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MÓDULO II LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

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MÓDULO II

LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

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Querido cursista

Anote todas as considerações importantes.

Na unidade II serão tratados os seguintes tópicos:

• Linguagem oral;• Aprendizagem;• Leitura e escrita.

Com os seguintes objetivos:

• Compreender como ocorre a aquisição desenvolvimento e processamento dalinguagem oral;

• Estudar a relação entre a linguagem oral e a aprendizagem;• Entender como se desenvolve e a leitura e escrita;• Explorar a relação entre a linguagem oral e o aprendizado da leitura e escrita.

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LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

A linguagem é uma habilidade NATURAL, CONSCIENTE, INTERATIVA, DIALÓGICA e

CONTÍNUA do desenvolvimento do ser humano, essencial à comunicação entre pares

semelhantes, descrita por componentes fonológicos (sons/fonemas), sintáticos (frases),

semânticos (vocabulário) e pragmáticos (uso). Por meio da comunicação é possível

inserir diferentes sujeitos em contextos históricos, sociais e culturais, expor

sentimentos, pensamentos, ideias, saberes, costumes, vivências e mensagens. Tais

habilidades resumem-se na expressão e na recepção de sinais ou códigos simbólicos

contextualizados e representados em duas modalidades as quais constituem um único

conjunto de produção e significação:

Linguagem Verbal:

Falada; escrita

Linguagem Não-verbal:

Gestual; olhares; imagens

(ACOSTA, et al., 2003; ZORZI; HAGE, 2004; QUADROS, 2007; ABE, et al., 2013; ANTONIAZZI; SNOW; DICKSON-SWIFT, 2010; LIMA; CAVALCANTE, 2015; CARNIEL, et al. 2017)

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Embora seja uma habilidade inerente aos indivíduos à linguagem necessita daintegridade de algumas funções e habilidades orgânicas que interferem de formasubstancial no processo comunicativo, tais como: componentes cognitivos, regiõescerebrais e etapas do desenvolvimento psicomotor na qual a linguagem é processada.

Paul Pierre Broca (1824-1880) e Carl Wernicke (1848-1905) foram doisimportantes pesquisadores que estudaram as regiões cerebrais e as basesneuroanatômicas responsáveis pelas áreas funcionais da linguagem e mecanismos neuraisdos processos mentais superiores. Estas áreas ficaram conhecidas como: área de Broca e deWernicke e são localizadas no Hemisfério Cerebral Esquerdo o qual apresenta facilidadepara se seguintes habilidades:

Cálculos matemáticos;

Fala e escrita;

Identificação de pessoas, objetos e animais;

Preferências motoras lateralizadas;

Compreensão linguística, leitura e relações espaciais

qualitativas.

(RESCORLA; MIRAK, 1997; LANDRY; SMITH; SWANK, 2002; CASTAÑO, 2003; QUADROS, 2007; BALLOT, et al., 2012; BUCHWEITZ; BORGES, 2015; NEVES, 2016)

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ÁREA DE BROCA ÁREA DE WERNICKE

LOCALHemisfério Cerebral Esquerdo:

giro frontal ascendente

Hemisfério Cerebral Esquerdo:

porção medial e superior do lobo

temporal próxima ao córtex auditivo

primário

FUNÇÕES

Planejamento motor da

linguagem, articulação, ritmo da

fala, aspectos sintáticos,

semânticos e fonológicos

Compreensão da linguagem,

Gestão da linguagem semântica(transformação de palavras para o seu

significado ou o contrário),Planejamento da produção do

discurso

(LURIA, 1980; LURIA, 1992; SCHERER; GABRIEL, 2007; MUSZKAT; MELLO, 2009; SILVA, 2009; BUCHWEITZ; BORGES, 2015)

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Luria (1980) resume o processamento da linguagem falada com base nas áreas de Broca

e Wernicke classificando-as nas 3 unidades funcionais básicas:

3ª UF - área de Broca:realiza a expressão verbal por meiodas representações transferidaspelo córtex auditivo e a área deWernicke através dos fascículosarqueados. 1ª UF - córtex auditivo:

recebe a fala, capta osfonemas e realiza acompreensão auditiva.

