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MENTALITUDEmentalitude.ruigabriel.com/mentalitude.pdf · Já não és uma pessoa comum. É importante que tenhas ... chego ao emprego e não posso tirar férias, ... Não vais saber

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MENTALITUDE Rui Gabriel Esta é a transcrição de um treino dado ao vivo para um conjunto de empreendedores

independentes. O tom coloquial foi mantido.

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Hoje vamos fazer um treino específico acerca de mindset. Mindset significa "mentalitude", uma mistura de mentalidade com atitude em que

"mentalidade" representa o sistema de avaliação, filosofia de vida de cada um, e "atitude" representa as ações que daí derivam.

Podes tomar notas. Neste momento, o facto de estares aqui, já te coloca num patamar muito acima da

maioria das pessoas lá fora. Já não és uma pessoa comum. É importante que tenhas consciência disso. Já não és uma pessoa igual às outras. Já és uma pessoa especial.

Já és uma pessoa diferente porque, de repente, estás em contacto com muitas pessoas diferentes, pessoas de muito sucesso com quem as pessoas lá fora não têm contacto nenhum. A maioria das pessoas não conhece nem consegue contactar com ninguém que ganhe mais de $20.000 por mês, por exemplo.

99.9% das pessoas não têm acesso a estas pessoas, e tu já tens. Só esse facto já te coloca a ti numa posição muito mais vantajosa e completamente diferente, em relação a todas as outras pessoas lá fora.

A verdade, é que estás aqui, já mudaste, já és uma pessoa diferente das outras, mas tu estás aqui para mudar ainda mais alguma coisa. Ninguém vem para aqui para ficar na mesma, certo? Penso que estás de acordo em relação a isso.

Agora vou dizer-te a forma de mudar isso mesmo, que pretendes mudar. (Normalmente queremos ganhar mais dinheiro, mudar de vida, queremos ter um

estilo de vida diferente, queremos proporcionar uma vida diferente à nossa família, queremos desfrutar a vida, queremos viajar, ajudar outras pessoas, aprender coisas, superar desafios, essas coisas...) cada um tem os seus motivos e razões para estar aqui.

É que nós mudamos as coisas quando começamos a fazer coisas diferentes do que fazíamos antes. Eu não posso esperar que as coisas mudem sem fazer nada para as coisas mudarem. Faz sentido?

Costuma-se dizer "Queres mudar de vida, muda a tua vida.", não é? Então, é claro que nós temos de fazer alguma coisa diferente para as coisas

mudarem, certo? E o facto de estares aqui já é uma dessas coisas diferentes e vais fazer muitas outras

coisas diferentes. Agora, essas coisas diferentes que vais fazer, tu vais fazê-las porque veem em

resultado do teu sistema de avaliação que mudou, e vai mudar ainda mais: Tu passaste a valorizar coisas que não valorizavas antes.

Por exemplo, enquanto que, antes, se calhar tinhas o teu trabalho, chegavas a casa à

noite, ias sair e beber um copo com os amigos ou ficavas em casa a ver televisão ou

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qualquer coisa assim, agora de repente, vais estar online, vais começar a ler livros, a ouvir áudios, a ver cursos, vais começar a participar e a fazer coisas diferentes.

Já estás a fazer coisas diferentes porque estás aqui e não estás a ver a novela. E

estás a fazer coisas diferentes porque estás a valorizar coisas que não valorizavas antes. Há pessoas que dizem "Eu não leio livros porque prefiro ir ao bar beber uns copos

com os meus amigos." Ok, não tem problema nenhum. Significa que o teu sistema de avaliação está alinhado com os copos e com os amigos, e está desalinhado em relação ao teu sucesso pessoal.

Por isso o sistema de avaliação é tão importante: leva-nos a tomar decisões, que

nos levam a tomar ações, e as ações levam-nos aos resultados. Tu, que estás agora aqui já estás a valorizar coisas diferentes, isso significa que

começaste a fazer coisas fora da tua zona de conforto. Todo o progresso está fora da zona de conforto.

Queria falar um pouco sobre isto porque, às vezes, uma pessoa começa um negócio

e vem dizer-me, por exemplo: "ah, agora estou metido num problema", "não sei fazer isto", "não consigo", "não sei como hei-de fazer”.

Isto significa que essa pessoa, de repente, ficou fora da sua zona de conforto: Mudaram alguma coisa no seu sistema, as coisas costumavam ser de uma maneira e agora são de outra e a pessoa não sabe o que fazer. Aconteceu algo que a deixou desconfortável.

Isto significa que essa pessoa tem de aprender algo que antes não tinha necessidade de aprender porque já sabia tudo o que precisava… na situação em que se encontrava antes.

Orientava-se no meio daquilo a que estava habituada e por isso sentia-se confortável. Mas agora, de repente, passou a estar fora da sua zona de conforto outra vez e fica zangada.

Pois é, nós estamos aqui para viver constantemente fora da nossa zona de conforto,

não é para estarmos repetidamente a fazer sempre as mesmas coisas que já sabemos fazer. Estas coisas que nós fazemos sempre da mesma maneira eventualmente deixam de funcionar. Hoje funcionam, mas amanhã não funcionam. E se nós não evoluirmos e não aprendermos coisas novas significa, passado um pouco, o nosso negócio, a nossa vida profissional, o nosso relacionamento, a nossa saúde… tudo, foi tudo por água abaixo.

Todos os negócios do mundo e todas as profissões do mundo e todas as atividades

precisam de aprendizagem permanente, precisam de desafios permanentes para nos manterem ativos e em modo de solução fora da zona de conforto.

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Manter-nos desconfortáveis. Estar desconfortável é ótimo, significa que estamos a crescer, estamos a aprender

coisas novas e a fazer coisas diferentes. Se calhar vamos estar um bocadinho desorientados, sem saber como fazer, mas não

faz mal, é assim mesmo. Viver dessa forma é fantástico, principalmente se tiveres uma equipa ou um grupo

para te poder desafiar, orientar e dar esse apoio quando é preciso. Então não estás sozinho.

