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Técnicas de ensino autodidata. Aluno: ..................................................................................................................................... Curso: .................................................................................................................................... CURSO: Tecnologias aplicadas à educação. MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata.

MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Page 1: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

Técnicas de ensino autodidata.

Aluno: ............................................................................................................................. ........

Curso: ............................................................................................................................. .......

Turma: .................................................................

CURSO:

Tecnologias aplicadas à educação.

MÓDULO:

Técnicas de ensino autodidata.

Page 2: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Sumário

NOTA DE AULA 1-

Introdução ao ensino autodidata.............................................................3

NOTA DE AULA 2 –

Estudo de técnicas autodidatas ............................................................11

NOTA DE AULA 3-

Problemas ou armadilhas de ser um autodidata .................................29

NOTA DE AULA 4 –

Aplicação de estímulo autodidata .........................................................35

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA............................................................36

IDAAM-MANAUS

Page 3: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Aula 1 – Introdução ao ensino autodidata.

Características essências de um autodidata.

Leitura de artigos sobre o autodidatismo.

Aula 2 – Estudo de técnicas autodidatas.

Formas de obtenção de conhecimento autodidata.

Planejamento de estudos.

Trabalhando a concentração.

Técnica de estudo com metas.

Aula 3 – Problemas ou armadilhas de ser um autodidata.

Aula 4 – Aplicação de estímulo autodidata

NOTA DE AULA 1 – Introdução ao ensino autodidata.

O que é autodidata?

Autodidata é utilizado para designar uma pessoa que tem a capacidade

de aprender algo por conta própria, sem o auxílio de um professor ou mentor.

Alguém que aprende alguma coisa sozinho.

Exemplo: "Ela é autodidata em inglês".

As pessoas autodidatas são conhecidas pela sua força de vontade e

persistência em aprender algo, seja um assunto, um instrumento musical, um

idioma, entre outras coisas. Sem a ajuda de um professor que possa instruir os

primeiros passos, o autodidata enfrenta bastante dificuldade no começo do

processo de aprendizado.

O processo de aprendizagem autodidata inclui uma pesquisa intensa

sobre o assunto que deseja dominar, além do continuo exercício, a partir da técnica

do "erro e acerto".

Muitas vezes, os autodidatas são confundidos com os nerds ou CDFs

(indivíduos que gostam muito de estudar), no entanto a diferença está no gosto de

Page 4: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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estudar sem a ajuda de alguém, enquanto que os nerds apenas gostam de estudar,

seja como (ou com quem) for. Na realidade, os autodidatas sentem mais prazer

no processo de aprendizagem do que no resultado final.

O autodidatismo não é considerado um "dom nato", ou seja, uma

característica que nasce com o indivíduo. Todo mundo pode ser autodidata,

teoricamente. Porém, existem algumas pessoas que consideram o autodidatismo

um método mais "fácil" de aprender, encarando o ensino com um professor como

algo insatisfatório.

Autodidatismo não é coisa de gênio

A livre disponibilidade de conhecimento mudou a forma como pensamos

em educação. Porém, mesmo com tanta informação disponível e tantos cursos

online de qualidade acessíveis a todos, as pessoas ainda têm um tabu ao falar de

autodidatismo.

Parece que aprender sozinho é coisa de gênio, de nerd, nada que você e

eu, pessoas normais, possamos fazer.

Mudamos muita coisa em termos de interação e contato social, mas não

a maneira como pensamos sobre aprendizado.

Um alerta: não se está defendendo a extinção dos professores

Defende-se o autodidatismo, é importante deixar um aviso para não

gerarmos um desvio desnecessário quando seguirmos o papo nos

comentários. Professores e escolas são importantes.

Uma vez que você toma responsabilidade pela sua educação, tenta

absorver e abordar o assunto e, ainda assim, sente que uma escola é o meio mais

efetivo, vá fundo. Conhecimentos essenciais são melhores acessados quando

podemos entrar em contato com grandes professores.

É claro que não faltam formas de nos desescolarizarmos e começarmos

a aprender por meios diferentes.

Page 5: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Porém, talvez seja necessário deixar claro um bloqueio, prejudicial em

alguns contextos. Por que a maioria das pessoas acha que não conseguem

aprender sem professor? Por que não conseguem nem imaginar aprender fora da

escola, por exemplo?

Brian May seguiu os dois percursos: autodidata na guitarra e PhD em astrofísica

Desculpa 1: Poupa bastante esforço em alguns casos

Digamos que você trabalhe com contabilidade e queira estudar sobre

nanotecnologia. Bem, por mais informações a respeito que você possa encontrar

por aí, cursar faculdade em alguma área científica e depois buscar uma pós-

graduação no ramo vai ser muito mais prático do que se virar sozinho.

Enquanto autodidatismo é ideal para algumas áreas, não é recomendado

para outras. Se seu interesse é em setores regulados por lei, como engenharia,

medicina ou advocacia, é melhor você buscar uma educação formal. Já se seu

interesse é em áreas como aprendizado de línguas, programação e marketing, você

tem muita chance de se virar por conta própria.

Desculpa 2: Isenta-as da responsabilidade do aprendizado

É muito mais cômodo ter alguém a quem culpar. Se você se matricula

num curso e vai às aulas, tem que absorver o conteúdo automaticamente, é assim

que funciona! Não precisa prestar atenção, nem se esforçar; basta pagar e ir. Se

Page 6: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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não conseguir as habilidades que procura, basta reclamar da instituição e ir pagar

em outro lugar, onde o ciclo recomeça.

Assumir responsabilidade pelas coisas que acontecem na sua vida é

assustador. Você deixou de passar naquele concurso público não por causa do

cursinho que era ruim, mas porque não se preparou o suficiente. Se você não sabe

falar inglês mesmo depois de 5 anos de aula, a responsabilidade não é apenas da

escola, mas também sua.

Desculpa 3: Traz a sensação de que aprendizado está acontecendo

Essa aqui é quase uma pegadinha. Você já sabe que não é nem de perto

tão esperto quanto imagina; seu cérebro é bastante mal adaptado para sociedade

atual: ele evoluiu para operar no mundo pré-civilizado, onde caçávamos e

estávamos em constante perigo. Por isso, há toda uma lista de disfunções da

mente que termina, invariavelmente, gerando erros de julgamento.

No caso de escolas e professores, ocorre o que é conhecido como auto-

sinalização: sinalizamos para nós mesmos que estamos aprendendo e, por isso,

terminamos por não aprender (já que apenas o sinal é suficiente para satisfazer a

parte de nosso cérebro que demanda por resultados). Nós nos agarramos à ideia de

que vamos aprender porque estamos tendo aula, muito embora não tenhamos

julgado se isso é verdade, simplesmente porque é mais cômodo achar que estamos

aprendendo.