2ª UF - área de Wernicke:processa as informaçõesrecebidas em morfemas combase semântica;

(LURIA, 1980; LURIA, 1992; SCHERER; GABRIEL, 2007; MUSZKAT; MELLO, 2009; SILVA, 2009; BUCHWEITZ; BORGES, 2015)

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Lesões, disfunções ou imaturidades na área deBroca podem resultar em fala lenta, com esforço esem fluência. Embora a pronúncia seja difícil, emalguns casos a mensagem transmitida possuisignificado com pouca interferência sobre asemântica. A compreensão da língua, seja pormeio da audição ou da leitura encontra-se intacta.

Lesões, disfunções ou imaturidades na área deWernicke podem se caracterizar por discursos nãoestruturados, sem sentido e dificuldade nacompreensão da linguagem. Apesar do poucosentido nas mensagens a pronuncia do discurso étransmitido de forma fluida e sem esforço. Opaciente costuma usar uma grande quantidade depalavras funcionais mas poucas palavras comconteúdo, dificultando os significados nodiálogo(semântica).

(LURIA, 1980; LURIA, 1992; SCHERER; GABRIEL, 2007; MUSZKAT; MELLO, 2009; SILVA, 2009; BUCHWEITZ; BORGES, 2015)

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As habilidades auditiva e visual são os principais substratos integrantes das funções mentais

superiores necessários ao desenvolvimento da linguagem. Tratam-se de importantes portas de

entrada de informação linguística no sistema cognitivo. A audição, por exemplo, corresponde à via

sensorial de ativação cerebral mais precoce uma vez que se forma no 5º mês de gestação. A partir

deste período o feto começa a perceber e armazenar sons criando um repertório auditivo.

Considerando que as áreas cerebrais encontram-se em amplo desenvolvimento, na fase infantil, as regiões cerebrais sofrem influências da plasticidade neuronal.

(NORTHERN; DOWNS, 1989; BASTOS; ALVES, 2013; GURGEL, et al., 2014)

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DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

A aquisição fonológica normal ocorre nos primeiros anos de vida de forma gradual

a partir da representação mental, cognitiva, e manifestação física realizada entre

unidades menores que fonemas e palavras conhecidos como traços distintivos.

De caráter acústico ou articulatório os traços distintivos são regidos por uma teoria

de hierarquia e se encarregam de prever a ordem de aquisição dos fonemas.

(RESCORLA; MIRAK, 1997; ACOSTA, et al., 2003; ZORZI; HAGE, 2004; NÓBREGA; MINERVINO, 2011; ABE, et al., 2013)

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Consciência Fonológica

Trata-se de uma habilidade metalinguística com capacidade de refletir sobre a

estrutura sonora das palavras e reconhecer de forma consciente sobre os traços

distintivos e as características formais da linguagem.

(LOPES, 2004; BELLO; MACHADO; ALMEIDA, 2012; BACKES, et al., 2015; AMORIM, et al., 2016; CARNIO; VOSGRAU; SOARES, 2017)

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Rima e Aliteração

(a partir dos 3 anos)

Consciência de palavras

Consciência de sílabas

Consciência de fonemas

(a partir dos 6 anos)

O aprendizado das palavras requer consciência e experiências específicas, em razão

disso, se desenvolve gradualmente à medida que a criança experiência e observa

diferentes processos. A compreensão de que os sons são formados por pequenas e

diferentes unidades (consciência fonológica) passam por etapas com ordem

hierárquica de aquisição e desenvolvimento:

(LOPES, 2004; BELLO; MACHADO; ALMEIDA, 2012; BACKES, et al., 2015; AMORIM, et al., 2016; CARNIO; VOSGRAU; SOARES, 2017)

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Além disso, o processo de aquisição da linguagem oral envolve o

desenvolvimento de sistemas interdependentes tais como:

Sistema fonológico: responsável pela percepção e a produção dos sons da fala;

Sistema semântico: responsável por atribuir significado as palavras;

Sistema pragmático: responsável pelo uso comunicativo da linguagem dentro

do contexto social, na transmissão de emoções e significados;

Sistema gramatical e morfológico: responsável por regras sintáticas e

organização das palavras em frases compreensíveis.

