Mediunidade de Cura - Ramatis - Hercilio Maes

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    Mediunidade de Cura Herclio Maes Ramats

    RAMATISMediunidade de Cura

    Obra psicografada porHerclio MAES

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    Mediunidade de Cura Herclio Maes Ramats

    Mediunidade de Cura

    O chamado Mundo Oculto sempre atuou na cura das enfermidadeshumanas, sob as mais diversas formas. Assim se verifica nos relatos bblicos, no xamanismo dos povos antigos, na tradio oculta e namediunidade contempornea, aqui descritos por Ramats.

    Nesta obra, que trata especificamente da teraputica por viamedinica, a profundidade do conhecimento inicitico de Mestre Ramats,aliada a sua peculiar objetividade, desvenda com clareza os mecanismosde atuao curadora no duplo etrico do homem e na fisiologia dos

    chacras. Descreve a tcnica utilizada pelas equipes espirituais nosreceiturios medinicos, a razo dos equvocos possveis, e o charlatanismo queeventualmente ocorre nesse processo, bem como a metodologia das cirurgias espirituais, atarefa do mdium receitista e suas dificuldades, os passes medinicos e o receituriohomeoptico e de gua fluidificada.

    Desvenda a tcnica dos "benzimentos" e "simpatias", e elucida, com preciso inditacomo atua na cura dos quadros dermatolgicos. Aponta os efeitos da eutansia e dadistansia - a "morte difcil", ou prolongamento artificial da vida, que impede o homemcontemporneo de morrer em paz.

    J consagrada como um manual clssico da matria, em quase uma dezena desucessivas edies, leitura indispensvel para quantos se interessam pelos processos dachamada cura espiritual, pela extenso e profundidade de anlise dos mecanismos ocultos damediunidade curadora.

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    Herclio Maes

    Herclio Maes, mdium de Ramats, nasceu e viveu emCuritiba, Paran, por 80 anos (1913-1993). Completou trsanos do curso de Medicina, que interrompeu por razes desade, vindo a formar-se posteriormente em Direito,profisso que exerceu paralelamente de Contador.

    Aos 30 anos, aps ver aflorar sua mediunidade, tevecontato com Ramats. com o qual possua laos espirituaisde remotas eras. Ciente do compromisso de trabalho

    assumido antes de seu reencarne, passou a psicografar atravs da mediunidade intuitiva asrie de obras de Ramats, que abrange temas inditos e despertadores, de fcil receptividadeao leitor por apresentar. de maneira acessvel, o conhecimento inicitico milenar.

    Universalista e estudioso das mais diversas correntes espiritualistas, Herclio Maes foimaon, rosacruz e teosofista. Paralelamente tarefa de psicografia, foi mdium receitista derara eficincia. Atravs da Radiestesia, em que era perito, atendia com o receituriohomeoptico gratuito centenas de enfermos por semana em um pequeno centro esprita deCuritiba. S aceitava, via de regra, pacientes desenganados da Medicina; os maisnecessitados saam com a prpria medicao fornecida por ele.

    A legio de casos complexos. exticos e "incurveis" resolvidos com assistncia deuma equipe de mdicos do espao nunca foi mencionada por Herclio, cujo trao marcante detemperamento e de vida era a simplicidade. Caracterizava-se pela ndole generosa e asingeleza espiritual com que acolhia a todos e encantava auditrios nas palestras quemesclavam conhecimento transcendental e permanente bom-humor.

    Deixou neste plano a esposa, D Eleonora Maes, companheira de todas as tarefas, trsfilhos (Iara, Zlia e Mauro) e vrios netos.

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    OBRAS DE RAMATIS .

    1. A vida no planeta marte Herclio Mes 1955 Ramatis Freitas Bastos2. Mensagens do astral Herclio Mes 1956 Ramatis Conhecimento3. A vida alem da sepultura Herclio Mes 1957 Ramatis Conhecimento4. A sobrevivncia do Esprito Herclio Mes 1958 Ramatis Conhecimento5. Fisiologia da alma Herclio Mes 1959 Ramatis Conhecimento6. Mediunismo Herclio Mes 1960 Ramatis Conhecimento7. Mediunidade de cura Herclio Mes 1963 Ramatis Conhecimento8. O sublime peregrino Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento9. Elucidaes do alm Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento10. A misso do espiritismo Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento11. Magia da redeno Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento12. A vida humana e o esprito imortal Herclio Mes 1970 Ramatis Conhecimento13. O evangelho a luz do cosmo Herclio Mes 1974 Ramatis Conhecimento14. Sob a luz do espiritismo Herclio Mes 1999 Ramatis Conhecimento

