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Maria Kathiê:

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Maria Kathiê:

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Indice:

0: sinopse

1: Tudo pra ser perfeito

2: Surpresa indesejada

3: Amor uma palavra, uma ilusão.

4: inferno aqui estou eu

5: o mundo é bem pior do que eu imaginava

6: Salve-me

7: o que?

8: foda-se todos

9: Desconfiança

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10: Mãe

11: Duvidas

12: Descoberta

13: Falha

14: A vingança

15: Um final quase feliz

16: Biografia

17: Dedicatoria

18: Agradescimento

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Sinopse:Sinopse:Maria Kathiê era uma garota muito bonita e enteligente, senpre tirou

boas notas na escola e mora com sua mãe na capital do Parana, seus

pais são disvorciados e ela senpre foi muito mimada, tinha tudo o que

queria apesar de seu pai Brayler ser um homem muito ocupado e

quase nunca ir visita-la, Kathiê não se enportava, ela era do tipo de

garota que só pensava em si e na sua luxuria, Apesar de ser tão

mesquinha Kathiê decende de uma familia pobre. Tão pobre que

morava na fazenda, onde sua avó continua. Uma velha desgostosa

pela familia. Apos conflito com sua mãe Kathiê é obrigada a viver um

período com sua avó e depois desses dias o Passado macabro de sua

familia vem à tona ferindo muitas pessoas enclusivel a propria Kathiê

que vai se vê sozinha.

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1°-1°- TudoTudo prapra serser perfeitoperfeito

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Acordei bem cedo, vou ao shopping com a Natalia, minha irmã por

parte de pai, que pelo horário já está me esperando. São sete horas e

na minha casa todos dormem. Sou alta, um metro e sinquenta e cinco,

cabelos longo ruivo e ondulado, tenho olhos verdes. É assim que eu

sou, Kathiê, uma garota determinada que sabe o que quer, e luta até o

fim para alcançar seus objetivos. Tenho 16 anos e moro no Paraná,

hoje é aniversario da minha mãe e eu e a Nathalia vamos comprar um

presente pra ela.

Sou de uma família de classe alta e isso me permite fazer muitas

coisas que muitos pobrinho não podem. Hum... Estou atrasada.

Cheguei ao shopping e a Nathalia já me esperava:

- Que demora hein?

- Oi! Desculpa pela demora! Vamos logo comprar esse presente tenho

SPA marcado para daqui a três horas.

- Calma maninha, é o presente da sua mãe, lembra-se disso?

- ok, mas é bom adiantarmos.

Ficamos mais ou menos duais horas no shopping, e compramos um

lindo vestido azul de seda para minha mãe. Logo em seguida minha

irmã foi embora, pois mora com o meu pai no Rio de Janeiro. Eu fui

para casa me arrumar pra o SPA.

Ao chegar em casa, pude ver de longe meu primo, um caipira feio e

fedido, falando e rindo igual a um porco, com roupas que pareciam

trapos de mendigos, ele saltou de onde estava e veiu correndo em

minha direção quando me viu.

- Plima! Há quanto tempo que não a vejo sô!

Com uma voz desanimada respondi.

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- oi Bernardo.

Chegando mas perto, olhei pra minha mãe na porta e perguntei.

- Ah... Mãe, o que o Bernardo esta fazendo na nossa casa? Posso

saber?

- Filha seja mais educada, seu primo veio de longe para ver a gente!

- Longe nada, veio foi da roça, e aposto que veio só porque ficou

sabendo que ia ter festa e queria comer comida boa, pelo menos uma

vez na vida.

- Kathiê sabe que não é assim, eu mesma convidei ele, o coitado fica

enfurnado na roça todos os dias.

- Melhor ainda deveria deixa - lo no hábitat natural dele. E não traze -

lo pra cá

- CALE JÁ A BOCA, MARIA ANTES QUE EU A CALE COM MINHA

MÃO.

Minha mãe falou gritando comigo, como se eu tivesse falando alguma

mentira.

- Calma mãe, não precisa gritar!

- Ê plima tenho uma novidade danada de bom para ti sô!

Disse meu primo, se intrometendo na minha conversa “particular” com

a minha mãe.

- Ó Bernardo, por que não vai tomar um banho? Depois você me conta

a novidade?

- Tá.

Meu primo subiu para tomar um banho e eu fiquei conversando com a

minha mãe:

- Filha, pare de ofender seu primo desse jeito.

- Mãe você me conhece, e sabe que eu não vou aguentar o Bernardo

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aqui por muito tempo.

- Vai ter que aguentar, pois o Bernardo vai passar o final de semana

aqui.

- M...

- E fim de conversa!

- Eu sei que a senhora também não gosta dele, só não sei por que

aceita-lo aqui se nem primo de verdade ele é meu. Por que em mãe?

Eu vejo no seu olhar que você detesta esse leitão tanto quanto eu.

- De onde é que você tirou que eu não gosto do Bernardo hein? Eu

amo ele!

- Claro que não o ama, eu te conheço mãe! Você fala com ele como

se estivesse sendo obrigada a fazer isso.

- Não Katie, não velha arranjar pretextos para eu mandar seu primo ir

embora.

- Ai meu Deus o que eu fiz pra merecer isso em? Vou tomar um banho

e depois vou sair

- Vai para onde mocinha?

- Pra casa da Beatriz, minha amiga de sala.

- Vai fazer o que lá?

- I mãe que saco, tudo você quer saber!

- Hãn?

- Vou me encontrar com a Natalia e a Beatriz depois vamos para praia.

- E onde você estava?

- No shopping.

- Fazendo o quê?

- Não é da sua conta mãe, pó!

- O que garota?

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- Desculpa mãe, é que você fica me interrogando e eu fico estressada.

Minha mãe olhou pra mim de uma forma que eu preferi dar outra

desculpa:

- É TPM mãe. Coisa de adolescente conhece?

- claro né não sou tão velha assim, vou desculpar só porque é TPM,

agora vá tomar banho.

Subi furiosa para meu quarto, lá era o único lugar que eu me sentia

calma, de qualquer coisa até do meu...

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Isso foi só o que conseguiu fazer, quando entrei e vi, o meu quarto

todo sujo, cheio de roupas pelo chão, galos passeando por lá e um

monte de sacolas plásticas lascadas.

Minha mãe logo subiu para saber o motivo da minha gritaria

- Kathiê qual é o motivo do grito? Quer que toda vizinhança escute é?

- Mãe o que essas sacolas fedidas, e esses galos nojentos estão

fazendo aqui?

- Ah, esse foi o motivo do grito?

- Motivo do grito? Qual é mãe, quer me castigar é?

- Querida essas são as coisas do seu primo...

- E essas galinhas? Ele quis trazer o galinheiro inteiro para dentro do

meu quarto foi?

- Pare de drama Kathiê, só tem um Galo aqui, e ele é o melhor amigo

do seu primo!

- Então faz um favor? Pede pra meu primo esse galo dele e essas

sacolas que ele chama de mala explodir!

- Kathiê, é bom se acostumar, e como eu já disse ele vai passar o final

de semana aqui com a gente e espero que você seja boazinha com

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ele, ou se não...

- Ou se não o que? Está me ameaçando é mãe?

- Experimenta me desafiar para ver!

Logo depois dessa frase assustadora minha mãe saiu do meu quarto

me deixando muito frustrada, porém não fiquei ali parada por muito

tempo, pois como todos sabem eu preciso tomar um banho ou me

atrasaria. Quando me aproximei do banheiro pude sentir um fedor

terrível e me afastando gritei:

- BERNADO O QUE ESTA FAZENDO NO MEU BANHEIRO?

- Eu estava tomando um banho!

- JÁ ACABOU? JÁ ESTA SAINDO? NÃO O MOLHE, EU ODEIO

BANHEIRO MOLHADO E NÃO ENTRE NA MINHA BANHEIRA, ELA

FOI UM PRESENTE!

- Já tomei um banho danado de bom, em uma bacia, caso de quer era

mio que aquele troço que cospe água, agora estou batendo um cagão.

- Eca garoto tenha ética! Deixa de ser nojento e no meu banheiro não

tem bacia, só a minha... BANHEIRA.

Sem pensar invadi o banheiro e vi duais coisas horríveis:

1°- Minha banheira estava quebrada e jorrava água

2°- Além do fedor de matar, meu primo estava pelado, tipo nu sem

nada, e eu acabei apagando ali mesmo.

O tempo passou.

Quando acordei estava deitada em minha cama, minha mãe do meu

lado chamava pelo meu nome, e meu primo por incrível que pareça

também estava lá chamando pelo meu nome.

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- Filha que bom que você acordou, já estava quase chamando um

médico.

- Eu não acho o mesmo.

Respondi com raiva.

- Por que essa revolta meu amor? Pra quê?

- Pelos menos enquanto estava desacordada podia esquecer o inferno

que esta sendo meu dia.

Bernardo se sentindo culpado e é claro que ele era culpado.

- Descumpre ô plima não era de minhas intenções li deixarem brava

desse jeito.

- TÁ. Tá Bernardo, para de falar, é o melhor que você pode fazer

agora!

- Mãe vou tomar banho em seu banheiro, eu preciso sair como te

disse, e já! Devo está atrasada, e espero que quando eu volta a minha

banheira já esteja do jeito que ela era antes de ser quebrada por esse

jumento.

- Filha já mandei para de maltratar seu primo e não vou repetir.

Saí do meu quarto ainda meio tonta pelo desmaio. Entrei no banheiro

de minha mãe, tomei um belo banho, passei bastante perfume,

coloquei o meu mais lindo biquíni, cor de rosa choque com pedrinhas

de diamantes que minha mãe me deu em Londres no ano passado e

seria a primeira vez que eu o usaria. Escovei bem os meus dentes e

fiquei linda, leve e cheirosa. Saí do banheiro com um largo sorriso que

logo desapareceu, adivinha o que eu vi? É isso ai, meu primo com

uma sunga vermelha tão mais tão apertada que ele mal se mexia.

- Mãe o que ele quer com essa mini sunga?

- Filha o Bernardo vai para praia com você!

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- Han? Claro que não!

- Eu não estou pedindo Kathiê, estou mandando e você ainda tem que

me obedecer, esqueceu mocinha?

- Mas mãe...

- Sem mais nem menos.

- Quem te disse que vou pra praia?

- Enquanto você tomava banho peguei o seu celular e liguei para sua

irmã que logo disse que você ia para praia sozinha. Que feio Kathiê

mentindo para sua própria mãe filha!

- I mãe não deveria esta xeretando a minha vida sabia disso?

- Ta mais agora já é tarde, você já mentiu eu já invadi seu celular

agora leva seu primo pra praia.

- Droga!

-O que você disse Maria Kathiê?

Agora minha mãe estava muito brava comigo, pois só me chamava

assim quando estava a ponto de me bater, e muito.

- Nada mãe.

- Foi o que pensei. Agora leve seu primo para passear.

Tive que levar o Bernardo para praia comigo, como a praia era a

seis quadras de minha casa decidi pegar um taxi.

- Ô PLIMA VAMOS TER QUE ENTRAR NESSE TROÇO ANDANTE

É?

Berrou meu primo minutos antes de entrarmos no taxi

- Shiii quer que todo mundo da rua note sua “gentil” presença ao meu

lado é criatura?

Finalmente entramos no taxi, demorou um pouco e eu com minha

burrice decidi tentar fazer um acordo com meu primo.

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- Bernardo será que posso fazer um acordo com você?

- Claro plima!

- Quando sairmos desse carro, irei te tratar bem, não que você

mereça, mas em troca você vai ficar sentado na areia, sem falar com

ninguém, e sem me olhar, não poderá falar comigo, hora nenhuma, e

se eu precisar de você eu vou até onde você estiver, e ninguém pode

saber desse nosso trato, ta principalmente minha mãe.

- Ok plima faço tudo pra não te aborrecer, gosto de ver ocê de dente

amostrando.

Nossa ele parecia um analfabeto, nem da pra acreditar que aquela

criatura estudava.

- Hu rum, faça o que pedir, que você só vai-me ver sorrindo.

Demorou bem pouco para chegar até a praia mais badalada da

cidade. Desci do taxi, e me afastei, retirei minha havaiana e logo cair

na água com os cabelos ao vento, a água estava uma delícia e

aproveitei que a praia estava cheia para tirar onda com meu lindo

biquíni, que muita gente ficou olhando morrendo de inveja, demorei

um bom tempo até que decidi sair da água, queria dar uma volta na

areia para ver se encontrava alguma menina da minha sala. Vocês

não vão acreditar quem eu encontrei! O Fred o menino mais lindo da

escola, e meu quase namorado, (ele ainda não sabia desse detalhe,

mas irei contar bem em breve quando ele se der conta de que sou eu

a menina dos sonhos dele). O sonho de toda menina é um dia beijar

aquela boca extremamente carnuda dele, e olhar aqueles olhos verdes

mel e escutar aquela voz linda no ouvido bem baixinho. Tomei

coragem e, passei as mãos em meus cabelos e fui em direção a ele,

pronta pra me declarar e dar um grande beijo roubado na boca dele.

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Quando cheguei mais perto, ele olhou para mim, sem consegui

controlar a minha felicidade abrir um lindo sorriso e foi ai que percebi

uma coisa muito estranha, não era pra mim que o Fred estava olhando

e sim para algo ou alguém que vinha atrás de mim. Virei-me curiosa

para traz para ver o que era ou quem era. Não tive nem tempo para

gritar.

- BLASSST.

O meu primo mais uma vez se mostrou presente, ele veio correndo,

sabe Deus de onde em minha direção com um hot-dog, e sem

consegui frear seus passos, caiu em cima de mim. Melando-me toda,

tipo toda mesmo.

- AAAAAAAAAAA BERNADO.

- Minhas descumpras ô plima não era de minhas intenções fazer isso,

com tu.

- Ai, cala essa boca garoto!

- Deixe que eu te ajude plima.

- Não... Não me deixe em paz, não me toque.

Nesse momento decidi arriscar dei uma olhadinha para ver se muita

gente me observava coisa que era óbvio. Claro todos riam de mim

muitos davam gargalhadas na maior cara dura, principalmente o Fred

que não estava conseguindo nem ficar de pé. Eu nunca me sentir tão

humilhada em toda minha vida. Pensei comigo mesma ainda imóvel

sem sair do lugar “o que será que pode piorar hein?” Nem precisei

perder mais tempo pensando nisso, pois meu primo começou a puxar

minha parte de cima do biquíni para tentar limpar.

Eu comecei a gritar mandando ele me soltar, mas ele parecia estar

surdo e não parava de puxar. Você já sabe onde deve ter dado isso

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não? Isso mesmo, meu primo conseguiu piorar tudo. Ele rasgou a

minha parte de cima do biquíni novo, e eu fiquei morta de vergonha.

As risadas a minha frente agora vinha de todas as direções, e o meu

primo continuava ali repetindo aquelas inúteis desculpas dele.

Eu segurando nos meus seios ainda chorando e olhando para baixo

saí correndo, meu primo foi atrás gritando por meu nome cheguei à

pista soluçando, peguei o primeiro taxi que vi e fui para casa, rezando

para desaparecer dali.

Cheguei em casa e subi direto para o meu quarto sem da ouvidos

para o que minha mãe começou a falar quando entrei. Deitei na minha

cama e comecei a chorar mais ainda com aquelas terríveis

lembranças.

Demorou um pouco e escutei minha mãe entrando no meu quarto:

- Filha o que aconteceu?

- Meu primo pra variar né?

- O que foi que ele fez?

- Ele simplesmente apareceu na minha casa, destruiu a minha vida e o

meu futuro. Matou-me de vergonha na praia cheia, rasgou o meu

biquíni...

- Por isso você está sem parte de cima não é meu bem?

- Claro mãe, ou a senhora acha que eu vim assim por que estava a fim

de tomar ar fresco?

- Calma Kathiê, eu não tenho culpa do desastre que foi o seu dia, e

seu primo errou, eu admito, mas ele se arrependeu e esta lá embaixo

muito pra baixo.

- É bom que ele fique mesmo, pois é o único culpado por tudo de ruim

que esta acontecendo em minha vida.

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- Já chega, não vou ficar aqui ouvindo coisas de adolescente rebelde,

vá tomar banho e se arrume, pois se não sabe daqui a pouco a festa

do meu aniversário vai começar e trate de tratar seu primo muitíssimo

bem, se não vai ter um castigo que não vai gostar nem um pouco.

Esta me ouvindo?

Minha mãe saiu do meu quarto e eu fiquei mais uma vez sozinha

com meus pensamentos que não era nem um pouco agradáveis.

Decidir me arrumar penteei meus cabelos e prendi eles em um coque

com mexas caídas, coloquei meu vestido branco tomarem que caia

coberto por renda, calcei meu salto prata e desci para sala. O

motorista da minha mãe estava lá.

- Boa noite senhorita Kathiê, sua mãe ordenou que eu a levasse para

o local da festa, ela já está lá com o resto da família a sua espera. Ok?

- OK!

Entrei no carro e fui. Ao chegar ao salão de festa entrei e logo vi que

estava lotado. Demorei bastante para achar minha mãe e avistei

também o Fred, me arrependi de ter convidado toda a minha escola

para aquela festa, mas a merda já estava feita e ninguém poderia

concertar.

No meio de tanta gente nem percebi a presença do meu primo bem

ao meu lado. Entreguei o meu presente para minha mãe e fiquei

conversando com a Natalia, o que era raro acontecer, pois como ela

mora com meu pai no rio, agente só se ver na escola às vezes e em

ocasiões como essa festa, já que eu nunca podia ir pra casa do meu

pai, é que ele não gosta de mim.

Tudo ia muito bem, até que chegou a hora dos familiares da

aniversariante falar umas palavrinhas sobre ela, todos foram por isso

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não entendi quando o Bernardo subiu no palco, e pegou o microfone.

Mas logo ficou claro para todos.

- Boas noites ô pessoal, eu só queria da os parabéns para tia de eu

Craudia, caso de que, ela é muito importante para eu, caso de que eu

amo muito ela...

Meu sangue ferveu quando vi aquele caipira falando o nome de

minha mãe errado ali na frente de todos. Subi no palco tomei o

microfone da mão dele e comecei a gritar:

- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO AQUI EM CIMA DO

PALCO SEU CAIPIRA CHUCRO? EU PENSEI QUE ERA PRA OS

FAMILIARES DA ANIVERSÁRIANTE FAZER ISSO, E NÃO

QUALQUER UM! AINDA MAS UM LEITÃO QUE MAL SABE FALAR

DIREITO.

Der repente vi minha mãe mudar de cor, ela começou a falar

aborrecidamente comigo como se eu tivesse feito alguma coisa

errada.

- Maria Kathiê o que pensa que esta fazendo? Quem te ensinou a

humilhar as pessoas desse jeito? Estou muito decepcionada com

você. Desça daí agora e fique sabendo que o Bernardo faz parte da

família sim, agora já pra casa, você não vai ficar mais nessa festa!

Já estava descendo quando minha mãe falou.

- E peça desculpa para o seu primo agora mesmo no microfone.

- Mas mãe...

- Não quero escutar nem mais uma palavra, só as suas desculpas, e

amanhã a gente conversa direito.

Olhei para o meu primo ridículo e falei:

- Des. desculpa Bernardo.

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- Não tem de que ô plima.

Desci do palco de cabeça baixa e saí da festa ainda escutando os

comentários daquele povo fofoqueiro.

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2°-2°- SurpresaSurpresa indesejada:indesejada:

Cheguei em casa e fui direto para cama dormir. No outro dia acordei

com os gritos de minha mãe:

- KATHIÊ, LEVANTE AGORA!

Tentei fingir que não estava escutando, mas não foi possível.

- Olha Katie é bom você levantar

Levantei rapidamente da cama, olhei bem nos olhos dela e falei:

- O que é mãe? Mas que saco eu estou com sono

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- Sono ou não você levantar desta cama agora

- Você adora me ameaçar né? Parece alarme de carro de pobre que

só alarma quando não tem miguem por perto

- Não, você esta certa, não irei mais te ameaçar, irei cumprir! Pode

voltar a dormi Kathiê, se quer ser tratada como uma revoltada é assim

que vai ser tratada a partir de hoje. Tenha um bom sono!

Minha mãe saiu do quarto e eu voltei pra cama, fechei os olhos e

logo voltei para dormir.

Quando eu acordei parecia ser de noite e eu estava em um lugar

muito desconfortável. Minhas costas doíam muito. Levantei tonta e

perguntei-me: “Será que eu estou dormindo ainda ou será que isso é

real”? Esfreguei novamente os olhos, e vi que não era um sonho, eu

estava em um carro.

- Mãe, mãe, cadê você? O que eu estou fazendo aqui?

Um homem que eu desconhecia olhou pra mim e respondeu como se

eu estivesse falando com ele:

- Garota eu sou Fernando, o motorista do seu pai. Ele e sua mãe

mandaram te levar para um passeio, cujo ambos afirmaram que a

senhorita iria adorar. Quando chegarmos lá eu te avisarei, acho que é

bom voltar a dormir.

- olha faça só o teu trabalho eu não perguntei o que você acha ou

deixa de achar, mas tudo bem. Já estamos chegando a meu destino?

- Sim.

Tentei olhar pela janela pra onde estava indo, mas não conseguia

estava muito escuro lá fora. Então achei melhor voltar a dormir.

Acordei novamente depois de horas com os berros de uma pessoa

que eu tinha certeza conhecer, só não queria acreditar. Abri bem

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devagar os olhos e vi, era minha avó. Meu Deus! O que ela estaria

fazendo aqui, na minha casa, no meu passeio? Minha avó tem 65

anos e mora em um interior bem pequenininho na Bahia e eu não a via

fazia uns 12 anos, porque nunca fui visita-la, por vontade propria, que

eu me lembre eu a visitei, quando eu tinha quatro anos, não gosto

dela. E quando ela ia me ver. Eu dava um jeito de sair com minha

irmã, às vezes meu pai me deixava ir pra casa dele, só sei que meu

pai e minha avó se detestam e, mas não sei o motivo. O problema era

minha avó estar no mesmo lugar que eu e na mesma hora.

- Oi vó, como está? Veio me visitar foi? Deveria-te me avisado que

estava vindo, ai eu dava um jeito de ir embora antes.

- Não mia fia, vim te dar boas vindas a minha casa!

Levantei correndo e assustada daquela cama dura, olhei em minha

volta.

- Não, não, isso não pode está acontecendo, só pode ser um

pesadelo... SOCORRO MÃE estou tendo um pesadelo!

Escutei uma zuada vindo da cortina, já que o quarto não possuía

porta. Olhei e vir minha mãe saindo de lá.

- Não querida não é um pesadelo. Isso é pra você aprender obederse

sua mãe, a ser uma boa menina, e honrar o nome que tem Maria

Kathiê Machandale.

O que será que minha mãe queria falar com aquela frase? Como

assim “isso é pra você aprender”? Eu odeio quando minha mãe fica

me lembrando de honrar meu nome afii

- O que mãe? Pode concluir seu raciocínio? Porque eu não tou te

entendendo.

- Claro minha filha, o seu castigo é viver aqui com sua avó...

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- Castigo? Avó? Meu pai não vai permitir uma coisa dessas! Vou ligar

para ele.

- Kathiê seu pai é o que menos se importa com você e eu

sinceramente achei que você já tinha se tocado nisso

Minha mãe tinha razão e eu sabia disso, mas é difícil admitir pra ti

mesma que uma pessoa que você nunca fez nada, não gosta de você.

