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MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

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MCC-09Técnicas de Medida em

Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos

Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

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Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

1. Introdução

2. Medidores de Vazão

3. Aferição em Campo

4. Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

5. Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

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Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

1. Introdução

2. Medidores de Vazão

3. Aferição em Campo

4. Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

5. Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

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5.1 Introdução

Legalmente, há dois tipos de transações comerciais internamente à indústria petrolífera:

Compra e venda regidas por regulamentos do país ou jurisdição onde se dá a transação;

Compra e venda regidas por um contrato entre as partes interessadas (“transferência de custódia”).

Com relação à precisão da medida, um contrato normalmente se baseia em normas como aquelas do American Petroleum Institute (API).

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5.1 Introdução

O API reconhece quatro tipos de medidores “dinâmicos” da vazão de líquidos:

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores tipo turbina;

Medidores Coriolis;

Medidores ultrassônicos.

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5.1 Introdução

GOSP

Esc

oam

ento

s m

ult

ifás

ico

s (ó

leo

-ág

ua-

gás

)

Esc

oam

ento

s m

on

ofá

sico

s

(gás

e ó

leo

)

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5.1 Introdução

Ponto de Medição

Fluido(s)Grandeza

MedidaInstrumento ou

MedidorTipo de Medida

Precisão Requerida

Vazão Placa de orifício Fiscal ANP

Vazão Deslocamento positivo Fiscal ANP

Turbina Fiscal ANP

Coriolis Fiscal ANP

Ultrassônico

(tempo de trânsito)

Jusante dos compressores da

GOSP

Jusante dos separadores de

fase / tanques de armazenamento

da GOSP

Gás

Óleo

Fiscal ANP

Medidores utilizados na indústria petrolífera

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Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

1. Introdução

2. Medidores de Vazão

3. Aferição em Campo

4. Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

5. Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores obstrutivos:

Efeito de uma obstrução sobre o escoamento em uma tubulação

vena contracta

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores obstrutivos:

)(2

1

212

1

2

2.

pp

A

A

Am

teóricamássicavazão

realmássicavazãoC

)(2

1

212

1

.

pp

A

A

ACm

t

treal

coeficiente de descarga

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5.2 Medidores de Vazão

)(2

1

212

1

.

pp

A

A

ACm

t

treal

diâmetros de razão11

A

A

D

D tt

21214

.

221

ppAMCppCA

m tt

real

M

1

1 4fator de velocidade de ataque

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5.2 Medidores de Vazão

21

.

2 ppKAm treal

K = CM coeficiente de escoamento

21

2pp

gKAQ c

treal

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5.2 Medidores de Vazão

21

2pp

gKAQ c

treal

Uma variação de 10:1 em p corresponde a uma variação de apenas cerca de 3:1 na vazão.

Medidores diferenciais de pressão se tornam bastante imprecisos abaixo de aproximadamente 10% do seu fundo de escala.

A faixa de vazões que podem ser medidas com precisão limita-se a valores acima de 30% da vazão máxima.

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5.2 Medidores de Vazão

Precisão de 1 a 2% desde que: Medida suficientemente precisa da diferença de pressão; Determinação correta do coeficiente de descarga de valores

publicados na literatura; Utilização de valores tabelados suficientemente precisos da

densidade do fluido; Medida suficientemente precisa das dimensões do medidor

obstrutivo; Garantia de que a face do medidor voltada para a montante

seja suficientemente lisa; Localização correta do medidor com relação a singularidades

no escoamento; Precauções para se evitar corrosão ou incrustação do medidor

durante seu uso.

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5.2 Medidores de Vazão

Características principais de medidores de vazão obstrutivos

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5.2 Medidores de Vazão

pressãodetomadadetipofC D ,,Re

diâmetros de razão11

A

A

D

D tt

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5.2 Medidores de Vazão

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5.2 Medidores de Vazão

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5.2 Medidores de Vazão

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5.2 Medidores de Vazão

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5.2 Medidores de Vazão

Utilizados para transferência de custódia na indústria petrolífera desde os anos 30;

Suas características incluem:Alta precisão,Estabilidade,Confiabilidade,Facilidade de aferição,Insensibilidade ao perfil do escoamento.

Medidores de deslocamento positivo:

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5.2 Medidores de Vazão

Princípio de operação de medidores de deslocamento positivo

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5.2 Medidores de Vazão

Engrenagens ovais

Palhetas giratórias

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5.2 Medidores de Vazão

Volume deslocado pelas câmaras;

Escoamento de líquido através das folgas entre partes móveis e estacionárias (“deslizamento”).

Dois fatores afetam a precisão de medidores de deslocamento positivo:

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5.2 Medidores de Vazão

Temperatura (expansão ou contração térmica dos materiais da câmara);

Depósitos de parafina nas paredes da câmara durante operação com óleos crus.

O volume deslocado pelas câmaras é afetado por dois fatores:

O medidor de palhetas giratórias, por ser “auto-limpante”, é mais indicado para operação com óleos crus.

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5.2 Medidores de Vazão

Nos medidores de deslocamento positivo, as folgas são muito estreitas e o líquido nestes espaços automaticamente forma um “lacre capilar”.

Todavia, sob certas condições pode haver deslizamento de líquido através destas folgas.

Deslizamento de líquido:

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5.2 Medidores de Vazão

Modelagem do deslizamento de líquido:

𝒒=𝑲(𝑿𝒄 )𝟑∆𝒑𝑳𝒄𝝁

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5.2 Medidores de Vazão

q é a vazão por unidade de profundidade da palheta;

K é uma constante de proporcionalidade;

Xc é a largura da folga;

Dp é a perda de carga através da folga;

Lc é a largura da palheta (comprimento da folga);

m é a viscosidade dinâmica do fluido.

