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Tabelas de Recursos e Usos (TRU), Matriz Insumo-Produto (MIP) e Matriz de Contabilidade Social (MCS) do estado do Pará Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Fapespa MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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Page 1: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

Tabelas de Recursos e Usos (TRU), Matriz Insumo-Produto (MIP) e Matriz de Contabilidade Social (MCS) do estado do Pará

Fundação Amazônia de Amparoa Estudos e Pesquisas do Pará

Fapespa

MEDIDAS DA ATIVIDADE

ECONÔMICA NO ESTADO

DO PARÁ

Page 2: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ: Tabelas de Recursos e Usos (TRU), Matriz Insumo--Produto (MIP) e Matriz de Contabilidade Social (MCS) do

estado do Pará.

Belém - Pará2015

FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS EPESQUISAS DO PARÁ - FAPESPA

Page 3: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ: Tabelas de Recursos e Usos (TRU), Matriz Insumo-Produto (MIP) e Matriz de Contabilidade Social (MCS) do estado do Pará.

Belém - Pará2015

Contrato nº 07/2012 de prestação de serviço técnico-científico, que celebra o estado do Pará, por meio da Fundação Amazônia de Ampa-ro a Estudos e Pesquisas do Pará, Fapespa, e a Fundação de Apoio a Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias - FUNPEA, com o objetivo de estimar as Tabelas de Recursos e Usos Regional - TRUR e a Matriz de Insumo–Produto - MIP, com base nas técnicas de contabili-dade social e de modelos estatísti-cos macroeconômicos para o estado do Pará, ano base de 2009.

Page 4: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robison Oliveira JateneGovernador do Estado do Pará

José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO TÉCNICA E TECNOLÓGICA - SECTET

Alex Fiúza de MeloSecretário de Estado de Ciência, Educação Técnica e Tecnológica

Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa

Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente

Alberto Cardoso ArrudaDiretor Científico

Geovana Raiol PiresDiretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

Maria Glaucia MoreiraDiretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

Marco Antônio Barbosa da CostaDiretor Administrativo

Eduardo Alberto da Silva LimaDiretor de Planejamento, Orçamento e Finanças

Paulo Henrique da CunhaDiretor de Operações Técnicas

Page 5: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

EXPEDIENTE

Publicação Oficial: © 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Elaboração, edição e distribuição Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa.Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado. Bairro: São Brás – Belém – PA, CEP: 66.060-575 Fone: (91) 3323 2550Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br

Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente

Diretoria de Estatística e de Tecnologia e Gestão da InformaçãoMaria Gláucia Pacheco Moreira

Coordenadoria de Estatística Econômica e Contas RegionaisJosé Dias de Carvalho Zurutuza

Coordenador TécnicoSérgio Castro Gomes

Coordenador AcadêmicoAntônio Cordeiro de Santana – Ufra/Funpea

Equipe Técnica: Ana Cláudia Oliveira AndradeJosé Dias de Carvalho Zurutuza Maria Glaucia Pacheco Moreira Marcilio da Silva MatosRenan Alves BrandãoSérgio Castro Gomes

Produção editorial Frederico MendonçaHelen BarataJuliana SaldanhaWagner Santos

RevisãoJuliana Saldanha

ColaboraçãoSecretaria de Estado da Fazenda - SEFASecretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará – SEDEMESecretaria Estadual de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca – SEDAPFederação das Indústrias do Estado do Pará - Rede de Fornecedores/FIEPA

Normalização:Anderson Alberto Saldanha TavaresAndrea Cristina dos Santos CorreaJacqueline Queiroz Carneiro

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação

F981m Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará em 2009: Tabe-las de Recursos e Usos (TRU), Matriz Insumo-Produto (MIP) e Matriz de Contabilidade Social (MCS) do Estado do Pará 111 f.: il. 1. Indicadores Macroeconômicos. 2. Pará - Matriz de Contabilidade So-cial. 3. Matriz de Insumo Produto. 4. Contas Regionais - Pará. I. FAPESPA. II. Título

CDD. 339.098115

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

APRESENTAÇÃO

Inúmeros desafios estão postos na atualidade à sociedade paraense. Dentre eles, o de construir uma sociedade mais justa e inclusiva, e isto perpassa fundamentalmente pela mudança da trajetória atual de desenvolvimento, assentada num modelo primário-exportador, fundamen-talmente de commodities agrícolas e minerais, que gera poucos efeitos multiplicadores no res-tante da economia estadual. Numa trajetória alternativa, desejada, vislumbra-se a necessidade de incorporação do conhecimento (Ciência, Tecnologia e Inovação), como sendo insumo estratégico para a vertica-lização das cadeias produtivas locais, incorporação de maior valor agregado aos produtos da região, geração de empregos mais qualificados e internalização da riqueza e da renda gerada. Como consequência, inevitavelmente haverá maior justiça social e cidadania na medida em que os efeitos transbordamento (spillover) propiciarão melhoria dos indicadores sociais. Este desafio sublima a importância das políticas públicas como elemento catalizador do desenvolvimento regional. Entrementes, para o aperfeiçoamento do processo de planejamento e gestão de políticas públicas é sine qua non condicio à existência de uma boa base de informa-ções, atualizadas, e a disponibilidade de ferramentas analíticas que permitam aos gestores maior segurança técnica para a tomada discricionária de decisões. Ferramentas adequadas podem per-mitir ao gestor, previamente à tomada de decisão, estabelecer uma comparação entre possíveis alternativas, os seus reais custos de oportunidade, e, principalmente, os seus efeitos na economia estadual. Com isto, as decisões sobre a concessão de incentivos fiscais e o apoio a determinadas cadeias produtivas, por exemplo, passam a ter maior balizamento técnico-analítico. É, portanto, seguindo esta diretriz que a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) lança a publicação Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará, composta por três ferramentas analíticas macroeconômicas que permitem um melhor conhecimento da estrutura produtiva do estado: as Tabelas de Recursos e Usos (TRU), a Matriz de Insumo Produto (MIP) e a Matriz de Contabilidade Social (MCS). Convêm destacar o caráter de ineditismo deste estudo que possibilita: avaliar as contas de operações de Bens e Serviços, de Produção e de Geração de Renda, por setor de atividade da economia; fornecer informações resumidas sobre os fluxos de bens e serviços entre as indústrias, setores econômicos e as liga-ções para frente e para trás da economia paraense no ano de 2009; avaliar os efeitos endógenos das conexões dos resultados da produção, do valor adicionado e da participação das instituições. É de bom alvitre, finalmente, mencionar que o produto, ora lançado pela Fapespa, coor-denado pela Diretoria de Estatística e de Tecnologia e Gestão da Informação, fora iniciado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) e contou com o apoio fundamental da Secretaria de Estado da Fazenda do Estado do Pará (Sefa), da Secreta-ria Estadual do Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca (Sedap) e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Mineração e Energia (Sedeme), juntamente com a cooperação científica do Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente da FAPESPA

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Pará: Oferta de Bens e Serviços - 2009......................................................................................17Tabela 2 - Pará - Produção das atividades, importação e oferta total - 2009..............................................18Tabela 3 - Pará: Produção das atividades e importação - 2009..................................................................19Tabela 4 - Pará – Oferta total a preços de consumidor Oferta total a preço básico Margens e Impostos sobre a produção líquidos de subnsidios...................................................................................................20Tabela 5 - Pará - Consumo intermediário das atividades...........................................................................21Tabela 6 - Pará –Demanda Final e Total - 2009.........................................................................................22Tabela 7 - Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade – 2009............................................23Tabela 8 - Componentes do Produto Interno Bruto sob Ótica da Produção - 2009...................................24Tabela 9 - Componentes do Produto Interno Bruto sob Ótica da Despesa - 2009....................................25Tabela 10 - Matriz de Insumo-Produto, estado do Pará, 2009...................................................................31Tabela 11 - Matriz dos coeficientes técnicos intersetoriais - Matriz D.Bn...................................................31Tabela 12 - Matriz de impacto intersetorial ou de efeitos diretos e indiretos - Matriz de Leontief..............33Tabela 13 - Multiplicadores do VBP direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009 ....................................................................................................................43Tabela 14 - Multiplicadores de Renda, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009.....................................................................................................................44Tabela 15 - Multiplicadores de Emprego, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009.............................................................................................................45Tabela 16 - Multiplicadores de Lucro, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009.....................................................................................................................46Tabela 17 - Correlação linear entre os multiplicadores de produto, renda e emprego...............................47Tabela 18 - Matriz de Contabilidade Social (MCS), estado do Pará, 2009................................................52Tabela 19 - Matriz de propensão média a gastar da matriz de contabilidade social do estado do Pará – 2009........................................................................................................................................................................53Tabela 20 - Matriz de efeitos-transferência da economia paraense – 2009...............................................56Tabela 21 - Matriz de efeitos-cruzados da economia paraense – 2009.....................................................58Tabela 22 - Matriz de efeitos-circular da economia paraense – 2009........................................................58Tabela 23 - Matriz de efeitos-globais da economia paraense – 2009........................................................60Tabela 24 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela atividade agropecuária, Estado do Pará, 2009.................................................................................................................................61Tabela 25 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela indústria extrativa, Estado do Pará, 2009.............................................................................................................................................62Tabela 26 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela indústria de transformação, Estado do Pará, 2009.................................................................................................................................64Tabela 27 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela atividade de Produção e dis-tribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, estado do Pará, 2009..............................64Tabela 28 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Construção ci-

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

vil, Estado do Pará, 2009...........................................................................................................................66Tabela 29 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação, Estado do Pará, 2009....................................................................67Tabela 30 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Transporte, armazenagem e correio, Estado do Pará, 2009.........................................................................................68Tabela 31 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Serviços de informação, Estado do Pará, 2009.............................................................................................................69Tabela 32 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, Estado do Pará, 2009................70Tabela 33 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Imobiliária e aluguéis, Estado do Pará, 2009.................................................................................................................71Tabela 34 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Administra-ção, saúde e educação públicas e seguridade social, Estado do Pará, 2009............................................72Tabela 35 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de outros servi-ços, Estado do Pará, 2009.........................................................................................................................73Tabela 36 - Multiplicadores de Produto, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009.............................................................................................................75Tabela 37 - Multiplicadores de Emprego, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009.............................................................................................................77Tabela 38 - Multiplicadores de Renda, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009.............................................................................................................79Tabela 39 - Representação das Tabelas de Recursos e Usos..................................................................81

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Participação da despesa de consumo final, da Formação Bruta de Capital e do Saldo da Balança Comercial na formação do PIB pela ótica da Despesa, Pará e Brasil, 2009..............................................25Figura 2 - Participação dos Componentes da Despesa de Consumo Final, Pará e Brasil, 2009........................26Figura 3 - Formação Bruta de Capital e de Capital Fixo, Exportação, Importação e o Saldo da Balança Co-mercial, Pará e Brasil, 2009.......................................................................................................................26Figura 4 - Saldo da Balança Comercial, segundo destino e origem das exportações e importações, Pará – 2009...............................................................................................................................................................27Figura 5 - Componentes do Valor Adicionado, Pará e Brasil, 2009.............................................................28Figura 6 - Participação dos Componentes das Remunerações dos Empregados, Pará e Brasil, 2009...........28Figura 7 - Participação dos Componentes do Excedente Operacional e Impostos, Pará e Brasil, 2009.........29Figura 8 - Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009..............................................35Figura 9 - Índice de encadeamento para frente da economia paraense, 2009...........................................36Figura 10 - Coeficiente de variação Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009............37Figura 11 - Classificação dos setores-chave da economia paraense, 2009...............................................38Figura 12 - Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009............................................39Figura 13 - Índice de encadeamento para frente da economia paraense, 2009.........................................40Figura 14 - Impacto sobre a produção versus impacto sobre o emprego, estado do Pará, 2009........................48Figura 15 - Impacto sobre a produção versus impacto sobre a renda, estado do Pará, 2009.........................49Figura 16 - Impacto sobre o emprego versus impacto sobre a renda, estado do Pará, 2009.........................50Figura 17 - Representação do encadeamento endógeno mediante impacto dos estímulos exógenos.........51Figura 18 - Efeitos de ligação intersetorial para trás dos setores econômicos, estado do Pará, 2009..............74Figura 19 - Efeitos de ligação intersetorial para frente dos setores econômicos, estado do Pará, 2009..........74Figura 20 - Composição dos impactos de R$1 milhão da demanda final sobre o Valor Bruto da Produção (VBP), estado do Pará, 2009......................................................................................................................75Figura 21 - Composição dos impactos de R$1 milhão da demanda final sobre o Emprego, estado do Pará, 2009...........................................................................................................................................................78Figura 22 - Representação da decomposição do efeito total do multiplicador de renda, estado do Pará, 2009......................................................................................................................................................................80Figura 23 - Representação do encadeamento endógeno mediante impacto dos estímulos exógenos.......101

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Síntese das informações extraídas da Tabela de Recursos e Usos (TRU).............................91Quadro 2 - Matriz de Insumo-Produto para uma economia com 2 setores)..............................................94Quadro 3 - Estrutura da Matriz de Contabilidade Social (MCS) de acordo com as suas contas endógenas e as contas exógenas......................................................................................................................................101

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................152 RELEVÂNCIA DOS RESULTADOS DAS MATRIZES TRU, MIP E MCS................................................163 TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRU)............................................................................................173.1 TABELAS DE RECURSOS DE BENS E SERVIÇOS.................................................................................173.2 TABELAS DE USOS DE BENS E SERVIÇOS...........................................................................................203.3 TABELAS DAS COMPONENTES DO VALOR ADICIONADO..................................................................223.4 O PIB PELAS ÓTICAS DO PRODUTO, DA DESPESA E DA RENDA...........................................................243.4.1 Ótica da Produção.............................................................................................................................243.4.2 Ótica da Demanda.............................................................................................................................253.4.3 Ótica da Renda...................................................................................................................................274 MATRIZ DE INSUMO - PRODUTO (MIP)...............................................................................................304.1 RESULTADOS DA MATRIZ DE INSUMO – PRODUTO.............................................................................304.1.1 Seleção dos setores-chave da economia paraense..........................................................................344.1.2 Efeitos multiplicadores da economia paraense – base MIP.........................................................424.1.2.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção............................................................................................424.1.2.2 Multiplicador da Renda.....................................................................................................................434.1.2.3 Multiplicador de Emprego.................................................................................................................454.1.2.4 Multiplicador de Lucro.......................................................................................................................464.1.2.5 Análise do coeficiente de correlação linear de Pearson entre os multiplicadores....................................475 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL (MCS).....................................................................................515.1 RESULTADOS DA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL (MCS).....................................................515.1.1 Leitura dos dados das matrizes que compõem a matriz de efeitos globais.........................................545.1.1.1 Matriz de efeitos-transferência.........................................................................................................545.1.1.2 Matriz de efeitos-cruzados................................................................................................................565.1.1.3 Matriz de efeitos-circular...................................................................................................................575.1.1.4 Matriz de efeitos-globais...................................................................................................................595.1.2 Matriz de efeitos globais e sua decomposição por atividade.............................................................605.1.2.1 A Agropecuária como atividade induzida............................................................................................615.1.2.2 A Indústria Extrativa como atividade induzida.....................................................................................625.1.2.3 A Indústria de transformação como atividade induzida........................................................................635.1.2.4 A Indústria de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana como atividade induzida.......................................................................................................................................645.1.2.5 A Indústria de Construção civil como atividade induzida...................................................................655.1.2.6 A Indústria de Comércio e serviços de manutenção e reparação como atividade induzida ..........665.1.2.7 A atividade de Transporte, armazenagem e correio como atividade induzida.................................675.1.2.8 A atividade de serviços de informação como atividade induzida....................................................685.1.2.9 A atividade de Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados como atividade induzida.............................................................................................................................69

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

5.1.2.10 A atividade de imobiliárias e aluguéis como atividade induzida.....................................................655.1.2.11 A atividade de Administração, saúde e educação públicas e seguridade social como atividade indu-zida............................................................................................................................................................715.1.2.12 A atividade de Outros serviços como atividade induzida..............................................................725.1.3 Efeitos de ligação intersetorial para frente e para trás dos setores econômicos......................735.1.4 Efeitos multiplicadores da economia paraense – base MCS......................................................755.1.4.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção........................................................................................755.1.4.2 Multiplicador do Emprego...............................................................................................................765.1.4.3 Multiplicador da Renda...................................................................................................................78 6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DA TRU, MIP E MCS DO ESTADO DO PARÁ – 2009.......................................................................................................................................816.1 TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRU).........................................................................................816.1.1 Procedimentos para elaboração da TRU-PA..................................................................................826.1.1.1 Valor de Produção (VP)..................................................................................................................836.1.1.2 Consumo Intermediário...................................................................................................................836.1.1.3 Importações e Exportações do Resto do Mundo............................................................................846.1.1.4 Importação e exportação do Resto do Brasil (interestadual)...........................................................856.1.1.5 Margens de Comércio e de Transporte..........................................................................................856.1.1.6 Impostos, líquidos de subsídios sobre produto...............................................................................856.1.1.7 Consumo do Governo.....................................................................................................................866.1.1.8 Consumo Final das Famílias............................................................................................................866.1.1.9 Formação Bruta de Capital Fixo....................................................................................................866.1.1.10 Variação de estoque.....................................................................................................................876.1.1.11 Componentes do Valor Adicionado...............................................................................................876.1.1.11.1 Pessoal ocupado........................................................................................................................876.1.1.11.2 Remuneração dos empregados..................................................................................................876.1.1.11.3 Excedente operacional bruto mais rendimento misto................................................................886.1.1.11.4 Outros impostos sobre a produção e outros subsídios à produção e importação.....................886.1.2 Equilíbrio entre Oferta e Demanda................................................................................................896.2 MATRIZ INSUMO-PRODUTO (MIP)....................................................................................................906.2.1 Matrizes a preços constantes...........................................................................................................906.2.2 Hipótese sobre a tecnologia...........................................................................................................906.2.3 Cálculo dos coeficientes técnicos–modelo de tecnologia do setor simples..............................916.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto.........................................................................................936.2.5 Matriz de Coeficientes Técnicos ou de efeitos diretos...............................................................956.2.6 Matriz de Leontief ou de Efeitos Diretos e Indiretos ou de Efeitos Globais...............................956.2.7 Multiplicadores de impactos econômicos.....................................................................................966.2.7.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção (VBP)............................................................................976.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)...............................................................................................................98

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

6.2.7.3 Multiplicador do Emprego (E).........................................................................................................986.2.7.4 Multiplicador do Lucro (Lu).............................................................................................................996.2.8 Efeitos de interligação setorial......................................................................................................1006.2.8.1 Matriz de efeitos para trás (Et).....................................................................................................1006.2.8.2 Matriz de efeitos para frente (Ef)..................................................................................................1006.3 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL.............................................................................................1016.3.1 Estrutura da MCS..........................................................................................................................1016.3.2 Determinação dos efeitos multiplicadores da MCS...................................................................1027 CONCLUSÃO........................................................................................................................................105REFERÊNCIAS........................................................................................................................................107GLOSSÁRIO...........................................................................................................................................110ANEXO A - Classificação das Atividades e produtos participantes da TRU segundo o Cadastro Na-cional de Atividades Econômicas (CNAE) versão 2.0 - Estado do Pará, 2009 / 40 atividades e 73 pro-dutos.......................................................................................................................................................113

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

1 INTRODUÇÃO

O relatório tem por objetivo apresentar os principais resultados obtidos a partir do esforço de sistematização das informações e dos procedimentos metodológicos adotados para produzir as informações econômicas sobre a estrutura produtiva do estado do Pará e suas conexões com as demais Unidades da Federação e com o resto do mundo. Na primeira parte deste relatório apresentam-se os resultados e as análises dos indi-cadores para um modelo reduzido da economia paraense, estruturada em 12 (doze) setores econômicos e resumidos nas Tabelas de Recursos e Usos (TRU), descrevendo a oferta de bens e serviços a preços de consumidor; produção das atividades, importação e oferta total; consumo intermediário e a demanda final; o valor adicionado (VA) e as componen-tes do VA por setor de atividade econômica da TRU. A partir da Matriz de Insumo-Produto (MIP),elaborada para o mesmo número de setores, foi possível calcular e analisar os resul-tados dos coeficientes técnicos da Matriz de Leontief, dos efeitos para trás e para frente e os multiplicadores de produto, renda, emprego e lucro. E, com base na Matriz de Contabilidade Social (MCS), foram calculados e analisados os resultados da matriz de efeitos globais e os efeitos de transferência, cruzado e circular, que compõem o efeito global, e o efeito de enca-deamentos a montante e a jusante, para cada um dos setores, e seus efeitos multiplicadores de renda, produção, emprego e lucro. Na segunda parte, apresenta-se, em anexo, um resumo metodológico dos procedi-mentos e métodos utilizados para estimar os principais agregados da TRU, da MIP e da MCS, que possibilitaram a elaboração da matriz de impacto direto e indireto, dos índices de encadeamento para frente e para trás e dos efeitos multiplicadores. A estrutura básica de cálculo da TRU considerou uma matriz formada por 73 grupos de produtos e 40 atividades econômicas. Neste relatório, apresentamos as matrizes TRU, a MIP e a MCS para 12 produtos, por 12 atividades. No site da Fapespa é possível ter acesso à TRU e à MIP (40 produtos por 40 atividades). As linhas representam os produtos e servi-ços trabalhados ou divulgados, no entanto, serão descritos, apenas, como produtos. É válido frisar que a TRU e a MIP do Estado guardam correspondência com os instru-mentos elaborados pelo IBGE para o nível de agregação nacional, apesar das adaptações realizadas diante da ausência de dados primários adequados, o que não produziu viés sig-nificativo no resultado final.

Page 16: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

2 RELEVÂNCIA DOS RESULTADOS DAS MATRIZES TRU, MIP E MCS

Uma etapa importante rumo ao Sistema de Contas Regionais (SCR) e na construção de um sistema de informações macroeconômicas é o cálculo das Tabelas de Recursos e Usos Regionais (TRU), que consiste de uma ferramenta de análise econômica a partir da geração de dados estatísticos, na qual os fluxos de bens e serviços entre as atividades de uma região são detalhados em um determinado período de tempo, segundo suas origens e destinos, e, entre outros aspectos, há a possibilidade de se calcular o Produto Interno Bruto, pelas óticas da produção, demanda e renda. A Matriz de Insumo-Produto (MIP) é um instrumento de análise econômica que obje-tiva avaliar as relações de interdependência entre os diversos setores de atividades econô-micas e toma como base a teoria do equilíbrio geral. Leontief mostrou como um setor econô-mico se interliga a outro, seja na condição de demandante ou ofertante de bens e serviços, o que mostra a dependência direta ou indireta de um setor por outro e vice-versa. O questionamento central no qual se baseia a MIP é saber qual o impacto sobre cada um dos setores produtivos de uma determinada região e seu nível de renda geral quando a demanda final se eleva ou se contrai. Ou ainda, de que forma uma decisão de consumo ou de investimento influencia o setor produtivo. A Matriz de Contabilidade Social (MCS) é uma expansão da MIP e das Contas Nacio-nais (Regionais) que demonstra o fluxo circular de uma economia de mercado e representa a estrutura econômica vigente em um determinado período de tempo, considerando a sua estrutura social e institucional. Enquanto a MIP oferece informações detalhadas sobre o relacionamento entre os se-tores econômicos, o valor adicionado (salários e lucros) pelo processo produtivo, impostos e importações e os demandantes finais (famílias, governos, FBCF e a exportação), a MCS vai além das relações de produção intersetorial e incorpora ao modelo as ações realizadas pelos agentes econômicos detentores dos fatores de produção, que receberam remunera-ções pela realização de serviços e dos agentes institucionais, que absorveram a produção. Esses resultados servem para nortear o planejamento público, no que tange ao impacto causado na economia, de forma que determinem a melhor alocação dos recursos na sociedade e gerem emprego, renda e proporcionar melhorias na condição de vida da população paraense.

Page 17: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 1- Pará: Oferta de Bens e Serviços - 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPANota: consolidado para economia do estado do Pará, a partir da TRU, no anexo I

3 TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRU)

3.1 TABELAS DE RECURSOS DE BENS E SERVIÇOS

A TRU é composta por um conjunto de matrizes e vetores, conforme resumido na tabela 1 da seção de metodologia, em que, no bloco A1 da produção, as linhas (Produtos) identificam e totalizam a produção dos produtos pelos diferentes setores de atividade, e as colunas (Atividades) identificam os produtos produzidos em cada setor de atividade, totali-zando o valor da produção da atividade. No bloco B1 do consumo intermediário, as linhas (produtos) identificam os produtos intermediários consumidos por cada setor de atividade, e as colunas (atividades) identificam o que cada setor de atividade consome dos demais como insumo para produção, totalizando o consumo intermediário de cada setor de ativida-de. A lista com os produtos e as respectivas atividades encontra-se no anexo I A tabela 1 apresenta o total da oferta de bens e serviços da economia paraense a preços do consumidor, em 2009. Os valores nulos para as margens de comércio e transpor-te devem ser excluídos no caso da agregação de todos os setores da economia, conforme Feijó e Ramos (2003).

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3 TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRU)

3.1 TABELAS DE RECURSOS DE BENS E SERVIÇOS

A TRU é composta por um conjunto de matrizes e vetores, conforme resumido na

tabela 1 da seção de metodologia, em que, no bloco A1 da produção, as linhas (Produtos)

identificam e totalizam a produção dos produtos pelos diferentes setores de atividade, e as

colunas (Atividades) identificam os produtos produzidos em cada setor de atividade,

totalizando o valor da produção da atividade. No bloco B1 do consumo intermediário, as

linhas (produtos) identificam os produtos intermediários consumidos por cada setor de

atividade, e as colunas (atividades) identificam o que cada setor de atividade consome dos

demais como insumo para produção, totalizando o consumo intermediário de cada setor de

atividade. A lista com os produtos e as respectivas atividades encontra-se no anexo I

A tabela 1 apresenta o total da oferta de bens e serviços da economia paraense a preços

do consumidor, em 2009. Os valores nulos para as margens de comércio e transporte devem

ser excluídos no caso da agregação de todos os setores da economia, conforme Feijó e Ramos

(2003).

Tabela 1- Pará: Oferta de Bens e Serviços - 2009 - R$1.000.000

Tabela de Recursos de bens e serviços Valor

Oferta total a preço de consumidor 125.393

Margem de Comércio 0

Margem de Transporte 0

Impostos líquidos de subsídios 5.936

Oferta total a preços básicos 119.457

Total do produto 92.201

Importação 27.255 Fonte: FAPESPA Nota: consolidado para economia do estado do Pará, a partir da TRU, no anexo I

A tabela 2 apresenta o valor da produção, o total da importação e a oferta total da

economia a preços básicos, ou seja, preços recebidos efetivamente pelos produtores, excluídos

os impostos e as margens de transporte e de comercialização, por produto. Desse total

produzido, pode-se observar como a produção é distribuída entre os setores.

A tabela 2 apresenta o valor da produção, o total da importação e a oferta total da economia a preços básicos, ou seja, preços recebidos efetivamente pelos produtores, excluídos os impostos e as margens de transporte e de comercialização, por produto. Desse total produzido, pode-se observar como a produção é distribuída entre os setores. O valor total dos produtos ofertados pela economia paraense alcançou R$119,4 bilhões em 2009, 77,2% deles foram produzidos internamente e 22,8%, provenientes de outros estados ou países. Da produção realizada apenas no estado (R$ 92.201 bilhões), quatro grupos de produtos se destacaram: Indústria de Transformação com 18,7%, seguido pelos produtos da administração, saúde e educação públicas e seguridade social, com 15,8%, comércio e serviços de manutenção e reparação, com 11,1% e a indústria extrativa, com 11,0%.

Page 18: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Os produtos típicos da indústria de transformação contribuíram com R$40,5 bilhões ou 34,0%da oferta total a preços básicos, dos quais 42,5% foram produzidos em território paraense e os demais 57,5% vieram do mercado externo, o que mostra a dependência da economia paraense em relação ao resto do Brasil e do mundo. A distribuição dos demais produtos na oferta total ficou em 12,2% para a Administração, saúde e educação públicas e seguridade social, 9,42% na Indústria extrativa, o Comércio e Servi-ços de Manutenção e Reparação, com 8,54% e Construção civil, com 6,7%.

Tabela 2 - Pará - Produção das atividades, importação e oferta total - 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPA

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O valor total dos produtos ofertados pela economia paraense alcançou R$119,4 bilhões

em 2009, 77,2% deles foram produzidos internamente e 22,8%, provenientes de outros

estados ou países. Da produção realizada apenas no estado (R$ 92.201 bilhões), quatro grupos

de produtos se destacaram: Indústria de Transformação com 18,7%, seguido pelos produtos

da administração, saúde e educação públicas e seguridade social, com 15,8%, comércio e

serviços de manutenção e reparação, com 11,1% e a indústria extrativa, com 11,0%.

Os produtos típicos da indústria de transformação contribuíram com R$40,5 bilhões ou

34,0%da oferta total a preços básicos, dos quais 42,5% foram produzidos em território

paraense e os demais 57,5% vieram do mercado externo, o que mostra a dependência da

economia paraense em relação ao resto do Brasil e do mundo.

A distribuição dos demais produtos na oferta total ficou em 12,2% para a

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social, 9,42% na Indústria extrativa, o

Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação, com 8,54% e Construção civil, com 6,7%.

Tabela 2 - Pará - Produção das atividades, importação e oferta total - 2009 - R$1.000.000

Total da

Produção Total das

Importações

Oferta total a preços básicos

Agropecuária. 4.860 1.019 5.879 Indústria extrativa. 10.176 1.077 11.253 Indústria de transformação. 17.251 23.325 40.577 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana.

3.942 786 4.728

Construção civil. 7.909 66 7.974 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação. 10.189 7 10.196 Transporte, armazenagem e correio. 4.847 600 5.448 Serviços de informação. 2.342 123 2.465 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados.

2.459 0 2.459

Atividades imobiliárias e aluguéis. 6.178 54 6.231 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social. 14.581 0 14.581 Outros serviços. 7.468 198 7.665

Total 92.201 27.255 119.457 Fonte: FAPESPA

A oferta de produtos importados no estado concentrou-se, fortemente, em produtos da

atividade de Indústria de Transformação, com a participação de 85,6%. A importação

realizada de outros estados foi dominante nos principais três grupos de produtos: na

agropecuária, 80,8%; na indústria extrativa, 91,7%; e na indústria de transformação, 93,6%.

A oferta de produtos importados no estado concentrou-se, fortemente, em produtos da ati-vidade de Indústria de Transformação, com a participação de 85,6%. A importação realizada de outros estados foi dominante nos principais três grupos de produtos: na agropecuária, 80,8%; na indústria extrativa, 91,7%; e na indústria de transformação, 93,6%. Esse resultado demonstra a dependência da economia paraense em relação às economias do resto do Brasil para ofertar pro-dutos aos setores econômicos importantes no estado (Tabela 3). De acordo com a Tabela 4, as unidades produtivas classificadas no setor de atividade Agro-pecuária (Coluna) produziram R$4,8 bilhões dentro do próprio setor, R$0,7 bilhões em produtos típicos da Indústria de transformação e um valor residual de produtos extrativos minerais. O total da produção do setor de Atividade Agropecuária alcançou R$5,6 bilhões. A oferta da atividade da Indústria de transformação totalizou R$16,7 bilhões, dos quais foram R$16,5 bilhões em produtos do próprio setor, R$0,1 bilhão em prestações de serviços Comerciais de manutenção e reparação e R$0,1 bilhão em serviços das Atividades de imobili-árias e aluguéis. Segundo Feijo & Ramos (2003), a distribuição da produção de um produto ocorre entre vá-rios setores e reflete a diversificação da linha de produção da empresa, o que sinaliza para o fato de ocorrerem produções secundárias em cada setor de atividade.

Page 19: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

19

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 3 - Pará: Produção das atividades e importação - 2009 - R$ 1.000.000

Fonte: FAPESPA

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Tabela 3 - Pará: Produção das atividades e importação - 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPA

Descrição do produto

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Prod

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Agropecuária 4.860 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4.860 196 823

Indústria extrativa 3 10.173 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10.176 90 987

Indústria de transformação 760 0 16.491 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17.251 1.491 21.834

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0 0 0 3.942 0 0 0 0 0 0 0 0 3.942 0 786

Construção civil 0 0 0 0 7.909 0 0 0 0 0 0 0 7.909 0 66

Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0 4 116 0 0 10.058 0 -17 0 0 13 14 10.189 0 7

Transporte, armazenagem e correio 0 0 0 0 0 0 4.772 0 0 0 75 0 4.847 0 600

Serviços de informação 0 0 0 0 0 0 0 2.334 0 0 8 0 2.342 0 123

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 0 0 0 0 0 0 0 0 2.459 0 0 0 2.459 0 0

Atividades imobiliárias e aluguéis 0 0 112 0 19 21 13 3 0 5.981 25 4 6.178 0 54Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14.581 0 14.581 0 0

Outros serviços 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 366 7.101 7.468 0 198

Total 5.623 10.177 16.719 3.942 7.927 10.080 4.785 2.320 2.459 5.981 15.069 7.120 92.201 1.776 25.479

Produção das atividades Importação

A leitura das linhas da Tabela 3 demonstra a distribuição dos produtos pelas atividades que os produzem. A produção do setor agropecuário se distribuiu quase que totalmente no próprio setor da Agropecuária. Os produtos típicos da Indústria de Transformação, corres-pondente a R$17,2 bilhões, foram distribuídos entre a própria indústria de transformação e a agropecuária, com R$16,5 bilhões e R$0,8 bilhão, respectivamente. Os produtos das atividades de comércio e serviços de manutenção e reparação e ativi-dades imobiliárias e aluguéis são os produzidos por um número maior de setores de atividades, além das próprias atividades, o que se justifica pelas características dos produtos produzidos pelos setores. Os produtos da atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação foram distribuídos entre a própria atividade (98,7%) e a indústria de transformação (1,1%). Na distribuição dos produtos produzidos pelo setor de atividades imobiliárias e aluguéis, o próprio setor produziu R$6,0 bilhões e a Indústria de transformação R$0,1 bilhão; outros setores que ofertaram seus produtos foram os da construção civil, comércio e serviços de manutenção e reparação e a de administração, saúde e educação pública e seguridade social. A oferta da tabela 3 está a preços básicos, na qual o valor representa o total recebido pelos estabelecimentos na venda de seus produtos, sem os impostos e as margens de co-mércio e transporte. A tabela 4 demonstra a transformação da oferta de preços básicos para preços de consumidor; para maiores detalhes ver o anexo metodológico. A oferta oriunda da produção interna e das importações está a preços básicos, ou seja, o valor da produção a preços de mercado, menos os valores acrescidos no intermédio entre a “porta da empresa” até o consumidor final, no caso os impostos sobre a produção, líquidos de subsídios, as margens de comércio e de transporte.

Page 20: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 4 - Pará – Oferta total a preços de consumidor Oferta total a preço básico Margens e Impostos sobre a produção líquidos de subsídios - 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPA

Os valores das colunas (tabela 4) representam o quanto cada imposto e margem somaram ao valor final da oferta a preço de consumidor e nas linhas de valor por produto. As margens de comércio, em termos percentuais, na oferta total a preços de consumidor, alcançaram 16,7% nos produtos característicos da indústria de transformação, 7,0% nos produtos agrícolas e 0,7% nos minerais extrativos; as margens de transporte foram 0,81%, 0,59% e 0,54%, respectivamente. Os impostos sobre a produção, líquidos de subsídios, somaram R$ 5,9 bilhões; o ICMS representou 75% desse valor. Os produtos relacionados aos serviços de informação tiveram 18,2% de participação deste imposto na oferta total a preços de consumidor; os pro-dutos de Prod.e dist. de eletricidade e gás, água, esgoto e limp. urb., 9,3%, e os produtos industrializados, 6,0%. A oferta total a preços de consumidor do estado foi de R$ 125,4 bilhões; 95,3% desse valor foi a oferta total a preços básicos. Essa transformação de valores é fundamental, pois, a medida que as atividades econômicas, famílias e governo se apropriam da oferta, ou seja consomem, exportam ou invertem, esses produtos são mensurados a preços de consumidor.

3.2 TABELAS DE USOS DE BENS E SERVIÇOS

As Tabelas 5 e 6 apresentam o destino da produção ofertada por cada atividade para ser empregada como insumo na produção de novos produtos por outras atividades (consumo intermediário) e a demanda final, seja para o consumo interno da administração pública, das famílias, das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias ou para formação bruta de capital fixo e exportação. Os valores da oferta total a preços do consumidor e demanda total são iguais (R$125,4 bi-lhões). A demanda total, em 2009, que foi destinada para produção de outros bens, representou

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Tabela 4 - Pará – Oferta total a preços de consumidor Oferta total a preço básico Margens e Impostos sobre a produção líquidos de subsídios -

2009 - R$1.000.000

Descrição do produto Oferta total a preço de consumidor

Margem de comércio

Margem de transporte

Imposto de importação IPI ICMS

Outros impostos menos subsídios

Total de impostos líquidos de subsídios

Oferta total a preço básico

Agropecuária 6.461 416 38 0 - 58 69 128 5.879 Indústria extrativa 11.527 17 63 0 - 61 133 194 11.253 Indústria de transformação 53.086 8.424 431 35 95 3.193 331 3.655 40.577 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 5.333 - - - - 493 112 605 4.728

Construção civil 8.095 - - - - - 121 121 7.974 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 1.356 (8.857) - - - - 17 17 10.196

Transporte, armazenagem e correio 5.107 - (531) - - 90 100 190 5.448 Serviços de informação 3.104 - - - - 565 74 638 2.465 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

2.604 - - - - - 146 146 2.459

Atividades imobiliárias e aluguéis 6.265 - - - - - 34 34 6.231 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 14.581 - - - - - - - 14.581

Outros serviços 7.873 - - - - 19 189 208 7.665 Total 125.393 - - 35 95 4.480 1.325 5.936 119.457

Fonte: FAPESPA

Page 21: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

21

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

31,7% ou R$39,7 bilhões; outros 21,8% ou R$ 27,9 bilhões, ao mercado externo (exportações para as demais Ufs e países); as famílias adquiriram como R$ 38,2 bilhões (38,4%); o consumo do governo, R$ 14,5bilhões (11,6%); e a formação bruta de capital fixo, R$ 11,4 bilhões (9,10%).

Tabela 5 - Pará - Consumo intermediário das atividades – 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPA

20

Tabela 5 - Pará - Consumo intermediário das atividades – 2009 - R$1.000.000

Descrição do produto D

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Agropecuária. 6.461 425 0 3.095 0 0 0 0 0 0 0 106 53 3.680

Indústriaextrativa. 11.527 3 1.046 1.333 2 205 0 0 0 0 0 1 0 2.589

Indústria de transformação. 53.086 1.232 2.585 5.844 479 3.293 1.134 1.336 545 92 120 1.513 1.692 19.866 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. 5.333 52 198 701 1.105 0 214 52 33 16 3 269 189 2.833 Construção civil. 8.095 0 0 3 0 54 1 0 9 1 43 36 5 152 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação. 1.356 0 19 444 1 134 53 39 219 6 32 11 35 994 Transporte, armazenagem e correio. 5.107 11 23 735 143 98 611 564 9 33 4 138 123 2.493

Serviços de informação. 3.104 0 407 94 35 0 85 27 273 81 3 395 91 1.492 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. 2.604 3 38 31 96 11 0 193 3 485 3 1.005 42 1.910 Atividades imobiliárias e aluguéis. 6.265 1 148 49 11 37 195 22 58 8 23 127 112 791 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social. 14.581 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outros serviços. 7.873 35 495 197 174 91 409 126 214 136 26 683 351 2.937 Total 125.393 1.761 4.958 12.525 2.046 3.923 2.704 2.359 1.364 858 258 4.286 2.694 39.735

Fonte: FAPESPA

Os agentes econômicos adquiriram insumos oriundos do própria atividade ou de ou-tros setores como parte do processo produtivo (tabela 5). A Atividade (coluna) que mais consumiu insumos em 2009 foi a Indústria de transformação, com R$ 12,5 bilhões ou 31,5% do total dos produtos consumidos. Ao observarmos os produtos consumidos (linha), os itens típicos da indústria de transformação representaram 50% ou R$ 19,8 bilhões. O setor Agropecuário fez a aquisição de insumos, principalmente do próprio setor, R$0,4 bilhão (24,1%), e da Indústria de Transformação, R$1,2 bilhão (69,9%), sem deixar de consumir dos demais setores de forma residual; o total do consumo intermediário da ati-vidade foi de R$. 1,7 bilhões. Do valor total gasto com produtos intermediários utilizados na produção da indústria de transformação, R$ 1,3 bilhão (10,6%) foram minerais extrativos; os produtos agropecuários representaram R$ 3,1 bilhões (24,7%) e os produtos industriais, R$ 5,8 bilhões (476,7%). A indústria extrativa, para realizar produção, necessitou gastar 2,5 bilhões (52,6%) com a aquisição de insumos da indústria de transformação e de R$ 1,0 bilhão com minerais extrativos (21,1%), totalizando R$ 4,9 bilhões.Outra atividade que merece atenção é a construção civil, pois registrou o segundo maior va-lor de produtos industriais consumidos e o terceiro no total, na composição de seu consumo intermediário; os produtos industrializados representaram 83,9% que, em termos monetá-rios, significou R$ 3,2 bilhões.

Page 22: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

22

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Os produtos da indústria de transformação, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; transporte, armazenagem e correio; de atividades imobiliárias, intermediação financeira, seguros e previdência complementar; e de serviços relacionados e aluguéis foram incluídos como insumos de quase todas as atividades para que pudessem realizar a sua produção, o que demonstra o elevado nível de capilaridade dos setores por conta dos produtos elaborados por cada uma delas.

Tabela 6 - Pará – Demanda Final e Total - 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPA

22

Tabela 6 - Pará –Demanda Final e Total - 2009 - R$1.000.000

Descrição do produto

Demanda Final

Dem

anda

tota

l

Tota

l do

prod

uto

Expo

rtaçã

o de

be

ns e

serv

iços

pa

ra o

rest

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m

undo

Ex

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ção

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bens

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ção

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Form

ação

bru

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e ca

pita

l fix

o

Var

iaçã

o de

es

toqu

e

Dem

anda

fina

l

Agropecuária. 3.680 1.065 423 0 0 1.166 130 -1 2.782 6.461

Indústriaextrativa. 2.589 8.638 1.098 0 0 22 0 -819 8.938 11.527

Indústria de transformação. 19.866 5.807 7.451 0 0 16.609 3.376 -24 33.220 53.086

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. 2.833 0 1.489 0 0 1.011 0 0 2.500 5.333

Construção civil. 152 0 35 0 0 0 7.909 0 7.943 8.095 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação. 994 0 4 0 0 358 0 0 362 1.356

Transporte, armazenagem e correio. 2.493 0 893 0 0 1.722 0 0 2.614 5.107

Serviços de informação. 1.492 0 291 0 0 1.321 0 0 1.612 3.104

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. 1.910 0 0 0 0 695 0 0 695 2.604

Atividades imobiliárias e aluguéis. 791 0 14 0 0 5.460 0 0 5.474 6.265

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social. - 0 0 14.581 0 0 0 0 14.581 14.581

Outros serviços 2.937 11 75 0 354 4.496 0 0 4.936 7.873

Total 39.735 15.522 11.770 14.581 354 32.860 11.414 -844 85.657 125.393 Fonte: FAPESPA

A demanda final (tabela 6) estimada para a economia paraense foi de R$85,7 bilhões, nos quais os produtos da indústria de transformação tiveram a maior participação (38,8%) ou R$33,2 bilhões, dos quais R$ 16,6 bilhões foram consumidos pelas famílias. As exportações para o resto do mundo (R$ 15,5 bilhões) foram dominadas pelos pro-dutos extrativos minerais com 8,6 bilhões, enquanto as destinadas ao resto do Brasil foram majoritariamente de produtos industrializados.

3.3 TABELAS DAS COMPONENTES DO VALOR ADICIONADO

Os agregados do Valor Adicionado por setor de atividade da economia paraense fo-ram resumidos na Tabela 8 e demonstram a apropriação de valor pelos trabalhadores na forma de salários ou contribuições sociais efetivas, pelos patrões na forma de rendimento misto bruto e pelo governo a partir dos impostos arrecadados e demonstra como se distribui a participação desses componentes entre os setores. Os setores produtivos com as maiores contribuições na formação do valor adicio-nado na economia paraense, em 2009, foram: administração, saúde e educação públicas,

Page 23: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

23

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

seguridade social (90,0%); comércio e serviços de manutenção e reparação (56,3%); ativi-dades imobiliárias e aluguéis (10,9%); indústria extrativa (9,9%); indústria de transformação (8,0%) e a construção civil (7,6%) O VA médio pelo conjunto das 12 atividades foi de R$4,4 bilhões com um desvio padrão de R$2,6 bilhões. A proporção média do valor adicionado pela economia paraense, em 2009, e apropriado pelos trabalhadores na forma de salários foi de 45,3% e a fração relativa ao excedente operacional bruto, aqui tomado como lucro dos empregadores, ficou em 53,9%. O valor médio do total das remunerações no conjunto das atividades foi de R$2,0 bilhões com desvio padrão de R$2,6 bilhões e a média para o valor relativo ao lucro chegou a R$2,4 bilhões com desvio padrão de R$1,4 bilhão. Os resultados da Tabela 7 mostram que oito entre doze atividades apresentaram parcela referente ao lucro superior a dos salários: na indústria extrativa 86,0% foi absorvido pelas empresas na forma de lucro e apenas 14,0% apropriado pelos trabalhadores, ou seja, o valor do lucro é quase sete vezes o das remunerações o que demonstra uma acentuada concentração na distribuição do VA. Na indústria de transformação observou-se situação de distribuição do VA inversa a verificada na indústria extrativa, com 54,8% do VA apropriado pelos trabalhadores e 42,5% pelos empresários na forma de lucro.