Há pessoas que estão habituadas a viver dentro de uma certa rotina e depois, de

repente, começam um negócio próprio, por exemplo, e vão ter de encontrar soluções por si próprias e entram em pânico. Não tem mal nenhum. Entras em pânico à primeira vez, à segunda já menos, à terceira já menos, à quarta já menos. E chega uma altura em que vives tranquilamente e constantemente fora da zona de conforto, a aprender coisas novas, a não saber bem o que vai acontecer no futuro, a lidar com incerteza, a lidar com algum risco, e estás confortável na tua zona de desconforto.

Isto faz parte do modo de ser e de estar dos empreendedores, todos os

empreendedores do mundo são assim, todas as pessoas de sucesso são assim. E nós aqui, obviamente, também o somos, mas a um nível muito superior ao de outras pessoas e sabes porquê? Porque nós todos aqui queremos e temos resultados muito superiores aos da maioria das outras pessoas. Por isso é que nós também somos pessoas tão diferentes.

Agora, vou explicar um pouco a forma de pensar típica que nós temos. Vou dar um

exemplo: IMAGINA: “Daqui a uma semana vamos para um evento no estrangeiro, e há

pessoas que ainda não decidiram ir. “

DECISÃO E SOLUÇÃO

A forma como se processa uma decisão é muito interessante. As pessoas comuns pensam desta forma: "eu desejava ir ao evento, agora vou ver as

minhas circunstâncias, vou ver se tenho dinheiro, tempo, etc." mas chegam à conta bancária e "oh, não tenho dinheiro".

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"Vou ver se tenho tempo lá no meu emprego" e chega ao emprego "oh, não tenho férias, não tenho tempo", "okay então decido não ir".

Isto é normal. Analisa o que aconteceu neste processo: Esta pessoa tinha um sonho, tinha um desejo, e deixou de ter e de lutar por ele

porque as circunstâncias não eram favoráveis. Ou seja, quem manda no sonho da pessoa são as circunstâncias ou então são as outras pessoas, neste exemplo: o patrão que não lhe deu férias.

Infelizmente é normal que os nossos sonhos sejam comandados pelas

circunstâncias. A maior parte das pessoas desiste antes de começar porque não tem as circunstâncias adequadas para realizar o sonho.

Mas nós pensamos de forma completamente diferente. Nós pensamos desta forma: Ok, então eu tenho um sonho, um objetivo, neste caso "eu quero ir ao evento nos

Estados Unidos", depois vou ver as minhas circunstâncias, vou ver se tenho dinheiro e não está lá o dinheiro, vou ao emprego e não tenho férias.

Contudo eu já decidi que vou! “Primeiro a Decisão e depois a Solução”. A minha decisão não tem a ver com as circunstâncias, não tem a ver com outras

pessoas, não tem a ver se tem tempo de férias no emprego, não tem a ver com o dinheiro que tenho ou não tenho na conta, não tem haver com nada disso. Eu já decidi que vou.

E como eu já decidi que vou, olho agora para as minhas circunstâncias de novo. Se não tenho dinheiro tenho de arranjar: ou trabalho mais, ou vou poupar mais, ou vender alguma coisa, o que for, para encontrar uma solução para essa circunstância, para melhorar a circunstância, para tornar uma circunstância desfavorável numa circunstância favorável.

Isto está ao alcance de toda a gente. Em relação ao tempo: chego ao emprego e não posso tirar férias, não tem problema

nenhum. Até me posso despedir :) mas normalmente não é preciso ser tão drástico: Posso falar com o patrão e pedir só uns dias, posso trocar uma semana de trabalho com outra pessoa ou outra solução qualquer.

No outro dia uma pessoa disse-me "Ah, mas tu não me compreendes. Se eu pedir uma semana lá no emprego, quando voltar não tenho emprego."

Eu achei muito engraçado porque esta pessoa tomou a decisão de não ir por causa do emprego. E eu disse-lhe

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- "Ouve lá, e se tu chegares ao pé do teu patrão e lhe disseres: “Olhe eu tenho de ir. Eu tenho de ir a um evento no estrangeiro durante uma semana. E se for para me despedir então despeça-me, mas eu tenho de ir. Garanto que o serviço não vai abaixo, que as coisas funcionam, claro nós somos profissionais e as coisas têm de ficar a funcionar. Mas eu tenho de ir. “

- E se perderes o emprego por causa disso, imagina a história que tu tens para contar." Imagina a força de inspiração que vais dar a outras pessoas quando lhes disseres "Eu perdi o meu emprego porque tinha um sonho e fui atrás dele, e o meu patrão não compreendeu. Quando cheguei não tinha emprego. Eu troquei o meu empregozinho miserável a ganhar 500 euros por mês por um projeto que me está a dar 2.000 ou 3.000 ou 4.000 ou 5.000 ou 6.000 euros por mês. Eu tive de dar dois passos atrás para depois dar 50 passos para a frente. "

Claro que não sabia se era isto que ia acontecer, mas o que eu sei é que podia ser a história daquela pessoa. É muito diferente uma pessoa falar e trabalhar a partir de uma decisão, tomar a decisão e a seguir trabalhar nas circunstâncias e melhorá-las para, a seguir, poder trabalhar no seu objetivo ou uma pessoa esperar que as circunstâncias estejam favoráveis para depois tomar uma decisão.

É que as pessoas comuns esperam que as circunstâncias sejam favoráveis, "Quando

tiver dinheiro vou ao evento.". O problema é que, se não fores ao evento, nunca vais ter o dinheiro. Ou "Quando tiver tempo vou ao evento." Mas enquanto não fores ao evento não vais ter tempo. Porque o tempo não cresce sozinho. Tens de ser tu a arranjá-lo.

Não vais saber o que fazer para seres livre, para poderes fazer o que quiseres,

quando quiseres e durante o tempo que quiseres. E se quiseres despedir-te dizes ao patrão "põe o emprego no sítio onde o sol não bate porque eu sou dono da minha vida, ninguém manda em mim".

Esta liberdade é perigosa, muito perigosa para as pessoas lá fora e, para nós, é o que

nos dá uma energia louca. Porque ninguém é assim, ninguém pensa desta maneira. Toda a gente está presa, amarrada nos pés e mãos pelas circunstâncias. Toda a gente manda em toda a gente e ninguém é livre de fazer coisa nenhuma.

E o meu ponto é este: somos pessoas diferentes das outras, temos resultados

inacreditáveis em relação às pessoas comuns porque pensamos, em muitos aspetos, de forma diferente.