𝒒=𝑲(𝑿𝒄 )𝟑∆𝒑𝑳𝒄𝝁

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5.2 Medidores de Vazão

A perda de carga no medidor deve ser baixa;

A folga Xc deve ser a menor possível;

A largura Lc deve ser a maior possível;

O fluido deve ter alta viscosidade.

Condições para que não haja deslizamento de líquido:

𝒒=𝑲(𝑿𝒄 )𝟑∆𝒑𝑳𝒄𝝁

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5.2 Medidores de Vazão

À medida que a viscosidade aumenta, o deslizamento de fluido diminui;

Acima de um certo valor de viscosidade, não há mais deslizamento de fluido pela folga (lacre capilar).

𝒒=𝑲(𝑿𝒄 )𝟑∆𝒑𝑳𝒄𝝁

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5.2 Medidores de Vazão

Aplicações de medidores de deslocamento positivo na indústria petrolífera:

Medição de bateladas (carregamentos em climas frios de óleo diesel, combustível para aviação e óleo para aquecimento; caminhões tanque e sistemas de reabastecimento de aviões);

Medição de produtos com viscosidade de moderada a alta;

Medidores padrão (não são afetados pelo perfil do escoamento e não requerem trechos retos na instalação).

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5.2 Medidores de Vazão

Limitações dos medidores de deslocamento positivo:

Não são adequados para operação com fluidos abrasivos, por exemplo, óleos contendo areia;

Não são adequados para medição de altas vazões de fluidos de baixa viscosidade (produtos refinados e óleos leves).

𝒒=𝑲(𝑿𝒄 )𝟑∆𝒑𝑳𝒄𝝁

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

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5.2 Medidores de Vazão

Características principais dos medidores lineares de vazão:

Relação linear entre a saída do medidor e a vazão;

Em geral, não requerem a medida da queda de pressão para determinação da vazão.

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5.2 Medidores de Vazão

corpo do medidor ou

“cubo”

guias

pás

dispositivo retificador do escoamento

conexão com a tubulação

contador de giros

Medidores tipo turbina

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5.2 Medidores de Vazão

Princípio de operação de medidores tipo turbina:

Um rotor com pás é mantido suspenso no escoamento e gira movido por ele.

A velocidade média do escoamento é admitida igual à velocidade do rotor.

A vazão volumétrica é então dada por:

VQ = V A

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5.2 Medidores de Vazão

Princípio de operação de medidores tipo turbina:

A velocidade do rotor é medida por um contador eletrônico de pulsos.

O medidor é caracterizado por um fator K:

VQ = V A

𝑲≡𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐𝒅𝒆𝒑𝒖𝒍𝒔𝒐𝒔𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒅𝒆𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆

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5.2 Medidores de Vazão

A precisão de um medidor tipo turbina depende da validade de duas hipóteses principais:

A área do escoamento se mantém constante.

A velocidade do rotor é uma medida precisa da velocidade média do escoamento.

V

Q = V A

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5.2 Medidores de Vazão

A área efetiva do escoamento pode mudar pelas seguintes razões:

Incrustação, erosão e/ou corrosão das pás da turbina;

Efeitos de camada limite;

Cavitação;

Obstruções.

V

Q = V A

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5.2 Medidores de Vazão

Efeitos de incrustação, erosão e/ou corrosão das pás da turbina :

Uma variação de 0,025 mm (25 μm) na espessura das pás de um rotor de 100 mm de diâmetro pode levar a uma variação de 0,5% em K;

Para medição fiscal, 0,5% de variação em K é inaceitável.

É preciso então refazer a aferição do medidor.

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5.2 Medidores de Vazão

Efeitos de camada limite:

A espessura da camada limite é aproximadamente constante e desprezível para operação com produtos de baixa viscosidade (óleos leves, produtos refinados, etc.).

Para operação com fluidos mais viscosos, a maior espessura da camada limite reduz a área efetiva do escoamento através do rotor da turbina.

A redução na área é função do número de Reynolds do escoamento. Quando a redução for excessiva, será necessário mudar de um rotor convencional para um rotor com pás em hélice.

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5.2 Medidores de Vazão

Efeitos de cavitação:

A vaporização local de um produto causa:Redução substancial da área de escoamento pelo rotor;Aumento dramático da velocidade do rotor;Aumento correspondente do fator K.

A cavitação é um fenômeno a ser evitado, pois, além de levar a leituras errôneas, causará a erosão das pás da turbina.

Não é o caso de se fazer uma aferição para o medidor operar normalmente sob condições de cavitação.

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5.2 Medidores de Vazão

Efeitos de obstrução do escoamento:

Obstruções imediatamente à montante do rotor com pás, mesmo que temporárias, podem:Reduzir muito a área de escoamento pelo rotor;Causar sérias distorções no perfil de velocidade.

Medidas nestas condições seriam consideradas espúrias.

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5.2 Medidores de Vazão

A velocidade do rotor pode mudar pelas seguintes razões:

Danos ao ângulo das pás e a dispositivos de estabilidade do rotor;

Atrito nos mancais;

Distorções no perfil de velocidade e vórtices;

Variações de densidade.

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5.2 Medidores de Vazão

Danos ao ângulo das pás e aos dispositivos de estabilidade do rotor podem ser causados por grandes corpos espúrios no escoamento ou pela presença de areia.

O mesmo é verdadeiro para a ocorrência de atrito nos mancais.

Comentários:

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5.2 Medidores de Vazão

As distorções no perfil de velocidades e vórtices são causas comuns de erros de medida;

Estes problemas podem ser corrigidos pelo provimento de trechos retos de tubulação à montante e à jusante do medidor e pelo uso de condicionadores de fluxo.

Comentários:

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5.2 Medidores de Vazão

Diminuições da densidade do fluido levam a uma redução do torque disponível no rotor para superar as forças de arrasto;

O torque no rotor é diretamente proporcional a ρV2. Se ρ diminuir, como é o caso do GLP, haverá menos torque disponível e a precisão da medida diminuirá para baixas vazões.