Tabela 7 - Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade – 2009 - R$1.000.000

Fonte: FAPESPA

24

Tabela 7 - Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade – 2009 - R$1.000.000

Setor de Atividade Valor adicionado

Total das Remunerações

Excedente operacional

bruto e rendimento misto bruto

Impostos líquidos de

subsídios sobre a produção e a

importação Agropecuária. 3.862 1.014 2.838 10 Indústriaextrativa. 5.218 700 4.475 43 Indústria de transformação. 4.194 2.297 1.783 114 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. 1.896 276 1.608 13 Construção civil. 4.004 1.788 2.181 35 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação. 7.376 4.150 3.071 155 Transporte, armazenagem e correio. 2.426 250 2.175 1 Serviços de informação. 956 277 660 19 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. 1.601 402 1.189 10 Atividades imobiliárias e aluguéis. 5.724 100 5.621 3 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social. 10.783 9.703 1.079 0 Outros serviços. 4.425 2.827 1.589 9 Total do produto 52.466 23.786 28.269 411 Impostos líquidos de subsídios, sobre produtos. 5.936

6.347

Valor adicionado da economia. 58.402 Fonte: FAPESPA

A atividade do comércio e serviços de manutenção e reparação é outra atividade

produtiva em que a proporção das remunerações é superior a do lucro, 52,3% e 41,6%,

respectivamente. No entanto, a maior concentração de lucro na distribuição do VA ocorreu no

setor de atividades imobiliárias e aluguéis.

3.4 O PIB PELAS ÓTICAS DO PRODUTO, DA DESPESA E DA RENDA

Nesta seção, apresentam-se os resultados do PIB pelas três óticas de composição do

agregado. Esse cálculo só foi possível a partir da elaboração da TRU para o Estado. A análise

elaborada comparou os resultados da economia paraense aos da economia nacional para o ano

de 2009.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Pará obteve uma taxa de crescimento em

volume de -3,2%, em relação ao ano de 2008. A queda foi superior à observada no país (-

0,3%) e maior que a verificada para a Região Norte (-0,3%). Em termos de valores, a

Page 24: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

24

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

A atividade do comércio e serviços de manutenção e reparação é outra atividade produtiva em que a proporção das remunerações é superior a do lucro, 52,3% e 41,6%, respectivamente. No entanto, a maior concentração de lucro na distribuição do VA ocorreu no setor de atividades imobiliárias e aluguéis. 3.4 O PIB PELAS ÓTICAS DO PRODUTO, DA DESPESA E DA RENDA

Nesta seção, apresentam-se os resultados do PIB pelas três óticas de composição do agregado. Esse cálculo só foi possível a partir da elaboração da TRU para o Estado. A análise elaborada comparou os resultados da economia paraense aos da economia nacio-nal para o ano de 2009. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Pará obteve uma taxa de crescimento em volume de -3,2%, em relação ao ano de 2008. A queda foi superior à observada no país (-0,3%) e maior que a verificada para a Região Norte (-0,3%). Em termos de valores, a economia paraense registrou um PIB de R$ 58,402 bilhões, e ocupou a 13a posição no ranking do PIB dos Estados brasileiros. A participação do PIB do Estado no PIB do Brasil foi de 1,8%, o qual registrou um valor de R$ 3,239 trilhões.

3.4.1 Ótica da Produção

O PIB pela ótica da Produção1 do estado do Pará em comparação ao PIB Brasil, quando analisada a relação CI/VBP indica que as atividades econômicas desenvolvidas em território paraense no referido ano possuem uma estrutura de produção menos intensiva em consumo intermediário,43,1% no estado contra 49% no país. Se por um lado demons-tra a capacidade de se gerar um valor adicionado maior com custos de produção menores comparativamente, por outro, indica a menor capacidade de se integrar outras atividades produtoras de bens intermediários.

Tabela 8 - Componentes do Produto Interno Bruto sob Ótica da Produção - 2009

Fonte: FAPESPA

25

economia paraense registrou um PIB de R$ 58,402 bilhões, e ocupou a 13a posição no

ranking do PIB dos Estados brasileiros. A participação do PIB do Estado no PIB do Brasil foi

de 1,8%, o qual registrou um valor de R$ 3,239 trilhões.

3.4.1 Ótica da Produção

O PIB pela ótica da Produção1 do estado do Pará em comparação ao PIB Brasil,

quando analisada a relação CI/VBP indica que as atividades econômicas desenvolvidas em

território paraense no referido ano possuem uma estrutura de produção menos intensiva em

consumo intermediário,43,1% no estado contra 49% no país. Se por um lado demonstra a

capacidade de se gerar um valor adicionado maior com custos de produção menores

comparativamente, por outro, indica a menor capacidade de se integrar outras atividades

produtoras de bens intermediários.

Tabela 8 - Componentes do Produto Interno Bruto sob Ótica da Produção - 2009

Componentes do Produto Interno Bruto PA BR

2009 2009

Total 58.402 3.239.404

Valor Bruto da Produção 92.201 5.480.741

Impostos sobre produtos líquidos de subsídios 5.936 445.025

Consumo intermediário (-) 39.735 2.686.362

Fonte: FAPESPA

Ao comparar as economias, regional e nacional, em relação a participação dos

impostos arrecadados no PIB, observamos que, no estado do Pará, os impostos representaram

10,2% do PIB, enquanto no Brasil essa relação foi de 13,7%, nesse caso, reflexo das

atividades produtoras de bens e serviços subsidiados, ou seja, menor capacidade de geração de

receitas tributárias por unidade local.

1PIB = Valor Bruto da Produção - Consumo intermediário + Impostos sobre produtos líquidos de subsídios

Ao comparar as economias, regional e nacional, em relação a participação dos impostos arreca-dados no PIB, observamos que, no estado do Pará, os impostos representaram 10,2% do PIB, enquanto no Brasil essa relação foi de 13,7%, nesse caso, reflexo das atividades produtoras de bens e serviços subsidiados, ou seja, menor capacidade de geração de receitas tributárias por unidade local. 1PIB = Valor Bruto da Produção - Consumo intermediário + Impostos sobre produtos líquidos de subsídios

Page 25: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

25

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 9 - Componentes do Produto Interno Bruto sob Ótica da Despesa - 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

3.4.2 Ótica da Demanda

O PIB pela ótica da Despesa2 do Estado se difere do nacional, principalmente, em dois aspectos, a participação das Despesas de Consumo Final e na participação do Comér-cio Externo. A Formação Bruta de Capital contribuiu com 17,6% e 17,8% do PIB do estado do Pará e do Brasil, respectivamente.

2PIB = Despesa de consumo final+ Formação bruta de capital+ (Exportação de bens e serviços - Importação de bens e serviços)

Figura 1 - Participação da despesa de consumo final, da Formação Bruta de Capital e do Saldo da Balança Comercial na formação do PIB pela ótica da Despesa, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

27

Figura 1 - Participação da despesa de consumo final, da Formação Bruta de Capital e do Saldo da Balança Comercial na formação do PIB pela ótica da Despesa, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA/IBGE

Quando analisados os componentes do PIB pela ótica da demanda do Estado do Pará e

do Brasil, referentes às Despesas de Consumo Final (Figura 2), a participação da

Administração Pública no estado do Pará foi superior à nacional, embora a capacidade de

arrecadação fosse inferior.

Figura 2 - Participação dos Componentes da Despesa de Consumo Final, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

72,5%

17,6%

10,0%

Pará

82,3%

17,8% -0,2%

Brasil

Despesa deconsumo final

Formação brutade capital

Saldo BalançaComercial

72,5%

46,9%

0,6%

25,0%

82,3%

59,9%

1,2%

21,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

Despesa deconsumo final

Despesa deconsumo das famílias

Despesa deconsumo das

instituições sem finsde lucro a serviço das

famílias

Despesa deconsumo da

administraçãopública

Pará

Brasil

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

25

3.4.2 Ótica da Demanda

Tabela 9 - Componentes do Produto Interno Bruto sob Ótica da Despesa - 2009

Componentes do Produto Interno Bruto

PA BR

2009 2009

Total

Despesa de consumo final

Despesa de consumo das famílias

Despesa de consumo das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias

Despesa de consumo da administração pública

Formação bruta de capital

Formação bruta de capital fixo

Variação de estoque

Exportação de bens e serviços

Das demais unidades da federação

Do Resto do Mundo

Importação de bens e serviços (-)

Das demais unidades da federação (-)

Do Resto do Mundo (-)

58.402 3.239.404 42.325 2.666.752

27.390 1.940.522

354 39.229

14.581 687.001

10.255 577.846

11.090 585.317

(835) (-)7.471

29.607 355.653

14.066 -

15.541 -

23.786 360.847

22.149 -

1.637 -

Fonte: FAPESPA / IBGE

O PIB pela ótica da Despesa2 do Estado se difere do nacional, principalmente, em dois aspectos, a participação das Despesas de Consumo Final e na participação do Comér- cio Externo. A enquanto a Formação Bruta de Capital contribuiu com 17,6% e 17,8% do PIB do estado do Pará e do Brasil, respectivamente.

Figura 1 - Participação da despesa de consumo final, da Formação Bruta de Capital e do Saldo da Balança Comercial na formação do PIB pela ótica da Despesa, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

2PIB = Despesa de consumo final+ Formação bruta de capital+ (Exportação de bens e serviços - Importação de bens e serviços)

Pará Brasil

17,8% Despesa de consumo final

Formação bruta

de capital

Saldo Balança Comercial

Page 26: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

26

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Quando analisados os componentes do PIB pela ótica da demanda do estado do Pará e do Brasil, referentes às Despesas de Consumo Final (Figura 2), a participação da Administração Pública no estado do Pará foi superior à nacional, embora a capacidade de arrecadação fosse inferior.Figura 2 - Participação dos Componentes da Despesa de Consumo Final, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

27

Figura 1 - Participação da despesa de consumo final, da Formação Bruta de Capital e do Saldo da Balança Comercial na formação do PIB pela ótica da Despesa, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA/IBGE

Quando analisados os componentes do PIB pela ótica da demanda do Estado do Pará e

do Brasil, referentes às Despesas de Consumo Final (Figura 2), a participação da

Administração Pública no estado do Pará foi superior à nacional, embora a capacidade de

arrecadação fosse inferior.

Figura 2 - Participação dos Componentes da Despesa de Consumo Final, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

72,5%

17,6%

10,0%

Pará

82,3%

17,8% -0,2%

Brasil

Despesa deconsumo final

Formação brutade capital

Saldo BalançaComercial

72,5%

46,9%

0,6%

25,0%

82,3%

59,9%

1,2%

21,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

Despesa deconsumo final

Despesa deconsumo das famílias

Despesa deconsumo das

instituições sem finsde lucro a serviço das

famílias

Despesa deconsumo da

administraçãopública

Pará

Brasil

A participação das despesas de consumo das famílias pode significar que a popu-lação paraense possuía um menor poder de compra em comparação ao Brasil ou que as atividades econômicas alocadas no estado, por meio das exportações, alcançaram níveis de excedentes superiores às da economia do país como um todo. A formação bruta de capital fixo paraense foi superior à nacional, em comparação ao PIB, assim como a variação de estoques, mantendo a formação bruta de capital a níveis semelhantes.

Figura 3 - Formação Bruta de Capital e de Capital Fixo, Exportação, Importação e o Saldo da Balança Comercial, Pará e Brasil, 2009.

Fonte: FAPESPA / IBGE

28

A participação das despesas de consumo das famílias pode significar que a população

paraense possuía um menor poder de compra em comparação ao Brasil ou que as atividades

econômicas alocadas no estado, por meio das exportações, alcançaram níveis de excedentes

superiores às da economia do país como um todo.

A formação bruta de capital fixo paraense foi superior à nacional, em comparação ao

PIB, assim como a variação de estoques, mantendo a formação bruta de capital a níveis

semelhantes.

Figura 3 - Formação Bruta de Capital e de Capital Fixo, Exportação, Importação e o Saldo da Balança Comercial, Pará e Brasil, 2009.

Fonte: FAPESPA/IBGE

O Comércio Exterior, por sua vez, mostrou o quanto a economia paraense dependeu

das atividades econômicas desenvolvidas em outras localidades. As exportações do estado

representaram 50,7% do PIB estadual, enquanto as importações 40,7% na economia nacional

ficaram em torno de 11%.

O saldo da balança comercial nacional foi praticamente nulo, demonstrando a

importância do mercado interno (despesas de consumo) para a economia nacional em 2009,

cujo componente de maior participação é o consumo das famílias.

Formaçãobruta de capital

Formaçãobruta de capital

fixo

Variaçãode estoque

Saldo BalançaComercial

Exportação debens e serviços

Importaçãode bens e

serviços (-)Pará 17,6% 19,0% -1,4% 10,0% 50,7% 40,7%Brasil 17,8% 18,1% -0,2% -0,2% 11,0% 11,1%

Page 27: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

27

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

O Comércio Exterior, por sua vez, mostrou o quanto a economia paraense dependeu das atividades econômicas desenvolvidas em outras localidades. As exportações do estado representaram 50,7% do PIB estadual, enquanto as importações 40,7% na economia nacio-nal ficaram em torno de 11%. O saldo da balança comercial nacional foi praticamente nulo, demonstrando a impor-tância do mercado interno (despesas de consumo) para a economia nacional em 2009, cujo componente de maior participação é o consumo das famílias.

Figura 4 - Saldo da Balança Comercial, segundo destino e origem das exportações e importa-ções, Pará – 2009

Fonte: FAPESPA / MDIC

29

Figura 4 - Saldo da Balança Comercial, segundo destino e origem das exportações e importações, Pará – 2009

Fonte: FAPESPA /MDIC

Os componentes do saldo da balança comercial do Estado do Pará indicaram que as

atividades econômicas paraenses adquiriram bens e serviços de outras UFs 37,9% do valor do

PIB e exportaram 24,1%, isso significa dizer que, em 2009, houve um saldo da balança

comercial do Pará com outras UFs, negativo em -8.082 (R$ Milhões) ou 13,8% do PIB seriam

retirados da economia paraense, caso não houvesse o comércio internacional.

Em valores monetários, as exportações paraenses para as demais UFs e para outros

países possuem 2,5 pontos percentuais de diferença, porém as importações oriundas de outros

países são 35 pontos percentuais menores as importações de outras UFs.

3.4.3 Ótica da Renda

A composição do PIB pela ótica da Renda3 do estado apresentou as maiores diferenças

em relação ao PIB nacional nas participações dos impostos sobre a produção e do excedente

operacional e rendimentos mistos.

3 PIB = Remuneração dos empregados + Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto + Impostos, líquidos de subsídios sobre a produção e importação.

10,0%

50,7%

24,1% 26,6%

40,7% 37,9%

2,8%

Saldo BalançaComercial

Exportaçãode bens eserviços

Das demaisunidades dafederação

Do Resto doMundo

Importaçãode bens e

serviços (-)

Das demaisunidades dafederação (-)

Do Resto doMundo (-)

Os componentes do saldo da balança comercial do estado do Pará indicaram que as atividades econômicas paraenses adquiriram bens e serviços de outras UFs 37,9% do valor do PIB e exportaram 24,1%, isso significa dizer que, em 2009, houve um saldo da balança comercial do Pará com outras UFs, negativo em -8.082 (R$ Milhões) ou 13,8% do PIB se-riam retirados da economia paraense, caso não houvesse o comércio internacional. Em valores monetários, as exportações paraenses para as demais UFs e para outros países possuem 2,5 pontos percentuais de diferença, porém as importações oriundas de outros países são 35 pontos percentuais menores as importações de outras UFs.

3.4.3 Ótica da Renda

A composição do PIB pela ótica da Renda3 do estado apresentou as maiores dife-renças em relação ao PIB nacional nas participações dos impostos sobre a produção e do excedente operacional e rendimentos mistos.

3PIB = Remuneração dos empregados + Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto + Impostos, líquidos de subsídios sobre a produção e importação.

Page 28: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

28

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 5 - Componentes do Valor Adicionado, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

30

Figura 5 - Componentes do Valor Adicionado, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

Os Componentes da remuneração dos empregados do estado do Pará estavam

próximos ao observado no país, embora com uma participação menor dos salários e das

contribuições sociais efetivas no PIB.

Figura 6 - Participação dos Componentes das Remunerações dos Empregados, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

Aproximadamente a metade do PIB do estado foi gerada pelo excedente operacional

bruto (35,0%) e por intermédio dos rendimentos misto brutos (13,4%), ou seja, pela

remuneração do capital e das atividades informais, autônomas e de subsistência, esse último

40,7%

48,4%

10,9%

Pará

43,6%

41,3%

15,1%

Brasil Remuneração dosempregados

Excedente operacionalbruto e rendimentomisto bruto

Impostos, líquidos desubsídios, sobre aprodução e importação

40,7%

32,9%

6,5% 1,4%

43,6%

34,4%

7,8% 1,4% 0,0%5,0%

10,0%15,0%20,0%25,0%30,0%35,0%40,0%45,0%50,0%

Remuneração dosempregados

Salários Contribuiçõessociais efetivas

Contribuiçõessociais imputadas

Pará

Brasil

Os Componentes da remuneração dos empregados do estado do Pará estavam pró-ximos ao observado no país, embora com uma participação menor dos salários e das con-tribuições sociais efetivas no PIB. Figura 6 - Participação dos Componentes das Remunerações dos Empregados, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

30

Figura 5 - Componentes do Valor Adicionado, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

Os Componentes da remuneração dos empregados do estado do Pará estavam

próximos ao observado no país, embora com uma participação menor dos salários e das

contribuições sociais efetivas no PIB.

Figura 6 - Participação dos Componentes das Remunerações dos Empregados, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

Aproximadamente a metade do PIB do estado foi gerada pelo excedente operacional

bruto (35,0%) e por intermédio dos rendimentos misto brutos (13,4%), ou seja, pela

remuneração do capital e das atividades informais, autônomas e de subsistência, esse último

40,7%

48,4%

10,9%

Pará

43,6%

41,3%

15,1%

Brasil Remuneração dosempregados

Excedente operacionalbruto e rendimentomisto bruto

Impostos, líquidos desubsídios, sobre aprodução e importação

40,7%

32,9%

6,5% 1,4%

43,6%

34,4%

7,8% 1,4% 0,0%5,0%

10,0%15,0%20,0%25,0%30,0%35,0%40,0%45,0%50,0%

Remuneração dosempregados

Salários Contribuiçõessociais efetivas

Contribuiçõessociais imputadas

Pará

Brasil

Aproximadamente a metade do PIB do estado foi gerada pelo excedente operacional bruto (35,0%) e por intermédio dos rendimentos misto brutos (13,4%), ou seja, pela remu-neração do capital e das atividades informais, autônomas e de subsistência, esse último componente 5,4 pontos percentuais ao percentual nacional, identifica a relevância dessas atividades ao estado em intensidade maior à nacional.

Page 29: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

29

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 7 - Participação dos Componentes do Excedente Operacional e Impostos, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA / IBGE

31

componente 5,4 pontos percentuais ao percentual nacional, identifica a relevância dessas

atividades ao estado em intensidade maior à nacional.

Figura 7 - Participação dos Componentes do Excedente Operacional e Impostos, Pará e Brasil, 2009

Fonte: FAPESPA /IBGE

Em suma, o PIB calculado pelas três óticas revela que: os impostos arrecadados no

estado estão abaixo da média nacional quando comparados aos indicadores de produção; as

famílias e os assalariados não alcançaram os mesmos níveis de relevância aos residentes no

país como um todo; e que as atividades econômicas e as famílias no estado do Pará dependem

de produtos e serviços oriundos de outras UFs para o desempenho de suas funções.

48,4%

35,0%

13,4% 10,9%

41,3%

33,2%

8,0%

15,1%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Excedente operacionalbruto e rendimento

misto bruto

Excedente operaionalbruto

Rendimento mistobruto

Impostos, líquidos desubsídios, sobre a

produção e importação

Pará

Brasil

Em suma, o PIB calculado pelas três óticas revela que: os impostos arrecadados no estado estão abaixo da média nacional quando comparados aos indicadores de produção; as famílias e os assalariados não alcançaram os mesmos níveis de relevância aos residentes no país como um todo; e que as atividades econômicas e as famílias no estado do Pará depen-dem de produtos e serviços oriundos de outras UFs para o desempenho de suas funções.

Page 30: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

30

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

4 MATRIZ DE INSUMO - PRODUTO (MIP)

4.1 RESULTADOS DA MATRIZ DE INSUMO – PRODUTO

A MIP foi desenvolvida no início da década de 1930, por Vassily Leontief que se utilizou dos quadros contábeis elaborados por François Quesnay para identificar os fluxos entre atividades econômicas e da organização do sistema econômico, por meio do modelo de equilíbrio geral desenvolvido por Leon Walras. É um instrumento de análise econômica que objetiva avaliar as relações de interdependência entre os diversos setores de atividades econômicas e toma como base a teoria do equilíbrio geral (GUILHOTO, 2004). Leontief de-monstrou como um setor econômico supre outros com bens e serviços e como ele é suprido pelos demais, ou seja, como um setor se torna mais ou menos dependente de outros de forma direta ou indireta. No conjunto de encadeamento decorrente de uma decisão de compra de um produto de consumo ou de investimento, tem-se reflexo, primeiramente, sobre o setor de atividade que o produz, o qual demandará insumos de outros setores e/ou do próprio setor, bem como remu-nerará os detentores dos fatores de produção. Daí, os produtores de insumos remunerarão os fatores de produção e comprarão insumos do próprio setor e/ou de outros e assim por diante, de tal maneira que um aumento ou redução da demanda final terá um efeito que se propaga pelo setor produtivo. Em outras palavras, a partir da MIP é possível avaliar os efeitos de uma alteração num setor da economia sobre outro setor ou um conjunto. Esses resultados servem para nortear o planejamento econômico no que tange ao impacto causado na economia pelos investimentos públicos e privados de forma a determinar a melhor alocação dos recursos na sociedade (CLEMENTE, 1994; SANTANA, 1997; GUILHOTO, 2004). A Tabela 10 apresenta a MIP para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12 setores e expressa em milhões de reais. A construção da MIP foi possível devido à dis-ponibilidade de dados sobre os fluxos inter-regionais de mercadorias ou comércio por vias internas da SEFA, das estatísticas regionais disponíveis para o cálculo do PIB regional re-alizado, conjuntamente, com o IBGE e das informações e estatísticas de órgãos do Estado como: SEICOM, SAGRI, e a REDE de Fornecedores/FIEPA. A Tabela 11 apresenta a matriz de coeficientes técnicos intersetoriais, obtida conforme descrito no capítulo da metodologia de elaboração da matriz seguindo o procedimento meto-dológico apresentado em FEIJÓ et al. (2003), em que as matrizes dos coeficientes técnicos dos insumos domésticos (Bn) e a matriz de participação setorial na produção dos produtos domésticos (D) conhecida como Market Share estão disponíveis no site da Fapespa.

Page 31: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

31

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 10 - Matriz de Insumo-Produto, estado do Pará, 2009 (valores correntes em R$1 000 000)

Fonte: FAPESPA

33

Tabela 10 - Matriz de Insumo-Produto, estado do Pará, 2009 (valores correntes em R$1 000 000)

Descrição do produto

Consumo intermediário Demanda final

Dem

anda

to

tal

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Expo

rtaçã

o

Con

sum

o

FBK

F

Var

iaçã

o de

es

toqu

e

Dem

anda

fin

al

1–Agropecuária 321 0 2.329 0 0 0 0 0 0 0 83 41 1.273 699 115 764 2.085 5.623 2 - Indústria extrativa 0 785 999 0 33 0 0 0 0 0 0 0 9.156 21 0 -817 8.359 10.177 3 - Indústria de transformação 267 273 1.115 58 1.388 203 42 77 20 15 510 537 8.919 3.429 410 -543 12.747 16.719 4 - Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. 32 121 427 673 0 131 31 20 10 2 164 115 1.320 896 0 1 2.216 3.942 5 - Construção civil. 0 0 2 0 30 1 0 5 1 24 20 3 34 0 7.791 20 7.825 7.927 6 - Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação. 284 267 1.058 59 317 239 204 285 9 47 389 490 1.707 4.547 286 -108 6.540 10.080 7 - Transporte, armazenagem e correio. 23 51 691 126 115 523 489 11 28 4 128 113 1.021 1.488 34 -61 2.544 4.785 8 - Serviços de informação. 0 323 74 28 0 68 21 217 64 2 314 72 231 927 0 -21 1.157 2.320 9 - Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. 3 36 29 91 10 0 182 3 458 3 949 39 0 656 0 1 656 2.459 10 - Atividades imobiliárias e aluguéis. 1 147 48 11 37 194 22 57 8 23 126 112 14 5.377 0 -195 5.391 5.981 11 - Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14.581 0 489 14.581 15.069 12 - Outros serviços 32 445 178 159 83 375 115 196 125 24 625 321 83 4.706 0 -347 4.790 7.120 Salários 970 500 1.873 235 1.471 3.213 250 215 335 83 7.472 2.569

Lucro 2.838 4.475 1.783 1.608 2.181 3.071 2.175 660 1.189 5.621 1.079 1.589 Impostos 10 43 114 13 35 155 1 19 10 3 0 9 Importação 1.019 1.077 23.325 786 66 7 600 123 0 54 0 198 Valor da produção 5.623 10.177 16.719 3.942 7.927 10.080 4.785 2.320 2.459 5.981 15.069 7.120 Pessoal ocupado 580.475 12.714 350.761 11.405 230.462 793.923 146.944 29.987 15.274 12.996 360.948 632.216 Fonte: FAPESPA

Tabela 11 - Matriz dos coeficientes técnicos intersetoriais - Matriz D.Bn

Fonte: FAPESPA

34

Tabela 11 - Matriz dos coeficientes técnicos intersetoriais - Matriz D.Bn Atividades

Produto/Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

1– Agropecuária 0,0592 0,0012 0,1422 0,0006 0,0077 0,0009 0,0004 0,0015 0,0004 0,0001 0,0070 0,0091

2 - Indústria extrativa 0,0001 0,0771 0,0597 0,0000 0,0042 0,0000 0,0000 0,0001 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

3 - Indústria de transformação 0,0460 0,0262 0,0645 0,0143 0,1679 0,0199 0,0089 0,0337 0,0080 0,0026 0,0328 0,0731

4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,0057 0,0119 0,0255 0,1707 0,0000 0,0130 0,0066 0,0086 0,0040 0,0003 0,0109 0,0162

5 - Construção civil 0,0000 0,0000 0,0001 0,0000 0,0037 0,0001 0,0000 0,0022 0,0003 0,0039 0,0014 0,0004

6 - Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

0,0499 0,0259 0,0625 0,0149 0,0395 0,0235 0,0422 0,1213 0,0036 0,0077 0,0255 0,0680

7 - Transporte, armazenagem e correio 0,0041 0,0049 0,0407 0,0314 0,0142 0,0511 0,1007 0,0049 0,0112 0,0007 0,0084 0,0157

8 - Serviços de informação 0,0000 0,0316 0,0043 0,0071 -0,0001 0,0066 0,0044 0,0931 0,0260 0,0004 0,0207 0,0100

9 - Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,0005 0,0035 0,0017 0,0230 0,0013 0,0000 0,0380 0,0012 0,1863 0,0004 0,0630 0,0055

10 - Atividades imobiliárias e aluguéis 0,0002 0,0140 0,0028 0,0027 0,0045 0,0187 0,0044 0,0240 0,0033 0,0038 0,0081 0,0152

11 - Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,0004 0,0024 0,0013 0,0025 0,0008 0,0028 0,0029 0,0048 0,0028 0,0002 0,0023 0,0026

12 - Outros serviços 0,0054 0,0416 0,0102 0,0385 0,0101 0,0354 0,0230 0,0805 0,0483 0,0038 0,0395 0,0429

Fonte: FAPESPA

A matriz de coeficientes técnicos fornece a participação relativa de cada item de des-pesa com bens intermediários no valor da despesa total por setor de atividade, ou seja, é um indicador do nível de transação econômica entre os setores e mostra a estrutura tecno-lógica de produção vigente no Estado em 2009. Segundo Santana (1997), este coeficiente pode ser entendido como uma taxa de aquisição do produto do setor/atividade i adquirido pelo setor/atividade j dividido pelo valor

Page 32: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

32

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

bruto da produção do setor j, o que expressa o grau de dependência entre os setores econômicos. Os coeficientes técnicos servem para se conhecer as relações diretas entre os seto-res; prever as demandas de insumos por setor, quando aumenta o VBP de um determinado setor; e para prever os efeitos diretos do aumento da demanda final. Ao se analisar os resultados da matriz de coeficientes técnicos para o setor Agrope-cuário observa-se que foram necessários 0,06 centavos de insumos do próprio setor para cada R$1,00 de produção do setor agropecuário, assim como se alocaram 0,05 centavos para aquisição de insumos da indústria de transformação e o mesmo valor para o setor de comércio e serviços de manutenção e reparação. Estes foram os setores com os quais a atividade agropecuária manteve maior dependência para que pudesse desenvolver sua ati-vidade produtiva. No entanto, outros setores foram importantes para a realização da ativida-de, porém, com grau de dependência menor como foi o caso da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e do transporte, armazenagem e correios. Na indústria da transformação, as conexões com outras atividades que forneceram insumos para que pudessem desenvolver sua produção teve maior capilaridade. Nesta ati-vidade, foram gastos 14 centavos em insumos da agropecuária para se realizar a produção de R$1,00 na indústria de transformação. A intensidade desta conexão se dá, em grande medida, pela aquisição de produtos agropecuários e florestais processados pela indústria da pecuária e pesca, alimentos e bebidas e produtos de madeira. Ocorreu também o gasto de 0,06 centavos com insumos da própria indústria de transformação; o mesmo valor para aquisição dos insumos da indústria extrativa e do comércio e serviços de manutenção e reparação; e 0,04 centavos com insumos do setor de transporte, armazenagem e correio. A indústria extrativa para realizar R$1,00 de produção teve que gastar 0,08 centavos com insumos da própria atividade, 0,03 centavos com insumos da indústria de transforma-ção e o mesmo valor com insumos do setor de serviços de informação e comércio e serviço de manutenção e reparação. Na indústria da construção civil, as maiores conexões para a realização de R$1,00 de produção foram os gastos com insumos da indústria de transformação – produtos de madei-ra (exclusive móveis), produtos químicos, produtos de minerais não-metálicos e comércio e serviço de manutenção e reparação. O gasto com insumos no setor de transporte, armazenagem e correios para a reali-zação R$1,00 de produção foram assim distribuídos: 0,10 centavos com insumos da própria atividade, 0,04 centavos com insumos do comércio e serviços de manutenção e reparação e 0,04 centavos com insumos do setor de intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. Com os dados da Tabela 11 é possível fazer o seguinte prognóstico: se quisermos aumen-tar a produção da indústria de transformação paraense em R$ 1 milhão, será demandado um valor adicional de R$142,2 mil de insumos do setor agropecuário; R$64,5 mil de insumos do pró-prio setor; R$62,8 mil de insumos do comércio e serviços de manutenção e reparo; R$59,7 mil da indústria extrativa; e R$40,7 mil de insumos do setor de transporte, armazenagem e correios.

Page 33: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

33

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

O prognóstico foi realizado com base nos efeitos diretos representados pelos coefi-cientes técnicos de produção. No entanto, para que o setor agropecuário possa atender a demanda por insumo da indústria de transformação ele necessitará de insumos de outros setores. Daí a necessidade de se calcular os efeitos diretos e indiretos apresentados na Tabela 12 conhecida como matriz de efeitos diretos e indiretos de Leontief. Com base nos resultados da matriz de Leontief é possível determinar o impacto de variações na demanda final sobre o nível de produção total. De acordo com o comportamen-to da demanda final setorial tem-se diferentes valores para o VBP. As colunas da matriz de Leontief representam os efeitos de um aumento R$1,00 na demanda final, do setor em foco, sobre o VBP setorial e total. A leitura dos resultados por coluna ou setores de atividade deve ser realizada as-sumindo-se que, se a demanda final do setor agropecuário aumentar em R$1,00, o VBP do próprio setor deverá aumentar R$1,07; da indústria de transformação para atender ao mesmo impulso exógeno aumentará em R$ 0,05; no caso do comércio e serviços de manu-tenção e reparo, para atender ao mesmo estímulo deverá aumentar em R$0,06.

Tabela 12 - - Matriz de impacto intersetorial ou de efeitos diretos e indiretos - Matriz de Leontief

Fonte: FAPESPA

37

Tabela 12 - Matriz de impacto intersetorial ou de efeitos diretos e indiretos - Matriz de Leontief

Atividades Atividades

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 – Agropecuária 1,0715 0,0078 0,1644 0,0052 0,0366 0,0055 0,0033 0,0109 0,0040 0,0008 0,0146 0,0235

2 - Indústria extrativa 0,0037 1,0860 0,0702 0,0016 0,0166 0,0018 0,0010 0,0035 0,0012 0,0003 0,0028 0,0057

3 - Indústria de transformação 0,0552 0,0380 1,0843 0,0249 0,1855 0,0270 0,0156 0,0528 0,0182 0,0042 0,0431 0,0869

4 - Produção e distribuição de eletricidade e

gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,0103 0,0191 0,0379 1,2089 0,0077 0,0185 0,0112 0,0178 0,0086 0,0008 0,0170 0,0253

5 - Construção civil 0,0000 0,0003 0,0002 0,0001 1,0038 0,0003 0,0001 0,0026 0,0005 0,0040 0,0015 0,0006

6 - Comércio e Serviços de Manutenção e

Reparação 0,0599 0,0414 0,0856 0,0278 0,0577 1,0334 0,0533 0,1501 0,0163 0,0089 0,0380 0,0838

7 - Transporte, armazenagem e correio 0,0114 0,0120 0,0570 0,0465 0,0285 0,0615 1,1174 0,0196 0,0189 0,0017 0,0162 0,0283

8 - Serviços de informação 0,0011 0,0394 0,0093 0,0118 0,0023 0,0089 0,0079 1,1057 0,0365 0,0006 0,0265 0,0136

9 - Intermediação financeira, seguros e

previdência complementar e serviços

relacionados

0,0017 0,0066 0,0068 0,0371 0,0039 0,0041 0,0531 0,0043 1,2310 0,0007 0,0794 0,0097

10 - Atividades imobiliárias e aluguéis 0,0018 0,0180 0,0066 0,0053 0,0069 0,0207 0,0069 0,0313 0,0065 1,0041 0,0108 0,0185

11 - Administração, saúde e educação

públicas e seguridade social 0,0008 0,0032 0,0022 0,0036 0,0014 0,0033 0,0037 0,0062 0,0039 0,0003 1,0031 0,0034

12 - Outros serviços 0,0100 0,0541 0,0229 0,0541 0,0171 0,0420 0,0330 0,1012 0,0671 0,0045 0,0508 1,0528

Total 1,2273 1,3260 1,5475 1,4271 1,3681 1,2269 1,3065 1,5061 1,4127 1,0310 1,3040 1,3521

Fonte: FAPESPA

Um estímulo externo na demanda final por produtos da indústria de extração da or-dem de R$1,00 incrementará o VBP do próprio setor em R$1,08; da indústria de transforma-ção, em R$0,03; da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, em R$0,01; do comércio e serviços de manutenção e reparação, em R$0,04; do Transporte, armazenagem e correio, em R$0,01; e dos Serviços de informação, em R$0,03. Se a demanda final da indústria de transformação aumentar em R$1,00, o VBP do próprio setor aumentará em R$1,08; do setor agropecuário aumentará em R$0,16; da in-

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

dústria extrativa, em R$0,07; da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, em R$0,03; do comércio e serviços de manutenção e reparação, em R$0,08; e do transporte, armazenagem e correio, em R$0,05. No caso de um aumento da demanda final do setor de produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana em R$1,00, o VBP do próprio setor au-mentará em R$1,209; da indústria de transformação aumentará em R$0,025; do Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação, em R$0,086; e do Transporte, armazenagem e correio, em R$0,046. Um aumento em R$1,00 da demanda final no setor da construção civil levará a um au-mento do VBP do próprio setor em R$1,00; do setor agropecuário, em R$0,04; da indústria de transformação, em R$0,18; da indústria extrativa, em R$0,01; do comércio e serviços de manu-tenção e reparação, em R$0,05; e do transporte, armazenagem e correio, em R$0,02. Se a demanda final do transporte, armazenagem e correio aumentar em R$1,00, o VBP do próprio setor aumentará em R$1,117; da indústria de transformação aumentará em R$0,016; da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, em R$0,011; do comércio e serviços de manutenção e reparação, em R$0,053. O efeito total de um aumento de R$1,00 na demanda final de cada um dos 12 seto-res de atividades sobre o VBP total de cada setor, conhecido como multiplicador setorial, é obtido a partir da soma de cada uma das colunas. No caso de uma política pública visando aumentar o VBP da economia paraense, deveria ser estimulada a demanda final da indús-tria de transformação, que é a atividade com maiores ligações com os demais setores por demandar mais insumo dos outros setores (1,5475); na sequência têm-se o setor de servi-ços de informação (1,5061), produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,4271), construção civil (1,3681), indústria extrativa (1,3260), transporte, armazenagem e correios (1,3065) e o setor agropecuário (1,2273).

4.1.1 Seleção dos setores-chave da economia paraense

Os setores prioritários para promoção do crescimento econômico do estado do Pará foram obtidos tomando-se como referência os índices do poder de dispersão e do índice de sensibilidade à dispersão apresentados por Rasmussen (1956) e Hirschman (1958), com o seu conceito de backwardlinkageeffect ou efeito para trás e Forwardlinkageeffect ou efeito para frente (HADDAD et. al, 1989). É importante enfatizar que no caso do índice ser superior à unidade em determinado setor, significa que este setor tem a capacidade de dispersar efeitos para trás acima da média do sistema produtivo local. No caso em que o índice relativo ao encadeamento para frente for superior à unidade em determinado setor, isso mostra que o setor tem maior sen-sibilidade ao que ocorre no sistema produtivo do que a média dos demais setores. A partir da matriz de Leontief para 12 produtos e 12 atividades, foram calculados os efeitos de encadeamento para frente e para trás e representados, cada um deles, a partir

Page 35: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

35

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

de um gráfico de radar, como forma de ressaltar os setores-chave. O coeficiente de variação dos efeitos foi calculado para identificar situações em que um setor se inter-relaciona signi-ficativamente com um ou dois setores e tenha pouca capacidade de dispersão em relação ao sistema produtivo (HADDAD, 1989). Os índices de encadeamentos para trás apresentados na Figura 8 mostram o grau de dependência da indústria de transformação paraense (1,1581) em relação aos demais setores produtivos, com destaque à agropecuária; comércio e serviços de manutenção e reparação; indústria extrativa; transporte, armazenagem e correios; e os insumos deman-dados da própria indústria de transformação, que, para atender a demanda interna, importa produtos e serviços de outras unidades da federação e do resto do mundo. Outros setores considerados chave pelos seus elevados valores de encadeamento para trás foram: serviços de informação (1,1271); produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,0680); intermediação financeira, seguros e previ-dência complementar e serviços relacionados (1,0572); construção civil (1,0238); e outros serviços (1,0119). Setores com o valor do efeito para trás inferior a unidade apresentam menor potencial de encadeamento com os setores a montante. No entanto, setores como indústria extrativa (0,9923); transporte, armazenagem e correio (0.9777); e administração, saúde e educação públicas e seguridade social (0,9758) com valores próximos de um mostram-se importantes demandantes de outros setores na economia paraense. Cabe ressaltar que o serviço público tem papel preponderante na economia paraen-se no ano de 2009, pois respondeu por 32,0% do Valor Adicionado pelo setor de Serviços, por conta dos empregos na gestão pública municipal. Adiciona-se à importância do setor público a demanda gerada pelos programas de transferência de renda e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Figura 8 - Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

40

Cabe ressaltar que o serviço público tem papel preponderante na economia paraense

no ano de 2009, pois respondeu por 32,0% do Valor Adicionado pelo setor de Serviços, por

conta dos empregos na gestão pública municipal. Adiciona-se à importância do setor público

a demanda gerada pelos programas de transferência de renda e do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC).

Figura 8 - Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

O setor com o maior efeito de encadeamento para frente da economia paraense, em

2009, foi o de comércio e serviços de manutenção e reparação (1,2395) e mostra o quanto

esse setor é demandado pelos outros setores, com destaque para serviços de informações,

indústria de transformação, agropecuária e outros serviços.

O efeito para frente da Indústria de transformação (1,2240) mostra a sua importância

pela influência que exerce sobre os demais setores, por conta do atendimento de suas

demandas e por sinalizar que o setor tem potencial para formação de arranjos produtivos

locais (Figura 9).

Com valores de efeitos acima da unidade aparecem às seguintes atividades: outros

serviços (1,1298); intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços

relacionados (1,0764); transporte, armazenagem e correio (1,0619), produção e distribuição

de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,0351) e agropecuária (1,0090).

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

1,2000

Indústria detransformação

Serviços de informação

Produção e distribuiçãode eletricidade e gás,…

Intermedia ção financeira,seguros e previdência…

Construção civil

Outros serviços

Indústria extrativa

Transporte, armazenageme correio

Administração, saúde eeducação públicas e…

Agropecuária

Comércio e Serviços deManutenção e Reparação

Atividades imobiliárias ealuguéis

Page 36: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

36

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

O setor com o maior efeito de encadeamento para frente da economia paraense, em 2009, foi o de comércio e serviços de manutenção e reparação (1,2395) e mostra o quanto esse setor é demandado pelos outros setores, com destaque para serviços de informações, indústria de transformação, agropecuária e outros serviços. O efeito para frente da Indústria de transformação (1,2240) mostra a sua importân-cia pela influência que exerce sobre os demais setores, por conta do atendimento de suas demandas e por sinalizar que o setor tem potencial para formação de arranjos produtivos locais (Figura 9). Com valores de efeitos acima da unidade aparecem às seguintes atividades: outros serviços (1,1298); intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (1,0764); transporte, armazenagem e correio (1,0619), produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,0351) e agropecuária (1,0090).

Figura 9 - Índice de encadeamento para frente da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

41

Figura 9 - Índice de encadeamento para frente da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

A Figura 10 apresenta o coeficiente de variação dos efeitos para trás e para frente de

cada uma das 12 atividades da matriz de Leontief. Segundo Haddad (1989), a leitura desse

coeficiente desenvolvido por Rasmussen (1956) diz que quanto menor o índice de

encadeamento para trás da atividade i (elementos da coluna i da matriz de Leontief), maior é o

número de atividades que dependem da demanda intermediária oriunda do setor i, e que no

caso da atividade i ter índice de encadeamento para frente superior a um e baixo valor do

coeficiente de variação, isso mostra que o setor i, além de ter elevado poder de encadeamento

para trás, interliga-se com muitos outros setores. A mesma lógica é válida no efeito para

frente, pois quanto menor o valor do efeito maior o número de atividades que essa atividade

atua como fornecedora, e quando a atividade i possuir índice de encadeamento para frente

superior a um e baixo valor do coeficiente de variação, isso mostra que o setor i, além de ter

elevado poder de encadeamento para frente, interliga-se com muitos outros setores.

Os resultados da conjugação dos índices de efeitos para trás acima da unidade com os

coeficientes de variação baixos mostram que as atividades da indústria de transformação,

construção civil e serviços de informação são as que apresentam elevado poder de

encadeamento para trás e se interligam com muitos outros setores. Os índices de efeitos para

0,00000,20000,40000,60000,80001,00001,20001,4000

Comércio e Serviços deManutenção e Reparação

Indústria detransformação

Outros serviços

Intermedia ção financeira,seguros e previdência…

Transporte, armazenageme correio

Produção e distribuiçãode eletricidade e gás,…

Agropecuária

Serviços de informação

Indústria extrativa

Atividades imobiliárias ealuguéis

Administração, saúde eeducação públicas e…

Construção civil

A Figura 10 apresenta o coeficiente de variação dos efeitos para trás e para frente de cada uma das 12 atividades da matriz de Leontief. Segundo Haddad (1989), a leitura desse coeficiente desenvolvido por Rasmussen (1956) diz que quanto menor o índice de encadea-mento para trás da atividade i (elementos da coluna i da matriz de Leontief), maior é o número de atividades que dependem da demanda intermediária oriunda do setor i, e que no caso da atividade i ter índice de encadeamento para frente superior a um e baixo valor do coeficiente de variação, isso mostra que o setor i, além de ter elevado poder de encadeamento para trás, interliga-se com muitos outros setores. A mesma lógica é válida no efeito para frente, pois quanto menor o valor do efeito maior o número de atividades que essa atividade atua como fornecedora, e quando a atividade i possuir índice de encadeamento para frente superior a um e baixo valor do coeficiente de variação, isso mostra que o setor i, além de ter elevado poder de encadeamento para frente, interliga-se com muitos outros setores.

Page 37: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

37

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Os resultados da conjugação dos índices de efeitos para trás acima da unidade com os coeficientes de variação baixos mostram que as atividades da indústria de transforma-ção, construção civil e serviços de informação são as que apresentam elevado poder de en-cadeamento para trás e se interligam com muitos outros setores. Os índices de efeitos para frente superior a unidade e com baixo coeficientes de variação mostram que as atividades da indústria de transformação, comércio e serviços de manutenção e reparação e transpor-te, armazenagem e correios são as que apresentam elevado poder de encadeamento para trás e se interligam com muitos outros setores.

Figura 10 - Coeficiente de variação Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

42

frente superior a unidade e com baixo coeficientes de variação mostram que as atividades da

indústria de transformação, comércio e serviços de manutenção e reparação e transporte,

armazenagem e correios são as que apresentam elevado poder de encadeamento para trás e se

interligam com muitos outros setores.

