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Maxx 2

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Arco 2 do personagem Maxx, da minha campanha de Game of Thrones na minha mesa no RRPG. Espero que continuem apreciando. Beijos ^^

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<Narradora>Maxx suportou a dor de ter a unha de seu dedão do pé arrancada com a ponta de uma faca quase cega e ser puxada a força por uma jovem que jamais sorria. "Já chega Myrela", ele ouviu o homem de roupas escuras dizer e ali, ao lado de Kall, sangrando na cabeça, ele sucumbiu a dor e desmaiou, preso ao suportem em forma de X. O garoto deve ter acordado muitas horas depois e em seu dedo já havia um curativo mal feito e uma corda de seda que prendia a passagem sanguínea na região, para que ele não perdesse tanto sangue ali. Seu dedo sem unha latejava e com a pouca claridade daquela sala quadrada de pedra bege e suja, ele viu Kall quase sem cabelo, parecendo terem arrancado ainda mais. Maxx sentia fome e sede e isso chegava a ser quase sufocante, impedindo-o de raciocinar direito. Não demorou muito até que das pequenas frestas das grades superiores o sol iluminasse mais o local, parecendo ter findado a madrugada... mais algum tempo, a jovem apareceu, com sua expressão tétrica de olhar áspero para os dois. Trazia consigo um caixote e Maxx viu sangue pingando dali. Se aproximando dos dois, ela se agachou vagarosamente e abriu a tampa do caixote, revelando pelos castanhos e escuros de animal, uma pele aberta, e muitos órgãos expostos embebidos em sangue. Ela olhava para Maxx com um olhar sério, mas havia satisfação naquilo e em seguida ela foi até uma velha prateleira de madeira na parede e pegou uma caneca feita de metal. Quando retornou, ela se abaixou de novo e a encheu com o sangue do animal morto ali no caixote, se levantando em seguida e dizendo: ** NPC: <Mulher> -- Quem vai ser o primeiro? E ela olhou para Maxx, levanto a caneca até sua boca <Maxx Lancaster> *Maxx acordou confuso, sua mente havia esquecido temporariamente o local onde estava, mas o seu dedo não fez a sensação durar por muito tempo. Demorou bastante para perceber a jovem, passou um tempo movendo o dedo e testando os movimentos que conseguia fazer naquele estado. Ela abriu a caixa e o cheiro inconfundível de sangue de um animal para um caçador subiu o ar, momento que ela conseguiu ganhar atenção do jovem que tentava mentalmente fugir do local. Bateu um desespero ao ver a cor do animal dentro da caixa, mas teve que manter a compostura ao menos tentar, encarou a mulher tentando esconder a mistura de medo e raiva e responde* --Eu bebo. Assim que me disser qual foi o animal que mataram. ** NPC: <Mulher> Ela se satisfaz com a resposta de Maxx e segura a boca do rapaz pressionando o dedão e o indicador na bochecha dele, causando bastante incômodo e virando o sangue dentro da boca dele, causando náuseas no garoto, mas fazendo Kall vomitar de nojo. Enquanto o líquido viscoso e denso descia pela garganta de Maxx, ela respondeu. -- Um lobo... porque eu odeio lobos... E quando terminou ela encheu novamente a caneca, indo agora na direção de Kall, que quase chorava para ela não fazer aquilo. <Maxx Lancaster> *Maxx segurava a vontade de vomitar, mas decidiu tossir ao invés disso, fazendo parte do sangue ainda na sua boca voltar e acertar a mulher acidentalmente, ele olhou para o alto segurando a vontade de chorar e a transformando em raiva da mulher, torcia para o bem dela e o próprio que não fosse sua loba. Por hora, Maxx resolveu não falar nada, apenas ficou encarando a mulher, submisso, enquanto pensava como iria tortura-la e mata-la se ela tivesse ferido Lua*

** NPC: <Mulher> Deu uns tapas na cara de Kall para que ele parasse quieto com o rosto e depois travou sua cabeça para que ele pudesse beber o sangue do animal. Kall fez que ia cuspir mas ela fechou a boca do rapaz com tudo, segurando forte com a mão e fazendo Kall chorar silenciosamente enquanto engolia a muito contragosto aquilo. Quando ela o soltou, ele tossiu o quanto pode, pedindo pelos deuses antigos que ela parasse e que ele faria tudo o que ela pedisse. Ela então ergueu o queixo dele para olhar bem dentro dos olhos do garoto e dizer. -- Implore... implore mais... E Kall jurou que faria o que ela pedisse, se não precisasse tomar o sangue do animal morto e nem comer seus órgãos. Se sentindo satisfeita, ela ficou diante de Maxx e perguntou. -- Que parte você prefere comer, garoto? <Maxx Lancaster> *Maxx olhou para o chão com a autoestima zerada, nesse momento ele não raciocinava mais, apenas repetia em sua mente que queria que aquele momento parasse imediatamente, ou talvez voltar no tempo e tentar ter matado aquela mulher. Maxx sem forças, deixava o pescoço mole e consequentemente caído, tentou mover o braço até a boca para limpar o sangue e ficar mais confortável para conseguir falar. Quando escutou a voz da mulher ele levantou a cabeça, pensando se responderia pela primeira vez da maneira que ela merecia, ou se aceitaria o seu jogo* --Eu quero a pata. E o Kall também. ** NPC: <Mulher> -- Patas... certo... Disse ela pausadamente e, depois de pegar uma das patas virou-a para que Maxx mastigasse e enquanto ele o fazia (ou não) ela esticou a outra para Kall, que parecia não acreditar no que Maxx havia escolhido. Ainda havia pelos sobre a pele e ele ficou ainda mais enojado. Sem paciência, ela enfiou a parte anterior na boca de cada um dos garotos dizendo rispidamente: -- COMAM LOGO!!! E esperou até que eles não aguentassem mais. <Maxx Lancaster> "Droga..." *Maxx tentava olhar tipo da pata do animal antes que ela escondesse na sua boca, vendo se daria para identificar se pertencia da sua loba ou não. Ele mastigou da melhor forma que conseguiu o pedaço do animal, mas era difícil sem usar as mão para pegar pedaços pequenos, fez força para engolir o que tinha acabado de mastigar. E virando mais pescoço para baixo, e abrindo a boca, deixava cair o que não conseguisse engolir na primeira vez*

<Narradora>Ela esperou que os dois comessem um mínimo daquele animal e Maxx conseguiu notar que não se tratava da pata de Lua, sua loba, o que causou mais tranquilidade, embora ele pouco soubesse dela. Embora as cores fossem semelhantes, o garoto agora tinha certeza de que pelo menos não era ela ali, morta diante dele. Assim que ela se satisfez com o que eles tinham comido, ela pegou o caixote, e foi embora. Naquele dia, em que Kall se lamentava e Maxx dizia que estava tudo bem e que não tinham degustado sua Loba, Lua, eles não viram mais ninguém, ficando naquela posição ingrata e tendo de fazer as necessidades ali mesmo. Kall tentava não se lamentar muito, mas era difícil naquela situação. Ele chorava imaginando onde teria trazido os dois e isso que causava ainda mais desespero. De noite, dois lacaios virem trazer água para jogar neles e no chão sujo com os dejetos, limpando o mínimo possível o local, mas os deixando ali, molhados para se secarem naturalmente. Não havia cuidados especiais e assim se repetiu por uma semana. Sempre um lobo no caixote morto, sempre uma caneca de sangue e um pedaço dele. A mulher as vezes deixava que eles escolhessem, mas as vezes pegava um pedaço qualquer e fazia-os comer. Estavam imundos, malcheirosos e debilitados com a dieta bizarra. Somente depois de uma semana é que eles tiveram permissão de serem soltos e, fracos como estavam, foram facilmente imobilizados por dois homens e levados pelo corredor escuro e úmido da masmorra. Depois de passar por dois deles, virando também duas vezes, eles chegaram a uma cela com grades velhas e algumas ausentes. Havia dois baldes ali e dois esfregões velhos. Lá eles foram ordenados a se lavarem, enquanto um deles pegou a roupa dos dois, dizendo que iria incendiá-las depois. Depois de terminarem, uma senhora, já de meia idade, trouxe roupas escuras aos dois, ambas pretas e cinza, para que eles se vestissem e então foram conduzidos, após o banho, para uma sala próxima, depois de um lance curto de escadas, mas ainda na masmorra. Sobre a Luz de velas de uma sala retangular, de não mais do que 4x6 metros, onde não havia portas e a pouca passagem de ar se dava por frestas entre as grades altas do local, a Mulher a qual Maxx tanto passou a odiar estava ali, sentada numa cadeira simples. Havia também uma mesa velha de madeira e outras duas cadeiras, as quais os meninos foram colocados. Sempre com a expressão tétrica, ela agora tinha em mãos uma faca de caça e na outra uma corrente que prendia uma coleira reforçada, onde Lua estava presa. Ela analisou os dois calmamente, sem nenhuma menção de sorrir... suas expressões eram sempre severas... ** NPC: <Mulher> -- Eu cortar sua loba viva, diante de você, a próxima vez que você fizer alguma gracinha. E você vai comer tudo, do focinho a cauda, até não poder mais. Então eu vou furar você com calma, porque não há graça em mortes rápidas... seu desespero tem que ser ouvido... seu medo tem que escorrer pelos olhos e pelo seu mijo... se eu não fui clara, eu posso agora tirar um dos olhos dela... E Kall imediatamente disse que entenderam...

<Maxx Lancaster> *Maxx se escorava na parede para conseguir andar, ainda tremia após as sessões de torturas, o dedo agora incomodava mais. A coceira do processo de cicatrização, misturada com a dor da unha crescendo sobre a pele sensível e ainda possivelmente inflamada. Maxx não aguentava mais aquilo. Por sorte sua exaustão o impedia de fazer quase tudo que queria, como matar aquela mulher que tinha lhe escolhido para atormentar. Ver Lua lhe deu uma fagulha de determinação. Animado Maxx deu dois passos largos na direção dela, mas caiu de joelhos. Por passar tanto tempo preso, não havia conseguido contar o tempo com precisão, por isso observou como Lua estava. Ferida, maior, parecendo doente. De joelhos escutou as ameaças das mulher. Maxx nem se lembrava do que tinha feito e sua mente não conseguiu pensar no que falar. Escutou Kall falando e balançou a cabeça de cima para baixo concordando com o garoto* <Narradora>A mulher aceita o gesto dos meninos, que foram torturados e se levanta, entregando a corrente onde Lua estava presa para Maxx e fica diante deles, olhando-os com um olhar sério, que não tinha nada de superior ou agressivo, mas algo que ia muito além da compreensão dos garotos. Depois que ela se retirou, os dois homens levaram os meninos através do mesmo corredor sujo, mas dessa vez saindo num pátio onde haviam feno e ferramentas para cuidado com cavalos e ali, naquele pátio a céu aberto, eles viram um celeiro muito bem construído, onde do lado parecia haver um edifício menor, também de madeira, para fermentação de cevada, pois o cheiro era inconfundível. Além destes, quatro pequenos galpões estocavam grãos e sacas diferentes, não dando para identificar o que era e, quando os dois homens foram na direção do celeiro e lá abriam uma das porteiras onde havia um amplo espaço, eles disseram para que os garotos ficassem ali, pois não mais seriam torturados e logo alguém viria falar com eles. Embora o local fosse mais agradável que o suporte em X de madeira onde eles ficaram presos, os homens mantinham guarda para que eles não pudessem fugir e somente quando um homem, que Maxx reconheceu quando ele deu a ordem para que a mulher parasse de torturá-lo, entrou no recinto, é que os dois, depois de uma longa reverência, saíram do local. ** NPC: <Roose Bolton> Se aproximou dos jovens com sua armadura de malha visível, com uma capa vermelha às costas, trazendo uma espada longa na bainha. Ele analisou os dois com calma e depois falou diretamente a Maxx. -- Você, menino. Pode ensinar esse animal a obedecer as suas ordens de maneira eficiente? Ele olhou dele para o filhote de lobo, já um pouco crescido, mas agora um pouco machucado. <Maxx Lancaster> --Se chama Lua *Maxx estava ajoelhado, tinha feita uma mini varredura no corpo de Lua,procurando por machucados, carrapatos, pulgas, e outros parasitas. Antes do homem chegar, deu um longo abraço no seu animal, mostrando toda sua felicidade ao ver que ela estava bem. Agora ela provavelmente já teria dentes, por isso Maxx deixava o punho fechado próximo a boca dela para que ela pudesse morde-lo de forma fraca, sem lhe machucar muito. Ao ver o homem entrando, se levantou e o encarou por um tempo. Ele não tinha lhe tratado mal, e talvez se não obedecesse a mulher ele pudesse ser morto de torturado, por isso Maxx não tinha motivos para ser descortês, exceto o seu mal humor devido a sessão de tortura e o cansaço que iria durar por pelo menos uma semana. Maxx olhou para Lua e respondeu* --Ela já me obedece. Para ser eficiente precisa sair, caçar outros animais, brigar com outros lobos...

** NPC: <Roose Bolton> Ele pareceu nem notar o nome da pequena loba, mas pareceu interessado no restante da conversa ao ponto dele observar bem a relação dos dois e prosseguir. -- Vou permitir que você dê a ela o melhor tratamento, mas pretendo levá-lo mais ao norte posteriormente... Até onde já arriscou usar esse seu dom de doma? Embora ele parecesse bem tranquilo diante dos dois, sua mão sempre estava próxima da bainha e podia parecer imperceptível, mas ele também vigiava Kall. <Maxx Lancaster> --Acho que eu matei alguem importante por ela... por isso estou aqui *Maxx falava com uma certa tristeza, mas não arrependimento. Olhou para Kall rapidamente para ver o que ele estava fazendo, e se conseguia ter alguma expressão em relação a conversa. Maxx queria ficar em pé, mas estava realmente cansado, ele se sentou ao lado da loba, com os joelhos dobrados e os braços apoiados sobre ele. Usava a mão para fazer carinho na parte de cima do pescoço de Lua* --Se você vai levar ela para o norte, acho que isso me inclui *Maxx falou e olhou para Kall para tentar adivinhar o que iria pensar nesse momento, depois se voltou para o homem* --Senhor..Digo Lorde...Ou..Não sei como chama-lo, mas gostaria de fazer uma pergunta. ** NPC: <Roose Bolton> Maxx percebeu que Kall estava tão esgotado quanto ele e parecia torcer para que a conversa cessasse logo para desabar no feno e dormir por horas, se isso fosse permitido. O lorde diante de Maxx parecia não fazer questão de nenhum tratamento formal, embora isso sempre fosse de suma importância. Quando o menino terminou de falar, ele disse: -- Vou explicar melhor o que lhe perguntei... em que animais você já utilizou esse seu conhecimento? Ele não esperou a resposta, explicando o que Maxx havia dito. -- Tudo que envolver ela, o envolverá também garoto... e o tratamento a que deve se referir a mim é milorde. <Maxx Lancaster> --Na verdade...Eu nunca treinei nenhum animal. Mas eu não teria problema em fazer isso. Na verdade, isso não seria bem um conhecimento, é mais como se você já soubesse o que fazer. *Maxx falava lentamente, era complicado explicar o que queria, e sua condição lhe dava um raciocínio bastante lento, mas conseguiu pensar que se fosse útil para ele, poderia ganhar sua confiança, e ele iria poder lhe ajudar quando precisasse, por isso Maxx engoliu saliva e falou com confiança* --Por não ser nenhum conhecimento, posso aplicar isso a qualquer animal que você quiser. *Maxx só acreditou em suas palavras quando elas saíram de sua boca, mas ele fez que "sim" com a cabeça, acreditando em si mesmo* ** NPC: <Roose Bolton> E Maxx pode ver um brilho naqueles olhos azuis de gelo dele ganharem um brilho quase prateado. Depois dele parecer pesar as palavras do garoto em sua mente, ele disse: -- E é por isso que vocês ainda estão aqui... E os dois garotos entenderam bem o significado daquelas palavras. -- Agora descansem... terá um espaço amplo para se recuperarem e ela receber os cuidados necessários. Quando chegar a hora você poderá ensiná-la algo que lhe pareça eficiente. Estaremos sempre de olho... Ele virou-se de costas para o garoto, mas antes de sair pela porteira para que os guardas voltassem em posição ele completou. -- A refeição de vocês chegará em breve...

<Maxx Lancaster> *Maxx estava realmente exausto, ele soltou a coleira de Lua e a puxou para baixo para que se deitasse. Embora entendesse que lobos eram mais ativos de noite, achava que Lua precisava descansar de forma confortável. Maxx pegava um pouco de palha para deitar ao lado de Lua e falava para ela* --Não vai fazer nada de errado. *Logo deitava de barriga para baixo, e fechava os olhos, deixando o cansaço disputar com o estresse mental na tentativa de dormir o mais rápido possível* --Nos vemos depois Kall. Bom descanso. <Narradora>Kall deu boa noite ao garoto e fez carinho em Lua, mexendo em suas orelhas, para enfim desabar de cansaço. Maxx ainda se demorou um pouco a se ajeitar de forma que seu dedo, já cicatrizado, não doesse tanto. O ferimento no ombro já não doía mais e ele fechou os olhos enfim, não se recordando de sonho algum até ser acordado pelos guardas ali do celeiro. Mau humorados, os dois trouxeram comida aos garotos, bem como uma tigela grande de leite de cabra para Lua. No prato dos meninos haviam ovos cozidos, salada de acelga, tomates fatiados, cenoura cozida, batatas e carne de cervo cozida com molho de mostarda, ervas finas e mel. Para beber havia somente água, mas a refeição já era boa demais para se exigir algo melhor para se beber. Os guardas esperaram até que eles terminassem e quando isso aconteceu, eles levaram de volta os pratos, talheres e a vasilha de Lua, não deixando nada com os garotos. Logo em seguida dois outros guardas pareceram assumir as posições e a mulher, que Maxx aprendeu a odiar entrou no local ** NPC: <Mulher> -- Vocês devem se manter nessa fortificação por pelo menos 10 dias para que seu animal fique suficientemente forte para que o treine em campo aberto. Porém, vocês receberão treinamentos específicos enquanto estiverem aqui e o seu... Ela olhou para Kall. -- Será com nosso meistre, enquanto o seu... Ela se demorou a terminar a frase, mas Maxx já sabia o que ela diria. -- Será comigo <Maxx Lancaster> --Com você? *Maxx perguntou, controlando para a exclamação não ser alta ao ponto de parecer desrespeitosa, mas não dava para esconder a surpresa em sua fala. Olhou para Kall e deu um sorriso para ele, como se comemorasse a vitória do garoto, o sorriso foi saindo e Maxx então concluiu o que ele suspeitava, talvez não devesse fazer isso na frente da mulher, mas quem sabe ela não se animaria em soltar a resposta. Ele falou para Kall* --Parece que de algum jeito sabem sobre nós. Mas o que a...milady vai me ensinar. *Maxx falava olhando para a mulher, demorou um pouco para passar para o feminino a forma de tratamento que lhe foi ensinado, e falava com um ar de dúvida, como se não tivesse segurança que era a forma certa* ** NPC: <Mulher> -- Comigo você aprenderá a se movimentar sem ser visto, a manter-se em posição o tempo que for necessário, a observar detalhes quase imperceptíveis, a fazer leitura corporal, leitura labial, entender expressões, atirar melhor com o arco e saber fazer arremessos precisos, além de um treinamento base para se defender caso não haja como evitar um confronto corpo-a-corpo. Ela diz de forma mecânica, da maneira como se expressava. Em seguida ela fez um gesto para que Kall levantasse e assim que ele o fez, depois de limpar a boca com a manga da camisa, ela disse. -- Você vem comigo... E ela olha de novo para Maxx, para finalizar a conversa. -- Amanhã começa seu treinamento... quatro horas diárias e ininterruptas. Vai ter tempo para treinar seu animal depois disso. E agarrando Kall pela gola da veste, os dois saíram, deixando Maxx com sua loba filhote, Lua, e os dois guardas de vigia.