    15. Mensagens do grande corao America Paoliello Marques ? Ramatis Conhecimento

    16. Evangelho , psicologia , ioga America Paoliello Marques ? Ramatis etc Freitas Bastos17. Jesus e a Jerusalm renovada America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos18. Brasil , terra de promisso America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos19. Viagem em torno do Eu America Paoliello Marques ? Ramatis Holus Publicaes

    20. Momentos de reflexo vol 1 Maria Margarida Liguori 1990 Ramatis Freitas Bastos21. Momentos de reflexo vol 2 Maria Margarida Liguori 1993 Ramatis Freitas Bastos22. Momentos de reflexo vol 3 Maria Margarida Liguori 1995 Ramatis Freitas Bastos23. O homem e a planeta terra Maria Margarida Liguori 1999 Ramatis Conhecimento24. O despertar da conscincia Maria Margarida Liguori 2000 Ramatis Conhecimento25. Jornada de Luz Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Freitas Bastos26. Em busca da Luz Interior Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Conhecimento

    27. Gotas de Luz Beatriz Bergamo 1996 Ramatis Srie Elucidaes

    28. As flores do oriente Marcio Godinho 2000 Ramatis Conhecimento

    29. O Astro Intruso Hur Than De Shidha 2009 Ramatis Internet

    30. Chama Crstica Norberto Peixoto 2000 Ramatis Conhecimento31. Samadhi Norberto Peixoto 2002 Ramatis Conhecimento32. Evoluo no Planeta Azul Norberto Peixoto 2003 Ramatis Conhecimento33. Jardim Orixs Norberto Peixoto 2004 Ramatis Conhecimento34. Vozes de Aruanda Norberto Peixoto 2005 Ramatis Conhecimento35. A misso da umbanda Norberto Peixoto 2006 Ramatis Conhecimento36. Umbanda P no cho Norberto Peixoto 2009 Ramatis Conhecimento

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    Meu tributo fraterno

    Ao meu amigo e confrade Jlio SimCosta, cuja amizade espiritual nos une atravs dasvidas pretritas, esprito laborioso e de bomnimo, que, na existncia atual, tambm tem sidoo companheiro infatigvel na investigao doenigma dos nossos destinos.

    Curitiba, setembro de 1963

    Herclio Maes

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    ndice

    Invocao s Falanges do Bem...................................................................... 8

    Invocao s Falanges do Bem...................................................................... 9

    Algumas palavras do mdium ...................................................................... 10Intrito [Jos Fuzeira] .................................................................................. 12Deve estudar-se o Espiritismo? .................................................................... 19Mensagem a um mdium ............................................................................. 20

    Captulo 1 A antiguidade do fenmeno medinico e sua comprovao bblica ............ 21

    Captulo 2 Algumas observaes sobre os mdiuns ...................................................... 32Captulo 3 Novos aspectos da sade e das enfermidades .............................................. 36Captulo 4 A assistncia teraputica dos espritos e a medicina oficial da Terra .......... 52Captulo 5 Aspectos do receiturio medinico alopata .................................................. 62Captulo 6 Os passes medi nicos e o receiturio de gua fluidificada .......................... 69

    Captulo 7 Por que nem todos se curam pelo receiturio medinico? ........................... 80Captulo 8 Os impedimentos que prejudicam os efeitos das medicaes espritas ....... 85Captulo 9 A tarefa dos mdiuns receitistas e os equvocos das consultas .................... 94Captulo 10 Consideraes sobre os pedidos de receitas apcrifas ................................. 99Captulo 11 Os mdiuns de cura e os curandeiros ........................................................... 112Captulo 12 O receiturio medinico dos pretos-velhos, ndios e caboclos ................ 116Captulo 13 A teraputica extica dos benzimentos, exorcismos e simpatias ................. 123Captulo 14 As receitas medinicas remuneradas ........................................................... 139Captulo 15 Ponderaes a respeito do mdium enfermo ............................................... 148

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    Captulo 16 A psicotcnica esprita nas operaes cirrgicas ......................................... 152Captulo 17 A assistncia medinica aos moribundos .................................................... 161

    A luz dos fatos dissipar as trevas da dvida e da ignorncia ..................... 169

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    Mediunidade de Cura Herclio Maes Ramats

    Invocao s Falanges do Bem

    Doce nome de Jesus,Doce nome de Maria,Enviai-nos vossa luzVossa paz e harmonia!

    Estrela azul de Dharma,Farol de nosso Dever!Libertai-nos do mau carma,Ensinai-nos a viver!

