24 0,59 0,03* 0,79
Disfunção social 23 0,43 0,95 17 0,00 0,00 0,43 0,07 0,65
Incapacidade 23 0,57 1,2 17 0,00 0,00 0,57 <0,001* 0,67
OHIP-Edent TT 23 10,52 7,06 17 1,29 1,61 9,23 <0,001* 1,80
1. Teste t de Student para amostras independentes.
*Significante ao nível de 5%.
Fonte: Autor (2019)
5.3 PERFORMANCE MASTIGATÓRIA
Na tabela 6 estão descritos os dados referentes à performance mastigatória para os
grupos estudados nos tempos T0 e T1. Percebe-se que o X50 médio apresentou um aumento de
0,37 mm no grupo PTC comparando-se as próteses totais novas com as antigas, o que representa
uma diminuição na capacidade do indivíduo em reduzir as partículas do alimento durante a
mastigação. Porém, é importante destacar que essa diferença ficou no limiar de significância (p =
0,049).
No grupo PFIS, o valor do X50 reduziu em 1,80 milímetros (p < 0,001), indicando um
aumento da capacidade mastigatória após a conversão das próteses totais em próteses fixas
implantossuportadas. Somado a isso, o tamanho do efeito do tratamento de acordo com o valor
Cohen’ d foi “muito grande” para o grupo PFIS, demonstrando o grande impacto desse tipo de
reabilitação na mastigação.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
69
Quando foram comparados os dois tipos de prótese, no tempo T1, a diferença média
observada foi de 3,29 mm (p < 0,001), com um tamanho de efeito considerado “muito grande”
(Cohen’ d = 2,49). Pacientes que tiveram sua prótese total convertida em prótese fixa
implantossuportada com carga imediata apresentaram uma performance mastigatória
significativamente melhor (X50 = 4,76 mm) do que aqueles com próteses totais convencionais
(X50 = 6,76 mm).
Tabela 6 – Comparação entre os grupos PTC e PFIS quanto à performance mastigatória nos tempos T0 e
T1. Natal/RN, 2019.
PTC PFIS
n X50 Dp n X50 Dp p1 Cohen’d
T0 23 6,39 0,83 17 6,56 0,67 0,48
T1 23 6,76 0,38 17 4,76 0,77 < 0,001* 3,29
p2 0,033* < 0,001*
Cohen’ d - 0,57 2,49
Nota: 1 Teste t de Student para amostras independentes. 2 Teste t de Student para amostras emparelhadas.
Fonte: Autor (2019).
5.4 CORRELAÇÃO ENTRE A PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E A QUALIDADE DE
VIDA RELACIONADA À SAÚDE ORAL
Na tabela 7 pode ser observada a correlação entre a performance mastigatória (X50) e os
domínios do OHIP-Edent, para ambos os grupos estudados. Observa-se que não houve correlação
estatisticamente significativa entre a performance mastigatória e a qualidade de vida relacionada
à saúde oral nos dois grupos estudados, PTC e PFIS, no tempo T1. No entanto, para o grupo PTC,
no tempo T0, o domínio “desconforto psicológico” apresentou correlação positiva com a
performance mastigatória, indicando que o desconforto psicológico aumentou à medida que o
X50 aumentou, representando uma pior performance mastigatória.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
70
Tabela 7 – Correlação entre a PM e a qualidade de vida relacionada à saúde oral nos grupos PTC e PFIS
em ambos os tempos de avaliação. Natal/RN, 2019.
Domínios OHIP
Performance mastigatória
PTC PFIS
R Spearman p R Spearman p
T0
Função - 0,06 0,79 0,27 0,29
Dor física - 0,04 0,82 -0,35 0,16
Desconforto psicológico 0,44 0,035* 0,10 0,67
Disfunção física - 0,11 0,60 0,19 0,46
Disfunção psicológica 0,12 0,59 -0,36 0,15
Disfunção social - 0,13 0,54 -0,07 0,79
Incapacidade 0,17 0,45 -0,04 0,88
OHIP total 0,15 0,50 -0,07 0,79
T1 (3 meses)
Função 0,36 0,09 0,09 0,71
Dor física 0,19 0,37 0,35 0,15
Desconforto psicológico -0,07 0,74 0,28 0,27
Disfunção física -0,12 0,58 a
Disfunção psicológica 0,28 0,19 -0,20 0,43
Disfunção social 0,05 0,82 a
Incapacidade 0,03 0,88 a
OHIP Total 0,30 0,16 0,19 0,44
Nota: Caselas contendo a letra “a” indicam ausência de variabilidade dos resultados, com muitos valores iguais a zero, impossibilitando o cálculo da correlação.
Fonte: Autor (2019).
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
71
6 DISCUSSÃO
A hipótese que motivou esse estudo foi investigar se a reabilitação oral
implantossuportada mandibular melhora a performance mastigatória e promove maior impacto
positivo na qualidade de vida do que as próteses totais convencionais, em pacientes
completamente desdentados. Os resultados obtidos validam essa hipótese.
Para confirmação dessa hipótese delineou-se um estudo respeitando critérios
metodológicos, tais como o cálculo do tamanho amostral, homogeneidade da amostra, presença
de um grupo controle, cumprindo assim critérios minímos estabelecidos para ensaios clínicos
dentro das diretrizes do checklist CONSORT (2010). Quanto aos instrumentos de coleta, foram
empregados métodos validados e reproduzíveis: método das tamises com alimento artificial para
a performance mastigatória (OLTHOFF LW et al., 1984; VAN DER BILT et al., 1993;
EBERHARD et al., 2015); e questionário OHIP-Edent (SOUZA et al., 2007), específico para
avaliar o impacto da sáude oral sobre a qualidade de vida em edêntulos, na versão brasileira.
