Material de Estudo PNF (Alcoitão)

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  • 8/19/2019 Material de Estudo PNF (Alcoitão)

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    ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DO ALCOITÃO

    Licenciatura Bi-etápica em Fisioterapia

    Disciplinas: Técnicas de Avaliação e Intervenção I e II

    roprioceptive

    euromuscular

    acilitation

    Patrícia Almeida – ESSA - 2005

    Promoção ou antecipação de qualquer

    processo natural, tornar mais fácil.

    Produção de efeito ao nível do tecido

    nervoso através de impulsos, com

    repercussões na função muscular.

    Orgão sensitivos tecidulares que

    recebem a estimulação quanto ao

    movimento e à posição corporal.

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    Proprioceptive Neuromuscular  Facilitation 

    Licenciatura Bi-etápica de Fisioterapia – ESSAPatrícia Almeida

    ÍNDICE

    ÍNDICE .......................................................................................................................................... 2

    1 FUNDAMENTOS DO PNF ...................................................................................................3

    2 PADRÕES DE FACILITAÇÃO ............................................................................................. 62.1 CABEÇA E PESCOÇO E TRONCO SUPERIOR............................................................ 7

    2.2 MEMBRO SUPERIOR ................................................................................................... 11

    2.3 MEMBRO INFERIOR..................................................................................................... 15

    2.4 TRONCO INFERIOR...................................................................................................... 19

    3 TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO........................................................................................... 20

    3.1 TÉCNICAS COM ÊNFASE NO AGONISTA PARA FACILITAÇÃO DO AGONISTA .... 21

    3.1.1 Contracções repetidas............................................................................................... 21

    3.1.2 Iniciações ritmicas...................................................................................................... 22

    3.2 TÉCNICAS COM ÊNFASE NO ANTAGONISTA PARA FACILITAÇÃO DO AGONISTA  23

    3.2.1 Reversão lenta – Slow reversal .................................................................................23

    3.2.2 Estabilizações ritmicas............................................................................................... 23

    3.3 TÉCNICAS PARA RELAXAMENTO DO ANTAGONISTA............................................. 24

    3.3.1 Contrair relaxar .......................................................................................................... 24

    3.3.2 Segurar relaxar – Hold relax......................................................................................24

    4 PNF FACIAL....................................................................................................................... 26

    5 FACILITAÇÃO DE PADRÕES GLOBAIS........................................................................... 29

    6 EXERCÍCIOS...................................................................................................................... 29

    BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................ 30 

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    1 FUNDAMENTOS DO PNF

    PNF, é um sistema de terapia completa que inclui variadas técnicas e

    procedimentos, para a reabilitação de sujeitos com lesões neuro-músculo-

    esqueléticas. Essencialmente reconhece que a condição física depende do

    processo neuromuscular envolvendo receptores sensitivos.

    Definido como um sistema de promoção de resposta dos mecanismos

    neuromusculares, pela estimulação de proprioceptores. Knott e Voss, osfundadores do PNF, definem de forma simples que as técnicas envolvem uma

    exigência onde é necessária uma resposta. Estas exigências, são feitas pela

    estabilização específica de partes do corpo com as mãos ou corpo, e pelo

    estímulo e resistência dadas nas extremidades.

    É estipulado que a contracção muscular, deve ser a máxima possível ao longo

    da amplitude de movimento, assegurando desta forma a sumação de unidades

    motoras dos músculos próprios do movimento e dos sinergistas, constante. De

    forma a potencializar a força de contracção, as estruturas devem ser colocadas

    em alongamento na posição inicial, de forma a elicitar o reflexo miotático.

    Sendo que este alongamento poderá ser longo ou curto mediante a resposta

    desejada (resposta tónica ou fásica respectivamente). A resistência pode ser

    aumentada ou prolongada, de modo a activar o reflexo de Golgi resultando em

    relaxamento, que por vezes é desejável na facilitação de execução de certos

    padrões.

    Durante a execução clínica, o PNF requere que o terapeuta use comandos

    verbais e não verbais, englobando comandos verbais de instrução e motivação

    do utente, e contactos manuais adequados. A sua execução pode por vezes

    ser paralela ao uso de vibração, gelo, massagem ou estimulação eléctrica.

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     A sua execução , passa pelas repetições de resistência graduada, fases de

    relaxamento, e realização de movimento activo e/ou passívo.

    O PNF, pode ser categorizado em cinco factores P (princípios, procedimentos,

    padrões, posições e posturas):

    Princípios

    1. Uso de padrões de movimento em diagonal / espiral

    2. Movimento cruzado com a linha média

    3. Recrutamento de todos os componentes do movimento

    4. Recrutamento dos grupos musculares relacionados

    5. Recurso a reflexos

    6. Movimento sem dor, mas com esforço

    7. Amplitude de movimento confortável

    8. Aplicação de resistência máxima ao longo do movimento (isotónico)

    9. Aplicação de resistência máxima que promova irradiação (isométrico)

    10. Uso de múltiplas articulações e acções musculares

    11. Posicionamento adequado das articulações, para optimizar a função

    12. Inicio do movimento na amplitude mais forte

    13. Recrutamento de agonistas e antagonistas

    14. Contracções repetidas para facilitar a aprendizagem motora e adaptação

    15. Selecção de informação sensorial para facilitar a acção

    16. Enfase na coordenação motoro-visual e audio-motora

    17. Uso de sequências de distal para próximal

    18. Uso dos músculos fortes para potencializar os fracos

    19. Progressão de actividades simples para complexas20. Uso de tarefas objectivas, com objectivo definido

    21. Uso de técnicas adjacentes

    Procedimentos

    1. Uso de contactos manuais específicos, para facilitar e guiar o movimento

    2. Aplicação da resistência máxima tolerada3. Uso de comandos verbais para facilitar e corrigir o movimento

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    4. Recrutar o reflexo de alongamento máximo, na amplitude de