- Mãe às vezes eu acho que, sei lá eu não seja filha dele.

- Kathiê, filha como pode ter um pensamento desses em? Claro que

ele é seu pai, e te ama.

- que amor é esse, que nunca me deixa ir a casa dele, nunca vem me

ver, manda o dinheiro pelo banco, nunca me liga, não atende meus

telefonemas...

- Para Kathy, seu pai te ama e pronto, ele só é ocupado.

- Por que vocês terminaram em?

Minha avó interrompeu

- Vamos para com essa confusão.

- Não me lembro de ter incluindo você na conversa

Falei pra minha avó já com raiva daquele jeito chato dela ser, virando

pra minha mãe novamente falei.

- Olha mãe, se pensa que vou ficar aqui, esta muito enganada, eu

odeio pobres, ainda mais pobre que se conforma com o pouco que

tem, eu sou Kathiê Chantala e não qualquer outra ai, não vou ficar

aqui e pronto quero ver quem vai me prender aqui. Você perdeu o

juízo foi?

- Eu sinceramente acho que foi você que perdeu ou nunca teve. Mas

agora Kathiê chega você vai mudar, ou não me chamo Cilene

Chantala. E trate de se arrumar, pois vai ajudar sua avó a cuidar da

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casa, e se você não fizer tudo que ela pedir eu estou dando a

permissão dela fazer o que quiser com você. Quero que ti trate como

se você fosse filha dela.

Minha mãe saiu com minha avó do quarto e eu fiquei parada em pé,

tentando entender tudo que tinha acabado de acontecer, não

querendo acreditar em nada. Quando minha mãe foi embora, minha vó

não voltou no quarto pra me chamar.

A noite não demorou a chegar, e lá estava eu dentro daquele quarto.

Milha avó me chamou para tomar café, mas eu não quis, e sendo

assim deitei e tentei dormir.

De manhã acordei bem cedo com os berros de um galo, olhei o

horário no meu celular e ao ver que ainda eram cinco horas da manhã

fiquei furiosa e comecei a gritar.

-VÓ vo...

Minha avó entrou no quarto nada feliz, olhou bem pra minha cara de

sono e disse:

- Kathiê, o que faz ainda deitada? Não sabe que tem que me ajudar a

fazer o café para todos?

- Vó eu não consegui dormir, a noite toda, estou cansada, e esse galo

terrível não para de berrar. E eu não vou ajudar em nada, fique

sabendo que só a minha presença, aqui nesse fim de mundo já é uma

ajuda!

Milha avó se aproximou de mim e disse:

- Olhe aqui garota, eu não sou tua mãe e aqui não é sua casa, então

fique sabendo que quem não ajuda não come. Quem não trabalha não

dorme aqui dentro. Ok?

Eu nem dei importância pra aquela velha xexelenta falando levantei, já

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vermelha de raiva, falei gritando.

- Já que é assim, porque não me deixa ir embora desse inferno que é

sua casa, esse muquifo, esse baú de pobreza.

- Em primeiro lugar, é bom você não se atrever a gritar mais comigo.

Eu não sou como a sua mãe. E outra, se quiser ir embora, pode ir, a

porta da rua é a serventia da casa. Agora se decidir ir embora, depois

não volte com essa cara de burro preguiçoso pra pedir desculpa,

querendo ficar aqui novamente. Esta me ouvindo? Agora, troque de

roupa e venha me ajudar!

Minha avó saiu do quarto com um sorrisinho no rosto que me deu

vontade de pular em cima dela e encher sua cara de murros. Mas se

ela achou que eu iria engolir aquilo tão fácil assim, estava muito

enganada. Agora mais do que nunca, eu quero ferrar com a vida

dessa mulher, pois quem não está comigo, está contra.

Troquei bem devagarzinho de roupa e sair do quarto. Mesmo sendo

de pobre, a casa era bem grande: tinha dois quartos em cima, uma

cozinha, sala e área de lazer em baixo, tentei encontrar o banheiro,

queria tomar um banho, mas não encontrei, então desisti. Fui para a

cozinha ver o que a velha queria que eu fizesse.

- Oi velha, o que quer que eu faça?

- Uma coisa bem simples. Vá ao galinheiro, pegue os ovos, depois

traga e retire o leite da vaca. Qualquer coisa peça ajuda para o

Bernardo seu primo, que estará no galinheiro. Eu estarei no barzinho

da família para servir o café. Quer comer alguma coisa?

- Não, prefiro morrer de fome a comer esse angu.

Já era de mais pra mim ter que pedi ajuda, logo para o Bernardo,

mas não tive muita escolha e tive que chama-lo. Fazer o que ela

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mandou é que eu não ia sujar minhas unhas com aquelas criaturas

terrestres

- BERNADO... BERNADO... CADE VOCÊ?

Aproximei-me do galinheiro e logo o avistei, ele estava fazendo não

sei o que com uma galinha nos braços.

- Bernardo, o que faz aqui? Posso saber? Não sabe que tem que me

ajudar não?

- O plima o que houve? Oce que ajudar pra quê? O que ocê tá

fazendo aqui na roça?

- Vá pegar os ovos que a velha me pediu e depois tire o leite da vaca

porque eu não quero tirar e depois leva tudo para ela. E respondendo

sua ultima pergunta eu estou aqui só por uns dias logo irei pra casa,

enquanto isso não se meta, mas na minha vida.

- Mas plima, a vó não disse pá tu fazer isso não?

- Ê berneado, isso não é da sua conta. Vá fazer logo o que eu mandei

se não eu nunca mais irei falar com você!

- Eu faço plima, eu não quero que ocê pare de falar com eu.

Saí andando, enquanto o meu primo fazia o que eu havia mandado.

Já que eu tinha alguém pra fazer as coisas pra mim, não precisava me

desgastar. Fiquei sentada em um banco que tinha perto do galinheiro,

mandando mensagem para minha irmã.

Na hora de almoçar entrei no bar da minha avó, sentei na cadeira

dura e suja e fiquei olhando pelo canto dos olhos para todos que ali

estavam presentes. Tinha um monte de pobre junto sentado

praticamente uns por cima dos outros uma coisa louca. Minha barriga

roncou levantei e fui em direção à cozinha, antes de entrar.

- Oi você não é a Maria kathiê?

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Olhei para trás com cara de fome,

- Sim sou eu mesma. O que quer?

- Sua vó disse que se precisasse de algo, poderia pedir para você.

Então, me tragar, por favor, um cafezinho com torradas.

Essa mulher estava tirando com minha cara, não era possível!

- Olha aqui minha senhora, se quer algo então levante esse teu

trazeiro nada bonito dai e vá procurar um garçom, pois ele não sou eu.

Entendeu-me?

- Que menina mais mal educada!

- Mal educada nada, pode crer que tenho, mas educação e ética que

você.

Saí de perto dela e fui para a cozinha, minha avó estava sentada

cortando cebolinha e tinha um monte de gente lá dentro fazendo

comida.

- Vó, a comida já está pronta? Estou morrendo de fome!

- Não, espere mais um pouco e enquanto isso vai ver se os fregueses

querem alguma coisa.

- O que você disse? Quer que eu banque a garçonete? É isso

mesmo?

- Sim, é isso. Agora vá logo, recolha os pedidos e traga.

- Eu não!

Sentei em uma das cadeiras que estava desocupada.

- Ah Kathiê, você esta brincando comigo não é?

- E se for, vai ter o que?

- Se você estiver brincando comigo garota, não vai gostar nem um

pouco das consequências.

- Não adianta me ameaçar não vó e pronto.

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Minha avó não disse mais nada, ela mesma foi ver se os fregueses

queriam mais alguma coisa e eu até que estranhei, mas não quis

pensar nisso, não agora.

Finalmente o restaurante de minha avó que eu dizia ser um bar

mixuruca de oitava categoria fechou, para todos da casa almoçar.

Todos até o meu primo, estava pegando seus pratos e se servindo das

sobras de comida que havia feito para os funcionários. Eu sabia que

não tinha opção, então levantei, peguei o meu prato e fui em direção à

panela para pegar um pouco daquela lavagem de porco que eles

chamavam de comida...

- Não querida, você não ajudou, então não come.

Minha avó falou isso bem no meu ouvido enquanto eu já estava

colocando o macarrão em meu prato.

- Você não pode fazer isso!

- Posso sim, aqui á a minha casa e só come quem eu permito, e no

seu caso eu estou dizendo que não. Entendeu fofa.

- Mas vó...

- Agora eu sou tua avó né gatinha? Se quiser comer se vira.

- isso vai ter volta, fique sabendo disso. Vamos berneado!

- Pra onde o plima?

- Me ajudar, ou você acha mesmo que vai ficar ai comendo?

O berneado por ser burro de mais, me seguiu, e juntos fomos

arranjar algo para eu comer. Na verdade ele fez tudo. Tive que comer

um ovo mexido terrivelmente ruim.

Quando anoiteceu, eu fui perguntar para o namorado de minha avó,

o Guindo, onde poderia tomar banho, pois fiquei o dia inteiro suja.

- Oi Guie pode me dizer onde tomar banho? É que já está tudo escuro

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e eu não tomei banho ainda.

Guindo era um velho de sessenta e oito anos que ficava todos os

dias sentado lendo um jornal velho, morava com minha avó fazia uns

seis anos.

Logo após meu avô ter traído minha avó com a sua amiga, que eu

saiba por minha mãe minha avó fica com muitos caras, o Guie foi o

único que está durando. Talvez seja por isso que ela seja uma velha

rabugenta e mal humorada.

- Guie onde fica o banheiro?

Parecia que ele não estava me ouvindo ou não queria responder.

- GUIII SERA QUE PODE ME INFORMAR ONDE É QUE FICA A

DROGA DESSE BANHEIRO. POR QUE EU NÃO TENHO UMA

SUITE?

- kathiê? Eu não sou surdo! O banheiro é bem ali.

Gui apontou para a sua direita e eu olhei com a intenção de ver para

onde ele apontava, porém só avistei a janela da sala.

- Como assim ali? Na janela?

- Não, eu estou me referindo lá fora.

- O quê?

- Calma Kathiê é bem pertinho, só pare de se preocupar e me escute:

vá reto, reto ate achar uma placa escrita "Alfaces"...

- Hãn?

- Quando passar por essa placa, vire à direita. Não a sua direita e sim

a minha é que eu sou canhoto sabe? Tá, mas enfim, depois que virar

ande mais um pouco e verá um chuveiro. Logo ao lado terá um par de

cavar, o papel higiênico está bem ao lado da par. Ok pode ir agora,

não tem como se perder! Qualquer coisa não grite, por favor, pode

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chamar a atenção de alguns animais.

- Tá de brincadeira comigo não é? Por que em uma casa desse

tamanhão não construíram um banheiro em? Está escuro e eu não

vou pro meio do mato tomar banho. Olha bem pra mim.

Gui me olhou de cima a baixo, deu uma risadinha não sei do que e

falou:

- Bem, então durma assim, isso pouco me importa!

Subi correndo para o meu quarto que ao invés de quarto deveria se

chamar mini-imitação de quarto. Eu decidi dormir daquele jeito, suja e

fedorenta. Não sei de onde, mas eu juro, juro por minha beleza que o

meu mini-imitação de quarto foi invadido por um monte de bichinhos

voadores que ficavam voando em minha volta, de vez em quando me

picavam, deixando um enorme e vermelho caroço no lugar. Eu tentava

mata-lo, mas eram tão pequeninhos que não conseguia vê-lo direito.

Pra piorar minha situação entraram também umas coisinhas voadoras

pretas, só que maiores do que as anteriores, e começaram a fazer um

barulhinho bem desconfortável no meu ouvido tipo esse

"ZUUUUUUMMMM, ZUUUMMM"...

Eu ia sem dúvidas enlouquecer daquele jeito, eu nunca tinha visto

bichos tão estranhos na minha vida. Saí correndo do quarto, desci as

escadas com o meu celular na mão. No final da escada dei de cara

com o meu primo, o Bernardo. Ele estava fazendo sei lá o que para

variar, passei por ele direto sem nem olha-lo direito e tropecei no meu

próprio pé, caí de cara no chão e com muita força batendo o rosto no

batente da estante de mármore.

- O plima você está bem?

Não, sinceramente, o que tinha acabado de acontecer? Será que

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quando uma pessoa cai de cara no chão e bate com força o nariz ela

fica bem? Pensei antes de suspender a cabeça e olhar para ele.

Decidi não falar nada, levantei do chão. Quase sem conseguir respirar

direito, subir correndo para o meu mini-imitação de quarto. Procurei

um espelho me batendo em tudo. Quando finalmente encontrei, mirei-

o bem no meu rosto.

- HAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

BUFT

Acordei em uma sala toda branca, tinha muitas vozes ao meu redor.

Tentei levantar, mas não consegui, queria gritar mais era como se

meus lábios estivessem presos. Eu sentia muita dor.

- Oi como você está se sentindo?

- Onde estou?

Um homem moreno bem musculoso, de cabelos arrepiados e olhos

tão pretos que pareciam diamantes negros. Olhava pra mim. Por um

momento eu pensei que estava sonhando.

- Hãn?

Foi tudo que consegui pronunciar

- Oi como você está? Deve está meio tonta por causa dos remédios

que os médicos te deram.

- Quem é você?

- Desculpe, eu nem me apresentei, você não deve me conhecer, eu

sou o Felipe.

Eu o conhecia? Nossa eu realmente estava sem entente nada. De

onde eu o conhecia? O que ele era meu? Por que eu estava ali? O

que aconteceu comigo? Eram tantas perguntas que eu decidi não

perguntar nenhuma delas para não assustar aquele gato.

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Mas como vocês já devem ter notado, eu não consigo esconder

nada de ninguém, pois sou muito verdadeira, sempre falei tudo na

cara e ele percebeu minha confusão.

- Sou primo de 3° grau do Bernardo. Você realmente não me conhece,

também não me lembro de você, e como não moro na roça a gente

nunca se viu.

- Eu não sou da roça, eu vinha bem pouco pra cá.

Minha mãe me obrigava.

Mas que garoto idiota, estava achando o que hein?

Ele ficou sentado do meu lado por um tempão conversando.

- O que aconteceu com você?

Estava tão empolgada na conversa que nem lembrava que estava no

hospital.

- Bem, na verdade eu nem sei, acho que desmaiei. Você me trouxe

pra cá?

Perguntei com um sorriso no cantinho da boca louco pra aparecer.

- Bem que gostaria... Mas na verdade não, encontrei com o Bernardo

quando estava chegando de viagem e, ele me pediu para cuidar de

você.

- Ata o Bernardo. Ok! Mas falando de você...

- O que quer saber de mim? Se eu tenho namorada ou se quero uma?

Fiquei vermelha, como ele se achava, meu Deus estava perdida!

Quase me arrependendo da ideia de querer pergunta-lo alguma coisa.

Mas antes que pudesse responder ele fala:

- Brincadeirinha! Mas se quiser saber, eu tenho sim uma namorada.

Nossa! Era bem provável.

- Você mora aqui?

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- Não, eu sou da Colômbia.

- Colombiano?

- Sim acho que foi isso que eu disse. E você não tem fisionomia de ser

daqui, de que interior você é?

- Capital do Paraná. Não interior ou roça, meu pai é um grande

empresário sabe... É sou rica.

- Que bom! Eu não sou rico, mas sou feliz assim mesmo. Trabalho

tenho meu dinheiro, minha namorada e. O que uma menina tão bonita

viria fazer aqui na roça?

- Na verdade estou aqui de castigo, minha mãe que é bem estranha,

sabe?

- Sei bem como é.

- E você também está de castigo é?

Dei uma risadinha sem graça, me arrependendo disso quando percebi

que ele estava me encarando.

- Não, eu vim visitar meu primo, não tenho idade para ficar de castigo,

eu já sou bem maduro, um homem. Onde você mora por aqui?

Ai meu coração disparou, pensei em não falar.

- Você tem quantos anos?

- dezenove, e você?

- Dezesseis, eu moro na casa bem em frente ao galinheiro, onde o

Bernardo vivi. Minha avó é dona das terras, ela que teve a bondade de

deixa-lo trabalhar para a gente e fazer aquele deposito de quarto.

Senão... Coitadinho!

Ele me encarou novamente, só que dessa vez de um jeito diferente,

ele parecia está com raiva. Eu fiquei um pouco em dúvida se

perguntava o que estava acontecendo ou não, até que ele falou:

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- Você é filha da velha da frente, a que se chama... É... Clotilde! É

isso?

- Não, claro que não! Pirou foi? Aquela velha é minha avó, eu sou filha

da Cláudia. Por que, as conhece?

- E muito bem! O suficiente pra me afastar de você e delas! Sua mãe

não vale nada, é uma mentirosa, uma vadia, e assassina é o nome

certo. Não sei como você consegue ficar perto das duas. Só em ouvir

o nome da vontade de vomitar!

Fiquei parada olhando pra ele, incrédula do que tinha acabado de

ouvir. Ou aquele garoto era louco ou queria me fazer de uma.

- Olha aqui menino, se você veio aqui para falar mal de toda minha

família então é melhor ir embora. E antes que me esqueça, se minha

mãe é vadia a sua é uma cachorra no...

- Nem termine essa frase, não sou homem de bater em mulher, mas

considere especial se termina a frase. Você não tem moral pra falar de

minha familia, por que si quer conhece a sua, o berneado estar

naquele galinheiro por que, quer, pois ele pode muito bem vim morar

comigo e minha mãe, mas não preferi ficar babando por uma

burguesinha metida.

Ele saiu da sala me deixando com as palavras na boca, eu fiquei só

sentindo dó, mas com o pensamento em outro lugar.

Fiquei um bom tempo naquele hospital decadente, até que minha

avó chegou de surpresa pra me buscar. Ficou reclamando a viagem

inteira, foi um tedio! E o pior, é que eu não estava nem um pouco a fim

de bate boca com ela. Estava me sentindo bem nauseada e meu nariz

doía muito. Não via a hora de chegar em casa, deitar naquela

minúscula cama e dormi bastante!

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Finalmente cheguei em casa, saí quase correndo da caminhonete,

subir as escadas bem devagarinho e deitei na cama que parecia estar

arrumada, pois quando saí de lá estava cheia daqueles bichinhos

terríveis! Mas relaxei, fechei os olhos e dormi.

Pelas minhas contas, já eram umas 10:00hr da manhã quando

acordei bem indisposta. Peguei minha blusinha tomara que caia verde

e meu shortinho jeans, minhas coisas íntimas e fui tomar logo um

banho. Já que sei que ninguém vai ter a decência de me fazer

companhia naquele fim de mundo. Andei muito, muito mesmo, até

cheguei a ficar com as pernas bambas. Quando cheguei mais perto

pude ver o "banheiro" e as coisas de banho, tinha também um

pequeno espelho do lado. Tomei um banho não muito gostoso,

escovei meus dentes e meus lindos cabelos, quando me olhei no

espelho, percebi que meu nariz ainda estava roxo, e não me recordo

de ter acontecido nada com ele, tinha uma marca extremante grande

bem ao redor dele.

Voltei para casa da velha da minha avó.

- Maria, onde você estava menina?

- Kathiê! Fui tomar um banho. Por quê?

- Vá ajeitar as coisas pro seu café, que eu estarei no restaurante

preparando o almoço dos hóspedes. Depois que comer pegue as

roupas do balde vá à cachoeira lavar e deixe lá que mais tarde quando

eu me desocupar eu pegarei.

- Nossa! Não quer que eu lave a casa com a língua também não?

Nem sei onde é essa cachoeira, se liga vó eu tou fora.

- Peça ajuda ao Bernardo, tenho certeza que ele estará desculpado.

- Ata, só porque você quer.

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- Não tenho tempo pra discussão, ou vai pedir ajuda dele, ou faz

sozinha.

Saí de casa a procura do Bernardo, sabia que ele iria fazer o que eu

quisesse. Cá pra nós, eu já sabia onde estava o Bernardo. No

galinheiro como sempre!

Entrei e tomei um susto! Felipe estava deitado na cama do

Bernardo. Fui chegando bem devagar perto dele, passei à costa das

minhas mãos em seu rosto. Não sei o que deu em mim sinceramente,

eu quase o beijo!

- Ô plima, o que faz aqui tão cedo?

Olhei rápido pra trás

- Ah Bernardo, que susto você me deu garoto! Eu estava te

procurando.

- Plima tenho uma notícia muito boa pra te dar!

- Não quero saber o que é Bernardo, agora vem logo fazer o meu café,

anda que eu estou com fome.

- Mas plima...

- Sem mais nem menos, vamos logo!

O dia passou rápido de mais, foi tranquilo o meu dia, só teve uma

única novidade. Sabe qual? Eu e o Felipe nos encontramos na

cachoeira. Não foi bem um encontro. Quer que eu te descreva meu

"encontro"?

Eu estava na cachoeira com o Bernardo, ele estava se preparando

para começar a lavar as roupas que não eram poucas. Eu estava me

preparando para tomar um banho naquela cachoeira bem grande e

bonita, cheia de pedras bem lapidadas e águas cristalinas.

Sinceramente é um pecado as pessoas lavarem roupa aqui! Mas fazer

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o quê? Tá, pra terminar a história, o Felipe chegou com uma menina

bem magra de olhos castanhos mel e cabelos compridos lisos e pretos

brilhantes. Pensei que era sua prima, amiga talvez, mas logo vi que

não era nada do que eu pensava quando escutei ele falar:

- Carla, essa é a cachoeira mais conhecida da região, linda igual a

você!

E começarão a se beijar. Talvez ele fizesse tudo isso pra me deixar

com ciúmes, mas assumindo aqui pra você eu acho que realmente ele

não tinha me visto ali. Tá, mas chega dessa história!

Outra coisa marcou meu dia hoje, foi o Bernardo, ele com as idiotices

dele, inventou de me ensinar a andar de cavalo, não deu muito certo,

eu derrubei ele do cavalo, assim que o bicho começou a andar.

(rsrsrsrsrs)

Ele não se machucou, caiu no capim, foi muito engraçado, ele se

despencando de lá de cima.

Fui dormi cedo hoje, acho que minha avó estava muito triste, não sei

bem o porquê, mas na hora do jantar, escutei um pedaço da conversa

dela dizendo alguma coisa de alguém que iria viajar para Nova York.

Fiquei pensando será que ela vai embora? Ou quem sabe minha mãe

vai me mandar pra nova York. Apesar de ser rica eu nunca tinha ido

lá, nossa queria muito ir.

No dia seguinte quando acordei meu nariz já estava bem melhor,

olhei o relógio:

- Nossa já é 14:00 horas?

O que será que tinha acontecido? Por que ninguém me acordou?

Será que alguém morreu? Minha avó quem sabe? Ou será que aquela

conversa de Nova York era para me abandonarem nesse fim de

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mundo?

Levantei rápido vestir meu roupão e fui correndo por toda casa

gritando minha avó, mas ninguém respondeu. Meus olhos encheram

de lágrimas, meus pensamentos estavam me acusando dela ter me

abandonado. Corri bastante até que encontrei com Gui sentado no

mesmo lugar de sempre, só mudava a roupa e o jornal...

- Oi Gui, sabe onde estar a minha avó?

- Boa tarde Maria...

- Kathiê.

- Sua avó está no aeroporto.