Este é um desses aspetos. Nós valorizamos coisas que outros não valorizam. Por exemplo, nós gostamos de estar uns com os outros, de nos divertir, para nós a

diversão é uma prioridade. Viajar, para nós, é prioridade, para outros se calhar não. A família, para nós, é prioridade.

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Se repararem e perguntarem a qualquer pessoa lá fora "o que é, para ti, o mais importante no mundo?", as pessoas normalmente respondem estas 3 coisas:

-A saúde, a família e o dinheiro, normalmente por esta ordem. Primeiro a saúde, depois a família e depois o dinheiro. Mas estas mesmas pessoas

que dizem que o mais importante de tudo é a saúde, o tempo ou família, e o dinheiro, por esta ordem, acabam por gastar 99% do tempo focadas na falta de dinheiro, investem todo o seu tempo e toda a sua energia a trabalhar para o terceiro item da escala, e, normalmente, esquecem-se da família e da saúde que, dizem eles, são os mais importantes.

Ora, se fossem os mais importantes, dedicavam tempo a isso. Portanto, realmente, não são os mais importantes. E para nós não. Para nós é prioridade sair com a família. Para nós é prioridade sair e desfrutar a vida. E cuidarmos da nossa saúde, sim, sentir-nos bem e estarmos bem para nós é uma prioridade.

Isto explica porque é que és uma pessoa diferente e porque é que nós temos uma forma de pensar diferente.

Primeiro vem a decisão e depois é que vem a solução.

Eu estou a dar o exemplo de ir ao evento, mas pode ser com qualquer coisa, como fazer um investimento na tua educação, por exemplo. Decides "Eu vou fazer este investimento em mim mesmo", a seguir vais ver as tuas circunstâncias e, se não são aquelas que gostarias que fossem, trabalhas nelas até serem. Ponto final.

Não é discutível se vais ou não aprender o que precisas ou não, é claro que vais. Não é discutível se vais ao evento internacional ou não, é claro que vais. Agora, o que tens de fazer depois de decidir, é criar as condições para poder ir,

porque não é aceitável, na nossa mente, o facto de dizermos "ah, não vou porque não tenho as circunstâncias". Não. Tu vais. Se não tens as circunstâncias vais criá-las.

O que é que acontece a seguir? O facto de nós tomarmos uma decisão e vermos que temos muitas coisas para fazer

antes de conseguirmos realizar esse objetivo, (ou seja, as circunstâncias estão longe da nossa decisão), é fantástico. É aí que está o desenvolvimento, tanto de negócio como pessoal.

Quando uma pessoa tem as circunstâncias todas certas não se desenvolve nada, não

avança nada, não progride. Já tem. "Ok, eu agora vou ao evento. Tenho dinheiro na conta, não tenho problema com o

tempo, não tenho problema com nada. Ok, vamos embora." Ótimo. É fantástico ser assim. Mas essa pessoa, nesse ponto, não cresceu grande coisa.

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Agora imagina que colocas como objetivo algo assim: "eu quero ganhar 10.000 euros por mês daqui a 3 meses". Isso está decidido. Não é discutível.

Depois olhas para ti e vês "olha eu não percebo nada de internet, eu caí agora aqui de paraquedas, não sei nada de Marketing Digital, eu não sou empresário, eu não sei como fazer, eu não sei gerir o meu tempo, eu não sei gerir o meu dinheiro..." o que for.

Não tem problema nenhum. Vais trabalhar nesses pontos que não sabes. Vais

melhorar as competências que te faltam e vais melhorar as atitudes que te faltam, e, se fores melhorando as tuas competências e atitudes ("skillset" e o "mindset") garanto-te que chegas lá, demore o tempo que demorar. Se não for em 3 meses, pode ser em 3 anos. mas o facto é que chegas lá e, se não começasses, nunca chegarias.

O segredo é fazer o que tem de ser feito durante o tempo que for preciso.

Não é 3 meses, não é 1 mês, não é 15 dias, não é 1 semana, não são 2 horas: é o tempo que for preciso.

"Eu comecei agora um negócio próprio e quero ganhar $1000 por dia daqui a 3 segundos. "Epá, está tudo certo, podes querer fazer isso. O teu treino seguinte vai ser “como lidar com a frustração”, porque isso não vai acontecer. Pode acontecer, mas não é provável que aconteça. Se acontecer, fantástico. Se não acontecer, ótimo, tens um treino autoimposto acerca de como lidar com a frustração, e que é um ótimo treino e vamos ter muitos treinos acerca disso.

FRUSTRAÇÃO E SUPERAÇÃO Imagina: Estabelecemos objetivos e depois chega a data e hora e não conseguimos

realizá-los. Falhámos em toda a linha. Algumas pessoas dizem que era melhor não ter sonhado tão alto porque acham que caíram muito. Sonhar muito é igual a falhar muito.

E estão certas. Só estão erradas numa coisa. Falhar é fantástico e não tem problema nenhum. Porquê? É ótimo realizar os

objetivos, é ótimo ir ao evento sim, mas há muitas pessoas que estão a dar tudo por tudo lá estarem, estão a dar o seu máximo para criar as circunstâncias e não vão conseguir.

E vão tentar até o último segundo. Até estarmos lá, no evento, e começarmos a falar, até aí é o último segundo. Portanto, até aí, qualquer pessoa pode ir.

Porém, mesmo que essa pessoa não consiga ir, o facto de não ter deixado que as

suas atuais circunstâncias tenham mandado no seu sonho faz com que ela se tenha libertado. Ela cresceu imenso. Ela aprendeu a lidar com imensas coisas a nível emocional, a nível de competências, a nível de relacionamentos, se calhar teve de pedir ajuda, se calhar teve de pôr o ego na prateleira, se calhar teve de trabalhar mais horas, se calhar teve de se

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focar de uma forma diferente, teve de fazer estas coisas todas para o sonho, deu o seu melhor mas chegou a hora e não conseguiu.

Este facto, por si, é uma frustração, sim, mas a forma como lidar com essa frustração

é espetacular, ou seja, “eu dei o meu máximo, a minha consciência está limpa, eu cresci em todos os aspetos, melhorei o meu negócio, melhorei as minhas competências, aprendi um monte de coisas, trabalhei mais, ganhei mais dinheiro, aprendi muito com outras pessoas, relacionei-me de outras formas, tive outras influências, tudo melhorou”.