Comentários:

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5.2 Medidores de Vazão

Dois tipos principais de medidores tipo turbina:

Convencionais:com rotor de pás expostas (open blade rotor),com rotor de pás recobertas (shrouded rotor);

Pás em hélice.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores tipo turbina convencionais:

Rotor de pás expostas Rotor de pás recobertas

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores tipo turbina com pás em hélice e convencionais:

Apenas duas pás em hélice Múltiplas pás convencionais

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores tipo turbina com pás em hélice:

Apenas duas pás em hélice

Possibilidade de se medir com precisão a vazão de líquidos de alta viscosidade, pois os efeitos de camada limite são minimizados.

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D = 203 mm

5.2 Medidores de Vazão

Efeitos de camada limite em rotores com pás convencionais e em hélice:

Aumento de 25 μm na espessura da camada

limite 0,3% de redução na área efetiva do

escoamento

Aumento de 25 μm na espessura da camada

limite 0,1% de redução na área efetiva do

escoamento

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5.2 Medidores de Vazão

Aplicações de medidores de turbina convencionais na indústria petrolífera:

Medição de grandes volumes de produtos refinados e de óleos crus leves;

Terminais de carregamento em caminhões de produtos refinados.

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5.2 Medidores de Vazão

Medição de grandes volumes de produtos refinados e de óleos crus leves (linhas de escoamento e carregamento e descarregamento de petroleiros):

São operados a vazões mais altas para melhor precisão;

Sua vida útil pode ultrapassar 20 anos;

Conseguem lidar com volumes maiores do que medidores de deslocamento positivo ou Coriolis de mesmo tamanho.

Podem ser facilmente aferidos em campo.

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5.2 Medidores de Vazão

Medição de produtos refinados em terminais de carregamento de caminhões:

Utilizados especificamente para mistura de combustíveis para motores de diferentes octanagem e/ou oxigenação.

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5.2 Medidores de Vazão

Aplicações de medidores de turbina de pás em hélice na indústria petrolífera:

Produção e transporte de óleos crus:A faixa de aplicação de medidores turbina pôde ser estendida para óleos médios e até mesmo pesados.

O desempenho do medidor foi aprimorado pela utilização de microprocessadores.

Medições de temperatura no medidor permitem levar em conta dados de densidade.

O medidor é então caracterizado não somente com relação à faixa de vazões, mas também com relação à faixa de viscosidades.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores Tipo Turbina:

Q

nDf

nD3

2

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores Tipo Turbina:

Q

nDf

nD3

2

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5.2 Medidores de Vazão

Exemplo 4-2:

Calcular a faixa de vazões mássicas de amônia líquida a 20C para a qual o medidor tipo turbina da figura abaixo forneceria leituras com precisão de 0,5%. Determinar ainda o coeficiente de escoamento para este fluido em revoluções/kg.

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5.2 Medidores de Vazão

Exemplo 4-2:

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

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5.2 Medidores de Vazão

Medir a vazão volumétrica e a densidade do fluido de modo a se calcular a vazão em massa;

Utilizar um medidor cujo princípio de operação seja diretamente ligado à vazão em massa.

Duas abordagens para medida da vazão em massa:

Os medidores do segundo tipo apresentam muitas vantagens no que diz respeito à precisão, simplicidade, custo, peso, volume ocupado, etc.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

O carrossel gira à velocidade angular ;

A pessoa anda sobre o carrossel à velocidade V;

Uma força F (força de Coriolis) agirá sobre a pessoa.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

http://galileo.cyberscol.qc.ca/intermet/vent/p_vent2_corio.htm

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

relBA vrxvv

𝑣→

𝐴 /𝐵

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

relrelBA avxrxxrxaa 2

aceleração de Coriolis

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5.2 Medidores de Vazão

Aceleração de Coriolis:

relrelBA avxrxxrxaa 2

Aceleração de Coriolis:

Diferença entre a aceleração de A relativa a P quando medida em eixos

girantes e em eixos não girantes

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

Escoamento em um medidor do tipo Coriolis

A “rotação” é criada pela vibração da tubulação em U

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

Forças e torção em um medidor do tipo Coriolis

A “rotação” é criada pela vibração da tubulação em U

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

Forças e torção em um medidor do tipo Coriolis

A tubulação sofre um efeito de torção devido às forças de Coriolis

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

Exemplo de um medidor do tipo Coriolis

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores do tipo Coriolis:

Modelagem do medidor do tipo Coriolis

Vx2

)2()(

Vxdm

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5.2 Medidores de Vazão

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5.2 Medidores de Vazão

A defasagem, t, entre os sinais dos sensores P1 e P2 é uma medida da deflexão do tubo em U, que, por sua vez, é proporcional à vazão mássica.

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5.2 Medidores de Vazão

O conjunto age como uma mola de rigidez Ks, de modo que:

td

Km s

2

.

8

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5.2 Medidores de Vazão

d é o braço da alavanca;

Δt é o intervalo de tempo entre os instantes em que P1 e P2 captam a torção θ dos braços do tubo em C;

Há uma relação linear entre m e Δt.

Medidor do tipo Coriolis: td

Km s

2

.

8

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5.2 Medidores de Vazão

Outra possibilidade é calcular a vazão mássica por processamento digital do sinal y = y1 – y2 (magnitude da deflexão de Coriolis).

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5.2 Medidores de Vazão

Medição do óleo cru em unidades automáticas de transferência de custódia (unidades LATC);

Linhas de transporte e entrepostos comerciais de:Gás liquefeito de petróleo (GLP),Gás natural liquefeito (GNL),Líquidos de gás natural (LGN);

Linhas de transporte e carregamento de qualquer produto que contenha material particulado em suspensão.