    Ante o smbolo amadoDo Tringulo e da Cruz,V-se o servo renovadoPor Ti, Mestre Jesus!

    Com os nossos irmos de MarteFaamos uma orao-.Que nos ensinem a arteDa Grande Harmonizao!

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    Invocao s Falanges do Bem

    Do ponto de Luz na mente de Deus,Flua luz s mentes dos homens,Desa luz terra.

    Do ponto de Amor no Corao de Deus,Flua amor aos coraes dos homens,

    Volte Cristo Terra.

    Do centro onde a Vontade de Deus conhecida,Guie o Propsito das pequenas vontades dos homens,O propsito a que os Mestres conhecem e servem.

    No centro a que chamamos a raa dos homens,Cumpra-se o plano de Amor e Luz,e mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder

    restabeleam o Plano de Deus na Terra.

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    Algumas palavras do mdium

    Prezados leitores

    Rogo alguns momentos de vossa preciosa ateno a fim de explicar a razo dapresente obraMediunidade De Cura, a qual, em sua substncia, um complemento das quej foram publicados sob os ttulos Fisiologia da Alma eMediunismo.

    Conforme o programa de trabalho psicogrfico ditado por Ramats e j enunciadona capa das obras anteriores, o signatrio supunha que, em seguida obra Mediunismo,teria de psicografar as suas mensagens referentes Vida de Jesus, ou seja, O Sublime

    Peregrino. No entanto, para atender a dvidas e indagaes de muitos interessados noestudo da mediunidade, em seus diversos aspectos, como sejam os de passes medinicos, ascuras, o receiturio, a psicometria, a radiestesia e outros fenmenos da mesma origem,Ramats sugeriu como trabalho de necessidade mais imediata, a confeco de uma obrasuplementar, que abordasse certos detalhes ou mincias dos mesmos e que ainda no foramabordadas nas obras anteriores. E ele, com a sua boa-vontade habitual atenderia sindagaes que, a tal respeito, lhe fossem apresentadas.

    Assim nasceu mais esta obra Mediunidade de Cura, acrescentada ao programa jdelineado, a qual, pelos seus objetivos, ser de grande interesse e utilidade para os adeptosdo Espiritismo, especialmente para os mdiuns. E ser tambm bastante til a muitos dos

    profitentes da Medicina, pois seu contedo constitui uma valiosa contribuio que amplia ocampo da etiologia e diagnose das enfermidades que atacam o homem; as quais,consideradas sob novos aspectos psquicos, possibilitaro uma viso teraputica de maioreficincia, em beneficio da Humanidade. Aos leitores que notem haver nesta obra umaespcie de repetio ou analogia com alguns temas j explanados nas obras anteriores,esclareo que tal fato orientao do nosso prprio mentor Ramats, pois ele adverte serindispensvel aos adeptos assimilarem, em toda profundidade e amplitude, as matriasabordadas, no apenas quanto aos seus aspectos mais evidentes, mas, tambm, em todos osefeitos que lhes so acessrios, pois a mediunidade sendo um fenmeno conjugado a causasdo plano astral ou invisvel, h necessidade de abrir todos os seus refolhos e trazer superfcie o seu contedo a fim de ser devidamente considerado e servir de orientao aos

    discpulos ou obreiros da Seara do Mestre.

    Alm disso, na poca atual, a difuso e o interesse, cada vez maior, pelo Espiritismo,j no permite que a sua fenomenologia seja trazida ao palco da opinio pblica deixandosuspensas ou sem resposta as interpelaes que fazem as conscincias mais exigentes, que,antes de crer, fazem questo de analisar o "corpo inteiro" do que lhes apresentado comouma verdade digna de reverncia ou acatamento.

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    Alis, Ramats, em suas obras, insiste, s vezes, em abordar sob novos ngulos umassunto j ventilado antes, visando, justamente, elucidar o leitor, de modo a dissiparquaisquer dvidas que ainda estejam flutuando na sua mente.

    certo que tal mtodo, para alguns leitores, talvez seja considerado um tanto

    prolixo ou cansativo; mas no seria justo que para satisfazer os adeptos mais esclarecidos,se prejudicasse a maioria, omitindo esclarecimentos de fenmenos ou problemas complexosque no podem ser definidos e aceitos analisando somente a sua superfcie.

    Esta orientao de Ramats tem em vista possibilitar a todos que o lem umacompreenso integral das matrias explanadas em suas obras, as quais atendem finalidade prtica e objetiva de bem esclarecer para bem evangelizar!