- Aqui tem um aeroporto é? Nossa, eu não sabia disso, que bom! Ela

tá fazendo o que lá?

- Ah, não sei garota, sei que saio de malas.

- Gui onde é esse aeroporto? Diga-me logo antes que seja tarde.

RÁPIDO!

- Não sei muito bem, mas você tem que pega um metrô.

- Só? Só pegar um metrô?

- Hum...

Ele não precisou falar mais nada, minha avó chegou com um sorriso

de um lado ao outro do rosto. Bom, se minha avó não tinha viajado

quem será que viajou? Eu pensei.

- Oi velha! Onde estava em? Deixou-me dormindo não foi?

- Hãn? Estava me despedindo do...

Nem deixei ela termina a frase, não podia acreditar que o Felipe

tinha indo embora antes que eu me despedisse dele. Ah não!

- Kathiê... KATHIÊ!

Minha avó gritou, talvez percebendo que eu não estava muito

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naquela dimensão.

- Oi?

- Posso terminar o que eu estava dizendo?

- Ah ta, pode!

- Estava me despedindo do Bernardo que ganhou uma bolsa de

estudos nos Estados Unidos. Eu pensei que ele tinha falado pra você,

ou talvez tentado, mas como você só se importa com você mesma,

não deixou ele te falar.

Sair da casa de minha avó e fui andando pela roça, ainda sem

acreditar que o Bernardo, logo o Bernardo estava agora indo para

Nova York e eu estava ali presa naquele inferno!

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3°- AmorAmor umauma palavrapalavra umauma

ilusão:ilusão:

Andei muito pelo que eu me lembre, até não saber mais onde estava.

A noite já tinha chegado e tudo estava muito escuro, não sei bem o

que me deu pra sair de casa daquele jeito. Minhas lágrimas desciam

pelo meu rosto como ondas em um mar agitado quebrando em minha

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boca.

Cansada de tanto andar eu decidi voltar, e foi justo.

Nessa hora que percebi que não estava no caminho certo. Fiquei

perdida sem saber para onde ir ou onde estava, sentei em um musgo

grudado em uma árvore, me encolhi toda ali e comecei a chorar e

tremer de frio... E assim não conseguir dormi.

Logo quando o sol nasceu eu voltei andar.

- Meu Deus eu juro que já passei por aqui!

Já estava desanimada de tanto andar, com fome e muita sede. Não

me lembro muito bem, chorei tanto até que apaguei, quando acordei

estava em um carro, grande. Melhor dizendo em uma caminhonete,

levantei devagar, olhei ao meu redor foi ai que a ficha caiu. Eu estava

ao lado de um monte de crianças de todas as idades, com roupas

sujas e cabelos embaraçados, muitos choravam, outros dormiam uma

cena de total terror.

Eu me desesperei, parecia um pesadelo, mas eu sabia que era real.

Uma das meninas que estava do meu lado olhou pra mim e disse:

- Oi, meu nome é Laura, tenho 14 anos, e você quem é?

Eu não sabia o que responder, estava confusa com tudo isso.

- Meu nome é Kathiê... Maria Kathiê e tenho 16 anos. Pra onde estão

nos levando? Quem são vocês? Como me encontraram?

- Calma garota, nós somos crianças de rua, estão nós levando para

um lugar seguro, eu acho.

- Tipo estão nós levando para um orfanato? Juizado é isso? E você

por que está aqui, hein?

- Eu estou aqui porque roubei meus pais e eles me colocaram para

fora de casa.

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Fiquei chocada com tudo aquilo que estava ouvindo, apesar de

saber que minha avó logo, logo me encontraria. Tentei me afastar um

pouco daquela menina sinistra, mas não dava o lugar era muito

pequeno, não tinha espaço suficiente para me movimentar, tinha uma

lona preta bem em cima de nossas cabeças, uns diriam que era

proteção de chuva, eu acho que não, mas parecia que éramos

mercadoria de frutas em caminhões de exportação.

Chegamos em algum lugar, o carro estava parado, escutei um barulho

vindo do lado de fora. Logo em seguida um homem de aparência

jovem retirou a lona e mandou que todos nós descêssemos, fiquei

meio preocupada, mas tudo bem desci, e a garota a tal da Laura, veio

atrás de mim, estávamos em frente a uma casa bem grande de

aspecto bem velho e com a pintura desbotando. Tinha dois homens na

frente e uma mulher que guiou eu e os outros para dentro. O local era

bem deserto, parecia que ninguém vinha ali fazia anos, não tinha

muita certeza se ainda estava na roça ou no interior. Quando

entramos lá, percebi que a casa não era grande como parecia, era só

uma sala cheia de crianças com idades diferenciadas, chorando muito,

outras cheirando drogas e outras coisas que eu desconhecia. Os

caras nós deixaram ali e foram embora com a mulher. Fiquei sem

entender nada, pois nunca na vida visitei nenhum lugar do tipo, sentei

no chão perto da Laura, e perguntei:

- Laura o que está acontecendo?

- Não sei.

Fui pedi informação para outra menina que tinha cara de ter seus 19

anos.

- Oi, sabe me dizer que lugar é esse? E o que estamos fazendo aqui?

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É que eu sou nova sabe?

- Esse lugar é um inferno! E nós trazem pra cá para nos usar.

- O que? Tipo abusam sexualmente da gente?

- Não, eles nos obrigam a roubar pra eles.

- E se agente se recusar?

- Eles nos mata, e se tentar fugir vai ser ainda pior. Uma vez aqui não

tem volta!

- Mas não podem fazer isso comigo, eles não fazem ideia quem sou

eu!

- (risos) com certeza eles sabem quem você é. Esse lance que eles

fazem aqui com as crianças, eles conhecem os pais delas, as fezes é

vingança, mas você, não acho que não é vigança não.

- Por que você acha isso em?

- Hotem o Ronaldo, falou que teríamos uma burguesinha, para nós

fazer companhia.

- o que você esta querendo falar com isso em?

- Você é muito burra mesmo né? Estou falando que ele já sabia que

iria te encontrar, ele estava realmente te procurando.

Saí de perto dela e fui me sentar do lado da Laura, ficamos sentadas

uma do lado da outra por horas sem falar nada, minha fome só

aumentando e um nó na minha garganta crescia, parecia está me

destruindo por dentro. E mais uma vez meus olhos me enganaram,

passei as costas da mão neles e lá estavam as lágrimas.

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4°-4°- InfernoInferno aquiaqui estouestou eu!eu!

Deitei sobre minhas pernas, e em silencio deixei as lágrimas rolarem

pelo meu rosto igual à maioria daquelas pessoas.

Mais uma noite se passou rápido, eu sabia que minha avó estava a

minha procura, mas lá no fundo alguma coisa me fazia desacreditar de

tudo isso, de pensar que era tudo uma ilusão. Estava tão focada nos

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meus pensamentos que nem percebi, quando a Laura começou a

falar.

- Kathiê, posso te chamar assim?

- Claro!

- Não fique triste, um dia vamos sair daqui!

- Não quero sair um dia, quero sair agora mesmo, esse cheiro de

pobre está me irritando, eu não fugi de casa e nem roubei meus pais o

que eu fiz pra merecer isso?

- Calma, não ponha a culpa em mim tá! Eu só queria te ajudar, garota,

mas arrogante.

- Desculpe Laura é que estou... deixa pra lá.

Levantei do chão e fui em direção a uma única pequena janela que

dava para ver o céu.

Fiquei um bom tempo lá, parada, chorando, lembrando-se de tudo

que tinha ficado pra trás, dos meus sonhos e do meu conforto.

Naquele momento eu senti uma tremenda falta da minha avó, e do

Bernardo, mas era tarde de mais. Eles não estavam ali naquele

momento, e nem sei se voltaria um dia a vê-los.

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5°5° -- OO mundomundo éé bembem piorpior dodo queque eueu imaginava.imaginava.

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Fui dormir naquela noite disposta a esquecer daquele dia e

acreditando que tudo não havia passado de um pesadelo.

Acordei, no outro dia com uma zuada terrível.

- AAAAAAAAAAAAAAAAA, PARE, PARE, POR FAVOR, NÃO! NÃO

Levantei rápido, estavam todos sentados, olhando para a porta, que

logo percebi está aberta. Um dos rapazes que me levaram para

aquele lugar estava com uma arma na mão, segurando uma garota

pelos cabelos e gritando com ela. Ela gritava, implorava para ele não

mata-la, mas parecia não adiantar. Ele batia nela como se ela fosse

um saco de pancada. Eu tentei não olhar, mas era impossível, pois os

gritos dela faziam meus olhos se fixarem no lugar onde tudo estava

ocorrendo.

Muitas garotas choravam principalmente um garoto que parecia que

iria desmaiar a qualquer momento. Ele estava soando muito, a baba

descia pela sua boca e os olhos estavam muito vermelhos de tanto

chorar, ele tinha lindo cabelos loiros e bagunçados.

O garoto gritava muito alto para que aquele homem que deveria ser

chamado de monstro largasse a irmã dele. A garota caiu no chão, com

o rosto ensanguentado e as mãos pressionando a barriga. O homem

gritou:

- RAQUEL, EU TE DAREI 3 MINUTOS, PARA SE LEVANTAR E

FAZER O QUE EU MANDEI, SENÃO VOU PARTI SEU CORPO NA

BALA.

A menina ficou imóvel, parecia estar morta.

- Hum!

- Dois!

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Ele mirou a arma na cabeça dela e.- Não seu... Por favor, deixe ela em paz! Eu roubo pra você no lugar dela, ela é a única coisa boa que eu tenho no mundo, não nós separe. O garoto foi em direção a irmão tirou ela do chão com muita dificuldade, e a abraçou. Foi uma cena muito linda, que infelizmente não durou muito. Logo em seguida o cara deu oito tiros nos dois, matando na hora. Fiquei horrorizada com aquela cena, eu nunca, em toda minha vida, tinha visto alguém morrendo na minha frente. Depois dessa cena, ocara saiu com as mãos meladas do sangue de Raquel, pegou uns 30 pacotes de resto de quentinhas e deixou lá, arrastou os corpos com ele e falou ao sair:- Comportem-se todos vocês, ou terão o mesmo destino desses doisirmãos. Ok? Voltarei mais tarde para começarem a trabalhar.Já na porta ele, olha pra mim e falar.- A proposito, seja bem vida, linda Kathiê, espero que se sinta em casa.Dei uma risada forçada e irônica e respondi- Não se preocupe sua coisa, eu irei me sentir em casa e você será meu cachorro de estimação... Hum, que pena eu odeio animais. A vontade que me dá é de sair gritando por ai. Ainda me pergunto oque eu fiz pra merecer isso.

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6°-6°- Salva-meSalva-me

Aquele dia foi bem, monótono, fiquei deitada com a cabeça cheia depensamentos ruins.- Kathiê você não vai comer nada não?A Laura falava, comigo como se nada estivesse acontecido. Pareciaque só eu estava abalada com o que tinha acabado de acontecer.- Não... Estou sem fome.- É bom que sobra, mas, pra nós aqui, olha garota você é nova no ramo, igualmente eu, então é bom desencanar e comer, por que depois que você estiver com fome não vai te o que comer ok!- Tá eu não quero comer será que é edifício de entender ou quer que eu desenhe?- Depois não diga que eu não avisei.

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Na moral parecia que era brincadeira, você estar em um pesadelo e as pessoas não estar nem ai, fingir que esta em casa ou em ferias na casa da tia má. Eu podia ser patricinha, metida, egoísta, tudo desse tipo, mas burra eu realmente não era, e não importa como, mas eu ia sair daquele lugar.De tarde umas 3:00 horas por ai. O homem, aquele mesmo homem, chegou lá com três mulheres.- Boa tarde meu povo, espero que estejam descansados bem, por que tá na hora de trabalhar.Ele segurou na mão de uma das mulheres loira e nós apresentou- Essa é a Paloma, ela vai separar vocês em três grupos de quatro. Depois cada grupo vai ficar com uma dessas mulheres.Ele apontou para as outras duais mulheres patéticas que estavam olhando pra agente como se fossemos algo comestível. Ela nós separou, por sorte eu fiquei no mesmo grupo que a Laura.Meu grupo foi eu a Laura, Isabela e Flavia.O único grupo, formado só por meninas.

O homem tomando a voz alta até, perguntou:- Acho que vocês devem saber meu nome certo?Ninguém respondeu, acho que estavam muito ocupados imaginando oporquê estávamos separados em quarteto.- Certo...- Ok. Certo (respondi)- Meu nome é Ronaldo e sou o empresário de vocês, estão me entendendo?Mas uma vez ninguém respondeu mais acho que ele nem se importou.- Uma pessoa de cada grupo velha cáTodos foram do meu grupo a Flavia que foi.Ele pediu uma das mulheres dessa vez foi uma morena para que pegasse algo no carro, quando ela voltou, estava com uma caixa preta na mão.- Vamos ter um sorteio para ver com que cargo e que mulher dessas,cada grupo vai ficar, ele foi chamando de uma em uma, meu grupo foio penúltimo a ser chamado.Pegamos o pior cargo que poderia imaginar, eu vou ter que roubar! Isso ai, ser uma ladrona. Os outros dois cargos não eram nada de bom, um dos cargos era ser fornecedora de drogas, e o outro ia terque se prostituir. Meu grupo ficou com a mulher ruiva igualmente a mim. Aparentavam ter uns 38 anos ou menos.- Vamos não demorem o trabalho não pode esperar por vocês, O

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resto, tipo, como funciona tudo a assistente de cada grupo vai avisar ok! Podem sair desse quarto, todos para quintal da casa. Todas nós saímos de lá eu estava já com o plano de ao sair tentar fugir.Mas não era possível, tudo estava cercada com fios de alta carga.

Não demorou muito cada, mulher foi conversando com seu grupo e saindo, na vez do meu grupo ela foi bem clara.

- Meu nome é Leticia ok? Eu mando e vocês obedecem, não gosto de brincadeiras, fora de hora, e nem de erros. Não cuidarei se alguma coisa de errado, vocês vão roubar, só isso, como vão fazer isso não me pergunte se virem Às regras são fáceis só entra na casa se trazer no máximo para casa 900 reais, e se não trazer além de dormi na rua ganha uma punição. Acho que é só isso, e se alguém decidir escaparpode crer eu encontrarei nem que seja no inferno e ai... ADEUS. Ok. Beijos e podem começar, quero todas de volta às 22 da noite, ha e só outra coisa, se forem pegas, e entregar alguém como eu, ou atépensar em me entregar já sabem né, eu tenho muitos contatos. Podem começar.Eu ia saindo com a Laura, quando a Leticia me segurou pelo braço, me virei e puxei o braço pra me afastar dela- Kathiê! Espero que faça tudo certo, é uma linda menina, se fizer tudocerto logo, logo saíra daqui, e nada de ruim irar li acontece.- Eu descido o que fazer. Você não é minha mãe, só uma mulhe davida que fica explorando as crianças e adolescentes, pessoas como você não deveria existir no mundo.Virei-me e sair, a tal Leticia também foi embora, e eu fiquei sem sabercomo começar, a Isabela e a Flavia que já tinha mais tempo nesse lugar, foi logo se saindo e como a Laura estava indo atrás eu decidir fazer o mesmo, agente andou muito, pelas minhas contas umas 4/h de relógio.Cheguei a uma cidadezinha, eu realmente sentir que já havia estado naquela cidade antes, só não lembrava quando, nem se era verdade ou só uma vontade de conhecer o local.Passou um tempo e percebi que estava parada e que a Isabela, Flavia e Laura já havia indo embora e eu estava só, andei pelas ruas, aspessoas olhavam pra mim com uma cara tipo “Nossa" sei lá, pode a ter ser coisa de minha cabeça mais eu realmente me sentia segura ali, cheguei a uma lanchonete, preparada para pedir ajudar, e amenos tentar sair dessa roubada.

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7°-7°- OO que?que?

- Oi, meu nome é Kathiê...Falei para o garçom, que estava na arquibancada, preparando um crepe, porem ele me interrompeu.- Eu sei bem quem você é.- O que?- Maria Kathiê, esse é o seu nome.- Como... como você sabe meu nome? Você me conhece de algumlugar? É amigo do meu pai? Conhece minha mãe?- Calma garota, estou muito surpreso de você falar comigo, é a primeira vez sabia?- Ok, ok você me conhece de onde?

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- Você vinha, para cá sempre, quando era menor, tinham uns três anos de idade, eu acho...- Tá, mas vinha fazer o que aqui? Estava com quem?- A depois agente conversa... É que agora estou trabalhando. Quando de 23 horas você volta! Que eu converso com você.- Eu não posso voltar depois, tem que ser agora.- Por quê? Sua mãe não deixar? A garota você não é metida, aimportante, então vá e pergunte a sua mãe, ela vai te contar tudo.- Mas você tem que falar agora, olha vou te contar uma coisa,- O problema é que eu não quero saber, não agora, você pode sair, ou vou eu mesma te tirar daqui.Sendo assim tive que sair o que eu menos precisava era de encrenca,sair do local, mas uma vez andando sem destino, pelas ruas de umlugar "desconhecido" cansei de andar, parei em uma praça bemgrande, que estava cheia, parecia que estava tendo festa, fui andando, mas pra frente e logo pude ver, realmente estava tendo festa, logo me misturei entre o povo, e foi ai que tudo começou, eu pela primeira vezfurtei algo de alguém. Uma menina deixou o celular cair, no chão, e euvir, peguei e não devolvi, fui me afastando dela, e quando percebi já estava longe de todos, estava só, eu entrei em desespero, não seibem o que me deu, alias eu sei, fiquei pensando como as coisasseriam diferente, se eu nunca tivesse humilhado o Bernardo, se eu nunca tivesse saído daquele jeito de casa, por ciúmes, inveja, seja lá oque for- Ai meu Deus estou perdida, não sei o que fazer.

Pensei em me jogar em um rio que tinha ali perto, e exatamente na hora que ia fazer isso, uma mulher de saia longa, blusa de manga comprida e coque no cabelo, se aproximou de mim tocou a mão em meu ombro e falou.- Oi menina, você estar bem?Tomei um tremendo susto, meu Deus de onde saiu essa mulher? Eu não escutei os passos dela atrás de mim, parescia ter brotado do chão.- OiRespondi- Estou bem. Quem é você?- Sou somente uma mulher, você conhece a palavra de cristo?Agora estava entendendo tudo, só podia ser testemunha de Jeová,esse povo já gosta de obrigar, as pessoas ficarem ouvindo eles, eu

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nunca deixei de fazer algo. Para escutar esses desocupados, nem saber rezar eu não sabia e nem queria aprender, ainda, mas naquele momento.- Olha minha senhora, meu dia não estar nada bem e eu não quero ouvir nada, ok! Então por favor, vai embora.- Minha filha não sei por que, você fala do que não sabe, nem deveriapensar essas coisas, tudo acontece na hora certa.- Olha minha senhora vá embora porque não tenho tempo nem paciência para ficar te ouvindo.- querida Deus nosso pai olha por todos- Não quero ser, mal educada com você mais esta esgotando minha paciencia, vá embora e me deixe em pazA mulher deixou um papel em minhas mãos e saiu, eu olhei para o papel, com intenção de ver, do que falava e quando levantei os olhos, para olha- lá novamente, ela não estava, mas ali. Foi questão de segundos, me arrepiei toda, sentei em um banquinho ali mesmo e comecei a ler."Ame a teu próximo como a ti mesmo e não faça aos outro o que não quer que façam contigo.""Aquele que crê em mim nunca estará sozinho

ORGULHO é se arrepender e não voltar atrás.

Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe

aqueles que te amaldiçoam, reze por aqueles que te maltratam. Se

alguém te bater no rosto, ofereça a outra face.

- Palhaçada esse lance essa é boa...de a outra face, eu daria é uma

pedrada...faça o bem para quem te odeia, esse povo não tem mesmo

mais o que fazer

Nossa foi muito forte, um vento passou por mim, chega dar frio,

levantei rápido e voltei pelo mesmo lugar, para tentar achar as

meninas, eu não estava em clima de roubar, depois de ler aquelas

frases. Passei mas uma vez, pela lanchonete e nem entrei, fui

andando distraída olhando para baixo.

BAAAAAA

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- Ai não me viu não foi? Parece que estar cego.

Bati-me com um garoto, que andava distraído igualmente a mim.

- Kathiê, o que você faz aqui, em Taperoá em?

Meu Deus, as coisas não podiam piorar vocês não acreditam com que

eu me bati.

- Fred... É... Você aqui?

- é, vim passear com a minha familia, e você? Cadê sua mãe?

- Estou na casa da minha avó.

- Ata então cadê ela?

- ha à... Ela. tá...em casa, descansando

- Hum, ela deixou você vim pra cá, sozinha foi?

- Estou muito longe da roça dela?

- Kathiê como vou saber, ela é sua avó não minha, e aproposito, nem

sabia que sua avó era viva, na escola você nunca falava dela, tá, mas

até mas estou indo.

Fred foi embora, e eu não tive coragem de contar a ele, tive vergonha,

orgulho, continuei andando de cabeça baixa, com a roupa do corpo já

fendendo, já tinha três dias sem tomar banho, meus cabelos de

rebeldes e ruivos, passou para duro e preto, continuei andando, por

que daqui até o cativeiro, que eu estava, ia ser uma longa viagem,

ainda, mas que eu estava cansada e faminta, cheguei ao final daquele

bairro, cidade sei lá o que, demorei um pouco lá, parada, e alguns

minutos depois chegou, a Laura e a Isabel toda sorridente.

- OI estão felizes é? Posso saber o porquê?

- Kathiê, você acredita que a Laura foi paquerada? Por um velho, que

pediu ela em namoro, e ainda disse que banca ela além de escondê-la

desse povo, e em troca ele só quer carinho kkkk.

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- O que? A Laura foi assediada por um velho e é por isso que estão

felizes? Em?

- Kathiê deixe de ser careta. Que da minha vida cuido eu ok.

Falou Laura de um jeito que eu desconhecia.

- OK!

Voltamos em total silencio, chegamos lá, a mulher já nos esperava,

eram 22/30.

- Oi garotas, se atrasaram em? Mas tudo bem, mas só por que foi o

primeiro dia, é bom começar a se atualizar, eu não gosto de

desonestidade.

Era muita cara de pau, depois de fazer tudo isso, com agente, ainda

vir falar de honestidade né?

- Vamos logo, passem tudo que conseguiram.

A Laura deu 1000 mil reais em dinheiro, a Isabel deu um notebook

novinho, eu estava tão distraída, que nem percebi que já tinha

chegado a minha vez.

- Ei, Ruivinha, é a sua vez.

- Kathiê , espere que eu vou pegar.

Enfiei a mão no bolso da calça, onde havia colocado o celular, não

havia nada lá dentro isso ai nada.

- Vamos logo cadê? O que você pegou?

Comecei a suar frio, passei, mas uma vez, as mãos no bolso e nada.

- Anda minha filha eu não tenho o dia inteiro não.

- Eu acho que perdi... mas...eu posso te pagar, minha mãe é...

PAAAN

Aquele demônio deu um tapa na minha cara, com tanta força que

sentir minha pele assar, a lagrima desceu por meu rosto, em uma

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velocidade tão rápida, chegando a minha boca desconsolada e sem

ter como entrar caiu devagar em meu pescoço, sentir a raiva entesa

subir, por dentro como um fogo que logo me incendiou, sentir um

sufocamento terrível, falta de ar, e comecei a tremer, meu olhos de

verde ficou vermelho, de raiva, na mesma hora que ela me bateu eu

cair, demorei um pouco no chão levantei de novo olhei para cara dela.