Isso ocorre em outras áreas da vida, como é o caso da caridade.

psicólogos descobriram, através de experimentos, que uma boa ação torna as

pessoas menos propensas a fazer mais gentilezas. Por quê? Porque já sinalizamos

para nós mesmos que somos boas pessoas e não precisamos mais nos esforçar

para fazer algo bom.

O interessante é que isso ocorre até mesmo entre os próprios

autodidatas: muita gente prefere estudar assistindo vídeoaulas, por exemplo,

mesmo sem ser o método mais efetivo em si, pelo mesmo motivo explicado acima.

Page 7: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Pablo Picasso frequentou a Academia de Arte em Barcelona, mas certamente essa estileira toda ele aprendeu sozinho

Desculpa 4: Fornece diplomas

Ter diplomas pode ser muito útil. Por exemplo, ter um diploma de um

curso de especialização em estatística, ou de conclusão de um curso de línguas,

pode te trazer vantagem na hora de uma seleção para emprego. Mas, de que

adianta se você não sabe o que estudou? O domínio do conteúdo é mais importante

que a certificação da proeficiência em si. Imagina precisar daquela estatística no

primeiro dia de trabalho e não ter ideia para onde ir?

Sem mencionar que o mercado de trabalho está tão concorrido que para

vagas que requerem habilidades diferenciadas, envolvendo iniciativa, trabalho

criativo, etc, eles estão pulando a parte do “quais diplomas você tem” e indo direto

ao “mostre o que você já fez e sabe fazer”.

Quem é responsável por seu aprendizado?

O modelo atual de educação se popularizou de verdade com a Revolução

Industrial. Toda essa ideia de professor, sala de aula e alunos, no modelo que

conhecemos, parece vir dos primeiros modelos de universidade, lá no século XI.

Com o advento da Revolução industrial, foi necessário qualificar mão de

obra em massa, de modo que o antigo modelo de ensino, envolvendo aluno e

mestre, com conhecimento passado de pai para filho, não era mais suficiente. Por

Page 8: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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institucionalizar o processo, as escolas assumiram a responsabilidade por educar os

alunos.

Tudo isso fazia sentido numa época quando informação era cara,

escassa e mal organizada. Mas e hoje, quando além de ser fácil encontrar, já está

boa parte catalogada e estruturada para ser consumida?

Se você quer uma guia prático de como abordar e aprender qualquer

assunto, com pouco esforço, você pode encontrar cursos online de qualidade em

basicamente qualquer área. Por exemplo:

Veduca – disciplinas completas (vídeo-aulas, exercícios, etc)

ensinadas em grandes universidades americanas (legendado);

edX – Instituição formada por Harvard e MIT, com cursos

criados especificamente para serem ensinados online (só em inglês);

Coursera – Centenas de cursos, nos mais variados tópicos,

oferecidos por 33 universidades ao redor do mundo;

Doutorado Informal – Aprendizagem independente, temos um

artigo sobre este e outros projetos.

Udacity – Modelo de curso online voltado para computação, com

cursos completos em Introdução à programação (com legenda), Estatística

etc.

Um pouco mais sobre o autodidatismo

Por muitas vezes, a vontade de aprender é maior do que a possibilidade

de ter uma pessoa capacitada e com tempo disponível para nos ensinar. Com isso,

cabe ao aluno se lançar à própria sorte e buscar o conhecimento. Pode-se

considerar autodidata a pessoa que adquire certos conhecimentos sem a ajuda de

terceiros e de seguir uma educação regrada.

O autodidata é por sua vez um discípulo e professor, sendo o próprio a

conseguir a informação necessária para sua aprendizagem, seja através da pesquisa

de livros técnicos, navegando na internet, observando outras pessoas, assistindo

palestras ou utilizando qualquer outro método que lhe seja conveniente.

Page 9: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Essa forma de aprendizado é muito utilizada para adquirir conhecimento,

e esse hábito não é recente.

Albert Einstein é um dos autodidatas mais famosos da história. O cientista

foi o “pai” da Teoria da Relatividade, uma das contribuições científicas mais

importantes do século XX. Muitas vezes, as pessoas pensam que o autodidatismo é

uma habilidade exclusiva dos gênios como o Einstein. A verdade, entretanto, é que

todas as pessoas têm capacidade de aprender algo sem a ajuda de um mentor.

Albert Einstein é um dos autodidatas mais famosos da história.

O autodidatismo supre a falta de acesso à educação. Muitas pessoas não

têm como pagar por um ensino formal presencial com professores e

acompanhamento. Aí que o autodidatismo surge nas pessoas, e com o acesso à

internet e a bibliotecas públicas esse hábito acaba sendo mais propício a acontecer,

e também mais fácil para seus praticantes.

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Na matéria Aprendizado de conteúdo online ele comenta como mídias

sociais e a tecnologia, tanto de sites da internet como aplicativos móbile influenciam

e dão acesso a um conhecimento que até um tempo poderia ser restrito, “O YouTube

é um grande exemplo para aprendizado de softwares. E o mais incrível é que este

em sua grande maioria, é totalmente gratuito. Outras áreas específicas dentro do

YouTube são abordadas. Um fenômeno comum entre blogs femininos, são os DIY’s,

ou Do It Yourself, onde sugerem ao espectador a criação de produtos partindo do

princípio artesanal.”

Fora o próprio Youtube há outros sites que disponibilizam conteúdos de

aprendizado de graça como Pinterest, Udemy, Vimeo, Future Learn, Open2Study,

Facebook, etc.

A pessoa que deseja se tornar autodidata deve desenvolver quatro

habilidades essenciais: perseverança, proatividade, organização e controle de

resultados. Além disso, gostar daquilo que pretende aprender é indispensável.

Geralmente esforço é o que não falta nas pessoas autodidatas, mas o

autodidatismo é melhor que ter um professor ?

Desvantagens de ser um autodidata

Ser um autodidata não é simples e nem todo mundo é capacitado para

isso. Apesar desta forma de aprendizagem ter várias vantagens (flexibilidade, poder

trabalhar com os recursos que quer, dedicação, etc.), a verdade é que apresenta

duas grandes desvantagens que não são fáceis de superar.

Em primeiro lugar, o fato de não seguir uma educação regrada e formal,

assim os conhecimentos adquiridos não são registrados em forma de um diploma ou

de um certificado oficial, dos quais são essenciais para algumas profissões.