<Maxx Lancaster> *Maxx coçava a parte de trás da cabeça processando o que ele tinha escutado. Ele que por diversas vezes tinha pensado a pior forma possível de matar a mulher, iria ter que começar a rever seus conceitos, já que se ela soubesse fazer tudo aquilo que ela disse, o contrário seria o mais fácil. Maxx ficou observando a porta e os guardas, pensando o quanto ganhavam para evitar que os dois fugissem. De qualquer forma, Maxx agora de algum jeito estava sendo progressivamente melhor tratado, mas ainda não se sentia confortável, talvez por se sentir em uma prisão. Ficou em pé durante algum tempo esperando algo acontecer, até se cansar e sentar para brincar com Lua* <Narradora>Maxx não viu nada de anormal, a não ser uma outra conversa desnecessária dos guardas, que citavam diversos assuntos dentre os quais incluíam cansaço, trabalho, mulheres, sexo e bebida, nada muito fora do convencional. O garoto, depois de se cansar da conversa dos homens, se dedicou mais a brincar com Lua, que parecia infinitamente mais feliz agora ao lado dele. Suas mordidas eram mais acintosas, podendo machucar se o local fosse mordido várias vezes e Maxx teve de usar outras formas de distraí-la para que a agradasse de maneira satisfatória. Pelos cálculos de Maxx, ela havia perdido um pouco de peso, embora tivesse ganho em tamanho e com os cuidados necessários ela logo ficaria forte, visto que a qualidade da alimentação era excelente pelo que ele percebeu na última refeição. Depois que eles brincaram um pouco, o guarda disse que ele deveria descansar, pois o dia seria bem puxado no dia seguinte, dizendo que Lady Myrela Bolton ia extrair o máximo dele, não esmorecendo nenhum pouco pelo fato dele ser um garoto de dez anos. <Narradora>Maxx descansou ao lado de Lua, que se encarangou junto dele até que ele acordasse, com o grito de um dos vigias, que não fez cerimônia alguma em acabar com o sonho que o garoto estava tendo de sua pouca vivência com sua mãe. Apesar de Meretriz, Maxx acabou se recordando do pouco de carinho que ela lhe deu, como se o tempo voltasse muito tempo e ele tomou um grande susto com o estardalhaço feito pelo homem, e Lua rosnou para ele de maneira hostil, levando o homem a ficar condescendente com a pequena. Quando o homem fez menção de chutá-la, Myrela apareceu e ele empalideceu no mesmo instante, dando lugar a ela. Com uma coleira mais leve, de couro, ela jogou para que Maxx prendesse Lua ali, para que desse início ao treinamento com ele, mas antes dizendo que ele comeria alguma coisa. Então, logo veio o desjejum, para ambos, e Myrela esperou pacientemente de braços cruzados. Só então, depois de Maxx ter comido, é que ela pediu que ele a acompanhasse até uma área aberta, onde haviam três alvos em escala, num suporte de madeira, no formato de um cavalete, com uma madeira quadrada com os círculos pintados em vermelho. A jovem deu a Maxx um arco curdo e três flechas, ficando ao lado dele e pediu que ele fizesse as três tentativas nos alvos: O primeiro a 20 metros, o segundo a 40 metros e o terceiro a 60 metros. E mesmo que o último fosse muito longe para um arco daquele porte, ela pediu que ele tentasse, ficando ao seu lado, a todo momento.

<Maxx Lancaster> *Maxx ainda tinha medo da mulher, não sabia o que iria acontecer se errasse ou acertasse, mas de qualquer forma aquilo era mais um teste do que um treinamento. Era um simples tiro ao alvo. Aprendeu atirando primeiro em árvores e acertar em alvos não seria algo muito difícil, pelo menos ele esperava. Fintou o local enquanto carregava o arco. Pensava de que forma iria atirar para acertar o centro. Maxx fazia então postura, abria levemente a perna colocando um pé na frente do outro, mantinha o arco para baixo até ter certeza de como atirar. Maxx respirava forte pela ultima vez e prendia a respiração para não tremer, então em um movimento rápido levava o arco ao ponto de mira que tinha feito e disparava tentando acertar o primeiro. Sem esperar para ver se iria acertar o não, fazia o segundo e o terceiro disparo, agindo como se tivesse caçando coelhos. Precisando ser preciso e rápido.* ** NPC: <Myrela Bolton> Maxx consegue excelentes disparos e Myrela avalia todos assentindo com a cabeça, para em seguida dizer. -- Ainda falta mais controle e precisão. Mas você tem um tempo bom para preparar a flecha, embora nós estejamos num treino e não ter a menor necessidade de pressa. Você angulou errado no final porque não prestou atenção na direção do vento. Estamos no norte e não na campina. Ela virou-se para ele, dando um tapa leve no topo de sua cabeça, olhando com aquele mesmo olhar fixo e sério. Em seguida ela pediu para um guarda, que estava distante, se aproximar e pelo gesto que ela fez, Maxx presumiu que os dois tivessem combinado algo. O homem veio trazendo um escudo e ela tirou mais uma flecha e entregou a Maxx, enquanto o guarda e posicionava entre o primeiro e o segundo alvo. -- Ele vai se mover agora, mas eu quero que tente acertá-lo. Não se preocupe se ele vai ou não se machucar. Ele é treinado para sobreviver ao menos a isso. [§K4]E quando ela deu o sinal, o homem ficou indo de um alvo a outro, sempre se movendo de modo a deixar o escudo a frente do corpo, usando parte do cavalete como cobertura. <Maxx Lancaster> --Certo. *Maxx fez que sim com a cabeça, não tinha visto a mulher em ação, então não sabia se ela estava certa ou errada, Maxx fazia força para acreditar nela e tentar aprender algo, apesar de toda raiva que ele tinha dela. Ele preparou a flecha e mirou quando o homem se aproximou do primeiro alvo, para lhe acertar enquanto estava voltando, para colocar o escudo a frente ele iria ter que correr de costas, ou pelo menos bem torto, o que aumentaria a precisão de Maxx. Apontou o arco um pouco a cima da cabeça, para a flecha subir levemente e cair rápido, fazendo uma parábola para tentar acertar o escudo. Apesar de não ligar muito, no fundo, Maxx não queria ferir o homem, apesar de ser um contratado da mulher* <Narradora>Maxx calculou muito bem o alvo e quando ele disparou conseguiu fazer com que sua flecha caísse logo, o que a fez atingir em cheio o escudo do homem. Não fosse por isso, ele fatalmente teria matado o guarda ou ao menos lhe causar um poderoso ferimento. Quando Myrela fez um gesto para o homem se aproximar, ela analisou o escuro e onde o tiro tinha acertado. Considerando satisfatório, ela aprovou a primeira parte, iniciando a segunda.

** NPC: <Myrela Bolton> -- Certo... quero avaliar sua mobilidade agora, garoto. Ela tomou o arco da mão de Maxx e pediu pra que ele fosse no lugar do homem, mas sem o escudo. Agora seria ela a atirar nele, mas para a surpresa de Maxx ela deu o arco para o guarda, retirando em seguida uma adaga de arremesso. -- Acho bom você não vacilar garoto. Ande agachado por traz do cavalete e faça o possível para ser rápido no vão entre um e outro. Não quero perder um domador tão cedo. Disse com sua voz rouca e de pouca emoção. Mantendo sempre a seriedade imperturbável. <Maxx Lancaster> *Maxx olhou para a mulher assustado, não acreditando que ela realmente fosse lhe atacar, assim no couro, sem nenhuma proteção. Mesmo Maxx contando com a esquiva e fazendo milagres para se salvar algumas vezes aquilo ainda era assustador. Mas Maxx tinha de encarar se não quisesse ser torturado de novo. O medo maior nesse momento era falar qualquer coisa que lhe fizesse morrer junto com Lua, e talvez Kall. Por isso Maxx precisava esconder o medo e se concentrar e esquivar dos dois ataques. Sem dizer nada ele caminhou até o local onde tinha a pequena proteção que lhe servia quando estivesse agachado. Ali estando ele levantou a mão fazendo sinal de positivo e indicando que estava pronto. Ele ficava se movendo de um lado para o outro, agachado e andando na ponta dos pés. No espaço que não tinha a proteção, ele ganhava um pouco de velocidade anteriormente e fazia uma cambalhota para passar entre um e outro. As vezes com ela iniciando no chão, outras vezes um pulo a meia altura para frente, onde tentava cair girando. De qualquer jeito ficava atento aos ataques, e assim que um deles fosse disparado, Maxx iria dar uma cambalhota rasteira para se livrar dele, e no caso de um segundo, ia dobrar o joelho e deixar o corpo cair para trás fazendo o ataque passar por cima do seu peito enquanto Maxx o encara de frente* <Narradora>Maxx teve de tentar escapar dos arremessos de Myrela, que parecia displicente, nem levando em consideração a mira e sua técnica apurada para fazer tais arremessos, deixando o guarda com o arco puramente para pressionar psicologicamente o garoto. Nos dois primeiros arremessos, Maxx foi extraordinariamente bem, principalmente no segundo que a adaga passou rente a sua testa, enquanto ele se jogava no chão. Mas no terceiro, devido a fadiga do garoto em tentar se manter vivo, ele tomou apenas um corte de raspão no braço, bem superficial, enquanto girava seu corpo para evitar ser atingido. Do outro lado, um homem recolheu as adagas de Myrela e veio devolver a ela. Nesse meio tempo, ela se aproximou do garoto e assentiu séria para ele, demonstrando que estava satisfeita. Depois dela guardar as adagas lhe entregues de volta, ela disse: ** NPC: <Myrela Bolton> -- Preparem as cordas no celeiro. Vou alçá-lo com os pés amarrados para testar a resistência dele. E ao comando da mulher, os homens foram tomar providências para fazer uma forca no batente do celeiro, de forma a fazer uma espécie de pêndulo. -- Vamos garoto. Vai poder descansar depois.

<Maxx Lancaster> --Testar minha resistência? *Maxx repetia Myrela quase no mesmo ritmo em que ela tinha terminado a primeira frase. Após a mulher se aproximar, limpou o pouco suor que tinha na testa com o braço, enquanto passava o dedo no local onde havia cortado para tirar o excesso de sangue. Maxx fazia uma cara de dúvida para ela, ainda não tinha entendido o ultimo teste, mas ficar de cabeça para baixo não era uma coisa muito agradável, ainda mais para um recém torturado. Maxx voltou a seguir Myrela, andando sempre cerca de dois passos atrás dela, e a observando, ainda se mantendo desconfiado em relação a ela* ** NPC: <Myrela Bolton> Ela não deu tanta atenção ao comentário de Maxx e logo os dois homens vieram e amarraram os pés do garoto, subindo-o como se ele fosse uma peça bovina para ser escalpelada. Numa altura média de seis metros, Myrela observou-o por um tempo até Maxx sentir a pressão sanguina na cabeça, tento um pouco de dor naquela região devido a ter feito bastante esforço evitando ser morto pelos arremessos de Adaga. Após um tempo, ela retirou uma dessas adagas e ficou mirando em Maxx, dizendo por fim. -- Você vai cair... quero que tente, ao menos, cair agachado de frente. Você é ágil... deve saber girar seu corpo no ar. E com seriedade, ela faz o arremesso, visando a corda próxima dos pés do garoto. <Maxx Lancaster> *Maxx precisava pensar rápido e entender a a situação. Myrela não queria lhe matar. Por isso Maxx não achava que iria tentar lhe acertar em um ponto vital. Maxx entendeu assim que ela olhou para os seus pés para fazer mira e em seguida arremessar a adaga. O garoto então balançou a corda movendo o seu corpo para que quando a corda fosse solta ele já estivesse se movendo, a tentativa era de girar o corpo, como se tivesse dado um mortal com o movimento inicial o balançar das cordas que tinha feito, a ideia de Maxx era cair em pé. Mas caso visse que não dava, tentava amortecer a queda dobrando as pernas caindo agachado. Se fosse necessário caia rolando, e por último, caso tudo falhasse, colocava pelo menos as mãos para absorver o impacto* <Narradora>Seis metros para um garoto de 10 anos era tão exigente que Maxx teve que se empenhar muito para conseguir êxito e mesmo assim sentiu um forte impacto no joelho pela situação de sair de uma posição suspensa para cair com tudo sobre eles, embora sua técnica acrobática o permitisse aliviar o impacto. No chão, apoiando com as mãos, ele pegou um pouco de ar, enquanto um dos homens foi pegar a adaga da jovem. Myrela aguardou pacientemente enquanto o guarda vigia do celeiro trazia sua arma e somente quando ela a pegou e a guardou, disse ao garoto. ** NPC: <Myrela Bolton> -- Não preciso de mais provas pra saber da sua competência. Amanhã já sei que posso pegar pesado com você, garoto. E ela lançou seu olhar tétrico para os homens ali e disse. -- Deixe que ele treine seu animal e tragam-lhes comida na hora marcada. Por hoje ele não deve ser mais exigido. E virou de costas, indo na direção da fortificação, mais ao leste.

<Maxx Lancaster> *Maxx dava um sorriso satisfeito com elogio, demorou cerca de 3 segundos até que entendesse que seria melhor ter ido mal nos teste que Myrela havia feito. Ou talvez não. Se tivesse ido mal estaria muito mais ferido. Nesse momento somente tinha uma leve dor nos joelhos e nas juntas das pernas, e o seu braço ardia um pouco. Nada que fosse lhe prejudicar. Maxx viu Myrela dá alguns passos enquanto pensava no que ia prepara para Lua. Pensara rápido e então assoviou para chamar atenção de Myrela, dava uma pequena corrida em direção a ela enquanto formulava a pergunta de forma a não ofende-la, e raciocinava o que iria preparar pra Lua. Pensando em duas coisas ao mesmo tempo, Maxx se enrolava um pouco* -- A senhora pode, digo, milady, pode me emprestar algo que você use com frequência, um pedaço de pano talvez, uma pulseira. Um.. *Maxx falava e analisava a mulher para ver o que estava vestindo e pudesse ser útil e deixado com Maxx, o garoto então concluía* --É para o treinamento. ** NPC: <Myrela Bolton> Ao ouvir o assovio, Myrela girou nos calcanhares e aguardou Maxx dizer o que tinha pra falar para então olhá-lo de maneira hostil e ofensiva, sacando em poucos instantes uma adaga e posicionando a ponta da arma frente ao olho dele, meneando-a rapidamente, cortando alguns fios da sua franja. Depois do ato mais agressivo, ela estendeu a mão e voltou a adaga com a ponta para ela, num giro rápido, embora ela tivesse feito um movimento lento com os dedos, demonstrando grande habilidade, deixando o cabo desta para Maxx pegar. O garoto logo percebeu uma fita presa aquela peça, que deveria ser feita de prata pela cor esbranquiçada do metal, não sendo comum uma arma daquelas. Ela manteve o gesto até que Maxx pegasse a arma para então dizer. -- Eu corto sua língua se assoviar para mim de novo. Não se esqueça que eu sempre serei sua pior inimiga e é por isso que você aprenderá coisas que o farão melhor. Só inimigos ensinam aquilo que precisamos aprender... garoto. E quando Maxx pegou a arma, ela se virou sem medo algum, indo na direção em que estava anteriormente, seguindo para a fortificação. <Maxx Lancaster> *Maxx parou de respirar por alguns segundos, sem nenhuma etiqueta, não sabia que assoviar era um ato mal educado. Achou que ela fosse enfiar a adaga no seu olho, por isso quase paralisou de medo, voltando lentamente ao normal depois de ver seu cabelo caindo sobre o seu rosto e no chão. Ainda não tinha muitas rações, por isso pegou a adaga e ficou algum tempo observando a mulher e vendo ela se afastar. Maxx passava o polegar na adaga a analisando e analisando o seu material. Não a guardava, preferia leva-la na mão, caminhava, agora mais calmo, até o lugar que os Bolton escolheram como lar para Maxx* <Narradora>Maxx voltou até o celeiro e desamarrou Lua, que ficou feliz com sua chegada, lambendo-o e mordendo-o como costumava fazer pra demonstrar carinho. O garoto então deu início ao treino, como deveria fazer sempre, mas agora mesmo em situação adversa, havia alguns recursos interessantes ali, que não tinham quando Kall e ele andavam pela estrada de Karhold. Embora estivessem longe de se sentirem livres, a brincadeira aplacou um pouco a opressão do lugar. Maxx treinou Lua até que os dois estivessem esgotados, e foi trazido comida a ambos, bem como um balde grande de madeira, cheio de água, para que o garoto se banhasse. Mais de noite, ainda descansando do dia fatídico, Maxx prestava mais atenção na arma que Myrela havia deixado com ele. Sem dúvida era de prata, um material mais maleável e pouco utilizado em armas de arremesso.

<Narradora>Ele pode ver, mesmo com sua pouca instrução, que havia números entalhados na lâmina, próximo ao cabo. Ali estava um número, 287 D.D e um X mais a frente. O jovem não soube precisar o que poderia ser, já que eles ainda estavam no ano 286. Logo a última refeição do dia veio e tanto ele quanto Lua, puderam renovar suas forças. <Maxx Lancaster> --Lua. Me lembre de arranjar algo para você morder ao invés de mim.. *Maxx falava enquanto analisava o seu corpo, mesmo com Lua se esforçando para não machuca-lo, brincar de lutinha com sua loba lhe deixou alguns arranhões. Principalmente onde ela pulava e usava as patas e garras para derrubar, a região do peito e também da cocha, dependendo do tipo de salto que ela fizesse. Maxx ficou um tempo olhando para Lua. Avaliando se a pausa para comer tinha sido suficiente para fazer com que ela se recuperasse, e se estava disposta a treinar de novo. Em dúvida, Maxx fez um dos treinamentos mais básicos para se fazer com um animal, combinar gestos e palavras para representar comandos como, ficar, rolar, pular, escalar, uivar, roscar, e afins. Ele não iria se cansar tanto nem Lua, já que os dois se entendiam bem. <Narradora>Mais um dia cessou na vida do garoto e o dia seguinte foi 10 vezes pior do que o anterior. Myrela parecia muito mais maligna do que qualquer momento em que Maxx já a tivesse visto e, depois do desjejum da manhã, ela o fez correr pela área hípica inteira, arremessando adagas na direção das suas costas e pernas. Maxx ficou com muitos ferimentos, logo na primeira parte do treino e toda vez que ele caia, sentindo dores, ela pisava nele, virando-o de frente para ela, encarando-o com seriedade e pedindo de forma ríspita que ele parasse de fazer corpo mole, embora ele nem tivesse mais raciocinando direito. Depois ela o fez disparar nos alvos imóveis com todas as escoriações e ferimentos, e Maxx teve um aproveitamento médio, o que lhe rendeu mais castigo, como cortes no braço e nas costas. Myrela queria que ele fosse eficiente mesmo ferido e parecia não desistir nunca de que ele não conseguisse mais fazer disparos precisos. Maxx não suportou o treinamento e caiu desacordado. Neste dia, mal teve tempo de treinar Lua e comeu o que conseguiu a noite... No dia seguinte, Myrela o fez escalar o celeiro na parte de cima e pediu que ele ficasse deitado sobre o telhado por mais de duas horas sem se mexer. Por precaução, ela ficou com o pé sobre as costas dele, mantendo-se firme e não deixando que ele relaxasse, embora fosse quase impossível ou sucumbisse ao cansaço. Depois de exaurir o garoto na posição incômoda, ela pediu que ele saltasse de lá de cima, a uma altura superior a seis metros. Maxx quase se arrebentou no chão, devido a fadiga acumulada, mas suas habilidades o mantiveram vivos com a queda amortecida... Os dias foram passando e Maxx foi ficando cada vez mais debilitado e mesmo comendo bem seus ferimentos acumulados já não tinham tempo para cicatrizar. Myrela sempre aparecia no outro dia e outros tantos ferimentos e Hematomas também vinham na sequência. Ela começou a trocar o período de treino, deixando quase Nu no frio da noite treinando arremessos de faca. Como se não bastasse o tremor pelo vento gélido, suas mãos esfoladas mal seguravam as adagas... A loucura da quase morte quase atingiu Maxx e por muitas vezes sua boca espumou sangue de vontade de acabar com a vida da jovem, que não se intimidava nem um pouco e dava mais uma surra nele pela ousadia. Maxx começou a passar dias inteiros deitado, ou quase, se recuperando depois disso e Myrela deu um tempo para ele. O garoto nem soube precisar quanto tempo havia passado nos dias em que pode dar atenção a sua loba mais crescida, mas ele calculou por volta dos dez. Nesse tempo ele não viu Kall, mas ficou sabendo que ele estava bem, embora isso pudesse ser mentira.

<Narradora>Myrela apareceu depois de um tempo e disse ao garoto, sob os ruídos de rosnado de Lua, que foi cessado por um único gesto de Maxx. ** NPC: <Myrela Bolton> -- Está na hora da caça... garoto. E com um olhar tétrico e um gesto, ela pediu que ele a acompanhasse e lá fora ele viu dois cavalos celados. Myrela subiu num deles e no outro, havia um arco de excelente qualidade e flechas, bem como uma faca de caça presa ao alforje. Eram todas de Maxx. <Maxx Lancaster> -Um..cavalo? *Max olhava para o bichano sem acreditar muito, o animal que deveria ser duas, e quase três vezes maior que o próprio garoto. Mesmo com a cela, teria que escalar para monta-lo. O que não seria problema para Maxx. Se aproximou rapidamente do animal e ficou um tempo lhe admirando, demorou um pouco para subir, e o fez de maneira um pouco desajeitada, já que nunca tinha montado em um. Em cima dele, pegava o arco e o analisava, passando a ponta do dedo indicador e médio esquerdo sobre a madeira e em seguida a corda. Pegou o arco e fez mira em uma arvore, puxou a corda e a soltou, para testa-lo, sem flecha. Colocou o arco preso as suas costas, e apenas olhou a faca. Com tudo pronto, Maxx segurou a corda que usava-se para cavalgar, mas ele não sabia disso, sem a menor ideia de como fazer o cavalo andar, tentou fazer o que faria se montasse Lua. Deu um pequeno chute com a parte lateral do pé e disse*: --Vamos lá! <Narradora>Myrela perdeu um tempo explicando como usar as rédeas, ao que Maxx lutou para poder decorar tudo. Ainda havia os movimentos dos pés na barriga do animal e os comandos monossilábicos com a boca, identificando algumas ordens. O garoto presumiu que aquele era o treinamento padrão, pois o cavalo em que estava aderiu muito bem ao que Myrela explicou. Lua foi os acompanhando e Maxx dava os comandos para ela os seguir num ritmo que não fosse tão puxado para ela. A mulher não fazia questão de pressa, pelo visto, e depois de passar pelo campo de treinamento, da ala da forjaria, onde o garoto quase não viu o cenário devido a fumaça e fuligem, eles passaram por um arco, indo por um corredor estreito ladeado por um muro bem alto e a parede da fortaleza de Dreadfort. Saindo dali, chegaram ao átrio principal, algo como um lugar onde os exércitos poderiam ser reunidos por um comandante e logo seguiram para os poucos jardins de árvores negras, saindo por fim da fortaleza quando passaram pelo enorme portão de barras reforçadas. Myrela conduziu-os para fora da cidade, indo na direção das matas de Hornwood. Já na planície alva, eles avistaram alguns animais bem distantes deles, algo como linces, tentando se esconder na paisagem gelada, antes que eles se aproximassem. ** NPC: <Myrela Bolton> -- Será uma caçada difícil, garoto. Boa sorte. E ela apenas fez um gesto com a cabeça, indicando que a partir dali era responsabilidade trazer um daqueles animais. Maxx não fazia ideia de que animais eram aqueles, mas sabia que tanto caçá-los quanto fugir de Myrela, poderia ser fatal.