(LOPES, 2004; BELLO; MACHADO; ALMEIDA, 2012; BACKES, et al., 2015; AMORIM, et al., 2016; CARNIO; VOSGRAU; SOARES, 2017)

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0-6 meses- Fase pré-linguística;- Choro: ganha diferenciação conforme o estímulo e a necessidade (fome, medo, desconforto, dor);- Reação aos sons: presta atenção aos som, assusta-se e se acalma com a voz da mae;- Sorriso social: demonstra entender o movimentando os lábios, mesmo que muitas vezes não produza som;- Imitação: imitam movimentos e expressões faciais do adulto, atitudes prévias do desenvolvimento da linguagem;- Balbucio: Com quatro meses inicia o balbucio e vocalizações indiferenciadas, ou seja, brincadeira com os sons,com entonação (aa,uu,angu).

6-12 meses

- Início da comunicação: O bebê se comunica utilizando sinais como caretas, sorrisos e choro o que lhe foi dito.- Balbucio: o balbucio se torna encadeado "pa pa" "ma ma" o bebê sente prazer em brincar com os sons;- Compreensão: compreende e instruções: “não”, “tchau”, “me dá a bola”, “pega o sapato da mamãe” e ao nome;- Brincadeiras: produz ruídos com os lábios e língua, explora objetos, gosta de jogos sociais e espelho.

1 - 2 anos - Aquisição dos fonemas: plosivos /p/,/b/,/t/,/d/,/k/,/g/; nasais /m/,/n/e fricativos /v/,/f/;- Aquisição das primeiras palavras: surgem as primeiras palavras que normalmente “mamãe” e “papai”;- Vocabulário: até os 2 anos a criança apresenta cerca de 10 a 50 palavras;- Habilidades conversacionais: participa de diálogo de 2-3 palavras, chama a atenção e as pessoas pelo nome eespera resposta;- Compreensão: compreende ordens da vida cotidiana (comer, passeio, dormir, etc.), e os nomes dos familiares;- Objetos: utiliza e dá função à diversos objetos (balança, bate, bebe no copo, escova o cabelo e telefona).

2-3 anos- Aquisição dos fonemas: fricativos /s/, /z/, /ch/, /j/ e início do fonema líquido /l/- Vocabulário: apresenta cerca de 200 a 400 palavras que incluem nomes, brinquedos, alimentos, roupas, animais e verbos;- Formação de frases: frases afirmativas e negativas compostas por 3 e 4 elementos, com omissões de palavras, ex: “Esse meubola”;- Funções comunicativas: Faz uso da linguagem falada para pedir, informar, perguntar, interagir;-Habilidades conversacionais: Inicia/mantém diálogo curto em contextos conhecidos, conta histórias com auxilio, mas, dispersarápido;- OBS: Ainda não há domínio dos fonemas mais difíceis e ocorrem algumas trocas normais na fala: chamadas desimmplificações/processos fonológicos ou estratégias de reparo.

(GALEA, 2008; LOBO; GALLOWAY, 2013; STENE-LARSEN, et al., 2014; SANTANA; TOSCHI, 2015; ZERBERTO; CORTELO; FILHO, 2015)

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3-4 anos-Aquisição de fonemas: líquida lateral /R/;-Vocabulário: cerca de 400 a 600 palavras contendo plurais, nomes, verbos, adjetivos, preposições e pronome “eu”;-Compreensão: compreende conceitos de igual e diferente, contagem e números;-Construção de frases: 5 a 6 elementos incluindo frases interrogativas e diferentes tempos verbais, mas, com desvios de flexionamento.-Funções comunicativas: pede, protesta, nomeia, faz perguntas sobre referentes ausentes, usa expressões sociais para interagir;-Habilidades conversacionais: turno simples. Não se auto-corrige, repete modelos e adapta a linguagem às necessidades do diálogo;-Narrar: conta experiências imediatas com dificuldades na coerência/coesão. Omite elementos e insere fatos não verdadeiros;-Obs: nessa idade algumas simplificações dos sons começam a ser superadas e a criança é compreendida com clareza.