Por outro lado, nem todas as matérias são acessíveis para ser estudadas

de forma autodidata. As áreas técnicas, como a neurologia, necessitam de alguém

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para orientar os passos do estudante de forma correta, uma vez que a figura de um

professor é imprescindível.

Vantagens de ser um autodidata

O autodidata não conhece limites e pode dominar um ou mais tópicos de

seu interesse. O horário flexível permite a melhor distribuição do tempo neste tipo de

aprendizagem, permite que a pessoa programe os horários que são melhores para

ela, e ela pode escolher estudar o que ela acredita que precisa.

É possível estudar quando e onde quiser, sem precisar se preocupar com

memorizações para provas específicas, você não será avaliado, pois seu avaliador é

você mesmo, você terá a responsabilidade de aprender.

É possível aprender muito com recursos limitados. Uma boa conexão com

a internet é o suficiente para começar. Atualmente há muitos tutoriais na internet

como Youtube, uma escola livre sobre tudo que fala sobre a democratização do

conhecimento através de mídias sociais, “Pessoas dispostas a consumir e,

principalmente, a fornecer aulas, dicas, truques, a transmitir o que puder e conseguir.

Alguns tentam aspirar a professores, outros só dão dicas, outros montam vídeo-

aulas incríveis, toda experiência é válida e bem-vinda.”

O autodidatismo é algo incrível, porém, as pessoas aprendem mais rápido

quando estão em conjunto e possuem um professor para ajudar, segundo alguns

teóricos. Uma solução para pessoas que não tem como pagar por aulas geralmente

elas participam de grupos de estudos ou grupos do Facebook de pessoas que

podem já obter o conhecimento para ajudá-lo, pedem feedback e vão se otimizando

a partir disso.

NOTA DE AULA 2 – Estudo de técnicas autodidatas.

Curiosidade e força de vontade são as principais características de quem

gosta de aprender de forma independente. Maneje o tempo a seu favor

Page 12: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Organize-se e nunca deixe de buscar novos desafios

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De certa maneira, todos somos aprendizes independentes ou

autodidatas. Temos a capacidade de aprender diversas coisas sem a necessidade

de um professor ou mestre ao nosso lado e conseguimos, pela lógica e esforço

particular, assimilar os mais diversos assuntos e questões. É claro, não há

necessidade alguma de se isolar dos outros quando a colaboração mútua ajuda você

a aprender. Apesar de tudo isso, é importante manter a motivação e conferir as

seguintes dicas para que você possa se tornar um melhor autodidata:

1. Aproveite as oportunidades online

Você conhece o movimento OpenCourseWare? Ele já reúne mais de

200 universidades por todo mundo, entre elas, Harvard, Stanford, MIT e Yale, que

disponibilizam vídeos-aula e outros conteúdos educacionais online e gratuitos.

2. Estabeleça metas claras e alcançáveis

A educação independente não possui nenhuma estrutura pré-

estabelecida ou formalizações, pelo contrário, é você quem toma essas decisões.

Esse aspecto pode ser tanto positivo quanto negativo dependendo, é lógico, de

como você irá lidar com ele. Para isso, estabeleça metas e objetivos realistas,

sólidos e claros, mas seja responsavelmente flexível.

Page 13: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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3. Bibliotecas

Ser membro de uma biblioteca é essencial para autodidatas. A internet

pode trazer milhares de informações ao alcance de um clique, mas ainda assim, as

bibliotecas são extremamente úteis para quem deseja mais conhecimento. Não só

pelos livros e outros materiais, mas também pelo ambiente que auxilia você a se

concentrar.

4. Autoavaliação

Estudantes independentes bem sucedidos precisam saber como avaliar

suas habilidades antes de passar para as próximas etapas. Você pode encontrar

maneiras de fazer isso em cursos opencourse oferecidos por universidades ou

desenvolver os métodos que melhor se encaixam com seu perfil.

5. Seja realista

Quando você deseja aprender algo que realmente gosta e transformar

um hobby em algo mais sério ou profundo, mantenha expectativas realistas.

Algumas vezes emergências e desilusões podem surgir e é necessário que você

não deixe que isso se torne uma fonte de estresse e ansiedade desnecessários.

6. Tenha consciência de si mesmo

Essa dica se encaixa com a de cima, mas de uma maneira mais

introspectiva. Você precisa ter consciência de suas fraquezas e pontos positivos e

prevenir que possíveis problemas e obstáculos desanimem e prejudiquem

seu desempenho.

7. Administração do tempo

Aprender de forma independente exige do autodidata o maior

comprometimento de tempo que ele se permitir ou conseguir alcançar, seja esse

período minutos ou horas por dia. Manter-se comprometido a um cronograma e

Page 14: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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minimizar as distrações vai ajudar você a se manter mais eficiente. Listas,

calendários e outros materiais podem ajudar você com essa tarefa.

8. Desafie-se

Uma das estratégias mais eficientes para aprender e se manter

motivado é estar se desafiando constantemente. Procure informações novas,

pessoas que podem motivar você a seguir em frente, exemplos de superação e

quaisquer outras ferramentas que podem ajudá-lo.

9. Descanse

Relaxar – não necessariamente dormir – fortalece o cérebro e facilita o

processo de retenção de informações. Quando uma sessão de estudos é muito

extensa, faça pausas e envolva-se em alguma atividade mais simples.

10. Seja móbile

Se sua condição financeira permitir, é claro, você pode usar os momentos

em que está longe de casa para estudar usando seu celular ou tablet. Há

diversos aplicativos especialmente desenvolvidos para ajudar você a aprender mais

e melhor.

11. Tenha uma alimentação equilibrada

Assim como o resto de seu corpo, seu cérebro precisa de nutrientes e

substâncias específicas para funcionar bem. A memória, raciocínio, capacidade

de concentração e tantas outras habilidades dependem de hábitos alimentares

saudáveis. Evite o uso de estimulantes, como café e energéticos e evite alimentos

gordurosos e com muito açúcar.

12. Pratique exercícios físicos

Participar de alguma atividade física ajuda você a manter seu cérebro

saudável, já que o ajuda a processar melhor os estímulos e informações recebidas

externamente. As atividades aeróbicas, especialmente, ajudam a moldar as

habilidades cognitivas, muito necessárias para o aprendizado.

Page 15: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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13. Motivação

O fato de que você está engajado em uma atividade de aprendizado

independente já demonstra certo grau de motivação, porém, mesmo assim, ela deve

ser sempre mantida e alimentada. Manter um padrão, regras ou cronograma de

estudos ajuda você a perseverar mesmo quando os objetivos parecem estar longe

demais para serem alcançados.

