Materiais Usado Na Construção Civil

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Materiais Usado Na Construção Civil

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    1. INTRODUO

    Os materiais so utilizados na construo civil se destinam a diversos fins, tais como acabamentos, estruturas, de vedao, impermeabilizantes, etc., sendo que cada um deles exige caractersticas prprias para o fim a que se destinam. Dessa maneira essencial estudar diferentes materiais utilizados pelo Engenheiro, suas obtenes, suas propriedades e tcnicas de emprego, como elementos constituintes das edificaes. Procurando informaes e aprofundar o conhecimento sobre suas propriedades, estrutura, performance, formas de caracterizao e processamento. E o processamento que modifica a estrutura do material, alterando suas propriedades, que por sua vez delimitam o seu desempenho.

    O uso racional, adequado e tcnico deve ser alcanado com o conhecimento das propriedades dos materiais, suas vantagens e suas eventuais deficincias, de tal modo que seja permitido uma anlise entre vrias solues possveis, escolhendo-se a melhor, tanto do ponto de vista tcnico como econmico.

    As propriedades bsicas variaro de material para material. Compete ao profissional conhecer os materiais disponveis, ter domnio de suas propriedades bsicas, o que permitir com o seu emprego obter uma obra de aparncia agradvel quanto sua forma, cor e acabamento, apresentando solidez que garanta durabilidade e que tenha seu custo bastante econmico.

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    2. MATERIAIS

    2.1 ADITIVOS

    Segundo a NBR 11768 (1992), aditivos para concreto de cimento Portland (Figura 01) so produtos que adicionados em pequena quantidade a concretos de cimento Portland modificam algumas de suas propriedades, no sentido de melhor adequ-las a determinadas condies. Os aditivos so empregados na produo de concretos, argamassas e artefatos de cimento, para modificar suas propriedades no estado fresco e endurecido, adequando-os a tecnologia de aplicao e melhorando seu desempenho mecnico e de resistncias s solicitaes fsicas e qumicas, tornando-os mais econmicos e durveis. Para tanto, os aditivos devero ser convenientemente selecionados, testados e dosados.

    Figura 01: Aditivos para concreto de cimento Portland (Fonte: ABESC, 2014)

    Algumas finalidades importantes para as quais os aditivos so empregados: - Aumentar a plasticidade do concreto sem aumentar o teor de gua; - Reduzir a exsudao e a segregao; - Retardar ou acelerar o tempo de pega; - Acelerar a velocidade de desenvolvimento da resistncia nas primeiras

    idades;

  • - Retardar a taxa de evoluo de calor;- Aumentar a durabilidade em condies especficas de exposio.

    Pode-se afirmar que h 8os mais utilizados na produo de concreto

    Plastificantes Incorporadores de ar (IAR); Retardadores de pega (RP); Aceleradores de pega (AP); Super plastificantes (SP); Impermeabilizantes (I) Hidrofugantes;

    2.1.1 Aditivos Plastificantes (P)

    Conforme NBR 11768da gua do concreto, ou seja, facilitar que a gua penetre assim uma melhor molhabilidade. Com isso para se aumentar por exemplo uma consistncia, no se necessita forar mais gua ao concreto, possibilitam tambm a reduo de no mnimo de 6% de agua de amassamento e mantendo a mesma trabalhabilidade, apresentando resistncia e trabalhabilidade.desvantagens e efeito na mistura dos aditivos:

    Tabela 01: Plastificante e Retardador (PR)

    (Fonte: BASF-CC, 2014)

    a taxa de evoluo de calor; Aumentar a durabilidade em condies especficas de exposio.

    afirmar que h 8 (oito) tipos fundamentais de aditivos, os quais so os mais utilizados na produo de concreto, sendo eles (ABESC, 2013)

    (P) e seus derivados (PR) e (PA); Incorporadores de ar (IAR); Retardadores de pega (RP);

    res de pega (AP); Super plastificantes (SP); Impermeabilizantes (I)

    idrofugantes;

    2.1.1 Aditivos Plastificantes (P)

    NBR 11768 (1992), os aditivos visam diminuir ada gua do concreto, ou seja, facilitar que a gua penetre no gel de cimento, tendo assim uma melhor molhabilidade. Com isso para se aumentar por exemplo uma consistncia, no se necessita forar mais gua ao concreto, possibilitam tambm a reduo de no mnimo de 6% de agua de amassamento e mantendo a mesma

    lhabilidade, apresentando menor consumo de cimento para determinada resistncia e trabalhabilidade. Nas tabelas 01 e 02, tem-se os efeitos, vantagens, desvantagens e efeito na mistura dos aditivos:

    Plastificante e Retardador (PR)

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    Aumentar a durabilidade em condies especficas de exposio.

    tipos fundamentais de aditivos, os quais so ABESC, 2013):

    aditivos visam diminuir a tenso superficial no gel de cimento, tendo

    assim uma melhor molhabilidade. Com isso para se aumentar por exemplo uma consistncia, no se necessita forar mais gua ao concreto, possibilitam tambm a reduo de no mnimo de 6% de agua de amassamento e mantendo a mesma

    menor consumo de cimento para determinada se os efeitos, vantagens,

  • Tabela 02: Plastificante e Acelerador (PA)

    (Fonte: BASF-CC, 2014)

    2.1.2 Aditivos incorporadores de ar (IAR)

    Os Aditivos incorporadores de ar (IAR) gde resinas de madeira, materiais proteicos e cidos graxosintticos. So aditivos que quando misturados ao concreto, introduzemmicro bolhas de ar entre os compostos e que so conduzidas pela ao da gua. Aumentando a durabilidade ao congelamento do concreto sem elevar o consumcimento e o consequente aumento do calor de hidratao, reduz o teor de agua e a permeabilidade do concreto Geram grande fluidez ao concreto, devido facilidade desse deslocamento. (NBR 11768

    Segundo ABESC (2013) incorporadores de ar em misturas de concretos dosados para resistir a ciclos decongelamento e descongelamento, frio para introduo de espaos vazios na mistura endurecida (bolhas de ar) para que os cristais de gelo que se formam internamente na poca do inverno encontrem espao suficiente para se alojarem

    Plastificante e Acelerador (PA)

    Aditivos incorporadores de ar (IAR)

    tivos incorporadores de ar (IAR) geralmente so compostos de: sais de resinas de madeira, materiais proteicos e cidos graxos, e alguns detergentes

    aditivos que quando misturados ao concreto, introduzemmicro bolhas de ar entre os compostos e que so conduzidas pela ao da gua. Aumentando a durabilidade ao congelamento do concreto sem elevar o consumcimento e o consequente aumento do calor de hidratao, reduz o teor de agua e a permeabilidade do concreto Geram grande fluidez ao concreto, devido facilidade

    NBR 11768, 1992) ABESC (2013) a aplicao mais importante de

    incorporadores de ar em misturas de concretos dosados para resistir a ciclos decongelamento e descongelamento, por isso muito indicados frio para introduo de espaos vazios na mistura endurecida (bolhas de ar) para

    s cristais de gelo que se formam internamente na poca do inverno encontrem espao suficiente para se alojarem

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    eralmente so compostos de: sais s, e alguns detergentes

    aditivos que quando misturados ao concreto, introduzem bolhas ou micro bolhas de ar entre os compostos e que so conduzidas pela ao da gua. Aumentando a durabilidade ao congelamento do concreto sem elevar o consumo de cimento e o consequente aumento do calor de hidratao, reduz o teor de agua e a permeabilidade do concreto Geram grande fluidez ao concreto, devido facilidade

    aplicao mais importante de aditivos incorporadores de ar em misturas de concretos dosados para resistir a ciclos de

    por isso muito indicados em pases de clima frio para introduo de espaos vazios na mistura endurecida (bolhas de ar) para

    s cristais de gelo que se formam internamente na poca do inverno encontrem

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    2.1.3 Retardadores de pega (RP)

    Conforme NBR 11768 (1992) os Retardadores de pega (RP) tambm so aditivos de ao qumica, cuja ao principal impedir que as reaes de pega dos silicatos e aluminatos se processem no tempo normal, mas sim que haja uma demora pra processar as reaes. Isso ocorre porque a ao qumica desses aditivos distribuem melhor a reao de endurecimento.

    ABESC (2013) traz que a vantagem que com um retardador de pega h melhor a dissipao do calor, diminuindo a retrao. , mantendo a trabalhabilidade a temperaturas elevadas, amplia os tempos de aplicao . O controle de pega pode tambm evitar a fissurao de vigas de concreto, de tabuleiros de pontes, e de construo mista, devido defleco da frma por movimentos associados ao lanamento em unidades adjacentes.

