45
COMISSÃO REGIONAL DE PASTORAL FAMILIAR LESTE 1 – CNBB EXPERIÊNCIAS DO SETOR PÓS-MATRIMONIAL, APRESENTADAS EM CONGRESSOS REGIONAIS DA PASTORAL FAMILIAR. LESTE 1 e 2 – CNBB. ORG. ALOÍSIO e ILZA BOHRER. 1 - INTRODUÇÃO “A força e o vigor da instituição matrimonial e familiar se evidenciam igualmente: as profundas mudanças sociais contemporâneas, não obstante as dificuldades a que dão origem, manifestam muitas vezes, de várias maneiras, a verdadeira índole dessa instituição” (Gaudium et Spes 47). “A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser célula primeira e vital da sociedade” (Apostolican Actuositatem Apostolado Leigo 11,3). “A família é a primeira escola das virtudes sociais necessárias às demais sociedades... É aí que os filhos fazem a primeira experiência de uma sã sociedade humana... É através dela que os filhos vão sendo introduzidos gradativamente na sociedade civil e na Igreja” (Gaudium et Spes3). A Pastoral Familiar deve fazer com que a família seja verdadeiramente uma “Igreja Doméstica”: comunidade de fé, de oração, de 1

MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

COMISSÃO REGIONAL DE PASTORAL FAMILIARLESTE 1 – CNBB

EXPERIÊNCIAS DO SETOR PÓS-MATRIMONIAL, APRESENTADAS EM CONGRESSOS REGIONAIS DA PASTORAL

FAMILIAR. LESTE 1 e 2 – CNBB. ORG. ALOÍSIO e ILZA BOHRER.1 - INTRODUÇÃO

“A força e o vigor da instituição matrimonial e familiar se evidenciam igualmente: as profundas mudanças sociais contemporâneas, não obstante as dificuldades a que dão origem, manifestam muitas vezes, de várias maneiras, a verdadeira índole dessa instituição” (Gaudium et Spes 47).

“A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser célula primeira e vital da sociedade” (Apostolican Actuositatem – Apostolado Leigo 11,3).

“A família é a primeira escola das virtudes sociais necessárias às demais sociedades... É aí que os filhos fazem a primeira experiência de uma sã sociedade humana... É através dela que os filhos vão sendo introduzidos gradativamente na sociedade civil e na Igreja” (Gaudium et Spes3).

A Pastoral Familiar deve fazer com que a família seja verdadeiramente uma “Igreja Doméstica”: comunidade de fé, de oração, de amor, de ação evangelizadora, escola de catequese etc.

2 – CAMPOS DE AÇÃO

O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade de amor, é necessário que todos os membros sejam ajudados e preparados para as responsabilidades próprias diante dos novos problemas que se apresentam para o serviço recíproco e para a participação ativa na vida da família.

No seio da comunidade eclesial – grande família formada pelas famílias cristãs – realizar-se-á um intercâmbio mútuo de presença e ajuda entre todas as famílias, cada uma pondo ao serviço

1

Page 2: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

das outras a própria experiência humana, como também os dons da fé e da graça.

Animada de verdadeiro espírito apostólico, essa ajuda de família a família constituirá um dos modos mais simples, mais eficazes e ao alcance de todos para derramar capilarmente os valores cristãos, que são o ponto de partida e de chegada do trabalho pastoral.

Acompanhar os esposos, para ajudá-los a crescerem na fé e aprofundar-se no mistério do matrimônio cristão. Assim, serão ajudados a ser felizes, ensinando-lhes a cultivar o amor, a entrar em diálogo, a trocar delicadezas e atenções, a centrar no lar todos os interesses da vida. (Puebla 607).

A Igreja, iluminada pela fé, que lhe faz conhecer toda a verdade sobre o precioso bem do matrimônio e da família e sobre os seus significados mais profundos, sente mais uma vez a urgência de anunciar o Evangelho, isto é, a “Boa Nova” a todos indistintamente, em particular a todos aqueles que são chamados ao matrimônio, os que se preparam e a todos os esposos e pais do mundo.

O setor Pós-matrimonial deverá desenvolver um trabalho buscando o entrosamento com a equipe do batismo (pais e padrinhos), grupos de terceira idade, grupos de crisma (pais de crismandos) para melhor atender as necessidades de cada família. Dentro deste setor, poderão ser desenvolvidos: Atendimento a grupos familiares (jovens recém-casados,

casados há mais tempo, grupos de reflexão etc); Atendimento aos pais que pedem o batismo e crisma dos

filhos; Atendimento a dias de retiro ou dia de retiro com casais; Atendimento aos viúvos(as), idosos(as) e isolados; Atendimento e assistência aos pais e padrinhos dos noivos.

Compete, ainda, aos cristãos anunciar com alegria e convicção a “Boa Nova” acerca da família, que tem necessidade absoluta de ouvir e de compreender sempre mais profundamente as palavras autênticas que lhe revelem a sua identidade, os seus recursos interiores, a importância da sua missão.

2

Page 3: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Na ação pastoral para com as famílias jovens, a Igreja deverá prestar uma atenção específica (especial) para educá-las, a viver responsavelmente o amor conjugal em relação, com as exigências de comunhão e de serviço à vida, como também a conciliar a intimidade da vida de casa com a obra comum e generosa de edificar a Igreja e a sociedade humana.

A partir da decisão do casamento, um homem e uma mulher, um jovem e uma jovem, passam a viver uma experiência comunitária original. Todos sentimos que precisamos amar e necessitamos receber amor. Tendo como ponto de partida o encontro desse homem e dessa mulher, os jovens que se casam não entram numa “camisa de força”, mas num espaço densamente humano de mútuo dom.

Trata-se de uma comunidade baseada no amor e promotora da vida. A vida deverá borbulhar no relacionamento dos esposos e explodir na chegada dos filhos que serão iniciados na vida. Quando, com a vinda dos filhos, o casal se torna em sentido pleno e específico uma família, para que os acolham e os amem à luz do dom recebido do Senhor da vida, assumindo com alegria a fadiga de os servir no seu crescimento humano e cristão.

RECÉM-CASADOS

Os primeiros anos de casamento são os mais importantes, são os decisivos na relação.

São nos primeiros anos de casamento que se deve exercer um zelo pastoral especial. Primeiro porque as pessoas não estão bem preparadas para assumir o matrimônio; segundo porque muitos casam já com um filho que está chegando. Esses casados há pouco tempo têm que vencer as dificuldades da adaptação. Depois tem a questão do primeiro filho, a questão das decisões para o futuro.

O próprio amor é uma vocação para prescindir das coisas que os esposos farão. É a vida dos dois esposos que é chamada a ser o referencial para os homens conhecerem a Deus, e por Deus se fazerem conhecer aos homens. A primeira missão do casal é se amar (e amar-se é crescer juntos, saber dialogar, reconciliar-se, acolher-se na diversidade).

3

Page 4: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Que os jovens cônjuges saibam acolher cordialmente e inteligentemente valorizar a ajuda discreta, delicada e generosa de outros casais que já há tempo fazem a mesma experiência do matrimônio e da família. Desse modo, as famílias jovens não se limitarão só a receber, mas por sua vez, assim ajudadas, tornar-se-ão fonte de enriquecimento para outras famílias, há tempo constituídas, com o seu testemunho de vida e o seu contributo de fato.

A Pastoral Familiar há de cuidar da formação dos futuros esposos e do acompanhamento dos cônjuges, sobretudo nos primeiros anos de sua vida matrimonial.

Sugestão de trabalho com recém-casados: Grupos de reflexão e ação Retiros e dia de estudos com temas familiaresTemas para reuniões de reflexão com os recém-casados Retrospectiva – Texto Bíblico: Lc. 14, 28-33Levar os casais a se situarem diante do que se passou: o namoro, o

noivado, para começar o trabalho. Reunião descontraída, com simplicidade e acolhida. Desenvolver o tema e trabalhar em grupo:

Partilhar as experiências durante o tempo de namoro e do noivado.

Partilhar lembranças do dia do casamento. O que se lembram da cerimônia do sacramento do matrimônio?

Quais os motivos mais profundos que levaram vocês ao casamento?

O que se pode esperar de reuniões de um grupo de pessoas casadas há pouco tempo?