Para realização da avaliação da performance mastigatória observou-se o número de
golpes aplicados e o tipo de alimento teste utilizado, onde o optocal (SLAGTER et al., 1992;
SLAGTER et al., 1993; FONTIJIN-TEKAMP et al., 2000; POCZTARUK et al., 2009) utilizado
é considerado o padrão ouro da literatura e permite a reprodutibilidade do teste respondendo
objetivamente o teste ensaiado. Além disso, foi observado o número de peneiras para obtenção
da granulometria adequada para realização do cálculo do valor do X50. (BONNET et al., 2018).
Estudos encontrados na literatura que buscaram responder a influência do tipo de prótese
na performance mastigatória e na qualidade de vida, constataram uma melhora na qualidade de
vida e na performance mastigatória em usuários de prótese fixa implantossuportada mandibular,
porém, esses estudos tiveram delineamentos diferentes, e utilizaram outros instrumentos para
medir as variáveis estudadas. Vieira et al. (2014), buscaram o índice de satisfação através da
EVA; Apolinário et al. (2017), realizaram estudo retrospectivo buscando a eficiência
mastigatória usando cápsulas colorimétricas; Veyrune et al. (2013) compararam tipos de
alimentos, com amostra de participantes não homogênea; Scala et al. (2012), conduziram estudo
prospectivo com avaliação do perfil de satisfação através do teste (SAT-P). Somado a isso,
outros estudos, apresentaram limitações que interferem na qualidade metodológica,
impossibilitando comparações e a realização de meta-análises.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
72
No delineamento desse ensaio clínico as variáveis de confusão tais como, sexo, idade,
tempo de edentulismo, tipo de prótese na condição inicial, e altura do rebordo na linha média,
foram analisadas estatisticamente quanto a possível influência nas variáveis de desfechos,
indicando homogeneidade da amostra, assim como as variáveis categóricas gênero e tipo de
prótese na condição inicial. Além disso, a única intervenção que diferenciou as próteses totais
convencionais nos dois grupos estudados, foi a sua “captura”, através dos implantes instalados na
mandíbula, tornando-a uma prótese fixa implantossuportada, o que possibilitou investigar o fator
“retenção”, na diferenciação da performance mastigatória e na qualidade de vida desses
pacientes, sendo a “retenção” uma das principais problemáticas das próteses totais convencionais.
Outro aspecto a ser observado é que, os níveis de significância estatística dessa intervenção foram
apresentados associados aos tamanhos do efeito Cohen’d, informando a magnitude ou
importância de uma diferença de médias entre os grupos. (ESPÍRITO-SANTO; DANIEL, 2015)
Dessa forma os aspectos descritos diferenciam este trabalho em sua qualidade metodológica.
Analisando-se os resultados encontrados no grupo controle, composto por usuários de
próteses totais convencionais, observa-se que após 3 meses de uso das novas próteses, não houve
melhora significativa (p = 0,07) (Cohen’d = 0,57) no que concerne ao impacto da reabilitação oral
sobre a qualidade de vida, conforme visto na tabela 4. Esse resultado pode estar relacionado a
uma certa insatisfação desses pacientes pela ausência de retenção e estabilidade peculiares às
próteses totais convencionais, que repercutem em uma mastigação limitada, a qual foi
evidenciada nesse estudo quando observou-se piora da performance mastigatória após 3 meses de
uso das novas próteses.
Embora estudos prévios tenham encontrado 3 meses como um período suficiente para a
adaptação a novas próteses totais, com um novo padrão de memória muscular dos músculos
mastigatórios, e normalização do fluxo salivar, (ZARB; BOLENDER, 2004; VEYRUNE et al.,
2005; VIOLA et al., 2013; GOIATO et al., 2012) no presente estudo um período de 3 meses
parece não ter sido adequado. Porém, os achados do presente trabalho são corroborados por uma
recente revisão sistemática que concluiu que PTC com dentes montadas com esquema de oclusão
balanceada bilateral, não garante uma melhor performance mastigatória, quando comparado a
outros esquemas oclusais, (LEMOS et al., 2018). Apesar disso, o desconforto psicológico
(Domínio 3 do OHIP-Edent) melhorou significativamente (p < 0,001) (Cohen’d = 1,33) entre os
tempos T0 e T1, o que pode estar relacionado a expectativa e aceitação do paciente em se adaptar
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
73
com as novas próteses (CARLSSON, 1998) e/ou pela satisfação estética com o tratamento
realizado, já que a aparência estética influencia no bem-estar mental, aumentando a auto-estima e
autoconfiança do paciente (GOIATO et al., 2012).
No grupo PFIS uma diferença significativa na pontuação do questionário OHIP-Edent
foi observada entre os tempos T0 e T1 (3 meses) com a conversão da prótese total convencional
em prótese fixa implantossuportada com carga imediata, representando um impacto positivo
estatisticamente significativo na qualidade de vida relacionada à saúde oral (p < 0,001) (Cohen’ d
= 2,47) (tabela 4). Em todos os domínios do OHIP-Edent, a pontuação também diminuiu da
mesma forma. Quanto a mastigação, a retenção da prótese refletiu diretamente na melhoria da
performance mastigatória com valor do X50 reduzido em 1,81 milímetros (p < 0,001), indicando
um aumento da capacidade de trituração do alimento artificial em partículas menores. Scala, et
al., 2012, em um estudo randomizado, onde o grupo controle era a PTC e o grupo teste era PFIS,
constataram elevada satisfação nos dois grupos, porém o grupo PFIS apresentou uma satisfação
mais elevada comparada ao grupo PTC, coincindo em parte, com os achados do presente
trabalho.
