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MEDIDAS DE COMPRIMENTO: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO POR

MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Autora: Marlene Schotten1

Orientador: Bruno Rodrigo Teixeira2

RESUMO

O presente artigo relata uma experiência de ensino do conteúdo Medidas de Comprimento em que se fez uso da tendência metodológica Resolução de Problemas. Esta experiência foi desenvolvida com alunos de uma turma de 6º ano, com o objetivo de proporcionar-lhes a resolução de problemas como ponto de partida para a sistematização das unidades de medidas de comprimento. No decorrer dos trabalhos os alunos apresentaram iniciativa, desenvolvimento de estratégias de resolução, confiança ao desenvolver os cálculos, envolvimento no trabalho em grupo, favorecendo a troca de ideias na busca das soluções para os problemas. Diante dos resultados obtidos consideramos que a Resolução de Problemas pode contribuir para a sistematização de conteúdos matemáticos como as medidas de comprimento.

Palavras-chave: Educação Matemática. Tendências Metodológicas. Resolução de Problemas.

Medidas de Comprimento.

1 INTRODUÇÃO

Atuando ao longo de vários anos como professora de Matemática na

Educação Básica, pude3 constatar que a introdução de um conteúdo matemático de

modo tradicional nem sempre despertava o interesse dos alunos para estudá-lo, o

que acabava contribuindo para aumentar a defasagem que muitos deles possuíam

em conhecimentos básicos de Matemática, essenciais tanto para novas

aprendizagens da própria Matemática como também para interpretação de situações

do cotidiano e de outras áreas do conhecimento.

Podemos tomar como exemplo, as medidas de comprimento. Geralmente,

observo durante as aulas, que grande parte dos alunos apresenta dificuldades em

1 Professora de Matemática. Graduação em Ciências com Habilitação Plena em Matemática,

Especialização em Educação Matemática e Gestão Escolar. Professora – PDE 2012. 2 Doutor em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina.

Professor do Departamento de Matemática da Universidade Estadual de Londrina. 3 Neste caso e em outros momentos no artigo, o verbo está na primeira pessoa para apresentar

aspectos da trajetória profissional da primeira autora.

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interpretá-las e fazer a conversão de unidades quando necessária para o

desenvolvimento de questões em análise.

A aprendizagem das medidas de comprimento tem importância, entre outros

aspectos, “para descrever e comparar fenômenos” (BRASIL, 1998, p.69), além de

serem úteis na prática do dia-a-dia, como na compra de um tecido, encanamentos e

fios elétricos.

[...] como as medidas quantificam grandezas do mundo físico e são essenciais para a interpretação deste, as possibilidades de integração com as outras áreas são bastante claras, como Ciências Naturais (utilização de bússolas, e noções de densidade, velocidade, temperatura, entre outras) e Geografia (utilização de escalas, coordenadas geográficas, mapas, etc.). (BRASIL, 1998, p. 128).

Em virtude disso, na busca de trabalhar as dificuldades encontradas por

alguns alunos em relação a esse conteúdo matemático, que, dependendo de como

for abordado, aparentemente não tem muito significado para eles, nos propusemos a

sistematizar o conteúdo Medidas de Comprimento com alunos de uma turma de 6º

ano utilizando a Resolução de Problemas como estratégia de ensino.

De acordo com Huanca (2008, p. 4):

O ensino de Matemática através da Resolução de Problemas é importante. Ele nos oferece uma experiência em profundidade, uma oportunidade de conhecer e delinear as dificuldades, de conhecer as capacidades e limitações do conhecimento matemático que os estudantes possuem. O ensino através da Resolução de Problemas coloca ênfase nos processos de pensamento, de aprendizagem e trabalha os conteúdos matemáticos, cujo valor não se deve deixar de lado.

O trabalho com os alunos em sala de aula foi conduzido com base na

perspectiva defendida por Onuchic e Allevato (2009):

[...] onde um problema é ponto de partida e orientação para a aprendizagem, e a construção do conhecimento far-se-á através de sua resolução. Professor e alunos, juntos, desenvolvem esse trabalho, e a aprendizagem realiza-se de modo cooperativo e colaborativo em sala de aula (p.97).