- Vaca, Demônio, Lacraia, Filha de uma Puta, eu te odeio quero que

você queime no abismo do inferno.

PAAAAA

Ela me deu outro tapa no meu rosto, virei minha mão para bate na

cara dela também, mas não foi possível, ela segurou minhas duas

mãos, e me levou arrastada até dentro do cativeiro, lá me manteve

presa até o Ronaldo chegar, as outras meninas ficavam no canto da

parede, me olhando com tanta pena, que só me dava, mas raiva

ainda.

- SOCORRO... SUA VACA, QUANDO EU SAIR DAQUI, PODE CRER

VOU CONTAR TUDO PRA MINHA MÃE E ELA VAI MATAR VOCÊ

- A Claudia vai me matar é? Kkkkkkk

Agora as coisas tá começando a me confundir, como ela sabia o nome

da minha mãe? Quem é essa Leticia na real? Por que ela riu quando

eu falei aquilo? Eram tantas perguntas sem nenhuma resposta.

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8°-8°- FodaFoda -se-se todostodos

- Como você sabe o nome de minha mãe? Vocês se conhecem de

onde?

O Ronaldo chegou

- O que foi que essa vaquinha aprontou?

- Ela não trousse nada pra casa, me bateu, e também... kkkkkkkkk é

filha da Claudia

- Da Claudia?

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- da Claudinha e do Brayle

- Meu deus como esse mundo é pequeno né?

- Ei vocês podem ate te esquecido, mas eu estou aqui ainda.

Eles ficaram um tempo conversando e depois o Ronaldo foi até a mim,

me desamarrou e segurando de leve no meu braço me guiou até lá

fora, chegando.

- Entre nesse carro

- O que você vai fazer?

- Entre

- Não! Primeiro me fale o que vai fazer, pra onde você vai me levar?

- não vou repetir de novo, entre.

Fiquei parada na porta imaginando o que iria acontecer se eu entra -

se.

Tchibum!(tiro)

Ele deu um tiro para o alto e me empurrou pra dentro do carro, uma

vez lá dentro ele fechou as janelas, ligou o carro e seguiu eu fiquei em

silencio, paramos em um beco deserto, ele me tirou do banco de trás.

- O que vai fazer? Por favor, não me mate eu prometo roubar pra

você...

Flap!(palmas)

- Parabéns Kathiê tá com medo é? Não deveria sua mãe e seu pai não

são medrosos

- O que você sabe dos meus pais?

- Agora não tenho tempo, tenho algo melhor pra fazer.

Ele me jogou no chão, arrancou minha blusa, tentei sair correndo, mas

ele pegou pelos meus cabelos com muita força.

- Aiiiii Para tá doendo

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Ele começou a me beijar a força, tentei morde-lo, mas não conseguia

estava com muito nojo, ele tirou a sua blusa e nesse tempo eu levantei

do chão e tentei sair correndo foi quando sentir uma coisa na minha

costa. Ele estava com a arma bem atrás de mim

- Se fizer qualquer coisa que eu não tenha permitido eu atiro ok

Comecei a chorar, ele tirou minha calça arrancou minha calcinha e

tirou sua cueca e a força me estrupo. Um tempinho depois que ele

começou a me acariciar eu desmaiei e quando acordei estava em um

esgoto debaixo da ponte. Estava com muita dor, não conseguia me

levantar estava cheia de lixo por cima e um monte de minhocas e

morotos, não sabia ao certo quanto tempo estive ali, mas estava com

muita fome e sentia muita dor no corpo todo, tentei levantar, mas não

tive condições então comecei a gritar, mas a ponte era muito alta e

ninguém me escutou, gritei até cansar, desiste e parei.

O dia passou rápido, logo anoiteceu e eu no mesmo lugar, com nojo

daqueles bichos sujos, tentando subir no meu corpo, que estava com

um pano coberto, no outro dia, acordei assustada com uma voz.

Comecei a gritar

- SOCORRO, SOCORRO, SOCORRO.

- Oi... o que? Quem esta gritando?

- Aqui eu SOCORRO

- Onde você estar

- aqui em baixo da ponte

- Espera tou indo

Fiquei esperando a pessoa se aproximar de mim, escutei passos bem

por perto.

- Oi

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Um homem em cerca de 50 anos, estava ali parado com uma calça

branca e suja, uma blusa de manga branca chapéu branco e botas de

açougueiro.

- Oi ajude- me, por favor,

- O que você teve? Consegui se levantar?

- Não, sinto muita dor.

- Eu vou chamar uma ambulância tá

- Não! Por favor, não me deixe aqui sozinha.

- Mas você precisa ir ao hospital, precisa de ajuda.

Tentei levantar a cabeça

- AI

- Pare não faça força física fique calma irei cuidar de você.

- Obrigada

- Confie em mim vou chamar uma ambulância ok

- ok!

Ele se afastou um pouco de mim e eu fiquei ali apavorada pensando

que ele poderia não voltar, mas.

Ele voltou um tempo depois segurou em minha mão

- Calma eu já pedir ajuda, você vai ficar bem tá.

Balancei a cabeça e fiquei ali sentindo dor e lembrando daquelas

cenas horríveis, meus pensamentos foram interrompidos pelo som da

ambulância chegando, me levaram para um hospital e eu desmaiei de

novo, acordei novamente umas 6 horas depois, com um vestidão azul

(hospitalar).

Aquele cheiro de álcool me deixa tontinha, olhei ao redor e não vir

nada, ninguém além de mim cheia de tubos, curativos e sentia uma

dor insuportável nas costas.

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9°9° -- Desconfiança:Desconfiança:

Minha vida estava de cabeça para baixo, agora desconfiava que

minha mãe e meu pai pudessem ter alguma coisa com esses

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bandidos, tipo sei lá ela pode um dia ter recusado da dinheiro para

eles, ou alguma coisa do tipo.

- Oi Lindinha você estar sentido alguma dor?

Uma enfermeira chegou perto de mim enquanto estava distraída.

- Há estou bem, onde estou?

- Em um hospital.

- Claro eu quero dizer que cidade é essa?

- Feira de Santana

- Hum... É... Um homem que veio comigo... onde esta?

- A ele já foi embora, mandou melhoras pra você.

- Já vou ser liberada

- Não você tem que ficar, mas alguns dias aqui por que da cirurgia.

- Cirurgia que cirurgia? O que eu tive? Há quanto tempo estou aqui?

- Calma você não pode se estressar, vou te explicar, você teve uma

veia da vagina interrompida, e com isso o sangue parou de circula,

também estava com um corte muito profundo na perna e perdeu muito

sangue, sorte que tinha sangue compatível aqui, então fizemos uma

cirurgia de risco, e deu tudo certo você agora esta bem, mas precisa

de repouso total, você esta dormindo desde sábado...

- Que dia é hoje

- Hoje é quinta feira, as 19:45.

- Meu Deus!

- descanse

A enfermeira saiu dali e eu fiquei sozinha, tinha perdido totalmente a

noção do tempo, não sabia há quanto tempo estava fora de casa e

nem por que minha mãe e minha avó não havia me procurado. Estava

cheias de duvidas, como será que eu fui parar debaixo daquela ponte?

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Será que alguém viu e para se livra de mim o Ronaldo me jogou ali?

Será que ele esta preso agora? Espero que sim, e o que minha mãe

tinha haver com tudo isso? Minha cabeça estava doendo muito. O que

eu, mas queria era responder todas essas perguntas.

Não demorou muito e outra enfermeira veio pra me ver.

- Estar com sede?

- Com muita fome

- Desculpe, mas comida você só vai poder ingerir da que há uns três

dias, mas pode bebe agua de coco e soro, sem exagero é claro.

- O que? Assim vou morrer de fome

A mulher me deu um pouquinho de uma agua ruim que dizia ela que

era a agua de coco, mas estava com tanta fome que bebi em alguns

segundos.

Logo depois começei a sentir dores muito intensas nas pernas e fui

dopada.

Acordei depois me sentindo tão bem, nossa nem parecia que tinha

acabado de fazer uma cirurgia.

- KATHIÊ, KAHTIÊ

Escutei gritos de uma voz conhecida, me esforcei para virar meu rosto

e ver quem era, mas nem precisei logo os gritos se aproximou e eu

sentir os braços de minha mãe enroscados sobra mim, me

esmagando, mas eu nem liguei estava tão feliz.

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10°-10°- Mãe:Mãe:

- Mãaaaaaaaae

Comerei a chorar, não conseguia me controlar, fiquei olhando os olhos

de minha mãe enquanto gritava feito uma criança. Chorando.

A enfermeira chegou perto de mim e falou algo no ouvido de minha

mãe, que começou a gritar.

- PARA ME DEIXE EM PAZ, EU FAÇO O QUE QUIZER COM A

MINHA FILHA, E NÃO É UMA POBRETONA DO SURBURBIO DE

UMA CIDADEZINHA MACABRA, E DESCONHECIDA QUE VAI ME

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FALAR O QUE É CERTO OU ERRADO.

Eu tive que, segurar na mão de minha mãe e falar quase gritando.

- Mãe, por favor, pare, com isso.

Só assim foi que ela baixou o tom de voz e falou com as enfermeiras

direito, quer dizer quase direito.

- Olha aqui essa menina deitada ai nessa maca é minha filha, e é rica,

olha eu só quero dizer que quero transferi-la para outro hospital, mas,

experiente e sem mentiras bem melhor que esse.

Uma das enfermeiras bem educada até, respondeu.

- Claro senhora, sei que queres o melhor pra tua filha, só vamos

arrumar os documentos para transferi lá tá?

- Ok, mas não demora muito, eu estou com presa.

Fiquei parada só observando minha mãe, chorar perto de mim.

- Mãe...

Antes que eu pudesse pergunta qual quer coisa o celular dela tocou.

- Alo quem é? O que você quer comigo? Pare de mim ligar? Não já

basta o que fez? O que, mas você quer? Pare com isso agora?Eu não

te devo, mas nada?

- Mãe quem é?

Minha mãe saiu do quarto, com o celular ainda no ouvido e

obviamente sem me responder nada. Demorei um pouco deitada ali

sozinha até que, outra enfermeira chegou e me falou.

- Oi querida estar se sentindo bem? Você vai ser transferida daqui a

unas 3 horas ok?

- Ok

Minha mãe demorava de voltar para o quarto. O tempo passou bem

devagar e eu cansada de esperar voltei a dormi.

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- Kathiê? Querida acorde

Acordei assustada, minha mãe estava lá.

- Mãe

- Oi linda você vai ser transferida

Estava tão sonolenta, que não lembro muita coisa. No outro dia

quando acordei estava me sentindo bem melhor, estava em um lugar

melhor, com, mas equipamentos médicos e muito, mas enfermeiras ao

meu redor, minha mãe estava do meu lado.

- Mãe posso te fazer um pergunta?

- Claro minha linda, sente-se melhor.

- Sim, com quem você falava ontem? Como me encontrou? Cadê a

vovó? O menino que estava comigo?...

- Calma Kathy, olha eu te achei por que estava passando por aqui e

escutei os boatos da garota que havia sido encontrada, no esgoto,

debaixo de um viaduto, e como você estava desaparecida, e não te

encontrava em lugar nenhum e Dr. Luiz que trabalha em uma

lanchonete. Acho que você não se lembra dele, mas ele e a esposa

disseram que te viu em Taperoá, dias antes dessa garota que estava

no hospital ser achada, falaram que você estava perturbada. Então

decidir passar no local pra ver quem era. E te encontrei.

- Mãe só não entendo uma coisa...

- O que?

- Olha à senhora sabe o que aconterceu comigo?

- Foi sequestrada

- Sim, mas quem era aquelas pessoas? Por que elas a conheciam

- Kathiê... Quem falou que eu conheço essas pessoas? Quem disse

em? Responde logo vai

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- Calma. Um cara lá chamado Rogerio

- É MENTIRA, NUNCA VIR ESSE CARA, NÃO SEI QUEM É. PARE

COM ISSO AGORA, VOU CHAMAR A SUA MEDICA.

Minha mãe falou gritando, muito nervosa, não parava de piscar os

olhos e tremer as mãos enquanto falava. E ao sair do quarto escutei

ela dizer

- Você deve estar delirando

Não entendi a reação dela, mas logo uma medica chegou, e sem nem

me perguntar nada me aplicou uma injeção e eu não lembro, mas de

nada. Acho que dormi pra variar.

Quando acordei estava em outro lugar, muito conhecido, o melhor

lugar da minha vida adivinha? Meu quarto é claro, estava do jeito que

eu gostava, olhei para os lados, mas não vir ninguém.

Tentei levantar da cama, mas não conseguir, eu não sentia as pernas,

não conseguia movimenta-las, entrei em desespero. Fiquei apavorada.

Comecei a gritar

- Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Debatia-me na cama tentando sair, mas não tinha jeito eu não

conseguia, minha mãe ouviu os gritos e foi ver o que estava

acontecendo. Quando ela entrou no quarto estava toda suada gritando

- Filha, filha o que houve.

- Não consigo mover minhas pernas mãe, o que aconterceu, eu estou

paraplégica é isso?

- Não, não querida olha o medico que estar cuidando de você falou

que por causa da anestesia e dos ferimentos você perdeu o

movimento das pernas...

- O QUE? Mãe! Não, não isso não estar acontecendo comigo.

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- Kathiê...

- Não Mãe por quê? Em por que comigo? O que fiz de tão errado para

merecer isso em?Haaaa

Comecei a chorar novamente, minha mãe me abraçou e tentou me

consolar, mas nada me fazia sentir-me melhor, minha mãe recebeu

uma ligação e me deixou só no quarto, voltou alguns minutos depois e

me falou.

- Filha amanhã sua avó, o seu primo Felipe, seus coleguinhas da

escola, vão vim aqui te visitar. Ta bom querida, e olhe conversei com

teu medico e ele falou que você não vai ficar paraplégica, só esta

agora sem os movimentos isso é temporário querida a qualquer

momento pode voltar, mas por enquanto repouse ok.

Minha mãe já estava saindo do quarto quando perguntei

- Mãe o Bernardo ligou algum dia?

- Sim querida ele liga sempre

- E como ele estar?

- Bem

- Pretende voltar?

- Não sei não

- Ele perguntou por mim

- Não, mas por que o interesse agora em?

- Nada não mãe só pra saber mesmo

- Uhum, mas querida você acha que depois de tudo que fez para seu

primo ele ainda iria se preocupar com você?

Mudei logo de assunto

- E o papai não vem?

- Filha sabe como seu pai é ocupado né? Ele vai ter reunião com as

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pessoas da empresa dele

- Mãe você nunca se perguntou dessa empresa do papai não em?

Pelo menos eu nunca a vir, só o vejo falar dela.

- Maria pelo amor de Deus, estar desconfiando de seu pai é? Quem

sempre li deu tudo na vida, é isso mesmo? Que eu estou ouvindo

- É mãe realmente ele mim deu tudo menos o que eu, mas queria.

- O que você tanto queria que seu pai não te deu em?

- Tem certeza que você também não sabe? Por que você é igual a ele,

como nunca pude ver isso vocês são iguais, não se importam por

nada além do dinheiro.

- Garota do que você estar falando em?

- Você e o papai nunca me deram AMOR, CARINHO, ATENÇÃO.

Não aguentei, comecei a chorar, as lagrimas rolavam pelo meu rosto

enquanto eu gritava com ela de um jeito tão desesperado, parecia que

eu estava sufocada e só agora poderia respirar.

-O que Kathiê? Do que você estar falando em? Eu sou tua mãe, a

mulher que te carregou no ventre por nove meses, fui eu que sofri pra

você nascer, não esqueça isso sua mal agradecida...

- Para mãe para chega desse teatrinho, para começo de conversa

você não me carregou no ventre por nove meses por que eu nasci de

sete esqueceu?

- Kathiê vamos parar com essa discussãozinha besta, vamos vá dormi

um pouco e quando melhorar vamos ao shopping comprar o que você

quiser.

Fiquei parada olhando para ela encredula, e o pior que enquanto ela

falava ela procurava não sei o quer no celular.

- MÃE... Estou falando contigo, será que pode olhar ao menos pra

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mim.

- Kathiê agora não eu estou muito ocupada

- OK não quer conversa né? Bandida

Quando falei esta palavra minha mãe me olhou de um jeito

inrecolhersivel, nem sei como descrever, se aproximou bem da cama

e segurou no meu braço com tanta força que doeu.

- O que você falou?

- Nada mãe

- REPITA AGORA

- Falaram que você é uma bandida

- Quem?

- O Felipe

- Como ele pode falar isso de mim

- Mãe calma ele não falou serio, estava brincando.

- Mesmo assim vou procurar satisfação com ele, tem certos tipos de

brincadeiras que nem se faz. Agora Kathy fique quieta que eu vou ter

que sair.

- Vai pra onde? Vou ficar sozinha é?

- Não a vizinha vai ficar aqui com você não demoro ok

- tá ok mãe pode fazer o que é importante pra ti

Ela concentrada nem terminou de escuta saiu do meu quarto e eu

comecei a chorar, nem sabia bem o porquê estava chorando tanto,

mas isso não importava agora.

A tal vizinha chegou, entrou no meu quarto.

- Oi Maria

- Oi, Kathiê, por favor,

A vizinha era meio velha sabe? Sentou no sofazinho do meu quarto e

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logo estava dormindo.

Fiquei tentando movimentar minhas pernas, nossa cansei de tanto

tentar estava quase desistindo quando meus dedos do pé começaram

a se mover, não demorou muito e eu conseguir mover todo o pé, me

foquei nisso, com muito cuidado levantei da cama, fui segurando nos

moveis e conseguir andar, apesar de minhas pernas tremerem muito,

fui andando até chegar às escadas, tentei ir bebe agua lá em baixo na

cozinha, mas logo desistir, vá que eu caísse e piorasse, então decidir

volta para meu quarto, enquanto ia de volta pro quarto, observei que o

quarto de minha mãe estava com a porta aberta. Pensei se entraria ou

não, mas a curiosidade foi maior e eu entrei. Sentei na cama dela

pensando ainda “meu Deus o que estou fazendo aqui? no quarto de

minha mãe”.

- Afii vou sair daqui ante que ela chegue

Falei para mim mesma enquanto saia do quarto de minha mãe e bati o

pé em um caixa que estava debaixo da cama.

Com um pouco de dificuldade tentei puxar a caixa, conseguir sentei

com cuidado no chão e a abrir.

Parecia um baú, tinha umas três cartas que decidir não abrir, separei

as cartas e pude ver fotos de uma mulher bem linda gravida não era a

minha mãe. Atrás tinha escrito

'“‘ “dá sua interna namorada, e do seu lindo filho que esta pra

nascer”.

Deixei essa foto pra lá e fui ver as outras, todas estavam cortadas no

meio e riscadas, além da que eu vir só, mas uma dava pra ver bem

era um homem de terno parecia que estava casando à noiva ao lado

dele era a mulher gravida que eu havia visto só que ela não estava,

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mas gravida, do lado dos padrinhos pude ver minha mãe bem jovem

ela carregava uma criança nos braços, só que não era eu essa

criança. Era um menino. Quem seria esse menino? Olhei atrás da foto

e tinha escrito assim

"1995 casamento de Braile e Lidiane"

Meu Deus fiquei parada sem conseguir entender, Braile é o nome do

meu pai, só que o nome de minha mãe é Claudia e não Lidiane será

que meu pai traiu minha mãe e por isso que se separaram? E esse

menininho nos braços de minha mãe será que é filho dessa Lidiane?

Será que eu tinha um irmão homem e não sabia? Peguei outra foto,

uma foto minha bem pequena, não tinha nada de, mas na foto já ia

guarda-la quando algo escrito atrás dela me chamou atenção, virei à

foto com intenção de ler o que tinha escrito ali, quando escutei.

- Kathiê!...Filha, onde você estar?

Meu Deus era minha mãe, ela já havia chegado em casa, estava tão

concentrada nas fotos que nem ouvi abrir a porta, minha mãe desde

que eu era pequena nunca me deixou mexer nas coisas dela, pior

entrar no quarto dela, levantei tão rápido do chão que quase cair,

peguei as cartas e coloquei dentro da minha roupa, que era bem

folgada e assim não permitia que ninguém visse de longe, coloquei

rápido o foto no lugar e empurrei com um dos pés a caixa de volta

para debaixo da cama e sair do quarto dela, quando estava entrando

no meu quarto ela me viu.

- Kathiê onde estava? Não estava no seu quarto por quê?

- Ha mãe eu estava na varanda

- Em que varanda? Por que na do seu quarto você não estava por que

eu mesma vim ver, na cozinha não tem varanda, nem na sala...

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- Desculpe mamãe estava na varanda do seu quarto

- VOCÊ ENTROU NO MEU QUARTO?

Minha mãe começou a gritar comigo, sei lá, mas eu acho que esses

dias ela estar muito estressada, desde que a conheço nunca esteve

assim, sempre foi bem calma.

- Calma mãe eu só fui lá por que a porta estava aberta, mas já voltei, e

a vizinha já foi?

- Sim ela já foi, mas agora se deite e durma um pouco, você tem que

repousar.

- Mãe já estou cansada de tanto repousar, já me sinto bem melhor.

- Kathiê vá pra cama agora

- ok, mas pelo au menos pode fechar a porta do quarto.

- uhum

Minha mãe não estava perto de mim, ela fechou a porta do quarto

enquanto eu me deitava, fiquei deitada olhando para o teto do meu

quarto, até que lembrei das cartas, com um pouco de esforço peguei

elas de entro de minha roupa, puis todas debaixo do edredom, peguei

uma que tinha escrito logo no inicio.

“De: Lidiane para Brayler 1995"

Amor venho por esta carta te informa que nosso filho vai nascer daqui

a um mês, estou morrendo de saldardes sua, volta logo do Parana

para agente se ver esta bem? Como estar a sua irmã a Claudia?

Beijos.

Depois de ler essa carta fiquei pasma como assim minha mãe irmã do

meu pai? Não estava entendendo, será que era bom eu perguntar

para minha mãe ao invés de ficar tentando descobrir?

Peguei a segunda carta que parecia ser, mas velha que a primeira.

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“De Claudia para Brayler 1994"

Amor não aquento, mas te encontrar as escuras, sem poder demostrar

na rua nosso amor, quando vai termina com a Lidiane? Não demora

tá, quero muito estar com você e não vou poupar força para conseguir

isso. Sei que ela é legal e que você não quer que ela sofra, mas não

podemos, mas ficar assim, quando volta da Bahia? Responde-me tá?

Beijos da sua amada.

Agora estava entendendo tudo, será que minha mãe era amante de

meu pai? E foi dai que eu nasci, será que meu pai e minha mãe

enganavam essa tal de Lidiane? Será que... Ai minha cabeça estava

começando a doer, eu queria parar, mas minha curiosidade era além,

muito além, então peguei a ultima carta e abrir.

'‘ “de Lidiane para Claudia 1996”

Cachorra, como pode fazer isso comigo em? Éramos como irmãs,

você sabia que eu estava esperando um filho dele, mesmo assim

roubou ele de mim, isso que vocês fizeram foi... Foi muito cruel, o

Bernardo já nasceu esta crescendo e ficando um lindo garotinho, se

você quer tanto o Braile então vá em frente e pode ficar com ele, mas

deixe eu e meu filho em paz sua vagabunda. Não tente destruir minha

vida, você e o braile foram feitos um para o outro, vocês não prestam,

são dois demônios disfarçados de anjo.