Utilização de medidores Coriolis na indústria petrolífera:

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5.2 Medidores de Vazão

Os medidores Coriolis são preferidos aos medidores de deslocamento positivo quando contaminantes sólidos como a areia estiverem presentes.

Se o óleo possuir frações residuais de água, o medidor Coriolis fornece a densidade da mistura. Conhecendo-se ρóleo e ρágua, é possível determinar WLR.

Em unidades LATC:

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5.2 Medidores de Vazão

O volume destes produtos é fortemente afetado por variações de temperatura e pressão;

Os medidores Coriolis são pouco sensíveis a estas variáveis e fornecem medidas precisas em uma faixa mais ampla do que outros medidores;

Em linhas de transporte e entrepostos de GLP, GNL e LGN:

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5.2 Medidores de Vazão

Se a transferência de custódia for em unidades de massa, a precisão da medida será ainda melhor porque é independente da medida da densidade.

Os medidores Coriolis, por não possuírem partes móveis internas, não são afetados pelo baixo efeito lubrificante destes fluidos.

Em linhas de transporte e entrepostos de GLP, GNL e LGN:

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5.2 Medidores de Vazão

Aplicações várias envolvendo óleos crus contendo material particulado;

Terminais de carregamento de asfalto.

Medição de produtos contendo material particulado:

As altas temperaturas de operação e a presença de particulados nestas aplicações não permitem o uso de outros tipos de medidores.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores baseados no tempo de trânsito da onda acústica (reconhecido pelo API para medições de transferência de custódia);

Medidores baseados no efeito Doppler.

Dois tipos de medidores ultrassônicos da vazão de líquidos:

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5.2 Medidores de Vazão

Uma perturbação de pressão de pequena amplitude (onda acústica) se propaga através de um fluido a uma velocidade determinada (velocidade do som) relativa ao fluido.

Medidores Ultrassônicos por Tempo de Trânsito:

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores Ultrassônicos por Tempo de Trânsito:

c

Lt 0

c

V

c

L

Vc

Lt 1

20 c

VLttt

Problemas: A velocidade do som, c, varia com a temperatura; Uma vez que se tem c2, o erro introduzido é ainda maior; Os valores de Δt são muito pequenos (frações de μs).

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores Ultrassônicos por Tempo de Trânsito:

212

2

c

VLttt

O intervalo de tempo foi dobrado diminuição do erro relativo;

Mas a dependência de c2 ainda é uma grande desvantagem.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores Ultrassônicos por Tempo de Trânsito:

L

Vc

tf

cos1

11

L

Vc

tf

cos1

22

Um emissor e um receptor em cada extremidade da trajetória acústica

L

Vfff

cos221

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5.2 Medidores de Vazão

L

Vfff

cos221

Relação linear entre V e Δf;

São necessários métodos para medida de Δf;

Tendo-se Δf, obtém-se V;

Tendo-se V, obtém-se Q.

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores Ultrassônicos por Tempo de Trânsito:

Montagem com transdutores emissor/receptor em cada extremidade

Vantagens:

Menor custo;

Trajetória acústica única;

Montagem não intrusiva.

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5.2 Medidores de Vazão

A trajetória acústica envolve o fluido, a tubulação e os suportes dos transdutores;

A trajetória acústica pode sofrer variações (dilatação térmica, etc.);

O sinal acústico pode ser muito atenuado pelo material da tubulação e suportes.

Desvantagens da montagem com um único par de transdutores:

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5.2 Medidores de Vazão

V uniforme?! E o perfil de velocidades?

L

Vfff

cos221

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5.2 Medidores de Vazão

Dubiedade no cálculo da vazão pelo tempo de trânsito!!

L

drrVcc

Rt

02 tan

12

R

drrrVQ0

2

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5.2 Medidores de Vazão

Dubiedade:

Dois escoamentos com a mesma velocidade média na seção têm a mesma vazão volumétrica;

Porém, perfis diferentes de velocidade dariam tempos de trânsito diferentes e vazões volumétricas diferentes.

L

drrVcc

Rt

02 tan

12

R

drrrVQ0

2

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5.2 Medidores de Vazão

A determinação da verdadeira velocidade média é difícil, principalmente para se cumprir os requisitos de precisão estipulados em contratos de transferência de custódia.

A fim de melhorar a precisão do medidor, os medidores ultrassônicos utilizam múltiplos pares de transdutores.

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5.2 Medidores de Vazão

A precisão de medidores ultrassônicos de múltiplas trajetórias acústicas depende de: Número de trajetórias; Localização dos transdutores; Algoritmo utilizado para integração da velocidade média em

cada trajetória.

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5.2 Medidores de Vazão

Requisitos para os transdutores ultrassônicos utilizados:

Diâmetro do transdutor bem maior do que o comprimento de onda da perturbação sonora (D >> );

Feixe ultrassônico deve ser estreito e bem definido.

Em geral:

D 1 cm f da ordem de MHz

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5.2 Medidores de Vazão

Vantagens dos medidores ultrassônicos por tempo de trânsito:

Medição não intrusiva;

Não causam perda de carga (localizada);

Medição bidirecional;

Fornecem informação sobre a densidade do fluido;

Operação remota.

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5.2 Medidores de Vazão

Desvantagens dos medidores ultrassônicos por tempo de trânsito:

Mais sensíveis a erros sistemáticos (velocidades transversais, variações locais da velocidade, etc.);

Dificuldade de aferição em campo (proving);

Histórico “curto”;

Limite na viscosidade do fluido (dissipação acústica acentuada em fluidos muito viscosos e efeitos de camada limite);

Custo.