    Herclio Maes

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    Mediunidade de Cura Herclio Maes Ramats

    Intrito

    Esta obra, Mediunidade de Cura, que, pela sua extenso fenomnica, tambmpoderia ter o ttulo de "Mediumpsicoterapia", expe, estuda e esclarece um problema humanode alta relevncia, o qual pela sua amplitude de ordem coletiva interessa humanidadeinteira. E o problema das enfermidades que afligem o homem, porm, identificadas edefinidas em suas causas e efeitos sob fundamentos de uma etiologia e teraputica queultrapassam e ampliam profundamente os conhecimentos de patologia considerados at agorapela Cincia mdica.

    Assim, o revisor desta obra, por sugesto de seu autor, Ramats, antepe s pginas deseu texto algumas elucidaes de real interesse, tanto para o homem, em particular, comoespecialmente, para a ilustre classe mdica, no sentido de despertar seu empenho empesquisar e considerar novos elementos que a habilitam a preservar, com maior eficincia, asade dos habitantes do nosso orbe.

    que, embora a Medicina j tenha vencido grande parte das doenas perigosas eatenuado os efeitos nocivos de outras, ainda existem algumas, tais como o cncer, a lepra, atuberculose, o pnfigo foliceo, conhecido sob o nome de "fogo selvagem" e tambm certasendemias como a malria, que continuam fazendo milhes de vtimas. Alm disso, emdiversas regies de alguns pases, especialmente no Oriente, tem havido surtos de molstiasgraves, de etiologia ainda no identificada. Portanto, o homem continua a sofrer rudesembates contra a sade do seu corpo fsico.

    Dizemos corpo "fsico" porque a prpria Cincia acadmica no tardar em certificarque o homem-alma possui tambm um corpo fludico denominado perisprito.

    Assim, o objetivo principal desta obra no somente expor e esclarecer asparticularidades do singular fenmeno da mediunidade curadora, mas demonstrar tambmque a causa originria das enfermidades e afligem a Humanidade est afeta a uma origemessencialmente psquica. Porm, este aspecto do problema exige um estudo especfico, cujasdedues habilitaro o homem a conhecer a causa positiva de suas enfermidades. E ento, elecertificar que est tambm em suas mos, e no apenas nos produtos ou remdios doslaboratrios farmacuticos, atenuar os efeitos malignos das doenas que o atormentam.

    Alis, a teraputica de "higiene mental" como recurso equilibrante da sade perfeita j est sendo bastante divulgada por inmeras obras de psicologia prtica, acessveis aogrande pblico. E alm disso, continuam a ser realizados diversos conclaves de psiquiatriadestinados a investigar, justamente, a relao existente entre os efeitos mrbidos de certasdoenas e os recalques ou efervescncias mentais do indivduo. E o campo destes estudostende a ampliar-se cada vez mais.

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    Contudo, por enquanto, o problema sade-doena ainda constitui um labirinto defenmenos psicofsicos no investigados em toda contextura ou profundidade. E esta obra,abrindo os refolhos de tais fenmenos e analisando suas mincias, contribuir para que aMedicina fique habilitada a obter maior eficincia na sua funo preventiva de assegurar Famlia humana o mximo usufruto dessa riqueza sem igual, que se chama sade.

    No entanto a Medicina. nesse setor, ainda tem um longo caminho a percorrer, porquequase todos os mdicos so ateus; e como decorrncia dessa convico no acreditam naexistncia da alma ou esprito.

    Ora, esta apatia negativa impede que a Cincia mdica se habilite a fazer umaprofunda anlise introspectiva da alma. Exame que lhe possibilitaria certificar que certasmolstias de carter virulento so produto de graves "infeces morais" existentes naconscincia da mesma; e que, por efeito de repercusso vibratria, afetam o seu perisprito etambm o corpo fsico que lhe est sujeito.

    Por conseguinte, embora sejam teis e eficientes os recursos preventivos de vacinas ea profilaxia contra certas endemias e epidemias, e igualmente benficas as medicaesespecficas na cura das molstias comuns, existem, entretanto, causas patognicas de teor psquico e um tanto complexas, as quais j tempo de merecerem ateno e seremidentificadas e definidas pelos profitentes da Medicina, mas sem lhe oporem o biombo dequaisquer idias preconcebidas.

