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MATRIZAUTO entra no mercado de Lisboa Nº247 ENSAIO Peugeot 508 com atributos de alemão APRESENTAÇÃO Jaguar XF 2.2 diesel com preços definidos Auto Estrela de S. Vítor assinala 50º aniversário MARCAS VIRAM-SE PARA PÓS-VENDA FACE ÀS QUEBRAS NAS VENDAS DE NOVOS Matrículas com queda acentuada em Maio Avisa o director-geral da Audi na SIVA, Licínio Almeida “Antecipação no rent-a-car tem mascarado os números do mercado”

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MATRIZAUTO entra no mercado de Lisboa

Nº247

ENSAIO

Peugeot 508 com atributos de alemão

APRESENTAÇÃO

Jaguar XF 2.2 diesel com preços definidos

Auto Estrela de S. Vítor assinala 50º aniversário

MARCAS VIRAM-SE PARA PÓS-VENDA FACE ÀS QUEBRAS NAS VENDAS DE NOVOS

Matrículas com queda acentuada em Maio

Avisa o director-geral da Audi

na SIVA, Licínio Almeida

“Antecipação no rent-a-car tem mascarado os números do mercado”

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Antes de pensar em tintas, vamos falar de produtividade.

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Os motores começam hoje a ouvir-se no Porto, com o Grande Prémio Histórico da cidade, e só vão “calar-se” a 5 de Julho, último dia do programa do WTCC. Pelo meio, fica o S. João, que o presidente da Câmara Municipal espera conciliar num conjunto de eventos que atraia visitantes ao Porto.

Começam hoje, dia 17, a ouvir-se os moto-res na edição de 2011 do Circuito da Boavista. De hoje a domingo decorre o Grande Prémio Histórico do Porto (GPHP) e de 1 a 3 de Ju-lho o programa do WTCC (Campeonato do Mundo de Carros de Turismo), com o fim-de-semana de S. João no meio, facto este que foi propositado pela Porto Lazer, empresa munici-pal que organiza a iniciativa, para potenciar a Invicta como destino de eventos.

O programa que constitui o GPHP inclui corridas de Fórmula Júnior, com Luranis, Gru-po C, com protótipos clássicos, TPCC abaixo de 1300cc e TPCC com mais de 1300cc, Gen-tleman Drivers (pré-66 GT), Pré-66 Turismo e a sempre badalada corrida VIP. Mas os pontos altos deste fim-de-semana serão as paradas de motos – a presença do ex-piloto italiano Giaco-mo Agostini e da sua moto Agusta – e a corrida de Fórmula Pré-1978.

No quadro do programa do WTCC, haverá também algumas corridas de suporte, quer da Taça de Portugal Circuitos, com GT e Turis-mo, quer da Taça de Portugal Sport Protótipos e ainda, o Challenge Desafio Único – FEUP, com Fiat Uno e o Ford Transit Trophy.

Em 2011, tal como nas edições anteriores, personalidades da sociedade portuguesa, em corridas VIP, ao volante do Seat Leon 2.0 TDI,

poderão exibir os seus dotes de condução des-portiva em circuito fechado, durante os dois fins-de-semana de competição.

Alavanca para economia

Na conferência de imprensa de apresentação do evento, Rui Rio admitiu que o Executivo da Câmara Municipal do Porto (CMP) chegou a ponderar a realização do evento “em face do ac-tual momento” da economia portuguesa, mas a decisão foi avançar pelo poder de alavancagem. “Em primeiro lugar, as contas da CPM estão

relativamente equilibradas e, em momentoscomo este, o papel das autarquias é ajudar aalavancar a economia e não deprimi-la mais”,disse.

Rui Rio não tem, aliás, dúvidas que é o tu-rismo – “o Circuito da Boavista tem impactodirecto e indirecto no turismo”, defende o au-tarca – que tem minimizado o impacto da crise económica no Porto. “O turismo é o sector que temos mais à mão para resolvermos o principalproblema da economia portuguesa, que não éa dívida pública, mas as exportações”, advoga o presidente da CMP.

sexta-feira, 17 Junho de 2011 III

Ficha técnica

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Director: António Teixeira Lopes | Redacção: Aquiles Pinto, Fátima Neto, Bárbara Coutinho, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Tânia Mota, Sérgio Moreira, Sónia Guerra e Vítor Pimenta | Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Fernando Pinheiro, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica | Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN

Adaptação aos tempos

difíceis A ARAN tomou a decisão

de cancelar o Congresso Automóvel, que estava agendado para amanhã, dia 18. A razão para isso foi a desmotivação que sentimos da parte dos muitos associados contactados em relação ao actual estado da economia portuguesa. Embora não se possam contar com boas notícias para o sector, pois está ligado à confiança da economia, esperemos que o novo Governo possa, pelo menos, permitir alguma estabilização dos agentes económicos.

É sabido que o ISV vai sofrer um agravamento em 2012, conforme previsto no

memorando de entendimento entre Portugal e as instituições internacionais que estão a fazer uma intervenção na economia nacional. Nesse sentido, a ARAN já escreveu ao PSD a sugerir que esse aumento seja apenas feito acima do segmento C. Isso permitiria baixar os volume de importações sem, contudo, acabar de vez com a facturação das empresas que se dedicam ao comércio de automóveis novos.

Por outro lado, se não se adquirem viaturas novas, têm que se efectuar operações de manutenção nas mais antigas. Em relação a este tema, a ARAN tem sensibilizado os seus associados para a importância de continuarem – agora mais do que nunca – a fazer um esforço por baixar os preço final das operações realizadas nos automóveis dos clientes, optando, sempre que isso seja viável, por peças de qualidade equivalente ou, até, usadas (nos casos em que isso se justifique). O importante é satisfazer as necessidades dos clientes no sentido de estes manterem as suas viaturas em condições de circulação com segurança.

É certo e sabido que vamos todos ter que apertar o cinto, mas não podemos parar! Temos que nos adaptar aos tempos actuais para (sobre)vivermos.

Editorial

ANTÓNIO TEIXEIRA LOPESPresidente da direcção

da ARAN

ARAN escreveu ao PSD a sugerir escalonamento dos aumentos do ISV

Automóveis rolam no Circuito da Boavista

A procura de automóveis usados continua a aumentar em Portugal, de acordo com o Standvirtual. O site da Fixe-Ads registou em Maio 4 235 076 visitas, um crescimento de 23,5% face ao mesmo período do ano passado e de 8 % em

relação a Abril de 2011. “O forte crescimento registado em relação ao mês passado, pouco usual nestes meses do ano, con-firma o interesse crescente dos portugueses pelo mercado de automóveis usados assim como a tendência para comprarem ou venderem o seu automóvel pela Internet”, indica o portal, em comunicado enviado às redac-ções.

Neste período as marcas mais procuradas foram a Renault, a BMW, a Volkswagen, a Merce-des e a Opel. Os modelos com maior número de entradas fo-ram BMW 320, Renault Clio, Volkswagen Golf, Opel Corsa e Smart Fortwo.

Quer em relação às marcas

À ATENÇÃO DOS OPERADORES DE MERCADO

Procura de automóveis usados volta a subir em Portugal

“O papel das autarquias é ajudar a alavancar a economia e não deprimi-la mais”, considera Rui Rio.

A Renault (na foto o Clio) foi a marca mais procurada em Maio.

quer aos modelos procurados existe uma tendência de estabi-lização registando-se poucas al-

terações quer em relação ao mês anterior quer em relação ao ano passado.

Renault liderou

procuras em Maio

Maio 2011 Maio 2010

Renault BMW

BMW Volkswagen

Volkswagen Renault

Mercedes Opel

Opel Mercedes

“O turismo é o sector que temos mais à mão para resolvermos o principal problema da economia portuguesa, que não é a dívida pública, mas as exportações”.

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A conhecida oficina de reparações, chapa, pintura e electricidade Auto Estrela de S. Vítor vai cumprir em Novembro 50 anos de existência. Ao longo deste meio século de história, o mesmo líder, José Luís Sequeira, que continua a coordenar, com o auxílio de três filhos e de uma nora, os destinos da empresa. Com passado e presente assegurados, José Luís Sequeira teria gosto que os herdeiros dessem “continuidade àquilo que o pai fez”.AQUILES [email protected]

Vida Económica – A relação da Auto Estrela de S. Vítor com a ARAN é an-tiga?

José Luís Sequeira – Eu sou associado já desde o tempo em que era Grémio. A firma foi fundada em 1961, mas eu já era associado do, na altura, Grémio, com uma outra firma que tinha, a Silva, Sequeira, Pinto & Moreira. Depois é que fundei ou-tra firma com um sócio que tive e, mais tarde, passou a ser Auto Estrela de S. Vítor, em 1961.

VE – A empresa faz este ano, em No-vembro, 50 anos. Como explica esta longevidade?

JLS – As coisas vão evoluindo e, feliz-mente, estamos vivos. Comecei quando tinha 21 anos e as coisas foram andando. Comecei numas instalações muito mais pequenas, daí passei para umas um pouco maiores e para outras, até que em 1974 – 15 dias antes do 25 de Abril – vim aqui [à Rua Duque de Saldanha, no Porto] parar. Foi-me oferecido o negócio pois a empre-sa que aqui estava ia fechar por falência e eu tomei conta disto. Isto não era assim como está, era um barracão. Entretanto, em 1988 comprei o espaço, legalizei-o, e em 1991 fiz obras de melhoramento e am-pliação.

VE - Esta preocupação em melhorar as instalações e evoluir é um dos segre-dos da longevidade da empresa?

JLS – Sim, sempre tive o objectivo de procurar fazer mais. Ao mesmo tempo, tive sempre a noção de que temos que trabalhar, enquanto pudermos, porque já naquele tempo a reforma de uma pessoa já era “um pau e um saco” enquanto se pu-desse arrastar e nós sabemos o dia de hoje, mas não sabemos o de amanhã. E a em-presa tem que estar preparada para que as coisas se possam aguentar e não ir abaixo de um dia para o outro.

VE – A especialização em Mercedes, entre os quais táxis e clássicos, vem de há muito tempo?

JLS – Eu trabalhei sempre muito com táxis porque trabalhei uns anos na Mer-cedes, entre 1953 e 1958, aonde todos os taxistas me conheciam. Daí para a frente, saí da Mercedes e comecei a trabalhar so-zinho, mas continuei a trabalhar sempre com muitos táxis, inclusivamente letra A. Isto porque naquela altura havia mui-ta emigração e os carros vinham de outras regiões, Trás-os-Montes, Minho, Douro, etc., ao Porto, à Junta de Migração, tra-tar dos papéis dos seus clientes e perdiam aqui o dia. Enquanto isso, aproveitavam e faziam as reparações aqui no Porto porque lá para cima não havia possibilidade de re-paração. Por isso, continuei sempre a tra-balhar com táxis. Hoje, trabalho com táxis, com particulares e liguei-me também um pouco aos clássicos, porque começou a ha-ver pessoas a pedirem para se fazer alguns serviços em clássicos. E, ao mesmo tempo, essas viaturas serviam para que o pessoal estivesse ocupado.

VE – Como se tornou a Auto Estrela de S. Vítor numa empresa familiar?

JLS – Eu tenho aqui a trabalhar uma fi-lha, dois filhos e uma nora. A filha começou primeiro, porque é a mais velha. Falta-lhe uma cadeira para ser professora, mas cha-teou-se e não quis. Os outros, a determina-da altura, também deixaram de estudar e fui-os metendo aqui dentro. E hoje cá estão.

VE – São uma ajuda no controlo da empresa?

JLS – Eles fazem o seu trabalho, mas eu continuo a ter controlo sobre as coisas. Eu é que tenho a parte técnica, a parte co-mercial e estou mais integrado no negócio. Eles fazem o seu trabalho, um é recepcio-nista e orientador de serviços, outro está mais ligado com a informática. Enfim, temos o que fazer para todos. Tornarmo-nos numa empresa familiar aconteceu. Por força das circunstâncias foram estando e hoje estão cá.

VE – Já que se deu este cenário de os filhos trabalharem na empresa, teria gosto que eles continuassem a empresa?

JLS – Sim, a minha ideia tem sido sem-pre essa: eles procurarem dar continuidade àquilo que o pai fez.

VE – Confia nas capacidades?JLS – Isso a Deus pertence.

VE – O mercado ajuda a essa conti-nuidade?

JLS – O mercado é que, agora, está um pouco fraco. Mas, com jeito, as coisas têm vindo a resolver-se.