Figura 10 - Coeficiente de variação Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

A Figura 11 apresenta a classificação dos setores considerando a combinação dos

efeitos para trás e para frente. Mostra que os setores-chave da economia do estado do Pará, de

acordo com os resultados obtidos a partir da MIP com 12 produtos e 12 atividades, são a

indústria de transformação, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e

limpeza urbana, intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços

relacionados e outras atividades por se encontrarem no quadrante formado pelos valores de

índice de encadeamento para trás e para frente acima da unidade. Estas são as atividades que

se houver uma variação da demanda final elas geram estímulos para obter-se uma produção

acima da média.

Esse resultado mostra a capacidade da atividade da indústria de transformação em

influenciar as demais atividades a montante e a jusante por meio da demanda de matéria-

prima ou insumos e da oferta de produtos semi-industrializados. Neste caso, o poder público

deve melhor analisar as relações comerciais realizadas como forma de otimizar a aplicação de

recursos com o objetivo de adensar e ordenar as transações realizadas nos elos das diversas

0,00000,50001,00001,50002,00002,50003,00003,5000

Efeito para trás

Efeito para frente

A Figura 11 apresenta a classificação dos setores considerando a combinação dos efeitos para trás e para frente como os setores-chave da economia do estado do Pará, de acordo com os resultados obtidos a partir da MIP com 12 produtos e 12 atividades, são a indústria de transformação, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados e outras atividades por se encontrarem no quadrante formado pelos valores de índice de encadeamento para trás e para frente acima da unidade. Estas são as ativida-des que se houver uma variação da demanda final elas geram estímulos para obter-se uma produção acima da média. Esse resultado mostra a capacidade da atividade da indústria de transformação em influenciar as demais atividades a montante e a jusante por meio da demanda de matéria--prima ou insumos e da oferta de produtos semi-industrializados. Neste caso, o poder pú-blico deve melhor analisar as relações comerciais realizadas como forma de otimizar a apli-cação de recursos com o objetivo de adensar e ordenar as transações realizadas nos elos das diversas cadeias produtivas, como forma de induzir a formação de aglomerados com

Page 38: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

38

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

destaque para gado bovino, madeira de floresta nativa e plantada, frutas entre outras. Os setores com orientação para trás foram o da construção civil e serviços de infor-mação. Com orientação para frente, as atividades da agropecuária, comércio e serviços de manutenção e reparação e transporte, armazenagem e correios. Esse resultado mostra a importância do setor agropecuário como fornecedor de matéria-prima processada pela in-dústria de transformação. As demais atividades não apresentaram orientação específica e foram classificadas como sem orientação, com destaque para indústria extrativa, atividades imobiliárias e aluguéis e administração, saúde e educação públicas e seguridade social.

Figura 11 - Classificação dos setores-chave da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA

43

cadeias produtivas, como forma de induzir a formação de aglomerados com destaque para

gado bovino, madeira de floresta nativa e plantada, frutas entre outras.

Os setores com orientação para trás foram o da construção civil e serviços de

informação. Com orientação para frente, as atividades da agropecuária, comércio e serviços

de manutenção e reparação e transporte, armazenagem e correios. Esse resultado mostra a

importância do setor agropecuário como fornecedor de matéria-prima processada pela

indústria de transformação. As demais atividades não apresentaram orientação específica e

foram classificadas como sem orientação, com destaque para indústria extrativa, atividades

imobiliárias e aluguéis e administração, saúde e educação públicas e seguridade social.

Figura 11 - Classificação dos setores-chave da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária 7 Transporte, armazenagem e correio 2 Indústria extrativa 8 Serviços de informação

3 Indústria de transformação 9 Intermediação financeira, seguros e previdência

complementar e serviços relacionados

4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

10 Atividades imobiliárias e aluguéis

5 Construção civil 11 Administração, saúde e educação públicas e

seguridade social

6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

12 Outros serviços

As Tabelas 12 e 13 apresentam os índices de encadeamento para trás e para frente da

economia paraense agregada em 40 setores/atividades, em que aqueles com índice maior que

1,0 são as que apresentam maior nível de dependência de outros setores.

Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária2 Indústria extrativa3 Indústria de transformação4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana5 Construção civil6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação7 Transporte, armazenagem e correio8 Serviços de informação9 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados10 Atividades imobiliárias e aluguéis11 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social12 Outros serviços

Page 39: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

39

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

As Tabelas 12 e 13 apresentam os índices de encadeamento para trás e para frente da economia paraense agregada em 40 setores/atividades, em que aqueles com índice maior que 1,0 são as que apresentam maior nível de dependência de outros setores.

Figura 12 - Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPANota: para 40 produtos e 40 atividades

44

Figura 12 - Índice de encadeamento para trás da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA Nota: para 40 produtos e 40 atividades

0,0000 1,0000 2,0000 3,0000

Comércio e serviços de manutenção e reparaçãoTransporte, armazenagem e correio

Alimentos e bebidasProdução e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e…

Agricultura, silvicultura e exploração florestalServiços prestados as empresas

Pecuária e pescaServiços de informação

Intermediação financeira, seguros e previdência…Indústria extrativa

Metalurgia de metais não-ferrososProdutos de minerais não-metálicos

Atividades imobi liárias e aluguéisProdutos de madeira - exclusive móveis

Fabricação de aço e derivadosTêxteis, artefatos do vestuário e do couro, acessórios e…

Serviços de Alojamento e alimentaçãoProdutos Químicos

Administração, saúde e educação públicas e seguridade socialServiços prestados as famílias e associativaMóveis e produtos das indústrias diversas

Jornais, revistas, discosCelulose e produtos de papel

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparosÁlcool

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e ópticoConstrução civil

Outros equipamentos de transporteMáquinas, aparelhos e materiais elétricos

Outros serviçosProdutos de metal , exlcusive máquinas e equipaentos

Peças e acessórios para veículos automotoresArtigos de borracha e plástico

Máquinas para escritório e equipamentos de informáticaMaterial eletrônico e equipamentos de comunicações

EletrodomésticosAutomóveis, camionetas e utilitários

Caminhões e ônibusProdutos do fumo

Refino de petróleo e gás

2,8983 1,7798

1,4582 1,4030 1,3833 1,3754 1,3724

1,2856 1,1912 1,1841 1,1630

1,0924 1,0107 1,0006

0,9134 0,8992 0,8915 0,8824

0,8322 0,8104 0,8104 0,7836 0,7686 0,7679 0,7679 0,7650 0,7638 0,7613 0,7534 0,7523 0,7515 0,7509 0,7494 0,7492 0,7475 0,7468 0,7459 0,7459 0,7459 0,7459

Efeitos para Trás

Page 40: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

40

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 13 - Índice de encadeamento para frente da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPANota: para 40 produtos e 40 atividades

45

Figura 13 - Índice de encadeamento para frente da economia paraense, 2009

Fonte: FAPESPA Nota: para 40 produtos e 40 atividades

0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000

ÁlcoolAlimentos e bebidas

Outros equipamentos de transporteServiços de Alojamento e alimentação

Têxteis, artefatos do vestuário e do couro, acessórios e…Metalurgia de metais não-ferrosos

Serviços de informaçãoCelulose e produtos de papel

Produtos de minerais não-metálicosProdutos Químicos

Serviços prestados as famílias e associativaMóveis e produtos das indústrias diversas

Produtos de madeira - exclusive móveisProdução e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e…

Intermediação financeira, seguros e previdência…Fabricação de aço e derivados

Jornais, revistas, discosConstrução civil

Produtos de metal , exlcusive máquinas e equipaentosEletrodomésticos

Indústria extrativaMáquinas, aparelhos e materiais elétricos

Máquinas para escritório e equipamentos de informáticaPeças e acessórios para veículos automotores

Transporte, armazenagem e correioAdministração, saúde e educação públicas e seguridade social

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparosAparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico

Pecuária e pescaArtigos de borracha e plástico

Serviços prestados as empresasOutros serviços

Comércio e serviços de manutenção e reparaçãoAgricultura, silvicultura e exploração florestal

Atividades imobi liárias e aluguéisAutomóveis, camionetas e utilitários

Caminhões e ônibusMaterial eletrônico e equipamentos de comunicações

Produtos do fumoRefino de petróleo e gás

1,3330 1,2876

1,2587 1,1663

1,1297 1,1236 1,1218 1,1189 1,1123 1,1007 1,0969

1,0804 1,0642 1,0611 1,0491

1,0309 1,0287

1,0127 1,0106 1,0065

0,9890 0,9890 0,9867 0,9803 0,9728 0,9727 0,9597 0,9512 0,9476 0,9336 0,9236 0,9205 0,9141

0,8673 0,7689

0,7459 0,7459 0,7459 0,7459 0,7459

Efeitos para Frente

Page 41: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

41

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Com base nesses resultados, sete setores/atividades dentre os quarenta foram clas-sificados como setores-chave, uma vez que apresentaram simultaneamente índices de po-der de encadeamento para trás e para frente, maiores que a unidade e com valores relati-vamente baixos do coeficiente de variação. O ranking das atividades considerando os índices de poder de encadeamento apre-senta como principal setor de atividade e que poderá responder de forma mais efetiva a um estímulo da demanda, desde que conjuntamente se estabeleça ações para formação de um sistema de governança favorável são: 1 - Indústria de alimentos e bebidas – com destaque para o abate e fabricação de produtos de carne, preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado, fabrica-ção de conservas de frutas, legumes e outros vegetais, fabricação de óleos e gorduras ve-getais e animais, moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais, torrefação e moagem de café, e a fabricação de outros produtos alimentícios, engarrafa-mento de águas minerais na fonte, a fabricação de cervejas e chopes; 2 - Metalurgia de metais não-ferrosos - produção de alumina (óxido de alumínio), a produção de alumínio em formas primárias (lingotes, etc.), a produção de laminados de alumínio (barras, canos e tubos, perfis, chapas, etc.) e outros produtos; 3 - Material eletrônico e equipamentos de comunicações- manutenção de sis-temas de telecomunicações (equipamentos transmissores de rádio e televisão, estações telefônicas, para radiotelefonia e radiotelegrafia), manutenção e reparação de sistemas de circuitos internos de segurança; 4 - Móveis e produtos das indústrias diversas - fabricação de móveis de madeira, ou com predominância de madeira, envernizados, encerados, esmaltados, laqueados, reco-bertos com lâminas de material plástico, estofados, para usos residencial e não-residencial, fabricação de colchões de qualquer material, lapidação de gemas (pedras preciosas e se-mipreciosas), fabricação de artefatos de joalheria e ourivesaria; 5 - Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana - geração de energia elétrica de origem hidráulica, a manutenção de redes de eletricidade e a medição de consumo de energia elétrica, atividades de coordenação e controle da ope-ração da geração e transmissão de energia elétrica, captação, tratamento e distribuição de água para atender às necessidades domésticas, comerciais, públicas, industriais e rurais, gestão das redes, a operação das estações de tratamento de esgoto e atividades relaciona-das, coleta de resíduos perigosos e não-perigosos de origem doméstica, urbana ou indus-trial por meio de lixeiras, veículos, caçambas, coleta de materiais recuperáveis e coleta de resíduos em pequenas lixeiras públicas; 6 - Comércio e serviços de manutenção e reparação – comércio atacadista de matérias-primas agrícolas e animais vivos, especializado em produtos alimentícios, bebi-das e fumo, produtos de consumo não-alimentar, comércio atacadista de equipamentos e produtos de tecnologias de informação e comunicação, comércio atacadista de madeira, ferragens, ferramentas, material elétrico e material de construção, comércio varejista de

Page 42: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

42

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

produtos alimentícios, bebidas e fumo, combustíveis para veículos automotores, material de construção, equipamentos de informática e comunicação; equipamentos e artigos de uso doméstico, artigos culturais, recreativos e esportivos, produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos entre outros; 7 - serviços prestados as empresas – compreende as atividades rotineiras de apoio ao funcionamento de empresas e organizações. Estas atividades podem ser estimuladas na direção de forte estrutura de arranjos produtivos locais (APLs) a partir dos municípios de maior concentração dos elos das ca-deias produtivas. A partir desta organização de cadeias, pode-se conseguir maior dinâmica e sustentabilidade ao crescimento da economia paraense. Os setores classificados como sem conexão devido ao fato de ter índice de encade-amento para trás e para frente menor que a unidade são: administração, saúde e educação públicas e seguridade social; aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico; artigos de borracha e plástico; automóveis, camionetas e utilitários; máquinas e equipa-mentos, inclusive manutenção e reparos; máquinas para escritório e equipamentos de in-formática; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; material eletrônico e equipamentos de comunicações; peças e acessórios para veículos automotores; produtos do fumo; refino de petróleo e gás; e outros serviços. Estes segmentos devem ser apoiados para fortalecer as redes de conexão produtivas que estão integradas e estruturarem os encadeamentos.

4.1.2 Efeitos multiplicadores da economia paraense – base MIP Os multiplicadores de impacto orientam a tomada de decisão pelos formuladores das políticas públicas de desenvolvimento regional. Os multiplicadores foram calculados con-siderando os efeitos diretos, indiretos e induzidos pela renda para as variáveis Valor Bruto da Produção, Emprego, Renda e Lucro. A matriz utilizada para os cálculos foi a de Leontief para 12 produtos e 12 atividades, conforme procedimentos apresentados na seção de me-todologia deste relatório.De forma geral, um multiplicador indica o impacto global de variações na demanda final do setor j sobre uma variável econômica de interesse (PORSSE, 2002). Segundo Santana (1997), essa informação é importante para a programação do crescimento econômico de um setor produtivo ou de um território.

4.1.2.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção A Tabela 13 mostra o comportamento do multiplicador de produto, em que administra-ção, saúde e educação públicas e seguridade social foi a que apresentou o maior multipli-cador, indicando que para cada R$1 milhão gasto na demanda final do setor, foram gerados R$3,85 milhões de produto, em que R$1 milhão refere-se ao efeito direto, R$1,30 milhão ao efeito indireto e R$1,55 milhão ao efeito induzido pela renda.

Page 43: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

43

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 13 - Multiplicadores do VBP direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

48

4.1.2.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção

A Tabela 13 mostra o comportamento do multiplicador de produto, em que

administração, saúde e educação públicas e seguridade social foi a que apresentou o maior

multiplicador, indicando que para cada R$1 milhão gasto na demanda final do setor, foram

gerados R$3,85 milhões de produto, em que R$1 milhão refere-se ao efeito indireto, R$1,30

milhão ao efeito indireto e R$1,50 milhão ao efeito induzido pela renda.

Tabela 13 - Multiplicadores do VBP direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009

Setor Direto (A) Indireto Efeito-

renda Total (B)

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 1.000.000 1.227.330 744.9910 2.972.321 2,97 2-Indústria extrativa 1.000.000 1.325.967 645.496 2.971.463 2,97 3-Indústria de transformação 1.000.000 1.547.503 1.128.492 3.675.996 3,68 4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana.

1.000.000 1.427.115 828.245 3.255.360 3,26

5-Construção civil 1.000.000 1.368.084 1.020.844 3.388.928 3,39 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 1.000.000 1.226.869 1.029.471 3.256.340 3,26

7-Transporte, armazenagem e correio. 1.000.000 1.306.512 611.450 2.917.962 2,92

8-Serviços de informação 1.000.000 1.506.100 1.091.748 3.597.848 3,60 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados.

1.000.000 1.412.665 999.713 3.412.378 3,41

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 1.000.000 1.030.954 81.711 2.112.665 2,11

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social.

1.000.000 1.303.964 1.548.000 3.851.964 3,85

12-Outros serviços 1.000.000 1.352.110 1.355.397 3.707.507 3,71

Fonte: FAPESPA

A indústria de transformação ocupou a terceira posição no ranking dos setores com

maior multiplicador, a cada estímulo dado pelo gasto de R$1 milhão na demanda final desse

setor foram gerados R$3,68 milhões, em que 27,2% desse valor se referem ao efeito direto da

aquisição de insumos dos demais setores (R$1 milhão), 42,1% do efeito indireto, que captura

as aquisições de insumos pelas atividades fornecedoras de insumos à indústria de

transformação (R$1,13 milhões), e 30,7% se referem ao efeito induzido pela renda gerada a

partir dos efeitos indiretos e diretos que estimulam a aquisição de novos bens e serviços na

economia.

A atividade de serviços de informação ocupou a quarta posição no ranking, em que

para cada R$1 milhão de aumento da demanda final do setor, gerou-se R$3,60 milhões em

A indústria de transformação ocupou a terceira posição no ranking dos setores com maior multiplicador, a cada estímulo dado pelo gasto de R$1 milhão na demanda final desse setor foram gerados R$3,68 milhões, em que 27,2% desse valor se referem ao efeito direto da aquisição de insumos dos demais setores (R$1 milhão), 42,1% do efeito indireto, que captura as aquisições de insumos pelas atividades fornecedoras de insumos à indústria de transformação (R$1,13 milhões), e 30,7% se referem ao efeito induzido pela renda gerada a partir dos efeitos indiretos e diretos que estimulam a aquisição de novos bens e serviços na economia. A atividade de serviços de informação ocupou a quarta posição no ranking, em que para cada R$1 milhão de aumento da demanda final do setor, gerou-se R$3,60 milhões em produtos, em que 27,8% desse valor foi em função do efeito direto da relação com os de-mais setores fornecedores de insumos, 41,9% decorrente do efeito indireto, isto é, da rela-ção do vetor de efeitos diretos com a matriz de Leontief aberta, e 30,3% referente ao efeito induzido pela renda.

4.1.2.2 Multiplicador da Renda A Tabela 14 apresenta os resultados do multiplicador de renda que mede a mudança total na renda da economia paraense, resultante da alteração de uma unidade na renda de um dado setor. Segundo Santana (1997), o efeito direto de renda é o montante de renda na forma de salários e/ou lucros que vão para o consumidor, enquanto o efeito direto e indireto indica a mudança total na renda como um resultado da alteração unitária da demanda final.

Page 44: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

44

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Ou seja, ele representa a renda gerada direta e indiretamente por cada unidade monetária injetada diretamente numa determinada atividade.Tabela 14 - Multiplicadores de Renda, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

48

4.1.2.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção

A Tabela 13 mostra o comportamento do multiplicador de produto, em que

administração, saúde e educação públicas e seguridade social foi a que apresentou o maior

multiplicador, indicando que para cada R$1 milhão gasto na demanda final do setor, foram

gerados R$3,85 milhões de produto, em que R$1 milhão refere-se ao efeito indireto, R$1,30

milhão ao efeito indireto e R$1,50 milhão ao efeito induzido pela renda.

Tabela 13 - Multiplicadores do VBP direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009

Setor Direto (A) Indireto Efeito-

renda Total (B)

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 1.000.000 1.227.330 744.9910 2.972.321 2,97 2-Indústria extrativa 1.000.000 1.325.967 645.496 2.971.463 2,97 3-Indústria de transformação 1.000.000 1.547.503 1.128.492 3.675.996 3,68 4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana.

1.000.000 1.427.115 828.245 3.255.360 3,26

5-Construção civil 1.000.000 1.368.084 1.020.844 3.388.928 3,39 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 1.000.000 1.226.869 1.029.471 3.256.340 3,26

7-Transporte, armazenagem e correio. 1.000.000 1.306.512 611.450 2.917.962 2,92

8-Serviços de informação 1.000.000 1.506.100 1.091.748 3.597.848 3,60 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados.

1.000.000 1.412.665 999.713 3.412.378 3,41

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 1.000.000 1.030.954 81.711 2.112.665 2,11

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social.

1.000.000 1.303.964 1.548.000 3.851.964 3,85

12-Outros serviços 1.000.000 1.352.110 1.355.397 3.707.507 3,71

Fonte: FAPESPA

A indústria de transformação ocupou a terceira posição no ranking dos setores com

maior multiplicador, a cada estímulo dado pelo gasto de R$1 milhão na demanda final desse

setor foram gerados R$3,68 milhões, em que 27,2% desse valor se referem ao efeito direto da

aquisição de insumos dos demais setores (R$1 milhão), 42,1% do efeito indireto, que captura

as aquisições de insumos pelas atividades fornecedoras de insumos à indústria de

transformação (R$1,13 milhões), e 30,7% se referem ao efeito induzido pela renda gerada a

partir dos efeitos indiretos e diretos que estimulam a aquisição de novos bens e serviços na

economia.

A atividade de serviços de informação ocupou a quarta posição no ranking, em que

para cada R$1 milhão de aumento da demanda final do setor, gerou-se R$3,60 milhões em

A atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social foi a que gerou o maior impacto na renda para um aumento de R$1,00 milhão na demanda final, R$1,20 milhões, em que 41,4% decorre do efeito direto, 46,0% do efeito indireto e 12,6% do efeito induzido pela renda. Esse resultado mostra a importância do setor público na eco-nomia paraense em 2009, seja como demandante de bens e serviços ou como ofertante de serviços de saúde, educação e segurança, atividades que geram renda e estimulam a economia regional. A atividade posicionada na terceira colocação do ranking das maiores foi comércio e serviços de manutenção e reparação, com R$0,772 milhão gerado para cada R$1 milhão aumento da demanda final, em que R$ R$0,318 milhão decorrente do efeito direto, R$0,356 do efeito indireto e R$0,097 milhão em função do efeito renda induzido. Segundo Kureski (2008), o valor da produção deste setor é utilizado, em parte, para o pagamento de itens de despesa como aluguel, água, luz, telefone e salários, que se apresentam como um dos principais custos das empresas do setor, daí o efeito sobre o multiplicador da renda. A construção civil ocupou a quarta posição no ranking com uma geração de R$0,494 milhão para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, em que 37,5% decorrente do efeito direto, 49,0% em função do efeito indireto, e 13,5% do efeito renda induzido. A maior participação do efeito indireto deve-se, em grande medida, aos impactos junto aos fornece-dores de insumos dos demais setores. Na quinta posição do ranking encontra-se a agropecuária, com uma geração de renda de R$0,447 milhão para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, em que o efeito

Page 45: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

45

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

indireto tem a maior participação da renda total (48,2%), o efeito direto com 38,5% e o efeito renda induzido de 13,3%.

4.1.2.3 Multiplicador de Emprego A Tabela 15 resume os efeitos direto, indireto, induzidos e o multiplicador de em-pregos que indica a capacidade de gerar empregos de cada atividade, em resposta a um aumento de R$1 milhão na demanda final exógenas de seus produtos e/ou ajustes nas de-mandas intermediárias. A atividade agropecuária se apresenta na primeira posição do ranking de atividade com maior poder de gerar empregos, pois para cada aumento da demanda final em R$1 milhão, ela gera 236 empregos assim distribuídos em termos percentuais: 103 por conta do efeito direto, 118 devido ao efeito indireto e 15 em função do efeito renda induzido. Esse elevado impacto da atividade pode ser, em parte, explicado pelo uso intensivo de mão de obra e reflete o número de pessoas ocupadas de maneira formal e informal na atividade. A atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação ocupou a terceira posição no ranking em que, para cada R$1 milhão de aumento na demanda final foi gerado 79 empregos diretos, 88 indiretos e 26 devidos ao efeito renda induzido, totalizando 193 empregos. Essa atividade também tem como característica o uso intensivo de mão de obra. A indústria de transformação apesar de se posicionar na sexta posição do ranking, com uma geração de 86 empregos para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, é a que apresenta a maior participação relativa na categoria de empregos indiretos com 59,3%. A segunda maior participação de empregos indiretos ficou com a atividade da indústria de extração com 57,1%, para um total de 21 empregos gerados por cada R$1,00 de aumento da demanda final.Tabela 15 - Multiplicadores de Emprego, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

51

A atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação ocupou a terceira

posição no ranking em que, para cada R$1 milhão de aumento na demanda final foi gerado 79

empregos diretos, 88 indiretos e 26 devidos ao efeito renda induzido, totalizando 193

empregos. Essa atividade também tem como característica o uso intensivo de mão de obra.

A indústria de transformação apesar de se posicionar na sexta posição do ranking, com

uma geração de 86 empregos para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, é a que

apresenta a maior participação relativa na categoria de empregos indiretos com 59,3%. A

segunda maior participação de empregos indiretos ficou com a atividade da indústria de

extração com 57,1%, para um total de 21 empregos gerados por cada R$1,00 de aumento da

demanda final.

Tabela 15 - Multiplicadores de Emprego, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Setor Direto (A) Indireto Efeito-

renda Total (B)

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 103 118 15 236 2,29

2-Indústria extrativa 1 12 7 21 16,42 3-Indústria de transformação 21 51 14 86 4,08

4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

3 13 8 25 8,51

5-Construção civil 29 44 17 90 3,09 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

79 88 26 193 2,45

7-Transporte, armazenagem e correio

31 43 7 81 2,62

8-Serviços de informação 13 38 14 66 5,08

9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

6 17 15 38 6,11

10-Atividades imobiliárias e aluguéis

2 4 1 7 3,34

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

24 35 39 99 4,12

12-Outros serviços 89 106 30 225 2,53

Fonte: FAPESPA

A quarta posição do ranking foi ocupada pela atividade de administração, saúde e

educação públicas e seguridade social com 99 empregos gerado para cada R$1 milhão de

aumento na demanda final, assim distribuídos em termos porcentuais: 24,2% devido ao efeito

direto, 35,4% em função do efeito indireto e 40,4% decorrente do efeito renda induzido.

Page 46: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

46

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

A quarta posição do ranking foi ocupada pela atividade de administração, saúde e edu-cação públicas e seguridade social com 99 empregos gerado para cada R$1 milhão de aumen-to na demanda final, assim distribuídos em termos porcentuais: 24,2% devido ao efeito direto, 35,4% em função do efeito indireto e 40,4% decorrente do efeito renda induzido.

4.1.2.4 Multiplicador de Lucro A atividade de imobiliárias e aluguéis ocupa a primeira posição no ranking dos maio-res lucros resultante de um aumento da demanda final em R$1 milhão que gerou R$1,14 milhão de lucro total, com R$0,952 milhão do efeito direto, R$967,8 milhão do efeito indireto e R$0,016 milhão de efeito renda induzido. O segundo maior indicador de lucro foi o da atividade de intermediação financeira, segu-ros e previdência complementar e serviços relacionados que gerou R$1,50 milhão de lucro para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, assim distribuídos em termos relativos pelos efeitos: 37,6% efeito direto, 51,4% efeito indireto e 11,0% do efeito renda induzido.Tabela 16 - Multiplicadores de Lucro, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

52

4.1.2.4 Multiplicador de Lucro

A atividade de imobiliárias e aluguéis ocupa a primeira posição no ranking dos

maiores lucros resultante de um aumento da demanda final em R$1 milhão que gerou R$1,14

milhão de lucro total, com R$0,952 milhão do efeito direto, R$967,8 milhão do efeito indireto

e R$0,016 milhão de efeito renda induzido.

O segundo maior indicador de lucro foi o da atividade de intermediação financeira,

seguros e previdência complementar e serviços relacionados que gerou R$1,50 milhão de

lucro para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, assim distribuídos em termos

relativos pelos efeitos: 37,6% efeito direto, 51,4% efeito indireto e 11,0% do efeito renda

induzido.

Tabela 16 - Multiplicadores de Lucro, direto, indireto e induzido pela variação da demanda final de R$1,00 milhão, estado do Pará, 2009

Setor Direto (A) Indireto Efeito-

renda Total (B)

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 473.037 562.585 172.204 1.207.826 2,55 2-Indústria extrativa 600.329 755.014 79.803 1.435.146 2,39

3-Indústria de transformação 106.624 351.122 157.109 614.855 5,77 4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

432.100 621.386 91.493 1.144.979 2,65

5-Construção civil 547.829 661.850 192.069 1.401.747 2,56 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

493.118 602.460 284.909 1.380.486 2,80

7-Transporte, armazenagem e correio

590.673 747.988 80.255 1.418.916 2,40

8-Serviços de informação 470.753 697.741 161.224 1.329.718 2,82 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

565.674 772.124 165.328 1.503.126 2,66

10-Atividades imobiliárias e aluguéis

952.603 967.801 16.249 1.936.653 2,03

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

284.523 420.701 440.245 1.145.470 4,03

12-Outros serviços 351.164 493.310 342.065 1.186.539 3,38

Fonte: FAPESPA

O terceiro maior lucro gerado pelo aumento da demanda final em R$1 milhão foi da

indústria extrativa com R$1,43 milhão, em que a maior parcela foi devida ao efeito indireto

(52,6%), o efeito direto representou 41,8% e o efeito renda induzido ficou em 5,6%.

A atividade agropecuária ocupou a sétima posição no ranking com um lucro total da

ordem de R$1,21 milhão para cada R$1,00 de aumento da demanda final em que R$0,473

O terceiro maior lucro gerado pelo aumento da demanda final em R$1 milhão foi da indústria extrativa com R$1,43 milhão, em que a maior parcela foi devida ao efeito indireto (52,6%), o efeito direto representou 41,8% e o efeito renda induzido ficou em 5,6%. A atividade agropecuária ocupou a sétima posição no ranking com um lucro total da

Page 47: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

47

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

ordem de R$1,21 milhão para cada R$1,00 de aumento da demanda final em que R$0,473 milhão foi devido ao efeito direto da relação com o próprio setor e com os demais na aqui-sição de insumos para produção final, R$0,563 milhão da relação do efeito direto com os demais setores que captura os efeitos diretos e indiretos a partir da matriz de Leontief, e R$0,172 milhão decorrente do efeito renda induzido.

4.1.2.5 Análise do coeficiente de correlação linear de Pearson entre os multiplicadores Uma forma de verificar a relação entre os multiplicadores de produto, renda e emprego é calculando o coeficiente de correlação entre eles, o que é apresentado na Tabela 17. A moderada correlação linear positiva de 0,619 indica que variações positivas da renda estão associadas a variações positivas do emprego, ou seja, atividades com maior capacidade de gerar emprego estão relacionadas com maior geração de renda. Em seguida vem a associação entre renda e produto, de 0,477, indicando que tais multiplicadores na economia paraense, impulsionam a economia na mesma direção, o que fortalece os efeitos de encadeamento dos estímulos dados nas atividades-chave.Tabela 17 - Correlação linear entre os multiplicadores de produto, renda e emprego

Fonte: FAPESPA

53

milhão foi devido ao efeito direto da relação com o próprio setor e com os demais na

aquisição de insumos para produção final, R$0,563 milhão da relação do efeito direto com os

demais setores que captura os efeitos diretos e indiretos a partir da matriz de Leontief, e

R$0,172 milhão decorrente do efeito renda induzido.

4.1.2.5 Análise do coeficiente de correlação linear de Pearson entre os multiplicadores

Uma forma de verificar a relação entre os multiplicadores de produto, renda e emprego

é calculando o coeficiente de correlação entre eles, o que é apresentado na Tabela 17. A

moderada correlação linear positiva de 0,619 indica que variações positivas da renda estão

associadas a variações positivas do emprego, ou seja, atividades com maior capacidade de

gerar emprego estão relacionadas com maior geração de renda, com significância estatística

de 0,05.

Tabela 17 - Correlação linear entre os multiplicadores de produto, renda e emprego Multiplicadores Produto Renda Emprego

Produto 1,000 0,477ns 0,205ns

Renda 1,000 0,619**

Emprego 1,000

Fonte: FAPESPA

Os indicadores de impacto podem ser utilizados para orientar o formulador da política

pública na identificação das atividades com maior possibilidade de geração de renda e

emprego e a obtenção de sucesso da política. Para tal, foram elaborados três gráficos que

relacionam os multiplicadores de produto, renda e emprego, todos normalizados e

comparados em pares. O gráfico foi dividido em quatro quadrantes: o quadrante superior

direito identifica os setores com impactos acima da média em ambas as variáveis em foco e

contém os setores-chave considerando essas variáveis; o quadrante inferior esquerdo

identifica aqueles com impacto abaixo da média em ambas as variáveis; os outros dois

quadrantes mostram os setores com impactos acima e abaixo da média.

Em relação ao impacto da produção das 12 atividades pesquisadas três são

consideradas chaves, relacionando com o impacto no emprego quais sejam: serviços de

informação, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; e

intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (Figura

14).

Os indicadores de impacto podem ser utilizados para orientar o formulador da políti-ca pública na identificação das atividades com maior possibilidade de geração de renda e emprego e a obtenção de sucesso da política. Para tal, foram elaborados três gráficos que relacionam os multiplicadores de produto, renda e emprego, todos normalizados e compa-rados em pares. O gráfico foi dividido em quatro quadrantes: o quadrante superior direito identifica os setores com impactos acima da média em ambas as variáveis em foco e con-tém os setores-chave considerando essas variáveis; o quadrante inferior esquerdo identifica aqueles com impacto abaixo da média em ambas as variáveis; os outros dois quadrantes mostram os setores com impactos acima e abaixo da média. Em relação ao impacto da produção das 12 atividades pesquisadas três são conside-radas chaves, relacionando com o impacto no emprego quais sejam: serviços de informação, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; e intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (Figura 14). A indústria de transformação, construção civil e outros serviços possuem um valor de impacto da média e com baixo valor de impacto do emprego. A indústria extrativa apresenta--se com um elevado índice de impactos na geração de emprego e o índice de impacto do produto próximo a média. As demais atividades estão situadas no quadrante com baixo im-pacto de produto e de emprego.

(*) significativo a 10%, (**) significativo a 5%, (NS) não significativo.

Page 48: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

48

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 14 - Impacto sobre a produção versus impacto sobre o emprego, estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

54

A indústria de transformação, construção civil e outros serviços possuem um valor de

impacto acima da média e com baixo valor de impacto do emprego. A indústria extrativa

apresenta-se com um elevado índice de impactos na geração de emprego e o índice de

impacto do produto próximo a média. As demais atividades estão situadas no quadrante com

baixo impacto de produto e de emprego.

Figura 14 - Impacto sobre a produção versus impacto sobre o emprego, estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária 7 Transporte, armazenagem e correio 2 Indústria extrativa 8 Serviços de informação

3 Indústria de transformação 9 Intermediação financeira, seguros e previdência

complementar e serviços relacionados

4 Produção e distribuição de eletricidade e gás,

água, esgoto e limpeza urbana 10 Atividades imobiliárias e aluguéis

5 Construção civil 11 Administração, saúde e educação públicas e

seguridade social 6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 12 Outros serviços

A Figura 15 relaciona os multiplicadores de impacto do produto com a renda e indica

que as atividades da indústria de transformação, da produção e distribuição de eletricidade e

gás, água, esgoto e limpeza urbana, e dos serviços de informação são os setores-chave da

relação entre esses setores.

A Figura 15 relaciona os multiplicadores de impacto do produto com a renda e indica que as atividades da indústria de transformação, da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, e dos serviços de informação são os setores-chave a partir de suas interrelações. No quadrante com impacto do produto acima da média e o impacto do emprego abai-xo da média, encontram-se as atividades: construção civil; intermediação financeira, segu-ros e previdência complementar e serviços relacionados; e outros serviços. Na combinação de impacto de renda acima da média e impacto de produto abaixo da média, encontram-se a indústria extrativa e transporte, armazenagem e correio. Os demais setores se encontram em uma área com valores de impactos abaixo da média de ambas as variáveis de impacto.

Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária2 Indústria extrativa3 Indústria de transformação4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana5 Construção civil6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação7 Transporte, armazenagem e correio8 Serviços de informação9 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados10 Atividades imobiliárias e aluguéis11 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social12 Outros serviços

Page 49: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

49

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 15 - Impacto sobre a produção versus impacto sobre a renda, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

55

No quadrante com impacto do produto acima da média e o impacto do emprego abaixo

da média, encontram-se as atividades: construção civil; intermediação financeira, seguros e

previdência complementar e serviços relacionados; e outros serviços. Na combinação de

impacto de renda acima da média e impacto de produto abaixo da média, encontram-se a

indústria extrativa e transporte, armazenagem e correio. Os demais setores se encontram em

uma área com valores de impactos abaixo da média de ambas as variáveis de impacto.

Figura 15 - Impacto sobre a produção versus impacto sobre a renda, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária 7 Transporte, armazenagem e correio 2 Indústria extrativa 8 Serviços de informação

3 Indústria de transformação 9 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 10 Atividades imobiliárias e aluguéis

5 Construção civil 11 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 12 Outros serviços

A relação entre a renda e o emprego é apresentada na Figura 16, em que, dentre os

setores que impactam positivamente a geração de emprego e renda, estão a indústria extrativa,

serviços de informações e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. A

intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária2 Indústria extrativa3 Indústria de transformação4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana5 Construção civil6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação7 Transporte, armazenagem e correio8 Serviços de informação9 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados10 Atividades imobiliárias e aluguéis11 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social12 Outros serviços

A relação entre a renda e o emprego é apresentada na Figura 16, em que, dentre os setores que impactam positivamente a geração de emprego e renda, estão a indústria ex-trativa, serviços de informações e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. A intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços rela-cionados apresenta-se como atividade com impacto de emprego acima da média, porém, combinada com impactos de renda abaixo da média. As indústrias de transformação e a atividade de transporte, armazenagem e correio são as que possuem impacto de renda acima da média, e impacto de emprego abaixo da média do setor. As demais atividades situam-se no quadrante em que os valores de impacto de renda e de emprego estão abaixo da média.

Page 50: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

50

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 16 - Impacto sobre o emprego versus impacto sobre a renda, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária2 Indústria extrativa3 Indústria de transformação4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana5 Construção civil6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação7 Transporte, armazenagem e correio8 Serviços de informação9 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados10 Atividades imobiliárias e aluguéis11 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social12 Outros serviços

56

apresenta-se como atividade com impacto de emprego acima da média, porém, combinada

com impactos de renda abaixo da média.

As indústrias de transformação e a atividade de transporte, armazenagem e correio são

as que possuem impacto de renda acima da média, e impacto de emprego abaixo da média do

setor. As demais atividades situam-se no quadrante em que os valores de impacto de renda e

de emprego estão abaixo da média.

Figura 16 - Impacto sobre o emprego versus impacto sobre a renda, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA Nota: Codificação dos setores

1 Agropecuária 7 Transporte, armazenagem e correio 2 Indústria extrativa 8 Serviços de informação

3 Indústria de transformação 9 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

4 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 10 Atividades imobiliárias e aluguéis

5 Construção civil 11 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

6 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 12 Outros serviços

Observa-se, a partir desta análise de cruzamento dos multiplicadores que as atividades-chave serviços de informação e produção e distribuição de eletricidade e água apresentaram impactos ele-vados em todos os multiplicadores. Fato demonstrou que tais atividades são transversais quan-to a somar e multiplicar as forcas motoras do fluxo circular da economia, devendo ser apoiada para que as respostas sejam ainda maiores e generalizadas em toda a economia paraense. Entre os in-vestimentos nesta atividade fazem a diferença nas economias locacionais do território paraense.

Page 51: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

51

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

5 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL (MCS)

5.1 RESULTADOS DA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL (MCS)

A MCS é uma expansão da MIP e das Contas Nacionais (Regionais) que demonstra o fluxo circular de uma economia de mercado e representa a estrutura econômica vigente em um determinado período de tempo, considerando a sua estrutura social e institucional. Ela faz parte do conjunto de modelos econômicos de equilíbrio geral. Enquanto a MIP oferece informações detalhadas sobre o relacionamento entre os se-tores econômicos, o valor adicionado (salários e lucros) pelo processo produtivo, impostos e importações e os demandantes finais (famílias, governos, FBCF e a exportação), a MCS vai além das relações de produção inter-setorial e incorpora, no modelo, as ações realizadas pelos agentes econômicos detentores dos fatores de produção e que receberam remunera-ções pela realização de serviços e dos agentes institucionais que absorveram a produção. A MCS foi estruturada conforme a metodologia de Pyatte Round (1985), consideran-do-se como bloco de contas endógenas atividades produtivas, instituições e valor adiciona-do e como blocos de conta exógena conta de capital e resto do mundo, como apresentado por Santana (2005) e detalhado na seção de metodologia deste relatório. A Figura 17 mostra o encadeamento endógeno do impacto de um estímulo exógeno dado as atividades produtivas, uma vez que estas respondem a tal estímulo na seguinte sequência, conforme Santana (1997, 2005): i): é gerado um nível de renda que vai remu-nerar os fatores produtivos (capital e trabalho) na forma de salários e lucros (bloco do valor adicionado); ii) essa renda ao ser repassada às instituições, parte vai para poupança e a outra parte para o consumo e investimento nas atividades produtivas, que, em seguida, dão continuidade ao fluxo circular da renda.

Figura 17 - Representação do encadeamento endógeno mediante impacto dos estímulos exógenos

Fonte: SANTANA, 2012

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5 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL (MCS)

5.1 RESULTADOS DA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL (MCS)

A MCS é uma expansão da MIP e das Contas Nacionais (Regionais) que demonstra o

fluxo circular de uma economia de mercado e representa a estrutura econômica vigente em um determinado período de tempo, considerando a sua estrutura social e institucional. Ela faz parte do conjunto de modelos econômicos de equilíbrio geral.

Enquanto a MIP oferece informações detalhadas sobre o relacionamento entre os setores econômicos, o valor adicionado (salários e lucros) pelo processo produtivo, impostos e importações e os demandantes finais (famílias, governos, FBCF e a exportação), a MCS vai além das relações de produção inter-setorial e incorpora, no modelo, as ações realizadas pelos agentes econômicos detentores dos fatores de produção e que receberam remunerações pela realização de serviços e dos agentes institucionais que absorveram a produção.

A MCS foi estruturada conforme a metodologia de Pyatte Round (1985), considerando-se como bloco de contas endógenas atividades produtivas, instituições e valor adicionado e como blocos de conta exógena conta de capital e resto do mundo, como apresentado por Santana (2005) e detalhado na seção de metodologia deste relatório.

A Figura 17 mostra o encadeamento endógeno do impacto de um estímulo exógeno dado as atividades produtivas, uma vez que estas respondem a tal estímulo na seguinte sequência, conforme Santana (1997, 2005): i): é gerado um nível de renda que vai remunerar os fatores produtivos (capital e trabalho) na forma de salários e lucros (bloco do valor adicionado); ii) essa renda ao ser repassada às instituições, parte vai para poupança e a outra parte para o consumo e investimento nas atividades produtivas, que, em seguida, dão continuidade ao fluxo circular da renda.

Figura 17 - Representação do encadeamento endógeno mediante impacto dos estímulos exógenos

Fonte: SANTANA, 2002.

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das instituições

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Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

estabe-lece a estrutura de gasto em bens e serviços

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Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

influencia novamente as atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

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Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

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Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12 ati-vidades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições (con-sumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado, (salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um choque exógeno (impostos, exportação e importação). De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os im-pactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo, no consumo de produ-tos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

Tabela 18 - Matriz de Contabilidade Social (MCS), estado do Pará, 2009 (valores correntes em R$1.000.000)

Fonte: FAPESPA

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Tabela 18 - Matriz de Contabilidade Social (MCS), estado do Pará, 2009 (valores correntes em R$1.000.000)

Fonte FAPESPA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Exportação Brasil

Exportação exterior

1- Agropecuária 321 0 2.329 0 0 0 0 0 0 0 83 41 0 699 115 0 0 0 361 911 5.6232-Indústria extrativa 0 785 999 0 33 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 0 0 0 957 8.200 10.1773-Indústria de transformação 267 273 1.115 58 1.388 203 42 77 20 15 510 537 0 3.429 410 0 0 0 3.483 5.436 16.7194-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto elimpeza urbana 32 121 427 673 0 131 31 20 10 2 164 115 0 896 0 0 0 0 1.320 0 3.9425-Construção civil 0 0 2 0 30 1 0 5 1 24 20 3 0 0 7.791 0 0 0 34 0 7.9276-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 284 267 1.058 59 317 239 204 285 9 47 389 490 0 4.547 286 0 0 0 1.475 232 10.080

7-Transporte, armazenagem e correio 23 51 691 126 115 523 489 11 28 4 128 113 0 1.488 34 0 0 0 930 92 4.785

8-Serviços de informação 0 323 74 28 0 68 21 217 64 2 314 72 0 927 0 0 0 0 231 0 2.3209-Intermediação financeira, seguros e previdênciacomplementar e serviços relacionados 3 36 29 91 10 0 182 3 458 3 949 39 0 656 0 0 0 0 0 0 2.459

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 1 147 48 11 37 194 22 57 8 23 126 112 0 5.377 0 0 0 0 14 0 5.98111-Administração, saúde e educação públicas e seguridadesocial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14.581 0 0 0 0 0 0 0 15.06912-Outros serviços 32 445 178 159 83 375 115 196 125 24 625 321 354 4.352 0 0 0 0 72 11 7.120

13-Consumo do Governo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14.935 0 0 0 14.935

14-Consumo das famílias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19.187 3.206 0 0 0 22.393

15-Formação Bruta de Capital Fixo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21.222 411 0 0 21.633

16-Salários 970 500 1.873 235 1.471 3.213 250 215 335 83 7.472 2.569 0 0 0 0 0 0 0 0 19.187

17-Lucros 2.660 6.109 1.783 1.703 4.343 4.971 2.826 1.092 1.391 5.698 4.287 2.500 0 0 0 0 0 0 0 0 39.363

18-Impostos 10 43 114 13 35 155 1 19 10 3 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 411

Importação Brasil 823 987 4.740 786 66 7 600 123 0 54 0 198 0 0 10.268 0 0 0 0 0 18.653

Importação Exterior 196 90 1.258 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.729 0 0 0 9.777 0 14.882

Valor da produção 5.623 10.177 16.719 3.942 7.927 10.080 4.785 2.320 2.459 5.981 15.069 7.120 14.935 22.393 21.633 19.187 39.363 411 18.653 14.882 243.659

Pessoal ocupado 580.475 12.714 350.761 11.405 230.462 793.923 146.944 29.987 15.274 12.996 360.948 632.216

MCS

Conta Endógena

Conta Exógena

Dem

anda

tota

lAtividades Produtivas Instituições Valor Adicionado

A Matriz de Propensão Média a Gastar ou Matriz de Coeficientes Técnicos da MCS (Tabe-la19) possibilita a distribuição do valor bruto da produção de um setor de atividade econômica aloca-do na aquisição de insumos dos demais setores, a remuneração dos fatores de produção (Capital e Trabalho), os impostos líquidos e a importação de insumos e bens de capital de outras unidades da federação e do resto do mundo. Essa estrutura mostra a dimensão dos encadeamentos sistêmicos para trás e para frente. Os resultados da Tabela 19 mostram que, para cada R$1,00 do valor bruto da produção da atividade agropecuária, 5,71 centavos foram gastos na aquisição de insumo da própria atividade, 0,01 com a indústria extrativa, 4,75 centavos com a indústria de transformação, 0,57 centavos com a produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, 5,06 centavos com o comércio e serviços de manutenção e reparação, 0,42 centavos com transporte, armazenagem e

Page 53: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

correio, e 0,56 centavos com outros serviços. O acumulado de gastos com insumos de outras ativi-dades pela atividade agropecuária ficou em 0,1714 centavos ou 17,14% do total do valor bruto da produção. A Agropecuária gastou 0,1813 centavos com a aquisição de insumos importados, em que 0,1464 centavos foram importados de outras unidades da federação (80,7%) e o restante de demais localidades do mundo (19,3%). Esses resultados mostram que a atividade Agropecuária realizada no Estado, em 2009, apresentava uma maior dependência de insumos externos que internos. Do valor total da produção da atividade agropecuária, 0,6455 centavos ou 64,55% foram alo-cados para remunerar os fatores de produção, em que 0,1724 centavos foram para pagamento de salários (26,7%), 0,4730 centavos para o lucro (73,2%), em que se observou uma elevada distorção na distribuição do valor adicionado uma vez que o valor do lucro foi quase o triplo do valor dos salá-rios. A atividade Agropecuária gerou 0,0018 centavos de Impostos ou 0,18% do valor da produção. Na atividade da Indústria Extrativa, em 2009, observou-se que para cada R$1,00 do valor bruto da produção, 0,2405 centavos foram utilizados na aquisição de insumos da própria atividade ou das demais assim distribuídas, ou seja, 24,05% com insumos intermediários: 7,71 centavos da própria atividade; 2,68 centavos da Indústria de Transformação; 1,19 centavos da Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; 2,62 centavos do Comércio e Serviços de Manuten-ção e Reparação; 0,50 centavos do Transporte, armazenagem e correio; 3,17 centavos dos Serviços de informação; 0,35 da Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços rela-cionados; 1,44 centavos das Atividades imobiliárias e aluguéis; e 4,37 centavos de Outros serviços.