    Porm, de qualquer modo, a Cincia mdica, na sua marcha evolutiva, terminarreconhecendo o poder curativo dos fluidos magnticos e consagrar a magnetoterapia umafonte de novos recursos em benefcio da sade. E, por absurdo que parea, especialmente nosetor da neurologia, vir a utilizar, tambm com eficincia, a teraputica singular dasvibraes ou sonoridades musicais, pois em certos estados patolgicos a msica, pela suarepercusso emotiva, de fundo espiritual, tem o poder de agir no campo psicofsico, provocando reaes sedativas sobre o sistema nervoso, circulatrio e glandular, quefavorecem a recomposio sadia das clulas e a dinmica endocrnica, beneficiando assim oritmo fisiolgico e vital de todo o organismo. 1

    1 - Nota do Revisor: Os psiquiatras P. Fraisse, R. Husson e R. Frances, mediante suasexperincias, certificaram que a ao e ndole das partituras musicais influem sobre as funesfisiolgicas do corpo. E que existe uma espcie de regulamentao dos ritmos biolgicos conforme oesquema temtico e dinmico da msica.

    O psiquiatra Pontvick criou em Estocolmo um instituto de "musicoterapia" e os seus clientestm obtido timos resultados. Ele afirma que a msica age sobre o nosso equilbrio mental, psquicoe at fisiolgico, e que ela pode, de certo modo, catalisar a expanso de nossa personalidade.

    Como elucidao complementar da etiologia adstrita a causas psicopatolgicasconvm esclarecer o seguinte: - O perisprito o estaturio invisvel que modela o nossocorpo desde o embrio fetal at sua completa estruturao fsica, pois ele possui rgossimilares ao mesmo, porm, de funes mais refinadas, os quais so "moldes ou matrizes"dos rgos do corpo humano, estruturados, portanto sua "imagem e semelhana". E ento,se o dito corpo-perisprito estiver com alguns de seus rgos afetados por fluidos custicosprovenientes de emoes txicas da alma, neste caso, o corpo de carne que ele tiver demodelar no casulo do ventre materno herdar essas deformaes classificadas de congnitas.

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    Admitindo, por exemplo, que uma alma, devido a distrbios de ordem moralpraticados por ela em suas existncias pretritas, esteja "condenada" a reencarnar "vestindo"um corpo privado da faculdade da vista, nesta contingncia o seu perisprito modelar talcorpo com essa deficincia orgnica, pois tal prova uma espcie de "fatalismo" 2 decorrente

    da lei crmica de causa e efeito, que rege o universo moral.2 - Nota do Revisor: Este caso, podemos justific-lo com o seguinte exemplo: - Na Casa da

    Criana "Andr Luiz" (em So Paulo), abrigo de crianas sofredoras de anomalias orgnicasirreparveis, existe um menino que nasceu sem olhos e alm disso dbil mental, mudo e paraltico.Em face de um martrio to excepcional, foi indagado numa sesso esprita idnea qual a causa deuma expiao to cruel e impressionante. E o guia espiritual esclareceu: - "Esse irmo, em uma desuas existncias pretritas, foi um general romano, que comandou algumas batalhas. E uma dassuas atitudes de dio e vingana feroz consistia em mandar arrancar os olhos a alguns dos inimigosaprisionados".

    Porm, existem outros casos de aspectos idnticos, como sejam: Maria Antonieta, mulher dorei Luiz XVI, da Frana, morreu na guilhotina durante a revoluo francesa de 1789, porque, tendosido, em encarnao anterior; Herodias, mulher de Herodes, ela, por intermdio de sua filha Salome,exigiu que ele mandasse degolar Joo Batista. E Joo, por sua vez, resgatou o dbito que contraraquando, na sua encarnao de Elas, mandou degolar os profetas de Baal.

    a lei crmica de causa e efeito ou choque de retorno, subordinada ao imperativo oudeterminismo de quem com ferro fere, com ferro ser ferido.

    Porm, convm esclarecer: - No se conclua que a reparao de um crime s possa serconseguida pelo criminoso passando ele por um novo crime. Um assassino, por exemplo, tambmsaldar essa dvida sacrificando sua vida no salvamento das vtimas de um incndio ou por outro atode abnegao idntica.

    Em sntese: - Ningum sofre sem motivo, pois Deus infinitamente justo. No entanto, para areligio catlica e outras, a disparidade existente entre a criatura que nasce aleijada e pobre derecursos e a que nasce cheia de sade e desfrutando o conforto da riqueza, constitui uma incgnitainsolvel, pois ante a lgica da eqidade da moral, a dita discrepncia leva-nos a admitir que Deus,Nosso Pai, injusto e parcial, visto determinar que uma parte de seus f1lhos surjam no mundomarcados pelo ferrete da desgraa, enquanto outros nascem instalados no bero da felicidade

    completa.Ora, semelhantes desigualdades, se as considerarmos atendo-nos somente superfcie,

    destroem o infinito de bondade e de justia do nosso Criador. No entanto, se as subordinarmos leidas reencarnaes proclamada pelo Espiritismo, ento a sua contradio moral aparente, poistrata-se de conseqncias ou efeitos dos atos praticados pelo indivduo-alma, em suas existnciasanteriores. Por conseguinte, no destorcem a linha reta da coerncia, da Justia e da Razo.

    Assim, desta interdependncia psicorgnica existente entre o perisprito e o nossocorpo fsico, resulta que os pensamentos negativos da alma: como sejam, por exemplo, asemoes queimantes do dio, a raiva, a vingana, o orgulho, o egosmo e o cime geramfluidos irritantes que aderem ao perisprito formando "pstulas" de magnetismo txico, asquais alm de afetarem o seu metabolismo psquico, perturbam e retardam a evoluo

    espiritual da prpria alma. Ento, o perisprito, agitado pela "febre" provocada por essasaturao de fluidos infecciosos, verte-os para o corpo de carne; transfuso que se operamediante o "duplo-etrico", elemento intermedirio que desempenha a funo de umaespcie de "vlvula de escape" por onde a alma expurga os resduos txicos das emoesrudes em que ela se abrasou. E assim, esses fluidos corrosivos, uma vez transferidos para ocorpo fsico, produzem ou convertem-se em leses mrbidas e virulentas, como sejam alepra, o cncer, a tuberculose e outras molstias de carter mais benigno.

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    Ainda, como elucidao do novo quadro patolgico que fixa os recalques de fundopsquico como fatores responsveis por certas molstias do corpo, esclarecemos: - o homem,em seu conjunto, um ser constitudo pelo trinmio alma, perisprito e corpo fsico.

    A alma o ego csmico ou conscincia viva e eterna a servio de Deus e da Famlia

    Universal. O perisprito o "corpo fludico" da alma, constitudo de matria quintessenciada,que escapa a todos os nossos recursos de anlise; porm, o integral comando fisiolgico esensorial da sua etereoplastia em relao ao corpo de carne leva-nos a concluir que essecorpo singular produto de um caldeamento processado atravs de milhares de sculos,desde as espcies mais inferiores ou elementais at ao padro do ser racional. E, por issomesmo, as contingncias atvicas fazem que, em diversas fases ou estgios da sua evoluo psicobiolgica, ainda se manifestem no homem certos recalques de paixes ou instintosanimais, cuja gradao vai desde o selvagem feroz e antropfago at ao civilizado, no qual astaras animalescas s vm superfcie da mente com intermitncia, ou seja, quandodespertadas pelo atrito de emoes agudas.

    Quanto ao corpo fsico, este a vestimenta material ou o "escafandro" e a alma ajustaao seu perisprito como veculo necessrio para ela poder baixar e fixar-se nos mundos-escolas, a fim de, nesse ambiente, adquirir conhecimentos e virtudes que, pouco a pouco, lheproporcionaro subir a Escada de Jac da evoluo espiritual at alcanar a hierarquia daangelitude.

    Assim, proporo que a alma, mediante reencarnaes sucessivas, se espiritualiza,adquirindo gradativamente, os atributos morais da santidade, o seu perisprito tambm seapura em diafaneidade; e ento os rgos que compem a sua contextura etrico-fisiolgicavo perdendo o seu "peso" ou densidade etrica, terminando por se atrofiaremcompletamente, pois, se a funo faz o rgo, a sua inrcia termina por extingui-lo. E comodecorrncia de tal circunstncia, a alma, devido dinmica de sua evoluo, quando atinge ahierarquia anglica, o seu perisprito j se extinguiu integralmente fenmeno e pode serclassificado como uma espcie de "segunda morte" pois havendo ela a adquirido o grau deespiritualidade csmica do "stimo cu", j est, isenta de reencarnaes; por conseguinte,no mais precisa, de utilizar um corpo-perisprito.

    Ainda quanto contextura psquica da entidade homem, existe um outro elemento:porm. este, de emergncia ou transitrio, o qual desempenha a funo de "canal" ou, veculode intercmbio entre a alma (com o seu perisprito) e o corpo fsico. Esse elemento o"duplo etrico": porm, este, aps a morte do corpo de carne, desintegra-se gradualmente,extinguindo-se por completo.