14. Estude ao ar livre

Pensar “fora da caixa” nunca fez tanto sentido. Saia de espaços

confinados e métodos ortodoxos de aprendizado e experimento outros ambientes de

estudo, ao ar livre, com paisagens e maior visibilidade do que as paredes do seu

quarto.

15. Bloqueie a negatividade

Se você começou esse curso sozinho, nada pode exigir de você que o

finalize. Se perceber que não está conseguindo conciliar todas as suas

responsabilidades com o curso, interrompa o processo e retome quando tiver o

tempo disponível. O importante é que tudo seja feito com uma mentalidade positiva,

sem cobranças exageradas ou expectativas fantasiosas.

A seguir você lerá sete princípios da mentalidade autodidata:

1. Ame o que você estuda

Cabe notar que a frase acima difere de “estude só o que você ama”. Essa

segunda afirmação não é realista. Todo assunto, por mais distante que seja do

interesse do estudante, sempre poderá dispor de algum ponto de vista interessante.

Em um curso superior, por exemplo, é impossível que o aluno consiga evitar a

realização de alguma disciplina da qual ele não goste muito. Além dos cursos de

graduação, durante a preparação para um concurso público, por exemplo, é

possível que o candidato não aprecie a área de Direito Comercial, por achá-la muito

confusa ou algo semelhante. Mesmo assim, o candidato terá que estudar essa área

se ele almejar ser aprovado naquele concurso.

Page 16: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Diante de uma área que não chame muito a atenção, o estudante

precisará procurar por algum ângulo que seja de seu interesse, afinal, caso ele não

encontre nada que seja interessante naquele conteúdo, dificilmente sua motivação

para estudar o assunto se manterá por muito tempo.

As pessoas que possuem um propósito, como, por exemplo, se formar no

período “correto” (sem “perder” disciplinas, etc.), acabam se tornando mais

motivadas, mesmo durante a realização de atividades que lhes sejam

desinteressantes

2. Ofereça mais do que o “necessário”

Se, por exemplo, um professor pedir um trabalho que contemple, no

mínimo, quatro itens, o estudantes poderá oferecer mais do que isso, aprofundando

sua pesquisa.

No caso de um concurso público, por exemplo, essa atitude equivale a

estudar muito além do que o candidato acredita ser o suficiente para obter a nota

mínima exigida por uma prova que aborde alguns assuntos com os quais ele não

tenha tanta afinidade.

3. Assuma 100% de responsabilidade sobre a sua aprendizagem

Da mesma forma que alguns empresários imputam a culpa de seus

problemas ao governo, muitos alunos costumam atribuir o seu mau desempenho

aos professores, livros, tempo curto de estudo etc.

Page 17: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Se o estudante assumir a responsabilidade sobre sua própria

aprendizagem, ele terá uma atitude mais proativa. Assim, por exemplo, quando o

aluno não compreender uma explicação dada pelo professor, ele poderá pedir uma

nova explanação ou buscá-la em outro lugar. Se o livro adotado pelo docente não

for o ideal, o aluno deverá procurar por outro, ou assistir a um vídeo no Youtube que

aborde o tópico incompreendido.

4. Pare de pensar e agir como aluno

O aluno “comum” é aquele que vai para aula, ou fica à frente de um

vídeo, e passivamente espera que o professor despeje informações e diga o que

fazer com elas.

O autodidata é um estudante ativo, mesmo que esteja em uma sala de

aula, ele realiza anotações ativamente, lê o material com antecedência, faz

questionamentos, procura por materiais diferentes daqueles solicitados pelo

professor etc. Esse tipo de aluno não questiona, por exemplo, se todo exercício

passado pelo professor vale nota, pois ele está mais interessado em aprender. Essa

é a mentalidade típica de um autodidata, completamente oposta a de um aluno

“comum”.

Page 18: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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5. Seja curioso, não tenha medo de se aprofundar

O estudante não deve se limitar ao conteúdo transmitido pelo professor

ou repassado por um livro. Ele deverá pesquisar e expandir o escopo do tema

estudado. Isso propiciará uma segurança muito maior quanto àquilo que estiver

sendo aprendido. Se uma pessoa estuda o mesmo assunto sob o ponto de vista de

diferentes autores, ela acaba desenvolvendo uma visão multidimensional sobre

aquele tema, o que confere muito mais profundidade.

6. Aprenda técnicas de aprendizagem eficiente

O estudante deve conhecer as formas mais eficientes para acelerar o

aprendizado do material que estiver sendo estudado. Além disso, essa

aprendizagem tem de ser duradoura, ou seja, permanecer na memória de longo

prazo, diferente daquele estudo de véspera de prova, feito às pressas durante a

madrugada e que, quando muito, só atende um propósito: ser aprovado em uma

prova, já que, na maioria das vezes, algumas semanas depois, o estudante não se

recordará mais do conteúdo estudado.

Esse princípio é válido tanto para um empreendedor quanto para um

autodidata. Afinal, há um vasto conteúdo disponível que deve ser aprendido pelo

empreendedor, o qual precisa saber em detalhes o que está acontecendo em seu

nicho de mercado. Portanto, esses dois tipos de pessoas necessitam de

ferramentas que tornem sua aprendizagem mais eficiente, além de prolongar o

período de permanência das informações na memória de longo prazo.

7. Tenha foco.

Atualmente estamos sujeitos às mais diversas distrações, que

obviamente diminuem nosso foco, seja mensagens no celular, notificações

contínuas do Twitter, Facebook, etc. O estudante não precisa ficar longe das redes

sociais durante o dia inteiro. No entanto, se aquelas duas ou três horas forem

reservadas para estudar, o aluno deve manter o foco apenas sobre o estudo. Com

isso, ele tornará a aprendizagem mais eficiente e aquele tempo irá render.

Page 19: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Autodidata: como saber se sou um e desenvolver essa habilidade?

Ser autodidata significa que a pessoa adquire conhecimento sobre determinado assunto de forma

autônoma, através de muita pesquisa e prática.

A grande e livre disponibilidade de material e informações mudou a forma

como os seres humanos adquirem conhecimento. A curiosidade e a vontade de

aprender são características latentes de pessoas que fogem dos padrões

tradicionais de aprendizagem e são nominados como autodidatas.

O autodidatismo refere-se ao processo e desenvolvimento intelectual

independente, ou seja, a pessoa tem a capacidade de aprender algo, sem a

necessidade de um professor ou mentor. O indivíduo adquire conhecimento sobre

determinado assunto de forma autônoma, através de hábitos positivos, esforço,

muita pesquisa e prática.