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5.2 Medidores de Vazão

Aplicações de medidores ultrassônicos na indústria petrolífera:

Medições de altas vazões de óleos leves crus e produtos refinados (linhas de produção, instalações de carga e descarga de petroleiros, GLP, etc.);

Aplicações de alta pressão (favorecidas pelo formato tubular compacto);

Medição de óleos contaminados por particulados (a vida útil de medidores de deslocamento positivo é sensivelmente reduzida nestes casos).

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5.2 Medidores de Vazão

Medidores ultrassônicos por tempo de trânsito podem operar com fluidos “sujos”, porém:

Heterogeneidades no fluido atenuam os sinais acústicos, afetando o desempenho do medidor;

Concentrações de sólidos estão limitadas a 5%;

Concentrações de gás estão limitadas a 1%.

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5.2 Medidores de Vazão

Heterogeneidades no escoamento refletem um sinal ultrassônico de frequência conhecida.

Haverá então uma variação no sinal refletido proporcional à velocidade do líquido.

Medidores Ultrassônicos por Efeito Doppler:

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5.2 Medidores de Vazão

Medida “pontual” da velocidade do fluido; Não há, na verdade, dependência com relação a c; O medidor é insensível a variações da temperatura do fluido; Deve-se ter um mínimo de 25 ppm de partículas refletoras.

Medidores Ultrassônicos por Efeito Doppler:

Vc

ffff trt

cos2

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5.2 Medidores de Vazão

Variações na velocidade do som, c, causam uma variação compensatória em cosθ (analogamente à lei de Snell);

O ângulo θ pode ser interpretado como o ângulo da cunha e c a velocidade de propagação no material da cunha e não no fluido.

Independência com relação a c:

Vc

ffff trt

cos2

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5.2 Medidores de Vazão

Exemplo de medidor ultrassônico: Altosonic V (Khrone)

Possíveis locais de aplicação:

Plataformas terrestres e marítimas;

Campos de produção; Oleodutos; Terminais de carga e

descarga; Linhas de escoamento

de múltiplos produtos; Refinarias.

Aplicação: medição para transferência de custódia de hidrocarbonetos líquidos.

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5.2 Medidores de Vazão

Exemplo de medidor ultrassônico: Altosonic V (Khrone)

Medição baseada no tempo de trânsito da onda ultrassônica

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5.2 Medidores de Vazão

Medição ultrassônica com múltiplos caminhos acústicos

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5.2 Medidores de Vazão

UFS-V, Ultrasonic Flow Sensor

UFC-V, Ultrasonic Flow Converter

UFP-V, Ultrasonic Flow Processor

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5.2 Medidores de Vazão

UFS-V, Ultrasonic Flow Sensor

Carcaça em aço inoxidável;

Cinco pares de transdutores ultrassônicos;

Sensor de temperatura da carcaça para correção dos efeitos de dilatação térmica.

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5.2 Medidores de Vazão

UFC-V, Ultrasonic Flow Converter

Cálculo do tempo de trânsito para cada uma das cinco trajetórias ultrassônicas;

Cálculo da vazão volumétrica para cada uma das cinco trajetórias ultrassônicas;

Transferência destes resultados para o processador.

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5.2 Medidores de Vazão

UFC-P, Ultrasonic Flow Processor

Cálculo da vazão às condições locais com base nos resultados ultrassônicos;

Cálculo da vazão às condições padrão com base nas leituras de temperatura, pressão e dados de densidade.

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5.2 Medidores de Vazão

UFC-P, Ultrasonic Flow Processor

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5.2 Medidores de Vazão

1. Medida da temperatura da carcaça do medidor;

2. Sinais dos transdutores ultrassônicos;

3. Entrada da temperatura;

4. Entrada da pressão;

5. Entrada da densidade;

6. Entrada da viscosidade;

7. Modbus;

8. Saída para a tela do computador e saída supervisório.

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5.2 Medidores de Vazão

Modelos do Altosonic V (Khrone):

Modelo Temperatura Viscosidade

Padrão (Standard) -40 a +180 ºC 0,1 a 150 cSt

Alta viscosidade (High viscosity) -40 a +180 ºC Até 1.500 cSt

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5.2 Medidores de Vazão

Sistema de medição do Altosonic V (Khrone):

Princípio de funcionamento

Tempo de trânsito da onda ultrassônica

Funcionalidade Vazão instantânea e volume acumulado

Faixa de medição Velocidade do escoamento de zero a 10 m/s

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5.2 Medidores de Vazão

Dados de desempenho do Altosonic V (Khrone):

Repetibilidade 0,02%

Incerteza 0,027% para nível de confiança de 95%

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5.2 Medidores de Vazão

Condições operacionais do Altosonic V (Khrone):

Temperatura ambiente - 40 a + 60ºC

Concentração máxima de sólidos (bem misturados)

< 5% em volume

Fração máxima de gás (bem disperso) < 2%

Fração máxima de água no óleo< 6% para V > 1 m/s

< 10% para V > 2 m/s

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5.2 Medidores de Vazão

Instalação do Altosonic V (Khrone):

Orientação Horizontal ou vertical

Trecho reto à montante 10D

Trecho reto à jusante 5D

Sentido do escoamento Bidirecional

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5.2 Medidores de Vazão

Vazões medidas pelo Altosonic V (Khrone):

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5.2 Medidores de Vazão

Visão geral dos medidores de vazão

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5.2 Medidores de Vazão

Aplicações dos medidores de vazão

ultrassônicos da Khrone

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Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

1. Introdução

2. Medidores de Vazão

3. Aferição em Campo

4. Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

5. Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

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5.3 Aferição em Campo

Comentários preliminares:

É impossível reproduzir em laboratório todas as geometrias e condições operacionais da indústria petrolífera.

A precisão de um medidor estabelecida por aferição em laboratório não será necessariamente válida para as condições reais de operação.

As grandezas aferidas em campo são vazão e densidade.