Meu Deus isso não podia ter acontecido, o Bernado era meu irmão,

não pode ser, eu não gosto dele, mas eu gosto dele, ai estou confusa,

será que era por isso que minha mãe gosta tanto dele? Eu sabia que

tinha alguma coisa errada, só que tinha um único problema nisso tudo.

Primeiro onde estar à mãe do Bernardo? E segundo de onde o

Rogerio conhecia a minha mãe?

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Pelo menos de uma coisa eu sabia o Felipe chamou minha mãe de

bandida por que ela roubou o homem do sua tia.

Tinha que da um jeito de guarda aquelas cartas antes que minha mãe

descobrisse, guardei a carta debaixo do edredom e liguei pelo meu

celular para a minha irmã, já eram umas 1:30 da manhã.

- Alo

- Alo mania, você pode vir aqui em casa?

- Kathiê, Kathiê é você? Ai você não sabe o quanto sentir tua falta,

mas ir à sua casa agora não dar não. Mas amanhã sem falta eu vou

ok, e posso até dormi ai...

- Não

-?

- Quer dizer é melhor não, mas você pode pedir para mamãe me

deixar ir dormi ai amanhã.

- Tem certeza? Você nunca gostou de vim dormi aqui na casa do

papai

- Tenho certeza eu quero muito e dormi ai. É boa noite

- Boa

Desliguei o celular e fui dormi amanhã sem duvidas o dia promete.

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11°-11°- Duvidas:Duvidas:

- Kathiê... Filha... Acorde

Acordei, naquela manhã assustada com minha mãe me chamando,

abri os olhos bem devagar.

- Oi Mãe, bom dia.

- Bom dia querida, esqueceu que tem visitas hoje?

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Nossa com toda a tensão do dia anterior, só conseguir dormi bem

tarde.

- Que horas são

- 10:00

Levantei ainda com dificuldade da cama, calcei minhas pantufas, e fui

em direção ao banheiro.

- Filha estarei esperando você lá em baixo ok?

- Ok, alguém já chegou?

- Ainda não, só vão começa a chegar, mas tarde, mas não demore

para o café.

- Mãe preferia tomar meu café aqui, não poderia trazer na bandeja pra

mim?

- Senti algo?

- Não, não

- Então desça, quero que tome café na mesa comigo.

Entrei no banheiro, tomei um banho bem rápido, escovei os dentes,

minha cabeça estava doendo muito, não sabia em certo no que

pensar, parecia que tudo me levava a mesmas coisas sempre, desci,

para tomar café do jeito que estava só iria me vestir e me perfuma

depois do café. Quando cheguei lá em baixo, quase cair do ultimo

degrau de tanto susto.

- SURPRESSA, SEJÁ BEM VIDA KATHIÊ.

Nossa nem sei como explicar, estava cheia minha casa, cheia mesmo,

com todos os meus colegas de escola, meu pai, minha irmã, minha

avó e principalmente o Fred. No inicio fiquei emocionada, mas depois

fique com raiva, eu estava horrível, com roupa de dormi, e meus

cabelos estavam sujos e fedidos eu não tive tempo de me cuidar

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ainda. Tentei disfarçar e cheguei perto de minha mãe

- O que estar acontecendo mãe?

- Não ver, todos está aqui, para te ver filha, esta vendo como é

amada?

- Ha? Amada? Estou horrível, e você nem para mandar eu vesti algo

melhor né? Meus cabelos esta parecendo uma vassoura usada e toda

acabada e fede mais que carniça.

- Kathiê pare um momento de reclama e veja, você ficou tanto tempo

nas mãos de um assassino e agora estar de volta filha. O pesadelo

acabou querida, pra sempre.

- Como sabe que o Rogerio é assassino?

- é... é... Kathiê eu não sei, deduzo né? Quem faria isso com uma

menina como você, só pode ser chamado de assassino não?

- sim

Eu abracei minha mãe, sabia que ela tinha razão, apesar de não

querer admitir, subir rapidinho para au menos trocar de roupa e me

perfuma, entrei no quarto sorrindo, estava muito feliz, não sei bem por

que. Alias eu sabia sim, eu estava junto de pessoas que me amava e

que eu amava também, fechei a porta do quarto, mas não a tranquei e

comecei a mim trocar, vestir uma blusa de seda roxa com uma calça

branca meia que social, prendi meus cabelos em uma traça de lado

com um lacinho na ponta, coloquei uns misse em baixo da trança para

segurar e ficar perfeita passei uma maquiagem bem de leve.

'' TOC TOC''

Escutei alguém bater na porta, e gritei que podia entrar, sem duvidas

era ou minha avó, ou minha irmã ambas não havia falado comigo lá

em baixo, talvez por falta de tempo eu subir bem rápido.

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- Oi

Olhei para traz e me surpreendi, era o Fred, tem noção o Fred.

- Oi

Ele sentou no sofazinho do meu quarto e eu me sentei na cama

- você mesmo depois de tudo o que passou ainda estar uma gata

- Obrigada; falei ficando toda vermelha já.

- Você tem namorado?

- Não por quê?

- é que gostaria de saber se você quer ir ao cinema comigo

- Que dia?

- Amanhã à tarde

- Tá tudo bem, acho que vai ser bom pra mim mesmo.

- Então passo aqui pra te pegar as 17:00

- Aqui não, é que eu vou estar na casa do meu pai.

- OK então passo lá as 17:00

- o que estar fazendo aqui Fred? (Agora foi minha mãe que entrou no

quarto, falou olhando pra mim com um olhar acusador).

Levantei bem rápido da cama e respondi antes dele

- Nada mãe ele só veio me dar um abraço e contar as novidades da

escola. Eu abracei o Fred que fez uma careta, percebi que minha traça

estava no rosto dele e me afastei rapidamente.

- o que foi Fred?

- é seus cabelos estão muito cheirosos sabia?

- não seja irônico, não tive tempo de lavar ainda.

- se der lava hoje, tá é que...

- eu sei Fred não se preocupe eu vou lavar o cabelo

Que menino mais indiscreto, praticamente falou que meu cabelo

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estava fedendo.

Minha mãe ainda estava parada, na porta do quarto olhando pra, mim.

- Ele pode fazer isso muito bem lá embaixo quando a senhorita descer

não?

Fred percebendo o que estava acontecendo levantou-se e falou

- Claro, que sim Kathiê depois agente se fala direito tá.

- Tá

Fred desceu e minha mãe não perdeu a oportunidade é claro

- Kathiê não minta para mim, o que rolou aqui em?

- Nada mãe para de pensar besteira não aconteceu nada, não viu que

ele falou que meu cabelo estava fedendo.

- Filha você sabe que não gosto desse menino

- Mãe entende quem tem que gostar ou não sou eu, por que quem vai

ficar é quem?

- Tá eu sei, mas esse menino não é direito pra você.

- E o que a senhora julga direita pra mim?

- Não sei dizer, mas sei que não é ele.

- Tá mãe ok, agora me deixe termina de me vesti.

- Eu só quero o seu bem minha filha, tudo o que faço é pelo seu bem.

- Sim mãe eu sei disso

Minha mãe desceu e eu terminei de me perfuma, calcei meu salto e

desci. Minha irmã me esperava na escada, assim que me aproximei

ela me envolveu em um abraço tão apertado que quase fiquei com

falta de ar.

- Mania estava com tanta saldardes de você

- Foi é

- Ainda duvida? É sua metida

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- KKKKK

- Você deve ter enfrentado uma barra lá em

- é sim

- Já foi na policia?

- Não

- Tem que ir denunciar, talvez até fazer um retrato falado do homem, e

assim a policia pode prendê-los e além de ser um jeito de você se

vingar ainda vai liberta varias crianças e adolescentes que ele esta

escravizando.

- Verdade irmã vou fala agora mesmo com a mamãe

Já ia saindo quando a Natalia segurou em meu braço e falou

- é melhor você não ir agora

- Por que

- olhe lá o papai e a mamãe estão conversando

Olhei na direção em que ela olhava e pude ver eles estavam

praticamente afastados de todos conversando bem pertinho um do

outro.

- Será que tem chances deles voltarem? - perguntei

- Sinceramente acho que sim ainda, mas com a filhinha, doente.

- KKKK essa foi boa

- Nathy quero te fazer uma pergunta

- Qual?

- Você sabe o porquê o papai e a mamãe terminou?

- Não, você sabe?

- Hum...

- Kathiê se sabe fala logo, vai me matar de curiosidade é?

- Tá, eu te falo, mas não agora, hoje quando chegar na casa do papai

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li contarei tudo.

Minha irmã ainda insistiu para que eu a contasse naquele momento,

mas eu não falei nada e de cansada ela decidi-o esperar.

Fui na cozinha pegar um prato para comer um pouco de Scrambled

Eggs and. Tomatões foi quando vir uma garota que chamou minha

atenção, não sei bem por que, talvez pela boina branca que usava, ela

era alta um pouco maior que eu, negra, tinha cabelo liso e olho

castanho, estava de saia bem curtinha e top azul bebê e de salto bem

alto, um pouco maior que os meus. Fiquei olhando pra ela um bom

tempo, até que percebi que ela me encarava, então parei, e voltei

meus olhos para o meu prato. A minha festinha não demorou muito

tempo e logo acabou no final da festa minha avó veio falar comigo

- OI Kathiê

Meus olhos encheram de lagrimas

- OI... vó

Comecei a chorar, não sei bem o porquê, mas não pude controlar

minha avó também começou a chorar e quando percebi estávamos

abraçadas, e em soluço as duas, minha mãe e minha irmã que

estavam na hora saiu deixando só nos duas.

- Vó me desculpa por tudo

- Eu que tenho que lhe pedir desculpa, pelo modo que agir com você.

- Eu mereci, fiz tudo errado.

- Querida você não tem culpa de nada, o que você se torno não é sua

culpa é culpa de quem te criou.

Agora não estava entendendo era nada, minha avó sempre defendera

minha mãe e agora vinha com esse papo de criação errada. Mas

deixei pra lá

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- Vó agora que estamos de bem, e não temos magoas nenhuma de

ambas, que tal vir passa o final de semana aqui com agente?

- Aqui querida

- Sim

- É melhor não

- Por que

O celular de minha avó tocou, eu fui saindo meu pai já chamava a

Natalia para irem embora e eu estava indo atrás quando escutei.

- Bernardo

Não sei o que me deu, mas um cala frio percorreu meu corpo, olhei

para traz e me aproximei de minha avó.

- Vó é o Bernardo

Ela não me respondia só ficava andando de um lado para o outro,

sorrindo, com o celular no ouvido.

- VÓ é o Bernardo?

- Kathiê vamos meu pai já esta esperando - Falou minha irmã que

vinha correndo da porta.

Não pude ficar ali e esperar minha avó, então fui embora com minha

irmã, só dei um beijinho na bochecha dela, e quando me aproximei

escutei uma risada que deduzir ser a do Bernardo.

Quando cheguei na casa de meu pai, eu estava muito, muito triste,

nossa fiquei tanto tempo fora, passando tudo o que passei e meu pai

nem um abraço me deu, sei lá, ele nem falou comigo, entrei naquela

casa que já era estranha pra mim, pois nunca ia lá, que eu me lembre,

hoje era a segunda vez que eu entrava lá, a primeira eu tinha uns 9 a

10 anos.

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- Natalia - chamou meu pai

Minha irmã foi ver o que meu pai queria lá na cozinha e eu fiquei na

sala, nem iria atrás pra não atrapalhar a conversa do pai e filha

perfeitos, não demorou muito e a Nathy volto.

- I ai o que ele queria?

- Nada de mais só falou que não ia dormi em casa, e pediu para não

deixar você bagunçar a casa.

- O que? Ele tá achando que eu só o que em?

- Kathy, você sabe como é papai, nem deveria se importa com isso,

vamos pro meu quarto?

Que eu me lembre mesmo tendo indo bem pouco naquela casa, eu

tinha um quarto lá também.

- Não eu prefiro ir pro meu quarto mesmo

Quando falei isso vir à cara da Natalia, ela ficou meia que verde sabe?

- o que foi Nathy?

- é... é

Ela nem precisou termina de fala para eu entender tudo

- Quer dizer que, o papai desfez meu quarto, é isso Natalia?

- Não, não... ele...

- Fala

- Deu para Brunesca

- Brunesca? Quem é essa?

- A filha do papai

- O que, filha? Que historia é essa em? Pode indo me explicar

Minha irmã se calou, então eu percebi que meu pai estava ali, olhei

para traz e lá estava ele, na porta já saindo, e meus olhos se

encheram de lagrimas, como um homem daquele, não dava amor pra

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todos os seus filhos? Por que ele me excluía desse jeito da sua vida?

O que eu tinha feito pra ele? O que? Não aguentei essa pressão me

virei e fui em direção a ele

- Oi pai

Ele não respondeu, só saiu de dentro de casa como se não estiveres

me ouvindo, mas eu não desistir e fui atrás dele, parei de frente ao seu

carro e continuei falando.

- Pai... estava com muita saldardes de você sabia? Não sentiu minha

falta? Não quer me abraçar?

Minhas lagrima já rolava pelo meu rosto, ele olhou pra mim e falou

totalmente frio

- Senti sua falta... Também

Entrou no carro e deu partida, não pude falar, mas nada, minha irmã

foi me abraçar, não estava, mas aquentando tudo aquilo, minha vida

estava uma bagunça e eu precisava organiza lá, ou não iria consegui

viver em paz, comigo

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12°- Descoberta:

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O quarto da Natalia é lindo, todo lilaz, muito lindo mesmo, agente

ficou, quase a noite toda conversando sobre as novidades, eu queria

que a Nathy dormisse logo para eu procurar nas coisas do papai

alguma explicação para as cartas daquele dia, mas ela não estava

com sono, então juntei o ultio ao agradavel, enterrompi o que ela

estava falando.

- Mana pode me explicar quem é essa tal de brunesca?

- Hã você não viu ela na sua festa não?

Lembrei logo da morena

- Sim acho que vir, ela é morena?

- Sim e estava de boina branca

- É ela mesma

- É bem papai adotou ela, enquanto você estava desaparecida

- Foi? e quanto tempo eu fiquei desaparecida, para o papai ter que

adotar outra em?

- Olha Kathiê não adianta fica desse jeito, você ficou desaparecida uns

6 meses

Nossa nem eu tinha noção na real de quanto tempo estava naquele

inferno.

- Tá mas... me explique isso melhor que eu não estou entendendo,

papai mal tem tempo pra você que é a preferida dele, por que adotou

outra?

- Olha isso eu não sei explicar tá, só sei que ele saiu a trabalho e

quando voltou um mês depois trouxe ela, e disse que havia adotado

um irmãzinha pra mim

- Trabalho esse estranho do papai né? só vejo dinheiro entrar

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- Kathiê o que estar insinuando? que papai robar?

- Não estou insinuando nada

Fiquei meio que entrigada com aquilo, mas tudo bem, eu sabia o que

tinha que fazer.

- Nathy vamos dormi?

- Mas já?

- Sim é que estou com um pouco de dor de cabeça

- Ok, pode dormi, eu vou ficar na net

Ai meu deus, não sabia mas o que fazer para minha irmã e dormi,

pensei em conta pra ela, o que eu queria fazer, mas dai teria que falar

toda a historia louca, e ela podia fazer merda com aquelas

informações, então decidi não falar nada, a Natalia arrumou a cama

pra eu dormi e saiu do quarto dizendo que iria pegar um travesseiro

pra mim. Eu não tinha muito tempo para pensar em como fazer minha

irmã dormi rapido, então fui ate a escrivaninha perto da cama dela,

abrir a gaveta e logo encontrei uma cartela de conprimidos, escrito

dopante, retirei um da cartela e coloquei na jarra de agua que ficava

no quarto, para agente bebe caso senti-se sede, em seguida deitei na

cama, e esperei ela voltar

- Kathiê?não encontrei travesseiro nenhum pela sala, deve estar no

quarto do papai

- Por que não pega um lá em? eu acho que ele vai demorar pra chegar

em casa

- É até que poderia pegar, mas a porta estar trancada e a chave não

sei onde ele deixa...hum - pode dormi com o meu, não tem problema,

quando eu for deitar pego uma Almofada

- Tá

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Natalia sentou na ponta da cama e pegou o nootibuk, para acessar e

eu deitei na cama

- Nathy não estar com sede?

- Ha bebi agua lá embaixo

-Hum

Meus planos não estavam indo muito bem, comerçei a me desesperar,

eu precisa que ela dormisse e ela tinha que dormi

- Nathy

- Oi

- Vamos brincar

- Mas você não estar com sono? vai dormi guria, amanhã agente

conversa tá

- Hã vamos... perdi o sono, vamos brincar

- Tá de que você quer brincar?

- Quem bebe agua, mas rapido, o que acha.

Minha irmã fez uma cara não muito agradavel, então eu decidir ensistir

- Vai Nathy vamos vai ser legar

Até que ela aceitou

- Ok

Sair correndo do quarto enquanto ela fechava o nootibuk, voltei com

uma garrafa de aguá na mão, Natalia perguntou

- Pra quer isso Kathiê?

- Eu fico com essa e vc ficar com essa do guarto tá

- Mas Kathiê é muito grande essas garrafas, não vamos conseguir

- Vai Nathi assim que é legal

Começamos a disputa, na verdade eu deixei que ela começasse

primeiro, e logo em seguida bebi um gole da minha agua, foi em

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questão de minutos até que a Nathy caisse na cama, dormindo e

monhando o quarto e ela praticamente toda. Não ia nem perde tempo,

enjugando aquela sujeira, tinha que correr contra o tempo, e procurar

tudo o que queria antes de meu Pai chegar, o unico problema era que

nem eu sabia o que queria, sair do quarto de minha irmã e fui em

direção ao quarto de meu pai, cheguei lá tentei abrir a porta, mas

como a Nathy havia falado estava trancada, ia tentar abrir com um

misse igual nesses filmes de envestigação.

Mas se eu queria fazer tudo perfeito, teria que voltar, entrei novamente

no quarto da Natalia, coloquei varias almofadas na cama em formato

de uma pessoa, consertei ela, enrolei ambos, depois desci até a

cozinha, peguei o pano enchuguei o quarto, levei a jarra de agua

agora vazia e enchir de agua, e levei de voltar para o quarto, e a

minha deixei na geladeira, depois voltei até a porta do quarto de meu

pai, peguei um misse que tinha em meus cabelos e sem muito esfoço

conseguir destrancar a porta, entrei. aparentemente não tinha nada do

que esconder naquele quarto, era muito grande e todo branco, muito

lindo e sofisticado, entrei, e fechei a porta mas não tranquei, abrir logo

o guada-roupa, comerçei a remecher,não encontrei nada, abrir as

gavetas, não encontrei nada fiz de tudo para não bagunçar nada, subir

na cama e olhei em cima do quarda- roupa, também não tinha nada,

então desci, fui até a escrivaninha dele e ebrir a gaveta, tinha um

revolver 357 prata, nem mechi, continuei procurando ali e nada, fechei

a gaveta devagar e fui até o mini- escritorio que ele tinha no quarto, lá

assim que eu abrir as gavetas da escrivaninha encontrei uma pistola

380 preta, deixei ela no mesmo lugar, me abaixei e olhei a ultima

gaveta, a maior de todas, assim que abri ela encontrei uma caixa, só

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que bem maior que a que encontrei na casa de minha mãe, sentei no

chão e abri-la, tinha muitos papeis, fui lendo um por um. Tinha muitas

indentidades cada uma com um nome diferente, podia até ser normal,

talvez de pessoas que ele conhercese, o unico problema era que em

todas tinha a sua foto, e cada um tinha uma mãe e um pai diferente,

continuei olhando, achei um monte de documentos falsos, varias fotos

de crianças, e em todas as fotos tinha um X de vermelho, a minha foto

também estava lá com um x no meio, reconheci no meio das crianças

a laura e a menina que eu vir morre naquele lugar. olhei atraz das

fotos mas nada tinha escrito, cada vez que passava eu ia ficando mas

curiosa, encontrei uma agenda, abrir ela e lá estava o mesmo nome

Lidiane só que estava riscado, no meio da agenda tinha o nome

Rogerio, fiquei bem intrigada com aquele nome, gravei o numero, no

meu celular, e continuei olhando, um numero prendeu toda a minha

atenção Bernado. Parei e me perguntei

'' Porque meu pai teria o numero do Bernado? ele nunca via o menino,

se é que já viu alguma vez na vida. Pelo menos que eu me lembre"

não tinha mas duvidas eu e o Bernado somos irmão por parte de pai.

Gravei o numero também, na agenda não tinha mas nada que me

entereçase, continuei preocurando, encontrei uma carta, bem recentir,

estava entacta.

05/009/2013

"Senhor Brailer, como estar a Kathiê? fiquei sabendo que ela

desapareceu, não mandei a carta para o endereço de tia Claudia por

que, não sei bem o endereço. Sei que deve estar sofrendo com isso, e

mesmo ela não gostando de mim pode acreditar que me preocupo

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com ela, tenha fé vocês vão a encontra- la".

De: Bernado Santos fago.

Para: Braile Bitecult

- Nossa então quer dizer que o Bernado perguntou sobre mim

Falei em voz alta, por que sera que meu pai não, me falou, ou ao

menos não entregou a carta que era o certo, ai lembrei que na noite

passada minha mãe tinha falado que todos estariam na minha festa e

o Felipe não estava, por que sera que ele não veio? fiquei pensando

um pouco e voltei a mexer nas coisas do meu pai, encontrei dois cd,

bem antigos escrito, provas, escultei uma suada de carro chegando e

deduzir que era meu pai, coloquei os cds nas mãos guardei a caixa no

lugar. e sair do quarto, fechei a porta e corri pro quarto de minha irmã,

deitei na cama, desliguei o abaju, e fechei os olhos. Demorou um bom

tempo, já estava quase dormindo quando a luz do quarto ligou e eu

escultei meu pai falar com alguém, que pensei ser aquela garota

adotada.

- Estão dormindo

- E se elas acordarem?

Só quando escultei aquela voz que reconheci, era minha mãe, o que

ela estaria fazendo ali uma hora daquela? já deveria ser umas 2:55 da

manhã, tentei me virar e abri um pouco o olho para ver se realmente

era ela, mas quando conseguir eles já tinha saindo do quarto, levantei

um pouco e coloquei o ouvido na porta,

- Hum estava com tanta saudades de você

Escultei minha "mãe" falando

- Claudia, sabe que não gosto que essa garota fique aqui em casa

- Mas não da, pra sempre da uma desculpa ou ela vai comerça a

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percebe, e você não quer isso...ou quer?

- Não, não quero, e o Bernado como fica em?

- Temos que acabar com ele, enquanto ele estar longe, não vamos

esperar ele voltar

- Mas claudia você acha seguro fazer isso? e se desconfiarem da

gente em?