Esse é o processo que todos temos de seguir e todos precisamos de passar. Na verdade, o facto de ter ou não conseguido realizar o objetivo no prazo estipulado

não é tão importante como viver o processo de superação. É aqui que está o verdadeiro valor. Ficas a saber: não há sucesso sem processo.

Por isso é que é tão importante nós estarmos bem sintonizados com o nosso

mindset, com a nossa atitude, e por isso é que nós pensamos de forma tão diferente em relação às pessoas lá fora.

No final das contas bate sempre certo. No final vais ganhar os 10.000 euros por mês,

sim. No final vais ganhar 30.000 euros por mês, sim. Porque enquanto não conseguires esse objetivo não chegas ao final, não chegas ao final até decidires que chegaste ao final.

Não há nenhuma lei na República que diga "António, agora vais começar o teu novo

negócio próprio, sim senhora, e daqui a 3 meses, 5 horas e 33 minutos é o final, acaba. E tu chegaste onde chegaste e acabou."

Não, isso não existe. O final chega quando tu decidires que é o final. Para algumas pessoas o final chega quando a pessoa compra a primeira prateleira para por na sua loja de sapatos e alguém lhe diz: "é pá, tens de comprar mais prateleiras e mais modelos de sapatos" e ele diz "ah, mas eu não quero gastar mais dinheiro. Pronto, é o final. Acabou ali.

Mas quem é que decidiu que acabou ali? Foi a pessoa, claro. Porque ela está a pensar com a mentalidade da rua: de dar o mínimo com a intenção errada de ganhar o máximo. Não funciona porque a economia e o universo não funcionam assim.

Na mentalidade daqui, mesmo se a pessoa não tivesse 50 euros para comprar outra

prateleira ou mais um par de sapatos para por na loja, não havia problema nenhum. Diria: "Ok, vou arranjá-los". Há sempre solução. "Eu decidi que vou ter uma sapataria e vou achar uma solução." Fazendo isto, está dentro da mentalidade certa para ter todo o sucesso que quiser em qualquer área da vida que muito bem entender. Depois deste desafio vem outro, e outro e outro. E com cada desafio vem uma nova superação.

Isto é a coisa melhor do mundo. A superação.

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Agora, isto é muito importante, toma nota. Especialmente para as pessoas novas. Por pessoas novas refiro-me a pessoas que não tiveram ainda muito contacto com a nossa forma de pensar de ser e de fazer as coisas.

SER COMPREENDIDO OU SER DESAFIADO

Muitas vezes as pessoas querem ser compreendidas. Isto é um ponto vital. Dizem:"Ah, ninguém me compreende" e também “Mas tu não sabes da minha vida!”.

Prestem atenção: se tiverem umas bandeiras vermelhas ou uns alarmes acendam-

nos todos quando derem por vocês a dizer "ninguém me compreende" ou “tu não sabes da minha vida” ou algo parecido, porque vocês estão mesmo no sítio errado.

Esta é a realidade: Ninguém está aqui para compreender ninguém. A história da tua

vida não interessa a ninguém a não ser a ti, claro. Ninguém quer saber os motivos, ou razões, ou desculpas pelos quais não vais a algum lado ou pelos quais tu não fazes alguma coisa. Ninguém quer saber as desculpas pelas quais tu não fazes as coisas.

Ninguém quer saber porque isso não é útil a ninguém, muito menos a ti. "Ah, eu não faço porque...".

Eu vou explicar a diferença entre motivos e desculpas. Escreve. O motivo é uma razão pela qual tu fazes alguma coisa que te aproxima do teu

objetivo. "Eu quero passar tempo com a minha família, e é por isso que estou aqui." Isso é motivo. "Eu quero ser livre. Eu quero ganhar todo o dinheiro que puder porque quero ser livre e libertar toda a minha família. Quero reformar os meus pais, os meus avós, os meus tios." Isso é o motivo. Eu vou dar o meu máximo. Então é um motivo, uma razão, para eu fazer algo que me aproxima do meu objetivo.

A razão para eu não fazer algo que me aproxima do meu objetivo não se chama

motivo, chama-se desculpa. "Ah, eu não vou ao evento porque...", se ir ao evento é uma coisa que te aproxima do teu objetivo, tudo aquilo que possas pensar que não permita que tu vás não é um motivo, é uma desculpa.

"Ah eu não invisto na minha educação porque....", "eu não faço exercício porque...", "eu não passo tempo com a minha família porque....", "eu não compro esta informação porque...". O que vem a seguir ao "porque" são sempre desculpas.

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Essa é a diferença entre uma desculpa e um motivo. Espero que isto tenha ficado bem claro, porque às vezes pensamos que uma justificação é um motivo, mas não é. Uma justificação é, normalmente, uma desculpa.

E nós não queremos saber de desculpas, nós só queremos saber os motivos, as razões para fazer e não as razões para não fazer. Então, a partir de agora mesmo, ninguém quer saber das tuas desculpas. E não interessam as queixas. Não há razão para ninguém nunca se queixar de nada.

Aliás, todos os gurus dizem, todos os livros de desenvolvimento pessoal e empreendedorismo do mundo dizem que o primeiro passo que tens de dar para começar a ter sucesso é parares de te queixar. É o primeiro.

Prestem bem atenção: Se anda aqui uma pessoa durante algum tempo e continua a queixar-se, é porque ainda não deu o primeiro passo. E porque é que as queixas não interessam a ninguém? Porque focam-te no problema, nas tuas circunstâncias atuais e não no teu sonho, no teu objetivo.

Se há alguma coisa que estás a fazer que não funciona, não há problema, fazes

outra. E se essa outra também não funciona, fazes outra. E se essa outra também não funciona, fazes outra, as vezes que for preciso durante o tempo que for preciso. Ninguém está aqui para te compreender ou para te dizer "oh, coitadinho, tens razão". Não. Nós estamos aqui para te desafiar.

Escreve isto num papel e coloca-o bem visível: "EU NÃO PRECISO DE QUEM ME

COMPREENDA, EU PRECISO DE QUEM ME DESAFIE!" Com certeza já ouviste falar dos "coninhas", não já? Os "coninhas" são aqueles que

se queixam e querem que os outros os compreendam. Esta é a definição de coninhas. E sabes porque é que isto é muito ruim? Porque os "coninhas" mantêm-se coninhas

a vida toda. Não é um estado de passagem. Sendo "coninhas" é impossível evoluir porque a pessoa está focada naquilo que já é, naquilo que tem ou não tem, só se queixa à volta daquilo, e ainda por cima quer que os outros lhe digam "sim senhora, tens razão", para ver se atrai também a "conisse" dos outros para cima dele, para fazerem um grupinho de "coninhas" todos a queixarem-se uns aos outros.