    Neste singelo intrito dirigimo-nos, pois, aos que exercem o sacerdcio da Medicina,solicitando-lhes que, sem qualquer idia preconcebida, leiam e meditem no contedo destecompndio, pois a fenomenologia psicoteraputica exposta no mesmo uma espcie dejanela que se abre, mostrando-lhes novos horizontes da cincia que abraaram, 3 pois, almde habilit-los a melhor servirem ao prximo, tambm lhes proporcionar fazerem jus sbnos daquele Mdico singular, o Divino Jesus, que h dois mil anos, peregrinando pelasterras da Palestina, exerceu a benemerncia de curar os enfermos do corpo conjugando-a aoobjetivo de curar as doenas da alma.

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    3 - Aos ilustres mdicos que desejem aprofundar-se na anlise de outros problemaspsicofisiolgicos adstritos ao binmio corpo-esprito, sugerimos que leiam tambm a obra "Fisiologiada Alma", ditada, igualmente, pelo ecltico mentor espiritual, Ramats, cujas obras, dentro de vinteanos, alm de serem traduzidas para os principais idiomas, tero suas revelaes consagradascomo autnticas e valiosas, pela prpria Cincia acadmica do mundo inteiro.

    Alis, o mdium Herclio Maes j recebeu dezenas de cartas de mdicos que, havendo lido aobra em apreo, lhe manifestaram terem colhido grande proveito intelectual e profissional, com aspreciosas revelaes e ensinamentos contidos na mesma.

    Os que vierem a aceitar as teorias e fenmenos relatados nesta obra como dignos deserem considerados e investigados, certamente, pouco a pouco, ajustaro seu critrio profissional a uma teraputica de mais vasta amplitude. Porm, infelizmente, taisvanguardeiros no escaparo aos motejos irnicos de alguns seus colegas cuja mentalidadeno compreende que na Cincia, em todos os seus setores, por mais altos que sejam os seusvos, nenhum deles poder ser tido como um "ponto final".

    Alis, quanto a essa incompreenso, sempre assim foi e sempre assim ser, pois a

    prpria Histria nos comprova que os grandes expoentes da Cincia, como Pasteur, eminentemicrobiologista cujas descobertas cientficas o impem como benfeitor da Humanidade,Harvey, o descobridor da circulao do sangue, Jenner, o criador da vacina contra a varola, eoutros de igual mrito, no escaparam crtica jocosa de alguns "oficiais do mesmo ofcio".

    Assim, podemos antecipar que algumas das revelaes um tanto sibilinas contidasnesta obra a respeito de etiologia e de teraputica no sentido de ampliar os conhecimentos dobinmio sade-doena daro motivo a contestaes amorfas por parte de certos diplomadosacadmicos. Referimo-nos aos que, em face de uma doutrina ou fenmeno que desconhecempor completo, opem o argumento bisonho do - absurdo! Alis, nas prprias controvrsiasentre os que so tidos como sbios, o sim e o no que os separa a respeito de um mesmo

    problema comprovam que no crculo dos expoentes do conhecimento tambm existem"ignorantes", pois a verdade de uma qualquer proposio em debate una; no podendo,portanto, ajustar-se a dois plos contrrios, o do sim e o do no que divide e coloca osopinantes em campos opostos.

    Devemos ainda considerar o seguinte: - Em face das incgnitas infinitas do Universo,o que a nossa cincia conhece uma frao to insignificante de sabedoria, que, em verdade,jamais existiu em nosso mundo qualquer homem que faa jus a ser classificado de sbio, nosentido extenso de tal significado.

    Decerto, tem havido homens cuja inteligncia ou talento destaca-os como expoentes

    do conhecimento. Contudo, mesmo em relao a esses, uma anlise de profundidade leva-nosa concluir que o sbio sbio estritamente na razo direta da poca em que ele vive e narazo inversa da ignorncia da maioria.

    Desta regra, a nica exceo a de Jesus, pois trata-se de um esprito cujo grau deevoluo j abrange e irradia fulguraes morais e intelectuais de amplitude csmica.

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    Por conseguinte, os sbios que, por reverncia de apreo, fazem jus a tal diploma soos que se revestem de absoluta modstia e humildade. Entre os antigos destacamos o filsofoScrates, que deixou esta sentena de reflexo profunda: - "quanto mais sei, mais sei quenada sei!" E de nossa poca salientamos o eminente biologista Alexis Carrel, autor da famosaobra O Homem, Esse Desconhecido, na qual, ele, mediante um estudo analtico de

    profundidade, demonstra que os conhecimentos do homem atual constituem uma parcelainsignificante de sabedoria, pois o muito que ignora a respeito dos fenmenos vitais de suapersonalidade psicofsica comprova que ele, na realidade, ainda no conhece bem nem a simesmo!