Na comparação dos grupos PTC (grupo controle) e do grupo PFIS no tempo T1,
confirma-se o resultado obtido anteriormente, ficando clara a superioridade da prótese fixa
implantossuportada em relação a prótese total convencional nas variáveis estudadas. O OHIP
obtido foi de 1,29 pontos, enquanto que o grupo PTC obteve um valor de 10,52 pontos (p <
0,001), com o acompanhamento dessa redução em todos os domínios, e a performance
mastigatória apresentando uma diferença significativa, quando os grupos foram comparadas ao
grupo da PTC após a intervenção, com uma diferença média de 2,0 mm (p < 0,001). Ficou
evidente que pacientes que tiveram sua prótese total mandibular convertida em prótese fixa
implantossuportada com carga imediata, passaram a mastigar muito melhor (X50 = 4,76 mm),
quando comparado ao grupo PTC (X50 = 6,76 mm) conforme visto na Tabela 6. A melhoria
observada tanto no grupo que teve suas próteses totais convencionais convertidas em próteses
fixas, quanto na comparação com o grupo reabilitado com próteses totais convencionais, está
diretamente relacionada a retenção e estabilidade da prótese adquirida por meio da intervenção,
que favoreceu o aumento das forças oclusais (JEMT; BOOK; KARLSSON, 1993). Resultados
semelhantes foram obtidos por Vieira et al. (2014), através da avaliação pelo índice de satisfação
e da função mastigatória.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
74
Observou-se na análise pareada do grupo PFIS e na análise entre os grupos PFIS e o
grupo controle PTC a redução estatisticamente significativa nos mesmos domínios: Função,
Disfunção física e Dor física. Isso, provavelmente, porque na transformação da PTC em PFIS
ocorreu a eliminação do contato da base da PTC com as inserções musculares e a mucosa
subjacente, onde encontra-se um osso que pode estar reabsorvido, correspondente a parede
superior do forame mentoniano, resultando em superficialidade do nervo alveolar inferior, além
disso o forame mental no topo da crista alveolar tem sido frequentemente relacionado aos relatos
de uma sensação subjetiva de dor (XIE et al., 1997), dessa forma, possíveis sensações dolorosas
poderiam ocorrer durante o uso da PTC e que provavelmente limitavam as forças oclusais,
reduzindo a capacidade mastigatória, dificultando a homogeneização dos alimentos e
promovendo uma falta de conforto, retenção e estabilidade. (MARCELO-MACHADO et al.,
2017).
Uma correlação entre a performance mastigatória e o Domínio 3 (Desconforto
psicológico), foi observada no tempo T0 do grupo PTC, indicando que a medida que a
performance mastigatória piorava, o desconforto psicológico aumentava, enquanto que no grupo
PFIS não se observou correlação, no entanto, algumas caselas apresentaram valores “zero”
(Tabela 7). Essa ausência de correlação observada, deve ser interpretada com cautela e
considerada a interpretação clínica, não significando necessariamente que não exista uma
correlação entre essas variáveis, pois os valores de escore “ zero” no questionário OHIP-Edent,
correspondem a respostas que representam ausência de desconforto, e nesse caso, essa ausência
de correlação pode apenas significar uma impossibilidade de execução do teste de correlação de
Spearman, pela ausência de variabilidade dos valores obtidos.
Concernente as perdas de seguimento, quatro pacientes deixaram de se beneficiar da
instalação dos implantes com carga imediata, mesmo apresentando condições adequadas
tomograficamente. Provavelmente, essa intercorrência aconteceu em consequência do tamanho e
diâmetro do implante que foi padronizado nesse estudo e que, para esses pacientes, por
apresentarem uma altura e largura mandibular acima da média do grupo, foi insuficiente para
atingir a cortical óssea ideal, sendo esse fator fundamental para atingir a estabilidade primária
requerida (HONG; LIM; PARK, 2012; HSU et al., 2017). Outras perdas também foram
observadas na análise de sobrevivência dos implantes, realizada 3 meses após a instalação das
próteses fixas implantossuportadas, nessa ocasião, foi constatado, em 3 indivíduos, a perda de 1
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
75
implante, sendo que em um indivíduo a PFIS era suportada por 4 implantes e nos outros dois
indivíduos a PFIS era suportada por 3 implantes. Nos casos citados, a tábua óssea vestibular se
encontrava no limite tolerável para instalação de implantes, e em um desses pacientes, a tábua
óssea vestibular chegou a fenestrar durante a cirurgia, em outro paciente houve necessidade de
inclinação do implante lingualmente para possibilitar sua instalação, implicando em alteração de
tensões, fora do eixo axial do implante, e no outro caso, a distribuição dos implantes interforames
não favoreceu a formação de um polígono de sustenção para melhorar a distribuição da força
mastigatória (COSTA et al., 2015). Somado a isso, os implantes perdidos situavam-se distalmente
e eram vizinhos a cantilevers que são mais susceptíveis a forças distais (PEÑARROCHA-OLTRA
D et al., 2014). Dessa forma, pressupõe-se ter ocorrido fenestração da tábua óssea, micro trincas
e micromovimentações, impedindo o processo de osseointegração, por encapsulamento fibroso
dos implantes instalado (GAPSKI et al., 2003; ESPOSITO et al., 2013; TETTAMANTI et al.,
2017).