VE – A empresa tem nome no merca-do, o que também ajuda.

JLS – Sem dúvida. São muitos anos de existência e depois eu sou uma pessoa co-nhecida de Norte a Sul do país. Até da Ma-deira já tem havido clientes que solicitam serviços de reparação.

FUNDADOR JOSÉ LUÍS SEQUEIRA AINDA LIDERA DESTINOS DA CONHECIDA OFICINA DO PORTO

Auto Estrela de S. Vítor cumpre meio século em Novembro

sexta-feira, 17 Junho de 2011IV

Todo o tipo de serviços para todo o tipo de viaturasA empresa tem sede na cidade do Porto desde a sua fundação. Efectua reparações gerais de mecânica, chapeiro, pintura e electricista em todas as marcas de automóveis, com especialização em Mercedes,

marca onde o administrador obtém a sua formação. A Auto Estrela de S. Vítor repara automóveis antigos de marcas consagradas como Mercedes, Jaguar ou Rolls-Royce, entre outras. A empresa acompanhou

a evolução do ramo automóvel equipando-se com máquinas de diagnóstico e todo o tipo de ferramentas necessárias às novas reparações. É uma oficina pioneira na cidade

do Porto na aquisição de um banco de ensaio de chassis e estufa de pintura. Hoje, são 22 as pessoas que trabalham na empresa, mas já foram o dobro.

“Comecei quando tinha 21 anos e as coisas foram andando”. Eis como José Luís Sequeira resume o historial da empresa.

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A nomeação do português Carlos Tavares para director de operações da Renault – o segundo cargo hierárquico da marca – deixa os profissionais da filial portuguesa com uma satisfação adicional. “O facto de ser um português, e que sempre fez questão de afirmar a sua nacionalidade portuguesa, deve ser um motivo de orgulho para todos os portugueses”, salienta o director de comunicação da Renault Portugal.AQUILES [email protected]

A Renault Portugal recebeu com orgulho a nomeação do executivo português Carlos Tavares para o comité executivo da marca, ficando com a responsabilidade das opera-ções. “O facto de ser um português, e que sempre fez questão de afirmar a sua nacionalidade portuguesa, no-meado para tão importante cargo numa empresa de dimensão mun-dial deve ser um motivo de orgulho para todos os portugueses. Claro que, enquanto colaboradores da Renault em Portugal, a nomeação de Carlos Tavares, cuja experiência e competência está bem demons-trada, é um motivo de satisfação adicional”, disse à “Vida Económi-ca” o director de comunicação da Renault Portugal, Ricardo Oliveira.

Até ao fim de Maio na admi-nistração da japonesa Nissan, com quem a Renault tem uma aliança estratégica desde 1999, Carlos Ta-vares está já, recorde-se, a desem-penhar as novas funções, que vai

assumir em definitivo a partir de 1 de Julho. Tavares é, agora, o braço direito do presidente da marca fran-cesa, Carlos Ghosn. Quando ques-tionado pela “Vida Económica” se para a filial portuguesa poderá ser importante ter português em tão importante cargo, Ricardo Oliveira nega quaisquer benefícios. “ O car-go de COO [director de operações] da Renault é, como referi, de di-mensão mundial, pelo que não esperamos que a filial portuguesa, que relembro, tem uma importân-cia grande no seio do grupo, possa de alguma forma ser ‘beneficiada’. Mas não deixa de ser um motivo de enorme satisfação”, explica o porta-voz da marca em Portugal.

A nomeação de Tavares é, segun-do Carlos Ghosn, “uma primeira etapa no reforço da gestão” da Re-nault. “Carlos Tavares conhece a in-dústria automóvel em todas as suas dimensões: o design, a engenharia, o fabrico, o marketing, as vendas e

o desenvolvimento internacional. As suas competências e a sua expe-riência serão trunfos determinantes para a Renault no momento em que estamos no primeiro ano do nosso plano Renault 2016 – Drive the Change. Pelo meu lado, estou totalmente envolvido no desenvol-vimento da Renault e na condução da aliança”, afirmou Ghosn.

Este plano Renault 2016 tem como objectivo assegurar ao grupo uma aceleração do desenvolvimento nos mercados internacionais e uma importante evolução nas novas tec-nologias, em particular no domínio do veículo eléctrico. Carlos Tava-res terá ainda, como outras tarefas prioritárias, o aumento da compe-titividade e o desenvolvimento das implantações do grupo em França.

Diplomado pela Ecole Centrale de Paris, Carlos Tavares tem uma ligação antiga ao universo Renault, pois foi lá que passou a maior par-te da sua vida profissional, tendo

ao longo dos anos desempenhado diversos cargos em França, na di-recção da engenharia e nos progra-mas de novos modelos. Em 2004, Carlos Tavares foi nomeado para a Nissan como director de programa de novos modelos e, posteriormen-te, vice-presidente para a estratégia e planificação de produtos. Em 2005, foi nomeado vice-presidente executivo da Nissan entrando, as-sim, para o conselho de administra-ção. Em 2009, assumiu a respon-sabilidade das operações da Nissan Américas, cargo que agora entrega agora a Colin Dodge, que acumula esta região às que já tinha: África, Médio Oriente, Índia e Europa.

Já Patrick Pélata, o anterior di-rector de operações da Renault, que Carlos Tavares substitui, abando-nou o lugar em Abril depois de ter erradamente demitido três executi-vos de topo da Renault no escânda-lo de espionagem industrial dentro do construtor.

A Renault é parceira do programa Década de Acções para a Segurança Rodoviária” da ONU. O organismo internacional prevê que, em 2020, os acidentes rodoviários sejam a terceira causa de morte no mundo e pretende através deste pro-grama salvar cinco milhões de vidas humanas na próxima década. A Renault acompanha este esforço da ONU mantendo iniciativas já em cur-so e com o lançamento de novas acções a nível Internacional.

Um destes é o programa internacional “Segu-rança para Todos”, que procura a sensibilização às regras da condução e aos bons comportamen-tos desde tenra infância. Com mais de doze mi-lhões de jovens formados, celebrou este ano o seu 10º aniversário. Este ano, as filiais da Renault de 11 países realizaram o programa com os estabele-cimentos escolares voluntários. Sete destes países (Portugal, Áustria, Bulgária, polónia, Turquia, Suíça e França) participaram, no fim de Maio,

num fim-de-semana festivo, onde os alunos que venceram os concursos de cada país participaram em animações sobre a segurança rodoviária an-tes de iniciarem dois dias de brincadeira na Dis-neyland Paris.

Produto e sensibilização

Além disso, a protecção dos ocupantes de um automóvel é uma das prioridades nucleares da marca e, para tal, a desenvolve tecnologias com-plementares: as que contribuem para prevenir os acidentes e aquelas que protegem, da melhor for-ma, os ocupantes em caso de acidente. É este o caso do sistema FIX 4 SURE, que é um conjun-to de tecnologias aplicadas em todos os lugares do automóvel para minimizar os ferimentos no abdómen reduzindo ao máximo o fenómeno de afundamento no banco. No pólo das tecnologias de prevenção, a Renault foi o primeiro constru-

tor a desenvolver um sistema de quatro rodas direccionais chamado de 4Control que garante o melhor desempenho no controle da trajectó-ria do automóvel. A breve prazo a Renault vai enriquecer os seus sistemas de ajuda à condução com o Visio System, uma tecnologia que permi-te melhorar significativamente a visibilidade e, logo, a prevenção de situações de risco tais como a entrada em vias durante a noite, quando a visi-bilidade é reduzida.

Para a Renault, a segurança rodoviária é uma questão prioritária para a saúde pública e torna-se por isso indispensável trabalhar em estreita co-operação com os poderes públicos, as entidades de ensino e de pesquisa e com toda a sociedade civil. É neste espírito que a Fundação Renault, em cooperação com a Universidade Saint Jose-ph de Beirute, irá lançar uma cátedra de ensino e pesquisa sobre a segurança rodoviária aberta a toda a região do Magrebe e do Médio Oriente.

EXECUTIVO LUSO É O NÚMERO DOIS DA MARCA, ATRÁS DE CARLOS GHOSN

Gestor português ganha influência na Renault

Marca parceira da ONU em programa de segurança rodoviária

Seat inicia produção do Audi Q3 na fábrica de Martorell

A Seat iniciou a produção do Audi Q3. A primeira unida-de do novo SUV compacto daAudi saiu da fábrica de Mar-torell (Catalunha) no dia 7 e representa o culminar de um processo que arrancou em 2009 com a adjudicação à SEAT do projecto da marca alemã.

O Q3 representa também aprodução, pela primeira vez, de um automóvel “premium” em Espanha. Em 2012, o primei-ro ano de produção completo, a Audi prevê entregar cerca de 100 mil unidades do novo veí-culo. O SUV, que será produzi-do em três turnos, contribuirápara o objectivo da Seat em al-cançar a capacidade máxima dafábrica de Martorell.

O vice-presidente de produ-ção da marca, Wolfram Tho-mas, agradeceu “a colaboração de todas as pessoas que partici-param no projecto do Q3 nos últimos dois anos”. Thomas sa-lientou que o novo modelo “émais um exemplo da confiança que o grupo Volkswagen, e a Audi em particular, deposita-ram na Seat e, ao mesmo tem-po, da excelente preparação e da capacidade de todos os pro-fissionais da Seat para produzir um veículo ‘premium’ como o Q3”.

Por seu lado, Frank Dreves, vice-presidente de produção da Audi, assinalou que a produ-ção do Q3 “é um exemplo” decomo se aproveitam as sinergias dentro do grupo. “A fábrica deMartorell é um centro absolu-tamente competente com uma equipa extraordinariamente qualificada, que satisfaz os ele-vados requisitos que a nossa marca impõe. O Q3 leva, semdúvida, o selo de qualidadeAudi”, garante Dreves.

O fabrico do novo Q3 gera1500 postos de trabalho na Seat, 700 dos quais criados de raiz. A contratação dos novosempregados iniciou-se há algu-mas semanas e estará concluída no próximo mês de Setembro. Todos eles são parte das 1200pessoas que participaram num programa de formação quali-ficada de 176 horas, desenvol-vido especialmente para o Q3.Graças à adjudicação do AudiQ3 à SEAT criam-se e consoli-dam-se quatro milhares de pos-tos de trabalho na indústria au-xiliar automóvel em Espanha. A SEAT e a Audi investiram cercade 330 milhões de euros nas instalações e infra-estruturas deprodução do Q3.

Com o Q3, a Audi estreia-se no segmento dos SUV com-pactos. Com chegada a Portu-gal marcada para Setembro, o modelo O Audi Q3 chega ao mercado com três motores dequatro cilindros, um TDI e dois TFSI, com potências entre 140e 211 cv.

sexta-feira, 17 Junho de 2011 V

Carlos Tavares assumiu vice-liderança do construtor automóvel francês.

Na Renault há 30

anos

Renault 1981 – 1991 - Direcção veículos Synthèse1991 – 1996 - Direcção Estudos de sistemas de chassis1996 – 1998 - Direcção arquitectura Synthèse1998 – 2001 - Director de projecto Mégane II2001 – 2004 - Director do programa segmento C

Nissan2004 - vice-presidente estratégia produtos e planificação produtos2005 - Vice-presidente executivo2009 - Responsável das operações da Nissan Américas e vice-presidente executivo

52 anos, casado, 3 filhosDiplomado pela Ecole Centrale de ParisApaixonado pela competição automóvel

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A queda continua nas vendas de veícu-los automóveis. Em Maio verifi cou-se um acentuar dessa tendência de descida. A quebra fez-se sentir em todos os segmen-tos de mercado, com toda a fi leira a sen-tir sérias difi culdades. As vendas de Maio, em termos globais, foram 27% inferiores à média dos últimos 12 anos e 14% abaixo da média dos últimos cinco anos.

As vendas de ligeiros de passageiros registaram uma descida de quase 24%, no mês em análise, o que se traduziu em 14 711 unidades. Nos cinco primeiros meses, a baixa foi superior a 16%, o que representou 74 737 veículos vendidos. Os agentes de mercado estão pessimis-tas quanto ao que poderá vir a suceder nos próximos meses, até porque há a perspectiva de um agravamento da carga tributária que recai sobre os veículos au-tomóveis. Mesmo com campanhas extre-mamente agressivas as marcas não estão a conseguir colocar os seus automóveis, sendo que a maioria das famílias espera tempos mais difíceis. De uma maneira geral, a compra de um automóvel novo passou para segundo plano nas intenções de aquisição dos privados.