Assim, em nosso trabalho foram usados problemas como ponto de partida

para a sistematização do conteúdo Medidas de Comprimento, por meio dos quais,

os alunos tiveram a oportunidade de perceber a presença e a importância destes

conteúdos, no entendimento e interpretação de diferentes situações com as quais

podem se deparar em seu cotidiano. O relato do trabalho desenvolvido com eles

será apresentado neste artigo.

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2 ASPECTOS TEÓRICOS

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº

9.394/96), artigo 22, a educação básica “tem por finalidades desenvolver o

educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da

cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Assim, espera-se que a disciplina de Matemática no Ensino Fundamental consiga

proporcionar ao aluno um conhecimento científico de forma que o mesmo possa

aplicá-lo em situações cotidianas, ingressar no mercado de trabalho e que sirva

também, como base para prosseguir em seus estudos.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais um dos objetivos do Ensino

Fundamental é que os alunos sejam capazes de:

[...] questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação (BRASIL, 1998, p.8).

Assim, de acordo com alguns objetivos apresentados em documentos como

os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei nº 9.394/96), a educação básica deve ser capaz de preparar o

educando para que ele tenha condições de interpretar e analisar o meio em que está

inserido, agindo criticamente sobre o mesmo. Isto torna cada vez mais difícil para os

professores impulsionarem processos de ensino e de aprendizagem, capazes de

satisfazer tais expectativas, baseando-se apenas em aulas seguindo o modelo

tradicional de ensino, em que o aluno atua apenas como um sujeito passivo durante

os processos de ensino e de aprendizagem, e na disciplina de Matemática isso não

é diferente.

Segundo Allevato e Onuchic (2009, p. 9 -10):

A matemática sempre desempenhou um papel importante na sociedade. Esse papel é hoje mais significativo e, possivelmente, será mais ainda no futuro. As pessoas nem sempre pensam matematicamente e tampouco percebem que, se o fizessem, poderiam tomar melhores decisões. A falta dessa percepção pode ser uma falha tanto da matemática que ensinamos quanto do modo como a ensinamos.

Portanto, para um ensino capaz de formar um aluno para agir diante das

necessidades atuais, é importante repensar a maneira que estamos ensinando a

Matemática, buscando estratégias de ensino que proporcionem a aprendizagem de

conceitos matemáticos com mais significado para o aluno.

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Discussões no campo da Educação Matemática no Brasil e no mundo mostram a necessidade de se adequar o trabalho escolar às novas tendências que podem levar a melhores formas de se ensinar e aprender matemática. (ONUCHIC; ALLEVATO, 2005, p.215).

Uma das tendências metodológicas atualmente indicadas para o ensino e a

aprendizagem de Matemática é a Resolução de Problemas (PARANÁ, 2008).

Até pouco tempo a Resolução de Problemas era comumente utilizada apenas

para aplicação de conteúdos já trabalhados, como fechamento do assunto estudado,

para em seguida, introduzir um conteúdo novo. Hoje, tem-se discutido de forma mais

intensa, a Resolução de Problemas como um ponto de partida para a aprendizagem

de conceitos matemáticos. Nesse sentido, “o ensino-aprendizagem de um tópico

matemático começa com um problema que expressa aspectos-chave desse tópico e

técnicas matemáticas devem ser desenvolvidas na busca de respostas razoáveis ao

problema dado” (ALLEVATO; ONUCHIC, 2009, p. 9).

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), a Resolução de

Problemas, como eixo organizador dos processos de ensino e de aprendizagem de

Matemática, pode ser resumida nos seguintes princípios:

a situação-problema é o ponto de partida da atividade matemática e não a definição. No processo de ensino e aprendizagem, conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados mediante a exploração de problemas, ou seja, de situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-las;

o problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o enunciado da questão que lhe é posta e a estruturar a situação que lhe é apresentada;

aproximações sucessivas de um conceito são construídas para resolver um certo tipo de problema; num outro momento, o aluno utiliza o que aprendeu para resolver outros, o que exige transferências, retificações, rupturas, segundo um processo análogo ao que se pode observar na História da Matemática;

um conceito matemático se constrói articulado com outros conceitos, por meio de uma série de retificações e generalizações. Assim, pode-se afirmar que o aluno constrói um campo de conceitos que toma sentido num campo de problemas, e não um conceito isolado em resposta a um problema particular;

a resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem, mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se pode apreender conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas. (BRASIL, 1998, p.40-41).