Isto é o que nós vemos lá fora. Nós vamos ao médico e estamos 5 minutos na sala de

espera, saímos de lá doentes, porque as pessoas só se sabem queixar de tudo. Essas pessoas querem companhia, costumamos dizer "a miséria gosta de companhia." E como nós não somos assim, nós não queremos, de maneira nenhuma, pessoas assim. Nós queremos é distância, porque isso contamina.

Todos nós temos essa faceta na nossa personalidade. Nós nascemos no mundo lá

fora, fomos educados dessa forma e isso está presente na nossa personalidade.

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E, de vez em quando, a "conisse" vem ao de cima. De vez em quando, apesar do nosso trabalho, apesar do que fazemos, de vez em quando temos crises de "conisse". E nessas crises de "conisse", tens o teu radar, tens as tuas sirenes, liga tudo porque quando tens uma crise tens de sair dela rapidamente.

Muito menos te vais queixar a outras pessoas para despertar a "conisse" neles também. Eles não precisam disso, nem tu. Deixa isso lá em casa na prateleira, não tem problema nenhum.

Nós estamos aqui para te desafiar porquê? Porque todo o progresso está fora da

zona de conforto. E para saíres da zona de conforto é preciso que alguém te diga "vai para ali", "vai fazer assim" se não souberes o caminho.

Normalmente estas coisas são desafios. Tudo são desafios e tudo é oportunidade para nós crescermos. Já reparaste que estamos constantemente a lançar desafios a nós próprios? Ir a um evento é um desafio, vamos embora! Fazer mais um curso, aprender mais uma coisa, melhorar algo que pode ser melhorado são tudo desafios.

Quem faz Marketing Digital, que somos todos aqui, temos uma oportunidade, temos o marketing todo para fazer, os emails para mandar, as histórias para partilhar, é uma dinâmica incrível e claro que é um desafio.

Tenho de fazer mais artigos, mandar mais emails, fazer mais vídeos e é um desafio. E tudo isso serve para nos ajudar a crescer porque é para isso que servem os

desafios, para nos arrancar da zona de conforto onde, por natureza, queremos estar, e nos levar a fazer coisas diferentes. A pessoa fez o desafio, enfrentou-o, abraçou e superou a prova.

"NEXT!" PRÓXIMO! Para as pessoas que enfrentaram o desafio, lutaram e superaram a prova, vem a

segunda prova logo a seguir. Por exemplo: eu consegui ir ao evento. Chego lá e começo a contaminar toda a gente à minha volta com o quanto foi difícil eu estar ali.

"Ah coitadinho de mim, foi tão difícil. Tive de fazer isto, tive de fazer aquilo e mais isto e mais aquilo..." e continua a moer na dificuldade que teve a superar aquele desafio.

Uma pessoa ultrapassou uma dificuldade, conseguiu uma venda, arranjou um

financiamento, curou-se de uma doença, mas continua a moer na dificuldade do quão difícil foi, e explica a toda a gente, com todos os detalhes, as montanhas que teve de mover para conseguir um determinado resultado.

Essa pessoa superou o desafio? Não. Essa pessoa não superou nada. Continua a viver no mesmo problema e na mesma dificuldade que vivia antes de ter

superado. Passou pelas coisas, ultrapassou-as, mas ficou ancorada nas dificuldades, e usa-as para tentar aumentar a sua autoestima atraindo a simpatia dos outros, tenta provar aos

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outros e a si mesma que tem valor. Acha que o seu valor se mede pelas dificuldades que ultrapassou e faz questão de as iluminar e, se possível, aumentar.

Cresce? Não. O que é que tem de fazer? O que tem de fazer é pensar "Está feito "Next", venha o

próximo. Este está resolvido." "That was easy", nós gostamos do easy button que diz "that was easy". Foi fácil. Não importa quanto custou.

Claro que foi difícil, todos os desafios são difíceis, por isso é que se chamam

desafios. Depois de superados, foi fácil, e não temos de andar a queixar-nos uma e outra vez do difícil que foi. Claro que não, é uma idiotice. É "Next, vamos ao próximo. Agora é para ir onde? Fazer o quê? Ok."

Por exemplo: Já sabemos que em Janeiro vamos para um evento em Miami. Quem é que já decidiu que vai a Miami? Pois eu já tinha decidido que ia antes de saber que havia, é óbvio. Porque nós trabalhamos desta forma. Aliás, imaginem(!) depois de Miami, lá por Abril, vai haver outro evento. Eu não sei onde vai ser, mas sei que vou. Porque nós primeiro tomamos a decisão e depois é que vamos atrás da solução. Por isso, tudo aquilo que fazemos são desafios.

E a seguir ao desafio não fiques sentado a pensar "uff, consegui, cheguei aqui e

agora vou descansar." Não, isso não é assim. Isso é lá fora. Nós aqui quando vem o desafio que superamos, ótimo, vamos ao próximo. Se

quiseres parar e respirar fundo 3 vezes podes fazê-lo, mas depois: "Próximo!" E é assim que nós crescemos de desafio em desafio, sempre em desequilíbrio para a

frente. Por isso é que nós precisamos de quem nos desafie. Porque a tendência da maioria das pessoas é gostarem de conforto. Nós gostamos de estar bem, confortáveis. "Ok, eu consegui isto e consegui aquilo, agora não preciso de fazer mais nada, já estou bem", isto é uma das coisas mais pretensiosas que existe e que faz parte da definição de "coninhas".

TRANSFORMAÇÃO É que nós não estamos aqui para ficar quietinhos. Sempre que ficamos quietinhos na

nossa zona de conforto nós não progredimos. E é muito fácil dizer que quero ganhar $30.000, mas depois não me quero desafiar, não me quero transformar na pessoa que ganha os $30.000 por mês.

Tu, que estás aqui e agora, a forma que tens de pensar e as coisas que fazes e que sabes (o "skillset" e o "mindset") trouxeram-te onde estás agora.