    2.1.4 Aceleradores de Pega (AP)

    Os Aceleradores de Pega (AP) so aditivos de ao qumica sendo sua funo facilitar a dissociao da cal e da slica, nos silicatos, e da alumina, nos aluminatos, agentes que depois da reao, provocam o endurecimento da pasta e resistncia nas primeiras idades. Com a dosagem de aceleradores de pega, voc ganha entre 50 a 70% da resistncia inicial em relao ao concreto sem possuir esse aditivo, bem como a agilidade em desforma e liberao de rea, ganho de resistncia em baixas temperaturas e permite uma vedao mais eficiente de vazamento contra presso hidrulica. (NBR 11768, 1992)

    2.2 CAL HIDRATADA

    Conforme Minascal (2014) a cal hidratada para argamassas, utilizada para determinar plasticidade. um p seco e inodoro obtido da hidratao da cal virgem

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    em processos industriais. extremamente fina e leve, resultando em boa aderncia e maior rendimento na mo-de-obra.

    Normatizada pela NBR 7175 (1992) utilizada como aglomerante na construo civil, ou seja, uma espcie de cola que d liga a elementos como pedra, areia e cimento. aplicada em argamassas de revestimento e assentamento de tijolos. (MINASCAL, 2014)

    Para o autor uma das vantagens que garante maior economia, elasticidade e plasticidade argamassa, facilitando seu manuseio. Isso garante melhor qualidade e, consequentemente,maior produtividade na execuo do revestimento bem como maior durabilidade dos revestimentos. A cal hidratada um produto pronto para uso, com aplicao imediata. Permite o preparo de maior quantidade de argamassa com reduo de seu custo por metro cbico. Alm de ser um produto ecolgico.

    2.2.1. Construo Civil

    Utilizada na construo civil, a cal hidratada tem extraordinria capacidade de reter gua em torno de suas partculas, formando na argamassa uma dupla perfeita com o cimento. As argamassas base de cal hidratada tm resistncia suficiente quanto compresso e aderncia, tanto para assentamentos como para revestimentos, para atender as normas tcnicas. (MINASCAL, 2014)

    2.2.2 Tratamento de gua

    A cal hidratada, de acordo com Minascal (2014) utilizada no processo de tratamento da gua para corrigir a alcalinidade natural e adequar o pH da gua. Essa correo necessria para prevenir a corroso das tubulaes e equipamentos, alm de atender a Portaria 518, do Ministrio da Sade.

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    2.2.3 Pintura

    A execuo de pinturas base de cal (Figura 02) uma prtica muito utilizada, pois apresenta baixo custo e disponibilidade do produto no mercado. Conhecido como leite de cal utilizada em grandes reas e atravs de simples aplicao (pincel, broxa, rolo, trincha ou pulverizador agrcola). Apresenta uma secagem mais rpida e evita a formao de mofo (poder bactericida e fungicida). (CALHIDRATA, 2014)

    Figura 02: Pintura a base de cal (Leite de cal) (Fonte: GEOLOGIA DO BRASIL, 2014)

    2.2.4 Aditivo para Asfaltos

    Para CalHidrata (2014), a cal funciona como agente anti-desgaste, atuando como filler modificador de viscosidade. Com a capacidade de reduzir umidade e aumentar o endurecimento inicial da superfcie.

    De acordo com o Minascal (2014) a cal utilizada em asfaltos evita o envelhecimento prematuro da capa asfltica (Figura 03), prolongando a sua vida til e melhorando a coeso das misturas

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    Figura 03: Cal como aditivo para asfalto (Fonte: ASFALTO DE QUALIDADE, 2014)

    2.3 CAL VIRGEM

    Orientada pela NBR 6453 (2003) a cal virgem um produto da extrao e posteriormente da calcinao da rocha calcria. Appcal (2014) traz que a cal virgem (Figura 04) um p de cor branca e sem odor. Reage facilmente na presena de gua, liberando calor. Por ser custico, o material requer cuidados no uso e manuseio.

    Para o autor, utilizada pela construo civil como aglomerante. uma espcie de cola que d liga em elementos como pedra, areia e cimento. aplicada na construo de paredes e muros. Seu uso requer descanso e maturao antes da aplicao. Apresentando maior plasticidade argamassa, facilitando seu manuseio. O uso da cal virgem proporciona melhor qualidade e maior durabilidade do revestimento.