<Maxx Lancaster> --Lua, sobe! *Maxx puxou as rédeas e parou o cavalo esperando que Lua ficasse ao seu lado para dar o comando. Com garras e um pulo, Maxx achava que seria o suficiente para conseguir subir, mas estava preparado para puxa-lo caso ela escorregasse, ou sem querer machucasse o cavalo. Rapidamente Maxx tinha traçado um plano, ou pelo menos a base dele, o que deveria fazer, mas como fazer e se daria certo seria um problema, já que não conhecia a personalidade do animal, mas torcia para ele ser agressivo o suficiente para atacar ao invés de fugir. Maxx marcou uma lince, não queria uma que parecesse grande, procurou a que parecesse menor e indefesa. A única questão que fazia é que ela fosse uma das que tivesse mais afastadas de outra. Maxx colocou Lua perto dele, entre as rédeas e suas pernas e colocou o cavalo para trotar na direção da lince que tinha escolhido. O plano era simples, iria trotar até mais perto e depois andar perigosamente na direção da Lince. Por mais absurdo que parecesse, Maxx queria ser atacado, confiava em sua esquiva para mantê-lo vivo e prender a atenção da lince em si* <Narradora>Maxx se moveu na direção dos animais, que já não podiam ser vistos no meio da paisagem. Teve de utilizar o melhor de sua atenção para conseguir seguir o rastro dos animais e por mais que o cavalo lhe ajudasse na locomoção, atrapalhava na percepção dos detalhes. Maxx percebeu que estava muito distante de Myrela e ela quase não aparecia no horizonte e logo a mata começou a aparecer diante do garoto, anunciada por uma grama cinzenta bem rala no chão. Foi então que o garoto parou, antes mesmo de se aproximar da floresta, pois havia pingos de sangue bem discretos ali. Lua começou a usar seu olfato também e Maxx presumiu que os animais poderiam ter caçado alguma coisa, pois não deixaram rastros de um animal ferido, no percurso até ali. Lua queria mais liberdade para se mover ali, mas o garoto sabia que a partir daquele ponto seria muito arriscado ficar distante dela. <Maxx Lancaster> "Eles devem estar em grupo e comendo..." *Maxx presumia, enquanto pensava no que poderia fazer com essas informações. A primeira era a mais preocupante, atacar um grupo de lince era realmente perigoso, por isso Maxx torcia para estar errado. Ele parou o cavalo quando viu os pingos de sangue, na tentativa de buscar mais ou qualquer outra pista que indicasse a direção que os linces tomaram. Enquanto procurava percebeu Myrela longe e se distraiu um pouco, pensando de que forma ela iria impedir que Maxx escapasse se ele quisesse. Maxx voltou a atenção no que estava fazendo e tentou seguir o rastro de sangue até ele se extinguir, onde teria que procurar outra pista* <Narradora>Maxx continuou seguindo as raras pistas que havia achado, tendo convicção de que os animais que ele perseguia eram extremamente competentes em serem furtivos, mesmo numa região como aquelas. Ele e Lua não estavam indo bem na perseguição, isso era certo, e ainda corriam o risco de serem emboscados ali, num território desconhecido e, aparentemente, dominado pelos animais. Myrela não o ajudaria e certamente não ligaria a mínima se ele ou Lua morressem ali, próximos da grande floresta de Hornwood. As pistas desapareceram e agora só restavam os sons de pássaros e folhas, que farfalhavam com o vento fraco e gélido do norte.

<Maxx Lancaster> "Mas que droga.." *Maxx parou o cavalo procurando por um tempo até ter a certeza que o não havia mais rastros que seguir, isso era simplesmente horrível, não havia como caçar se não fosse com rastros. E sem eles pegar uma das Linces seria quase impossível. Lua ainda era filhote, caso contrário poderia facilmente seguir o cheiro do sangue. Maxx seguiu com o cavalo, só que sem trotar, andando vagarosamente na direção que estava andando, mesmo que as Linces não tivesse seguido ela, não podia ficar simplesmente parado, tinha que se deslocar e tentar fazer uma varredura no local* <Narradora>Dessa vez, Maxx conseguiu ter mais êxito e viu uma tênue trilha dos pingo de sangue numa das direções, mas como entendia um pouco daquela vida selvagem, resolver ir em outra direção, tomando cuidado a qualquer ruído, som e movimento estranho. Depois dele perceber uma movimentação diferente no lado oposto, era chegada a hora de descer do cavalo, pois ele não tinha técnicas para atirar com o arco em uma montaria e se o cavalo se assustasse ele poderia perder o controle total do animal, pondo em risco sua vida e a de Lua. Arco em mãos e a flecha posicionada, bem como a faca presa agora ao cinto de couro escuro, ganho na fortaleza, ele se movimentava pé ante pé, na direção de seu alvo. Sabendo que eles estavam a espreita e prontos para fugirem ou tentarem algo em conjunto. Pelo visto eram dois, mas ali era possível que mais um ao menos viesse se juntar a eles. De qualquer forma, se um fosse abatido, provavelmente os outros fugiriam... E então Maxx se posicionou, dando o comando para que Lua se mantivesse calma e na espreita, atenta a todos os movimentos que conseguisse. Sua estratégia deu certo e a filhote de lobo detectou rápido a direção de um deles, camuflados entre a vegetação. Maxx deveria ser preciso se quisesse pegá-lo agora... <Maxx Lancaster> *Maxx fez um sinal e pediu para que Lua ficasse em posição de luta, porém parada, sem emitir ruído e sem ter medo. Não queria envolver ela na luta. Seu plano principal era tentar trazer uma lince viva. Maxx não era a pessoa que gostava de matar animais, mas o fazia por necessidade, e nesse momento, precisava ser preciso para acertar com o arco. Maxx agachou levemente, procurando, se possível, não ficar visível mesmo depois do disparo, estando escondido. Como característica de seu tiro, demorou um tempo pensando na trajetória da flecha, contrastando na velocidade em que teve para fazer a mira, puxar a corta até o limite e solta, tentando fazer a flecha acertar alguma parte do pescoço do bichano a sua frente* <Narradora>No que Maxx se agachou, o Lince percebeu seu movimento, saindo correndo logo em seguida, em disparada para a parte mais densa da floresta, fazendo Maxx perder a mira e não conseguir atingi-lo com o disparo do arco. Maxx crispou os lábios por ter perdido a oportunidade e foi quando um dos linces, um maior e de tons negros, veio furtivamente pela lateral, surpreendendo o garoto e sua filhote de lobo. Maxx recebeu um ataque cruel e não fosse ter se virado a tempo para deixar seu braço pra a proteção, o animal o teria derrubado e cravado suas presas em seu pescoço. O garoto gemeu alto de dor ao sentir aqueles caninos rasgarem-lhe o antebraço com violência e, apesar de pequeno, ele não conseguir se movimentar de maneira a sair daquela posição...

<Narradora> Maxx morreria na próxima mordida, com certeza. Porém, Lua estava próxima e, mesmo trêmula por encarar uma criatura muitas vezes maior do que ela, saltou na direção da orelha do lince negro, de listras cinzentas, causando dor no animal o suficiente para que ele tivesse de se desvencilhar dela, sacudindo a cabeça e jogando-a mais distante. Foi o tempo que Maxx precisou para saca a faca de caça e bater com o cabo dela entre a orelha e os olhos do animal de maneira precisa, fazendo-o cambalear... Maxx aproveitou e golpeou-o de novo, para terminar de desacordá-lo. O garoto tinha lágrimas nos olhos, sangue e um grande ferimento no antebraço, mas havia conseguido... Lua estava bem e mancava ligeiramente... a pequena rosnou para o animal caído e depois foi lamber Maxx. <Maxx Lancaster> *Maxx se jogava no chão de joelhos exaustos, abriu o braço deixou Lua pular em cima de si e lamber o seu rosto enquanto lhe dava um abraço com apenas um dos braços, não queria sentir dor em move-lo e nem sujar seu animal de sangue. Em seguia se jogou para trás deitando no chão e deixando que Lua ficasse sobre sua barriga lambendo seu rosto e pescoço, posição parecida, mas bem mais confortável da que quase lhe matou agora pouco. Maxx respirava fundo, não por cansaço, mas sim para o nervosismo a ansiedade e o medo irem embora. A lágrimas aos poucos foi passando, enquanto Maxx ficava deitado de barriga pra cima, respirando fortemente para retomar a tranquilidade. E quando o fez pensou em duas coisas . Tinha que levar a lince, e seu braço estava sangrando, o que lhe fez concluir que precisava sair dali rápido. O garoto não tinha a menor ideia de como ia levar a lince. Olhou ao seu redor para ver se vinha alguma ideia. Ela só veio quando viu o cavalo. Maxx lhe puxou pelas rédeas até próxima, a retirou a amarrou as patas traseiras do animal abatido com ela. Segurou com um braço, enquanto em outro espaço pediu para que Lua mordesse e lhe ajudasse, passou a corda por cima do cavalo e tentou puxar o suficiente para erguer a pô-la em cima do cavalo. Para emfim pegar o caminho de volta e retornar ao castelo* Maxx tentou fazer o possível, com o pouco recurso que tinha, ainda mais com o ferimento grave no antebraço. Deixar Lua o lamber um pouco, enquanto se deitava na grama o ajudou a recuperar o fôlego, mas a dor era lancinante. A pequena tentou ajudar, o quanto pode e, quando ele tentou fazer o animal ser içado pela corda, sobre o cavalo, Maxx percebeu que ele era pesado o suficiente para o garoto ter que ser esforçar muito. Mas o garoto não conseguiu. A queda lenta do animal no chão pareceu fazê-lo quase recobrar sua consciência, mas isso não aconteceu. Logo que ele achou que sua situação pioraria, já que sua dor era imensa e o animal não ficaria inconsciente por muito tempo, ele ouviu o som lento de outro cavalo se aproximando. Myrela tinha nos olhos um brilho diferente e logo que viu a situação, ela desceu do cavalo com calma, e até um pouco de graça, para ir na direção de Maxx, quase ignorando o grande lince das sombras. ** NPC: <Myrela Bolton> -- Um grande prejuízo, garoto. Ao menos o animal está vivo. E ela se afastou de Maxx para pegar a criatura, usando uma corda presa ao alforge de seu cavalo para reforçar as amarras feitas pelo garoto, colocando-o bem preso, no lombo de sua montaria. Depois, ela subiu novamente no cavalo, esperando Maxx fazer o mesmo. -- Vamos... terão de tratar do seu braço.

<Maxx Lancaster> --Vamos Lua. *Maxx subiu no cavalo, dessa vez com mais cuidado, pelo braço machucado, era um ferimento e tanto, e precisava tratar rápido, não sabia que tipo de infecções ele poderia contrair com aquele ferimento. Mas Maxx de qualquer jeito estava feliz, seguindo Myrela. Maxx já começou a pensar sobre ter ao seu lado Lua e...tinha achado o nome perfeito. Lua e Noite. Os dois. A valente e o mortal, e Maxx, o corajoso. Pensou em si mesmo treinando os dois e ele contando essa história para Kall. Após sair do seu sonho, se aproximou de Myrela, com mais cuidado para controlar o cavalo, já que fazia sem o uso de rédeas e sim puxando o seu pescoço e o cabelo que ele tinha naquela região* <Narradora>Maxx ajudou sua filhote de lobo subir e posicionou-a com cuidado sobre a cela, subindo em seguida com extrema dificuldade, usando somente uma das mãos. Myrela foi a frente e, para a sorte do garoto, ela utilizou de comandos para que os dois cavalos seguissem juntos, em fila, porque as rédeas do de Maxx estavam sendo utilizadas para improvisar as amarras do Shadowcat. No caminho, o garoto utilizou seu cinto para improvisar uma alça em volta do pescoço, para que não forçasse mais ainda seu braço muito ferido... Era de noite quando eles retornaram para a fortaleza, em Dreadfort, passando pelo portão de barras metálicas reforçadas. Myrela não disse mais nenhuma palavra, como era de se esperar, e somente quando eles voltaram pelo mesmo percurso até chegar no campo de treinamento, onde havia o celeiro onde Maxx e Lua ficavam, é que ela fez um sinal para que os vigias mantivessem o garoto ali, enquanto ela se dirigia para outra parte da fortificação, a que Maxx desconhecia. Pouco tempo depois, após os homens já terem decido o menino fazerem os primeiros cuidados nele, de maneira bem rústica e até um pouco rude, um meistre veio com instrumentos para limpar e costurar os ferimentos que ele tinha no antebraço. Foram longos minutos de dor, mas no final ele sentiu um alívio, quando o bálsamo começou a agir mais veementemente. O garoto também foi orientado a não comer mais nada, que não duas folhas amassadas, as quais ele desconhecia, até sucumbir ao cansaço, deitando-se no feno do local, ao lado de Lua. Maxx não sabe precisar quanto tempo dormiu, mas o sol estava bem alto, embora encoberto pelas nuvens brancas do norte. Ao olhar para seu ferimento, lhe pareceu bem melhor, mas ao olhar para o lado, Maxx sentiu uma angústia muito grande. Lua não estava ali... <Maxx Lancaster> *Maxx demorou um tempo para constatar que Lua não estava ali, foi necessário procurar e revirar quase o local todo para ter a certeza que ela não estava dormindo em algum canto ainda não explorado por Maxx. Fora a lentidão normal de uma pessoa acordando. Ia ficando nervoso a cada tempo que passava e não achava Lua. Mais nervoso do que o costume, saia do local e dava um empurrão em um dos guardas, e sacava a faca que tinha ganho de presente, apesar de não acreditar nas próprias palavras, falou com raiva e ofegante ao guarda que empurrou enquanto segurava a faca na frente do corpo* --Me diga. Me diga para onde levaram ela!

<Narradora>Maxx percebeu que o vigia não gostou nada da atitude dele, que olhou para ele incrédulo quando este o ameaçou com uma faca e, tanto este quanto o outro vigia, se afastaram um passo e sacaram seus porretes ameaçando o garoto. Este que foi empurrado, foi o mais incisivo, dizendo: -- Largue essa faca, moleque! Ou eu arrancarei seus dentes um por um na paulada, seu fedelho insolente! E eles se movimentaram de modo a ter uma área de ataque dos dois lados do garoto, esperando a reação dele. >> <Maxx Lancaster> --Responde a minha pergunta! *Maxx falava alto, chegando quase a gritar, encarava os dois sem mostrar nenhum medo, apesar de dar alguns passos para trás de forma a usa a parte do local onde dormia como proteção para não dar as costas para nenhum dos guardas. Pareceu não se intimidar com nenhum deles, e agora fez uma postura de combate, dobrando os joelhos e ficando pronto para qualquer investida dos guardas. Maxx achava que não iria ser necessário ataca-los e nem queria, mas talvez se não demonstrasse medo, um dos dois pudesse lhe dizer o que tinha acontecido com sua Lua* <Narradora>Maxx não baixou a guarda e tampouco se intimidou para os homens com seus porretes. O fato dele não ter encontrado Lua ali foi como sua raiva viesse a tona de uma vez e só isso seria plausível de compreensão para ele tentar algo com uma faca contra os homens, que mais pareciam dois trogloditas. Maxx conseguiu se esquivar dos primeiros golpes, demonstrando grande agilidade, e em seguida, vendo que a coisa não tinha ficado boa, ele partiu para o ataque, ferindo um deles na perna. Maxx nem viu de onde veio o golpe que o atingiu, mas ele desacordou na hora, com uma pancada na cabeça... O garoto acordou um tempo depois, preso ao suporte já conhecido, em forma de X, na mesma sala escura, mal iluminada por velas e de aspecto desagradável. Myrela parecia bem descontente com Maxx, que além de ter agora um ferimento na cabeça, tinha cortes na boca e dores no peito devido a pontapés levados, provavelmente, quando ele desacordou. Balançando a cabeça, negativamente, Myrela falou. ** NPC: <Myrela Bolton> -- Que ideia mais estúpida foi aquela, garoto? Disse com sua voz sem emoção, para então prosseguir. -- Antes que sua cabeça pense em questionar sobre sua loba, ela foi levada para receber cuidados, pois ela se feriu no conflito com o Shadowcat. <Maxx Lancaster> --Porque não me disseram? * Maxx falava confuso, se sentido culpado, tentava desviar a culpa de si para outra pessoa. Mas realmente era difícil conviver cercado de inimigos que tentavam o manter vivo, você nunca sabia o que esperar deles. Ainda mais pelo fato de conhecer o gosto dos Boltons pela tortura, por experiência própria. Após re-despertar, Maxx se assustou e sentiu um extremo medo ao voltar ao lugar que passou por todo aquele sofrimento. Eles vinham a tona a sua cabeça, e Maxx tremia um pouco ao observar Myrela lhe questionando, não conseguindo lhe responder mais nada além do que já tinha dito*

** NPC: <Myrela Bolton> Ela se levantou lentamente da cadeira, trazendo consigo o castiçal rústico com a vela, se movendo na direção de Maxx. -- Estúpidos morrem cedo nesse mundo, garoto... muitas pessoas os odeiam. Eu, particularmente, arrancaria suas bolas fora e as deixaria numa tigela, para que quando sua loba sentisse fome ela as viesse comer diante de ti. Serviria para ensinar que não brincamos... mas idiotas como você ainda não entenderiam... E ela aproximou o castiçal com a vela bem próximo do braço de Maxx, deixando um tempo até que o calor começasse a queimar a pele dele, só retirando quando começasse a aparecer uma vermelhidão de quase queimadura. -- Vai continuar sendo imbecil até quando, garoto? <Maxx Lancaster> --Ai ai ai. Para. Me desculpa *Maxx se debatia tentando se livrar da dor, e mesmo que inutilmente fugir do X que estava amarrado. Se retorcia até sentir um alívio da dor diminuindo um pouco quando a mulher afastava a vela do seu braço. Respirava fundo algumas vezes até conseguir falar novamente* --Me desculpe por favor, eu não sabiam o que iam fazer com ela. Eu não sei o que vocês podem fazer comigo. Só queria proteger a Lua. *Maxx falava nervoso, aquele lugar era simplesmente horrível e somente em ficar ali, já era torturante para ele, mesmo compreendendo que dessa vez ele tinha errado, achava que não merecia o castigo que estava sendo aplicado* ** NPC: <Myrela Bolton> Ela voltou até a mesa e se sentou na cadeira, pousando o castiçal novamente sobre a superfície velha de madeira. -- Capturou um bom Shadowcat, garoto. Não deveria jogar fora o seu feito cometendo um ato tão imbecil. Se já não o matamos de início... se já o treinei... é porque pretendo que você realize alguns feitos. Caso você não queira mais viver nessa vida, eu irei compreender... afinal, preciso arrumar um jeito de alimentar aquele animal. Ela demorou um tempo, observando a reação de Maxx. Gostava daquele jogo, embora ela não demonstrasse coisa alguma. Deixava que a conversa se alongasse para ver até onde o garoto ia. <Maxx Lancaster> --Senho..digo, milady, se me permitir eu posso alimenta-lo. Ele deve comer qualquer coisa que não seja podre e tenha carne. Me desculpe pelo o que aconteceu. Prometo que eu vou tentar não fazer de novo.. *Maxx falava misturando palavras sinceras com qualquer um pedido de desculpa formal e decorado, mas também necessário, que ele soubesse. Observou a reação de Myrela, e antes que ela lhe batesse, ou cortasse sua fala, ele perguntava* --Me desculpe, mas me sentiria mais tranquilo se me dissesse exatamente o que vocês querem que eu faça. Vocês não nos entregaram então, acho que de qualquer jeito eu devo muita a coisas e vocês. *Maxx falava e logo depois se surpreendia com as próprias palavras, para uma pessoa que passou grande parte dos últimos dias lhe torturando, elas não deixavam de ser verdadeiras, mas Maxx admitir aquilo, era estranho até para ele*