4-5 anos-Aquisição dos fonemas: líquida não lateral /lh/ e líquida lateral /r/;-Vocabulário: cerca de 600 a 1500 palavras;-Habilidades conversacionais: apresenta equilíbrio maior entre manter e iniciar uma conversa com um ou maisinterlocutores com sintaxe e gramática familiar;-Construção de frases: uso dos tempos verbais com poucos desvios. Uso de períodos simples, compostos esubordinados;-Narrar: narra histórias conhecidas sem ajuda, mas apresenta falhas na coesão;

5-6 anos -Vocabulário: acima de 10.000 palavras;-Narrar: mantém a organização temporal dos fatos e omite fatos que não prejudicam o entendimento da narrativa,não insere mais fatos que não sejam verdadeiros só para manter a narrativa;-Habilidades conversacionais: inicia e mantém conversação em diversos turnos, com várias pessoas, faz uso deverbos regulares e irregulares, períodos simples e compostos em assuntos ausentes e abstratos;-Obs: a maioria dos processos fonológicos já foram superados e poucos são esperados

6-7 anos-Aquisição dos fonemas: fala corretamente todos os fonemas podendo haver variabilidade apenas para o grupoconsonantal;-Funções comunicativas: utiliza de forma sofisticada todas as funções comunicativas descritas anteriormente e temhabilidade em argumentos;-Narrativa: narra com detalhes histórias conhecidas e pessoais. Cria propositalmente histórias com coerência entre os fatos;Habilidades conversacionais: usa recursos adequados para trocar o tema da conversação, autocorrige-se quando percebeque não é compreendida, demonstra habilidade para usar a linguagem falada considerando o contexto e o interlocutor.

(GALEA, 2008; LOBO; GALLOWAY, 2013; STENE-LARSEN, et al., 2014; SANTANA; TOSCHI, 2015; ZERBERTO; CORTELO; FILHO, 2015)

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Você sabia?

Durante o período de aquisição fonológica é natural o aparecimento de processos

fonológicos, isto é, simplificações realizadas nas primeiras fases do desenvolvimento

linguístico da criança como estratégias de reparo para facilitar a produção de sons

complexos da fala dos adultos. À medida que a criança desenvolve a linguagem os

processos são superados. A finalização completa deste processo se dá por volta dos

4-5 anos. Em casos onde tais processos não são suprimidos, surgem quadros de

desvios fonológicos caracterizados como transtornos linguísticos representados por

crianças isentas de déficit de aprendizagem, intelectual, psiquiátrico, problemas

orgânicos, motores ou fatores ambientais.

(LOPES, 2004; BACKES, et al., 2015; CARNIO; VOSGRAU; SOARES, 2017)

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A resposta correta é NÃO!

Existem algumas diferenças básicas entra a fala e linguagem. A fala se refere

basicamente à forma de articular sons nas palavras, enquanto a linguagem expressa e

recebe informações de modo significativo, isto é, permite compreender e ser

compreendido através da comunicação. Uma criança com problemas de linguagem

pode estar apta a pronunciar bem as palavras, mas, ser incapaz de colocar mais de

duas palavras juntas. Inversamente, uma outra criança pode utilizar palavras e frases

para expressar suas ideias, mas, ter uma fala muito difícil de ser compreendida. Embora

problemas com fala e linguagem sejam diferentes, podem se coincidir pelas alterações

de consciência fonológica.

(LOPES, 2004; BACKES, et al., 2015; CARNIO; VOSGRAU; SOARES, 2017)

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ALTERAÇÕES DE

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICAQUADRO CLÍNICO OBSERVADO

Rima e Aliteração

Alteração na percepção de que algumas palavras apresentam uma sequência de fonemas

iguais no início ou final (percepção da rima). Ex: Dificuldade para responder a pergunta:

“Qual palavra rima com /bola/? A palavra /café/ ou a palavra /cola/ ?

Síntese SilábicaAlteração na capacidade de unir sílabas separadas e formar palavras. Ex: Dificuldade para

responder a pergunta: “se juntarmos BA com LA qual palavra temos?

Síntese Fonêmica

Alteração na capacidade de unir fonemas separados e formar palavras. Ex: Dificuldade para

responder à pergunta: “se juntarmos o som /p/ com o som /a/ qual palavra ou sílaba

temos?

