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Curso EaD Quem Mexeu no Nosso Currículo? Considerações teórico-práticas sobre a BNCC Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas Coordenação: Equipes dos DPPPE e DEF e Profa. Dra. Meire Cristina dos Santos Dangió

Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

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Page 1: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Curso EaD – Quem Mexeu no Nosso Currículo?

Considerações teórico-práticas sobre a BNCC

Módulo I

10 horas

As concepções pedagógicas

Coordenação:

Equipes dos DPPPE e DEF e

Profa. Dra. Meire Cristina dos

Santos Dangió

Page 2: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Pra início de conversa...

Olá cursistas, diante das expectativas apresentadas no Fórum 1 e do

desafio de pensar coletivamente a BNCC a partir do nosso

Currículo, entendemos ser de grande importância, inicialmente,

investigar as concepções pedagógicas que engendraram o

movimento histórico atual para que possamos compreender como

chegamos a este momento, bem como, para que possamos

superar por inclusão/incorporação os aspectos fundamentais e

necessários da BNCC em relação ao nosso Currículo.

Obra “O pensador”

Rodin

Page 3: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

SUPERAR POR INCLUSÃO/INCORPORAÇÃO

Saviani (2015, p. 28) nos elucida esse termo, dizendo "A lógica dialética não é

outra coisa senão o processo de construção do concreto de pensamento

(ela é uma lógica concreta) ao passo que a lógica formal é o processo de

construção da forma do pensamento (ela é, assim, uma lógica abstrata).

Por aí se pode compreender o que significa dizer que a lógica dialética

supera por inclusão/incorporação a lógica formal (incorporação, isto

quer dizer que a lógica formal já não é tal e sim parte integrante da

lógica dialética). Com efeito, o acesso ao concreto não se dá sem a

mediação do abstrato. Assim, aquilo que é chamado de lógica formal

ganha um significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num

momento da lógica dialética".

Movimento necessário:

Analisar a BNCC incorporando

seus avanços e superando seus

limites . Fonte:https://www.google.com/search?q=movimento+dial%C3%A9tico&rlz=1C1GC

EA_enBR791BR791

Page 4: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Pra início de conversa...

De acordo com a teoria que embasa nosso Currículo, o

processo histórico torna-se importante na

compreensão das concepções que permeiam os

ideários pedagógicos desde os primórdios até o

presente momento.

Para tanto, fizemos a escolha de um texto que

consideramos ser fundamental para a apropriação dos

elementos teóricos necessários à reflexão da nossa

prática educativa, bem como, à reflexão da base teórica

proposta pela BNCC em relação ao nosso currículo.

Page 5: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Lembramos que seguimos com o método

dialético de análise, buscando as

multideterminações do processo.

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791B

R791&biw=1366&bih=608&tbm=isch&sa=1&ei=0wNUXaDoG4m5

5OUPx6SMuAQ&q=m%C3%A9todo+dial%C3%A9tico&oq=m%C3

%A9todo+dial

Page 6: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Movimento metodológico dialético:

SÍNCRESE – ANÁLISE – SÍNTESE

SÍNCRESE = percepção sensorial imediata

concreto (pseudoconcreticidade) = realidade

real aparente (aparece) – sem mediação da análise

REAL = critério de validade – a realidade se mostra como está

Neste curso = síncrese = interferência da BNCC em nosso Currículo

Percepção sensorial imediata = o que acontecerá a partir da

BNCC?; até ponto a BNCC “mexerá” em nosso currículo?; quais as

possibilidades e limites da BNCC?

Page 7: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Movimento metodológico dialético:

SÍNCRESE – ANÁLISE – SÍNTESE

ANÁLISE = reconstruir o concreto no pensamento

procedimento de abstração – mediação do pensamento

construção de conhecimentos acerca da realidade

REAL = analisado em suas múltiplas determinações

Neste curso = análise = estudos e discussões sobre a BNCC e sua

relação com nosso Currículo – incorporando seus avanços e

superando seus limites.

Page 8: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Movimento metodológico dialético:

SÍNCRESE – ANÁLISE – SÍNTESE

SÍNTESE = concreto pensado

síntese de múltiplas determinações

REAL = unidade na diversidade.

Neste curso = síntese = elaborações coletivas, resultantes dos

estudos e das discussões em grupo. Posicionamento crítico sobre a

BNCC e sua interferência em nosso Currículo. Escrita de um texto,

produzido por um grupo representativo da coletividade, que conterá

nossas considerações acerca do que analisamos e que comporá os

textos iniciais da Proposta Pedagógica da Educação Infantil e do

Currículo Comum do nosso município.