Desenvolver tal habilidade traz inúmeras vantagens para o ser humano,

como:

Induz à independência pessoal;

Fornece maior eficiência;

Estimula a criatividade;

Desenvolve seu potencial;

Gera versatilidade profissional;

Promove vantagem competitiva.

Ser uma pessoa autodidata não é uma tarefa fácil, ela exige força de

vontade, disciplina, raciocínio e boa memória, porém, não é algo impossível.

Conheça a seguir, dicas para você se tornar uma pessoa autodidata:

Page 20: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Autoconhecimento

O processo de autoconhecimento permite que você identifique suas

qualidades, pontos de melhoria e limitações, a partir daí, você será capaz de definir

caminhos mais assertivos para desenvolver o autodidatismo.

Crie hábitos

Para conseguir se tornar uma pessoa autodidata é essencial que você se

livre de hábitos sabotadores e da procrastinação e crie uma rotina para desenvolver

sua aprendizagem e cumprir prazos.

Meio online

A internet é uma ótima aliada para você conseguir desenvolver o

autodidatismo. Através dela, você tem acesso a conteúdos e materiais gratuitos,

vídeos, palestras e cursos online.

Estabeleça metas

Estabeleça metas e objetivos claros e realistas e estude de forma

responsável para os alcançar.

Administre seu tempo

Desenvolva um cronograma e tenha compromisso ao segui-lo, tal ação

gera eficiência e o ajudará no cumprimento das suas metas.

Se desafie

Se desafie constantemente, procure novas informações, inspire-se em

outras pessoas, estabeleça novas metas e utilize diferentes ferramentas para te

auxiliar em todo esse processo.

Para que você consiga desenvolver a habilidade do autodidatismo de

forma ainda mais eficaz, a metodologia de Coaching, através das suas técnicas e

ferramentas é capaz de te auxiliar quanto ao desenvolvimento das suas

competências, estimular sua motivação e eliminar suas crenças limitantes. Dessa

forma, você se tornará uma pessoa autodidata e será capaz de potencializar seus

resultados.

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Trabalhando a concentração.

Exposição sobre cérebro humano: ouvir músicas conhecidas ajuda a segurar o

foco (Matt Cardy/Getty Images/)

As distrações causam um enorme prejuízo de tempo e energia. A cada

interrupção, demoramos cerca de 23 minutos para voltar à nossa tarefa original,

segundo uma especialista ouvida pelo Wall Street Journal.

Como então manter o foco? Não há solução mágica. Segundo Carla

Tieppo ( professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de

São Paulo) as distrações só são vencidas pelo esforço e pela autodisciplina. “É

preciso se policiar diariamente”, afirma ela.

Mesmo assim, a neurociência traz algumas orientações fáceis de

implementar que podem ajudar os mais dispersos. Confira a seguir:

1. Divida sua jornada de trabalho em fatias

Segundo Carla, o cérebro humano consegue se fixar num único objeto durante 50

ou 60 minutos. Depois desse período, a atenção inevitavelmente se esvai.

A dica é trabalhar ininterruptamente durante esse bloco temporal, e então

fazer um intervalo de cinco a 10 minutos para checar mensagens do celular,

acessar redes sociais ou levantar para tomar um café.

Page 22: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

22

“A pausa ajuda a descansar as áreas ativas no cérebro até então”,

explica a professora. Após esse breve período de relaxamento, você estará pronto

para outra sessão de trabalho.

2. Mantenha-se bem alimentado durante todo o dia

Trabalhar em jejum não é uma boa ideia para quem busca concentração. Isso

porque o sitema atencional requer uma grande quantidade de energia, segundo a

neurocientista.

Durante a jornada de trabalho, é aconselhável ter sempre algo no

estômago: tanto para que haja força suficiente no organismo para manter o foco,

quanto para que o cérebro não se distraia com a fome.

Não é necessário ingerir grandes quantidades de alimento. Segundo

Carla, basta uma barrinha de cereais ou um suco entre as principais refeições do

dia.

3. Ouça música (que você já conheça)

Fones de ouvido podem ser um recurso excelente para manter o foco. Além de

reduzir o ruído ambiente, ouvir música pode trazer bem-estar.“Não é bom escolher

um repertório ‘deprê’, o ideal é que ele seja leve e prazeroso”, diz Carla.

É importante que você não se envolva demais com a trilha sonora,

apenas relaxe com ela. Por isso, a neurocientista recomenda escolher um repertório

que você já conhece. Uma música nova exige mais atenção do cérebro, até para ele

decidir se gosta dela ou não, por exemplo.

Uma sugestão é montar playlists com duração de 50 a 60 minutos, já que

esse é o tempo máximo em que conseguimos prestar atenção ininterrupta. “Quando

a música acabar, você já saberá que é hora de fazer a pausa”, diz ela.

4. Elimine a bagunça e o desconforto

De acordo com Carla, mesas de trabalho caóticas são “horríveis para o cérebro”.

Isso porque o sistema nervoso tende a se espelhar no ambiente externo. “Se não há

lógica do lado de fora, fica difícil se organizar internamente”, afirma.

Page 23: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

23

É verdade que o caos pode ser um grande aliado na busca por

criatividade e inovação. Mas, se o seu objetivo é terminar uma tarefa, é melhor

manter a sua escrivaninha limpa e organizada.

A falta de cuidado com a ergonomia também pode gerar distrações. “A

sua postura de trabalho deve ser correta e confortável, para que o seu cérebro não

se concentre mais no cansaço do corpo do que no trabalho”, recomenda a

professora.

Conheça agora uma alguns apps, sites e programas que estão à

disposição de quem deseja ter uma rotina mais organizada e produtiva são

ferramentas que organizam anotações, listas de tarefas e calendários - uma

"farmácia" completa para bagunceiros crônicos.

Evernote

Você está sempre rodeado de post-its e bilhetinhos para si mesmo? O

Evernote pode ajudar você a manusear suas anotações de forma rápida e eficiente.

Além de servir como um grande "bloco de notas" acessível de diversos dispositivos,

o programa também pode ser usado como depositório de textos, fotos, áudios e

conteúdos da internet que você quer guardar para depois. Onde

encontrar: programa para Windows no site oficial e aplicativos no iTunes ou Google

Play

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Trello.