Tabela 19 - Matriz de propensão média a gastar da matriz de contabilidade social do estado do Pará – 2009

Fonte: FAPESPA

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Tabela 19 - Matriz de propensão média a gastar da matriz de contabilidade social do estado do Pará – 2009 Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1-Agropecuária 0,0571 0,0000 0,1393 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0055 0,0058 0,0000 0,0312 0,0053 0,0000 0,0000 2-Indústria extrativa 0,0001 0,0771 0,0597 0,0000 0,0042 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0010 0,0000 0,0000 0,0000 3-Indústria de transformação 0,0475 0,0268 0,0667 0,0147 0,1750 0,0201 0,0087 0,0333 0,0082 0,0026 0,0338 0,0754 0,0000 0,1531 0,0189 0,0000 0,0000 4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,0057 0,0119 0,0255 0,1707 0,0000 0,0130 0,0066 0,0086 0,0040 0,0003 0,0109 0,0162 0,0000 0,0400 0,0000 0,0000 0,0000

5-Construção civil 0,0000 0,0000 0,0001 0,0000 0,0037 0,0001 0,0000 0,0021 0,0003 0,0039 0,0013 0,0004 0,0000 0,0000 0,3601 0,0000 0,0000 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,0506 0,0262 0,0633 0,0151 0,0400 0,0237 0,0427 0,1228 0,0037 0,0078 0,0258 0,0689 0,0000 0,2031 0,0132 0,0000 0,0000

7-Transporte, armazenagem e correio 0,0042 0,0050 0,0414 0,0319 0,0145 0,0519 0,1022 0,0049 0,0114 0,0007 0,0085 0,0159 0,0000 0,0665 0,0016 0,0000 0,0000 8-Serviços de informação 0,0000 0,0317 0,0045 0,0071 0,0000 0,0067 0,0044 0,0936 0,0260 0,0004 0,0208 0,0102 0,0000 0,0414 0,0000 0,0000 0,0000 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,0005 0,0035 0,0017 0,0230 0,0013 0,0000 0,0380 0,0012 0,1863 0,0004 0,0630 0,0055 0,0000 0,0293 0,0000 0,0000 0,0000

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 0,0002 0,0144 0,0029 0,0028 0,0047 0,0193 0,0045 0,0247 0,0034 0,0039 0,0084 0,0157 0,0000 0,2401 0,0000 0,0000 0,0000

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,9763 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

12-Outros serviços 0,0056 0,0437 0,0107 0,0404 0,0105 0,0372 0,0241 0,0845 0,0508 0,0039 0,0415 0,0450 0,0237 0,1944 0,0000 0,0000 0,0000 13-Consumo do Governo 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,3794 14-Consumo das famílias 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 1,0000 0,0814 15-Formação Bruta de Capital Fixo 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5391 16-Salários 0,1724 0,0492 0,1120 0,0595 0,1856 0,3188 0,0523 0,0925 0,1363 0,0139 0,4959 0,3609 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 17-Lucros 0,4730 0,6003 0,1066 0,4321 0,5478 0,4931 0,5907 0,4708 0,5657 0,9526 0,2845 0,3512 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 18-Impostos 0,0018 0,0042 0,0068 0,0032 0,0044 0,0154 0,0002 0,0081 0,0039 0,0005 0,0000 0,0013 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

19-Importação Brasil 0,1464 0,0970 0,2835 0,1994 0,0083 0,0007 0,1255 0,0530 0,0000 0,0090 0,0000 0,0277 0,0000 0,0000 0,4747 0,0000 0,0000 20-Importação Exterior 0,0349 0,0088 0,0752 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,1262 0,0000 0,0000 Fonte: FAPESPA

Os gastos com insumos importados na indústria de extração, para cada R$1,00 do valor bru-to da produção ficou em 10,58 centavos. A atividade tem menor dependência externa de insumos que a registrada pela atividade Agropecuária. No entanto, a distribuição do valor adicionado entre os fatores de produção é mais assimétrica, uma vez que os rendimentos relativos ao lucro das em-

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

presas é quase 13 vezes o do valor dos salários, relação bem superior à observada na atividade Agropecuária. O valor bruto da produção resultante da geração dos impostos foi de 0,42 centavos. A atividade da Indústria de Transformação foi a que apresentou a maior participação na aquisição de insumos de outros setores econômicos presentes no Estado, uma vez que para cada R$1,00 do valor bruto de produção nessa atividade, 0,4158 centavos ou 41,58% desse valor foram alocados para aquisição de insumos produzidos no próprio Estado e assim distribuídos percentu-almente: 13,93% da Agropecuária, 5,97% da Indústria Extrativa, 6,67% da Indústria de Transfor-mação, 2,55% da Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, 0,01% da Construção Civil, 6,33% do Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação, 4,14% do Transporte, armazenagem e correio, 0,45% dos Serviços de informação, 0,17% da Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, 0,29% das Atividades imo-biliárias e aluguéis, 1,07% de outros serviços. A dependência de insumos produzidos fora do território paraense na atividade da Indústria de Transformação foi de 0,3588 centavos para cada R$1,00 do valor bruto de produção gerado nessa atividade ou 35,88% desse valor e foi superior a observada na Agropecuária e na Indústria Extrativa. O valor relativo à remuneração dos fatores de produção ficou em 0,2187 centavos e a distribuição é mais equitativa entre os fatores, uma vez que os salários absorveram 0,1120 centavos e o lucro 0,1067 centavos, respectivamente. A atividade de produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana alocou 0,3057 centavos para cada R$1,00 do valor bruto produzido para aquisição de insumo, em que 0,1707 centavos desse valor (55,8%) foi absorvido pelo próprio setor. Os fatores de produção capital e trabalho foram remunerados em 0,4321 centavos e 5,95 centavos, respectivamente, e a atividade gastou com insumos importados de outras unidades da federação 0,1994 centavos. O gasto com insumos intermediários da atividade comércio e serviços de manutenção e reparação para cada R$1,00 do valor bruto da produção apresentou o segundo menor valor entre as atividades da ordem de 0,1719 centavos. O valor apropriado pelos fatores trabalho e capital na forma de salários e lucros ficou em 0,188 e 0,4931 centavos, respectivamente. A atividade de serviços de informação teve um gasto de 0,3757 centavos, com a aquisição de insumos para realizar R$1,00 do valor bruto da produção, em que os principais itens desse gasto foram em: comércio e serviços de manutenção e reparação (0,1228), o próprio setor (0,0936) e ou-tros serviços (0,0845). Os gastos com salários e lucros foram de 0,0925 e 0,4708, respectivamente.

5.1.1 Leitura dos dados das matrizes que compõem a matriz de efeitos globais5.1.1.1 Matriz de efeitos-transferência Antes de passar a interpretar os resultados da matriz de efeitos-globais apresenta-se a lei-tura os dados das matrizes de efeito-transferência, efeito-cruzado e efeito-circular a partir de um incremento na demanda exógena, destacando que a matriz de efeitos globais resulta da soma des-ses efeitos. O entendimento desses efeitos é mais evidente a partir da observação da estrutura em blocos da MCS. No anexo, encontram-se cada uma dessas matrizes.A matriz de efeitos-transferência (Tabela 20) reflete as relações entre os setores produtivos da

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

economia paraense no que se refere à compra e venda de insumos para realização da produção. A leitura das colunas mostra que para atender a um incremento de R$1,00 na demanda exógena da atividade agropecuária, a própria agricultura necessitará incrementar a produção em 6,91 centavos e simultaneamente devem ocorrer aumentos de 0,38 centavos na indústria extrativa; 5,70 centavos na indústria de transformação; 1,04 centavos na produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza urbana; 6,08 centavos no comércio e serviços de manutenção e reparação; 1,17 centavos na atividade de serviços de informação; 0,17 na intermediação financeira, seguros e previ-dência complementar e serviços relacionados; 0,19 centavos nas atividades imobiliárias e aluguéis; e 1,04 centavos em outros serviços. A indústria de transformação é a que apresenta o maior número de conexões ou de encade-amentos para trás, o que mostra o elevado grau de dependência dessa atividade com as demais e que deve ser considerado nas ações planejadas pelos órgãos responsáveis pela elaboração e exe-cução da política pública. Um incremento exógeno de R$1,00 na demanda final da indústria de transformação paraense exigirá desta novos insumos, mão-de-obra etc, o que implicará em um incremento de 8,71 centavos na própria indústria e simultaneamente nas demais atividades da seguinte forma: na agropecuária, 16,07 centavos; na indústria extrativa, 7,04 centavos; na produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza urbana, 3,80 centavos; comércio e serviços de manutenção e reparação, 8,68 centavos; transporte, armazenagem e correio,5,82; outros serviços, 2,40 centavos; serviços de informação, 0,95 centavos; intermediação financeira, seguros e previdência complementar e servi-ços relacionados, 0,67 centavos; atividades imobiliárias e aluguéis, 0,69 centavos. A atividade da construção civil é outro setor econômico com nível de encadeamento elevado a montante e para um incremento de R$1,00 na demanda final exógena por produtos dessa ativida-de no estado do Pará, incrementará à produção do próprio setor 0,38 centavos. Simultaneamente ocorrerão aumentos na produção das demais atividades nas seguintes intensidades: 2,87 centavos na atividade agropecuária; 1,71 centavos na indústria extrativa; 19,35 centavos na indústria de transformação; 0,79 centavos na produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza urbana; 5,87 centavos no comércio e serviços de manutenção e repa-ração; 2,94 centavos na atividade de transporte, armazenagem e correio; 0,25 centavos na atividade de serviços de informação; 0,38 na intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados; 0,72 centavos nas atividades imobiliárias e aluguéis; e 1,80 centavos em outros serviços. Para um incremento de R$1,00 na demanda final exógena por produtos da atividade de transporte, armazenagem e correio, a própria atividade deverá incrementar a produção em 11,95 centavos. Simultaneamente ocorrerão aumentos nas demais atividades, assim distribuídos: na agro-pecuária, 0,25 centavos; na indústria extrativa; na indústria de transformação, 1,55 centavos; na produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza urbana, 1,12 centavos; comércio e serviços de manutenção e reparação, 5,10 centavos; serviços de informação, 0,80 centavos; inter-mediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, 5,29 centavos; atividades imobiliárias e aluguéis, 0,71 centavos; e outros serviços, 3,46 centavos.

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

A atividade de serviços de informação é outro setor econômico com nível de encadeamento elevado a montante e para um incremento de R$1,00 na demanda final exógena por produtos dessa ativida-de no estado do Pará, incrementará à produção do próprio setor 10,63 centavos. Simultaneamente ocorrerão aumentos na produção das demais atividades nas seguintes intensidades: 0,85 centavos na atividade agropecuária; 0,34 centavos na indústria extrativa; 5,29 centavos na indústria de trans-formação; 1,79 centavos na produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza ur-bana; 15,21 centavos no comércio e serviços de manutenção e reparação; 2,00 centavos na ativida-de de transporte, armazenagem e correio; 0,39 na intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados; 3,25 centavos nas atividades imobiliárias e aluguéis; e 10,62 centavos em outros serviços.

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Tabela 20 - Matriz de efeitos-transferência da economia paraense – 2009

Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1-Agropecuária 0,0691 0,0061 0,1607 0,0041 0,0287 0,0043 0,0025 0,0085 0,0032 0,0007 0,0128 0,0197 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 2-Indústria extrativa 0,0038 0,0861 0,0704 0,0017 0,0171 0,0018 0,0010 0,0034 0,0012 0,0003 0,0029 0,0058 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 3-Indústria de transformação 0,0570 0,0390 0,0871 0,0257 0,1935 0,0275 0,0155 0,0529 0,0188 0,0042 0,0445 0,0896 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 4-Produção e distribuição de

eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,0104 0,0191 0,0380 0,2090 0,0079 0,0185 0,0112 0,0179 0,0087 0,0008 0,0171 0,0253 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

5-Construção civil 0,0000 0,0002 0,0002 0,0001 0,0038 0,0002 0,0001 0,0025 0,0005 0,0040 0,0015 0,0005 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 6-Comércio e Serviços de

Manutenção e Reparação 0,0608 0,0420 0,0868 0,0283 0,0587 0,0338 0,0540 0,1521 0,0167 0,0090 0,0386 0,0850 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

7-Transporte, armazenagem e correio 0,0117 0,0123 0,0582 0,0474 0,0294 0,0626 0,1195 0,0200 0,0193 0,0017 0,0166 0,0290 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

8-Serviços de informação 0,0012 0,0396 0,0095 0,0118 0,0025 0,0089 0,0080 0,1063 0,0366 0,0006 0,0267 0,0138 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 9-Intermediação financeira,

seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,0017 0,0064 0,0067 0,0369 0,0038 0,0039 0,0529 0,0039 0,2307 0,0007 0,0792 0,0095 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 0,0019 0,0187 0,0069 0,0055 0,0072 0,0214 0,0071 0,0325 0,0068 0,0042 0,0112 0,0192 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

12-Outros serviços 0,0104 0,0568 0,0240 0,0569 0,0180 0,0441 0,0346 0,1062 0,0705 0,0048 0,0534 0,0555 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 13-Consumo do Governo 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 14-Consumo das famílias 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 15-Formação Bruta de

Capital Fixo 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

16-Salários 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 17-Lucros 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

Fonte: FAPESPA

Tabela 20 - Matriz de efeitos-transferência da economia paraense – 2009

Fonte: FAPESPA

5.1.1.2 Matriz de eEfeitos-cruzados Os coeficientes da matriz de efeitos-cruzados resultam das interações entre as atividades do bloco das atividades produtivas, as instituições (famílias e governo) e o valor adicionado. Segundo Santana (1997), reflete o efeito spillover ou de transbordamento que se originam das atividades pro-dutivas quando geram valor adicionado e este é apropriado pelas instituições (famílias e o governo), assumindo-se que a distribuição e a estrutura dos canais em que os gastos são efetivados. Vale ressaltar que esses efeitos não são capturados pela MIP. Os dados da Tabela 21 permitiram mostrar que para um incremento de R$1,00 na demanda final exógena da atividade agropecuária, levou a um gasto de 21,34 centavos em bens de consumo do governo (21,34%); 26,14 centavos de consumo das famílias (26,14%); e 30,32 centavos na for-mação bruta de capital fixo ou de bens de investimento das empresas (30,32%). A maior parcela do valor adicionado foi apropriada pelos capitalistas (56,24 centavos) na forma de lucro e 21,56 centa-vos (21,56%) na forma de salários dos trabalhadores. Na atividade da indústria extrativa, o incremento de R$1,00 na demanda final resultou em um

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

incremento de 28,66 centavos no consumo do governo; 16,08 no consumo de bens das famílias; e 40,73% de bens de investimento realizado pelas empresas. A renda gerada na atividade foi distri-buída entre os trabalhadores (9,93 centavos) e empreendedores (75,54 centavos), o que mostra a elevada assimetria na distribuição do valor adicionado nesta atividade. As atividades da indústria de transformação acabam respondendo de forma mais equitativa a um incremento de R$1,00 de demanda exógena, uma vez que a distribuição do valor adicionado torna-se mais simétrica com os trabalhadores se apropriando de 11,39 centavos e os empresários de 35,11 centavos. Em relação ao gasto com o consumo do governo, das famílias e a parcela aloca-da para o investimento, os incrementos foram os seguintes, respectivamente: 13,32 centavos, 22,51 centavos e 18,93 centavos. Um incremento de R$1,00 na demanda final exógena da atividade da construção civil, levou a um gasto de 25,06 centavos em bens de consumo do governo; 29,56 centavos de consumo das famí-lias; e 35,61 centavos na formação bruta de capital fixo. A maior parcela do valor adicionado foi apropriada pelos capitalistas: 66,1% (66,06 centavos) na forma de lucro e 24,18 centavos na forma de salários dos trabalhadores. Na atividade de comércio e serviço de manutenção e reparação, o incremento de R$1,00 na demanda final resultou em um aumento de 22,88 centavos no consumo do governo; 40,46 no consumo de bens das famílias; e 32,52% de bens de investimento realizado pelas empresas. A renda gerada na atividade foi distribuída entre os trabalhadores (35,55 centavos) e empreendedores (66,06 centavos). As atividades de transporte, armazenagem e correio, diante de um incremento de R$1,00 de demanda exógena, responderam com aumento de 28,41 centavos do consumo do governo; 16,03 centavos do consumo das famílias; e 40,37 centavos para os gastos com bens de investimento. A renda agregada na atividade foi distribuída entre trabalhadores (9,93 centavos) e empresários (74,89 centavos).

5.1.1.3 Matriz de eEfeitos-circular Os coeficientes dessa matriz refletem os resultados dos efeitos iniciados no bloco de rela-ções intersetoriais onde ocorrem as transações de compra e venda de insumos e que levam ao blo-co do valor adicionado cujo excedente ao que é gasto com a aquisição de insumos do próprio setor de atividade é gasto na aquisição de produtos de outras atividades produtivas. Os resultados dos efeitos-circular encontram-se resumidos na Tabela 22 e mostra que os multiplicadores intersetoriais da matriz de efeito-circular são superiores ao obtido na matriz de efei-tos-transferência. A leitura desse indicador, tomando como base Santana (1997), diz que, adicional-mente ao efeito-transferência, a atividade agropecuária teria de incrementar 9,46 centavos ao valor do produto para atender a uma demanda exógena de R$1,00 por produto da própria atividade. A distribuição dos incrementos pelas demais atividades se dá como observado na primeira coluna da matriz de efeitos-circular da economia paraense: 2,39 centavos na indústria extrativa; 32,73 centavos na indústria de transformação; 8,45 centavos na produção e distribuição de eletri-cidade gás, água, esgoto e limpeza urbana; 6,08 centavos no comércio e serviços de manutenção e reparação; 34,99 centavos na construção civil; 33,31 centavos no comércio e serviços de manu-

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

tenção e reparação; 13,73 centavos no transporte, armazenagem e correio; 7,63 centavos na atividade de serviços de informação; 10,19 na intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados; 27,85 centavos nas atividades imobiliárias e aluguéis; 66,06 centavos na admi-nistração, saúde e educação públicas e seguridade social; e 30,38 centavos em outros serviços. A leitura das demais atividades é similar e não apresentaremos para não cansar o leitor que pode fazer a leitura direta do anexo.

Tabela 21 - Matriz de efeitos-cruzados da economia paraense – 2009

Fonte: FAPESPA

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Tabela 21 - Matriz de efeitos-cruzados da economia paraense – 2009

Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1-Agropecuária 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0129 0,0636 0,0191 0,0636 0,0204 2-Indústria extrativa 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0030 0,0138 0,0075 0,0138 0,0063 3-Indústria de transformação 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0456 0,1971 0,0910 0,1971 0,0824 4-Produção e distribuição de

eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0173 0,0652 0,0039 0,0652 0,0140

5-Construção civil 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0015 0,0013 0,3615 0,0013 0,1956 6-Comércio e Serviços de

Manutenção e Reparação 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0397 0,2553 0,0369 0,2553 0,0557 7-Transporte, armazenagem e

correio 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0169 0,1057 0,0144 0,1057 0,0228 8-Serviços de informação 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0264 0,0540 0,0012 0,0540 0,0151 9-Intermediação financeira,

seguros e previdência complementar e serviços relacionados 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0775 0,0451 0,0017 0,0451 0,0340

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0114 0,2526 0,0030 0,2526 0,0265

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,9763 0,0000 0,0000 0,0000 0,3704

12-Outros serviços 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0772 0,2303 0,0076 0,2303 0,0522 13-Consumo do Governo 0,2134 0,2866 0,1332 0,2359 0,2506 0,2288 0,2841 0,2652 0,2931 0,3672 0,1597 0,1872 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,3794 14-Consumo das famílias 0,2614 0,1608 0,2251 0,1646 0,2956 0,4046 0,1603 0,2572 0,2692 0,0990 0,5847 0,4679 0,0000 0,0000 0,0000 1,0000 0,0814 15-Formação Bruta de Capital

Fixo 0,3032 0,4073 0,1893 0,3352 0,3561 0,3252 0,4037 0,3768 0,4165 0,5218 0,2269 0,2660 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5391 16-Salários 0,2156 0,0993 0,1965 0,1139 0,2418 0,3555 0,0993 0,2002 0,2063 0,0202 0,5504 0,4277 0,5475 0,2226 0,0968 0,0000 0,0000 17-Lucros 0,5624 0,7554 0,3511 0,6218 0,6606 0,6032 0,7489 0,6989 0,7725 0,9679 0,4209 0,4934 0,4226 0,6490 0,2567 0,0000 0,0000

Fonte: FAPESPA

Tabela 22 - Matriz de efeitos-circular da economia paraense – 2009

Fonte: FAPESPA

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Tabela 22 - Matriz de efeitos-circular da economia paraense – 2009

Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1-Agropecuária 0,0946 0,0950 0,0695 0,0837 0,1092 0,1224 0,0944 0,1062 0,1148 0,1038 0,1363 0,1232 0,1360 0,1048 0,0429 0,1048 0,0833 2-Indústria extrativa 0,0239 0,0244 0,0174 0,0214 0,0276 0,0306 0,0242 0,0269 0,0292 0,0270 0,0335 0,0306 0,0335 0,0265 0,0108 0,0265 0,0207 3-Indústria de transformação 0,3273 0,3331 0,2390 0,2922 0,3781 0,4206 0,3306 0,3688 0,3993 0,3668 0,4629 0,4208 0,4619 0,3630 0,1485 0,3630 0,2849 4-Produção e distribuição de

eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,0845 0,0834 0,0626 0,0737 0,0975 0,1104 0,0828 0,0943 0,1019 0,0898 0,1249 0,1120 0,1246 0,0934 0,0383 0,0934 0,0756

5-Construção civil 0,3499 0,3949 0,2429 0,3377 0,4065 0,4243 0,3918 0,4081 0,4452 0,4637 0,4154 0,4011 0,4151 0,3935 0,1591 0,3935 0,2753 6-Comércio e Serviços de

Manutenção e Reparação 0,3331 0,3288 0,2465 0,2907 0,3841 0,4347 0,3264 0,3717 0,4015 0,3545 0,4918 0,4409 0,4906 0,3680 0,1510 0,3680 0,2975 7-Transporte, armazenagem e

correio 0,1373 0,1355 0,1017 0,1198 0,1584 0,1793 0,1345 0,1532 0,1655 0,1460 0,2029 0,1819 0,2024 0,1517 0,0623 0,1517 0,1227 8-Serviços de informação 0,0763 0,0762 0,0562 0,0671 0,0881 0,0991 0,0756 0,0855 0,0924 0,0828 0,1110 0,1000 0,1107 0,0844 0,0346 0,0844 0,0675 9-Intermediação financeira,

seguros e previdência complementar e serviços relacionados 0,1019 0,1067 0,0734 0,0929 0,1178 0,1289 0,1059 0,1159 0,1257 0,1197 0,1379 0,1272 0,1376 0,1134 0,0462 0,1134 0,0864

10-Atividades imobiliárias e aluguéis 0,2785 0,2676 0,2085 0,2383 0,3207 0,3681 0,2658 0,3082 0,3323 0,2830 0,4260 0,3777 0,4248 0,3067 0,1262 0,3067 0,2542

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0,6606 0,7460 0,4584 0,6380 0,7675 0,8008 0,7401 0,7707 0,8407 0,8763 0,7834 0,7568 0,7828 0,7429 0,3003 0,7429 0,5194

12-Outros serviços 0,3038 0,3004 0,2247 0,2655 0,3504 0,3962 0,2982 0,3392 0,3665 0,3243 0,4476 0,4016 0,4465 0,3358 0,1378 0,3358 0,2710 13-Consumo do Governo 0,4633 0,4775 0,3364 0,4175 0,5355 0,5914 0,4740 0,5242 0,5680 0,5304 0,6428 0,5880 0,8018 0,7609 0,3076 0,7609 0,5321 14-Consumo das famílias 0,7990 0,8512 0,5711 0,7382 0,9252 1,0019 0,8448 0,9139 0,9927 0,9657 1,0519 0,9794 1,6321 1,1669 0,4806 1,1669 0,9734 15-Formação Bruta de Capital

Fixo 0,6583 0,6785 0,4779 0,5933 0,7609 0,8404 0,6735 0,7449 0,8071 0,7536 0,9133 0,8355 1,1393 1,0812 0,4371 1,0812 0,7560 16-Salários 0,6996 0,7487 0,4989 0,6486 0,8102 0,8750 0,7430 0,8014 0,8708 0,8519 0,9140 0,8531 0,9125 0,7810 0,3177 1,0036 0,8592 17-Lucros 1,2211 1,2585 0,8865 1,1004 1,4113 1,5587 1,2492 1,3816 1,4970 1,3978 1,6940 1,5497 1,6906 1,3565 0,5541 2,0055 1,4023

Fonte: FAPESPA

Page 59: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

5.1.1.4 Matriz de eEfeitos-globais A matriz de efeitos-globais, algebricamente, é obtida pela adição das matrizes de efeitos transferência, cruzado e circular. A matriz captura os impactos diretos e indiretos de uma variação na demanda exógena, resultante das interações intersetoriais internas (representados pela diago-nal principal) e com a rede de fornecedores ou efeitos para trás (lido nas colunas) e de clientes ou de efeitos para frente (lido nas linhas), que foram produzidos para atender mudanças unitárias nas demandas exógenas por produtos e serviços das atividades produtivas regionais. A Tabela 23 resume a matriz de efeitos-globais para economia paraense em 2009, e mostra que para atender a um impulso adicional de R$1,00 na demanda exógena por produtos da agro-pecuária paraense, esta deveria aumentar em 16,37 centavos o valor bruto da produção, enquanto as demais atividades teriam de incrementar seus valores de produção como descrito a seguir: 2,77 centavos na indústria extrativa; 38,44 centavos na indústria de transformação; 9,49 centavos na produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza urbana; 6,08 centavos no co-mércio e serviços de manutenção e reparação; 34,99 centavos na construção civil; 39,39 centavos no comércio e serviços de manutenção e reparação; 14,90 centavos no transporte, armazenagem e correio; 7,75 centavos na atividade de serviços de informação; 10,35 na intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados; 28,03 centavos nas atividades imobi-liárias e aluguéis; 66,06 centavos na administração, saúde e educação públicas e seguridade social; e 31,43 centavos em outros serviços. Ademais, deveriam ser incrementados a massa salários 91,52 centavos, e a de lucros, R$1,78. O valor incremental pago aos fatores de produção é apropriado pelas instituições da seguinte maneira: R$0,68 ou 25,1% para o consumo do governo, R$1,06 ou 39,3% para o consumo das famílias e R$0,96 ou 35,6% para a formação bruta de capital fixo. A indústria extrativa paraense para responder a um impulso adicional de R$1,00 na demanda exógena de seus produtos teria de incrementar o seu valor bruto de produção na ordem de 11,05 centavos, enquanto a agropecuária teria de aumentar o seu valor bruto de produção em 10,12 cen-tavos; a indústria de transformação, em 37,20 centavos; a produção e distribuição de eletricidade gás, água, esgoto e limpeza urbana, 10,25 centavos; o comércio e serviços de manutenção e repa-ração em 37,08 centavos; construção civil, em 39,51 centavos; comércio e serviços de manutenção e reparação, em 37,08 centavos; transporte, armazenagem e correio, em 14,78 centavos; atividade de serviços de informação, em 11,57 centavos; intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, em 11,31; atividades imobiliárias e aluguéis, em 28,63 cen-tavos; administração, saúde e educação públicas e seguridade social, em 74,60 centavos; e 35,72 centavos, em outros serviços. O incremento no conjunto dos salários foi de R$0,85 e dos lucros R$2,01 (70,2%). O valor adicionado foi apropriado pelas instituições da seguinte forma: R$0,76 para o consumo do governo; R$1,01 para o consumo das famílias; e R$2,01 no consumo de bens de in-vestimento. A indústria de transformação paraense para responder a um impulso adicional de R$1,00 na demanda exógena de seus produtos teria de incrementar o seu valor bruto de produção na ordem de 32,61 centavos, enquanto a agropecuária teria de aumentar o seu valor bruto de produção em 23,02 centavos; a indústria extrativa, em 8,78 centavos; a produção e distribuição de eletricidade

Page 60: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

gás, água, esgoto e limpeza urbana, em 10,06 centavos; o comércio e serviços de manutenção e reparação, em 33,33 centavos; construção civil, em 24,31 centavos; transporte, armazenagem e correio, em 15,98 centavos; atividade de serviços de informação, em 6,57 centavos; intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, em 8,01 centavos; ativida-des imobiliárias e aluguéis, em 21,54 centavos; administração, saúde e educação públicas e segu-ridade social, em 45,84 centavos; e 24,87 centavos, em outros serviços. O incremento no conjunto dos salários foi de R$0,70 e dos lucros R$1,24 (70,2%). O valor adicionado foi apropriado pelas instituições da seguinte forma: R$0,76 para o consumo do governo; R$1,01 para o consumo das famílias; e R$2,01 (64,0%) no consumo de bens de investimento. Se a leitura for feita para cada linha, tem-se no caso da agropecuária que para atender in-crementos unitários na demanda exógena dos setores agropecuário, indústria extrativa, indústria de transformação até outros serviços, a agropecuária deveria incrementar, em 2009, o valor de sua produção em 16,37 centavos, 19,12 centavos, 23,02 centavos e a sequência dos coeficientes até 14,29 centavos para outros serviços.

Tabela 23 - Matriz de efeitos-globais da economia paraense – 2009

Fonte: FAPESPA

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Tabela 23 - Matriz de efeitos-globais da economia paraense – 2009

Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1-Agropecuária 1,1637 0,1012 0,2302 0,0878 0,1379 0,1267 0,0969 0,1147 0,1181 0,1044 0,1491 0,1429 0,1490 0,1684 0,0620 0,1684 0,1037 2-Indústria extrativa 0,0277 1,1105 0,0878 0,0230 0,0446 0,0324 0,0252 0,0304 0,0304 0,0272 0,0364 0,0364 0,0364 0,0403 0,0184 0,0403 0,0270 3-Indústria de transformação 0,3844 0,3720 1,3261 0,3179 0,5716 0,4481 0,3462 0,4217 0,4181 0,3710 0,5074 0,5104 0,5075 0,5601 0,2395 0,5601 0,3673 4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,0949 0,1025 0,1006 1,2827 0,1054 0,1289 0,0940 0,1122 0,1105 0,0906 0,1420 0,1373 0,1419 0,1585 0,0422 0,1585 0,0895 5-Construção civil 0,3499 0,3951 0,2431 0,3378 1,4103 0,4245 0,3919 0,4106 0,4457 0,4677 0,4169 0,4017 0,4166 0,3947 0,5206 0,3947 0,4709 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,3939 0,3708 0,3333 0,3190 0,4428 1,4685 0,3805 0,5238 0,4182 0,3635 0,5304 0,5260 0,5303 0,6234 0,1879 0,6234 0,3533 7-Transporte, armazenagem e correio 0,1490 0,1478 0,1598 0,1672 0,1877 0,2418 1,2540 0,1732 0,1848 0,1477 0,2195 0,2109 0,2193 0,2574 0,0766 0,2574 0,1455 8-Serviços de informação 0,0775 0,1157 0,0657 0,0790 0,0906 0,1080 0,0836 1,1918 0,1290 0,0834 0,1377 0,1137 0,1371 0,1385 0,0358 0,1385 0,0826 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 0,1035 0,1130 0,0801 0,1298 0,1217 0,1328 0,1587 0,1197 1,3564 0,1204 0,2171 0,1367 0,2152 0,1585 0,0479 0,1585 0,1204 10-Atividades imobiliárias e aluguéis 0,2803 0,2863 0,2154 0,2438 0,3279 0,3895 0,2729 0,3406 0,3390 1,2873 0,4372 0,3969 0,4363 0,5593 0,1292 0,5593 0,2807 11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0,6606 0,7460 0,4584 0,6380 0,7675 0,8008 0,7401 0,7707 0,8407 0,8763 1,7834 0,7568 1,7591 0,7429 0,3003 0,7429 0,8899 12-Outros serviços 0,3143 0,3572 0,2487 0,3224 0,3684 0,4403 0,3329 0,4454 0,4370 0,3290 0,5010 1,4571 0,5237 0,5661 0,1454 0,5661 0,3232 13-Consumo do Governo 0,6767 0,7641 0,4696 0,6534 0,7861 0,8203 0,7581 0,7894 0,8611 0,8976 0,8025 0,7752 1,8018 0,7609 0,3076 0,7609 0,9115 14-Consumo das famílias 1,0605 1,0120 0,7962 0,9028 1,2208 1,4065 1,0050 1,1711 1,2619 1,0648 1,6366 1,4472 1,6321 2,1669 0,4806 2,1669 1,0548 15-Formação Bruta de Capital Fixo 0,9615 1,0858 0,6672 0,9285 1,1170 1,1655 1,0772 1,1216 1,2236 1,2754 1,1402 1,1015 1,1393 1,0812 1,4371 1,0812 1,2952 16-Salários 0,9152 0,8480 0,6954 0,7625 1,0520 1,2304 0,8423 1,0016 1,0771 0,8721 1,4643 1,2808 1,4600 1,0036 0,4145 2,0036 0,8592 17-Lucros 1,7835 2,0139 1,2376 1,7222 2,0719 2,1619 1,9981 2,0805 2,2695 2,3657 2,1149 2,0431 2,1132 2,0055 0,8108 2,0055 2,4023

Fonte: FAPESPA

5.1.2 Matriz de efeitos globais e sua decomposição por atividade

Nesta seção apresentam-se os resultados da matriz de efeitos globais e a sua decomposição pelos efeitos transferência, cruzados e circular para a economia paraense, em 2009, em que os valores contidos na matriz de efeitos globais representam as respostas imediatas de cada setor a variações unitárias das atividades exógenas. Observa-se que os efeitos cruzados são nulos quando os setores e as atividades estimuladas pertencem ao mesmo bloco matricial, assim como os setores pertencentes aos blocos de instituições e de valor adicionado apresentam efeitos transferência nulos. Essa forma de apresentar os efeitos multiplicadores, diante de um incremento unitário da demanda exógena por produtos desenvolvidos por cada uma das atividades é uma forma mais ami-gável de interpretar os resultados e contribuir com o formulador das politicas públicas em relação ao alcance das políticas. Neste caso, cada atividade sofre um choque por conta do aumento da demanda exógena e

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61

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

para atender ao estímulo recebido necessitará realizar novas compras com fornecedores que, por sua vez, ampliarão sua produção, capturado pelo efeito-transferência, o que incrementará o valor adicionado e a parcela apropriada pelos trabalhadores, empresas e governo por conta dos impos-tos, o que provocará um transbordamento dos gastos, capturado pelo efeito-cruzado. O excedente da renda das famílias e das instituições será aplicado na aquisição de bens e serviços de outras atividades, além daquela em que se originou o choque o que é mensurado pelo efeito-cruzado, e é dessa forma que se desenvolve a interpretação dos dados das Tabelas 20 a 31.

5.1.2.1 A Agropecuária como atividade induzida Supondo-se que a demanda exógena da atividade agropecuária seja expandida em uma unidade monetária, o multiplicador de magnitude 1,1637 reflete a injeção inicial de igual magnitude (uma unidade monetária) mais a expansão de R$0,1637, decomposta nas proporções de R$0,0691 para o efeito-transferência e R$0,0946 para o efeito circular da economia, conforme a Tabela 20. No caso de uma expansão da demanda exógena por produto da agropecuária paraense na ordem de R$1 bilhão, o efeito-global será de R$163,7 milhões, em que R$69,1 milhões do valor da produção decorrem do efeito-transferência ou das transações de insumo-produto e R$94,6 milhões das tran-sações comerciais registradas no efeito-circular. Dentre os setores com maior fator de impacto na resposta ao incremento na demanda por produtos da agropecuária destacam-se: administração, saúde e educação públicas e seguridade so-cial, com efeito-global de R$660,6 milhões, atribuído, integralmente, ao efeito-circular, que captura as transações comerciais; indústria de transformação, com efeito-global de R$384,4 milhões, for-mados por R$57,0 milhões do efeito-transferência e R$327,3 milhões do efeito-circular; construção civil, com efeito-global de R$349,9 milhões, decorrentes, integralmente, do efeito-circular; comércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-global de R$393,9 milhões, em que R$60,8 mi-lhões são decorrentes do efeito-transferência e R$333,1 milhões, do efeito-circular.

Tabela 24 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela atividade agropecuária, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

74

Dentre os setores com maior fator de impacto na resposta ao incremento na demanda

por produtos da agropecuária destacam-se: administração, saúde e educação públicas e

seguridade social, com efeito-global de R$660,6 milhões, atribuído, integralmente, ao efeito-

circular, que captura as transações comerciais; indústria de transformação, com efeito-global

de R$384,4 milhões, formados por R$57,0 milhões do efeito-transferência e R$327,3 milhões

do efeito-circular; construção civil, com efeito-global de R$349,9 milhões, decorrentes,

integralmente, do efeito-circular; comércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-

global de R$393,9 milhões, em que R$60,8 milhões são decorrentes do efeito-transferência e

R$333,1 milhões, do efeito-circular.

Tabela 24 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela atividade agropecuária, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 1,1637 0,0691 0,0000 0,0946 Indústria extrativa 0,0277 0,0038 0,0000 0,0239 Indústria de transformação 0,3844 0,0570 0,0000 0,3273 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. 0,0949 0,0104 0,0000 0,0845

Construção civil. 0,3499 0,0000 0,0000 0,3499 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação. 0,3939 0,0608 0,0000 0,3331 Transporte, armazenagem e correio. 0,1490 0,0117 0,0000 0,1373 Serviços de informação. 0,0775 0,0012 0,0000 0,0763 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. 0,1035 0,0017 0,0000 0,1019

Atividades imobiliárias e aluguéis. 0,2803 0,0019 0,0000 0,2785 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social. 0,6606 0,0000 0,0000 0,6606

Outros serviços. 0,3143 0,0104 0,0000 0,3038 Consumo do Governo. 0,6767 0,0000 0,2134 0,4633 Consumo das famílias. 1,0605 0,0000 0,2614 0,7990 Formação Bruta de Capital Fixo 0,9615 0,0000 0,3032 0,6583 Salários 0,9152 0,0000 0,2156 0,6996 Lucros 1,7835 0,0000 0,5624 1,2211 Fonte: FAPESPA

Os resultados mostram que, na formação do efeito-global presente na atividade

agropecuária paraense, os efeitos-circular são superiores aos efeitos-transferência, indicando

que valores adicionais da demanda exógena incrementam o valor bruto da produção dos

demais setores de forma simultânea e por conta das transações comerciais capturadas pelo

efeito-circular.

O efeito-global sobre a massa salarial resultará em um aumento de R$915,2milhões,

para um incremento na demanda exógena de R$1bilhão, em que R$215,6milhões são

atribuídos ao efeito-cruzado e R$699,6milhões ao efeito-circular. O lucro deve crescer

Page 62: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

62

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Os resultados mostram que, na formação do efeito-global presente na atividade agropecuária paraense, os efeitos-circular são superiores aos efeitos-transferência, indicando que valores adi-cionais da demanda exógena incrementam o valor bruto da produção dos demais setores de forma simultânea e por conta das transações comerciais capturadas pelo efeito-circular. O efeito-global sobre a massa salarial resultará em um aumento de R$915,2milhões, para um incremento na demanda exógena de R$1bilhão, em que R$215,6milhões são atribuídos ao efeito-cruzado e R$699,6milhões ao efeito-circular. O lucro deve crescer R$1,7837bilhão, em que R$562,4milhões são decorrentes do efeito-cruzado e R$1,221bilhão do efeito-circular.

5.1.2.2 A Indústria Extrativa como atividade induzida É a atividade que apresenta o menor efeito-global, ou seja, a que menos responde a um au-mento da demanda exógena, porém, consegue adicionar valor nas demais atividades por conta do efeito-transferência, decorrente das inter-relações na compra de insumos para o desenvolvimento de sua atividade. Em reposta ao aumento da demanda exógena da atividade extrativa em R$1,00, o multiplica-dor de magnitude 1,1105 reflete a injeção inicial de igual magnitude (uma unidade de real) adiciona-do da expansão de R$0,1105, decomposta nas proporções de R$0,0861 para o efeito-transferência e R$0,0244 para o efeito-circular da economia, conforme a Tabela 21. No caso de uma expansão da demanda exógena por produto da indústria extrativa paraense na ordem de R$1 bilhão, o efeito-global será de 110,5 milhões, em que R$86 milhões decorreram do efeito-transferência e R$24,5, do efeito-circular, neste caso observa-se a importância das relações intersetores capturadas na matriz de insumo-produto.

Tabela 25 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela indústria extrativa, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

75

R$1,7837bilhão, em que R$562,4milhões são decorrentes do efeito-cruzado e R$1,221bilhão

do efeito-circular.

5.1.2.2 A Indústria Extrativa como atividade induzida

É a atividade que apresenta o menor efeito-global, ou seja, a que menos responde a um

aumento da demanda exógena, porém, consegue adicionar valor nas demais atividades por

conta do efeito-transferência, decorrente das inter-relações na compra de insumos para o

desenvolvimento de sua atividade.

Em reposta ao aumento da demanda exógena da atividade extrativa em R$1,00, o

multiplicador de magnitude 1,1105 reflete a injeção inicial de igual magnitude (uma unidade

de real) adicionado da expansão de R$0,1105, decomposta nas proporções de R$0,0861 para

o efeito-transferência e R$0,0244 para o efeito-circular da economia, conforme a Tabela 21.

No caso de uma expansão da demanda exógena por produto da indústria extrativa

paraense na ordem de R$1 bilhão, o efeito-global será de 110,5 milhões, em que R$86

milhões decorreram do efeito-transferência e R$24,5, do efeito-circular, neste caso observa-se

a importância das relações intersetores capturadas na matriz de insumo-produto.

Tabela 25 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela indústria extrativa, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1012 0,0061 0,0000 0,0950 Indústria extrativa 1,1105 0,0861 0,0000 0,0244 Indústria de transformação 0,3720 0,0390 0,0000 0,3331 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,1025 0,0191 0,0000 0,0834

Construção civil 0,3951 0,0002 0,0000 0,3949 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,3708 0,0420 0,0000 0,3288 Transporte, armazenagem e correio 0,1478 0,0123 0,0000 0,1355 Serviços de informação 0,1157 0,0396 0,0000 0,0762 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 0,1130 0,0064 0,0000 0,1067

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,2863 0,0187 0,0000 0,2676 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0,7460 0,0000 0,0000 0,7460

Outros serviços 0,3572 0,0568 0,0000 0,3004 Consumo do Governo 0,7641 0,0000 0,2866 0,4775 Consumo das famílias 1,0120 0,0000 0,1608 0,8512 Formação Bruta de Capital Fixo 1,0858 0,0000 0,4073 0,6785 Salários 0,8480 0,0000 0,0993 0,7487 Lucros 2,0139 0,0000 0,7554 1,2585

Fonte: FAPESPA

Page 63: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

63

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

O impacto provocado pelo aumento da demanda exógena em R$1 bilhão por produtos da

atividade extrativa, além de refletir no próprio setor, amplia a demanda por produtos dos demais

setores, incrementando o valor bruto da produção, com destaque para as seguintes atividades:

indústria de transformação, com efeito-global de R$372,0 milhões, em que o efeito-circular foi da

ordem de R$333,1 milhões e o efeito-transferência, R$39,0 milhões; construção civil, com efeito-

-global de R$395,1 milhões, cabendo ao efeito-transferência, R$0,2 milhões e ao efeito-circular,

R$394,9 milhões; o setor comércio teve um efeito-global de R$370,8 milhões, rateado entre o efeito-

-transferência de R$42,0 milhões e efeito-circular de R$328,8 milhões.