** NPC: <Myrela Bolton> Avaliou com cuidado as palavras de Maxx e depois de um tempo, olhando para o garoto, como seu jeito tétrico de sempre, ela prosseguiu. -- Eu odeio teatralidade, garoto. Por isso os Boltons não tem corte com bobos ou pessoas itinerantes. Seria muito mais fácil nos agraciar com um funeral vivo de alguém em chamas numa sala, sem receber ajuda, do que alguém contando histórias mentirosas, com prestidigitação e outras artes de gente estúpida. Ela se levanta, retirando uma faca, aquela bem feita em prata, a que Maxx ainda não encontrara o significado do que estava escrito. Então ela se aproximou do pulso de Maxx e cortou as amarras dali, indo para o outro braço e continuando a libertar o garoto até soltar seus tornozelos. -- A traição corre nas veias desse mundo, garoto. Sempre haverá alguém querendo que seu fígado seja frito num espeto de ferro, num dia de fome... vamos, vou te levar de volta aos estábulos... eu troquei os vigias para que você não seja mais agredido, enquanto estiver descansando. E ela se virou, esperando que ele a seguisse. <Maxx Lancaster> *Maxx soltava o ar dos seus pulmões, suspirava aliviada por ela ter acertado a corda que o mantinha preso ao invés de seus pés. Isso era um alívio. Lamentou o fato dela não ter respondido a sua pergunta, mas muito menos do que comemorou a sorte que teve de escapar apenas com uma queimadura leve em seu braço. Maxx fez que sim com a cabeça, como se agradecesse a ela e seguiu Myrela, quieto, sem saber o que falar, pelo menos, Myrela tinha elogiado um efeito de Maxx. Conseguir um gato das sombras era um feito considerável para um garoto de apenas 10 anos. Abaixou a cabeça e deixou Myrela ir na frente, a seguindo a cerca de um metro, pensando onde que tinham guardado o animal que tinha capturado* <Narradora> Myrela caminhou com Maxx até a fundição, passando pelos corredores esfumaçados do local até chegar na área aberta que ele passara a conhecer bem, onde ele treinara com Myrela. Em seguida, ela caminhou numa direção diferente, indo até um dos armazéns da fortaleza. O garoto percebeu que havia um portão de madeira, reforçada com ligas de metal e cobre, com algumas frestas e, pedindo para que Maxx se aproximasse, ele viu nas sombras do local a silhueta do felino de olhos amarelos brilhantes, o encarando lá no fundo daquele amplo lugar. A luz da lua iluminava muito pouco aquela área, mas ele sentiu o animal o observando de forma hostil, como se dissesse para ele: "Sua hora vai chegar". Myrela deixou que o garoto ficasse ali por um tempo. Talvez ele quisesse dizer algo e, caso não, o levaria até os estábulos de volta. <Maxx Lancaster> --Existe alguma forma de eu sair de lá rapidamente, caso eu queira entrar? *Maxx perguntava enquanto analisava o comportamento do animal, realmente não estava feliz de estar ali, e a cada dia que passasse preso, iria se tornar mais agressivo. É a reação de qualquer pessoa que fosse confinada, um animal seria pior ainda. Ele falou analisando um local tentando responder a própria pergunta, mas qualquer que fosse a resposta, Maxx pedia para Myrela, que quando lhe fossem dar comida, deixassem sempre que Maxx o fizesse, e lhe perguntava se seria possível lhe dar algum pedaço de carne*

** NPC: <Myrela Bolton> -- O armazém é amplo demais e se eu abrisse a porta ele viria te atacar prontamente... e eu teria de agir. Falou ela como se respondesse uma soma simples. -- Ele já está alimentado... verei de você dar comida a ele, caso você se comporte. Caso não, vai acabar conhecendo-o... mas como sua presa, desta vez. E conduziu Maxx até o celeiro, onde pediu para que os vigias mantivessem os olhos nele. Maxx ficou um bom tempo ali, ainda sentindo todas as dores dos ferimentos, que não eram poucos, e só mais tarde é que veio uma farta refeição. O homem que trouxe a comida disse que no dia seguinte eles já trariam Lua de volta e que não era para ele se preocupar, pois ela estava bem. <Maxx Lancaster> *Maxx agradecia Myrela e se retirava para dormir, apesar de ter dormido a tarde toda, o cansaço mental e o estresse, eram o suficiente para faze-lo querer ir deitar e dormir de novo. Reparou que esses guardas eram mais simpáticos, ou talvez fosse apenas impressão. Mais a maior preocupação dele nesse momento, era de como fazer aquele bichano para de querer lhe atacar e obedecer Maxx. Com Lua havia sido muito mais fácil. Afinal ela foi criada por ele. Mas ali era diferente. Maxx tinha um novo desafio em mãos e ele nem sabia por onde começar. Ia ter que pensar no assunto. Lembrou também de Kall, já que fazia tempo que não o via. Queria saber se tinha aprendido mais do que ele. Com a cabeça cheia e cansado, demorava um pouco mais do que o normal para dormir, mas logo entrava em um sono profundo* <Narradora> Maxx sentiu que ele pouco havia dormido, como se ele tivesse fechado os olhos e acordado a poucos instantes, mas não era o que dizia a luminosidade da tarde, dando a entender que ele passar novamente um longo período descansando. Sua loba, Lua, estava ali do seu lado quando ele acordou, contente e agitada como sempre. Estava com a pata direita dianteira com uma faixa de curativo, mas não mancava muito, parecendo que se recuperaria muito em breve. Ao que parecia, Lua já havia bebido leite, pois Maxx identificava pelo hálito dela aquele cheiro característico. Foi então que logo veio a refeição do garoto e Lua se mostrava comportada em não vir pular nele enquanto ele comesse. <Maxx Lancaster> *Maxx parou de brincar com Lua assim que sua comida chegou. Achou bacana o simples costume de Lua lhe esperar para comer. Por ter desmaiado no dia anterior, havia pulado uma refeição, ou ao menos não se lembrava de ter comido, por isso a fome bateu e Maxx terminou com o que lhe foi dado de maneira impressionantemente rápido. Colocou o resto, caso tivesse, como ossos, e afins. Em um lugar que Lua não alcançasse, para que não comece, já que por hora, seu alimento era leite. Toda vez que olhava para o seu filhote de lobo, se lembrava da cena dela pulando no ShadowCat e lhe salvando, com um olhar orgulhoso. Depois de descansar da comida. Maxx se ajoelhava na frente de Lua e brincava com ela, lhe empurrando e segurando, esperando que ele tentasse lhe atacar de leve, enquanto tentava evitar. Uma simples brincadeirinha de lutinha para distrair e se divertir*

<Narradora>Maxx teve seu tempo de lazer e naquele dia ele não foi importunado por ninguém, podendo ver como sua loba havia crescido, brincando com ela e esperando a hora que lhe trouxessem baldes para se banhar. O celeiro não era de todo mal e dormir ali era mil vezes melhor do que no chão ou sobre uma árvore, como nos tempos em que tinha de se virar sozinho. Houveram dois dias em que sua rotina foi simples e foi apenas após o terceiro que Myrela voltou, trazendo consigo um Meistre para remover os curativos feitos em Lua, além de observar os ferimentos de Maxx e saber como andava sua recuperação. Depois da análise, onde se constatou que estava tudo bem, a mulher chamou Maxx, para que ele entregasse o alimento ao Shadowcat. O garoto se surpreendeu ao ver que não era um simples pedaço de carne, mas uma lebre, das grandes, ainda viva. <Maxx Lancaster> *Maxx pegou o animal. Por ser um caçador, apesar de jovem, já tinha matado algumas dessas, algumas para ganhar dinheiros, outras para se alimentar, por isso, sabia como segura-la para não ser ferido, e fazer com que ficasse mais difícil era escapar. A pegou pelas orelhas, e depois nas pernas traseiras, a virando de cabeça para baixo para evitar que ele fique se sacudindo. Segurou o animal na altura do joelho que sua as unhas da lebre poderia facilmente lhe ferir o suficiente para conseguir escapar. Ele andou com Lua até o local. Não se preocupando em não deixar a lembre ser abocanhada pela sua loba, já que estava bem alimentada. Ele caminhou, confiante e quieto, ainda em dúvida no que iria fazer, só decidindo após parar na frente do portão. O analisou e analisou o animal do lado de dentro dele, e falou com o tom de voz alto, contrastando com a pouca idade que tinha, mas não com a empolgação de um segundo contato com o ShadowCat* --Abram o portão por favor. Eu tenho que entrar. <Narradora> Myrela achou estranho o pedido de Maxx e imediatamente o observou por um tempo, como se tivesse ouvido errado o que ele disse. Embora não expressasse nenhuma emoção, ela pareceu ligeiramente surpresa, se é que isso era possível, e apenas pediu que o homem atendesse o pedido de Maxx, e no rosto dele, sim, o garoto viu uma preocupação grande. Depois dele dar mais uma olhada para Myrela, ela fez que sim, ordenando quase que mentalmente que ele abrisse logo os portões para que Maxx entrasse, lançando sobre ele um olhar curioso. Logo em seguida, o homem começou a puxar com força o grande portão de madeira e metal, que rangeu alto até que se afastasse o suficiente para que o garoto passasse. Maxx viu o Shadowcat se levantar e se posicionar para o ataque lá no fundo do armazém e ele olhava fixamente para os olhos do garoto, nem notando a lebre em sua mão. <Maxx Lancaster> *Maxx caminhou até o limite do portão. Fez um sinal para que Lua o esperasse do lado de fora, Maxx orientava o homem com gestos, deixando uma brecha do tamanho suficiente que ele fugisse caso algo desse errado, e que Lua pudesse entrar. Caso desse mais errado ainda, mas não deixar o felino escapar. Maxx tentava controlar o medo, sabia que animais tinha o dom de senti-lo, e apesar de ser difícil, tinha que fazê-lo, já que não passava pela sua cabeça dar para trás naquele momento. Ele finalmente entrou deu cerca de 5 passos para frente, permanecendo perto do portão. Ao notar a postura ofensiva do Shadowcat, Maxx tentou se controlar e mostrar que não iria ataca-lo, talvez ele respondesse caso Maxx lhe desse algum sinal de que não iria lhe ferir, pensando dessa forma. Maxx abaixou e mesmo de longe sacou a faca e a largou fazendo-a cair no chão próxima de seus pés. E ficou abaixado tentando mostrar ofensividade e mostrando a mão vazia, enquanto com a outra mão, segura o alimento daquele animal*

<Narradora> Maxx viu que o animal se agachou, como os felinos fazem para usar o máximo da potência dos músculos para dar o bote. Sabia também que Myrela não arriscaria sua vida pelo garoto e que se ele morresse ela tentaria achar alguém mais capaz do que ele. O garoto viu as presas do Shadowcat a mostra e seus olhos brilhando num amarelo vivo, da maneira mais agressiva que ele pode imaginar. E então ele deu o bote, saltando em alta velocidade para atingir uma velocidade que não desse para Maxx ser rápido para escapar. Lua atrás dele rosnava, já se preparando para o inevitável e o garoto com a lebre na mão não tinha muitas opções. Por mais ágil que fosse, não teria tempo de se virar e escapar de um ataque pelas costas da criatura. <Maxx Lancaster> -Droga *Maxx falou num susto, ao ver a agressividade do animal. Tinha dado errado o seu plano. Ele agachado, jogada a lebre para longe rapidamente, para ter mais velocidade e o apoio das duas mãos. Calculou rapidamente onde o animal lhe atacaria, como tinha que fazer sempre que alguém fosse lhe acertar, já abaixado, ele colocou a mão que segurava a lebre no chão e rolou para o lado, tentando levantar em pé e desferir um salto na horizontal, caindo de barriga para fazer mais um rolamento para se afastar da criatura e se levantar. Não esperava que ela fosse tão hostil, mas pelo menos, dessa vez não foi pego com a guarda e sabia se defender, tudo dependia da velocidade e eficiência com a qual executaria a sua esquiva* <Narradora> Maxx sentiu em cada movimento ágil daquela criatura, mesclada com as sombras do local, uma batida em seu coração e ele tentou fazer um salto e rolar para escapar do ataque dela, mas não conseguiu... Quando ele se jogou de lado, já era tarde demais e, no ar, a criatura o atingiu com força, fazendo-o cair no chão e bater sua cabeça. Maxx lutou contra a mordida voraz do animal, fazendo de tudo para não se mostrar agressivo e logo foi ajudado por Lua, que tentou atacar o animal, mas só serviu de distração para que Maxx se desvencilhasse dele, levantando-se rapidamente e tentando acalmá-lo, indo na direção da porta. Maxx deu o seu melhor, mas ele dolorido como estava não tinha a melhor coordenação, ainda mais com sua cabeça doendo daquele jeito. Soltar a lebre não havia adiantado de nada... o animal parecia querer o seu fim. E no golpe seguinte Maxx não conseguiu evitar o desmaio, batendo com tudo sua cabeça no chão e perdendo os sentidos... Ele não viu o desfecho da cena... Seu corpo, embalado por braços que o carregavam e vozes que ecoavam distantes o permitiram imaginar o terror da morte, sentindo o vazio de não ter mais controle sobre seu corpo e não saber o que o destino lhe reservara. Lembrava-se muitas vezes da última mordida do Shadowcat e do barulho seco de sua cabeça batendo com força no chão. E foi então que ele viu um luz... seria a luz que revelaria o que dá depois da morte? ... Mas Maxx sentiu medo de ouvir sons de tesoura e o som das vozes agourentas de uma sala escura e gotejante. Ele sentiu pontadas na sua cabeça e mãos a pressionavam de um lado a outro... Maxx pensou que iria acordar junto a criaturas horrendas e zombeteiras, que iriam querer devorá-lo... Mas não foi nada disso que aconteceu. Embora seu primeiro olhar, quando acordou, foi para a face tétrica de Myrela Bolton, ele se viu sendo cuidado por um homem velho e ao seu lado estava Kall, que não tinha mais nenhum fio de cabelo na cabeça, mas sim uma falha visível no topo desta. Ele pediu que Maxx não se movesse muito, que ele iria ficar bem. O garoto tremeu um pouco depois de ouvir isso... ele não sentia mais seu braço direito...

<Maxx Lancaster> -Kall? *Maxx falava sussurrando, visivelmente mole e desorientado, sentiu a sua cabeça pesar mais do que todo o resto do seu corpo junto, e além da dificuldade de move-la, qualquer movimento que fizesse com ela, amplificava a sua dor. Por isso, teve muita dificuldade em trocar a visão, entre Myrela e Kall, já que apenas o movimento dos olhos não era o suficiente para isso. Realmente as lesões sucessivas haviam lhe prejudicado, e Maxx havia pago o preço por ser corajoso de mais. Mesmo com tudo que tinha passado, ele não absorveu o medo, graças a sua personalidade combinada com a sua pouca idade. Ainda confuso e incapaz de falar nada, ficou alguns segundos quieto, tentando recobrar totalmente a sua confiança, quando de súbito para de sentir o braço. Maxx iniciou um movimento de virar bruscamente o pescoço e a cabeça para ganhar a visão do braço, mas foi impedido antes mesmo conseguir um movimento expressivo, por uma forte fisgada, desistindo ele retomou o apoio onde sua cabeça e estava, e perguntou com um falar levemente parecido com o de um bêbado, meio dopado com a dor e com o recém despertar* - O que aconteceu comigo? ** NPC: <Kall Ryswell> Observou Maxx com um olhar singelo e limpou o suor de sua face, respondendo em seguida sua pergunta. -- Teve um agravamento no antebraço, Maxx. Ainda podemos recuperá-lo, mas é provável que passe duas semanas sem poder utilizá-lo bem. Ou seja, não conseguirá nem sustentar a flecha no arco, meu amigo. E Maxx sentiu os pontos na cabeça e ao fechar os olhos pela dor repentina, Kall acrescentou. -- Você foi atacado pelo Shadowcat e além de receber mordidas, bateu muito forte com a cabeça no chão. Por sorte foi só um corte grande... poderia ter sido muito pior. Os antigos devem gostar de você, meu amigo... mas descanse. Vai precisar de todo repouso possível. Maxx não conseguiu ouvir da boca de seu amigo o desfecho daquele combate, nem como ainda estava vivo. Tampouco falaram de Lua ou o que aconteceu com o animal que o atacou. Myrela mantinha a mesma distância de sempre e olhava daquele jeito austero e áspero, como se odiasse Maxx com todas as forças... Mas o garoto começava a duvidar que isso fosse verdade. <Maxx Lancaster> --Se eu estou vivo. Acho que estou bem.. *Maxx falava, para Kall, tentando se animar, mesmo que parecesse improvável, tentava demostrar que estava bem, mesmo estando decepcionado com a impossibilidade de continuar o treinamento, apesar de duro, Maxx sabia que ao menos isso era bom para ele. Mas o que mas lhe abatia era o fracasso que teve ao tentar acalmar o animal. Se conseguisse fazer isso, nada disso teria acontecido. Enquanto se lembrava do que tinha acontecido Maxx ia ficando triste, quase sem esperanças de concluir a tarefa de treinar um animal deles. Sua expressão da primeira frase ia morrendo, até ressurgir de novo como uma fagulha de sucesso. Ele sorriu e disse* --Assim que eu conseguir andar de novo, vou voltar lá e mostrar para ele quem é que manda. *Maxx falava e assim que escutava as próprias palavras, perceber que ele estar vivo ou não era uma suposição, bem como Lua, a companheira que estava consigo e tentou lhe salvar de novo* --Digo. O que aconteceu com ele e com Lua? Ela estava comigo quando entrei não estava? *Falava confuso tentando recriar a mente na sua cabeça, mas tinha quase certeza que Lua estava presente*

** NPC: <Kall Ryswell> Ele ouviu pacientemente os comentários e perguntas de Maxx, enquanto o velho e ele trabalhavam para recuperar Maxx e fechar seus ferimentos. Quando ele proferiu a última pergunta, Kall falou: -- Lua está bem, não se preocupe. Lady Myrela achou prudente intervir no combate antes que você morresse e o desacordou. Ele olhou para ela, quase esquecendo que ela estava ali, mas continuou mesmo assim, demonstrando que de certa forma tinha o respeito das pessoas ali. -- Depois, milady achou que o animal deveria ter alguém que pudesse odiar mais e... bem... ela deu uma surra nele. Disse com muito pesar na voz. <Maxx Lancaster> --Que bom que está bem Kall... *Maxx falava com ele e então lentamente se movia para olhar para Myrela, para não atrapalhar os trabalhos do homem que cuidava do seu braço. Lhe observou por algum tempo, tentando buscar alguma desculpa, ou alguma forma de justificar o que tinha acontecido. Mas não conseguia, Maxx deixava escapar um sorriso sem graça, não conseguindo esconder que estava bastante constrangido em ter de dizer aquilo, mas mostrando também que eram palavras sinceras* --Obrigado por me salvar milady. E desculpe por não ter conseguido acalma-lo. Não queria ter dado mais trabalho, achei que fosse conseguir *Maxx falava com certa frustração, deixando claro, que aquele era um resultado que ele mesmo não aceitava* ** NPC: <Myrela Bolton> -- É claro que você achou, garoto. Imbecis sempre acham... Ela se moveu na direção dele, empurrando Kall e estapeando o rosto do garoto com as costas das mãos. -- Eu não vou aturar outro sorriso besta como esse para mim... Ela se virou de costas, indo na direção da porta, dizendo. -- Estou indo atrás de outra pessoa que possa adestrar essa criatura... e outras... da próxima vez, você será jogado como comida para ele... E ela se moveu para fora da sala e Kall veio passar um pano no rosto de Maxx, onde ela acabara de deixar vermelho, dizendo: ** NPC: <Kall Ryswell> -- Você vai conseguir Maxx... você já conseguiu muitas coisas... é só ter calma e tranquilidade. Ele assentiu para ele, tentando transmitir força e apoio. -- Lua estará em boas mãos até que você possa cuidar bem dela. Agora, descanse. Pare de pensar em qualquer coisa que seja. Estaremos cuidando de seus ferimentos. <Maxx Lancaster> *Maxx abaixou a cabeça assentindo que sim, dessa não tinha nenhum jeito que não fosse não fazer nada. ou talvez tivesse, mas Maxx não sabia. Ele moveu o braço bom, segurando o pulso de Kall, até com certa força em relação ao estado que Maxx se encontrava, e com uma voz visivelmente triste, mas onde dava para perceber força dentro do garoto ele respondeu a Kall* --Preciso de um jeito de me recuperar mais rápido, vou conseguiu controlar o ShadowCat antes que Myrela arranje outra pessoa Kall. Não consegue pensar em nada? *Maxx falava olhando para ele, talvez tivesse algo que ele não quisesse lhe contar, apesar de duvidar muito. Maxx já se preparava para se conformar em passar o mérito de capturar aquela criatura para um possível adestrador. Não só o mérito, como também o controle e a confiança da criatura iriam junto. Sabia que precisaria de uma determinação além do normal para conseguir realizar o feito antes de Myrela achar alguém*

** NPC: <Kall Ryswell> -- Eu poderei sair algumas vezes para te auxiliar, mas acho que você deve começar por dar alimentos fora do armazém onde ele está. Tentarei arrumar uma comida adequada, mas não garanto muito. Ele terminou os últimos curativos em Maxx, bem como o velho junto dele. -- Pode descansar agora Maxx... E Kall colocou um pano próximo ao nariz do garoto e o cheiro balsâmico confundiu-lhe os sentidos, fazendo adormecer em seguida. Maxx não sonhou com nada naquela noite e quando acordou já estava de volta ao celeiro onde dormia, sem a companhia de sua loba agora, mas ele sabia onde ela estava e não precisava ter seus ânimos excedidos por besteira, ainda mais machucado como estava. O garoto recebeu comida em seguida e seus baldes para se banhar já estavam no local, para que ele fizesse isso posteriormente. Maxx já conseguia mexer o braço, mas pouco e o pouco que mexia lhe fazia sentir uma dor imensa. Porém, era melhor sentir a dor do que ter perdido de vez o membro do corpo. Depois de comer com esforço a comida, ele se banhou e se preparou para descansar. Naquele dia ele ficou pensando em tudo o que Myrela e Kall lhe disseram, dormindo com todas aquelas palavras na cabeça. No início do outro dia, após o desjejum, Lua foi trazida até ele e ela já não pulava tanto nele, parecendo respeitar seus ferimentos. O dia havia amanhecido nublado no norte e possivelmente choveria mais a tarde. Os vigias passaram a ter certa empatia por Lua, embora Maxx não gozasse do mesmo sentimentos. Pelo contrário, eles pareciam ter aversão ao garoto, embora fossem menos ríspidos do que os anteriores e menos agressivos também. Foi então que, depois da segunda refeição do dia, Maxx viu Kall Ryswell se aproximando, parecendo trazer algo escondido sobre a capa. Depois dele falar com os vigias, ele pode entrar no celeiro. Depois de tirar o gorro e se animar com a loba, brincando um pouco com ela, ele disse: - Trouxe um pedaço de carne crua... Sussurrou. - Foi o melhor que consegui. E Maxx teve que conter Lua, para que ela não abocanhasse a carne escondida debaixo da capa de Kall. <Maxx Lancaster> *Maxx segurou Lua, até que se acostumasse com o cheiro da carne, mas esta não era para ela. A soltou assim que deixou de fazer força para avançar na carne, a soltou e fez um sinal para que ela sentasse e ficasse quieta ao seu lado, enquanto Maxx fazia um cafuné nela, até Kall começar a brincar com Lua. Maxx se animou ao ver o pedaço de carne. Instintivamente já pensou no que poderia fazer com ele para começar a ganhar o respeito do animal. De trás para frente, imaginou o Shadowcat sentado e deliciando a carne, antes tentando alcança-la de todo jeito. Se imaginou caminhando até lá e colocando-se em uma posição que desse para interagir com o animal sem ser atacado. Suas ideias travaram quando pensava em sair do local. Os guardas certamente iriam impedir, e olhando para Kall, sentia uma pontinha de inveja para o garoto, sincero e ruim em esconder os sentimento, Maxx falava para ele* --Como você conseguiu. Digo, como conseguiu que te deixassem circular pelo castelo?

