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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – DEC
LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Professora: Lígia Vieira Maia Siqueira
Disciplina: Materiais de Construção II – MCC-II
Turma: C Equipe: C2
Acadêmicos: Anderson Conzatti
Nion Maron Dransfeld
Tatiana Alessandra Fiorini Fernandes
Ensaio: Determinação do teor de materiais pulverulentos do agregado miúdo e graúdo.
Data do ensaio: 01 de Junho de 2010.
Norma de ensaio: ABNT NBR NM 46:2006
Norma de especificação: Sem
1.Especificação do Material:
Conjunto de Peneiras ( # 1,18mm e # 0,075mm);
Uma recipiente para lavagem do agregado;
Água corrente;
Estufa;
Balança ` Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Agregado miúdo (deposito B) e graúdo (deposito H) [amostra seca em estufa
(105 ± 5)ºC até a constância de massa];
Recipiente de vidro;
Luvas.
2.Contextualização Teórica:
O objetivo deste ensaio é determinar a quantidade (porcentagem) de partículas
(materiais pulverulentos) menor que 0,0075mm contidos na areia (deposito B) e brita
(deposito H). O material pulverulento é constituído de partículas de argila (menor que
0,0025mm) e silte (0,0025 a 0,006mm). Geralmente são encontrados em maior
quantidade as argilas.
O ensaio consiste em lavar o agregado na peneira nº200 até verificar que não há
mais sujeira (ou seja, quando a água estiver incolor ao passar na peneira). Depois se
seca o agregado e pesa. Com isso, determina-se a porcentagem de material
pulverulento.
PETRUCCI fala em seu livro ‘Concreto de Cimento Portland’, que a argila ,
reduzida a pó muito fino, contribui para preencher os vazios da areia e influi para que o
cimento envolva, melhor os grãos de areia , ligando-os mais fortemente entre si. Porém,
se a argila forma uma película envolvendo cada grão e não se separa durante a mistura,
sua ação é altamente prejudicial, ainda que se encontre em pequenas proporções. Uma
solução apontada para esse problema seria a lavagem desse material, contudo no caso
das areias a lavagem pode arrastar os grãos mais finos da areia, aumentando o índice de
vazios, o que implicará em menor resistência do concreto (ou argamassa).
Em relação aos agregados graúdos, as impurezas de destaque são os torrões de
argila e o material pulverulento. Segundo PETRUCCI “Os torrões de argila podem
apresentar-se em agregados naturais de mina, têm pouca resistência, absorvem água em
demasia e originam vazios com sua desagregação. Já o material pulverulento, tendo
grande superfície especifica, exige água em um caráter significativo, aumentado a
relação água/cimento, acarretando assim perda da resistência do concreto e afetando sua
trabalhabilidade”.
3.Resultados e discussões:
Leituras de Laboratório
Areia Brita
Massa Inicial (Mi) 500,0g 1000,0g
Massa Final (Mf) 485,5 994,7g
O teor de materiais pulverulentos de cada amostra é obtido pela diferença entre
as massas da amostra antes (Mi) e depois da lavagem (Mf) e é expresso em
porcentagem da massa da amostra ensaiada.
Por norma temos que;
Teor dematerial pulverulento=Mi−MfMi
∗100
Teor doagregadomiúdo (areia )→ 500−485,5500
∗100=2,9 %
Teor doagregadogrúdo (brita )→ 1000−994,71000
∗100=0,53%
A norma estabelece para o agregado miúdo um teor máximo de 3,0% para
concreto sujeito ao desgaste superficial, e 5,0% para outros concretos; com isso
afirmamos que o material utilizado apresentou um resultado igual a 2,9 % estando então
dentro do limite permitido pela norma, e neste caso o mesmo pode ser utilizado tanto
para concreto sujeito ao desgaste superficial como para outros concretos.
Já no agregado graúdo a norma estabelece para o concreto um limite de 1%.
O que faz que nossa amostra de brita esteja nos limites aceitáveis, pois obtivemos
0,53% de material pulverulento.
OBSERVAÇÕES
O resultado é obtido pela média aritmética das duas determinações. Porém como
nós não tínhamos muito tempo acabou se fazendo uma vez só o ensaio para cada
agregado. Contudo o certo por norma seria que a diferença obtida nas duas
determinações não desse maior que 0,5% para agrega graúdo e 1,0% para agregado
miúdo. Quando esta condição não for atendida, realizaria uma terceira determinação e
se adotaria como resultado a média aritmética dos dois valores mais próximos;
4. Considerações Finais:
Material pulverulento é o material da granulometria que passa na peneira nº200
(0.0075mm de abertura de malha) e a determinação em porcentagem desse material se
da pela importância de modificar as propriedades do concreto, no sentido de não
proporcionar uma boa liga. Pois, conforme citado anteriormente os materiais
pulverulentos em alto teor diminui a aderência do agregado a pasta ou argamassa,
prejudicando de forma direta a resistência mecânica e a trabalhabilidade do concreto.
Por isso, ao se comprar uma areia ou brita é preciso ficar atento a essas impurezas, e o
melhor jeito de determinar se esses agregados poderão ser usados ou não, no concreto é
o ensaio.
No geral, o ensaio de determinação do teor de materiais pulverulentos nos
agregados foi realizado com sucesso e assim ressaltamos a grande importância do
mesmo para que não venha comprometer a qualidade do concreto.
5.Bibliografias Consultadas :
1. FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de Construção. Vol. 1, 5ª
edição revisada São Paulo. Editora LTC
2. PETRUCCI, Eladio G.R. Concreto de Cimento Portland, Vol.
Único. 14º Edição. Editora Globo.
3. Apostila Materiais de Construção Civil-II, Profª. Lígia Vieira
Maia Siqueira
6.Observações: (Apresentar sugestões e/ou curiosidades em relação ao tema para
serem abordados nas próximas aulas).
A gente se baseia na norma brasileira, porém existem outras normas
internacionais (Européia, Sul-Americana, Americana USA, e ect). Tipo a AASHOTO
(Associação americana de oficiais da estrada e do transporte do estado) determina outras
porcentagem de impurezas de agregado miúdo e graúdo para o concreto em asfalto,
sendo até bem mais criterioso. Assim, seria interessante fazer comparações com as
NBR’s e as outras normas internacionais. Ainda mais nos dias de hoje, que tem várias
construtoras atuando em outros países.