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    Figura 04: Cal virgem (Fonte: LINHAL, 2014)

    2.4 CAL LQUIDA

    Segundo Rodrigues (2014) o cal lquido compreendido por ser uma resina lquida, utilizado para reboco e assentamento de blocos e tijolos. Possui aplicao igual a cal natural como, a utilizao no preparo da argamassa para reboco e assentamento de blocos e tijolos, quando aplicada sobre a superfcie. Adere com facilidade eliminando as perdas, e tem efeito plastificante, e sobretudo em uma superfcie sem trincas e fissuras e apresentando qualidade e resistncia. A desvantagem da cal lquida seu rendimento quando comparado com a cal natural.

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    2.5 DESMOL

    Agente de desforma e protetor de forma, o desmol normatizado pela NBR 7200 (1982). De acordo com Vedacit (2014) o produto torma uma fina camada oleosa entre o concreto e as frmas, impedindo a aderncia entre ambos e possibilitando grande reaproveitamento das frmas. Facilitando a limpeza e remoo sem danificar ou manchar as superfcies e arestas do concreto.

    Desmol, especialmente indicado para concreto aparente, em frmas de madeira e compensados comuns ou resinados (Figura 05), mas pode ser utilizado para concretos a serem revestidos, os quais devem ter a superfcie porosa e perfeitamente limpa antes do revestimento.

    Figura 04: Aplicao de Desmol em forma de compensado (Fonte: VEDACIT, 2014)

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    2.6 AGLOMERANTES

    EM-UFOP (2014) traz que aglomerantes so elementos ativos que entram na composio das pastas, argamassas e concretos. E so empregados na construo civil para fixar ou aglomerar materiais entre si. Materiais pulverulentos na presena de gua ou do ar atmosfrico, formam uma pasta capaz de endurecer em virtude de reaes qumicas.

    Para IFRN (2014) trata-se de um material ligante, geralmente pulverulento, que promove a unio entre os gros dos agregados. Os aglomerantes so utilizados na obteno de pastas, argamassas, e concretos.

    Os principais aglomerantes, de acordo com IFRN (2014), so: Cimento; Cal Area; Cal Hidrulica; Gesso.

    E podem ser classificados como: hidrulico simples; hidrulico composto; misto; e areos. Caracterizados por propriedades distintas que determinam o tempo de pega, definida como sendo o tempo de incio do endurecimento. O processo de pega se d, quando a pasta comea a perder sua plasticidade, concluindo quando a pasta se solidifica totalmente, no significando, no entanto, que ela tenha adquirido toda a sua resistncia, o que s ser conseguido aps anos. (EM-UFOP, 2014)

    2.7 ARGAMASSA

    De acordo com NBR 13529 (2013) argamassa um mistura homognea de agregado(s) mido(s), aglomerante(s) inorgnicos e gua, contendo ou no aditivos ou adies, com propriedades de aderncia e endurecimento.

    Para NGKNTK (2014) a argamassa um produto de estado seco, composto de cimento Portland, agregados minerais e produtos qumicos, que, quando misturado com gua, forma uma massa viscosa, plstica e aderente, empregada no

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    assentamento de placas cermicas para revestimento. Existe uma variedade de argamassas no mercado, tanto para uso interno quanto externo diferenciando no processo de aplicao, conforme determinaes e especificaes dos fabricantes.

    Vasconsellos (2010) traz que as funes primordiais da argamassa so: Impermeabilizar o substrato de aplicao; Garantir bom acabamento ao paramento revestido; Absorver as deformaes naturais a que uma estrutura est sujeita; Regularizar e/ou proteger mecanicamente substratos constitudos por sistemas de impermeabilizao ou isolamento termoacstico

    Para o autor quando utilizada para assentamento, espera-se ainda que as argamassas possam unir solidariamente entre is os elementos que compem uma alvenaria, garantir a adeso ao substrato de elementos de revestimento em pisos ou fachadas e distribuir de forma uniforme os esforos atuantes em uma alvenaria e a impermeabilidade das alvenarias de elementos vista (sem revestimento).