** NPC: <Kall Ryswell> Kall já não sorria tanto quanto antigamente, de certo fora tão torturado quando Maxx o fora, mas ele esboçou um sorriso ante a pergunta. -- Me esforcei muito para conseguir a confiança deles. Já deixei avisado que irei com você até o local e eles permitiram. Eles estão acreditando que junto de mim você não vai aprontar nenhuma besteira então... peço que não cometa nada que seja imprudente. Recomendo deixar Lua de fora dessa visita por hoje, se possível. Minha permissão abrange somente você e ela pode nos atrapalhar com isso. Ele disse de maneira bem clara e sincera, demonstrando que não queria ver Maxx morto pelo excesso de tortura. Coisa que aconteceria facilmente se ele continuasse a desagradar os Boltons. -- Vamos, eu não tenho tanto tempo. E falou com os vigias, dizendo estar autorizado pelo Meistre Frorel e os homens abriram caminho para que Maxx também fosse junto. <Maxx Lancaster> --Nos vemos em breve Lua *Maxx se aproximava dela e batia em sua própria perna para ela se debruçar e quando subia, fazia um carinho entre seu queixo e pescoço, simples, logo pedia para ele se afastar e seguiu Kall. Quieto e pensativo, imaginando o que fazer para acalmar a fera que estava presa, e dessa vez, nem poderia entrar ter contato com ela. Talvez fosse melhor assim. Ao ficar claro, pelo menos para ele e na teoria, de como iria proceder, ele acelerou o passo, visto que Kall tinha pouco tempo e o que tinha pensado iria se alongar provavelmente mais do que Kall estava esperando. Caminhou alguns metros antes de se virar para Kall e lhe perguntar* --Já descobriu o que eles querem com a gente? Um homem, nos primeiros dias em que eu estava no celeiro, me disse que iria me levar a Lua para algum lugar. Não me recordo bem. Mas eles tem que ter alguma boa razão para continuarmos vivos. ** NPC: <Kall Ryswell> -- Estamos aqui para sermos ferramentas deles, Maxx. Não há outro caminho. Ele caminhou até a entrada do local e pediu aos homens que permitissem a aproximação deles. Kall auxiliava o caminhas de Maxx, pois ele estava quase inteiro debilitado e não demorou muito para que chegassem até lá, com certa liberdade agora para conversarem. -- Por enquanto é uma imensa estupidez pensar em fugir. Seriamos capturados e torturados da pior forma, até a morte ou nem isso. Então, peço que se concentre no que podemos fazer, afinal, fomos salvos de certa forma de termos nossas vidas tiradas pelos Kastarks. Boa sorte amigo... E ele tocou levemente o ombro de Maxx, desejando que ele fosse bem no seu intento com o animal. Kall entregou a ele o pedaço grande de carne crua, ainda com bastante sangue, e logo o garoto viu surgir entre as frestas de madeira reforçada os olhos amarelos do Shadowcat. Porém, o garoto que esperava ver aquele animal ágil e feroz, viu uma criatura lenta, cambaleante. Myrela deveria tê-lo chutado muito nas costelas laterais pelo jeito que caminhava até ali e sua mandíbula também estava um pouco torta. Ao se aproximar dali das barras do portão, Maxx sentiu um pesar enorme pelo estado em que Myrela deixou o animal. Ele ficou encarando o garoto com a carna na mão, sem mais aquele ódio que ele tinha anteriormente e já não parecia tão ameaçador naquele estado. Algo dizia ao garoto que o Shadowcat já não o odiava, como antes e o que quer que Myrela tenha feito com ele, havia provocado uma mudança brusca em seu comportamento. Maxx chegou a sentir um arrepio de pena da criatura e sua mão, segurando a carne, tremeu... como se fosse um espasmo de sua raiva contida por tudo o que acontecera desde a chegada àquela maldita cidade.

<Narradora> O garoto fatiou a carne em alguns pedaços e combinou com Kall para entrarem e ajudarem o animal, quando este tivesse sido alimentado e, depois de Maxx deixa-lo mastigar bem os pedaços, com aquela mandíbula torta, Kall convenceu o guarda a permitir a entrada dos dois. Enquanto Maxx acalmava a fera, o outro jovem foi até a fortificação buscar unguento, bálsamo, faixas e ervas apropriadas para cuidar da criatura e quando retornou, os dois fizeram o que puderam para manter a criatura apta a se recuperar em breve. Mesmo quase sendo mordido, Kall conseguiu colocar a mandíbula da criatura no lugar e então, depois do tratamento de seus ferimentos, os dois deixaram-na ali, para que repousasse. Kall disse ao guarda que Myrela Bolton ficaria contente com a permissão dos garotos ali, dizendo que o animal tinha muito apreço a ela e que, se o guarda havia ajudado de alguma maneira em mantê-lo vivo, ele seria recompensado futuramente. Kall, então, se despede de Maxx, que ainda tenta manter um elo com a criatura, percebendo cada vez mais que Myrela Bolton poderia ser a pessoa mais cruel de Westeros, se quisesse. Depois, era hora dele voltar e cuidar de sua loba, lua, e foi o que fez. <Narradora> Depois de cuidar de sua higiene e de cuidar da limpeza do celeiro, onde estava vivendo, Maxx recebeu comida, bem como Lua, e pode descansar um pouco, tentando acelerar a cicatrização dos ferimentos que tinha. Ele adormeceu logo, sonhando algo que ele não conseguiu se recordar muito bem no outro dia, não sabendo ser era um sonho bom ou ruim. Myrela então apareceu no outro dia, dando um sermão daqueles, em relação ao fato de se encontrar com Kall, ameaçando cortar uma perna do rapaz caso eles cogitassem fugir. Maxx ficou apreensivo, pois ela saiu com um olhar muito sério para ele e, seus anseios foram revelados só depois do desjejum. Trazendo consigo um corpo dentro de um saco de lona, Myrela içou-o sobre o batente do celeiro, de cabeça para baixo, ordenando a Maxx que matasse a pessoa. O garoto, perplexo e com medo, indagou a Myrela porque deveria fazer aquilo a alguém que não lhe fez nada, ao que ela respondeu que o homem, no lugar de Maxx, faria o ordenado sem pestanejar, caso os dois estivessem um no lugar do outro. A mulher ainda ajudou Maxx, segurando a cabeça do homem que se debatia dentro do saco, para que este não corresse o risco de errar. Engolindo o medo e o desespero de cometer aquele crime, o garoto pegou a adaga oferecida por Myrela e depois de pensar muitas vezes, manteve seu pensamento um pouco distante, desejando não sentir remorsos por aquilo, golpeando no pescoço o homem 3 vezes, deixando-o balançar morto com a adaga cravada na mandíbula. Maxx não sabia que a outra parte seria pior e, depois de Myrela pedir a um homem um cutelo e entregar ao garoto, agora ele tinha de esquartejar o homem em pedaços para que este servisse de alimento ao Shadowcat. Então, depois de carregar o saco com os pedaços, Maxx foi alimentando o animal, tentando fazer com ele uma espécie de treinamento, embora a carne a ser servida lhe causasse náuseas. Para a criatura, pouco importava a procedência da carne e ao menos aquele contato conseguiu apaziguar um pouco o espírito de Maxx, depois de tantas atrocidades que Myrela o fez cometer numa única manhã. Kall, que ficava incumbido de pesquisar mais sobre o Shadowcat, visto que ele tinha acesso a livros da fortaleza, veio contente se encontrar com o garoto, mas quando este viu Maxx despejando os pedaços no armazém, e a criatura destroçando o tórax para comer os órgãos do homem morto, Kall não aguentou e vomitou tudo o que tinha comido naquela manhã. [Vou ficar devendo os eventos de um log que acabou se perdendo. Em breve eu atualizarei, seguindo agora com a continuação]

<Narradora> Maxx seguiu Myrela, fazendo sinais para que sua loba, Lua, permanecesse junto deles, observando os passos e as pegadas que deixavam, pois seria importante se tivessem que buscar a rota novamente e, naquele escuro e precisando fugir, seria um grande problema não tê-la como aliada. Porém, estar com aquela mulher fazia Maxx de alguma forma não sentir medo, pois quem além dela poderia ser pior? Com esse pensamento, eles chegaram a alguns arbustos mais próximos de onde estavam os homens, a mais de quatrocentos metros de distância. O curso de Weeping Water era alto o suficiente para cobrir o som que eles faziam, embora eles não estivessem precisando daquela cobertura sonora do rio. Os homens escolheram um bom lugar para ficar, na questão de comida, porém, para Myrela, eles seriam alvos fáceis... Depois de vigiarem o local por certo tempo, Myrela sussurrou ao garoto. ** NPC: <Myrela Bolton> - Aproxime-se devagar... deixe que seus ouvidos o guiem e não tenha medo caso alguém surgir. Vá com o arco preparado pra disparar... vou ficar vigiando você, garoto e nem preciso dizer o que acontecerá se fugir não é? São quatro... mate-os todos... eu estarei por perto. E ela deu um empurrão nele, para que ele seguisse para sua caça... a mais cruel de todas... <Maxx Lancaster> *Maxx ainda não sacava o arco, teria que andar muito com ele em mãos para se aproximar. Seu coração ia acelerando a cada passo que dava, não por medo, mas sim pelo fato de ter que matar mais quatro pessoas. Maxx definitivamente não tinha nascido para isso, era impossível não pensar em fugir. Mas ainda não era a hora certa de fazer isso, já que seu melhor amigo estava no castelo, e Myrela podia o alcançar facilmente a cavalo. A medida que Maxx ia se aproximando uma espécie e de remorso precoce ia brotando no seu peito. Ele tinha decidido a não ver as vítimas morrendo, por isso pensou em mata-los enquanto dormiam, dentro da barraca. Mas as flechas não seriam precisas, e caso Maxx não fosse rápido, um poderia acordar o outro e Maxx rapidamente se ver cercado no meio de todos. Talvez pensando mais em sua sanidade do que na dor que ia causar a ele, pegou um galho em uma arvore e o ascendeu na fogueira. Caso conseguisse fazer isso sem chamar atenção, ateou fogo na barraca e fez disparo com os arcos para abreviar a morte deles. Antes e atear uma das barracas, prendeu uma outra lenha na boca de Lua, a pedindo para atear fogo na segunda barraca. Maxx ficou com os arcos apostos para derrubar algum dos homens, que saíssem da segunda barraca* <Narradora> Maxx e Lua seguiram sorrateiros para próximos das barracas e seu coração começou a gela quando ele ouviu o som de dois cães, latindo ferozmente e alto, num tom que denotava que não eram cães pequenos. O som imediatamente fez as sombras das barracas começarem a se mover e Maxx teve o segundo sentimento de desespero... Ou ele estava desesperado demais para contar certo, ou não haviam somente quatro homens ali e, se isso fosse verdade, Myrela havia mentido. Ainda haviam pouco menos de cem metros até as barracas, mas a distância até os cavalos era imensa. Os cães ladravam alto e Maxx deveria pensar depressa, pois nas sombras ele via homens com armas... espadas e facas, machadinhas e lanças... seu coração disparou... Seria ele e Lua contra seis... oito... não importava... a desvantagem já seria enorme.

<Maxx Lancaster> -Mas que droga...Lua. Uive *Maxx falava para ela fazendo gestos para que ela entenda e faça isso mais rápido, quem sabe assim ganharia um tempo, fazendo os homens pensarem que os cães estarem agitados por conta de lobos. Com o silêncio da floresta quebrado apenas pelo rio, o eco iria fazer o seu trabalho, fazendo com que Maxx não precisasse se preocupar totalmente com a sua localização. Ele pediu para Lua fazer isso enquanto sacava o arco e se aproximando sempre que conseguia encontrar uma cobertura segura para se esconder e avançar um pouco mais* <Narradora> O plano de Maxx havia confundido um pouco os homens, que se dividiram pelos flancos do acampamento para vigiar os arredores, na tentativa de avistar o que estava incomodando os cães, que latiam sem parar. Maxx viu um em cada ponta com arco e pelo que pode precisar eram curtos. A escuridão e a distância ainda o cobria mas a aproximação só fazia acelerar seu coração. Um dos homens pareceu avistar o garoto, que parou, já preparando o disparo, mas este pareceu se enganar, sendo xingado por um dos homens e voltado a sua posição. Os mercenários falavam muito baixo para que algo fosse ouvido, mas depois de Maxx ouvir um som de corrente e uma mudança no tom de latido dos cães, ele viu os dois vindo correndo na direção onde estava Maxx. O faro de ambos fatalmente deveria ter identificado lua e, pelo tamanho, eram maiores que a loba do garoto. <Maxx Lancaster> *Maxx pegou o arco e ficou parado, no ultimo lugar que tinha encontrado. Provavelmente o latido dos cães foi um comando para o os homens. Maxx se escondia e deixava Lua um pouco distante de si. Escondido ele esperou os homens se aproximarem apenas o suficiente para conseguirem enxergar Lua. Foi quando fez um sinal para ela correr para dentro do mato. Atraindo atenção deles, mas distante o suficiente para não ser atacada. Enquanto os homens se aproximavam, Maxx ia acompanhando o movimento deles, fazendo mira e se preparando para um ataque preciso para salvar a pele de sua loba em um deles. De repente o remorso do garoto parecia momentaneamente adormecido, ele não estava atirando em um homem adormecido, e sim se protegendo e a Lua, pelo menos era o que pensava.* <Narradora> Maxx seguiu sua loba, o suficiente para que ela não ficasse fora do alcance de seu arco, mas as coisas aconteciam tão depressa que era difícil precisar naquela escuridão. Os homens vinham correndo e seguiram os cães atrás da loba e um deles havia preparado a Machadinha para matar o animal... Maxx foi preciso no disparo e matou o homem com uma flecha na cabeça. O baque seco dele caindo no chão não conseguiu chamar atenção do outro com a lança, ainda mais porque os cães latiam tentando alcançar lua, embora esta fosse mais rápida. Porém, o destino de sua companheira mudou quando um homem conseguiu atingir a pequena com sua lança, ferindo-a no lado... Lua começou a correr menos e seria facilmente atacada pelos cães, e Maxx, que antes mirava no homem agora disparava contra o cão que morrera antes de saltar para o bote final em Lua... Vendo o disparo, o homem que havia atirado a lança, sacou uma faca e veio na direção de Maxx, gritando sua posição. Flechas voaram na direção do garoto passando de raspão, mas uma delas o atingiu enquanto ele se virava, pegando em suas costas, derrubando-o no chão.

<Narradora> Com muito esforço, ele retirou a flecha e buscou se esconder na vegetação mais alta e nas sombras da noite, indo para mais distante do fogo possível, torcendo para seu perseguidor não ser um bom rastreador. Maxx já não se preocupava com o outro cão, pois antes de ser atingido havia visto ele parando de maneira leal ao lado de seu companheiro morto. O combate estada fadado a ser o fim do garoto, quando ele percebeu um vulto passando por ele, indo na direção das barracas. Maxx deu graças por não ser mais um inimigo escondido e ouviu sons de morte por lá. Mais flechas passaram por ele, enquanto ele preparava o disparo certeiro para matar mais um agressor, mas depois de preparar tanto, seu ferimento o fez perder o ajuste e a força, fazendo-o errar o disparo, denunciando sua localização... O homem veio correndo e desferiu um golpe com a faca, cortando Maxx no abdômen... a dor fez os sentidos do garoto vacilarem e ele quase caiu para se entregar ao próximo golpe... foi então que ele deu um passo em falso num buraco escondido no meio da grama e errou o ataque ao garoto, caindo no chão... Maxx ainda segurava seu ferimento, que se fosse um pouco mais fundo teria sido mortal. Ele queria ter forças pra sacar sua arma e acabar com a vida do homem, mas não tinha... foi então que, quando este tentava recuperar sua arma caída, Lua apareceu e mordeu forte sua mão, arrancando-lhe dois dedos. O garoto conseguiu reunir forças pra pegar a faca do homem e cravá-la em sua mão, se levantando em seguida e dando um chute em sua cabeça para desmaiá-lo. Maxx deu o comando para que Lua não o matasse, apenas o vigiasse, indo de encontro ao combate que se intensificava no centro do acampamento. Não havia mais arqueiros, e Maxx sabia que dois deles haviam fugido... Myrela combatia com alguém habilidoso agora, já tendo matado alguns ali... como estava distante, o garoto não via muita coisa, só as batidas de metal contra metal. A julgar pelo vulto de velocidade incrível, Maxx acreditou que fosse Myrela. Foi somente depois de muitos golpes que ela conseguiu derrubá-lo. Maxx chegou só a tempo de ver ela, ferida no ombro e com um corte na testa, arrancando a cabeça do guerreiro, cortando lentamente seu pescoço... ** NPC: <Myrela Bolton> Segurou com a mão a cabeça do homem mostrando a Maxx como se fosse um prêmio e olhou com olhar débil para ele dizendo. -- Sua Loba.. caça muito mal, garoto... <Maxx Lancaster> *Maxx olhou para ela com um olhar de ódio que Myrela não tinha visto. Ele era totalmente sem medo da mulher, desejando da forma mais intensa que ela morra em pouco tempo, quase como jogando uma praga espiritual nela, chegou cerrar o punho com o braço esticado na lateral do corpo do corpo e dar um passo com um pisão forte para frente, como se fosse xinga-la ou partir para cima dela. Conseguiu se controlar graças a dor que sentiu ao bater forte com o pé no chão, nas costas. Ele ficou alguns segundos a encarando enquanto respirava ofegantemente, a medida que ia ganhando fôlego sua expressão ia desaparecendo, e voltando ao normal. Maxx tentava reunir toda calma e cinismo de espírito para pronunciar as palavras* --Tentei fazer como pediu Milady. Deixei um vivo ali *Ele apontou na direção de onde tinha nocauteado o homem*

