MAURITS CORNELIS ESCHER

Biografia, Carreira, Obras

BIOGRAFIA

◦ Maurits Cornelis Escher foi um artista gráfico, mundialmente conhecido pelos seus trabalhos em xilogravuras, litogravuras, meios-tons, e representações impossíveis, fantásticas e incomuns. Fez parte do movimento surrealista. Explorou também, ao longo da sua carreira, a divisão regular, ilusões de ótica e figuras com várias perspetivas. Nasceu no dia 17 de junho de 1898, em Leeurwarden, no norte da Holanda, e era o mais novo de três irmãos. Desde pequeno sempre mostrou interesse pelo desenho, e teve o apoio dos professores. Em 1919, entrou para a School of Architecture and Decorative Artes, em Haarlem, onde mostrou interesse por desenho e gravuras, começando então a estudar Artes Decorativas. Viajou por várias locais da Europa, tais como Espanha e Itália, como forma de adquirir mais inspiração para os seus trabalhos e aprimorá-los. Em Espanha, fascinando-se pela cidade repleta de muralhas de Alhambra e pelo seu palácio, que remontava ao século XIV. Esteve em contato com os mosaicos e arabescos da arte decorativa islâmica, que serviu de inspiração para muitos dos seus trabalhos. Foi em Itália que se casou, teve filhos e passou a viver, até 1935, quando se mudou para a Suíça, devido à prevalência do regime Fascista de Mussolini no país em que, até então, tinha feito a sua vida. Mais tarde, mudou-se para a Bélgica, e depois, em 1941, regressou ao seu país natal. O seu antigo professor, Samuel Mesquita, morreu em 1944, e Escher decidiu então ajudar a proteger os trabalhos deste, e organizar um memorial em honra deste no Museu Stedelijk.

◦ Em 1951, o artista começou a vender as suas litogravuras e xilogravuras, e, três anos depois, começou a ficar conhecido pela incorporação de geometria constante nas suas obras, uma característica típica da arte islâmica, da qual retirou bastante inspiração e mostrou grande interesse, passando a ser conhecido como um artista matemático, principalmente geométrico . Até então, o artista tinha vivido de forma anónima. Faleceu no dia 27 de março de 1972, em Laren, nos Países Baixos, devido a cancro, deixando todo um legado repleto de aprendizagens, relatórios de observações, e um talento que jamais será esquecido.

ALGUMAS OBRAS DO ARTISTA

Autor : M.C. EscherTítulo da Obra : Drawing HandsData : Janeiro de 1948Dimensões : 28,2 cm x 33,2 cmProveniência : Museu EscherTécnica Utilizada : LitografiaGénero : Desenho paradoxo

Autor : M.C. EscherTítulo da Obra : RelativityData : Dezembro de 1953Dimensões : 27,7 cm × 29,2 cmProveniência : Museu EscherTécnica Utilizada : LitografiaGénero : Capriccio ; Pintura a óleo

Autor : M.C. EscherTítulo da Obra : BelvedereData : Maio de 1958Dimensões : 46,2 cm × 29,5 cmProveniência : Museu EscherTécnica Utilizada :Litografia de ImpressãoGénero : Pintura de paisagem

ANÁLISE DE UMA OBRA DE ESCHER

A obra que vou analisar chama-se Three Worlds, uma litografia impressa, e uma das obras mais conhecidas de Escher, que se encontra localizada na Cornelius Van S. Roosevelt Collection. Foi feita originalmente a preto e branco, como a maioria das obras do artista, mas ainda assim possui boa iluminação, sobretudo nas folhas, o que nos auxilia a distinguir estas da superfície aquática e a alcançar uma perceção mais profunda sobre a impressão, e um ponto de vista favorável, ajudando a entender melhor cada detalhe ao pormenor, e entender o significado por detrás da obra. Fornece uma visão profunda de mundos diferentes, que se encaixam, formando os «Três Mundos» que se pretendem retratar. É uma obra figurativa e paisagista, visto que representa uma paisagem, natural, com árvores, água e um animal. Faz parte do movimento artístico “Op Art”. A impressão mostra essencialmente um lago, onde é possível ver várias folhas a flutuar à superfície. Pode também ver-se várias árvores refletidas na água,  que constituem um dos mundos, assim como o «segundo mundo», onde se consegue observar o que está acima da superfície, auxiliando a entender de onde vêm as folhas que flutuam na água.

ANÁLISE DE UMA OBRA DE ESCHER

◦  O «terceiro mundo» é a vida debaixo de água, onde temos, em primeiro plano, um grande peixe. Nesta obra, o artista pretende representar três elementos : a água (o mundo subaquático, representado pelo peixe); a terra (superfície da água, onde as folhas flutuam); e o ar (representado pelas árvores refletidas na água). A junção de elementos de vários «mundos» distintos, mas que se “encaixam” através de detalhes e pormenores em comum, de certa forma conectados uns com os outros, numa mesma imagem, originando um todo, é uma situação explorada frequentemente por Escher. Segundo o próprio artista, não se pretende retratar algo abstrato, e sim um «um relatório das suas observações». «Tento, através das minhas impressões, testemunhar que vivemos num mundo bonito e ordeiro, e não num caos sem normas, mesmo que seja assim que às vezes pareça».

◦ É uma obra que admiro muito, e que me traz sentimentos de calma, tranquilidade e paz, talvez devido à transparência das águas, que permitem visualizar todos os elementos presentes na obra, e pela sua «simplicidade complexa». Uma impressão que aparenta ser tão simples quanto um peixe a nadar num lago ,com folhas sobre este, e o reflexo de árvores sobre as águas límpidas a harmonizar a paisagem, mas que tem toda uma história por trás, o que me deixa bastante curiosa. O modo como este artista foi capaz de conjugar elementos diferentes e criar toda uma composição homogénea e fascinante é extremamente interessante e cativante.

BIBLIOGRAFIA

www.aaronartprints.com

www.wikiart.org

www.saiacomarte.com

amusearte.hypotheses.com

arteeartistas.com.br

imagenscomtexto.blogspot.com

www.scielo.br

www.ebiografia.com

Informações fornecidas pela professora via Google Classroom (Powerpoints, vídeos do Youtube, Guião da Tarefa)

Trabalho realizado por : Mariana Sousa, nº 20, 8ºA, para a disciplina de Educação Visual.