Chamado de "Pinterest das listas de tarefas" por conta do visual, o Trello

ajuda a criar fluxos de trabalho individuais e coletivos. O usuário consegue

hierarquizar e manipular suas pendências, além de acompanhar prazos e seu

próprio nível de progresso em cada entrega. Onde encontrar: programa no site

oficial e aplicativos no iTunes ou Google Play

RescueTime

A ferramenta serve para verificar como o usuário está passando seu

tempo conectado. A função do aplicativo é rastrear a atividade do usuário e depois

mostrar a ele os resultados. Com esses dados em mãos, fica mais fácil traçar um

plano para usar melhor o tempo. Onde encontrar: programa no site oficial e

aplicativo no Google Play

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25

Remember the Milk

A função deste assistente é simples: organizar a sua lista de tarefas.

Entre as suas vantagens sobre o velho bloquinho de papel, estão as funções de

enviar lembretes por email ou SMS, compartilhar tarefas com outros usuários e

sincronizar informações entre vários dispositivos. Onde encontrar: programa

no site oficial e aplicativos no iTunes ou Google Play

Asana

O Asana serve para facilitar trabalhos em grupo. Entre outras funções,

permite estabelecer tarefas para outros usuários, organizar entregas em listas de

projetos e acompanhar o progresso geral da equipe. Onde encontrar: programa

no site oficial e aplicativos no iTunes ou Google Play

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Clear Focus

O Clear Focus é um cronômetro que ajuda o usuário a intercalar sessões

de trabalho com pausas curtas. A inspiração é a "técnica Pomodoro", um método de

trabalho que divide o tempo em blocos de 25 minutos, alternados por intervalos,

para impulsionar a produtividade. Onde encontrar: aplicativo no Google Play

Coffitivity

Você gosta de ouvir música para se concentrar? Ou pertence ao time dos

que preferem o silêncio? Um estudo publicado no Journal of Consumer

Researchmostrou que a produtividade aflora quando há um ruído difuso no

ambiente. O Coffitivity simula o som de uma cafeteria para estimular a criatividade e

preservar o foco do ouvinte. Onde encontrar: programa no site oficial e aplicativos

no iTunes ou Google Play

Page 27: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Productivity Owl

A "coruja da produtividade" é uma extensão para Google Chrome que

obriga o usuário a manter o foco na sua tarefa. O mecanismo é simples: o ícone de

uma pequena coruja acompanha você em cada site visitado. Quando você está

sendo improdutivo, ela voa através da página e fecha as abas do seu navegador.

Sites ligados ao seu trabalho e buscadores, obviamente, podem ser liberados da

"censura" da corujinha virtual. Onde encontrar: no site oficial e na Chrome Web

Store

Por fim, nessa “era digital” há uma diversidade de aplicativos e

ferramentas que podem auxiliá-lo em diversas atividades basta pesquisar e colocar

em práticas a utilização dos mesmos.

10 Exercícios para aumentar sua concentração.

A concentração é uma habilidade essencial para praticamente qualquer

atividade do ser humano. No entanto, muitas pessoas reclamam que não

conseguem focar-se durante muito tempo em determinada tarefa sem que seu

pensamento seja desviado contra a vontade. O que muitos não sabem, contudo, é

que a capacidade de concentração pode ser exercitada. A seguir estão 10

exercícios que te ajudarão a trabalhar sua concentração, eles estão em ordem de

dificuldade, então só passe para o próximo quando você conseguir completar sem

nenhum erro aquele que estiver tentando. Lembre-se que a persistência é muito

importante.

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1. Pegue um livro e conte o número de palavras de uma determinada

página. Conte novamente após terminar o exercício, para conferir se o resultado

será o mesmo.

2. Conte de 100 até 1.

3. Conte de 100 até um, pulando a cada 3 números: 100, 97, 94, 91

etc.

4. Escolha um som ou uma palavra e repita em sua mente por 5

minutos. Quando conseguir fazer isso por 10 minutos, você estará pronto para o

próximo exercício.

5. Pegue uma fruta, uma maçã, laranja, banana ou qualquer outra, e

segure-a em suas mãos. Examine-a a partir de todos os lados, mantendo sua

atenção totalmente sobre ela. Não permita que pensamentos irrelevantes o

distraiam, nem sequer pensamentos relacionados àquela fruta, como o momento

em que a comprou, sobre como ela cresceu, seu valor nutritivo, etc. Mantenha-se

calmo e tente ignorar esses pensamentos. Apenas olhe para a fruta, focando sua

atenção nela sem pensar em mais nada, examine a forma, o cheiro e a sensação de

segurá-la em suas mãos.

6. Imagine a fruta. Esse exercício é parecido com o número 5, a

diferença é que dessa vez você imagina a fruta ao invés de olhar para ela. Comece

olhando-a e examinando-a por cerca de 2 minutos, igual no exercício 5, então faça o

seguinte. Feche seus olhos e tente visualizar, cheirar, sentir o sabor e tocar a fruta

em sua imaginação. Tente visualizar uma imagem clara e bem definida. Se a

imagem se tornar pouco clara, abra seus olhos, olhe novamente para a fruta por um

instante, e feche os olhos novamente, continuando o exercício. Imaginar a fruta em

suas mãos ou em uma mesa pode ser um modo de facilitar a tarefa.

7. Pegue um objeto pequeno, como uma colher, garfo ou copo.

Concentre-se em um desses objetos. Olhe para ele de todos os ângulos sem

qualquer tipo de verbalização, isto é, sem nenhuma palavra em sua mente. Apenas

olhe para o objeto sem formular qualquer pensamento.

8. Desenhe figuras. Passe para este exercício somente após executar

os anteriores com facilidade. Desenhe uma figura geométrica pequena, algo em

torno de 10 centímetros, pode ser um triângulo, um retângulo ou um círculo, pinte-a

com a cor que desejar e concentre-se nela. Você deve enxergar apenas a figura,

nada mais. Para você, a única coisa que existe nesse momento é a figura. Tente

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não pensar através de palavras durante o exercício. Fique olhando para a figura a

sua frente, apenas isso. Tente fazer isso sem forçar seus olhos.

9. Imagine a figura. Igual o exercício 8, mas dessa vez você vai imaginar

a figura com seus olhos fechados. Como no exercício 6, caso você esquecer da

aparência da figura, abra seus olhos por alguns segundos para rever o desenho,

depois continue a atividade.

10. Tente, por pelo menos 10 minutos, não pensar em nada. Este é o

mais difícil dos exercícios e só deve ser tentado após você conseguir realizar

facilmente todos os outros. Os exercícios de concentração anteriores, se praticados

corretamente, lhe proporcionarão a habilidade de silenciar seus pensamentos. Isso

se tornará mais fácil com o tempo.