** NPC: <Myrela Bolton> O ferimento dela a fez largar a cabeça e mesmo ela sendo durona não dava para esconder o sangue que escorria rente a seus olhos. Depois de dar dois passos vacilantes, ela tossiu, colocando o dorso da mão na boca e Maxx viu que aquele sangue era de dentro do corpo dela... Maxx não sabia o que sentir ao ver Myrela, sempre intransponível e segura, vacilar daquele jeito... -- Bom, ao menos... você não é tão burro... E, de repente, ela vacila mais uma vez no passo, e cai de joelhos, se apoiando nas mãos... sua boca inundada com mais sangue, numa visão que pela luz da fogueira beirava o insano... ela tossiu, olhando com os olhos claros, que pela primeira vez Maxx reparou... Droga... vou morrer garoto... E ela sentiu uma dor aguda no ferimento dela no ombro... o ferimento era profundo demais... Ela soltou as adagas próximas aos joelhos dela e segurou o sangue que não parava de surgir em sua boca. <Maxx Lancaster> --Droga. Você me disse que eram quatro. *Maxx olhava pra ela sem saber o que fazer. Se fosse a poucos segundos atrás, na certa Myrela e cuspir de uma voz só todo sangue que tinha cuspido até agora. Mas o garoto tinha esfriado a cabeça. Ao ver o estado dela, percebeu de pronto que seria necessário um para salva-la. Mas ela já tinha livrado sua pele uma vez, e todas as vezes que ela lhe colocava em uma situação difícil, apesar de sempre sair com ferimentos, contava com a ajuda dela para continuar vivo. Ele se ajoelhou próximo a ela a empurrando para que deitasse de barrida para cima. Cortou um pedaço de sua vestimenta e colocou na mão de Myrela para em seguida leva-la até o ferimento no ombro. Apesar de não ter a mesma efetividade que Kall, já tinha lhe visto fazendo coisas parecidas, apesar de não ter certeza se estava certo* --Aperta com força que eu vou buscar os cavalos... *Maxx falava se levantando para ir correndo até onde os cavalos estavam* ** NPC: <Myrela Bolton> Myrela deitou-se, vendo o tratamento que recebia do garoto, permitindo que ele prosseguisse. Assim, fazendo o que ele pedir, quase que mecanicamente e sem muita força, ela esperou ele falar sobre os cavalos e, quase que com apenas um olho aberto, já que o sangue obrigava o outro a se manter fechado, ela disse: -- Você é... burro, garoto... E ela tossiu mais um pouco, mas usando a mão para que não atingisse Maxx. -- Mas... é ... esperto... E o outro dela foi se fechando... lentamente... mas ela ainda respirava. Maxx não teria muito tempo se quisesse salvá-la, por mais que sua vontade fosse de arrancar fora sua cabeça. Myrela nunca parecera tão indefesa e frágil e essas duas palavras jamais caberiam numa mesma frase em que fosse usado seu nome. Naquela noite, entre homens, mercenários e assassinos, e sua eterna rival torturadora... entre lobos e cães... Maxx era o único a ter ficado de pé. <Maxx Lancaster> --Lua. De guarda. *Maxx falava com ela apressado, tinha decidido que iria salvar Myrela, e não queria pensar mais sobre isso, caso contrário teria fortes chances de mudar de ideia, ficar indeciso até ver Myrela morrer diante dos seus olhos. Ele balançou a cabeça de cima para baixo, fazendo que sim com a cabeça, tentando passar confiança para ela. Apesar de não ter visto ninguém com aquele poço de sangue ficar vivo depois, não significa que não era possível. Maxx correu o mais rápido que conseguiu, enquanto Lua ficaria lá vigiando contra o que quer que fosse que chegasse perto. Sabia que os cavalos estavam longe, mas era a sua melhor chance se conseguir levar Myrela com vida de volta para o castelo. Para acelerar, cortaria as cordas que os mantinha preso com sua faca e montaria da forma mais rápido possível, fazendo ele trotar em velocidade máxima na direção de Myrela novamente*

<Narradora> Maxx seguiu decidido até os cavalos depois de ter ordenado a Lua que ficasse de guarda sobre o corpo do homem desacordado. O garoto sabia que as chances de Myrela viver eram mínimas, pois o sangue escorria a cada tossida que ela dava, devido a seu ferimento ter sido profundo demais. Maxx estava lento também e mal conseguia manter em linha sua corrida, sentindo todas as dores pelos ferimentos que tinha. Com a visão turva, ele viu os cavalos mais adiante dele e, ofegante os alcançou, cortando a corda que o prendia e fazendo um esforço imenso para subir sobre ele. O garoto então cavalgou para perto da mulher, caída perto de seu próprio poço de sangue... Maxx teve de fazer muita força para posicioná-la sobre o cavalo, que depois de uma ordem dele se agachou para facilitar posicioná-la sobre a cela, subindo em seguida. Não sabia que eles eram tão bem treinados e valeu a pena arriscar um comando desta vez. Se aproximando de sua loba ferida, ela deu o mesmo comando para ela, e quando esta veio ao encontro dele, Maxx a colocou entre Myrela, que estava a frente, desmaiada, e ele, seguindo a galope para Dreadfort... Chegar a fortaleza dos Boltons não estava sendo uma tarefa fácil, pois o garoto ainda não tinha decorado as ruas, mas os guardas que o interceptaram imediatamente os ajudaram a seguir, vendo que Myrela estava ferida e que precisava de cuidados. Maxx teve de confiar num dos homens que pediu que ele seguisse para uma casa, ajudando a mulher a descer, com o peito todo ensanguentado, além da boca e pescoço, para adentrar com ela na casa. Ao que parecia, ali havia um homem que pudesse prestar esse serviço logo e um dos guardas pediu que Maxx descesse, alegando que ele deveria se tratar depressa. <Maxx Lancaster> *Maxx desceu do cavalo. Estava confuso e cambaleante, a culpa era da dor de ferimento que ele tinha. Apesar de não confiar totalmente nos guardas que lhe ajudaram, sabia que essa era a única opção de Myrela, e eles não poderia fazer nada com ela, que não fosse deixa-la morrer. Apesar de achar que se ela os tratasse de forma parecida com que ela tratava Maxx, poderia querer tortura-la, mas até isso era difícil, visto que naquele estado não sentiria mais nada. Maxx seguiu com cautela junto a Lua. Levava suas armas consigo. Adentrou o local o observando antes, e o homem. Não se sentia a vontade tratando de Myrela. Talvez pelo convívio, achava que qualquer lhe queria mal, e poder odiar tanto ela, achava que qualquer também quisesse mal a ela* <Narradora> Maxx adentrou a casa cauteloso, passando pela porta de madeira simples e já envelhecida pelo tempo, tendo a soleira desgastada e com muitas falhas. A sala, sendo o primeiro cômodo, tinha agora sobre o tapete a mulher que tanto o maltratou durante muito tempo. Um homem velho estava ajoelhado ao lado dela e indicou que Maxx se sentasse na poltrona, parecendo desgostar que com ele estivesse um lobo, mas não se demorou em adverti-lo. Logo um rapaz mais jovem veio e pediu que Maxx bebesse algo que estava no copo, que tinha um cheiro bem forte, parecendo ser também bem alcoólico... Ponderando sobre beber ou não, Maxx chegou a passar mal quando o velho cortou as roupas da mulher e ele viu a pele do ombro direito aberta... ossos quebrados chegando até perto de seu seio. Muito sangue ainda manchava a pela branca de Myrela e logo ele começou a limpar o local. O rapaz, que devia ter uns três anos a mais que Maxx, pediu que ele tomasse o líquido. Sem esperar que ele o fizesse, o jovem foi ascender a lareira e depois colocou sobre um suporte de metal um caldeirão para ferver a água. Maxx parecia desacreditar que a mulher pudesse ser salva...

<Maxx Lancaster> *Maxx teve que desviar o olhar para não vomitar e sujar o local todo. Assim que a ânsia veio, ele com um gole rápido e acabou com o líquido. Fez um careta com o gosto da bebida e sentiu todo o caminho que a bebida fazia até chegar a sua barriga queimando. Ele foi virando a cabeça aos poucos para ver a situação de Myrela, como se tivesse se acostumando com a cena. Após isso o que lhe chamou atenção foi a água fervendo, torcendo que não fosse para ele, já que ele não conseguia imaginar nenhuma situação em que aquilo não fosse extremamente doloroso. As técnica dos homens pareciam ser bem mais rústicas do que quando ele era tratado por Kall, ou por outro alguém do castelo. O garoto só torcia para que os dois soubessem o que estavam fazendo* <Narradora> Maxx tomou de um gole o líquido, que desceu queimando sua garganta e o fez ficar zonzo. Lua tentou lamber seu rosto para despertá-lo, mas não foi suficiente e, largando o copo involuntariamente sobre o tapete, ele tombou de lado inconsciente... O garoto não conseguiu precisar quanto tempo ficou desacordado, mas ele sentiu uma fisgada nas costas quando acordou. Estava numa cama bem simples de palha, com um lençol por cima, num quarto que pareciam ter improvisado para ele. Levando sua mãos as costas, ele sentiu algo viscoso ali, além de linhas traçadas em pontos bem precisos para fechar seu ferimento. O sol raiava de mansinho através da janela alta que mais parecia uma fresta na parede, com grades espaçadas. Maxx tentou caminhas e ver se estava tudo bem com ele, também para encontrar Lua, saindo do cômodo estreito e sem porta para perceber que estava numa espécie de depósito da casa. No cômodo seguinte e mais amplo, ele viu no meio da sala, Myrela, sobre uma mesa. Estava coberta até o pescoço com um lençol de cor clara, que pela silhueta deveria estar nua por debaixo deste. A parte do ombro estava ainda manchada de sangue, mas era bem superficial. Além da mesa e a mulher, havia uma porta fechada na outra sala e a volta apenas sacas de grãos e prateleiras com condimentos. Lua parecia contente ao vê-lo, mas não brincou tanto com ele assim, afinal o garoto estava cheio de faixas da cintura aos ombros, estando sem camisa, apenas com sua calça, também descalço. No teto, Maxx via uma espécie de passagem de ar, de onde vinha um ar quente, de certo proveniente da primeira sala que ele estivera. Myrela não dava nenhum sinal de que estivesse respirando... <Maxx Lancaster> *Maxx ficou por minutos deitados, se acostumando com a dor e a fisgada que recebia sempre que se mexia. Além dos curativos que atrapalhavam sua mobilidade. Ele deixou a mão cair para a lateral da cama, brincando com Lua e fazendo cafuné em sua cabeça. Quando criou vontade para levantar disse para Lua* --Estou bem garota. Vá chamar alguém. *Maxx disse apontando para onde deveria ficar a porta do cômodo. Ele então tentou se levantar de uma voz, para a fisgada ser a mais rápida possível. Assim que o fez, ficou apoiado em uma das paredes, com a mão nas costas, se recuperando da dor. O líquido que ele sentia o incomodava, ele cheirou para saber se era sangue, limpou a mão na parte de baixo da vestimenta, já que estava sem camisa. Caminhou na direção de Myrela e cuidadosamente apoiou a cabeça em seu peito, já sem esperança, para certificar quase uma morte certa. Na tentativa de reduzir a dor, ele ficou de joelhos ao invés de dobrar as costas. Apesar da preocupação, o sentimento que ele sentia era algo até mesmo engraçado. Nem raiva, nem tristeza, nem felicidade, uma mistura de nada com um pouco de pena, era o que sentia enquanto tentava escutar restos de vida no corpo de Myrela*

<Narradora> O líquido viscoso que Maxx havia limpado era amarelo, com um cheiro balsâmico muito forte, o qual ele desconhecia. Depois de dar o comando para sua loba, ele se aproximou de Myrela, tentando ainda ver se ela reagiria e se nela ainda havia um resquício de vida, mas mal ele pousou sua cabeça no peito dela para tentar escutar seus batimentos ou para sentir se ela respirava, a porta do depósito abriu abruptamente e ele viu um rosto conhecido, embora naquela ocasião ele estivesse preso e acabado de perder a unha de seu pé, da forma mais violenta possível e, por ironia do destino, pela mulher deitada sobre a mesa. Maxx sabia que ele era um lord Bolton e ele veio a passos rápidos, mesmo com o curandeiro as suas costas advertindo que não fizesse nada até ele analisar melhor a mulher. O lorde pareceu pouco se importar com as palavras do velho, se aproximando de Maxx e lançando-lhe um olhar severo, mantendo-o mesmo depois de observar Myrela ali, praticamente sem vida. O lorde manteve sua postura firme, respirando pausadamente, até que ele virou-se de novo para Maxx, dizendo: ** NPC: <Roose Bolton> -- Como ela morreu? E manteve sua expressão ainda mais fria, agora com seus olhos cinzentos querendo alcançar a alma do garoto. >> <Maxx Lancaster> *Maxx tentou levantar rápido assim que viu o rosto de Roose. Para ele, os dois eram marido e mulher, por isso se sentia levemente constrangido por estar naquela posição, tocando o corpo de Myrela. Uma fisgada nas costas lhe fez mudar de ideia e se levantar levemente. Se virou, ajeitando o corpo, para olhara nos olhos de Roose por algum tempo, pensando no que iria falar. Dependendo da sorte que tivesse naquele instante, ele podia ser morto ou um quase herói, pelo menos reconhecido pela bravura que teve ao tentar salvar Myrela. Como Maxx queria ter Kall para descrever a cena. Maxx respirou fundo antes de começar a contar* --Milorde, eu não sei ao certo. Me levou a noite a um acampamento que ela me disse que eram quatro espiões. Quando cheguei perto eram oito se me lembro bem. E tinham 2 cachorros. Consegui me esconder e matar os animais. Eu a Lua derrotamos algo como três ou quatro homens. Vi alguém lutando com os demais. Um deles fugiu. Quando cheguei perto, todos os que sobraram estavam mortos. Myrela estava ferida e eu também. Tentei traze-la para o castelo, mas não consegui. *Maxx falava para ele com uma certeza na voz, como se tivesse visualizando ao mesmo tempo em que estava a descrevendo para Bolton. Após terminar, ele ficou com uma cara de dúvida, analisando a reação do homem, com medo de ter feito algo errado que nem ele soubesse o que era, e pudesse render a sua morte* ** NPC: <Roose Bolton> Maxx notou o lorde fechando os lábios, que eram tão finos que juntos pareciam sumir na sua face branca, sem marcas temporais. Ele tinha um aspecto dúbio no olhar, embora fosse frio sempre, não havendo emoções claras em sua face. Ele ouviu as palavras embaralhadas de Maxx, sabendo que nelas encontraria algo próximo da verdade. Depois que o garoto terminou, o Lorde disse: -- Aqueles homens eram de Karhold e agora terão suas cabeças espetadas em lanças... dois daqueles homens estavam se aproximando para tentar levar você e seu amigo para serem mortos pelos Kastarks. Myrela os atraiu para que eles provassem do destino amargo de nossas terras e queria que eles vissem sua face e de sua loba... E ele virou-se para Myrela, cobrindo o rosto da mulher com calma e tranquilidade inabalável, para em seguida se virar para o curandeiro e dizer: -- É bom que ela tenha chego em sua casa já morta, velho... E este se ajoelhou dizendo que "sim".

** NPC: <Roose Bolton> O lorde fez sinal para dois guardas, agora a porta do depósito, para que eles entrassem e Maxx os viu trazendo mais panos para cobrir Myrela, de forma a carregá-la para fora do local em seguida. Depois que ela saiu, ele voltou para próximo de Maxx e disse: -- Você vai voltar para a fortaleza... vai pegar seu amigo e vai sumir de lá... E ele pensou um pouco, como se estivesse esquecendo de algo, mas concluiu. -- E levará com você aquele outro animal... E manteve o olhar frio sobre o garoto. <Maxx Lancaster> *Maxx ficou olhando confuso. Demorou a entender que ele estava lhe dando a sua liberdade, e em um momento de pura lucidez, percebeu que não era isso, e sim que ele estava os expulsando. De certa forma, a morte de Myrela havia sido culpa dele. Maxx deu dois passos para frente, se aproximando de Roose* --Milorde, serei morto em poucos dias fora daqui. Myrela me disse que eu estou valendo um bom dinheiro, isso significa que qualquer um pode me matar para ganhar a recompensa. *Maxx falou para ele de forma séria, tentando esconder a sua preocupação, para ele não pensar que estava tentando faze-lo ficar com pena, coisa que Maxx sabia que não iria funcionar, apenas raciocinar no que estava fazendo* --Estou sendo sincero, se não fosse as torturas, o tempo que eu passei aqui seria um dos melhores da minha vida. Milorde e Milady me mantiveram vivo por um bom tempo. Se tiver algo que eu possa fazer... *Maxx falava e se afastava, meio que com medo do que tinha acabado de dizer, e de como iria reagir Bolton, e também pelo fato de ter arriscado a sua liberdade, era difícil acreditar que ele tinha dito aquilo, mas cada palavra era verdade* ** NPC: <Roose Bolton> O lorde permitiu que ele se expressasse e não demonstrou surpresa quando ouviu aquelas palavras, apenas parando para dar um pouco de atenção ao garoto que não permitiu que a mulher, que deveria representar bastante para ele, morresse na planície, jogada a própria sorte para ser devorada por lobos famintos. -- Há sim, garoto... Ele disse pausadamente, de maneira um pouco inquieta, mas devido a falta de expressão em seu rosto, era difícil saber como ele estava se sentindo. -- Quero que passe o tempo que for com aquele tigre de sombras e o deixe tão apto a seguir suas ordens quando sua loba... vamos para o oeste muito em breve... irei te encontrar quando for a hora... Falava em frases que pareciam separadas, como se fosse um pequeno quebra-cabeça que Maxx não estava disposto a entender, até que ele se pronunciou pela última vez. -- Peça suas coisas e suba na carroça junto aos homens... na fortaleza nós nos encontraremos quando for a hora. E saiu, lançando um último olhar gélido para o velho de joelhos no chão, tremendo de medo. <Maxx Lancaster> --Poder fazer isso? Digo, pegar o que é meu? *Maxx falou olhando para o homem, tentando livrar o senhor de um possível castigo de Roose Bolton. Caso ele lorde não demonstrasse nenhuma reação adversa a sua primeira fase, ira ajudar o senhor a se levantar, caso o contrário, repetiria a pergunta ao ajudante do velho, supondo que ele estivesse no local. De qualquer jeito, ficou esperando receber o que era seu, e em seguida saiu, dobrou o máximo que conseguia, sem sentir uma dor insuportável, o tronco, resultando talvez na pior reverência que tinha feito em toda a sua vida, para então chamar Lua, sair do local, e subir na dita carroça*

<Narradora> O velho assentiu para Maxx e foi buscar suas coisas, mas quem trouxe elas para o garoto foi o outro jovem da casa, devolvendo-lhe sua roupa quase seca, pois estava parcialmente limpa e lavada. Para que Maxx não vestisse algo úmido, ele trouxe uma camisa mais quente, junto do tabardo de inverno do garoto. Após ter seus itens e armas de volta, Maxx chamou lua e saiu da residência depois de agradecê-los... tinha uma fome quase incontrolável, mas precisava resistir até a fortaleza. Lá fora, viu alguns guardas reunidos na carroça e nela ele subiu depois de ser auxiliado por um deles, levando consigo sua loba a se sentando num lugar vago. Havia também outra carroça e esta levava o corpo de Myrela, coberto com panos para que não ficasse nada a mostra. O lorde ia na dianteira, junto de dois outros cavaleiros de confiança e o cortejo seguiu até a fortaleza, onde eles recebiam cumprimentos e acenos de condolências, imaginando o que pudesse ter acontecido. Depois do longo percurso em velocidade lenta, o cortejo enfim chegou a fortaleza e no instante seguinte, Maxx já estava sendo conduzido para o estaleiro pelos novos vigias que passaram a ficar ali no local, sob as ordens de Myrela. O garoto sabia que possivelmente não teria outra pessoa para o instruir, já que a mulher estava morta, deixando ele com mais tempo para cuidar do Shadowcat... O sol já estava alto quando homens vieram trazer comida para ele e para Lua e depois dele comer, se banhar, fazer sua higiene e limpar o local, Maxx percebeu a aproximação de um rosto conhecido... Kall parecia triste com algo e não era preciso ser muito sábio para entender o motivo <Maxx Lancaster> *Maxx ficou olhando para Kall, diferente de seu amigo, teve mais tempo para conhecer Myrela, e isso não fez com que se apegasse a mulher, achava até estranho a tristeza de Kall com a morte dela. Maxx o cumprimentou e se apressou em perguntar o que tinha acontecido, já prevendo a resposta. Ficou sentado o observando, enquanto tirava palha debaixo de si, formando ao seu lado um pequeno monte de palha o convidando para sentar. Lua ao seu lado, Maxx brincava com ela usando um pedaço de madeira, já que cada vez menos, podia oferecer a mão para ela morder, já que um exagero de força poderia causar um sério ferimento no garoto* ** NPC: <Kall Ryswell> Se sentou ao lado de Maxx e disse, de maneira bem entristecida. -- Sei que deve parecer loucura este meu estado, meu amigo... mas é que eu sempre pensei em aprender as coisas que tenho acesso agora, nesta fortaleza... E Kall lembrou de fatos antigos e de quando Maxx esbanjava sua inocência dizendo querer financiar os estudos de Kall para ele ser um meistre. O jovem Ryswell, estava com os olhos marejados de lágrimas, e não escondia seus sentimentos, deixando que os fatos revelassem ou não a Maxx que eles tiveram sorte de Myrela ter ido ao encontro deles na estalagem... Era verdade que eles foram torturados, que ela os fez sentir dor e por causa dela Kall jamais teria os cabelos do jeito como era antes, tendo várias falhas no couro cabeludo onde seus pelos jamais nasceriam... Que foram obrigados a comer carne crua de animal e que Maxx quase morrera pelas mãos dela algumas vezes... -- Me desculpe ficar falando destas coisas, afinal nós sofremos juntos... Mas... Ele balançou a cabeça, limpando suas lágrimas com as costas das mãos e se erguendo do monte de palha para respirar um pouco, para só então continuar. -- Vim ver se precisa de algo? E ele aguardou que Maxx respondesse.