- Relacha todo mundo sabe que eu amo ele, e antes de apagamos

com ele é claro que vamos da um jeito de descobrirem que foi você

que deu a oportunidade dele estudar fora, ninguém vai desconfiar de

nossa familia

- Não gosto muito da ideia de apagar com o garoto

- mais já te falei a kathiê estar cheia de duvidas sobre você e eu

também, ela ultimamente fica me perguntando coisas estralhas

chegou a me chamar de bandida e quando obriguei que me contasse

quem falou ela disso que foi o Bernado, ele deve ter visto alguma

coisa naquela noite com a Lidiane

- nao fale mais desse assunto, nem esse nome

Eu estava em estado de choque, não acreditava no que ouvia, aquela

que estava com meu pai não era minha mãe quis acreditar, mas era

obviu era minha mãe e estava não sei porque colocando o Bernado

contra o próprio pai, ela estava omitindo a nossa conversa, tava com

muita raiva,eu queria era que eles soubesse que eu ouvira tudo,e se

sentissem entimidados de seu plano da errado, abrir a porta com

cuidado e já ia saindo até que...

Uma outra voz surgiu vindo de algum lugar lá embaixo, eu

rapidamente fechei a porta e voltei pra cama,não demorou nada e a

porta foi aberta,

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- Elas estão dormindo? mesmo em Braile

- Sim, sim claro, sabe aquele jarro de agua, alí contem sonifero dos

fortes só vão acorda amanhã

- E como você acha que beberrão?

- Simples o chão estar molhado, qual é Rogerio depois de tanto

tempo, explorando de todos os jeitos varias crianças não reconhece

quando os bichos cai na armadinha não é

Rogerio foi saindo do quarto e eu abrir lentamente os olhos e pude ver

rápido aquele homem que nunca ia esquecer, e não pude ter duvidas

era ele, mas na frente estava minha mãe de costa arrumando um

pacotinho branco, fechei os olhos rapidamente, eles ficaram um tempo

no quarto, conversando. Pude ouvir claramente tudo o que

conversavam.

(claudia)

- Hã temos que fazer alguma coisa, antes que seja tarde de mais

- O que Claudia? o que podemos fazer em? matar o Bernado? ele

nem sabe de nada é tão vitima quanto a Kathiê.

- Já te disse que o Bernado sabe de tudo

(Rogerio)

- Serio mesmo, quem vão ficar ai no quarto onde essas criaturas estão

dormindo conversando sobre toda a nossa vida? e se algum deles

ouvirem?

- Ronaldo já disse que estão topadas, então cala essa boca, se não

quer ajudar então não atrapalhe.

(Claudia)

- Na real o que ele estar fazendo aqui em?

- Eu que o chamei

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- Pra quer em? você sabia que ele sequestrou a Kathiê?

- Sim sei

- Como assim sei? vocês...foi você que permitiu isso Braile, permitiu

que sequestrase e estrupasse a sua própria filha?

- Isso não vem ao caso agora

- Claro que vem ela é nossa filha e você...você não presta é um

mostro, assassino, ladrão, você não é humano e um nomade...

Meu pai enterropeu minha mãe e gritou de tal maneira que eu tive que,

me virar, para eles perseberem que estavam quase me acordando.

- FALA COMO SE FOSSE MELHOR DO QUE EU.

- Shiiii

- Acha que a Kathiê vai fazer o que quando descobrir tudo o que a

mamãe dela fez

- Ela nunca vai descobrir nada, entendeu, nunca, nem ela nem

ninguém. Nem que pra isso tenha que te matar.

- Isso é uma ameaça claudia?pois é bom que não seja, ou a Kathiê vai

ficar orfã cedo de mais, nem chegaria a tanto já que você nem mãe

dela é, você é mais baixa do que eu pensei, falar que a kathiê é minha

filha só pra me prender a ti

(risos)

(Rogerio)

- Chega de discussão, já estar amanhecendo, é bom descermos,

antes que aconteça mas desgraças.

Minha mãe e meu pai desceu com Rogerio e fechou é claro a porta do

meu quarto. Não tinha mas duvidas meus pais eram assassinos ou

coisa do tipo, não queria acreditar, era muito dificiul admitir, doia muito

mas não tinha mas como me iludir. Meu "pai" tudo bem eu e ele nem

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eramos proximos, e eu não estava nem ai pra ele, mas minha

mãe...quer dizer...do meu jeito estranho ou torto eu amava ela, ela era

meu exemplo de vida, tirando minha irmã ela era minha melhor amiga.

Sentei na cama e comerçei a chorar, minha cabeça estava a mil, com

tudo isso, chorei tanto, mas tanto que nem percebi as horas se

passando. Derepente tudo escureceu e eu adormeci.

- Kathiê, kathiê acorde

Acordei assustada com minha irmã me chamando, levantei rápido e

sem falar nada peguei o celular e olhei as horas, já eram umas 11:45,

levantei rápido e comerçei a tirar o beybidor, foi quando me lembrei de

tudo que tinha ocorrido na noite anterior, os dvd cairam de minha

roupa e a Natalia quis saber

- Kathiê o que é isso?

Me abaixei para pegar mas ela foi mas rápida que eu

- Nada...coisas minha

- você chorou a noite?

- não por que?

- tá com os olhos roxo e cheia de oreias

- tive insonia, pode me devolver esses dvds

Tentei pegar da mão de minha irmã mas não conseguir, ela sentou na

cama e segurou minhas mãos

- Mana, pare tá, me conta o que estar acontecendo vai, não confia em

mim? eu só tenho você e vice e versa, deixa eu sofrer junto com ti,

seja lá o que for, eu quero saber

Eu realmente estava precisando de alguém para desabafá

- Pera ai!

Desci da cama rápido e passei o trico na porta do quarto depois voltei

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pra cama e contei tudo que sabia, e tudo que tinha ouvido para a

Natalia, a cada palavra que eu dizia ela, arregalava os olhos, e ficava

palida, quando acabei ela falou

- Kathiê tem certeza que isso não foi um pesadelo em? isso é muito

grave.

Eu sabia como ela iria ficar pois odiava injustiça e bandidagem, o

sonho dela sempre foi ser advogada, mas não advogada criminal e

sim advogada de acusação.

- Sim Nathy eu tenho certeza, doi meu coração pensar que essas

coisa são verdades, estou em pedaços, não sei o que fazer

Abraçei a Nathy bem forte e em sussurros falei

- Mana me ajuda por favor

- Claro irma, afinal o pai não é só seu, vamos ver logo esses dvd,

depois veremos o que fazer

- tecnicamente ele é só seu. pelo que eu entendi eu só orfã

De repente veio uma frase em minha cabeça, tal frase que eu não

podia ter esquecido " o Bernado tem que morrer antes de voltar, ele

tem que morrer la mesmo"

- Nathy esqueci de te falar mas uma coisa

- o que?

- eles querem matar o Bernado, querem mata -lo nathy

- Calma, calma primeiro os dvd, depois veremos o que fazer ok

A Natalia, colocou o dvd e sentou ao meu lado.

Começava com uma mulher de cabelos ruivo cumpridos e olhos azul,

ela era muito linda, ela estava presa em uma cadeira, estava

amordaçada e com a roupa lascada, um vestido azul marinho todo em

pedaços, os olhos bonitos estavam inchados e com sangue, ela

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tentava gritar mas como estava amordaçada não conseguia. Depois

de uns minutos entrou uma mulher alta loira, bem linda ela entrou com

uma faca e um nene nos braços, ela olhava pra a mulher presa e ria,

ria muito e falava

- E ai Lidiane tá gostando, kkkkk é lindo seu filho, bonito mesmo, mas

como não ser em? sendo filho do Braile, do meu Braile, como é o

nome dele em? fala... ha desculpe você não pode falar né

A mulher foi e desatou o pano que estava na boca daquela tal de

Lidiane que entre os dentes falou

- Deixe o meu filho em paz, ele não tem culpa de nada, por favor

Claudia, por que esta fazendo isso em? o Braile não é seu? então pra

que isso em? me tire daqui deixe eu cuidar do meu filho

- Shiiiiiiiii eu perguntei o nome dele não foi. FALA

minha mãe gritou para aquela mulher e deu lhe um tapa no rosto

- O nome dele é Rafael

- Mas que nome feio, feio igual a mãe, ou vamos dizer a ex mãe em?

- O que você vai fazer em?

- Matar você isso já ta na cara não?

A mulher começou a chorar

- Pare desse choro bobo, lidiane, vamos deixe disso

- Você não presta claudia, não me admira que Deus nunca te deu a

alegria de ter um filho, por que você é um mostro, não tem coração,

você vai morrer solitaria

- Cale essa boca suja sua ordinaria, antes que ranque sua lingua

- kkkk a verdade doe né, você acha o que que o Braile vai continuar

com você, quando souber o que fez em? quando descobrir que você

não pode dar lhe um filho, quando descobrir que você é inultio.

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- Não eu não sou inultio, e vou dar um filho pra o braile, você que vai

ser inutio depois de morta, o Braile não vai me deixar por que sei mais

dele do que você. Não acha mesmo que seu ex marido era um santo

não é? ele não é nada diferente de mim

Aquela cena me deu vontade de vomitar, minha mãe arrancou a lingua

daquela mulher com a faca que estava segurando, enquanto o bebe

nos seus braços gritava. depois disso minha mãe matou a mulher com

varias facadas, varias mesmo, a criança ficou toda suja de sangue ela

depois colocou o nene em uma mala e foi tomar banho, saio do

banheiro pegou a mala e saio, deixando o corpo de lidiane pra traz. o

dvd acabou ali, as minhas lagrimas rolavam descontrolada em meu

rosto e pude percebe que no rosto da natalia também se encontravam

lagrimas. Não falamos nada uma com a outra. Simplesmente

colocamos o segundo dvd. Esse começava com meu pai, gritando

com minha mãe

- Você é louca, louca, acha que vou ficar com você? não costumo ficar

com prostitutas, eu deveria ir na delegacia e te denuciar

- Se fizer isso vai ser preso comigo, sabe disso, ou você acha que eu

não sei que você ganha tanto dinheiro por que trafica animas em?

você sabia que trafico de animas é crime em?

- Cale essa boca sua desgraçada antes que quebre ela de porrada

- E agora o que vamos fazer?

- O que vamos não. você matou a minha mulher, e o meu filho agora

se vire, não tenho mas nada a ver com você

- Eu não matei o bebe.

- Como

- Ela estar viva

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- Mas a lidiane disse que era menino

- Na verdade eram dois, sabe que a lidiane era minha amiga né? ela

queria fazer uma surpresa pra você

- E onde estão?

- O menino morreu e a menina estar aqui, o nome dela é kathiê, Maria

kathiê, e agora é nossa filha

- Nossa?

- Sabe que sempre quis um filho, é bom que essa menina seja criada

por um pai e uma "mãe" ou ela fara muita perguntas quando maior.

- Ok, mas seremos pais desvociados ok, vou dar tudo o que ela

precisa

- Claro com seu dinheiro do trafico né?

- Vamos fazer uma promeça aqui, aparti de hoje nunca mas vamos

pronuciar o nome da Lidiane ok

- Ok

O dvd acabou, mas muita coisa ainda não se encaixava

(Natalia)

- O que você achou?

- Minha mãe é uma assasina, ela matou a minha mãe verdadeira, e o

Bernado é meu irmão. muita coisa pra minha cabeça

- Kathiê você não estar entendendo né?

- Como assim

- Sua mãe mentiu, ela disse que o Bernado estava morto, seu pai não

sabe que tem um filho homem, e não sabe que você não é filha dele.

- Mas se eu nao sou filha dele com a lidiane e minha mãe... quer dizer,

a claudia não pode ter filhos, de que eu sou filha?

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13°- Falha:

Minha irmã, foi a primeira a levantar da cama, ela pegou no quarda

roupa um short preto e uma blusa social branca usou, calçou o salto

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dela preto e começou a pentea os cabelos. Eu fiquei parada no

mesmo lugar chorando e olhando pra ela

- Kathiê, vai ficar mesmo sentada, chorando?

- O que vamos fazer em? não sei o que fazer, o que...

- Para mana, ficar pensando não vai nos ajudar em nada, para de

chorar um pouco e vamos agir. Como eu também não sei, mas fica

aqui pensando e chorando é que não dá.

Eu sabia que a Nathy estava certa, mas não conseguia organiza meus

pensamentos, eu queria na verdade naquele momento ir pro shopping,

no cinema, salão de beleza, ficar no spar. Fazer as coisas de sempre,

mas não dava, eu tinha que agir, agir contra as pessoas que eu

amava, agir contra desconhecidos, familia não sei. Levantei da cama,

meio tonta de tanto chorar e tirei o dvd, peguei no quarda-roupa de

minha irmã uma calça leck lilas e uma blusa preta de puma calçei um

tenis e pentei o meu cabelo, prendi ele todo em um coque, e minha

irmã faz um rabão de cavalo

- Nathy vou no quarto do papai pra colocar as fitas no lugar ok!

- Primeiro vamos tirar a copia

- Mas pra que vamos querer a copia disso em??

- Kathiê pensa, precisamos de provas, ou você acha que quem vai

acreditar em duas adolecentes? dizendo coisas macabras de seus

pais, um empresário muito rico.

- Verdade você tem razão

Peguei o noot e comerçei a tirar a copia daqueles dvd, depois sair do

quarto devaga, pois meu pai ou alguém poderia estar em casa. Não

tinha niguém, fui até o quarto dele e destranquei com o mesmo misse,

entrei e fui direto na escrivaninha, guardei os dvds falsos e fiquei com

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os originais, já ia saindo do quarto quando alguma coisa me fez voltar,

uns pensamentos estranhos, como se fosse um aviso, abri novamente

a gaveta e peguei a arma prata de meu pai, depois fui na escrivaninha

do quarto e peguei a outra arma, e sair rapidamente, quando entrei no

quarto da Nathy, ela estava falando no celular.Peguei um casaco bem

grande e usei colocando as duas armas e os dvds dentro dos bolsos

internos do casaco.

- Quem foi?

- Tava marcando uma viajem pra gente

- O que? vamos viajar? mas agora, e meu pai, minha mãe o Bernado?

- Kathiê...Kathiê vamos para Nova York, vamos tentar salvar o

Bernado

- Hum ok

- Mas antes vamos na delegacia

- Pra que horas estar nosso voo

- Pra daqui a umas 3 horas

- Não tinha pra mas cedo?

- Não, mas calma vamos salvar o bernado

- Não sei não, temos que conseguir, ai meu deus só em imaginar o

quanto eu fiz mal pra ele, eu o huminhei, maltratei, substimei ele

- Calma Kathiê, ficar se mastilizando agora não adianta nada, mas

deixe tudo isso pra você falar pra ele.

- Não vou falar nada pra ele, eu nem me importo com ele, só quero

salvar ele, por que eu quero ele longe e não morto

- Hun rum mas temos que ir

Saimos do quarto e fomos para porta da sala, chegando lá, quando já

estavamos saindo, meu pai chegou

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- Oi Natalia, vai pra onde

Me deu tanto nojo, tanta raiva, que deu vontade de esganar ele, mas

não sei como, conseguir fica calada, imovel com os olhos vermelhos

- Vamos sair...pa...pai

- O que foi filhinha estar com uma voz tão estranha

- nada de mas é coisa de menina

- Hum ta bom, bom passeio e hoje esse garota não vai dormi aqui não

Eu não aguentei isso, passei na frente de minha irmã e fiquei de um

jeito que dava pra ele ver bem meus olhos, e antes que a Nathy

pudesse fazer algo eu comerçei a grita, mas tão alto que minha

garganta parecia sangrar.

- EU NUNCA, NUNCA IRIA QUERER FICAR AQUI NA SUA CASA,

EU TE ODEIO, EU PREFIRO MORAR EM BAIXO DA PONTE DO

QUE FICAR MAS UM MINUTO PERTO DE UM...

Minha irmã se entrometeu, rapidamente falando um pouco mas alto

que eu e me puxando pra traz

- Kathiê pare, pare, pense um pouco, Kathiê, pense

Meu pai percebeu que tinha alguma coisa acontecendo e segurou em

meu braço me puxando para ele

- Termine o que você ia falar, vamos

Não falei nada, mesmo estando com um no na garganta, e as lagrimas

rolarem pelo meu rosto

- FALA...AGORA

ele começou a gritar de um jeito que eu particulamente nunca tinha

visto, minha irmã prevendo o que estava preste a acontece entecedeu

por mim

- Calma pai, a Kathiê acordou hoje com TPM, e esta um pouco

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chateada por que...por que

- Fala Natalia, porque??

- Ela disse que o senhor não gosta dela

Ele se virou pra mim e em um tom ironico falou

- Então você acha que eu não gosto de você né?

Nada foi respondido por mim

- Fala não é?

Com muita dificuldade de falar eu sussurrei

- É

- Hã que lindo, eu não gosto de você, e sabe qual é o problema??

Balançei a cabeça de um jeito que dava a entender que não

- o problema é que você párece não se importa e fica na minha casa,

me atormentando, tudo seria bem melhor se você não existisse, mas

não é sua culpa e culpa de sua mãe, mais tudo bem mais uma vez eu

vou resolver esse problema

Natalia estava ficando vermelha

- Pai o que quis dizer com isso?

- Nada, nada. Vão... vão embora, e você Kathiê, vai procurar sua

turma bem longe daqui, não já basta a grana que tenho que mandar

pra você, ainda tenho que te aturar aqui em casa, já e de mas não

acha

Olhei pra ele bem lá no fundo de seus olhos e respondi,

- Claro

Já na rua, a natalia me perguntou

- I ai você estar bem?

- Na medida do posivel sim, você não sabe a vontade que eu estou de

acabar com aquele homem

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- É eu imagino, nem sei como ele pode ser meu pai

- Natalia

- o que foi

- lembrei de uma pessoa que pode nos ajudar e muito

- Quem?

- o Felipe

- por que ele?

- Não sei bem, mas quando o conherci, ele chamou minha mãe de

assassina

- Nossa e você fez o que??

- Na verdade eu não acreditei, pensei que ele estivesse mentindo,

inventando. Mas agora tudo faz sentindo

- Você tem o numero dele??

- Não, eu na época não gostava de ter os numeros de pessoas que

nem ele

- Pobre? é isso que você queria falar

- Sim, era isso, mas eu acho que ele estar na roça de minha avó, vou

ligar pra ela, peguei o numero dela na festa

- Ok

Liguei pra minha avó que não demorou pra atender

- Alo vó

- Oi Kathiê, o que aconteceu, pra você me ligar?

- Vó o Felipe estar ai?

- Sim ele estar. por que?

- Passa pra ele vó é urgente

- Você estar bem Kathiê

- Sim, sim vó passa pra ele

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- ok

Demorou alguns segundos e o Felipe atendeu

- Oi o que você quer?

- Eu descobrir, tudo, eu preciso de você, o Bernado ele precisa de

você

- Calma me fala dereito, você descobriu o que?

- Sobre meus pais, quer dizer sobre aqueles mostro que dizia ser

meus pais, não fala nada pra niguém por favor, eu ainda não sei em

quem confiar, preciso que você venha aqui, ou me encontre em algum

lugar

- Mas eu ai, ou aqui, não vai ajudar em nada, mas fico feliz que já

saiba da verdade

- Eles querem matar o Bernado

- Onde te encontro?

no aeroporto da Bahia, ta bóm? estou indo pra lá agora com a minha

irmã

- Ok, te encontro lá

desliguei o celular, e meus olhos já estavam cheios de lagrimas

novamente, a Natalia vendo que eu não ia falar nada perguntou

- E ai? ele vai nos ajudar

- Sim, precisamos ir pra Bahia agora, vamos encontrar com ele lá

- Então é bom adiantar, por que nosso vou pra nova York é da qui a

duas horas

Fomos direto pro aeroporto, pegamos o primeiro vou pra salvador,

durante o vou, tudo foi calmo, só o que me chamou atenção foi um

rapaz que estava sentado bem na nossa frente, ele mesmo

desfaçando, deu pra percebe que toda hora ele nos olhava, mas não

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dei muita importância, eu não tinha tempo pra paquera. Chegamos até

que rápido em salvador,e o Felipe já nos esperava. fomos em direção

a ele, chegando perto

- Oi Fe

- Oi

Ele olhou pra Natalia

- essa é sua irmã?

- Sim é a Natalia, Nathy esse é o Felipe

Eles se olharam e deram um beijo na buchecha de ambos, e eu

começei a falar de como iriamos salvar o Bernado

- Olha Felipe a nathi teve a ideia de irmos pra Nova York, pra salvar o

Bernado, meu pai, quer dizer o Braile ele planeja com a Claudia mata

o Bernado

- Eu já imaginei que eles iriam tentar fazer isso

sentamos em uns banquinhos lá no aeroporto, e começamos a

conversa, a natalia perguntou

- Felipe você pode nos conta direito toda a historia do meu pai, tudo o

que você sabe, pra ser mas facil de entender

- Claro

- Olha, eu tinha na época uns 5 anos, mas lembro claramente, minha

tia Lidiane, mae do bernado era mulher do Brailer, a Lidiane tinha uma

menhor amiga de infancia que era a claudia, eu estava na casa de tia

lidiane passando o dia, por que minha mãe estava ajudando ela a

cuidar do bernado que tinha só 3 meses de vida, só que naquela tarde

minha mãe saiu, ela recebeu um telefonema, e eu fiquei na casa de

minha tia, ela estava no quarto brincando comigo quando a campainha

tocou, ela colocou o Bernado no berço e foi ver quem era, eu fui junto

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com ela, ela olhou pelo olho mágico da porta e me mandou subir e me

esconder, bem escondido e não sair por nada do esconderijo. Eu

ainda quis saber quem era mas ela não me falou e fez sinal pra eu

fazer o que ela estava mandando. Sendo assim eu fui e entrei dentro

do armario.

Eu ansiosa, mesmo sabendo como terminava a historia emterropir ele

- E o Bernado? o que ela fez com ele?

- Você pode esperar eu termina de contar? ou quer que eu pare.

- Calma, só tava ansiosa, pode termina

- Então como estava falando antes de se enterrompido, eu escultei

uma suada lá embaixo e sair do armario, desci bem devagar, olhei pro

berço e o bernado não estava mas lá, desci devagar e fiquei da

escada, e vir quando a sua mãe Kathiê matou a minha tia de um jeito

muito cruel e depois saiu com o bernado nos braços.

Natalia segura na mão de Felipe e olhando pra ele fala

- Essa historia mexe com você né? calma vai ficar tudo bem, tá,

vamos salvar o Bernado e colocar esses bandidos atrás das grades. tá

Ele olhou pra ela e também colocou a outra mão encima da dela e

respondeu

- Eu sei que vamos conseguir, não sei como mas vamos

Eu achando toda aquela cena meio que desnecessária emterropi o

climinha

- Tá mas pra conseguirmos alguma coisa temos que para dessa

conversa mole e agir, que horas são

Foi a Natalia que respondeu

- Faltam apenas uma hora pra o nosso vou

Felipe

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- Vocês vão pra onde

- Nova york

- Por que você quer ir junto?

- Natalia não tem como ele ir, não tem passagem, só temos duais

passagem

- Kathiê agente compra na hora

- Natalia qual é o problema sabe que não dá, deixa o Felipe ai, ele já

nos ajudou contando toda a historia

- Mas Felipe ainda não falou, o que ele fez depos disso?

- você fez o que? depois de presenciar a morte de sua tia

- Hã eu lembro bem pouco, se eu não me engano eu sair da casa pra

procurar ajuda, e quando voltei a casa estava em chamas. Dai eu não

lembro de mas nada, hã só sei que acordei um mês depois no hospital

- Você falou pra alguém o que viu?