Nesta atividade, os efeitos-circular são superiores ao efeito-transferência, decorrente das

relações intersetoriais, e ao efeito-cruzado, decorrente da apropriação valor adicionado pelos tra-

balhadores, empresário e o governo. Dessa forma, a maior parcela do efeito-global veio das transa-

ções comerciais realizadas pelas atividades produtivas que foram impactadas por um incremento da

demanda exógena por produtos da atividade de indústria extrativa.

O efeito-global sobre a massa salarial resultará em um aumento de R$848 milhões, para um

incremento na demanda exógena de R$1 bilhão, em que R$99,3 é atribuído ao efeito-cruzado e

R$748,7milhões ao efeito-circular. O lucro deve crescer R$2,0139 bilhões, em que R$755,4 milhões

são decorrentes do efeito-cruzado e R$1,2585 bilhão, do efeito-circular.

5.1.2.3 A Indústria de transformação como atividade induzida

Entre os 12 setores analisados na MCS para o estado do Pará, a indústria de transformação

apresenta o sexto maior valor de efeito-global, 1,3261, indicando que para cada R$1 bilhão adicional

da demanda exógena, o setor necessita incrementar o valor da produção em R$326,1 milhões, em

que R$87,1 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$239,0 milhões, ao efeito-circular,

conforme a Tabela 26.

As atividades que apresentaram as maiores respostas ao incremento adicional da deman-

da exógena por produtos da indústria de transformação foram agropecuária, com efeito global de

R$230,2 milhões, em que R$160,7 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$69,5 mi-

lhões, ao efeito-circular. O incremento gerado no valor adicionado se distribuirá na forma de salários

pagos aos trabalhadores na ordem de R$695,4 milhões e na forma de lucro dos empresários, em

R$1,238 bilhão.

A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção da indústria de trans-

formação paraense, outros setores foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus des-

dobramentos com destaque para: comércio e serviços de manutenção e reparação com elevação de

R$333,3 milhões, calculado pelo efeito-global, em que R$86,8 milhões foram atribuídos ao efeito-

-transferência e R$246,5 milhões, ao efeito-circular; transporte, armazenagem e correio, com au-

mento de R$159,8 milhões, expressos pelo efeito-global, decorrentes, em parte, do efeito-transfe-

rência R$5,28 milhões e outra parte do efeito-circular em R$101,7 milhões; construção civil, com

efeito-global de R$243,1 milhões, quase todo decorrente do efeito circular de R$242,9 milhões.

Page 64: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

64

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 26 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela indústria de transformação, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

77

seus desdobramentos com destaque para: comércio e serviços de manutenção e reparação com

elevação de R$333,3 milhões, calculado pelo efeito-global, em que R$86,8 milhões foram

atribuídos ao efeito-transferência e R$246,5 milhões, ao efeito-circular; transporte,

armazenagem e correio, com aumento de R$159,8 milhões, expressos pelo efeito-global,

decorrentes, em parte, do efeito-transferência R$5,28 milhões e outra parte do efeito-circular

em R$101,7 milhões; construção civil, com efeito-global de R$243,1 milhões, quase todo

decorrente do efeito circular de R$242,9 milhões.

Tabela 26 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela indústria de transformação, Estado do Pará, 2009

Setor afetado (j) Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,2302 0,1607 0,0000 0,0695 Indústria extrativa 0,0878 0,0704 0,0000 0,0174 Indústria de transformação 1,3261 0,0871 0,0000 0,2390 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,1006 0,0380 0,0000 0,0626

Construção civil 0,2431 0,0002 0,0000 0,2429 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,3333 0,0868 0,0000 0,2465 Transporte, armazenagem e correio 0,1598 0,0582 0,0000 0,1017 Serviços de informação 0,0657 0,0095 0,0000 0,0562 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 0,0801 0,0067 0,0000 0,0734

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,2154 0,0069 0,0000 0,2085 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 0,4584 0,0000 0,0000 0,4584

Outros serviços 0,2487 0,0240 0,0000 0,2247 Consumo do Governo 0,4696 0,0000 0,1332 0,3364 Consumo das famílias 0,7962 0,0000 0,2251 0,5711 Formação Bruta de Capital Fixo 0,6672 0,0000 0,1893 0,4779 Salários 0,6954 0,0000 0,1965 0,4989 Lucros 1,2376 0,0000 0,3511 0,8865

Fonte: FAPESPA

Cabe ressaltar que o efeito-circular foi superior ao efeito-transferência na indústria de

transformação, mostrando que as transações comerciais realizadas com o excedente de renda

das famílias, empresas e governos induziu o incremento do consumo de bens e serviços do

próprio setor e dos demais.

5.1.2.4 A Indústria de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana como atividade induzida

O incremento de cada R$1 bilhão na demanda exógena por produtos desta atividade

faz com que o próprio setor tenha que incrementar o valor da produção em R$282,7 milhões,

em que R$209,0 milhões são atribuídos ao efeito-transferência e R$73,7 milhões ao efeito-

circular (Tabela 27).

Cabe ressaltar que o efeito-circular foi superior ao efeito-transferência na indústria de transfor-mação, mostrando que as transações comerciais realizadas com o excedente de renda das famílias, empresas e governos induziu o incremento do consumo de bens e serviços do próprio setor e dos de-mais.

5.1.2.4 A Indústria de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana como atividade induzida O incremento de cada R$1 bilhão na demanda exógena por produtos desta atividade faz com que o próprio setor tenha que incrementar o valor da produção em R$282,7 milhões, em que R$209,0 milhões são atribuídos ao efeito-transferência e R$73,7 milhões ao efeito-circular (Tabela 27).O retorno financeiro aos detentores dos fatores de produção alcançou a seguinte dimensão: os salários R$762,5 milhões, em que R$113,9 milhões foram atribuídos ao efeito-cruzado e R$648,6 milhões ao efeito-circular; os lucros de R$1,72 bilhão, dos quais R$621,8 milhões decorrentes do efeito-cruzado e R$1,10 bilhão do efeito-circular.

Page 65: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

65

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 27 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela atividade de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

78

O retorno financeiro aos detentores dos fatores de produção alcançou a seguinte

dimensão: os salários R$762,5 milhões, em que R$113,9 milhões foram atribuídos ao efeito-

cruzado e R$648,6 milhões ao efeito-circular; os lucros de R$1,72 bilhão, dos quais R$621,8

milhões decorrentes do efeito-cruzado e R$1,10 bilhão do efeito-circular.

Tabela 27 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzido pela atividade de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,0878 0,0041 0,0000 0,0837 Indústria extrativa 0,0230 0,0017 0,0000 0,0214 Indústria de transformação 0,3179 0,0257 0,0000 0,2922 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

1,2827 0,2090 0,0000 0,0737

Construção civil 0,3378 0,0001 0,0000 0,3377 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,3190 0,0283 0,0000 0,2907 Transporte, armazenagem e correio 0,1672 0,0474 0,0000 0,1198 Serviços de informação 0,0790 0,0118 0,0000 0,0671 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1298 0,0369 0,0000 0,0929

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,2438 0,0055 0,0000 0,2383 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,6380 0,0000 0,0000 0,6380

Outros serviços 0,3224 0,0569 0,0000 0,2655 Consumo do Governo 0,6534 0,0000 0,2359 0,4175 Consumo das famílias 0,9028 0,0000 0,1646 0,7382 Formação Bruta de Capital Fixo 0,9285 0,0000 0,3352 0,5933 Salários 0,7625 0,0000 0,1139 0,6486 Lucros 1,7222 0,0000 0,6218 1,1004

Fonte: FAPESPA

A partir do incremento da demanda exógena dos bens e serviços da atividade de

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, simultaneamente

ocorreram incrementos nas demais atividades, com destaque para a indústria de

transformação, com efeito-global de R$317,9 milhões para cada R$1 bilhão adicionado na

demanda exógena, em que o efeito-transferência contribuiu com R$209,0 milhões e o efeito-

circular, R$73,7 milhões; construção civil, com efeito-global de R$337,8 milhões, formado

quase que na totalidade pelo efeito-circular de R$337,7 milhões; e comércio e serviços de

manutenção e reparação, com efeito-global de R$319 milhões, em que R$28,3 milhões foram

atribuídos ao efeito-transferência e R$29,07 milhões atribuídos ao efeito-circular.

Nesta atividade, os efeitos-circular são superiores aos efeitos-transferência, assim

como o incremento dos salários e do consumo. No entanto, os lucros estão relacionados aos

efeitos-cruzado.

A partir do incremento da demanda exógena dos bens e serviços da atividade de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, simultaneamente ocorreram incre-mentos nas demais atividades, com destaque para a indústria de transformação, com efeito-global de R$317,9 milhões para cada R$1 bilhão adicionado na demanda exógena, em que o efeito-transferência contribuiu com R$209,0 milhões e o efeito-circular, R$73,7 milhões; construção civil, com efeito-global de R$337,8 milhões, formado quase que na totalidade pelo efeito-circular de R$337,7 milhões; e co-mércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-global de R$319 milhões, em que R$28,3 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$29,07 milhões atribuídos ao efeito-circular. Nesta atividade, os efeitos-circular são superiores aos efeitos-transferência, assim como o in-cremento dos salários e do consumo. No entanto, os lucros estão relacionados aos efeitos-cruzado.

5.1.2.5 A Indústria de Construção civil como atividade induzida A atividade da construção civil apresentou o quarto maior multiplicador de efeito-global, ou seja, um incremento de R$1 bilhão na demanda exógena nos bens e serviços do setor, que deve gerar um valor líquido de R$410,3 milhões, em que R$406,5 milhões são devidos ao efeito-circular (99,7%) e R$3,8 milhões devido ao efeito-transferência, conforme a Tabela 28.

Page 66: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

66

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 28 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Construção civil, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

79

5.1.2.5 A Indústria de Construção civil como atividade induzida

A atividade da construção civil apresentou o quarto maior multiplicador de efeito-

global, ou seja, um incremento de R$1 bilhão na demanda exógena nos bens e serviços do

setor, que deve gerar um valor líquido de R$410,3 milhões, em que R$406,5 milhões são

devidos ao efeito-circular (99,7%) e R$3,8 milhões devido ao efeito-transferência, conforme a

Tabela 28.

Tabela 28 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Construção civil, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1379 0,0287 0,0000 0,1092 Indústria extrativa 0,0446 0,0171 0,0000 0,0276 Indústria de transformação 0,5716 0,1935 0,0000 0,3781 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,1054 0,0079 0,0000 0,0975

Construção civil 1,4103 0,0038 0,0000 0,4065 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,4428 0,0587 0,0000 0,3841 Transporte, armazenagem e correio 0,1877 0,0294 0,0000 0,1584 Serviços de informação 0,0906 0,0025 0,0000 0,0881 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1217 0,0038 0,0000 0,1178

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,3279 0,0072 0,0000 0,3207 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,7675 0,0000 0,0000 0,7675

Outros serviços 0,3684 0,0180 0,0000 0,3504 Consumo do Governo 0,7861 0,0000 0,2506 0,5355

Consumo das famílias 1,2208 0,0000 0,2956 0,9252 Formação Bruta de Capital Fixo 1,1170 0,0000 0,3561 0,7609 Salários 1,0520 0,0000 0,2418 0,8102 Lucros 2,0719 0,0000 0,6606 1,4113

Fonte: FAPESPA

Os efeitos-globais dos salários mostram a importância do setor na economia paraense,

uma vez que o setor necessita incrementar o valor de R$1,05 bilhão como resposta a adição de

R$1 bilhão na demanda exógena, em que R$241,8 milhões foram em função do efeito-

cruzado e R$810,2 milhões, em função do efeito-cruzado. O efeito-global relativo ao lucro foi

de R$2,07 bilhões, em que R$660,0 milhões foram em função do efeito-cruzado e R$1,41

bilhão, em função do efeito-circular.

A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção da construção

civil, outros setores foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus desdobramentos

com destaque para: indústria de transformação, com elevação de R$571,6 milhões, calculado

pelo efeito-global, em que R$193,5 milhões atribuídos ao efeito-transferência e R$378,1

Os efeitos-globais dos salários mostram a importância do setor na economia paraense, uma vez que o setor necessita incrementar o valor de R$1,05 bilhão como resposta a adição de R$1 bilhão na demanda exógena, em que R$241,8 milhões foram em função do efeito-cruzado e R$810,2 milhões, em função do efeito-cruzado. O efeito-global relativo ao lucro foi de R$2,07 bilhões, em que R$660,0 milhões foram em função do efeito-cruzado e R$1,41 bilhão, em função do efeito-circular. A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção da construção civil, outros setores foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus desdobramentos com destaque para: indústria de transformação, com elevação de R$571,6 milhões, calculado pelo efeito-global, em que R$193,5 milhões atribuídos ao efeito-transferência e R$378,1 milhões ao efeito-circular, indicando a importância das transações comerciais realizadas no setor.

5.1.2.6 A Indústria de Comércio e serviços de manutenção e reparação como atividade induzida A atividade apresentou o segundo maior efeito-global, com um incremento de R$468,5 milhões como resposta a um valor adicional de R$1 bilhão na demanda exógena, em que R$33,8 milhões foram decorrentes do efeito-transferência e R$434,7 milhões, do efeito-circular. O efeito-global dos salários foi de R$1,23 bilhão, com R$355,5 milhões em função do efeito-cruzado e R$875,0 milhões em função do efeito-circular, conforme a Tabela 29.

Page 67: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

67

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 29 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

80

milhões ao efeito-circular, indicando a importância das transações comerciais realizadas no

setor.

5.1.2.6 A Indústria de Comércio e serviços de manutenção e reparação como atividade induzida

A atividade apresentou o segundo maior efeito-global, com um incremento de

R$468,5 milhões como resposta a um valor adicional de R$1 bilhão na demanda exógena, em

que R$33,8 milhões foram decorrentes do efeito-transferência e R$434,7 milhões, do efeito-

circular. O efeito-global dos salários foi de R$1,23 bilhão, com R$355,5 milhões em função

do efeito-cruzado e R$875,0 milhões em função do efeito-circular, conforme a Tabela 29.

Tabela 29 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1267 0,0043 0,0000 0,1224 Indústria extrativa 0,0324 0,0018 0,0000 0,0306 Indústria de transformação 0,4481 0,0275 0,0000 0,4206 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,1289 0,0185 0,0000 0,1104

Construção civil 0,4245 0,0002 0,0000 0,4243 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 1,4685 0,0338 0,0000 0,4347 Transporte, armazenagem e correio 0,2418 0,0626 0,0000 0,1793 Serviços de informação 0,1080 0,0089 0,0000 0,0991 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1328 0,0039 0,0000 0,1289

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,3895 0,0214 0,0000 0,3681 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,8008 0,0000 0,0000 0,8008

Outros serviços 0,4403 0,0441 0,0000 0,3962 Consumo do Governo 0,8203 0,0000 0,2288 0,5914 Consumo das famílias 1,4065 0,0000 0,4046 1,0019 Formação Bruta de Capital Fixo 1,1655 0,0000 0,3252 0,8404 Salários 1,2304 0,0000 0,3555 0,8750 Lucros 2,1619 0,0000 0,6032 1,5587

Fonte: FAPESPA

Além do efeito-global atuando no próprio setor, os demais setores devem incrementar

o valor da produção, e os que mais se destacaram foram: a indústria de transformação, com

uma resposta de R$448,1 milhões, em que o efeito-transferência contribuiu com R$27,5

milhões e o efeito-circular com R$420,6 milhões; a construção civil, com efeito-global de

R$424,5 milhões devido, em quase a totalidade, ao efeito-circular; atividade imobiliária e

transporte, com efeito-global de R$389,5 milhões, em que o efeito-transferência foi de R$21,4

milhões e o efeito-circular de R$368,1 milhões.

Além do efeito-global atuando no próprio setor, os demais setores devem incrementar o valor da produção, e os que mais se destacaram foram: a indústria de transformação, com uma resposta de R$448,1 milhões, em que o efeito-transferência contribuiu com R$27,5 milhões e o efeito-circular com R$420,6 milhões; a construção civil, com efeito-global de R$424,5 milhões devido, em quase a totalidade, ao efeito-circular; atividade imobiliária e transporte, com efeito-global de R$389,5 mi-lhões, em que o efeito-transferência foi de R$21,4 milhões e o efeito-circular de R$368,1 milhões.

5.1.2.7 A atividade de Transporte, armazenagem e correio como atividade induzida Em reposta ao aumento da demanda exógena da atividade em R$1,00, o multiplicador de magnitude 1,2540 reflete a injeção inicial de igual magnitude (uma unidade de real) adicionado da expansão de R$0,2540, decomposta nas proporções de R$0,1195 para o efeito-transferência e R$0,1345 para o efeito-circular da economia, conforme a Tabela 30. No caso de uma expansão da demanda exógena por produto da atividade na ordem de R$1 bilhão, o efeito-global será de R$254,0 milhões, em que R$119,5 milhões decorreram do efeito--transferência e R$134,5 do efeito-circular. Neste caso observa-se a importância das relações inter-setores capturadas na matriz de insumo-produto. O efeito-global dos salários foi de R$842,3 bilhões, com R$99,3 milhões em função do efeito-cruzado e R$743,0 milhões em função do efeito-circular. Os lucros tiveram efeito-global de R$1,998 bilhão, com o efeito-transferência de R$748,9 milhões e o efeito-circular de R$1,249 bilhão.

Page 68: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

68

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 30 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Transporte, armazenagem e correio, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção do setor, os demais foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus desdobramentos, com destaque para: indústria de transformação, com elevação de R$346,2 milhões, calculado pelo efeito-global, em que R$15,5 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$330,6 milhões ao efeito-circular, indicando a importância das transações comerciais realizadas no setor.

5.1.2.8 A atividade de serviços de informação como atividade induzida A atividade apresentou o décimo maior multiplicador de efeito-global, ou seja, um incremento de R$1 bilhão na demanda exógena nos bens e serviços do setor, que deve gerar um valor líquido de R$191,8 milhões, em que R$106,3 milhões são devidos ao efeito-circular e R$85,5 milhões devido ao efeito-transferência, conforme a Tabela 31.

81

5.1.2.7 A atividade de Transporte, armazenagem e correio como atividade induzida

Em reposta ao aumento da demanda exógena da atividade em R$1,00, o multiplicador

de magnitude 1,2540 reflete a injeção inicial de igual magnitude (uma unidade de real)

adicionado da expansão de R$0,2540, decomposta nas proporções de R$0,1195 para o efeito-

transferência e R$0,1345 para o efeito-circular da economia, conforme a Tabela 30.

No caso de uma expansão da demanda exógena por produto da atividade na ordem de

R$1 bilhão, o efeito-global será de R$254,0 milhões, em que R$119,5 milhões decorreram do

efeito-transferência e R$134,5 do efeito-circular. Neste caso observa-se a importância das

relações intersetores capturadas na matriz de insumo-produto. O efeito-global dos salários foi

de R$842,3 bilhões, com R$99,3 milhões em função do efeito-cruzado e R$743,0 milhões em

função do efeito-circular. Os lucros tiveram efeito-global de R$1,998 bilhão, com o efeito-

transferência de R$748,9 milhões e o efeito-circular de R$1,249 bilhão.

Tabela 30 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Transporte, armazenagem e correio, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,0969 0,0025 0,0000 0,0944 Indústria extrativa 0,0252 0,0010 0,0000 0,0242 Indústria de transformação 0,3462 0,0155 0,0000 0,3306 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,0940 0,0112 0,0000 0,0828

Construção civil 0,3919 0,0001 0,0000 0,3918 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,3805 0,0540 0,0000 0,3264 Transporte, armazenagem e correio 1,2540 0,1195 0,0000 0,1345 Serviços de informação 0,0836 0,0080 0,0000 0,0756 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1587 0,0529 0,0000 0,1059

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,2729 0,0071 0,0000 0,2658 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,7401 0,0000 0,0000 0,7401

Outros serviços 0,3329 0,0346 0,0000 0,2982 Consumo do Governo 0,7581 0,0000 0,2841 0,4740 Consumo das famílias 1,0050 0,0000 0,1603 0,8448 Formação Bruta de Capital Fixo 1,0772 0,0000 0,4037 0,6735 Salários 0,8423 0,0000 0,0993 0,7430 Lucros 1,9981 0,0000 0,7489 1,2492

Fonte: FAPESPA

A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção do setor, os demais foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus desdobramentos, com destaque para: indústria de transformação, com elevação de R$346,2 milhões, calculado pelo efeito-global, em que R$15,5 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$330,6

Page 69: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

69

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 31 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Serviços de informação, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

Os efeitos-globais dos salários mostram a importância do setor na economia paraense, uma vez que o setor necessita incrementar o valor de R$1 bilhão como resposta a adição de R$1 bilhão na demanda exógena, em que R$200,2 milhões foram em função do efeito-cruzado e R$801,4 milhões, em função do efeito-cruzado. O efeito-global relativo ao lucro foi de R$2,08 bilhões, em que R$698,9 milhões foram em função do efeito-cruzado e R$1,38 bilhão, em função do efeito-circular. Além do efeito-global atuando no próprio setor, os demais setores devem incrementar o valor da produção, e os que mais se destacaram foram: a indústria de transformação, com uma resposta de R$421,7 milhões, em que o efeito-transferência contribuiu com R$52,9 milhões e o efeito-circular com R$368,8 milhões; o comércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-global de R$191,8 milhões, em que o efeito-cruzado foi de R$106,3 milhões e o efeito-circular de R$85,5 milhões.

5.1.2.9 A atividade de Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços rela-cionados como atividade induzida Entre os 12 setores analisados na MCS para o estado do Pará, este foi o que apresentou o quinto maior valor de efeito-global, 1,1587, indicando que para cada R$1 bilhão adicional da demanda exógena, o setor necessita incrementar o valor da produção em R$356,4 milhões, em que R$230,7 milhões atribuídos ao efeito-transferência e R$125,7 milhões ao efeito-circular, conforme a Tabela 32.O incremento gerado no valor adicionado, com efeito-global dos salários,foi de R$1,07 bilhão,em que R$206,3 foram em função do efeito-cruzado e R$870,8 em função do efeito-circular. Os lucros apre-sentaram efeito-global de R$2,27 bilhões, em que R$772,5 milhões devido ao efeito-cruzado e R$1,50 bilhão ao efeito-circular.

82

milhões ao efeito-circular, indicando a importância das transações comerciais realizadas no setor.

5.1.2.8 A atividade de serviços de informação como atividade induzida

A atividade apresentou o décimo maior multiplicador de efeito-global, ou seja, um incremento de R$1 bilhão na demanda exógena nos bens e serviços do setor, que deve gerar um valor líquido de R$191,8 milhões, em que R$106,3 milhões são devidos ao efeito-circular e R$85,5 milhões devido ao efeito-transferência, conforme a Tabela 31.

Tabela 31 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Serviços de informação, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1147 0,0085 0,0000 0,1062 Indústria extrativa 0,0304 0,0034 0,0000 0,0269 Indústria de transformação 0,4217 0,0529 0,0000 0,3688 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,1122 0,0179 0,0000 0,0943

Construção civil 0,4106 0,0025 0,0000 0,4081 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,5238 0,1521 0,0000 0,3717 Transporte, armazenagem e correio 0,1732 0,0200 0,0000 0,1532 Serviços de informação 1,1918 0,1063 0,0000 0,0855 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1197 0,0039 0,0000 0,1159

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,3406 0,0325 0,0000 0,3082 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,7707 0,0000 0,0000 0,7707

Outros serviços 0,4454 0,1062 0,0000 0,3392 Consumo do Governo 0,7894 0,0000 0,2652 0,5242 Consumo das famílias 1,1711 0,0000 0,2572 0,9139 Formação Bruta de Capital Fixo 1,1216 0,0000 0,3768 0,7449 Salários 1,0016 0,0000 0,2002 0,8014 Lucros 2,0805 0,0000 0,6989 1,3816

Fonte: FAPESPA

Os efeitos-globais dos salários mostram a importância do setor na economia paraense,

uma vez que o setor necessita incrementar o valor de R$1 bilhão como resposta a adição de

R$1 bilhão na demanda exógena, em que R$200,2 milhões foram em função do efeito-

cruzado e R$801,4 milhões, em função do efeito-cruzado. O efeito-global relativo ao lucro foi

de R$2,08 bilhões, em que R$698,9 milhões foram em função do efeito-cruzado e R$1,38

bilhão, em função do efeito-circular.

Além do efeito-global atuando no próprio setor, os demais setores devem incrementar o valor da produção, e os que mais se destacaram foram: a indústria de transformação, com uma resposta de R$421,7 milhões, em que o efeito-transferência contribuiu com R$52,9

Page 70: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

70

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 32 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

As atividades que apresentaram as maiores respostas ao incremento adicional da demanda exógena por produtos deste setor foram: construção civil, com efeito global de R$445,7 milhões, em que R$445,2 milhões foram atribuídos ao efeito-circular; indústria de transformação, com efeito-global de R$418,2 milhões, em que o efeito-transferência contribuiu com R$18,8 milhões e o efeito-circular com R$399,3 milhões; comércio e serviços de manutenção e reparação com efeito global de R$ 418,2 milhões.

5.1.2.10 A atividade de imobiliárias e aluguéis como atividade induzida Supondo-se que a demanda exógena da atividade seja expandida em uma unidade monetária, o multiplicador de magnitude 1,2873 reflete a injeção inicial de igual magnitude (uma unidade monetária) mais a expansão de R$0,2873, decomposta nas proporções de R$0,0007 para o efeito-transferência e R$0,1197 para o efeito-circular da economia, conforme a Tabela 33.O efeito-global dos salários foi de R$872,1 bilhões, com R$521,8 milhões em função do efeito-cruzado e R$851,9 milhões em função do efeito-circular. Os lucros tiveram efeito-global de R$2,37 bilhões, com o efeito-cruzado de R$967,9 milhões e o efeito-circular de R$1,40 bilhão.

83

milhões e o efeito-circular com R$368,8 milhões; o comércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-global de R$191,8 milhões, em que o efeito-cruzado foi de R$106,3 milhões e o efeito-circular de R$85,5 milhões.

5.1.2.9 A atividade de Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados como atividade induzida

Entre os 12 setores analisados na MCS para o estado do Pará, este foi o que apresentou o quinto maior valor de efeito-global, 1,1587, indicando que para cada R$1 bilhão adicional da demanda exógena, o setor necessita incrementar o valor da produção em R$356,4 milhões, em que R$230,7 milhões atribuídos ao efeito-transferência e R$125,7 milhões ao efeito-circular, conforme a Tabela 32.O incremento gerado no valor adicionado, com efeito-global dos salários,foi de R$1,07 bilhão,em que R$206,3 foram em função do efeito-cruzado e R$870,8 em função do efeito-circular. Os lucros apresentaram efeito-global de R$2,27 bilhões, em que R$772,5 milhões devido ao efeito-cruzado e R$1,50 bilhão ao efeito-circular.

Tabela 32 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1181 0,0032 0,0000 0,1148 Indústria extrativa 0,0304 0,0012 0,0000 0,0292 Indústria de transformação 0,4181 0,0188 0,0000 0,3993 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,1105 0,0087 0,0000 0,1019

Construção civil 0,4457 0,0005 0,0000 0,4452 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,4182 0,0167 0,0000 0,4015 Transporte, armazenagem e correio 0,1848 0,0193 0,0000 0,1655 Serviços de informação 0,1290 0,0366 0,0000 0,0924 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

1,3564 0,2307 0,0000 0,1257

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,3390 0,0068 0,0000 0,3323 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,8407 0,0000 0,0000 0,8407

Outros serviços 0,4370 0,0705 0,0000 0,3665 Consumo do Governo 0,8611 0,0000 0,2931 0,5680 Consumo das famílias 1,2619 0,0000 0,2692 0,9927 Formação Bruta de Capital Fixo 1,2236 0,0000 0,4165 0,8071 Salários 1,0771 0,0000 0,2063 0,8708 Lucros 2,2695 0,0000 0,7725 1,4970

Fonte: FAPESPA

As atividades que apresentaram as maiores respostas ao incremento adicional da

demanda exógena por produtos deste setor foram: construção civil, com efeito global de

R$445,7 milhões, em que R$445,2 milhões foram atribuídos ao efeito-circular; indústria de

Page 71: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

71

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 33 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Imobiliária e aluguéis, Estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção do setor, os demais foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus desdobramentos, com destaque para: indústria de transformação, com elevação de R$371,0 milhões, calculado pelo efeito-global, em que R$4,2 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$366,8 milhões ao efeito-circular, indicando a importância das transações comerciais realizadas no setor; a construção civil apresentou efeito-global de R$467,7 milhões, distribuídos entre o efeito-transferência (R$4,0 milhões) e o efeito-circular (R$463,7 milhões).

5.1.2.11 A atividade de Administração, saúde e educação públicas e seguridade social como atividade induzida A atividade apresentou o maior efeito-global, com um incremento de R$783,4 milhões como resposta a um valor adicional de R$1 bilhão na demanda exógena, em que a totalidade deste valor veio do efeito-circular. O efeito-global dos salários foi de R$1,46 bilhão, com R$550,4 milhões em função do efeito-cruzado e R$914,0 milhões em função do efeito-circular. O lucro apresentou efeito-global de R$2,11 bilhões, em que R$420,9 foi em função do efeito cruzado e R$1,69 bilhões do efeito-circular, conforme a Tabela 34.

84

transformação, com efeito-global de R$418,2 milhões, em que o efeito-transferência

contribuiu com R$18,8 milhões e o efeito-circular com R$399,3 milhões; comércio e serviços

de manutenção e reparação com efeito global de R$ 418,2 milhões.

5.1.2.10 A atividade de imobiliárias e aluguéis como atividade induzida

Supondo-se que a demanda exógena da atividade seja expandida em uma unidade

monetária, o multiplicador de magnitude 1,2873 reflete a injeção inicial de igual magnitude

(uma unidade monetária) mais a expansão de R$0,2873, decomposta nas proporções de

R$0,0007 para o efeito-transferência e R$0,1197 para o efeito-circular da economia,

conforme a Tabela 33.

O efeito-global dos salários foi de R$872,1 bilhões, com R$521,8 milhões em função

do efeito-cruzado e R$851,9 milhões em função do efeito-circular. Os lucros tiveram efeito-

global de R$2,37 bilhões, com o efeito-cruzado de R$967,9 milhões e o efeito-circular de

R$1,40 bilhão.

Tabela 33 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Imobiliária e aluguéis, Estado do Pará, 2009.

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1044 0,0007 0,0000 0,1038 Indústria extrativa 0,0272 0,0003 0,0000 0,0270 Indústria de transformação 0,3710 0,0042 0,0000 0,3668 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,0906 0,0008 0,0000 0,0898

Construção civil 0,4677 0,0040 0,0000 0,4637 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,3635 0,0090 0,0000 0,3545 Transporte, armazenagem e correio 0,1477 0,0017 0,0000 0,1460 Serviços de informação 0,0834 0,0006 0,0000 0,0828 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1204 0,0007 0,0000 0,1197

Atividades imobiliárias e aluguéis 1,2873 0,0042 0,0000 0,2830 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,8763 0,0000 0,0000 0,8763

Outros serviços 0,3290 0,0048 0,0000 0,3243 Consumo do Governo 0,8976 0,0000 0,3672 0,5304 Consumo das famílias 1,0648 0,0000 0,0990 0,9657 Formação Bruta de Capital Fixo 1,2754 0,0000 0,5218 0,7536 Salários 0,8721 0,0000 0,0202 0,8519 Lucros 2,3657 0,0000 0,9679 1,3978

Fonte: FAPESPA

A partir do efeito induzido pelo incremento do valor bruto da produção do setor, os

demais foram estimulados por conta das conexões iniciais e seus desdobramentos, com

Page 72: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

72

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 34 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Administração, saúde e educação públicas e segu-ridade social, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

A partir do incremento da demanda exógena dos bens e serviços deste setor, simultaneamente ocorreram incrementos nas demais atividades com destaque para a indústria de transformação, com efeito-global de R$507,4 milhões para cada R$1 bilhão adicionado na demanda exógena, em que o efeito-transferência contribuiu com R$44,5 milhões e o efeito-circular, R$462,9 milhões; construção civil, com efeito-global de R$416,9 milhões, formado quase que na totalidade pelo efeito-circular de R$415,4 milhões; e comércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-global de R$530,4 milhões, em que R$38,6 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$491,8 milhões atribuídos ao efeito-circular.

5.1.2.12 A atividade de Outros serviços como atividade induzida A atividade apresentou o terceiro maior multiplicador de efeito-global, ou seja, um incremento de R$1 bilhão na demanda exógena nos bens e serviços do setor deve gerar um valor líquido de R$457,1 milhões, em que R$55,5 milhões são devidos ao efeito-circular e R$401,6 milhões devidos ao efeito--transferência, conforme a Tabela 35. O efeito-global dos salários foi de R$1,28 bilhão, com R$427,74 milhões em função do efeito--cruzado e R$853,1 milhões em função do efeito-circular. O lucro apresentou efeito-global de R$2,04 bilhões, em que R$493,4 foram em função do efeito-cruzado e R$1,55 bilhões, do efeito-circular.

85

destaque para: indústria de transformação, com elevação de R$371,0 milhões, calculado pelo

efeito-global, em que R$4,2 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$366,8

milhões ao efeito-circular, indicando a importância das transações comerciais realizadas no

setor; a construção civil apresentou efeito-global de R$467,7 milhões, distribuídos entre o

efeito-transferência (R$4,0 milhões) e o efeito-circular (R$463,7 milhões).

5.1.2.11 A atividade de Administração, saúde e educação públicas e seguridade social como atividade induzida

A atividade apresentou o maior efeito-global, com um incremento de R$783,4 milhões

como resposta a um valor adicional de R$1 bilhão na demanda exógena, em que a totalidade

deste valor veio do efeito-circular. O efeito-global dos salários foi de R$1,46 bilhão, com

R$550,4 milhões em função do efeito-cruzado e R$914,0 milhões em função do efeito-

circular. O lucro apresentou efeito-global de R$2,11 bilhões, em que R$420,9 foi em função

do efeito cruzado e R$1,69 bilhões do efeito-circular, conforme a Tabela 34.

Tabela 34 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de Administração, saúde e educação públicas e seguridade social, Estado do Pará, 2009

Setor afetado Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1491 0,0128 0,0000 0,1363 Indústria extrativa 0,0364 0,0029 0,0000 0,0335 Indústria de transformação 0,5074 0,0445 0,0000 0,4629 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,1420 0,0171 0,0000 0,1249

Construção civil 0,4169 0,0015 0,0000 0,4154 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,5304 0,0386 0,0000 0,4918 Transporte, armazenagem e correio 0,2195 0,0166 0,0000 0,2029 Serviços de informação 0,1377 0,0267 0,0000 0,1110 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,2171 0,0792 0,0000 0,1379

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,4372 0,0112 0,0000 0,4260 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

1,7834 0,0000 0,0000 0,7834

Outros serviços 0,5010 0,0534 0,0000 0,4476 Consumo do Governo 0,8025 0,0000 0,1597 0,6428 Consumo das famílias 1,6366 0,0000 0,5847 1,0519 Formação Bruta de Capital Fixo 1,1402 0,0000 0,2269 0,9133 Salários 1,4643 0,0000 0,5504 0,9140 Lucros 2,1149 0,0000 0,4209 1,6940

Fonte: FAPESPA

A partir do incremento da demanda exógena dos bens e serviços deste setor, simultaneamente ocorreram incrementos nas demais atividades com destaque para a indústria

Page 73: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

73

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 35 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de outros serviços, Estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

As atividades que apresentaram as maiores respostas ao incremento adicional da demanda exógena por produtos deste setor foram: indústria de transformação, com efeito global de R$510,4 milhões, em que R$89,6 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$420,8 ao efeito-circular; comércio e serviços de manutenção e reparação com efeito global de R$ 418,2, em que o efeito-trans-ferência foi de R$85,0 milhões e o efeito-circular ficou em R$440,9.

5.1.3 Efeitos de ligação intersetorial para frente e para trás dos setores econômicos Os índices de encadeamento para trás apresentados na Figura 18 mostram o elevado grau de dependência da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social (1,1527), indicando o papel preponderante dessa atividade na economia paraense que, em 2009, respondeu por 32,0% do Valor Adicionado no setor de Serviços, por conta dos empregos na gestão pública municipal. Adiciona-se à importância do setor público a demanda, intermediação financeira, seguros e pre-vidência complementar e serviços relacionados (1,0958), outros serviços (1,0956), comércio e serviços de manutenção e reparação (1,0764), serviços de informação (1,0566) e construção civil (1,0387), em relação às demais atividades, conforme Figura 18. Setores com o valor do efeito para trás inferior a unidade apresentam menor potencial de encade-amento com os setores a montante, no entanto, setores como agropecuária (0,9079), indústria extrativa (0,9574), indústria de transformação (0,8056), transporte, armazenagem e correio (0,9481), com valores próximos de um, mostram-se importantes demandantes de outros setores na economia paraense.

86

de transformação, com efeito-global de R$507,4 milhões para cada R$1 bilhão adicionado na demanda exógena, em que o efeito-transferência contribuiu com R$44,5 milhões e o efeito-circular, R$462,9 milhões; construção civil, com efeito-global de R$416,9 milhões, formado quase que na totalidade pelo efeito-circular de R$415,4 milhões; e comércio e serviços de manutenção e reparação, com efeito-global de R$530,4 milhões, em que R$38,6 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e R$491,8 milhões atribuídos ao efeito-circular.

5.1.2.12 A atividade de Outros serviços como atividade induzida

A atividade apresentou o terceiro maior multiplicador de efeito-global, ou seja, um incremento de R$1 bilhão na demanda exógena nos bens e serviços do setor deve gerar um valor líquido de R$457,1 milhões, em que R$55,5 milhões são devidos ao efeito-circular e R$401,6 milhões devidos ao efeito-transferência, conforme a Tabela 35.

O efeito-global dos salários foi de R$1,28 bilhão, com R$427,74 milhões em função do efeito-cruzado e R$853,1 milhões em função do efeito-circular. O lucro apresentou efeito-global de R$2,04 bilhões, em que R$493,4 foram em função do efeito-cruzado e R$1,55 bilhões, do efeito-circular.

Tabela 35 - Decomposição dos multiplicadores globais da MCS induzidos pela atividade de outros serviços, Estado do Pará, 2009

Setor afetado (j) Efeito Global

(Eg)

Efeito Transferência

(Et)

Efeito Cruzado

(Ecz)

Efeito Circular

(Eci) Agropecuária 0,1429 0,0197 0,0000 0,1232 Indústria extrativa 0,0364 0,0058 0,0000 0,0306 Indústria de transformação 0,5104 0,0896 0,0000 0,4208 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

0,1373 0,0253 0,0000 0,1120

Construção civil 0,4017 0,0005 0,0000 0,4011 Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação 0,5260 0,0850 0,0000 0,4409 Transporte, armazenagem e correio 0,2109 0,0290 0,0000 0,1819 Serviços de informação 0,1137 0,0138 0,0000 0,1000 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

0,1367 0,0095 0,0000 0,1272

Atividades imobiliárias e aluguéis 0,3969 0,0192 0,0000 0,3777 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

0,7568 0,0000 0,0000 0,7568

Outros serviços 1,4571 0,0555 0,0000 0,4016 Consumo do Governo 0,7752 0,0000 0,1872 0,5880 Consumo das famílias 1,4472 0,0000 0,4679 0,9794 Formação Bruta de Capital Fixo 1,1015 0,0000 0,2660 0,8355 Salários 1,2808 0,0000 0,4277 0,8531 Lucros 2,0431 0,0000 0,4934 1,5497

Fonte: FAPESPA

As atividades que apresentaram as maiores respostas ao incremento adicional da

demanda exógena por produtos deste setor foram: indústria de transformação, com efeito

Page 74: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

74

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 18 - Efeitos de ligação intersetorial para trás dos setores econômicos, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

87

global de R$510,4 milhões, em que R$89,6 milhões foram atribuídos ao efeito-transferência e

R$420,8 ao efeito-circular; comércio e serviços de manutenção e reparação com efeito global

de R$ 418,2, em que o efeito-transferência foi de R$85,0 milhões e o efeito-circular ficou em

R$440,9.

5.1.3 Efeitos de ligação intersetorial para frente e para trás dos setores econômicos

Os índices de encadeamento para trás apresentados na Figura 18 mostram o elevado

grau de dependência da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade

social (1,1527), isso mostra o papel preponderante dessa atividade na economia paraense que,

em 2009, respondeu por 32,0% do Valor Adicionado no setor de Serviços, por conta dos

empregos na gestão pública municipal.

Adiciona-se à importância do setor público a demanda, intermediação financeira,

seguros e previdência complementar e serviços relacionados (1,0958), outros serviços

(1,0956), comércio e serviços de manutenção e reparação (1,0764), serviços de informação

(1,0566) e construção civil (1,0387), em relação às demais atividades, conforme Figura 18.

Setores com o valor do efeito para trás inferior a unidade apresentam menor potencial

de encadeamento com os setores a montante, no entanto, setores como agropecuária (0,9079),

indústria extrativa (0,9574), indústria de transformação (0,8056), transporte, armazenagem e

correio (0,9481), com valores próximos de um, mostram-se importantes demandantes de

outros setores na economia paraense.

Figura 18 - Efeitos de ligação intersetorial para trás dos setores econômicos, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

0,00000,20000,40000,60000,80001,00001,2000

Administração, saúde e…Intermediação…

Outros serviços

Comércio e Serviços de…

Serviços de informação

Construção civilAtividades imobiliárias…

Indústria extrativa

Transporte,…

Agropecuária

Produção e distribuição…

Indústria de…

Efeitos para trás

O setor com o maior efeito de encadeamento para frente da economia paraense, em 2009, foi administração, saúde e educação públicas e seguridade social (2,2334).Intermediação financeira, seguros e previdência complementar (1,3779), outros serviços (1,3607), comércio e serviços de ma-nutenção e reparação (1,2927) e construção civil (1,0934), esses índices acima da unidade mostram o quanto essas atividades são demandadas pelas demais (Figura 19). Apesar do efeito de encadeamento para frente da indústria extrativa, transporte, armazena-gem e correio, e agropecuária ser menor que a unidade 0,6333, 0,5842 e 0,5648, respectivamente, esses setores são importantes devido a relação que exerce sobre os demais setores.

Figura 19 - Efeitos de ligação intersetorial para frente dos setores econômicos, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

88

O setor com o maior efeito de encadeamento para frente da economia paraense, em

2009, foi administração, saúde e educação públicas e seguridade social

(2,2334).Intermediação financeira, seguros e previdência complementar (1,3779), outros

serviços (1,3607), comércio e serviços de manutenção e reparação (1,2927) e construção civil

(1,0934), esses índices acima da unidade mostram o quanto essas atividades são demandadas

pelas demais (Figura 19).

Apesar do efeito de encadeamento para frente da indústria extrativa, transporte,

armazenagem e correio, e agropecuária ser menor que a unidade 0,6333, 0,5842 e 0,5648,

respectivamente, esses setores são importantes devido a relação que exerce sobre os demais

setores.

Figura 19 - Efeitos de ligação intersetorial para frente dos setores econômicos, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

Analisando os resultados dos efeitos para trás e para frente, de maneira simultânea,

observa-se que seis das doze atividades analisadas apresentaram efeitos superiores à unidade:

administração, saúde e educação públicas e seguridade social; intermediação financeira,

seguros e previdência complementar e serviços relacionados; outros serviços; comércio e

serviços de manutenção e reparação; serviços de informação; e construção civil.

Apesar de o setor agropecuário apresentar abaixo da unidade para ambos os efeitos,

esse é um segmento econômico importante no Estado por apresentar elevados efeitos de

0,0000

0,5000

1,0000

1,5000

2,0000

2,5000

Administração, saúde eeducação públicas e…

Comércio e Serviços deManutenção e Reparação

Indústria de transformação

Construção civil

Outros serviços

Atividades imobiliárias ealuguéis

Transporte, armazenagem ecorreio

Intermediação financeira,seguros e previdência…

Agropecuária

Produção e distribuição deeletricidade e gás, água,…

Serviços de informação

Indústria extrativa

Efeitos para frente

Page 75: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

75

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Analisando os resultados dos efeitos para trás e para frente, de maneira simultânea, observa--se que seis das doze atividades analisadas apresentaram efeitos superiores à unidade: administra-ção, saúde e educação públicas e seguridade social; intermediação financeira, seguros e previdên-cia complementar e serviços relacionados; outros serviços; comércio e serviços de manutenção e reparação; serviços de informação; e construção civil. Apesar de o setor agropecuário apresentar abaixo da unidade para ambos os efeitos, esse é um segmento econômico importante no Estado por apresentar elevados efeitos de interligação econômica, por demandar maior proporção de insumos provenientes de outros setores e ofertar a maior parte de sua produção aos setores de beneficiamento, em que parte desse processamento é enviada para os demais estados da federação ou para o resto do mundo, como é o caso da carne bovina, frutas e madeira.

5.1.4 Efeitos multiplicadores da economia paraense – base MCS

5.1.4.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção A administração, saúde e educação pública e seguridade social é a atividade com maior efeito multiplicador da produção, em que, para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, a atividade gerou R$6,08 milhões assim decompostos: R$1 milhão do efeito direto, R$0,304 milhão decorrente do efeito indireto e R$4,77 milhões do efeito renda, aqui considerando o bloco de contas endógenas formado pelas instituições (famílias, empresários e governo) e o valor adicionado.

Tabela 36 - Multiplicadores de Produto, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

75

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Analisando os resultados dos efeitos para trás e para frente, de maneira simultânea, observa- -se que seis das doze atividades analisadas apresentaram efeitos superiores à unidade: administra- ção, saúde e educação públicas e seguridade social; intermediação financeira, seguros e previdên- cia complementar e serviços relacionados; outros serviços; comércio e serviços de manutenção e reparação; serviços de informação; e construção civil.