Por tudo exposto, considera-se que o impacto clínico produzido por essa pesquisa, está
no preenchimento da lacuna existente entre a evidência cientifica e a prática profissional nas
modalidades restauradoras testadas, fundamentadas na percepção do usuário tanto do ponto de
vista estatístico quanto de sua significância clínica através da magnificação do tamanho do efeito
clínico Cohen’d. Assim sendo, a magnitude do efeito da intervenção nos indivíduos usuários de
PTC foi classificada como “muito grande” para a performance mastigatória, e para a qualidade de
vida, quando comparado os dois grupos, o que retrata a relevância da retenção da prótese
mandibular para a melhoria da função mastigatória. Embora, estudos prévios (VIEIRA et al.,
2014), (SCALA et al., 2012) já tenham identificado essa repercussão positiva na mastigação e na
qualidade de vida, utilizando outros instrumentos psicométricos diferentes do presente estudo, a
mensuração da magnitude desse efeito não foi informada, e isto representa um diferencial. Além
disso, a prótese fixa implantossuportada em resina com barra distal utilizada, mostrou-se como
uma opção vantajosa, comparada as próteses totais convencionais, (VIEIRA et al., 2014), sendo
de fácil confecção, com rapidez e custo reduzido quando comparado a próteses com estrutura
metálica que em algumas situações podem não apresentar ausência de passividade e inviabilizar
a instalação do carregamento imediato, principalmente em locais onde não se dispõe de
laboratórios mais sofisticados tecnicamente. Esses fatores tornam essa prótese acessível a
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
76
população usuária das próteses totais convencionais que na maioria das vezes são desfavorecidos
economicamente também.
Como limitações desse estudo está o curto período de acompanhamento, aliado a
subjetividade dos questionários e a possível interferência nas perguntas, pelas condições
socioeconômicas e culturais, além da expectativa do paciente com o tratamento (VIEIRA et al.,
2014), contudo, pacientes mais antigos dessa amostra estão em acompanhamento e permanecem
muito satisfeitos com suas próteses e motivados a reabilitar o arco superior da mesma forma.
Uma outra limitação é a falta de randomização, no entanto observa-se que muitos
estudos mostram abandono das pesquisas por alguns pacientes que não se sentem satisfeitos com
o grupo a qual foram alocados, ou que respondem aos questionários de uma forma que não
corresponda a realidade, originando o viés de preferência de tratamento (FEINE; AWAD; LUND,
1998).
Entre as perspectivas futuras está o acompanhamento em longo prazo dessas próteses
convertidas, observando possíveis intercorrências mecânicas e biológicas através da observação
da saúde periimplantar e manutenção da integridade da prótese.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
77
7 CONCLUSÃO
A conversão da prótese total convencional em prótese fixa implantossuportada impactou
positivamente na qualidade de vida e na performance mastigatória dos usuários.
A magnitude do efeito da intervenção foi “muito grande” na qualidade de vida e na
performance mastigatória dos pacientes que converteram as próteses totais convencionais
em próteses fixas implantossuportadas.
Nos usuários de prótese total convencional, que tiveram suas próteses substituídas por
próteses totais convencionais não houve impacto positivo na qualidade de vida e na
performance mastigatória. O desconforto psicológico foi correlacionado à performance
mastigatória deficiente na condição inicial.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
78
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Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
87
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Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
88
APÊNDICES
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
89
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Este é um convite para você participar da pesquisa “Avaliação clínica e
radiográfica da sobrevida dos implantes, condições dos tecidos periimplantares e de
condições associadas à efetividade do tratamento em pacientes reabilitados com
prótese total fixa mandibular” PERFORMANCE MASTIGATÓRIA E IMPACTO
DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS
COM PRÓTESE FIXA IMPLANTOSSUPORTADA que é coordenada pela Professora
Doutora Adriana da Fonte Porto Carreiro.
Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer
momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou
penalidade. As informações obtidas de cada participante são confidenciais e somente serão
usadas com propósito científico, sem divulgar o nome do participante. O pesquisador, os
demais participantes dessa pesquisa e o Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN terão
acesso aos arquivos dos participantes, sem, contudo, violar a confidencialidade, usando, se
necessário, um apelido ou pseudônimo, sem divulgar seu nome verdadeiro.
É bastante comum, após a colocação da dentadura, o paciente reclamar que a mesma
está machucando, que não apresenta estabilidade e não consegue se alimentar com ela. A
finalidade dessa pesquisa é avaliar os benefícios do tratamento com prótese total fixa sobre
implantes, buscando descobrir se esta oferece maior conforto e satisfação ao paciente e se
os implantes apresentam função satisfatória. Caso decida aceitar o convite, você será
submetido(a) aos procedimentos de instalação dos implantes e confecção das dentaduras
que ficam fixas sobre esses parafusos fixados no osso. Não há garantia que o implante
permanecerá estável no osso por toda vida e em uma pequena porcentagem dos casos, o
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
Departamento de Odontologia – CCS/UFRN
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
90
implante poderá ser perdido. As cirurgias para colocação de implantes osseointegrados
podem causar dor, inchaço, área arroxeada e eventualmente ocasionar infecção, entretanto
todas essas situações podem ser controladas com uso de remédios e cuidados locais.
Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: será reabilitado com
dentaduras superior e inferior confeccionadas de acordo como padrão estabelecido pela
disciplina de prótese da UFRN e possuirá um acompanhamento para verificação da
adaptação e controle das dentaduras.
Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em
nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados
será feita de forma a não identificar os voluntários.
Se você tiver algum gasto comprovado por meio de documentos que seja devido à
sua única e exclusiva participação na presente pesquisa em que tenha se deslocado até o
local de desenvolvimento da mesma e não tiver atendimento, você será ressarcido, caso
solicite.
Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente
desta pesquisa, você terá direito a indenização conforme previsto em lei.
Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito
desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Doutora Adriana da Fonte no endereço:
Departamento de Odontologia da UFRN – Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000,
Lagoa Nova – Natal/RN.
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de
Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL) no endereço:
Avenida Nilo Peçanha 620, Petrópolis, Natal-RN, CEP 59012-300. Natal/RN ou pelo
telefone (84)3342 5003.
Consentimento Livre e Esclarecido
Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e
benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa “Avaliação clínica e
radiográfica da sobrevida dos implantes, condições dos tecidos periimplantares e de condições
associadas à efetividade do tratamento em pacientes reabilitados com prótese total fixa
mandibular”. PERFORMANCE MASTIGATÓRIA, E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
91
QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE
IMPLANTOSSUPORTADA.