Experiências realizadas com a utilização da Resolução de Problemas (ZUFFI,

2005; ONUCHIC; ALLEVATO, 2009; PRADO; ALLEVATO, 2010) apontam algumas

de suas contribuições para o ensino e a aprendizagem em Matemática.

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No artigo “Ensino de Funções através da Resolução de Problemas: um

estudo de caso na Escola pública”, de Edna Maura Zuffi, a autora faz algumas

considerações, sobre a aplicação de atividades de ensino e aprendizagem do

conteúdo Matemático Funções, por meio da Resolução de Problemas, como parte

de um projeto realizado numa Escola Pública, com alunos de Ensino Médio no

interior de São Paulo. Dentre as considerações apresentadas pela autora, a partir da

análise de um episódio e de outras pesquisas em andamento, tem-se que:

[...] a implantação da metodologia de ensino-aprendizagem de Matemática através da Resolução de Problemas, em uma escola pública do Estado de São Paulo, trouxe fortes indícios de que é possível explorar tal metodologia com êxito, no ambiente natural da sala de aula, com todas as adversidades e facilidades que possamos encontrar nessa escola. O episódio aqui descrito leva-nos a afirmar que os alunos, embora tenham apresentado dificuldades iniciais com a “nova” metodologia, tiveram um envolvimento com sua própria aprendizagem muito superior àqueles de séries equivalentes, na mesma escola. Além de terem mostrado maior participação e motivação, ao irem se familiarizando com essa forma de trabalho, os alunos ampliaram seus conhecimentos de Matemática de forma significativa [...]. (ZUFFI, 2005, p.10)

Onuchic e Allevato (2009) em seu artigo “Trabalhando Volume de Cilindros

através da Resolução de Problemas” relatam fatos que ocorreram durante um

minicurso oferecido a professores em formação inicial, alunos de licenciatura em

Matemática, e professores em exercício nos níveis Fundamental, Médio e Superior

de ensino, em que foi feita uma aplicação da Resolução de Problemas por meio de

um problema envolvendo volume de cilindros. Foi proposto aos participantes o

seguinte problema:

A professora Norma entregou a cada um de seus alunos uma folha de papel, de 20 cm por 30 cm, e fita adesiva. Ela lhes pediu para enrolar o papel e fazer um cilindro. Os alunos seguiram as instruções, mas seus cilindros se mostraram de dois tamanhos diferentes. A professora pediu, então, que determinassem qual desses dois cilindros tinha o maior volume. Jorge disse: – No meu cabe mais, porque é mais alto. Ema disse: – No meu cabe mais, porque é mais largo. Laura disse: – Eles devem conter a mesma quantidade, porque foram feitos a partir de folhas de papel de mesmo tamanho. Quem está certo? Como você sabe? (ONUCHIC; ALLEVATO, 2009, p. 100)

Eles construíram cilindros com papel sulfite de tamanho 20cmx30cm, e depois

de certo tempo foram surgindo respostas, umas concordando com Jorge, outras com

Ema e outras com Laura. Pediu-se então, que as respostas fossem justificadas.

Em seguida foi realizada uma justificativa de forma concreta, em que foi

colocado o cilindro mais alto dentro do cilindro mais largo e preenchido o cilindro

mais alto com feijões, retirando em seguida o cilindro mais alto, deixando cair os

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feijões no cilindro mais largo. O cilindro mais largo ficou com uma parte vazia. Assim,

concretamente, foi possível constatar que o volume do cilindro mais largo é maior

que o do cilindro mais alto.

Como todos os participantes já haviam concluído o Ensino Médio, foi

solicitado a eles que mostrassem matematicamente o que constataram

concretamente. Após a formalização e a generalização dos resultados concluiu-se

que dependendo do nível das turmas em que se estivesse trabalhando, vários novos

problemas e conteúdos matemáticos poderiam ser explorados a partir desse.