    alongamento

    5. Uso de tempo e sequência apropriados à acção

    6. Execução de tempos de repouso

    7. Uso de técnicas específicas para aumentar a amplitude de movimento

    activo

    8. Uso de técnicas específicas de relaxamento muscular

    Padrões

    Os padrões são combinações de movimentos (componentes de acção), que

    potencializam a actividade, e exigem menos gasto de energia com maior

    eficácia do movimento ou tarefa (sentar, levantar, andar, rolar,etc). Os padrões

    são compostos por 3 componentes principais a nível próximal (flexão/extensão;

    abdução/adução; rotação interna/externa) e componentes acessórios a nível

    distal (flexão/extensão do cotovelo/joelho; supinação/pronação; desvio

    radial/cubital; flexão/extensão do punho; flexão/extensão dos dedos;

    eversão/inversão; flexão dorsal/plantar).

    Posições e Posturas

    O corpo e os membros do utente, devem ser colocados/manuseados em

    posturas objectivas, com as articulações e membros mantidos em certas

    posições, ou movidos de uma posição para outra, de forma a promover

    estabilidade de alguns sistemas e mobilidade de outros e ganhar evolução

    neuromuscular.

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    2 PADRÕES DE FACILITAÇÃO

    Os padrões de movimento de PNF, são combinações de movimentos epadrões que são básicos em todas as técnicas. Esta combinação de

    movimentos são características normais de actividade motora, sendo a única

    forma de reconhecimento do Sistema Nervoso Central, do movimento.

    O funcionamento motor normal, implica várias combinações de movimento e de

    padrões, requerendo reacções de encurtamento e alongamento nos variados

    músculos. O movimento desenvolvido depende de exigências específicas, quelevam a combinações óptimas específicas, dos vários músculos que

    contribuem para o padrão de movimento (sinergistas). O contributo destes

    músculos pode aumentar através do processo de irradiação, sempre que o

    movimento é realizado contra uma resistência.

    Mediante a participação de cada músculo, este pode ser considerado como

    componente muscular principal ou secundário. Definem-se por componentesmusculares principais, os músculos que pelo seu alinhamento topográfico no

    sistema esquelético, contribuem primordialmente para aquele movimento. Os

    componentes secundários são músculos, que realizam uma das componentes

    do padrão de movimento.

     As combinações de movimentos são caracterizadas pela rotação, devido às

    caracteristicas rotacionais dos ossos, articulações, ligamentos e do

    alinhamento muscular da origem para a inserção.

    Existem duas diagonais (movimento espiral – rotação) para as principais partes

    do corpo: cabeça e pescoço, tronco superior, tronco inferior e extremidades

    (membro superior e inferior). Para cada diagonal existem dois padrões

    antagonistas um do outro (flexão e extensão acompanhados dos restantes

    componentes).

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    Cada diagonal tem três componentes de movimento relacionados com as

    articulações – pivots - : flexão ou extensão, cruzamento com a linha média ou

    afastamento e, rotação. Cada uma destas componentes, solicita ainda outras

    componentes que facilitam/contribuem a realização da componente principal:

    Flexão → flexão

    Extensão → extensão

    Cruzamento com a linha média → adução

     Afastamento da linha média→ abdução

    Rotação externa → supinação, desvio radial e inversão

    Rotação interna → pronação, desvio cubital e eversão

    De forma a facilitar as diagonais de movimento, deve-se colcar inicialmente, os

    componentes do movimento em estiramento no padrão antagonista máximo,

    solicitando-se posteriormente a realização do padrão agonista até ao

    encurtamento máximo dos componentes do movimento.

    2.1 CABEÇA E PESCOÇO E TRONCO SUPERIOR

    Os padrões da cabeça e pescoço e do tronco superior, incluem flexão ou

    extensão com rotação para a direita ou para a esquerda, devendo estes

    movimentos devem cruzar a linha média. Desta forma, a posição inicial deve

    ser o padrão antagonista extremo e a posição final deve terminar com o ombro

    em direcção à anca oposta.

     A cabeça é o ponto chave para os padrões da cabeça e pescoço e do troncosuperior. A realização dos padrões do tronco é potencializada pelo uso de

    bilaterais assimétricas do membro superior.

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    CABEÇA

    FLEXÃO COM ROTAÇÃO (dta)

    PADRÃO

    Flexão do pescoço com rotação (dta.)

     ANTAGONISTA

    Extensão do pescoço com rotação (esq.)

    COMPONENTES DO MOVIMENTO 

     A cabeça roda para a dta. (rotação do atlas no axis), a articulação atlanto occipital faz flexão com

    depressão da mandíbula para o lado dto., a cervical parte de rotação esq. para flexão e rotação dta.

    levando o queixo em direcção ao ombro dto.

    TIMING

     A acção ocorre do atlas sobre o axis, seguida de depressão da mandíbula e flexão e rotação da cervical.Não se permite a amplitude completa de flexão, enquanto não houver rotação.

    CONTACTOS MANUAIS

     A mão dta., por baixo do maxilar inferior; a mão esq., na região postero-lateral esquerda do craneo.