Segmentação de palavrasAlteração na capacidade de separar as palavras em uma frase. Ex.: Dificuldade para

executar a atividade: “bater uma palma para cada uma das palavras de uma sentença”

Segmentação SilábicaAlteração na capacidade de separar as sílabas de uma palavra. Ex.: Dificuldade para

executar a atividade: “bater uma palma para cada uma das sílabas de uma palavra”

Segmentação Fonêmica

Alteração na capacidade de separar os fonemas de uma palavra. Ex.: Dificuldade para

executar a atividade de falar os fonemas de uma palavra: /b/, /o/, /l//, /a/ para a palavra

/bola/

Manipulação Silábica

Alteração na capacidade de adicionar e subtrair sílabas de palavras e dizer qual a nova

palavra. Ex.: Dificuldade para responder a questão: Se retirarmos o /fé/ de /café/, qual

palavra ou sílaba fica?

Manipulação fonêmica

Alteração na capacidade de adicionar e subtrair sílabas de palavras e dizer qual a nova

palavra. Ex.: Dificuldade para responder à questão: Se retirarmos o /r/ de /parto/, qual

palavra fica?

Transposição SilábicaAlteração na capacidade de reverter silabas invertidas e descobrir qual é a palavra. Ex.:

Dificuldade para ouvir as sílabas /be/, /ca/, /lo/ e dizer /cabelo/

Transposição FonêmicaAlteração na capacidade de reverter fonemas invertidos e descobrir qual é a palavra. Ex.:

Dificuldade para ouvir os fonemas /u/, /e/ e dizer /eu/(DEUSCHLE; CECHELLA, 2008)

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Em síntese

A aquisição e desenvolvimento da linguagem depende do

amadurecimento das estruturas cerebrais, sistema nervoso, auditivo,

visual e fonatório e de redes de contato e interação social. Sendo

assim, a partir do conhecimento da formação biológica e das teorias

filosóficas de aquisição da linguagem torna-se mais fácil

compreender como ocorre o desenvolvimento desta habilidade que,

no geral, ocorre sem esforços conscientes durante seu percurso.

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Para refletir...

Os dados listados sobre a aquisição e o desenvolvimento da linguagem aqui

apresentados tratam-se de uma referência e não de uma regra. Esta etapa é

um processo de aprendizagem, não automático advindo da estimulação de

diversos contextos sociais, como escola e a família, portanto, não ocorrem

da mesma maneira para todas as crianças. Contudo, casos que se distanciam

expressivamente das idades ou dos padrões de normalidade devem ser

avaliados por um fonoaudiólogo!

(BELLO; MACHADO; ALMEIDA, 2012; BASTOS; ALVES, 2013; GURGEL, et al., 2014)

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Para o aprofundamento no assunto sugerimos a leitura dos materiais abaixo:

• http://www.portaldosbebes.fob.usp.br/portaldosbebes/Portugues/;

• http://fonoaudiologiaparapediatras.wordpress.com/;

• http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S151618462015000100159&script=sci_arttext&tlng=p

t;

• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151618462012000400018&lng=e

n&nrm=iso&tlng=pt;

• http://www.scielo.br/pdf/codas/v28n4/2317-1782-codas-28-4-470.pdf;

• https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20361/19631;

• http://www.emaberto.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/518;

• http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05062013-152611/pt-br.php;

SAIBA MAIS!

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LINGUAGEM ORAL E APRENDIZADO DA LEITURAA principal função da leitura é a compreensão, que significa a extração do significado das palavras e do

texto com sentido correto adequado. O objetivo final da escrita é a comunicação dos sentidos e das

intenções do escritor. Existem algumas habilidades básicas preparatórias para o aprendizado da leitura

e a linguagem oral é fortemente relacionada a aquisição e desenvolvimento da leitura e da escrita por

meio dos seguintes processos:

Conhecimento das letras;

Consciência fonológica;

Memória de curto e longo prazo;

Acesso ao léxico e vocabulário;

Habilidades suprasegmentares;

Habilidades silábicas;

Habilidades fonêmicas;

Habilidades narrativas;

Compreensão;