NOTA DE AULA 3 – Problemas ou armadilhas de ser um autodidata.

Hoje em dia temos muito conhecimento espalhado na internet. Não

precisamos de uma sala de aula para aprender algo de nosso interesse. Temos

conteúdo de todos os tipos por vídeo, através dos blogs e/ou documentações e

livros técnicos.

Se queremos aprender programação, temos cursos completos via self

learning, como o freeCodeCamp, se desejamos entrar na área de desenvolvimento

de software temos livros que ensinam sobre isso.

Ser autodidata significa que conseguimos aproveitar todos esses

recursos e aprendermos sem depender de que alguém compile um conteúdo e nos

explique diretamente. Podemos quebrar a cabeça com um problema no código fonte

de um projeto que pegamos no GitHub e assim aprenderemos muito, sem que

ninguém tenha nos dito nada diretamente.

Na área de desenvolvimento de software, ser uma pessoa autodidata é

extremamente vantajoso. Nós estamos sempre estudando, pois todos os dias algo

novo acontece e precisamos nos atualizar, nos adequar ou só expandir nossa caixa

de ferramentas para criação de produtos digitais.

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Mas ser autodidata esconde alguns problemas que podem nos atrapalhar

bastante, como não conseguirmos mensurar nosso conhecimento, querermos

aprender tudo do dia para a noite, às vezes não conseguir sair do básico em um

determinado campo de estudo, acabar com a nossa saúde mental de tanto querer

estudar ou aprender mais e o problema mais chato: achar que somos gênios só

porque aprendemos algo por conta própria.

Existem maneiras de evitarmos os problemas citados acima e vamos

entender algumas delas, as que eu uso, para sobrevivermos como pessoas

autodidatas saudáveis e produtivas!

Não saber qual o nível do nosso conhecimento

Quando queremos entrar em uma área de atuação, como no nosso caso

a área de programação, precisamos entender em qual nível de conhecimento

estamos. Isso para que tenhamos confiança de aplicar em uma vaga de trabalho e

não gastar uma oportunidade.

É bem difícil mensurar isso se não estamos em uma sala de aula, pois na

sala temos atividades, exercícios e provas para validar nosso conhecimento. Além

de termos uma grade de estudos bem definida em tópicos que vão nos fazendo

subir de nível, como comentado no vídeo sobre faculdade: vale a pena fazer

faculdade para trabalhar com programação?. Visto que o grande problema aqui é a

falta de validação do conhecimento e uma grade de estudos, a solução para ele

seria criar isso!

O que se quando quer/vai aprender algo novo é acessar vários cursos ou

documentações relacionadas ao tópico que quero aprender e então eu monta-se um

plano de estudos baseado nas grades do que se encontra. Pode-se também copiar

sumários de livros que se encontra por aí.

Validar nosso conhecimento como pessoas desenvolvedoras de software

acaba até sendo mais fácil hoje graças a algumas ferramentas como

o HackerRank ou exercism, que são plataformas onde praticamos algoritmos

resolvendo problemas que eles propõe.

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Outra maneira de validar nossas habilidades e saber se o estudo

autodidata está dando certo é criar projetos. Precisamos realmente colocar em

prática o que estudamos e sondar, seja colocando um projeto no ar ou só no GitHub

mesmo.

Querer aprender tudo de uma só vez

Este problema é bem arriscado. Devido a demanda das empresas e

os requisitos das vagas que acabam nos deixando desesperados(as) acabamos

achando que precisamos aprender TUDO de uma só vez.

Quando encontramos em uma vaga para software engineer algo assim:

Experiência de programação em alguma dessas linguagens: C, C++, C#,

Java, JavaScript, Go, Python, Scala, Kotlin;

Entramos em desespero. Se soubermos fazer isso, montamos uma grade

de estudos contemplando todos esses assuntos e vamos pra cima estudar. Mas,

para aprender tudo isso daí de uma só vez ou vamos demorar um bom tempo ou

vamos pirar.

Outro ponto é quando definimos um tópico principal, como JavaScript,

então entramos na documentação e começamos estudar, mas, passado dois dias,

já começamos a achar que estamos demorando demais para entender o conteúdo.

Nós não vamos aprender de maneira sadia e realmente fixa em nossa

mente se corrermos com os estudos de maneira desorganizada e sem um plano. Dá

para aprender rápido, mas não é estudar correndo, é estudar com planejamento.

Aqui nós encontramos algumas dicas de como aprender rápido, mas sem

perder nossa sanidade: Como alcançar objetivos rapidamente nos estudos (sem

ficar louco).

Page 32: MÓDULO: Técnicas de ensino autodidata

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Não conseguir sair do lugar

Depois de planejar uma grade de estudos bonitinha, montar métodos

para validar nosso conhecimento periodicamente e começar a estudar de maneira

planejada vem outro problema: a auto-sabotagem.

Com o tempo vamos vendo em outras pessoas um nível de

conhecimento x em determinadas tecnologias. Tecnologias essas que achamos que

também precisamos aprender. Mas, devido a não termos alguém nos “mandando”

seguir um caminho, começamos a desviar do nosso plano de estudos para estudar

outras coisas (porque queremos aprender tudo de uma vez) e quando voltamos no

tópico principal que queremos aprender achamos que não sabemos nada. Fica

parecendo que a gente estuda, estuda, estuda e não sai do lugar.

Algo ruim que vai acontecer conosco quando caímos nessa síndrome do

impostor é cairmos no fluxo de ficar procurando mais e mais conteúdo de um

assunto e nunca validar o que aprendemos de maneira prática. Essa falta de prática

nos derruba.

Quando chegamos em um nível desses é um sinal que estamos na

paralisia por análise, um momento em que ficamos pesquisando tanto sobre um

assunto, mas não colocamos ele para acontecer.

Um exemplo disso é quando queremos praticar esportes, pesquisamos

tudo sobre aquele esporte e nunca vamos de fato praticá-lo. Digamos andar de

skate… pesquisamos os modelos de shape, manobras, vemos vídeos de como

fazer essas manobras, encontramos os melhores picos para andar, entramos em

grupos do Facebook e até compramos o skate, mas na hora de ir colocar o plano

em prática não saímos do lugar. Voltamos a pesquisar e pesquisar e pesquisar.

A única maneira de escapar disso é realmente parar de procurar

conteúdo e começar a praticar: Pare de procurar conteúdo e comece a praticar!

Você pode estar bloqueado(a) pela paralisia por análise.