Diante do trabalho desenvolvido, as autoras destacam o seguinte a respeito

da Resolução de Problemas:

[...] estamos convencidas de que ela pode ser assumida como um caminho capaz de fazer os alunos se entusiasmarem com o aprendizado da matemática, realizando-o com compreensão e significado. Também estamos convencidas de que, quando um aluno entende o que está fazendo ao resolver um problema, ele se vê como alguém capaz de raciocinar por si mesmo e de buscar descobrir caminhos para a sua resolução. Entretanto, é necessário, para isso, que o professor, como guia e orientador, esteja preparado para ser o veículo que conduz os alunos nesse empreendimento. (ONUCHIC; ALLEVATO, 2009, p.102-103).

Em outro trabalho no qual também foram abordados conteúdos de Geometria

como retas, semirretas e segmentos de retas, através da Resolução de Problemas,

com reflexões sobre as possibilidades para a aplicação em sala de aula, Prado e

Allevato (2010), apresentam as seguintes considerações.

Percebemos, no desenvolvimento dessa experiência, algumas dificuldades dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados, tais como: falta de compreensão do vocabulário, o que dificultou seu entendimento dos enunciados dos problemas; não relacionar e relembrar conteúdos já estudados; falta de pré-requisitos: os alunos não tinham os pré-requisitos (conteúdos) básicos necessários. Mas houve também perceptíveis avanços nos alunos. Apesar de suas dificuldades, construíram conhecimento sobre os conteúdos propostos; foram capazes de associar os conhecimentos, construídos em uma sequência didática, com o conteúdo da sequência didática anterior e o da seguinte; aprenderam a trabalhar colaborativamente; ganharam autonomia quando tentavam resolver os problemas. E apesar da explícita rejeição que muitos alunos sentem em relação à Matemática, esses alunos gostaram do trabalho desenvolvido. (PRADO; ALLEVATO, 2010, p.40).

A partir destes resultados obtidos, as autoras destacam que esta estratégia

de ensino representa:

[...] uma boa alternativa para a prática docente, e para os alunos, uma oportunidade de construírem conhecimento matemático valendo-se de seu potencial. A Resolução de Problemas se torna, assim, um recurso não só para aplicar, mas para aprender Matemática. (PRADO; ALLEVATO, 2010, p.41).

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Na atualidade, existem várias sugestões de tendências metodológicas que o

professor pode adotar para inovar a sua prática pedagógica (PARANÁ, 2008),

fazendo com que a aprendizagem dos conteúdos seja mais significativa para o

aluno. Experiências desenvolvidas com a Resolução de Problemas, como as

descritas anteriormente, apontam que esta é uma tendência metodológica que

mesmo diante das dificuldades que podem ser encontradas em sala de aula, pode

ser um caminho para despertar o interesse do aluno pela disciplina e auxiliar na

sistematização dos conteúdos matemáticos.

3 RELATO DA EXPERIÊNCIA

A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica, da qual resultou

este artigo, foi realizada em uma escola da rede pública de ensino do Paraná, mais

especificamente em uma turma de 6º ano, com 28 alunos, no ano de 2013.

Em reunião pedagógica do início do ano letivo, nossa proposta foi

apresentada à comunidade escolar. Seriam trabalhados cinco4 problemas

geradores5 com o objetivo de sistematizar as unidades de medidas de comprimento,

na perspectiva de Resolução de Problemas defendida por Onuchic e Allevato

(2009), conforme citado na introdução deste artigo, com base nas seguintes etapas:

“Preparação do problema; Leitura individual; Leitura em conjunto; Resolução do

problema; Observar e incentivar; Registro das resoluções na lousa; Plenária; Busca

do consenso e Formalização do conteúdo” (ONUCHIC; ALLEVATO, 2009, p. 97-98).

Para dar início ao desenvolvimento do projeto, explicamos para os alunos

como seria o trabalho em sala de aula com a Resolução de Problemas. Estes

demonstraram muito interesse e ansiedade em participar. A seguir, apresentamos o

relato do trabalho desenvolvido.