Tu estás aqui fruto do teu "mindset" e do teu "skillset", ou seja, da tua forma de

pensar e das tuas competências. Até agora. Se tu quiseres ter resultados diferentes

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daqueles que tens agora, por exemplo ganhar $30.000 por mês, então tu precisas de te transformar na pessoa que ganha os $30.000 por mês.

A esta transformação, a esta mentalidade eu gosto de lhe chamar Mentalitude, que

é "mentalidade" (forma de pensar) e "atitude" (forma de agir) que é preciso ter para poderes atingir os teus objetivos. Aliás, o que estou a falar é de uma parte daquilo que é preciso ter: formas de pensar diferentes.

INFLUÊNCIAS Precisas modificar a tua forma de pensar, as coisas que tu gostas, começar a gostar

de coisas diferentes, a relacionar-te com outras pessoas. Não sei se sabes, mas há um tempo atrás ouvi alguém dizer, que é fácil saber quanto dinheiro uma pessoa ganha se soubermos quanto é que ganham as 5 pessoas com quem ela passa mais tempo e fizermos a média, o resultado é aproximadamente o que essa pessoa ganha.

Significa que nós somos fruto também das nossas influências, das pessoas com que

nós nos associamos. E este é outro ponto muito importante da nossa conversa de hoje: com quem nós nos associamos.

Uma pessoa que anda constantemente com "coninhas", só pode ser "coninhas".

Uma pessoa que passa o dia com "badasses", com pessoas empreendedoras, só pode ser um deles, com certeza. Porque apreende formas de pensar, formas de ver as coisas, competências, maneiras de fazer e entender que outras pessoas não entendem. E é isso que faz destas pessoas diferentes.

Vou dar um exemplo: Se eu quero ser um Cristiano Ronaldo do futebol, eu não posso passar os meus dias,

todo o meu tempo livre, no café a beber cerveja com os meus amigos. Porquê? Porque o Cristiano Ronaldo não faz isso. Ele treinou como um desalmado durante anos e anos e tem um talento incrível. Se eu quero ser uma pessoa como ele, além do talento que preciso ter, eu preciso de fazer o trabalho. Estar onde ele está, ver o que ele vê, relacionar-me com as pessoas com quem ele se relaciona, como os treinadores por exemplo, para perceber, para viver dentro desse ambiente.

E nós criamos exatamente esse ambiente para todos nos podermos desenvolver.

Porque é que lemos livros? Porque é que ouvimos áudios? Porque é que vamos aos eventos nacionais e internacionais? Porque é que compramos cursos e frequentamos grupos de pessoas com os mesmos objetivos que nós? Porque lá vamos estar com pessoas muito melhores do que nós em muitas coisas, e nós vamos lá para podermos passar o máximo de tempo possível com essas pessoas.

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Há uns meses atrás estive num evento com um bom amigo e mentor que veio dos

Estados Unidos para estar comigo e com a minha equipa. Fez toda a diferença para nós passarmos o dia inteiro, numa sala relativamente pequena (éramos por volta de 80 pessoas), a espremê-lo até o tutano.

Ele saiu daqui esgotado porque nós roubamos-lhe a energia toda que ele trouxe. Faz toda a diferença estar perto, olhar olho no olho e partilhar conversas, refeições, conversas informais, dar um abraço e conectar com essa energia. Faz ou não faz?

Por isso é que nós temos de estar junto, mesmo fisicamente, das pessoas que têm,

que são, ou que fazem as coisas que nós queremos ter, ser ou fazer. A escolha das nossas influências. Nós deixamo-nos derrubar pela nossa família, eles não entendem o nosso negócio,

não entendem o nosso projeto de vida, se calhar. E vamos deixar de passar tempo com eles? Não. Eu adoro a minha família e os meus

amigos, mas alguns deles não entendem, não faz mal. Mas passo tempo de qualidade com pessoas de qualidade, no que diz respeito ao meu projeto de vida, e passo tempo de circunstância com pessoas de circunstância.

Saímos, divertimo-nos, temos uns almoços ou uns jantares, convivemos, é

fantástico. Acontece de vez em quando, mas numa base diária, eu passo tempo com aqueles amigos com quem posso partilhar ideias e projetos, aprender, melhorar, ensinar e progredir.

Todos precisamos ser uma pessoa diferente se queremos resultados diferentes. Eu acho que isto é a verdade mais óbvia e mais lógica que existe à face da terra.

Ainda há pouco tempo alguém me disse "epá Rui, tu estás uma pessoa diferente,

parece que já não és como a gente." Isto aconteceu quando fui sair com uns amigos, e realmente tenho pouco em

comum com eles. Antes tinha, em algumas coisas, mas agora tenho cada vez menos porque eles pensam de uma forma que eu já não penso, eles discutem assuntos que já não me interessam. Eu não quero saber de política, eu não quero saber da economia para nada, não quero saber da crise, não quero saber das doenças nem nada dessas coisas. Não me interessa a vida privada de ninguém, e considero "de mau-gosto" uma boa parte das conversas, mas quando eles se juntam e eu também estou lá, raramente se fala de alguma coisa que realmente me interesse.

E como eu não estou propriamente interessado, ou desvio a conversa, ou estou ali e

participo um bocadinho menos, as pessoas reparam. Pois não, eu não sou o mesmo. Porque é que eu havia de ser o mesmo se estou a lutar há tanto tempo para progredir? Era

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uma estupidez eu andar a tentar progredir e afinal ser o mesmo. É claro que não sou o mesmo, graças a Deus. Porque se fosse o mesmo tinha os mesmos resultados que tinha antes, que não eram nenhuns.

Portanto precisas ser uma pessoa diferente, precisas de deixar de fazer certas coisas, deixar de frequentar certas conversas, deixar de ver certas notícias porque é fácil poluir a nossa mente com lixo. É muito fácil isso acontecer, nós distraímo-nos e já está.

Aqueles programas da manhã, por exemplo. Dão programas na televisão a manhã e

a tarde inteira. Eu vou ao ginásio de manhã e lá está a passar na televisão um daqueles programas. Aliás têm lá duas televisões grandes e uma está a passar o programa da manhã de um canal, e na outra está a dar outro programa da manhã de outro canal.