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Acabar com a saúde por conta dos estudos

A maneira mais fácil de uma pessoa autodidata se destruir toda é cair no

fluxo dos estudos.

Nosso cérebro acaba caindo em fluxos de trabalho quando estamos

sentindo prazer em uma tarefa. Um exemplo disso é quando estamos fazendo algo

divertido e ao olharmos o relógio perdemos 2, 3 ou mais horas do dia fazendo

aquela mesma coisa, como jogar um jogo, ver uma série ou sair com amigos e

amigas.

Estudar não é diferente. Às vezes estamos gostando tanto do que

estamos aprendendo e curtindo tanto a maneira como estamos aprendendo que

caímos nesse fluxo e perdemos a hora de parar.

Isso pode ser prejudicial de várias maneiras como: reduzir nossa carga

horária de descanso (dormir é tão importante para fixar o conhecimento quanto

passar horas a fio estudando), aumentar nossa ansiedade a um nível que

acordamos mais cedo querendo ler/ver um vídeo ou fazer qualquer coisa

relacionada ao conteúdo que estamos aprendendo, parar de socializar para ler

artigos no celular durante um passeio.

A única maneira de não cair nessa armadilha (divertida) de fluxo é

criarmos rotinas bem definidas e com horários e dias fixos para estudar.

Digamos que queremos aprender uma nova linguagem de programação,

ao invés de montar a grade de estudos e só sair estudando, devemos colocar dias

fixos na agenda (pode ser um Google Calendar ou no papel mesmo) e horários

onde vamos focar naquilo.

Dessa maneira, além de nos limitar a não viver só para estudar, nos

ajuda a ter concentração nos estudos.

Podemos selecionar, por exemplo, 3 dias da semana onde vamos

estudar por uma hora seguida sem parar para olhar o celular, as redes sociais ou

ver conteúdo avulso não relacionado ao tópico estudado. Isso é muito mais

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produtivo do que estudar 2 horas ou mais todos os dias se distraindo o tempo todo

com os grupos no WhatsApp.

Achar que é um gênio porque consegue aprender algo por conta

Para esse problema não existe solução fácil a não ser largarmos de ser

babacas. - siiiim, muitas vezes somos todos babacas por achar que sabemos mais

que todo mundo só porque estudamos por conta própria

Devido ao fato de que, muitas vezes, uma pessoa autodidata aprende

algo mais rápido do que alguém que está em uma sala de aula por conta de

horários de aulas, atraso por parte dos professores, faltar às aulas, às vezes

professores ruins ou qualquer outro problema desse tipo, a soberba pode tomar

conta de nós.

Fora estar na frente das outras pessoas, dizer para os outros que

aprendeu algo sozinho alimenta nosso ego. Nossos amigos e amigas, familiares e

colegas de trabalho começam a dizer que somos muito bons/boas porque

aprendemos algo sem ninguém nos ensinar. É uma verdadeira massagem para o

ego.

Mas nada disso nos faz sermos melhores que ninguém. Podemos

aprender rápido, aprender tudo sozinhos, mas isso não garante que somos

melhores profissionais que outras pessoas que fizeram um curso ou uma faculdade,

só demonstra que nós aprendemos a aprender. Isso é uma grande vantagem que

temos se pensarmos em mercado e até em economia financeira (não gastar

milhares em uma faculdade nos abre possibilidades de gastar com outras coisas ou

até investir o dinheiro ), mas não que somos melhores profissionais.

Abaixar o nosso ego é difícil, requer constante análise do nosso

comportamento e autocrítica, mas só de não nos colocarmos como melhores que

alguém já irá nos ajudar a controlar essa mania de superioridade que o ser humano

tem.

Sempre que você achar que é melhor só porque aprendeu sozinho(a), ao

invés de se colocar acima de alguém, compartilhe seu conhecimento com essa

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pessoa. Crie um blog ou coisa do tipo. Só assim você vai perceber se realmente

sabe algo ou se é só seu subconsciente alimentado de elogios de terceiros e, de

quebra, estará ajudando outras pessoas. Só não vá se achar melhor que ninguém

por isso também, né?

Por fim, estudar por conta nos trás diversas armadilhas, algumas que nos

dão muito prazer, outras que podem nos trazer problemas de saúde e sociais

terríveis. Não existe uma maneira perfeita de escapar disso, mas espero que a

reflexão trazida tenha lhe ajudado a pensar sobre o seu estado atual.

NOTA DE AULA 4 – Aplicação de técnicas autodidatas

Será escolhido um assunto aleatório, de língua portuguesa, por exemplo

(acentuação gráfica ou tipos de sujeito), será dado ao aluno um tempo de dez

minutos para que o mesmo faça a leitura do assunto, em material impresso ou na

internet, depois dessa primeira etapa o professor fará a explicação do assunto

possibilitando o aluno fazer a associação/assimilação do conteúdo estudado com a

explicação do professor. O aluno poderá tirar as dúvidas sobre o que não entendeu

durante a leitura, estará “por dentro” do conteúdo.

O método de unir o aluno e o conteúdo, no primeiro momento, sem um

mediador é o ponto chave da questão, pois o professor assumirá o papel de apenas

auxiliar o aluno a entender, esclarecer, compreender o assunto em estudo. Dessa

maneira, o aluno dará o primeiro para a conquista do autodidatismo.

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Bibliografia

GUSDORF, Georges (1995). Professores para quê? : para uma pedagogia da

pedagogia. São Paulo: Martins Fontes.

VALVERDE, Antônio José Romero. (1996). Pedagogia Libertária e Autodidatismo.

Tese de doutorado- Universidade Estadual de Campinas-Faculdade de Educação.

Campinas-SP. (orientador: Maurício Tragtenberg).

FRIJHOFF, Willem. “Autodidaxies, XVI-XVX siècles: Jalons pour La Construction

d’un objet historique” In: Histoire de L’Education – mai – n. 70 – Institut National de

Recherche Pédagogique –Paris – 1996.

https://papodehomem.com.br/autodidatismo-nao-e-coisa-de-genio/

https://medium.com/tend%C3%AAncias-digitais/o-autodidatismo-a033c2493bd0

https://superinteligente.club/como-ser-autodidata/

https://www.ibccoaching.com.br/portal/autodidata-como-saber-se-sou-um-e-

desenvolver-essa-habilidade/

https://woliveiras.com.br/posts/problemas-ou-armadilhas-de-sermos-autodidatas/

https://exame.abril.com.br/ciencia/4-dicas-da-neurociencia-para-melhorar-a-sua-

concentracao/

https://www.lendo.org/exercicios-aumentar-concentracao/