Apesar de o setor agropecuário apresentar abaixo da unidade para ambos os efeitos, esse é um segmento econômico importante no Estado por apresentar elevados efeitos de interligação econômica, por demandar maior proporção de insumos provenientes de outros setores e ofertar a maior parte de sua produção aos setores de beneficiamento, em que parte desse processamento é enviada para os demais estados da federação ou para o resto do mundo, como é o caso da carne bovina, frutas e madeira.

5.1.4 Efeitos multiplicadores da economia paraense – base MCS

5.1.4.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção A administração, saúde e educação pública e seguridade social é a atividade com maior

efeito multiplicador da produção, em que, para cada R$1 milhão de aumento da demanda final, a atividade gerou R$6,08 milhões assim decompostos: R$1 milhão do efeito direto, R$0,304 milhão decorrente do efeito indireto e R$4,77 milhões do efeito renda, aqui considerando o bloco de contas endógenas formado pelas instituições (famílias, empresários e governo) e o valor adicionado.

Tabela 36 - Multiplicadores de Produto, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Setor

Direto

(A)

Indireto Efeito-

renda

Total (B)

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 1.000.000 227.924 3.771.850 4.999.774 5,00 2-Indústria extrativa 1.000.000 326.291 3.891.860 5.218.151 5,22 3-Indústria de transformação 1.000.000 548.406 3.000.895 4.549.301 4,55

4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e 1.000.000 427.451 3.520.904 4.948.354 4,95 limpeza urbana 5-Construção civil 1.000.000 370.560 4.205.748 5.576.308 5,58 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

1.000.000 226.971 4.515.380 5.742.351 5,74

7-Transporte, armazenagem e correio

1.000.000 306.542 3.870.370 5.176.912 5,18

8-Serviços de informação 1.000.000 506.215 4.148.710 5.654.926 5,65 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e

1.000.000

412.977

4.414.830

5.827.807

5,83

serviços relacionados 10-Atividades imobiliárias e aluguéis

1.000.000 30.938 4.237.703 5.268.641 5,27

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade 1.000.000 304.455 4.773.714 6.078.169 6,08 social 12-Outros serviços 1.000.000 352.968 4.473.750 5.826.717 5,83

Fonte: FAPESPA

Page 76: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

76

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

A indústria extrativa ocupa a sexta posição em relação ao valor total da produção: R$5,22 milhões para cada R$1 milhão de incremento na demanda final dessa atividade, em que o efeito direto participa com R$1 milhão, o indireto R$0,326 milhão e o efeito renda R$3,89 milhão. A Figura 20 mostra que a maior parcela de contribuição na composição do efeito total dos se-tores da economia paraense, em 2009, decorre do efeito renda, seguido pelo efeito direto da compra por um setor j de insumos dos demais setores da economia, em que atividades como indústria de transformação, extrativa e agropecuária se apresentam com as maiores participações.

Figura 20 - Composição dos impactos de R$1 milhão da demanda final sobre o Valor Bruto da Produção (VBP), estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

90

que o efeito direto participa com R$1 milhão, o indireto R$0,326 milhão e o efeito renda

R$3,89 milhão.

A Figura 20 mostra que a maior parcela de contribuição na composição do efeito total

dos setores da economia paraense, em 2009, decorre do efeito renda, seguido pelo efeito

direto da compra por um setor j de insumos dos demais setores da economia, em que

atividades como indústria de transformação, extrativa e agropecuária se apresentam com as

maiores participações.

Figura 20 - Composição dos impactos de R$1 milhão da demanda final sobre o Valor Bruto da Produção (VBP), estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

5.1.4.2 Multiplicador do Emprego

A atividade agropecuária é a que apresenta o maior número de pessoas ocupadas para

cada R$1 milhão de aumento na demanda final, em que 103 empregos são decorrentes do

efeito direto, 14 do efeito indireto e 206 empregos decorrentes do efeito renda, o que

proporciona uma relação entre emprego total e direto da ordem de três empregos indiretos

para cada emprego direto. Essa atividade foi a que apresentou o maior efeito direto decorrente

da aquisição de produtos das demais atividades.

O comércio e serviços de manutenção e reparação é a atividade com o terceiro maior

número de pessoas ocupadas para cada R$1 milhão de aumento da demanda final. São 298

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Agropecuária

Indústria extrativa

Indústria de transformação

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e…

Construção civil

Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

Transporte, armazenagem e correio

Serviços de informação

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar…

Atividades imobiliárias e aluguéis

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

Outros serviços

20,0%

19,2%

22,0%

20,2%

17,9%

17,4%

19,3%

17,7%

17,2%

19,0%

16,5%

17,2%

4,6%

6,3%

12,1%

8,6%

6,6%

4,0%

5,9%

9,0%

7,1%

0,6%

5,0%

6,1%

75,4%

74,6%

66,0%

71,2%

75,4%

78,6%

74,8%

73,4%

75,8%

80,4%

78,5%

76,8%

Efeito direto Efeito indireto efeito renda

5.1.4.2 Multiplicador do Emprego A atividade agropecuária é a que apresenta o maior número de pessoas ocupadas para cada R$1 milhão de aumento na demanda final, em que 103 empregos são decorrentes do efeito direto, 14 do efeito indireto e 206 empregos decorrentes do efeito renda, o que proporciona uma relação entre emprego total e direto da ordem de três empregos indiretos para cada emprego direto. Essa atividade foi a que apresentou o maior efeito direto decorrente da aquisição de produtos das demais atividades. O comércio e serviços de manutenção e reparação é a atividade com o terceiro maior número de pessoas ocupadas para cada R$1 milhão de aumento da demanda final. São 298 pessoas em que 79 foram em função do efeito direto, 10 do indireto e 95 do efeito renda. Nesta atividade tem-se que para cada emprego direto quase quatro empregos indiretos são criados. A indústria de transformação responde a um estímulo de R$1,00 de aumento da demanda final, com a criação de 146 empregos, dos quais 21 são devidos ao efeito direto, 30 ao efeito indireto e 107 ao efeito renda.

Page 77: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

77

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 37 - Multiplicadores de Emprego, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

Em termos de composição do efeito total do emprego, para cada R$1 milhão de incremento da demanda final, observa-se que, pela Figura 21, a atividade agropecuária (31,9%), comércio e serviços de manutenção e reparação (26,4%), transporte, armazenagem e correio (17,2%), cons-trução civil (15,2%) e indústria de transformação (14,4%) foram as que apresentaram os maiores percentuais de participação no total de empregos gerados. Entre as atividades que apresentam elevados percentuais de participação relativos ao efeito renda, encontram-se as atividades: imobiliárias e aluguéis (97,0%); indústria extrativa (89,7%); in-termediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (88,5%); pro-dução e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (87,5%); administração, saúde e educação públicas e seguridade social (82,5%); e construção civil (77,3%).

77

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 37 - Multiplicadores de Emprego, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Setor

Direto

(A)

Indireto Efeito-

renda

Total (B)

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 103 14 206 323 3,13

2-Indústria extrativa 1 11 107 119 95,11

3-Indústria de transformação 21 30 96 146 6,96

4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e 3 11 95 109 37,57 limpeza urbana 5-Construção civil 29 14 148 191 6,57

6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

79 10 210 298 3,79

7-Transporte, armazenagem e correio

31 12 135 178 5,80

8-Serviços de informação 13 26 129 167 12,95

9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e 6 11 132 149

23,96

serviços relacionados 10-Atividades imobiliárias e aluguéis

2 1 119 123 56,44

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade 24 12 167 202 8,45 social 12-Outros serviços 89 17 219 325 3,66

Fonte: FAPESPA

Em termos de composição do efeito total do emprego, para cada R$1 milhão de incremento da demanda final, observa-se que, pela Figura 21, a atividade agropecuária (31,9%), comércio e serviços de manutenção e reparação (26,4%), transporte, armazenagem e correio (17,2%), cons- trução civil (15,2%) e indústria de transformação (14,4%) foram as que apresentaram os maiores percentuais de participação no total de empregos gerados.

Entre as atividades que apresentam elevados percentuais de participação relativos ao efeito renda, encontram-se as atividades: imobiliárias e aluguéis (97,0%); indústria extrativa (89,7%); in- termediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (88,5%); pro- dução e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (87,5%); administração, saúde e educação públicas e seguridade social (82,5%); e construção civil (77,3%).

Page 78: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

78

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 21 - Composição dos impactos de R$1 milhão da demanda final sobre o Emprego, estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

92

(89,7%); intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços

relacionados (88,5%); produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza

urbana (87,5%); administração, saúde e educação públicas e seguridade social (82,5%); e

construção civil (77,3%).

Figura 21 - Composição dos impactos de R$1 milhão da demanda final sobre o Emprego, estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

5.1.4.3 Multiplicador da Renda

A renda gerada na atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade

social, para um estímulo de R$1 milhão da demanda final, foi de R$1,64 milhão, cabendo ao

efeito renda a maior parcela desse valor R$1,21 milhão, o efeito direto com R$0,49 milhão e o

indireto com R$0,054 milhão, conforme Tabela 38.

A terceira maior resposta de renda ao incremento de R$1 milhão na demanda final foi

dada pela atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação com R$1,55 milhão,

sendo R$0,318 milhão devido ao efeito direto da aquisição de insumos das demais atividades,

R$0,036 milhão do efeito indireto e R$1,19 do efeito renda, relativo às transações comerciais

realizadas pelos setores estimulados pela elevação da demanda do comércio.

A construção civil e a atividade agropecuária ocupam a quarta e a sexta posição no

ranking dos maiores valores de renda gerados pelo incremento de R$1 milhão na demanda

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Agropecuária

Indústria extrativa

Indústria de transformação

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água,…

Construção civil

Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

Transporte, armazenagem e correio

Serviços de informação

Intermediação financeira, seguros e previdência…

Atividades imobiliárias e aluguéis

Administração, saúde e educação públicas e…

Outros serviços

31,9%

1,1%

14,4%

2,7%

15,2%

26,4%

17,2%

7,7%

4,2%

1,8%

11,8%

27,3%

4,5%

9,2%

20,2%

9,9%

7,5%

3,3%

6,8%

15,3%

7,3%

1,2%

5,7%

5,2%

63,6%

89,7%

65,4%

87,5%

77,3%

70,3%

76,0%

77,0%

88,5%

97,0%

82,5%

67,5%

Efeito direto Efeito indireto efeito renda

5.1.4.3 Multiplicador da Renda A renda gerada na atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social, para um estímulo de R$1 milhão da demanda final, foi de R$1,64 milhão, cabendo ao efeito renda a maior parcela desse valor R$1,21 milhão, o efeito direto com R$0,49 milhão e o indireto com R$0,054 milhão, conforme Tabela 38. A terceira maior resposta de renda ao incremento de R$1 milhão na demanda final foi dada pela atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação com R$1,55 milhão, sendo R$0,318 milhão devido ao efeito direto da aquisição de insumos das demais atividades, R$0,036 mi-lhão do efeito indireto e R$1,19 do efeito renda, relativo às transações comerciais realizadas pelos setores estimulados pela elevação da demanda do comércio. A construção civil e a atividade agropecuária ocupam a quarta e a sexta posição no ranking dos maiores valores de renda gerados pelo incremento de R$1 milhão na demanda final, a primeira com um efeito total de R$1,23 milhão, com um efeito direto de R$0,185 milhão, indireto de R$0,056 milhão e R$0,995 milhão de efeito renda; a agropecuária teve efeito total de R$1,08 milhão, com destaque para o efeito renda de R$0,871 milhão e efeito direto e indireto de R$0,172 milhão e R$0,043 milhão, respectivamente.

Page 79: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

79

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Tabela 38 - Multiplicadores de Renda, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Fonte: FAPESPA

93

final, a primeira com um efeito total de R$1,23 milhão, com um efeito direto de R$0,185

milhão, indireto de R$0,056 milhão e R$0,995 milhão de efeito renda; a agropecuária teve

efeito total de R$1,08 milhão, com destaque para o efeito renda de R$0,871 milhão e efeito

direto e indireto de R$0,172 milhão e R$0,043 milhão, respectivamente.

Tabela 38 - Multiplicadores de Renda, diretos, indiretos e induzidos pela variação da demanda final de R$1 milhão, estado do Pará, 2009

Setor Direto Indireto Efeito-renda Total

Efeito Multiplicador

(B/A) 1- Agropecuária 172.413 43.220 871.997 1.087.629 6,31

2-Indústria extrativa 49.154 50.167 797.852 897.173 18,25 3-Indústria de transformação 112.034 84.486 610.915 807.436 7,21

4-Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

59.547 54.387 708.106 822.040 13,80

5-Construção civil 185.578 56.242 995.806 1.237.626 6,67 6-Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

318.799 36.681 1.193.755 1.549.235 4,86

7-Transporte, armazenagem e correio

52.338 46.927 795.370 894.635 17,09

8-Serviços de informação 92.464 107.772 893.862 1.094.099 11,83 9-Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

136.282 70.030 1.007.037 1.213.349 8,90

10-Atividades imobiliárias e aluguéis

13.945 6.271 865.812 886.028 63,54

11-Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

495.894 54.489 1.409.860 1.960.243 3,95

12-Outros serviços 360.868 66.814 1.214.014 1.641.696 4,55

Fonte: FAPESPA

A decomposição do efeito total do multiplicador de renda está representada na Figura

22, em que se observa que a maior parcela decorre do efeito renda, ou seja, das transações

comerciais efetivadas pelas empresas, famílias e governo, com destaque para a atividade

imobiliária (97,7%), transporte, armazenagem e correio (88,9%), indústria extrativa (88,9%),

produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (86,1%),

intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

(83,0%), serviços de informação (81,7%), construção civil (80,5%) e agropecuária (80,2%).

A decomposição do efeito total do multiplicador de renda está representada na Figura 22, em que se observa que a maior parcela decorre do efeito renda, ou seja, das transações comerciais efetivadas pelas empresas, famílias e governo, com destaque para a atividade imobiliária (97,7%), transporte, armazenagem e correio (88,9%), indústria extrativa (88,9%), produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (86,1%), intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (83,0%), serviços de informação (81,7%), cons-trução civil (80,5%) e agropecuária (80,2%).

Page 80: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

80

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 22 - Representação da decomposição do efeito total do multiplicador de renda, estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

94

Figura 22 - Representação da decomposição do efeito total do multiplicador de renda, estado do Pará, 2009.

Fonte: FAPESPA

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Agropecuária

Indústria extrativa

Indústria de transformação

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água,…

Construção civil

Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

Transporte, armazenagem e correio

Serviços de informação

Intermediação financeira, seguros e previdência…

Atividades imobiliárias e aluguéis

Administração, saúde e educação públicas e…

Outros serviços

15,9%

5,5%

13,9%

7,2%

15,0%

20,6%

5,9%

8,5%

11,2%

1,6%

25,3%

22,0%

4,0%

5,6%

10,5%

6,6%

4,5%

2,4%

5,2%

9,9%

5,8%

0,7%

2,8%

4,1%

80,2%

88,9%

75,7%

86,1%

80,5%

77,1%

88,9%

81,7%

83,0%

97,7%

71,9%

73,9%

Efeito direto Efeito indireto efeito renda

Page 81: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

81

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DA TRU, MIP E MCS DO ESTA-DO DO PARÁ – 2009

Nesta seção apresentam-se as metodologias de construção da TRU e MIP em que se de-talham os procedimentos de coleta, sistematização de dados e produção das informações econô-micas. As principais fontes de dados foram a SEFA, o IBGE e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio por conta dos registros das Importações e Exportações do Estado com o resto do mundo.

6.1 TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRU)

A TRU consiste em uma ferramenta de análise econômica e de geração de dados estatísti-cos, onde os fluxos de bens e serviços entre as atividades econômicas de uma região, em deter-minado período, são detalhados segundo suas origens e destinos, possibilitando o cálculo do PIB, conforme as óticas da produção, demanda e renda. A TRU também serve de base para a construção da MIP. De acordo com o relatório metodológico no 28 do IBGE, a TRU é formada por um conjunto de tabelas representativas dos recursos de bens e serviços e das tabelas representativas de usos de bens e serviços, a primeira com três quadrantes (A, A1 e A2) e a segunda com quatro quadrantes (A, B1, B2 e C), conforme Tabela 39.

Tabela 39 - Representação das Tabelas de Recursos e Usos

Fonte: Fonte: IBGE/Séries Relatórios Metodológicos/Contas Nacionais Trimestrais. 2ª. edição

95

6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DA TRU, MIP E MCS DO ESTADO DO PARÁ – 2009

Nesta seção apresentam-se as metodologias de construção da TRU e MIP em que se

detalham os procedimentos de coleta, sistematização de dados e produção das informações

econômicas. As principais fontes de dados foram a SEFA, o IBGE e o Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio por conta dos registros das Importações e

Exportações do Estado com o resto do mundo.

6.1 TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRU) A TRU consiste em uma ferramenta de análise econômica e de geração de dados

estatísticos, onde os fluxos de bens e serviços entre as atividades econômicas de uma região,

em determinado período, são detalhados segundo suas origens e destinos, possibilitando o

cálculo do PIB, conforme as óticas da produção, demanda e renda. A TRU também serve de

base para a construção da MIP.

De acordo com o relatório metodológico no 28 do IBGE, a TRU é formada por um

conjunto de tabelas representativas dos recursos de bens e serviços e das tabelas

representativas de usos de bens e serviços, a primeira com três quadrantes (A, A1 e A2) e a

segunda com quatro quadrantes (A, B1, B2 e C), conforme Tabela 39.

Tabela 39 - Representação das Tabelas de Recursos e Usos

I - TABELA DE RECURSOS DE BENS E SERVIÇOS OFERTA PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO

A = A1 + A2

II TABELA DE USOS DE BENS E SERVIÇOS

OFERTA CONSUMO INTERMEDIÁRIO DEMANDA FINAL A = B1 + B2

III TABELA DAS COMPONENTES DO VALOR ADICIONADO

C

Fonte: IBGE/Séries Relatórios Metodológicos/Contas Nacionais Trimestrais. 2ª. edição

A partir da Tabela de Recursos de bens e serviços foi possível identificar por linha os

produtos e serviços ofertados na economia paraense segundo sua origem, produzidos pelas

atividades econômicas internas ou importados de outras regiões, a preços básicos e o total

A partir da Tabela de Recursos de bens e serviços foi possível identificar por linha os produ-tos e serviços ofertados na economia paraense segundo sua origem, produzidos pelas atividades econômicas internas ou importados de outras regiões, a preços básicos e o total mensurado a pre-ços de consumidor. No primeiro quadrante (A), em suas colunas, encontra-se a oferta total a preços de consumidor, os impostos sobre produto líquidos de subsídios e as margens de comércio e trans-porte, por produto. No quadrante (A1), os produtos estão apresentados segundo a atividade econô-mica a preços básicos. No quadrante (A2) são apresentadas as importações de outros estados e do resto do mundo, considerando duas colunas, uma com bens e serviços e outra para produtos sem

Page 82: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

82

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

emissão de câmbio (IBGE, 2008). Ou seja, a oferta de cada produto a preços de consumidor resulta da adição da oferta a preços básicos, de suas margens de comércio e transporte e dos impostos líquidos de subsídios. A Tabela de usos de bens e serviços apresenta o equilíbrio entre a oferta (A) e a demanda (B1 + B2) e demonstra, por coluna, como os produtos e serviços foram apropriados pelas atividades econômicas: como insumo na produção de cada atividade (B1); ou se foram consumidas como pro-dutos e serviços finais, por agentes institucionais (B2). Para cada atividade produtiva tem-se um Valor de Produção (VP) referente ao produto pro-cessado. Da mesma forma, tem-se o valor gasto com os insumos para realizar a produção do pro-duto denominado de Consumo Intermediário (CI) e, da diferença entre o VP e o CI, tem-se o Valor Adicionado de cada atividade. Na Tabela III, quadrante (C), apresenta-se a distribuição da renda gerada entre os fatores de produção Capital e Trabalho, em que nas linhas se têm as remunerações dos empregados, incluin-do salários e contribuições sociais, o rendimento misto bruto, o excedente operacional bruto e os impostos e subsídios sobre a produção. A metodologia adotada exigiu a manutenção conceitual e estatística dos resultados apre-sentados no PIB do Paráem2009 (IDESP, 2011). Porém, a complexidade do trabalho desenvolvido exigiu expansão das fontes de informação e o aperfeiçoamento metodológico, sobretudo em relação ao comércio por vias internas, estrutura dos impostos por produto e a distribuição do consumo inter-mediário por produto, segundo atividades econômicas.

6.1.1 Procedimentos para elaboração da TRU-PA O passo inicial para construção da TRU-PA foi definir as atividades (conjunto de agentes do processo de produção) e produtos (conjunto de bens e serviços) representativos da economia para-ense (FEIJO, et al, 2003). Para tal, utilizaram-se as definições apresentadas na nota metodológica n.4 do IBGE, em que as atividades econômicas são compostas a partir da agregação de empresas com estruturas relativamente homogêneas de consumo e produção. Em relação à classificação dos bens e serviços em grupos de produtos, procurou-se manter a homogeneidade de cada grupamen-to, no que diz respeito à origem – atividade produtora e procedência, nacional ou importada – e ao destino – tipo de consumidor e/ou usos específicos. (IBGE, 2013). A economia paraense foi desagregada em 40 grupos de atividades e 73 grupos de produtos (nível básico de trabalho) escolhidos conforme sua relevância na economia paraense, determinada pelo valor de produção, tomando como base a elaboração do PIB para o ano de 2009. Para publi-cação, agregou-se a 12 atividades e 12 produtos. A escolha dos layouts de trabalho e divulgação basearam-se nas recomendações do eurostat ESA 1995 e na metodologia do IBGE SCN ano de referência 2002. Após a definição e classificação dos produtos e atividades econômicas, deu-se início ao pro-cesso de coleta e sistematização de informações coletadas de diversas fontes de dados, incluindo as bases do IBGE e os registros administrativos realizados pela Secretaria de Estado da Fazenda e de outros órgãos do governo federal.

Page 83: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

83

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

6.1.1.1 Valor de Produção (VP) As Contas Regionais do Brasil, calculadas pelo IBGE, por não construírem uma TRU para cada unidade da federação, classificam a produção total de um agente na atividade correspondente à sua atividade principal e, consequentemente, provocam a perda da informação de suas atividades secundárias. A abertura do VP entre principal e secundário depende da informação disponível em cada atividade econômica. No cálculo do VP se utilizou como fonte as Contas Regionais conforme os produtos e serviços consumidos em cada atividade. O cálculo do VP por produto para cada atividade levou em consideração as pesquisas estru-turais do IBGE: Produção Agrícola Municipal (PAM), Produção da Pecuária Municipal (PPM), Produ-ção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), Pesquisa Industrial Anual (PIA), Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), Pesquisa Anual do Comércio (PAC), Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), todas do ano de 2009, e o Censo Agropecuário1995-1996. Para os produtos das atividades Agropecuárias, a distribuição do VP foi obtida a partir dos valores extrapolados do Censo Agropecuário de 1995-1996, e calculada como uma diferença do va-lor total da produção pelo valor acumulado dos produtos da indústria e dos serviços. A distribuição entre os produtos agropecuários foi realizada considerando a matriz de produção elaborada a partir dos dados do Censo Agropecuário 1996. Para as atividades das indústrias extrativa, de transformação e de construção, além dos serviços de comércio, manutenção e reparação, alojamento e alimentação, transportes, armazena-gem e correio, serviços de informação, serviços prestados às empresas, atividades imobiliárias e aluguéis e os serviços prestados às famílias e associativas, as principais fontes de dados foram as pesquisas econômicas do IBGE (PIA, PAIC, PAC e PAS). Com base no algoritmo de estimação do VBP das Contas Regionais, foi possível separar os valores da produção entre principal e secundária dos agentes que possuem atividade produtiva no Pará, criando estrutura para distribuição do valor total da atividade. Para as demais atividades, produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e lim-peza urbana, intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relaciona-dos, educação e saúde mercantis e serviços domésticos, todo o VBP foi considerado como produ-ção principal. Para cada atividade, a soma dos valores de cada produto, obtidos pelos procedimentos apre-sentados, muitas vezes não correspondeu ao total do VP divulgado pelas Contas Regionais. Assim, foi feito um ajuste que buscou respeitar a participação de cada produto na soma dos valores de produção.

6.1.1.2 Consumo Intermediário O Consumo Intermediário (CI) representa o valor dos bens e serviços consumidos no proces-so de produção. Exclui os bens de capital e os serviços ligados às transferências ou à instalação de ativos, que são entendidos como formação bruta de capital fixo. Para a estimação da TRUR/PA foi considerado fixo o valor do consumo intermediário das atividades estimado pelas CRB.

Page 84: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

84

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

O Consumo Intermediário de cada atividade foi obtido diretamente das Contas Regionais. A decomposição do CI total de cada atividade por produto total foi realizada, primeiramente, assumin-do-se a estrutura da CRB do Brasil para 2009. Para a estimação da TRU/PA foi considerado fixo o valor do consumo intermediário das atividades estimado pelas CRB. A distribuição desses valores entre os produtos levou em consideração dois métodos de estimação: O primeiro considerou as informações utilizadas para estimar o CI das CRB. Para a atividade da Agropecuária foram utilizados os valores dos insumos evoluídos do Censo Agropecuário 1996 para anos posteriores e que puderam ser diretamente classificados na abertura de produto proposta para a estimação da TRU/PA. No caso das atividades, em que a fonte principal é pesquisa econô-mica, as variáveis apropriadas para a estimativa do CI e que puderam ser classificadas diretamente na abertura de produto da TRU/PA tiveram seus valores associados aos produtos em que foram classificados. Além disso, para estas atividades, a estimativa dos valores de CI por produto, refe-rentes à produção familiar, considerou a estrutura de consumo intermediário dada pelas pesquisas econômicas apenas das empresas do estrato amostrado, adotando a hipótese de que a produção familiar tem função de produção similar às empresas deste estrato. O segundo, que é a diferença entre o valor total e aquele já estimado pelo método descrito acima, seguiu um segundo método que levou em consideração as informações da matriz de consumo intermediário das Contas Nacionais do Brasil, para distribuir esta diferença entre os demais produtos. Esses procedimentos foram adotados devido à ausência de informações estatísticas especí-ficas relacionadas aos insumos utilizados em cada atividade econômica. Concomitantemente, foram realizadas diversas reuniões de trabalho com os técnicos da Secretaria Estadual de Indústria, Co-mércio e Mineração (SEICOM), Secretaria de Estado de Agricultura (SAGRI) e do projeto REDES, da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), visando melhor qualificar a matriz de insu-mos da economia do estado e ajustar a matriz de CI de forma a refletir a estrutura produtiva local.

6.1.1.3 Importações e Exportações do Resto do Mundo As transações do estado do Pará com o resto do mundo foi estimada a partir dos valores de importação e exportação dos produtos, em US$ freeonBoard (FOB), por meio das informações do sistema AliceWeb, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), processados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e classificados conforme a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Os códigos NCM foram agrupados de acordo com a abertura de produtos da TRU/PA. O valor das exportações do resto do mundo foi estimado a partir dos valores dos produtos ad-quiridos pelo Pará, em US$ (FOB). Para a conversão dos valores em dólares para Reais se utilizou as taxas médias de câmbio mensais do dólar comercial, aplicadas aos valores mensais da exporta-ção de cada produto. O valor anual em Real é dado pelo somatório dos valores mensais obtidos. O valor das importações do Resto do Mundo foi estimado a partir dos valores dos produtos adquiridos pelo Pará, em US$ (FOB). Os códigos NCM foram agrupados de acordo com a abertura de produtos da TRU/PA. O processo de conversão dos valores de dólares para Reais realizou-se da mesma forma que realizado para as exportações.

Page 85: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

6.1.1.4 Importação e exportação do Resto do Brasil (interestadual) Os dados referentes ao comércio interestadual foram obtidos por meio dos registros das De-clarações de Informações Econômico-Fiscais (DIEFs) e das Notas Fiscais Avulsas (NFA), referentes ao Imposto sobre Circulação e Serviços (ICMS), da Secretaria de Estado da Fazendo do Estado do Pará (SEFA-PA). Os valores foram desagregados por atividade econômica, segundo o Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0) e por Código Fiscal de Operações e de Prestações (CFOP), e as Notas Fiscais Avulsas foram descriminadas para os 73 produtos das TRU/PA. Os valores das transações cujo CFOP não indicaram a real transferência, ou seja, a entrada de bens e serviços ou os destinados à exportação internacional foram excluídos, nesse caso elimi-nando a dupla contagem. Os valores cujos códigos CFOP permitiram a exata classificação conforme os produtos das TRU/PA foram alocados de acordo com o indicado, no caso: Produtos do refino de petróleo; a Pro-dução e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana; Serviços de informação; Serviços de Transportes, armazenagem e correio; e os Serviços prestados às empresas. Criado o vetor de entradas interestaduais a 73 produtos, coube ainda a transformação des-ses valores a preços básicos, pois os valores das entradas classificadas incluem o IPI e o ICMS. Os valores dos impostos ou a carga tributária bruta foram retirados por produto.

6.1.1.5 Margens de Comércio e de Transporte As margens de comércio e de transporte são elementos da oferta por produto, aumentando o valor dos bens, produzidos no estado ou importados, compondo os fatores que diferenciam o preço básico4 do preço ao consumidor (ou de mercado). A margem de comércio total para a construção da TRU/PA foi estimada utilizando o valor de produção do produto Comércio (linha) disponível na TRU/BR, não somente da atividade de Comér-cio como das demais atividades que produzem secundariamente este produto. Este valor foi distri-buído entre os produtos sobre os quais incidem margem, observando o tipo de comércio realizado. Nos casos em que a margem foi associada a mais de um produto, o valor foi distribuído entre estes conforme o valor da oferta (produção mais importação) a preços básicos destes produtos. A margem de transporte, por sua vez, foi estimada a partir da oferta do transporte de carga menos o valor que as atividades econômicas informaram ter consumido de frete em seu consumo intermediário e o que foi exportado de transporte, de acordo com a TRU/BR. Uma vez estabelecido o valor da margem, a distribuição entre os produtos da TRU/PA, para a participação do transporte rodoviário e do transporte aéreo, adota como referência, inicialmente, a estrutura de margem do SCN. Posteriormente, estes valores são corrigidos nos equilíbrios entre oferta e demanda.

6.1.1.6 Impostos, líquidos de subsídios sobre produto. A estimativa dos impostos arrecadados no Estado do Pará é fixa e de igual valor ao divulgado pelo PIB 2009. Sendo assim, a distribuição do total arrecadado por produto TRU/PA seguiu o seguin-te procedimento:4 É o montante efetivamente recebido pelo produtor, excluído de qualquer imposto faturado (tipo IVA) ou devido, conforme o tipo de produto (tipo imposto específico). Porém, não se excluiu do mesmo os impostos pagos pelo produtor em função da utilização de meios de produção, ou seja, os “impostos sobre produção” (atividade).

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A estrutura de arrecadação do imposto de importação por produto da TRU/PA resultou da aplicação das alíquotas conforme a TEC vigente no mês aos valores dos produtos importados, de-sagregados a oito dígitos do NCM, após a conversão dos valores em Reais. Calculadas as relações entre os impostos e a oferta a preço básico dos produtos correspon-dentes do SCN, em seguida, essas relações foram utilizadas para estimar o valor dos impostos por produto do estado, para obter uma estrutura e adotá-la para distribuir o valor dos impostos divulga-dos pelas Contas Regionais do Brasil para o estado do Pará. Os valores divulgados pelas Contas Regionais do ICMS foram distribuídos a partir da estru-tura gerada conforme a arrecadação do ICMS por CNAE, convertidos em NCM segundo atividades principais do arrecadador e posteriormente agrupados de acordo com a abertura da TRU/PA.

6.1.1.7 Consumo do Governo O valor total da produção principal da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social é, por definição, igual ao CI das administrações públicas mais as Remunerações e o consumo de capital fixo. Os valores do consumo de tais produtos são obtidos a partir da estrutura de consumo do governo da TRU-BR.

6.1.1.8 Consumo Final das Famílias A estimativa do consumo final das famílias foi realizada com as informações da Pesquisa de Orçamento Familiar – POF2002/2003 do IBGE, que investiga o valor gasto pelas famílias paraenses em cada produto. Os perfis de consumo foram estimados para seis faixas distintas de renda, em que a estrutura de consumo de cada uma delas foi obtida pelo percentual da renda gasta com cada produto. Para atualizar o valor gasto com consumo final das famílias para cada produto em 2009, foi necessário utilizar as informações de rendimento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) para 2009. Este procedimento permite que a estrutura do consumo total das famílias varie ao logo do tempo, apesar de manter um perfil fixo para cada faixa de renda, uma vez que as famílias podem migrar de uma faixa de renda para outra ao longo do período. Essas informações foram lan-çadas nas planilhas de cálculo como estimativas preliminares. O valor final do consumo das famílias foi posteriormente ajustado durante o processo de equilíbrio dos produtos.

6.1.1.9 Formação Bruta de Capital Fixo O SNA 93 entende como formação bruta de capital fixo (FBCF) o valor das aquisições líqui-das das cessões de ativos fixos, realizadas pelas unidades institucionais, mais aumentos de valor de ativos não-produzidos proporcionados pelo próprio desenvolvimento das atividades das unidades institucionais. A formação bruta de capital fixo compreende o valor das construções, dos equipamentos instalados, dos meios de transporte, dos serviços de montagem e instalação de máquinas. São con-siderados, ainda, os valores de novas culturas permanentes, de novas matas plantadas e das varia-ções do efetivo de bovinos destinados à produção de leite e reprodução. Em teoria, os ativos fixos compreendem tanto os tangíveis como os intangíveis, grandes melhoramentos em ativos tangíveis

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

já produzidos, isto é, intervenções que prolongam a vida útil ou aumentam a capacidade produtiva dos mesmos, além dos custos associados às transferências de propriedade dos ativos não produzi-dos, como os terrenos. Para os produtos considerados como FBCF, foram utilizados seus valores de produção, im-portação, margens, impostos, líquidos de subsídios sobre os produtos menos os valores exportados destes bens. O valor de produção foi estimado por meio dos dados do SCR, utilizando a classificação por categoria de uso. Para o saldo entre as importações e exportações foi realizado o mesmo procedi-mento de classificação do valor de produção, desta vez se utilizando dos dados de saídas e entradas de mercadoria da SEFA/PA e dos dados do Sistema Alice para as transações com o exterior. 6.1.1.10 Variação de estoque A variação de estoques para a contabilidade nacional é a diferença entre entrada e saída de mercadorias no estoque durante o período considerado, valorados aos preços de mercado médios no ano. Devem ser considerados toda matéria-prima, produtos semielaborados ou acabados, inclu-sive de produtos da agricultura e pecuária. Pela falta de informações disponíveis, a definição desse valor, para os bens tangíveis, é obtida de forma residual durante a etapa de equilíbrio de produtos. Para os bens intangíveis é definida como zero.

6.1.1.11 Componentes do Valor Adicionado O desdobramento dos componentes do VA mostra como esse valor, a preços básicos, resul-tante do processo de produção, é repartido entre os fatores de produção – trabalho e capital – e a administração pública.

6.1.1.11.1 Pessoal ocupado O pessoal ocupado em cada atividade é dado pela soma do pessoal ocupado com carteira, sem carteira, funcionários públicos, empregadores, por conta própria e sem declaração. Os dados em geral foram obtidos da PNAD, a exceção são os empregados com carteira que, no caso de haver dados disponíveis pelas pesquisas econômicas do IBGE (PIA, PAIC, PAC, PAS) eles foram confron-tados com os dados da PNAD e foi utilizado o de maior valor. Para as atividades agricultura, silvicul-tura e exploração vegetal e pecuária e pesca, foi adotado um procedimento distinto, uma vez que a PNAD não é uma boa fonte para a área rural. Daí utilizou-se a razão entre o total de ocupação da TRU-BR 2009 e o do Censo Agropecuário de 1996 para o Brasil. Essa razão foi aplicada ao total de ocupações no Pará divulgadas pelo Censo Agropecuário. Daí obteve-se uma estimativa do pessoal ocupado total nessas atividades no estado para o ano de 2009.

6.1.1.11.2 Remuneração dos empregados Compõem a remuneração do trabalho: salários e ordenados, contribuições sociais efetivas (que se desmembram em previdência oficial e FGTS e previdência privada) e contribuições sociais imputadas. Para as atividades com disponibilidade de dados das pesquisas econômicas, o salário total dos empregados com carteira foi dado pelo produto do rendimento médio das pesquisas pelo núme-

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

ro de empregados com carteira. Para os casos em que não há pesquisa econômica e para as demais posições na ocupação, os salários foram obtidos pelos rendimentos divulgados pela PNAD 2009.Para as atividades agricultura, silvicultura e exploração vegetal e pecuária e pesca foram realizados procedimentos distintos. Na primeira, seguiu-se a estrutura de repartição do VA dado pela TRU-BR. No caso da pecuária e pesca, o rendimento médio dos empregados obtido da PNAD 2009 foi multi-plicado por uma estimativa do total de empregados na atividade. Essa estimativa, por sua vez, vem do produto entre o pessoal ocupado total na atividade e a participação dos empregados no total das ocupações, segundo a PNAD 2009. As contribuições sociais efetivas são pagamentos por conta do empregador e em nome de seus empregados aos institutos oficiais de previdência social. Estas contribuições tiveram nas pesquisas econômicas do IBGE (PIA, PAIC, PAC e PAS) sua principal fonte, e para as atividades que possuem complementação do IRPJ ou fonte PNAD, tiveram seus valores estimados com base nas pesquisas. As contribuições sociais imputadas compreendem os benefícios pagos (aposentados e pen-sões) pela administração pública federal aos seus aposentados ou dependentes, deduzidos das contribuições feitas pelos funcionários ativos. Para a estimação destes valores para o Pará foi con-siderada a participação da administração pública federal presente no estado, no total da administra-ção pública federal do Brasil e aplicação ao valor estimado da contribuição imputada do SCN.

6.1.1.11.3 Excedente operacional bruto mais rendimento misto O saldo da conta de geração da renda, que engloba o excedente operacional e o rendimento misto (renda de autônomos), corresponde à remuneração do fator capital sem definir qual. Esse saldo inclui ainda uma parte de remuneração do trabalho, no caso dos autônomos, e por ser um rendimento misto ele é apresentado separadamente. Foi calculado a partir da PNAD 2009, que é a única fonte que abrange esse grupo. O rendimento misto corresponde ao rendimento auferido pelos trabalhadores por conta pró-pria, sejam os que têm pessoal remunerado a seu serviço (empregador), sejam os que não têm (trabalhador por conta própria), sejam os trabalhadores não remunerados (os que trabalham como ajudantes sem remuneração, os que trabalham para o próprio consumo ou ainda os que trabalham na construção para o próprio uso). A fonte é a PNAD, sendo consideradas as seguintes posições de ocupação: empregador, trabalhador por conta própria, trabalhador não remunerado e trabalhador para próprio consumo. O excedente operacional bruto (EOB) foi obtido como saldo entre o VA menos as remunera-ções (soma de ordenados e salários e as contribuições sociais efetivas mais as imputadas), menos os outros impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação e menos o rendimento misto. No caso da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social, o EOB foi obtido pela participação da atividade no total Brasil e aplicado ao valor do EOB estimado para esta atividade no SCN.

6.1.1.11.4 Outros impostos sobre a produção e outros subsídios à produção e importação Os outros impostos e subsídios sobre a produção compreendem os impostos sobre a mão-

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-de-obra empregada ou remunerações pagas, além das taxas incidentes sobre o exercício de de-terminadas atividades econômicas. Estes impostos são independentes da produção realizada pela unidade de produção. São considerados neste grupo os impostos sobre a folha de pagamento (salário educação, contribuições ao serviço social da indústria – SESI, Serviços Social do Comércio – SESC, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, dentre outros) e demais impostos sobre a produção.A estimação destes valores para o estado do Pará foi realizada observando a relação entre o valor dos outros impostos, líquidos de subsídios sobre a produção e os ordenados e salários por atividade econômica do SCN e, em seguida, aplicada sobre os valores de ordenados e salários da posição dos empregados com carteira assinada do estado.

6.1.2 Equilíbrio entre Oferta e Demanda Para a estimação da TRUR/PA, primeiramente foi realizada a transformação da base de da-dos disponível em uma tabela de recursos e usos. Essa tabela, estimada a partir dos dados iniciais, é construída simplesmente pela reorganização da base de dados bruta, construída sem referência aos marcos de um SCN, em quadros que atendam as exigências da contabilidade nacional. Várias das informações necessárias para a construção da TRU não estão disponíveis a nível estadual, o que torna necessário que parte dos valores seja obtida por extrapolação. Nesses casos, a TRU-BR, construída pelo IBGE, serviu como ponto de referência. Esse primeiro conjunto de qua-dros não apresenta a consistência exigida de um sistema de contas nacionais/regionais. Ou seja, não atende às identidades contábeis que regem a contabilidade nacional. Na etapa do Equilíbrio de Recursos e Usos de Bens e Serviços, inicia-se um processo de compatibilização entre a oferta e a demanda, ambas a preço de mercado. Ademais, à medida que as estruturas de consumo das atividades e das categorias da demanda final vão se tornando mais definidas por produtos, afloram as contradições entre as diversas fontes de recursos e usos, e é neste estágio do trabalho que são explicadas e resolvidas. Neste sentido, o processo de estimação de uma tabela de recursos e usos parte de duas lógicas básicas: a primeira é que oferta a preços de consumidor por produto tem que ser igual à demanda intermediária e final por esses produtos; e a segunda é que as funções de produção por atividade econômica devem ser economicamente consistentes. O primeiro processo de análise faz com que sejam verificadas as diferenças entre a oferta e a utilização de cada produto da TRU/PA e analisadas as alternativas para resolver essas diferenças. Para isso, adotam-se fontes de dados alternativas, consulta a especialistas e, principalmente, a ló-gica econômica provida pelo marco contábil adotado, ou seja, as tabelas de recursos e usos. Ao terminar os ajustes necessários, o equilíbrio entre produtos poderá ser afetado. Assim, inicia-se uma nova análise do equilíbrio por produto e se retorna à análise por atividade. Esse é um processo interativo que busca ao final chegar à solução ótima onde se obterá coerência e compati-bilidade entre a ótica de análise por produto e a por atividade econômica.

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

6.2 MATRIZ INSUMO-PRODUTO (MIP) Os procedimentos técnicos necessários para construção da Matriz de Insumo-Produto da economia paraense utilizaram as informações apresentadas na TRU/PA, que descrevem as rela-ções das atividades produtivas entre si e com a demanda final (formação bruta de capital fixo – I; exportações – X; variação de estoques – VE; consumo do governo – CG; consumo das famílias – CF), e a conta da renda e as importações (M). Para se alcançar a matriz de coeficientes técnicos da economia paraense foram realizados os seguintes procedimentos:

6.2.1 Matrizes a preços constantes Nessa etapa foi feita a passagem de preços ao consumidor da matriz de consumo intermedi-ário e da demanda final para preços básicos, como apresentado no valor da produção na TRU/PA.Com a MIP é possível avaliar o impacto que variações na demanda final por produtos estaduais causam sobre o nível de produção. Daí foi feito um estudo junto aos dados da SEFA, com a cola-boração dos técnicos da SEICOM e da SAGRI, de como são absorvidos os produtos doestado, de outros estados e de outros países. Como forma de manter a relação entre insumo e quantidade produzida de maneira que o cálculo dos coeficientes técnicos expresse a mudança estrutural nas atividades e bens produzidos no estado, sem a interferência da margem de comércio e transporte e dos impostos sobre a produção, foi feita a transformação nas tabelas de consumo intermediário e final a preços básicos, ou seja, excluindo os va-lores correspondentes à importação interestadual, internacional, impostos e margens de distribuição.

6.2.2 Hipótese sobre a tecnologia No conjunto das relações diretas entre atividades e produtos não é possível assumir uma relação de um para um, ou seja, cada atividade gera um único produto, o que pode ser observado na TRU, que expressa produto versus atividade, em que se observa uma única atividade produzin-do produtos de outras atividades específicas. A solução dessa situação foi distribuir à demanda de cada produto de maneira proporcional as atividades que o produzem, considerando a estrutura de insumos do processo de produção dos produtos. Segundo Leontief, duas hipóteses são consideradas assumindo uma relação ao modo de produção e a participação das indústrias no mercado de produtos: A tecnologia baseada no produto assume que o conjunto das produções de um dado setor não pode ser alterado, mas permite a alteração da participação deste setor no mercado de bens. Com efeito, caso um dado setor, deseje aumentar (diminuir) a produção de um bem, ele terá de fazer o mesmo com toda a sua linha de produção (GUILHOTO et al. 2012). Na prática, as estruturas de insumo das atividades são obtidas pela média ponderada das estruturas dos produtos, com pesos iguais à participação de cada produto no valor de produção total da atividade (mix de produtos). À tecnologia baseada na indústria, a composição da produção de um dado setor pode ser alterada mantendo constante a participação do setor no mercado de bens que produz. Com efeito, o setor pode alterar a sua composição de produção, de modo a manter a sua participação nos diver-sos mercados em que atua. Na prática, as estruturas de insumo dos produtos são calculadas pela

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

média ponderada das estruturas dos produtos. Os pesos são iguais à participação de cada atividade no valor total de produção do produto (market-share). A escolha de um desses pressupostos permite a construção de uma matriz específica que, ao in-teragir com a matriz retangular produto x atividade de coeficientes técnicos, obtida diretamente da TRU, resulta numa matriz quadrada de coeficientes técnicos. A Matriz Insumo-Produto do estado do Pará foi baseada na hipótese de tecnologia do setor simples, em que os produtos secundários são tratados como um grupo homogêneo, a exemplo da Matriz Insumo-Produto nacional, calculada pelo IBGE.