(FONSECA, 2009; PURCELL, et al., 2011; RAMALHO, 2011; PLANTON, et al., 2013;PURCELL; RAPP, 2013; WITTKE; SPAULDING; SCHECHTMAN, 2013; SANTOS; SANTOS, 2014)

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o Consciência fonológica: capacidade de refletir sobre os sons da fala;

o Memória de curto prazo : estoque temporário de informações e sons que serão utilizadas

imediatamente ou enviadas para a memória de longo prazo;

o Memória de longo prazo: processos adquiridos pela repetição e prática, incluem habilidades

motoras, hábitos e condicionamentos;

o Acesso ao léxico: velocidade e facilidade de acesso à uma informação armazenada na memória

de longo prazo, tais como: resgate de informações fonológicas durante a decodificação e

compreensão de palavras e velocidade da leitura;

o Habilidades suprasegmentares: capacidade de identificar palavras por meio dos sons iniciais ou

finais (rima e aliteração);

o Habilidades silábicas: envolve a segmentação, adição, remoção e troca de sílabas de palavras;

o Habilidades fonêmicas: baseadas em decompor ou recompor palavras manipulando os seus

fonemas constituintes.

(LOPES, 2004; FREITAS, 2008; MOTA; ATHAYDE; MEZZOMO, 2008; MOURÃO JUNIOR, 2015; CARNIO; VOSGRAU; SOARES, 2017)

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Decodificação Compreensão Leitura

Este conjunto de habilidades é

simplificado em três capacidades:

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Da mesma forma como ocorre na linguagem oral, o aprendizado e processamento da leitura

e escrita envolve a articulação de áreas cerebrais e Unidades Funcionais de Luria (1980).

Leitura silenciosa: a compreensão da leitura opera-se na 2ª unidade funcional;

Leitura oral: o processo é similar ao processo expressivo da linguagem falada, neste caso,

são ativadas regiões neurológicas parecidas. A captação visual das letras (input) é feita no

córtex visual primário. Posteriormente estas informações são transmitidas à área de

Wernicke para associação e equivalência da palavra com o som correspondente do

modelo auditivo (fonológico e morfológico). A finalização da leitura oral ocorre na área

de Broca.

(LURIA, 1980; LURIA, 1992; FONSECA, 2009; PURCELL, et al., 2011; WITTKE; SPAULDING; SCHECHTMAN, 2013)

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As Unidades Funcionais trabalham em conjunto, no entanto, de forma interdependente. Neste

sentido, para cada formato de leitura e escrita, regiões diferentes do cérebro são ativadas de

forma associada: Examinaremos a seguir a ordem de ativação dos campos cerebrais nas

diferentes atividades relacionadas à leitura e a escrita:

Leitura oral: 1- Sistema Occipito-Temporal + 2- Sistema Temporo-Parietal + 3- Sistema

Frontal + 4- Sistema Temporal;

Leitura silenciosa: 1- Sistema Occipito-Temporal + 2- Sistema Temporo-Parietal;

Ditado: 1- Sistema Temporal + 2- Sistema Temporo-Parietal + 3- Sistema Frontal + 4-

Sistema Occipito-Temporal;

Escrita espontânea: 1- Sistema Temporo-Parietal + 2- Sistema Frontal + 3- Sistema Occipito-

Temporal.

(LURIA, 1980; LURIA, 1992; FONSECA, 2009; PURCELL, et al., 2011; WITTKE; SPAULDING; SCHECHTMAN, 2013)

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FALA

ESCRITA

SISTEMA FRONTAL

- Processa a fala;

- Articula a palavra lida;

SISTEMA TEMPORAL

- Ouve as palavras;

- Ditado;

SISTEMA OCCIPITO-TEMPORAL

- Identifica as letras;

- Processa símbolos gráficos;

- Questões viso-espaciais da

grafia e leitura;

SISTEMA TEMPORO-PARIETAL

- Conversão letra-som;

- Acesso ao significado da palavra que foi dita;

VISÃO

AUDIÇÃO

LEITURA

Imagens cedidas por Thais Freire

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o Antes de ler um texto precisamos das habilidades de foco e atenção, comando

advindo da região parietal;

o A informação captada pela visão é enviada à região occipital primária do cérebro;

o Em seguida as informações visuais são encaminhadas para a região occipito-

temporal onde são arquivados os traços dos fonemas para a formação das letras,

reconhecimento das sílabas e das palavras, isto é, a decodificação;

o Após ocorre o acesso lexical no lobo temporal e parietal. Esta região é conhecida

como o dicionário mental. Caso o leitor já conheça a palavra e seu significado é

acionada de forma direta. Se a palavra não for conhecida, mas estiver dentro de

um contexto, o leitor tem a capacidade de inferenciar o sentido graças às

informações extraídas do texto;

o Os passos seguintes são direcionados à construção do sentido e a interpretação.