A situação é tão grave que das 10 mar-cas mais vendidas, apenas a Nissan, na 10ª posição, conseguiu aumentar as vendas. A Renault, que está na liderança com 11,4% de quota de mercado, foi a marca mais afectada entre Janeiro e Maio, com uma quebra de 28,6% . A segunda marca mais penalizada foi a Seat, com menos 20,6% e

perda de quota. Quanto às marcas de luxo ou topo de gama, também não escapam à crise. A Porsche, a Jaguar ou a Ferrari já tiveram melhores tempos.

As difi culdades estão também a afectar

este mercado, o que não é habitual suce-der mesmo em alturas de crise. Pelo que se pode concluir que a recessão é para todos, sem excepção. Vender um auto-móvel para comprar um outro novo não

é entendido como uma boa opção. Mes-mo a BMW, a Audi e a Mercedes têm assistido a uma descida nas vendas, ainda que com condições bastante interessan-tes para os clientes.

Mercado automóvel continua em abrandamento

O Electric Tour, “roadshow” promovido pela Mobi.E, enti-dade coordenadora da rede de mobilidade eléctrica, e pela Peu-geot Portugal, que percorreu 25 cidades portugueses entre Março e Maio cativou cerca de 2700 cidadãos para a experiência de condução do Peugeot iOn e das bicicletas eléctricas da marca. A rede Mobi.E permite, através de um único cartão, carregar o car-ro eléctrico, escolher o ponto de abastecimento mais conveniente, monitorizar o carregamento atra-vés do PC, telemóvel ou PDA e ainda pagar o consumo eléctrico, o parqueamento ou outros servi-ços associados à mobilidade eléc-trica.

A rede de abastecimento do Mobi.E está, de acordo com o coordenador do Gabinete para a Mobilidade Eléctrica, João Dias, a suscitar interesse a nível internacional, por Portugal ser, segundo a mesma fonte, um país pioneiro na mobilidade eléctrica. “É necessário consolidar o pro-jecto da Mobilidade Eléctrica, só assim teremos condições para avançar na criação de um merca-do de utilizadores, tanto a nível nacional como internacional. A experiência do Electric Tour foi verdadeiramente estimulante. O entusiasmo e a curiosidade susci-tada junto das pessoas, empresas

e de todas as autarquias é o me-lhor incentivo para o MOBI.E continuar neste caminho de fu-turo”, sublinhou João Dias.

Também o administrador da Peugeot Portugal, Pablo Puey, faz um balanço positivo do “ro-adshow”. “Ficámos muito satis-feitos pela receptividade dos por-tugueses, que mostraram grande vontade de conhecer estas novas ofertas de mobilidade alternativa. Além de ser um instrumento de informação para as populações, o Electric Tour mostrou que a Peugeot está na linha da frente em matéria de desenvolvimento sustentável. A nossa marca não se cinge apenas ao automóvel, somos verdadeiramente um actor da mobilidade, com uma oferta única de veículos eléctricos, que

inclui bicicletas, scooters e auto-móveis eléctricos”, defende o exe-cutivo argentino.

O “roadshow” Electric Tour esteve a cargo do 100% eléctrico Peugeot iOn. “Veículo urbano, o iOn permite viver a cidade de forma diferente e durável, sem ruídos, emissões, com custos de utilização muito baixos e inse-rindo-se facilmente no trânsito, graças às acelerações rápidas e efi -cazes”, garante a marca francesa.

Além do iOn, a Peugeot fez uma demonstração mais alarga-da do conceito de mobilidade eléctrica apresentando neste “roa-dshow” duas bicicletas eléctricas. Estas “duas rodas” são o modelo E-City Mixte Nexus 7 e recorrem a uma bateria de iões de lítio para uma autonomia até 90 km.

“Roadshow” sobre mobilidade eléctrica cativa 2700 portugueses

Maio de 2011 fi cará marcado na história da mobilidade eléctrica em Portugal como a data em que a Nissan iniciou a entrega de unidades do Leaf a clientes particulares. Depois dos 12 Nissan Leaf vendidos em 2010 e dos 21 registos deste ano (Janeiro a Abril), destinados a empresas, a Nissan entregou no mês passado os primeiros quatro Leaf a clientes particulares, o que totaliza 37 vendas num mercado que se estima de cerca de 70 veículos eléctricos vendidos em 2010 e 2011 em Portugal.Diogo Jardim, responsável máximo da Nissan Ibéria Portugal, afi rmou na entrega do primeiro Leaf a um particular, Filipe Morais Sarmento, a importância do momento. “Depois de mais de três anos, chegámos hoje a um marco histórico na indústria automóvel nacional. Ao entregarmos os primeiros Nissan Leaf a clientes particulares, fecha-se um ciclo que passou por muitos estudos preliminares, muitas horas de trabalho com o Governo português e os outros parceiros do consórcio Mobi.E, para defi nir a melhor forma de implementar aquela que na altura era uma visão pioneira da mobilidade”. O mesmo responsável sublinhou que o modelo “passa a ser um produto como qualquer outro” da gama de da marca em Portugal: “Estará progressivamente disponível nos concessionários ofi ciais da rede Nissan e pode ser comprado da mesma forma que é utilizado, como qualquer outro automóvel”.A Nissan registou vendas de 10 140 unidades em Portugal, no ano fi scal de 2010 (1 de Abril de 2010 a 31 de Março de 2011) a que correspondeu uma quota de mercado de 3,8%. Este valor signifi ca um crescimento de dois dígitos, 54,2%, em relação ao ano fi scal anterior.

NISSAN ENTREGA PRIMEIROS LEAF A CLIENTES PARTICULARES

sexta-feira, 17 Junho de 2011VI

O Electric Tour percorreu 25 cidades de Norte a Sul do país em dois meses.

O primeiro cliente particular do Nissan Leaf, Filipe Morais Sarmento (à direita), recebe a chave de Diogo Jardim.

A situação é tão grave que, das 10 marcas mais vendidas, apenas uma, conseguiu aumentar as vendas.

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ECONOMIA E FINANÇAS

Decreto-Lei n.º 65-A/2011. D.R. n.º 95, Suplemento, Série I de 2011-05-17

Desenvolve e reforça deveres de prestação de informação fi-nanceira necessários ao controlo da execução orçamental.

Lei n.º 19/2011. D.R. n.º 98, Série I de 2011-05-20

Primeira alteração ao Decre-to-Lei n.º 27-C/2000, de 10 de Março, que cria o sistema de acesso aos serviços mínimos bancários.

Lei n.º 22/2011. D.R. n.º 98, Série I de 2011-05-20

Quinta alteração à Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto (lei de enquadramento orçamental).

FISCAL

Portaria n.º 219/2011. D.R. n.º 106, Série I de 2011-06-01

Aprova os procedimentos e especificações técnicas a obser-var na realização da venda de bens penhorados em processo de execução fiscal de venda ju-dicial na modalidade de leilão electrónico.

TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

Portaria n.º 199/2011. D.R. n.º 97, Série I de 2011-05-19

Aprova os modelos de diplo-mas e de certificados que con-ferem uma qualificação de nível não superior no âmbito do Sis-tema Nacional de Qualificações.

Portaria n.º 207/2011. D.R. n.º 100, Série I de 2011-05-24

Regulamenta a tramitação do procedimento concursal de recrutamento para os postos de trabalho em funções públicas, no âmbito da carreira especial médica.

Portaria n.º 211/2011. D.R. n.º 102, Série I de 2011-05-26

Regula a certificação de competências profissionais re-sultantes do reconhecimento, validação e certificação de com-petências profissionais adquiri-das e desenvolvidas ao longo da vida, nomeadamente em contex-tos de trabalho.

Portaria n.º 214/2011. D.R. n.º 104, Série I de 2011-05-30

Estabelece o regime de for-mação e certificação de com-petências pedagógicas dos for-madores que desenvolvem a sua actividade no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações e re-voga a Portaria n.º 1119/97, de 5 de Novembro.

Decreto-Lei n.º 66/2011. D.R. n.º 106, Série I de 2011-06-01

Estabelece as regras a que deve obedecer a realização de estágios profissionais extracur-riculares, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 146.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro.

AMBIENTE

Portaria n.º 222/2011. D.R. n.º 107, Série I de 2011-06-02

Primeira alteração à Portaria n.º 72/2010, de 4 de Fevereiro, que estabelece as regras respei-tantes à liquidação, pagamento e repercussão da taxa de gestão de resíduos.

CIVIL

Portaria n.º 200/2011. D.R. n.º 98, Série I de 2011-05-20

Segunda alteração à Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de Abril, que regula o modo de elabora-ção, contabilização, liquidação, pagamento, processamento e destino das custas processuais, multas e outras penalidades.

Portaria n.º 201/2011. D.R. n.º 98, Série I de 2011-05-20

Segunda alteração à Porta-ria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, que regulamenta vários aspectos das acções executivas cíveis.

Portaria n.º 202/2011. D.R. n.º 98, Série I de 2011-05-20

Regulamenta os momentos e os modos de pagamento de remunerações dos serviços pres-tados por instituições de acor-do com o disposto nos artigos 833.º-A e 861.º-A do Código de Processo Civil e a forma de cobrança de distribuição da re-ceita e o modo e forma de pa-gamento anual da receita devida às instituições gestoras de bases de dados referidas no n.º 12 do artigo 17.º do Regulamento das Custas Processuais, bem como os demais aspectos de gestão do sistema.

Portaria n.º 203/2011. D.R. n.º 98, Série I de 2011-05-20

Define quais os sistemas de mediação pré-judicial cuja utili-zação suspende os prazos de ca-ducidade e prescrição dos direi-tos e procede à regulamentação do seu regime e os sistemas de mediação judicial que suspen-dem a instância.

JURISPRUDÊNCIA

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 6/2011. D.R. n.º 95, Série I de 2011-05-17

Os terrenos integrados, seja em Reserva Agrícola Nacional (RAN), seja em Reserva Ecoló-gica Nacional (REN), por for-ça do regime legal a que estão sujeitos, não podem ser classi-ficados como «solo apto para construção», nos termos do artigo 25.º, n.os 1, alínea a), e 2, do Código das Expropriações, aprovado pelo artigo 1.º da Lei n.º 168/99, de 18 de Setembro, ainda que preencham os requisi-tos previstos naquele n.º 2.

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 7/2011. D.R. n.º 105, Série I de 2011-05-31

No crime de dano, previsto e punido no artigo 212.º, n.º 1, do Código Penal, é ofendido, tendo legitimidade para apre-sentar queixa nos termos do artigo 113.º, n.º 1, do mesmo diploma, o proprietário da coisa «destruída no todo ou em parte, danificada, desfigurada ou inu-tilizada», e quem, estando por título legítimo no gozo da coisa, for afectado no seu direito de uso e fruição.

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 8/2011. D.R. n.º 112, Série I de 2011-06-09

O técnico de telecomunica-ções aeronáuticas deve assegu-rar, quando necessário, a condu-ção da viatura para o exercício das suas funções desde que para tal esteja legalmente habi-litado, salvo nos casos previstos nos n.os 9 e 10 da cláusula 34.ª do acordo de empresa TTA.

Nos termos e para os efeitos do artigo 288º e seguintes do Código do Trabalho, “a ce-dência ocasional consiste na disponibilização temporária do trabalhador, pelo empre-gador, para prestar trabalho a outra entidade, a cujo poder de direcção aquele fica sujeito, mantendo-se o vínculo con-tratual inicial”. O trabalhador cedido continua a pertencer aos quadros de pessoal da em-presa cedente que mantém sobre ele o poder disciplinar, mas fica sujeito ao poder de direcção da empresa cessioná-ria.

A cedência ocasional de trabalhadores é admissível e lícita quando se reúnam cumulativamente os seguintes requisitos:

a) o trabalhador esteja vin-culado ao empregador cedente por contrato sem termo;

b) a cedência ocorra entre sociedades coligadas, em rela-ção societária de participações recíprocas, de domínio ou de grupo, ou entre empregadores que tenham estruturas organi-zativas comuns;

c) o trabalhador, mediante acordo, conceda cedência;

d) a duração da cedência não exceda um ano, renovável por iguais períodos até ao má-ximo de cinco anos.