    COMANDOS

    Leve a sua cabeça para a direita e para a barriga.

    EXTENSÃO COM ROTAÇÃO (esq)

    PADRÃO

    Extensão do pescoço com rotação (esq.)

     ANTAGONISTA

    Flexão do pescoço com rotação (dta.)

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

     A cabeça roda para a esq., a articulação atlanto occipital faz extensão com elevação da mandíbula para

    o lado esq., a coluna cervical parte de rotação dta. com flexão para extensão com rotação esq.,

    TIMING

     A acção ocorre entre o atlas com o axis, seguida de elevação da mandíbula com extensão e rotação da

    cervical. Permite-se o inicio da extensão e rotação do pescoço, mas não se permite a amplitude

    completa enquanto não iniciar contracção dos extensores dorsais.CONTACTOS MANUAIS

     A mão esq. na região postero-lateral esq. da cabeça, a mão dta. na face superior do maxilar inferior.

    COMANDOS

    “Traga a cabeça para trás e rode para a esq.

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    TRONCO SUPERIOR

    BILATERAL ASSSIMÉTRICA PARA EXTENSÃO - CHOPPINGPADRÃO

    Flexão do tronco com rotação (dta.) ANTAGONISTA

    Extensão do tronco com rotação (esq.)

    COMPONENTES DO MOVIMENTO 

     A cabeça roda para a dta., a articulação atlanto occipital faz flexão com depressão da mandíbula para o

    lado dto., a coluna dorsal e cervical partem de rotação esq. para flexão e rotação dta. levando a testa em

    direcção à anca dta., o M.S. dto. faz a 1ª diagonal para extensão.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para próximal, cabeça, articulação atlanto occipital, cervical e dorsal. Permite-se

    o inicio da flexão e rotação do pescoço, mas não se permite a amplitude completa enquanto não iniciar

    contracção dos abdominais.

    CONTACTOS MANUAIS

     A mão dta. na face dorsal da mão e punho dto. do indivíduo, a mão esq. na região antero-lateral dta. da

    cabeça (testa).

    COMANDOS

    Traga os seus braços para baixo e para a dta., acompanhando o movimento com a cabeça, olhe para a

    sua mão.

    BILATERAL ASSSIMÉTRICA PARA FLEXÃO - LIFTTINGPADRÃO

    Extensão do tronco com rotação (esq.)

     ANTAGONISTA

    Flexão do tronco com rotação (dta.)

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

     A cabeça roda para a esq., a articulação atlanto occipital faz extensão com elevação da mandíbula para

    o lado esq., a coluna dorsal e cervical partem de rotação dta. com flexão para extensão com rotação

    esq., o M.S. dto. faz a 1ª diagonal para flexão.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para próximal, cabeça, articulação atlanto occipital, depois cervical e dorsal.

    Permite-se o inicio da extensão e rotação do pescoço, mas não se permite a amplitude completa

    enquanto não iniciar contracção dos extensores dorsais.

    CONTACTOS MANUAIS

     A mão dta. na região postero-lateral esq. da cabeça, a mão esq. na face dorsal da mão e punho esq.

    COMANDOS

    “Traga os seus braços para cima e para a esq., acompanhando o movimento com a cabeça, olhe para a

    sua mão”.

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     ANÁLISE DE PADRÃO (cabeça e tronco)

    CHOPPING LIFTTING

    PRINCIPAIS COMPONENTES PRINCIPAIS COMPONENTES

    Cabeça Rotação - ECM dto  Rotação - Esplénio, trapézio superior  

    Mandíbula Depressão - Suprahioide dto. e infra

    hioides 

    Elevação - Esplénio 

     At lanto occipi tal Flexão - ECM dto. Extensão

    Cervical Flexão com rotação - ECM dto. e

    escalenos 

    Extensão com rotação - Esplenio cervical

    e da cabeça, trapézio superior e multifidos 

    Dorsal Flexão com rotação - Obliquo externo

    esq., obliquo interno dt., recto do

    abdómen dto., intercostais internos àdta. e quadrado lombar dto. 

    Extensão com rotação - Quadrado lombar,

    multifidos, transverso do abdómen 

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    2.2 MEMBRO SUPERIOR

    1ª DIAGONAL PARA FLEXÃO

    PADRÃO

    Flexão, adução e rotação externa.

     ANTAGONISTAExtensão, abdução e rotação interna.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem flexão e adução para o lado radial; o polegar faz flexão e adução para o lado radial;

    supinação do antebraço; o cotovelo mantém-se em extensão (faz flexão / extensão); flexão, adução e

    rotação externa do ombro com rotação superior; abdução e elevação anterior da omoplata; a clavícula

    aproxima-se do esterno com rotação e elevação anterior.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, polegar, dedos, punho e antebraço, cotovelo e depois ombro,

    omoplata e clavícula. Permite-se que ocorra rotação em todos os segmentos, não permitindo a amplitude

    completa enquanto todos os segmentos não iniciarem as outras componentes de movimento.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão esq. na face palmar da mão dta. do utente; a mão dta. em forma de sela na região anterior do

    antebraço junto à articulação do punho.

    COMANDOS

    “Aperte a minha mão, dobre o seu punho, leve o seu braço para cima e para dentro, (dobre / estique o

    seu cotovelo)”.

    1ª DIAGONAL PARA EXTENSÃOPADRÃO

    Extensão, abdução e rotação interna.

