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Matéria: literaturaAssunto: romantismo - casimiro de abreu

Prof. IBIRÁ

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A Segunda Geração RomânticaA segunda geração romântica é constituída por poetas adolescentes, deslocados de seu meio social, ansiosos por reproduzir, no Brasil, as experiências dos ultrarromânticos europeus, Byron, em especial.

A partir dessa geração, a ideologia ufanista sofre um deslocamento, passando a ser um elemen-to acessório na composição poética. Os grandes temas do momento são o amor e a morte. É a geração conhecida como “mal-do-século”.

CASIMIRO DE ABREU (1839-1860)

Obras: Primaveras (1859) e O Livro Negro (1860)

Adolescente como Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu teve, no entanto, uma visão mais amena e simplificada da juventude.

Sua poesia gira em torno de três temas básicos:

Sua poesia de amor detém-se nos sobressaltos afetivos da adolescência, sempre com certa malícia, certo erotismo controlado pelo código do público burguês ao qual o poeta se dirigia. Geralmente são consideradas composições singelas, recitativas, sem maior profundidade. Entretanto, sua poesia merece o devido respeito, pois ela é a expressão de seus sentimentos. Amor e Medo é um poema representativo dos problemas sentimentais da segunda geração:

Quando eu te fujo e me desvio cautoDa luz de fogo que te cerca, oh! bela,Contigo dizes, suspirando amores: Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!

Como te enganas! Meu amor é chamaQue se alimenta no voraz segredo,E se te fujo é que te adoro louco...És bela eu moço; tens amor eu medo!

Vivendo três anos em Portugal, onde elaborou boa parte das Primaveras, teve o sentimento de exílio que tanto persegue os românticos. Inspirado em Gonçalves Dias, escreveu uma série de poemas nostálgicos da terra natal, os quais denominou Canções do Exílio.

Não é apenas a saudade do Brasil que anima seus poemas. Saudades, ele as tem da mãe, da irmã, do lar, da infância perdida. É, por excelência, o poeta da infância. O caráter recitativo e o tratamento sentimental garantiram o sucesso de poemas como Meus oito anos:

Literatura

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Literatura – Prof. Ibirá Costa

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Oh! que saudades que tenhoDa aurora da minha vidaDa minha infância queridaQue os anos não trazem mais!Naquelas tardes fagueirasA sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais!

Ao perceber que ia morrer, o poeta ampliou a tristeza já presente em seus textos saudosistas, conforme podemos verificar no Livro Negro, composto por doze poemas doloridos. Entre eles, o mais significativo é Minha alma é triste:

Minha alma é triste como a rola aflitaQue o bosque acorda desde o albor da auroraE em doce arrulo que o soluço imitaO morto esposo gemedora chora.

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