Aquilo até sem som traz uma baixa energia que é uma coisa louca. Eu já pedi aos gajos para tirarem aquilo, mas eu não mando nada. É uma coisa horrível. É a moer na miséria, a moer na dificuldade, é mesmo horrível e aquilo quebra a energia.

Então eu fujo disso. Eu fujo das notícias, eu não quero saber disso. “Então, mas tu

não queres estar informado em relação ao que se passa no mundo?" Quando há coisas realmente importantes, como por exemplo, o Papa resignou, eu soube, e não foi preciso ver as notícias para saber. Foi eleito outro Papa, ok também fiquei a saber.

Há umas coisas a acontecer na Síria, eu sei. Essas coisas importantes não precisamos

de ver as notícias para ficar a saber. Mas há muitas outras notícias, que são boas notícias, que não aparecem nos meios de comunicação, e essas eu quero saber.

Eu quero saber onde está a solidariedade, eu quero saber onde estão pessoas a superarem-se, onde é que estão as histórias de sucesso, isso eu quero saber.

HISTÓRIAS E nós aqui no grupo andamos todos sempre uns atrás dos outros, "Anda cá, conta-

me a tua história", "Ok, chegaste aos $10.000 num mês, explica-me como é que fizeste?". Essas pessoas vêm contar-nos a sua história depois de superada, e este é o segredo.

Enquanto a tua história não for uma história de sucesso, não interessa a ninguém,

não traz nada de positivo para ninguém, não inspira ninguém, é a história dos "coninhas" que se estão a queixar.

Há uma grande diferença entre contarmos dificuldades partindo do ponto de vista da história superada. Há uma grande diferença entre eu estar a dizer que eu não ganhava dinheiro para sustentar a família, e isto aconteceu, a Melissa, a minha esposa, ela acrescentava água no leite para as meninas terem leite para beber ao pequeno-almoço, no dia seguinte. Quantas vezes vieram cortar a eletricidade a casa, que eu não conseguia pagar!

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Eu conto isso porque eu superei isso tudo, e conto do ponto de vista da superação. Eu passei por isso sim, mas já não passo. Porquê? Porque eu sei o que eu fiz, sei o plano e sei o método e sei a mentalidade que é preciso mudar. E é por isso que estou aqui a falar, não estou a contar o "Diário de Maria" ou essas queixinhas todas. Ninguém se interessa por queixinhas.

"Um líder nunca conta as suas dificuldades a ninguém, a não ser depois de

superadas." (Com "ninguém" querendo dizer "ninguém fora do seu circulo de soluções") . E isso é a marca de um Líder.

Estás a passar por dificuldades, fantástico, é isso mesmo que tu precisas para

crescer. A posição em que tu estás agora, neste preciso momento, as tuas circunstâncias, o que tu pensas, o que tu sabes, é exatamente aquilo que tu precisas neste momento para dares o passo em frente.

Não vale a pena me dizeres "Ah, mas se eu soubesse...", "Ah, mas se eu tivesse...", se eu isto, se eu aquilo. Não interessa para nada, isso são só desculpas para não teres de fazer o que tem de ser feito. Porque, neste momento, pelo facto de estares aqui tu já tens na tua mão tudo o que tu precisas para ter sucesso.

Não somente tens o grupo e as ferramentas. Tens dentro de ti a capacidade de

tomar as decisões certas, e poder lutar por aquilo que queres, tens a energia e a força para fazer isso tudo.

Vou resumir: Tens de deitar fora algumas coisas, as influências que não te servem para nada, as

notícias, essas coisas todas. E precisas de incorporar algumas coisas novas na tua vida, novos conhecimentos e novas competências. Estás a aprender uma profissão e portanto vais aprender muitas coisas, é um processo que não tem fim, todos estamos sempre a aprender muitas coisas, graças a Deus. No dia em que nós deixarmos de precisar de aprender, estamos mortos.

Então, isso é a primeira coisa, abraça a incompetência. "Ah, eu sou incompetente, não sei o que fazer." Fantástico, quer dizer que tens, à

tua frente, um caminho bem claro do que fazer para deixares de ser incompetente, para passares a ser competente, para aprenderes as coisas. Quando uma pessoa acha que já sabe tudo, não aprende nada, certo?

Portanto, ter a consciência que não sabes é ótimo, significa que tens espaço para

aprender. Esse é o primeiro passo.

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A segunda coisa é ter uma nova mentalidade. Ou seja, a mentalidade do "eu quero", "eu decidi" e agora vou mudar a minha vida para poder realizar o meu objetivo.

Eu vou transformar-me na pessoa que ganha aquele dinheiro, vou transformar-me na pessoa que tem aquela influência, vou transformar-me na pessoa que tem aquele relacionamento, que tem aquele tipo de saúde, aquele tipo de família, aquela forma de estar na vida, aquela qualidade de vida.

Não é só ter o dinheiro, é transformar-se na pessoa que ganha aquele dinheiro. Precisas de ter uma nova mentalidade, a de:

"primeiro a decisão e depois a solução". Usa isto em tudo e bem sublinhado diz

"sem queixinhas". Depois, a terceira, precisas de escolher novas influências. Ouvir os áudios, ler os

livros. Estar em eventos ao vivo é a melhor forma de influência que podemos ter. Vale mais um dia no evento do que um ano a ler livros, isso eu garanto e quem já esteve em eventos assina por baixo, de certeza absoluta. Isso é unânime.

Mas é preciso também ler os livros e ouvir os áudios. Tudo isto significa novas influências, escolher quem nos influencia, porque todos somos muito influenciados. Na verdade, as pessoas que dizem que não são influenciáveis simplesmente foram influenciadas por pessoas que dizem que não são influenciáveis.

A maior parte das pessoas não escolhe as suas influências, são influenciados pelo

que aparece. Se estão no local de trabalho, é por alguém que está ali, sentam-se à frente da televisão e comem o que lhe meterem à frente. Portanto, não escolhem as influências e não têm bons resultados porque as influências são ruins. E por isso é que precisamos de ler os livros, estar nos eventos, ouvir os áudios, isso é começar a conviver com os Cristianos Ronaldos. É começar a conviver com as estrelas. Nós começamos a partilhar uma certa visão do mundo e uma forma de estar.