Ajustes – Texto Bíblico: 1 Cor. 13, 1-13Adaptação de vida em comum, descobrimento de defeitos,

pequenas decepções, primeiros choques e primeiras crises.Desenvolver o tema e partilhar em grupo: O que fazer para superar as dificuldades que aparecem na

vida a dois? Das falhas citadas, qual a mais difícil de ser combatida?

Por que? Você tem alguma experiência sobre o assunto que possa

ajudar o grupo? Conte-a. Você sabe perdoar?

4

Page 5: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Sogros e Sogras – Texto Bíblico: Eclo. 3, 1-18; Rute 1, 15-18 - Dificuldades no relacionamento com pais e sogros, interferência dos pais e sogros na vida do casal, convivência harmoniosa das famílias do casal.

Desenvolver o tema e partilhar em grupo: O que vocês esperam de seus pais e sogros? Como deverá ser o relacionamento no caso de morarem

juntos? Conhecem avós que assumiram a educação dos netos,

bem como todas as decisões? O que vocês dizem a esse respeito? Hábitos religiosos – Texto Bíblico: Mt. 7, 24-27Formação de hábitos religiosos que acompanharão a vida da

família: oração conjugal, dias de estudo da bíblia, retiro, missa dominical, viver tempos litúrgicos, hábitos de serviços.

Desenvolver o tema e partilhar em grupo: O que vocês entendem por Igreja doméstica? O que seria efetivamente a oração conjugal? Como se festeja o Natal e a Páscoa em suas famílias de

origem? Que lembranças guardam das festas religiosas de sua infância?

Vocês já se sentem chamados a um trabalho concreto em sua comunidade?

Que lugar a missa ocupa na vida de vocês? Têm dificuldades em participar dela?

Chegada do primeiro filho – Texto Bíblico: Lc. 2, 4-21 Fazer com que percebam a profundidade do compromisso

assumido no sacramento do matrimônio, no que se refere a aceitar os filhos que Deus mandar. Necessidade de esperar o filho com amor, ter firmeza para serem pais responsáveis, viver a gravidez a dois.

Desenvolver o tema e partilhar em grupo: O grande objetivo do matrimônio é a felicidade do casal.

O que a chegada do primeiro filho significa neste objetivo? Citem quatro comportamentos fundamentais do pai em

relação à mãe durante o período da gravidez. O ambiente da família, a exemplo dos pais, educa mais

que as palavras; concordam?

5

Page 6: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Vocês já pensaram no compromisso que fizeram diante do altar de receber os filhos que Deus lhes confiar, educando-os na lei de Deus e da Igreja? Como?

Decisões e projeto de vida a dois – Texto Bíblico: Col. 3, 12-17 – Matrimônio como construção permanente, ajuda mútua, procura da felicidade um do outro, estar atento aos sinais que se apresentam para quebrar a harmonia da vida familiar: desleixo com a aparência, acomodações, exagerada atenção aos amigos, tomada de decisões individuais, maneira de se gastar o dinheiro, ciúmes etc.

Desenvolver o tema e partilhar em grupo: Vocês acham que os primeiros anos de casamento têm

dificuldades particulares? Será que há mesmo uma crise no casamento em seus

primeiros anos? Vocês percebem que estão colocando em comum suas

tradições familiares? Como vocês estão tomando as decisões importantes de

suas vidas? Que lhes parece importante fazer para superar algumas

crises ou dificuldades do casamento.Família Cristã – Texto Bíblico: Ef. 4, 17-32 O amor deve ser o motor que impulsiona a vida da família,

entrega mútua para uma união duradoura; família como lugar acolhedor, sem exclusão, cada um com o seu papel; família aberta para acolher a todos, vivenciando os valores cristãos.

Desenvolver o tema e partilhar em grupo: O que é pra vocês a definição da família como uma

comunidade de vida e de amor? Em que sentido a família é lugar de encontro e de

formação de pessoas? Como os membros de uma família podem, praticamente,

viver o encontro? O que significa construir uma civilização do amor e como

a família pode dar a sua contribuição para tanto?

6

Page 7: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Sugestões de Palestras/ Dinâmicas para o Encontro de Recém-Casados.

Roteiro/ Temas Acolhida, apresentação e oração inicial. Palestra – Processo de adaptação e mudança de vida nos

primeiros anos de casamento. Conversa a dois: o que ajudou a crescer e o que ainda é

desafio. Conversa em grupo: Como vencer as dificuldades? Troca

de experiências. Plenária Café

Dinâmica – Sonhos e desilusões comuns no Pós-Matrimônio (Balanço da vida a dois)

Almoço Dinâmica ou Palestra (mostrar as diferenças e a

necessidade de respeitar as limitações). Conversa a dois – ou Palestra: Em que somos diferentes e

como conviver melhor com essas diferenças. Café Palestras enfocando o alcoolismo, influência dos meios de

comunicação na vida familiar, necessidade de oração em família. Missa (Pode-se fazer com benção especial renovando os

compromissos assumidos no dia do casamento).

Livros que poderão ajudar nos trabalhos com Recém-casados:

Casados há pouco tempo – Frei Almir Ribeiro Guimarães – Ed. Vozes.

Experiência de Deus em família – Wilson João Sperandio – Edições Paulinas.

Os sacramentos em sua vida – José Bortolini – Ed. Paulinas.

7

Page 8: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Esta Nossa Aliança – Renee Bartkowski – Editora Santuário.

Como vai a família? Quando o assunto é família... E eles se deram as mãos... Frei Almir Ribeiro Guimarães

– Editora Vozes. Diretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5)

PAIS/ BATISMO/ CRISMA

Outro campo de trabalho são os pais que se preparam para o batismo de seus filhos. Lá na preparação remota foi feito um trabalho com os pais e crianças na catequese e jovens da crisma. Aqui o trabalho é com os pais dos batizados e da crisma. A preocupação deve estar com a família. Conversar e refletir com os pais.

Um trabalho com os pais deve ser feito sempre em colaboração com a Pastoral do Batismo e os catequistas da crisma, com a coordenação, com criatividade e bom senso.

Fortalecer a vida da Igreja e da sociedade a partir da família: enriquecê-la a partir da catequese familiar, a oração no lar, a Eucaristia, a participação no sacramento da Reconciliação, o conhecimento da Palavra de Deus, para ser fermento na Igreja e na sociedade.

Pela força do ministério da educação, os pais, mediante o testemunho de vida, são os primeiros arautos do Evangelho junto aos filhos. Ainda mais, rezando com os filhos, dedicando-se com eles à leitura da Palavra de Deus.

Eduquem-se de preferência os esposos para uma paternidade responsável que os capacite não só para uma honesta regulação da fecundidade e para incrementar o gozo de sua complementaridade, mas também para fazer deles bons formadores de seus filhos. (P 609). A lenta e prazerosa educação da família sempre importa em sacrifício, recordação da cruz redentora. Mas a íntima felicidade que dá aos pais; recorda-lhes também a ressurreição. Evangelizar não é só ler a Bíblia, mas, a partir dela, trocar palavras de admiração, consolo, correção, luz, segurança.

8

Page 9: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

À medida que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé, torna-se comunidade evangelizadora. Dizia Paulo VI: “A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia. Portanto, no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados. Tal família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual está inserida”.

Também a fé e a missão evangelizadora da família cristã prosseguem este alento missionário católico. O sacramento do matrimônio que retoma e volta a propor o dever, radicado no batismo e na confirmação, de defender e difundir a fé, constitui os cônjuges e os pais cristãos testemunhas de Cristo até os confins do mundo, verdadeiros e próprios missionários do amor e da vida.

Sugestão de trabalho: Convidar os pais do batismo, da crisma, dos adolescentes, dos jovens, namorados e noivos, para uma reflexão mensal sobre a caminhada dos seus filhos, com temas familiares, acompanhamento do trabalho que vem sendo realizada. É um momento de evangelização dos pais e da família. Os temas podem ser os mesmos que os filhos vêm estudando na preparação da crisma etc.

Livros que podem ajudar neste trabalho:

Primeira eucaristia, os pais também se preparam (Ed. Vozes)

Como fazer catequese com os pais – Editora Ave Maria (Diocese de Tubarão – SC)

Casais em reflexão Vol. 1 e 2 – Ed. Paulinas – Antônio M Fernandes

Amor sem limites (Parábola do pai Misericordioso) Ed. Paulinas

Aprenda a ouvir – Ed. Fala Povo – Gerson Abarca Silva e Jonas Nunes Coutinho

9

Page 10: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

RETIROS E ENCONTROS DE CASAIS

Ainda pode entrar o retiro para casais, um domingo com as famílias e coisas deste tipo. Ter momentos de espiritualidade conjugal e familiar, que se inspirem nos motivos da criação, da aliança, da cruz, da ressurreição.