- Não, até me perguntaram se eu vir alguma coisa mas eu disse que

estava dormindo e quando acordei a minha tia já estava morta. No

enterro dela a sua mãe apareceu Kathiê, e chorou a berça.

- Ok mas e o ber...

- Quer saber do Bernado né? olha eu não sei o que aconteceu com

ele, no inicio ele ficou como desaparecido, e foi até dado como morto,

eu pensei em conta pra minha mãe tudo o que sabia, mas a Claudia

sempre estava por perto e quando ela souberse que eu sabia ia tentar

me matar, então fiquei calado e não falei pra niguém.

- Quando e como encontraram o bernado?

- Encontramos ele quando ele tinha 13 anos, ficamos sabendo que a

claudia o encontrou em um orfanato e deixou ele morar em uma

casinha em frente a casa de sua avó Kathiê

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- Sera que minha vó sabe de alguma coisa?

- Não sei, a claudia nunca entrou em detalhes do assunto, e eu contei

pra minha mãe quando encontramos o Bernado

- e o que ela fez

- ela achou melhor que agente se mudasse para o Merxico, ai depois

de uns 2 anos eu voltei pra ficar um pouco com o Bernado mas minha

mãe não veio junto comigo, pos ela sabia que corria risco de se

encontrar com sua mãe

- Nossa

- E por que você não me contou antes em? deixou chegar a esse

ponto, você poderia e...

- Cala essa boca , você nunca iria me dar ouvidos, fora que eu tentei

falar como você mas você ficou histérica. Você contou pra sua mãe?

- Sim contei

- E qual foi a reação dela?

- Ela disconversou sabe?

- é, acho que ela vai atraz de mim agora

Natalia se entrometendo

- Claro que não, afinal você estar com a gente e só vai sair de perto

quando estive tudo ok! não é

Felipe segurou na mão dela e respondeu

- Claro que sim

- tá então já sabemos uma parte da historia e já é o suficiente vamos?

A Natalia saiu de perto da gente e eu fiquei esperando ela voltar para

ela se desperdi do Felipe, quando ela voltou, o nosso voou já estava

sendo chamado e eu estava me despedindo do Fe.

- Xau! obrigada por tudo, e desculpa pelo o que minha mãe fez pra

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você e sua familia, eu realmente...

- Kathiê não precisa se desculpa de nada alem do mas ela nem é sua

mãe, você pode ter sido roubada, pensa nisso, ela é uma bandida e

mas nada

Aquelas palavras tão verdadeiras me fez sentir um no na garganta, a

Natalia, se metendo mas uma vez na nossa convessa

- Vamos gente?

- Como assim gente? é so eu e você Nathi

- Hã conseguir uma passagem pra o Felipe tambem

- Que bom

Estavamos indo todos juntos, só que na hora de entregar as

passagens a Natalia que estava na minha frente foi em direção a fila

de clase media, e eu sem entender muito perguntei

- Esta indo na direção errada mana

- Hã não só tinha lugar para o Felipe aqui, então comprei todas as

passagens na classe media

- Como assim todas as passagens em? você enlouqueceu foi?

- Não eu não enlouqueci, olha as passagens já estão pagas e se você

quiser chegar a tempo tem que ser nesse ou você pode ficar aqui,

fingir que nada aconteceu, e viver com a Claudia e...

- E o que?

- Deixa que matem o Bernado, é isso que você quer??

- Não... eu vou, precisamos chegar a tempo e se esse é o preço eu

pago. só espero que nossos assentos sejam em um lugar confortavel

e sem barulho.

Entregamos as passagens e entramos no avião.

Nos acomodamos, o assento da Nathy era do lado do Felipe e o meu

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era o de traz do meu lado sentou uma senhora. A viajem a pesar de

não ser dos meus sonhos foi bem tranquila, eu tentei dormi enquanto

não chegava no lugar onde iriamos fazer conexão, mas não consegui,

pois tinha pesadelos constante assim que fechava os olhos.

coloquei a mão dentro do bolso enterno do casaco e sentir a arma e

rapidamente tirei a mão dali, olhei ao meu redor com medo da

aeromoça que estava se aproximando perceber, vir do outro lado do

avião aquele mesmo homem que estava no nosso voou para salvador,

mas não dei muita importância.

Chegamos na Agentina era lá que iriamos fazer a conexão, descemos,

do avião e percebi que aquele rapaz não parava de me encarar,

cheguei perto da Natalia e o fe e comentei, O felipe olhou pro homem,

que virou a cara, ficamos o tempo nessário lá naquele aeroporto e

entramos no avião para Nova York, o homem também entrou, mas

dessa vez pegou um assento longe do nosso, nesse avião os

assentos eram de tres então sentamos juntos, eu observei que felipe e

a Natalia estavam de mão dadas mas não tinha nem caberça para

comentar, cada vez que estavamos mas perto meu coração acelerava

de um jeito que eu nunca tinha sentido em minha vida, essa viajem

demorou e muito, quando chegamos descemos e o Felipe ligou para o

Bernado, não demorou e ele atendeu

- Alo

- hello!

- Bernado

- hi felipe

- Pode falar em português por favor?

- Claro desculpe, é o costume

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- E ai como você estar?

- eu estou bem, e você

- Onde você mora em nova york?

- Eu moro em washington, porque?

- é que eu estou aqui no aeroporto de nova york, e gostaria de te ver,

sera que...

- Você estar agora onde?

- No aeroporto

- Vou passar ai pra te busca ok? não sai da ir

- Ok

Ele desligou o telefone e nos comunicou o que havia conversado, olhei

pra traz ansiosa e percebi que o mesmo rapaz estava de novo perto

da gente

- Nathy eu vou no Toalet ok?

- Tá mas não demora

Sair de perto deles e fui em direção ao banheiro, o homem atendeu o

celular, e pude ouvir ele falar " estão esperando alguém, senhor" mas

fingir não ouvir, fui no banheiro e consertei as armas que já estava

caindo do meu bolso, quando voltei para perto deles persebi que tinha

um menino ali conversando com eles.

- Ai meu Deus sera que é o Bernado?

Pensei sozinha, fui me aproximando devagar, e finalmente cheguei.

Era ele mesmo estava diferente, com mas corpo, com musculos,

maior, deixou o cabelo crescer, ele estava usando roupas diferente

também, estava com uma calça dins e uma blusa de manga grande

estava tão lindo. Eu fiquei parada olhando para ele pois não sabia o

que falar, fiquei perdida nos meus pensamentos até que a voz dele me

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fez voltar para realidade

- é o que você meu primo e essa garota linda vinheram fazer aqui?

veiu me visitar foi? é sua namorada?

Felipe

- não, ela é uma amiga, tem uma coisa muito grave pra te contar, e

não temos muito tempo, Essa é a Natalia a irmã da Kathiê

Se eu não me engano ele me emgnorou totalmente, fingiu que eu não

estava ali.

- Oi bernado como você estar? vejo que muito bem né? e ai as

namoradas em? deve tá pegando que só aqui em? não sentiu

saudades da sua galinha? O bendito

Natalia

- Kathiê...por que estar fazendo isso em? esqueceu por que estamos

aqui foi?

Bernado

- Deixa Natalia, eu já me acostumei, sentir sua falta Kathiê, e

respondendo suas perguntas sim eu sinto muita falta do meu Galo o

Bendito.

Felipe

- Bernado tem como irmos pra sua casa agora?

- Claro, eu estou de carro, comprei mes passado

- Não vai me responder Bernado, tá pegando geral aqui?

- isso não é da sua conta, alias o que veio fazer aqui?

- pode até parescer ironia...mais vim salvar sua vida

( berdo rir)

não sei por que falei aquilo tudo para ele, eu estava pálida estava tão

perto dele e o que mas queria era abraça-lo, mesmo que não

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admitisse, mas não fiz isso. já estavamos chegando na casa dele

quando a Natalia e eu percebemos que estavamos sendo seguidos,

avisamos para o Bernado mas ele não estava acreditando.

O jeito foi o Felipe tomar a força o volante das mão dele, foi bem

rápido sabe? o Bernado foi pro banco do lado, e o Felipe pisou no

acelerador sem medo.

- O que estar acontecendo em? Felipe estar louco vai mas devagar

ainda nem terminei de pagar esse carro

Natalia ficou olhando pra mim e eu comerçei

- Olha bernado, eu nem sei como te falar isso

- Por que não começa pelo inicio?

- Sua mãe verdadeira, foi assassinada

- Como assim assassinada? ela me abandonou tia claudia me contou

tudo ela conversou comigo.

Natalia olhou pra mim e começou a falar

- A claudia mentiu pra você bernado, não só pra você mas pra todos

nós, olha vem pra cá pra traz e a Kathiê te conta tudo.

- Eu, mas por que eu?

- Você acha que tem alguém melhor para explicar tudo pra ele se não

você?

- Você tem razão

Bernado e natalia trocaram de lugar com o carro em movimento, foi

muito, sei lá assustador

Ele olhou no fundo dos meus olhos e falou

- Estou aqui, pode falar

Comerçei a tremer como se estiversse em uma apresentação escolar

na frente de toda a turma

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Eu abaixei os olhos para não encontrar com os dele

- Minha mãe a claudia era menhor amiga de sua mãe, Lidiane...

Ele me enterropeu

- Não claro que não a tia claudia me falou que nunca conheceu minha

mãe verdadeira, que ela era dançarina de bordel, e poriço ela cuidou

de mim com ajuda de sua avó Kathiê

- Deixa eu termina, olha elas eram amigas e o meu pai o Braile era

marido, de sua mãe a Lidiane, só tinha um problema a minha mãe

tinha um caso com seu pai escondido, e sua mãe descobriu que

estava gravida de você

Ele fez gesto de que iria me enterroper mas eu coloquei o dedo em

seus labios e continuei

- O braile sempre quis ter filhos, só que minha mãe não podia ter

filhos, e com a gravidez da lidiane, meu pai terminou com minha mãe,

ela ficou com raiva, descontrolada e assasinou sua mãe, e sequestrou

você, não sei onde te deixou mas depois de um tempo ela fingiu ser a

amiga preocupada e disse que tinha te encontrado em um orfanato, e

o resto você já sabe.

- Como assim, Você estar louca, claro que não, não tem possibilidade

alguma de...de...nem quero pensar uma coisa dessa

Nathalia de lá da frente falou

- E verdade bernado tem que confiar na gente, sei que essa historia é

muito louca mas, não tinha outra maneira de te explicar, temos os dvd

que prova algumas coisas do que falamos, a Kathiê escultou o meu

pai e a Claudia conversando eles estam atraz de você querem te

matar. O braile não sabe que você é o filho dele, nunca soube, ele

acha que o filho estar morto, e que você, descobriu o segredo da

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claudia, eles estão com medo e querem acabar com você antes que

sejá tarde de mais

- Não consigo acreditar nisso, desculpe, eu quero ir pra casa, Felipe

sera que pode me deixar dirigir agora?

Alguma coisa tinha acontecido o carro que estava átras da gente

desapareceu.

- Bernado cara, por que estariamos enventando isso em?

- Vocês sabiam que foi o Braile pai da Kathiê, que a pedido da tia

claudia, conseguiu essa bolsa de estudos aqui pra mim

Eu já chorando segurei em suas mão e quase implorei

- Confia em mim, por favor, você estar correndo risco de vida, não

pode voltar pra casa, não pode, entendeu...eles...eles vão te matar

Ele limpando as lagrimas que derramava nos meus olhos, falou

enquanto Felipe encostava o carro no acostamento, para concerta o

forro do banco que estava escorregando

- Calma, não vai acontece nada, ta bom, por que estar chorando em?

nunca se importou comigo, sempre me desprezou, humilhou, judiou,

por que agora estar aqui chorando e implorando que acredite em

você?

Fiquei muda, Natalia

- Bernado depois vocês vão ter tempo de sobra para conversa agora

temos que ir para o Parana e denunciar aqueles bandidos, o Felipe já

estava ligando o carro novamente quando um carro surgiu não sei de

onde, em alta velocidade e veio em cima da gente, o Felipe até que

conseguiu se desviar em uma velocidade surreal mas bateu o carro

em um poste.

- Natalia você estar bem?

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Eu perguntei

- Sim, só machuquei a perna, mas o Felipe não parece bem...Kathiê

ele não estar acordado, precisa de uma anbulancia

- Bernado estar bem

- sim estou e você

- Kathiê o Felipe precisa de uma anbulancia agora

Eu sair do carro com o bernado e fui ajudar a Natalia a sair peguei o

celular e já estava discando anbulancia, quando uns cara chegou e me

segurou pelo braço e me colocou dentro do carro dele, colocou o

Bernado a Natalia tambem, comercei a gritar mas logo amordaçaram

nossas bocas, estavamos perdidos, iriamos todos morrer, eu tinha

certeza disse, e o Felipe poderia estar morto naquele carro batido em

uma estrada deserta.

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14° A vingança:

As janelas do carro era toda preta, a perna da Natalia estavasangrando, os homens aplicaram uma vacina com um liquido azul na Natalia e no Bernado que não reagiu, quando chegou a minha vez,

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começei a me estremecer, esticar os pés bater nos homens, tentei passar pra frente e pegar no volante, mas um dos homens me deu uma coronhada com o cabo da arma e eu adormeci.Acordei com alguém passando as costa das mão no meu rosto,acordei assustada, minha cabeça doia muito, quando abrir os olhos devagar pude ver o Bernado.- Estar melhor?Balançei a cabeça que sim

- que bomEle levantou-se e se afastou de mim, eu levantei do chão. e olhei ao meu redor, estavamos em um lugar pequeno, parecia ser um quarto velho, sem mobinha nenhuma,no teto tinha uma tampa igual essasque se encontra na rua tampando o esgoto. No canto tinha um cochonete um lençou e um banquinho velho, a Natalia estava deitada no colchonete dormindo, olhei para o bernado que estava sentado no banco agora- Sabe que horas são?- Levaram todos os celulares que estavam com agente- E o meu?- Pegaram no teu casacoMeu Deus as armas, os dvd, tava tudo no casaco, coloquei rapidamente a mão dentro do casaco e não achei a arma. Comerçei asuar frio, Bernado vendo meu desespero- Estar procurando alguma coisa?- Sim os dvd estavam no meu bolso- Junto com duas armas, eu quardei antes que descobrisem, estar bem escondido.- Obrigado, sabe onde estamos,- não, só sei que quando, acordei estavamos em um avião, mas me doparam de novo- Temos que sair daqui, não sei o que estar acontecendo direito masisso não é nada bom, temos que acorda a Nathalia e da o fora.- Hum...Kathiê posso só te fazer uma pergunta?- Sim o que é?Ele veiu se aproximando de mim devagazinho, passou uma de suas mão em meus lindo cabelos ruivos. meus olhos esbugalaram,ele continuou- Por que esta fazendo tudo isso em?- Como assim? por que eu quero justiça. quero...quero!!! que meus pais paguem pelo que fizeram de ruim pra todo mundo. por que eu

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descobrir que minha vida, era uma mentira, eu não sei mas quem eu sou, não sei de onde vim.- Só por isso mesmo?Fiquei alguns segundos pensativa, mas respondi por impulso- Não, não queria que nada de ruim acontecesse com você- Por queO labio dele estava tão perto do meu agora que foi quase impulsivel não beija-lo- Por que...eu...que...eu- Que?Nesse momento a Natalia acordou,chamou nossos nome alto, quebrando o clima, fomos ver o que ela queria, ela estava com aperna ferida, uma ferida feia, estava com um corte aberto na perna, estava ficando roxo.- Você estar bem?- Ai,ai Katy tá doendo muitoMinha irmã estava chorando, muito, partia meu coração ver aquilo, olhei pro Bernado- Não sei o que fazer? ela precisa ir pro hospital- Eu sei,Ele tirou a camisa, Nossa sei que não é momento de observa o corpo dele, mas não pude deixar de ver ele tava tão, tão lindo. ele amarrou a blusa na perna dela, que gritava de dor. No cantinho da parede perto da porta tinha um copo de aguá e um prato plastico com um pedaço de galinha com feijão e arroz. Peguei a agua, cheguei perto dela eretirei a blusa do Bernado de sua perna, molhei a blusa com um pouco da agua e limpei um pouco a ferida, cada vez que eu tocava me dava vontade de vomitar, sei lá tinha muito sangue, Bernado segurou naminha mão e me ajudou a limpar depois colocamos a blusa amarrado de novo.- To com sedeDei pra ela o resto da agua que havia sobrado e ela dormiu novamente(Bernado)- Acho que a agua estava benzida- é melhor ela dormi, pelo menos não sentira tanta dor- verdade, nunca tinha visto esse seu lado bomOlhei pra ele com os olhos cheios de lagrimas e não conseguir mas prender o choro, desabei em lagrimas. Cair no chão chorando e elesentando ao meu lado me abraçou. ele ficou quieto mexendo nos

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meus cabelos, enquanto eu me desesperava de tanto chorar.Não sei quanto tempo fiquei ali chorando, mas quando parei de chorarminha cabeça estava parecendo um tijolo de tão pesada.- Ai minha cabeça estar doendo muito. Sera que já anoiteceu?- Eu acho que sim- Por que?- Quando você dormiu eu fui até a porta e persebi que tem um buraquinho que da pra ver do outro lado, não todo o local mas a metade.- Tem gente?- Nao vir ninguém, esta tudo silencioso, e se tiver deve ser duas outrês pessoas...acho que tive uma ideia- Qual- As armas estão todas cheia de bala?- Não sei te dizer eu acho que sim- Olha agente pode tentar arrombar a porta- Quer que agente mate, quem estiver do outro lado?- Não precisamos matar,sei lá- ok, mas e a Natalia?- Não sei, talvez seja melhor deixa ela aqui

- Como assim eu não vou deixar minha irmã pra traz.

- Olha eu não quis falar isso, só quero dizer que ela esta muito

machucada, se agente conseguir sair daqui, podemos chamar

anbulancia pra ela.

- Não sei não

- é bom tentarmos sai logo, eu acho que estar amanhecendo.

Tentamos arrombar a porta que era de madeira velha, mas não estava

conseguindo, o Bernado também não conseguia, parecia que tinha

alguma coisa enpedindo de abri-la, Bernado pegou as armas que ele

tinha guardado debaixo do colchonete, me deu uma. O problema é

que eu não sabia usa-la, mas tudo bem. Ele deu um tiro na porta, e

chutou ela em seguida com tanta força, eu coloquei as mãos no

ouvido, o barulho foi muito grande, quando conseguimos sair demos

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de cara com dois homens, Um era alto e magro e o outro era mas

forte. eles estavam armados, Bernado começou a lutar com o maior

deles e eu com a arma apontada para o outro tremia, eu não sabia o

que fazer, queria ajudar só não sabia como, o cara dando risada foi se

aproximando de mim com uma arma bem grande na mão

- Não se aproxime ou eu atiro

- Atira é?

- hurum

Ele parecia não acreditar, foi vindo mas rápido, quando já estava bem

perto de mim eu fechei os olhos e atirei, só escultei o grito dele,

Bernado nesse meio tempo tinha prendido o homem maior em um

poste de madeira e enrolou ele todo com fita ensolante. Quando

escultou o desparo da arma ele olhou pra mim.

- O que você fez?

Eu tremia muito, quando abri os olhos, o homem estava sangrando no

chão, ele tremia, e sagrava muito pela boca e na barriga, Eu começei

a chorar, desesperada

- Bernado... o que eu fiz ! Bernado?

Ele me olhava, de um jeito diferente, o homem no chão agonizava pra

morrer e eu chorava e tremia, Bernado se aproximou de mim e me

abraçou passando a mão pelo meu cabelo tentando conter minhas

lagrimas, apertei bem forte seu obro enquanto me desatava a chora.

Ficamos preso naquele abraço até que ele me afastou enchugou

minhas lagrimas e disse.

- Não chore mas, você não teve culpa

Ele pegou a arma de minhas mão e atirou três vezes no homem que

agonizava no chão, depois revistou o homem que ele prendeu,

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procurando alguma coisa, que não achou, voltou se abaixou no chão e

começou a procura no homem que estava morto agora, encontrou um

celular, voltando pra perto de mim, me deu o celular

- Ligue pra anbulancia e avisa a nathy que vão, vim salvar ela ok? vou

ve se eles tem carro ou moto, pra gente sair daqui

Eu balançe a cabeça, indicando que tinha entendido, liguei pra

anbulancia, e fui ver a nathy, coloquei a mão em seu pescoço ela

tremia de frio estava muito quente

- Nathy?

Chamei ela varias vezes até ela acorda

- hum

- olha eu...e o Bernado vamos fugir, liguei pra anbulancia, eles vão

rastrear o numero, e estão a caminho pra te salva viu? mana, vai ficar

tudo bem

Ela nem teve condiçoes de discutir comigo, dei um beijo em sua testa

e sair. fui ver onde estava o Bernado. Encontrei ele lá fora.

- Oi

- Oi falou com ela

- sim ela esta com muita febre... eu acho

- Ela vai ficar bem vamos

Tinha um moto ali, eu subi em cima e o Bernado deu partida, agente

não sabia onde estavamos,e as placas que encontramos pelo

caminho, não ajudaram muito, estavamos indo em alta velocidade.

Paramos em frente a uma delegacia, enfii aquele pesado estava

acabando. descemos da moto e entramos. Já estavamos entrando na

sala do delegado quando o celular que estava comigo tocou, olhei o

numero e reconheci, era o numero de minha mãe, amostrei pro

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Bernado, e ele mandou eu atender. Atendi antes de entrar na sala do

delegado.

- Alo

- kathiê?

- Achou o que? que era seus capangas em? você foi desmascarada

sua vadia...assassina eu tenho nojo de você

O Bernado tomou o celular de minha mão, não me dando a

oportunidade de falar mas nada. Ele ficou pálido, antes mesmo de

falar qualquer coisa.

- O que foi Bernado? o que ela estar falando?

Ele não me respondeu só falou

- Onde encontro com vocês?

- Ok

Ele desligou o celular, olhou pra mim, segurou em minha mão e me

tirou da li, quando saimos da delegacia, ele falou

- Esse celular tá com rastreador, joga fora, eles estão com a mãe do

Felipe minha tia, querem que eu me entreguem ou eles vão mata -la e

depois vão vir atrás de você, eles não querem que eu envolva policia

nisso

- Onde querem nos encontrar?

- Estamos no parana, querem me encontrar, no terminal desativado

que tem a umas seis quadras daqui. mas querem que eu vá sozinho,

sem ninguém

- Esta louco, não vou deixar você se matar, não vou

Ele me abraçou bem forte, e olhando no fundo dos meus olhos, e me

beijou, bem devagar eu sentir cada toque dos seus lábios nos meus,

senti a minha língua desesperadamente procurando a sua e o calor

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dos seus braços em meu pescoço, não demorou muito quando

paramos ele ficou com meu rosto em suas mão.

- Eu vou, sozinho, vai ficar tudo bem, confia em mim, tá?

Eu ainda aeria com aqule beijo respondi

- Sim mas...por favor cuidado

Ele subiu na moto, me deu um beijo na testa e seguiu, eu fiquei

parada ali, pensado, até que tomei uma decisão.