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5.3 Aferição em Campo

Três razões para aferição em campo:

Operações de transferência de custódia;

Auditoria de qualidade (anuência com os requerimentos de qualidade da ISO 9000);

Auditoria ambiental (verificação da quantidade de materiais transferidos, por exemplo, por oleodutos, garantindo a inexistência de vazamentos ou perdas).

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5.3 Aferição em Campo

Aferição em laboratório: Diferentes vazões; Diferentes temperaturas; Diferentes densidades (fluidos); Determinação do fator de aferição do medidor.

Aferição em campo (proving): As condições testadas devem ser as mais representativas

possíveis da operação normal do sistema; São então utilizados fluidos reais a vazões, temperaturas

e densidades de operação do sistema; É determinado o fator de correção do medidor.

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5.3 Aferição em Campo

Resultados da aferição em campo (proving):

𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆 çã𝒐𝒅𝒐𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐𝒓=𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒅𝒐 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒑𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒑𝒓𝒐𝒗𝒂𝒅𝒐𝒓

𝑳𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂𝒅𝒐𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐𝒓

Utilização dos resultados da aferição em campo:

Correção das leituras de vazão;

Determinação de novos fatores de aferição;

Decisão sobre necessidade de manutenção ou nova aferição do medidor.

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5.3 Aferição em Campo

Métodos de aferição em campo:

Provadores de bola (ball provers);

Medidores mestre.

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5.3 Aferição em Campo

Provadores de bola (ball provers)

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5.3 Aferição em Campo

Uma esfera se desloca no interior de uma tubulação em U com pequeníssima folga, empurrada pelo óleo.

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5.3 Aferição em Campo

A tubulação em U é montada em série com o medidor.

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5.3 Aferição em Campo

O movimento da bola é detectado eletronicamente.

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5.3 Aferição em Campo

Medidas precisas do tempo de amostragem e do volume deslocado permitem o cálculo da vazão (“coleta-cronometragem-pesagem”).

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5.3 Aferição em Campo

Uma válvula de quatro vias permite que a bola se desloque para frente e para trás em um mesmo ciclo de medição (provadores de bola bidirecionais).

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5.3 Aferição em Campo

Aferição de um medidor Coriolis por um provador de bola

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5.3 Aferição em Campo

Aferição de um medidor Coriolis por um provador de bola

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5.3 Aferição em Campo

Em última instância, os provadores de bola funcionam pelo método da “coleta-cronometragem-pesagem”.

A “coleta-cronometragem-pesagem” é um método fundamental (“autônomo”) de medida da vazão.

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5.3 Aferição em Campo

Desvantagens dos provadores de bola (ball provers):

Muitas partes móveis;

Dificuldade para aferição de grandes vazões.

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5.3 Aferição em Campo

Utilização de medidores mestre

Medidor mestre

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5.3 Aferição em Campo

Utilização de medidores mestre:

Um medidor admitido como padrão (mestre) é instalado em série com os medidores de produção.

O trecho do medidor mestre é isolado por válvulas.

Durante a aferição, o escoamento flui tanto pelos medidores de produção como pelo medidor mestre.

A comparação dos resultados permite obter o fator de correção dos medidores de produção.

O problema é obter um medidor suficientemente preciso para operar como medidor mestre.

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5.3 Aferição em Campo

Vantagens dos medidores mestre:

A instalação é bem mais simples, chegando a custar até 40% menos do que aquela de um provador de bola.

Tempos de amostragem mais longos.

Eliminação de muitas partes móveis com consequente redução dos custos de manutenção.

Durante picos de produção, o medidor mestre pode operar como medidor de produção.

Medidores do tipo de turbina com pás em hélice podem ser usados como medidores mestre.

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Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

1. Introdução

2. Medidores de Vazão

3. Aferição em Campo

4. Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

5. Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

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Configuração (“Rota”): maneira como instrumentos específicos são combinados para se obter a vazão das fases.

A configuração específica utilizada em uma dada aplicação depende de vários fatores.

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Nenhum instrumento sozinho é capaz de medir as vazões individuais dos componentes de um

escoamento multifásico.

Page 144: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Classificação Faixa de GVF Comentário

Baixo GVF 0 – 25%“Líquido gaseificado”; medidores

monofásicos aceitáveis

GVF moderado 25% - 85%Medidores monofásicos não se aplicam; são necessários medidores multifásicos

Alto GVF 85% - 95%Aumento rápido da incerteza dos

medidores multifásicos; separação parcial muitas vezes necessária

Altíssimo GVF 95% - 100%

“Gás úmido”; medidores multifásicos muitas vezes satisfatórios exceto para

medição fiscal; neste caso, são necessários medidores de gás úmido

Classificação dos escoamentos segundo o GVF (NFOGM Handbook, 2005):

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Rota 1: Homogeneização e amostragem

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Rota 1: Homogeneização e amostragem

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Rota 1: Homogeneização e amostragem

Page 148: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Escoamento caracterizado por uma única velocidade.

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Rota 1: Homogeneização e amostragem do escoamento multifásico

Hipótese: não há deslizamento entre as fases.

Três instrumentos (ou medições) são necessários.

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

gtotalg Qm .

ototalo Qm .

wtotalw Qm .

AVQtotal

1

Rota 1: Homogeneização e amostragem do escoamento multifásico

Known 

ρg

ρo

ρw

vαgA

Unknown 

mg

mo

mw

Qtotal

β 

Quais instrumentos utilizar?

Page 150: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Rota 2: Homogeneização sem amostragem do escoamento homogêneo

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 151: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Rota 2: Homogeneização sem amostragem do escoamento homogêneo

ggg AVm .

ooo AVm .

www AVm .

wo VV

1

Known 

ρg

ρo

ρw

αgAVo

Vg

Unknown 

mo

mw

mg

βVw

 

Quais instrumentos utilizar?