     ANTAGONISTA

    Flexão, adução e rotação externa.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem extensão e abdução para o lado cubital; o polegar faz extensão e abdução para o lado

    cubital; pronação do antebraço; o cotovelo mantém-se em extensão (faz flexão / extensão); extensão,

    abdução e rotação interna do ombro com rotação inferior; abdução e depressão posterior da omoplata; a

    clavícula afasta-se do esterno com rotação e depressão anterior.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, polegar, dedos, punho e antebraço, cotovelo e depois omoplata,

    ombro e clavícula. Permite-se que ocorra rotação em todos os segmentos, não permitindo a amplitude

    completa enquanto todos os segmentos não iniciarem as outras componentes de movimento.

    CONTACTOS MANUAIS

     A mão esq. em forma de sela na região anterior do antebraço junto à articulação do punho, a mão dta. na

    face dorsal da mão dta. do utente.

    COMANDOS

    “Estique os seus dedos, estique o seu punho e traga o seu braço para fora e para baixo, (dobre / estique

    o seu cotovelo)”.

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    2ª DIAGONAL PARA FLEXÃO

    PADRÃO

    Flexão, abdução e rotação externa.

     ANTAGONISTAExtensão, adução e rotação interna.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem extensão e abdução para o lado radial; o polegar faz extensão e abdução para o lado

    radial; supinação do antebraço; o cotovelo mantém-se em extensão (faz flexão / extensão); flexão,

    abdução e rotação interna do ombro com rotação superior; adução e elevação posterior da omoplata; a

    clavícula afasta-se do esterno com rotação e elevação anterior.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, polegar, dedos, punho e antebraço, cotovelo e depois omoplata,

    ombro e clavícula. Permite-se que ocorra rotação em todos os segmentos, não permitindo a amplitude

    completa enquanto todos os segmentos não iniciarem as outras componentes de movimento.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão esq. na face dorsal da mão dta. do utente; a mão dta. em forma de sela na região anterior do

    antebraço junto à articulação do punho.

    COMANDOS

    “Estique os seus dedos, estique o seu punho, leve o seu braço para cima e para fora, (dobre / estique o

    seu cotovelo)”.

    2ª DIAGONAL PARA EXTENSÃOPADRÃO

    Extensão, adução e rotação interna.

     ANTAGONISTA

    Flexão, abdução e rotação externa.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem flexão e adução para o lado cubital; o polegar faz flexão e adução para o lado cubital;

    pronação do antebraço; o cotovelo mantém-se em extensão (faz flexão / extensão); extensão, adução e

    rotação externa do ombro com rotação inferior; abdução e depressão anterior da omoplata; a clavícula

    aproxima-se do esterno com rotação e depressão anterior.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, polegar, dedos, punho e antebraço, cotovelo e depois ombro,

    omoplata e clavícula. Permite-se que ocorra rotação em todos os segmentos, não permitindo a amplitude

    completa enquanto todos os segmentos não iniciarem as outras componentes de movimento.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão dta. na face palmar da mão dta. do utente; a mão esq. em forma de sela na região anterior do

    antebraço junto à articulação do punho.

    COMANDOS

    “Aperte a minha mão, dobre o seu punho, leve o seu braço para baixo e para dentro, (dobre / estique o

    seu cotovelo)”.

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     ANÁLISE DE PADRÃO

    (1ª flexão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o cotovelo em extensão

    Omoplata - Rotação superior, adbução e elevação anterior - Grande dentado 

    Ombro  - Flexão, abdução e rotação externa - Grande peitoral (porção clavicular), deltoide

    anterior, coracobraquial e bicípete. 

     Antebraço – Supinação - Curto supinador  

    Punho - Flexão com desvio radial - Flexor radial do carpo e longo palmar  

    Dedos - Flexão, adução com desvio radial - Flexor superficial e profundo dos dedos, flexor do

    5ª dedo, oponente do 5º dedo, interósseos palmares e lumbricoides 

    Polegar  - Flexão, adução com rotação sobre o 2º metacarpo - Longo e curto flexor e adutor  Com flexão do cotovelo

    Cotovelo - Flexão - Braquial anterior e bicípete 

    Com extensão do cotovelo

    Cotovelo – Extensão - Tricípete e ancóneo 

    (1ª extensão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o cotovelo em extensãoOmoplata - Rotação inferior, adução e depressão posterior - Elevador da omoplata, romboides 

    Ombro  - Extensão, abdução e rotação interna. - Grande redondo, grande dorsal, deltoide

    posterior, tricípete (longa porção) 

     Antebraço - Pronação - Quadrado pronador  

    Punho - Extensão com desvio cubital - Extensor cubital do carpo 

    Dedos - Extensão, abdução com desvio cubital - Extensor comum dos dedos, extensor próprio

    do 5º dedo, abdutor do 5º dedo, interósseos dorsais e lumbricoides 

    Polegar   - Extensão com abdução e rotação para o lado cubital - Curto abdutor e longo

    extensor  

    Com flexão do cotovelo

    Cotovelo - Flexão - Braquial anterior e bicípete 

    Com extensão do cotovelo

    Cotovelo – Extensão -Tricípete e ancóneo 

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    (2ª flexão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o cotovelo em extensão