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791

&biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=mwBUXbSiBc635OUP4YSr2

AQ&q=arte+espiralada&oq=arte+espiralada

Page 9: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

ABSTRAÇÕES DO PENSAMENTO

ANÁLISE

mediação

REALIDADE CONCRETO

OBJETIVA PENSADO

SÍNCRESE SÍNTESE

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR7

91&biw=1366&bih=608&tbm=isch&sa=1&ei=AQNUXe-

UO9TF5OUP9suw4A4&q=arte

Page 10: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Vamos prosseguir nossos estudos?

Estamos no momento da análise.

Page 11: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Módulo 1 – As concepções pedagógicas

Para iniciar nossos estudos, tomaremos como

base o texto: “As concepções pedagógicas

na história da educação brasileira”, de autoria

do Prof. Dermeval Saviani.

Fonte: https://pedagogiaparaconcurseiros.com.br/simulado-com-40-questoes-sobre-tendencias-pedagogicas/

Page 12: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Eixo norteador – relação entre teoria e prática.

Relação fundamental da

pedagogia.

Teorias da Educação e Concepções Pedagógicas

Page 13: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Pedagogia – teoria da educação

É uma teoria da prática educativa.

Não podemos perder de vista, porém, que se

toda pedagogia é teoria da educação, nem toda

teoria da educação é pedagogia.

Page 14: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Por que a pedagogia é uma

teoria da educação?

O conceito de pedagogia se reporta a uma teoria que

se estrutura a partir e em função da prática educativa.

A pedagogia, como teoria da educação, busca

equacionar, de alguma maneira, o problema da relação

educador-educando, de modo geral, ou, no caso

específico da escola, a relação professor-aluno,

orientando o processo de ensino e aprendizagem.

Fonte:

https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=657&tbm

=isch&sa=1&ei=QadRXY2yDIvX5OUP29SUAU&q=professor+ensinando+na+educa%C3

%A7%C3%A3o+infantil

Page 15: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Quais teorias não se

constituem como pedagogia?

Não se constituem como pedagogia aquelas teorias que

analisam a educação pelo aspecto de sua relação com a

sociedade não tendo como objetivo formular diretrizes

que orientem a atividade educativa, como é o caso das

teorias que chamei de “crítico reprodutivistas”.

Page 16: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Pedagogia = diferentes concepções de educação

Podem ser agrupadas

em duas grandes

tendências:

a primeira seria composta

pelas concepções pedagógicas

que dariam prioridade à teoria

sobre a prática

São exemplos: diversas

modalidades de pedagogia

tradicional, sejam elas situadas

na vertente religiosa ou na

leiga.

“teorias do ensino”

a segunda compõe-se das

concepções que subordinam a

teoria à prática

São exemplos: diferentes

modalidades da pedagogia

Nova.

“teorias da aprendizagem”

Page 17: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Concepções de Educação

Primeira tendência

problema fundamental:

“como ensinar”

Formulação de

métodos de ensino

Tempo histórico: dominante

até o final do século XIX.

Segunda tendência

problema fundamental:

“como aprender”

levou à generalização do

lema “aprender a

aprender”.

Tempo histórico: século XX,

não exclusão da concepção

tradicional que disputa a

influência sobre a

atividade educativa no

interior das escolas.

Page 18: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

As concepções tradicionais, desde a pedagogia de Platão e a

pedagogia cristã, passando pelas pedagogias dos humanistas e

pela pedagogia da natureza, na qual se inclui Comênio

(SUCHODOLSKI,1978, p. 18-38), assim como a pedagogia idealista

de Kant, Fichte e Hegel (Idem, p. 42-46), o humanismo racionalista,

que se difundiu especialmente em consequência da Revolução

Francesa, a teoria da evolução e a sistematização de Herbart-Ziller

(Idem, p. 54-67), desembocavam sempre numa teoria do ensino.

CONCEPÇÕES TRADICIONAIS Platão

Hegel

Page 19: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

Pautando-se pela centralidade da instrução (formação intelectual)

pensavam a escola como uma agência centrada no professor, cuja

tarefa é transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade

segundo uma gradação lógica, cabendo aos alunos assimilar os

conteúdos que lhes são transmitidos.