4 Neste artigo será relatado o trabalho com 4 dos 5 problemas propostos aos alunos por conta do

limite de páginas estabelecido. 5 “[...] o problema gerador é aquele que, ao longo de sua resolução, conduzirá os alunos para a

construção do conteúdo planejado pelo professor para aquela aula.” (ONUCHIC; ALLEVATO, 2009, p. 97).

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PROBLEMA 1

A mãe de Sofia estava fazendo compras no centro da cidade. De repente

avistou um sofá na vitrine de uma loja de móveis e resolveu comprá-lo, porém

teve uma dúvida: Será que o sofá cabe na parede da minha sala? Para ter

uma noção se caberia, resolveu ligar para casa e pedir para Sofia, sua filha de

10 anos, medir o comprimento da parede. Como a menina não encontrou algo

com que pudesse fazer a medição resolveu utilizar a medida de seu palmo e

respondeu para a sua mãe que a parede media 20 palmos. A mãe de Sofia

então mediu o sofá na loja utilizando o seu próprio palmo, obtendo um total de

18 palmos e resolveu comprá-lo. Será que o sofá que a mãe de Sofia

comprou coube na parede de sua sala? Justifique sua resposta.

Figura 1 - palmo

1 palmo

Fonte: PARANÁ – 2011

Quadro 1 - Enunciado do Problema 1

Foi entregue uma cópia do problema para cada aluno e pedido que fizessem

uma leitura individual. Em seguida, os alunos foram organizados em 10 grupos: 8

grupos com três integrantes e 2 grupos com dois integrantes. Então foi solicitado

que fizessem uma nova leitura nos grupos e que resolvessem o problema.

Questionamos se havia necessidade de fazer uma leitura em conjunto, nisso um

aluno se ofereceu para fazer a leitura para toda a classe. Foi proporcionado um

tempo para a resolução.

Após os alunos resolverem o problema, perguntamos se gostariam de

escrever as respostas do grupo na lousa, e todos prontamente atenderam ao

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pedido. Depois que os grupos haviam feito seus registros deu-se início a plenária,

onde todos participaram com grande interesse, colocando suas opiniões.

A resposta que prevaleceu foi “não”. Houve somente duas respostas “sim”.

Algumas das resoluções apresentadas foram:

Figura 2 - Resposta apresentada por uma aluna do grupo 4

Figura 3 - Resposta apresentada por uma aluna do grupo 1

Com base nestas respostas surgiu a seguinte questão em plenária: Por que

não é possível afirmar se o sofá caberia? Logo os alunos foram percebendo que o

tamanho do palmo varia, não importando a idade; mesmo que seja esperado que a

criança possua o palmo menor do que o adulto, nem sempre isso ocorre. Então

pedimos que medissem a lousa com o seu palmo, e eles verificaram que as medidas

dos palmos não eram iguais.

A partir das respostas apresentadas ao problema e dessa medição realizada,

discutimos com os alunos de que não é prático usar partes do corpo para fazer

medições, pois os tamanhos variam de pessoa para pessoa, conforme resposta

apresentada pela aluna do grupo 4, sendo necessário então existirem unidades de

medidas padronizadas. Nesse momento foi feita a sistematização da unidade-

padrão de medida, o metro. Na aula seguinte apresentamos a eles um texto

contando a história da criação do metro, e comentamos sobre o Sistema

Internacional de Unidades (SI), que tem o objetivo de padronizar as unidades de

medição.

Durante a discussão, foi possível perceber que os instrumentos que os alunos

mais conheciam para medir comprimento eram a régua, a fita métrica e a trena. Eles

citaram algumas situações destacando ser necessário escolher o instrumento

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adequado para cada uma delas, por exemplo: altura de uma pessoa (fita métrica),

tamanho da sala (fita métrica ou trena), cintura (fita métrica). Comentamos também a

respeito de como estes instrumentos de medida são utilizados por vários

profissionais na realização de suas atividades.

Os alunos tiveram a oportunidade de manusear alguns dos instrumentos mais

usados e citados por eles para medir comprimento: a fita métrica, a trena e a régua.

Após isso, questionamos o seguinte em relação ao problema.

− Qual o instrumento mais adequado para Sofia e sua mãe realizarem a

medição necessária?