Autorizo a publicação do referido trabalho, de forma escrita, fotografias e resultados
de exames. Concedo também o direito de retenção e uso para fins de ensino e divulgação
em jornais e/ou revistas científicas do país e do estrangeiro, desde que mantido o sigilo
sobre minha identidade. Autorizo a Faculdade de odontologia – UFRN, por intermédio de
seus alunos e profissionais devidamente assistidos e orientados por seus professores, a
executarem o tratamento odontológico, de acordo com o planejamento proposto, qual me
foi explicado, compreendi e foi, por mim, aprovado. Estou ciente que nada tenho a exigir a
título de indenização pela minha participação na pesquisa, que deverá ser livre e
espontânea. Natal, ___ de____________ de _______ Participante da
pesquisa:
Nome:___________________________________________________
Assinatura:_______________________________________________
Pesquisador responsável: Doutora Adriana da Fonte Porto Carreiro
Departamento de Odontologia da UFRN - Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000, Lagoa Nova – RN, telefone
(84) 3215-4104. Assinatura:
Comitê de ética e Pesquisa da UFRN. UFRN-Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova.
Caixa Postal 1666, CEP 59072-970 Natal/RN telefone (84) 3215-3135.
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
92
APÊNDICE B
TERMO DE CIÊNCIA E RESPONSABILIDADE
1 – A assiduidade e pontualidade do paciente são fundamentais para a conclusão do
tratamento. Assim sendo:
1.1 – Em caso de problemas de qualquer ordem que impeçam o comparecimento à
sessão clínica, avisar com antecedência de 24 horas ao aluno para que o mesmo possa
atender outro paciente.
1.2 - A falta sem justificativa, implicará no desligamento do paciente do sistema de
atendimento da
clínica.
1.3 – A tolerância máxima permitida, em relação ao horário de atendimento, é de 15
(quinze minutos).
2 – Os casos clínicos de interesse didático poderão ser registrados, inclusive com
fotografia, resguardando a identidade do paciente.
3 – Em caso de acidente pérfuro-cortante, comprometo-me a seguir todas as normas de
prevenção de contágios, permitindo a realização de exames laboratoriais que se fizerem
necessários.
4 – O projeto também tem a finalidade de ensino e pesquisa e apresenta grande demanda
de pacientes. Por isso, o serviço é lento e é necessário que tenha paciência para aguardar a
sua vez. Além disso, a reabilitação com implantes é um tratamento de alta complexidade e
que envolve cirurgia e prótese, o que torna o tratamento mais complexo e lento.
5 – Os pagamentos referentes aos tratamentos com implantes executados no
Departamento de Odontologia da UFRN são relativos a compra de implantes, componentes
protéticos e aos trabalhos executados por técnicos em prótese dentária em laboratórios
particulares, sendo esse o motivo do pagamento. O tratamento odontológico executado na
UFRN não tem custo nenhum para o paciente. Os pagamentos dos implantes e
componentes protéticos deverão ser realizados diretamente nas empresas e dos trabalhos
laboratoriais direto nos laboratórios.
6 – Em reabilitação sobre implantes existe sempre a possibilidade do implante não
osseointegrar ou de precisar substituir algum componente da prótese. Se houver a
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
93
necessidade de alguma repetição no processo ou até mesmo a repetição de todo o trabalho
terei que arcar novamente com os custos.
– Estando consciente de que serei atendido por profissionais/alunos deste curso e que,
após esclarecido sobre o tratamento a ser realizado e dos riscos relativos ao mesmo,
aceito o que me for indicado, responsabilizando-me pelo que possa ocorrer durante o
referido tratamento.
Natal/RN, ___ / ___ / ____
____________________________________
Paciente ou responsável
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
94
APÊNDICE C
PESQUISA: Avaliação clínica e radiográfica da sobrevida dos implantes, condições dos
tecidos periimplantares e de condições associadas à efetividade do tratamento em
pacientes reabilitados com prótese total fixa mandibular PERFORMANCE
MASTIGATÓRIA E IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA
EM PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESE FIXA
IMPLANTOSSUPORTADA
ALUNO(S): ______________________________________________________________
EXAME INICIAL: ___/___/___ TRATAMENTO C ONCLUÍDO: ___/___/___
NOME IDADE
DATA DE NASCIMENTO SEXO PROFISSÃO
ENDEREÇO RESIDENCIAL FONE RESIDENCIAL
ENDEREÇO DO TRABALHO FONE TRABALHO
CELULAR CART. IDENTIDADE C.P.F.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
Departamento de Odontologia – CCS/UFRN
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
95
GRUPO DE
TRATAMENTO
Grupo 1 ( )
Grupo 2 ( )
GRAU DE
ESCOLARIDADE
( ) Analfabeto
( ) Ensino fundamental I
( ) Ensino fundamental II
( ) Ensino Médio( ) Ensino
Superior
( ) NÃO SABE
( ) SEM RESPOSTA
COR
( ) Branco
( ) Pardo
( ) Negro
( ) Índegena
( ) NÃO SABE
( ) SEM RESPOSTA
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
96
ANAMNESE
QUEIXA PRINCIPAL:
1 – Já teve epilepsia? SIM ( ) NÃO( )
2 – Sofre de Parkinson? SIM ( ) NÃO ( )
3 – No momento se encontra sobre algum tratamento médico de qualquer natureza? SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, por qual motivo?______________________________________________________
4 – Está tomando alguma medicação no momento? SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, qual?_______________________________________________________________
5 – Já sofreu de alguma doença grave? SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, qual? ______________________________________________________________
6 – Já foi operado (a) alguma vez? SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, de que foi operado? Qual tipo de anestesia usada? Teve alguma reação à
anestesia?___________________________________________________________________________
7 – Já foi prevenido por algum médico de ser portador de doença cardíaca?
SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, qual doença? Ela se encontra controlada?
___________________________________________________________________________________
8 – Sente o coração bater muito rapidamente (palpitações)?
SIM ( ) NÃO ( )
9 – Costuma ter pernas, pés e olhos inchados?
SIM ( ) NÃO ( )
10 – Sente falta de ar?
SIM ( ) NÃO ( )
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
97
11 – Já fez algum exame para verificação de sífilis?
SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, qual o resultado? POSITIVO ( ) NEGATIVO ( )
12 – Está grávida no momento? SIM ( ) NÃO ( )
13 – Existe algum caso de diabetes, tuberculose e câncer na família? SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, qual doença e grau de parentesco?________________________________________
14 – É alérgico a alguma medicação? SIM ( ) NÃO ( )
Qual?________________________________________________________________________________
15 – Já tomou anestesia local para tratar ou extrair dentes?
SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, sentiu alguma reação à anestesia?
SIM ( ) NÃO ( )
16 – Já tomou radioterapia? SIM ( ) NÃO ( )
17 – Já sofreu ou sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( )
18 – Alguém na família sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( )
19 - Possui algum hábito nocivo? ? SIM ( NÃO ( )
Qual?_________________________________________________________________________________
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
98
Consumo de álcool ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR
Quantidade ( ) NS ( ) NR
Há quanto tempo? ( ) NS ( ) NR
Tipo ( ) Cerveja ( ) Vinho ( ) Destilada ( ) Mais de uma opção
Frequência
( ) Diariamente ( ) Pelo menos uma vez por semana
( ) Nunca
( ) Duas ou três vezes na semana
( ) Mais de três vezes na semana
( ) Ex – alcoolista
Tabagismo, se SIM, qual(is)? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR
( ) Cigarro
( ) Fumo de rolo
( ) Cachimbo
( ) Mascar fumo
( ) Charuto
( ) Outros: ___________
Frequência
( ) Pelo menos 1 vez/ dia
( ) 2 a 3 vezes/ dia
( ) 4 a 10 vezes/ dia
( ) 11 a 20 vezes/ dia
( ) > de 20 vezes/ dia
Ex-fumante ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR
Quanto tempo deixou de fumar?
20 – Você tem algum outro problema de saúde que julgue importante dizer? SIM( ) NÃO ( ) Em caso
afirmativo, qual problema?______________________________________________________________
Declaro que o respondido acima é verdadeiro.
Natal, _____ de _________________ de 20___
______________________________________
Assinatura do paciente ou responsável
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
99
HISTÓRIA DENTÁRIA
1 – Há quanto tempo perdeu os dentes?
Maxila:____________ Mandíbula: ____________
2 – Quantas e quais próteses já usou?
Maxila: ___________ Mandíbula:_____________
3 – As próteses eram feitas por dentista? SIM ( ) NÃO ( )
4 – Reação às próteses: FAVORÁVEL ( ) DESFAVORÁVEL ( )
5 – Grau de Higiene das próteses atuais: BOM ( ) MÉDIO ( ) RUIM ( )
6 – A(s) prótese(s) possui(em): RETENÇÃO ( ) ESTABILIDADE ( )
7 – Como limpa a(s) prótese(s)? ______________________________________________________
8 – Como limpa a boca? ____________________________________________________________
9 – Dorme com a(s) prótese(s)? SIM ( ) NÃO ( )
10 – Motivo para o tratamento: FUNCIONAL ( ) ESTÉTICO ( )
11 Condição Psicológica segundo FOX:
RECEPTIVO ( ) CÉPTICO ( ) INDIFERENTE ( ) HISTÉRICO ( )
Articulações têmporo-mandibulares:
a) Ruídos articulares: AUSENTE ( ) ESTALIDO ( ) CREPTAÇÃO ( )
b) Movimentos mandibulares : NORMAIS ( ) ALTERADOS ( )
c) Sintomas relacionados aos músculos do sistema estomatognático:
FADIGA ( ) DOR À PALPAÇÃO ( ) DOR-FUNÇÕES ( ) CEFALÉIA ( )
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
100
1 – Classificação de perfil mole:
CONVEXO ( ) CÔNCAVO ( )
2 – Perfil do terço inferior da face:
NORMAL ( ) PROGNÁTICO ( ) RETROGNÁTICO ( )
3 – Forma do Rosto:
OVÓIDE ( ) RETANGULAR ( ) TRIANGULAR ( )
4 – Oclusão:
a) Alteração da Dimensão vertical: SIM ( ) NÃO ( )
Em caso afirmativo, de quanto? ____________________________________________________________
b) Alteração das curvas oclusais: SIM ( ) NÃO ( )
Espaço funcional livre: _____
Prótese utilizada pelo paciente: ( ) Superior ( ) Inferior
Data da instalação:__________
( ) Realizada na Faculdade de Odontologia UFRN
( ) Realizada por CD
( ) Realizada por TPD
( ) Ausência de próteses
Qualidade da prótese utilizada:
( ) Não apresenta-se deficiente
Deficiência: ( ) estética ( ) funcional
EXAME FÍSICO EXTRA BUCAL
EXAME FÍSICO INTRA BUCAL
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
101
Rebordo alveolar:
Altura Conformação do rebordo
Maxila Mandíbula Maxila Mandíbula
Baixo
Médio
Alto
Baixo
Médio
Alto
Forma de U
Forma de V
Laminar
Forma de U
Forma de V
Laminar
Fribromucosa: ( ) Normal ( ) Patológica___________________________
Consistência:
MAXILA
Flácida Resiliente Rígida Mista
MANDÍBULA:
Flácida Resiliente Rígida Mista
Necessita nova prótese
SIM ( ) NÃO ( )
PRÓTESE TOTAL
Data de início: ____/____/____ Data da instalação: ____/____/____
Dentes de Acrílico:
Modelo:_______________ Tipo:____________ Marca:_________________ Cor: _______
Laboratório:______________________________ ____/____/____
Declaro que concordei com a cor escolhida para os dentes artificiais, bem como que estou de acordo com a
estética das futuras próteses vista na fase da prova dos dentes em cera.