Para viver um amor radical, gratuito, não bastam as forças humanas, não basta o empenho. Este amor nasce do alto. Jeremias tem uma frase belíssima: “Colocarei minha lei em seu peito e a escreverei em seu coração, eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo” (Jr. 31, 33) “Darei para vocês um coração novo, e colocarei um espírito novo dentro de vocês. Tirarei de vocês o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 36, 36). O casal é chamado a ter um relacionamento constante e amoroso com Deus, com a sua Palavra. A sua palavra é fogo que inflama. Deve haver um contínuo relacionamento de intimidade e de escuta de Deus.

Os casais sedentos das coisas de Deus são aqueles que se tornarão os grandes evangelizadores do casamento e da família no seio da Igreja.

A Pastoral Familiar deverá promover encontros regulares para servir às famílias e aos casais. Fazer dia de formação aberta a todos os casais da comunidade.

Temas para dia de reflexão com os casais Deus em nossas vidas Espiritualidade conjugal e fidelidade Amor e diferenças entre marido e mulher Família, igreja e sociedade Bíblia, luz em nossa família Família missionária Ciúme e harmonia conjugal

10

Page 11: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Livros que podem ajudar nos trabalhos com os casais: Casais a caminho – Ed. Loyola – Pe. José de Souza Primo

e Frei Diogo Luis Fuitem Família e Evangelização – A Boa Nova do casamento e

da fam’lia – Frei Almir Ribeiro Guimarães – Ed. Vozes Quando o futuro passa pela família – Frei Almir Ribeiro

Guimarães – Ed. Vozes Família... mas que família? – Frei Almir Ribeiro

Guimarães – Ed. Vozes Em favor da família – Documentos da CNBB – Nº 3 Creio na Família – Luiz Miguel Duarte – Ed. Paulinas A missão da família cristã no mundo de hoje – Exortação

apostólica de J. Paulo II – Ed. Paulinas Hora da Família – Roteiros de reflexão, celebrações e

testemunhos para famílias, grupos e escolas – Comissão Episcopal Pastoral para a vida e a Família – CNBB.

VIÚVOS, IDOSOS E ISOLADOS

O apostolado da família irradiar-se-á com obras de caridade espiritual e material para com as outras famílias, especialmente àquelas mais necessitadas de ajuda e de amparo, para com os pobres, os doentes, os mais idosos, os deficientes, os órfãos, as viúvas, os cônjuges abandonados. Colocamos aqui também trabalho a ser desenvolvido com casais e pessoas que já começaram a viver a terceira idade.

Há culturas que manifestam uma veneração singular e um grande amor pelo idoso: longe de ser excluído da família ou de ser suportado como um peso inútil, o idoso continua inserido na vida familiar, tomando nela parte ativa e responsável, embora devendo respeitar a autonomia da nova família e, sobretudo, desenvolvendo a missão preciosa de testemunha do passado e de inspirador de sabedoria para os jovens e para o futuro.

É necessário que a ação pastoral da Igreja estimule todos a descobrir e a valorizar as tarefas dos idosos na comunidade civil e eclesial, e, em particular, na família. Na realidade, “a vida dos idosos ajuda-nos a esclarecer a escala dos valores humanos; mostra

11

Page 12: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

a continuidade das gerações. Os idosos têm, além disso, o carisma de encher os espaços vazios entre gerações. Quantas crianças têm encontrado compreensão e amor nos olhos, nas palavras e nos carinhos dos idosos!”

Assim, por força da sua natureza e vocação, longe de fechar-se em si mesma, a família abre-se às outras famílias e à sociedade, assumindo a sua tarefa social.

Em tal modo, a família cristã é chamada a oferecer a todos, o testemunho de uma dedicação generosa e desinteressada pelos problemas sociais, mediante a “opção preferencial” pelos pobres e marginalizados. Por isso, progredindo no caminho do Senhor mediante uma predileção especial para com todos os pobres, deve cuidar especialmente dos esfomeados, dos indigentes, dos idosos, dos doentes, dos drogados, dos sem família.

O Setor Pós-Matrimonial necessita de muitos agentes qualificados e, para tanto, precisam de formação.

12

Page 13: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

ACOMPANHAMENTO DE RECÉM-CASADOS

1. ReuniõesAs reuniões poderão ser quinzenais ou mensais, mas agora na casa dos jovens casais em forma de rodízio e ainda na casa do coordenador do grupo. Deverão se primar pela simplicidade e serem reuniões de estudo e oração, não devendo passar de uma hora e meia.2. DinâmicaAcolhida – oração – fundamentação bíblica – texto de estudo – perguntas – partilha – oração final.3. Passos3.1 - Em cada paróquia ou comunidade haverá a equipe do Pós-matrimonial. O coordenador recolherá na secretaria da paróquia ou com o coordenador do Pós-matrimonial as fichas dos casais que participaram do encontro Pós-matrimonial (recém-casados)3.2 - De posse das fichas, a equipe deverá reunir-se para a distribuição das mesmas aos agentes de pastoral que irão coordenar os grupos.3.3 - Os grupos serão formados de 04 a 06 casais. Os mesmos serão convidados a participar das reuniões através de uma visita do casal coordenador.3.4 - Os recém-casados serão acompanhados na Paróquia ou comunidade onde estão morando.3.5 - Os casos omissos constituirão exceção e serão estudados pela Equipe e o Assistente Espiritual, para serem resolvidos da melhor maneira, tendo sempre em vista a caridade pastoral.3.6 - Em todas as paróquias, a Equipe juntamente com o Assistente Espiritual deverão cuidar da divulgação deste novo trabalho com os jovens casados.3.7 - Evidentemente os jovens casados aos poucos deverão integrar-se na comunidade paroquial. Trata-se do momento do agir, mas é importante não precipitar as coisas. É necessário que o grupo já tenha uma certa caminhada para ser levado à uma ação concreta, nunca prejudicando a nova vida conjugal ainda frágil. O casal coordenador, que deve ter maturidade cristã, poderá depois de alguns encontros, sugerir que os casais adotem certos hábitos: oração conjugal, missal dominical, comemoração das festas da Igreja, hábito de uma revisão de vida mensal através de um profundo e sério diálogo conjugal.3.8 - Esta orientação (sugestão) é apenas um roteiro, uma pista. Os agentes de pastoral deverão estudar todos os temas, enriquecendo-os com outros subsídios, como: “Casados há pouco tempo” (Frei Almir Guimarães) e outros.

13

Page 14: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

1º ENCONTRO

RETROSPECTIVA

(Este encontro é o primeiro contato do agente de pastoral com os jovens casados do seu grupo. Uns têm poucos meses de união, outros, as esposas já podem estar grávidas, e todos estão precisando refletir sobre sua vida a dois e familiar. É importante que se situem diante do que se passou: o namoro, o noivado, para começar o trabalho. Deverá ser uma reunião bem descontraída, onde a simplicidade e a acolhida devem ser a tônica principal. Nela também serão combinado os dias das próximas reuniões, os locais e outras informações)

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Lc 14, 28-33Texto para reflexão:

“Não basta” desejar ser feliz. No casamento, é preciso lutar e merecer essa felicidade, esforçando-se sempre para realizar o bem do outro.

Todo casamento feliz tem as suas raízes no amor e na renúncia. Esses dois elementos são essenciais à vida no lar. Constituem a condição indispensável à harmonia conjugal. Com um esforço contínuo de aperfeiçoamento do amor, desde o tempo do noivado, e com auxílio da graça de Deus, é possível vencer as dificuldades que estão sempre em torno de nós, e construir o lar feliz que todos os casais desejam.

Se o namoro é um tempo de conhecimento mútuo, de revelação, de um ao outro, da alegria serena e feliz de se fazer a descoberta do amor, podemos com certeza afirmar que é no casamento que tudo isto se realiza.

Uma vida a dois pode ter começado devido a um grande amor que uniu os jovens; pode ter sido o coroamento de um longo tempo de namoro ou simplesmente após pouco tempo de convivência; ou mesmo ter sido acelerado devido a uma gravidez que não se esperava. Pode até mesmo ter acontecido que alguém tenha buscado o casamento para fugir de alguma situação incômoda em casa.