A maioria respondeu:

− A trena.

Uma aluna comentou: - Meu avô tem uma trena de 50 metros.

Então questionamos: - O que ele mede com essa trena?

Ela respondeu: - Ele usa para fazer medições de terras e a utiliza no sítio.

Na aula seguinte a aluna levou a trena para a classe, para que a professora

pudesse mostrar aos outros alunos.

PROBLEMA 2

Dona Filomena está decorando o jardim de sua casa e vai plantar 11 mudas

de orquídeas ao lado de um muro, em um trecho cuja extensão é de 6 metros

de comprimento, porém ela quer que o espaçamento entre as plantas seja o

mesmo. Para isso, ela resolveu fazer algumas marcações onde serão

plantadas as mudas no terreno. Qual é o espaço que ela deverá deixar entre

as marcações?

Quadro 2 - Enunciado do Problema 2

Na resolução deste problema os alunos apresentaram muita dificuldade com

relação à operação de divisão. Percebemos também que alguns não possuíam a

noção de distância, pois apresentaram como resposta que seria deixado entre as

mudas o espaço de 60 metros, ao invés de 60 cm. Questionamos: − Ela vai plantar

as mudas num trecho de 6 metros. Como ela vai deixar um espaço de 60 metros

entre as mudas?

Como alguns alunos já tinham uma noção da relação entre o metro e seus

submúltiplos centímetro e milímetro, desenvolveram o seguinte procedimento:

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transformaram 6 metros em 600 centímetros e em seguida dividiram por 11, o que

resultou em 54 centímetros, como mostra a resolução apresentada por um aluno do

grupo oito.

Figura 4 - Resolução apresentada por um aluno do grupo 8

Com esse tipo de resolução os alunos revelaram não ter compreendido que

eram 11 mudas, mas seriam 10 espaços entre a primeira e a última muda, por isso a

divisão deveria ser feita por 10.

Dois grupos apresentaram a resposta correta, mas não descreveram a

resolução.

Figura 5 - Resposta apresentada por um aluno do grupo 7

Ao questionarmos os alunos desse grupo como eles haviam chegado a esta

resposta, eles responderam que não sabiam. Então percebemos que apesar de

alguns alunos de 6º ano apresentarem a habilidade com o cálculo mental, muitas

vezes, eles têm o hábito de responder que não sabem como fizeram, quando

efetuam o cálculo mentalmente. Contudo, como para muitos alunos, especificamente

a divisão se torna mais difícil para resolver por meio do cálculo mental, acabam

apresentando dificuldades nas resoluções de problemas que exigem esta operação.

Como nenhum grupo descreveu a resolução correta para o problema,

construímos um esquema na lousa de como seriam plantadas 11 mudas,

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aproveitando toda a extensão dos 6 metros, e utilizando a informação que os

espaços entre elas deveriam ser os mesmos. Então, determinamos um ponto de

referência para o início do plantio, que coincidiria com um dos extremos do muro, e o

final do plantio seria em outro extremo. Portanto, fizemos 11 marcações, mas para

calcular a distância entre as mudas a divisão deveria ser por 10, por levar em conta

apenas 10 espaços, conforme pode ser observado a seguir.

Quadro 3 - Esquema construído pela professora referente à resolução do problema 2

Logo, 6 metros divididos em 10 partes iguais resultarão em 0,6 metros para

cada parte.

Diante das dificuldades apresentadas por alguns grupos em relação ao

algoritmo da divisão foi necessário revisar a divisão, e a divisão com números

decimais.

A partir do diálogo que estabelecemos com os alunos sistematizou-se o

seguinte:

1 metro = 10 decímetros = 100 centímetros

A partir da resposta do problema foi possível fazer as seguintes relações:

Se 1 m corresponde a 10 dm, então multiplicando 0,6 por 10, temos

que 0,6 m corresponde a 6 dm.

Se 1 m corresponde a 100 cm, então multiplicando 0,6 por 100, temos

que 0,6 m corresponde a 60 cm.

Assim, a resposta do problema também pode ser escrita como 6 decímetros

ou 60 centímetros.

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PROBLEMA 4

O caminho que Marcos percorre todos os dias, a pé, para ir à escola tem

aproximadamente 150 metros. No final de 20 dias quanto ele terá caminhado

somente para ir de sua casa à escola e voltar da escola para casa, uma vez

por dia, percorrendo sempre esse mesmo caminho?

Quadro 4 - Enunciado do Problema 4

Nove dos dez grupos realizaram corretamente a resolução deste problema.

As figuras a seguir mostram os procedimentos utilizados pelos alunos.

Figura 6 - Resolução apresentada por uma aluna do grupo 1

Figura 7 - Resolução apresentada por um aluno do grupo 7

Observando a resolução apresentada pelo aluno do grupo 7, foi possível

perceber que os alunos deste grupo tinham conhecimento sobre a relação entre o

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metro e seu múltiplo quilômetro, pois empregaram corretamente essa relação na

resposta do problema.

Um único grupo apresentou a seguinte resolução:

Figura 8 - Resolução apresentada por uma aluna do grupo 5

Na discussão em plenária foi possível perceber, pela resposta apresentada

por uma aluna do grupo 5, que os alunos deste grupo demonstraram compreender o

problema, porém se confundiram quanto ao valor utilizado na multiplicação, que

deveria ser 300 ao invés de 150.

A partir das resoluções apresentadas pelos grupos sistematizamos os

múltiplos do metro – quilômetro (km), hectômetro (hm) e decâmetro (dam) –, que

representam unidades de medida maiores que o metro; sendo que 1 quilômetro

corresponde a 1000 metros; 1 hectômetro corresponde a 100 metros e 1 decâmetro

corresponde a 10 metros. Assim, temos:

1 quilômetro = 1000 metros ou 1km = 1000 m

1 hectômetro = 100 metros ou 1 hm = 100 m

1 decâmetro = 10 metros ou 1 dam = 10 m

Logo, a resposta do problema também poderia ser escrita como: 6000 m ou

600 dam ou 60 hm ou 6 km.

Discutimos com os alunos que é mais habitual expressar pequenas distâncias

em metros (m) e grandes distâncias em quilômetro (km).

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PROBLEMA 5

José estava participando de uma corrida de pedestres, que fazia parte das

comemorações do aniversário de sua cidade. Nessa competição, os

participantes deveriam correr um percurso de 5 km e o primeiro a cruzar a

linha de chegada seria o vencedor. Quando José estava quase chegando à

reta final da corrida, sentiu fortes dores nas pernas, parando bem ao lado de

uma placa que indicava “Chegada a 700 metros” e teve que deixar a

competição. Qual a distância que José conseguiu percorrer?

Quadro 5 - Enunciado do Problema 5

Neste problema, oitos grupos apresentaram a resolução correta. Dois

exemplos que mostram os procedimentos que os alunos adotaram são

apresentados a seguir:

Figura 9 - Resposta apresentada por um aluno do grupo 6

Figura 10 - Resposta apresentada por uma aluna do grupo 4

Por meio da resolução do grupo 6, pudemos observar que os alunos

empregam também o cálculo mental na conversão de unidades de medidas.

Dois grupos resolveram incorretamente e em plenária concluímos que o

motivo foi uma interpretação equivocada que fizeram do enunciado do problema.

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A partir do consenso sobre as resoluções corretas para o problema

retomamos a discussão a respeito da conversão de unidades de medida, a qual é

frequentemente utilizada para resolver tarefas envolvendo medidas de comprimento.

Então, construímos na lousa com os alunos, o quadro das unidades de medidas,

apresentando também a relação entre o metro e cada um dos seus múltiplos e

submúltiplos, conforme a seguir:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

km hm dam m dm cm mm

1000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m

Quadro 6: Quadro das unidades de medidas de comprimento

Em seguida, enfatizamos aos alunos a importância de conhecer o sistema de

unidades de medida diante de sua grande aplicação.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os alunos do 6º ano com os quais desenvolvemos esse trabalho revelaram

indícios de um contato anterior com as unidades de medida de comprimento nos

anos iniciais do Ensino fundamental. Alguns demonstravam já ter uma noção das

relações entre o metro e seus múltiplos e submúltiplos mais usados (km e cm),

outros ainda se confundiram um pouco. Porém, com o desenvolvimento das tarefas

demonstraram entendimento e interesse sobre o tema, o que possibilitou constatar

que o trabalho com a Resolução de Problemas, nesta perspectiva, pode contribuir

para sistematização de conteúdos matemáticos.

A maioria dos alunos apresentou bastante dificuldade na resolução dos

problemas em que era necessário utilizar a divisão, e a divisão com números

decimais. Já, ao resolverem problemas que envolviam as demais operações não

tiveram grande dificuldade. Pelo fato de apresentarem dificuldades com a divisão e a

divisão com decimais, as quais são essenciais para a compreensão da conversão de

unidades, sugerimos a quem tiver a intenção de desenvolver um trabalho como

esse, abordar o conteúdo Medidas de Comprimento articulado com as operações

com números decimais.

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Outra sugestão é que a cada ano o professor oportunize aos alunos um

trabalho envolvendo as unidades de medida de comprimento de forma articulada

com outros conteúdos matemáticos, sempre que houver essa possibilidade – por

exemplo: números e operações; geometria plana e espacial; razão e proporção;

entre outros – de modo que o aluno possa ir consolidando gradativamente seus

conhecimentos a este respeito. Além disso, de acordo com os Parâmetros

Curriculares Nacionais:

As atividades em que as noções de grandezas e medidas são exploradas proporcionam melhor compreensão de conceitos relativos ao espaço e às formas. São contextos muito ricos para o trabalho com os significados dos números e das operações, da idéia de proporcionalidade e um campo fértil para uma abordagem histórica. (BRASIL, 1998, p. 52).

Mesmo com algumas dificuldades os objetivos propostos foram alcançados, e

foi perceptível o crescimento da autonomia dos alunos em relação à resolução dos

problemas. No decorrer dos trabalhos apresentaram iniciativa, desenvolvimento de

estratégias de resolução, confiança ao desenvolver os cálculos, interação no

trabalho em grupo, o que favoreceu a troca de ideias na busca das soluções para os

problemas.

Esta experiência de ensino nos mostrou um resultado positivo com relação à

Resolução de Problemas como tendência metodológica para o ensino e a

aprendizagem de Matemática, em que o problema é utilizado como ponto de partida

para o ensino dos conteúdos. Possibilitou percebermos a importância da utilização

de estratégias diferenciadas em relação à perspectiva tradicional de ensino,

promovendo em sala de aula um ambiente em que os alunos tenham mais prazer e

interesse em aprender.

5 REFERÊNCIAS

ALLEVATO, N. S. G; ONUCHIC, L. R. Ensinando Matemática na sala de aula através da Resolução de Problemas. Boletim GEPEM, n.55, 2009. BRASIL: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96. Brasília, 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (3º e 4º ciclos): Matemática. Brasília, 1998.

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HUANCA, R. R. H. Um olhar para a sala de aula a partir da Resolução de Problemas e Modelação Matemática. In: I Seminário em Resolução de Problemas. Rio Claro. 2008. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/serp/trabalhos.html> ONUCHIC, L R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino aprendizagem de matemática através da resolução de problemas. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (orgs). Educação Matemática – pesquisa em movimento. 2. ed. São Paulo: Cortez. 2005, p. 213-231. ONUCHIC, L. R.; ALLEVATO, N. S. G. Trabalhando volume de cilindros através da Resolução de Problemas. Educação Matemática em Revista (Rio Grande do Sul), Canoas, v.1, n.10, p. 95-103, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Palmo. Disponível em: http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=675&evento=4. Acesso em: 25 nov. 2012. PRADO, M. A.; ALLEVATO, N. S. G. O Ensino-Aprendizagem-Avaliação de Geometria através da Resolução de Problemas. Acta Scientiae. Canoas. v.12. n.1. p.24-42. jan./jun. 2010. ZUFFI, E. M. Ensino de Funções através da Resolução de Problemas: um estudo de caso na escola pública. In: V CIBEM- Congresso Ibero-americano de Educação Matemática, 2005, Porto. Actas do V CIBEM. Porto: Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, 2005. v. 1. p. 1-12.