________________________________________________________________________________
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
102
Cor da gengiva (escala STG): ___________________________
1o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________
2o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________
Termo de ciência:
Declaro ter recebido as próteses devidamente planejadas para minha situação clínica, e que recebi orientações
sobre como higienizá-las e conservá-las. Declaro ainda que fui esclarecido(a) das limitações do resultado do
meu tratamento.
Assinatura: ____________________________
1. Paciente encaminhado para tratamento prévio a instalação dos implantes Qual?
__________________________________________________________________
2. Paciente encaminhado para exames complementares:
Radiografia panorâmica Tomografia computadorizada
Tomografia linear Hemograma completo
Fosfatase alcalina Outros:___________________________
3. Paciente encaminhado para avaliação médica
OBS.:_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
PLANEJAMENTO
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
103
4. Seleção dos implantes
Hexágono externo _____________________ Cone Morse _____________________
Diâmetro: __________________________ Comprimento: __________________________
Componentes protéticos:
________________________________________________________________________
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
104
FASE CIRÚRGICA
Etiquetas dos implantes :
Observações:___________________________________________________________________________________
Carga Imediata: ( ) sim ( ) não
Travamento do Implante 1:__________________________
Travamento do Implante 2:__________________________
Travamento do Implante 3:__________________________
Travamento do Implante 4:__________________________
Travamento do Implante 5:__________________________
Medicação pré-operatória: Sim Não
Qual?________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Medicação pós-operatória: Sim Não
Qual?________________________________________________________________________________________
Complicações trans-operatórias Qualidade óssea
Lesão do canal mandibular
Nenhuma
Outras ________________
D1 D2 D3 D4
Complicações pós-operatórias
Nenhuma
Infecção primária da ferida
Infecção secundária da ferida
Perfuração da mucosa
Outras________________
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
105
FASE PROTÉTICA
Prótese Definitiva: _______ Tempo de uso das próteses totais: _______ Componentes de moldagem: _______
Intermediários: Tipo: ______________ Altura: _____________ Posição: ______________
Tipo: ______________ Altura: _____________ Posição: ______________
Componentes utilizados:
Cilindros: __________________________________________________________________________________
Parafusos: ______________________________________________________________________________
Tempo após a cirurgia da instalação da Prótese sobre implantes: ____________________________________
Confecção da barra metálica:________________________________________________________________
Necessitou seccionar a barra? : Não Sim
Em caso de resposta positiva, quantas vezes?____________________________________________________
Dentes de Acrílico:
Modelo:_______________ Tipo: _______________ Marca: _______________ Cor: _______________
Laboratório:_____________________________________________________________________________
Declaro que concordei com a cor escolhida para os dentes artificiais, bem como que estou de acordo com a estética
das futuras próteses vista na fase da prova dos dentes em cera.
____________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Cor da gengiva (escala STG): ___________________________
Termo de ciência:
Declaro ter recebido as próteses devidamente planejadas para minha situação clínica, e que recebi orientações
sobre como higienizá-las e conservá-las. Declaro ainda que fui esclarecido(a) das limitações do resultado do meu
tratamento.
Assinatura: ____________________________
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
106
AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM A CONDIÇÃO ANTIGA – ANTES DE FAZER PRÓTESES TOTAIS NOVAS
Possui Dentes remanescentes? ( ) Sim ( ) Não Quais?______________________
Usa Prótese superior? ( ) Sim ( ) Não
A prótese superior é: ( ) Total ( ) Parcial removível
Usa Prótese inferior? ( ) Sim ( ) Não
A prótese inferior é: ( ) Total ( ) Parcial removível
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
107
T0
AVALIAÇÃO INICIAL – ANTES DA REABILITAÇÃO COM PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA
DATA VALOR
5.6
4.0
2.8
2.0
1.4
1.0
710
500
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
108
DATA: ____/_____/______ VALOR
5.6
4.0
2.8
2.0
1.4
1.0
710
500
AVALIAÇÃO 3 MESES DEPOIS DA REABILITAÇÃO COM PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA
T 1
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
109
PROCEDIMENTOS CLÍNICOS
DATA PROCEDIMENTO PROFESSOR PACIENTE
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
110
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
111
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
112
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
113
T0
ANTES DA REABILITAÇÃO IMPLANTOSSUPORTADA – Com PTCs Novas
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA
DATA VALOR
5.6
4.0
2.8
2.0
1.4
1.0
710
500
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
114
DATA: ____/_____/______ VALOR
5.6
4.0
2.8
2.0
1.4
1.0
710
500
3 MESES DEPOIS DA REABILITAÇÃO COM PRÓTESES FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS
PERFORMANCE MASTIGATÓRIA
T 1
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
115
AVALIAÇÃO DA PERDA ÓSSEA MARGINAL
Carga imediata: ( ) Sim ( ) Não
Fazer radiografias periapicais nos implantes
*Os implantes são numerados de em sequência numérica de 1 a 4 sendo o primeiro implante
localizado no terceiro quadrante da mandíbula.
Os quesitos da tabela abaixo devem ser respondidos com as respostas: presente ou ausente.