Mas não se juntam vidas como se arrumam livros na estante, flores num jarro ou quadros na parede. São duas histórias, duas liberdades, duas pessoas com sua dignidade, sua personalidade, suas limitações e seus defeitos. Os primeiros meses de casamento representam o início de um longo processo de construção a dois.

Vamos então hoje fazer uma reflexão a respeito da nossa caminhada de namoro e noivado.

Reflexão em grupo:1. Partilhar em grupo suas experiências durante o tempo de namoro e noivado.2. Partilhar lembranças do dia do casamento. O que se lembram da cerimônia do sacramento do matrimônio?3. Quais os motivos mais profundos que levaram vocês ao casamento?

14

Page 15: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

4. O que se pode esperar de reuniões de um grupo de pessoas casadas há pouco tempo?

Oração final

2º ENCONTRO

AJUSTES

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: 1 Cor 13, 1-13

Texto para reflexão:De repente, o jovem casal se acha frente a frente com a realidade: já não são

mais solteiros. Aí começa o “viver uma só carne” que significa que duas pessoas partilham o que possuem, não apenas seus corpos, seus bens materiais, mas também seus pensamentos, emoções, sucessos e fracassos.

“É preciso conhecer muito o outro, para a conquista de uma qualidade de vida satisfatória.” Na maioria das vezes, o tempo de namoro e noivado foi insuficiente para se saber quem é realmente aquele ou aquela com quem se passou a viver a mais íntima de todas as relações humanas. E quando duas pessoas vindas de mundos diversos e com personalidades diferentes começam a viver essa intimidade, aí então os desajustes começam a aparecer. Bem diz o velho ditado: “namora-se com a beleza física, noiva-se com as qualidades, mas casa-se com os defeitos.”

Quando passam o entusiasmo e o encantamento da “lua-de-mel”, os defeitos vêm à tona. As máscaras caem, a vida em comum tudo revela. Os primeiros choques e as primeiras crises aparecem. Mas se marido e mulher formam um verdadeiro casal, percebem que para poder crescerem, é necessário reconhecer as falhas. “Quem se considera perfeito, não tem mais como crescer.”

Seria impossível listar todas as falhas que os casais cometem no decorrer do matrimônio. Veremos apenas as mais comuns: falta de diálogo - desaparecimento gradativo do romantismo - ambos estão muito ocupados e não há tempo para uma conversa a dois, tão comum no namoro e no noivado - não há interesses comuns (vínculos); cada um constrói uma “vida particular” - realce da agressividade, da impaciência, da intolerância, do nervosismo, da apatia - relações sexuais sem sentido profundo, mais um ato fisiológico do que uma demonstração de amor e afeto entre o casal - silêncios prolongados - deixar de falar um com o outro. (Ler Efésios 4, 26-27)

A imaturidade talvez seja um dos elementos que mais prejudicam o início de um casamento (o agente deverá comentar sobre cada item)

Para superar e vencer as crises devemos usar as seguintes armas: o perdão, o diálogo, a paciência, a tolerância, o romantismo,a aceitação, o carinho, a atenção, o interesse e o AMOR. E não esquecer de colocar DEUS em nossa vida e centralizar nossa vida em Deus.

“Assim como uma planta, o casamento deve ser cuidado, regado diariamente com amor e adubado com compreensão e carinho”.

Reflexão em grupo:15

Page 16: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

1. O que fazer para superar as dificuldades que aparecem na vida a dois?2. Das falhas citadas no texto, qual a mais difícil de ser combatida? Por que?3. Você tem alguma experiência sobre o assunto que possa ajudar o grupo? Conte-a.4. Você sabe perdoar?

Oração final3º ENCONTRO

SOGROS E SOGRASCanto: A escolhaOração inicialLeitura Bíblica: Eclo 3, 1-18 ; Rute 1, 15-18Texto para reflexão:

As constituições familiares atuais são muito reduzidas. A nova família constituída de marido, mulher e filhos precisa alimentar relações com outros parentes e de modo particular com os pais e sogros. Os filhos, sobretudo crianças e adolescentes, precisam conviver com os avós, mas algumas vezes os jovens casados têm dificuldade de relacionamento com seus pais e sogros. É necessário existir um sadio relacionamento entre os que se casam e seus pais e sogros; e os avós devem estar em contato com seus netos. Estamos perdendo o fio com o passado e desprezando as tradições familiares que os avós guardam e podem transmitir.

Hoje os meios de comunicação e a cultura existente fazem questão de depreciar a sogra, criando piadinhas grosseiras e de mau gosto, numa total falta de respeito às pessoas mais velhas e que já tem uma história, muitas vezes feita de sofrimentos e reveses. Para as pessoas de bom senso e de espírito cristão, a sogra deverá ser uma segunda mãe e ponto de apoio aos jovens casais.Fatos da vida:a) Muitas vezes um filho ou filha tem que morar com seus pais ou sogros, às vezes por questões econômicas. Que fazer?Ambos, pais e filhos, devem respeitar a autonomia do outro, e todos devem sentir-se à vontade. Esta deve ser uma situação provisória, pois “quem casa, quer casa”, evitando-se qualquer interferência dos pais na vida dos filhos. Por outro lado, os filhos deverão deixar aos pais e sogros um espaço de liberdade e tratá-los com todo carinho. Infelizmente existem situações delicadas, no caso de morarem juntos (nora ou genros humilhados e pais desprezados).b) Os problemas do casal deverão ser resolvidos por eles mesmos, sem interferências. Os pais poderão ajudá-los, levando-os a um discernimento tranqüilo da situação, mas nunca interferindo, tomando decisões ou mesmo facilitando a desunião do casal.c) Pode acontecer que os jovens casados precisem trabalhar e necessitem deixar os filhos com pais e sogros. É necessário cuidado para que esses não sejam “explorados”, mas que auxiliem, como lhes for possível.São estas, entre outras, algumas situações que podem surgir e que devem ser resolvidas com bom senso, amor e respeito.Novos tipos de avós: Quando se falava de avós, pensava-se logo numa pessoa idosa, fazendo tricô. Hoje, os avós, especialmente os que são avós muito cedo estão em plena atividade, têm seus compromissos e responsabilidades. Fazem questão de terem relacionamento com seus filhos e netos, mas desejam conservar sua independência. Por outro lado, o relacionamento avós-netos é importante, pois os avós transmitem coisas que os pais não têm tempo ou não sabem fazer.

Há sombras e luzes no relacionamento dos jovens casados com seus sogros. É fundamental que o novo casal, que está iniciando uma nova família, deve crescer e amadurecer,

16

Page 17: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

superando as crises, sem interferência dos seus pais e sogros. No entanto deverão conservar-lhes o respeito, o carinho, a amizade e a convivência sadia com seus filhos, tendo neles um ponto de apoio em suas vidas.Reflexão em grupo:1. O que vocês esperam de seus pais e sogros?2. Como deverá ser o relacionamento no caso de morarem juntos?3. Conhecem avós que assumiram a educação dos netos, bem como todas as decisões? O que vocês dizem a respeito?Oração final4º ENCONTRO

HÁBITOS RELIGIOSOS

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Mt 7, 24-27

Texto para reflexão:Os primeiros anos de casamento são propícios à formação de hábitos religiosos

e cristãos que acompanharão para sempre a vida da família. Por isso, os recém-casados precisam e devem ser ajudados a tomar consciência da importância de iluminar sua vida a dois e familiar com a claridade do evangelho.IGREJA DOMÉSTICA: Quando se afirma que a família é a Igreja doméstica não se quer insinuar uma realidade falsa ou idealizada. Deseja-se afirmar que a primeira e mais fundamental expressão da comunidade eclesial está na família. Pai, mãe, filhos e eventualmente outros parentes constituem o núcleo básico da família. Assim, é necessário que os pais cristãos façam de tal maneira que sejam claros os sinais de que a família é célula da igreja:

“Da união conjugal procede a família, onde nascem os novos cidadãos da sociedade humana, que pela graça do Espírito Santo se tornam filho de Deus no batismo, para que o povo de Deus se perpetue no decurso dos tempos. É necessário que nesta espécie de Igreja doméstica os pais sejam para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé.”(Lumen Gentium – Vaticano II).