No âmbito da cedência oca-sional de trabalhadores, o le-gislador adoptou um conceito amplo de grupo ou associação de empresas, que não se li-mita a receber o conceito de grupo (sociedades em relação de grupo) conforme a legis-lação comercial mas abrange, também, as restantes modali-dades de sociedades coligadas e outras formas de concentra-ção comercial (agrupamentos complementares de empresa, consórcio, etc).

A cedência ocasional de tra-balhadores depende da cele-bração de um acordo escrito entre o cedente e cessionário.

No acordo tem de constar os seguintes elementos:

a) identificação, assinaturas e domicilio ou sede das partes;

b) identificação do traba-lhador cedido;

c) indicação da actividade a prestar pelo trabalhador;

d) indicação da data do iní-cio e da duração da cedência;

e) declaração de concordân-cia do trabalhador.

A declaração de concordân-cia do trabalhador constitui uma verdadeira conditio sine qua non para a cedência oca-sional de trabalhadores, cuja falta torna imediatamente ilí-cita a cedência.

Após cessação do acordo de cedência ocasional, de extin-ção da entidade cessionária ou de cessação da actividade para que foi cedido, o trabalhador regressa ao serviço da ceden-te. Em todo o caso, mantém os direitos que tinha antes da cedência, cuja duração con-ta para efeitos de antiguidade.

Quanto ao regime de pres-tação de trabalho do trabalha-dor cedido, durante a vigência do mesmo, o trabalhador está sujeito ao regime de trabalho aplicável ao cessionário no que respeita ao modo, local, dura-ção de trabalho, suspensão do contrato de trabalho seguran-ça e saúde no trabalho e acesso a equipamentos sociais.

O cessionário tem o dever

de informar o cedente e o tra-balhador cedido sobre os ris-cos para a segurança e saúde inerentes ao posto de trabalho a que este é afecto. Está legal-mente vedada a afectação de trabalhador cedido a posto de trabalho particularmente perigoso para a sua segurança ou saúde, salvo quando cor-responda à sua qualificação profissional específica.

Cabe ao cessionário elabo-rar o horário de trabalho do trabalhador cedido e marcar o período de férias que sejam gozadas ao seu serviço.

É de referir que, o trabalha-dor cedido tem direito:

a) à retribuição mínima que, em instrumento de regu-lamentação colectiva de traba-lho seja aplicável ao cedente e ao cessionário, corresponda ás suas funções, ou à praticada por este para as mesmas fun-ções, ou à retribuição auferi-da no momento da cedência, consoante a que for mais ele-vada.

b) a férias, subsídio de férias e de natal e outras prestações regulares e periódicas, a que

os trabalhadores do cessioná-rio tenham direito por idêntica prestação de trabalho, em pro-porção da duração da cedência.

A cedência ocasional de tra-balhador fora das condições em que é admissível, ou na falta de acordo, permite ao trabalhador cedido o direito de optar pela permanência ao serviço do cessionário em re-gime de contrato de trabalho sem termo. Este direito pode ser exercido até ao termo da cedência, mediante comuni-cação escrita ao cedente e ao cessionário por carta registada com aviso de recepção.

Importa ainda realçar que o trabalhador cedido não é con-siderado para efeito da deter-minação das obrigações do ces-sionário que tenham em conta o número de trabalhadores em-pregados, salvo no que se refere à organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho.

Cabe, por fim, ao cessio-nário comunicar à comissão de trabalhadores o início da utilização de trabalhador em regime de cedência ocasional, no prazo de cinco dias úteis.

Cedência ocasional de trabalhadores

sexta-feira, 17 Junho de 2011 VII

Penhora de salários

Nos termos do artigo 821º do Código de Pro-cesso Civil, estão sujeitos à execução todos os bensdo devedor susceptíveis de penhora que respon-dam pela dívida.

A penhora limita-se aos bens necessários ao pagamento da dívida exequenda e das despesasprevisíveis da execução.

Os vencimentos, salários ou prestações de na-tureza semelhante enquadram-se nos bens apenasparcialmente penhoráveis, porquanto são impe-nhoráveis 2/3 do valor dos mesmos.

A impenhorabilidade destes tem como limitemáximo o montante equivalente a três salários mínimos nacionais à data de cada apreensão e como limite mínimo, quando o executado não tenha outros rendimentos e o crédito devido não seja relativo a alimentos, o montante equivalente a um salário mínimo nacional (��485,00)

Atendendo às necessidades do devedor e do seu agregado familiar, este pode requer a redução por pe-ríodo razoável, da parte penhorável dos rendimentos,ponderando o montante e a natureza do crédito.

Assim, nos termos do artigo 861º do Código de Processo Civil, cabe a entidade empregadoraefectuar os descontos nas quantias devidas corres-pondente ao crédito penhorado e procede ao seu depósito em instituições de crédito.

As quantias depositadas ficam à ordem do soli-citador de execução ou, na sua falta, da secretaria.

É cada vez mais frequente a recepção de noti-ficações pelas entidades empregadoras para pro-cederam aos descontos nos vencimentos dos seus funcionários, mensalmente, até que a dívida fiquepaga na sua totalidade.

Por cada trabalhador com o salário penhoradoa firma tem de enviar um comprovativo de pa-gamento do ordenado com menção da parte pe-nhorada, ao agente de execução.

O incumprimento da ordem judicial ou da Ad-ministração fiscal para a entidade patronal proce-der à penhora de parte do vencimento dos traba-lhadores pode levar a entidade patronal a incorrernum crime de desobediência.

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A parte que faltar culposa-mente ao cumprimento dos deveres é responsável pelos prejuízos causados à outra parte, de acordo com o artigo 323º e seguintes do Código do Trabalho.

A falta de pagamento pon-tual da retribuição confere ao trabalhador a faculdade de suspender ou fazer cessar o contrato.

Assim, caso o empregador não proceda ao pagamento pontual da retribuição por pe-ríodo de 15 dias sobre a data do vencimento, o trabalhador pode suspender o contrato de trabalho. Para tal, deverá en-viar comunicação escrita para o empregador e para o serviço com competência inspectiva do ministério responsável pela área laboral, com uma ante-cedência mínima de oito dias em relação ao início da sus-pensão.

O trabalhador pode suspen-

der o contrato de trabalho an-tes de decorrido o período de 15 dias supra referido, desde que o empregador declare por escrito que prevê que não vai pagar a retribuição em dívida até ao termo daquele prazo. Está declaração é emitida, a pedido do trabalhador, pelo empregador ou, em caso de recusa, pelo serviço com com-petência inspectiva do mi-nistério responsável pela área laboral, no prazo de cinco ou dez dias, respectivamente. Na declaração deverá estar men-cionado o valor das retribui-ções em dívida e o período a que dizem respeito.

É permitido ao trabalhador exercer outra actividade remu-nerada durante a suspensão do contrato, com respeito ao de-ver de lealdade ao empregador originário.

A suspensão do contrato de trabalho cessa mediante co-municação ao trabalhador de que põe termo à suspensão a partir de determinada data, com o pagamento integral das retribuições em dívida e juros de mora, ou através da celebração de um acordo entre o trabalhador e o empregador para regularização das retri-buições em dívida e juros de mora.

Quando o trabalhador não cumpre os seus deveres ou viola a confiança e responsa-bilidade que lhe são exigíveis pode haver lugar a um pro-cedimento com objectivo de aplicação de uma sanção dis-ciplinar.

A abertura do processo dis-ciplinar deve dar-se no prazo de sessenta dias desde que a entidade patronal tenha co-nhecimento dos factos.

Contudo, poderão existir dúvidas sobre o momento em que ocorreram os factos, quais foram e quem os praticou. Nestas situações permite-se a entidade patronal abrir um procedimento prévio de in-quérito para esclarecimento de eventuais dúvidas, no pra-zo de trinta dias a contar da suspeita do comportamento infractor.

Caso não haja lugar a arqui-vamento e, consequentemen-te, prossiga o procedimento disciplinar contra o eventual infractor, a entidade patronal dispõe de trinta dias para co-municar ao trabalhador que lhe foi instaurado um proces-so, entregando simultanea-mente a nota de culpa.

A nota de culpa consiste numa explanação de factos, de todas as circunstâncias de tempo, lugar e modo de como ocorreram. A

nota de culpa também permite dar a conhecer ao presumível infractor os factos dos quais vem acusado para que também possa, caso assim o entenda, de-fender-se adequadamente. É de salientar que, no caso de existir algum comportamento suscep-tível de integrar o conceito de justa causa de despedimento, a intenção de proceder ao despe-dimento deverá ser comunicada ao trabalhador, à comissão de trabalhadores, caso exista, ou à associação sindical, caso o ar-guido seja representante sindi-cal, juntamente com a nota de culpa.

Nesta fase, a lei permite, ainda, a suspensão preventi-va do trabalhador, se, no caso concreto, a permanência do trabalhador for susceptível de causar prejuízos a entidade pa-tronal ou problemas no quo-tidiano empresarial. Contudo, a suspensão não determina a perda da retribuição.

Após recepção da nota de culpa o trabalhador dispõe de

dez dias úteis para apresentar defesa, assim como para jun-tar prova, nomeadamente, arrolar testemunhas, juntar documentos, exames ou qual-quer outra prova que julgue necessárias.

Por fim, e após realização das diligências probatórias, o instrutor elabora um relatório no qual descreve as provas rea-lizadas, os factos considerados provados e não provados, su-gerindo sanções a aplicar e a sua medida ou, caso não haja matéria para a condenação, o seu arquivamento.

A decisão deve ser comuni-cada por escrito ao trabalha-dor, assim como à comissão de trabalhadores e ao sindicato, nos casos em que aquele orga-nismo exista, ou se o trabalha-dor for representante sindical, na última hipótese.

No exercício do poder dis-ciplinar, o empregador pode aplicar as seguintes sanções:

Admoestação simples e ver-bal pelo superior hierárquico;

Repreensão;Repreensão registada;Sanção Pecuniária;Perda de dias de férias;Suspensão da prestação de

trabalho, com perda de venci-mento e antiguidade;

Despedimento sem indem-nização ou compensação.

Contudo, antes de haver lugar a aplicação de qualquer sanção, deve considerar-se que, para efeitos de gradua-ção da sanção, esta deve ser proporcionada à gravidade da infracção e à culpabilidade do infractor, não podendo apli-car-se mais do que uma sanção pela mesma infracção.

Pelo que, no uso do poder disciplinar por parte do em-pregador, existe sempre limi-tações quer quanto ao tipo de sanções a aplicar, quer quanto ao seu limite.

A infracção disciplinar pres-creve decorrido um ano conta-do da data em que é instaurado quando, nesse prazo, o trabalha-dor não seja notificado da de-cisão final. O empregador deve ter um registo actualizado das sanções disciplinares, de forma a permitir facilmente a verifi-cação do cumprimento das dis-posições aplicáveis, nomeada-mente por parte das autoridades competentes que solicitem a sua consulta.

O registo do tempo de trabalho

Nos termos do artigo 202º do Código do Trabalho, o em-pregador deve manter o regis-to dos tempos de trabalho em local acessível e por forma que permita a sua consulta imediata, de forma a controlar o cumpri-mento dos tempos de trabalho.

O mesmo controlo deve ser realizado quanto aos trabalha-dores isentos de horário de tra-balho.

O registo deve conter a indi-cação das horas de inicio e ter-mo do tempo de trabalho, bem como das interrupções ou inter-valos que nele não se compreen-dam, de modo a permitir o apu-ramento de horas de trabalho prestadas pelo trabalhador, por dia e por semana.

Cabe também ao empregador assegurar que o trabalhador que preste trabalho no exterior da empresa:

Vise o registo imediatamente após o seu regresso à empresa; ou

Envie devidamente visado colocando-o a disponibilidade da empresa no prazo de 15 dias a contar da prestação.

Os registos dos tempos de tra-balho devem ser mantidos pelo período de cinco anos.

O incumprimento desta nor-ma legal constitui contra-orde-nação grave.

Foi alterado o diploma que criou o sistema de acesso aos serviços mínimos bancários. Este serviço destina-se sobretudo às pessoas mais desprotegidas que pelo facto de te-rem baixos rendimentos não conse-guem aderir aos tradicionais serviços financeiros.

Foi, assim, instituído o sistema de acesso, pelas pessoas singulares, aos serviços mínimos bancário.