<Maxx Lancaster> *Maxx riu do sentimento de Kall, não era de deboche ou algo parecido, apesar de parecer, mas ele achava compreensível e levemente cômico aquilo. Ele pensou como se lembrasse o que tinha para falar com Kall* --Sim, preciso de algumas coisas. Ficou de me dizer onde eu posso conseguir um pássaro Kall, uma águia talvez, ou um falcão, eles são muito bonitos, e talvez com um desses, pudesse evitar o que aconteceu. *Maxx falava tranquilamente, e em como um estalo, lembrava como uma enchente de coisas que ele tinha que falar para seu companheiro* -- Milorde nos expulsou ontem, eu disse que queria ficar e que iríamos morrer. Mas enquanto eu lutava contra aqueles homens, eu percebi que já tinha matado muitos deles, quando na verdade eu precisava só de um, quando estivermos prontos, vou me entregar e pedir um julgamento por combate, e estaremos livres do que fizemos e para fazermos o que quiser. *Maxx falava sorrindo, como se já sentisse o gosto da vitória e de poder andar novamente pelas ruas sem ser caçado* ** NPC: <Kall Ryswell> o jovem quase levou um susto quando Maxx disse aquelas palavras de maneira tão clara e limpa, coisa que Kall nem imaginava que poderia passar na cabeça do garoto. -- Ah sim, não imaginava que soubesse disso... que droga Maxx, falando assim você faz parecer simples... já imaginou que eles podem jogar contra você um combatente de elite? Que confiança é essa que eu desconheço e você mal sabe lutar com armas de ataque corporal... Ele andava de um lado pro outro enquanto os vigias conversavam sobre algo que Maxx não conseguia prestar atenção, não devendo ser nada de importante. -- Sei que você deve ter um plano... um não, um bom plano... mas não se arrisque tanto assim... nossas cabeças ainda valem um ótimo dinheiro. E ele disse essa parte bem baixinha para que só Maxx ouvisse, voltando a falar com uma voz normal. -- Li que poderemos achar corujas próximas dessa região... águias e falcões não são encontradas por aqui. E esperou que Maxx se pronunciasse. <Maxx Lancaster> --Não vou ser eu quem vai lutar Kall. Aposto que qualquer guerreiro apostaria sem dúvida que conseguiria matar qualquer lobo facilmente. Mas a Lua não é qualquer lobo. É nova e já consegue derrubar muitos guerreiros... *Maxx falava desviando o olhar para ela, e intensificando o carinho que estava fazendo nela.* --Obrigado Kall, mas não quero uma coruja. Eu iria contigo alimentar Noite, mas estou esperando Lord Bolton. Dá próxima que voltar aqui, pode trazer algos sobre...venenos? *Maxx se aproximava dele, falando baixo a última palavra, não queria que o os guardas escutassem e interpretassem errado* --Não vou fazer nada de ruim com eles, foi só que eu bebi alguma coisa antes de me tratarem, e eu fiquei pensando em como seria útil poder usar isso, tanto para me defender, como para caçar alguma coisa viva. ** NPC: <Kall Ryswell> Kall ouviu toda a conversa de Maxx sobre suas intenções para com os Boltons e os Kastarks, bem como suas maneiras de se livrar da dívida pelo que houve com o primeiro homem que matou. Escutou sobre o duelo e sobre a busca por um conhecimento do qual Maxx notou uma desaprovação no rosto do rapaz... Veneno. -- Vou ver o que consigo... mas preocupe-se em se cuidar... E ele foi com seu equipamento de curandeiro para junto de Lua, que já havia terminado sua refeição, mantendo-se quieta num canto. -- Vamos cuidar de você agora, pequena... E se ajoelhou junto dela para fazer os primeiros curativos. Lua parecia boa já e Kall apenas teve de fazer coisas simples, como trocar curativos e aplicar mais daquele unguento sem cheiro no local onde ela foi atingida por uma lança.

<Kall Ryswell> O jovem parecia não querer que ela mancasse para o resto da vida. Quando terminou ele disse, depois que se levantou. -- Bem, vou ver o que consigo para você... espero que seu novo "instrutor" seja bom... <Maxx Lancaster> --Também espero Kall. Mas sem Myrela, acho que muita coisa vai mudar, e eu espero que seja para melhor. *Maxx falava com ele, com um sorriso de aprovação pelos favores feitos e pelos que ainda seriam feitos, chegou até instintivamente balançar a cabeça de cima para baixo, se mostrando mais esperançoso sobre um futuro melhor ali, ele levando logo depois a Kall, apenas para cumprimenta-lo. Esperou Kall sair e se ajoelhou próximo a Lua, fez um carinho no seu dorso, pensando no quanto ela estava sendo útil, apesar de Maxx ter mudado toda sua vida por ter salvo ela. O garoto então percebeu que fazia tempo que não treinava Lua, e parece ter descoberto algo a fazer, enquanto esperava pelo Lorde Bolton* <Narradora> Kall mal se despediu de Maxx e já foi na direção da torre da fortaleza, mas antes que ele lá chegasse, uma chuva bem fina começou a cair daquelas nuvens há tempos carregadas no norte. O evento era tão raro que até os vigias no celeiro onde Maxx e Lua ficavam, deixaram brevemente seus postos para contemplar ela caindo. Aquilo modificava a paisagem gelada e mesmo mantendo o frio de sempre, trazia algo de diferente ao ambiente. Maxx teve bastante tempo para treinar Lua e o aproveitou o máximo que pode... Ninguém além das pessoas que vinham lhe trazer comida, e também à Lua, apareceu naquele dia e um clima solene pairou em Dreadfort... A chuva fina durou o dia todo e o outro e serviu para embalar o sono de Maxx, que devido a todo o desgaste físico da batalha, que lhe rendia alguns ferimentos e escoriações, dormiu sem sonhar, acordando somente quando a comida do desjejum chegou. Depois da refeição e da higiene, além da limpeza no local, um dos vigias disse que Maxx deveria ir até o galpão onde estava o Shadowcat para treiná-lo... eram ordens simples e Maxx não sabia o que esperar disso... <Maxx Lancaster> "Eles estão certo, tenho que dar um jeito de ter Noite sobre controle, ele já pode começar a ser útil" *Maxx pensava enquanto colocava a coleira em Lua para sair com ela na direção do depósito onde seu segundo animal estava. Fazia algum tempo que Maxx não o via, graças a ultima aventura que teve com a falecida Lady de Dreadfort. O garoto não tinha pressa já que para ele, poderia ficar com o animal, até quando cansasse. Caminhou tranquilamente, pensando se iria começar a socializar Lua e Noite, resolveu que não, já que pensava, e tinha dito para Kall que seria ela quem salvaria o garoto dos crimes que ele tinha cometido, a resolveu continuar preparando para isso. A prendeu fora do galpão em algum lugar suficientemente resistente para não quebrar caso Lua force, abaixou e fez um carinho atrás de uma de suas orelhas* --Seu trabalho hoje vai sair forçar a corrente até quebrar. *Maxx falou com um sorriso no rosto, chegou a puxar a corrente com as duas mãos, indicando para Lua o que tinha que fazer, já imaginando que ela não fosse conseguir, não naquele dia. Maxx se aproximou do guarda que tomava conta do galpão e lhe pediu para abrir o portão, para que pudesse entrar e ver como estava noite*

<Narradora> Maxx foi se aproximando do lugar onde já havia tido suas experiências como treinador, oras ruins no início, pelas circunstâncias, ora boas, quando teve tempo de interagir amistosamente com o Shadowcat. Depois de amarrar sua loba, o garoto se dirigiu ao guarda que atendeu a seu pedido abrindo o portão, somente o suficiente para que o garoto entrasse. "Noite" já esta bem mais esperto, tendo se recuperado, aparentemente, de todos os ferimentos, o que era bom na visão do garoto. Porém, Maxx teve a sensação de que o Shadowcat, agora recuperado, não parecia tão amistoso quanto antes, estando lá no fundo com seus olhos amarelos, em posição de espreita, parecendo estar pronto para atacar. O guarda, do lado de fora, protegido da chuva pela cobertura do telhado de madeira e palha, disse que se precisasse de alguma comida, que haviam lebres em gaiolas num dos galpões próximos e que se ele precisasse delas, que poderia pegar uma para dar à criatura. <Maxx Lancaster> --Noite. Vem!. *Maxx falava com uma voz firme, tentando se impor de mostrar autoridade, mas não de forma agressiva de exagerada, já que isso poderia desagradar o animal. Maxx se lembrava que havia tentando ensinar para ele alguns comandos, e esse era um dos mais básicos. Apesar de não ter sido recebido com a empolgação que Noite tinha quando ainda estava se recuperando, imaginava que em pouco tempo, poderia continuar comandando aquele animal melhor do que da ultima vez. Maxx batia com a palma da mão na lateral da perna, fazendo barulho para atrair a atenção do animal, dava cerca de dois passos para frente, para se aproximar um pouco mostrando amistosidade, mas queria que ele viesse até Maxx, e não o contrário* <Narradora> "Noite" foi se aproximando de Maxx com cautela, parecendo ter reconhecido o garoto, caminhando pelas laterais e começando a rodear ele. Parecia que os sentidos da criatura estavam melhores e depois dele rosnar um pouco para Maxx, o garoto sentiu que o clima não era de muita amistosidade. Talvez a criatura se recordasse do motivo dela estar ali e o shadowcat mantinha o seu caminhar em volta do garoto, observando-o friamente com seus olhos amarelos, deixando os longos caninos a mostra para ele. "Noite" parecia bem agitado e com um aspecto mais selvagem agora, como quando ele enfrentou o garoto e quase o matou, não fosse a intervenção de Myrela. Depois de quatro voltas completas em torno de Maxx, ele ficou diante dele, em posição ameaçadora ainda, mantendo as quatro patas firmes, sendo as da traseira, levemente flexionadas. <Maxx Lancaster> *Maxx dobrava os joelhos, abaixando um pouco, tentando se mostrar novamente inofensivo, e ao mesmo tempo, se preparando para um pulo rápido para o lado caso fosse necessário, Maxx espalmou a mão, deixando o braço horizontal sobre o corpo, então forçou no ar para baixo indicando para o animal deitar, ao mesmo tempo, ele ia andando meio agachado para frente, e com o outro braço, tentou alcançar de baixo para a cima, a parte das orelhas do animal para coça-las e conseguir que o animal se acalme com o carinho de Maxx*

<Narradora> O shadowcat se manteve no mesmo lugar, ainda olhando de maneira séria para Maxx, mas quando o garoto se aproximou e tocou nele, Noite pareceu mais calmo, se sentando em seguida e se deixando receber as carícias que Maxx lhe fazia... A manhã foi praticamente voltada ao treino da criatura, que começou a responder melhor aos comandos de Maxx, já tendo afinidade para os mais simples. O garoto só tinha de ter cuidado para ensiná-lo a capturar coisas, pois o Shadowcat não era só grande, como pesado e forte, derrubando Maxx algumas vezes e, algumas delas, de forma um tanto quanto abrupta... Maxx estava exausto quando terminou o treino, suando da cabeça aos pés. Então, quando se despediu do grande felino negro, ele viu que, depois do portão de madeira reforçada estava o lorde de Dreadfort, que já devia estar ali há algum tempo, mas que Maxx só notara agora depois do treinamento. Diferente de Myrela que sempre demonstrava algo como insatisfação no olhar, Roose Bolton era mais neutro e tinha sempre um aspecto mais agradável no rosto, embora não desse jamais para saber que tipo de expressão ele fazia. <Maxx Lancaster> *Maxx erguia o braço até a testa, limpando o suor na vestimenta, antes que ele escorresse para os seus olhos, enquanto saia do local, até se deparar com Roose. A presença de um nobre fazia Maxx ficar momentaneamente tenso, já que suas experiências com pessoas desse tipo não tinha sido nada boa, duas mortes, de três pessoas, era uma boa média caso ele fosse um assassino, mas Maxx sentia, talvez erradamente, que Roose era uma pessoa diferente, mas mesmo parecendo ser mais agradável, não podia abusar. Maxx abaixou o braço e tentou fazer uma reverência, como não treinava, sempre saia mal feita, porém melhor do que as últimas, ele se aproximou e então disse em tom de respeite, esperando que ele falasse alguma coisa* --Milorde... ** NPC: <Roose Bolton> Manteve a expressão gélida, mas pareceu aceitar a reverência do garoto. -- Posso ver seu progresso com a criatura, garoto, em breve poderá utilizá-la nas incursões conosco. E com a mesma expressão ele prosseguiu, depois de uma breve pausa. -- Iremos em duas semanas para Sea Dragon Point, a oeste. Seria excelente se o Shadowcat estivesse apto a seguir suas ordens. Ainda não é necessário dizer o que iremos fazer lá, mas quero que mantenha o empenho hoje e todos os outros dias para deixá-lo experiente o bastante para não atacar as pessoas que forem de nosso exército. Fornecerei trajes dos homens quando for o momento para você iniciar o reconhecimento do cheiro destes... sei que isso demandaria mais tempo, mas nós não o temos... trabalhe com esse prazo.. E finalizando a conversa, ele encerrou o assunto, dando o comando para que o guarda fechasse o portão de madeira reforçada que trancava o Shadowcat dentro do galpão. <Maxx Lancaster> --Exército.. então vai ser uma guerra? *Maxx falava para si mesmo, mas em tom normal, pensando alto, mas logo percebeu que Roose não queria ainda lhe contar o que iriam fazer em Sea Dragon Point. Pelo menos ele sabia o nome do local que iriam, não que isso significa muita coisa, já que Maxx provavelmente nunca tinha ouvido falar desse nome. Maxx gaguejava alguma coisa, para tentar rapidamente falar algo, e não ficar parecendo que estava questionando Roose sobre o que iriam fazer, quando finalmente conseguiu falar lhe disse* --Noite vai estar pronto nesse tempo. Milorde, necessita que eu faça mais alguma coisa? *Maxx falava olhando para ele, como se não se importasse se ele fosse lhe pedir mais algo, estava se mostrando solicito e disposto a ajudar*

** NPC: <Roose Bolton> -- Que sobreviva... Disse ele sem muita emoção, mas trazendo um tom de voz sério, completando com a explicação: -- Quando você entrou naquela casa junto de Myrela... alguns homens notaram o que você disse sobre estar com a cabela a prêmio e delataram sua posição aos Kastark. Claro que eles não deixariam essa informação passar em branco e antes que eles exijam um conselho com o Lorde do Norte, Eddard Stark, antecipei os acordos para que você lute pela sua vida. E ante as palavras do lorde parecia que Maxx já havia prevido o futuro, com algumas mudanças que vieram a seguir. -- Estarão aqui para os duelos em dois dias e eu só poderei fornecer uma pessoa para um de vocês. Então converse com o seu amigo Ryswell e veja quem de vocês é o mais desnecessário. Não posso quebrar antigos tratados e adianto que os dois passaram a ter importância para Dreadfort. Infelizmente os Kastark não aceitam pagamento em ouro. E ele esperou que Maxx dissesse ou fizesse algo, indo na direção da fortaleza a passos rápidos. <Maxx Lancaster> *Maxx ficava surpreso, não se lembrava de ter dito aquilo, mas se lembrava de pouca coisa daquele dia, a bebida que tinha tomado havia feito o trabalho de apagar parte das lembranças que ele deveria ter. A surpresa fez com que Maxx ficasse paralisando. Movia apenas o braço, para coçar a parte de trás da cabeça enquanto pensava, o duelo o fez lembrar do plano inicial e Maxx olhou para Lua, para ver se ela tinha conseguido arrebentar a corrente, ou se ao menos estava tentando, talvez estivesse esgotado suas forças. Maxx deixou Roose se afastar um pouco pelo momento em que ficou paralisado, por isso arriscou um trote para alcança-lo, o choque lhe fez esquecer parte dos modos, e Maxx estendeu o seu braço alcançando o ombro do homem fazendo uma leve força para que ele virasse, olhando nos olhos deles, com uma cara de quem tinha pensado pouco sobre o assunto, mas que achava que por mais que pensasse iria continuar com a mesma imprudente ideia, Maxx disse* --Meu senhor, me desculpe. Mas será que eu poderia conhecer o melhor espadachim que você tem por aqui? Eu sei que dois dias são poucos. Mas eu sou esforçado. ** NPC: <Roose Bolton> Maxx percebeu que Lua havia chego no limite de tentar se soltar da corrente, tendo ficado ofegante, respirando de modo a emitir um som arranhado na garganta, devido a força empregada no exercício e não tendo conseguido êxito na tentativa. Maxx se preocupou e na sua tentativa de vencer a paralisia deixada por sua aflição, ele tentou alcançar o lorde e tocar seu ombro, mas ele não teve tanta precisão assim, e nem tamanho, tocando as costas de Roose que quase alcançava a porta de entrada da fortaleza. O lorde parecia ter notado a aproximação de Maxx, mas não interferiu, sendo também diferente, neste ponto, que Myrela, pois o garoto tinha certeza de que se fosse ela ali, teria torcido o braço de Maxx até ele chorar de dor. Assim que ele sugeriu conhecer o espadachim que Roose indicaria, este respondeu ao garoto. -- Pedirei que ele passe no celeiro mais a noite... vá tomar um banho e descansar, garoto... E por fim ele adentrou a fortaleza e dois homens barraram a entrada para que ninguém mais entrasse.

<Maxx Lancaster> --Obrigado... *Maxx falava para si mesmo e para ele, como se naquele momento, ainda tivesse esperanças de poder lutar. Só faltava o garoto decidir, se era ele ou Lua quem iria lutar contra o guerreiro. Maxx voltava depressa, não correndo, mas andando em velocidade para soltar Lua, o fez e se ajoelhou, dando um abraço nela e reconhecendo o seu esforço. Se levantou e foi até o local indicado anteriormente para o guarda, onde pegou uma lebre, havia esquecido de dar para Noite, e assim o fazia, apenas colocando viva dentro do local, por alguma brecha que ele tivesse. O garoto cansado, seguia andando junto a sua loba, para o celeiro, ainda pensando se teria fôlego o suficiente para o treino de mais tarde, era hora de tomar banho e descansar, o máximo que conseguisse* <Narradora> Maxx teve seu descanso, depois do banho, tendo um quase desmaio depois que se alimentou, para se levantar momentos depois para a segunda parte do treino... Dois animais era algo que o consumia bastante, ainda mais Noite, um Shadowcat que ficava maior a cada dia que passava, já sendo capaz de derrubar o garoto com extrema facilidade. Após passar mais alguns exercícios para Lua, Maxx adentrou o galpão para passar mais três horas com o Shadowcat, saindo de lá exausto novamente.... Quase cambaleante, ele foi na direção da loba, que ainda não havia conseguido reunir forças para se soltar da corrente ou fazê-la se arrebentar, tentando ela uma estratégia diferente, a de enfraquecer a base onde a corrente estava amarrada, mas ainda não havia tido tempo nem forças suficientes para isso. Noite recebeu mais uma lebre para caçar e se deliciar a vontade, enquanto Maxx voltava a passos trôpegos para o celeiro, indo se banhar, fazer sua higiene e limpar o local. Quando o homem que trazia a comida para Lua e Maxx chegou, o garoto viu junto dele um homem de armadura de talas e espada bastarda presa à bainha. Imediatamente o garoto soube que seria o espadachim que poderia defender o garoto ou Kall. <Maxx Lancaster> *Maxx pegava a sua comida, apontou na direção do prato, e em seguida para o homem, perguntando se o mesmo estava servido. Maxx então começava a comer sem nenhuma cerimônia, nunca teve ninguém para lhe falar que era errado mastigar e conversar ao mesmo tempo, por isso dizia para o homem, entre uma abocanhada e outra, e uma limpeza nos dedos, usando a sua própria boca para isso* -- Não sei se eu estou lhe incomodando, mas assim que Roose me disse que iria lutar amanhã, pedi para ele mandar alguém para me treinar. Ele me disse que é o melhor espadachim... O que vai me ensinar hoje? *Maxx falava com um certo entusiasmo, só seria difícil para o homem saber se era com ele, ou pela comida, sempre caprichada que os Boltons serviam para ele e para sua loba* ** NPC: <Espadachim> O homem observou um tempo Maxx comer, depois de ter feito sinal de que não estava com fome e esperou que ele divagasse a possibilidade dele querer aprender algo em tão pouco tempo. Assim que as explanações do garoto terminaram, ele falou. -- Não conseguirás erguer uma espada como essa, tão pouco aprender a usar armadura para mover seu corpo adequadamente enquanto golpeia ou prepara o próximo golpe... meu lorde, Roose Bolton, me permitiu questionar a possibilidade de duelar com ambos os algozes. Honrados que são, os Kastark não devem recusar a esse pedido. Lutarei pela sua vida, garoto e pela do outro jovem que está com a cara enfiada nos livros. São de valia para esta fortaleza.