Nesse contexto a prática era determinada pela teoria que a moldava

fornecendo-lhe tanto o conteúdo como a forma de transmissão pelo

professor, com a consequente assimilação pelo aluno.

Essa tendência atinge seu ponto mais avançado na segunda

metade do século XIX com o método de ensino intuitivo centrado

nas lições de coisas.

CONCEPÇÕES TRADICIONAIS

Page 20: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Método intuitivo

O método intuitivo, conhecido como lições de coisas, foi concebido

com o intuito de resolver o problema da ineficiência do ensino

diante de sua inadequação às exigências sociais decorrentes da

revolução industrial que se processara entre o final do século

XVIII e meados do século XIX.

Essa revolução industrial viabilizou a produção de novos materiais

didáticos como suporte físico do novo método de ensino.

Esses materiais, difundidos nas exposições universais, realizadas na

segunda metade do século XIX com a participação de diversos

países, entre eles o Brasil.

Primeiras lições de coisas, cuja primeira edição data de 1861,

sendo reformulado e ampliado em 1870. Foi traduzido por Rui

Barbosa em 1881 e publicado no Brasil em 1886.

Page 21: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

As correntes renovadoras, desde seus precursores como Rousseau

e, de alguma forma, também Pestalozzi e Froebel (SUCHODOLSKI,

1978, P. 39-41), passando por Kierkegaard, Stirner, Nietzsche e

Bergson (Idem, p. 47-53 e 68-69) e chegando ao movimento da

Escola Nova, às pedagogias não diretivas (SNYDERS, 1978), à

pedagogia institucional (Lobrot, Oury) e ao construtivismo

desembocam sempre na questão de como aprender, isto é, em

teorias da aprendizagem, em sentido geral.

CORRENTES RENOVADORAS

Page 22: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

Pautando-se na centralidade do educando, concebem a

escola como um espaço aberto à iniciativa dos

alunos que, interagindo entre si e com o professor,

realizam a própria aprendizagem, construindo seus

conhecimentos. Ao professor cabe o papel de

acompanhar os alunos auxiliando-os em seu próprio

processo de aprendizagem.

CORRENTES RENOVADORAS

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=feZRXf3GDJfD5OUP_5ee4AI&q=aluno+ativo&oq=aluno+ativo&gs_l=img.3..0i30.11889

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Page 23: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

PAPEL DO PROFESSOR - acompanhar os alunos, auxiliando-os

em seu próprio processo de aprendizagem

CORRENTES RENOVADORAS

O eixo do trabalho pedagógico desloca-se, portanto, da

compreensão intelectual para a atividade prática, do aspecto

lógico para o psicológico, dos conteúdos cognitivos para os

métodos ou processos de aprendizagem, do professor para o

aluno, do esforço para o interesse, da disciplina para a

espontaneidade, da quantidade para a qualidade.

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR79

1&biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=vOhRXc36KOrX5OUP6M-

koAc&q=papel+do+professor+na+escola+nov

Page 24: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

CORRENTES RENOVADORAS

Tais pedagogias configuram-se como uma teoria da educação que

estabelece o primado da prática sobre a teoria.

A prática determina a teoria.

Esta deve se subordinar àquela, renunciando a qualquer tentativa

de orientá-la, isto é, de prescrever regras e diretrizes a serem

seguidas pela prática e resumindo-se aos enunciados que vierem

a emergir da própria atividade prática desenvolvida pelos alunos

com o acompanhamento do professor.

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_

enBR791BR791&biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1

&ei=aOxRXZqIMLq-5OUPj96rmAo&q

Page 25: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Percurso histórico das concepções de educação

CORRENTES RENOVADORAS

Essa tendência ganha força no início do século XX, torna-se

hegemônica sob a forma do movimento da Escola Nova até o

início da segunda metade desse século e, diante das contestações

críticas que enfrenta, assegura seu predomínio assumindo novas

versões, entre as quais o construtivismo é, provavelmente, a mais

difundida na atualidade.

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=

Ie5RXZqEE8O85OUPu8G9sAU&q=agrupamentos+produtivos&oq=agrupamentos+produtivos&gs_l=img.3..0i30.

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Page 26: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Trajetória histórica:

Se nos séculos XVII, XVIII e XIX a ênfase das proposições

educacionais se dirigia aos métodos de ensino formulados a partir

de fundamentos filosóficos e didáticos, no século XX a ênfase

se desloca para os métodos de aprendizagem, estabelecendo o

primado dos fundamentos psicológicos da educação.