    Assim, buscando atender as funes relacionadas, Vasconsellos (2010) aponta que as argamassas devero necessariamente apresentar as seguintes propriedades:

    a) Trabalhabilidade adequada funo a que se destinam: deve apresentar maior ou menor facilidade de dispor a argamassa em sua posio final, cumprindo adequadamente sua finalidade, sem comprometer o bom andamento da tarefa em termos de rendimento e custo. Correta interao entre dois conceitos: consistncia e coeso. A modificao da trabalhabilidade estar sempre ligada diretamente quantidade de gua empregada em sua preparao desde que haja uma quantidade tal de material fino, preferencialmente aglomerante, suficiente para reter a gua adicionada, garantindo a estabilidade de volume e a coeso necessria para promover a aderncia instantnea sem a ocorrncia de segregao de seus constituintes. O excesso de gua em uma argamassa, desde que rompida a coeso, tornar a argamassa fluda, mas menos trabalhvel pela perda da coeso, incapacitando-a para a funo que se destina.

    b) Eficiente capacidade de reteno de gua: a capacidade de uma argamassa de liberar demoradamente a gua empregada na sua preparao para o meio ambiente ou para substratos porosos. Quanto maior a quantidade de gua empregada na preparao da argamassa,

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    maior igualmente o volume de gua a ser evaporado, gerando sempre retrao por maior que seja a capacidade de uma mistura em reter gua. A capacidade das argamassas em reter gua tambm de muita importncia na garantia da aderncia aos substratos, evitando o desplacamento de pores de argamassa empregadas em revestimentos de paredes e garantindo a homogeneidade das alvenarias pela manuteno da unio dos vrios elementos que a compem na formao de um todo compacto.

    c) Durabilidade compatvel com a vida til prevista para a edificao: A capacidade de uma argamassa em manter sua estabilidade qumica e fsica ao longo do tempo em condies normais de exposio a um determinado ambiente, desde que submetida aos esforos que foram considerados para seu projeto, sem deixar de cumprir as funes para as quais foi projetada. Est condicionada por suas caractersticas intrnsecas, pelas condies de agressividade do meio ao qual est exposta e pelo tipo de solicitaes de natureza fsica e mecnica a que estar submetida.

    d) Estabilidade qumica frente aos agentes de deteriorao e sem a ocorrncia de alteraes em seus constituintes representadas por reaes retardadas;

    e) Estabilidade fsica a partir de uma resistncia mecnica compatvel com as solicitaes determinadas por ciclos alternados de molhagem e secagem;

    f) Capacidade de aderir ao substrato formando um sistema com resistncia de aderncia compatvel com as solicitaes: uma das caractersticas mais importantes das argamassas , sem dvida, sua capacidade de manter-se aderida ao substrato, seja no assentamento, com finalidade de unir elementos em uma alvenaria, ou em revestimentos, mesmo diante de movimentaes diferenciadas, choques trmicos, impactos e outras solicitaes. Uma argamassa mal dosada, deficiente em pasta, muito fraca, magra, no disponibilizar a pasta adequada para, em sendo absorvida, viabilizar a aderncia.

    g) Mdulo de elasticidade to baixo quanto o necessrio para dotar as argamassas de capacidade de absorver por deformao, tenses

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    internas geradas pela movimentao da estrutura e/ou dos materiais que a compem: as argamassas so usadas para unir ou revestir elementos fabricados com materiais de diferentes naturezas e, conseqentemente, diferentes comportamentos com relao capacidade de absoro de gua e deformao causada por ao trmica ou higromtrica. A capacidade de um material em absorver esforos por deformao pode ser relacionada com seu mdulo de elasticidade, que pode ser entendido de forma rudimentar como a tenso necessria para promover a deformao de uma unidade de comprimento medida sobre um corpo-de-prova submetido ao ensaio.

    h) Resistncia Mecnica: elemento de controle na avaliao da qualidade, pela verificao da homogeneidade das operaes de produo.

    2.7.1 Classificao das Argamassas

    Para NGKNTK (2014) as argamassas podem ser classificadas como: a) Argamassa de Assentamento e Rejuntamento Simultneo: argamassa

    colorida, indicada para assentar e rejuntar simultaneamente em reas internas e externas, apresentando recomendaes conforme laudos tcnicos dos fabricantes.

    b) Argamassa Colante Industrializada AC-III: argamassa colante industrializada que apresenta aderncia superior em relao s argamassas dos tipos I e II. Normatizada pela NBR 14081 (2004)

    c) Argamassa para Rejuntamento: tem a funo de dar acabamento s juntas existentes entre as pastilhas de porcelana, orientada pela norma 14992 (2003).

    As argamassas para Vasconsellos (2010) podem ser classificadas em: a) Argamassas Hidrulicas: Produzidas com aglomerantes hidrulicos ou

    estes como aglomerante principal. Seu endurecimento ocorre atravs de reaes qumicas de hidratao dos compostos bsicos do aglomerante hidrulico, devendo necessariamente apresentar estabilidade frente gua aps seu endurecimento.

    b) Argamassas Areas: So obtidas pelo emprego de aglomerantes que depois de endurecidos no resistem bem umidade. Necessitam da gua para a

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    formao da pasta e para disponibilizar, na forma quimicamente adequada, os compostos bsicos do aglomerante s reaes que determinaro seu endurecimento, que podero ocorrer por reao direta com compostos presentes no ar, como cal hidratada, ou por reidratao como ocorre como gesso.

    2.7.2 Patologias em argamassas

    As principais patologias ocorridas nas argamassas so decorrentes da qualidade dos materiais empregados; dosagem das argamassas ou seu uso inadequado; inadequada concepo, deficincia ou ausncia de projetos de revestimentos; qualidade da execuo, falta ou deficincia na fiscalizao; e a falta de manuteno. As patologias para Vasconsellos (2010) so:

    a) Fissuras Superficiais: Apresenta em geral pequena abertura muitas vezes sendo visvel somente aps molhagem do revestimento. Seu desenvolvimento mapeado sugere a formao de poligonais fechadas aproximadamente hexagonais, conhecidas popularmente como ps de galinha ou pele de crocodilo. A pequena abertura das fissuras se deve ao fato de serem essas fissuras oriundas da retrao de uma camada superficial de pequena espessura constituda de aglomerante ou a poro mais fina do agregado. Pode ocorrer pela excessiva movimentao da camada superficial da argamassa na tentativa de melhorar o acabamento do revestimento ou quando este desempenamento iniciado antes do momento prprio, quando a argamassa possui ainda muita plasticidade, sem ter puxado. Material mais fino trazido superfcie, com menor densidade em funo da maior quantidade de gua, por suco, presso negativa gerada na interface da desempenadeira com a argamassa.

    b) Fissuras De Escorrimento: Ocorre na regio de transio em pontos onde a argamassa escorrer menos, e menor em outros, onde vai haver um deslocamento mais intenso em funo da irregularidade do substrato. Ocorre tambm quando a camada de revestimento aplicada com muita espessura, quando a ao da gravidade for maior que a presso negativa criada durante a operao de projeo da argamassa sobre a parede que mantm o material posicionado at o desenvolvimento dos mecanismos de aderncia.

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    c) Fissuras De Retrao Plstica: Como sempre h evaporao da gua de amassamento de uma argamassa, sempre haver tendncia fissurao. Todo o trabalho de dosagem de uma argamassa deve ser desenvolvido com o intuito de compensar esta natural tendncia. Representa a fissurao de toda a sua espessura, com forma de mapeamento.

    2.7.3 Argamassa Dun Dun

    A Massa DunDun uma argamassa polimrica especialmente desenvolvida para o assentamento de tijolos ou blocos na construo de paredes (Figura 05). Sendo que as principais vantagens so economia, velocidade e segurana. (MASSA DUN DUN, 2014)

    Figura 05: Argamassa Dun Dun (Fonte: ENGENHARIA, 2014)

    De acordo com Engenharia (2014) as vantagens de se utilizar a argamassa DunDun, pode ser classificada em quatro grupos:

    a) Segurana: pois possui resistncia e aderncia superiores s argamassa convencionais

    b) Agilidade: aumenta a produtividade em at 3X se comparado com o sistema convencional

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    c) Economia: reduz o custo do m em mdia de 30% (devido racionalizao no processo de produo de alvenaria)

    d) Sustentabilidade: menor emisso de CO no processo de produo, no contem areia dos rios e mananciais e possui 0% de COV (composto orgnico voltil)

    De acordo com Massa Dun Dun (2014) o produto apresenta excelente resistncia estrutural, com uma velocidade de assentamento at 3 vezes mais rpida e menor custo por m de parede. Para a aplicao o sistema de ancoragem da alvenaria em pilares dispensa o uso de tela e grampos na maioria dos casos e o processo resulta em menor peso estrutural.. A aplicabilidade fcil (Figura 06) no gera desperdcio e nem sujeira.

    Figura 06: Aplicao de argamassa Dun Dun (Fonte: ENGENHARIA, 2014)

    De acordo com Engenharia (2014) o custo varia conforme a regio devido aos custos de transporte, mas em geral o produto pode ser encontrado venda ao pblico com um custo R$ 7,50 a R$ 9,00 por m de alvenaria. Com a utilizao da Massa DunDun, h uma reduo mdia no custo total do m em torno de 30%. E o maior ganho vem na produtividade da mo de obra. Mesmo em casos onde o custo de material por m for maior que com o mtodo tradicional, o custo total do m construdo com a DunDun acaba sendo mais baixo.

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    2.8 IMPERBEABILIZANTES

    Ottoni Junior (2012) traz que Impermeabilizar proteger uma estrutura contra os efeitos da umidade. Isso se faz com produtos que impedem a passagem da gua atravs das lajes e paredes, os chamados impermeabilizantes, e outros acessrios para arrematar a vedao, caso do selante aplicado ao redor de janelas. As principais formas de penetrao da umidade so: por presso; por capilaridade; por umidade de condensao;

    Para o autor, os principais tipos de impermeabilizantes so: a) impermeabilizantes para argamassa; b) impermeabilizantes de pega ultra rpida; c) emulses asflticas; d) argamassas polimricas; e) impermeabilizantes flexveis; f) manta asfltica; g) hidrofugantes para fachadas.

    Soares (2009) traz que os impermeabilizantes so usados em praticamente todas as partes da construo, como fundaes, subsolos, reas molhveis, lajes, piscinas, reservatrios, paredes de conteno. As solues disponveis no mercado so variadas. Os fabricantes esto presentes em todo o Brasil, e seus catlogos tcnicos contm dezenas de produtos para atender a diferentes necessidades na construo. De maneira geral, possvel dividir esses materiais em dois grupos: rgidos e flexveis, conforme Tabela 03.

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    Tabela 03: Caractersticas dos sistemas impermeabilizantes

    (Fonte: SOARES, 2009)

    Os impermeabilizantes rgidos so vendidos como argamassas industrializadas, produtos bicomponentes ou como aditivos qumicos para argamassa ou concreto. Esses produtos incorporam-se estrutura protegida e, com uma cura adequada, apresentam baixa porosidade e grande estanqueidade. Podem ser encontrados, ainda, em forma de pinturas que formam um revestimento impermevel. (SOARES, 2009)

    Segundo o autor, os sistemas flexveis so encontrados em forma de mantas pr-fabricadas ou moldadas no local, que, depois de secas, formam uma membrana protetora. Esses produtos garantem a estanqueidade das estruturas ao mesmo tempo em que, por serem mais elsticos, se adaptam s movimentaes a que elas esto sujeitas.

    Sendo assim a especificao do impermeabilizante correto, portanto, depende de vrios fatores: movimentao estrutural, exposio aos fenmenos climticos, existncia ou no de trnsito de veculos e pessoas e exposio a agentes qumicos so algumas variveis levadas em considerao.

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    2.8.1 Impermeabilizao rgida

    Na impermeabilizao rgida, os produtos normalmente incorporam-se s estruturas tratadas (revestimentos de argamassa, pisos de concreto, fundaes, etc.), adquirindo suas caractersticas (Figura 07). Por isso, sua eficcia depende, sobretudo, da integridade do sistema. At pequenas fissuras podem servir de caminho para infiltraes e eflorescncias. (SOARES, 2009)

    Figura 07: Sistemas de impermeabilizao rgida (Fonte: SOARES, 2009)

    De acordo com Soares (2009), como esses produtos no resistem a movimentaes intensas, seu emprego se d principalmente em elementos enterrados, mais estveis, como proteo contra a umidade proveniente do solo.

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    Cada produto tem seus prprios mtodos de preparo e aplicao. Por isso, siga risca os procedimentos indicados pelo fabricante e suas especificaes sobre o consumo de material, tempo de secagem e necessidade ou no de proteo mecnica.

    2.8.2 Mantas asflticas

    Um dos materiais mais usados na impermeabilizao a manta asfltica. De acordo com Soares (2009) trata-se de um sistema flexvel pr-fabricado, formado por um elemento estruturante central - filamentos de polister ou vu de fibra de vidro, que conferem ao produto grande resistncia mecnica - recoberto em ambas as faces por um composto asfltico (Figura 08).

    Figura 08: Manta asfltica (Fonte: CASA MAIS FACIL, 2014)

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    2.8.3 Membranas moldadas no local

    A impermeabilizao moldada in loco obtida pela aplicao, a frio ou a quente, de sucessivas demos de um impermeabilizante lquido na superfcie a ser tratada, que forma, depois de seco, uma membrana flexvel e sem emendas (Figura 09). Os produtos desse sistema variam em relao flexibilidade, resistncia aos raios solares e aos procedimentos de aplicao, entre outros aspectos. (SOARES, 2009)

    Figura 09: Membranas moldadas no local (Fonte: CONSTRUO MERCADO, 2014)

    2.8.4 Membrana acrlica

    Para Soares (2009) os sistemas moldados in loco (Figura 10) so indicados para espaos menores ou de acesso mais difcil, como reas molhveis e pequenas lajes, onde o uso de mantas asflticas contraindicado.

    Sobretudo no caso das membranas lquidas aplicadas a frio, preciso respeitar o consumo do produto indicado na embalagem, assim como o nmero de

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    demos, j que a economia nesse servio pode resultar em uma impermeabilizao deficiente. (SOARES, 2009)

    Figura 10: Membrana acrlica (Fonte: SCHENKEL, 2014)

    2.8.5 Membranas sintticas

    As mantas pr-fabricadas base de diferentes tipos de materiais sintticos (PEAD, PVC, TPO, EPDM, etc.) tambm podem ser utilizados nos sistemas impermeabilizantes (Figura 11). Feitas de ligas elsticas e flexveis, adaptam-se com facilidade a locais sujeitos a movimentaes e vibraes. Tambm so resistentes aos raios ultravioleta e a ataques qumicos, dependendo de sua formulao. (SOARES, 2009)

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    Figura 11: Membrana Sinttica (Fonte: SOARES, 2009)

    2.8.6 Manta de PVC

    Segundo Soares (2009) o uso das geomembranas (Figura 12) de PEAD e EPDM mais indicado para obras de maior porte, como lagos artificiais, aterros sanitrios e tanques. Alm de proteger as estruturas, a impermeabilizao nesses casos tambm tem o objetivo de preservar o meio ambiente. Elas criam uma barreira fsica que evita a contaminao do solo e de lenis freticos por material orgnico decomposto, leos e combustveis.

    Para o autor, as mantas de EPDM, assim como as de TPO e PVC, tambm so bastante utilizadas em obras de edificaes, principalmente na impermeabilizao de coberturas. H produtos disponveis na cor branca, que, segundo o Green Building Council Brasil, reflete os raios solares e, com isso, ajuda a diminuir a temperatura no interior da edificao e no seu entorno.

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    Figura 12: Manta de PVC (Fonte: URREA INGENIERIA, 2014)

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    3. CONCLUSO

    Durante o estudo desses diversos materiais, foi verificado para que serve, a sua origem e aplicabilidade na construo civil. A construo tem sido uma das atividades de grande potencial para a garantia do setor econmico no pas, porque alm de oferecer emprego, as indstrias do setor vm expandindo principalmente, na qualidade dos produtos. Sem dvida, o conhecimento da caracterstica e aplicabilidade de cada material para a construo civil, tem como resultado um melhor aproveitamento e economia, visto que a escolha dos materiais corretos resultam na qualidade da obra e melhor tempo aproveitado.

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    REFERNCIAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 6453 Cal virgem para construo civil . Rio de Janeiro, 2003.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 7175 Cal hidratada para argamassas. Rio de Janeiro, 1992.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 11768: Aditivos para concreto de cimento . Rio de Janeiro, 1992.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 13529 Revestimento de paredes e tetos de argamassas. Rio de Janeiro, 2013.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 14081 Argamassa Colante Industrializada. Rio de Janeiro, 2004.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 14992 Argamassa base de cimento Portland para rejuntamento de placas cermicas. Rio de Janeiro, 2003.

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    RODRIGUES, S. A. Cal lquida. Disponvel em: http://www.patentesonline.com.br/cal-l-quido-para-reboco-e-assentamento-de-blocos-e-tijolos-191894.html Acesso: Fev. 2014

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