GESTOS RELIGIOSOS E CRISTÃOS: Para que efetivamente os esposos e posteriormente seus filhos possam ser mais cristãos, se torna importante a criação de hábitos religiosos.a) Oração conjugal:

Além da oração individual, é necessário que casal desenvolva o hábito da oração conjugal e, depois que chegarem os filhos, a oração familiar. Momentos mais propícios para a oração: de manhã, na hora das refeições ou à noite.b) Local para a oração:

Tanto para a oração conjugal como para a oração familiar é conveniente se dispor de um local adequado. Deve ser um local tranqüilo, onde não haja muita movimentação de pessoas, deve conter uma imagem de Cristo e uma de Maria; um terço, também alguns livros de orações. Um cantinho de oração assim arrumado, com

17

Page 18: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

uma vela acesa na hora da prece cria no lar um ambiente propício para o fortalecimento da fé.c) Diálogo conjugal:

Nada mais salutar do que o casal instaurar o hábito de um balanço regular de sua vida a dois através de um diálogo mais prolongado ao menos uma vez no mês. O casal poderá começar essa conversa a dois com uma prece ao Espírito Santo. Não se trata de uma conversa banal, mais de uma partilha honesta e sincera.d) Dias de estudos e de retiros:

Não é possível que o casal construa sua família cristã e sua conjugabilidade à luz do Evangelho se ficam entregues a si mesmos. Dias de reflexão com outros casais e outras famílias se mostram úteis e necessários. É necessário refletir sobretudo sobre a missão de uma família aberta ao mundo e à Igreja. Se possível esta família deve pertencer a um grupo de reflexão ou comunidade de casais.e) Missa dominical:

Participar semanalmente da Eucaristia é hábito vital para a família cristã. É na Eucaristia que temos a presença viva do Cristo Salvador. A Eucaristia nos cura e nos fortalece, nos alimenta espiritualmente.f) Viver os tempos litúrgicos e comemorar os acontecimentos familiares:

Já nos primeiros anos de casados o casal deveria lembrar-se da preparação para o Natal e a Páscoa, festejar adequadamente as grandes festas da vida da Igreja, e lembrar diante de Deus, as datas familiares mais queridas e mais importantes.g) Adquirir o hábito do serviço:

Ninguém vive para si. Poder servir gratuita e generosamente aos irmãos é causa de alegria e sinal de maturidade cristã. A vivência comunitária amadurece e solidifica o relacionamento do casal. É importante que não se busque reconhecimento e aplausos, mas a realização de um serviço fiel e discreto. Quando os filhos forem crescendo compreenderão que seus pais vivem o Evangelho que lhes pregam.

CONCLUSÃO: É importante que o casal desenvolva, logo nos primeiros anos,e procure colocar em prática no seu dia-a-dia, hábitos cristãos como esses descritos brevemente. Na medida em que os filhos crescem, esses se tornarão costumes e hábitos familiares, fortalecendo e solidificando a família. Como resultado teremos uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Reflexão em grupo:1. O que vocês entendem por Igreja doméstica?2. O que seria efetivamente a oração conjugal?3. Como se festeja o Natal e a Páscoa em suas famílias de origem? Que lembranças guarda das festas religiosas da sua infância?4. Vocês já se sentem chamados a um trabalho concreto em sua comunidade eclesial (Igreja) ou no bairro onde mora?5. Que lugar a missa ocupa na vida de vocês? Tem dificuldade em participar dela?Leitura bíblica (Jo 15, 12-16)

Oração final

18

Page 19: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

“Na oração, a família reencontra-se como primeiro “nós”, no qual cada um é “eu” e “tu”’cada um para o outro respectivamente marido ou esposa, pai ou mãe, filho ou filha, irmão ou irmã, avô ou neto. São assim as famílias, às quais me dirijo com esta Carta? Certamente não poucas são assim, mas os tempos em que vivemos manifestam a tendência para restringir o núcleo familiar ao âmbito de duas gerações. Isso sucede freqüentemente por causa do acanhamento das moradias disponíveis, sobretudo nas grandes cidades. Mas também, e não raro, o mesmo se deve à convicção de que mais gerações em conjunto são obstáculo à intimidade e tornam a vida muito difícil. Mas não é precisamente este o ponto fraco? Há pouca vida humana nas famílias dos nossos dias. Faltam pessoas com quem criar e partilhar o bem comum com os outros...”

Carta às famílias, 10( João Paulo II )

5º ENCONTROCHEGADA DO PRIMEIRO FILHO

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Lc 2, 4-21Texto para reflexão:

Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher.(Mt19,5) Quando os noivos recebem a bênção do sacramento do matrimônio, na celebração o padre pergunta com bastante clareza: “Vocês estão dispostos a receber com amor e carinho os filhos que Deus lhes confiar, educando-os na lei de Deus e da Igreja? “É a maior alegria para um casal quando chega este momento, é maravilhoso ver o fruto do amor de um homem e uma mulher brotar, crescer e nascer.

Um casal sem filhos é sempre um casal; com filhos, passa a ser uma família. Muitas vezes a emoção e outras preocupações do casamento são tantas que os noivos não percebem a profundidade deste compromisso que estão assumindo diante de Deus e da comunidade. Um casal jovem precisa ter muita firmeza, pois para serem pais responsáveis, requer sacrifícios, renúncia, compreensão e muito amor. Quando o filho é esperado com amor e carinho, ele nasce tranqüilo e seguro. Será sempre uma criança feliz, porque se sente amado e querido. Quando o filho vem sem planejar, sem esperar, às vezes cria-se um clima de muita tensão, preocupação, ansiedade e muitas vezes o casal está atravessando dificuldades financeiras. Este filho deve ser amado como se fosse único. Quando acontece a gravidez, é necessário que os dois, marido e mulher, vivam juntos cada momento dessa gravidez, pois este período é difícil para a mulher. Há transformações físicas e psicológicas. A gestante fica sensível e muito carente. Deseja mais diálogo, companhia do marido, ser mais amada, pois se sente insegura devido às transformações que o seu corpo vai sofrendo dia após dia. O marido deve acompanhar estas mudanças com muito amor, carinho e dedicação, ou melhor, a gravidez deve ser vivida a dois. Chegada a hora do parto é muito importante a presença do pai, que deve estar ao lado de sua mulher o maior tempo possível, acompanhá-la ao hospital, vivendo cada momento com fé, confiança e amor.

Quanto ao sexo do filho é preciso muita compreensão e aceitação. Se menino ou menina, o importante é que este filho é fruto do amor dos dois, é dom de Deus, conseqüência natural do casamento e da constituição da família. Um decidido “sim” à vida.

Quanto ao número de filhos é preciso que decidam com maturidade e responsabilidade; é uma decisão dos pais. O planejamento familiar deve ser feito de maneira cristã, consciente, com acompanhamento de um médico cristão. Os pais deverão criar os filhos a exemplo de

19

Page 20: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Jesus, que crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.(Lc 2,52). Precisamos aprender com José e Maria que criaram Jesus com tanto amor, dedicação e participação na comunidade. Eles participavam das festas religiosas da época e tinham experiência e vivência comunitária.Uma família cristã deve escolher para padrinhos de seus filhos, pessoas que tenham testemunho de vida na família e na comunidade, que sejam católicos participantes, sendo exemplo de vida. Pais e padrinhos educam mais pelo exemplo. Os filhos observam muito os pais e se espelham neles, é lindo o costume de muitos pais darem uma bênção a seus filhos antes de dormirem, traçando sobre sua fronte o sinal da cruz.(Ler II Tim3,14-17;Ef 6,1-4)Reflexão em grupo:1. O grande objetivo do matrimônio é a felicidade do casal. O que a chegada do primeiro filho significa neste objetivo?2. Citem quatro comportamentos fundamentais do pai em relação à mãe durante o período da gravidez.3. O ambiente da família, a exemplo dos pais educam mais do que as palavras. Concordam?4. Vocês já pensaram no compromisso que fizeram diante do altar de receber os filhos que Deus lhes confiar, educando-os na lei de Deus e da Igreja? Como? Oração final6º ENCONTRO

DECISÕES E PROJETOS DE VIDA A DOIS

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Col 3, 12-17

Texto para reflexão:

O matrimônio cristão é ao mesmo tempo uma maravilha de Deus, um projeto de vida, uma construção permanente; é o amor humano transfigurado pela graça. Mas o amor humano é frágil, precisa de proteção contra as agressões internas e externas.

