110
mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa soldabilidade. Esta combinação de propriedades permite aos fabricantes de tanques de armazenagem e vasos de todos os tipos, máquinas industriais de um modo geral, navios, pontes, construções civis e outras estruturas, a realizar seus projetos segundo as normas mais exigentes, com máxima segurança e baixo custo. Classe de 600 N/mm² - Possui uma resistência à tração mínima de 600 N/mm² e um limite de escoamento de cerca de duas vezes a do aço carbono. Estes aços têm C máx = 0,18%, Si < 0,75%, Mn < 1,50% e pequenas adições combinadas de um ou mais elementos como Cu, Ni,Cr, Mo, V. Devido às suas propriedades, estes aços de 600 N/MM² permitem uma redução de peso das estruturas e possuem baixa sensibilidade a trincas na soldagem e estão sendo aplicados na construção de tanques esféricos. São usados ainda em pontes, tanques para estocagem de óleos, tubos de grande diâmetro para condução de água, lança de guindastes, máquinas industriais, equipamentos de mineração, etc. Classe de 700 N/mm² - Esta classe combina alta tenacidade e boa soldabilidade com uma resistência à tração mínima de 630 N/mm². Estes aços têm C máx = 0,18%, Si < 0,35%, Mn = 0,60% ~1,20%, além de adições de Cu, Cr, Mo, V e B. Nestes aços o Ni é adicionado principalmente para proporcionar boa tenacidade na junta soldada. As aplicações mais importantes são: pontes, tubo adutor para turbina hidráulica, tubos para revestimento de poços artesianos, vasos de pressão, máquinas industriais, equipamentos de mineração, etc. Classe de 800 N/mm² - O desenvolvimento de aços desta classe começou nos Estados Unidos e são classificados segundo a norma ASTM A -514 e 517. São aços que apresentam um limite de resistência mínima de 800 N/mm² e um escoamento de cerca de três vezes o do aço carbono estrutural. Possuem um bom comportamento relacionado a trinca na soldagem, tenacidade da junta soldada, trincas por corrosão sob tensão. Apresentam ainda uma boa performance quanto ao trabalho a frio, desdobramento e corte. É um aço com teor de C relativamente baixo, Si < 0,35% e Mn = 0,60% ~1,20% e adições combinadas, dependendo da aplicação

mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa soldabilidade. Esta

combinação de propriedades permite aos fabricantes de tanques de armazenagem e

vasos de todos os tipos, máquinas industriais de um modo geral, navios, pontes,

construções civis e outras estruturas, a realizar seus projetos segundo as normas

mais exigentes, com máxima segurança e baixo custo.

Classe de 600 N/mm² - Possui uma resistência à tração mínima de 600 N/mm² e um

limite de escoamento de cerca de duas vezes a do aço carbono. Estes aços têm

Cmáx = 0,18%, Si < 0,75%, Mn < 1,50% e pequenas adições combinadas de um ou

mais elementos como Cu, Ni,Cr, Mo, V. Devido às suas propriedades, estes aços de

600 N/MM² permitem uma redução de peso das estruturas e possuem baixa

sensibilidade a trincas na soldagem e estão sendo aplicados na construção de

tanques esféricos. São usados ainda em pontes, tanques para estocagem de óleos,

tubos de grande diâmetro para condução de água, lança de guindastes, máquinas

industriais, equipamentos de mineração, etc.

Classe de 700 N/mm² - Esta classe combina alta tenacidade e boa soldabilidade

com uma resistência à tração mínima de 630 N/mm². Estes aços têm Cmáx = 0,18%,

Si < 0,35%, Mn = 0,60% ~1,20%, além de adições de Cu, Cr, Mo, V e B. Nestes

aços o Ni é adicionado principalmente para proporcionar boa tenacidade na junta

soldada. As aplicações mais importantes são: pontes, tubo adutor para turbina

hidráulica, tubos para revestimento de poços artesianos, vasos de pressão,

máquinas industriais, equipamentos de mineração, etc.

Classe de 800 N/mm² - O desenvolvimento de aços desta classe começou nos

Estados Unidos e são classificados segundo a norma ASTM A -514 e 517. São aços

que apresentam um limite de resistência mínima de 800 N/mm² e um escoamento

de cerca de três vezes o do aço carbono estrutural. Possuem um bom

comportamento relacionado a trinca na soldagem, tenacidade da junta soldada,

trincas por corrosão sob tensão. Apresentam ainda uma boa performance quanto ao

trabalho a frio, desdobramento e corte. É um aço com teor de C relativamente baixo,

Si < 0,35% e Mn = 0,60% ~1,20% e adições combinadas, dependendo da aplicação

Page 2: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

de alguns elementos de liga tais como: Cu, Ni, Cr, Mo, V, Nb, B. Estes aços se

aplicam em construções de pontes, vasos de pressão, tubos adutores, máquinas

industriais, equipamentos de mineração, etc.

Classe de 1000 N/mm² - Esta classe oferece um limite de resistência da ordem de

1000 N/mm² e escoamento de cerca de 900 N/mm², embora tenha uma composição

química semelhante à dos aços da classe 800 N/mm². De um modo geral este aço é

usado na construção de máquinas industriais, equipamentos de mineração, etc.

Classe de 1200 N/mm² - Esta série possui um teor máximo de C de 0,18% e uma

combinação de adição de elementos tais como Cu, Ni, Cr, Mo, V, Nb e B que

proporciona para diversas espessuras do produto final e após adequados ciclos de

tratamento de têmpera e revenimento uma resistência mecânica da ordem de 1200

N/mm². Estes aços têm sido aplicados em locomotivas, pontes, navios, torres de TV,

componentes para engenharia, aeronáutica, equipamentos bélicos, etc.

• Aços resistentes a desgaste

O desgaste de materiais é um dos principais problemas enfrentados pela indústria.

Falhas em equipamentos e componentes por desgaste resultam em um custo

elevado, especialmente em minerações, extração de pedras, serviços de

terraplanagem e indústrias siderúrgicas. Os aços resistentes a desgaste possuem

como característica importante uma elevada dureza, geralmente na faixa de 320 a

450 HB. Eles são produzidos com tratamento térmico de têmpera seguido, em

alguns casos, quando se deseja alguma dutilidade, de um revenimento. Estes aços

se caracterizam por possuir C = 0,12 ~ 0,30% e outros elementos tais como Cr, Mo,

V e B que aumentam a temperabilidade do aço. A tenacidade e a soldabilidade

deste aços não são demasiadamente críticas para algumas aplicações, como por

exemplo, no caso de desgaste por erosão, caçamba de caminhões, etc.

Considerando aplicações onde o desgaste é do tipo “gouging” ou “grinding”, como

em mandíbulas de britadores e placas de moinhos, exigem-se certas características

de tenacidade.

Page 3: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Aço estrutural soldável resistente à corrosão

• Aço resistente à corrosão atmosférica

Este tipo de aço é largamente usado no mundo inteiro, sendo o mais conhecido e

série COR – TEN, também comercializado no Brasil como USI – SAC, COS – AR –

COR e outros. Nestes aços, sob determinadas condições de exposição ao meio

ambiente, principalmente em atmosferas industriais e rurais, desenvolve-se uma

camada de óxidos compacta e aderente ao substrato metálico. São aços de baixa

liga, caracterizando-se pela resistência mecânica na faixa de 500 N/mm², que além

da notável resistência à corrosão apresenta boa soldabilidade. Possui C < 0,20%,

Mn < 1,40%, Cu < 0,50% e adições combinadas de P, Cr, Si, N, V, etc. Estes aços

são muito utilizados na construção de edifícios, pontes, viadutos, vagões, torres de

transmissão, podendo ser utilizado sem pintura, dependendo das condições do meio

ambiente e do projeto.

Aços para uso a baixas temperaturas

Estes aços podem ser classificados principalmente pelo teor de Ni. Nas estruturas

projetadas para temperaturas de trabalho na faixa de -100ºc, utilizam-se aços com

3,5% Ni; a – 150ºc, 5% Ni e a – 200º c, 9,0% Ni. São fornecidos como temperados e

revenidos, destinados, sobretudo, à construção de tanques, sujeito a temperaturas

de trabalho na faixa criogênica. Estes aços são usados na construção de

equipamentos e tanques para liquefazer, armazenar e transportar gases como

etileno, metano e nitrogênio que se liquefazem às temperaturas de – 104ºc, - 162ºc

e – 196ºc, respectivamente. Possuem características especiais, como boa

soldabilidade, alta resistência e, principalmente, alta tenacidade e baixas

temperaturas.

Page 4: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Aço para uso a altas temperaturas

Basicamente os aços para uso a alta temperatura podem ser classificados em: C

comum, C – Mn, 0,5% Mo, Cr – Mo, Mn – Mo, (Ni) e Ni – Cr – Mo. Os aços da série

C comum e C – Mn mais usados são cobertos pelas normas ASTM A – 285, ASTM

A – 455, ASTM A – 442, ASTM A – 515 e DIN 17155 – 15 M0 3 , NBR 5001, NBR

5002 e NBR 5006. Estes aços são utilizados na fabricação de equipamentos tais

como caldeiras e vasos de pressão e são fornecidos como laminado ou após

tratamento de normalização. Estas aplicações requerem espessuras na faixa de 100

a 300 mm com unidades de peso de 30 ~ 50 t. A maioria dos vasos de pressão

(aproximadamente 80%) é fabricada com aços C-Mn, operando na faixa de 400°C e

a baixas pressões.

Os aços Cr-Mo considerados de baixa liga são usados a temperaturas elevadas e

altas pressões na fabricação de vasos de pressão e caldeiras, vasos para

hidrogenação de óleos e craqueamento de petróleo, partes de fornos, incluindo o

corpo de altos fornos e convertedores. Eles pertencem a uma família de aços Cr-Mo

cobertos pela norma ASTM A – 387. Os aços com teor de Cr relativamente baixo

estão incluídos em A – 387 Grau 2 (0,5% Cr ~ 0,5% Mo), Grau 12 (1,0% Cr ~ 0,5

Mo) e Grau 11 (1,25% Cr – 0,5% Mo). Estes aços são usados na condição de

recozido (classe 1) ou normalizado e revenido (classe 2). As temperaturas de

serviço que estes aços podem suportar dependem largamente das condições

ambientais de operação, podendo chegar até a 600° C.

Aço para aplicações eletromagnéticas

Para a construção de motores, geradores e transformadores utilizam-se materiais de

alta permeabilidade magnética e com baixas perdas de energia no núcleo. Estes

materiais podem ser produzidos com grão orientado ou não orientado e, conforme a

Page 5: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

aplicação, são empregadas composições químicas variadas. O elemento mais

importante que entra na composição das chapas elétricas é o Si.

Para a produção de chapas de núcleos de motores e transformadores são usadas

ligas de Fe – Si com até 4,5% Si e, dependendo da aplicação, com alguma adição

de Al. Não se empregam teores de Si acima de 4,5% porque, tanto as propriedades

mecânicas quanto a trabalhabilidade são fortemente diminuídas, conduzindo a maus

resultados. De um modo geral estes aços são usados na fabricação de motores para

compressores, frigoríficos, transformadores para máquinas de solda,

transformadores de potência, rádio, pequenos geradores, núcleos para indutores,

grandes máquinas rotativas, geradores e motores com média freqüência,

amplificadores magnéticos, instrumentos de medida, etc.

Aços ligados

Segundo a NBR: “aço ligado é aquele que contém elementos de liga adicionados

intencionalmente, com a finalidade de conferir-lhe propriedades desejadas”. Nesta

série incluem-se os aços para uso a altas temperaturas e pressões e os aços para

uso a baixas temperaturas, além daqueles com características especiais de

resistência à corrosão como os aços inoxidáveis. Estes aços são quase sempre,

tratados termicamente. A seguir são apresentadas as especificações, propriedades

e aplicações de alguns tipos específicos desta série que se encontram no mercado.

Aços para uso a altas temperaturas e pressões

Estes aços possuem baixo carbono, com adição de Cr, Cr-Mo, em teores superiores

a 3%, sendo utilizados a temperaturas e pressões superiores às da faixa de trabalho

dos aços estruturais de baixa liga para uso a altas temperaturas. São fornecidos

com garantia de propriedades mecânicas a elevadas temperaturas. Estes aços são

cobertos pela norma ASTM A – 387 até o nível de 9,0% Cr – 1,0% Mo e o mais

Page 6: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

conhecido e mais largamente usado é o aço 2,25 Cr – 1,0 Mo, pela sua tenacidade

e resistência a hidrogênio a alta temperatura, é capaz de atingir elevadas

características de tração e elevadas temperaturas, através de diversos tratamentos

térmicos. Inicialmente, estes aços eram usados tanto na condição de recozido

quanto após tratamento de normalização e revenimento e, consequentemente, após

tensões admissíveis nos projetos de vasos eram relativamente baixas e com

grandes espessuras. Estes graus de aço são cobertos por ASTM a ~ 387 Gr 22

classe 1 para a condição recozida e ASTM A ~ 387 Gr 22 classe 2 para a condição

normalizado e revenido. Em recentes anos, a necessidade de uma maior eficiência

e uma baixa unidade de custo dessas estruturas, têm exigido melhores

propriedades e menores espessuras para os aços 2,25% Cr – 1,0% Mo. Isto

conduziu à produção destes aços na condição de temperado e revenido como

especificado em ASTM A – 542.

Aços para uso a baixas temperaturas

Estes aços podem ser classificados principalmente pelo teor de Ni. Nas estruturas

projetadas para temperaturas de trabalho na faixa de -100° C, utilizam-se aços com

3,5% Ni; a – 150° C, 5% Ni e a – 200° C, 9,0% Ni. São fornecidos como temperados

e revenidos, destinados, sobretudo, à construção de tanques sujeitos a

temperaturas de trabalho na faixa criogênica. Estes aços são usados na construção

de equipamentos e tanques para liquefazer, armazenar e transportar gases como

etileno, metano e nitrogênio que se liquefazem às temperaturas de -104° C, - 162° C

e -196° C, respectivamente. Possuem características especiais, como boa

soldabilidade, alta resistência e, principalmente, alta tenacidade e baixas

temperaturas.

Aços inoxidáveis

Os aços inoxidáveis são ligas Fe-Cr que contêm tipicamente um teor de 12% Cr.

Page 7: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Mesmo possuindo diferentes composições químicas e propriedades mecânicas os

aços inoxidáveis podem ser reunidos, em função de sua estrutura, em três grandes

grupos: austeníticos, martensíticos e ferríticos.

Aços inoxidáveis austeníticos – São assim denominados porque contêm estrutura

austenítica mesmo à temperatura ambiente. Esta série apresenta a melhor

característica de resistência à corrosão, combinando um baixo limite de escoamento

com alto limite de resistência e excelente alongamento. Caracterizam-se por possuir

Cr (12 ~30%), Ni (7 ~ 25%) e outros elementos como Mo, Ti, Nb, em menor

proporção.

Aços inoxidáveis martensíticos – Este tipo de aço adquire a estrutura

martensítica após tratamento térmico, podendo ser produzido em vários graus de

dureza, por meio de variações de condições de resfriamento. Por outro lado,

apresenta propriedades inferiores em termos de soldabilidade e trabalhabilidade,

que os outros dois tipos de aços inoxidáveis. Este tipo é usado principalmente em

cutelaria. Caracterizam-se por possuir Cr (12 ~16%), C (0,1 ~0,4%) e outros

elementos em menores teores como Ti, Mo, Si, Ni.

Aços inoxidáveis ferríticos – Todos os aços deste grupo possuem melhor

trabalhabilidade e resistência à corrosão que os aços inoxidáveis martensíticos.

Devido à sua boa resistência à corrosão, por soluções oxidantes, estes são usados

na fabricação de equipamentos na indústria química, assim como em

eletrodomésticos e outras utilizações residenciais. Caracterizam-se por possuir Cr

(16 ~30%).

Aços “maraging”

Os aços “maraging” constituem um tipo especial de aços de alta resistência,

apresentando resistência à tração até 2400 N/mm², com boa dutilidade. Estes aços

contém Ni, Co, Mo, Ti, baixo C (0,03%) e apresentam como características

Page 8: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

principais, além da resistência mecânica elevada, razoáveis soldabilidade e

conformabilidade. São usados, especialmente, para matrizes, punções, caixas de

motores de mísseis, trem de aterrisagem de aviões, etc.

Aços Hadfield

Este aço, assim chamado devido ao seu inventor, é uma liga não magnética cuja

característica principal é a sua elevada capacidade de endurecimento por trabalho

mecânico, proporcionada por uma combinação da presença de Mn (11 ~ 14%) e

adequado tratamento térmico. Este aço é caracterizado por sua excelente

resistência a desgaste. Devido a esta propriedade, é largamente usado em muitos

campos como: indústria de construção; equipamentos de mineração, extração de

rochas (pedreiras), perfuração de poços de petróleo, processamento de produtos de

cimento e argila, drenagem, ferrovias, etc.

BIBLIOGRAFIA

1. Produtos Siderúrgicos – Terminologia ABNT – NBR 6215, out. 1982.

2. CARBON and Alloy Steels – SAE J – 411, jun. 1981.

3. METALS Handbook, v. 1 – Properties and Selection of Metals, American Society for Metals, 1300 p., 1969.

4. Aços Estruturais Laminados, USIMINAS – Fascículo de Informação Técnica

(5) 20 p.

5. Linha de Produtos – COSIPA, 70 p., ag. 1984.

6. Linha de Produtos – USIMINAS, 94 p., 1983.

7. SUPERCORT – Barras em Aços Baixa Liga para Construção Mecânica com Usinabilidade Melhorada. Siderurgia N.S. Aparecida S.A., 8 p.

8. Sídon Etrusco – Curso ABM - 1987

Page 9: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

PRODUTOS PLANOS REVESTIDOS Produtos siderúrgicos planos revestidos são chapas (bobinas) ou folhas de aço,

recobertas por outros metais ou ligas metálicas, fabricadas por processos

eletrolíticos ou de imersão a quente.

No Brasil, os principais produtos siderúrgicos planos revestidos são produzidos pela

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), USIMINAS e COSIPA. Estes produtos

atendem tecnicamente a todas as aplicações que são possíveis com os produtos

planos não-revestidos, ou seja, podem ser conformados, soldados ou pintados.

- Chapas Zincadas ou Galvanizadas

São produtos siderúrgicos planos fabricados por processo de inversão a quente ou

eletroposição a partir de chapa ou bobina de aço baixo carbono, usualmente

laminados a frio, que recebe o revestimento de zinco, na espessura desejada, em

uma ou ambas as faces.

Esta camada de zinco confere à chapa de aço, resistência e rigidez, associadas a

uma excelente proteção anti-corrosiva.

Em Minas Gerais, estes produtos, tanto por imersão a quente ou por

eletrodeposição, são fabricados pela USIMINAS. São usados, principalmente, pela

indústria automobilística e pela indústria chamada linha branca – fabricação de

geladeiras, freezers, fogões, máquinas de lavar roupas, etc.

- Folhas-de-Flandres

Folhas-de-Flandres são produtos siderúrgicos planos, revestidos com estanho por

processo eletrolítico. Representa o mais importante segmento de embalagens

metálicas para alimentos, porque alia a resistência mecânica e dutilidade do aço ao

aspecto sanitário de estanho. No Brasil, este produto somente é fabricado em larga

escala pela CSN.

Page 10: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

PRODUTOS NÃO PLANOS

Os produtos não planos têm a seção reta diferente da forma retangular (exceção de

barras chatas, alguns blocos e tarugos), formas variadas e até complexas. Quanto à

forma, podem ser divididos em:

• Barras – possuem seção redonda, quadrada, sextavada, chata ou octavada

• Perfilados – aquelas cuja seção tem a forma de H, I, U, L, trilhos, etc.

Estes produtos têm aplicações diversas na indústria mecânica, especialmente, e na

indústria de construção civil como elemento estrutural.

PRODUTOS TUBULARES

Em princípio, pode-se considerar dois tipos fundamentais de produtos tubulares,

tendo em vista o seu principio básico de fabricação:

- tubos sem costura

- tubos com costura

Os tubos sem costura são fabricados a partir de tarugos maciços de aço por

processos diversos, geralmente perfuração, extrusão ou mandrilagem, podendo

atingir diâmetros até cerca de 660 mm.

Este tipo de tubo é fabricado pela Vallourec & Mannesmann do Brasil, em sua Usina

do Barreiro, em Belo Horizonte (MG).

Os tubos com costura são obtidos a partir de tiras (bobina) de aço laminadas a

quente, passadas através de uma matriz adequada que as dobra na forma de um

cilindro, ao mesmo tempo em que suas extremidades são soldadas de modo a ficar

Page 11: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

constituído o tubo.

Este tipo de tubo é fabricado em Minas Gerais por algumas empresas, sendo a

maior a Usiminas Mecânica, em sua fábrica de Ipatinga.

Devido à diversidade de seu emprego, os tubos são de grande importância na

engenharia e na indústria. São usados em encanamentos de água, vapor, óleo, gás,

ar comprimido, aquecimento, poços de água e de petróleo; fins estruturais e

ornamentais em construção, arquitetura, etc.

Page 12: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
Page 13: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

O Brasil tem uma das maiores reservas mundiais de minério de ferro, o mineral mais

produzido e consumido no planeta. A produção de Minas Gerais corresponde a

71,4% da produção nacional, ocupando o primeiro lugar entre os Estados

Brasileiros.

O estado de Minas Gerais, como principal Estado Minerador do Brasil lançou em fins

de 2008 o trabalho “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais” – uma

importante e inédita ferramenta de consulta sobre sua produção mineral. O trabalho

reúne os números do setor mineral do Estado referentes ao período de 2001 a 2005

viabilizados a partir de dados do Departamento Nacional de Produção Mineral

(DNPM). Mostra que a atividade está concentrada na produção comercializada de

minerais metálicos, com predominância do minério de ferro. Responsável por cerca

de 35% da produção mineral do País, o estado de Minas Gerais guarda em seu solo

riquezas que há séculos atraem mineradores.

Contudo, mesmo ocupando esta posição o Estado tem somente 35% de seu

território coberto por levantamento aerogeofísico (dos quais, 18% foram concluídos

em 2006). Um novo convênio entre a Companhia de Desenvolvimento Econômico

de Minas Gerais (CODEMIG) e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais

(CPRM), assinado em 2008, serão acrescidos 21,85% de áreas de mapeamento.

Alguns indicadores do Setor Mineral do estado de Minas Gerais no período de 2006

a 2008, apontados pelo DNPM e Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM são:

• O Estado respondeu por 49,3% da produção mineral brasileira

comercializada, em 2008;

• Maior produtor brasileiro de ferro (das 370 milhões de toneladas produzidas

no Brasil, 71% saíram de Minas Gerais), calcário, fosfato, grafita, lítio, nióbio,

ouro, tantalita e zinco.

• Possui mais de 300 minas de ferro em operação;

• Detém 46% das minas brasileiras de grande porte;

• Arrecadação de R$ 287,7 milhões de CFEM – 2008 (68,8% do total nacional);

• Seis municípios mineiros estão entre os 10 maiores municípios brasileiros

arrecadadores de CFEM;

• Dos US$ 47 bilhões de investimentos previstos até 2014 no Brasil,

aproximadamente 30% serão em Minas Gerais;

• O setor mineral corresponde a 31% do PIB total do Estado.

Page 14: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A Balança Comercial de Minas Gerais (2006) registra que o Setor Mineral

correspondeu por 35% do total das exportações do Estado, ou seja, US$ 5,98

bilhões.

As tabelas 7.1 e 7.2 mostram o valor da produção comercializada do Setor Mineral

do Brasil e Minas Gerais, no período de 2006 a 2008.

Tabela 7.1 - BRASIL E MINAS GERAIS – VALOR DA PRODUÇÃO

COMERCIALIZADA (R$) - 2006 a 2008

Ano Minas Gerais Brasil MG/ Brasil (%)

2006 18.470.814.690 38.033.419.029 48,56

2007 16.714.356.651 38.489.475.720 43,43

2008 22.337.236.501 45.274.868.239 49,34

Fonte: DNPM

Tabela 7.2 – MINAS GERAIS – VALOR DA PRODUÇÃO

COMERCIALIZADA (R$) - 2006 a 2008

Descrição 2006 2007 2008

Metálicos 16.942.568.736 15.418.565.217 20.782.980.512

Não-Metálicos 1.518.598.139 1.270.606.093 1.531.466.415

Gemas e

Diamante

9.647.815 25.185.340 22.789.573

Total 18.470.814.690 16.714.356.650 22.337.236.500

Fonte: DNPM

EMPRESAS DE MINERAÇÃO DE FERRO DO ESTADO DE MINAS GERAIS De acordo com o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral – DNPM, o estado de

Minas Gerais possui cerca de 74,4% das reservas de minério de ferro do Brasil,

dados de 2008, enquanto que Pará com 17% e Mato Grosso do Sul, com 16%,

Page 15: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

também possuem reservas de ferro, além de serem fortes produtores. Pesquisas

têm sido feitas em outros estados, apontando a Bahia com alguma reserva em

estágio avançado de estudos.

A tabela 7.3 mostra a participação relativa de Minas Gerais no Brasil, referente às

reservas e à produção, em 2008.

TABELA 7.3 – MINÉRIO DE FERRO - PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE MINAS GERAIS NO BRASIL

DESCRIÇÃO MINAS GERAIS

BRASIL MG/Brasil(%)

Reservas Totais (t) Produção Bruta (t) Produção Beneficiada (t) Valor da Produção Comercializada(R$) CFEM Arrecadada (R$) Mão de Obra (minas + usinas)

67.322.068.470 340.092.067 243.975.160

18.973.861.843 287.728.907

19.887

90.406.986.887 476.004.858 347.313.568

27.662.909.766 429.792.781

29.148

74,47 71,45 70,25 68,59 66,95 68,23

Fonte: DNPM

Em Minas Gerais encontram-se em atividade minas de ferro, usinas de tratamento e

usinas de pelotização, administradas por 13 empresas. Outras usinas de tratamento

e até usinas de pelotização estão em fase de montagem ou de projeto. Entre estas

últimas estão uma usina de pelotização da Vale em Itabirito e, em projeto, uma da

Vallourec Sumitomo do Brasil, (VSB) junto à sua usina siderúrgica para fabricação

de tubos, no município de Jeceaba.

A tabela 7.4 mostra a relação das principais minas de ferro do estado de Minas

Gerais, os respectivos municípios onde se localizam, bem como as empresas

mineradoras, cabendo à VALE – 79%, CSN – 7,4%, Anglo American/MMX – 3% e

outras – 10,6%.

Page 16: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

TABELA 7.4 – MINAS DE FERRO EM MINAS GERAIS

NOME DA MINA LOCALIZAÇÃO EMPRESA MINERADORA Brucutu São Gonçalo do Rio Abaixo VALE Minas do Meio Itabira VALE Conceição Itabira VALE Pico Itabirito VALE Fábrica Nova Mariana VALE Fábrica Ouro Preto VALE Alegria Mariana VALE Capão Xavier Nova Lima VALE Tamanduá Nova Lima VALE Capitão do Mato Nova Lima VALE Fazendão São Luiz Mariana/ Catas Altas VALE Água Limpa Rio Piracicaba VALE Córrego do Feijão Nova Lima VALE Gongo Soco Barão de Cocais VALE Jangada Nova Lima VALE Abóboras (Vargem Grande) Nova Lima VALE Andrade Bela Vista de Minas VALE Mar Azul Nova Lima VALE Chacrinha Nova Lima VALE Segredo Congonhas VALE Timbopeba Ouro Preto VALE Galinheiro Itabira VALE Conquistinha Brumadinho VALE Cururu Rio Piracicaba VALE Fazendão Tamanduá Catas Altas VALE Montes Claros Montes Claros VALE Santa Luzia Santa Luzia VALE Córrego do Meio Sabará VALE Baú Barão de Cocais VALE Morro da Mina Conselheiro Lafaiete VALE Apolo Rio Acima VALE Alegria (Germano) Mariana/ Ouro Preto Samarco Casa de Pedra Congonhas CSN Engenho Congonhas Namise Fernandinho Rio Acima Namise Pau Branco Brumadinho V&M AVG Igarapé MMX Minerminas Brumadinho MMX Bom Sucesso Bom Sucesso MMX Central Itatiaiuçu Usiminas Oeste Itatiaiuçu Usiminas Leste Mateus Leme Usiminas Minas Itatiaiuçu Itatiaiuçu ArcelorMittal Esperança Brumadinho Ferrous Serrinha Brumadinho Ferrous Santanense Itatiaiuçu Ferrous Anglo Ferrous Conceição do Mato Dentro/

Alvorada de Minas Anglo Ferrous

Page 17: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Minerita Itatiaiuçu Minerita Palmital Itabirito Cayman Mineração do Brasil Tanque Seco/ Retiro do Sapecado

Itabirito Herculano Mineração

Ferro + Ouro Preto J. Mendes J8 Congonhas J. Mendes

Page 18: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

E o mapa a seguir a indicação de onde se encontram estas minas, oferecendo um destaque para o conhecido Quadrilátero Ferrífero.

Figura 7.1

Page 19: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

TABELA 7.5 - MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES DE MINÉRIO DE FERRO

EM MINAS GERAIS

Mineral Municípios de MG

Minério de Ferro

São Gonçalo do Rio Abaixo

Itabira

Itabirito

Mariana

Ouro Preto

Nova Lima

Rio Piracicaba

Barão de Cocais

Congonhas

Brumadinho

PRODUÇÃO

A mineração de ferro viveu nos últimos anos, notadamente a partir de 2003 e,

principalmente com as compras realizadas pelas usinas siderúrgicas chinesas, um

ritmo muito grande de desenvolvimento conforme pode ser visto nas Figuras 7.2 e

7.3.

A participação do Brasil, em 2008, diminuiu em relação aos anos anteriores, ficando

próximo a 17,5%.

Page 20: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 7.2 – PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DO BRASIL COM RELAÇÃO AO MUNDO

(em milhões de toneladas)

PARTICIPAÇÃO BRASIL 19,5% 18% 18,5% 18,4% 17,5%

Fonte: SINFERBASE, SBB, IBRAM

Figura 7.3 – PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DO BRASIL

(em milhões de toneladas)

050

100150200250300350400450

2004 2005 2006 2007 2008

Exportação Produção

Fonte: SINFERBASE/ IBRAM

2004

262 223

244

317 258

278

Page 21: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

O estado de Minas Gerais lidera o ranking da produção mineral brasileira, sendo

responsável por 44% do total nacional, segundo o Anuário Mineral Brasileiro do

DNPM de 2006. O Estado é responsável por 53% da produção brasileira de

minerais metálicos e 29% de minérios em geral. A cadeia produtiva mineral

representa 31% do PIB do Estado.

A tabela 7.6 mostra a produção mineral mundial, Brasil e Minas Gerais, relativa a

2008

Tabela 7.6 – PRODUÇÃO MINERAL 2008

Mundo Brasil Minas Gerais

Ferro 106 2.200 370 258 Bauxita 106 205 26,6 3,7

Manganês 106 14 2,4 0,13 Níquel 106 1,5 85 12,7 Nióbio 103 89 86 52,5 Ouro t (*) 2.500 49 17 Zinco 103 11,3 199 19,9

(*) 2007 Fonte: IBRAM

A Tabela 7.7 mostra uma previsão, realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Produção Mineral (IBRAM), para a produção brasileira de minério de ferro para o período de 2008 a 2012.

Tabela 7.7 - Produção de Minério de Ferro - BrasilPrevisões 2009 - 2013 (t x 106)

35.00030.00020.00015.00010.000OUTROS

671.000587.000498.400427.600352.000TOTAL

4.0004.0004.0003.0003.000V&M MINERAÇÃO

53.00033.00033.00012.3006.300ANGLO FERROUS

87.00072.00027.00024.50020.500CSN

460.000422.000400.000360.000300.000VALE

12.0006.0005.0005.0005.000USIMINAS

5.0005.0002.0002.0002.000MINERAÇÃO CORUMBAE NSE

5.0005.0003.8003.8003.800ARCELOR MITTAL

10.00010.0003.6002.0002.000MHAG

20132012201120102009EMPRESA / ANO

Fonte: IBRAM

Page 22: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO PELA VALE EM 2008

A produção de minério de ferro pela Vale atingiu a marca de 301,8 milhões de toneladas

em 2008, representando uma ligeira queda de 0,5%, em relação a 2007, que foi de 303,2

milhões de toneladas. Esta foi a primeira redução da produção anual da Vale desde 1999.

De 2001 a 2007 a produção anual apresentou uma taxa de crescimento de 13,4% como

conseqüência de ganhos de produtividade, acentuado programa de investimentos para

aumentar a capacidade de produção e atender ao rápido crescimento da demanda global.

A Tabela 7.8 mostra a variação da produção de minério de ferro da Vale em 2007 e 2008,

apontando o efeito da crise financeira internacional no último trimestre de 2008. Da

mesma forma registra a variação da produção de minério de ferro de Minas Gerais

(Sistema Sudeste e Sistema Sul). Esta produção foi 203 milhões de toneladas, em 2007,

caindo para 196 milhões, em 2008, indicando os efeitos da crise financeira internacional.

Page 23: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

TABELA 7.8 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DA VALE, EM 2007 E 2008

(Mt)

4º Trimestre 2007

4º Trimestre 2008

Variação 4º trimestre 2008/ 4º trimestre 2007

2007 2008 Variação 2008/2007

Minério de Ferro (Mt) 80,098 63,275 -21.0% 303,164 301,696 -0.5%

Sistema Sudeste 30,743 23,066 -25.0% 113,781 115,428 1.4%

• Itabira 11,799 7,749 -34.3% 46,710 41,849 -10.4%

• Mariana 9,507 7,653 -19.5% 33,135 36,150 9.1%

• Minas Centrais 9,437 7,664 -18.8% 33,936 37,429 10.3%

Sistema Sul 22,598 15,599 -31.0% 89,337 80,461 -9.9%

• MBR 16,849 11,309 -32.9% 68,276 60,015 -12.1%

• Minas do Oeste 5,749 4,290 -25.4% 21,061 20,446 -2.9%

Carajás 24,620 22,306 -9.4% 91,687 96,495 5.2%

Samarco (Pelotas) 1,870 2,060 10.1% 7,231 8,322 15.1%

Urucum 0,267 0,244 -8.7% 1,128 0,990 -12.2%

Fonte: Vale – 24/01/2009

Page 24: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A produção de pelotas, relativas às suas usinas próprias (Tubarão I e II, Fábrica de

São Luis), e às suas coligadas atingiu 44,8 milhões de toneladas em 2008,

aproximadamente igual a produção de 2007, como mostra a Tabela 7.9. A produção

de 2008 corresponde a 30,6 milhões de toneladas de pelotas de alto-forno e 14,2

milhões de pelotas de redução direta.

Page 25: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

TABELA 7.9 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE PELOTAS DA VALE, EM 2007 E 2008

(Mt)

4º Trimestre 2007

4º Trimestre 2008

Variação 4º trimestre 2008/ 4º trimestre 2007

2007 2008 Variação 2008/2007

Pelotas (Mt) 11.662 9.572 -17,9% 44.825 44.762 -0,1%

Tubarão I e II 1.681 1.143 -32,0% 6.369 6.096 -4,3%

Fabrica 1.117 965 -13,6% 4.148 4.165 0,4%

São Luis 1.852 1.790 -3,3% 7.053 6.960 -1,3%

Nibrasco 2.347 1.918 -18,3% 8.966 8.775 -2,1%

Kobrasco 1.283 1.125 -12,3% 4.971 4.935 -0,7%

Hispanobras 466 210 -55,0% 2.173 1.938 -10,8%

Itabrasco 1.012 384 -62,0% 4.015 3.321 -17,3%

Samarco 1.904 2.038 7,0% 7.130 8.572 20,2% Fonte: Vale – 24/01/2009

Page 26: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DE MINAS GERAIS

Enquanto a produção de minério de ferro do Brasil foi de 370 milhões de toneladas

em 2008 (Figura 7.1 e 7.2), a de Minas Gerais foi de 262,7 milhões de toneladas,

correspondendo, portanto, a 71% de acordo com dados do Instituo Brasileiro de

Mineração – IBRAM. Em segundo lugar, ficou o estado do Pará com 96,2 milhões de

toneladas ou 26%, e os outros Estados produziram 11,1 milhões de toneladas, ou

3% da produção brasileira.

Tabela 7.10 – EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO Mt

2007 2008 Produto Brasil Minas

Gerais % Brasil Minas

Gerais %

Minério de Ferro

219

141

64,4

231

147

63,6

Pelotas

50

1,8

3,6

50

3,2

6,4

Fonte: Aliceweb/ MDIC

US$103

2007 2008 Produto Brasil Minas

Gerais % Brasil Minas

Gerais %

Minério de Ferro

7,1

4,6

64,8

11,0

6,9

62,7

Pelotas

3,4

0,1

3,0

5,5

0,2

3,6

Fonte:Aliceweb/ MDIC

Page 27: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EXPORTAÇÃO

A tabela 7.10 mostra os números de exportação e valores arrecadados para minério

de ferro, Brasil e Minas Gerais, em 2007 e 2008, segundo Aliceweb/ MDIC.

Apesar da retração na produção de minério de ferro, no último trimestre de 2008 –

devido à crise financeira internacional – a Vale continua sendo a empresa maior

exportadora do estado de Minas Gerais. A empresa vinha de um período de queda

devido à crise de 2008 e, a partir de janeiro de 2009 as exportações voltaram a

crescer.

Assumiu o 2º lugar nas exportações de minério de ferro, com um resultado

surpreendente, a Nacional Minérios S/A (Namisa). Um consórcio siderúrgico japonês

liderado pela Nippon Steel S/A comprou 40% da Namisa da Companhia siderúrgica

Nacional (CSN) por US$ 2 milhões em novembro de 2009 e alavancou os

investimentos imediatos em expansão.

O minério de ferro merece destaque entre os itens de exportação, seja pelo volume

exportado quanto pelo crescimento na receita, respondendo sozinho por 8,36% da

receita brasileira de exportações.

Em 2008 foram embarcadas 281,68 milhões de toneladas, 4,5% acima do volume

registrado em 2007, que foi de 258,60 milhões de toneladas (Figura 7.2). Em

valores, o minério de ferro rendeu US$ 16,54 bilhões, representando uma elevação

de 19,5%, em relação a 2007.

A tabela 7.11 mostra o volume de exportações de minério de ferro nos últimos seis

anos e os valores financeiros comercializados, conforme dados do SINFERBASE.

Tabela 7.11 – VOLUME DE EXPORTAÇÕES DE MINÉRIO DE FERRO E VALORES COMERCIALIZADOS - 2003-2008

ANOS MT US$ (10³) PREÇO MÉDIO US$ /t 2003 184,4 3.796.562,00 20,58 2004 200,9 4.992.745,00 24,85 2005 223,4 9.415.082,00 42,15 2006 244,6 11.754.156,00 48,06 2007 269,5 13.887.799,00 53,72 2008 281,7 16.538.421,00 58,71

Fonte: SINFERBASE

Page 28: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Os principais tipos de minério de ferro exportados pelo Brasil em 2008 comparados com o ano anterior, são mostrados na tabela 7.12.

Tabela 7.12 – TIPOS DE MINÉRIO DE FERRO EXPORTADOS PELO BRASIL EM 2008

2007 2008 TIPO DE MINÉRIO

mt % mt % FINOS (Fe – 66%) 219.397 81,4 231.692 82,2 PELOTAS (Fe – 67%) 50.051 18,6 49.990 17,8 TOTAL 269.448 100 281.682 100

Fonte: SINFERBASE

Tabela 7.13 – ORIGEM DO MINÉRIO EXPORTADO

2007 2008 mt % mt %

MINAS GERAIS 186.220 69,1 191.226 67,9 PARÁ 80.592 29,9 86.382 30,7 MATO GROSSO DO SUL 2.247 0,8 3.925 1,4 RIO GRANDE DO NORTE 200 0,07 74 0,02 OUTROS 189 0,07 75 0,02 TOTAL 269.448 100 281.682 100

Fonte: SINFERBASE

Page 29: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 7.4 - Investimentos do Setor Mineral Previstos para MG - 2008/2012 US$ 13 bilhões

Investimentos em MG, por Mineral

85%

7%3% 2% 2% 1%

Ferro Ouro Zinco Fosfato Nióbio Bauxita

Fonte: IBRAM

Page 30: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

TABELA 7.14 - INVESTIMENTOS

2008 a 2010250.000Brumadinho - BHMineração de FerroExpansão MinaFerrous Resour.

2009 a 20121.000.000Itaúna - MGMineração de FerroPelotizadora J.MUsiminas

2008 a 20111.000.000Itaúna - MGMineração de FerroExpansão Mina J.MUsiminas

2009 a 20112.207.000Caeté - MGMineração de FerroNova Mina M-BaúVale

2008 a 2011973.000Itabiritos -MGMineração de FerroNova Planta PelotaVale

2008 a 20112.330.000Minas - MGMineração de FerroExpansão MinaCSN

2008 a 2010120.000Minas GeraisMineração de FerroExpansão MinaGerdau

2008 a 20091.000.000Minas e Rio Transporte M. FerroFerrovia MG-RJMMX

2008 a 20112.350.000Minas e Rio Mineração de FerroProj. Minas RioMMX

2008 a 2008130.000Itatiaiuçi - MGMineração de FerroExpansão MinaLondon Min ing

PRAZOUS$ 1.000LOCALOBJETIVOINVESTIMENTOSGRUPO

Inv estimentos Prev istos para Minas Gerais de 2008 a 2012 em US$ 1.000

Fonte: IBRAM

Page 31: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

LEVANTAMENTO AEROGEOFÍSICO

Contudo, o maior estado produtor mineral do Brasil tem somente 35% de seu

território coberto por levantamento aerogeofísico (dos quais, 18% foi concluído em

2006). A partir de um novo convênio entre a CODEMIG (Companhia de

Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) e CPRM (Companhia de Pesquisas

de Recursos Minerais), assinado este ano, serão acrescidas 21,85% de áreas de

mapeamento, às 35% existentes, em 2009.

Principais Investimentos em Minério de Ferro em Minas Gerais e Novos Projetos

Minério de Ferro

SAMARCO - 2º Mineroduto: 398 km

Cidades: Mariana a Ponta Ubu (ES) - 2ª Usina de Concentração

Cidade: Mariana Investimentos: R$ 3,1 bilhões

(incluindo a usina de pelotização em Anchieta, ES)

Minério de Ferro USIMINAS

Mineração J.Mendes Mina de Itatiaiuçu

Cidade: Itatiaia Ampliação

Produção 2008/2013: 4,5 Mtpa p/ 6Mtpa p/13 Mtpa

Investimento: US$ 1 bilhão

Aço ArcelorMittal Brasil

Cidade: João Monlevade Expansão: 1,2 Mtpa para 2,4 Mtpa

de aço bruto Em implantação

Page 32: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Investimentos: US$ 1,2 bilhão Conclusão: 2011

Outros Investimentos: US$ 1,6 bilhão Expansão: de 3,9 para 6,5 Mtpa

de aços longos Em estudo de viabilidade

Unidade: ainda não definida Conclusão: 2011

Minério de Ferro

CSN Mineração Casa de Pedra

Cidade: Congonhas - Expansão da Mina: 40 Mtpa

Investimentos US$ 856 milhões Conclusão: 2009

- Expansão da planta adicional: 8 Mtpa Produto: Pellet Feed

Investimentos: US$ 383 milhões Conclusão: 2011

- Expansão da planta acional: 23 Mtpa Produto: Pellet Feed

Investimentos: US$ 700 milhões Conclusão: 2011

- Planta de recuperação de finos de alto teor

Produto: Pellet Feed Produção: 3,3 mil tpa

Investimentos: US$ 26,8 milhões Conclusão: 2009

Mina do Engenho

Expansão da planta de beneficiamento Sondagens e pesquisa mineral

Pires

Cidade: Ouro Preto - Expansão: Concentrador Magnético

(Rejeitos) Produção: 3 Mtpa

Produto: Pellet Feed Investimentos: US$ 22,9 milhões

- Concentrador Magnético (minério Santo Antônio) Produção: 2,97 Mtpa

Produto: Sinter Feed e Pellet Feed Investimentos: US$ 22,9 milhões

Conclusão: 2008

Page 33: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Mina do Fernandinho Cidade: Itabirito

- Expansão da Mina: 3Mtpa Produto: Pellet Feed

Investimentos: US$ 162,2 milhões Conclusão: 2010

- Concentrador Magnético (Rejeitos) Produto: Pellet Feed Produção: 1,7 Mtpa

Investimentos: US$ 22,3 milhões Conclusão: 2009

Minério de Ferro

Anglo Ferrous Brasil Projeto Minas-Rio

- Complexo Mineral: minas e unidade de beneficiamento

Cidades: Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas

- Mineroduto: 525 quilômetros de extensão (LI concedida)

Trajeto: Alvorada de Minas (MG) a Porto do Açu (RJ) Investimentos: US$ 3 bilhões

(incluindo o Porto do Açu) Produção: 26,6 Mtpa de Pellet Feed

Conclusão: 2010

Minério de Ferro Ferrous Ressources do Brasil

- Aquisição de direitos minerários / Reativação de Minas

Mina de Serrinha Cidade: Brumadinho

Em reativação Mina de Santanense

Cidade: Itatiaiuçu Sondagem, reconformação e

Construção de barragem Mina Esperança

Cidade: Brumadinho Recuperação do passivo ambiental e implantação

do separador magnético Mina de Viga

Cidade: Congonhas do Campo Sondagem

Objetivo: produção de 50 Mtpa (a partir de 2014)

Page 34: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

- Mineroduto: 400 km de extensão

Trajeto: Congonhas do Campo a Presidente Kennedy (ES) Em fase de estudos conceituais

Conclusão: 2014 Investimentos: US$ 6 bilhões (2008 / 2014)

Minério de Ferro

Vale Diretoria de Ferrosos Sudeste (DIFS)

Complexos: Itabira, Mariana e Minas Centrais - Projeto Gongo Soco:

Cidade: Barão de Cocais Expansão da vida útil

Investimentos: US$ 49,27 milhões Conclusão: 2009

- Projeto: Fazendão Cidade: Mariana

Ampliação da Produção Investimentos: US$ 205,4 milhões

Conclusão: 2008 - Projeto: Maquine – Baú

Cidades: divisa de Caeté e Santa Bárbara Minério de Ferro

Implantação - Mina/planta/ferrovia Produção: 24 Mtpa

Investimentos: US$ 2,2 milhões Início: 2008

Conclusão: 2011

Minério de Ferro Grupo Gerdau

Reservas 800 milhões t 9.000 há – Itabirito e Hematita

Investimentos US$ 120 milhões Conclusão: 2010

- Mina Miguel Burnier Cidade: Ouro Preto

- Mina Várzea do Lopes Cidade: Itabirito

- Mina Gongo Soco Cidade: Barão de Cocais Fase de Pesquisa Mineral

Page 35: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Minério de Ferro Votorantim

Projeto Salinas – Norte de Minas Cidades: Padre Carvalho e Grão Mogol

Reserva calculada: 1,3 bilhão t . Fe – 25% 300 milhões t. Fe – 68%

Investimentos: US$ 3 bilhões

Minério de Ferro MMX Sudeste

Produção: 4,2 milhões t - 2008 33,7 milhões t – 2013

AVG Mineração Cidade:

Mina de Bom Sucesso Cidade: Bom Sucesso

Minério de Ferro V&M Mineração

Mina de Pau Branco Cidade: Brumadinho

Produção Anual: 4 milhões t Verticalização

O aumento de preços verificado nos últimos anos para o minério de ferro está

motivando as siderúrgicas a seguirem o caminho da verticalização. A aquisição de

empresas de mineração é estratégica para a siderurgia já que o minério de ferro é o

principal insumo para a fabricação do aço.

Neste contexto, a Usiminas adquiriu o controle de três mineradoras na região do

quadrilátero ferrífero de Minas Gerais: Mineração J.Mendes Ltda., Somisa

Siderúrgica Oeste e Global Mineração Ltda.

“ ...Usiminas venderá minério no mercado doméstico. Os ativos de minério de ferro

Page 36: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

da Usiminas prometem competir com a Vale não apenas no mercado de exportação,

mas também no mercado brasileiro. A siderúrgica recentemente divulgou seu plano

comercial para a produção das minas adquiridas e pretende comercializar pelo

menos 2,2 milhões de t/ano no mercado local, para terceiros.

Segundo o relatório, a produção de minério de ferro do grupo alcançaria 29,2

milhões de toneladas anuais em 2014, das quais 10,3 milhões alimentariam à planta

da COSIPA, enquanto outras 16,7 milhões de toneladas seriam exportadas.

Sendo assim, a Usiminas reduzirá sua dependência em relação ao minério da Vale,

embora tenha contrato de longos prazos com a mineradora brasileira.

Analogamente, o Grupo Gerdau por meio de sua siderúrgica Gerdau Açominas

mantém em operação as minas de minério de ferro de Miguel Burnier (Ouro Preto),

Várzea do Lopes (Itabirito) e realiza pesquisa mineral na mina do Congo Soco

(Barão de Cocais).

O Grupo ArcelorMittal, maior produtor mundial de aço, além de possuir a Mina de

Andrade (Bela Vista de Minas), arrendada para a Vale, adquiriu a mina de minério

de ferro da London Mining, na Serra Azul (região do município de Itatiaiuçu).

Esta vantagem competitiva de verticalização já era dominada tanto pela Companhia

Siderúrgica Nacional – CSN, com as minas de Casa de Pedra e Namisa

(Congonhas), quanto pela Vallourec & Mannesmann com a mina de Pau Branco

(Brumadinho).

BIBLIOGRAFIA

1) DNPM / AMB – 2006

2) Trabalho ALMG – Luiz Antônio Fontes Castro

3) Revista In The Mine – nº 16 – 2008

Page 37: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
Page 38: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Segundo o “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – 2ª edição – Aurélio

Buarque de Holanda Ferreira, insumo é uma combinação de fatores de produção

(matérias primas, horas trabalhadas, energia consumida, taxa de amortização, etc)

que entram na produção de determinada quantidade de bens ou serviço”.

De acordo com a Wilkipédia: “insumo em Economia designa um bem ou serviço

utilizado na produção de um outro bem ou serviço. Inclui cada um dos elementos

(matérias primas, bens intermediários, uso de equipamentos, capital, horas de

trabalho, etc.) necessários para produzir mercadorias e serviço.”

“ Uma definição simplificada de insumo seria: tudo aquilo que entra no processo

(“input”), em contraprodução ao produto (“output”), que é o que sai” (Wilkipédia).

Seguindo esta conceituação, neste trabalho serão abordados os principais insumos

(sua existência, produção e comercialização), originados no Estado de Minas Gerais

e que são usados na produção do aço brasileiro.

As matérias primas utilizadas na produção de aço pela siderurgia brasileira podem

ser agrupadas em:

• Minério de ferro

• Carvão mineral

• Carvão vegetal

• Fundentes e adições (calcário/ dolomita, fluorita, minério de manganês, etc)

• Sucata de aço

• Ferroligas

Outros insumos como gases, energia elétrica, óleos lubrificantes, água, etc, também

serão relacionados.

Page 39: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

MINÉRIO DE FERRO

A principal matéria prima para a produção de aço é o minério de ferro, nas suas

formas mais comuns: hematita, com teor de ferro mais elevado, cerca de 68% e

itabiritos, com teor de ferro na faixa de 30 a 50%. Atualmente, a utilização do minério

de ferro de forma “in natura” é menos comum, sendo mais usado como

aglomerados, que apresentam um comportamento muito melhor, elevando a

produtividade dos equipamentos de redução. Tem sido encontrado na natureza com

maior abundância os itabiritos, que para sua melhor utilização recebem um

tratamento de concentração, para elevar o seu teor de ferro. Tem-se uma elevada

geração de finos que são aglomerados, dependendo da sua granulometria, em

sínter ou pelotas.

- Sínter: 90% do minério de ferro deve ter granulometria superior a 0,15mm (100

mesh) é misturado com combustíveis sólidos e fundentes em processo especial

formando um bolo (sinter bruto) que depois é britado, dando origem ao sínter de

alto-forno com granulometria na faixa de 50 mm, conveniente para processo de

redução. Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu 30.436.614t de sínter.

- Pelotas: 99% de minério de ferro com granulometria inferior a 0,15mm (100 mesh)

é misturado com água e algum ligante e, processado em um disco, formando as

pelotas verdes de 15mm de diâmetro. Após um aquecimento a 1200ºc adquirem

resistência mecânica (muito maior que o sínter, podendo ser transportadas a

grandes distâncias. Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu 6.342.601t de pelotas.

Minas Gerais é o maior produtor brasileiro de minério de ferro. Outros dados sobre o

minério de ferro produzido em Minas Gerais foram apresentados no Capítulo 7 deste

trabalho. A tabela 7.1 mostra a participação relativa de Minas Gerais no Brasil

referente à reservas, produção e comercialização em 2008.

Contudo, como pode ser verificado nos cálculos a seguir, somente 15% do minério

de ferro extraído em Minas Gerais são aplicados aqui ou 17% do volume exportado.

Page 40: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

VOLUME DE MINÉRIO DE FERRO APLICADO EM MINAS GERAIS SOBRE

VOLUME EXTRAÍDO E EXPORTADO – 2008

- Exportação de minério de ferro de MG (inclui pelotas do ES) ► 150,18 Mt

- Produção de aço bruto em MG ► 12,0 Mt

- Produção de ferro-gusa em MG ► 4,4 Mt

- Equivalente em minério de ferro aplicado em MG ► 26,24 Mt

CONCLUSÃO: 15% do minério de ferro extraídos em MG são aplicados em MG

ou 17% do volume exportado.

Fonte: Sinferbase/ IBS/ Sindifer

CARVÃO MINERAL

O carvão mineral é uma massa compacta estratificada de matéria vegetal, cujo

processo de decomposição foi interrompido como resultado de ação geológica.

O grupo de carvões minerais se divide em: turfa, linhito, hulha e antracito, de acordo

com o teor de carbono (20 a 90%) e tempo crescente desde a sua origem. Por suas

Page 41: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

características, somente o tipo hulha que equivale aos carvões betuminosos ou

coqueificáveis. Possui uma porcentagem elevada de carbono (na faixa de 75 a 92%)

e baixo teor de matérias voláteis. Este tipo não é encontrado no Brasil, sendo,

portanto, totalmente importado. As reservas de carvão metalúrgico encontram-se na

América do Norte, Rússia, China, Alemanha, Inglaterra, Polônia e Austrália. Uma

mistura de carvões metalúrgicos é carregada em células aquecidas ao abrigo do ar,

formando as baterias de fornos ou coqueria, que destilam os voláteis de carvão,

produzindo o coque bruto, que após britagem dá o coque de alto forno, além de

subprodutos:

• Moinha de coque (utilizada na sinterização)

• Gás de coqueria (combustível utilizado em vários setores da usina)

• Alcatrão, naftaleno, Xilol, Toluol, etc (comercialização)

As usinas integradas que usam o carvão mineral possuem os próprios fornos para

produção de coque ou importam também este produto.

Em 2008 o Brasil consumiu 13.299.000t de carvão mineral coqueificável e importou

1.900.000t de coque (Fonte: IBS)

CARVÃO VEGETAL

O carvão vegetal, produzido ambientalmente a partir de plantações de eucalipto, é

usado tanto nas usinas integradas, como por produtores independentes de ferro

gusa. Também pode ser obtido, sob controle, a partir de floresta nativa.

A tabela 8.1 mostra a origem geográfica e natural do carvão vegetal consumido em

Minas Gerais pelos diversos segmentos da indústria nos anos de 2004 a 2008.

Page 42: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tabela 8.1 – ORIGEM DO CARVÃO VEGETAL – 2004 a 2008

A tabela 8.2 apresenta a evolução do consumo de carvão vegetal pelos diferentes

segmentos industriais, nos anos de 2004 a 2008.

Tabela 8.2 – EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE CARVÃO VEGETAL

Unidade: 1000 mdc

Minas Gerais Outros Estados Ano

Plantado Nativo Soma Plantado Nativo Soma Total

2004 11.722,30 2.441,00 14.163,30 1.515,70 8.744,60 10.260,30 24.423,60 2005 12.639,90 2.289,10 14.929,00 2.203,90 8.031,8 10.235,70 25.164,70 2006 11.068,30 3.306,50 14.374,80 1.130,20 5.599,20 6.729,40 21.104,20 2007 10.949,40 3.507,20 14.456,60 1.149,20 6.303,00 7.452,20 21.908,80 2008 12.616,00 2.732,00 15.348,00 1.004,80 4.816,70 5.821,50 21.169,50

Fonte: IEF - AMS

Unidade: 1000 mdc

Ano Integradas Ferro-Gusa Ferroligas Total

2004 3984,00 17910,00 2323,00 24217,00

2005 4628,00 17654,00 2513,60 24795,60

2006 4578,50 13766,12 2351,14 20695,76

2007 5526,84 13708,49 2405,00 21640,33

2008 5710,88 12890,92 2333,20 20935,00

Fonte: AMS

Page 43: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Em Minas Gerais a cadeia produtiva floresta emprega cerca de 800 mil pessoas.

São 69 indústrias de ferro gusa, 4 siderúrgicas integradas, 17 empresas de ferro

ligas, além de outras empresas de processamento de madeira. Os municípios de

maior concentração do plantio de eucalipto são: João Pinheiro, Curvelo, Capelinha,

Minas Novas, Itamarandiba, etc.

PELOTAS

Enquanto a produção de sínter de alto forno tem sido produzido internamente nas

usinas siderúrgicas integradas, as pelotas são produzidas em unidades distintas, até

mesmo longe dessas usinas. Isto se deve pelas suas próprias características, como

a resistência mecânica, que possibilitam o seu transporte, inclusive para distâncias

transoceânicas.

As pelotas são produzidas, a partir de minério de ferro fino, especialmente

preparado para este fim.

CALCÁRIO / DOLOMITA

Segundo dados do “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais – 2001 a

2005” (Fundação João Pinheiro), são rochas carbonatadas, sendo o calcário

constituído de carbonato de cálcio (CaCO3) e o dolomito de cálcio e magnésio

(CaCO3MgCO3). Estas rochas são usadas na siderurgia como fundentes (para

fluidificar a escória e, assim, facilitar a sua retirada no processo de produção de

gusa), como principal insumo na produção de cimento, cal e indústria química, além

de diversos outros usos (refratário, cerâmica, ração animal, vidros). Na agricultura,

como corretivo de solo.

A tabela 8.3 mostra a participação relativa do estado Minas Gerais em reservas,

produção e comercialização no Brasil – dados de 2005.

Page 44: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tabela 8.3 - PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE MINAS GERAIS NO BRASIL

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE CALCÁRIO / DOLOMITO EM 2005

Descrição Minas Gerais Brasil % MG/ BR

Reservas Totais (t) 19.416.817.600 58.207.994.808 33,36

Produção Bruta (t) 27.150.800 86.948.070 31,23

Produção Beneficiada (t) 24.499.254 73.088.424 33,52

Valor da Produção

Comercializada (R$) 255.569.099 1.078.095.274 23,71

CFEM Arrecadada (R$) 3.740.353 11.345.231 32,96

Mão de Obra (Minas +

Usinas) 2.587 13.650 18,95

Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro

Tabela 8.4 - MINAS GERAIS: 5 MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES DE

CALCÁRIO/ DOLOMITO EM 2005

Município Produção

Bruta (t) Participação % Empresa Produtora

Arcos 5.201.250 19,16 Agrimig Calcário Agrícola

Ltda.

São José da Lapa 4.052.555 14,93 Holdercim Brasil S.A

Pedro Leopoldo 3.336.576 12,29 Camargo Corrêa

Cimento S.A

Itaú de Minas 2.521.863 9,29 Cia. Cimento Porttand

Itaú

Ijaci 1.834.792 6,76 Camargo Corrêa

Cimentos S.A

Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro

Page 45: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Em 2008, o consumo de calcário pela siderurgia brasileira foi de 4.768.000 t, sendo

3.850.000 t adquiridas no mercado interno e 1.586.000 t de geração própria. E o

consumo de dolomita foi de 1.493.000 t, sendo 833.000 de geração própria e

1.017.000 t adquiridas no mercado interno.

(Fonte: IABr)

SUCATA

A sucata é utilizada como matéria prima, principalmente em usinas semi integradas

que utilizam os fornos elétricos. Também é usada nas usinas integradas a gusa ou

ferro esponja como complemento da carga metálica. A sucata assim utilizada pode

ser gerada internamente, a partir dos cortes e desbates do processo de produção do

aço; ou adquirida no mercado externo às usinas.

Em 2008, o consumo de sucata de ferro e aço pela siderurgia brasileira foi de

9.405.000 t, sendo 6.396.000 t adquiridas no mercado interno e 3.423.000 t geradas

internamente pelas usinas.

(Fonte: IABr)

ADIÇÕES

As adições realizadas no processo de produção do aço são feitas na forma de ferro

ligas e servem para ajustar a composição química da carga (tanto no refino como na

redução). São dependentes de outras matérias primas levando-se em conta a

produtividade, qualidade e as características que se deseja ao aço.

Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu um total de 520.762 t de ferroligas,

distribuídos conforme a tabela 8.5.

Page 46: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tabela 8.5 – CONSUMO DE FERROLIGAS

FERROLIGA/ FERROALLOY 2008

FeMn-AC/HC FeMn 61.586

FeMn-MC, BC/ MC, LC FeMn 51.645

FeSiMn 180.383

FeSi 75%/45% 68.321

FeCr-AC/HC FeCr 127.994

FeCr-BC/ LC FeCr 12.443

FeNi-AC,BC/HC,LC FeNi 4.816

FeMo 3.029

FeW 410

FeV 2.108

Outros/ Other 8.027

TOTAL 520.762

Fonte: IABr

Outros detalhes da produção de ferroligas em Minas Gerais encontram-se no

capítulo 5.3.3 deste trabalho.

MINÉRIO DE MANGANÊS

O manganês é utilizado na produção de aço sob a forma de ligas (Fe-Mn e Fe-Mn-

Si) e como adição direta na forma de minério. O minério de manganês é usado como

dessulfurante e desoxidante.

Segundo o “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais – 2001 a 2005”

(Fundação João Pinheiro), a produção de manganês metálico do Brasil, em 2005, foi

de 6.429.393 t bruto, enquanto que a de Minas Gerais foi de 1.071.831 t,

Page 47: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

correspondendo a 16,7%. Os municípios de Minas Gerais com produção mais

expressiva são:

Tabela 8.6 – PRODUÇÃO EM MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS

Município Produção Bruta (t) Participação em Minas

Gerais

Conselheiro Lafaiete 354.062 33%

Belo Vale 312.265 29%

Itabirito 252.742 23,6%

Gonçalves 102.200 9,5%

São Domingos do Prata 30.371 2,8%

Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro

Em 2008, o consumo de minério de manganês pela siderurgia brasileira foi de

420.000t (Fonte IABr).

GRAFITA

A grafita, por sua combinação única de propriedades (alta condutividade elétrica e

térmica, baixo coeficiente de expansão térmica, resistência a altas temperaturas, alta

capacidade de lubrificação, etc) é uma matéria prima importante na composição de

refratários e na siderurgia em geral (produção de ferro cinzento, modular, aços

especiais e peças sinterizadas estruturais como elemento de liga metálica). Ainda na

siderurgia, dado a sua resistência à combustão, é também utilizada na fabricação de

cadinhos para a fusão de metais.

Segundo o “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais – 2001 a 2005”

(Fundação João Pinheiro), a tabela 8.1 mostra a participação relativa do Estado de

Minas Gerais em reservas, produção e comercialização no Brasil – dados de 2005.

Page 48: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tabela 8.6 - PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE MINAS GERAIS NO BRASIL EM

RESERVAS, PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GRAFITA EM 2005

Descrição Minas Gerais Brasil % MG/ BR

Contido de Reserva Medida (t) 9.158.566 10.328.531 88,67

Produção Bruta (t) 1.191.398 1.318.737 90,34

Produção Beneficiada (t) 72.087 77.494 93,02

Valor da Produção

Comercializada (R$) 88.329.197,89 94.337.322 93,63

CFEM Arrecadada (R$) 1.554.383 1.604.585 96,87

Mão de Obra (Minas + Usinas) 466 567 82,19

Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro

Tabela 8.7 - MINAS GERAIS: 5 MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES DE

GRAFITA EM 2005

Município Produção

Bruta (t) Participação % Empresa Produtora

Pedra Azul 785.696 65,95 Nacional de Grafite Ltda

Salto da Divisa 311.936 26,18 Nacional de Grafite Ltda

Itapecerica 79.416 6,67 Nacional de Grafite Ltda

Mateus Leme 14.210 1,19 Grafita MG Ltda

Arcos 140 0,01 Nacional de Grafite Ltda

Minas Gerais 1.191.398 100 ___

Fonte: DNPM/ Organização; Fundação João Pinheiro

Page 49: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

ÁGUA

A água é um insumo importantíssimo para a siderurgia, cujas usinas

preferencialmente devem localizar-se próximas a fontes de água (rios, represas),

com informações necessárias de histórico de vazões, batimetria, perenidade, etc. da

região.

A necessidade do uso da água está presente em todas as fases do processo de

produção de aço. Apresenta portanto, um consumo muito elevado, cerca de 5,0 a

10,0 m3 por tonelada de aço produzida.

Um caso típico de um projeto siderúrgico a ser instalado em Minas Gerais para a

produção de 5.000.000 de toneladas de aço por ano prevê um consumo de água de

25,6 m3/s. Projetando uma recirculação de 24,3m3/s, haverá, portanto, a

necessidade de uma captação diária de 1,3m3/s. Assim, um projeto siderúrgico atual

prevê um volume de 95% de recirculação de água.

O mapa a seguir mostra a hidrografia da região do Quadrilátero Ferrífero do Estado

de Minas Gerais. O fator água é uma das referências para que a solução de

alternativas de localização de implantação de usinas siderúrgicas seja em Minas

Gerais.

Page 50: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 8.1 – HIDROGRAFIA DA REGIÃO DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO

Fonte: CODEMIG

ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica é um dos insumos principais da siderurgia, compondo com o

minério de ferro e o carvão cerca de 70% dos custos industriais variáveis.

Em uma usina siderúrgica para a produção de 5.000.000 de toneladas de aço por

ano estima-se um consumo de cerca de 230 MW.

O elevado consumo de energia elétrica e os custos têm induzido as empresas

siderúrgicas a investir na produção própria por meio de geração termoelétrica com

instalação de turbinas no topo dos altos fornos, para aproveitamento dos gases

gerados; participação em projetos hidroelétricos; e utilização de coquerias do tipo

“non-recovery”

Page 51: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu 16.592.152 Mwh, sendo 9.400.931 Mwh

provenientes de suprimento externo e 7.697.519 Mwh de geração própria.

(Fonte IBS)

OUTRAS MATÉRIAS PRIMAS

Em 2008 a siderurgia brasileira apresentou o seguinte consumo de outras matérias

primas:

Tabela 8.8 - OUTRAS MATÉRIAS PRIMAS USADAS PELA SIDERURGIA

BRASILEIRA EM 2008

Insumo Unidade Consumo

Estanho t 3.483

Cal t 2.454

Fluorita t 34.238

Eletrodos t 23.343

Chumbo t 462

Alumínio t 54.756

GLP t 72.931

Gás Natural 1000 Nm3 1.228.524

Oxigênio 1000 Nm3 2.495.155

Carbureto de Silício t 12.766

Carbureto de Cálcio t 24.459

Fonte: IABr

Page 52: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
Page 53: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Refratários são materiais sólidos, policristalinos, normalmente inorgânicos e

polifásicos. São estáveis volumetricamente na temperatura de uso, capazes de

resistir a solicitações mecânicas, químicas e térmicas durante certo tempo. São

empregados para:

• Manter, armazenar e ceder calor;

• Conter fluidos;

• Resistir a solicitações mecânicas;

• Resistir a solicitações térmicas;

• Resistir a solicitações químicas;

• Suportar cargas sólidas e/ ou líquidas, elásticas ou dinâmicas

(www.grupomagnesita.com.br)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define material refratário

como sendo todos aqueles materiais, naturais ou manufaturados, não metálicos

(mas não excluindo aqueles que contenham um constituinte metálico) que podem

suportar, sem se deformar ou fundir, temperaturas elevadas em condições

específicas de emprego.

Os refratários são utilizados nas indústrias siderúrgicas, de cimento, de vidro,

petroquímica e outras onde são necessárias excelentes propriedades térmicas e

outras mais específicas como resistência à corrosão, abrasão e choque térmico.

Os refratários estão divididos quimicamente em 5 categorias distintas: silicosos,

sílico-alumínosos, aluminosos, básicos e especiais.

A seleção do refratário ideal para cada aplicação depende, entre outros fatores

da temperatura do processo, da agressividade química do meio, das ações

físicas, enfim de qual mecanismo físico-químico é mais predominante

(www.ibar.com.br). Uma determinada característica técnica do produto refratário

Page 54: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

é obtida pela mistura de dois ou mais minerais refratários.

Os refratários são fabricados em escala industrial a partir de matérias primas não

metálicas e são indispensáveis em inúmeros processos industriais. O

desenvolvimento da siderurgia e metalurgia, do vidro e do cimento, a

petroquímica exigiu da indústria cerâmica uma contínua melhoria de qualidade

dos produtos refratários.

São várias as matérias primas utilizadas, tanto as encontradas livremente na

natureza, quanto aquelas produzidas industrialmente. Entre outras, citam-se:

sílica, argilas refratárias, bauxito refratário, mulita, coríndon, alumina tabular,

cimento aluminoso, andalusita, ciamita e silimanita, carbeto de silício, zircão e

zircomita e magnésia (Magnesita). A magnesita é um mineral de carbonato de

magnésio (MgCO3) abundantemente encontrado em Brumado – Bahia.

As principais empresas, fabricantes de refratários e prestadoras de serviços

nesta área, que se encontram em Minas Gerais são:

EMPRESA – BEKA BRASIL - Produtos refratários Especiais Ltda.

Av. Beira Rio, 10.245

Distrito Industrial Simão Cunha

33040-260 - Santa Luzia – MG

A Beka Brasil foi fundada em 1973, sendo concebida para assegurar a mais alta

qualidade de seus produtos, melhorando resultados nos trabalhos de montagens

e manutenção de fornos industriais, com redução global de custos.

Page 55: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Principais produtos:

• Alumina globular

• Peças eletrofundidas

• Grãos refratários eletrofundidos

• Massas e concretos refratários

• Peças pré-moldadas refratárias

• Serviços de refratamento em geral

Fonte: www.bekabr.com.br

EMPRESA – CERÂMICA SAFFRAN S/A

Rua Quatro, 100

Distrito Industrial Paulo Camilo

32530-500 - Betim – MG

A cerâmica Saffran foi fundada em 1954 e com as outras empresas que compõem o

Grupo Saffran tem atingido e consolidado uma notável reputação como produtora de

refratários de alta qualidade para indústria, siderúrgicas, metalúrgicas, mineradoras,

petroquímicas, de alumínio primário, indústrias de cal e de cimento, etc.

A Saffran atende as necessidades dos usuários de maneira eficaz, por meio de:

especificação dos materiais refratários de acordo com os equipamentos e utilização;

projetos para revestimentos refratários; indicações de secagem e reaquecimento a

serem seguidas; simulação: cálculo de perfis térmicos.

Fonte: www.saffran.com.br

EMPRESA: MAGNESITA REFRATÁRIOS S.A

Praça Louis Ensch, 240

32210-902 - Contagem – MG

Page 56: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A Magnesita Refratários S.A é uma empresa privada, dedicada à mineração,

produção e comercialização de extensa linha de materiais refratários, com foco na

prestação de serviços de alto valor agregado para indústria siderúrgica e de cimento.

Opera 24 unidades industriais e de mineração, sendo dez no Brasil, três na França,

três na Alemanha, três nos Estados Unidos, três na China, uma em Taiwan e uma

na Argentina, com capacidade total de produção de refratários de 1.420 mil

toneladas/ ano.

Em setembro de 2008, a Magnesita anunciou a compra da empresa alemã, também

produtora de refratários, LWB. Com esta aquisição, a brasileira tornou-se a terceira

maior fabricante de refratários do mundo.

Fonte: www.grupomagnesita.com.br

EMPRESA REFRAMAX

Rua Alentejo, 1255 – São Francisco

31255-110 - Belo Horizonte – MG

A REFRAMAX, fundada em 1999, consolidou-se no mercado de aplicação de

revestimento refratário e isolamento térmico, destacando-se por meio de soluções

inovadoras e reconhecida competência no desempenho de suas atividades. A

REFRAMAX executa a reforma e a montagem de revestimento refratário e antiácido

em equipamentos novos e faz a manutenção e reforma dos equipamentos existentes

e, também a aplicação de isolamento térmico e acústico em diversos setores da

atividade industrial. Atua em diversos setores como: siderurgia, cimento, calcinação,

vidro, montagem, ferroliga, mineração, petroquímica, celulose, química, fertilizante,

cerâmica, engenharia e metalurgia.

Fonte: www.reframax.com.br

Page 57: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA – TOGNI S/A - MATERIAIS REFFRATÁRIOS

Rua Antônio Togni, 2439

37704-356 - Poços de Caldas -- MG

A TOGNI iniciou sua produção de refratários em 1954 e hoje é detentora de

avançada tecnologia, possuindo duas fábricas em Poços de Caldas, uma totalmente

integrada, onde gera os produtos finais e outra, beneficiadora de matérias primas.

Uma terceira unidade, em Sacramento, no Triângulo Mineiro, produz sínter

magnesiano, de magnésia-cromo e mulita sinterizada. Os produtos da Togni são

aplicados na siderurgia, fundição, fornos de ferro ligas, fornos para produção de

alumínio, chumbo, cobre, cal e cimento, papel e celulose, vidro, cerâmica, química e

petroquímica, usina de açúcar/ álcool/ alimentícios e mineração.

Fonte: www.togni.com.br

A tabela 9.1 apresenta a evolução da produção e importação brasileira de

refratários, de 2007 para 2008, observando um pequeno aumento do consumo.

Tabela 9.1 - PRODUÇÃO E IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE REFRATÁRIOS

2007 e 2008

Refratários Básicos Refratários Não Básicos

Capacidade

Instalada Produção Importação

Capacidade

Instalada Produção Importação

2007 250 219 10,7 450 300 50,2

2008 250 228 14,7 450 315 67,3

Fonte: Associación Latino Americana de fabricante de Refratários - ALAFAR

Page 58: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
Page 59: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

O Estado de Minas Gerais com sua vocação para o desenvolvimento dos setores,

entre outros, de mineração e siderurgia possui um importante e diferenciado parque

industrial com empresas de engenharia fornecedoras de tecnologia, serviços e

fabricantes de equipamentos.

O setor de bens de capital, acompanhando o setor de mineração e siderurgia,

também foi muito afetado pela crise econômica mundial do último trimestre de 2008.

Entretanto, o Estado deve intensificar o programa de políticas públicas para

fortalecer e ampliar as áreas de engenharia, consultoria e fabricação de

equipamentos do setor.

A seguir são apresentadas algumas destas empresas situadas no Estado para o

atendimento, principalmente ao setor siderúrgico.

EMPRESA – ABB Brasil

Estrada de Acesso a ABB, s/nº - Barreiro de Cima

32501-970 - Betim – MG

A ABB – com sede em Zurique, Suíça – é líder em tecnologias de potência e

automação que proporcionam aos seus clientes dos setores industriais e de

concessionárias a melhoria de sua performance enquanto reduzem seus impactos

ambientais.

Produtos e Serviços disponíveis para o Brasil:

Motores e Geradores – Produtos de Baixa Tensão – Reatores – Semicondutores –

Transformadores – Eletrônica de Potência – Instrumentação e Analítica – Produtos

de Média e Alta Tensão – Robótica – Sistemas de Controle.

Fonte: www.abb.com.br

Page 60: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA – ATA INDÚSTRIA MECÂNICA

Avenida Pinheiros, 790 – Limoeiro

35181-402 - Timóteo – MG

O grupo ATA atua na produção de caldeiraria, estruturas metálicas e silagem que

atendem indústrias nos setores de siderurgia, mineração, hidromecânica, geração

de energia, petroquímica, celulose e construções metálicas.

Fonte: www.ata.ind.br

EMPRESA – ATAN

Avenida Afonso Pena, 4001 – 9º andar

30130-008 - Belo Horizonte – MG

A ATAN desenvolve aplicações para o ambiente industrial desde o chão de fábrica

até a interface com o ERP. Já implantou mais de 600 sistemas de automação no

Brasil e no exterior para vários segmentos industriais, tais como: mineração &

metais, cimento & cal, óleo & gás, petroquímica, fertilizantes, papel & celulose,

alimentos & bebidas, automotiva e manufatura geral.

Na área de siderurgia atual, em projetos como: Sistema de supervisão e controle de

fornos de recozimento, supervisão e controle da rede geral de gás de altos-fornos,

sistema de automação de planta de injeção de finos em altos-fornos, sistema de

automação de forno-panela, sistema de modernização de lingotamento contínuo,

entre outros.

Fonte: www.atan.com.br

EMPRESA: CALDEMIG

Rodovia MG 030 - Km 1 - Joaquim Murtinho

36415-000 - Congonhas – MG

Page 61: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A CALDEMIG é uma empresa de caldeiraria mecânica produtora de estruturas

metálicas e equipamentos industriais, atendendo aos setores de siderurgia,

metalurgia, mineração e etc.

Fornece produtos diversos sob encomenda e com tecnologia própria como:

• Caldeiraria, tubulações, silos, tanques e estruturas metálicas

• Vagões ferroviários – fabricação e manutenção

• Pontes e viadutos metálicos

• Montagem de equipamentos

Fonte: www.caldemig.com.br

EMPRESA – COBRAPI - Cia. Brasileira de Projetos Industriais

Avenida do Contorno, 9155 – 9º andar – Bairro Prado

30110-130 - Belo Horizonte – MG

A COBRAPI, empresa com mais de 40 anos de experiência na área de Engenharia,

está capacitada a oferecer prestação de Serviços Técnicos Especializados em

Engenharia Consultiva e de Projetos, Gerenciamento de Implantação de

Empreendimentos, Engenharia de Suprimentos e Assistência Técnica.

Setores de Atuação:

• Mineração – Metalurgia – Siderurgia – Petróleo e Gás – Celulose –

Petroquímica / Química – Infraestrutura – Bens de Capital.

Fonte: www.cobrapi.com.br

EMPRESA – COMEC - Construções Metálicas e Civil Ltda.

Rua Pará de Minas, Quadra 102 – Bairro Jardim Teresópolis

32663-270 - Betim – MG

Page 62: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A COMEC atua nas áreas de mineração, siderurgia, mecânica e componentes

automotivos, além dos tradicionais serviços de manutenção e instalações industriais.

Alguns dos produtos fornecidos para a siderurgia são: fabricação de abóboda

refrigerada para forno panela, chute refrigerado de LD, fabricação e reformas de

trocadores de calor e serpentinas, trocador de calor, fabricação de sobressalentes

diversos para as áreas de aciaria, alto-forno, laminações, linhas de estanhamento,

etc.

Fonte: www.comec.com.br

EMPRESA – CONVERTEAN BRASIL

Avenida Álvares Cabral, 1345 – 8º andar

30170-001 - Belo Horizonte – MG

A CONVERTEAN é uma empresa que disponibiliza soluções para conversão de

energia por meio de aplicação de tecnologias em controles, motores e geradores.

Áreas de atuação: Indústria Naval – óleo e gás – Siderurgia – Geração de energia.

Produtos: Conversores eletrônicos de freqüência para variação de velocidade de

motores elétricos, controladores programáveis, motores trifásicos de 100 CV e

transformadores trifásicos secos de 500 kVA a 10.000 kVA. Atualmente fabrica

painéis de baixa e média voltagem e desenvolve soluções integradas de engenharia

para suprimento energético.

Fonte: www.convertean.com

EMPRESA – DELP ENGENHARIA MECÃNICA

Rua Haeckel Ben Hur, 1333 – Cinco

Contagem – MG

Atua no desenvolvimento e implementação de projetos desde a engenharia básica e

Page 63: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

detalhamento até a fabricação e entrega dos equipamentos. Hoje o foco de atuação

concentra-se nos mercados de PETROQUIMICA, ENERGIA ELÉTRICA e

INDÚSTRIA, abrangendo os setores de metalurgia, siderurgia e mineração.

A DELP SERVIÇOS Industriais possui, em Vespasiano – MG, uma das mais

modernas fábricas de bens de capital da América Latina. Utilizando Know-how

Demag AG, empresa alemã com mais 170 anos de experiência na fabricação de

máquinas e equipamentos industriais, a fábrica no Brasil, desde 1977, fabrica uma

variada gama de produtos, como: alto-fornos, convertedores, fornos elétricos a arco,

fornos panela, instalações de lingotamento contínuo, instalações de laminação,

equipamentos antipoluição e de transporte siderúrgico e instalações para a

fabricação de tubos de aço.

Fonte: www.delp.com.br

EMPRESA – ELBA (Grupo EES)

Rua Lecy Gomes Barbosa, 110

30664-004 - Belo Horizonte – MG

O Grupo EES tem por objetivo dar suporte e implementar soluções em toda a cadeia

logística de suprimentos e produção de clientes, possibilitando a otimização da

competitividade. Conta com as unidades:

Elba – Equipamentos e Serviços

EES – Logística e Transportes

Atua principalmente nos setores de siderurgia, metalurgia e gases industriais.

Fonte: www.elba.com.br

Page 64: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA – ELEB Eletromecânica Benfica S.A.

Rua Leôncio de Paula Almeida, 768

36420-000 - Ouro Branco – MG

A ELEB atua na prestação de serviços nas áreas de elétrica e de mecânica para

atendimento aos setores de siderurgia, mineração e indústrias de transformação em

geral.

Disponibiliza atendimento de caldeiraria, usinagem, fabricação e montagem de

estruturas metálicas.

Fonte: www.eleb.com.br

EMPRESA – EMALTO (Estruturas Metálicas Alexandre Torquetti)

Avenida Emalto, 780 – Núcleo Industrial

35180-001 - Timóteo – MG

A EMALTO atualmente chama-se EMALTO INDÚSTRIA MECÂNICA e atua nos

setores de siderurgia, mineração, hidromecânica e diversos outros segmentos

industriais. Sua base de atividades é a fabricação de peças, novas e de reposição

para os setores que atua, utilizando suas unidades de caldeiraria média/leve e

caldeiraria usinagem pesada.

Fonte: www.emalto.com.br

EMPRESA – EMAP MONTAGENS LTDA.

Rua Caraça, 57 – Serra

30220-260 - Belo Horizonte – MG

Page 65: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Alameda das Violetas, 40

Bairro Quinta da Jangada

32400-000 - Ibirité – MG

A empresa iniciou suas atividades em 2000, especializando-se em oferecer serviços

de alta qualidade na área de montagens industriais: estruturas metálicas, montagens

mecânicas e montagens de tubulações.

Áreas de atuação:

• Siderurgia – Mineração – Construção Civil – Papel e Celulose – Indústria de

Transformação.

Produtos e Serviços:

• Montagens e Estrutura Metálica – Montagem Eletromecânica – Montagem,

Cobertura e Tapamentos – Recuperação de Estruturas – Desmontagem de

Equipamentos e Descomissionamento – Revestimento Antiaderente em

Polímero – Montagem de Tubulação Industrial.

Fonte: www.emapmontagens.com.br

EMPRESA – EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA

Avenida Barão Homem de Melo, 4.324 – Estoril

30450-250 - Belo Horizonte – MG

Desde 1972 a EPC oferece ao mercado o que existe de mais avançado e eficaz em

engenharia consultoria, projetos, gestão de suprimentos e gerenciamento de

empreendimentos para empresas de grande porte nos seguintes setores da

economia: Mineração - siderurgia – óleo e gás – petroquímico – infraestrutura básica

(transporte e saneamento) – energia – papel e celulose.

Page 66: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Áreas de Negócio:

• Projetos – conceituais, básicos e detalhados.

• Suprimentos – fornecimento de materiais, equipamentos e orçamentação.

• Gerenciamento – supervisão e fiscalização de implantação de

empreendimento

• Turn Key – Instalação, equipamentos e materiais, obras civis e montagem.

Fonte: www.epd.com.br

EMPRESA: GRUPO CLB

Rua dos Aeroviários, 257 _ Aeroporto

31270-330 - Belo Horizonte – MG

Soluções em Engenharia, Fabricação e Gerenciamento de Implantação

Empresas do Grupo CLB:

• CLB Engenharia & Consultoria

- Prestação de serviços de engenharia siderúrgica e ferroliga;

- Consultoria tecnológica em diversas áreas

• CLB Indústria & Engenharia

- Prestação de serviços de engenharia industrial, siderurgia e ferroliga;

- Fabricação de equipamentos industriais

• CLB Elétrica & Automação

- Prestação de serviços de engenharia elétrica e automação na área industrial;

- Consultoria tecnológica nas áreas de elétrica e automação

Fonte: www.grupoclb.com.br

Page 67: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA: GRUPO COMBUSTOL & METALPÓ

Avenida Sócrates Mariani Bittencourt, 1300 - Bairro Cinco

32010-010 - Contagem – MG

A COMBUSTOL está hoje entre um dos maiores fabricantes de fornos industriais do

país, além de fabricar refratários, produtos de metalurgia do pó e oferecer ao

mercado nacional uma linha completa de serviços na área de tratamentos

termoquímicos.

Atende os setores de:

- Siderurgia: grandes fornos de reaquecimento, linhas contínuas de recozimento,

galvanização e estanhamento e fornos especiais para laboratório;

- Metalurgia: projeto, fabricação, montagem e comissionamento de uma variada

gama de fornos e linhas contínuas para atender aos mais diversos setores

industriais como fabricantes de autopeças, componentes de alumínio, agrícolas,

cerâmicos, indústria aeronáutica e mineradoras.

- Petroquímica: fornos aquecedores e de processo para a indústria petroquímica em

geral.

Fonte: www.combustol.com.br

EMPRESA: GRUPO LINDE

AGA Gases Industriais

Rua José Maria de Lacerda, 1230 – Cidade Industrial

Contagem – MG

(e outras unidades no Estado de Minas Gerais)

O GRUPO atende a soluções em gases em quase todas as indústrias: no

processamento de metais e indústria metalúrgica, mineração, química e energia, no

processamento de alimentos e na proteção ambiental, na produção de construção e

Page 68: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

processamento de plásticos ou ainda medicina e pesquisa.

Fonte: www.aga.com.br

EMPRESA – GRUPO TENOVA

Rua Carangola, 333 – Santo Antônio

30330-240 - Belo Horizonte – MG

O Grupo TENOVA desenvolve tecnologias avançadas para as indústrias de

mineração e de metalurgia.

Sua linha de produtos compreende fornos industriais para produção de metais não

ferrosos, plantas e redução direta do ferro, equipamentos para aciaria, linhas de

laminação a quente e a frio, tratamentos térmicos e galvanização; e, equipamentos

de mineração.

Fonte: www.tecnovagroup.com

EMPRESA – HORÁCIO ALBERTINI COMÉRCIO E INDÚSTRIA MECÃNICA LTDA.

Rodovia MG 10 - km 19,5 – Bairro Santa Clara

33200-000 - Vespasiano – MG

A HASA – Horácio Albertini Comércio e Indústria Mecânica Ltda. é uma empresa

100% nacional, focada em projeto e fabricação de equipamentos, peças e serviços

de manutenção para os setores siderúrgicos, minerador, metalúrgico, cimenteiro,

portuário, petroquímico e energético. Também presta serviços de usinagem em

peças de pequeno, médio e grande porte.

Fonte: www.hasa.com.br

Page 69: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA: INUSA INDUSTRIAIS UNIDAS LTDA

Rua Osório de Almeida, 1004 - Poço Rico

36020-020 - Juiz de Fora – MG

A INUSA é uma empresa de projetos, fabricação e montagem de estruturas

metálicas e caldeiraria. Produz estruturas leves, médias e pesadas em aço e

alumínio.

Está capacitada a fornecer seus serviços para o setor de siderurgia, construção civil,

etc., com produtos como:

- estruturas para edifícios de andares múltiplos industriais;

- torres de transmissão e telefonia;

- silos, tanques e reservatórios;

- pontes rodoviárias e ferroviárias;

- equipamentos (pontes rolantes, pórticos,etc.) ;

- montagens eletromecânicas;

- construção civil comercial

Fonte: www.inusa.com.br

EMPRESA – ISOBRASIL

Rua Domingos Monteiro, 333 – Jardim Industrial

32215-380 - Contagem – MG

A ISOBRASIL é uma referência na área de tecnologia e engenharia de isolamentos,

com sua capacidade técnica e estrutura de prestação de serviços.

Atua nas diversas áreas industriais, oferecendo soluções completas em: Isolamento

Térmico, Tratamento Acústico, Revestimento Refratário (fornos, dutos, caldeiras,

reatores e outros), Proteção Passiva Contra Fogo, Proteção Anti-Corrosiva,

Sistemas de Monitoramento de Máquinas/Vibração.

Fonte: www.isobrasil.com.br

Page 70: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA: ISOMONTE S.A

Rua Cristiano França Teixeira Guimarães, 265 – Cinco

32010-130 - Contagem – MG

A ISOMONTE é uma empresa especializada na fabricação e montagem de

equipamentos industriais como guindastes móveis sobre trilhos, máquinas para

transporte e manuseio de minérios e equipamentos portuários.

Atende os setores de mineração, siderurgia, cimentos, químico e petroquímica, etc.

Fonte: www.isomonte.com.br

EMPRESA – KUTTNER DO BRASIL

Rua Santiago Ballesteros, 610 – Cinco

Contagem – MG

O grupo KÜTTNER se desenvolveu a partir de uma empresa de Engenharia,

fundada em Essen na Alemanha em 1949, sendo hoje um grupo empresarial

internacional, dedicado à engenharia e construção de instalações industriais. No

Brasil foi fundada em 1974, desenvolvendo atividades de Engenharia, Projeto e

Fabricação.

São fornecidas instalações em regime de “turn key”, relativas a processos

industriais, manuseio de materiais, assim como, tecnologia de fusão para as

indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e fundição.

A gama de atividades compreende o desenvolvimento de novas tecnologias, a

Engenharia, o Projeto, o Fornecimento, a Montagem e a Colocação em

funcionamento de instalações completas, incluindo, equipamentos mecânicos e

elétricos, comandos com sistemas de controle via PLC e supervisão de processo.

Áreas de atuação:

• Siderurgia: Projetos nas áreas de coqueria e sinterização, altos-fornos,

Page 71: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

instalações para reciclar restos de materiais de fundição, aço e moinho

rotativo é tradicionalmente o campo de maior atuação da KUTTNER.

• Não ferrosos: Instalações para composição de cargas, secagem e

carregamento de cavacos, pacotes, placas de catodos, etc.

• Fundição: Planejamento, coordenação e fornecimento de sistemas de fusão

(cubilô), preparação de carga para fornos a inclusão, sistema completo de

preparação de área verde para moldagem, sistema de desmoldagem e

resfriamento de peças fundidas.

Fonte: www.kuttner.com.br

EMPRESA: MAYER WERKE Engenharia e Equipamentos Industriais Ltda.

Via Gastão Camargos, 1300 - Cincão

Contagem – MG

A MAYER WERKE é uma empresa prestadora de serviços de engenharia,

especializada em projetos mecânicos, caldeiraria, soldas, usinagem, fabricação

mecânica e montagem industrial.

Sua área de atuação abrange indústrias dos setores de siderurgia e metalurgia,

mineração, químico e petroquímico, papel e celulose, cimento e refratários.

Fonte: www.mayerwerke.com.br

EMPRESA: MECÂNICA INDUSTRIAL NUNES LTDA

Rua Antônio João Vieira, 391 – Distrito Industrial

36420-000 - Contagem – MG

Page 72: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A MECÂNICA INDUSTRIAL NUNES, fundada em 1994 é uma empresa

especializada em mecânica industrial pesada e de precisão. Atende aos segmentos

siderúrgicos, mineração, cimenteiro e têxtil, produzindo uma gama de equipamentos

industriais. Desenvolve como prestadora de serviços um trabalho conjunto com

parceiros em contratos longos ou temporários.

Fonte: www.mecanicanunes.com.br

EMPRESA – MILPLAN

Rua Senhora de Lourdes, nº 115

Bairro Olhos D’Água Norte

30390-530 - Belo Horizonte – MG

A MILPLAN é uma empresa voltada para a execução de montagens e manutenções

industriais, atuando isoladamente, ou por meio de parcerias, associações e

consórcios com empresas nacionais e estrangeiras, executando obras sob regime

de empreitada, sistema turn key ou administração.

Mantém posição de destaque nos seguintes setores:

Siderurgia – Mineração – Cimento – Papel e Celulose, Petróleo, Química e Gás.

Fonte: www.milplan.com.br

EMPRESA – MINITEC Minitecnologias Ltda.

Rua Bananal, nº 405 – 4º andar

Bairro Santo Antônio

35500-036 - Divinópolis – MG

A MINITEC conta com vasta experiência na elaboração de engenharia e projetos de

equipamentos siderúrgicos, tais como Mini Altos-Fornos, Mini Sinterizações e

Unidades EOF de Produção de Aço, bem como de Mini Usinas Siderúrgicas

Page 73: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Integradas. Também reúne larga experiência na metalurgia de não ferrosos.

É responsável pelo desenvolvimento de uma nova tecnologia para a aglomeração de

materiais com granulometria reduzida, a Mini Sinterização Tipo Carrossel, a qual já é

nacionalmente reconhecida e atende as demandas de empresas de ferrosos e não

ferrosos do Brasil.

Fonte: www.minitecnologias.com.br

EMPRESA – MIP Engenharia S/A

Rod. Anel Rodoviário – BR 040 – km 3,8

Palmeiras

31950-640 - Belo Horizonte – MG

A MIP Engenharia é uma empresa especializada em execução de obras industriais e

na gestão de empreendimentos.

Atualmente, a MIP Engenharia atua na gestão de empreendimentos, de projetos

Turn Key e EPC – Engineering, Procurement and Construction, prestando serviços

de montagem e manutenção em plataformas de petróleo, além de atender a

diversos segmentos de negócios, tais como: papel e celulose, mineração, siderurgia,

metalurgia, petróleo, cimento e energia.

Fonte: www.mip.com.br

EMPRESA – ORTENG Equipamentos e Sistemas

Via Expressa de Contagem, 3850 – Cincão

32370-485 - Contagem – MG

A ORTENG – Soluções em Sistemas de Energia e Automação – vem consolidando-

se como um dos maiores fornecedores nacionais de sistemas, equipamentos

eletromecânicos e elétricos.

Page 74: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Áreas de atuação:

• Transporte – Telecomunicações – Siderurgia – Prospecção – Infraestrutura –

Energia.

Fonte: www.orteng.com.br

EMPRESA: OUTOTEC TECNOLOGY BRASIL

Avenida Afonso Pena, 3111 - Cj. 1004/1011

30130-008 - Belo Horizonte – MG

OUTOTEC é o novo nome da OUTOKUMP TECNOLOGY. Atua nos segmentos:

• Soluções para processamento de minérios: moinho, flotação, espessamento,

automação, analisadores, sinterização, pelotização e calcinação.

• Tecnologias para cobre, níquel, zinco: fundição, lixiviação, extração por

solventes, eletro-obtenção e refinaria eletrolítica.

• Tecnologias e plantas metalúrgicas para o processamento de ferro, alumina,

alumínio, ilmenita e rutilo sintético.

Fonte: www.outotec.com

EMPRESA – PAUL WURTH DO BRASIL

Rua Andaluzita, 110 – 12º andar

30310-030 - Belo Horizonte – MG

Fundada em 1870, em Luxemburgo, a Paul Wurth atua desde 1977, em Belo

Horizonte – MG, no setor de siderurgia e, recentemente, no setor de não ferrosos e

soluções ambientais, fornecendo serviços de engenharia e equipamentos industriais,

sempre com elevado nível de tecnologia e qualidade.

Page 75: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tecnologia/Produtos:

• Altos Fornos: construção e reformas, sistema de carregamento Topo sem

cone, área de corrida, sistema de refrigeração (“staves”), sistemas de limpeza

de gás a seco e a úmido, sistema de injeção de finos, granulação e

desaguamento de escória INBA, sondas e válvulas.

• Aciaria: aciaria a oxigênio – LD, aciaria elétrica, metalurgia secundária,

lingotamento contínuo.

• Não ferrosos e ferroligas: sistema de injeção, sistemas de solidificação e

desaguamento, equipamentos especiais de vazamento.

• Meio Ambiente: Processo PRIMUS para reciclagem de subprodutos.

Fonte: www.paulwurth.com.br

EMPRESA – PLANAR ENGENHARIA

Avenida do Contorno, 6664 - 11º andar – Funcionários

30110-044 - Belo Horizonte – MG

A PLANAR Engenharia atua no setor de construção civil na implantação e expansão

de unidades industriais, com destaque para os segmentos: siderurgia, metalurgia,

mineração, fertilizantes, alimentos, cimento, indústria de transformação, papel

celulose, química e petroquímica.

Page 76: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

EMPRESA – PRAXIS Informática e Sistemas Ltda.

Rua da Bahia, 905 – Centro

30160-011 - Belo Horizonte – MG

A PRAXIS Informática e Sistemas Ltda. atua nas mais diversas áreas industriais

oferecendo soluções para os setores de informática e telecomunicações –

especificamente softwares e internet.

EMPRESA – RMG ENGENHARIA

Avenida Álvares Cabral, 593 – 6º andar – Centro

30170-455 - Belo Horizonte – MG

A RMG Engenharia é uma empresa brasileira com padrões de qualidade

internacionais, pioneira em técnicas e projetos de obra de arte viária em estrutura

metálica. Atua nos setores de Infraestrutura, Plantas Industriais, notadamente na

área de Siderurgia e Serviços Públicos Urbanos. Participa ainda de

empreendimentos como parceira de grandes empresas.

Alguns dos serviços realizados são: desenvolvimento de projeto e consultoria em

obras de estrutura metálica como edifícios industriais, edifícios comerciais, portos

marítimos e pluviais e estruturas especiais.

Fonte: www.rmg.com.br

EMPRESA: SMS DEMAG

Rua Fernandes Tourinho, 152 - Funcionários

Belo Horizonte – MG

Page 77: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A SMS DEMAG é uma empresa de reconhecimento mundial como detentora de

tecnologia e fornecimento de equipamentos para a indústria metalúrgica e

siderúrgica.

Tradicionalmente trabalha, com mais de 100 anos de experiência, em soluções na

área fornos a arco submerso para a industria de ferro ligas e metais não ferrosos.

É um líder global no atendimento a plantas de engenharia na industria de produção

de aço, alumínio e cobre, além de ferro ligas, com equipamentos nas áreas de

aciaria, lingotamento continuo, tecnologia de laminação de planos e manufatura de

tubos, assim como equipamentos para área de laminação a frio.

Fonte: Catálago: SMS DEMAG

EMPRESA – TECNOMETAL Engenharia

Avenida das Nações, 3801 – Distrito Industrial

33200-000 - Vespasiano – MG

A TECNOMETAL Engenharia e Construções Mecânicas Ltda. possui modernos

recursos de usinagem e caldeiraria para a fabricação de equipamentos de grande

porte para atender aos setores de mineração e siderurgia, principalmente.

Para a mineração destacam-se as soluções de engenharia para a movimentação de

granéis sólidos tais como transportadores de correia, alimentadores e amostradores.

E para plantas de pelotização, tecnologia para fornecimento de discos e peneiras de

rolos. Na área de siderurgia, fabricam convertedores, panelas, pontes rolantes,

tenazes, partes e componentes de lingotamento contínuo além de sistemas

completos de adição de ligas para fornos em geral.

Fonte: www.tecnometal.com.br

EMPRESA – TSA – TECNOLOGIA DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO

A TSA é uma empresa que trabalha com soluções inovadoras procurando os

Page 78: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

melhores resultados na sua área de operação. Atua na área de mineração e

metalurgia, eletricidade, petróleo e gás, cimento, papel e celulose, tendo como

clientes: Belgo ArcelorMittal, Usiminas, Acesita, VALE, Petrobrás, Samarco, Cemig,

etc.

Fonte: www.tsamg.com.br

EMPRESA – USIMINAS MECÂNICA – Empresa do Sistema Usiminas

Rua 01, 2.000 – Bairro Usiminas

35160-900 - Ipatinga – MG

A USIMINAS MECÂNICA foi fundada pela USIMINAS em 1970, com o objetivo de

promover a utilização do aço na construção civil e mecânica do Brasil.

Com uma estrutura organizada em seis Unidades de Negócio, tem como meta

atender ao mercado com maior eficiência, prontidão e qualidade. As unidades de

negócio são: Equipamentos Industriais, Estruturas Metálicas, Blankes e

Estampagens, Perfis Metálicos, Montagens Industriais, Pontes e Viadutos Metálicos.

A USIMINAS MECÂNICA pode participar de fornecimentos de instalações completas

fabricando equipamentos e estruturas metálicas para os mais diversos segmentos.

Entre os setores do mercado que atende estão: Siderurgia, Metalurgia, Mineração,

Papel e Celulose, Hidroeletricidade, Petróleo, Petroquímica, Recuperação de Peças,

Recondicionamento de Rolos e Cilindros para a Mecânica Pesada, Blanks sob

encomenda para a Indústria em geral, Perfis Metálicos, Vagões Ferroviários, além

de executar montagens industriais e eletromecânicas.

Fonte: www.usiminasmecanica.com.br

EMPRESA: UNITECH AUTOMAÇÃO

Rua Guajajaras, 1707 – Barro Preto

30180-101 - Belo Horizonte – MG

Page 79: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A UNITECH Engenharia de Automação Ltda. é uma empresa de prestação de

serviços de engenharia de automação industrial e comercial. Suas atividades

compreendem desde o desenvolvimento, comercialização e implantação de

programas aplicativos, até o fornecimento de soluções integradas, incluindo

equipamentos e instalações.

Atua nos segmentos de siderurgia, metalurgia, cimento, cal, ferroviário,

petroquímico, saneamento, energia, alimentos, etc.

Fonte: www.weasistemas.com.br

EMPRESA: VIGA CALDEIRARIA LTDA

Avenida Gaggiato, s/nº – Distrito Industrial

Santana do Paraíso – MG

A VIGA CALDEIRARIA iniciou suas atividades em 1977, fabricando estruturas no

Vale do Aço, expandindo suas atividades para outros mercados.

Atualmente, além de estruturas, produz equipamentos para despoeiramento,

serviços de caldeiraria em geral, estrutura naval e serviços industriais como

tratamento anti-corrosivo industrial, projetos industriais de galpões e pontes

rodoviárias, etc.

Fonte: www.vigacaldeiraria.xom.br

EMPRESA – VOEST-ALPINE INDUSTRIAL SERVICES LTDA.

Rua Mato Grosso, 960 - 7º andar – Santo Agostinho

30190-081 - Belo Horizonte – MG

É uma empresa do Grupo Siemens, fornecedora global de soluções, sistemas,

produtos, automação e controle e serviços para os segmentos de mineração e

metalurgia. Fabrica equipamentos e atua no desenvolvimento de projetos

Page 80: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

siderúrgicos e metalúrgicos.

EMPRESA: WHITE MARTINS PRAXAIR

Unidade Belo Horizonte

Rua Cristiano FT Guimarães, 50 – Cinco

32010-130 - Contagem – MG

(e várias outras unidades no Estado de Minas Gerais)

A WHITE MARTINS é uma das maiores empresas em soluções de gases. Tem

como produtos toda a linha de gases industriais, especiais e medicinais.

Os serviços e equipamentos contemplam demandas ambientais, gerenciamento na

planta do cliente, tarefas de solda e corte e ofertas para segmento de gás natural,

entre outros.

Entre os mercados atendidos estão as áreas de metalurgia / siderurgia, metal

mecânica, etc.

Fonte: www.praxair.com.br

Page 81: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
Page 82: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Um empreendimento siderúrgico caracteriza-se por uma movimentação muito

grande de massas, necessitando assim de uma infraestrutura logística muito

avançada para o transporte dos principais insumos de abastecimento e escoamento

de seus produtos.

Considerando-se algumas características químicas e físicas das matérias primas e a

tecnologia de processo adotada na produção de ferro-gusa ou aço pode-se citar,

para efeito indicativo do volume de movimentação de materiais:

1. Para a produção de 1t de ferro-gusa:

1,5 a 1,8 t de minério de ferro ou sínter, 600kg de carvão vegetal ou 450kg de

coque e 100 a 300 kg de calcário;

100 a 200 kg de finos de carvão para injeção.

São gerados de 150 a 300 kg de escória.

2. Para a produção de 1t de aço:

1000 kg de ferro-gusa;

150 a 150 kg de sucata;

coque e ferroligas

Gera: escória e lama

3. Para a produção de 1t de coque consome-se 1300 kg de carvão mineral

A Tabela 11.1 apresenta algumas características básicas de um projeto siderúrgico,

levando-se em conta o processo de redução de minério de ferro e os volumes de

insumos e produtos a serem transportados.

Page 83: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tabela 11.1 - ALGUMAS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA UM

PROJETO SIDERÚRGICO USINA A CARVÃO VEGETAL

USINA A CARVÃO MINERAL

1.000.000 t / ano

5.000.000 t / ano

10.000.000 t / ano

Minério de Ferro

1,7 5,0 10,0

Pelotas - 1,6 3,2 Sucata e/ou gusa sólido

0,1 - -

Calcário 0,1 0,8 1,6 Outros Materiais

0,2 1,15 2,3

Carvão Mineral

- 2,7 5,4

Carvão Vegetal

0,5 - -

Produtos Acabados

1,0 5,0 10,0

INSUMOS TRANSPORTADOS

Material Gerado

0,4 0,6 1,2

VOLUME TOTAL

TRANSPORTADO

Mt / ano 4,0 16,85 33,7

Page 84: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

O mapa a seguir mostra a relevância do transporte para a siderurgia da região

sudeste do Brasil nos seus diversos modais, otimizando a movimentação de grande

volume de matérias primas e escoamento dos produtos siderúrgicos.

Figura 11.1 – INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Page 85: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Modais para o Transporte de Matérias Primas e Produtos da Siderurgia Brasileira na Região Sudeste

A siderurgia brasileira movimentando grandes volumes de carga utiliza diversos

tipos de modais de transporte compatíveis com as características específicas dos

produtos. Dois tipos de carga devem ser considerados:

Matérias primas: minério de ferro, pelota, carvão, coque, fundentes (cal, calcário,

dolomita e outros), ferro-gusa e sucata; com origem nas usinas produtoras até as

unidades de aplicação.

Produtos siderúrgicos: ferro-gusa, semi-acabados de aço, produtos planos e

produtos não planos; com origem nas usinas produtoras até as unidades de

aplicação.

A figura 11.2, a seguir, apresenta a consolidação da movimentação de produtos e

matérias primas da siderurgia brasileira em 2004, e projetados para 2010, conforme

trabalho apresentado pela ANUT em dezembro de 2005.

Page 86: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 11.2 – MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS E MATÉRIAS PRIMAS DA

SIDERURGIA BRASILEIRA

Fonte: ANUT Modais utilizados pela Siderurgia Brasileira na Região Sudeste

SISTEMA FERROVIÁRIO Os dois principais eixos de transporte ferroviário para insumos e produtos

siderúrgicos na Região Sudeste são os sistemas da EFVM e FCA, pertencentes à

VALE e a malha da MRS Logística, controlada por VALE, CSN, Usiminas e Gerdau

Açominas.

Page 87: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

As características básicas desses sistemas são:

� EFVM – A estrada de Ferro Vitória-Minas EFVM conta com 905 km de

extensão de linha, sendo 594 quilômetros em linha dupla, correspondendo a

3,1% da malha ferroviária brasileira. Dispõe de 15.376 vagões e 207

locomotivas e transporta atualmente, cerca de 110 milhões de toneladas por

ano, das quais 80% são minério de ferro e 20% correspondem a mais de 60

diferentes tipos de produtos, tais como aço, carvão, calcário, granito,

contêineres, ferro-gusa, produtos agrícolas, madeira, celulose, veículos e

cargas diversas. A ferrovia atende cerca de 300 clientes empresariais.

Possui pontos de conexão com outras ferrovias, como: MRS (Ouro Branco/ MG);

FCA (Pedro Nolasco/ ES, Engenheiro Lafaiete Bandeira/ MG, Capitão Eduardo/ MG

e Pedreira do Rio das Velhas/ MG). E ponto de conexão com o porto de Tubarão/

ES.

� FCA – A ferrovia Centro-Atlântica é detentora da maior malha ferroviária do

país com 8.093 Km de extensão (97,4% bitola1 e 2,6 % bitola mista 1/1,6)

conexão entre as regiões Nordeste e Sudeste do país, atravessando mais de

250 municípios em oito estados brasileiros (MG, GO, DF, BA, SE, ES, RJ e

SP).

A ferrovia conta com uma frota de 404 locomotivas e 10.498 vagões e tem como

principais mercadorias transportadas o açúcar, adubos e fertilizantes, derivados de

petróleo e álcool, produtos siderúrgicos, soja e farelo de soja, fosfato, ferro-gusa,

contêineres e carga geral, representando um volume superior a 14 milhões de

toneladas ano. A FCA faz a integração dos portos de Vitória (TVV, Paul, CODESA),

Santos, Angra dos Reis, Aratu, Salvador e Aracajú. Conecta-se às ferrovias EFVM

(Pedro Nolasco / ES, Capitão Eduardo/ MG, Engenheiro Lafaiete Bandeira / MG e

Pedreira Rio das Velhas / MG); MRS (Bárbara / RJ, Barão de Angra/ RJ, Barreiro /

MG, Miguel Burnier / MG); CFN (Própria/ SE); e FERROBAN (Boa Vista Nova/ SP),

funcionando como um grande corredor de importação exportação do país.

Page 88: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Em parceria da VALE e o Governo do Espírito Santo, a FCA fará a ligação dos

municípios de Colatina e Cachoeira do Itapimirim, numa extensão de 165 km e

viabilizando a construção de um novo complexo industrial/ portuário na Ponta do

Ubu (Anchieta).

O acordo comercial assinado em 2008 entre a FCA e a LLX Açu Operações

Portuárias S/A – para criação de um novo corredor ferroviário ligando a Região

Metropolitana de Belo Horizonte ao Porto de Açu, no município de São João da

Barra/ RJ – prevê o escoamento de 29 milhões de toneladas de insumos e

commodities, sobretudo minério de ferro, após cinco anos do início das operações.

O “projeto” do Novo Corredor de Importação e Exportação terá uma extensão de 600

km e aproveitará a antiga Linha Centro, escoando a produção de minério de ferro do

Sistema Minas Rio (Anglo Ferrous).

� MRS - A MRS Logística opera e monitora a antiga Malha Sudeste da Rede

Ferroviária Federal. A empresa atua no mercado de transporte ferroviário

desde 1996, quando foi constituída, interligando os estados do Rio de

Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. São 1674 km de malha (97,5 % bitola 1,6

e 2,5% bitola mista 1/1,6), facilitando o processo de transporte e distribuição

de cargas numa região que concentra aproximadamente 65% do produto

interno bruto do Brasil e estão instalados os maiores complexos industriais do

país. Pela malha da MRS também é possível alcançar os portos de Sepetiba

e de Santos (o mais importante da America Latina). O foco das atividades da

MRS está no “heavy haul” (minério) e, subordinadamente, no transporte de

cargas gerais, como produtos siderúrgicos acabados, cimento, bauxita,

produtos agrícolas, coque verde e containeres. A companhia tem obtido um

desempenho operacional e financeiro crescentemente positivo, projetando

alcançar cerca de 200 milhões de toneladas em 2011, em função do aumento

de cargas, especialmente insumos e produtos siderúrgicos. A MRS é

controlada por VALE, CSN, Usiminas e Gerdau Açominas.

Page 89: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

A MRS conecta-se a outras ferrovias: FCA (Barão de Angra / RJ, Bárbara / RJ,

Três Rios / RJ, Engenheiro Lafaiete Bandeira / MG, Miguel Burnier / MG,

Barreiro/ MG); EFVM (Ouro Branco/ MG); FERROBAN (Jundiaí / SP, Lapa / SP,

Perequê / SP).

E faz a conexão com os portos: Rio de Janeiro / RJ, Sepetiba / RJ e Santos / SP.

Para 2010, a ANUT estima que a ocupação das ferrovias da Região Sudeste

com o transporte de cargas siderúrgicas, sem levar em conta o minério de ferro

de exportação, terá um aumento de 33% na EFVM e 59% na MRS. Isso

representará 25 milhões de toneladas, considerando os aumentos previstos de

capacidade das usinas existentes e a implantação da CSA em Sepetiba, no Rio

de Janeiro, o que elevaria a produção siderúrgica nacional para cerca de 50

milhões de toneladas anuais.

Tabela 11.2 - PREVISÃO DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Notas:

(1) inclusive material para CSA e exclusive exportação de 24 Mt de minério pela CSN (2) Exclusive cercanias de Belo Horizonte

Fonte: ANUT

Page 90: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Os mapas a seguir mostram as ferrovias utilizadas pelo setor de mineração e metalurgia para o transporte de seus produtos nos estados do sudeste do Brasil. Figura 11.3 – FERROVIAS UTILIZADAS PELOS SETORES DE MINERAÇÃO E METALURGIA

Figura 11.4 - MINAS GERAIS – INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

Page 91: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 11.5 – FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA

Page 92: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 11.6 – LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 93: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 11.7 – LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NO ESTADO DE MINAS GERAIS

SISTEMA RODOVIÁRIO

A malha rodoviária nacional é intensamente utilizada pela siderurgia, tanto no

transporte de matérias primas quanto no escoamento dos produtos acabados.

Para o mercado interno, há uma predominância do transporte rodoviário, que

representa 60% do total, utilizando especialmente as rodovias BR-381, BR-116

(Via Dutra e Régis Bittencourt), SP-150 (de Cubatão a São Paulo), SP-065 (Via

D. Pedro I, da Dutra à região de Campinas) e a BR-101 Sul. O Brasil com seus

1.632.932 km de rodovias ocupa o quarto lugar entre os países com maior malha

rodoviária, ficando atrás dos Estados Unidos (6.430.366 km – 1º lugar), Índia

(3.383.344 km – 2º lugar) e China (1.930.544 km – 3º lugar).

Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil. São 25 mil km

pavimentados que correspondem a 13% do total do país. É a unidade da

Page 94: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

federação com a maior malha rodoviária federal, cerca de 11 mil km. Porém, no

Estado é imprescindível a duplicação ou até mesmo, um novo traçado para a BR

381 trecho Belo Horizonte – Governador Valadares para um maior fluxo e

segurança para o transporte dos insumos, matérias primas e escoamento dos

produtos siderúrgicos e demais usuários da rodovia. Neste trecho intensificam as

atividades de mineração (Vale, Usiminas Mineração, ArcelorMittal, etc.) e

escoamento de produtos siderúrgicos (Usiminas, ArcelorMittal João Monlevade,

ArcelorMittal Aços Especiais – Acesita e outros). A duplicação desta estrada

proporcionará uma melhoria na ligação da Região Norte ao Sul do país,

favorecendo os mercados produtivos e consumidores.

Outra rodovia também importante neste contexto no Estado é a BR-040,

principalmente necessitando de duplicação e melhorias urgentes. No trecho Belo

Horizonte – Juiz de Fora, que abrange uma intensa atividade de mineração

(Vale, CSN, Gerdau Açominas, Namisa, Ferrous, V&M e outras) e escoamento

de produtos siderúrgicos (V&M, Gerdau Açominas, ArcelorMittal Juiz de Fora e

outros).

A figura a seguir mostra as principais rodovias do estado de Minas Gerais

utilizadas para a movimentação de cargas do setor de mineração e metalurgia.

Page 95: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Figura 11.8 - PRINCIPAIS RODOVIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

MODAL CABOTAGEM

Cabotagem é um transporte marítimo com origem e destino no mesmo país.

Apesar de possuir cerca de 7.500km de costa o transporte de produtos

siderúrgicos pelo modal cabotagem é, ainda muito pouco utilizado. Somente a

ArcelorMittal Tubarão o pratica utilizando as instalações do Terminal de Produtos

Siderúrgicos de Praia Mole – ES - para o transporte de bobinas de aço com

destino ao ponto de Paranaguá, no Paraná, utilizando-se de pequenos e médios

navios.

Page 96: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Este modal permite que a ArcelorMittal Tubarão garanta o transporte de bobinas

a quente para a sua unidade de laminação a frio e galvanização, ArcelorMittal

Vega, em São Francisco do Sul, Santa Catarina.

MINERODUTOS

Na região Sudeste existem, atualmente, dois minerodutos em atividade e, pelo

menos, outros três projetos.

� Minerodutos Samarco – A Samarco é uma “joint venture” entre a Vale e a

BHP Billinton (Austrália). Os dois minerodutos existentes transportam a polpa

mineral constituída de minério de ferro e água, da região de Mariana/ Ouro

Preto, em Minas Gerais, na unidade Alegria/ Germano, onde é extraído e

beneficiado o minério de ferro, até a região de Ubu, Espírito Santo. Neste

local ficam as usinas de pelotização e o porto de companhia. Um dos

minerodutos, o primeiro do Brasil para transporte de polpa de minério de ferro

teve sua operação iniciada em 1977; e o outro foi inaugurado em 2008.

Possuem cerca de 396 km de extensão. Está em estudos o projeto de um

terceiro mineroduto para a mesma área.

� Mineroduto do Projeto Minas-Rio

Trata-se do projeto de um mineroduto de 462km de extensão, já em fase de

construção, componente do projeto Minas-Rio, “joint venture” dos grupos

Anglo Ferrous (Anglo American) e MMX Mineração e Metálicos S/A, ligando

as jazidas de minério de ferro, na região de Conceição do Mato Dentro, em

Minas Gerais, ao Porto do Açu, São João da Barra, no norte fluminense, onde

será construído um complexo logístico integrado, incluindo um porto para

exportação de produtos siderúrgicos e outros produtos, além de áreas para

desenvolvimento de usinas e pelotização e uma siderúrgica.

Page 97: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

� Outros Minerodutos projetados:

� Mineroduto Ferrous, da Ferrous Resources do Brasil Ltda. Transporte

de polpa de minério de ferro (70%) e água (30%); das minas situadas

no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais até o Porto em Presidente

Kennedy, no Espírito Santo, numa extensão de cerca de 400 km. Na

área próxima a este porto estuda-se um local potencial de uma planta

de pelotização, uma usina termoelétrica e uma siderúrgica.