    Omoplata - Rotação superior, adução e elevação posterior - Trapézio 

    Ombro  - Flexão, abdução e rotação externa. - Pequeno redondo, supra-espinhoso,

    infraespinhoso e deltoide médio 

     Antebraço – Supinação - Longo supinador  

    Punho - Extensão com desvio radial - Longo e curto extensor radial do carpo 

    Dedos - Extensão, abdução com desvio radial - Extensor comum dos dedos, extensor próprio

    do 5º dedo, extensor próprio do indicador, interósseos dorsais e lumbricoides 

    Polegar  - Extensão com abdução e rotação para o lado radial - Longo e curto extensor, longo

    abdutor e interósseos dorsais 

    Com flexão do cotoveloCotovelo - Flexão - Bicípete (longa porção), longo supinador  

    Com extensão do cotovelo

    Cotovelo – Extensão - Tricípete e ancóneo 

    (2ª extensão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o cotovelo em extensão

    Omoplata - Rotação inferior, abdução e depressão anterior - Pequeno peitoral e subclávio 

    Ombro  - Extensão, adução e rotação interna. - Grande peitoral (porção esternal) e infra

    escapular  

     Antebraço - Pronação - Redondo pronador  

    Punho - Flexão com desvio cubital - Flexor cubital do carpo e longo palmar  

    Dedos - Flexão, adução com desvio cubital - Flexor profundo e superficial dos dedos,

    interósseos palmares e lumbricoides 

    Polegar  - Flexão com adução e rotação para o lado cubital - Longo e curto flexor, oponente Com flexão do cotovelo

    Cotovelo - Flexão - Braquial anterior e bicípete (curta porção) 

    Com extensão do cotovelo

    Cotovelo – Extensão - Tricípete e ancóneo 

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    2.3 MEMBRO INFERIOR

    1ª DIAGONAL PARA FLEXÃO

    PADRÃO

    Flexão, adução e rotação externa.

     ANTAGONISTAExtensão, abdução e rotação interna.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem extensão, o pé e a tíbio társica fazem flexão dorsal com inversão, o joelho mantém-se

    em extensão (faz flexão / extensão) e anca faz flexão com rotação externa e adução..

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, dedos, pé e tíbio társic, e anca. Não se completa a amplitude

    completa de flexão dorsal e inversão enquanto não iniciar a rotação e flexão da anca.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão dta., na face dorsal e interna do pé e dedos; a mão esq., inicia por baixo da coxa e na face interna

    a colocar em rotação interna, e após iniciar o movimento passa para a região antero-interna da coxa.

    COMANDOS

    “Estique os seus dedos, leve o pé para dentro, rode o calcanhar para dentro e leve a sua perna para

    cima e para dentro.”.

    1ª DIAGONAL PARA EXTENSÃO

    PADRÃO

    Extensão, abdução e rotação interna.

     ANTAGONISTAFlexão, adução e rotação externa.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem flexão e adução, o pé e a tíbio társica fazem flexão plantar e eversão, o joelho mantém-

    se em extensão (faz flexão / extensão), e anca faz extensão com rotação interna e abdução..

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, dedos, pé e tíbio társica, e anca. Não se completa a amplitude

    completa de flexão plantar e eversão enquanto não iniciar a rotação e extensão da anca.

    CONTACTOS MANUAIS

     A mão dta., coloca-se na face plantar externa do pé e dedos, e a mão esq., na região postero-lateral da

    coxa.

    COMANDOS

    “Dobre os seus dedos, traga o seu pé para fora, rode o calacanhar para fora e traga a sua perna para

    baixo e para fora.”.

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    2ª DIAGONAL PARA FLEXÃO

    PADRÃO

    Flexão, abdução e rotação interna.

     ANTAGONISTAExtensão, adução e rotação externa.

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os dedos fazem extensão e abdução; o pé e a tíbio társica fazem eversão e flexão dorsal, o joelho

    mantém-se em extensão (faz flexão / extensão), e a anca faz flexão com rotação interna e abdução.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, dedos, pé e tíbio társica, e anca.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão dta., na face anterior e externa do pé e dedos, e a mão esq., na face antero externa da coxa.

    COMANDOS“Estique os seus dedos, traga o pé para fora, rode o seu calcanhar para fora, e leve a sua perna para

    cima e para fora.”.

    2ª DIAGONAL PARA EXTENSÃO

    PADRÃO

    Extensão, adução e rotação externa.

     ANTAGONISTA

    Flexão, abdução e rotação interna.

    COMPONENTES DO MOVIMENTOOs dedos fazem flexão e adução, o pé e a tíbio társica fazem flexão plantar e inversão, o joelho mantém-

    se em extensão (faz flexão / extensão), e anca faz extensão com rotação externa e adução.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para proximal, dedos, pé e tíbio társica, e anca.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão dta. Na face plantar interna do pé e dedos, e a mão esq., na postero interna (abraçar) da coxa.

    COMANDOS

    “Dobre os seus dedos, leve o seu pé para dentro, rode o calcanhar para dentro, e leve a sua perna para

    baixo e para dentro.”.

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     ANÁLISE DE PADRÃO

    (1ª flexão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o joelho em extensão

     Anca - Flexão com adução e rotação externa – psoas ilíaco, obturador externo, pectíneo, curto

    e longo adutor e recto anterior. 

    Tíbio társica, pé e dedos   - Extensão, flexão dorsal e inversão – tibial anterior, extensor

    comum dos dedos, curto extensor dos dedos, extensor póprio do dedo grande, interósseos

    dorsis e lumbricoides 

    Com flexão do joelho

    Joelho - Flexão - semitendinoso, semimembranoso, costureiro. Com extensão do joelho

    Joelho – Extensão - quadricípete 

    (1ª extensão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o joelho em extensão

     Anca - Extensão com abdução e rotação interna – médio glúteo, e bicípete femoral 

    Tíbio társica, pé e dedos  - Flexão, flexão plantar e eversão – gémeos, peroneais, longo ecurto flexor dos dedos, flexor do dedo grande, interósseos plantares e lumbricoides.  