O projeto de vida a dois é acima de tudo, a felicidade do casal, o que se consegue com o amor sem limites, um ajudando o outro, assumindo a sua história a dois, no corpo e na alma, na carne e no espírito, cada um procurando fazer a felicidade do outro, encaminhando-o na direção da santidade, construindo juntos uma comunidade de vida e de amor; sendo fecundos nos filhos, envelhecendo serenamente juntos e preparando-se para contemplar também juntos a Deus que os uniu.

Portanto, o jovem casal deve ficar atento para qualquer sinal que se apresente para quebrar a harmonia que deve existir entre os dois. Vejamos algumas situações nas quais se manifestam “certos desentendimentos”.a) Cada um traz consigo sua história familiar, boa ou problemática: quando aparecem as dificuldades, cada um tem seus pontos de referência em sua própria experiência familiar. Os que constroem o casamento não estão somente diante da novidade de uma pessoa, mas também com uma família nova, que muitas vezes conhece pouco.b) Pode ser que durante o namoro e noivado ele e ela tenham sido vigilantes nos detalhes: aparência, asseio pessoal, cuidados e atenções. Uma vez casados, pode acontecer que haja um relaxamento. As pessoas se acomodam. E surgem brigas por ninharias, ou comparações com o que um e outro viveram com suas famílias.c) Amigos: Pode ser que um ou outro exagere o relacionamento com “seus amigos” de solteiro, surgindo desavenças por causa deles.d) Trabalho fora de casa: Não discutimos o fato dos jovens casados e especialmente a mulher, tenha que trabalhar fora de casa. Hoje isto é o que mais acontece. No entanto não podemos deixar que o trabalho fora de casa traga reflexos para a vida do casal.e) Decisões: é um momento delicado. Há pessoas que têm dificuldades de ver as coisas; ouras são muito indecisas; outras ainda são autoritárias e impõem seus pontos

20

Page 21: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

de vista sem respeitar os do outro. Os dois precisarão tomar a decisão juntos e não um ir decidindo e o outro ir aceitando passivamente.f) Orçamento familiar: Podem surgir desavenças na maneira como um e o outro gastam o dinheiro, sobretudo nas coisas supérfluas, como bebidas em rodadas de amigos e compras desnecessárias.g) Ciúmes: O ciúme pode se constituir num delicado problema tanto nos primeiros anos, como nos outros. “O ciúme e sepultura do amor”. O casal que se ama deve confiar no outro. Ciúme é demonstração de insegurança e imaturidade.

É bom sempre ficar alerta para alguns sintomas que podem surgir na vida do casal:1) Pode se instaurar um silêncio entre o casal, quando usam monossílabos, evitando uma conversa mais demorada.2) Falta ou diminuição de gestos carinhosos que se faziam presentes anteriormente.3) Não se dá mais importância a detalhes,a datas e outras coisas.4) Falta de vontade de fazer programas a dois, preferindo-se a televisão, ou a retomada dos hábitos de solteiro.5) Quando o casal sai, sempre quer a companhia de terceiros.6) Um vai dormir bem mais cedo que o outro e finge estar dormindo quando o outro chega para evitar o encontro.7) Aumento do número de criticas e observações indelicadas com a família do outro.

Quando as coisas chegam a este ponto, é porque o diálogo foi interrompido e está havendo imaturidade da parte dos dois. Mesmo que as coisas não andem bem, é necessário evitar algumas atitudes, como: Nunca chegar à agressividade ou ao uso de palavras desrespeitosas e humilhantes ao outro; nunca sair de casa, mas tentar superar os problemas a dois; dormir sempre na mesma cama; enfrentar as questões com calma e lucidez; não envolver os pais ou parentes, mas se necessário, solicitar ajuda de uma pessoa neutra, de bom senso.

Nestes casos, as atitudes que podem ajudar são: o diálogo, reconhecimento dos valores do outro, ouvir as opiniões do outro, analisando e tentando chegar à uma solução comum, nunca dizendo um “não” definitivo; ter a habilidade de sorrir e enfrentar certas situações com humor; renovar os gestos carinhosos do tempo do namoro e do noivado; reconhecer os próprios erros e equívocos; não se acomodar.Conclusão:

Mais se poderia dizer. As considerações feitas no entanto parecem ser suficientes para uma troca de idéias em grupo. Com pouco tempo de casamento será preciso rever o projeto conjugal, reavaliar os propósitos e dar-lhes mais consistência e solidez.

Reflexão em grupo:1. Vocês acham que os primeiros anos de casamento têm dificuldades particulares? Será que há mesmo uma crise no casamento nos seus primeiros anos?2. Vocês percebem que estão colocando em comum suas tradições familiares?3. Como vocês estão tomando as decisões importantes de suas vidas?4. Comentar em grupo a lista de sinais de alarme no tocante ao casamento.5. Que lhes parece importante fazer para superar algumas crises ou dificuldades acima citadas?Oração final.

ORAÇÃO DO CASAL

Nesta hora da vida, Senhor, aqui estamos nós dois.Em cada instante, em cada minuto da vida, somos um do outro.Como é misterioso o amor!Como é impenetrável o bem-querer!Dois seres tão diferentes, um homem e uma mulher, dois que se pretendem ser um na diversidade dos caracteres, nossa fechamentos e na vontade de fusão, correndo um ao encontro do outro, fugindo um do outro como se fosse quimera uma tal fusão!

21

Page 22: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

Nós dois, tão frágeis, tão fortes, frágeis na vontade de possuir, fortes na defesa da fragilidade do outro.Nós dois e essas crianças dos cabelos encaracolados, dos gritos enervantes, das doenças que preocupam, essas crianças que são frágeis e nasceram de nosso amor tão louco e tão racional, tão possessivo e tão oblativo, esse nosso amor de ontem tão juvenil e adolescente, de hoje tão forte e tão inquietante, mas esse amor de sempre.Senhor, só tu sabes amar, só tu és a fonte de amor; de teu peito cheio de amor verteste rios de ternura sobre nós.No amor há morte, no amor há vida, há mistério pascal no cotidiano de nossas vidas. Nós dois e mais os nossos filhos, sempre juntos, contigo, no mar das incertezas e na rocha das fortalezas, na cruz e na luz, nós dois, cheios de amor e carentes do teu amor.Olha, Senhor, estamos sempre juntos.Fortifica a casa do nosso amor para que os ventos do egoísmo e as tempestades do ciúme não se abatam sobre nós que estamos diante de ti, tão juntos, tão próximos, nós dois.

Do livro Encontro com Cristo. Vozes, Petrópolis p. 95-96.

7º ENCONTRO

FAMÍLIA CRISTÃ

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Ef. 4, 17-32

Texto para reflexão:

Algum tempo já se foi desde o casamento de vocês até hoje: dois anos, um ano, alguns meses. Não importa. O certo é que vocês estão tentando colocar em prática os bons propósitos que foram acertados durante o namoro e o noivado. As transformações pelas quais vêm passando o mundo e a família, nesses últimos tempos, nos dão a certeza de que não podemos esquecer que a vigilância deve ser dobrada.

Após a reflexão sobre os vários temas aqui propostos, temos certeza de que vocês estão mais atentos para o combate. A experiência vivenciada pôr vocês, no casamento, leva-os a acreditar que o amor deve ser o “motor” a impulsionar suas vidas, e a vida dos filhos. A entrega mútua do casal deve fazer com que a união não seja fugaz mas duradoura.

Vida a dois afasta todo e qualquer individualismo. Precisamos uns dos outros o que afasta do casal, o isolamento. É na família que deve ser construída a personalidade com todas as suas implicações. A família deve ser um lugar acolhedor, onde ninguém deve ser excluído, mas todos tenham seu papel. a família deve ser tão aberta que possa acolher a todos, daí o acolhimento que deve ser contínuo, no seu seio.

Reflexão em grupo:

22

Page 23: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

1. O que vocês entendem praticamente com a designação da família como uma comunidade de vida e de amor?

2. Em que sentido a família é lugar de encontro e de formação da pessoa?

3. Como os membros de uma família podem, praticamente, viver o encontro?

4. O que significa construir uma civilização do amor e como a família pode dar sua contribuição para tanto?

5. A família cristã possui traços diferentes das outras famílias? Quais?

Leitura bíblica: Em 12, 9-18

Oração final

8º ENCONTRO

VIDA CONJUGAL

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Efésios 5, 25-33 | Pedro 3, 1-7

Texto para reflexão:

O casamento é a união e a vida em comum de dois seres humanos, um que é homem e outro que é mulher. O respeito a essa realidade tão simples é fundamental. A construção do casamento se fará numa repetição infinita de gestos, e palavras, de diálogos, de expressões de atenção e de respeito. Será fundamental rever sempre de novo se os dois olham na mesma direção, se buscam, no respeito, nas diferenças estarem juntos para o bem do outro.