Entrei na delegacia e fui falar com o delegado. Eu contei tudo pra ele,

dei as provas, falei do começo até o final. A policia começou se

organiza pra ir atrás do Bernado e eu ia junto, é claro. estava

demorando muito eu até tentei da preça mas não tive muito sucesso,

então decidir ir na frente, peguei um taxi e me mandei pro local,

cheguei, lá, sair do taxi correndo sem pagar, quando avistei o Bernado

ele estava no chão sangrando e o Brayle estava com uma arma

mirando a cabeça dele, sair correndo pra ajuda -lo. Dei um grito

- Pare pai, pare

Cair no chão ao lado dele, meus olhos encheram de lagrimas quando

vir ele naquelas condições. Meu pai me levantou da li, pelo braço

- Saia da minha frente garota estúpida

- O BERNADO É SEU FILHO

Gritei na hora do desespero, ele baixou a arma e falou

- Como assim? meu filho estar morto

Ele olhou pra traz e foi só quando percebi que minha mãe,e o Rogerio

também estavam lá. Não quis ficar muito tempo olhando pra eles,

voltei minha atenção para o Bernado.

- Tá falando isso pra salva teu namoradinho né?

- Claro que não, ele não é meu namoradinho, ele é seu filho a claudia,

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tá querendo fazer você matar, a única coisa que resta sobre a Lidiane.

eu descobrir tudo.

Quando falei aquele nome, minha mãe estremeceu, onde estava, ela

se aproximou.

- Do que estar falando menina mal agradecida

- Estou falando a verdade coisa que você nunca fez, nem mesmo pro

seu parceiro né? como pode ser tão cruel? assassina, eu tenho nojo

de você

- Cale essa boa, não sabe do que esta falando, eu te criei do jeito

certo ou errado fui eu que te eduquei, e te dei tudo o que você tem

hoje

- Preferia estar morta, preferia estar pobre do que estar com você, eu

tenho nojo de você, você não é minha mãe, você é um mostro

Ela virou a mão na minha cara e eu avançei em cima dela, foi uma

coisa horrivel, eu cair no chão e ela caiu por cima, eu estava puxando

os cabelo dela quando O Brayle nos separou, levantou a Claudia de

cima de mim pelos cabelos, ela começou a gritar e tenta sair dos

braços dele, ele a perguntou

- Claudia, você já mentiu muito pra mim, só quero que tenha coragem

de mim falar a verdade, você matou o meu...o filho da Lidiane?

- Claro que sim

- tem certeza?

- Sim

Nesse meio tempo conseguir me aproximar do Bernado, e com a mão

em seus cabelos falei

- Estar bem? aguenta firme tá

O Rogerio me afastou do Bernado, e me levantou, eu tentei de todas

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as maneiras me livra dele mas não conseguir, eu acho que a Claudia

falou a verdade para o Brayle por que ele estava batendo muito nela,

não vou negar que mesmo ela não merecendo eu sentir um aperto no

coração quando vir ele fazendo aquilo nela, eu o emterropi

- Brayle agora que sabe do bernado não vai mas mata -lo

né?podemos ir embora?

Ele virou pra gente e veio arrastando a claudia que estava com o rosto

todo machucado pelo braço junto com ele.

- Claro que não vou poder deixa -los sair, gracinhas

- Mas por que?

- Como por que, eu mandei o Bernado vir sozinho e você veiou com

ele, fora que sendo ou não meu filho ele não gosta de mim e disso eu

tenho certeza, ele não me perdoaria, e iria tentar me destruir depois, e

eu não vou deixar uma ameaça viva por ai

- Vai matar seu próprio filho? aquele que você jurava estar morto?

Ele nem respondeu fingiu não me ouvir, então eu continuei

- Por que você mandou esse Tal de Rogeriu me estrupar em?

O Bernado levantando do chão com muita dificuldade, falou

- O que, você mandou o que?

- Bernado fica fora disso por favor

- Não, não da mas pra ficar fora

O brayle rescebeu uma ligação, ele não falou nada só fez colocar no

ouvido o celular e desligar, ele estava vermelho, com as mãos

fechadas em punho

- Então os espertinhos chamaram a policia?

O bernado olhou pra mim e eu fechei os olhos.

-Acharam o que em? que dos moleques de 17 anos ia, me prender

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foi?

O bernado que respondeu

-Não achamos nada, você vai mofar atrás das grade

- Ha é? é isso que você quer é?

O Brayle olhou pra mim, saltou a Claudia, e tirou uma arma maior que

as que eu já tinha visto, mirou em minha cabeça e falou

- Você vai ser a primeira se não fosse tão entrometida, as coisas não

teria chegado onde chegou.

- Não me culpe pelas suas burradas

Foi tudo tão rápido, o Bernado se jogou na minha frente na hora que

ele ia atirar e a Claudia se jogou por cima do Brayle ,gritando pra ele

não me machucar, escutei o barulho da policia, o Brayle começou a

puxar a Claudia pra ela larga ele, e ele disparando tiros pra tudo que é

lado, eu segurando no Bernado sairmos correndo, o Rogerio quando

percebeu que a policia estava chegando entrou no carro e deu partida,

eu queria impedir mas o Bernado não deixou eu sair do lugar em que

estavamos. Escutei mas um tiro e a policia chegou, não deu pra ver

direito o que estava acontecendo, então sair correndo de onde

estavamos deixando o Bernado só. fui ver o que tinha acontecido,

quando me aproximei do local, tinha muito sangue lá, olhei pro chão e

vir a Claudia ela estava morta, tinhas uns homem, tentando tirar ela do

chão e colocar-la em um lugar parecendo um caixão de metal. Sentir

um frio na barriga, talvez por que ela me criou, e certo ou errada foi ela

que me deu amor, que ficou acordada dias e mas dias pra cuidar de

mim, foi ela que estava lá quando eu mas precisava, pra conversa de

tudo, namorados, quando virei moça foi pra ela que eu contei, ela era

tudo que eu tinha, mesmo não valendo nada, ela não podia ter esse

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final. Me jogando no chão comerçei a chorar, abraçei ela, enguanto

tentavam me afastar, eu tremia, meu coração doia tanto, eu queria

tanto escutar a voz dela, preferia ve-la na cadeia mas morta não. só

em pensar que nunca, jamais ia pode toca -la e conversa com ela, eu

estava sozinha sem ninguém, acho que eu não merecia isso.

Conseguiram me tirar a força de perto dela e a levaram, não sei

enserto pra onde, eu estava vendo tudo embasado só sentir alguém

me abraçar e tudo escureceu.

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15° Um final quase feliz:

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Acordei em um quarto,branco estava com uma agulha no braço,era

um hospital, eu já conhecia muito bem essas paredes, olhei ao meu

redor e não tinha ninguém, tentei voltar a dormi mas as cenas do que

tinha acontecido me torturava. Tentei levantar, mas não conseguia

ficar de pé, eu estava com uma mascara de respiração no rosto,

levantei a mão para tirar, quando o medico entrou no quarto

- Bom dia menina Kathiê, como esta se sentindo?

Ele colocou a mão na minha testa e mediu minha temperatura,

respondi sem vontade

- Acho que estou bem, você...o que aconteceu comigo?

- você desmaiou e sentiu falta de ar

- E o Bernado, cáde ele?

- Esta em outro quarto, ele estava com ferimentos leve já deve estar

sendo liberado.

- O que aconteceu com os outros?

- Que outros?

Percebi que ele não devia saber de nada, então mudei de assunto

- Quando vou poder sair daqui?

- Assim que acabar com esse soro, já podera sair

O medico saiu novamente, e eu fiquei só olhando para as paredes

brancas gelo. não demorou muito e o medico voltou, meu soro tinha

acabado, ele retirou as coisas de mim e eu fui liberada, minhas pernas

ainda estava bamba. quando sair do quarto e cheguei no corredor dei

de cara com o Felipe, ele estava bem, apesar de estar com um

corativo bem na testa, cheguei perto dele e falei.

- Oi

- Oi

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- Você parece estar bem

- É eu estou, só tive arranhões na cabeça, logo logo vou tirar isso

Sabe noticias da Natalia?

- Nem fale dela, meu coração estar na mão, não sei dela

- O Bernado ele já vai ser liberado

- Já sabe o que aconteceu?

- Não Kathiê não precisa falar nada agora tá.

- Mas eu preciso falar.

Agente ficou no corredor por um tempo, conversando, quando o

Bernado chegou, ele estava com uma aparencia boa, estava com a

perna enfaixada e com um bandeide perto do olho. quando o vi me

atirei em seus braços.

- Ai tive tanto medo por você, como você estar se sentindo em?

Ele gemeu um pouco e eu me afastei

- Minha barriga doe um pouco, mas tu estou bem e a Natalia?

- Ainda não sabemos dela,

Felipe ficou conversando, com o Bernado e eu fui na recepção, peguei

o telefone e liguei para delegacia, onde eu estive, falei da minha irmã,

e eles me avisaram que a anbulancia a levou pra aquele mesmo

hospital. já que era o único daquela cidade. dei o nome dela na

recepção e eles me deram o adesivel de visitante, voltei pra onde

estava o Bernado e o Felipe

- Ela estar aqui mesmo, vou visita-la

O Felipe que respondeu

-Ok, manda um beijo pra ela

Subir o elevado e fui visitar minha irmã, quando entrei no quarto, ela

estava sentada na maca

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- Oi como se senti? Princesa

Ela olhou pra mim

- Estou bem, e você parece que também estar

- Estou! eu acho o Bernado e o Felipe estão lá em baixo no corredor, o

Felipe te mandou um beijo, posso saber o que estar rolando entre

vocês dois em?

- Eles estão bem

- Sim estão, mas não fuja da minha pergunta

- A Kathiê estamos, nos conhecendo

- Ele é um gato, se eu fosse você eu pegava

- Kathiê isso não é hora de falar sobre isso

- Hã mana pra falar de amor não tem hora

- E você e o Bernado

- Não tem eu e o Bernado, ele agora estar bem e vai fazer o que

quiser da vida dele, eu não estou nem ai

- Nossa! Tá mas vai dizer que ele não estar um gato?

- Tá eu admito que ele estar super lindo, fofo que aprendeu a falar,

que esta se vestindo bem, que tem um cabelo macio e um beijo

quente e muito gostoso.

- Nossa tudo isso? eu só perguntei se ele estava um gato. perai você

beijou ele? hã não acredito eu dava tudo pra ver isso e ai vocês estão

juntos?

- Natalia claro que não, só foi um beijo de fraqueza nada mas, e fique

sabendo que foi ele que me agarrou eu fui vitima

- Como se você não tivesse gostado né?

- Tá posso até ter gostado um pouquinho, mas agora não é hora de

falar sobre isso.

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- E o que aconteceu? com a Claudia o Brayle, Rogerio?

- Mana depois agente conversa sobre isso, você teve alta

- sim

Saimos juntas do quarto, os medicos falaram que ela só teve uma

infecção na perna, mas estava bem agora, lá embaixo, encontramos

com os meninos, Felipe e a Natalia assim que se viram, se beijaram

eu olhei pro Bernado, mas ele não estava prestando atençaõ em mim,

pegamos um taxi, para a delegacia, para saber o que tinha acontecido,

com o Brayle e o Rogerio. mas graças a deus que dessa vez o Felipe

tinha dinheiro para pagar. Quando chegamos lá, eu fui a primeira

entrar, o delegado estava na porta

- Oi bom dia

- Bom dia

- Eu quero saber o que aconteceu, com o Brayle, o Rogerio...

- Que brayle? ha sei sim quem é ele, estar preso, junto com todos que

estavam com ele. As crianças adolecentes que estavam preso com

eles já estão en casa. acredita que eles sequestravão elas, no

mercado, escolas, de um estado, pais e traziam pra cá!

O Bernado estava atrás de mim, e o Felipe ficou do lado de fora com a

nathy

- Posso visita -los?

- Vai visitar o homem que mandou estrupar você?

- Eu preciso saber de uma coisa

- claro

O Bernado não queria que eu fosse, mas eu era teimosa e fui, ele não

foi comigo, preferio me esperar ali. Um policial me aconpanhou até la.

Quando vir ele, algemado e com o cabelo raspado me deu uma

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pequena vontade de sorrir, e ao mesmo tempo de matá-lo

- O que você quer aqui em? não já basta eu estar preso não em?

- Na verdade pra mim isso é muito pouco, eu queria ver você, implorar

pela vida, queria que você morresse sozinho no frio da madrugada

sem nada pra comer, queria que você apodrecesse vivo, na real eu

queria que você sumisse.

- Só que nem tudo que agente quer acontece, por que se acontecesse

pode cre eu não estaria aqui

- Eu quero saber de quem eu sou filha

- Você nunca vai saber disso vai ser orfã, assim como o seu

namoradinho

- Ele não é meu namoradinho, eu já falei, e olha eu tenho certeza que

ele preferia ser orfã do que ter um pai como você

- Pode até ser eu não estou nem ai, só escreve uma coisa, eu ainda

vou sair daqui, e quando isso acontece...(risos) você vai se arepender

de um dia ter entrado no meu caminho, eu vou acabar com você e

com cada pessoa que estiver ao seu redor

Eu sentir um arrepio pecorrer meu pescoço

- Não vai me dizer mesmo de quem eu sou filha né?

Ele não respondeu só ficou dando risada,fiquei com tanta raiva dele

que perdi a cabeça, dei um chute no meio das pernas dele com toda a

raiva que estava sentindo, dei com tanta vontade que ele caiu na

mesma hora no chão, sem fôlego até pra gritar, depois subir por cima

dele e peguei ele pelo pescoço, eu não tive força suficiente para

engargela-lo, e o policial que estava perto me tirou dali levando ele de

volta, enquanto eu grita-va em lagrimas

- VOCÊ VAI MORRER AQUI SEU DESGRAÇADO, VAI MORRER EU

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TE ODEIO...

O Bernado tinha razão, não era pra eu ir ver aquele demônio

disfarçado de gente. cheguei perto do Bernado, chorando, ele me

abraçou. Já estavamos saindo quando o delegado me chamou

- Moça

- Hum?

Virei pra tras

- Não sei se é de seu enteresse mas aquela mulher que morreu a

claudia, ela vai ser enterrada hoje no cemiterio do interior da Bahia,

hojè a tarde as 14/00. eu acho que você sabe onde é ne? no lugar

onde ela cresceu

- Obrigado, mas eu não vou

Sair dali e voltei para o taxi que ainda esperava com a Natalia e o

Felipe, no caminho até o taxi eu e o Bernado não falamos nada, eu

fiquei abraçada com ele,a Natalia foi a primeira a falar

- E ai como foi?

- Não foi? o Brayle ele não quer me dizer quem é minha mãe.

- Kathiê, você não acha que pode ser melhor esquecer essa historia,

que só trousse tanto sofrimento? eu já sei o que aconteceu o Felipe

me contou, eu sinto muito por ela, sei que você a ama-va

- tá tudo bem, mas eu queria tanto saber quem é minha mãe

O Felipe me enterropeu

- Pra onde vamos?

O Bernado

- Eu tenho que voltar para nova York, tenho que termina o curso,

pagar o carro que eu tinha né? e agora estar em pedaços

Eu fiquei plerplexa com o que ele acabou de falar, levantando a

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cabeça do ombro dele

- Você vai voltar?

- claro, agora que estar tudo certo, eu vou voltar

- como assim você vai voltar? depois de tudo o que aconteceu

- O que aconteceu já acabou, por que? tem alguma coisa que me

prenda aqui?

- seu primo?

- hã eu vou visita -lo no Merxico de seis em seis meses

- serio isso

- por que? tem alguma coisa que queira me dizer?

Fiquei parada com os olhos cheios de lagrimas, ele não podia estar

falando serio

- Não, não tenho nada pra te falar Bernado! pode ir embora, vá e não

volte nunca mas.

Ele não falou mas nada, o taxi parou no aeroporto e fomos comprar

nossas passagens, a nathy e o Felipe compraram as nossas

passagens para Salvador e o Bernado comprou a passagem para

Nova york, na hora de se despedir, ele falou com todo mudo, depois

chegou perto de mim e segurou em minhas mãos que gelaram.

- tchau, obrigado por tudo o que fez por mim, obrigado por mim apoiar

nos momentos dificeis e por confiar em mim, obrigado também por te

deixado eu conhece o seu lado bom.

AI enquanto ele falava não parava de olha pra aqueles olhos castanho

claro, quase verde, aquela boca vermelha, aquela pela branca e

macia, não deixei ele termina, dessa vez foi eu que o beijei, parecia

que eu estava com sede de sua boca, quanto mas o beijava mas dava

vontade de ficar ali, parecia que estava entrando em frenesi. nossos

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labios se união tanto que parecia um só, foi o beijo mas demorado que

eu já dei em minha vida. E o melhor também, eu não sou menina de

sair beijando qualquer um. quando finalmente larguei ele, ele falou

ainda segurando minha cintura.

- Tem certeza que eu posso ir?

Não resistir, começei a rir e em sorrisos falei

- não, não quero que sai de perto de mim, pra fica com aquelas

novayorkinas chechelentas, eu te adoro, gosto de ficar com você e de

beijar você também, você me faz bem, eu acho que te amo Bernado.

Nunca imaginei que isso fosse acontece. Você me completa, não me

deixe orfã de seus braços, do seu cabelo cheiroso, não me deixe sem

o brilho dos teus olhos, sem sentir essa sua pela macia, quero te beijar

a todo momento, me desculpe por tudo, por não te dar valor, por te

humilhar, judiar, tudo, acho que eu fazia tudo isso por que queria que

você estivesse sempre perto de mim, mas quando você foi embora,

quando eu fui "sequestrada", quando estava precisando de você e

você não estava lá, quando queria gritar com alguém, queria por a

culpa de tudo o que tinha acontecido de ruim você também não estava

lá. foi nesses momentos que eu percebi o quanto você faz a diferencia

em mim. Eu te odeio garoto por que eu te amo, e não importa se você

é caipira e fedi como um porco ou se tem um amigo que é um galo,

eu não quero mas deixa você parti.

Nossa eu fiz um discurso e ia continuar falando mas ele me tomou nos

braços em um beijo de tirar o folego

- Eu também amo você sua, metida, sempre amei ou você acha que

porque, mesmo você fazendo tudo o que fazia comigo eu senpre ia

quando você me gritava? por que eu te adoro e é claro que te perdoou

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minha princesa. E eu não fedia como um porco

- Melhor nem comentar

A Nathalia e o Felipe começaram a bater palmas junto com uma

galerinha de desocupados que ficaram parados escutando a minha

conversa com o Bernado, ele não foi pra Nova york agente fomos

todos juntos para salvador, eu estava muito feliz.

Apesar de estar indo, pra um lugar que não era muito do meu agrado.

a viajem foi bem tranquila, chegamos lá fomos para a roça de minha

avó, mas antes paramos para comer alguma coisa estava faminta,

acredite ou não comemos em uma churrascaria,(risos) pense eu em

uma churrascaria. de lá viajamos.

Quando chegamos na roça ia dar 14:00 h da tarde e minha avó estava

se arrumando pra sair, eu sabia pra onde ela ia

- Oi vó

- Oi minha neta,você aqui

- vó não importa o que aconteceu, nem se você é ou não minha avó

de verdade eu te amo, e sempre vou te amar, obrigado por tudo

Minha avó chorando, me abraçou

- Também amo você, minha linda

- só queria saber se a senhora sabia de tudo, sobre mim, e sobre o

Bernado

- sim Kathiê eu sabia, mas não podia falar nada, era minha filha, não

tive coragem de denucia-la e o Bernado ele era tão lindinho, se

descobrissem que ele era filho do mostro do Brayle, com a mãe morta

ele iria ser criado por um mostro ou ficaria em um orfanato, então

concordei em ficar calada, e cuidando do menino como neto.

- Poriço não gostava de ir pra casa de meu...quer dizer do Brayle e da

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Claudia né?

- É sim, minha linda

- Pode me responder só mais uma coisa?

- Claro

- Sabe quem é minha verdadeira mãe?

- Não Kathiê, só vim saber da sua existência, quando tinha 3 anos,

pensava que você era realmente filha da Claudia

- Vó eu vou contigo

- Kathiê não precisa, eu sei o que isso significa pra você

- Eu quero, ela pode ter feito muito mal, pra mim, pro Bernado e para

um monte de gente, mas eu não vou esquece o que ela fez de bom

pra mim.

O Bernado me perguntou

- Vai pra onde?

- Pro enterro da claudia, olha você não precisa ir, mas eu quero ir ela

fez muito por mim

- Não vou impedir de você ir, eu sinto muito por ela, eu não vou

conseguir...não por enquanto

- não precisa, te amo

Eu beijei ele e sair com minha avó

Foi muito triste, eu nunca tinha entrado em um lugar daqueles, foi um

enterro bem simples, sem velório, minha avó não teve dinheiro . só

tinha eu, minha avó e o coveiro no local, mas ninguém, eu joguei um

buck de flores vermelhas no caixão, me abaixei enquanto o coveiro

jogava a terra por cima.

- mesmo depois de tudo o que descobrir, fique sabendo que eu te

perdoou, não queria que as coisas terminasse assim, vou lembrar pro

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resto de minha vida de tudo o que fez de bom em minha vida. boa

viagem...mãe

Minha avó chorava muito, ela quase desmaiou

- Kathiê, você tem um lindo coração

- Acredite ou não vó foi ela que me ensinou a ser assim

Quando o enterro acabou eu fiquei consolando minha vó, por que a

Claudia prestando ou não era filha dela. Voltamos pra casa dela.

Aquele dia passou rápido, logo anoiteceu, festejamos o namoro da

Natalia com o Felipe e o meu com Bernado, minha avó chamou todos

os vizinhos mataram galinha, porco, eu me diverti mas do que

imaginei, o Bernado é um fofo, agente rio, brincou, foi muito bom.

Todo mundo ficou surpreso quando viram agente juntos, o garoto que

me ajudou quando eu estava jogada no esgoto, ele também estava lá,

a senhora que eu pensei ser um fantasma, que me falou sobre Jesus,

quando eu mas precisa ouvir, ela também foi.No outro dia acordei com

o galo cantando, eu estava tentando me acostumar mas aquele galo

me dava raiva, levantei ainda meia sonabula e fui no quarto do lado

onde o Bernado estava dormindo, quando entrei ele não estava mas,

usei meu robe de banho e fui lá fora, ele estava com o galo dele nas

mão

- BERNADOOO O QUE ESTAR FAZENDO UMA HORA DESSAS

COM ESSE GALO FEDIDO?

- amor já é de manhã e por favor não chama o Bendito de fedido, ele

faz parte da familia

Eu revirei os olhos, ele podia até estar bonito, e tal mas continuava

com mente de chucro

- Bernado, o que esta fazendo em?

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- To contando um segredinho pra ele

- Posso saber qual? não sabia que falava com galos agora

- Kathiê! pode saber qual é o segredo sim

Ele colocou o galo no chão e foi pra perto de mim,

- Eu falei pra ele que vou pedir a mão da mulher mas linda dessa roça

Eu mudei de cor, quase cair, o que ele queria falar com a mão

- Como assim?

Ele se ajoelhou no chão

- Maria Kathiê você quer casar comigo?

- O que?

ele pegou um elastico de cabelo azul, colocou no meu dedo

- Quer casar comigo, minha princesa?

Começei a gritar, eu não acreditava nisso

- Claro que sim meu leitão lindo, claro que aceito

Só não entendi o elastico, mas preferir não estragar o momento.

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FIM!!!!!!!!!!

( A HISTORIA CONTINUA...)