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MECANISMOS INTERCOMPLEMENTARES DE AUTOPOLINIZAÇÃO … Domi… · família Malvaceae, havendo esse registro em 23 espécies (Ruan 2011). Outro registro de mecanismo de autopolinização

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

MECANISMOS INTERCOMPLEMENTARES DE AUTOPOLINIZAÇÃO

EM SIDA CORDIFOLIA (MALVACEAE)

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, 2013

TCC apresentado ao Curso de

Graduação em Licenciatura em

Ciências Biológicas como requisito

para incremento da Disciplina Eletiva

do Curso de Licenciatura em Ciências

Biológicas.

Aluno: Arthur Domingos de Melo

Orientadora: Isabel Cristina Sobreira

Machado

Co-orientadora: Tarcila Correia de

Lima Nadia

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Catalogação na Fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.

Bibliotecária Roseane Souza de Mendonça, CRB4: 1148

M528m Melo, Arthur Domingos de.

Mecanismos intercomplementares de autopolinização em Sida cordifolia (Malvaceae) / Arthur Domingos de Melo. Vitória de Santo Antão: O Autor, 2013.

38 folhas: il.; fig. Orientador: Isabel Cristina Sobreira Machado. Co-orientador: Tarsila Correia de Lima Nadia.

TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Ciências Biológicas, 2013.

Inclui bibliografia.

1. Polinização. 2. Angiospermas – Autopolinização tardia. 3. Autogamia. 4. Sida cordifolia (Malvaceae). I. Machado, Isabel Cristina Sobreira (Orientador). II. Nadia, Tarsila Correia de Lima (Co-orientador). III. Título.

571.8642 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE-001/2013

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Arthur Domingos de Melo

MECANISMOS INTERCOMPLEMENTARES DE AUTOPOLINIZAÇÃO

EM SIDA CORDIFOLIA (MALVACEAE)

BANCA EXAMINADORA:

_________________________________________________

(Orientadora) Dra. Isabel Cristina Sobreira Machado

_________________________________________________

MSc. Artur Maia Wanderley

________________________________________________

Dra. Elisangela Lucia de Santana Bezerra

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Agradecimentos

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus pelo presente de uma natureza

tão bela a qual temos oportunidade de estudar e entender os seus mais interessantes

detalhes. A colaboração de diversas pessoas foi importante neste trabalho, de

maneira que deixo meu agradecimento:

Às minhas orientadoras, Profª Dra. Isabel Cristina Machado e , Profª Dra.

Tarcila de Lima Nadia, mais do que meus votos de gratidão, gostaria de aqui deixar

registrado toda a admiração e respeito que possuo por elas. Tratam-se de pessoas

das quais muito me orgulho de terem me acompanhado durante a graduação,

contribuindo não apenas com disponibilidade, ensinamentos e paciência, mas como

verdadeiros exemplos profissionais a serem seguidos. De maneira geral agradecer

por acreditarem em mim e pelo cuidado dispensado.

Aos meus colegas do Laboratório de Biologia Floral e reprodutiva, UFPE, pela

companhia agradável e diligência tornando o ambiente agradável para minhas

atividades laboratoriais.

Às crianças residentes no Loteamento Bau, pela companhia nos trabalhos de

campo e por terem gentilmente se disposto a vigiar os experimentos de polinização.

À Maria Olívia de Oliveira Cano do herbário Dárdano de Andrade Lima pela

identificação do material botânico.

Por fim, agradeço ao PIBIC/CNPq/UFPE, pela bolsa concedida durante a

execução do projeto.

Tendo em vista que este trabalho representa o encerramento deste belo

período da minha vida, a graduação, gostaria de modo especial estender meus

agradecimentos:

Aos meus pais, por terem me dado subsídio para cursar tranquilamente a

minha graduação e pela importância que sempre deram à minha formação

acadêmica, deixando-me livre para seguir meu caminho. Desde cedo sempre foram

muito cautelosos comigo, não medindo esforços a fim de tornar-me uma pessoa

digna sendo meus maiores princípios de ética e moralidade.

Aos meus amigos e companheiros da Diretoria da Troça Carnavalesca Os

Largados do Bairro Novo da qual faço parte. Embora não estejam inseridos no

contexto da universidade , são amizades importantes, sempre me apoiando e

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acreditando na minha competência. De maneira especial Luiz Mauro de Alcântara

Marciel Silva e Josias Valentin Gomes Filho, cuja amizade já se estende há mais de

16 anos.

Aos meus amigos e colegas de turma Emmanuel Messias Vilar e Teone

Pereira da Silva Filho pela sincera amizade e apoio sempre que necessário. Tratam-

se de pessoas presentes de maneira especial dentre as minhas lembranças, com as

quais construí uma bonita história.

Aos demais colegas de turma com quem passei bons momentos, tornando

minha aprendizagem bem mais agradável.

A Antônio Felix da Silva Filho pela amizade construída nestes últimos períodos

de curso. Alguém que tem me surpreendido bastante, me permitido evoluir como

pessoa, sendo importante de tal maneira, que a nossa parceria nos tem permitido

alcançar sucesso em todos os nossos objetivos.

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Tabelas

Tabela 1. Morfometria floral de Sida cordifolia (Malvaceae) em área urbana do

município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco.

29

Tabela 2. Resultados dos experimentos de polinização natural e controlada de

Sida cordifolia em uma área urbana do município de Vitória de Santo Antão,

Pernambuco.

30

28

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Figuras

Figura 1. Esquema de corte longitudinal da flor de Sida cordifolia indicando as

estruturas medidas na análise de morfometria. A. Diâmetro da corola; B.

Diâmetro do cálice; C. Diâmetro do androceu; D. Altura do gineceu; E. Altura do

tubo estaminal.

31

Figura 2. Flores de Sida cordifolia (Malvaceae) em área urbana do município de

Vitória de Santo Antão, Pernambuco. A. Inflorescência terminal; B. Flor com

padrão de coloração amarela;

C. Flor com padrão de coloração vermelha; D. Corte longitudinal da flor,

mostrando a máxima extensão de fusão das pétalas (seta), a partir de sua

inserção no receptáculo (r), e o tubo estaminal (te).

32

Figura 3. Diferentes fases de flores de Sida cordifolia (Malvaceae) em área

urbana do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. A. Corte

longitudinal de Botão em pré-antese; B. Distensão máxima dos estiletes acima

das anteras; C. Corte longitudinal de flor após murcha.

33

Figura 4. Sequência de antese de Sida cordifolia em áreas urbanas do

município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. (A. Pré antese; B. Antese;

C. Pós-antese).

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Sumário

Introdução Geral .............................................................................................................................. 7

Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 9

Mecanismos intercomplementares de autopolinização em Sida cordifolia L. (Malvaceae) ...... 12

Abstract ........................................................................................................................................ 13

Introdução ................................................................................................................................... 14

Materiais e Métodos ................................................................................................................... 15

Local de estudo ........................................................................................................................ 15

Morfologia floral ........................................................................................................................ 16

Sequência de antese ............................................................................................................... 16

Sistema Reprodutivo ................................................................................................................ 17

Resultados ................................................................................................................................... 18

Morfologia floral ........................................................................................................................ 18

Sequência de Antese ............................................................................................................... 19

Sistema reprodutivo ................................................................................................................. 20

Discussão .................................................................................................................................... 20

Conclusões.................................................................................................................................. 23

Agradecimentos ......................................................................................................................... 24

Resumo ........................................................................................................................................ 24

Palavras Chave ........................................................................................................................... 24

Referências.................................................................................................................................. 25

Anexo - Normas da revista Anais da Academia Brasileira de Ciências .............................. 35

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Introdução Geral

O conhecimento sobre a biologia da polinização das espécies é fundamental

para estudos sobre processos evolutivos e ações de conservação. Dentre os muitos

ramos da botânica envolvidos nos estudos de biologia floral temos: morfologia,

anatomia, biologia da polinização, sistema reprodutivo, genética, biologia molecular,

sistemática e evolução (Endress 1994). Juntas, as informações aferidas por estes

estudos nos permitem vislumbrar as fantásticas estratégias e interações

selecionadas durante a evolução e que hoje garantem a estabilidade dos

ecossistemas tais como conhecemos. Dentre esses, podemos destacar de modo

especial os estudos sobre sistema reprodutivo que tratam de uma característica

fundamental, uma vez que refletem a diversidade das expressões sexuais. Nesse

ponto os fenômenos de autocompatibilidade e auto-incompatibilidade são os mais

comuns (Endress 1994).

A autocompatibilidade trata-se da capacidade do grão de pólen de um

individuo gerar gameta masculino com capacidade de fecundar a oosfera contida no

seu próprio gineceu (Endress 1994). Richards (1997) sugere que evolutivamente as

angiospermas partem de uma condição basal de auto-incompatibilidade para

tornarem-se autocompatíveis. Este autor lista as causas desta mudança enfatizando,

entre outras questões, que a polinização cruzada (principalmente biótica) pode ser

pouco confiável em alguns ambientes e também que pode haver economia de

energia no investimento para realizar o fluxo de pólen. Todavia, não basta a uma

planta ser autocompatível para que obtenha sucesso dispensando agentes

polinizadores. Esta precisa também ser capaz de se autopolinizar, ou seja, transferir

grãos de pólen da antera de uma flor para seu próprio estigma. Plantas adaptadas a

esse tipo de polinização e fecundação são ditas autógamas (Richards 1997) e

evitam separações temporais (Dicogamia) ou espaciais (Hercogamia) entre seus

verticilos reprodutivos (Dafni et al 2005).

Existe uma grande riqueza de mecanismos selecionados para permitir a

autopolinização espontânea, ou seja, sem a participação de vetores externos.

Alguns destes são aparentemente mais especializados como o recentemente

descoberto em Holcoglossum amesianum (Orchidaceae), no qual a flor rotaciona as

anteras contra a gravidade através de 360°, inserindo o pólen na cavidade do

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próprio estigma (Liu et al 2006); ou o mecanismo encontrado em Caulokaempferia

coenobialis (Zingiberaceae) onde uma película de pólen é transportada a partir da

antera por uma emulsão oleosa que desliza lateralmente ao longo do estilete da flor

até alcançar o estigma (Wang et al 2004). Outros mecanismos aparentemente

menos complexos dependem da disposição dos verticilos florais, como em

Palicourea macrobotrys (Rubiaceae), na qual estigmas e anteras encontram-se

praticamente no mesmo nível, diferente das demais espécies deste gênero (Coelho

e Barbosa 2003) comumente heterostílicas, ou seja com uma variação da altura das

estruturas reprodutivas em diferentes indivíduos propiciando assim a polinização

cruzada. Outro caso muito comum é o de Passiflora suberosa (Passifloraceae), no

qual é possível a queda de grãos de pólen sobre o estigma quando este se coloca

abaixo do nível das anteras (Koschnitzke e Sazima 1997). Há adaptações extremas

como a cleistogamia, que está presente em diversos táxons, tratando-se da não

abertura da corola, ou seja, a flor permanece fechada e em seu interior ocorre a

autopolinização (Culey e Klooster 2007).

Um dos mecanismos mais intrigantes de autopolinização é a autopolinização

tardia por flexão dos estiletes. Este fenômeno é caracterizado pelo complexo

mecanismo de curvatura dos estiletes em resposta a não deposição de pólen no

estigma (Bultrosse et al 1977). Tal mecanismo é encontrado em representantes da

família Malvaceae, havendo esse registro em 23 espécies (Ruan 2011). Outro

registro de mecanismo de autopolinização na família é a cleistogamia, ocorrendo em

quatro espécies do gênero Gossypium e possivelmente em uma do gênero Malva

(Culley e Klooster 2007). Nesta grande família com cerca de 4200 espécies

distribuídas em todo o mundo (Souza e Lorenzi 2005), a autocompatibilidade é

apontada como um caráter derivado que se tornou preponderante (Gottsberger

1986).

Apesar disso, pouco se investiga sobre os detalhes de outros possíveis

mecanismos de autopolinização em Malvaceae. Esta situação pode ser apontada

para o gênero Sida, um dos maiores da família, com aproximadamente 150 espécies

nas Américas, África, Ásia e Austrália (Fryxell 1988), Gottsberger (1986) aponta o

gênero Sida como autógamo, razão de seu sucesso como plantas daninhas

pantropicais, sendo também descritas como invasoras (Bovini et al. 2001), causando

impacto na agropecuária, ocupando pastagens (Lara et al, 2003), intoxicando

caprinos (Driemeier et al, 2000; Seitz et a, 2005; Riet-Correa 2007) e prejudicando o

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desenvolvimento de lavouras (Azevedo et al, 2006), a exemplo de Sida spinosa

(Correia e Durigan 2004). No entanto, algumas outras espécies podem ser utilizadas

na alimentação, na medicina, na ornamentação ou como forrageira (Ferreira et al,

1984; Sangalli et al, 2002; Rondon Neto e Gama 2003). Além da importância

econômica, algumas espécies de Sida são importantes fontes alimentares para

abelhas nativas principalmente em áreas degradadas, ao ofertar recursos florais,

como o pólen (Petanidou & Smets 1995; Nogueira-Neto 1997; Kerr 1968 apud

Pereira et al 2003). Pereira et al (2003), analisando o forrageamento da abelha

Melissoptila thoracica Smith em flores de Sida, constataram que Sida rhombofolia e

S. planicaulis são fundamentais para o sucesso reprodutivo desta abelha, por serem

fonte de pólen para suas larvas. Também foi registrado o uso dos recursos florais de

várias espécies de Sida e Malvastrum por várias abelhas em uma área urbana de

Viçosa, Minas Gerais, Brasil (Morato & Campos 2000).

Por tratar-se de um gênero que tem na autogamia uma de suas principais

características (garantindo, inclusive, seu notório sucesso como ruderal) estando

incluso em uma família que porta mecanismos tão especializados de

autopolinização, torna-se relevante investigar como funciona o mecanismo de

autopolinização em Sida. Neste trabalho iniciamos a busca por uma possível

resposta. Tomamos Sida cordifolia L., um sub-arbusto ruderal de distribuição

pantropical com potencial medicinal, apícola e forrageiro (Fryxell 1985; Alves 2009),

e analisamos sua biologia floral e sistema reprodutivo.

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Mecanismos intercomplementares de autopolinização em Sida

cordifolia L. (Malvaceae)

Arthur Domingos de Melo¹

Tarcila Correia de Lima Nadia²

Isabel Cristina Machado³

¹ Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória,– Curso de

Ciências Biológicas (Licenciatura), Rua Alto do Reservatório, s/nº, Bela Vista, 55608-

680, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil

² Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória,

Núcleo de Biologia, Rua Alto do Reservatório, s/nº, Bela Vista, 55608-680, Vitória de

Santo Antão, PE, Brasil

³ Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas,

Departamento de Botânica, Av. Profº Moraes Rego, s/nº, Cidade Universitária,

50372-970 Recife, PE, Brasil.

Palavras Chave: Autogamia; autopolinização tardia; cleistogamia de

pré-antese; Sida; Malvaceae.

Autopolinização em Sida cordifolia

Autor para correspondência:

e-mail: [email protected]

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Abstract

Sida is one of the most popular genres of Malvaceae, family where there are

records of very complex mechanisms of self-pollination. Since this genus has one

autogamy preponderant, reason for his success as ruderal, this situation led us to

question about its possible self-pollinaton mechanisms. To elucidate this issue, floral

biology and breeding system of Sida cordifolia were studied in urban area in the

Zona da Mata, Pernambuco - Brazil. The corolla configuration, the slender stilettos

and anthers lumped; as well as, the beginning of anther dehiscence with the

unopened flower and stigma remaining receptive until the wilt; are factors that

contribute to their self-pollination events. Were recorded and tested two types of

spontaneous self-pollinaton mechanisms: one similar to cleistogamy of pre-anthesis

and the other being the late self-pollination by corolla movements action; such

mechanisms act in a complementary way, being this the first record of this type for

this family. The spontaneous self-pollination in species cause high fruit production,

reaching the cross or mixed pollination level, which optimizes the different

environments occupation, including those highly anthropized.

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Introdução

A auto-incompatibilidade é uma condição basal nas Angiospermas (Richards

1997) e está relacionada à manutenção da variabilidade genética (Endress 1994).

Por depender da polinização cruzada, o que pode ser pouco confiável em alguns

ambientes, dentro de alguns grupos de plantas foi selecionada a

autocompatibilidade, permitindo a autofecundação, que ao ocorrer por ocasião da

autopolinização espontânea caracteriza a autogamia (Richards 1997).

Há diversos mecanismos de autogamia. Alguns mais especializados como os

descobertos em Holcoglossum amesianum (Orchidaceae), com anteras que

rotacionam 360° entrando em contato com o estigma (Liu et al 2006); e em uma erva

chinesa onde o pólen é transportado por uma emulsão oleosa que desliza sobre

estilete até o estigma (Wang et al 2004). Há outros mecanismos aparentemente

menos complexos, como em Palicourea macrobotrys (Rubiaceae), na qual estigmas

e anteras encontram-se no mesmo nível, diferente das demais espécies

heterostílicas do gênero (Coelho and Barbosa 2003). Outro caso é o de Passiflora

suberosa (Passifloraceae), onde grãos de pólen caem sobre o estigma quando

posicionado abaixo das anteras. (Koschnitzke and Sazima 1997). Há adaptações

extremas, como a cleistogamia, que ocorre em diversos táxons, na qual a flor

permanece fechada e em seu interior ocorre autopolinização e autofecundação

(Culey and Klooster 2007).

Uma das mais intrigantes formas de autopolinização espontânea é a

autopolinização tardia por flexão dos estiletes. Mecanismo encontrado em 23

espécies de Malvaceae (Ruan 2011). Trata-se do complexo mecanismo de curvatura

dos estiletes estimulados pela ausência de deposição de pólen no estigma, pela falta

ou extrema escassez local de vetor biótico (Bultrosse et al, 1977). Outro registro de

mecanismo de autopolinização na família é a cleistogamia, em espécies do gênero

Gossypium e possivelmente no gênero Malva (Culley and Klooster 2007).

Em Malvaceae, sensu stricto, a autogamia é apontada como um caráter

derivado que se tornou preponderante (Gottsberger 1986). Apesar disso, poucas são

as investigações sobre outros mecanismos de autopolinização na família, como

ocorre no gênero Sida, apontado por Gottsberger (1986) como autógamo.

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Sida é um dos maiores gêneros da família, com aproximadamente 150

espécies de distribuição pantropical (Fryxell 1988). São geralmente plantas daninhas

(Bovini et al. 2001), que causam impacto sobre agropecuária (Lara et al 2003;

Driemeier et al. 2000; Seitz et al. 2005; Riet-Correa 2007; Azevedo et al. 2006;

Correia and Durigan 2004). Entretanto são importantes, pois mantêm a

disponibilidade de recursos para abelhas nativas em áreas urbanas ou degradadas

(Petanidou and Smets 1995; Nogueira-Neto 1997; Pereira et al, 2003; Morato and

Campos 2000) e têm potencial alimentar, medicinal, ornamental ou forrageiro

(Ferreira et al. 1984; Sangalli et al. 2002; Rondon Neto and Gama 2003).

Sendo um gênero cuja autogamia é uma de suas principais características,

razão de seu sucesso como ruderal (Gottsberger 1986), e estando incluso em uma

família que apresenta mecanismos tão especializados de autopolinização, torna-se

relevante questionarmos: como funcionam os mecanismos de autopolinização de

Sida.

Tomando Sida cordifolia, um sub-arbusto ruderal, pantropical com potencial

medicinal, apícola e forrageiro (Fryxell 1985; Alves 2009), como modelo

representativo, analisamos sua biologia floral e sistema reprodutivo, buscando

responder: Como a estrutura floral e eventos na antese de S. cordifolia contribuem

para sua autogamia? S. cordifolia possui mecanismos especializados de

autopolinização? Quais os sucessos reprodutivos pelos mecanismos de

autopolinização caso sejam isolados? O sucesso reprodutivo na autopolinização

equipara-se com o da polinização cruzada?

Materiais e Métodos

Local e periodo de estudo

O estudo foi desenvolvido na área urbana da cidade de Vitória de Santo

Antão na Zona da Mata de Pernambuco, Brasil. No período de janeiro a agosto de

2012. Os indivíduos utilizados encontravam-se em meio a vegetação ruderal de

único bairro em 4 terrenos baldios cercados por construções e distantes uns dos

outros cerca de 300 metros, além disso, outros estavam presentes em uma área

próxima ao bairro que, embora sem construções, era altamente antropizada.

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Morfologia floral

Botões e flores foram coletados, fixados em álcool a 70% e analisados em

laboratório sob estereomicroscópio. O número de peças em cada verticilo e a

quantidade de grãos de pólen e óvulos foram calculados para 30 botões de 10

indivíduos diferentes (três botões por indivíduo). Para estimar a quantidade de grãos

de pólen por flor, foi contada a carga total de pólen de três anteras por botão,

obtendo-se a média de grãos por antera, sendo este valor posteriormente

multiplicado pelo número de estames daquele botão. A razão pólen/óvulo foi obtida

dividindo-se o número estimado de grãos por flor, pelo número de óvulos da mesma.

As estruturas florais foram medidas em 30 flores de 10 indivíduos diferentes em

campo com auxilio de paquímetro analógico e em laboratório com auxilio de

paquímetro digital. As medidas tomadas em campo foram o diâmetro do cálice (B) e

da corola (A), enquanto em laboratório foram medidos o diâmetro do androceu (C),

altura do tubo estaminal (E) e do gineceu (D) (Figura 1). A partir dessas medidas

foram calculadas a altura máxima das anteras (AMA), somando-se a altura do tubo

estaminal à metade do diâmetro do androceu (E+C/2) e a distância entre anteras e

estigmas, subtraindo-se a altura máxima das anteras da altura do gineceu (D-AMA).

Sequência de antese

De cinco a dez botões florais foram recolhidos a cada intervalo de 15 minutos

no período de uma hora e meia antes da abertura da flor. Os vários estágios de

maturação dos botões foram fixados em álcool 70%, sendo posteriormente

seccionados longitudinalmente para análise sob estereomicroscópio da disposição

dos verticilos reprodutivos em cada momento respectivo. Outros botões (n=60)

foram marcados e acompanhados ininterruptamente até a sua senescência para

registro do início, sequencia e duração da antese. A receptividade do estigma foi

analisada a cada hora a partir do início da antese, mergulhando o gineceu de cinco

flores previamente ensacadas em solução 0,25% de permanganato de potássio

(KMnO4), sendo observada, após cinco minutos, a ocorrência ou não de coloração

da área estigmática (Robinsohn 1924). Para verificar a emissão de odor. 15 flores

foram colocadas em recipiente de vidro, ficando este fechado por cerca de 30

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minutos, transcorrido esse período, o recipiente foi aberto e o odor inalado teve seu

aroma inferido de acordo com Dafni et al (2005).

Sistema Reprodutivo

Flores foram marcadas e deixadas livres em dias ensolarados, sem

manipulação, para verificar a formação natural de frutos (n=100). Os demais

experimentos de polinização controlada foram realizados sempre em flores

ensacadas desde a fase de botão. Nelas, toda manipulação era realizada no

intervalo após a abertura da flor antes do início da receptividade estigmática (7h à

9h). As manipulações envolveram processos distintos como emasculação com

auxílio de micropinça, remoção de grãos de pólen acumulados na corola com auxilio

de pinceis e retirada dos grãos depositados nos estigmas durante a pré antese com

auxilio fita adesiva, além de deposição de pólen exógeno sobre os estigmas. Como

os grãos eram visíveis a olho nú, foi possível verificar de forma segura a retirada ou

deposição das respectivas cargas de pólen.

A agamospermia foi testada, emasculando a flor e retirando os grãos de pólen

já depositados sobre a corola e estigmas antes da abertura (n=10). Para a

autopolinização espontânea foram feitos três testes a fim de verificar o sucesso

reprodutivo proveniente da deposição de pólen apenas na pré-antese (a), apenas na

murcha (b) e em ambos os casos simultaneamente (c). Assim as manipulações

foram feitas: a - emasculando as flores logo após sua abertura e retirando os grãos

de pólen acumulados sobre a corola, não retirando grãos de pólen acumulados

sobre os estigmas (n=20); b - retirando os grãos de pólen já depositados nos

estigmas em pré-antese, não emasculando nem removendo grãos de pólen da

corola (n=20); e c - sem manipulação alguma (n=30).

O teste referente à polinização mista foi feito depositando manualmente os

grãos de pólen da mesma flor e de flores de outros indivíduos sobre os estigmas

(n=30). Para a polinização cruzada a manipulação foi feita emasculando e retirando

o pólen acumulado na pré antese sobre a corola e estigmas, e posteriormente

depositando manualmente grãos de pólen de outro individuo sobre os estigmas das

flores manipuladas.

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Foi utilizado o Teste G, realizado com auxilio do programa BioEstat 5.0, afim

de verificar possíveis diferenças significativas entres os sucessos reprodutivos

provenientes dos diversos tratamentos de polinização.

Resultados

Morfologia floral

As flores de Sida cordifolia estão dispostas em inflorescências axilares ou

terminais (Figura 2A), apresentando cálice verde, pentâmero, gamossépalo e

persistente no fruto. A corola é pentâmera, com pétalas bastante delicadas que

variam em cores intermediárias do amarelo ao vermelho, sendo unidas pela base

até a altura do ovário (Figura 2B-D). A base interna da corola, independente da cor,

apresenta-se com tonalidade mais escura (Figura 2B-C). O diâmetro do cálice e da

corola foram respectivamente 8,9±1,3 mm e 16,7±2,3 mm (Tabela 1).

O androceu possui em média 55±13 estames amarelos, fusionados pelos

filetes, formando um tubo estaminal (Figura 2D, Tabela 1), que circunda o gineceu e

está adnado às pétalas. A altura do tubo estaminal variou de 2,13 a 4,55 mm,

apresentando a partir desse ponto, filetes livres que suportam, cada um, uma antera

monoteca. Esses, por sua vez, curvam-se em diversos níveis dando ao androceu um

aspecto globoso atingindo um diâmetro médio de 3,5±0,7 mm e alcançando uma

altura máxima em referência ao receptáculo de 5,3±0,8. A quantidade de grãos de

pólen por antera variou entre 21 e 76, apresentando a média de 2334±1250 grãos

por flor (Tabela 1).

O gineceu é formado por nove a 12 carpelos (Tabela 1), fusionados apenas

na região do ovário e na base do estilete. Os estiletes são bastante delgados. Cada

carpelo possui um lóculo com um óvulo de placentação axial. A maioria das flores

apresentou 10 carpelos (44%), seguida de 11 (33%), nove (20%) e 12 (3%). O

ovário é supero e encontra-se sobre uma continuação do receptáculo acima do

perianto formando uma cavidade de tecido esponjoso entre os carpelos. Sobre cada

carpelo encontram-se duas estruturas pontiagudas que no fruto maduro formarão as

aristas (projeções de cada mericarpo que auxiliam na epizoocoria). Os estigmas são

do tipo captado, com gineceu possuindo uma altura média de 6,7±0,5 mm,

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posicionados então acima das anteras a uma distância média de 1,3±0,7mm (Tabela

1), em alguns indivíduos são avermelhados.

Sequência de Antese

No botão, os estames e os estiletes encontram-se flexionados (Figura 3A),

mantendo contato entre anteras e estigmas. Uma a duas horas antes da abertura da

flor, a corola ainda fechada projeta-se para fora do cálice, neste momento ocorre

autopolinização espontânea por um mecanismo bastante semelhante à cleistogamia

de pré antese – diferindo apenas pelo estigma não estar receptivo - uma vez que se

inicia a deiscência das anteras e ocorre deposição de grãos de pólen sobre os

estigmas. Também ocorre deposição de pólen sobre a corola, tecas e filetes durante

todo o período de deiscência da antera. Ao iniciar a abertura das pétalas, entre

07:00 h e 09:00 h (Figura 4), estames e estiletes se distendem de forma que os

estigmas se posicionam acima das anteras, permanecendo nessa posição por toda

antese (Figura 3B). É possível que ocorra mudanças nesta organização através da

ação de visitantes florais (abelhas, borboletas e vespas, visualizadas durante o

registro da antese). Caso os visitantes entrem em contato com os estiletes podem

forçá-los flexionando-os, possibilitando o contato de estigmas com anteras. Os

visitantes podem ainda modificar a disposição dos estames ao contatá-los, uma vez

que estes respondem ao toque retraindo-se. A partir das 10:00 h, cálice e corola

atingem a sua maior abertura.

Os estigmas tornam-se receptivos cerca de 10:30 h (Figura 4) e assim

permanecem até o fim da antese. Por volta das 11:30 h, inicia-se a murcha da corola

e às 12:00 h, o fechamento do cálice, forçando as pétalas a se fecharem entrando

novamente em contato com os estames e estiletes (Figura 3C). Nesse momento

ocorre espontaneamente um mecanismo de autopolinização tardia, devido aos grãos

de pólen acumulados sobre as pétalas, filetes e tecas, entrarem em contato com os

estigmas. Às 14:00 h todas as flores se encontram fechadas (Figura 4). No dia

seguinte à antese ocorre a queda da corola, juntamente com o androceu e parte do

gineceu (estiletes e estigmas), permanecendo o cálice protegendo o ovário, que

neste momento já trata-se do fruto em formação. Não foi constatada a emissão de

odores durante todo o período de antese.

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Sistema reprodutivo

Os resultados dos experimentos de polinização controlada (Tabela 2)

indicaram Sida cordifolia como uma espécie autocompatível e autogâmica,

ocorrendo formação de frutos por autopolinização espontânea e manual, e por

polinização mista e cruzada. De maneira geral não foram encontradas diferenças

significativas entre os tratamentos de polinização, excetuando-se apenas o

tratamento de agamospermia (p=0,0001) onde não houve formação de frutos.

Nos experimentos referentes à autopolinização espontânea, o tratamento sem

manipulação obteve maior sucesso reprodutivo e apresentando diferença

significativa em relação aos tratamentos de autopolinização semelhante à

cleistogâmia de pré-antese (p=0,0042) e autopolinização tardia pela ação da corola

(p=0,0004). Estes dois últimos ao serem comparados entre si não apresentaram

diferença significativa (p=0,7518) (Tabela 2).

Discussão

Percebemos diversas características que propiciam a polinização cruzada em

Sida cordifolia. Ainda assim, como esperado, foram encontrados mecanismos

especializados de autopolinização. Por sua vez estes mecanismos ocorrem em

virtude da estrutura de sua flor bem como eventos precisamente marcados durante a

antese.

A flor de Sida cordifolia pode ser enquadrada no tipo taça, que permite fácil

acesso do polinizador ao recurso floral. As pétalas formam uma plataforma de pouso

e têm cores vivas, além de possuir uma base interna mais escura sugerindo sua

funcionalidade como guia de néctar. Estas características podem contribuir para a

atração de polinizadores, principalmente abelhas, uma vez que tratam de

características associadas à melitofilia (Faegri and Pijl 1979).

Embora o número de grãos de pólen encontrado seja baixo, como em

Malvaceae, eles são considerados grandes (Cruz-Barroso et al 2006), sugerindo

uma biomassa de pólen considerável, o que, segundo Cruden (2000), possibilita o

uso destes como recurso. A disposição das anteras aglomeradas facilita uma

possível coleta, bem como o acúmulo dos grãos sobre tecas e filetes ao final da

antese.

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Por serem delgados, os estiletes tem seu deslocamento ativo entre as anteras

facilitado no início da antese. Esta condição também permite que se curvem ao

serem empurrados pela corola durante seu fechamento. Há poucas informações

sobre movimentos de estiletes neste gênero. Um registro sutil e não detalhado é

feito por Buttrose et al (1977), referindo-se a Sida petrophila. A altura do estilete de

Sida cordifolia garante a elevação dos estigmas acima das anteras, evitando o

contato durante a antese. A separação espacial entre androceu e gineceu

impedindo autopolinização recebe o nome de hercogamia, que neste caso é apenas

temporária. Assim, durante determinado período da antese, a polinização cruzada é

favorecida.

A baixa razão pólen/óvulo (P/O) de Sida cordifolia ao ser relacionado com as

inferências de Cruden (1977) pode ser vista como indicativo de autogamia facultativa

assim como esperado neste trabalho.

Sida cordifolia apresenta dicogamia parcial, que é a maturação dos verticilos

reprodutivos em momentos distintos (Dafni et al 2005), marcada pela protandria, ou

seja, ocorre deiscência das anteras antes do estigma estar receptivo. Todavia, como

existe uma pequena sobreposição entre a receptividade do estigma e a deiscência

das anteras essa dicogamia é apenas parcial. No entanto durante a sobreposição,

as estruturas reprodutivas encontram-se separadas, o que impede a ocorrência de

deposição do pólen da própria flor neste momento.

Durante a antese de S. cordifolia observam-se dois eventos que culminam em

autopolinização. O primeiro se assemelha à dita cleistogamia de pré-antese, onde a

flor abre-se normalmente sendo funcionalmente cleistógama por realizar

autopolinização ainda no botão (Richards 1997). Este mecanismo é denominado

cleistogamia de pré-antese já registrado em Ocimum officinalis (Almeida et al 2004)

e O. canum (Silva et al 2008) (Lamiaceae), Hydrobryopsis sessilis (Podostemaceae)

(Shegal et al, 2008), Epipactis microphylla (Orchidaceae) (Bonatti et al, 2006) e

Eupatorium squalidum (Asteraceae) (Coleman and Coleman, 1988).

O que distingue o mecanismo encontrado em Sida cordifolia da cleistogamia

de pré-antese é o fato do estigma tornar-se receptivo só após a abertura da flor,

permitindo um intervalo de tempo onde pode ocorrer a deposição de pólen exógeno

tornando a autofecundação não obrigatória. Ainda assim, é importante salientar que

o pólen depositado no início da antese se mantém viável até o estigma tornar-se

receptivo, gerando considerável produção de frutos como será visto nos

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experimentos de polinização. O mesmo ocorre em outras espécies de Malvaceae,

como nas do gênero Hibisco, estudadas por Akpan (2000), H. asper, H. physaloides,

H. sabdariffa e H. surattensis. Nesse estudo, o autor aponta o confinamento dos

estigmas entre as anteras e a deposição de pólen antes da antese como tendências

evolutivas para endogamia. É fundamental para esse mecanismo a deiscência da

antera com a corola ainda fechada garantindo o contato com os estigmas, caso

contrário, a deposição de pólen não ocorreria.

O segundo evento é a autopolinização tardia, embora já documentada em

Malvaceae, que se dá através da curvatura dos estiletes. A autopolinização tardia

em S. cordifolia ocorre devido a outro fator: as pétalas, ao murcharem, dobram-se

empurrando os estiletes e levando os estigmas ao contato com o pólen acumulado

na própria corola, filetes e tecas. Situação semelhante ocorre em: Mimulus guttatus

(Phrymaceae) (Jeffrey 1990; Arathi and Kelly 2004;), Pedicularis dunniana

(Orobanchaceae) (Sun et al 2005), Incarvillea sinensis (Bignoniaceae) (Rongming et

al 2007), onde o contato de estigmas receptivos com a corola no momento da

murcha ou queda permite que o pólen acumulado durante a antese seja depositado

no estigma. Deste modo temos neste trabalho o primeiro registro de autopolinização

tardia por ação da corola para a família Malvaceae. Para que ocorra esse

mecanismo é de fundamental importância que o estigma mantenha-se receptivo até

o momento da murcha, caso contrário os grãos de pólen não germinariam,

impedindo a fecundação.

Embora tenhamos encontrado mecanismos especializados de autopolinização

na espécie, o investimento em atrativos visuais na corola, a apresentação de

recursos, bem como a hercogamia temporária e dicogamia parcial propiciam a

polinização cruzada. A existência destas duas realidades em uma mesma espécie

pode ser explicada por Baker (1974) que afirma que ruderais, mesmo autógamas,

geralmente mantém a possibilidade de polinização cruzada, Richards (1994) associa

esse fenômeno à vida relativamente curta do vegetal, que possuindo menores

chances de um cruzamento garante assim seu sucesso reprodutivo. Trata-se de um

modelo evolutivo interessante, onde as vantagens da autocompatibilidade e auto-

incompatibilidade co-existem.

Como esperado, os resultados dos experimentos de polinização apontaram

S. cordifolia como uma espécie autocompatível e autogâmica. Registra-se ainda

uma atuação complementar de ambos mecanismos de autopolinização aqui

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descritos, pois ao serem testados isoladamente, cada um alcançou cerca de metade

do sucesso reprodutivo, não havendo diferença significativa entre eles. A

autopolinização espontânea sem manipulação, exprimiu máxima produção de frutos,

tendo sido encontrada diferença significativa nessa situação. Estes mecanismos

agindo de forma complementar em dois momentos enfáticos da antese, abertura e

fechamento, revelam uma condição complexa de autopolinização espontânea

bastante eficiente e que ainda preserva a possibilidade de polinização cruzada. Seus

valores bem próximos ao da autopolinização manual ressaltam a eficiência deste sis

tema de autogamia, bem como a produção de frutos equiparada à polinização mista

e cruzada.