Page 152: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Escoamento caracterizado por mais de uma velocidade

Rota 3: Medição direta do escoamento não homogêneo inalterado

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 153: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Em princípio, cinco medidas são necessárias:

3 velocidades

2 concentrações (terceira concentração obtida por diferença)

Das velocidades e concentrações, obtém-se a vazão de cada fase.

Rota 3: Medição direta do escoamento não homogêneo inalterado

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 154: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Rota 4: Separação completa dos componentes individuais do escoamento multifásico.

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Não há necessidade de medidores MFM.

Page 155: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Rota 5: Separação parcial do componente gasoso

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 156: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Rota 6: Separação completa do componente gasoso

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

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5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 160: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Questão crucial !!

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Questão crucial !!

Page 162: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Questão crucial !!

Page 163: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Questão crucial !!

Page 164: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Questão crucial !!

Page 165: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Tipos de escoamento em cada medida

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

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Parâmetros a serem medidos e tipos de medidor

Route 1: Route 2: Route 3: Route 4: Route 5: Route 6:

Homogeneização e amostragem do

escoamento

Homogeneização sem amostragem do escoamento

Medição direta do escoamento não

homogêneo inalterado

Separação completa de cada um dos

componentes

Separação parcial do componente

gasoso

Separação completa do componente

gasoso

GLR GLR Velocity of oil flowSingle-phase

flow rateGas flow rate Gas flow rate

(Dual-phase meter) (Wet gas meter) (Gas meter)

Flow rate Flow rate Velocity of water flowSingle-phase

flow rateVelocity of oil flow Liquid flow rate

(Dual-phase meter)(Reduced GVF

multiphase meter)(Dual-phase meter)

WLROne of the phase

fractionsVelocity of gas flow

Single-phase flow rate

Velocity of water flow

WLR

(Dual-phase meter)(Reduced GVF

multiphase meter)(Dual-phase meter)

Meter 4 - -One of the phase

fractions- Velocity of gas flow -

Meter 5 - -Mixture overall density or

total mass flow rate-

One of the phase fractions

-

Meter 6 - - - -Mixture overall density or total mass flow rate

-

Meter 1

Meter 2

Meter 3

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Dificuldade de medição

multifásica

Complexidade da instalação

hidráulica

Rota 4↓

Rota 6↓

Rota 5↓

Rota 1↓

Rota 2↓

Rota 3

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 170: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Desafios para MFM de alta precisão: Eliminar os erros causados por concentração do gás no espaço

anular em escoamentos verticais . Captar flutuações no escoamento (escoamentos intermitentes).

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

Page 171: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Desafios para MFM de alta precisão:

Melhorar a precisão da medida de WLR nos casos de alto GVF e alto WLR.

Combinar, em um único medidor, medidas multifásicas e de gás úmido.

Simplificar a configuração dos medidores multifásicos e reduzir os erros.

5.4 Configurações de Instrumentos para a Medição Multifásica

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Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

1. Introdução

2. Medidores de Vazão

3. Aferição em Campo

4. Configuração de Instrumentos para a Medição Multifásica

5. Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

Page 175: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Equação geral para a vazão através de medidores obstrutivos:

21

2pp

gKAQ c

treal

A relação entre Qreal e p é quadrática, característica dos medidores obstrutivos.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores obstrutivos:

Qual?

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Placas de orifício são amplamente utilizadas para medida da vazão de escoamentos monofásicos;

Existem métodos bem estabelecidos para a determinação do fator K em função da geometria, propriedades dos fluidos e condições de operação.

Placas de orifício:𝑉 𝑡=𝐾 √ ∆𝑝𝜌

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

A inclusão de um termo extra referente à velocidade de deslizamento entre as fases;

A determinação experimental deste termo por aferição da placa em condições representativas da situação real, incluindo a configuração da tubulação (tubagem).

A utilização de placas de orifício em escoamentos bifásicos não homogêneos requer:

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Equacionamento da placa de orifício para escoamentos bifásicos não homogêneos:

𝑋=∆𝑝𝑙∆𝑝𝑔

=�̇�𝑙

�̇�𝑔(𝜌𝑔𝜌𝑙 )

1 /2

∆𝑝𝑡𝑝∆𝑝𝑙

=1+ 𝐶𝑋+ 1𝑋 2

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Aferição da placa de orifício para escoamentos bifásicos não homogêneos:

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

Page 182: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores Tipo Turbina:

Q

nDf

nD3

2

Como será esta relação para um

escoamento bifásico?

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores do tipo turbina:

Qual?

Page 184: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Medidores Tipo Turbina:

Q

nDf

nD3

2

Como será esta relação para um

escoamento bifásico?

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 185: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Medidores Tipo Turbina:

A densidade média do escoamento bifásico líquido-gás na posição do medidor oscilará constantemente, o que afetará diretamente a rotação da turbina.

Se houver uma densidade média estável e com pouca oscilação, talvez seja possível estabelecer a função desejada.

Antecipam-se, portanto, dificuldades da turbina em lidar com escoamentos intermitentes.

Escoamentos homogêneos parecem mais propícios à operação com estes medidores.

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 186: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Medidores Tipo Turbina:

𝑄𝑛𝐷3= 𝑓 (𝑛𝐷

2

𝜗 )𝑄𝑛𝐷3= 𝑓 (𝑛𝜌 𝐷

2

𝜇 )𝑉 𝑇=𝑛𝜌≡𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑑𝑎𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 187: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Medidores Tipo Turbina:

𝑉 𝑇=𝑛𝜌= 𝑓 ( 𝜌𝑙 , 𝜌𝑔 ,𝑉 𝑙 ,𝑉 𝑔 ,𝑉 𝑠 ,𝐺𝑉𝐹 )

Uma das abordagens é tentar modelar VT para escoamentos bifásicos:

São necessárias medições independentes da velocidade de deslizamento, Vs, e GVF.

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 188: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Medidores Tipo Turbina:

𝑉 𝑇=𝑛𝜌= 𝑓 ( 𝜌𝑙 , 𝜌𝑔 ,𝑉 𝑙 ,𝑉 𝑔 ,𝑉 𝑠 ,𝐺𝑉𝐹 )

Modelos existentes para VT: Modelo volumétrico; Modelo de Rouhani; Modelo de Aya; Modelo de Kamath e Lahey.

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 189: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Modelo volumétrico:

Modelos de Rouhani e de Aya: Análise das várias forças agindo sobre as pás da turbina.

Modelo de Kamath e Lahey: Análise do comportamento do medidor turbina em

escoamentos bifásicos transientes. A inércia do rotor, o perfil de velocidades do fluido e a

distribuição das bolhas tiveram o maior efeito sobre os resultados.

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 190: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Resultados do medidor turbina em escoamentos horizontais água-vapor com base no modelo homogêneo

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 191: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Resultados do medidor turbina em escoamentos verticais água-vapor com base no modelo homogêneo

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 192: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Comentários:

A pressão parece ter um grande efeito sobre os resultados, talvez por seu efeito sobre o tamanho e distribuição das bolhas.

Esta tendência está em conformidade com a análise de Kamath e Lahey.

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 193: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

Comentários:

Perfis de velocidade e distribuições de bolhas desconhecidos podem afetar o desempenho da turbina de maneira imprevisível e causar grandes erros.

A turbina parece ser razoavelmente confiável e precisa em medidas de escoamentos líquido-gás homogêneos.

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Page 194: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores obstrutivos;

Medidores de deslocamento positivo;

Medidores lineares de vazão;

Medidores de vazão mássica;

Medidores ultrassônicos.

Medidores de vazão:

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Medidores do tipo Coriolis:

Qual?

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Requerimentos para utilização convencional ( escoamentos monofásicos) do medidor Coriolis:

O medidor deve estar completamente cheio de líquido;

O líquido não deve conter gás;

O processo não deve estar sujeito a flutuações muito rápidas.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Problemas com a utilização do Coriolis em escoamentos bifásicos: As oscilações do tubo em U são amortecidas pelo

componente gasoso (compressível) do escoamento.

A energia motora requerida para manter as oscilações do tubo em U aumenta acentuadamente.

Além disso, a intensidade do amortecimento varia rápida e aleatoriamente devido ao comportamento estocástico próprio do escoamento bifásico.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Utilização do Coriolis em escoamentos bifásicos:

O medidor não pode ser usado no padrão pistonado;

No padrão bolhas dispersas, o valor GVF = 5% é normalmente adotado como limite para operação correta do medidor;

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Porém,

No padrão bolhas dispersas, já foram observados erros de até 58% nas medidas do Coriolis;

Em um teste de modelos de oito fabricantes diferentes, leituras completamente errôneas foram observadas para GVF entre 2 e 4%.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

“Modelo da bolha isolada” de Hemp e Sultan:

Bolha isolada circundada por um fluido muito mais denso no interior de um tubo vibratório;

Não são consideradas interações entre bolhas;

Admite-se que as bolhas não entram em contato com as parede da tubulação;

O modelo prevê um comportamento monotônico negativo do erro, função apenas de GVF.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

“Modelo da bolha isolada” de Hemp e Sultan:

≡ GVF 0 ≤ ≤ 1

Page 202: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Erro na medida da densidade de escoamentos água-ar em um Coriolis de 75 mm de diâmetro

(Invensys UTC - University of Oxford, Inglaterra)

Page 203: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Comentários:

Quanto maior a vazão, maior o erro, mas o efeito vai se saturando;

Page 204: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Erro na medida da vazão mássica de líquido de escoamentos água-ar em um Coriolis de 75 mm (Invensys UTC - University of Oxford, Inglaterra)

Page 205: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Comentários:

Mesmo para baixos valores de GVF (escoamentos em bolhas dispersas), há uma forte influência da velocidade do escoamento sobre o erro na vazão;

Para GVF = 5%, o erro pode variar de -9 % a -20% à medida que a vazão decresce de 23 kg/s para 3 kg/s.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Além de GVF e velocidade da mistura, outros fatores afetam o erro na vazão e densidade:

Orientação da tubulação em U (influência da forças de empuxo);

Geometria da tubulação em U (diâmetro da tubulação, tubo único ou tubo dividido, etc.);

Viscosidade do líquido (para μ , erro 0)

Ainda não é possível o tratamento analítico destes efeitos.

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Desenvolvimento de fatores de correção bifásicos:

Devem ser função somente de informações disponíveis no próprio medidor Coriolis e de uma medida independente da densidade do líquido;

Devem ser aplicáveis diretamente às leituras do Coriolis sob a forma de uma função matemática ou rede neural;

São obtidos valores corrigidos (erro reduzido) da vazão de líquido e densidade da mistura.

Page 208: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Requerimentos para correção das leituras do Coriolis:

Boa homogeneização do escoamento (ausência de deslizamento entre as fases)

Medidas da pressão e temperatura para cálculo de GVF na entrada do medidor;

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Erro na densidade após aplicação do fator de correção (Invensys UTC - University of Oxford, Inglaterra)

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5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Erro na vazão mássica após aplicação do fator de correção (Invensys UTC - University of Oxford, Inglaterra)

Page 211: MCC-09 Técnicas de Medida em Transferência de Calor e Mecânica de Fluidos Cap. 5: Instrumentos e Medidores Utilizados na Indústria Petrolífera

5.5 Utilização dos Medidores de Vazão em Escoamentos Multifásicos

Comentário:

Mais fácil corrigir a densidade do que a vazão;