Nesse dom mútuo, maduro, perseverante haverá o momento da renúncia que é um peso suportado, mas momento de superação do egoísmo para que o amor conjugal se manifeste. A renúncia é de parte a parte. Não há possibilidade de construção do nós quando um dos cônjuges é dom e outro egoísmo. A renúncia só tem sentido e valor quando se dá no contexto de um amor mútuo e interpessoal e certamente quando não avilta a dignidade.

23

Page 24: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

A chegada do sofrimento, do contraditório, da dor é momento de prova do amor. Quando um casal sabe acolher um sofrimento e manter a união terá solidificado o projeto conjugal. A desistência do esforço e a moleza interior são responsáveis por casamentos fracassados e sem brilho.

Quando falamos da harmonia conjugal não estamos defendendo um casal fechado, voltado para si. O casal é realidade aberta e se orienta para fora do lar.

Particularmente importante será o convívio com outros casais.Ninguém vive ou aprende sozinho. Casais ensinam casais a viverem juntos. A

pertença a um grupo de casais, tanto nas classes pobres quanto nas remediadas e altas, é elemento importante na construção do casamento. A troca de idéias, o ver outros construírem a unidade, o partilhar das dúvidas e dos temores, quando o grupo é maduro e não se reúne apenas para futilidades e alimentar a dimensão social em seu sentido de mundanismo, é de grande auxílio para se ver claro a realidade conjugal e reorientar caminhos que correm tortuosamente. Com o casamento diminuem os contatos com amigos solteiros e a vida do casal não pode limitar-se às quatro paredes da casa e às visitas a familiares. Melhor ainda, para os cristãos, se esses grupamentos tiverem o cuidado de fomentar uma espiritualidade conjugal.

Para viver uma boa vida conjugal é preciso ver alguns pontos importantes como:

Presença: (Amar é viver com a pessoa amada)O amor exige a presença da pessoa amada não somente física, mas, sobretudo, psicológica, isto é, presença de amor, de compreensão de serviço e partilha, pulsando e vibrando de amor. A ausência resfria e mata o amor.

A União: Amar é viver unido ao amado. A vida conjugal exige união, fusão de dois corações num só. Exige intimidade.

Cristo para satisfazer as exigências do seu amor para conosco, instituiu a comunhão. Cristo se dá todo à pessoa e a pessoa se dá toda a Cristo. Assim, também Deus quer que seja a união dos casados a ponto de formarem “uma só carne”. A vida conjugal é completa quando nela se realizam três elos importantes: Corpo-Coração e alma. No corpo aquele desejo de se dar, de fazer o outro plenamente feliz, no coração a doação afetiva, união de sentimentos, de amizade, através dos carinhos, atenção, compreensão, perdão, renúncia e aceitação.

Na união da alma, vemos a doação espiritual na participação, na busca do fortalecimento do amor através da palavra de Deus, da oração conjugal, feita pelos dois diariamente dentro do ambiente do lar, no aconchego dos dois.

Na vida conjugal outro ponto importante é o sacrifício de renúncia.Amar é sacrificar pelo outro. O amor se mede pela capacidade de renúncia e de

sacrifício de um para o outro. O sacrifício torna forte o amor.A todos Cristo disse: “Se alguém quer ser meu discípulo, tome a sua cruz,

renuncie a si mesmo e siga-me”(Mt 16, 24). Amar é estar a disposição do outro, é fazer da vida conjugal uma vida de felicidade, realização de fecundidade que produza a realização do casal, para serem plenamente feliz.

Reflexão em grupo:1. Como está a sua vida conjugal?

24

Page 25: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

2. Dentro da vida conjugal de vocês, tem lugar para a oração?3. Em relação ao sacrifício, renúncia e desentendimento, qual tem sido a sua atitude?

Oração final

9º ENCONTRO

“FELICIDADE FAZ-SE COM FIDELIDADE”

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Fundamentação: (Marcos 10,1-11)(Cânticos 1,1-4/8,6)

(I Cor 2,4)(Rute 1,16)(Tobias 4, 6-12)

Texto para reflexão:O amor afetivo encontra a sua expressão mais elevada no amor espiritual pelo

que se procura a realização da perfeitação total do ser amado na sua realidade integral formada de corpo e alma. Não podemos amar apenas o corpo, ou a alma somente. Ninguém diz: amo a tua alma ou amo teu corpo. Diz: Amo-te a ti, amo o que em realidade é a tua personalidade completa. Não a dúvida de que a felicidade acompanha a construção do casamento, quando se faz um projeto de vida a dois, planeja e assume a chegada dos filhos com todas as suas conseqüências, amando e sendo fiel.

Fidelidade é um desses valores que todos devem buscar. Buscar os valores da vida é buscar a própria vida. Diante desta realidade é ver no dia-a-dia: Viver é só seguir os instintos naturais? Comer, trabalhar, divertir-se, reproduzir a vida? Viver é

25

Page 26: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

conseguir alguém para si, ter filhos, ter casa própria? Viver é ser fiel ao Plano de Deus na vida. Ser fiel é crescer na escolha dos valores que satisfaçam a vida, satisfaçam o coração. O amor imaturo diz assim: “Amo-te porque me tornas feliz”. O amor amadurecido, pelo contrário, expressa-se de modo diferente: “Sou feliz porque te amo”. Aquele que ama verdadeiramente é fiel, o faz por puro amor, sem segundas intenções. Ama com entrega total, sem reservas no espaço e no tempo em qualquer circunstâncias. Esse amor irrevogável chama-se Fidelidade, que com certeza produzirá felicidade!

COMO SER FIEL DIANTE DAS MUDANÇAS?Se queremos ter uma profunda alegria de viver, teremos ao mesmo tempo que

procurar uma profunda vivência de amor. O amor é a grande força que nos impulsiona para o futuro. A grande motivação, o motor da vida. Quando não há amor, a vida pára. Hoje as pessoas estão sempre com muito dinamismo, estão sempre num processo de transformação, quando se refere as grandes decisões como: casamento, vida religiosa, sacerdócio, vida profissional. Os jovens sonham muito e tem vontade de estar sempre experimentando coisas novas. Mesmo porque buscam um caminho, uma meta, um sonho a se realizar.

E ainda tem toda a eternidade de Deus que lhe espera, todo o amor e toda felicidade infinita vivida para sempre ao lado dos familiares e da pessoa amada. Assim sempre será o jovem vivendo o próprio amor. Buscando sempre crescer, aprender mais, criar raízes, mudar sempre com sabedoria, não permitindo que o egoísmo, a vaidade, a infidelidade faça parte desta mudança. (Lc 1, 30-38).

A exemplo do evangelho de Lucas, Maria viu a grande mudança na sua vida assumindo a maternidade de Jesus. Sendo fiel a Deus. Confiando e obedecendo Maria nos dá o grande exemplo de fidelidade.

FIDELIDADE PESSOAL (OU FIDELIDADE À PESSOA)A fidelidade pessoal no amor é uma qualidade tão natural como o próprio amor.

Deus uniu num mesmo ato, a criação do homem e a fidelidade do amor. De acordo com a Bíblia, Gênesis 1-27,28, nos fala que depois de criar o homem, Deus sentiu que para uma felicidade completa o homem precisava de uma companheira e que depois da bênção seriam uma só carne, queria que se fundissem num só corpo homem e mulher, com um amor fiel até a morte. Não pode haver uma afirmação mais clara de que a fidelidade é uma qualidade inseparável do verdadeiro amor. A fidelidade de uma união assim, precisa primeiro ser de um para o outro.

A exemplo da fidelidade pessoal de Jesus com Deus, como vemos (Lucas 16,10).

Como também em muitos textos bíblicos que poderemos pesquisar. Vemos também como no casamento é feito um compromisso de fidelidade de uma pessoa a outra. É preciso ter consciência, sabe-se que o ser humano é frágil, porém a confiança se conquista no dia-a-dia da vida. É no conviver diário que se constrói uma vida toda. Mais uma vez, percebe-se que o fundamento do amor é feito de fidelidade.