    Com flexão do joelho

    Joelho - Flexão - semitendinoso, semimembranoso, gémeos. 

    Com extensão do joelho

    Joelho – Extensão - quadricípete 

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    (2ª flexão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o joelho em extensão

     Anca - Flexão com abdução e rotação interna – tensor da fascia lata, recto anterior  Tíbio társica, pé e dedos  - Extensão, flexão dorsal e eversão – extensor comum dos dedos,

    curto extensor dos dedos, peroneais, extensor próprio do dedo grande, interósseos dorsais e

    lumbricoides. 

    Com flexão do joelho

    Joelho - Flexão - semitendinoso, semimembranoso. 

    Com extensão do joelho

    Joelho – Extensão - quadricípete 

    (2ª extensão)

    PRINCIPAIS COMPONENTES MUSCULARES

    Com o joelho em extensão

     Anca - Extensão com adução e rotação externa  – grande glúteo, pisiforme, gémeo superior e

    inferior, obturador interno, quadricípete, grande adutor e bicípete

    femoral. 

    Tíbio társica, pé e dedos - Flexão, flexão plantar e inversão – gémeos, tibial posterior, longo e

    curto flexor dos dedos, flexor do dedo grande, interósseos plantares e lumbricoides.  

    Com flexão do joelho

    Joelho - Flexão - semitendinoso, semimembranoso, gémeos. 

    Com extensão do joelho

    Joelho – Extensão - quadricípete 

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    2.4 TRONCO INFERIOR

    TRONCO INFERIOR - BILATERAL ASSIMETRICA

    PADRÃO

    Flexão do tronco com rotação (esq.)

     ANTAGONISTA

    Extensão do tronco com rotação (dta.)

    COMPONENTES DO MOVIMENTO

    Os membros inferiores fazem flexão e rotação para a esq., requerendo a realização da 1ª diagonal para

    flexão do M.I. dto. e 2ª diagonal para flexão do M.I. dto. ambas com flexão do joelho. A pélvis faz rotaçãopara a esq. e a coluna lombar faz flexão e rotação para a esq.

    TIMING

     A acção ocorre de distal para próximal, pés, joelho, anca, pélvis e lombar. Permite-se que ocorra rotação

    em todos so segmentos, mas não se permite a amplitude completa enquanto a pélvis não iniciar a

    rotação e a lombar a flexão.

    CONTACTOS MANUAIS 

     A mão esq. na face anterior das coxas acima do joelho, a mãodta. Na face dorsal dos dois pés.

    COMANDOS

    “Puxe os pés para cima, leve os seus joelhos na direcção do ombro esq”.

     ANÁLISE DE PADRÃO

    TRONCO INFERIOR – BILAT. ASSIMÉTRICA

    Memb.

    inferior

    Flexão - Ver 1ª e 2ª diagonal para flexão com flex. do joelho

    Tronco Flexão com rotação - Obliquo externo esq., recto do abdómen esq., quad.

    lombar e obliquo interno dto. 

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    3 TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO

     As técnicas de facilitação têm como base as diagonais de movimento, diferindoentre si mediante a aplicação dos seguintes procedimentos:

    Contactos manuais – estímulos proprioceptivos baseados na aplicação de

    pressão na pele, músculos, ligamentos e tendões, dos pivots do

    movimento (pontos que permitem controlar/modificar o padrão de

    movimento) de forma a permitir/facilitar a realização do padrão de

    movimento ao longo da amplitude disponível.

    Comandos verbais – estímulo auditivo e visual que solicita a atenção do

    utente ao nível temporal e espacial. O tom da voz deve ser adequado ao

    tipo de trabalho muscular desejado, e as indicações devem ser o mais

    claras e perceptiveis possível para compreensão do utente.

     Alongamento – devido à resposta fisiológica ao estiramento(potencialização da contracção), o inicio do movimento deve ser sempre,

    a amplitude de estiramento do padrão a realizar, podendo em

    determinadas condições ser exacerbado para aumentar a resposta..

    Resistência – deve ser adequada à capacidade máxima de realizar força,

    com realização de movimento ou não, e ao objectivo pretendido.

    Timming – a contracção dos diferentes grupos musculares, deve ser

    solicitada sequencialmente, mediante um padrão de actividade motora

    normal com coordenação entre si, e em função do segmento onde se

    pretende dar enfase.

    Reenforço – fenómeno que ocorre durante a realização de actividades

    motoras, onde os grupos musculares principais potencializam força para

    os acessórios agonistas. Esta interacção verifica-se entre músculos do

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    mesmo segmento e inter-segmentos, podendo realizar-se com

    combinação de padrões sinergistas.

    Sendo que o PNF, é uma forma de reeducar o SNC para o movimento, os seus

    resultados estão directamente dependentes da cooperação voluntária do

    utente.

     As técnicas de facilitação podem agrupar-se em três grupos, mediante o tipo de

    músculos solicitados no inicio da técnica:

    3.1 TÉCNICAS COM ÊNFASE NO AGONISTA PARA

    FACILITAÇÃO DO AGONISTA

    3.1.1 Contracções repetidas

    Contracção repetida de um músculo ou grupo muscular, dentro do padrão

    agonista, exigindo estiramentos repetidos (durante o estiramento o doente nãodeve relaxar). Pode ser realizada apenas no ínicio ou ao longo da amplitude.

    Baseia-se no princípio do reenforço de forma a potencializar a força realizada

    pelo músculo(s) fraco(s), e no reflexo do estiramento.

    TÉCNICA: identificação do padrão agonista para estímulo óptimo do

    músculo(s) em causa; realização do padrão de movimento desejado (diagonal),

    com resistência máxima que permita o movimento, até ao ponto em que inicie afalta de força, seguidamente executar procedimentos que potencializem a

    actividade muscular:

    Estiramentos rápidos no padrão antagonista, seguidos de contracções

    isotónicas no padrão agonista (no início ou ao longo da amplitude).

    Solicitação de contracção isométrica dos grupos musculares fortes dentro

    do mesmo segmento ou de outros segmentos agonistas, em amplitude

    média, associado ao procedimento dos estiramentos e contracções

    repetidas do músculo(s) a estimular.

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    Solicitação de contracção isométrica de todo o padrão agonista, antes do

    procedimento de estiramento seguido de contracção isométrica.

    OBJECTIVOS INDICAÇÕES CONTRA-INDIC.

    Facilitar o início do movimento

    ou aumentar a amplitude

    activa

    ↑ força

    Dirigir o movimento

    ↓ de força

    Dificuldade em iniciar o

    movimento

    Fadiga

    ↓  da representação do

    movimento

    Dor

    Instabilidade articular

    Fracturas

    Osteoporose

    Lesões musculares

    3.1.2 Iniciações ritmicasMovimentos ritimicos realizados na amplitude desejada, progredindo de

    passíva, assistido e activo. Baseia-se no processo de aprendizagem e

    representação dos movimentos no SNC, usando como estímulo a visualização

    e oa verbalização.

    TÉCNICA: realização passíva do padrão que se encontra alterado (agonista),

    até obter relaxamento dos antagonistas ou agonistas (se houver força); após orelaxamento desejado, solicitação de “ajuda” do utente para a realização do

    movimento (assistido); quando houver força suficiente ou coordenação

    adequada solicitação do movimento activo . A colocação na posição inicial do

    padrão agonista, deve ser feita no padrão antagonista e passívamente.

    OBJECTIVOS INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES

    Facilitar o padrão de

    movimento

    Melhorar a coordenação e

    percepção do movimento

    Normalizar o ritmo

    Re-ensinar o movimento

    relaxar

    ↓ de força

    Dificuldade em iniciar o

    movimento

    Fadiga

    ↓  da representação do

    movimento

    Dor

    Instabilidade articular

    Fracturas

    Osteoporose

    Lesões musculares

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    3.2 TÉCNICAS COM ÊNFASE NO ANTAGONISTA PARA

    FACILITAÇÃO DO AGONISTA

    3.2.1 Reversão lenta – Slow reversalSequência de contracção dinâmica máxima lenta, do padrão antagonista até ao

    final da amplitude, seguida de contracção dinâmica lenta no padrão agonista.

    Baseia-se no princípio do reenforço e do relaxamento após contracção

    máxima.

    TÉCNICA: identificação do padrão fraco (agonista) e realização do padrão

    antagonista aplicando a resistência máxima que permita o movimento, até aofinal da amplitude; no final do padrão antagonista, reverter um estímulo manual

    para realização do padrão agonista sem aplicação de resistência ao nível

    distal, quando o doente iniciar este padrão iniciar o contacto manual proximal e

    solicitar o movimento ao longo de toda a amplitude. Estes procedimentos são

    realizados várias vezes em sequência, de forma lenta e contínua. A técnica

    deve ser aplicada ao longo de toda a amplitude, no entanto, a reversão para os

    antagonistas pode ser efectuada antes de terminar a amplitude do padrãoagonista, de modo a enfatizar determinada amplitude.

    OBJECTIVOS INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES

    ↑ da amplitude de movimento

    activo

    ↑ da força muscular

    ↑ coordenação

    fraqueza muscular

    dificuldade em mudar a

    direcção do movimento

    Dor

    Instabilidade articular

    Fracturas

    Osteoporose

    Lesões musculares

    3.2.2 Estabilizações ritmicas

    Contracções isométricas dos padrões agonista e antagonista, exigindo

    momentâneamente co-contracção. Baseia-se no processo de inervação

    recíproca.

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    TÉCNICA: Identificação do padrão fraco (agonista) e realização do padrão até

    ao ponto de instabilidade (isotónico), solicitação de contracção isométrica do

    padrão antagonista, seguida de contracção isométrica do padrão agonista.

    Deve-se sempre promover as rotações, mesmo no tronco de forma a promover

    interacção entre cinturas. 

    OBJECTIVOS INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES

    ↑  as amplitudes activas de

    movimento

    ↑ a força muscular

    ↑ a estabilidade e equilíbrio

    ↓ da amplitude de movimento

    instabilidade articular

    fraqueza muscular

    alterações do equilíbrio

    Fracturas

    Osteoporose

    Lesões musculares

    3.3 TÉCNICAS PARA RELAXAMENTO DO ANTAGONISTA

    3.3.1 Contrair relaxar

    Envolve uma contracção dinâmica máxima do antagonista (padrão encurtado),

    seguida de uma fase de relaxamento e realização do movimento agonista

    (padrão limitado) de forma activa ou passiva.