Implante Mobilidade Radiolucidez
periimplantar
Dor Infecção
1
2
3
4
5
Após exame clínico e radiográfico do paciente existe neuropatias, parestesia ou violação do
canal mandibular? ( )Sim ( )Não
Análise do nível ósseo marginal ao redor dos implantes
Implante Distância, em milímetros, da plataforma do implante a crista óssea
marginal
Lado direito DO IMPLANTE Lado esquerdo DO IMPLANTE
1
2
3
4
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
116
EXTENSÃO DO CANTILÉVER
Medição, em milímetros (mm), com compasso de pontas secas, pela superfície basal da
prótese, da distância que corresponde à face distal do espaço que acomoda o ultimo
implante até o final do cantiléver (Figura 1).
Figura 1 – Aferição da extensão dos cantiléver direito e esquerdo na prótese fixa implantossuportada inferior
Comprimento, em milímetros.
Lado direito Lado esquerdo
Cantiléver
1. Perda óssea na região posterior (radiografia panorâmica)
Implante Medidas verticais (mm) obtidas em três distâncias pré-definidas a partir
do centro do último implante de cada lado
Lado direito Lado esquerdo
Medida em 5 mm
Medida em 10 mm
Medida em 15 mm
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
117
PRESENÇA DE CÁLCULO DA BASE DA PRÓTESE
SIM ( ) NÃO ( )
( ) Quantidade ABUNDANTE ( ) Quantidade MODERADA ( ) Quantidade REDUZIDA
PRESENÇA DE CÁLCULO DA BARRA (PARA SOBREDENTADURAS)
SIM ( ) NÃO ( )
( ) Quantidade ABUNDANTE ( ) Quantidade MODERADA ( ) Quantidade REDUZIDA
Presença de Biofilme
0 – Biofilme não detectado. 1 – Biofilme detectado em toda superfície lisa marginal do implante. 2 – Biofilme pode ser visto a olho nu. 3 – Abundante quantidade de biofilme.
No implante
implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice
1 V L M D
2 V L M D
3 V L M D
4 V L M D
5 V L M D
No minipilar
implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice
1 V L M D
2 V L M D
3 V L M D
4 V L M D
5 V L M D
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
118
Índice de Sangramento
0 – Sem sangramento quando se usa uma sonda periodontal. 1 – Sangramento isolado local visível. 2– Linha vermelha do fluxo de sangue em conjunto ao longo da margem da mucosa, luxuosas.
3 – Hemorragia intensa.
implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice
1 V L M D
2 V L M D
3 V L M D
4 V L M D
5 V L M D
Grau de inflamação periimplantar
0 – Mucosa periimplantar normal. 1 – Inflamação leve, ligeira alteração de cor, edema leve. 2 – Inflamação moderada, vermelhidão, edema. 3 – Inflamação severa, vermelhidão acentuada, edema, ulceração.
implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice
1 V L M D
2 V L M D
3 V L M D
4 V L M D
5 V L M D
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
119
Faixa de mucosa ceratinizada (mm)
implante Face= índice Face= índice
1 V L
2 V L
3 V L
4 V L
5 V L
Nível da margem da mucosa (mm)
*distância entre a mucosa periimplantar e a cinta do minipilar. Valores positivos – a margem
coronal ao mini pilar; Valores negativos - a margem apical ao mini pilar.
implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice
1 V L M D
2 V L M D
3 V L M D
4 V L M D
5 V L M D
Profundidade do sulco periimplantar
implante Face= índice Face= índice Face= índice Face= índice
1 V L M D
2 V L M D
3 V L M D
4 V L M D
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
120
5 V L M D
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS
NOME IDADE
DATA DE NASCIMENTO SEXO PROFISSÃO
CELULAR
Grupo: ( ) Sobredentadura ( ) Total fixa
Data: ___/___/______ Tipo de
Complicação:
Aluno: __________________________
PRÓTESE
MINIPILAR
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
121
IMPLANTE
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
122
ANEXOS
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
123
ANEXO A
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
124
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
125
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
126
ANEXO B
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS PRÓTESES NA QUALIDADE DE VIDA DOS
USUÁRIOS
OHIP – EDENT simplificado
LIMITAÇÃO FUNCIONAL
1. Você sentiu dificuldade para mastigar algum alimento devido a problemas com seus
dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
2. Você percebeu que seus dentes ou dentaduras retinham alimento? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
3.Você sentiu que suas dentaduras não estavam corretamente assentadas?
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DOR FÍSICA
4. Você sentiu sua boca dolorida? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
5. Você sentiu desconforto ao comer devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 6. Você teve pontos
doloridos na boca? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
7. Suas dentaduras estavam desconfortáveis?
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DESCONFORTO PSICOLÓGICO
8. Você se sentiu preocupado(a) devido a problemas dentários? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
9. Você se sentiu constrangido por causa de seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
Performance mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes reabilitados com prótese fixa
implantossuportada com carga imediata
127
DISFUNÇÃO FÍSICA
10. Você teve que evitar comer alguma coisa devido a problemas com seus dentes, boca
ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
11. Você se sentiu impossibilitado(a) de comer com suas dentaduras devido a problemas
com elas? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
12. Você teve que interromper suas refeições devido a problemas com seus dentes, boca
ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DISFUNÇÃO PSICOLÓGICA
13. Você se sentiu perturbado(a) com problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
14. Você esteve em alguma situação embaraçosa devido a problemas com seus dentes,
boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DISFUNÇÃO SOCIAL
15. Você evitou sair de casa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
16. Você foi menos tolerante com seu cônjuge ou família devido a problemas com seus
dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
17. Você esteve um pouco irritado(a) com outras pessoas devido a problemas com seus
dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
INCAPACIDADE
18. Você foi incapaz de aproveitar totalmente a companhia de outras pessoas devido a
problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
19. Você sentiu que a vida em geral foi menos satisfatória devido a problemas com seus
dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre