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  • Mediao de conflitos 2 Mdulo 1 SENASP/MJ - ltima atualizao em 08/03/2010

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    Mediao de Conflitos 2

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    Apresentao No contexto do policiamento comunitrio, a ao do policial est mais voltada para as relaes interpessoais. Ento, conceitos como os de mediao e resoluo de conflitos, preveno da violncia e outros devero estar presentes em seus estudos. Na unidade 1, do curso Mediao de Conflitos, voc estudou, principalmente, os quatro tipos ideais de formas pacficas de resoluo de conflitos ou de resolues alternativas de disputa: arbitragem, conciliao e negociao e mediao (ADRs Alternative Dispute Resolution), lembra? E se deteve aos aspectos conceituais relacionados mediao de conflitos. Nesta unidade, denominada Mediao de Conflitos 2, voc estudar os aspectos tcnicos que possibilitam o processo e a mediao. Ao final deste curso, voc dever ser capaz de:

    Enumerar os modelos e tcnicas de mediao;

    Identificar os passos que compem o processo de mediao de conflitos; e

    Reconhecer a importncia da mediao de conflitos no mbito da

    Segurana Pblica. Este curso est dividido nos seguintes mdulos: Mdulo 1 - Modelos e tcnicas de mediao Mdulo 2 - A mediao passo a passo Mdulo 3 - Mediao de conflitos e Segurana Pblica

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    Mdulo 1

    Modelos e tcnicas de mediao Apresentao Na unidade 1, do curso Mediao de Conflitos, voc estudou o conceito, o princpio fundamental, a importncia da mediao e as reas de aplicao. Ao final deste mdulo, voc dever ser capaz de:

    Identificar os tipos de mediao;

    Compreender os modelos de mediao; e

    Associar as tcnicas utilizadas no processo de mediao aos modelos. O contedo deste mdulo est dividido em 3 aulas: Aula 1 - Tipos de mediao Aula 2 - Modelos de mediao Aula 3 - Tcnicas de mediao

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    Aula 1 Tipos de mediao A mediao um processo que facilita o dilogo e auxilia a construo de solues cooperativas. Atualmente, o processo de mediao privilegia as relaes interpessoais, por isso importante que se identifique as particularidades de cada situao, considerando a natureza de cada conflito. A bibliografia aponta alguns tipos de mediao, como voc estudar a seguir: Mediao tcnica O processo de mediao tcnica est associado a empresas. Nesse contexto, os mediadores so geralmente tcnicos recrutados por uma instituio que recebem formao especfica e atuam em nome dessa instituio na mediao de conflitos. (UCB Virtual, Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica, 2009). Os mediadores possuem formao especfica (direito, psicologia e pedagogia). Muitos possuem vnculo empregatcio. Mediao comunitria Esse processo aparece relacionado aos conflitos da comunidade. Os mediadores so membros da prpria comunidade e muitas vezes recebem formao especfica para atuarem nos processos de mediao. Mediao forense Refere-se aos processos de mediao realizados nas unidades de justia. Veja como exemplo o modelo adotado no Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios (TJDFT). (Link para: http://www.pailegal.net/mediation.asp?rvTextoId=-1176477114) Mediao penal Realizada em alguns pases como forma de resolver problemas existentes nos presdios, como, por exemplo, a superlotao carcerria. (link para: http://www.pailegal.net/mediation.asp?rvTextoId=1134424107) Mediao familiar o processo que oferece famlia em crise, estrutura e apoio profissional para resoluo dos conflitos com o mnimo de comprometimento da estrutura psicoafetiva de seus membros. (Link para: http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvTextoId=1680689909) importante destacar que essas divises so apenas didticas, pois, na prtica, muitas vezes os modelos se associam.

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    Veja alguns exemplos hipotticos ressaltados pela UCB Virtual (Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica, 2009). Exemplo 1: Um ncleo de mediao tcnica institudo na Defensoria Pblica possui articulao com experincias comunitrias de mediao de conflitos. Exemplo 2: Um ncleo de mediao em uma delegacia ou em uma unidade de policiamento comunitrio estabelece articulao com a associao de moradores local que atua na mediao de conflitos. Importante! As experincias de mediao comunitria evitam tambm identificar como mediadores, obrigatoriamente, as lideranas comunitrias j reconhecidas e institudas, principalmente as que possuem uma liderana poltica consolidada. Todo esse cuidado busca evitar que o processo de mediao seja realizado com base em relaes de poder ou de submisso j institudas na comunidade. (UCB, Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica, 2009) Alm dos tipos citados, possvel mencionar outros tipos de mediao. Mediao educativa ou nas escolas, nas instituies de sade, nas questes de

    meio ambiente; mediao corporativa, nas organizaes e no trabalho; e

    Mediao transcultural e poltica; no ambiente familiar, tanto na perspectiva transgeracional quanto no interior da mesma gerao, nos conflitos conjugais, de filiao, da partilha de bens e, sobretudo, da guarda dos filhos.

    Aula 2 Modelos de mediao Enquanto os tipos apontam e reforam os campos de utilizao, os modelos se relacionam aos diferentes aspectos terico-metodolgicos (diferentes escolas) que servem de subsdio para a conduo do processo de mediao. De acordo com Suares (1997, apud Padilha www.ambitojuridico.com.br) so trs os modelos de mediao mais utilizados nos Estados Unidos: o modelo tradicional-linear de Harvard, o modelo transformativo de Bush e Folger e o modelo circular-narrativo de Sara Cobb.

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    Modelo tradicional-linear: Esse modelo teve origem em Harvard e est focado na resoluo de problemas ou na construo de um acordo. Est orientado para o passado, ou seja, o que levou acontecer o conflito e como possvel resolv-lo. A mediao o processo para buscar esse acordo. O mediador, nesse caso, dentro de um processo linear, claro, e em etapas preestabelecidas, apenas ajuda as partes a chegarem a um acordo satisfatrio para todos, dentro de um amplo espectro de atuao. Dentro dessa vertente, mediao o termo genrico de toda interveno de terceiro em um conflito, sendo o termo conciliao um objetivo natural do mediador. (www.arcos.org.br) Modelo transformativo: Esse modelo foi criado a partir da teoria de Robert Bush e Joseph Folger e o objetivo no , nica e exclusivamente, o acordo, mas as diversas possibilidades advindas da mediao. Sua orientao o futuro, ou seja, o que for estabelecido como soluo auxiliar no futuro da relao entre as partes. Nesse modelo, diz-se que o acordo deixa de ser focado, passando-se a se focar nas prprias pessoas ou no tipo de conflito e colaborando para que as pessoas reconheam, em si mesmas e no outro, necessidades, possibilidades e capacidade de escolha e de deciso, promovendo a transformao na relao e viabilizando, como consequncia natural, o acordo. Para os adeptos desse modelo, h uma grande diferena entre o que seria conciliao e mediao, pois aquela seria o modelo centrado no acordo, e essa o modelo centrado nas pessoas ou no conflito. (www.arcos.org.br) Modelo circular: Narrativo de Sara Cobb: Esse modelo criado por Sara Cobb busca unir os modelos tradicional-linear e transformativo, pois foca tanto nas relaes das pessoas envolvidas no conflito quanto no acordo. De acordo com o modelo, o conflito, as pessoas e o contexto (histria) no podem ser vistos de forma isolada, mas sim de forma inter-relacionada. Dentro dessa vertente, o pensamento sistmico, a teoria das narrativas e o enfoque em redes sociais so as bases para a atuao do mediador. (www.arcos.org.br) No Brasil, os trs modelos existem e, muitas vezes, aparecem de forma conflitiva, mas de acordo com Souza (www.ambitojuridico.com.br) possvel notar que o projeto de lei brasileiro acolhe implicitamente a orientao que v na mediao um mtodo para que as partes aprendam a administrar seus conflitos, j que probe expressamente que o mediador sugira uma proposta especfica de acordo para as partes.

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    Aula 3 Tcnicas de mediao Cada um dos modelos apresentados na aula anterior traz consigo um conjunto de tcnicas alinhadas a natureza do conflito, ao foco que se prope alcanar, ao processo e a formao do mediador, como voc estudar a seguir: Modelo tradicional-linear Conforme Bispo (www.rh.com.br), as tcnicas utilizadas nesse modelo esto relacionadas aos quatro princpios de negociao de Harvard, que envolvem:

    Separao das pessoas do problema; Focalizao dos interesses e no as posies; Criao de opes para o benefcio mtuo; e Utilizao de critrios objetivos.

    O mediador tem como funes facilitar o dilogo centrado no verbal e estabelecer a ordem a partir do caos de pensamentos, percepes e sentimentos. Modelo transformativo As tcnicas associadas ao modelo transformativo possibilitam o reconhecimento do outro como protagonista do processo. Elas buscam promover a anlise conjunta da situao. O mediador motiva as partes para que juntas possam tomar decises. Modelo circular As tcnicas utilizadas no modelo circular buscam a preservao do vnculo dos envolvidos, estimulam a reflexo sobre o conflito e a reao das partes envolvidas. Muitas vezes, o mediador modifica os significados de fatos ocorridos, para que as partes percebam as possibilidades para soluo do conflito. Finalizando

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    Neste mdulo, voc aprendeu que:

    A bibliografia aponta alguns tipos de mediao, como, por exemplo: tcnica, comunitria, familiar, penal, forense, dentre outras.

    So trs os modelos de mediao: tradicional-linear, transformativo e

    circular.

    Cada um dos modelos apresentados traz consigo um conjunto de tcnicas alinhadas a natureza do conflito, ao foco que se prope alcanar, ao processo e a formao do mediador.

    Autores mais contemporneos apostam num modelo de mediao

    hbrido e flexvel, onde o mediador seja um facilitador, ou seja, ele guia as partes, buscando o equilbrio de poder e o compartilhamento de responsabilidades, por meio dos processos de comunicao e cooperao para que as partes, em conjunto, construam um acordo ou entendam o conflito.

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    Neste mdulo so apresentados exerccios de fixao para auxiliar a compreenso do contedo. Exerccios: 1. Considerando os tipos de mediao, associe a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. Mediao tcnica 2. Mediao comunitria 3. Mediao forense 4. Mediao penal 5. Mediao familiar ( ) Os mediadores so membros da prpria comunidade e muitas vezes recebem formao especfica para atuarem nos processos de mediao. ( ) utilizada para resolver superlotao em presdio. ( ) Os mediadores so geralmente tcnicos recrutados por uma instituio que recebem formao especfica e atuam em nome dessa instituio na mediao de conflitos. ( ) Refere-se aos processos de mediao realizados nas unidades de justia. Seu objeto a famlia em crise. 2. Considerando os modelos de mediao, associe a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. Modelo tradicional-linear 2. Modelo transformativo 3. Modelo circular ( ) Sua orientao o futuro, ou seja, o que for estabelecido como soluo auxiliar no futuro da relao entre as partes. ( ) Foca tanto nas relaes das pessoas envolvidas no conflito quanto no acordo. ( ) Modelo focado na resoluo de problemas ou na construo de um acordo.

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    3. Marque (V) para as sentenas verdadeiras e (F) para as falsas: ( ) O policial, muitas vezes, a principal referncia da comunidade para a presena do Estado em seu meio. Nesse sentido, as unidades de polcia (tanto civis quanto militares) so frequentemente procuradas pela populao para a resoluo dos mais diversos problemas. ( ) O estudo realizado por Lima reafirmou a tese que a taxa de homicdios em So Paulo est relacionada ao trfico de drogas. ( ) O investimento em polticas pblicas voltadas para a promoo da cidadania, ampliao do acesso Justia e a construo da paz tem se mostrado um eficiente instrumento na preveno e controle da violncia e da criminalidade. ( ) A implantao de ncleos de mediao de conflitos, em sua maior parte, comunitrios, representa um importante componente na promoo da cidadania.

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    Gabaritos: 1. Considerando os tipos de mediao, associe a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. Mediao tcnica 2. Mediao comunitria 3. Mediao forense 4. Mediao penal 5. Mediao familiar ( 2 ) Os mediadores so membros da prpria comunidade e muitas vezes recebem formao especfica para atuarem nos processos de mediao. ( 4 ) utilizada para resolver superlotao em presdio. ( 1 ) Os mediadores so geralmente tcnicos recrutados por uma instituio que recebem formao especfica e atuam em nome dessa instituio na mediao de conflitos. ( 3 ) Refere-se aos processos de mediao realizados nas unidades de justia. ( 5 ) Seu objeto a famlia em crise. 2. Considerando os modelos de mediao, associe a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. Modelo tradicional-linear 2. Modelo transformativo 3. Modelo circular ( 3 ) Sua orientao o futuro, ou seja, o que for estabelecido como soluo auxiliar no futuro da relao entre as partes. ( 2 ) Foca tanto nas relaes das pessoas envolvidas no conflito quanto no acordo. ( 1 ) Modelo focado na resoluo de problemas ou na construo de um acordo.