6.2.3 Cálculo dos coeficientes técnicos–modelo de tecnologia do setor simples O quadro 1 resume as informações extraídas da TRU–PA, que permitem a construção da ma-triz de coeficientes técnicos. Essa matriz é retangular produto x atividade e apresenta a participação do valor de cada insumo utilizado no valor total de produção da atividade. Para construir o sistema para produtos interestaduais, basta substituir o subscrito e pelo subscrito i, onde for adequado. Para construir o sistema para produtos internacionais, fazer a substituição pelo subscrito m.

Quadro 1 - Síntese das informações extraídas da Tabela de Recursos e Usos (TRU)

Fonte: Retirado de Fundação João Pinheiro, TRU-MG (2009)

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que os produtos secundários são tratados como um grupo homogêneo, a exemplo da Matriz

Insumo-Produto nacional, calculada pelo IBGE.

6.2.3 Cálculo dos coeficientes técnicos–modelo de tecnologia do setor simples

O quadro 1 resume as informações extraídas da TRU–PA, que permitem a construção

da matriz de coeficientes técnicos. Essa matriz é retangular produto x atividade e apresenta a

participação do valor de cada insumo utilizado no valor total de produção da atividade. Para

construir o sistema para produtos interestaduais, basta substituir o subscrito e pelo subscrito i,

onde for adequado. Para construir o sistema para produtos internacionais, fazer a substituição

pelo subscrito m.

Quadro 1 - Síntese das informações extraídas da Tabela de Recursos e Usos (TRU)

Produtos Regionais Atividades Demanda

Final Valor da Produção

Produtos Regionais Eu Fe Q

Produtos

importados interestaduais

Ui Fi

Produtos

importados internacionais

Um Fm

Atividades V G

Impostos Tp Te

Margens de distribuição Mp Me

Valor

Adicionado yt

Fonte: Retirado de Fundação João Pinheiro, TRU-MG (2009)

Em que:

V matriz de produção, que apresenta para cada atividade (nas linhas) o valor de produção de seus produtos (nas colunas).

q vetor-coluna do valor bruto da produção total de cada produto. Ue matriz de consumo intermediário dos produtos estaduais (nas linhas) por atividade (nas

colunas).

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Em que:V matriz de produção, que apresenta para cada atividade (nas linhas) o valor de produção de seus produtos (nas colunas).q vetor-coluna do valor bruto da produção total de cada produto.Ue matriz de consumo intermediário dos produtos estaduais (nas linhas) por atividade (nas colu-nas).Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por ati-vidade (nas colunas).Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por ati-vidade (nas colunas)Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), inciden-tes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).y vetor-coluna do valor adicionado por atividade.g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade.Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas)Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais (componentes nas linhas)Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais (nas linhas)Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas)Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), inciden-tes sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua de-manda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso pela equação abaixo:

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário .Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por (2)A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de produção em dada ati-vidade e obtido pela equação a seguir: (3)em que é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada: (4)

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Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por atividade (nas colunas).

Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por atividade (nas colunas)

Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

y vetor-coluna do valor adicionado por atividade. g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade. Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas) Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais

(componentes nas linhas) Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais

(nas linhas) Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas) Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua

demanda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso

pela equação abaixo:

iFiU ee q (1)

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário 1....111i .

Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por

iVg . . (2)

A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada

produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de

produção em dada atividade e obtido pela equação a seguir:

1ˆ GUB ee (3)

em que G é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.

Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada:

iFgB ee q (4)

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma

de solucionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x

109

Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por atividade (nas colunas).

Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por atividade (nas colunas)

Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

y vetor-coluna do valor adicionado por atividade. g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade. Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas) Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais

(componentes nas linhas) Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais

(nas linhas) Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas) Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua

demanda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso

pela equação abaixo:

iFiU ee q (1)

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário 1....111i .

Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por

iVg . . (2)

A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada

produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de

produção em dada atividade e obtido pela equação a seguir:

1ˆ GUB ee (3)

em que G é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.

Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada:

iFgB ee q (4)

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma

de solucionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x

109

Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por atividade (nas colunas).

Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por atividade (nas colunas)

Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

y vetor-coluna do valor adicionado por atividade. g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade. Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas) Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais

(componentes nas linhas) Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais

(nas linhas) Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas) Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua

demanda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso

pela equação abaixo:

iFiU ee q (1)

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário 1....111i .

Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por

iVg . . (2)

A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada

produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de

produção em dada atividade e obtido pela equação a seguir:

1ˆ GUB ee (3)

em que G é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.

Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada:

iFgB ee q (4)

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma

de solucionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x

109

Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por atividade (nas colunas).

Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por atividade (nas colunas)

Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

y vetor-coluna do valor adicionado por atividade. g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade. Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas) Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais

(componentes nas linhas) Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais

(nas linhas) Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas) Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua

demanda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso

pela equação abaixo:

iFiU ee q (1)

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário 1....111i .

Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por

iVg . . (2)

A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada

produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de

produção em dada atividade e obtido pela equação a seguir:

1ˆ GUB ee (3)

em que G é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.

Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada:

iFgB ee q (4)

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma

de solucionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x

109

Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por atividade (nas colunas).

Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por atividade (nas colunas)

Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

y vetor-coluna do valor adicionado por atividade. g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade. Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas) Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais

(componentes nas linhas) Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais

(nas linhas) Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas) Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua

demanda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso

pela equação abaixo:

iFiU ee q (1)

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário 1....111i .

Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por

iVg . . (2)

A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada

produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de

produção em dada atividade e obtido pela equação a seguir:

1ˆ GUB ee (3)

em que G é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.

Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada:

iFgB ee q (4)

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma

de solucionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x

109

Ui matriz de consumo intermediário de produtos importados interestaduais (nas linhas) por atividade (nas colunas).

Um matriz de consumo intermediário de produtos importados internacionais (nas linhas) por atividade (nas colunas)

Tp matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

Mp matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes sobre bens e serviços absorvidos pelas atividades produtivas (nas colunas).

y vetor-coluna do valor adicionado por atividade. g vetor-coluna do valor de produção total de cada atividade. Fe matriz da demanda final (componente nas colunas) por produtos estaduais (nas linhas) Fi matriz da demanda final (componentes nas colunas) por produtos importados interestaduais

(componentes nas linhas) Fm matriz da demanda final (componentes nas colunas)de produtos importados internacionais

(nas linhas) Te matriz dos valores dos impostos e subsídios associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas) Me matriz dos valores das margens de distribuição associados a produtos (nas linhas), incidentes

sobre bens e serviços absorvidos pela demanda final (componentes nas colunas).

A oferta de cada produto produzido no estado do Pará, q, deve ser sempre igual à sua

demanda, e dada pela soma dos usos intermediários Ue e finais Fe, o que pode ser expresso

pela equação abaixo:

iFiU ee q (1)

em que i é um vetor coluna, cujas entradas são todas de valor unitário 1....111i .

Em termos de produto ofertado por atividade, vetor g, ele pode ser expresso por

iVg . . (2)

A matriz de coeficientes técnicos dos insumos estaduais Be indica quanto de cada

produto estadual, em termos monetários, é utilizado na produção de uma unidade de valor de

produção em dada atividade e obtido pela equação a seguir:

1ˆ GUB ee (3)

em que G é a matriz diagonal formada pelos elementos do vetor g.

Operando as equações 1, 2 e 3, chega-se a seguinte equação simplificada:

iFgB ee q (4)

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma

de solucionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x

Page 93: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

93

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

No entanto, a matriz Be não é suficiente para matriz de impactos de Leontief. Como forma de solu-cionar tal situação, utilizou-se uma matriz Market shareD, que é uma matriz atividade x produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e é expressa por (5)Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a: (6)em que é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.Isolando q na equação 6, chega-se a (7)em que é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a (8)em que é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e é a matriz de impactos. Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois siste-mas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em três blo-cos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo (Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pa-gamentos a fatores de produção empregados por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes (Ex) e impostos líquidos (T). No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros setores, para realizar a produção mais valor agregado. A leitura dos vetores-linha representa todas as transações de venda (Crédito) de matéria-prima para outros setores que as utilizarão como insumo intermediá-rio, adicionado pela venda aos consumidores finais ou demanda final.

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

110

produto, que relaciona a participação percentual de cada atividade na produção de cada produto e

é expressa por

1ˆ QVD (5)

Operando as equações 1, 4 5 e 6, chega-se a:

iFDB ee qq (6)

em que Be D é a matriz de coeficientes técnicos quadrada produto x produto.

Isolando q na equação 6, chega-se a

iFDBI ee1)(q (7)

em que 1)( DBI e é a matriz de impacto de Leontief em nível de produto e possibilita avaliar

o quanto da produção de cada produto vai variar se a demanda final pelos produtos se alterar.

Substituindo-se a equação 4 em 6 e operando, chega-se a

iDFDBIg ee1)( (8)

em que DBe é a matriz de coeficientes técnicos atividade x atividade e 1)( eDBI é a matriz

de impactos.

Trabalhando-se com a referência de atividades e produtos é possível o cálculo de dois

sistemas de Leontief: um associado às matrizes produto x produto, mais adequado à ótica das

relações tecnológicas, e outro, associado às matrizes atividade x atividade, mais adequado às

análises das relações intersetoriais.

6.2.4 Álgebra do Modelo de Insumo-Produto

Considere Matriz de Insumo-Produto para dois setores no Quadro 2, estruturada em

três blocos: consumo intermediário – que é a parcela da produção de cada um dos setores

utilizada pelo próprio setor ou enviada a outro como insumo e reflete a transação

interindustriais; Demanda Final – composta pelo consumo das famílias (Cf), do governo

(Cg), da parcela alocada para investimento (I) e pelas exportações para o resto do país ou do

mundo (E); Valor Agregado – formado pelos pagamentos a fatores de produção empregados

por cada setor para realizar a sua produção – Salários (S), Juros (J), Aluguéis (A), Excedentes

(Ex) e impostos líquidos (T).

No modelo de Insumo-Produto desenvolvido por Leontief, a leitura nos vetores-coluna

reflete todas as transações de compra (Débitos) de bens e serviços intermediários de outros

Page 94: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

94

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Quadro 2 - Matriz de Insumo-Produto para uma economia com 2 setores

Fonte: Retirado de Fundação João Pinheiro, TRU-MG (2009)

111

setores, para realizar a produção mais valor agregado. A leitura dos vetores-linha representa

todas as transações de venda (Crédito) de matéria-prima para outros setores que as utilizarão

como insumo intermediário, adicionado pela venda aos consumidores finais ou demanda final.

Quadro 2 - Matriz de Insumo-Produto para uma economia com 2 setores

Setor1 Setor2 Consumo Famílias

(Cf)

Governo (Cg) Investimento (I) Exportações (E) Total

(VBP)

Setor1 (Z1) Z11 Z12 C1 G1 I1 E1 X1

Setor2 (Z2) Z21 Z22 C2 G2 I2 E2 X2

Salário (S) S1 S2

Excedente(Ex) Ex1 Ex2

Impostos (T) T1 T2 Tc Tg Ti Te T

Importação (M) M1 M2 Mc Mg Mi M

Total (VBP) X1 X2 C G I E

Considere que o Valor Bruto da Produção (VBP) de cada atividade produtiva é

formado pela adição entre a demanda intermediária e a demanda final, de tal maneira que as

transações envolvendo os setores da economia podem ser representadas por meio de um

sistema de equações, como o representado a seguir:

111

11

21

21

21

21

2222212

1112111

,

...............................................

EICCY

YxX

YxxxXYxxxX

YxxxXYxxxX

YxxxXYxxxX

gf

n

jiij

ttnttt

ExExnExExEx

ssnsss

nnnnnn

n

n

(9)

Considere que o Valor Bruto da Produção (VBP) de cada atividade produtiva é formado pela adição entre a demanda intermediária e a demanda final, de tal maneira que as transações envol-vendo os setores da economia podem ser representadas por meio de um sistema de equações, como o representado a seguir:

111

setores, para realizar a produção mais valor agregado. A leitura dos vetores-linha representa

todas as transações de venda (Crédito) de matéria-prima para outros setores que as utilizarão

como insumo intermediário, adicionado pela venda aos consumidores finais ou demanda final.

Quadro 2 - Matriz de Insumo-Produto para uma economia com 2 setores

Setor1 Setor2 Consumo Famílias

(Cf)

Governo (Cg) Investimento (I) Exportações (E) Total

(VBP)

Setor1 (Z1) Z11 Z12 C1 G1 I1 E1 X1

Setor2 (Z2) Z21 Z22 C2 G2 I2 E2 X2

Salário (S) S1 S2

Excedente(Ex) Ex1 Ex2

Impostos (T) T1 T2 Tc Tg Ti Te T

Importação (M) M1 M2 Mc Mg Mi M

Total (VBP) X1 X2 C G I E

Considere que o Valor Bruto da Produção (VBP) de cada atividade produtiva é

formado pela adição entre a demanda intermediária e a demanda final, de tal maneira que as

transações envolvendo os setores da economia podem ser representadas por meio de um

sistema de equações, como o representado a seguir:

111

11

21

21

21

21

2222212

1112111

,

...............................................

EICCY

YxX

YxxxXYxxxX

YxxxXYxxxX

YxxxXYxxxX

gf

n

jiij

ttnttt

ExExnExExEx

ssnsss

nnnnnn

n

n

(9)

Page 95: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

95

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

112

Onde:

X1= valor bruto da produção do setor i (i=1,... , n) ;

Xs = remuneração do trabalho do setor j (j=1, ..., n); XEx= remuneração do capital do setor j;

X t = recolhimento de impostos do setor j ; Xij = fornecimento de produtos do setor i para o setor j, necessário para produzir Xj; Xsj = fornecimento de trabalho ao setor j para produzir Xj; Xcj = fornecimento de capital ao setor j para produzir Xj; Yi = demanda final do produto i; E = exportações líquidas; I = Formação bruta de capital fixo.

6.2.5 Matriz de Coeficientes Técnicos ou de efeitos diretos

Na matriz dos coeficientes técnicos, cada valor representa a participação relativa dos

custos com insumo e/ou matérias-primas do próprio setor/atividade ou dos demais setores, em

relação ao valor da produção do setor. Segundo Santana (1997), este coeficiente pode ser

entendido como uma taxa de aquisição do produto do setor/atividade i, adquirido pelo

setor/atividade j, dividido pelo valor bruto da produção do setor j, o que expressa o grau de

dependência entre os setores econômicos. A hipótese assumida é a de que a matriz

tecnológica de produção permanece fixa no curto prazo.

).....,2,1,( njiXx

aj

ijij (10)

A matriz ][ ijaA é formada pelos coeficientes técnicos.

6.2.6 Matriz de Leontief ou de Efeitos Diretos e Indiretos ou de Efeitos Globais

Seja A a matriz dos coeficientes técnicos e I a matriz Identidade (I), a subtração (I-A)

resulta na matriz em forma reduzida e a sua Inversa (I-A)-1é a Matriz de Leontief, que

estabelece a relação entre a demanda final (Y) e o valor da produção, o que possibilita

calcular o impacto direto e indireto de uma variação da demanda final em diferentes setores

econômicos. Ao assumir que B=(I-A)-1, cada elemento bij da matriz B deve ser interpretado

como sendo a produção total do setor i, sendo esta necessária e equivalente a uma unidade de

demanda final do setor j.

6.2.5 Matriz de Coeficientes Técnicos ou de efeitos diretos Na matriz dos coeficientes técnicos, cada valor representa a participação relativa dos custos com insumo e/ou matérias-primas do próprio setor/atividade ou dos demais setores, em relação ao valor da produção do setor. Segundo Santana (1997), este coeficiente pode ser entendido como uma taxa de aquisição do produto do setor/atividade i, adquirido pelo setor/atividade j, dividido pelo valor bruto da produção do setor j, o que expressa o grau de dependência entre os setores econô-micos. A hipótese assumida é a de que a matriz tecnológica de produção permanece fixa no curto prazo.

6.2.6 Matriz de Leontief ou de Efeitos Diretos e Indiretos ou de Efeitos Globais Seja A a matriz dos coeficientes técnicos e I a matriz Identidade (I), a subtração (I-A) resulta na matriz em forma reduzida e a sua Inversa (I-A)-1é a Matriz de Leontief, que estabelece a relação entre a demanda final (Y) e o valor da produção, o que possibilita calcular o impacto direto e indire-to de uma variação da demanda final em diferentes setores econômicos. Ao assumir que B=(I-A)-1, cada elemento bij da matriz B deve ser interpretado como sendo a produção total do setor i, sendo esta necessária e equivalente a uma unidade de demanda final do setor j. A Demanda Final (Y) é considerada aqui como uma variável exógena, o que caracteriza o modelo como modelo aberto. Para capturar os impactos induzidos provocados pelos efeitos indire-tos do consumo e da renda das famílias sobre a demanda final, toma-se a equação

112

Onde:

X1= valor bruto da produção do setor i (i=1,... , n) ;

Xs = remuneração do trabalho do setor j (j=1, ..., n); XEx= remuneração do capital do setor j;

X t = recolhimento de impostos do setor j ; Xij = fornecimento de produtos do setor i para o setor j, necessário para produzir Xj; Xsj = fornecimento de trabalho ao setor j para produzir Xj; Xcj = fornecimento de capital ao setor j para produzir Xj; Yi = demanda final do produto i; E = exportações líquidas; I = Formação bruta de capital fixo.

6.2.5 Matriz de Coeficientes Técnicos ou de efeitos diretos

Na matriz dos coeficientes técnicos, cada valor representa a participação relativa dos

custos com insumo e/ou matérias-primas do próprio setor/atividade ou dos demais setores, em

relação ao valor da produção do setor. Segundo Santana (1997), este coeficiente pode ser

entendido como uma taxa de aquisição do produto do setor/atividade i, adquirido pelo

setor/atividade j, dividido pelo valor bruto da produção do setor j, o que expressa o grau de

dependência entre os setores econômicos. A hipótese assumida é a de que a matriz

tecnológica de produção permanece fixa no curto prazo.

).....,2,1,( njiXx

aj

ijij (10)

A matriz ][ ijaA é formada pelos coeficientes técnicos.

6.2.6 Matriz de Leontief ou de Efeitos Diretos e Indiretos ou de Efeitos Globais

Seja A a matriz dos coeficientes técnicos e I a matriz Identidade (I), a subtração (I-A)

resulta na matriz em forma reduzida e a sua Inversa (I-A)-1é a Matriz de Leontief, que

estabelece a relação entre a demanda final (Y) e o valor da produção, o que possibilita

calcular o impacto direto e indireto de uma variação da demanda final em diferentes setores

econômicos. Ao assumir que B=(I-A)-1, cada elemento bij da matriz B deve ser interpretado

como sendo a produção total do setor i, sendo esta necessária e equivalente a uma unidade de

demanda final do setor j.

113

A Demanda Final (Y) é considerada aqui como uma variável exógena, o que

caracteriza o modelo como modelo aberto. Para capturar os impactos induzidos provocados

pelos efeitos indiretos do consumo e da renda das famílias sobre a demanda final, toma-se a

equação

YAIX .][ 1 (11)

Decompondo a matriz B, tem-se

[I-A]-1=I+A+A2+A3+ ...+An (12)

e substituindo da equação geral do produto (11) chega-se a:

[I+A+A2+...+An].Y = (Y+AY+A2Y+...+AnY], o que mostra os efeitos das sucessivas

transações intersetoriais na economia.

Segundo Guilhoto (2011), um aumento da demanda por produtos de

determinado setor j terá um impacto inicial exatamente igual ao aumento da

produção deste setor (termo I da equação 12). Só que para o setor j aumentar a

produção, ele necessitará comprar insumos dos demais setores, conforme o seu

vetor de padrões técnicos j. Pré-multiplicando o vetor de variação da demanda pela

matriz (I-A)-1 obtêm-se

YAIX 1][ Daí o setor j teria um

aumentodeproduçãocorrespondenteàvariaçãodademandamaisovalornecessáriodeinsumodemandadopel

oprópriosetor em função do aumento da demanda final. Como consequência, todos os demais

setores que fornecem insumos ao setor j alterariam as suas produções, onde este acréscimo

corresponderia ao produto da demanda pelo coeficiente técnico aij.Como a produção desse

insumo demandará a outros insumos, o valor desta demanda será calculado por meio do

termo A2, de maneira tal que o encadeamento ocorrerá por um número sem fim de vezes.

6.2.7 Multiplicadores de impactos econômicos

Como a matriz de coeficientes reflete as transações intersetoriais, é possível

prognosticar os impactos sobre a produção dos setores provocados por uma variação na

demanda exógena que afeta cada um dos setores de forma indireta e induzida que tendem a se

propagar pela economia paraense ampliando os resultados. Esses efeitos são mensurados

através dos multiplicadores setoriais da MIP.

Decompondo a matriz B, tem-se

113

A Demanda Final (Y) é considerada aqui como uma variável exógena, o que

caracteriza o modelo como modelo aberto. Para capturar os impactos induzidos provocados

pelos efeitos indiretos do consumo e da renda das famílias sobre a demanda final, toma-se a

equação

YAIX .][ 1 (11)

Decompondo a matriz B, tem-se

[I-A]-1=I+A+A2+A3+ ...+An (12)

e substituindo da equação geral do produto (11) chega-se a:

[I+A+A2+...+An].Y = (Y+AY+A2Y+...+AnY], o que mostra os efeitos das sucessivas

transações intersetoriais na economia.

Segundo Guilhoto (2011), um aumento da demanda por produtos de

determinado setor j terá um impacto inicial exatamente igual ao aumento da

produção deste setor (termo I da equação 12). Só que para o setor j aumentar a

produção, ele necessitará comprar insumos dos demais setores, conforme o seu

vetor de padrões técnicos j. Pré-multiplicando o vetor de variação da demanda pela

matriz (I-A)-1 obtêm-se

YAIX 1][ Daí o setor j teria um

aumentodeproduçãocorrespondenteàvariaçãodademandamaisovalornecessáriodeinsumodemandadopel

oprópriosetor em função do aumento da demanda final. Como consequência, todos os demais

setores que fornecem insumos ao setor j alterariam as suas produções, onde este acréscimo

corresponderia ao produto da demanda pelo coeficiente técnico aij.Como a produção desse

insumo demandará a outros insumos, o valor desta demanda será calculado por meio do

termo A2, de maneira tal que o encadeamento ocorrerá por um número sem fim de vezes.

6.2.7 Multiplicadores de impactos econômicos

Como a matriz de coeficientes reflete as transações intersetoriais, é possível

prognosticar os impactos sobre a produção dos setores provocados por uma variação na

demanda exógena que afeta cada um dos setores de forma indireta e induzida que tendem a se

propagar pela economia paraense ampliando os resultados. Esses efeitos são mensurados

através dos multiplicadores setoriais da MIP.

Page 96: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

96

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

e substituindo da equação geral do produto (11) chega-se a:

113

A Demanda Final (Y) é considerada aqui como uma variável exógena, o que

caracteriza o modelo como modelo aberto. Para capturar os impactos induzidos provocados

pelos efeitos indiretos do consumo e da renda das famílias sobre a demanda final, toma-se a

equação

YAIX .][ 1 (11)

Decompondo a matriz B, tem-se

[I-A]-1=I+A+A2+A3+ ...+An (12)

e substituindo da equação geral do produto (11) chega-se a:

[I+A+A2+...+An].Y = (Y+AY+A2Y+...+AnY], o que mostra os efeitos das sucessivas

transações intersetoriais na economia.

Segundo Guilhoto (2011), um aumento da demanda por produtos de

determinado setor j terá um impacto inicial exatamente igual ao aumento da

produção deste setor (termo I da equação 12). Só que para o setor j aumentar a

produção, ele necessitará comprar insumos dos demais setores, conforme o seu

vetor de padrões técnicos j. Pré-multiplicando o vetor de variação da demanda pela

matriz (I-A)-1 obtêm-se

YAIX 1][ Daí o setor j teria um

aumentodeproduçãocorrespondenteàvariaçãodademandamaisovalornecessáriodeinsumodemandadopel

oprópriosetor em função do aumento da demanda final. Como consequência, todos os demais

setores que fornecem insumos ao setor j alterariam as suas produções, onde este acréscimo

corresponderia ao produto da demanda pelo coeficiente técnico aij.Como a produção desse

insumo demandará a outros insumos, o valor desta demanda será calculado por meio do

termo A2, de maneira tal que o encadeamento ocorrerá por um número sem fim de vezes.

6.2.7 Multiplicadores de impactos econômicos

Como a matriz de coeficientes reflete as transações intersetoriais, é possível

prognosticar os impactos sobre a produção dos setores provocados por uma variação na

demanda exógena que afeta cada um dos setores de forma indireta e induzida que tendem a se

propagar pela economia paraense ampliando os resultados. Esses efeitos são mensurados

através dos multiplicadores setoriais da MIP.

o que mostra os efeitos das sucessivas transa-ções intersetoriais na economia. Segundo Guilhoto (2011), um aumento da demanda por produtos de determinado setor j terá um impacto inicial exatamente igual ao aumento da produção deste setor (termo I da equação 12). Só que para o setor j aumentar a produção, ele necessitará comprar insumos dos demais setores, conforme o seu vetor de padrões técnicos j. Pré-multiplicando o vetor de variação da demanda pela matriz (I-A)-1 obtêm-se

113

A Demanda Final (Y) é considerada aqui como uma variável exógena, o que

caracteriza o modelo como modelo aberto. Para capturar os impactos induzidos provocados

pelos efeitos indiretos do consumo e da renda das famílias sobre a demanda final, toma-se a

equação

YAIX .][ 1 (11)

Decompondo a matriz B, tem-se

[I-A]-1=I+A+A2+A3+ ...+An (12)

e substituindo da equação geral do produto (11) chega-se a:

[I+A+A2+...+An].Y = (Y+AY+A2Y+...+AnY], o que mostra os efeitos das sucessivas

transações intersetoriais na economia.

Segundo Guilhoto (2011), um aumento da demanda por produtos de

determinado setor j terá um impacto inicial exatamente igual ao aumento da

produção deste setor (termo I da equação 12). Só que para o setor j aumentar a

produção, ele necessitará comprar insumos dos demais setores, conforme o seu

vetor de padrões técnicos j. Pré-multiplicando o vetor de variação da demanda pela

matriz (I-A)-1 obtêm-se

YAIX 1][ Daí o setor j teria um

aumentodeproduçãocorrespondenteàvariaçãodademandamaisovalornecessáriodeinsumodemandadopel

oprópriosetor em função do aumento da demanda final. Como consequência, todos os demais

setores que fornecem insumos ao setor j alterariam as suas produções, onde este acréscimo

corresponderia ao produto da demanda pelo coeficiente técnico aij.Como a produção desse

insumo demandará a outros insumos, o valor desta demanda será calculado por meio do

termo A2, de maneira tal que o encadeamento ocorrerá por um número sem fim de vezes.

6.2.7 Multiplicadores de impactos econômicos

Como a matriz de coeficientes reflete as transações intersetoriais, é possível

prognosticar os impactos sobre a produção dos setores provocados por uma variação na

demanda exógena que afeta cada um dos setores de forma indireta e induzida que tendem a se

propagar pela economia paraense ampliando os resultados. Esses efeitos são mensurados

através dos multiplicadores setoriais da MIP.

Daí o setor j teria um aumentodeproduçãocorrespondenteàvariaçãodademandamaisovalor-necessáriodeinsumodemandadopeloprópriosetor em função do aumento da demanda final. Como consequência, todos os demais setores que fornecem insumos ao setor j alterariam as suas produ-ções, onde este acréscimo corresponderia ao produto da demanda pelo coeficiente técnico aij.Como a produção desse insumo demandará a outros insumos, o valor desta demanda será calculado por meio do termo A2, de maneira tal que o encadeamento ocorrerá por um número sem fim de vezes.

6.2.7 Multiplicadores de impactos econômicos Como a matriz de coeficientes reflete as transações intersetoriais, é possível prognosticar os impactos sobre a produção dos setores provocados por uma variação na demanda exógena que afeta cada um dos setores de forma indireta e induzida que tendem a se propagar pela economia paraense ampliando os resultados. Esses efeitos são mensurados através dos multiplicadores seto-riais da MIP. O modelo desenvolvido por Leontief assume que o modelo é fechado, quando alguns compo-nentes da demanda final são considerados variáveis endógenas ao modelo, e aberto se esses com-ponentes são exógenos ao sistema produtivo. No modelo aberto, identifica-se apenas as relações diretas e indiretas entre os setores produtivos, enquanto no modelo fechado é possível identificar também os efeitos induzidos pelo aumento da renda. Com esses indicadores se torna possível avaliar as repercussões ocorridas em diferentes setores, caso haja incrementos na demanda final de um deles. A partir do encadeamento entre os setores é possível analisar quais setores são impactados e os efeitos sobre a produção de um de-terminado setor, decorrentes de um estímulo que resultou em um aumento na demanda final. Segundo Feijó et. al. (2003), os multiplicadores mostram o impacto de variações da demanda final do setor j sobre uma determinada variável de interesse da economia, de tal maneira que esse efeito global pode ser decomposto em impactos direto, indireto e efeito-renda. i) Efeito multiplicador direto: Mede o impacto de variações na demanda final do j-ésimo setor, quando são consideradas apenas as atividades que fornecem insumos diretamente a esta atividade. ii) Efeito multiplicador indireto: Mede o impacto de variações na demanda final do j-ésimo setor, quando se consideram ape-

Page 97: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

97

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

nas as atividades fornecedoras de insumos indiretos ao setor analisado. iii) Multiplicador efeito-renda (induzido): O multiplicador induzido fornece o impacto de variações na demanda final do j-ésimo setor, considerando a variação adicional da demanda ocasionada pelo incremento no nível de rendimento da economia, quando se estimula o setorj.

6.2.7.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção (VBP) O multiplicador direto do VBP é definido como valor de produto requerido por uma unidade do valor da produção para cada setor:

em que VBPj é o valor bruto da produção do setor j. O multiplicador direto e indireto do VBP mostra o impacto ocasionado pelo aumento na de-manda final do setor j sobre VBP total, considerando todo o encadeamento intersetorial do modelo aberto de Leontief. O processo de transmissão dos efeitos via encadeamento ocorre da seguinte maneira: O aumento do VBP das demais atividades será consequência do aumento da demanda por insumos intermediários, da atividade que sofreu o choque inicial. No entanto, a atividade fornecedora de in-sumos também comprará mais insumos para atender ao incremento do seu VBP e essa sequência de transações se repete infinitamente na economia. Esse multiplicador pode ser derivado da combinação do vetor de multiplicadores diretos com a matriz de impacto intersetorial do modelo aberto de Leontief, que incorpora os efeitos indiretos.

114

O modelo desenvolvido por Leontief assume que o modelo é fechado, quando alguns

componentes da demanda final são considerados variáveis endógenas ao modelo, e aberto se

esses componentes são exógenos ao sistema produtivo. No modelo aberto, identifica-se

apenas as relações diretas e indiretas entre os setores produtivos, enquanto no modelo fechado

é possível identificar também os efeitos induzidos pelo aumento da renda.

Com esses indicadores se torna possível avaliar as repercussões ocorridas em

diferentes setores, caso haja incrementos na demanda final de um deles. A partir do

encadeamento entre os setores é possível analisar quais setores são impactados e os efeitos

sobre a produção de um determinado setor, decorrentes de um estímulo que resultou em um

aumento na demanda final.

Segundo Feijó et. al. (2003), os multiplicadores mostram o impacto de variações da

demanda final do setor j sobre uma determinada variável de interesse da economia, de tal

maneira que esse efeito global pode ser decomposto em impactos direto, indireto e efeito-

renda.

i) Efeito multiplicador direto:

Mede o impacto de variações na demanda final do j-ésimo setor, quando são

consideradas apenas as atividades que fornecem insumos diretamente a esta

atividade.

ii) Efeito multiplicador indireto:

Mede o impacto de variações na demanda final do j-ésimo setor, quando se

consideram apenas as atividades fornecedoras de insumos indiretos ao setor

analisado.

iii) Multiplicador efeito-renda (induzido):

O multiplicador induzido fornece o impacto de variações na demanda final do

j-ésimo setor, considerando a variação adicional da demanda ocasionada pelo

incremento no nível de rendimento da economia, quando se estimula o setorj.

6.2.7.1 Multiplicador do Valor Bruto da Produção (VBP)

O multiplicador direto do VBP é definido como valor de produto requerido por uma

unidade do valor da produção para cada setor:

jVBPjVBPD

jVBP

em que VBPj é o valor bruto da produção do setor j.

115

O multiplicador direto e indireto do VBP mostra o impacto ocasionado pelo aumento

na demanda final do setor j sobre VBP total, considerando todo o encadeamento intersetorial

do modelo aberto de Leontief.

O processo de transmissão dos efeitos via encadeamento ocorre da seguinte maneira:

O aumento do VBP das demais atividades será consequência do aumento da demanda por

insumos intermediários, da atividade que sofreu o choque inicial. No entanto, a atividade

fornecedora de insumos também comprará mais insumos para atender ao incremento do seu

VBP e essa sequência de transações se repete infinitamente na economia.

Esse multiplicador pode ser derivado da combinação do vetor de multiplicadores

diretos com a matriz de impacto intersetorial do modelo aberto de Leontief, que incorpora os

efeitos indiretos.

LDVBPDIVBP .

em que VBPDR é o vetor do multiplicador direto e indireto; VBPD é o vetor do multiplicador

direto; eL é a matriz aberta de Leontief.

O multiplicador total do VBP (direto, indireto e induzido) fornece o impacto

ocasionado pelo aumento da demanda do setor j sobre VBP total, considerando o

encadeamento intersetorial do modelo fechado de Leontief. O incremento na produção resulta

no aumento do VBP em função do aumento da renda, que estimulou o consumo gerando

novos acréscimos na demanda final.

LDVBPDIRVBP .

em que VBPDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido do VBP; VBPD é o vetor

do multiplicador direto e L. é a matriz de efeitos globais para o modelo fechado.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (VBPI) e induzidos (VBPR) é dada

por

DIVBPDIRVBPDVBPIVBPDIRVBPRVBP

DVBPDIVBPIVBP

6.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)

Apresenta para atividade j o volume de renda do salário, decorrente de um incremento

de uma unidade monetária na demanda final, ou seja, mede o resultado de uma mudança na

renda da economia, resultante da alteração de uma unidade de renda de um dado setor.

O multiplicador de renda direto é dado por:

em que VBPDR é o vetor do multiplicador direto e indireto; VBPD é o vetor do multiplicador direto; eL é a matriz aberta de Leontief. O multiplicador total do VBP (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado pelo aumento da demanda do setor j sobre VBP total, considerando o encadeamento intersetorial do modelo fechado de Leontief. O incremento na produção resulta no aumento do VBP em função do aumento da renda, que estimulou o consumo gerando novos acréscimos na demanda final.

115

O multiplicador direto e indireto do VBP mostra o impacto ocasionado pelo aumento

na demanda final do setor j sobre VBP total, considerando todo o encadeamento intersetorial

do modelo aberto de Leontief.

O processo de transmissão dos efeitos via encadeamento ocorre da seguinte maneira:

O aumento do VBP das demais atividades será consequência do aumento da demanda por

insumos intermediários, da atividade que sofreu o choque inicial. No entanto, a atividade

fornecedora de insumos também comprará mais insumos para atender ao incremento do seu

VBP e essa sequência de transações se repete infinitamente na economia.

Esse multiplicador pode ser derivado da combinação do vetor de multiplicadores

diretos com a matriz de impacto intersetorial do modelo aberto de Leontief, que incorpora os

efeitos indiretos.

LDVBPDIVBP .

em que VBPDR é o vetor do multiplicador direto e indireto; VBPD é o vetor do multiplicador

direto; eL é a matriz aberta de Leontief.

O multiplicador total do VBP (direto, indireto e induzido) fornece o impacto

ocasionado pelo aumento da demanda do setor j sobre VBP total, considerando o

encadeamento intersetorial do modelo fechado de Leontief. O incremento na produção resulta

no aumento do VBP em função do aumento da renda, que estimulou o consumo gerando

novos acréscimos na demanda final.

LDVBPDIRVBP .

em que VBPDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido do VBP; VBPD é o vetor

do multiplicador direto e L. é a matriz de efeitos globais para o modelo fechado.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (VBPI) e induzidos (VBPR) é dada

por

DIVBPDIRVBPDVBPIVBPDIRVBPRVBP

DVBPDIVBPIVBP

6.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)

Apresenta para atividade j o volume de renda do salário, decorrente de um incremento

de uma unidade monetária na demanda final, ou seja, mede o resultado de uma mudança na

renda da economia, resultante da alteração de uma unidade de renda de um dado setor.

O multiplicador de renda direto é dado por:

em que VBPDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido do VBP; VBPD é o vetor do mul-tiplicador direto e é a matriz de efeitos globais para o modelo fechado. A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (VBPI) e induzidos (VBPR) é dada por

115

O multiplicador direto e indireto do VBP mostra o impacto ocasionado pelo aumento

na demanda final do setor j sobre VBP total, considerando todo o encadeamento intersetorial

do modelo aberto de Leontief.

O processo de transmissão dos efeitos via encadeamento ocorre da seguinte maneira:

O aumento do VBP das demais atividades será consequência do aumento da demanda por

insumos intermediários, da atividade que sofreu o choque inicial. No entanto, a atividade

fornecedora de insumos também comprará mais insumos para atender ao incremento do seu

VBP e essa sequência de transações se repete infinitamente na economia.

Esse multiplicador pode ser derivado da combinação do vetor de multiplicadores

diretos com a matriz de impacto intersetorial do modelo aberto de Leontief, que incorpora os

efeitos indiretos.

LDVBPDIVBP .

em que VBPDR é o vetor do multiplicador direto e indireto; VBPD é o vetor do multiplicador

direto; eL é a matriz aberta de Leontief.

O multiplicador total do VBP (direto, indireto e induzido) fornece o impacto

ocasionado pelo aumento da demanda do setor j sobre VBP total, considerando o

encadeamento intersetorial do modelo fechado de Leontief. O incremento na produção resulta

no aumento do VBP em função do aumento da renda, que estimulou o consumo gerando

novos acréscimos na demanda final.

LDVBPDIRVBP .

em que VBPDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido do VBP; VBPD é o vetor

do multiplicador direto e L. é a matriz de efeitos globais para o modelo fechado.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (VBPI) e induzidos (VBPR) é dada

por

DIVBPDIRVBPDVBPIVBPDIRVBPRVBP

DVBPDIVBPIVBP

6.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)

Apresenta para atividade j o volume de renda do salário, decorrente de um incremento

de uma unidade monetária na demanda final, ou seja, mede o resultado de uma mudança na

renda da economia, resultante da alteração de uma unidade de renda de um dado setor.

O multiplicador de renda direto é dado por:

115

O multiplicador direto e indireto do VBP mostra o impacto ocasionado pelo aumento

na demanda final do setor j sobre VBP total, considerando todo o encadeamento intersetorial

do modelo aberto de Leontief.

O processo de transmissão dos efeitos via encadeamento ocorre da seguinte maneira:

O aumento do VBP das demais atividades será consequência do aumento da demanda por

insumos intermediários, da atividade que sofreu o choque inicial. No entanto, a atividade

fornecedora de insumos também comprará mais insumos para atender ao incremento do seu

VBP e essa sequência de transações se repete infinitamente na economia.

Esse multiplicador pode ser derivado da combinação do vetor de multiplicadores

diretos com a matriz de impacto intersetorial do modelo aberto de Leontief, que incorpora os

efeitos indiretos.

LDVBPDIVBP .

em que VBPDR é o vetor do multiplicador direto e indireto; VBPD é o vetor do multiplicador

direto; eL é a matriz aberta de Leontief.

O multiplicador total do VBP (direto, indireto e induzido) fornece o impacto

ocasionado pelo aumento da demanda do setor j sobre VBP total, considerando o

encadeamento intersetorial do modelo fechado de Leontief. O incremento na produção resulta

no aumento do VBP em função do aumento da renda, que estimulou o consumo gerando

novos acréscimos na demanda final.

LDVBPDIRVBP .

em que VBPDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido do VBP; VBPD é o vetor

do multiplicador direto e L. é a matriz de efeitos globais para o modelo fechado.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (VBPI) e induzidos (VBPR) é dada

por

DIVBPDIRVBPDVBPIVBPDIRVBPRVBP

DVBPDIVBPIVBP

6.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)

Apresenta para atividade j o volume de renda do salário, decorrente de um incremento

de uma unidade monetária na demanda final, ou seja, mede o resultado de uma mudança na

renda da economia, resultante da alteração de uma unidade de renda de um dado setor.

O multiplicador de renda direto é dado por:

Page 98: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

98

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

116

6.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)

Apresenta para atividade j o volume de renda do salário, decorrente de um incremento de

uma unidade monetária na demanda final, ou seja, mede o resultado de uma mudança na renda da

economia, resultante da alteração de uma unidade de renda de um dado setor.

O multiplicador de renda direto é dado por:

j

jDj VBP

SR

em que DjR é o multiplicador de renda direto do setor j; Si é o valor dos salários da atividade j; e VBPj

é o valor bruto da produção da atividade j. O efeito direto e indireto e indireto da atividade j é obtido por:

DDI RLR .

em que RDI= multiplicador de renda direto e indireto; L é a matriz de Leontief; e RD é o vetor dos

coeficientes diretos.

O multiplicador total da renda (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado pelo

aumento da demanda do setor j sobre renda total, obtido por:

LRR DDIR .

em que RDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido; RD é o vetor o vetor dos coeficientes

diretos; e L é a matriz de Leontief para o modelo fechado, em que a renda foi inserida como um

componente endógeno.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (RI) e induzidos (RR) é dada por

DIDIRDIDIRR

DDII

RRRRRR

RRR

6.2.7.3 Multiplicador do Emprego (E)

É definido como a mudança no emprego total resultante de uma mudança unitária na força

de trabalho empregada em dado setor produtivo e atua como um sinalizador da capacidade que o

setor tem de gerar empregos diretos e indiretos como resposta a um choque exógeno da demanda

final.

O multiplicador de emprego direto é dado por:

j

jDj VBP

eE

em que DjE é o multiplicador de emprego direto do setor j; ej é o número de empregados da atividade

j; e VBPj é o valor bruto da produção da atividade j.

O efeito direto e indireto e indireto da atividade j é obtido por:

Page 99: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

99

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

116

6.2.7.2 Multiplicador da Renda(R)

Apresenta para atividade j o volume de renda do salário, decorrente de um incremento de

uma unidade monetária na demanda final, ou seja, mede o resultado de uma mudança na renda da

economia, resultante da alteração de uma unidade de renda de um dado setor.

O multiplicador de renda direto é dado por:

j

jDj VBP

SR

em que DjR é o multiplicador de renda direto do setor j; Si é o valor dos salários da atividade j; e VBPj

é o valor bruto da produção da atividade j. O efeito direto e indireto e indireto da atividade j é obtido por:

DDI RLR .

em que RDI= multiplicador de renda direto e indireto; L é a matriz de Leontief; e RD é o vetor dos

coeficientes diretos.

O multiplicador total da renda (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado pelo

aumento da demanda do setor j sobre renda total, obtido por:

LRR DDIR .

em que RDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido; RD é o vetor o vetor dos coeficientes

diretos; e L é a matriz de Leontief para o modelo fechado, em que a renda foi inserida como um

componente endógeno.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (RI) e induzidos (RR) é dada por

DIDIRDIDIRR

DDII

RRRRRR

RRR

6.2.7.3 Multiplicador do Emprego (E)

É definido como a mudança no emprego total resultante de uma mudança unitária na força

de trabalho empregada em dado setor produtivo e atua como um sinalizador da capacidade que o

setor tem de gerar empregos diretos e indiretos como resposta a um choque exógeno da demanda

final.

O multiplicador de emprego direto é dado por:

j

jDj VBP

eE

em que DjE é o multiplicador de emprego direto do setor j; ej é o número de empregados da atividade

j; e VBPj é o valor bruto da produção da atividade j.

O efeito direto e indireto e indireto da atividade j é obtido por:

117

DDI ELE .

em que DIjE é multiplicador de emprego direto e indireto; L é a matriz de Leontief; e ED é o vetor dos

coeficientes diretos.

O multiplicador total de emprego (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado

pelo aumento da demanda do setor j sobre o emprego total, obtido por:

LEE DDIR .

em que EDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido; ED é o vetor dos coeficientes diretos;

e L é a matriz de Leontief para o modelo fechado, em que a renda foi inserida como um

componente endógeno.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (EI) e induzidos (ER) é dada por

DIDIRDIDIRR

DDII

EEEEEE

EEE

6.2.7.4 Multiplicador do Lucro (Lu)

Representa o impacto direto e indireto no lucro a partir da injeção de uma unidade monetária

em qualquer uma das atividades produtivas.

O multiplicador de lucro direto é dado por:

j

jDj VBP

luLu

em que DjLu é o multiplicador de lucro direto do setor j; lui é o valor dos lucros da atividade j; e VBPj

é o valor bruto da produção da atividade j. O efeito direto e indireto e indireto da atividade j é obtido por:

DDI LuLLu .

em que LuDI= multiplicador de lucro direto e indireto; L é a matriz de Leontief; e LuD é o vetor dos

coeficientes diretos.

O multiplicador total do lucro (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado pelo

aumento da demanda do setor j sobre renda total, obtido por:

LLuLu DDIR .

em que LuDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido; LuD é o vetor dos coeficientes

diretos; e L é a matriz de Leontief para o modelo fechado, em que o lucro foi inserido como um

componente endógeno.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (RI) e induzidos (RR) é dada por

Page 100: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

100

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

117

DDI ELE .

em que DIjE é multiplicador de emprego direto e indireto; L é a matriz de Leontief; e ED é o vetor dos

coeficientes diretos.

O multiplicador total de emprego (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado

pelo aumento da demanda do setor j sobre o emprego total, obtido por:

LEE DDIR .

em que EDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido; ED é o vetor dos coeficientes diretos;

e L é a matriz de Leontief para o modelo fechado, em que a renda foi inserida como um

componente endógeno.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (EI) e induzidos (ER) é dada por

DIDIRDIDIRR

DDII

EEEEEE

EEE

6.2.7.4 Multiplicador do Lucro (Lu)

Representa o impacto direto e indireto no lucro a partir da injeção de uma unidade monetária

em qualquer uma das atividades produtivas.