O diploma vem alargar o conceito de serviços mínimos, incluindo:

Serviços relativos à constituição, manutenção, gestão e titularidade de conta de depósito à ordem;

Titularidade de cartão de débito; Acesso à movimentação da conta

através de caixas automáticas, servi-ços homebanking e balcões da insti-tuição de crédito;

Operações incluídas: depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos directos e transfe-rências interbancárias nacionais;

Disponibilização de extractos trimestrais, em papel se solicitado, discriminativos dos movimentos da conta nesse período ou disponibi-lização de caderneta para o mesmo efeito.

O acesso aos serviços mínimos bancários é garantido através de uma única conta bancária aber-ta pelo respectivo titular junto de uma instituição de crédito à sua escolha.

Não podem ser cobradas, a título de custos, taxas, encargos ou des-pesas, mais de 1% da remuneração mínima mensal garantida.

Cabe às instituições de crédito um dever de informação, estando obri-gadas a tornar público a sua adesão ao sistema de serviços mínimos ban-cários, assim como, divulgar as con-dições de contratação e manutenção das contas bancárias de depósito à ordem e informar da possibilidade de conversão da conta bancária que dispõem em conta bancária de ser-viços mínimos. Cabe ao Banco de Portugal definir qual o teor da infor-mação a ser divulgada e a forma da sua publicitação.

Também a Segurança Social irá publicitar a existência de serviços mínimos bancários.

Cabe ao Banco de Portugal a supervisão do sistema e proceder à avaliação dos resultados obtidos em virtude destas alterações.

Incumprimento do contrato

O processo disciplinar

Serviços mínimos bancários

sexta-feira, 17 Junho de 2011VIII

A falta de pagamento pontual da retribuição pela entidade empregadora permite aos trabalhadores a suspensão do contrato de trabalho mediante o cumprimento de alguns requisitos.

O incumprimento dos deveres laborais pelo trabalhador pode determinar a instauração de um processo disciplinar para averiguação das circunstâncias de tempo, modo e lugar de ocorrência dos factos.

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As condições em que eram efectuadas com segurança a instalação, funcionamento, reparação e alteração de equi-pamentos sob pressão (ESP) encontravam-se regidas pelo Decreto-Lei n.º 97/2000, de 25 de Maio.

No âmbito do programa de simplificação administrativa SIMPLEX, e para promover a celeridade do processo de licenciamento e a redução de custos inerentes ao mesmo, e ainda para acompanhar a evolução tecnológica neste domínio, o Governo aprovou recentemente o Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de Julho, que prevê medidas de simpli-ficação ao nível do licencia-mento destes equipamentos, designadamente a possibili-dade de as instruções técnicas complementares (ITC) preve-rem procedimentos de licen-ciamento simplificados para algumas famílias de equipa-mentos sob pressão, especial-mente dirigido às actividades

industriais, bem como a pos-sibilidade, agora permitida, de o interessado, ainda na fase de elaboração do plano geral (lay-out) de instalação da sua actividade, poder solicitar, gratuitamente, informações prévias às diversas entidades. São ainda fixados prazos para a prática de actos, encontran-do-se prevista a entrada em funcionamento de um siste-ma integrado de informação cujas funcionalidades permi-tem a desmaterialização de procedimentos, revogando-se o Decreto-Lei n.º 97/2000, de 25 de Maio.

Duas definições que não estavam presentes na regula-mentação anterior prendem-se com a possibilidade de registo de ESP usado, o que se encon-trava apenas subentendido, e ainda a separação de fluidos em dois grupos, tendo por base enquadrar de forma di-ferente aqueles que podem representar um maior risco de perigosidade.

Relembramos os Associados que, tal como no Regime an-terior, os ESP que contenham ar comprimido, cuja multipli-cação do volume do depósito (V, em litro) pela pressão má-xima admissível (PS, em bar) for superior a 3000 bar.l, se encontram obrigados ao cum-primento das disposições deste diploma.

Tratando-se de um equipa-mento novo ou usado (enten-de -se por «ESP usado» aquele que já foi colocado em serviço ou, não estando em serviço, já tenha sido fabricado há mais

de cinco anos), o proprietário deve solicitar o registo do ESP nas direcções regionais de economia (DRE). De modo a correctamente instruir o processo de licenciamento, devem ser efectuados o en-saio de pressão, o ensaio de estanquidade, a verificação e o ensaio dos órgãos de seguran-ça e controlo e a detecção de defeitos e caracterização dos materiais [ensaios não destru-tivos (END)]. Estes ensaios e verificações são efectuados por organismos de inspecção sectorial devidamente creden-ciados para o efeito.

Alertamos ainda para as coi-mas aplicáveis ao incumpri-mento das normas decorrentes da entrada em vigor deste De-creto-Lei. A titulo de exemplo, a ausência de registo do ESP constitui contra-ordenação pu-nível com coima de � 5000 a � 10 000 quando cometida por pessoas colectivas e de � 500 a � 3740 quando cometida por pessoas singulares...

Regulamento de Instalação, de Funcionamento, de Reparação e de Alteração de Equipamentos sob Pressão

sexta-feira, 17 Junho de 2011 IX

Foi publicado em Diário da Repúbli-ca, no passado dia 25 de Maio de 2011, o Despacho n.º 7652/2011, de 19 de Maio, do Secretário de Estado dos Transportes que possibilita a realização, por centros de exame privados, das pro-vas práticas necessárias à revalidação dos títulos de condução caducados há pelo menos dois anos.

Assim, este Diploma determina que as provas de aptidões e do comportamento e as provas práticas, consoante se trate de carta ou de licença de condução, necessárias para a revalidação dos títulos de condução cadu-cados há pelo menos dois anos, podem ser realizadas pelo IMTT, I.P. ou por Centros de exame privados, a título transitório, a partir de 1 de Agosto de 2011.

Segundo informação publicada pelo IMTT, a existência de um significativo número de condutores que não revalida-ram os respectivos títulos de condução e a necessidade de reforçar a capacidade de resposta, em todo o país, à procura das provas acima referidas justificam que, para além de no IMTT, I.P., essas provas possam também ser realizadas pelos cen-tros de exame privados.

No seguimento do assunto referido, convém relembrar o Decreto-Lei nº 45/2005, de 23 de Fevereiro de 2005, que veio introduzir alterações às idades de revalidação da carta de condução. Para os condutores cujas cartas foram emitidas antes de 24 de Maio de 2005, os novos prazos de validade começaram a ser apli-cados a partir de Janeiro de 2008.

Desta forma, desde o dia 1 de Janeiro de 2008, a carta de condução deve ser

revalidada obrigatoriamente de acordo com as idades estipuladas no referido regulamento, para as diferentes catego-rias de veículos, e independentemente da data de validade que consta no do-cumento:

Condutores de veículos das catego-rias A, B e B+E, e das subcategorias A1 e B1:

Aos 50, 60, 65, 70 anos e, posterior-mente, de dois em dois anos.

Condutores de veículos das catego-rias C e C+E, e das subcategorias C1 e C1+E:

Aos 40, 45, 50, 55, 60, 65, 68 anos e, posteriormente, de dois em dois anos.

Condutores de veículos das cate-gorias D e D+E, subcategorias D1 e D1+E e da categoria C+E, cujo peso bruto exceda 20.000 kg:

Aos 40, 45, 50, 55 e 60 anos.A revalidação da carta de condução

deve ser feita durante os 6 meses que an-tecedem o dia em que o condutor com-pleta a idade obrigatória – o documento não pode ser revalidado com mais de seis meses de antecedência.

Se o condutor deixar passar o prazo de revalidação, corre o risco de pagar uma coima por circular com a carta de con-dução caducada.

No caso dE o condutor não efectuar a revalidação da carta de condução dentro do prazo de dois anos após o seu termo de validade, terá obrigatoriamente que realizar um exame especial de condução que consiste numa prova prática de con-dução.

Exames práticos para revalidação

dos títulos de condução caducados

A partir de 10 de Julho de 2011 inicia-se a produção dos efeitos constantes no DL nº 218/2008 de 11 de Novembro. Este Decreto-Lei transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2007/35/CE, da Comissão, de 18 de Junho, esta-belecendo requisitos relativos à instalação de dispositivos de iluminação e de sinali-zação luminosa dos automóveis e seus re-boques. A Directiva n.º 76/756/CEE, do Conselho, de 27 de Julho, com a última redacção que lhe foi conferida pela Direc-tiva n.º 2007/35/CE, é uma das directivas específicas do procedimento de homolo-gação CE mencionado no Decreto -Lei n.º 72/2000, de 6 de Maio, com a últi-ma redacção dada pelo Decreto -Lei n.º 198/2007, de 16 de Maio.

Com o objectivo de aumentar a segu-rança rodoviária através de uma melhoria da conspicuidade dos automóveis pesados de grandes dimensões e dos seus reboques, a obrigação de equipar esses veículos com uma marcação retrorreflectora era intro-duzida, já tendo em conta as alterações previstas ao Regulamento UNECE n.º 48, adaptando ao progresso técnico a Di-rectiva n.º 76/756/CEE, transposta para o direito interno pela Portaria n.º 517 -A/96, de 27 de Setembro, alinhando-a com os requisitos técnicos do referido Re-gulamento.

Os requisitos técnicos são os previstos no Regulamento UNECE n.º 48, sendo que a norma ECE 104 estabelece os crité-rios de construção, requisitos de identifi-cação e uso nos veículos pesados de trans-porte de grandes dimensões.

Posto isto, ficam obrigados à instalação

de marcações retrorreflectoras (na parte traseira, lateral, ou ambos) todos os veí-culos novos que reúnam as características que se referem abaixo, segundo as seguin-tes condições:

Marcação traseira (contorno completo) em veículos com largura superior a 2,1 m, das categorias:

. N2 com peso bruto superior a 7,5 t;

. N3 (com excepção de chassis-cabina, veículos incompletos e tractores para se-mi-reboques);

. O3;

. O4.

Marcação lateral (contorno parcial) em veículos de comprimento superior a 6 m, das categorias:

. N2 com peso bruto superior a 7,5 t;

. N3 (com excepção de chassis-cabina, veículos incompletos e tractores para se-mi-reboques);

. O3;

. O4.

Marcações Retrorreflectoras em veículos pesados de mercadorias de grandes dimensões

Advertência para adesão a serviços

Tem chegado ao conhecimentoda ARAN, que algumas empresastêm sido contactadas no sentido dese associarem a uma determinadaentidade, que refere prestar serviçosde diversa índole às empresas. Paratal, aquela entidade alega prestarserviços de carácter onerosos, a tí-tulo gratuito. Como exemplo, temsido referido às empresas que, me-diante o pagamento de um valoranual de quota a rondar os 200�,a mesma tem direito à legalizaçãodo compressor, nos casos em que talseja necessária.

No entanto, informamos que,apenas em taxas a pagar à entida-de coordenadora do licenciamentodesse equipamento (Direcção Re-gional de Economia), é devido noprimeiro ano um montante de cer-ca de 125�, excluindo as provas aefectuar ao equipamento, que sãode valor bem superior.

Dessa forma, alertamos os Asso-ciados para ficarem atentos a pro-postas semelhantes e que lhes pa-reçam pouco credíveis. Ocorrendoeste tipo de situação, devem osAssociados contactar os serviços daARAN.

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Garanta já a sua vaga e inscreva-se mesmo que o curso ou cursos do seu interesse não iniciem já!Contribua para uma melhor previsão e organização na realização das acções de formação da ARAN!

sexta-feira, 17 Junho de 2011X

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O Certificado de Aptidão para Motoristas (CAM) e a Carta de Qualificação de Mo-torista são obrigatórios e obti-dos através de formação.

De acordo com a legislação, Decreto-Lei nº. 126/2009, de 27 de Maio, os motoris-tas que tiraram a sua carta de condução das categorias C e C+ E antes de 9 de Se-

tembro de 2009 não precisam de ter a formação de qualifi-cação inicial. No entanto, são obrigados a frequentar uma formação contínua, de forma a poderem tirar o CAM e o CQM, que deve ser adquirida de cinco em cinco anos.

Estes motoristas deverão obter a formação contínua e os correspondentes CAM e

CQM mediante a sua idade e nos seguintes termos:

- Até 10 de Setembro de 2012, os que nesta data tive-rem idade não superior a 30 anos;

- Até 10 de Setembro de 2013, para idades compreen-didas entre 31 a 40 anos;

- Até 10 de Setembro de 2014, para idades compreen-

didas entre 41 e 50 anos;- Até 10 de Setembro de

2016, os que nesta data tive-rem idade superior a 50 anos.