� Mineroduto Votorantim, Transporte de polpa de minério de ferro e

água, relativo ao projeto minerário do norte de Minas Gerais – Projeto

Salinas – numa extensão de cerca de 450 km até a região de Ilhéus

(BA), onde projeta-se a construção de um porto

SISTEMA PORTUÁRIO

O Sistema portuário brasileiro é composto por cais de uso público e por terminais

especializados privativos ou de uso misto. Os primeiros são administrados pelas

diversas companhias Docas, apresentando uma situação geral de obsolescência de

equipamentos e instalações. Nestes, existe a necessidade de dragagem e

desenvolvimento de infraestrutura básica necessária para uma eficiente

movimentação de cargas.

Os terminais especializados, administrados por empresas privadas têm recebido

investimentos para sua modernização e apresentam resultados competitivos no

mercado.

A Tabela e o mapa a seguir, mostram o sistema portuário do sudeste brasileiro.

Page 98: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Tabela 11.3 – SISTEMA PORTUÁRIO DO SUDESTE BRASILEIRO

PORTO LOCALIZAÇÃO OPERAÇÃO TERMINAL CARGA

Condomínio ArcelorMittal

Tubarão, Gerdau Açominas e

Usiminas

Para Produtos Siderúrgicos

PRAIA MOLE

SERRA -ES

Vale S.A.

De Carvão

Produtos Siderúrgicos

Vitória - ES Companhia Docas do

Espírito Santo/ CODESA

Cais Comercial de Vitória

Café, papel, celulose e trigo

CODESA/ Vale

Cais de

Capuaba

Produtos agrícolas, operação de navios Roll-on/ Roll-off, Carga geral, mármore e granito, produtos siderúrgicos e contêineres

VITÓRIA

Vila Velha - ES

Consórcio Peru

Cais de Paul

Granéis sólidos, produtos siderúrgicos, carga geral e automóveis

___

Minério de ferro, pelotas

TUBARÃO

Vitória - ES

Vale S.A

Terminal de

Produtos Diversos TPD

Granéis Líquidos (Petrobrás), Grãos Contêineres e fertilizantes

TERMINAL DE PONTA

DE UBU

Anchieta - ES

Samarco

Mineração

____

Minério de ferro e pelotas

ANGRA DOS

REIS

Angra dos Reis/ RJ

Companhia

Docas do Rio de Janeiro CDRJ

--------

Produtos siderúrgicos da CSN

Page 99: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

RIO DE

JANEIRO

Rio de Janeiro

- RJ

Companhia

Docas do Rio de Janeiro – CDRJ

(Triunfo Operadora Portuária)

Terminal de

Produtos Siderúrgicos

TPS São Cristóvão

Produtos Siderúrgicos

Companhia

Docas do Rio de Janeiro CDRJ

Píer de Carvão Pátio de Carvão Pátio de Minérios Píer de Minérios Pátio de Uso Múltiplo

Carvão Carvão Minérios Minérios Consolidação de carga e produtos siderúrgicos

Companhia Siderúrgica

Nacional – CSN

Terminal de

Carvão - TCV

Carvão

Companhia Portuária de Sepetiba S.A

CPBS

Terminal de

Minérios – TM1

Minérios

Sepetiba Tecon

Terminal de

Contêineres – TCS

Contêineres

Vale Sul

Alumínio S.A

Terminal de

Alumínio – TAL

Alumínio

ITAGUAÍ (ANTIGO

SEPETIBA)

Rio de Janeiro

– RJ

Minerações Brasileiras

Reunidas S.A MBR

Terminal da Ilha

Guaípe

Minério

SANTOS

Santos - SP

Companhia

Docas de São Paulo

CODESP

______

Commodities agrícolas, fertilizantes, carnes, produtos petrolíferos, produtos siderúrgicos e cargas geral

TERMINAL MARÍTIMO PRIVATIVO

DE CUBATÃO TMPC

Cubatão - SP

Usiminas (Cosipa)

______

Produtos Siderúrgicos, carvão

Page 100: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Outros Portos

Encontram-se em estudos e projetos três novos portos para exportação de minério

de ferro e produtos siderúrgicos:

• Porto de Açu – São João da Barra – RJ (norte fluminense) da LLX.

• Porto Presidente Kennedy – Presidente Kennedy – ES (sul do Espírito Santo,

divisa com Estado do Rio de Janeiro) da Ferrous Resources do Brasil LTDA.

• Porto da Usiminas - Itaguaí – Rio de Janeiro, da Usinas Siderúrgicas de

Minas Gerais.

Figura 11.9 – SISTEMA PORTUÁRIO DO SUDESTE BRASILEIRO

Page 101: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
Page 102: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Baseando-se no desempenho das economias mundial e brasileira em 2007, as

análises para 2008 eram as mais promissoras. No Brasil, “O setor industrial foi o que

mais se expandiu em relação ao ano anterior. Com crescimento da ordem de 6%

obteve seu melhor resultado desde 2004, readquirindo sua posição como motor do

crescimento econômico do país” – Siderurgia em Foco nº.7 – Fevereiro 2008. IBS.”

Em continuação este mesmo trabalho informava que: “O panorama não foi diferente

no setor siderúrgico. O consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu o nível

recorde de 22 milhões de toneladas, 19% acima do registrado em 2006.

A produção cresceu 9%, chegando ao valor também recorde de 34 milhões de

toneladas de aço bruto. As exportações diretas de produtos siderúrgicos de 10,3

milhões de toneladas, correspondentes a US$ 6,6 bilhões, situaram o setor entre os

grandes geradores de saldo comercial do País.”

Com este cenário previa-se para a siderurgia expectativas otimistas. Previa-se que a

demanda interna de aço continuaria crescendo, porém com um percentual menor

que o registrado no ano anterior.

Segundo o IBS, “o menor crescimento previsto para 2008 acompanha as previsões

mundiais, que também estão menos otimistas pelas recentes turbulências nos

mercados internacionais, principalmente nos Estados Unidos onde há perspectivas

de desaceleração econômica que poderá provocar impactos negativos em todo o

mundo”.

Em outubro de 2008, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do

Bradesco em seu relatório “Tendências Setoriais para 2009” apresentou os

seguintes fatores de risco para o minério de ferro e para a siderurgia:

• Minério de Ferro

1. A desaceleração da economia mundial deverá impactar nas exportações de

minério de ferro;

2. Negociações internacionais, de preços do minério de ferro, com as siderurgias

chinesas, deverá ser mais difícil no início de 2009 em razão da desaceleração

da demanda”.

Page 103: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

• Siderurgia

1. A desaceleração da economia mundial deverá impactar nas exportações de

produtos siderúrgicos;

2. Tendência de redução dos preços internacionais de aço refletindo a

desaceleração de demanda;

3. Desaceleração da economia doméstica e do crédito junto com o

encarecimento dos financiamentos devido a liquidez mais apertada, impactará

em menor ritmo de crescimento dos setores demandantes de aço.”

Estas previsões se concretizaram, pois desde outubro de 2008 a siderurgia brasileira

enfrenta uma conjuntura extremamente desfavorável. Alguns dos principais setores

consumidores reduziram suas compras diante da queda e imprevisibilidade para

2009. Com isto, e devido a dificuldades também para preservação das exportações,

as empresas siderúrgicas brasileiras tiveram que recorrer à redução da produção e

ao adiamento de investimentos programados. Esta situação trouxe reflexos

negativos na conservação da mão de obra, em geral. As usinas siderúrgicas

reduziram os preços, produção e número de funcionários no segundo semestre de

2008, diante das dificuldades dos setores consumidores de aço.

Ainda, com a crise econômica global do final de 2008, os novos projetos e aqueles

de expansão anunciados sofreram uma mudança no planejamento, sendo quase

todos retardados e adiados para início após 2011.

Apenas um projeto, com obras iniciadas, Valourec Sumitomo Tubos do Brasil – VSB,

em Jeceaba–MG, não foi interrompido, estando a produção de 1,0 milhão de

toneladas de aço e 600 mil toneladas de tubos sem costura prevista parase iniciar

em junho de 2010.

O outro projeto, a Companhia Siderúrgica do Atlântico – CSA, no Rio de Janeiro,

pareceria de ThyssenKrupp e Vale, que começou a sua implantação em 2006,

sofreu algum atraso, mas o início da produção de placas de aço está previsto para

os primeiros meses de 2010.

Atualmente, com protocolos ou memorandos de intenções assinados com os

respectivos governos estaduais a VALE planeja a construção de uma usina para a

Page 104: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

produção de 2,5 milhões de toneladas de placas anuais, em Marabá – PA e outra de

5,0 milhões de toneladas, em Ubu – ES, além da Usina de Pecém, no Ceará.

A Usiminas, que planejava implantar uma nova usina para produção de 5,0 milhões

de toneladas de placas, em Santana do Paraíso – MG, suspendeu este projeto

adiando-o para 2011 e está priorizando, no momento, uma expansão de algumas

unidades na sua usina de Ipatinga, para atender a sua linha de laminação de chapas

grossas e uma nova unidade de galvanização, ambas na usina de Ipatinga.

Da mesma forma, a ArcelorMittal e a Gerdau adiaram seus planos de expansão.

RETOMADA DE RUMO

A siderurgia de um modo geral elevou a projeção da produção para 2009 e, neste

cenário, as perspectivas para a siderurgia brasileira voltaram a ficar positivas a partir

do segundo semestre deste ano, conforme pode ser visualizado na Figura a seguir.

Figura 12.1 -

Produção de Aço no Brasil

Produção de Aço em Minas Gerais

Vendas Internas de Produtos Siderúrgicos no Brasil

Produção de Aço e Vendas de Produtos Siderúrgicos no Brasil

2,93

1,62 1,62 1,651,73 1,73

1,90 1,94

2,50

2,67 2,70

0,47 0,480,56 0,55

0,65 0,70

0,89 0,87 0,89

1,98

0,93 0,95 0,95

1,19 1,201,29 1,30

1,401,50

1,64

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

Jun 2008 Dez 2008 Jan 2009 Fev 2009 Mar 2009 Abr 2009 Mai 2009 Jun 2009 Jul 2009 Ago 2009 Set 2009

Fonte IAB (ex IBS)

Page 105: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Neste ano de 2009, a siderurgia brasileira, começou uma pequena recuperação,

passando de 1,62 milhões de toneladas em janeiro para 1,94 milhões em junho; um

crescimento de 19,75%. O aumento da produção de junho relativa a maio foi de

apenas 2,5%. Porém, de junho para julho o crescimento foi expressivo, de 28,5%.

Este forte crescimento da produção de aço bruto brasileiro aponta para um cenário

otimista nos próximos meses. As vendas internas totalizaram 1,4 milhões de

toneladas, em julho, o que significou um avanço de 9,1% sobre o mês anterior.

Estes resultados, apresentados pelas três maiores siderúrgicas – CSN, Gerdau e

Usiminas apontam para um aumento dos volumes comparados com o primeiro

trimestre, embora sejam estes dados ainda muito inferiores aos do mesmo período

de 2008.

No Brasil, seis dos 14 principais altos-fornos foram desligados no início de 2009 e a

capacidade de produção das siderúrgicas caiu para 49%. Porém, a retomada de

expansão do mercado brasileiro e uma pequena melhora de cenário externo, estão

fazendo com que as empresas promovam o religamento destes fornos.

Com o objetivo de atingir a partir de 2010, a produção de 180 mil toneladas anuais

de trefilados, um aumento de 250% da capacidade, a ArcelorMittal Sabará recebeu

em julho deste ano mais uma linha para a produção de barras trefiladas, concluindo

a terceira e última etapa do projeto iniciado em 2004. Com este volume adicional

pretende ampliar sua participação nos segmentos automobilísticos, de implementos

agrícolas e indústria em geral, no Brasil e no exterior. Também na unidade de João

Monlevade, o projeto de expansão que foi paralisado devido à crise, está sendo

estudado, indicando à empresa uma sinalização para a retomada dos aportes de

investimentos.

O parque guseiro instalado em Minas Gerais, o maior do país, está passando por

recuperação. O segmento que no auge da crise financeira abafou a maioria dos

altos fornos, acarretando mais de 80% de ociosidade, está aumentando a produção

e já opera (setembro) com 67% da capacidade instalada. Este índice é bastante

expressivo, pois nunca se trabalha a 100% da capacidade instalada.

Também o setor de fundição já iniciou a sua recuperação a partir de agosto deste

ano.

Page 106: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

Observam-se para a siderurgia brasileira, neste quarto trimestre de 2009, sinais

positivos de recuperação, projetando-se para 2011 retornar ao ritmo de 2008. Muitos

fatores sinalizam para esta tendência como os estímulos governamentais aos

setores da construção civil, automotivo, linha branca e bens de capital e novos

investimentos nas áreas de petróleo e gás, energia, transportes e portos e

infraestrutura urbana para atender à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de

2016.

Neste ritmo, as previsões de empréstimos para projetos na área de siderurgia

tornaram-se mais positivas. Estimava-se um volume de empréstimos da ordem de

R$ 25 bilhões para o período de 2009 a 2012. Atualmente, prevê-se trabalhar em

valores de financiamento entre R$ 30 bilhões e R$ 32 bilhões no mesmo período.

Page 107: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

APÊNDICE

2010 – PERSPECTIVAS PARA A SIDERURGIA EM MINAS GERAIS

Page 108: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

No Brasil, os setores mais afetados pela crise internacional de 2008/2009 foram o de

siderurgia e metalurgia, correspondendo em 2009, uma variação negativa de 26,7%

em relação a 2008.

Contudo, um novo cenário passou a ser desenhado para a siderurgia a partir do final

do ano de 2009, e neste ano de 2010 as siderurgias estão retomando a produção

em todo o mundo, em níveis anteriores à crise. Projetam-se para a siderurgia

brasileira em 2011 sinais positivos de recuperação, retornando a produção aos

níveis de 2008. muitos fatores sinalizam para esta tendência como os estímulos

governamentais aos setores da construção civil, automotivo, linha branca, bem de

capital e novos investimentos nas áreas de petróleo e gás, energia, transporte e

infraestrutura urbana para atender à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de

2016.

Neste ritmo, os projetos de expansão da siderurgia brasileira e os novos

empreendimentos anunciados, que tinham sido postergados, estão voltando a serem

estudados para implantação nos próximos anos.

Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, os

investimentos na indústria em infraestrutura no país serão de aproximadamente R$

773 bilhões, no período de 2010 à 2013, devendo ser liberados pelos projetos em

petróleo & gás e energia elétrica, setores fortemente demandantes de aço.

Os desembolsos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG,

direcionados a setores privado e público, somaram R$ 358,6 milhões no primeiro

trimestre deste ano, o que representa 78% a mais que o valor liberado a igual

período de 2009. prefeituras, especialmente em regiões de baixo dinamismo,

receberam R$ 16,3 milhões. Para empresas de pequeno, micro e médio porte a

instituição pretende injetar R$ 1,35 bilhão na economia mineira.

De acordo com Marco Pólo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil – IABr,

“o clima de otimismo deverá permitir a retomada de investimentos em projetos de

expansão, adiados por causa da crise. Para viabilizar esse cenário, o mercado tem

que ser estimulado, com incentivos ao consumo e investimentos e proteção contra

importação desleais. As vendas do setor automotivo, com redução do IPI,

alcançaram recordes históricos. A construção civil apresenta uma retomada de suas

Page 109: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

atividades. Em bens de capital, a situação tem melhorado gradativamente. E mesmo

no mercado internacional já se observa certa recuperação para a retomada do nível

de atividade anterior.

Para a siderurgia o período a partir de 2010 será bastante desafiador. Enquanto as

usinas da China e as economias emergentes devem encarar um estável crescimento

de consumo, as empresas da Europa e dos Estados Unidos irão jogar

constantemente com a equação oferta-demanda.

Neste primeiros meses de 2010, a crise financeira de 2008-2009 parece ser uma

triste lembrança para o mercado siderúrgico brasileiro. A demanda se recupera,

níveis de produção seguem em bom ritmo e consumidores renovam as carteiras de

pedidos.

No Brasil, continuam programados para instalação até 2015, vários projetos para a

produção de placas de aço, que deverão adicionar uma capacidade excedente de 29

milhões de toneladas anuais.

Em Minas Gerais as siderúrgicas estão incrementando suas operações – ou

ampliação – de segmentações em mineração, cimento, serviços de logística e

distribuição, além de produtos diversificados para a indústria em geral, como blanks

e peças para a indústria automotiva e a construção civil. As empresas estão

construindo a sua cadeia de valor, integrando áreas afins, como mineração,

siderurgia, logística, portos e novos produtos (cimento, peças, etc).

E existem também, para o nosso Estado, projetos de instalação de novas unidades

(Greenfield) e expansão (Brownfield) de unidades existentes. Por exemplo: o projeto

da Vallourec Sumitomo Tubos do Brasil, em Jeceaba; os projetos da Usiminas –

expansão da usina de Ipatinga e uma nova usina, em Santana do Paraíso; a

expansão da usina da Açominas, em Ouro Branco, pelo Grupo Gerdau; a Arcelor

Mittal anuncia expansão das suas usinas de longos, em Juiz de Fora e Juiz de Fora.

E a Ferrous Resources do Brasil que anunciou, recentemente, a instalação de uma

usina para a produção de 3,5 milhões de toneladas de aço anuais, em Juiz de Fora.

Page 110: mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa ...desenvolvimento.mg.gov.br/images/stories/arquivos2011/paginas-de...mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa