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Medidores de Vazão
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS PATO BRANCO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ALONSO PINHO RIBEIRO
GREGORI PICOLOTTO CONTERATO
JEAN LEONEL CARLESSO
JEANCARLO PERISON
MEDIDORES DE VAZÃO:
PLACA DE ORIFÍCIO
TUBO VENTURI
PATO BRANCO
2013
ALONSO PINHO RIBEIRO
GREGORI PICOLOTTO CONTERATO
JEAN LEONEL CARLESSO
JEANCARLO PERISON
MEDIDORES DE VAZÃO:
PLACA DE ORIFÍCIO
TUBO VENTURI
Pesquisa apresentada ao Curso de Engenharia
Mecânica da Universidade Tecnológica Federal
do Paraná, Campus Pato Branco, como
requisito parcial à obtenção da nota semestral
na Disciplina de Mecânica dos Fluidos Il.
Orientador: Prof. Dr. Márcio Nakaura
PATO BRANCO
2013
1 INTRODUÇÃO
Medidor de vazão é todo dispositivo que permite, de forma indireta,
determinar o volume de fluido que passa através de uma dada seção de
escoamento por unidade de tempo.
Os medidores de vazão apresentam-se sob diversas formas, utilizando
diferentes princípios de medição. Em uma ampla categoria pode-se enquadrar os
geradores de diferença de pressão, que são os mais antigos, exceção feita ao
método primário de medição direta de volume em certo tempo. Nesta categoria os
mais conhecidos são os medidores de Venturi, de bocal e o de placa de orifício.
O princípio de funcionamento baseia-se no uso de uma mudança de área de
escoamento, através de uma redução de diâmetro ou de um obstáculo, ou ainda
através de uma mudança na direção do escoamento. Estas mudanças de área ou de
direção provocam uma aceleração local do escoamento, alterando a velocidade e,
em consequência, a pressão local. A variação de pressão é proporcional ao
quadrado da vazão.
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2.1 Equações para o cálculo da vazão
As equações para o cálculo da vazão podem ser obtidas genericamente para
os dois medidores apresentados e ainda outros baseados no mesmo princípio. plica-
se a Equação da Conservação da Massa, bem como a Equação da Conservação da
Energia, sendo esta última na sua 1forma simplificada, que é a Equação deBernoulli.
Assim para o escoamento através de uma redução de área, considerando-o ideal
resulta na equação seguinte:
Onde o primeiro termo representa a energia cinética, o segundo a energia de
pressão, proveniente do trabalho de escoamento, enquanto o terceiro termo
representa a energia potencial. Idênticas parcelas existem do lado direito, para o
segundo lado. Esta igualdade significa que a soma das três parcelas é uma
constante ao longo de uma linha de corrente, não havendo perdas por atrito.
Para o escoamento na posição horizontal, não há variação de energia
potencial, sendo z1 = z2. Usando a equação da conservação da massa entre as
seções, para o escoamento incompressível, tem-se que:
V1A1 = V2A2
Sendo A a área da seção transversal e β a razão entre os diâmetros do
medidor e da tubulação, β = D2/D1 (ou d/D, conforme a notação), pode-se isolar
uma das velocidades na equação, obtendo-se a equação seguinte:
A vazão pode ser então obtida, multiplicando-se esta velocidade pela
respectiva área, equação. A vazão no caso é uma vazão ideal, pois foi obtida através
da equação de Bernoulli, para o escoamento ideal.
Q= V2A2
A vazão real pode ser obtida multiplicando-se a vazão ideal por um coeficiente
de correção Cv. Este coeficiente inclui as correções relativas à perda de energia
entre os pontos de entrada e saída, entre os quais se obtém o diferencial de
pressão. Parte deste diferencial é decorrente da aceleração do escoamento e parte
provém da perda de carga. Esta última age sempre no sentido de aumentar o
diferencial, razão pela qual o valor de Cv é sempre inferior à unidade.
Em função da dificuldade de se determinar todos os coeficientes de correção,
prefere-se ignorar o próprio Cv e introduzir os coeficientes C e K, de modo que a
equação fica:
Em geral tem-se o coeficiente como função da relação de diâmetros β
e do número de Reynolds.
2.2 Placa de orifício
A placa de orifício consiste num disco com um orifício central com saída em
ângulo que deve ser montado concêntrico ao eixo do conduto cilíndrico, provido de
duas tomadas de pressão, uma a jusante e outra a montante do disco, conforme
mostra a Figura 1.
Figura 1: Ilustração da placa de orifício.
Para números de Reynolds inferiores (ReD<4000), o coeficiente de correção
C apresenta maiores variações, como pode ser visto na figura 2, que apresenta C
em função do número de Reynolds calculado para o orifício do medidor.
Figura 2: Coeficiente de correção para placa de orifício para baixo números de Reynolds.
2.3 Tubo de venturi
Introduzido já em 1797, por G. B. Venturi, com a publicação de um trabalho
sobre o seu princípio de funcionamento. No final do século XIX, Clemens Herschel
fez a primeira aplicação industrial do medidor. Este é constituído por uma entrada
cilíndrica, de uma seção convergente (cone de entrada), uma segunda região
cilíndrica (garganta ou entrangulamento) e um cone divergente (difusor). Após este
último cone, há um encaixe com a tubulação normal. As tomadas de pressão são
colocadas na entrada e na garganta, conforme a figura 3.
O tubo venturi é um dispositivo composto por:
- um trecho de tubulação de entrada com seção igual à do conduto ao qual
está acoplado e onde está instalado um anel piezométrico para medir a pressão
estática nesta seção;
- uma tubeira convergente que tem por objetivo uniformizar a distribuição de
velocidade na seção circular reduzida, chamada garganta, também munida de um
anel piezométrico para medição de pressão estática;
- uma tubeira divergente que, gradualmente, leva a seção circular da
garganta de volta à medida do conduto, conforme mostrado na Figura 3.
Figura 3: Ilustração do Tubo de Venturi.
O coeficiente de correção para o tubo de Venturi é dado na figura 4, para
números de Reynolds mais baixos. Observe-se que neste caso este número tem por
base o escoamento na tubulação. Os dados aplicam-se para a faixa 0,3 < β < 0,7 e
40mm < D < 100mm.
Figura 4: Coeficiente de correção para o tubo de venturi.
Observa-se que, o tubo de Venturi, causador de menor perda de carga, tem
uma utilização mais restrita, provavelmente em virtude do seu formato, que
necessita de usinagens internas mais complicadas, comparadas com outros
medidores. Assim, apesar das duas figuras apresentadas, existe uma carência maior
de dados sobre o coeficiente de correção e seria recomendável uma calibração
prévia do mesmo sempre que possível.
REFERÊNCIAS
ROBERT, W Fox, ALAN, T McDonald, PHILIP, J Pritchard. Introdução à mecânica dos fluidos; 7 ed. Rio de Janeiro:LTC, 2001.
NICOLAU, Vicente de Paulo, GUTHS, Saulo. Medidores de vazão: Disponível em: http://emc.ufsc.br/labtermo/publica/ApostMedVaz.pdf. Acesso em 08/2013.
TRIELLI, Maurício.ks, 2001. Medidores de vazão: Disponível em: http://sites.poli.usp.br/d/pme2332/Arquivos/Experiencia%20Medidores%20de%20Vazao.pdf . Acesso em 08/2013.