Conclusões

A morfologia floral, contribuem para os eventos de autopolinização

espontânea, o arranjo da corola, bem como os mecanismos envolvidos na abertura

e fechamento da mesma, seus estiletes delgados e suas anteras aglomeradas. Além

disso, a espécie possui baixa razão pólen óvulo que é indicativo de autogamia.

Já nos eventos desde a pré-antese até o murchamento a contribuição parte

de dois eventos: deiscência da antera com a flor ainda está fechada e o estigma

manter-se receptivo até a murcha. Juntas, estas características morfológicas e

eventos de antese, permitem que ocorram dois mecanismos especializados de

autopolinização em Sida cordifolia: um bastante semelhante à cleistogamia de pré-

antese e outro que trata-se de uma autopolinização tardia por ação do fechamento

da corola. Estes mecanismos atuam de forma complementar alcançando juntos

quase 100% de produção de frutos (equiparando-se à polinização mista e cruzada),

entretanto, separados, cada um chega a cerca de metade deste sucesso.

Outros estudos nas demais espécies de Sida podem auxiliar a entender os

mecanismos que no geral garantem sucesso do grupo como autógamo. Neste

trabalho nos dá uma pista importante ao mostrar que pode não tratar-se de um

sistema simples, mas de um elaborado arranjo entre estruturas florais e eventos da

antese.

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Agradecimentos

Ao PIBIC/CNPq/UFPE, pela bolsa concedida durante a execução do projeto.

À Técnica Maria Olívia de Oliveira Cano do herbário Dárdano de Andrade Lima pela

identificação do material botânico. E às crianças residentes no Loteamento Bau, pela

companhia e colaboração nos trabalhos de campo.

Resumo

Sida é um dos gêneros mais conhecidos de Malvaceae, família onde há

registros de mecanismos de autopolinização bastante complexos. Como neste

gênero a autogamia é preponderante, motivo de seu sucesso como ruderal, essa

situação nos levou a questionar sobre seus possíveis mecanismos de

autopolinização. Para elucidar esta questão, a biologia floral e o sistema reprodutivo

de Sida cordifolia foram estudados em uma área urbana da Zona da Mata de

Pernambuco - Brasil. A configuração da corola, os estiletes delgados e as anteras

aglomeradas; bem como, o início da deiscência da antera com a flor ainda fechada e

o estigma mantendo-se receptivo até a murcha; são fatores que contribuem para

seus eventos de autopolinização. Foram registrados e testados dois tipos de

autopolinização espontânea: um semelhante a cleistogamia de pré-antese e outro

sendo a autopolinização tardia por ação de movimentos da corola; tais mecanismos

atuam de maneira complementar, sendo o primeiro registro desse tipo para a família.

A autopolinização espontânea na espécie gera alta produção de frutos, equiparando-

se, inclusive à polinização mista ou cruzada, o que otimiza a ocupação de diferentes

ambientes, inclusive aqueles altamente antropizados.

Palavras Chave: Autogamia; autopolinização tardia; cleistogamia de

pré-antese; Sida; Malvaceae.

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Tabela 1 - Morfometria floral de Sida cordifolia (Malvaceae) em área urbana do

município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco.

Caracteres florais Quantidade

média±dp

Comprimento

(mm)

média±dp

Cálice 5 sépalas 8,9±1,3 Ø

Corola 5 pétalas 16,7±2,3 Ø

Androceu 55±13 estames 3,5±0,7 Ø

Tubo estaminal 1 3,6±0,6 ↨

Altura máxima das anteras - 5,3±0,8

Grãos de pólen por antera 40±14 -

Grãos de pólen por flor 2334 ±1250 -

Gineceu 10,2±0,8 carpelos 6,7±0,5 ↨

Número de óvulos por flor 10,2±0,8 -

Distância entre estigmas e

anteras

- 1,3±0,7

Razão p/o 227,2±116,5 -

Ø - diâmetro

↨ - altura

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Tabela 2. Resultados dos experimentos de polinização natural e controlada de Sida cordifolia em uma área urbana do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco.

Tratamento Flores Frutos Sucesso (%)

Polinização natural¹ 100 72 72ª

Agamospermia² 10 0 0b

Autopolinização espontânea

a) Emasculação e remoção na antese (semelhante a cleistogamia de pré-antese)³

20 11 45a a

b) Remoção pré-antese (autopolinização tardia)4

20 9 55a a

c)Sem manipulação5 30 28 93a b

Autopolinização manual5 20 16 80ª

Polinização mista6 30 25 83ª

Polinização cruzada² 20 14 70ª

¹Flores não ensacadas e sem manipulação;

²Flores ensacadas com remoção de estames e dos grãos de pólen já depositados nos estigmas e na

corola durante a pré-antese, podendo haver depósito manual de grãos de pólen sobre os estigmas,

oriundos de flores de indivíduos diferentes (polinização cruzada) ou não (agamospermia);

³Flores ensacadas com remoção dos estames e dos grãos de pólen acumulados na corola, sem

remover os grãos depositados nos estigmas durante a pré-antese;

4Flores ensacadas com remoção apenas dos grãos de pólen depositados nos estigmas durante a pré-

antese;

5Flores ensacadas sem remoção de qualquer estrutura floral, podendo haver depósito manual de

grãos de pólen sobre os estigmas da mesma flor (autopolinização manual), ou não (autopolinização

espontânea);

6Não há remoção de qualquer estrutura floral, havendo depósito de grãos de pólen oriundos da

mesma flor e de flores de indivíduos diferentes sobre o estigma.

a, b Letras diferentes indicam diferença significativa entre os valores (p<0,05)

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Figura 1: Esquema de corte longitudinal da flor de Sida cordifolia indicando as

estruturas medidas na análise de morfometria. A. Diâmetro da corola; B. Diâmetro do

cálice; C. Diâmetro do androceu; D. Altura do gineceu; E. Altura do tubo estaminal.

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Figura 2. Flores de Sida cordifolia (Malvaceae) em área urbana do município de

Vitória de Santo Antão, Pernambuco. A. Inflorescência terminal; B. Flor com padrão

de coloração amarela; C. Flor com padrão de coloração vermelha; D. Corte

longitudinal da flor, mostrando a máxima extensão de fusão das pétalas (seta), a

partir de sua inserção no receptáculo (r), e o tubo estaminal (te).

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Figura 3. Diferentes fases de flores de Sida cordifolia (Malvaceae) em área urbana

do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. A. Corte longitudinal de Botão

em pré-antese; B. Distensão máxima dos estiletes acima das anteras; C. Corte

longitudinal de flor após murcha.

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Figura 4 – Sequência de antese de Sida cordifolia em áreas urbanas do município

de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. (A. Pré antese; B. Antese; C. Pós-antese).

A B

Protrusão da corola

Deiscência das anteras

Abertura da corola

Receptividade do estigma

Murchamento da corola

Queda da corola,

androceu e estiletes

C

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Anexo - Normas da revista Anais da Academia Brasileira de

Ciências

(fonte: http://www.scielo.br/revistas/aabc/pinstruc)

TIPOS DE TRABALHOS

Artigos. Sempre que possível, os artigos devem ser subdivididos nas

seguintes partes: 1. Página de rosto; 2. Abstract (escrito em página

separada, 200 palavras ou menos, sem abreviações); 3. Introdução; 4.

Materiais e Métodos; 5. Resultados; 6. Discussão; 7. Agradecimentos

quando necessário; 8. Resumo e palavras-chave (em português - os

autores estrangeiros receberão assistência); 9. Referências. Artigos de

algumas áreas, como Ciências Matemáticas, devem observar seu formato

usual. Em certos casos pode ser aconselhável omitir a parte (4) e reunir as

partes (5) e (6). Onde se aplicar, a parte de Materiais e Métodos deve

indicar o Comitê de Ética que avaliou os procedimentos para estudos em

humanos ou as normas seguidas para a manutenção e os tratamentos

experimentais em animais.

PREPARO DOS ARTIGOS

Os artigos devem ser preparados em espaço duplo. Depois de aceitos nenhuma

modificação será realizada, para que nas provas haja somente correção de erros

tipográficos.

Tamanho dos artigos. Embora os artigos possam ter o tamanho necessário para a

apresentação concisa e discussão dos dados, artigos sucintos e cuidadosamente

preparados têm preferência tanto em termos de impacto quando na sua facilidade de

leitura.

Tabelas e ilustrações. Somente ilustrações de alta qualidade serão aceitas. Todas

as ilustrações serão consideradas como figuras, inclusive desenhos, gráficos,

mapas, fotografias e tabelas com mais de 12 colunas ou mais de 24 linhas (máximo

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de figuras gratuitas: cinco figuras). A localização provável das figuras no artigo deve

ser indicada.

Figuras digitalizadas. As figuras devem ser enviadas de acordo com as seguintes

especificações: 1. Desenhos e ilustrações devem ser em formato .PS/.EPS ou .CDR

(Postscript ou Corel Draw) e nunca inseridas no texto; 2. Imagens ou figuras em

meio tom devem ser no formato .TIF e nunca inseridas no texto; 3. Cada figura deve

ser enviada em arquivo separado; 4. Em princípio, as figuras devem ser submetidas

no tamanho em que devem aparecer na revista, i.e., largura de 8 cm (uma coluna)

ou 12,6 cm (duas colunas) e com altura máxima para cada figura menor ou igual a

22 cm. As legendas das figuras devem ser enviadas em espaço duplo e em folha

separada. Cada dimensão linear das menores letras e símbolos não deve ser menor

que 2 mm depois da redução. Somente figuras em preto e branco serão aceitas. 5.

Artigos de Matemática, Física ou Química podem ser digitados em Tex, AMS-Tex ou

Latex; 6. Artigos sem fórmulas matemáticas podem ser enviados em .RTF ou em

WORD para Windows.

Página de rosto. A página de rosto deve conter os seguintes itens: 1. Título do

artigo (o título deve ser curto, específico e informativo); 2. Nome (s) completo (s) do

(s) autor (es); 3. Endereço profissional de cada autor; 4. Palavras-chave (4 a 6

palavras, em ordem alfabética); 5. Título abreviado (até 50 letras); 6. Seção da

Academia na qual se enquadra o artigo; 7. Indicação do nome, endereço, números

de fax, telefone e endereço eletrônico do autor a quem deve ser endereçada toda

correspondência e prova do artigo.

Agradecimentos. Devem ser inseridos no final do texto. Agradecimentos pessoais

devem preceder os agradecimentos a instituições ou agências. Notas de rodapé

devem ser evitadas; quando necessário, devem ser numeradas. Agradecimentos a

auxílios ou bolsas, assim como agradecimentos à colaboração de colegas, bem

como menção à origem de um artigo (e.g. teses) devem ser indicados nesta seção.

Abreviaturas. As abreviaturas devem ser definidas em sua primeira ocorrência no

texto, exceto no caso de abreviaturas padrão e oficial. Unidades e seus símbolos

devem estar de acordo com os aprovados pela ABNT ou pelo Bureau International

des Poids et Mesures (SI).

Referências. Os autores são responsáveis pela exatidão das referências. Artigos

publicados e aceitos para publicação (no prelo) podem ser incluídos. Comunicações

pessoais devem ser autorizadas por escrito pelas pessoas envolvidas. Referências a

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teses, abstracts de reuniões, simpósios (não publicados em revistas indexadas) e

artigos em preparo ou submetidos mas ainda não aceitos, podem ser citados no

texto como (Smith et al. unpublished data) e não devem ser incluídos na lista de

referências.

As referências devem ser citadas no texto como, por exemplo, (Smith 2004), (Smith

and Wesson 2005) ou, para três ou mais autores, (Smith et al. 2006). Dois ou mais

artigos do mesmo autor no mesmo ano devem ser distinguidos por letras, e.g. (Smith

2004a), (Smith 2004b) etc. Artigos com três ou mais autores com o mesmo primeiro

autor e ano de publicação também devem ser distinguidos por letras.

As referências devem ser listadas em ordem alfabética do primeiro autor sempre na

ordem do sobrenome XY no qual X e Y são as iniciais. Se houver mais de 10

autores, use o primeiro seguido de et al. As referências devem ter o nome do artigo.

Os nomes das revistas devem ser abreviados. Para as abreviações corretas,

consultar a listagem de base de dados na qual a revista é indexada ou consulte a

World List of Scientific Periodicals. A abreviatura para os Anais da Academia

Brasileira de Ciências é An Acad Bras Cienc. Os seguintes exemplos são

considerados como guia geral para as referências.

Artigos

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Tentative explanation of the special role played by the áreas of paleospinothalamic

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WOODY RW. 1974. Studies of theoretical circular dichroism of Polipeptides:

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Outras Publicações

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