O multiplicador de lucro direto é dado por:

j

jDj VBP

luLu

em que DjLu é o multiplicador de lucro direto do setor j; lui é o valor dos lucros da atividade j; e VBPj

é o valor bruto da produção da atividade j. O efeito direto e indireto e indireto da atividade j é obtido por:

DDI LuLLu .

em que LuDI= multiplicador de lucro direto e indireto; L é a matriz de Leontief; e LuD é o vetor dos

coeficientes diretos.

O multiplicador total do lucro (direto, indireto e induzido) fornece o impacto ocasionado pelo

aumento da demanda do setor j sobre renda total, obtido por:

LLuLu DDIR .

em que LuDIR é o vetor do multiplicador direto, indireto e induzido; LuD é o vetor dos coeficientes

diretos; e L é a matriz de Leontief para o modelo fechado, em que o lucro foi inserido como um

componente endógeno.

A parcela do multiplicador total aos efeitos indiretos (RI) e induzidos (RR) é dada por

118

DIDIRDIDIRR

DDII

LuLuLuLuLuLu

LuLuLu

6.2.8 Efeitos de interligação setorial

A análise do encadeamento ou das conexões comerciais realizadas entre os setores ou atividades econômicas do estado do Pará foi desenvolvida considerando os resultados dos efeitos de ligação para trás (backwardlinkages) e para frente (forwardlinkages) e calculados considerando a ideia do desenvolvimento por encadeamentos de Hisrchman (1961).

Esses índices possibilitam identificar os setores com maior poder de encadeamento dentro da economia paraense, ou seja, os setores importantes na estrutura produtiva do Estado em 2009, por conta da influência que exercem sobre os demais setores. Tais setores devem ser considerados estratégicos para o desenvolvimento do Estado e é imprescindível que o planejamento estadual leve em consideração essa informação no momento de orientar e estimular as ações públicas.

Segundo Feijo e Ramos (2003), o efeito de ligação para trás ou retrospectivo deve ser interpretado “como o aumento na produção do setor/atividade j quando há um aumento unitário em toda a demanda final”, enquanto o efeito para frente deve ser interpretado “como o aumento total na produção de todos os setores quando há um aumento unitário pela demanda final da atividade i”.

6.2.8.1 Matriz de efeitos para trás (Et)

Mede o grau de dependência de cada setor produtivo por insumos produzidos em outros setores em resposta às mudanças unitárias da demanda final

n

jj

j

j

B

nB

Et

1

6.2.8.2 Matriz de efeitos para frente (Ef)

Mede a capacidade de cada setor para atender às mudanças unitárias da demanda final

da economia

6.2.8 Efeitos de interligação setorial A análise do encadeamento ou das conexões comerciais realizadas entre os setores ou ati-vidades econômicas do estado do Pará foi desenvolvida considerando os resultados dos efeitos de ligação para trás (backwardlinkages) e para frente (forwardlinkages) e calculados considerando a ideia do desenvolvimento por encadeamentos de Hisrchman (1961). Esses índices possibilitam identificar os setores com maior poder de encadeamento dentro da economia paraense, ou seja, os setores importantes na estrutura produtiva do Estado em 2009, por conta da influência que exercem sobre os demais setores. Tais setores devem ser considerados estratégicos para o desenvolvimento do Estado e é imprescindível que o planejamento estadual leve em consideração essa informação no momento de orientar e estimular as ações públicas. Segundo Feijo e Ramos (2003), o efeito de ligação para trás ou retrospectivo deve ser in-terpretado “como o aumento na produção do setor/atividade j quando há um aumento unitário em toda a demanda final”, enquanto o efeito para frente deve ser interpretado “como o aumento total na produção de todos os setores quando há um aumento unitário pela demanda final da atividade i”.

6.2.8.1 Matriz de efeitos para trás (Et) Mede o grau de dependência de cada setor produtivo por insumos produzidos em outros se-tores em resposta às mudanças unitárias da demanda final

118

DIDIRDIDIRR

DDII

LuLuLuLuLuLu

LuLuLu

6.2.8 Efeitos de interligação setorial

A análise do encadeamento ou das conexões comerciais realizadas entre os setores ou atividades econômicas do estado do Pará foi desenvolvida considerando os resultados dos efeitos de ligação para trás (backwardlinkages) e para frente (forwardlinkages) e calculados considerando a ideia do desenvolvimento por encadeamentos de Hisrchman (1961).

Esses índices possibilitam identificar os setores com maior poder de encadeamento dentro da economia paraense, ou seja, os setores importantes na estrutura produtiva do Estado em 2009, por conta da influência que exercem sobre os demais setores. Tais setores devem ser considerados estratégicos para o desenvolvimento do Estado e é imprescindível que o planejamento estadual leve em consideração essa informação no momento de orientar e estimular as ações públicas.

Segundo Feijo e Ramos (2003), o efeito de ligação para trás ou retrospectivo deve ser interpretado “como o aumento na produção do setor/atividade j quando há um aumento unitário em toda a demanda final”, enquanto o efeito para frente deve ser interpretado “como o aumento total na produção de todos os setores quando há um aumento unitário pela demanda final da atividade i”.

6.2.8.1 Matriz de efeitos para trás (Et)

Mede o grau de dependência de cada setor produtivo por insumos produzidos em outros setores em resposta às mudanças unitárias da demanda final

n

jj

j

j

B

nB

Et

1

6.2.8.2 Matriz de efeitos para frente (Ef)

Mede a capacidade de cada setor para atender às mudanças unitárias da demanda final

da economia

6.2.8.2 Matriz de efeitos para frente (Ef) Mede a capacidade de cada setor para atender às mudanças unitárias da demanda final da economia

119

][

e][onde 1

21

ij

i

ijijn

ji

i

i

pP

Xx

pPIC

n

C

nC

Ef

6.3 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL

6.3.1 Estrutura da MCS

A MCS é uma expansão da MIP e das Contas Nacionais (Regionais) que demonstra o

fluxo circular de uma economia de mercado e representa a estrutura econômica vigente em

um determinado período de tempo, considerando a sua estrutura social e institucional.

Enquanto a MIP oferece informações detalhadas sobre o relacionamento entre os setores

econômicos, o valor adicionado (salários, lucros) pelo processo produtivo, impostos e

importações e os demandantes finais (famílias, governos, FBCF e a exportação), a MCS vai

além das relações de produção intersetorial e incorpora no modelo as ações realizadas pelos

agentes econômicos detentores dos fatores de produção e que receberam remunerações pela

realização de serviços e dos agentes institucionais que absorveram a produção.

O Quadro 3 apresenta a estrutura da MCS em que as contas são divididas em

endógenas e exógenas. Na primeira encontram-se as relações entre os setores produtivos por

conta da distribuição dos insumos intermediários (Ta); o gasto das instituições na compra de

produtos e serviços ofertados pelos setores produtivos (Tc); a distribuição da renda dentro e

entre grupos de consumidores, empresas e o governo (Ti); a absorção de renda do valor

adicionado pelas instituições famílias – renda e lucro – e pelo governo - impostos menos os

subsídios (Tr); e a estrutura do valor adicionado gerado pelos setores produtivos e alocado na

forma de salários e lucros (Tv).

Quadro 3 - Estrutura da Matriz de Contabilidade Social (MCS) de acordo com as suas contas endógenas e as contas exógenas.

MCS

Conta endógena Conta

exógena Receitas

Total

(Y) SetoresProdutivos Instituições Valor

Adicionado

Outras

contas

Atividade produtiva 1 Ta Tc 0 Xa Ya

Instituições 2 0 Ti Tr X1 Yi

Page 101: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

101

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

6.3 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL

6.3.1 Estrutura da MCS A MCS é uma expansão da MIP e das Contas Nacionais (Regionais) que demonstra o fluxo circular de uma economia de mercado e representa a estrutura econômica vigente em um determi-nado período de tempo, considerando a sua estrutura social e institucional. Enquanto a MIP oferece informações detalhadas sobre o relacionamento entre os setores econômicos, o valor adicionado (salários, lucros) pelo processo produtivo, impostos e importações e os demandantes finais (famí-lias, governos, FBCF e a exportação), a MCS vai além das relações de produção intersetorial e incorpora no modelo as ações realizadas pelos agentes econômicos detentores dos fatores de pro-dução e que receberam remunerações pela realização de serviços e dos agentes institucionais que absorveram a produção.O Quadro 3 apresenta a estrutura da MCS em que as contas são divididas em endógenas e exóge-nas. Na primeira encontram-se as relações entre os setores produtivos por conta da distribuição dos insumos intermediários (Ta); o gasto das instituições na compra de produtos e serviços ofertados pelos setores produtivos (Tc); a distribuição da renda dentro e entre grupos de consumidores, em-presas e o governo (Ti); a absorção de renda do valor adicionado pelas instituições famílias – renda e lucro – e pelo governo - impostos menos os subsídios (Tr); e a estrutura do valor adicionado gera-do pelos setores produtivos e alocado na forma de salários e lucros (Tv).

Quadro 3 - Estrutura da Matriz de Contabilidade Social (MCS) de acordo com as suas contas endógenas e as contas exógenas.

Fonte: retirado de Santana (2005)

As contas exógenas são formadas pelas exportações e importações realizadas pela econo-mia paraense, a partir das atividades produtivas e demandantes finais com o resto do Brasil e o resto do Mundo e o imposto líquido. A Figura 23 mostra o encadeamento endógeno do impacto de um estímulo exógeno dadas as atividades produtivas, uma vez que estas respondem a tal estímulo na seguinte sequência, confor-me Santana (1997): i) é gerado um nível de renda que vai remunerar os fatores produtivos (capital e trabalho) na forma de salários e lucros (bloco do valor adicionado); ii) essa renda ao ser repassada às instituições parte vai para poupança e a outra parte para o consumo e investimento nas ativida-des produtivas, que, em seguida, dão continuidade ao fluxo circular da renda.

119

][

e][onde 1

21

ij

i

ijijn

ji

i

i

pP

Xx

pPIC

n

C

nC

Ef

6.3 MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL

6.3.1 Estrutura da MCS

A MCS é uma expansão da MIP e das Contas Nacionais (Regionais) que demonstra o

fluxo circular de uma economia de mercado e representa a estrutura econômica vigente em

um determinado período de tempo, considerando a sua estrutura social e institucional.

Enquanto a MIP oferece informações detalhadas sobre o relacionamento entre os setores

econômicos, o valor adicionado (salários, lucros) pelo processo produtivo, impostos e

importações e os demandantes finais (famílias, governos, FBCF e a exportação), a MCS vai

além das relações de produção intersetorial e incorpora no modelo as ações realizadas pelos

agentes econômicos detentores dos fatores de produção e que receberam remunerações pela

realização de serviços e dos agentes institucionais que absorveram a produção.

O Quadro 3 apresenta a estrutura da MCS em que as contas são divididas em

endógenas e exógenas. Na primeira encontram-se as relações entre os setores produtivos por

conta da distribuição dos insumos intermediários (Ta); o gasto das instituições na compra de

produtos e serviços ofertados pelos setores produtivos (Tc); a distribuição da renda dentro e

Quadro 3 - Estrutura da Matriz de Contabilidade Social (MCS) de acordo com as suas contas endógenas e as contas exógenas.

MCS

Conta endógena Conta

exógena Receitas

Total

(Y) SetoresProdutivos Instituições Valor

Adicionado

Outras

contas

Atividade produtiva 1 Ta Tc 0 Xa Ya

Instituições 2 0 Ti Tr X1 Yi

Valor Adicionado 3 Tv 0 0 Xv Yv

Contas exógenas 4 Ea Ei Ev Z Yj

Despesa Total (Y) 5 Ya Yi Yv Yj Yt

Fonte: retirado de Santana (2005)

Page 102: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

102

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Figura 23- Representação do encadeamento endógeno mediante impacto dos estímulos exógenos

Fonte: retirado de Santana (2004)

120

As contas exógenas são formadas pelas exportações e importações realizadas pela

economia paraense, a partir das atividades produtivas e demandantes finais com o resto do

Brasil e o resto do Mundo e o imposto líquido.

A Figura 23 mostra o encadeamento endógeno do impacto de um estímulo exógeno

dadas as atividades produtivas, uma vez que estas respondem a tal estímulo na seguinte

sequência, conforme Santana (1997): i) é gerado um nível de renda que vai remunerar os

fatores produtivos (capital e trabalho) na forma de salários e lucros (bloco do valor

adicionado); ii) essa renda ao ser repassada às instituições parte vai para poupança e a outra

parte para o consumo e investimento nas atividades produtivas, que, em seguida, dão

continuidade ao fluxo circular da renda.

Figura 23 - Representação do encadeamento endógeno mediante impacto dos estímulos exógenos

Fonte: Retirado de SANTANA (2004)

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gerar valor adicionado determinar a distribuição de renda das

instituições estabelecer a estrutura de gasto em bens e serviços influenciar novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A MCS foi elaborada a partir das informações contidas na TRU e na MIP calculadas

pelo Fapespa. A escolha por desenvolver a MCS com apenas três setores se justifica pela

facilidade da leitura e entendimento da composição da matriz e da interpretação de como se

dá a interação entre as contas endógenas e exógenas, a partir de um choque de demanda sobre

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a atividade produtiva gerar valor adicionado determinar a distribuição de renda das instituições estabe-lecer a estrutura de gasto em bens e serviços

58

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

influenciar novamente as atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo. A MCS foi elaborada a partir das informações contidas na TRU e na MIP calculadas pelo Fapespa. A escolha por desenvolver a MCS com apenas três setores se justifica pela facilidade da leitura e entendimento da composição da matriz e da interpretação de como se dá a interação entre as contas endógenas e exógenas, a partir de um choque de demanda sobre os setores produtivos. O fechamento da matriz foi realizado conforme o indicado por Santana (1997 e 2005), considerando os pressupostos básicos exigidos para elaboração da MCS. A Matriz de proporções médias a gastar, apresentada no Quadro 3, foi obtida para cada um dos cinco blocos da MCS e calculada com base na seguinte formulação

58

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

58

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

58

Em síntese, um choque exógeno na economia local vai, inicialmente, influenciar a

atividade produtiva gera valor adicionado determina a distribuição de renda das

instituições estabelece a estrutura de gasto em bens e serviços influencia novamente as

atividades produtivas, em que se inicia um novo fluxo.

A Tabela 18 apresenta a MCS para o estado do Pará, estruturada para 12 produtos e 12

atividades, expressa em milhões de reais, e expandida com a inclusão da conta das instituições

(consumo das famílias e do governo e a formação bruta de capital fixo) e do valor adicionado,

(salários e lucros) o que possibilita avaliar o comportamento desses agregados diante de um

choque exógeno (impostos, exportação e importação).

De posse dessa estrutura foi possível calcular as matrizes necessárias para capturar os

impactos na economia paraense, resultante do incremento da demanda de determinado

produto de um setor/atividade que provocou mudanças na produção, na renda, no consumo,

no consumo de produtos importados, no recolhimento de impostos e no emprego, calculados a

partir dos multiplicadores para cada uma dessas variáveis. Na sequência, apresentam-se as

matrizes de efeito transferência, efeito cruzado, efeito circular e a de efeito global.

121

os setores produtivos. O fechamento da matriz foi realizado conforme o indicado por Santana

(1997 e 2005), considerando os pressupostos básicos exigidos para elaboração da MCS.

A Matriz de proporções médias a gastar, apresentada no Quadro 3, foi obtida para cada

um dos cinco blocos da MCS e calculada com base na seguinte formulação

ijiij TYA 1 .

Em termos práticos, os valores nas células de cada um dos blocos da Matriz A foram

obtidos a partir da relação entre o valor monetário despendido por cada um dos entes da conta

endógena (setores produtivos, as instituições e o valor adicionado) pelo valor total da

produção correspondente a cada um deles.

6.3.2 Determinação dos efeitos multiplicadores da MCS

De acordo com Santana (1994), para o cálculo dos efeitos se inicia a partir equação

básica de Leontief para a MIP.

YMY

YXAX

g ..A)-(IX

YA).X-(IYAX-X

,

1-

Em que Mg é a matriz de efeitos globais ou multiplicadores globais resultantes das

interações entre os diferentes efeitos, dado o impulso inicial. O cálculo dos efeitos requer que

a matriz A seja particionada em duas outras matrizes, conforme Pyatt e Round (1997 apud

SANTANA, 1994), a Matriz A=B+C, em que

000

0

31

2322

1211

AAA

AAA ,

0000000

22

11

AA

B e

0000

00

31

23

12

AA

AC , e foram

geradas a partir da matriz de propensão média a gastar apresentada no Quadro 3.

A partir da reformulação da matriz de propensão a gastar, chega-se ao resultado do

primeiro movimento interativo do processo, como apresentado a seguir:

Em termos práticos, os valores nas células de cada um dos blocos da Matriz A foram obtidos a partir da relação entre o valor monetário despendido por cada um dos entes da conta endógena (setores produtivos, as instituições e o valor adicionado) pelo valor total da produção corresponden-te a cada um deles.

6.3.2 Determinação dos efeitos multiplicadores da MCS De acordo com Santana (1994), para o cálculo dos efeitos se inicia a partir equação básica de Leontief para a MIP.

Page 103: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

103

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

121

os setores produtivos. O fechamento da matriz foi realizado conforme o indicado por Santana

(1997 e 2005), considerando os pressupostos básicos exigidos para elaboração da MCS.

A Matriz de proporções médias a gastar, apresentada no Quadro 3, foi obtida para cada

um dos cinco blocos da MCS e calculada com base na seguinte formulação

ijiij TYA 1 .

Em termos práticos, os valores nas células de cada um dos blocos da Matriz A foram

obtidos a partir da relação entre o valor monetário despendido por cada um dos entes da conta

endógena (setores produtivos, as instituições e o valor adicionado) pelo valor total da

produção correspondente a cada um deles.

6.3.2 Determinação dos efeitos multiplicadores da MCS

De acordo com Santana (1994), para o cálculo dos efeitos se inicia a partir equação

básica de Leontief para a MIP.

YMY

YXAX

g ..A)-(IX

YA).X-(IYAX-X

,

1-

Em que Mg é a matriz de efeitos globais ou multiplicadores globais resultantes das

interações entre os diferentes efeitos, dado o impulso inicial. O cálculo dos efeitos requer que

a matriz A seja particionada em duas outras matrizes, conforme Pyatt e Round (1997 apud

SANTANA, 1994), a Matriz A=B+C, em que

000

0

31

2322

1211

AAA

AAA ,

0000000

22

11

AA

B e

0000

00

31

23

12

AA

AC , e foram

geradas a partir da matriz de propensão média a gastar apresentada no Quadro 3.

A partir da reformulação da matriz de propensão a gastar, chega-se ao resultado do

primeiro movimento interativo do processo, como apresentado a seguir:

Em que Mg é a matriz de efeitos globais ou multiplicadores globais resultantes das interações entre os diferentes efeitos, dado o impulso inicial. O cálculo dos efeitos requer que a matriz A seja particionada em duas outras matrizes, conforme Pyatt e Round (1997 apud SANTANA, 1994), a Ma-triz A=B+C, em que

121

os setores produtivos. O fechamento da matriz foi realizado conforme o indicado por Santana

(1997 e 2005), considerando os pressupostos básicos exigidos para elaboração da MCS.

A Matriz de proporções médias a gastar, apresentada no Quadro 3, foi obtida para cada

um dos cinco blocos da MCS e calculada com base na seguinte formulação

ijiij TYA 1 .

Em termos práticos, os valores nas células de cada um dos blocos da Matriz A foram

obtidos a partir da relação entre o valor monetário despendido por cada um dos entes da conta

endógena (setores produtivos, as instituições e o valor adicionado) pelo valor total da

produção correspondente a cada um deles.

6.3.2 Determinação dos efeitos multiplicadores da MCS

De acordo com Santana (1994), para o cálculo dos efeitos se inicia a partir equação

básica de Leontief para a MIP.

YMY

YXAX

g ..A)-(IX

YA).X-(IYAX-X

,

1-

Em que Mg é a matriz de efeitos globais ou multiplicadores globais resultantes das

interações entre os diferentes efeitos, dado o impulso inicial. O cálculo dos efeitos requer que

a matriz A seja particionada em duas outras matrizes, conforme Pyatt e Round (1997 apud

SANTANA, 1994), a Matriz A=B+C, em que

000

0

31

2322

1211

AAA

AAA ,

0000000

22

11

AA

B e

0000

00

31

23

12

AA

AC , e foram

geradas a partir da matriz de propensão média a gastar apresentada no Quadro 3.

A partir da reformulação da matriz de propensão a gastar, chega-se ao resultado do

primeiro movimento interativo do processo, como apresentado a seguir:

e foram geradas a partir da matriz de propensão média a gastar apresentada no Quadro 3. A partir da reformulação da matriz de propensão a gastar, chega-se ao resultado do primeiro movimento interativo do processo, como apresentado a seguir:

A partir da equação , Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D e substituindo o valor encontrado por DX na equação acima se obtêm a segunda interação Os coeficientes dessa matriz representam a parcela do multiplicador de impacto global, que resulta da interação entre os setores produtivos, as instituições e o valor adicionado. Segundo San-tana (2005), os resultados da Matriz de efeitos cruzados podem ser entendidos como transborda-mentos diretos e indiretos originados nos setores produtivos quando estes geram seu o valor adicio-nado, que é apropriado pelos agentes institucionais (famílias e governo) levando em consideração a distribuição desse recurso realizada pelos agentes na forma de gastos na compra de insumos e produtos obedecendo a uma estrutura produtiva vigente.

Com base na equação, Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D2 e substituindo o valor encontrado D2X na equação acima, obtém-se a segunda interação

121

os setores produtivos. O fechamento da matriz foi realizado conforme o indicado por Santana

(1997 e 2005), considerando os pressupostos básicos exigidos para elaboração da MCS.

A Matriz de proporções médias a gastar, apresentada no Quadro 3, foi obtida para cada

um dos cinco blocos da MCS e calculada com base na seguinte formulação

ijiij TYA 1 .

Em termos práticos, os valores nas células de cada um dos blocos da Matriz A foram

obtidos a partir da relação entre o valor monetário despendido por cada um dos entes da conta

endógena (setores produtivos, as instituições e o valor adicionado) pelo valor total da

produção correspondente a cada um deles.

6.3.2 Determinação dos efeitos multiplicadores da MCS

De acordo com Santana (1994), para o cálculo dos efeitos se inicia a partir equação

básica de Leontief para a MIP.

YMY

YXAX

g ..A)-(IX

YA).X-(IYAX-X

,

1-

Em que Mg é a matriz de efeitos globais ou multiplicadores globais resultantes das

interações entre os diferentes efeitos, dado o impulso inicial. O cálculo dos efeitos requer que

a matriz A seja particionada em duas outras matrizes, conforme Pyatt e Round (1997 apud

SANTANA, 1994), a Matriz A=B+C, em que

000

0

31

2322

1211

AAA

AAA ,

0000000

22

11

AA

B e

0000

00

31

23

12

AA

AC , e foram

geradas a partir da matriz de propensão média a gastar apresentada no Quadro 3.

A partir da reformulação da matriz de propensão a gastar, chega-se ao resultado do

primeiro movimento interativo do processo, como apresentado a seguir:

.B)-(IDXX

round. primeiro o representa que .CMDou ,).(B)-(I fazendo.B)-(IB).X-.(AB)-(IX

YBX B).X-(AX B).X-B(A X

,

1-a1

1-

1-1-

Y

DBAY

YYXAX

122

A partir da equação .YB)-(IDXX -1 ,

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D e

substituindo o valor encontrado por DX na equação acima se obtêm a segunda interação

.YB)D)(I(IXDX 12

Os coeficientes dessa matriz representam a parcela do multiplicador de impacto

global, que resulta da interação entre os setores produtivos, as instituições e o valor

adicionado. Segundo Santana (2005), os resultados da Matriz de efeitos cruzados podem ser

entendidos como transbordamentos diretos e indiretos originados nos setores produtivos

quando estes geram seu o valor adicionado, que é apropriado pelos agentes institucionais

(famílias e governo) levando em consideração a distribuição desse recurso realizada pelos

agentes na forma de gastos na compra de insumos e produtos obedecendo a uma estrutura

produtiva vigente.

Com base na equação,

.Y))((XX 12 BIDID

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D2 e

substituindo o valor encontrado D2X na equação acima, obtém-se a segunda interação

.Y)]([][X 1213 BIDDIDI

Este é o terceiro movimento interativo, cujo resultado é apresentado no Quadro 8.

Esses resultados mostram o incremento nos coeficientes da matriz de Leontief de impactos

setoriais derivados das transações comerciais, não captados pela MIP. O fluxo lógico da MCS

neste caso indica que a renda excedente àquela aplicada na compra de insumos da própria

atividade é gasta seguindo outros fluxos de dispêndios, via efeito circular, que levará à

criação de uma demanda extra sobre produtos dos três setores de atividade.

Para capturar os efeitos globais, levam-se em consideração os efeitos diretos e

indiretos resultantes da interação entre os setores com os agentes a montante e a jusante da

cadeia produtiva, que a economia regional produz para atender a mudanças unitárias das

demandas exógenas por produtos e serviços da atividade produtiva realizada no território

paraense.

122

A partir da equação .YB)-(IDXX -1 ,

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D e

substituindo o valor encontrado por DX na equação acima se obtêm a segunda interação

.YB)D)(I(IXDX 12

Os coeficientes dessa matriz representam a parcela do multiplicador de impacto

global, que resulta da interação entre os setores produtivos, as instituições e o valor

adicionado. Segundo Santana (2005), os resultados da Matriz de efeitos cruzados podem ser

entendidos como transbordamentos diretos e indiretos originados nos setores produtivos

quando estes geram seu o valor adicionado, que é apropriado pelos agentes institucionais

(famílias e governo) levando em consideração a distribuição desse recurso realizada pelos

agentes na forma de gastos na compra de insumos e produtos obedecendo a uma estrutura

produtiva vigente.

Com base na equação,

.Y))((XX 12 BIDID

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D2 e

substituindo o valor encontrado D2X na equação acima, obtém-se a segunda interação

.Y)]([][X 1213 BIDDIDI

Este é o terceiro movimento interativo, cujo resultado é apresentado no Quadro 8.

Esses resultados mostram o incremento nos coeficientes da matriz de Leontief de impactos

setoriais derivados das transações comerciais, não captados pela MIP. O fluxo lógico da MCS

neste caso indica que a renda excedente àquela aplicada na compra de insumos da própria

atividade é gasta seguindo outros fluxos de dispêndios, via efeito circular, que levará à

criação de uma demanda extra sobre produtos dos três setores de atividade.

Para capturar os efeitos globais, levam-se em consideração os efeitos diretos e

indiretos resultantes da interação entre os setores com os agentes a montante e a jusante da

cadeia produtiva, que a economia regional produz para atender a mudanças unitárias das

demandas exógenas por produtos e serviços da atividade produtiva realizada no território

paraense.

122

A partir da equação .YB)-(IDXX -1 ,

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D e

substituindo o valor encontrado por DX na equação acima se obtêm a segunda interação

.YB)D)(I(IXDX 12

Os coeficientes dessa matriz representam a parcela do multiplicador de impacto

global, que resulta da interação entre os setores produtivos, as instituições e o valor

adicionado. Segundo Santana (2005), os resultados da Matriz de efeitos cruzados podem ser

entendidos como transbordamentos diretos e indiretos originados nos setores produtivos

quando estes geram seu o valor adicionado, que é apropriado pelos agentes institucionais

(famílias e governo) levando em consideração a distribuição desse recurso realizada pelos

agentes na forma de gastos na compra de insumos e produtos obedecendo a uma estrutura

produtiva vigente.

Com base na equação,

.Y))((XX 12 BIDID

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D2 e

substituindo o valor encontrado D2X na equação acima, obtém-se a segunda interação

.Y)]([][X 1213 BIDDIDI

Este é o terceiro movimento interativo, cujo resultado é apresentado no Quadro 8.

Esses resultados mostram o incremento nos coeficientes da matriz de Leontief de impactos

setoriais derivados das transações comerciais, não captados pela MIP. O fluxo lógico da MCS

neste caso indica que a renda excedente àquela aplicada na compra de insumos da própria

atividade é gasta seguindo outros fluxos de dispêndios, via efeito circular, que levará à

criação de uma demanda extra sobre produtos dos três setores de atividade.

Para capturar os efeitos globais, levam-se em consideração os efeitos diretos e

indiretos resultantes da interação entre os setores com os agentes a montante e a jusante da

cadeia produtiva, que a economia regional produz para atender a mudanças unitárias das

demandas exógenas por produtos e serviços da atividade produtiva realizada no território

paraense.

122

A partir da equação .YB)-(IDXX -1 ,

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D e

substituindo o valor encontrado por DX na equação acima se obtêm a segunda interação

.YB)D)(I(IXDX 12

Os coeficientes dessa matriz representam a parcela do multiplicador de impacto

global, que resulta da interação entre os setores produtivos, as instituições e o valor

adicionado. Segundo Santana (2005), os resultados da Matriz de efeitos cruzados podem ser

entendidos como transbordamentos diretos e indiretos originados nos setores produtivos

quando estes geram seu o valor adicionado, que é apropriado pelos agentes institucionais

(famílias e governo) levando em consideração a distribuição desse recurso realizada pelos

agentes na forma de gastos na compra de insumos e produtos obedecendo a uma estrutura

produtiva vigente.

Com base na equação,

.Y))((XX 12 BIDID

Multiplicando-se o resultado obtido na equação do primeiro round por D2 e

substituindo o valor encontrado D2X na equação acima, obtém-se a segunda interação

.Y)]([][X 1213 BIDDIDI

Este é o terceiro movimento interativo, cujo resultado é apresentado no Quadro 8.

Esses resultados mostram o incremento nos coeficientes da matriz de Leontief de impactos

setoriais derivados das transações comerciais, não captados pela MIP. O fluxo lógico da MCS

neste caso indica que a renda excedente àquela aplicada na compra de insumos da própria

atividade é gasta seguindo outros fluxos de dispêndios, via efeito circular, que levará à

criação de uma demanda extra sobre produtos dos três setores de atividade.

Para capturar os efeitos globais, levam-se em consideração os efeitos diretos e

indiretos resultantes da interação entre os setores com os agentes a montante e a jusante da

cadeia produtiva, que a economia regional produz para atender a mudanças unitárias das

demandas exógenas por produtos e serviços da atividade produtiva realizada no território

paraense.

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104

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Este é o terceiro movimento interativo, cujo resultado é apresentado no Quadro 8. Esses resultados mostram o incremento nos coeficientes da matriz de Leontief de impactos setoriais deri-vados das transações comerciais, não captados pela MIP. O fluxo lógico da MCS neste caso indica que a renda excedente àquela aplicada na compra de insumos da própria atividade é gasta seguindo outros fluxos de dispêndios, via efeito circular, que levará à criação de uma demanda extra sobre produtos dos três setores de atividade. Para capturar os efeitos globais, levam-se em consideração os efeitos diretos e indiretos re-sultantes da interação entre os setores com os agentes a montante e a jusante da cadeia produtiva, que a economia regional produz para atender a mudanças unitárias das demandas exógenas por produtos e serviços da atividade produtiva realizada no território paraense.

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105

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

7 CONCLUSÃO

Neste relatório os resultados e as análises provenientes da TRU, MIP e MCS para economia paraense possibilitaram entender a estrutura produtiva do Estado, de forma a visualizar a composi-ção das estruturas de custo dos setores e com isso mostrar a dependência existentes entre eles, de modo a configurar os fluxos de produção e consumo presentes na economia estadual. Neste relatório de pesquisa, apresenta-se de forma pioneira a construção de três instrumen-tos de planejamento e análise do desempenho socioeconômico da economia paraense: TRU, MIP e MCS. Estas metodologias representam o retrato da economia com todas suas relações intersetoriais de forma endógena, bem como suas articulações com as demais Unidades da Federações e com as economias internacionais. As análises apresentadas mostraram o grau de articulação entre os elos das cadeias seto-riais e o poder de impulsionar toda economia a partir de mudanças específicas e gerais na demanda final. Além dos multiplicadores econômicos tradicionais, mostrou-se a decomposição de cada efeito transferência, cruzado e circular. A análise avançou ainda mais para mostrar o grau de associação entre os multiplicadores, como forma de adequar os instrumentos de políticas públicas com vistas a incrementar simultanea-mente o produto, renda e emprego por meio das atividades-chave da economia paraense. Com isto, os resultados contidos neste relatório permitem não apenas oferecer uma visão clara e objetiva da economia paraense, cuja abrangência e detalhamento nunca foi apresentada até então. Por tanto, possibilita observar os vises das orientações de políticas públicas, mostrar os ca-minhos para se otimizar o desenvolvimento socioeconômico e os canis que produzem os mais fortes impactos na economia paraense de forma sustentável. Os resultados da MCS contribuem para o refinamento das análises do fluxo circular da renda, por conta da expansão feita via o Valor adicionado e as Instituições, o que possibilita a realização de simulações sobre os efeitos de um choque exógeno na demanda por um determinado produto sobre a produção, a renda e o nível de emprego. Os resultados da MIP e dos efeitos diretos e indiretos, a partir da matriz de Leontief, mos-tram que os setores-chave da economia paraense, para o ano de 2009, foram os da indústria de alimentos e bebidas; metalurgia de metais não-ferrosos, material eletrônico e equipamentos de comunicações; móveis e produtos das indústrias diversas; produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; comércio e serviços de manutenção e reparação; e serviços prestados as empresas. A principal característica desses setores é apresentar forte encadeamento a montante e a ju-sante das cadeias de produtos/setores, que é um fator preponderante para configuração de Arranjos Produtivos Locais, uma vez que ocorre um conjunto de transações das empresas com seus forne-cedores e clientes, o que possibilita a transferência de informações e a geração de conhecimento capaz de promover a inovação e produzir mudanças ao desempenho competitivo das empresas. O governo estadual, conjuntamente com os governos federal e municipal, tem papel funda-mental na promoção das políticas para estruturar arranjos produtivos, por meio de ações coletivas que

Page 106: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

106

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

gerem sinergia e resultem no desenvolvimento sustentável dos diferentes arranjos produtivos e suas empresas, bem como dos territórios em que os arranjos e cadeias estão presentes. O aprimoramento dos sistemas de governança presentes nas cadeias tem elevada impor-tância para reduzir a assimetria de informação, os comportamentos oportunistas e a incerteza das transações, o que ajuda otimizar o desempenho competitivo das cadeias setoriais via redução dos custos de transação. Para a análise dos impactos via multiplicadores de produto, renda e emprego, os resultados mostram que o impacto da produção e da geração de empregos permitiu identificar as seguintes atividades-chave: serviços de informação, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, es-goto e limpeza urbana; e intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. Da interação dos multiplicadores de impacto do produto com a renda, as atividades que se des-tacaram, ou setores-chave, foram: indústria de transformação; da produção e distribuição de eletricida-de e gás, água, esgoto e limpeza urbana; e dos serviços de informação. A relação entre o indicador de impacto da renda e o impacto de emprego mostrou que os setores-chave são: indústria extrativa; serviços de informações e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. A partir desses resultados, novos estudos podem ser desenvolvidos com destaque para aque- les em que os efeitos para trás e para frente são superiores à unidade e apresentam forte potencial para estimular a formação ou a expansão das cadeias produtivas uma vez que são identificadas as conexões mais fortes e as mais fracas que necessitam da ação direta ou indireta do poder público via políticas públicas, que agem no campo da concertação ou no estímulo do estabelecimento de uma governança As matrizes com 12 produtos e 12 setores para TRU, MIP e MCS estão disponíveis no site www.fapespa.pa.gov.br para que técnicos, soceidade e academia e a população em geral possam acessar e fazer uso deste conjunto de informações, estudos setoriais e de cadeias produtivas dos principais produtos fazem parte do conjunto de produtos em elaboração pelos técnicos da Fapespa e que serão apresentados depois.

Page 107: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

107

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

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Page 108: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

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Page 110: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

110

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

GLOSSÁRIO

Atividade econômica: conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produ-zido, classificado conforme sua produção principal. Consumo intermediário: bens e serviços utilizados como insumo (matérias-primas) no pro-cesso de produção. Consumo final efetivo das administrações públicas: despesas efetuadas com serviços coletivos. Consumo final efetivo das famílias: despesas de consumo das famílias mais o consumo realizado por transferências sociais em espécie das unidades das administrações públicas ou insti-tuições sem fins lucrativos a serviço das famílias. Contribuições sociais efetivas a cargo dos empregadores: pagamento por conta do em-pregador e em nome de seus empregados aos institutos oficiais de previdência, aos regimes pró-prios de previdência, às entidades de previdência privada, ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser-viço – FGTS, ao Programa de Integração Social – PIS e ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP. Contribuições sociais imputadas dos empregadores: diferença entre os benefícios pagos pelas administrações públicas diretamente aos seus servidores (beneficiários do Plano de Seguri-dade Social do Servidor – PSS) sob a forma de aposentadorias, pensões etc. e as contribuições recebidas sob a forma de PSS, pensão militar, montepio civil etc. Deflator: variação média dos preços do período em relação à média dos preços do pe-ríodo anterior. Despesas de consumo final da administração pública: despesas com serviços individuais e coletivos prestados gratuitamente, total ou parcialmente, pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), deduzindo-se os pagamentos parciais (entradas de museus, matrículas etc.) efetuados pelas famílias. São valorados ao custo de sua produção. Despesas de consumo final das famílias: despesas com bens e serviços realizadas pelas famílias. Excedente operacional bruto: saldo resultante do valor adicionado deduzido das remunera-ções pagas aos empregados, do rendimento misto e dos impostos líquidos de subsídios incidentes sobre a produção. Exportação para o Resto do Brasil ou interestadual de bens e serviços: bens e serviços exportados para outras unidades da federação brasileira. Exportação para o Resto do Mundo ou internacional de bens e serviços: bens e serviços exportados pelo Pará para fora do Brasil avaliados a preços FOB, ou seja, incluindo somente o custo de comercialização interna até o porto de saída de mercadorias. Formação bruta de capital fixo: acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso das unidades produtivas, realizado a cada ano, visando ao aumento da capacidade produtiva do país. Importação para o Resto do Brasil ou interestadual de bens e serviços: bens e serviços adquiridos de outras unidades da federação brasileira. Importação para o Resto do Mundo ou internacional de bens e serviços: bens e serviços

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MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

adquiridos pelo Pará oriundos de fora do Brasil, valorados a preços CIF, ou seja, incluindo no preço das mercadorias os custos com seguro e frete. Imposto sobre a produção e de importação: impostos, taxas e contribuições pagos pelas unidades de produção e que incidem sobre a produção, a comercialização, a importação e a expor-tação de bens e serviços e sobre a utilização de fatores de produção. Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos: impostos, taxas e contribuições que in-cidem sobre bens e serviços quando produzidos ou importados, distribuídos, vendidos, transferidos ou de outra forma postos à disposição pelos seus proprietários. Margem de comércio: um dos elementos somados ao preço básico para o cálculo do preço de consumidor de um bem. Ela é calculada a partir do valor de vendas do comércio, descontando as despesas com bens adquiridos para revenda e somando a variação de estoques do comércio. Margem de transporte: um dos elementos somados ao preço básico para cálculo do preço de consumidor de um bem. Ela representa o custo de transporte, faturado explicitamente, pago pelo comprador no momento da aquisição. Ocupações: medida do fator trabalho utilizada pelas atividades produtivas, equivalente aos postos de trabalho. Outros impostos sobre a produção: impostos, taxas e contribuições que incidem sobre o emprego de mão de obra e o exercício de determinadas atividades ou operações. Preços de consumidor: preços pagos efetivamente para se adquirir um bem ou serviço. Incluem impostos e margens de transporte e de comercialização. Preços básicos: preços recebidos efetivamente pelos produtores. Não incluem impostos e margens de transporte e de comercialização. Produto Interno Bruto: total de bens e serviços produzidos pelas unidades produtivas resi-dentes. São, portanto, a soma dos valores adicionados pelos diversos setores líquidos de subsídios sobre produtos não incluídos na valoração da produção. Por outro lado, o produto interno bruto é igual à soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preços de mercado, ao mesmo tempo em que é também igual à soma das rendas primárias. Pode, portanto, ser expresso por três óticas: a) do lado da produção, o produto interno bruto é igual ao valor da produção menos o consu-mo intermediário, mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor de produção; b) do lado da demanda, o produto interno bruto é igual à despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e servi-ços, menos as importações de bens e serviços; c) do lado da renda, o produto interno bruto é igual à remuneração dos empregados mais o total de impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto. Remuneração dos empregados: despesas efetuadas pelos empregadores (salários mais contribuições sociais) com seus empregados em contrapartida ao trabalho realizado.Rendimento misto: remuneração recebida pelos proprietários de empresas não constituídas (autô-nomos) que não pode ser identificada separadamente entre capital e trabalho. Salários e ordenados: pagamento recebido em contrapartida do trabalho, em moeda ou em mercadorias.

Page 112: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

112

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

Subsídios à produção: transferências correntes sem contrapartida das administrações pú-blicas destinadas a influenciar os níveis de produção, os preços dos produtos ou a remuneração das unidades institucionais envolvidas no processo produtivo. São feitas de modo a permitir que o con-sumidor dos respectivos produtos ou serviços seja beneficiado por preços inferiores aos que seriam fixados no mercado na ausência de subsídios. Território econômico: Território geográfico dentro do qual circulam livremente pessoas, bens e capitais. Unidade residente: Unidade que mantém o centro de interesse econômico no território eco-nômico, realizando, sem caráter temporário, atividades econômicas nesse território. Valor adicionado bruto: valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, ob-tida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. Variação de estoques: diferença entre os valores dos estoques de mercadorias finais, de produtos semimanufaturados, bens em processo de fabricação e matérias primas dos setores pro-dutivos no início e no final do ano, avaliados aos preços médios correntes do período.

Page 113: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

113

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

ANEXO A

Classificação das Atividades e produtos participantes da TRU segundo o Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) versão 2.0 - Estado do Pará, 2009 / 40 atividades e 73 produtos

Tabela XX - Atividades e produtos participantes da TRU, estado do Pará, 2009

Continua.......

ANEXO A - Classificação das Atividades e produtos participantes da TRU segundo o Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) versão 2.0 - Estado do Pará, 2009 / 40 atividades e 73 produtos

Tabela XX – Atividades e produtos participantes da TRU, estado do Pará, 2009 40 atividades e 73 produtos (continua)

Atividade Produtos

Agricultura e Silvicultura Cereais em grãos Cana-de-açúcar Soja em grão Mandioca Outros produtos e serviços da lavoura temporária Frutas cítricas Café em grão Dendê Cacau Açaí Outros produtos e serviços da lavoura permanente Produtos da exploração florestal e da silvicultura

Pecuária e Pesca Bovinos e outros animais vivos

Leite de vaca e de outros animais vivos Suínos vivos

Aves vivas e ovos de galinha e de outras aves Pesca e aquicultura Indústria extrativa Carvão mineral Petróleo e gás natural Minério de ferro Minerais metálicos não-ferrosos Minerais não-metálicos Alimentos e Bebidas Produtos alimentícios Frigoríficos, abate e preparação de carne

Preparação do leite e fabricação de produtos de laticínios

Bebidas

Fumo Produtos do fumo Textil, Vestuário e Couros Produtos têxteis Artigos do vestuário e acessórios Artefatos de couro e calçados

Madeira Produtos de madeira - exclusive móveis

Celulose Celulose e produtos de papel

Jornais, Revistas e Discos Jornais, revistas, discos e outros produtos gravados

Refino Produtos do refino de petróleo e coque

Álcool Álcool Fonte: IBGE

Page 114: Medidas da Atividade Econômica no Estado do Pará

114

MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO PARÁ

....continuação

Fonte: IBGE

Tabela XX – Atividades e produtos participantes da TRU, estado do Pará, 2009 40 atividades e 73 produtos (conclusão)

Atividade Produtos Produtos Químicos Produtos químicos Fabricação de resina e elastômeros Produtos farmacêuticos Defensivos agrícolas Perfumaria, sabões e artigos de limpeza Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Produtos e preparados químicos diversos Borracha e Plásticos Artigos de borracha e de plástico Cimento e Outros não Metálicos Cimento Outros produtos de minerais não-metálicos Aço e Derivados Produtos de aço e seus derivados Metalurgia dos não Ferrosos Produtos da metalurgia de metais não-ferrosos Metal Produtos de metal - exclusive máquinas e

equipamento Maquinas e Equipamentos e Manutenção Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Eletrodomésticos Eletrodomésticos

Maq. P/ Escritórios e Equip. Informática Máquinas para escritório e equipamentos de informática Materiais Elétricos Máquinas, aparelhos e materiais elétricos

Eletrônico e Comunicação Material eletrônico e equipamentos de comunicações Médico Hospitalar Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Automóveis Automóveis, camionetas e utilitários

Caminhões e Ônibus Caminhões e ônibus Peças p/ Veículos Peças e acessórios para veículos automotores Outros Equip. de Transporte Outros equipamentos de transporte Móveis e Ind. Diversas. Móveis e produtos das indústrias diversas Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana.

Produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana

Construção civil. Construção civil Comércio e serviços de manutenção e reparação. Comércio Serviços de manutenção e reparação Serviços de Alojamento e Alimentação Serviços de alojamento e alimentação Transporte, armazenagem e correio. Transportes, armazenagem e correio Serviços de informação Serviços de informação Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados.

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

Serviços Prestados as Empresas Serviços prestados às empresas Atividades imobiliárias e aluguéis Atividades imobiliárias e aluguéis Administração, saúde e educação públicas e seguridade social.

Serviço púbico e seguridade social, saúde e educação pública

Serviços prestados as Famílias e Associativa Serviços prestados às famílias e associativas Outros serviços Saúde e educação mercantis Serviços Domésticos

Fonte:IBGE