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    3. Marque (V) para as sentenas verdadeiras e (F) para as falsas: ( V ) O policial, muitas vezes, a principal referncia da comunidade para a presena do Estado em seu meio. Nesse sentido, as unidades de polcia (tanto civis quanto militares) so frequentemente procuradas pela populao para a resoluo dos mais diversos problemas. ( F ) O estudo realizado por Lima reafirmou a tese que a taxa de homicdios em So Paulo est relacionada ao trfico de drogas. ( V ) O investimento em polticas pblicas voltadas para a promoo da cidadania, ampliao do acesso Justia e a construo da paz tem se mostrado um eficiente instrumento na preveno e controle da violncia e da criminalidade. ( V ) A implantao de ncleos de mediao de conflitos, em sua maior parte, comunitrios, representa um importante componente na promoo da cidadania.

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    Mediao de Conflitos 2

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    Mdulo 2

    A mediao passo a passo Apresentao Agora que j sabe quais os modelos de mediao utilizados. Veja como faz-la! importante destacar que alguns autores questionam a expresso passo a passo, pois, como voc estudou no mdulo 3, da unidade 1, eles chamam a ateno para duas das caractersticas da mediao: participao e flexibilidade. Contudo, importante que, como mediador, voc conhea bem o objetivo de cada um dos passos, isso lhe trar segurana. Ao final do mdulo, voc ser capaz de:

    Enumerar todos os passos a serem realizados no processo de mediao. O contedo deste mdulo est divido em 4 aulas: Aula 1 O passo a passo da mediao Aula 2 Cuidados a serem tomados no processo de mediao

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    Aula 1 O passo a passo da mediao O passo a passo que voc estudar relaciona-se com o modelo de mediao que aponta para a formalizao de um acordo, mas voc observar que durante o processo as partes so estimuladas a investigarem o problema que gerou o conflito, criando condies para que investiguem as posies de cada um dos membros. A metodologia apresentada foi elaborada pelo professor Daniel Seidel, que alm de docente secretrio executivo da Comisso Brasileira de Justia e Paz, organismo vinculado a CNBB utilizado com sucesso em diversos contextos e tipos de mediao. De acordo com Seidel (2004, p. 24), a mediao compreende 5 (cinco) etapas:

    Pr-mediao;

    Comeo da mediao;

    Escuta ativa;

    Procurando solues; e

    Firmando compromissos. Pr-mediao Qual o objetivo? Para o mediador, a pr-mediao favorece o conhecimento do conflito a partir das partes. J para as partes, a expresso verbal do seu ponto de vista vai criando condies para que se perceba diante da questo. Como fazer? De acordo com Seidel (20007, p. 24), nessa fase voc deve:

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    Apresentar-se como mediador e perguntar s pessoas envolvidas no conflito, se gostariam que voc as ajudasse a resolver o problema;

    Escutar com ateno a verso do que aconteceu, procurando identificar

    necessidades e interesses;

    Encontrar um lugar calmo para fazer a mediao; e

    Combinar as regras do processo de mediao. Durante a fase de pr-mediao, deve ser acordado o local, a data e o horrio em que ser realizada a primeira conversa comum entre os envolvidos. Importante! A pr-mediao realizada com cada uma das partes em separado. Comeo da mediao Qual o objetivo? Preparar as partes para o processo, informando as regras que devero ser seguidas. Como fazer? Tudo certo com a pr-mediao? Pode iniciar a mediao! De acordo com Seidel (2007, p.24), nessa etapa o mediador deve: Acolher as pessoas e pedir que elas concordem com as seguintes regras:

    Tentar solucionar o problema de forma pacfica; No ofender verbalmente o outro; No interromper, cada parte ter o mesmo tempo para falar; e Guardar segredo.

    Durante o processo de mediao, se houver o descumprimento das regras combinadas, o mediador pode interromper, momentaneamente, o dilogo e lembrar a todos as regras.

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    Escuta ativa Qual o objetivo? Garantir a ateno das partes durante o processo, possibilitando que tenham uma viso do conflito a partir de alguns elementos tcnicos, como, por exemplo, a parfrase . Parfrase Recurso de comunicao que consiste em repetir com as suas palavras a mensagem dita pelo outro. Esse mecanismo auxilia na compreenso mtua da mensagem, fortalecendo a comunicao e favorecendo que outro possa escutar-se a partir de outra pessoa. Como fazer? Tudo certo com a pr-mediao? Pode iniciar a mediao! De acordo com Seidel (2007, p. 24), ao mediador caber: Criar um ambiente em que as pessoas possam se expressar livremente e de forma confiante. Para isso, o mediador introduzir algumas perguntas que permitam desenvolver um debate racional. Pergunte primeira pessoa: O que aconteceu? Parafraseie. Pergunte primeira pessoa: Como est se sentindo? Pergunte segunda pessoa: O que aconteceu? Parafraseie. Pergunte segunda pessoa: Como est se sentindo? Nessa etapa, o mediador deve:

    Ajudar os envolvidos a no criarem um clima de acusaes, de forma que se centrem no miolo do conflito e diferenciem posio de interesse; e

    Estimular a capacidade das partes em compreender o ponto de vista da

    outra parte e evitar ficar procurando culpados.

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    Procurando solues Qual o objetivo? Auxiliar as partes a levantarem alternativas de soluo. Como fazer? Na oportunidade de procurar solues, o mediador, segundo Seidel (2007, p.24), deve:

    Perguntar primeira pessoa: O que ela poderia ter feito de forma diferente? Parafraseie.

    Perguntar segunda pessoa: O que ela poderia ter feito de forma diferente? Parafraseie.

    Perguntar primeira pessoa: O que ela pode fazer aqui e agora para ajudar a solucionar o problema? Parafraseie.

    Pergunte segunda pessoa: O que ela pode fazer aqui e agora para ajudar a solucionar o problema? Parafraseie.

    Utilizar o questionamento criativo para aproximar mais as pessoas de uma soluo.

    Firmando compromissos Qual o objetivo? Possibilitar que as partes construam a soluo de forma conjunta e formalizem o acordo. A formalizao importante para o acompanhamento do processo. Como fazer? Estamos no fim do processo de mediao, por isso, de acordo com Seidel (2007, p.24), voc dever:

    Ajudar as pessoas envolvidas no conflito a encontrarem uma soluo

    que seja boa para ambas e com a qual elas se sintam bem;

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    Repetir a soluo detalhadamente para as pessoas envolvidas e

    perguntar se concordam;

    Redigir o acordo final de forma clara e realista, com aes, prazos e responsveis. Solicitar s partes que assinem o acordo. Dar uma cpia para cada uma delas; e

    Elogiar as partes e parabeniz-las pela mediao bem sucedida, se

    assim o for. Aula 2 Cuidados a serem tomados no processo de mediao Como voc estudou na aula anterior, o mtodo oferece um caminho e orienta o processo, contudo alguns cuidados devem ser tomados pelo mediador. So eles: Antes de iniciar o processo, verifique se:

    Recebeu capacitao conceitual, legal e tcnica adequada para atuar no processo. Caso no se ache preparado, realize cursos adicionais, assista alguns processos de mediao e atue como mediador, sob a superviso de um mediador mais experiente que poder orient-lo em seu processo de formao.

    O conflito em questo pode ser mediado. Se no h desequilbrio

    entre as partes, se h capacidade de ambas as partes contriburem para a construo conjunta de solues e se ambas as partes desejam adotar esse processo para o conflito em questo.

    Possui legitimidade para atuar como um terceiro imparcial, ou seja, se

    aceito pelas partes, naquele conflito. Durante o processo de mediao, de acordo com a UCB Virtual (Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica), o mediador deve adotar os seguintes cuidados:

    Favorea um ambiente de cooperao, evitando a competio e o confronto. O mediador deve evitar o julgamento, com o

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    estabelecimento de rtulos entre as partes e seus argumentos como certo e errado, culpado e inocente, verdadeiro e falso, bom e mau, etc. O pr-julgamento de cada uma das partes ou de suas atitudes de acordo com os valores e convices do mediador pode estimular a competio durante a mediao, fazendo com que uma das partes busque derrotar a outra e no cooperar com ela.

    Equilibre e mantenha o equilbrio de poder entre as partes. O

    mediador deve evitar que uma das partes submeta ou subjugue a outra, evitando que essa se manifeste livremente. Nesse sentido, devem ser evitadas atitudes ofensivas ou desrespeitosas e deve-se estimular que todas as opinies sejam ouvidas com abertura e respeito.

    Busque a escuta e entendimento dos argumentos e necessidades de

    cada parte, estimulando o dilogo e o entendimento do ponto de vista do outro. O mediador deve saber escutar o que no foi dito de forma clara, entender o contedo das entrelinhas e buscar estimular que os contedos no explcitos fiquem mais claros, facilitando a comunicao. No entanto, no imponha solues, pois essas podem ser vistas como positivas da perspectiva do mediador e, de fato, no serem aceitveis pelas partes.

    Acredite na importncia da relao entre as partes e na capacidade

    dos envolvidos poderem construir a soluo para os seus problemas.

    Saiba quando interromper uma discusso no apropriada, sem ofender as partes. O mediador deve sempre usar uma linguagem neutra, desprovida de reprovao.

    Respeite as partes e tenha sensibilidade para com as diferenas

    culturais, religiosas, de gnero, raa e etnia. Importante! A mediao um processo voluntrio. As partes possuem liberdade de optar pela adoo ou no da mediao e podem desistir do processo a qualquer momento. A opo pela mediao, alm de voluntria, tem tambm de ser consciente. Ou seja, a mediao tem de ser precedida pela informao e explicao sobre como funciona o processo, para que os envolvidos possam ento decidir sobre a adoo ou no desse processo. (UCB Virtual, Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica)

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    Antes de concluir o estudo deste mdulo, leia o texto Mensagem-eu do professor Daniel Seidel. Mensagem-eu uma excelente ferramenta que auxilia no processo de comunicao interpessoal. (Anexo: Ficha_08_MensagensEu.pdf)

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    Finalizando Nesta aula, voc estudou que:

    De acordo com Seidel (2004, 24), a mediao compreende 5 (cinco) etapas: pr-mediao, comeo da mediao, escuta ativa, procurando solues e firmando compromissos.

    Antes de iniciar o processo, o mediador dever verificar se recebeu

    capacitao adequada, se o conflito em questo pode ser mediado e se possui legitimidade para atuar como um terceiro imparcial.

    Dentre os cuidados durante o processo de mediao esto o

    favorecimento a um ambiente de cooperao e o respeito com as partes.

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    Neste mdulo so apresentados exerccios de fixao para auxiliar a compreenso do contedo. Exerccios: 1. Enumere do primeiro para o ltimo os passos do processo de mediao: ( ) Escuta ativa ( ) Pr-mediao ( ) Procurando solues ( ) Firmando compromissos ( ) Comeo da mediao 2. Marque (V) para as sentenas verdadeiras e (F) para as falsas: ( ) Todo conflito passvel de mediao. ( ) Durante a fase de pr-mediao, deve ser acordado o local, a data e o horrio em que ser realizada a primeira conversa comum entre os envolvidos. ( ) O mediador no necessita de capacitao. ( ) O processo de mediao inflexvel. ( ) As partes possuem liberdade de optar pela adoo ou no da mediao e podem desistir do processo a qualquer momento.

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    Gabaritos: 1. Enumere do primeiro para o ltimo os passos do processo de mediao: ( 3 ) Escuta ativa ( 1 ) Pr-mediao ( 4 ) Procurando solues ( 5 ) Firmando compromissos ( 2 ) Comeo da mediao 2. Marque (V) para as sentenas verdadeiras e (F) para as falsas: ( F ) Todo conflito passvel de mediao. ( V ) Durante a fase de pr-mediao, deve ser acordado o local, a data e o horrio em que ser realizada a primeira conversa comum entre os envolvidos. ( F ) O mediador no necessita de capacitao. ( F ) O processo de mediao inflexvel. ( V ) As partes possuem liberdade de optar pela adoo ou no da mediao e podem desistir do processo a qualquer momento.

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    Mediao de Conflitos 2

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    Mdulo 3

    Mediao de conflitos e Segurana Pblica Apresentao Na unidade 1, voc estudou que dentre os instrumentos metodolgicos desenvolvidos para a preveno da violncia e a construo de uma cultura de paz destaca-se a mediao de conflitos. Diante dos novos cenrios que exigem novas formas de policiamento e novas competncias para atuar nesses cenrios, a mediao est sendo entendida como um mecanismo mais amplo de desconstruo de conflitos e utilizada com sucesso, dentre outras reas, no policiamento comunitrio. Neste mdulo, voc aprofundar o estudo sobre a relao existente entre mediao de conflito e Segurana Pblica. Ao final do mdulo, voc ser capaz de:

    Reconhecer a importncia da mediao de conflitos no mbito da Segurana Pblica.

    O contedo deste mdulo est divido em 4 aulas: Aula 1 - Mediao de conflitos e as aes de Segurana Pblica Aula 2 - O Programa Nacional de Segurana com Cidadania (PRONASCI) Aula 3 - Atuao policial e a abordagem mediativa

  • Mediao de conflitos 2 Mdulo 3 SENASP/MJ - ltima atualizao em 08/03/2010

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    Aula 1 Mediao de conflitos e as aes de Segurana Pblica Conflitos como geradores da criminalidade O estudo realizado por Lima (2002) aponta que grande parte dos homicdios, na grande So Paulo, tem origem em pequenos conflitos gerados na prpria comunidade. O estudo demonstra que os motivos dos homicdios esto associados a conflitos sociais diversos, como brigas domsticas, em bares ou entre vizinhos. Aponta tambm, que os conflitos esto ligados a um cenrio urbano fragmentado, onde esto presentes vrias prticas ilegais, diante de um Estado incapaz de se legitimar como mediador eficaz de conflitos. Os dados do estudo foram extrados de boletins de ocorrncia e inquritos policiais de homicdios na cidade de So Paulo, no ano de 1995, classificando-os nas seguintes categorias:

    Mortes causadas em funo da lgica comercial ou organizacional do trfico (Exemplo: mortes por dvidas ou brigas por espao); e

    Conflitos sociais diversos e latrocnios. O estudo concluiu que:

    No caso dos crimes de autoria conhecida, 92,4% dos homicdios esto relacionados aos conflitos, 5,8% correspondem aos latrocnios (roubos seguidos de morte) e apenas 1,8% s drogas; e

    Nos crimes de autoria desconhecida, 55,9% esto ligados aos conflitos, 22,8% ao trfico e 21,3% ao latrocnio.

    Como voc pode observar, os dados indicam que grande parte dos homicdios est diretamente relacionada aos conflitos. Diante disso possvel refletir sobre a seguinte questo: O investimento em estratgias que possibilitem a administrao dos conflitos no incio do problema pode evitar a violncia e o crime?

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    Outros estudos tm provado que sim. Tanto que, conforme voc estudou no mdulo 2, a ONU, por meio da Resoluo n 26, de 28 de julho de 1999, do Conselho Econmico e Social das Naes Unidas, prev que os Estados devem desenvolver, ao lado dos respectivos sistemas judiciais, a promoo dos chamados ADRs Alternative Dispute Resolution( Arbitragem, conciliao e negociao e mediao). Aula 2 O Programa Nacional de Segurana com Cidadania (PRONASCI) O investimento em meios de resoluo pacfica de conflitos, em polticas pblicas voltadas para a promoo da cidadania, na ampliao do acesso Justia e na construo da paz tem se mostrado um eficiente instrumento na preveno e controle da violncia e da criminalidade. Alinhado ao conceito e as prticas de segurana cidad o Ministrio da Justia implementou o Programa Nacional de Segurana com Cidadania (Pronasci).

    O conceito de segurana cidad surgiu na Colmbia, na dcada de 1990, e est em crescente implantao na Amrica Latina. A segurana cidad defende a implementao integrada de polticas pblicas multissetoriais, promovendo o acesso Justia em nvel local.

    Programa Nacional de Segurana com Cidadania (PRONASCI) Criado a partir de maro de 2007, pelo Ministro da Justia, Tarso Genro, a palavra-chave do projeto articulao. O programa uma iniciativa pioneira que rene aes de preveno, controle e represso da violncia com atuao focada nas razes socioculturais do crime. Articula programas de Segurana Pblica com polticas sociais j desenvolvidas pelo governo federal, sem abrir mo das estratgias de controle e represso qualificada criminalidade. As aes desenvolvidas pelo PRONASCI seguiro ainda as diretrizes estabelecidas pelo Sistema nico de Segurana Pblica, cujo eixo central a articulao entre Unio, estados e municpios para o combate ao crime. Saiba mais o sobre PRONASCI e seus projetos. (http://portal.mj.gov.br/pronasci/data/Pages/MJE24D0EE7ITEMIDAF1131EAD238415B96108A0B8A0E7398PTBRIE.htm) Alm dos projetos do PRONASCI, outras aes merecem ateno, dentre elas, os ncleos comunitrios de mediao:

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    O que so? Espaos destinados prtica da mediao. Como so criados?

    Podem ser criados no contexto de uma instituio pblica, de organizaes da sociedade civil ou na prpria comunidade. Quem os compem?

    Podem ser compostos por tcnicos, membros da comunidade ou, ainda, ter uma formao mista, em que tcnicos e mediadores comunitrios trabalham em conjunto.

