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Mauro V. G. Barros Universidade de Pernambuco
Grupo de Pesquisa em Estilos de Vida e Saúde
Tópicos
• Apresentação pessoal
• A pós-graduação em Educação Física no Brasil (e no Nordeste)
• A pesquisa em Educação Física
• O hiato pesquisa – intervenção!
• A necessidade de inovação
• Considerações finais
Bolsistas de IC | Mestrandos | Doutorandos | Técnicos | Pós-doutorandos
Validação de instrumentos
Estudos observacionais
(T+L)
Intervenções (ensaios)
Abordagem, foco e diretrizes
Crianças Adolescentes Trabalhadores
Abordagem qualitativa
www.gpesupe.org
Minha experiência pessoal!
PPGEF/UFSC PPG Hebiatria/UPE
PAPGEF UPE/UFPB
Educação Física (estudante, orientador pontual) 1998-presente
Educação Física (implantação, coordenação, docência) 2007-presente
Odontologia/Saúde Coletiva/Inter (implantação, coordenação, docência) 2005-presente
Programas de Pós-Graduação em EF, 2008
Brasil (n= 21 cursos) Mestrado – 13 Mestrado profissional - 0 Doutorado - 8
UFRGS UFPEL UFSC UDESC UFPR UEM/UEL
6
12
USP UNICAMP UNESP/RC UNIMEP USJT UNICSUL UGF UNIVERSO UFMG UFV/UFJF UFES
UCB UNB
2
1
UPE/UFPB
Programas de Pós-Graduação em EF, 2013
Brasil (n= 42 cursos) Mestrado – 27 Mestrado profissional - 1 Doutorado - 14
UFRGS UFPEL UFSM UFSC UDESC UFPR UEM/UEL UNOPAR
13
21
USP UNICAMP UNESP/RC UNIMEP USJT UNICSUL UGF UFRJ UNIVERSO UFMG UFTM UFV/UFJF UFES
UCB UNB
UFMT
4
4
UFRN UPE/UFPB FUFSE
Programas de Pós-Graduação em EF, 2013
0
0,754
2,845 2,613
3,286
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Nú
m. cu
rso
s/10 m
ilh
ões
hab
itan
tes
Programas de Pós-Graduação em EF, 2013
0 0,188
0,711 0,622
2,556
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Nú
mero
de c
urs
os
de d
ou
tora
do
/
10 m
ilh
ões
hab
itan
tes
Programas de Pós-Graduação em EF, 2013
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2004-2006 2007-2009 2010-2012 2013-2015 2016-2018
Nú
mero
de P
PG
s
IES privadas e a PG em Ed. Física
• Oferecem:
– 26% (11/42) dos cursos recomendados pela CAPES/ME
– ~29% (4/14) dos cursos de doutorado
• Quase totalidade dos cursos com conceito 4 (10/11)
• ~38% dos cursos oferecidos no SE, 8% dos cursos oferecidos no sul e 50% dos cursos do CO
Qualidade nos PPGs em EF
46% (13)
7% (1)
36% (10)
57% (8)
11% (3)
21% (3)
7% (2)
14% (2)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
MESTRADO DOUTORADO
3 4
5 6
USP UNESP UFRGS UFSC UFPR
Pós-Graduação em EF, número de titulados
Pós-Graduação em EF, matriculados
Um pouco da realidade da região NE
Fuga de talentos (brain drain)
Grande dificuldade para fixação de pesquisadores
Ciclo vicioso no qual as assimetrias geram
mais assimetrias
Atração de talentos
Fixação de pesquisadores jovens
Redução de assimetrias
Menor importância de políticas de indução
Mestrado EF UPE/UFPB
2008
PNPG 2011-2020
2010
Mestrado EF UFRN
2011
Mestrado EF FUFSE
2012
Doutorado EF UPE/UFPB
2013
Destinação de recursos para pesquisa pelo CNPq
• Educação física - 0,77%
• Fisioterapia - 0,89%
• Enfermagem - 1,10%
• História - 1,20%
• Psicologia - 1,81%
• Física - 3,50%
• Medicina - 3,56%
• Agronomia - 5,88
O investimento na área de
Agronomia é 7,6 maior que na EF
Investimento em pesquisa
9,8
16,85
6,8 7,4
19,6
7,87
17,48
27,8
4,9 1,12 0,97
8,3
45,3 48,31
60,19
42,1
20,4
25,84
14,56 14,4
0
10
20
30
40
50
60
70
Geral EF Fisioterapia Distribuição dapopulação
%
CO NE N SE S
9,8
16,85
6,8
11,5
19,6
7,87
17,48
11,5
4,9 1,12 0,97 0
45,3 48,31
60,19
53,8
20,4
25,84
14,56
26,9
0
10
20
30
40
50
60
70
Geral EF Fisioterapia % PPGs
%
CO NE N SE S
Investimento em pesquisa
Distribuição PQs X PPGs
0,8 4,8
11,5
17,7
3,6
11,5
0,9 0 0
14,5
59,5
53,8
66,1
32,1
26,9
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
IC PQs % PPGs
%
CO
NE
N
SE
S
Distribuição dos grupos de pesquisa, Brasil
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1993 1995 1997 2000 2002 2004 2006 2008 2010
%
SE S NE CO N
Crescimento do número de Grupos de Pesquisa em Educação Física, Brasil
34 44 54
98
196
268 304
387
494
0
100
200
300
400
500
600
1993 1995 1997 2000 2002 2004 2006 2008 2010
Grupos e Linhas de Pesquisa em EF (base do CNPq de 2000 a 2006)
6 12 25 34 25 4381
11398
196
268304
272
506
766
948
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
2000 2002 2004 2006 2000 2002 2004 2006
Grupos Linhas
NE
Brasil
Contribuição da produção científica de pesquisadores do NE na área de EF
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
2000 2002 2004 2006
Nacionais
Internacionais
Pesquisadores
A aproximação (ou distância) de que falamos...