Nesse contexto “o conteúdo a ser ensinado e os valores

formativos podem ser elucidados a partir do processo de

aprendizagem do aluno, deslocamento que gera uma redução

do processo educativo, produzindo uma cultura escolar mais

simplificada” (VALDEMARIN, 2004b).

Page 27: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Trajetória histórica:

Para Vera Valdemarin, a

matriz desse “novo sistema doutrinário

sobre a educação” do qual deriva um

“novo modelo para a profissão docente”

pode ser localizada em Dewey.

Após citar a passagem em que Dewey

afirma que, na atividade educativa, “o

professor é um aluno e o aluno é, sem

saber, um professor - e, tudo bem

considerado, melhor será que, tanto o

que dá como o que recebe a instrução,

tenham o menos consciência

possível de seu papel” (DEWEY, 1979,

p. 176).

Explicita-se nesse fragmento a

inflexão na profissão docente que

vínhamos afirmando ter ocorrido

ao longo do século XX: na medida

em que o conhecimento tem como

ponto de partida a experiência já

existente ou a ser realizada pelo

próprio aluno, o docente participa

das atividades em condições de

igualdade com ele e não mais como

aquele que detém o conhecimento e

o método de gerar a

aprendizagem dirigindo o processo

(VALDEMARIN, 2004b).

Page 28: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Considerações fundamentais

CORRENTES RENOVADORAS

O comentário, transcrito no slide anterior,

embora referido diretamente a Dewey, vale

também para Piaget e o construtivismo, ainda

que a matriz filosófica de Dewey, que se reporta

a Hegel, seja diferente daquela de Piaget, cuja

base é Kant; e a pedagogia progressiva, como

denominou Anísio Teixeira (1968) a concepção

de Dewey, tenha uma conformação também

distinta do construtivismo.

Page 29: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Quando assim procede ele está, embora por outro

caminho, centrando a questão do

conhecimento no indivíduo respaldando, do

ponto de vista pedagógico, a ideia de que “o

conhecimento tem como ponto de partida a

experiência já existente ou a ser realizada pelo

próprio aluno”.

Quando Piaget (1983, p. 39) considera que “uma

epistemologia, em conformidade com os dados

da psicogênese”, não é empírica, isto é,

resultante de observações, nem fundada em

formas a priori ou inatas, “mas não pode deixar

de ser um construtivismo, com a elaboração

contínua de operações e de novas estruturas”.

Page 30: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

José Sérgio Carvalho, comentando a citada passagem de

Piaget, observa que nessa concepção o conhecimento é

considerado “como resultante das atividades ou das

experiências de um sujeito individual que constrói interna

ou privadamente seus conceitos e suas representações

sobre a realidade”, o que tem sido objeto de duras críticas,

por diferentes motivos, entre os quais destaca: centrando-se

“nos aspectos internos ou psicológicos da representação

mental do sujeito”, a referida concepção “despreza o fato

primordial e decisivo de que o conhecimento é

necessariamente formulado em uma linguagem pública e

compartilhável” (CARVALHO, 2001, p. 108, grifos do autor).

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1G

CEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=657&tbm=

isch&sa=1&ei=4f9RXcirDomz5OUP_7-mCA&q

Page 31: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Para refletir e discutir coletivamente na escola

E então, a partir do que estudamos até o momento, o que

é mais importante:

a teoria? a prática? as duas?

Qual a relação entre elas?

Qual a importância da teoria para a prática?

E da prática para a teoria?

Sugerimos uma discussão coletiva em horário de ATPC nas escolas para

que reflitam, embasados pelos estudos aqui propostos, acerca desse

assunto primordial ao nosso trabalho educativo.

Page 32: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Até aqui fizemos um estudo, de acordo com Saviani, sobre

as concepções pedagógicas que enfatizam - ora a

teoria, ora a prática.

Esse movimento pendular de ênfase na teoria ou na

prática leva-nos a refletir sobre:

Será mesmo???

Page 33: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

“A memorização de um conjunto de ideias com importância em si

mesmas, divorciadas entre si e do conhecimento daquilo que

acontece nas escolas. Isso não é teoria; é retórica. Também não é

suficiente a mera aplicação de técnicas, prescrições curriculares

sem o conhecimento efetivo de seus objetivos e possibilidades de

intervenção em uma realidade complexa, sem reflexão crítica. Isso não é prática; é ativismo" (BISSOLI; BOTH; 2016, p. 25).

Page 34: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

unidade

dialética

Para a Pedagogia Histórico-Crítica, que está embasada

no Materialismo Histórico Dialético:

Unidades contrárias

que coexistem e se interpenetram

no fenômeno educativo.

Page 35: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Como ocorre essa interpenetração?

Na práxis pedagógica!!!

Práxis é uma categoria central do marxismo como filosofia.

"Assim entendida, a práxis é a categoria central da filosofia que se

concebe ela mesma não só como interpretação do mundo, mas

também como guia de sua transformação. Tal filosofia não é outra

senão o marxismo“ (VAZQUEZ, 1986, p.5).

Práxis "como atividade material do homem que transforma o mundo

natural e social para fazer dele um mundo humano" (VAZQUEZ, 1986, p. 3).

Quando nos referirmos à prática pedagógica, a consideraremos

a partir da categoria da práxis.

Page 36: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Dessa forma...

Podemos afirmar, juntamente com o estadista soviético Leonid Ilitch

Brejnev, que:

“Não há nada mais prático do que

uma boa teoria”.

O referencial teórico deve determinar os observáveis.

“É necessária uma teoria da aprendizagem que possa explicar como se

desenvolvem as capacidades intelectuais. Se o ensino não é visto como um

fim em si mesmo, então uma teoria sobre a relação entre o ensino de um

determinado conteúdo escolar e suas consequências para o desenvolvimento

psicológico se faz também necessária (CHAIKLIN, 2011, p. 659).”

Page 37: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Fonte: https://cardapiopedagogico.blogspot.com/2016/06/htpc-ideias-

metodologias.html

Provocações...

Que questões e considerações poderíamos fazer

a partir das relações teóricas e práticas apresentadas na tirinha abaixo,

à luz da teoria que embasa nosso Currículo?

Page 38: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

O texto base deste Módulo 1 apresenta também os estudos sobre:

A concepção pedagógica tradicional religiosa (1549-1759).

Coexistência entre as concepções pedagógicas tradicionais religiosa e

leiga (1759-1932).

Emergência e predominância da concepção pedagógica renovadora

(1932-1969).

Emergência e predominância da concepção pedagógica produtivista

(1969-2001).

Indicamos a leitura na íntegra dos tópicos acima

no próprio texto, para ampliar seus conhecimentos históricos

acerca desse tema.

Page 39: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Prosseguiremos nossos estudos nos

próximos slides que trarão conteúdos

sobre processo histórico das

concepções contra-hegemônicas.

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&e

i=K69SXdikAqvB5OUP7syvsAU&q=tarefa

Page 40: Módulo I 10 horas As concepções pedagógicas

Referências BISSOLI, M. F.; BOTH, I. I. Dos sentidos da formação aos sentidos do trabalho docente. In: CORRÊA, C. H. A.;

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CARVALHO, J. S. F. (2001), Construtivismo: uma pedagogia esquecida da escola. Porto Alegre: Artmed.

CHAIKLIN, S. A zona de desenvolvimento próximo na análise de Vigotski sobre aprendizagem e ensino. Trad. Juliana

Campregher Pasqualini. In: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 16, n. 4, out./dez. 2011. p. 659-675.

DEWEY, J. (1979), Democracia e Educação. Introdução à filosofia da educação. 4ª. Ed. São Paulo: Nacional.

SAVIANI, D. O conceito dialético de mediação na pedagogia histórico-crítica em intermediação com a

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______, D. As Concepções pedagógicas na História da Educação Brasileira. In: LOMBARDI, J. C.\u37e SAVIANI,

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FE:HISTEDBR \u2013 UNICAMP, 2006. Disponível em:

http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Dermeval_Saviani_artigo.pdf

PIAGET, J. (1983), Teorias da linguagem, teorias da aprendizagem: o debate entre Jean Piaget e Noam

Chomsky. São Paulo: Cultrix/Edusp.

SNYDERS, G. (1978), Para onde vão as pedagogias não-diretivas?, 2ª ed. Lisboa: Moraes.

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VALDEMARIN, V. T. (2004b), ‘Os sentidos e a experiência: professores, alunos e métodos de ensino’. In: Saviani, D.

et alii, O legado educacional do século XX no Brasil. Campinas, Autores Associados, p. 163-203.

VÁZQUEZ, A. S. Filosofia da Praxis. Tradução do espanhol de Luiz Fernando Cardoso. Rio de Janeiro, Paz e Terra,

1986, 3ª ed.