    Importante! De acordo com a UCB Virtual, no contexto da Poltica Nacional de Segurana Pblica (Atualmente, representada principalmente pelo Programa Nacional de Segurana com Cidadania Pronasci.), a implantao de ncleos de mediao de conflitos, em sua maior parte, comunitrios, representa um importante componente na promoo da cidadania. (UCB Virtual/Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica). Saiba mais sobre os Ncleos de Segurana Pblica e seu funcionamento. Ncleo de Mediao de Conflitos em Minas Gerais. (http://www.seds.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=285&Itemid=119) Governo de Minas promove ao preventiva por meio do Programa Mediao de Conflitos. (Vdeo: http://www.youtube.com/watch?v=5aslVdu39ug) Aula 3 Atuao policial e a abordagem mediativa Nos contextos onde a polcia comunitria est presente percebe-se que a atuao policial est diretamente relacionada prtica da mediao de conflitos. O policial muitas vezes a principal referncia da comunidade para a presena do Estado em seu meio. Nesse sentido, as unidades de polcia (tanto civis quanto militares) so frequentemente procuradas pela populao para a resoluo dos mais diversos problemas. Dentre esses, grande parte representa pequenos conflitos em desenvolvimento na vizinhana que, se no devidamente administrados, podem se agravar, gerando violncia. (UCB Virtual, Tecnologia em Segurana e Ordem Pblica)

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    Dentre as abordagens utilizadas, destaca-se a abordagem mediativa para a atuao policial, pois proporciona o dilogo com a comunidade e atuao na administrao de conflitos.

    Importante! Observe que a expresso utilizada abordagem mediativa e no mediao de conflitos, pois dependendo do contexto, o policial e a sua autoridade no tero a oportunidade de atuar como mediador e nem as partes de agir com autonomia. A orientao para o dilogo entre os envolvidos, as tcnicas de comunicao no-violenta so fundamentais para da atuao policial nesse novo contexto. (http://pt.wikihow.com/Praticar-a-Comunica%C3%A7%C3%A3o-N%C3%A3o-Violenta) Para finalizar o estudo deste mdulo, foi selecionada uma srie de artigos da revista PUCVIVA, que na edio de n 30, trata do tema violncia urbana. Este nmero da Revista PUCViva est dedicado tarefa de elevar a conscincia sobre a gravidade da violncia urbana e a necessidade de v-la como produto da decomposio social do capitalismo. (http://www.apropucsp.org.br/revista/r30_r01.htm )

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    Finalizando Neste mdulo, voc estudou que:

    O estudo realizado por Lima (2002) aponta que grande parte dos homicdios, na grande So Paulo, tem origem em pequenos conflitos gerados na prpria comunidade.

    Alm do investimento em meios de resoluo pacfica de conflitos, o

    investimento em polticas pblicas voltadas para a promoo da cidadania, ampliao do acesso Justia e a construo da paz tem se mostrado um eficiente instrumento na preveno e controle da violncia e da criminalidade. Na busca de aes efetivas dentro desse contexto, o governo implementou em 2007, o Programa Nacional de Segurana com Cidadania.

    Nos contextos onde a polcia comunitria est presente percebe-se que

    a atuao policial est diretamente relacionada prtica da mediao de conflitos.

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    Neste mdulo apresentado um exerccio de fixao para auxiliar a compreenso do contedo. Exerccio: 1. Marque (V) para as sentenas verdadeiras e (F) para as falsas: ( ) O policial, muitas vezes, a principal referncia da comunidade para a presena do Estado em seu meio. Nesse sentido, as unidades de polcia (tanto civis quanto militares) so frequentemente procuradas pela populao para a resoluo dos mais diversos problemas. ( ) O estudo realizado por Lima reafirmou a tese que a taxa de homicdios em So Paulo est relacionada ao trfico de drogas. ( ) O investimento em polticas pblicas voltadas para a promoo da cidadania, ampliao do acesso Justia e a construo da paz tem se mostrado um eficiente instrumento na preveno e controle da violncia e da criminalidade. ( ) A implantao de ncleos de mediao de conflitos, em sua maior parte, comunitrios, representa um importante componente na promoo da cidadania.

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    Ganarito: 1. Marque (V) para as sentenas verdadeiras e (F) para as falsas: ( V ) O policial, muitas vezes, a principal referncia da comunidade para a presena do Estado em seu meio. Nesse sentido, as unidades de polcia (tanto civis quanto militares) so frequentemente procuradas pela populao para a resoluo dos mais diversos problemas. ( F ) O estudo realizado por Lima reafirmou a tese que a taxa de homicdios em So Paulo est relacionada ao trfico de drogas. ( V ) O investimento em polticas pblicas voltadas para a promoo da cidadania, ampliao do acesso Justia e a construo da paz tem se mostrado um eficiente instrumento na preveno e controle da violncia e da criminalidade. ( V ) A implantao de ncleos de mediao de conflitos, em sua maior parte, comunitrios, representa um importante componente na promoo da cidadania.

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