O que é pesquisa? O que é ciência?
“...solução para problemas humanos e sociais...”
A pesquisa no âmbito da Educação Física tem procurado solução para os
problemas da área?
?
Reflexões importantes...
• As aulas de EF que são vivenciadas pelos nossos estudantes tem se tornado melhores que há alguns anos atrás?
• Os nossos programas de atividade física e saúde têm se tornado mais eficientes e atendido maior número de usuários?
• Avançamos para uma intervenção mais qualificado no âmbito do lazer?
Reflexões importantes...
• Foi em decorrência da pesquisa na área que o nosso desempenho em jogos pan-americanos e Olimpíadas melhorou?
• Os serviços de atividades físicas e lazer oferecidos em academias de ginástica, clubes e similares melhoraram em decorrência da pesquisa na área?
• O esporte na escola está melhorando como um resultado das pesquisas em Educação Física?
67%
% de trabalhadores industriários com percepção negativa em relação ao lazer
Hallal et al. (2012)
80,3%
dos jovens de 13 a 15 anos não
realizavam 60+ m/dia de AFMV
Hallal et al. (2012)
Sexo Indicador de violência N aulas de EF
OR ajustado (IC95%)*
Valor p
Rapazes Envolvimento em episódios de violência física como vitima
0 1 2
1 1,14 (0,74-1,76) 1,19 (0,82-1,75)
0,62 0,55 0,36
Envolvimento em brigas
0 1 2
1 1,39 (1,01-1,91) 1,45 (1,09-1,93)
0,02 0,04 0,01
Moças Envolvimento em episódios de violência física como vitima
0 1 2
1 1,01 (0,66-1,55) 1,40 (0,98-2,01)
0,17 0,97 0,07
Envolvimento em brigas
0 1 2
1 0,75 (0,52-1,09) 1,52 (1,14-2,02)
0,00 0,13 0,01
Aulas de EF e violência
Foi a pesquisa na área do esporte que
“produziu” estes resultados esportivos?
Pesquisa Intervenção
Pesquisa e intervenção: superando o hiato
Produção
Veiculação
Aplicação
Apropriação
• Métodos frágeis, inadequados ou insuficientes • Endogenia
• Publicamos muito pouco • Veículos de disseminação lenta / baixo impacto
• Profissionais não têm hábito de leitura científica • Acesso limitado à informação/evidências/dados
• Não há cultura de prática apoiada em evidências • Corpo de conhecimentos não oferece evidências
Inovação X Pesquisa
Recursos
Dinheiro, pessoal, tecnologias,
produtos, etc.
Conhecimento
PESQUISA
INOVAÇÃO
A INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Avanços
• Ampliação do investimento na pesquisa em EF
• Ampliação das oportunidades para formação pós-graduada
• Redução das assimetrias no sistema de PG
• Manter políticas reais de “indução“ para redução de assimetrias
• Reduzir o hiato entre pesquisa e intervenção
• Há pouca “inovação” naquilo que se faz no campo da Ed. Física
Desafios
É preciso valorizar a pesquisa na formação inicial e continuada! Isto é
especialmente importante para estudante e profissionais.
Cultura da transmissão, do improviso e da repetição precisa ceder espaço
para a cultura da construção, da pesquisa e da inovação.
= MÉTODO
PROBLEMA
5 sugestões para estudantes!
1. Organize-se e reserve tempo para a sua formação
2. Dedique-se (grande parte dos desafios a serem superados exigem acima de tudo dedicação)
3. Estabeleça metas pessoais e trabalhe para alcançá-las
4. Participe de um grupo de pesquisa, não reduza a sua formação à assistir aulas
5. Use o conhecimento como base para pensar reflexivamente e criticamente sobre a intervenção profissional
Mauro V. G. Barros [email protected]