    TÉCNICA: identificar qual o movimento que se encontra limitado, realizando o

    padrão (agonista) que envolva este movimento e respeite a dinâmica do

    músculo(s) encurtado, após a identificação da limitação articular, realizar a

    partir desta amplitude, contracção isotónica máxima do padrão antagonista (do

    músculo encurtado), após contracção solicitar relaxamento e executar o

    movimento agonista de forma activa ou passíva até atingir a limitação articular.

    3.3.2 Segurar relaxar – Hold relax

    Semelhante ao contrair relaxar, no entanto, a contracção do antagonista é

    isométrica e realizada no limite da amplitude disponível. Tal como o anterior,

    baseia-se no relaxamento após contracção máxima.

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    OBJECTIVOS INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES

    ↑  da amplitude passíva de

    movimento

    Limitação articular de causa

    muscular

    Dor aguda

    Instabilidade articular

    Fracturas

    OsteoporoseLesões musculares

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    4 PNF FACIAL

     A facilitação proprioceptiva neuromuscular aos músculos da face, é muito

    específica, visto não existirem diagonais próprias da face, devendo respeitar-se

    as componentes de movimento de cada músculo.

     A técnica mais frequentemente utilizada para trabalho dos músculos da face,

    são as contracções repetidas, utilizando ou não o príncipio do reenforço do

    músculo da outra face ou dos padrões da cabeça e pescoço.

    FRONTAL

    MOVIMENTO: levar as sobrancelhas para cima

    “enrugar a testa”.

    RESISTÊNCIA: para baixo

    SUPRACILIAR

    MOVIMENTO: diagonal para dentro e para baixo

    “franzir as sobrancelhas”.

    RESISTÊNCIA: para cima e para fora

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    ORBICULAR DAS PÁLPEBRAS

    MOVIMENTO: “fechar os olhos”.RESISTÊNCIA: abrir os olhos

    PIRAMIDAL / TRANSVERSO DO NARIZMOVIMENTO: “enrugar o nariz”.

    RESISTÊNCIA: para baixo e ligeiramente para

    fora

    CANINO / G. ZIGOMÁTICO / P. ZIGOMÁTICO /

    MOVIMENTO: “levantar o lábio superior –

    mostrar os dentes de cima”.

    RESISTÊNCIA: para baixo

    ORBICULAR DOS LÁBIOS

    MOVIMENTO: “juntar os lábios fazendo boca

    pequenina (beijo)”.

    RESISTÊNCIA: afastar os lábios para fora

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    RISÓRIO

    MOVIMENTO: “sorrir”.RESISTÊNCIA: juntar os lábios para dentro

    QUADRADO DO MENTO / TRIANGULAR DO

    MENTO / BORLA DO MENTO

    MOVIMENTO: “levantar o lábio inferior, mostrar

    os dentes de baixo”.

    RESISTÊNCIA: para cima

    BUCINADOR

    MOVIMENTO: “apertar a cavidade bucal –

    apertar as espátulas ou os dedos”.

    RESISTÊNCIA: para fora

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    5 FACILITAÇÃO DE PADRÕES GLOBAIS

    PNF, oferece um enorme repertorio de padrões, que quando combinados entresi conduzem à realização de actividades funcionais do dia a dia como por

    exemplo: sentar, levantar, andar, ajoelhar, correr, rolar, agarrrar algo, etc.

    6 EXERCÍCIOS

    1. Que técnica(s) seleccionaria para tratar um utente que fez hà 5 meses

    uma ruptura de gémeos, que apresenta agora 0º de flexão dorsal e dor

    de grau 5 na EVA?

    2. Como treinaria os M.S. de um utente com LVM incompleta que faz

    marcha com canadianas?

    3. Como ajudava um utente a ser independente no rolar na cama?

    4. Perante um utente com lesão expontânea do nervo ciático popliteuexterno, o que faria no inicio do tratamento, de forma a solicitar trabalho

    muscular.

    5. Perante um utente com instablidade na marcha, que técnica(s) poderia

    utilizar para melhorar o problema?

    6. Indique duas forma de potencializar o trabalho do frontal.

    7. Perante uma lesão do nervo radial, que técnica utilizaria para

    fortalecimento, considerando que existe um grau de força 2.8. Considerando um utente com fraqueza generalizada nos músculos anti-

    gravíticos, como poderia melhorar a sua função motora.

    9. Perante um utente com ataxia, que técnica de PNF incluia no seu plano

    de tratamento?

    10. Qual o melhor padrão para trabalhar o recto anterior?

    11. Qual o melhor padrão para trabalhar o grande dentado?

    12. Qual o melhor padrão para trabalhar o flexor cubital do carpo?

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    BIBLIOGRAFIA

     Ad ler , S, Beckers, D e Buck, M. PNF- Facilitação Neuromuscular

    Proprioceptiva. 1999, Editora Manole.

    Knott, M & Voss, D. Proprioceptive Neuromuscular Facilitation. Hoeber

    Medical Dicvision. 1968

    Siff M C & Verkhoshansky Y V "Supertraining" 1999

    Wilson LR, Gandevia SC and Burke D.Discharge of human muscle spindle

    afferents innervating ankle dorsiflexors during target isometric contractions

    Wretman,C. Changes in mitogen-activated protein kinase phosphorylation and

    inorganic phosphate induced by skeletal muscle contraction. Fredagen den 25

    oktober 2002, kl. 9.00. Farmakologens föreläsningssal, Nanna Svartz väg 2.