<Maxx Lancaster> *Maxx ficou o observando por um tempo, tentando imaginar se pela aparência aquele homem realmente sabia lutar. Maxx parou de comer por alguns instantes e virou o corpo por completo na direção do homem* --Me chamo Maxx, e o outro garoto e Kall. *Maxx falou cortesmente, afinal não tinha nenhuma razão para o contrário, já que o homem iria lutar pela a sua vida, mas em seguida falou de forma mais agressiva, apesar de não fazer por mal, era apenas a mistura do ímpeto de sua idade de uma certa preocupação* --Certo, então veio aqui me dizer que irá fazer duas lutas... E o que aconteceria se por algum acaso o outro cara for melhor que você, ou bom o suficiente para te ferir... Ou eu ou Kall vamos ter que dar um jeito... ** NPC: <Espadachim> -- Será uma luta, garoto, de dois guerreiros hábeis contra mim. E ele se manteve sem revelar seu nome ou quem era e, apenas por olhá-lo sob a fraca luz das tochas frente ao celeiro não era possível ver nele sua habilidade ou gracejo com a espada e, tirando os devaneios de preocupação de Maxx, ele continuou. -- Vim aqui apenas para dizer quem tens um amparo. Meu lorde irá precisar de vocês futuramente e, por isso, não posso falhar. Do contrário, suas vidas serão tiradas no mesmo dia... haverão testemunhas Kastark durante o duelo pois assim são as leis do norte. Descanse, garoto... não precisa assistir o duelo, senão quiser... E ele foi se virando para se retirar. <Maxx Lancaster> --Boa sorte, torço para que não precise dela. *Pensar que sua vida estava na mão de outro homem lhe deixava um pouco apreensiva, ainda mais com a possibilidade de morrer em tão pouco tempo, e além disso, Maxx teria que definir se iria mesmo deixar o homem lutar por si e se a luta que salvaria Kall seria a primeira ou a segunda, Maxx preferiu não pensar nisso agora, iria ficar nervoso e sofrer por antecipação, mas por mais que tentasse era difícil evitar o pensamento, por isso ele se juntou a um monte de palha e a Lua, tentando dormir, para poder se ocupar com suas atividades de novo e assim tentar ignorar por um tempo que sua vida estava em jogo* <Narradora> A ansiedade e a adrenalina não permitiram que Maxx dormisse bem naquela noite, fazendo-o imaginar um cem número de possibilidades em que ele era vitorioso e outras que ele poderia ser morto pela falha do guerreiro. Seu coração batia forte e descompassado algumas horas, chegando a causar certo desconforto e duas vezes, ao menos, ele acordou no meio da madrugada com um suor próximo a nuca e nas mãos. Depois de um sono curto, o raiar do sol trouxe Maxx de volta ao mundo real, tirando-o de um sonho que ele não se lembrava nenhum pouco... Maxx notava que, pela posição do sol, ele havia se demorado demais e sua desconfiança virou certeza quando ele viu sua comida num canto, intacta, e a de lua também, demonstrando que a loba o aguardou para comer, não se apressando enquanto Maxx não levantasse... Parecendo meio febril, Maxx foi até o prato de comida farta e saborosa, mas sua mão trêmula quase o fez derrubar tudo no chão pois ali próximo, vindo na direção dos vigias, dois homens se aproximavam com armas, um deles com espada e o outro com lança... eram Kastark, pelo símbolo que ele já conhecia e o garoto sabia que seu destino havia se perdido e ele pagara por ter acordado tão tarde...

<Narradora> Maxx não teve tempo de ordenar o ataque de sua loba, que recebeu um arremesso certeiro no dorso, feito pelo homem de lança... sua vontade de gritar e fugir foi tamanha que ele mal conseguiu se mover, tamanho o desespero.... e foi então que ele viu, lentamente, o golpe da espada vindo acertar seu rosto... Maxx sentiu uma dormência grande na bochecha, como se ela não estivesse mais ali e também sentiu seu corpo tombando para o lado, devagar e pesadamente... os olhos do garoto finalmente se abriram e o sol ainda não tinha raiado. Ele não havia morrido. <Maxx Lancaster> *Maxx acordava assustado. No escuro da noite no celeiro, ele se moveu rapidamente alcançando a sacando a faca. Com medo, ele se sentou, usando um braço e as pernas como apoio fez força e se moveu, quase se arrastando, elevando a bunda a poucos centímetros do solo, se movendo de costas assustado até bater com as costas na parede do celeiro, e ficar durante algum tempo, com a faca que Myrela havia lhe dado na frente do corpo, se protegendo do sonho que teve, que de tão intenso, lhe custou a definir que realmente era só um sonho. Se acalmou um pouco quando viu Lua, e percebeu que não tinha nenhum outro ferimento além da flechada nas costas, e ainda estava no celeiro* --Lua vamos... *Maxx falava em um tom razoavelmente alto, o suficiente para faze-la despertar, caso estivesse dormindo. Ele procurava um carrinho de mão, uma sacola grande, ou algo que lhe ajudasse a carregar palha. Enchia e começava a caminhar na direção do galpão. Havia se dado muito bem com Noite na tarde anterior, e agora era o momento que ele escolheu para colocar o plano antigo de dormir ao lado dele, em prática* <Narradora> Maxx passou sem o menor problema pelos vigias, cujo os quais o garoto não via muitos motivos para eles continuarem ali, seguindo na direção onde o shadowcat estava. Lua não ficou muito a vontade por ainda não ter feito seu desjejum, mas àquela hora, Maxx sabia que demoraria até os homens chegarem para alimentá-los. O antigo armazém estava diante do garoto e o guarda se interpôs no caminho do garoto dizendo: ** NPC: <Guarda> -- Ei garoto!... Não recebi ordens de permitir seu treino pela madrugada... o que pensa que está fazendo? E ele olhou desconfiado para Maxx, de uma maneira bem ranzinza... <Maxx Lancaster> *Maxx parava, chegou involuntariamente dar um bocejo preso, para não parecer completa falta de educação, ele olhou para o guarda sem expressar muita emoção, além do sono, que reaparecia após ser perdido pela adrenalina do sonho* --Não sei se recebeu alguma ordem de impedir meus treinos de madrugada. Mas recebi uma ordem de por o Noite em duas semanas pronto para uso. E preciso cumpri-la. Foi Lorde Bolton quem pediu. Diretamente para mim. Pode abrir o portão? *Maxx falava e dava mais alguns passos na direção do portão reforçado. Quase certo que ele iria abrir, o seu último pedido foi feito de forma amigável, chegou a dar um pequeno sorriso no final da fala*

** NPC: <Guarda> Ante as palavras do garoto, o guarda engoliu a seco, embora tentasse não demonstrar estar intimidado. Porém, ele sabia que não seria nada bom ignorar ordens do senhor de Dreadfort e por isso agiu conforme o garoto pediu. Assim que ele puxou o portão o suficiente para que Maxx adentrasse, com Lua, ele disse: -- O animal só comeu aquela lebre, pela tarde... então... Mas ele disse apenas para ter algo com o que falar para o garoto, não sendo nada apto no assunto, mas tentando vencer a imagem de rigidez demonstrada a pouco, fazendo o garoto perder tempo. Recolhendo-se, depois de permitir a passagem, o guarda silenciou-se em sua posição. <Narradora> O shadowcat se levantou prontamente Maxx pisou no local, se eriçando preguiçosamente e o encarando com seus olhos amarelos, profundos. A seguir, ele foi caminhando lentamente, mantendo a cauda balançando, demonstrando neutralidade e rosnando um pouco ao ver lua com o garoto. Ele parecia estar muito bem. <Maxx Lancaster> --Bom dia, Noite. Vamos dormir aqui... *Maxx andava até o canto local, espalhava um pouco da palha que tinha pego no chão, o suficiente para que ele, Lua e Noite pudessem deitar com conforto razoável. Enquanto arrumava, ele chamava noite, dando alguns tapas na perna, forçava de leve para baixo, tentando docilmente o fazer deitar enquanto fazia carinho, entre sua orelha e o seu pescoço. Fazia Lua deita ao lado dele e Maxx ficava deitado do outro lado. O sono anterior, começava a ir embora, dada a adrenalina de ficar ali, deitado ao lado de um animal daquele tamanho, Maxx precisava saber a sua reação antes de conseguir dormir, e ter a certeza que ele não iria lhe atacar, só assim iria se tranquilizar o bastante para relaxar e cair no sono.* <Narradora> O grande felino quase derrubou Maxx no chão quando ele começou com suas carícias e Lua rosnou para ele em desaprovação, mas o garoto interviu, aviando a loba que estava tudo bem. "Noite" não era nada dócil, mas conseguia manter um ambiente tranquilo, mesmo não gostando da pequena. A estratégia de Maxx em trazer a palha foi deveras útil para a aproximação de Lua e Noite, pois nela estava contido o cheiro da loba e mesmo o shadowcat se recusando a se deitar próximo a eles, acabou se ajeitando na palha e adormecendo um tanto quanto próximo deles. Mesmo sabendo que o tempo era curto até o raiar do dia, Maxx descansou melhor do que a noite toda que passou aflito no celeiro, abrindo os olhos quando o homem que costumeiramente lhe trazia comida, para ele e para Lua, estava diante do portão fechado do galpão, pronto para entregar a ele mais uma boa refeição na fortaleza. <Maxx Lancaster> *Maxx duvidou um pouco se poderia comer na frente dos dois animais, mas devido o comportamento calmo do animal na madrugada inteiro, achou por bem que sim, ele abriu a porta, a deixando parcialmente aberta, e pegou apenas a sua parte, pediu para o homem trazer a mesma coisa que ele dava para Lua, e resolveu servir os seus dois animais, apenas quando a segunda parte chegasse, perguntou também se poderia trazer duas coleiras, a de Lua e uma outra para Noite. Maxx pegou o seu prato e se sentou próximo de onde tinha dormido para comer, atento se precisaria ou não conter os dois animais para que não avançassem em seu prato*

<Narradora> Os pedidos de Maxx foram atendidos e, enquanto ele tentava manter um pouco de comida no seu prato, dividindo espaço com Noite, que sem cerimônia foi atraído pelo cheiro que exalava daquele prato, Maxx teve de fazê-lo ficar distante, ao menos para que ele comesse um pouco. Lua tomava avidamente seu leite e não foi incomodada pelo Shadowcat, que pareceu ficar indisposto com o garoto por ele não ter lhe dado toda a comida. Logo os homens trouxeram as coleiras com correntes e o simples fato delas fazerem o barulho metálico, como era característico delas, fez o grande felino apertar os olhos e rosnar para o garoto. Noite parecia completamente averso àquele tipo de coisa, mesmo Maxx sabendo que ele jamais deveria ter tido contato com algo do tipo. Lua já aceitava há algum tempo e como o garoto a tinha desde filhote, não teve problemas com ela. Com o Shadowcat, Maxx previu que não seria nada fácil... <Maxx Lancaster> *Maxx terminava de comer e esperava Lua e Noite fazerem o mesmo. Pelo visto por algum motivo o ShadowCat não gostava de corrente. Iria ser uma luta colocar nele. Maxx fez a mesma coisa que havia feito com Lua no dia anterior, como parte do seu treinamento. A prendeu em algum canto do armazém, e lhe pediu que tentasse arrebenta-la, dessa vez iria ver e acompanhar o seu progresso, mas dessa vez pedia um pouco de água para ela, deixando ao alcance de Lua. Em seguida ia treinar Noite, começou tentando fazer ele correr ao seu lado pelo armazém, dando algumas voltas trotando, e logo em seguida tentava fazer que ele corresse em velocidade, sem Maxx. Queria lhe acostumar a andar ao lado de Maxx antes de lhe por a coleira* <Narradora> O treinamento de Maxx deu certo e Lua já conseguia achar um jeito de se livrar da corrente, enquanto Noite conseguiu manter o ritmo de corrida em volta do local. Mas Maxx não pode dar continuidade no treinamento como gostaria e depois de poucas horas, um dos guardas chamou atenção do garoto e quando este se aproximou, ele disse: -- Garoto, você deve se arrumar para assistir ao duelo. Preciso que se apronte em pouco tempo, pois preciso levá-lo até onde você e seu amigo deverão ouvir os acordos sobre suas vidas. Esteja pronto em breve... não tardarei em voltar... E, ah, você não poderá levar os animais com você. <Maxx Lancaster> *Maxx concordou com o guarda, ele ficou em dúvida entre deixar Lua ali com Noite, eles poderiam entrar em conflito, e Lua provavelmente seria prejudicada. Seu plano e tentar por a coleira em ShadowCat havia sido adiado, em pelo menos um dia. Mas Maxx ainda tinha bastante tempo, isso partindo do ponto que iria ficar vivo, e que aquele espadachim seria bom o suficiente para lhe salvar. Maxx tirou a coleira de Lua e a levou até Noite, deixando que os dois se socializassem, enquanto Maxx descansava, para não chegar suado para onde for que o guarda lhe levasse*

<Narradora> Maxx se arrumou como pode, usando a pouca água limpa que ainda tinha restado no local para lavar ao menos o rosto, pescoço e braços, um pouco sujos e arranhados pelo treinamento com os animais. Em seguida, ele tentou reordenar os pensamentos, tendo certeza de que o duelo ainda teria de se demorar mais um dia, mas ao que parecia, os Kastarks adiantaram sua chegada a Dreadfort, de certo ávidos por tomarem as vidas dos meninos o quanto antes. Assim, quando o guarda retornou, Maxx saiu de lá, vendo seus animais adversos um com o outro, mas mais pelo orgulho de "Noite" em se socializar. O shadowcat evitava a companhia de Lua o quanto podia e o garoto sabia que isso poderia demorar um tempo para ser resolvido... Então, saindo do galpão, Maxx acompanhou o guarda, que seguiu pelo caminho de dentro da Fortaleza, a que Maxx raramente teve acesso. Ao passar por dois corredores estreitos, onde a escuridão e a umidade eram presentes, ele dobrou a direita, saindo num amplo saguão de colunas altas e rústicas, até passar por um arco fino e pontudo, de passagem, e chegar num amplo salão. Maxx ouviu em uníssono o movimento dos pescoços se virando na direção dele, quando ele adentrou o local, e viu Roose Bolton e uma bela mulher ao seu lado, a qual ele não fazia ideia quem era. Além dos guardas enfileirados, ele também viu alguns homens altos de armaduras prateadas e longos cabelos negros. Kall Ryswell estava ao lado de um guerreiro, mas este Maxx reconheceu, era o homem que lutaria pela vida dos garotos. Lorde Roose Bolton se ergueu da cadeira onde estava sentado, mais acima, num altar de poucas escadas. Assim, as atenções foram voltadas para ele, mas antes do discurso, Maxx podia tentar organizar seus sentimentos, cuja a maioria não lhe traziam nenhum conforto. <Maxx Lancaster> *Maxx passou pelo Lorde Bolton, fazendo uma reverência para o mesmo, tentava se concentrar para não realizar nenhum movimento errado, tentando tornar esta a melhor reverência de todas, já que não queria fazer ele passar vergonha, ao lado da mulher, que poderia ser uma outra esposa, ou quem sabe a mulher que queria ver Maxx morto. Em seguida ele se aproximou de Kall, a cada passo que dava, sentia o seu coração acelerar, a quase querer sair do peito, ele se aproximou tendo certeza de que iria desejar boa sorte para o guerreiro e falar a Kall que foi Maxx que o pôs ali e que era justo que ficasse com a primeira luta, mas a adrenalina e o nervosismo o fizeram esquecer todo o seu discurso quando Maxx os alcançou, o garoto conseguiu dizer poucas palavras* --Kall, a primeira luta é sua. Estou torcendo muito para que vença senhor.... ** NPC: <Roose Bolton> Rosse se posicionou diante de todos e todos a ele fizeram breve reverência, alguns mais demoradamente. Sem se demorar muito, como era sua característica, ele falou no tom neutro de sempre, mantendo a mesma expressão de gelo dele, não demonstrando sentimento algum. -- Lordes de Karhold... senhores... ladies... Ele disse de forma pausada, enquanto descia cada degrau, vindo na direção de todos, com as mãos juntas, às costas. -- Iremos iniciar o combate para definir o destino dos garotos, cujos quais tem crimes em seus ombros e pelos quais quero que eles sejam livrados. Ambos estão em débito com os Kastarks e por isso foi decidido que eles mereceriam um julgamento por combate... Separem-se, senhores... dê-nos espaço... Um dos espadachins de minha fortaleza lutará em nome deles e, pela honra do norte, acredito que os guerreiros nobres de Karhold não irão enfrentá-lo de uma vez. Contra isso não tenho poderes para intervir... estou prezando pelo bom senso. Reúnam-se e decidam-se... E ele chegou até a outra extremidade do salão, enquanto os guardas locais foram dando espaço para o duelo e os dois guerreiros enviados pelos Kastarks se reuniram no outro canto, tentando definir alguma estratégia... Maxx não via preocupação alguma no espadachim que lutaria por ele, mas Kall estava branco e mudo, parecendo uma vela imensa esculpida em seu formato. Maxx ainda tinha um pequeno tempo para alguma conversa.

<Maxx Lancaster> -Ei Kall, fique calmo. Lorde Bolton nos mandou o melhor guerreiros para nos salvar.. *Maxx falava um tanto quanto baixo, tentando acalmar Kall, ainda que o barulho do coração pulsando no peito do Maxx denunciasse que ele também estava nervoso. Ele chegou a cutucar Kall para que o garoto saísse o transe que o nervosismo estava lhe pondo. A verdade é que até mesmo o calmo Maxx estava com medo, e tudo que ele tinha que fazer era assistir e torcer, e talvez essa seja a pior parte, sua vida nas mãos de outro homem, mesmo sendo ele mais competente em luta que Maxx, deixava o garoto um tanto quanto agoniado* ** NPC: <Kall Ryswell> - Ma... Maxx... Kall era uma pilha de nervos. - Maxx... acho, acho melhor decidir que a primeira luta vale sua vida... sério... Pelo menos se o guerreiro vencer a primeira... E a voz dele, que já era um sussurro, quase não pode ser ouvida em continuação pelo olhar que o espadachim lhe lançou, de desaprovação. Engolindo a seco e desviando o olhar do guerreiro, Kall prosseguiu. - Maxx... pode aceitar isso? <Maxx Lancaster> -Eu falei com ele ontem. A sua vai ser a primeira luta. Se algo ruim acontecer com ele, eu consigo me defender melhor do que você, fora que eu posso seguir com o plano que eu te falei. Lua poderia lutar por mim, ou talvez Noite. Qualquer um dos dois tem força suficiente para vencer um homem. Sem falar que você merece ficar mais vivo do que eu, já que não fez nada além de me ajudar... *Maxx falava rápido e apressado, também nervoso, era difícil para ele estar falando aquilo, dando uma chance a outra pessoa viver mais do que para si mesmo. Sem falar que a parte de Lua e Noite eram parcialmente mentira, Maxx não estava certo disso.* <Narradora> Kall não teve tempo de responder, pois logo seu sangue gelou quando viu o espadachim sacando sua espada bastarda e aprumando sua cota de talas, seguindo para o meio do saguão. Alguns dos guardas, enfileirados próximos do local, quase num círculo perfeito, cumprimentaram o homem e balbuciaram algo que não foi percebido pelos garotos, talvez o nome dele ou como ele era conhecido. O primeiro Kastark então se posicionou frente a ele, fazendo uma espécie de oração de olhos fechados na direção do lorde local e depois fazendo uma reverência ao espadachim. Maxx não sabia precisar, mas não parecia que o homem que lutaria por ele era mais forte do que os homens duros de Karhold. Porém, não havia mais outra alternativa a não ser torcer... torcer para que o homem vencesse.. torcer para que eles continuassem vivos... Assim que as espadas se cruzaram, Kall pareceu começar a passar mal.

<Narradora> A luta começou com os adversários se estudando, mas o espadachim parecia estar mais confiante do que o guerreiro diante dele. Depois de alguns golpes, onde os dois buscavam mais se defender, o espadachim usou sua habilidade para empenhar toda sua força em desarmar o adversário e, depois de algumas tentativas, ele lançou longe a espada do guerreiro Kastark, que reconheceu sua derrota e foi para perto das pessoas de sua comitiva. Nesse instante, Kall ficou branco e acabou desmaiando, já que sua vida fora salva pelo homem diante deles. A segunda luta, porém, era contra um guerreiro forte e o espadachim imaginou que não teria êxito tentando usar sua técnica contra ele, podendo sofrer um contra golpe poderoso, o que poria fim aos seus planos de vitória e a vida de Maxx. Então, ele prezou pelo duelo mais violento, tentando usar de sua resistência para se manter de pé, até o final... Maxx achou que ele passaria fácil pelo segundo também, pois o primeiro golpe acertou em cheio o ombro do guerreiro Kastark, que se recuperou logo e foi agredindo com golpes pesados o homem, que acabou sendo ferido no braço hábil. Sem poder utilizar com precisão a arma com duas mãos, usou a versatilidade a seu favor, mas agora não conseguia causar mais grandes estragos como outrora, se limitando a golpes mais precisos, que pudessem ter mais eficiência... Maxx começou a ver sua vida por um fio... e vendo o Kastark sendo mais efetivo e agressivo, ele viu o espadachim recuando, enquanto era golpeado com violência, tendo de contra-atacar na hora certa... O sangue já irrompia pela armadura dos dois guerreiros, mas foi então que Maxx teve um lapso de esperança, vendo o golpe do homem que o defendia acertando a lateral da armadura do guerreiro, bem na junção da cintura, abrindo um corte considerável... Pelo titubeio do Kastark, ele viu que o homem estava aguentando por pura vontade de vencer e não se deixou abalar pelos inúmeros ferimentos. O espadachim, também muito ferido, tentava de todas as maneiras usar a armadura para absorver os golpes que levava, o suficiente para que ganhasse tempo e que os movimentos pesados do agressor abrissem mais os ferimentos, tornando a dor do guerreiro de Karhold maior e dificultasse mais sua luta. Determinado, o guerreiro golpeou forte o espadachim, que mesmo sendo atingido contra-golpeou, fazendo o homem tontear de novo. O defensor de Maxx pediu uma trégua para que se recuperassem, enquanto o sangue escorria pelos corpos de ambos e tingiam o tapete cinzento com um tom vermelho, enegrecido. O guerreiro, já vacilante, pareceu não ouvir o pedido e, depois de um golpe fraco, recebeu outro que foi o suficiente para desequilibrá-lo... Maxx viu seu defensor oferecer rendição ao homem, que não conseguiu dizer nenhuma palavra, cerrando os olhos como se sentisse envergonhado pela derrota e dando-se por vencido. Foi então que o espadachim guardou sua espada e foi saldado pelos demais, em Dreadfort... Maxx não seria morto, naquele dia. [Fim do segundo arco de Maxx!] Agradeço os leitores que acompanham! Continuem me mandando mensagens e e-mails Beijos para todos vocês!