Em síntese

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As rotas de leitura facilitam o apredizado desta habilidade. A primeira delas,

conhecida como rota fonológica ou mediação fonológica exige a decodificação letra-

som, neste modelo, o código fonológico identificado pelo sistema de reconhecimento

auditivo da palavra libera o seu significado. Esta rota de leitura é essencial para ler

palavras pouco frequentes e pseudopalavras, pois, utiliza conhecimentos das regras de

conversão entre grafema e fonema. Por exemplo:

(FERREIRO; PONTECORVO, 1996; FERREIRO, 2003; GUIMARÃES, 2003; CAMPOS; PINHEIRO; GUIMARAES, 2012)

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A rota lexical, por outro lado, depende do conhecimento prévio de uma palavra e da memorização

do sistema de reconhecimento visual de palavras. Veja só, nossa memória visual para ler é tão forte e

fascinante que nos permite “ler” mesmo quando as letras/símbolos estão distorcidos.

De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas

de uma plravaa etãso; a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur

crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue

nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

35T3 P3QU3N0 T3XT0 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R C0M0 N0554 C4B3Ç4 C0NS3GU3 F4Z3R

C01545 1MPR35510N4ANT35! R3P4R3 N155O! N0 C0M3Ç0 35T4V4 M310 C0MPL1C4D0, M45

N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO 0 C0D1GO QU453 4UT0M4T1C4M3NT3, S3M

PR3C1S4R P3N54R MU1T0, C3RT0? P0D3 F1C4R B3M 0RGULH050 D1550! SU4 C4P4C1D4D3

M3R3C3 P4R4B3NS.

O LEITOR FLUENTE É BOM EM AMBAS AS ROTAS DE LEITURA!

(FERREIRO; PONTECORVO, 1996; FERREIRO, 2003; GUIMARÃES, 2003; CAMPOS; PINHEIRO; GUIMARAES, 2012)

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Atenção

Ler e escrever não se resume apenas na combinação dos componentes

cognitivos e nas estruturas biológicas cerebrais, mas em um sistema

complexo onde estes atributos contribuem e cooperam e forma dinâmica

integrandos os inúmeros sistemas funcionais. De acordo com Luria (1980) a

instalação de conexões neuronais provocadas pela aprendizagem é o que

permite a integração complexa das informações multissensoriais que

resultam na passagem da linguagem oral para a linguagem falada em uma

organização cognitiva progressiva onde cada área opera unicamente e

conjugada com outras áreas a fim de produzir comportamentos tais como, ler

e escrever.

(LURIA, 1980)

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Para refletir...

Uma das grandes preocupações dos profesores está em como conseguir oferecer um ensino

adequado aos alunos e fazer com que eles aprendam de forma satisfatória. Neste sentido, é

importante que os docentes entendam que a aprendizagem da leitura e da escrita está

associada com os fenômenos biológicos e ambientais e condicionada a diversos fatores

como integridade sonsório-perceptual, socioemocional e domínio da linguagem, fatores

capazes de contribuir para um bom ou mau desempenho da aprendizagem leitora e para o

desenvolvimento eficaz da linguagem escrita. É fundamental também que os educadores se

dediquem a elaboração de estratégias que ultrapassem as representações gráficas de

codificação e decodificação de símbolos e proporcioane oportunidades para que as crianças

compreendam a expressão da escrita e tenham um maior contato com práticas significativas

de leitura e escrita, despertando necessidades intrínsecas e consciências acerca da

relevância desta prática.

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PARABÉNS! ASSIM COMPLETAMOS A UNIDADE II

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