A ARAN brevemente dará início ao Curso de Formação Contínua para Obtenção de Certificado de Aptidão de Motorista Pesados de Merca-dorias, com duração de 35 ho-ras, 7 horas diárias contínuas.

Neste sentido, vimos soli-citar que nos informem das necessidades desta formação, para averiguarmos a quanti-dade de cursos necessários e zonas geográficas, para poder-mos calcular os custos ineren-tes e a respectiva calendariza-ção.

FAÇA JÁ A SUA PRÉ-INS-CRIÇÃO!

Curso de formação contínua para obtenção de certificado de aptidão de motorista – pesados de mercadorias(Homologado pelo IMTT)

Preencher e enviar para a ARAN via fax 225090646 ou e-mail [email protected]

PRÉ-INSCRIÇÃO preencher com letra legível sócio nº ___________ não sócio �

Empresa __________________________________________________________ Nº de Contribuinte __________________

Telefone ————————————————————————— Fax ——————————————————————— Telemóvel _________________________

Morada —————————————————————————————————————————————————————————————————————

Pessoa a contactar —————————————————————— _____________________________________________________________________________________

Nº de colaboradores interessados até: _____ 2012 _____ 2013 _____ 2014 _____ 2016

Associação Nacional do Ramo Automóvel R. Faria Guimarães, 631 4200-21 Portowww.aran.pt [email protected] Tel 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 Cont. nº 500843643

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Uma antecipação das compras das empresas de “rent-a-car” para os primeiros cinco meses de 2011 impediu que a quebra do mercado automóvel nacional fosse maior, de acordo com o director-geral da Audi na estrutura da SIVA, Licínio Almeida. “De Janeiro a Maio de 2011 face ao mesmo período de 2010, terá havido um crescimento de 55% das rent-a-car, sendo a quebra nas frotas e empresas em geral de 30% e nos particulares de 40%. Como se pode perceber, a grande antecipação no rent-a-car tem, de certa forma, mascarado os números do mercado”, defende. Em relação à performance da Audi, o executivo salienta o ganho de quota e não põe, aliás, de parte um cenário de liderança entre as marcas “premium” em Portugal.AQUILES [email protected]

Vida Económica – As vendas da Audi em Portugal baixaram 13,6%, para 3115 unidades até Maio. Que balanço faz de 2011?

Licínio Almeida – Num mercado que cai 16,2%, a Audi decresce ligeiramente menos do que o mercado, portanto, refor-ça a sua quota. O balanço que fazemos na Audi dos primeiros cinco meses é positivo. A nossa organização comercial está bem, preparou-se nos últimos anos para uma si-tuação de crise provável e, portanto, temos uma organização comercial bem estrutu-rada e preparada. Em termos de vendas, 2011, a exemplo do ano passado, está a ser caracterizado na Audi pelo lançamento de novos modelos e, portanto, confiamos. O ano de 2010 foi muito bom, pois batemos o recorde absoluto de vendas Audi em Por-tugal, com 8400 matrículas. Em 2011, por-que o mercado será menor, nós venderemos também menos do que no ano passado, mas estamos plenamente convictos de que vamos reforçar a nossa quota de mercado. E vamos reforçar a nossa quota de mercado porque neste momento temos uma gama de produto alargada e que está a ser reforçada. Em Setembro vamos ter o Q3 e o A6 Avant. Em Abril, tivemos o lançamento o Audi A6 Limousine e tínhamos tido no final do ano passado o A7 e o A1. Todos estes modelos novos, em que vários significam o alargar da oferta da marca, dão uma confiança e uma capacidade comercial que antes não tínha-mos. Hoje, temos uma gama completa e podemos responder a todas as necessidades dos clientes. Temos é sofrido com a falta de carros [para entrega]. A Audi está a ter uma performance extraordinária a nível mun-dial, há carteira de encomendas para a ge-

neralidade dos modelos e uma boa parte da produção tem sido canalizada para a China. Isso tem-nos afectado e há modelos para os quais não temos disponibilidade.

VE – Como por exemplo?LA – O novo A6, por exemplo, que é um

modelo recente, mas também o A3 Sport-back, que é um carro que está no mercado há vários anos, mas que é um fenómeno de vendas e para o qual nós mantemos uma carteira de encomendas por satisfazer. Mas este cenário repete-se em outros modelos, como sejam o A4 Avant ou o A5 Sportback. Isso deixa-nos, por um lado, satisfeitos, mas por outro leva-nos a perder algumas vendas. Já aconteceu no ano passado e está a repetir-se este ano.

VE – Nota, na generalidade do merca-do, diferenças de desempenho entre os particulares e as empresas?

LA – Assistiu-se nestes primeiros cinco meses a um crescimento do rent-a-car face ao ano passado, através de uma alteração da sazonalidade. Portanto, está a haver uma grande antecipação. As diversas marcas es-tão a promover a antecipação das compras previstas pelas rent-a-car para o ano. O mercado de particulares é, neste momento, o mais afectado. Portanto, temos um “mix” diferente do habitual nos últimos anos. De Janeiro a Maio de 2011 face ao mesmo pe-ríodo de 2010, terá havido um crescimento de 55% das rent-a-car, sendo a quebra nas frotas e empresas em geral de 30% e nos particulares de 40%. Como se pode perce-ber, a grande antecipação no rent-a-car tem, de certa forma, mascarado os números do mercado.

VE – No vosso caso, tendo em conta que as vendas de particulares se ressen-tem mais no clima económico actual, o A1 acaba por surgir num momento me-nos indicado?

LA – Qualquer momento em que o mer-cado esteja em quebra é mau. É verdade que o A1 é um modelo com grande procura de clientes particulares, mas, felizmente, como é um modelo novo, teve uma fantástica campanha de marketing a sustentá-lo e é um produto para um segmento em que a

marca não estava presente, o modelo tem sido um sucesso. De facto, mês após mês, te-mos sido surpreendidos com a procura que está a ter. No A1 não estamos a sentir isso. Diria que o mercado dos particulares está a ressentir-se mais nos carros convencionais e o A1 é um carro menos convencional e que mantém a qualidade habitual na marca. A procura tem rondado as 100 unidades men-sais, o que, para um carro com três portas e com o posicionamento específico que tem, nos deixa muito satisfeitos.

VE – No actual momento da Audi, a li-derança entre as três marcas “premium”

alemãs em Portugal – foi a segundamais vendida até Maio – é um cenárioque pode ser encarado?

LA – A acontecer, será por consequênciado bom trabalho de toda a organização co-mercial e da boa aceitação dos produtos damarca. Esse não é o nosso principal objecti-vo, o nosso principal objectivo é termos umaorganização comercial sustentada, com umaboa capacidade de assistência após-venda,um serviço verdadeiramente “premium”, euma rede comercial com sustentabilidade fu-tura, em que todos esteja satisfeitos, empresá-rios e, sobretudo, os clientes. Com o alargarda oferta que a marca tem tido nos últimosanos e que assim vai continuar nos próximosanos, é muito provável que essa liderança ve-nha a acontecer em vários países, e porquenão em Portugal também?

VE – Em relação à generalidade domercado – que perdeu 26% em Maio e16% no acumulado –, o que pode acon-tecer em Portugal este ano, tendo, até,em conta a sazonalidade do rent-a-carque referiu?

LA – Essa sazonalidade tem sido atípicae, provavelmente, as empresas de rent-a-car não manterão este ritmo no segundosemestre e isso vai repercutir-se no merca-do. No início do ano, as previsões apon-tavam que o mercado português de 2011rondasse as 170 mil unidades face às 223mil do ano passado, o que daria um de-créscimo a rondar 23%. Acreditamos queé isso que vai acontecer. Portanto, sem oefeito do rent-a-car, é provável que no se-gundo semestre os desvios homólogos se-jam superiores.

O DIRECTOR-GERAL DA AUDI NA SIVA AVISA QUE SECTOR VAI SOFRER NO SEGUNDO SEMESTRE

“Antecipação no rent-a-car tem mascarado os números do mercado”

“Se o comércio não funcionar, a indústria não tem como escoar o que produz”

A quebra do mercado automóvel português pode ser ainda maior em 2012, tendo em conta as medidas de austeridade impostas pelas instituições internacionais. Numa entrevista realizada ainda antes das eleições de 5 de Junho, Licínio de Almeida defendeu que o novo Governo deve ter a “coragem de olhar para o sector automóvel não só pela quantidade de carros vendida anualmente”, mas pela receita fiscal e pelo emprego que o comércio gera. “Muitas vezes, fala-se na indústria e nos milhares empregos que esta cria, mas esquecem-se dos muitos milhares de empregos que o comércio automóvel cria. E se o comércio não funcionar, a indústria não tem como escoar o que produz. É, portanto, fundamental que o comércio o possa fazer. Em Portugal, o comércio representa dezenas de milhares de empregos”, avisa o responsável pela Audi na SIVA.“Somado a isso”, acrescenta Licínio de Almeida, “é muito importante que o Governo não crie condições para que as previsões de receita fiscal não se concretizem”. O executivo defende que sejam “criadas condições que estimulem a procura,” nomeadamente incentivos ao abate. “Pensamos que é um erro estes não existirem, pois estimulam a venda, logo mais receita fiscal, mais actividade para as empresas e protecção para o meio ambiente. A carga fiscal em Portugal é das mais exageradas da Europa e limita a compra (em quantidade e qualidade), temos uma capitação automóvel (por cada 1000 habitantes) abaixo da média da Europa e também temos uma das cilindradas e potência médias mas baixas da Europa”, defende.

sexta-feira, 17 Junho de 2011 XI

Licínio de Almeida faz um balanço positivo da performance da Audi até Maio, já que apesar da quebra nas vendas, conseguiu ganhar quota.

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AQUILES [email protected]

A contínua quebra nas vendas de automóveis novos – a descida acumulada de Janeiro a Maio, face a 2010, nos ligeiros foi su-perior a 16% – está a levar as marcas a reforçarem uma apos-ta, que, de resto, já não é nova, no pós-venda. Assim, são raras as marcas que não têm em curso campanhas para as visitas às ofici-nas (ver texto à parte).

O director de pós-venda da Automóveis Citroën, Luís Lobo, disse à “Vida Económica” que esta área “é um factor importante na sustentabilidade da rentabili-dade das concessões automóveis”. De acordo com o mesmo respon-sável, “assume maior relevância num momento em que, embora a quota de mercado da Citroën continue a aumentar, o mercado de vendas de automóveis novos tem decrescido”.

Porque sabem que os factores económicos que afectam as ven-das de automóveis novos tam-bém influenciam negativamente o sector do pós-venda, a política comercial da filial da marca fran-cesa passa, segundo Luís Lobo, “por apresentar uma assistência que garante os melhores índices de qualidade e satisfação, preços de peças e custos de manuten-ção bastante competitivos e uma equipa de técnicos altamente especializados nos produtos” da marca. “Pretendemos promover a tranquilidade e confiança dos clientes da marca com o serviço pós-venda Citroën”, remata a nossa fonte.

Também a Mercedes-Benz Portugal vê no pós-venda uma área essencial. “Existe uma es-tratégia integrada em que se pretende consolidar o ciclo de vida do cliente desde a aquisi-ção, passando pela manutenção e assistência, até à troca por um novo veículo”, referiu-nos Tiago Viana, do marketing de peças da empresa. “Desta forma, o serviço pós-venda afirma-se não só como uma área de negócio vital para o grupo, mas também como eixo fundamental de uma estratégia global com vista à satisfação dos nossos clientes e reforço dos valo-res da marca”, explica Viana.

O director de comunicação da Peugeot Portugal, Jorge Ma-galhães, tem uma opinião seme-lhante. “A Peugeot encara o ne-gócio automóvel de uma forma global, o que significa que, para além da venda de automóveis, também o pós-venda (onde se

englobam as actividades oficinais e o comércio de peças) é uma ac-tividade fundamental na perspec-tiva de cumprir o compromisso de prestar um serviço completo aos nossos clientes”, disse-nos. Para o porta-voz da marca fran-cesa em Portugal, as oficinas são, sobretudo, “uma área de fideli-zação dos clientes à marca, atra-vés da prestação de um serviço da mais elevada qualidade e que permita manter o ‘parque’ rolan-te nas melhores condições”.

Fidelização à marca

O pós-venda como canal de fidelização de clientes é referido por todas as fontes ouvidas. “Aci-ma de tudo, a nossa preocupação passa por aconselhar e oferecer aos nossos clientes produtos e serviços formatados à sua medi-da e nos quais ele poderá confiar. Com o nosso serviço de quali-dade (completo e profissional), a nossa equipa de técnica espe-cializada (formada e resoluta), a nossa gama de peças genuínas

(de ajuste perfeito e segura) e os nossos equipamentos e ferramen-tas (seleccionados de acordo com os elevados standards da Toyota) somos uma resposta ímpar às solicitações dos nossos clientes”, adiantou-nos Gabriel Almeida, director do departamento co-mercial e apoio à rede de con-cessionários da Toyota Caetano Portugal. “Com isso, contamos fidelizar os nossos clientes à mar-ca, sendo a rentabilidade daí ge-rada uma consequência (natural-mente muito importante), mas nunca uma prioridade”, explica Gabriel Almeida.

A directora de comunicação da Ford Lusitana, Anabela Correia, salienta a qualidade de serviço como objectivo primário: “O negócio de pós-venda da Ford é de importância relevante e em primeiro lugar procuramos sem-

pre oferecer um serviço de qua-lidade e que satisfaça sempre em pleno os nossos clientes”. Ainda assim, a mesma fonte não escon-de a importância desta área de negócio no actual momento eco-nómico. “Não podemos falar em compensações mas, se os clientes optarem por não adquirirem no-vos veículos face a actual situação económica, queremos estar aptos a responder às suas necessidades de manutenção do seu automó-vel, a preços competitivos e com mão-de-obra qualificada que lhes permita manter por mais tempo o mesmo e em excelentes condi-ções de utilização”, explica Ana-bela Correia.

O director de comunicação da BMW Portugal, João Trinchei-ras, refere que o pós-venda da marca tem reagido “relativamen-te bem” à conjuntura nacional.

DIVERSAS CAMPANHAS EM CURSO NOS CONCESSIONÁRIOS

Marcas procuram potenciar em face das quebras nas venTendo em conta a quebra que a venda de automóveis novos está a ter em Portugal, descida esta que nos anos mais próximos não deve ser resolvida, os importadores de automóveis estão a reforçar a atenção ao pós-venda. São poucas as marcas que não têm campanhas em curso. Muitas destas são viradas para veículos mais antigos e todas têm entre os objectivos fidelizar os clientes às respectivas marcas. Uma garantia comum a todas as marcas consultadas pela “Vida Económica” é a competitividade dos preços praticados pelos serviços nas respectivas redes oficiais.

sexta-feira, 17 Junho de 2011XII

O pós-venda permite minorar as perdas nas vendas de novos.

O pós-venda é considerado pelos operadores uma importante ferramenta de fidelização dos clientes

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Os automóveis eléctricos con-tinuam a dar provas da segurança na utilização. Depois dos “géme-os” Mitsubishi i-MiEV, Citroën C-Zero e Peugeot iOn terem ob-tido quatro estrelas nos crash-tests que o EuroNCAP revelou em Fevereiro, o Nissan Leaf logrou agora obter a classificação máxima de cinco estrelas nos mais recentes testes do organismo europeu.

O Leaf tem debaixo do banco traseiro um compartimento para a bateria desenvolvido especial-mente, o qual faz com que não só os passageiros estejam protegidos num acidente, mas também com que os riscos de danos na baterias ou choques eléctricos. Michel van Ratingen, secretário-geral do EuroNCAP, considera que “o Nissan Leaf prova que os veículos eléctricos podem ser tão seguros como os automóveis comuns. O padrão está agora definido para a próxima geração de carro no mercado europeu”.

“O desempenho do Nissan Leaf nestes rigorosos testes de segurança sublinha a integridade da engenharia incorporada no automóvel e prova que este ino-vador veículo 100% eléctrico é a escolha perfeita para uma uti-lização familiar diária. O Nissan Leaf não só proporciona todo o espaço, conveniência e desem-penho de qualquer um dos seus rivais tradicionais como é um dos automóveis mais seguros actual-mente em circulação”, afirmou Pierre Loing, vice-presidente de planeamento e estratégia do pro-duto na sede da Nissan na Euro-pa e líder da unidade de emissões zero da empresa. O resultado EuroNCAP chega menos de um mês depois do Leaf ter consegui-do uma classificação de melhor escolha do instituto de segurança dos Estados Unidos.

Ford Focus também em destaque

Além do Leaf, a bateria detestes agora divulgada pelo Eu-roNCAP inclui ainda Ford Fo-cus, Volvo V60, Citroën DS4, Peugeot 508 e o híbrido Lexus CT 200h. Se é verdade que to-dos receberam cinco estrelas, o Focus destacou-se, pois permitiuà Ford tornar-se no primeiro fa-bricante automóvel generalistaa ganhar dois reconhecimentosEuroNCAP Advanced. O Focus foi reconhecido pelo sistema detravagem activa em cidade, que monitoriza o que se passa à sua frente e trava automaticamente se estiver iminente uma colisão ea ajuda à manutenção de faixa, a qual recorre a uma câmara fron-tal que detecta se o veículo ultra-passa a faixa de rodagem e aplica uma vibração na direcção para alertar o condutor.

“A nossa missão é proporcionar níveis de segurança excepcionaisatravés de tecnologias de preven-ção de acidentes e sistemas deprotecção de ocupantes, o quetorna este reconhecimento da EuroNCAP extremamente grati-ficante”, afirmou Stephen Odell, CEO da Ford Europa. “Estamos muito orgulhosos por termos tor-nado estas tecnologias disponí-veis a muitas pessoas num veículo acessível como é o novo Focus”, acrescentou. O presidente do Eu-roNCAP, Andre Seeck, salientou, por seu turno, o compromisso da marca com a segurança. “OEuro NCAP Advanced Awards reconhece a inovação em matériade segurança ao mais alto nível e estamos encantados com o factode a Ford ter demonstrado o seu compromisso com a segurançados seus veículos, entre os quais o novo Focus”, referiu Seeck.

pós-venda das de novos

Além do Leaf, outro modelo em destaque foi o Ford Focus (na foto).

Algumas campanhas em curso

BMWA marca lançou em Abril uma campanha de reforço ao nosso programa Value & Care – um programa de manutenção e reparação aplicável aos BMW Série 3, 5, X3 e X5 com cinco ou mais anos, que oferece vários pacotes de manutenção ou reparação, sendo apenas utilizadas peças originais, a um preço fixo.

CITROËNO cliente beneficia de um desconto em peças de manutenção que é variável em função da quilometragem do automóvel. Quanto mais km o automóvel tiver maior é o desconto proporcionado aos clientes. A campanha é valida para clientes particulares até 29 de Julho.

FORDA campanha de Verão vigora até ao fim de Julho. A principal componente desta campanha é o EcoPneu Ford, em que por cada pneu usado entregue para troca por um pneu novo a marca oferece 10 euros. Adicionalmente, a marca continua a apostar na campanha de oferta do Pneu Seguro (um ano de cobertura para furos ou rebentamentos nos pneus comprados em Junho e Julho). A Ford tem ainda em curso os Menus de Preços fixos nas operações de manutenção periódica recomendadas. Além disso, a marca mantém o Desafio Preço Baixo para as operações de manutenção. “Se encontrar melhores preços devolvemos a diferença”, promete.

MAZDAAmanhã (18 de Junho), a rede de concessionários promove uma acção denominada Mazda Happy Day, tendo como público-alvo todos os actuais proprietários de modelos da marca japonesa. Esta acção oferece um “check up” gratuito a todos aqueles que se deslocarem a um concessionário, podendo os mesmos usufruir, também, de 30% de desconto na mudança de óleo. Caso realizem esta operação é-lhes atribuído um “voucher” experiência, que se tornará efectivo após a marcação de uma revisão (a realizar até final do corrente ano), sendo o mesmo validado nessa intervenção mecânica.

MERCEDESTem em curso até ao fim de Julho a campanha “Vantagens Mercedes-Benz +8”, destinada a clientes com veículos com idade superior a oito anos. No seguimento da acção iniciada em 2010, a acção consiste na oferta de vantagens a nível de peças e de óleo e de preços fixos para clientes com

veículos com mais de 8 anos.

NISSANA actual campanha na marca nipónica, válida até 31 de Agosto, consiste nas seguintes ofertas: recarga do ar condicionado, 50% de desconto no segundo pneu, preço especial no DVD e desconto especial em vários acessórios.

OPELEstão em vigor até ao fim de Agosto vários preços especiais, entre os quais kits Bluetooth, suportes para transporte de bicicletas, bagageiras de tejadilho, pneus e lâmpadas para os faróis. Mas o grande destaque vai para o ar condicionado: limpeza e desinfecção por 25 euros; reciclagem e carregamento por 59 euros; e substituição do filtro do habitáculo por 35 euros.

PEUGEOTA rede Peugeot promove em permanência um conjunto de acções promocionais. Destaque para o Cartão Cliente Peugeot, que permite aos clientes acumularem pontos em função dos valores que vão despendendo na oficina, pontos esses que podem ser trocados por descontos em visitas futuras. De salientar ainda a existência em permanência do “Serviço 5+”, onde, para um conjunto de operações de manutenção corrente, os veículos com mais de cinco anos beneficiam de preços mais baixos. De momento, a marca tem ainda a correr a campanha “Primavera Peugeot”, com a oferta de uma selecção produtos a preços promocionais. Os produtos actualmente em campanha são: sensores de estacionamento, alarmes, aditivos para motores HDi e tapetes.

TOYOTAActualmente está em vigor a campanha “Verão de Sonho Toyota”. Trata-se de um check-up gratuito aos principais pontos de segurança da viatura e caso seja detectada alguma necessidade nestes elementos, o cliente beneficiará de um desconto de 15% (excepto em pneus). Além de uma campanha de pneus, a rede da marca japonesa está a oferecer 15% de desconto em ganchos de reboque, suportes de bagagem e cortinas de sol. No final do serviço, caso a factura total seja igual ou superior a 140 euros, os clientes recebem um CD de música e podem habilitar-se a umas férias. Os que apresentem uma frase criativa que inclua as palavras “Toyota”, “Férias” e “Oficina” ficarão automaticamente habilitados a um cheque viagem no valor de dois mil euros. As três frases mais criativas serão premiadas.

Eléctricos continuam a superar testes do EuroNCAP

sexta-feira, 17 Junho de 2011 XIII

“A razão é simples e prende-se essencialmente com o facto de o parque rolante BMW ter cres-cido enormemente, especial-mente desde 2005, data em que a BMW Portugal iniciou a sua actividade em Portugal, tendo atingido a liderança do segmen-to ‘premium’ em Maio de 2005, posição que mantém até hoje. Este crescimento é uma das ra-zões que tem permitido manter a actuação do pós-venda, sobre-tudo quando comparado com outras marcas mais maduras no mercado”, afirma Trincheiras.

O mesmo responsável acrescen-ta que, por sua vez, “o facto de a BMW estar a trabalhar activamen-te na fidelização dos seus clientes, através de medidas como o BMW Value & Care e os contratos de ma-nutenção BMW Service Inclusive começa, também agora, a apresen-tar resultados”. No entanto, João Trincheiras defende que o negócio automóvel “é composto por ven-das e pós-venda, áreas distintas que trabalham por si, com objectivos específicos a cumprir”.

Modelo Pontuação total

Adultos Crianças Peões Sistema Segurança

Citroën DS4 5 estrelas 90% 80% 43% 97%Ford Focus 5 estrelas 92% 82% 72% 71%Lexus CT200h 5 estrelas 94% 84% 55% 86%Nissan Leaf 5 estrelas 89% 83% 65% 84%Peugeot 508 5 estrelas 90% 87% 41% 97%Volvo V60 5 estrelas 94% 82% 64% 100%Fonte: EuroNCAP

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A Jaguar revelou os pre-ços para o XF com motor 2.2 diesel de 190 cv. Com chegada prevista a Portugal para Setembro, vai custar no mercado luso 57 435 euros no nível de equipamento Classic, 60 871 no patamar Luxury e 67 034 euros para o mais equipado Premium Luxury.

Recorde-se que a marca britânica revelou este res-tyling ao modelo do seg-mento D em Abril, no Sa-lão de Nova Iorque, sendo a grande novidade para a Europa a inclusão deste mo-tor 2.2 diesel, que incorpo-ra, pelo primeira vez num Jaguar, sistema Stop/Start. Acoplado a uma caixa au-tomática ZF de oito veloci-dades, o modelo tem consu-mos médios anunciados de 5,4 litros aos 100 km e 149 g/km de emissões de CO2. Ainda assim, o motor per-mite ao XF, de acordo com a marca, performances ao nível do anterior V6 diesel de 2,7 litros (que veio a ser substituído pelo actual 3.0 diesel presente na gama do modelo). O Jaguar XF 2.2 diesel tem uma aceleração de zero a 100 km/h de 8,5 segundos e atinge a veloci-dade máxima de 225 km/h.

Diferenças estéticas

No que se refere à questão estética, o Jaguar XF foi alvo de melhoramentos exterio-res e interiores pela equipa de Ian Callum, director de design da Jaguar Cars. “O XF foi reconhecido como uma berlina icónica Jaguar. É objectivo e elegante, com uma intenção desportiva in-trínseca ao seu design. Na versão mais recente conse-guimos evoluir e maximizar o carácter de performance que torna o XF no veículo

visualmente mais dinâmico do segmento”, afirma Ian Callum.

Por fora, destaque para as alterações na grelha, capot e guarda-lamas dianteiros, que incorporam novas gre-lhas laterais triangulares. Os faróis passam a incorporar tecnologia Xenon bifunção e incorporam luzes de circu-lação diurna em LED com a assinatura exclusiva de “lâ-mina em J”.

Os farolins traseiros foram completamente renovados e prolongam-se até à secção central da tampa da baga-geira. Estas unidades novas utilizam integralmente LED para as funções de stop, mí-nimos e indicadores de mu-dança de direcção. Entre os farolins encontra-se o friso revisto da tampa da bagagei-ra com uma secção inferior em preto brilhante. Realce ainda para as três cores exte-riores novas e para o facto do desportivo XFR ter detalhes exclusivos.

No habitáculo, os bancos dianteiros e traseiros revistos incorporam uma caracterís-tica em “arco” no assento e costas que melhora a apa-rência e o apoio através do aumento do perfil do banco. Para redução do esforço do condutor foram incorpora-dos botões adicionais sob o ecrã táctil que permitem seleccionar funções dife-rentes de forma instantânea enquanto que os novos grá-ficos são baseados no topo de gama da Jaguar, o XJ. O painel de instrumentos é composto agora por um novo ecrã TFT a cores, para maior resolução e definição. Além disso, as novas combi-nações de cores, acabamen-tos e opções de revestimento do tejadilho aumentam as opções de personalização disponibilizadas aos clientes.

AQUILES [email protected]

O grupo JAP inaugurou uma “me-gastore” Matrizauto em Sintra. Re-sultado de um investimento superior a 11 milhões de euros, trata-se do terceiro espaço da marca de usados do grupo sediado em Paredes, depois de Braga, em 2007, e do Porto, no ano passado. A região de Lisboa é o culminar do processo, numa lógica de “haver uma cobertura nacional e não regional”, disse à Vida Econó-mica o presidente do conselho de administração do grupo JAP, Carlos Pinto.

Este responsável indica que o in-vestimento em Sintra “começou a ser desenhado há dois anos” e deverá vir a ser a “megastore” mais importante da Matrizauto em termos de vendas. O objectivo do grupo é que esta área de negócio venha a realizar cerca de 4500 unidades por ano, um núme-ro que, “neste clima de austeridade”, ainda não será atingido em 2011. “Deveremos ficar situado um pouco acima das três mil unidades”, adianta Carlos Pinto.

A criação da marca Matrizauto pelo grupo JAP teve na base a pro-cura de uma oferta complementar de serviços. “O grupo JAP tem vindo, ao longo dos anos, a procurar uma estratégia de complementaridade en-tre as diversas actividades. Nós sen-timos que o mercado de usados em Portugal tem o seu espaço próprio, pelo que, também, deveria ter um padrão de actividade comercial idên-tico à dos novos. Por isso, ensaiámos

aplicar em Portugal o novo conceito de distribuição de viaturas usadas já existente em outros países”, refere a nossa fonte.

Lógica diferente de outras concessões

Carlos Pinto explica que as “me-gastores” da Matrizauto têm uma lógica diferente das demais conces-sões de novos e usados, pelo tipo de oferta de que dispõem. “Têm viaturas usadas, mas também no-vas importadas por nós”, informa a nossa fonte, antes de indicar que este conceito se diferencia do con-vencional por três factores prin-cipais: “É dirigido a pessoas para quem o preço é importante, que gostam de fazer uma compra mais racional e que querem uma nego-ciação mais simples”. O líder do grupo JAP refere-se a um conceito “low-cost” de distribuição auto-móvel para qualificar o conceito da Matrizauto.

A empresa espera que este volu-me de negócios venha a represen-tar maior competitividade. “Com a massificação das compras, podemos introduzir cada vez mais um nível de competitividade em baixa de preços nos produtos comercializados. A es-tratégia ‘low-cost’ está relacionada com grande volumes de compras que, com margens muito reduzidas, são colocados ao dispor do cliente. Isto permite-nos uma rotação muito elevada dos capitais, que é, efectiva-mente, a estratégia do negócio”, afir-ma Carlos Pinto.

Ano de crise para sector

A crise económica que Portugal vive bateu fundo no sector automó-vel. Até Maio, a venda de novos de-cresceu mais de 26% face a 2010 e o pior está para chegar no que resta do ano. O presidente do conselho de administração do grupo JAP recu-sa, porém, em embarcar na viagem rumo ao pessimismo. “O país saiu agora de eleições, provocadas pela grave crise financeira. Julgo que, estando nós integrados na Europa comunitária, não podemos deixar de pensar que o país tem futuro. Claro que há dificuldades, mas penso que vamos ter capacidade para ultrapas-sar estas dificuldades e que já apren-demos algo com o que se passou. Acredito que agora todo o país vai dar as mãos pela recuperação, que não será fácil de conseguir, o que será determinante na recuperação da confiança, o que será básico”, indica.

Carlos Pinto, que não acredita “que vá haver grande sinais de crescimento na venda de automóveis novos este ano”. Afirma-se, contudo, “crente que no próximo [ano] já poderá haver al-guns sinais” de animação do mercado.

O grupo JAP, nas várias áreas do negócio automóvel em que está pre-sente, poderá, de acordo com Carlos Pinto, sentir menos os efeito da cri-se, pela postura que tem. Em temos globais, o grupo deverá vender seis mil automóveis em 2011, depois de ter registado sete mil unidades no ano passado. “Uma quebra ainda assim menor do que a do mercado”, salienta o entrevistado.

NOVO ESPAÇO DA MARCA DE USADOS DO GRUPO JAP SITUA-SE EM SINTRA

Matrizauto abre “megastore” na Grande Lisboa

Jaguar revela preços para XF com motor 2.2 diesel

sexta-feira, 17 Junho de 2011XIV

A grande “novidade” do restyling é a inclusão do motor 2.2 diesel.

Carlos Pinto explica que as “megastores” da Matrizauto têm uma lógica diferente das demais concessões de novos e usados.

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Se é verdade que se costuma dizer que os Peugeot são os mais alemães dos automóveis franceses – até pela proximidade geográfi ca da cidade, sede da marca, Sochaux, à Alemanha –, isso nunca foi tão verdade como no caso do 508 GT 2.2 HDi com 204 cv. Bem montado e com um comportamento dinâmico desportivo, o topo-de-gama do modelo do segmento D oferece uma boa relação preço-motor-equipamento.AQUILES [email protected]

Já não é de hoje que se costuma dizer que os automó-veis da Peugeot são os mais germânicos dos franceses. Não só são, historicamente, os que mais remetem para um es-pírito mais desportivo como Sochaux, cidade onde está sedeada a marca do grupo PSA, fi ca muito próxima das fronteiras com a Suíça e a… Alemanha.

Se há modelo que faz jus a esta afi rmação – muitas vezes feita em tom de brincadeira –, é o recente Peugeot 508. De facto, a qualidade dos materiais empregues e da mon-tagem aproxima o modelo das referências do segmento D, os alemães Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C.

Esta aproximação é ainda mais perceptível na variante mais desportiva do 508, o GT, ensaiado pela “Vida Eco-nómica”. Com motor 2.2 HDi de 204 cv, acoplado a caixa automática de seis velocidades, e uma afi nação de suspen-são mais fi rme e curta (a distância ao solo, por exemplo, é menor que nos demais 508), esta variante do modelo da marca do leão mostra as “unhas” a qualquer concorrente que encare.

Uma vez premido o botão da ignição – que, “à la Porsche” surge à esquerda do volante – é um ambiente

desportivo que se vive. Senhor de um binário de 450Nm constante entre 2000 e as 2750 rotações, este mo-tor não se faz rogado para obedecer às ordens do ace-lerador, sendo que a caixa automática de seis velocida-des o acompanha bem, podendo o condutor escolher omodo totalmente automático ou sequencial, podendooperar a caixa na manete ou através de patilhas situadasatrás do volante.

Chegado às curvas, o 508 GT demonstra uma boacapacidade de “negociação”, saindo quase sempre a “ga-nhar”, isto sem prejudicar muito o conforto dos passa-geiros a bordo (afi nal, a Peugeot “ainda” mesmo é france-sa). Para isso contribui – e muito – a direcção, precisa ebastante directa. O único senão de a direcção ser bastantedirecta é a menor brecagem, o que difi culta algumas ma-nobras em ambiente urbano, o que só não é pior porqueos sensores de estacionamento dão uma grande ajuda. Apropósito de questões práticas, o consumo médio indi-cado pelo computador de bordo ao longo dos perto de180 km de ensaio foi de 9,1 l/100 km (a Peugeot anuncia5,7 l/100 km), o que não se pode considerar o melhorconsumo possível, tendo em conta o ritmo médio e ospercursos que fi zemos.

Nota muito positiva para a lista de equipamento à qualfalta pouco ou nada. Destaque para a navegação WIP Navcom kit mãos livres Bluetooth, o “head-up display” e osistema de ligação aos serviços da marca Peugeot ConnectBox. O Peugeot 508 GT 2.2 HDi 204 AM6 é propostopela fi lial da marca por 46 950 euros, o que, tendo emconta a motorização e a lista de equipamento, não torna omodelo nada alemão – mas aqui pelos melhores motivospara a carteira do comprador.

O Entreposto VH decidiu comerciali-zar o Hyundai Genesis Coupé em Portu-gal. Com um comprimento total de 4630 mm, uma largura de 1865 mm, uma altura de apenas 1385 mm e uma distância entre eixos de 2820, o modelo representa o re-gresso da marca sul-coreana ao segmento dos coupés, onde não estava presente na Europa desde que descontinuou o Coupé, em 2008.

Importa, no entanto, sublinhar que este Genesis Coupé está um pouco acima do referido modelo. O modelo está disponível com motor a gasolina 2.0 turbo com 210 cv e um binário de 300 Nm. Este propulsor permite que a aceleração dos zero aos 100 km/h seja cumprida em oito segundos, al-cançando uma velocidade máxima de 223 km/h. O Genesis Coupé, equipado com o motor Theta 2.0 litros turbo, pode acolher uma caixa de seis velocidades manual ou uma unidade automática de cinco veloci-dades com patilhas selectoras situadas atrás

do volante. O consumo médio de gasolina é de 9,5 litros aos 100 km (9,6 na caixa au-tomática).

A marca garante que o chassis do Gene-sis Coupé “foi optimizado para exibir um comportamento dinâmico de topo e uma direccionalidade apurada” e destaca que o modelo “tira pleno proveito do facto de ter transmissão traseira possibilitando uma re-partição de peso perfeita de 55/45 entre o eixo dianteiro e o traseiro, respectivamen-te, permitindo assim um comportamento excepcional e refi nadas características di-reccionais”. A Hyundai realça ainda que o diferencial de deslizamento limitado (au-toblocante) possui um sensor de binário para um maior conforto e comportamento em qualquer tipo de condição da estrada.

O Hyundai Genesis Coupé custa em Por-tugal 39 990 euros com caixa manual e 43 500 com a transmissão automática. Do equi-pamento constam elementos como chave in-teligente e estofos em pele, entre outros.

Hyundai Genesis Coupé em Portugal

sexta-feira, 17 Junho de 2011 XV

O Genesis Coupé é o regresso da Hyundai aos coupés, onde não estava desde 2008.

Motor, qualidade montagem, equipamento

Brecagem, consumos

ENSAIO – PEUGEOT 508 GT 2.2 HDI 204 AM6

Francês com ares de alemão

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