E depois, a quarta, muito importante, é aceitar a mudança. Nós podemos medir o

sucesso que uma pessoa tem se conseguirmos medir o quanto essa pessoa está apta a aceitar a mudança, a substituir uns hábitos por outros, a aprender coisas que nunca tinha aprendido, a fazer coisas que nunca tinha feito, a enfrentar medos, receios, isso tudo significa mudança. E as pessoas que estão mais resistentes à mudança são aquelas que têm menos resultados, e as que são mais abertas à mudança são as que têm mais resultado.

E é lógico, faz todo o sentido. Se eu agora estou numa situação em que tenho um

certo resultado, por exemplo, ganho $1000 por mês, e se eu não mudar, se resistir à mudança, é muito mais difícil para mim ganhar $30.000.

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Querer mudar, querer fazer coisas diferentes, querer receber nova informação, contactar com pessoas novas, fazer coisas que metem medo, correr riscos, estas coisas todas são a marca de uma pessoa bem-sucedida.

Portanto abraça a mudança., não resistas. "Ah, mas eu agora não queria", "Vou ter

de aprender alguma coisa?", "Agora vou ter de comprar mais isto?" "Agora vou ter de ler mais isto?", "Agora vou ter de ver mais este vídeo?" Claro que sim!

Até morrer, sim. E se nós continuássemos aqui depois de mortos continuávamos a

ler e a estudar depois de morrer, com certeza, para sempre. E não só a ler e a estudar, mas a fazer coisas diferentes. A lidar com a frustração, sim. E a dares o teu melhor e o teu máximo, e aquilo a não funcionar e tu arrancas os cabelos todos mas, no dia seguinte, estás a fazer tudo de novo. Isto sim. É fantástico!

Isto é o que dita uma pessoa de sucesso, a forma como lida com a frustração. Para

algumas pessoas, na frustração fala-se de desistir, para outras sai uma raiva que leva tudo à frente.

E estas são as pessoas que abraçam a frustração e a usam como motor para realizarem os seus sonhos e os seus objetivos.

Já ouviste dizer que "o sucesso é ultrapassar sucessivos fracassos"? É exatamente isto.

É de fracasso, em fracasso, em fracasso, que nós vamos progredindo porque, fracassando, nós estamos a aprender, a progredir e a melhorar. Depois temos um sucesso lá pelo meio.

Ficamos todos contentes e inchamos o nosso ego e ficamos mais motivados, mas, tenho uma má notícia para dar: é que, nos sucessos nós não aprendemos nada.

Quando conseguirmos um objetivo ganhamos um selo de qualidade, uma medalha que nos faz todos contentes, enchemos o peito de ar e sentimo-nos felizes, dá-nos uma boa energia, mas não aprendemos nada.

Nós aprendemos quando falhamos, quando vimos o que fizemos de errado e vamos

melhorar. Onde há espaço para melhorar é onde nós aprendemos. Portanto, fazer coisas difíceis é ótimo, trabalhar no duro e não conseguir o que gostaríamos é ótimo porque, se não conseguiste agora, consegues a seguir, não há problema.

Pergunta: "Mas quantas vezes hei-de tentar?" Resposta: “As vezes que forem precisas até conseguir.” Esta é a nossa atitude. Por isso é importante aceitar a mudança. E é preciso seguir instruções sobre coisas

práticas. Seguir instruções tem dois papéis muito importantes.

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O primeiro é que põe o nosso ego de lado. "Epá, mas eu tenho um curso superior, sou diplomado em marketing, e eu sei isto, não preciso de aprender." Isto é o primeiro sinal de alerta. Quando dizemos "eu já sei isto" significa que fechamos a possibilidade de melhorar, e esse é o princípio do fim. Estamos aqui a dizer que queremos aprender, melhorar e mudar de vida, e uma pessoa que diz que já sabe quer dizer que está a fechar-se. Está a encerrar-se num casulo a dizer "ok, aqui não entra mais nada".

O facto de seguir instruções das pessoas que escolheste para te guiarem significa que aceitas que não sabes tudo. Isso é o primeiro ponto, pôr o ego de lado, ou seja, tornares-te ensinável.

Depois, é óbvio que estamos a fazer uma coisa muito nova. Mesmo que alguém

tenha sido o super guru não sei de quê, chega aqui e é como uma criança acabadinha de nascer. Ainda ontem disse isto a uma pessoa. Foi tal e qual "Ah, mas eu já tenho muita experiência, já tive uma organização com não sei quantas pessoas..." e eu disse "Ok, meu amigo, isso está tudo certo, mas aqui tu és um bebé, tu aqui não sabes nada ainda, por isso faz o que te estou a dizer."

É preciso seguir instruções por estes motivos, para pormos o nosso ego de lado e

deixar entrar a informação, a influência e a vivência que precisamos para sairmos da nossa zona de conforto e entrarmos numa zona de desconforto. Este é o segredo e chama-se "seguir instruções". Se uma pessoa não sabe, precisa de alguém que a oriente no uso do sistema e dos métodos.

Numa dada altura dominas as coisas e depois já fazes como quiseres porque já

dominas as condições críticas do sucesso, já sabes em que sítios tens de estar, as coisas que tens de ter para tudo funcionar e, sabendo isso, tu podes fazer outras coisas à tua maneira.

Já não precisas de seguir instruções, mas ouves opiniões. Aprendemos uns com os outros (chamamos a isso, networking), trocamos ideias, mas já ninguém está a dar instruções a ninguém porque já todos nós sabemos. Voltamos a ser crianças e a seguir instruções sempre que queremos passar para outro nível, desconhecido para nós, mas conhecido dos nossos mentores.

Terminamos a palestra Acredito que esta MENTALITUDE seja a maior responsável pelos muitos milhões de

euros que ganhámos na equipa nos últimos meses, pela reconquista do respeito e da autoestima de imensos membros, pelas famílias de novo reunidas , como a minha, dispersa pela emigração e junta de novo, por um novo sentido para a vida e por um novo propósito de vida que me traz imensa felicidade.

Afinal estamos aqui para sermos felizes e a liberdade é um dos pilares da felicidade.

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Desafio Acabaste de ler 99% da palestra que dei ao vivo para um grupo de empreendedores

de marketing de rede. Nos restantes 1% coloquei-lhes um desafio, que, obviamente, não poderia ser o mesmo que te vou colocar a ti, leitor.

Para ti é um desafio e um BONUS ao mesmo tempo:

Vemo-nos no proximo-evento.com