A fidelidade sempre supõe um compromisso de amor a uma pessoa. O ser humano está sempre buscando coisas novas embora perdura o essencial da pessoa. Quando éramos crianças, adolescentes tínhamos reações diferentes daquelas que passamos a ter na idade de jovens e adultos. Hoje percorrido uma boa parte do

26

Page 27: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

caminho da nossa história, tendo atravessado dificuldades e tormentas, somos nós mesmo, embora diferentes, tendo opinião própria, gostos, escolhas diversas, mas se o amor é a meta maior, aquela união será sempre cheia de confiança e fidelidade.Fundamentação: Gênesis 22, 1-19 (Fidelidade de Abraão com Deus

FIDELIDADE A UM PROJETO COMUM (Mc 10, 1-11)“A perseverança está para a coragem como a roda para a alavanca: É a

renovação perpétua do ponto de apoio. Esteja na Terra ou no Céu o alvo é a vontade, a questão é ir a este alvo custe o que custar. “O caminho para a fidelidade é a perseverança. O amor em termos humanos, é a grande motivação, na perspectiva da fé, é a grande força do espírito (1Cor 2,4). “Um sem amor, em qualquer terreno, é como um motor sem combustível. Mas um homem com amor é mais forte do que a morte.”(Cant 8,6)

Os que se amam e querem uma vida juntos para toda a vida, que maravilha! Fundir duas vidas numa só vida; dois destinos numa única realidade! Para conseguir à santidade mútua! Quando brota do coração esta vontade de realizar um projeto de vida a dois este projeto se torna comum para ambos. Então com grande entusiasmo buscam esta realização. O sonho natural de todo jovem é encontrar um grande amor, casar e ser feliz, e quando encontra fazem juntos um projeto.”

“São Tomás diz que a perfeição fraterna se manifesta “Quando o homem dá pelo próximo não só os bens temporais, mas também os seus bens espirituais e finalmente se entrega a si mesmo por completo.”

Fazer um projeto de vida à dois sempre visando o bem comum é preciso que haja a participação, diálogo, muita renúncia, requer também uma maior doação e muita fidelidade de ambas as partes.

Reflexão em grupo:1. O que você entende por fidelidade?2. Nos tempos atuais como você vê a fidelidade a dois?3. Quais as conseqüências da infidelidade?4. Você é capaz de perdoar?Oração final

10º ENCONTRO

VIDA ESPIRITUAL

Canto: A escolhaOração inicialFundam. Bíblica: Hebreus 11, 1-12 – I Cor 12, 12-30

Texto para reflexão:

Normalmente falando os que se casam diante do Senhor, os que recebem o sacramento do matrimônio são pessoas que crêem em Cristo e que têm em si a vida cristã. Na realidade o cristianismo é uma vida. Cristo se apresenta como porta, caminho, verdade, luz e vida do homem. Pelo batismo e pela vivência da fé vai havendo um crescimento interior, o desenvolvimento de uma vida realmente espiritual

27

Page 28: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

que não é uma segunda estrutura da existência, mas a vida de todos os dias dilatada às dimensões da vida de Cristo vivo e ressuscitado em cada um de seus discípulos.

No tempo de solteiro pode acontecer que o rapaz e/ou a moça tenham se dedicado à oração, ao estudo e compreensão do Evangelho, à ação cristã no mundo. Não é normal que, com o casamento, esse projeto seja abandonado ou interrompido. Pode mesmo acontecer que, quando uma das partes não teve vida espiritual cristã, a outra venha a ser prejudicada.

Poucas vezes se observa empenho comum na construção da vida a dois à luz da fé. Poucos casais concebem um projeto espiritual comum. Nota-se que um ou o outro continuam com certa religiosidade, certas práticas religiosas adquiridas em suas famílias de origem, mas na realidade não há esquemas novos de construção de uma vida espiritual a dois. Como casamento instaura-se a nova realidade do casal e assim é normal que se possa falar de uma espiritualidade conjugal e familiar. Não é suficiente que marido e mulher, isoladamente, continuem sua vida cristã. Será necessário criar um nós diante do Senhor.

Uma antiga expressão diz que os cristãos se casavam no Senhor. Estabelece-se entre marido e mulher um laço de aliança, um pacto de amor no amor do Senhor. A espiritualidade conjugal consiste numa vivência da fé, em todas as suas dimensões, a partir da dimensão conjugal e familiar. Não se trata somente de algumas práticas comuns realizadas a dois, mas de todo um empenho de fazer com que a fé penetre a vida dos dois e da família.

Marido e mulher são chamados por Cristo. Já tinham começado a dar resposta ao pedido de Jesus: “Vem e segue-me”. Na nova situação de casados haverão de continuar a dar a resposta ao seguimento do Mestre numa outra e particular situação de vida. Assim como Senhor Altíssimo fez aliança com seu povo, assim marido e mulher, no Senhor, estabelecem um pacto mútuo. São dois destinos eternos que, à luz do Evangelho, vão respondendo à sua vocação cristã e divina.

A espiritualidade conjugal supõe uma busca comum da santificação. Não tenhamos medo de ouvir a palavra da santidade. Não se trata de alguma coisa desencarnada. Trata-se da preparação de nosso interior para viver a comunhão com Deus nesta e na outra vida. Os cônjuges caminham juntos nesta direção e alcançam a meta não com meios usados pelos monges e contemplativas, mas com a Palavra de Deus, a Bíblia, que está em suas mãos, vivendo o dia-a-dia do casal e da família à luz dos desígnios de Deus e das exigências do Evangelho.* Os que se casam devem ter plena consciência e respeito a santidade e sublimidade do sacramento do matrimônio. Não basta, no entanto, tal consciência. O casal vive as graças do matrimônio ao longo de toda a sua vida: força para superar dificuldades, graças de fidelidade, ajuda para a educação dos filhos, etc.* Revisão constante da vida para saber como casal, marido e mulher estão realizando a vontade de Deus a seu respeito: Diálogo amoroso e ininterrupto a fim de verificar se o casal está vivendo o mandamento do amor fraterno e conjugal à luz do Evangelho.* Leitura comum da palavra de Deus na Bíblia: reflexão em comum e até mesmo com outros casais no sentido de ver como a palavra do Senhor se encarna em sua história a dois e familiar.* Participação comum da Eucaristia (missa ou culto) como alimento da vida a dois, como momento de oferecer ao Senhor, por meio de Cristo, a história de seu amor e de sua família.

28

Page 29: MEDITAÇÃO E ORAÇÃO INICIALfiles.pastoralfamiliarnsamparo.webnode.com.br/20000… · Web viewDiretório da Pastoral Familiar (doc 79 - capitulo 5) PAIS/ BATISMO/ CRISMA Outro campo

* Exercício comum das virtudes da humildade, paciência, misericórdia: vivência de tais virtudes no relacionamento a dois e familiar.* Prática da oração conjugal; marido e mulher não apenas repetem fórmulas em comum, mas se apresentam juntos ao ministério de Deus que os uniu e sustenta sua caminhada a dois. Exercitar-se-ão no sentido de criar em sua casa um clima de oração e devoção familiar.* Saberão também, marido e mulher, dedicar-se à comunidade cristã paroquial onde habitam. Anunciar a boa-nova do casamento e da família a outros casais e outros cristãos. Convém que o trabalho apostólico fora de casa seja realizado pelo casal para testemunhar que estão unidos no Senhor.* O casal cristão saberá estar presente no mundo e construir um lar, mais aberto as necessidades de outras famílias e outros irmãos.

Reflexão em grupo:1. Como casal descobre a vontade de deus a seu respeito?2. Que lugar ocupa a oração na sua vida conjugal e familiar?3. Vocês tem o hábito de se oferecerem juntos ao Senhor na celebração da missa?

Oração final

BIBLIOGRAFIA

1. A missão da família cristã no mundo de hoje (Exortação Apostólica de João Paulo II) – Ed Paulinas

2. Conclusões da Conferência de Puebla – Ed. Paulinas3. Santo Domingo – Conclusões – CELAM – Ed. Loyola4. Vida de Casal (linhas de espiritualidade conjugal e familiar) Batista Borsato – Ed.

Paulinas5. Casados Há Pouco Tempo (reflexões para os primeiros anos de vida conjugal e

familiar) – Frei Almir Ribeiro Guimarães – Ed. Vozes6. Segundo encontro de formação de agentes Pastoral Familiar (1996) –

Arquidiocese de Vitória7. Arquidiocese de Montes Claros – Pós Matrimonial.8. Carta as Famílias – João Paulo II.

29