    Efetivamente, na atualidade, as concepes de quase todos os homens de cincia, arespeito da entidade-homem, esto muito afastadas das realidades da psicologiasuperconsciencial, pois as investigaes efetuadas por autoridades como os professoresCharles Richet, Gustavo Geley, tambm as dos investigadores psicanalistas Wallace, CsarLombroso, Frederic Myers e filsofos de projeo mundial como sejam William James,Hemy Bergson e outros, comprovam, de modo absoluto, que o homem real no o que acincia clssica ou pragmtica admite.

    Alm da sua conscincia desperta, estritamente humana, o homem possui umasubconscincia profunda e ampla de contedo multiforme, que repercute nas atitudes de sua personalidade e at no seu destino, pois constituda pelo acervo moral e intelectualacumulado em suas existncias anteriores, cujas caractersticas se denunciam em suasposteriores encarnaes. E tal fato que justifica o pendor nato de certos indivduos que,desde a infncia, manifestam acentuada tendncia e capacidade de assimilao para as artes epara outras profisses.

    Como exemplo de tal contingncia, citamos Mozart e Chopin, gnios da msica, que,ainda crianas, j demonstravam engenho assombroso quanto assimilao subjetiva e tcnica dos segredos dessa arte complexa. E tambm Beethoven, o famoso expoente damsica sinfnica, cuja submemria lhe possibilitou escrever as suas sinfonias de mais altainspirao, justamente depois de ter ficado surdo; comprovando, assim, que as sonoridadessublimes dos cnticos musicais que ele transmitia ao mundo vibravam na cmara acstica dasua memria superconsciencial; e com tal ressonncia de harmonias que, para grafar as suasnotas no papel, no precisou das teclas de um piano nem dos ouvidos do corpo fsico, poisele as captava mediante os ouvidos espirituais da sua alma!

    Essa dita sub e superconscincia, devido sua dinmica de expansibilidade, que,por repercusso intuitiva, instiga o sbio a ocupar-se em descobrir um determinado inventoou em decifrar certa incgnita cientfica. E, s vezes, a soluo do caso afiara ou acende-sena mente do pesquisador como uma idia ou inspirao relmpago; e o seu imprevisto fazque ele prprio fique assombrado da revelao surgida ante seus olhos. E devido a talcircunstncia, alguns famosos cientistas tm confessado que uma determinada descoberta quefizeram foi obra do "acaso". Entre estas, citamos a descoberta dos Raios X, obtida porCamada Roentgen, e a da penicilina, revelada pelo sbio Alexander Fleming.

    Este fenmeno reflexo da intuio o fundamento em que se apia a filosofia doeminente pensador francs Hemy Bergson.

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    Por conseguinte, o homem no pode ser configurado ou definido sob as limitaesfsicas de um crebro e de um sistema nervoso, como se as emoes da conscincia, osatributos ou dotes morais do indivduo e a faculdade retentiva da memria sejam fenmenosde gnese fsico-biolgica.

    Finalmente: - Em face da singularidade dos problemas que deixamos referidos, todoseles mais ampliados no texto da obra, natural que muitos dos ilustres profitentes daMedicina, atendo-se ao pragmatismo da Cincia que "est em vigor", se desinteressem deconsiderar o seu contedo ou substncia devido a tratar-se de uma obra cujo autor umaentidade invisvel "residente" no plano astral. Porm, a este respeito, permitimo- nos dizer: -No importa que uma nova doutrina ou sistema seja proposto e anunciado ao mundo pela vozde um esprito encarnado ou por outro j liberto da carcaa fsica do corpo humano. O queest em causa no a "espcie" do veculo mental que transmite a revelao, mas sim aessncia ou substncia intrnseca contida nas suas proposies.

    Qualquer conceito opinativo, afastado de tal critrio, uma definio insubsistente efora do mais elementar bom-senso.

    Jos Fuzeira

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    Deve estudar-se o Espiritismo?

    - "O Espiritismo, alm de apoiado por autoridades como William Crookes, R.Wallace, O. Lodge, Lombroso, Stainton Moses, Aksakoff, de Rochas, Gibier e outros, onmero de livros, memrias e experincias a seu respeito to considervel, que no se justifica recusar as afirmaes desses inumerveis testemunhos sem ter feito um estudoprvio.

    Aos que alegam: - "Isto impossvel!", perguntamos: - Quem poder fixar o limite doque ou no possvel? Todas as conquistas da Cincia sempre foram, antes, tidas comoimpossveis.

    Em vez de se desinteressarem, os sbios, os filsofos, os cientistas devem investigaros fatos afirmados pelo Espiritismo. Se h muitos erros e iluses, tambm, certamente, hmuitas verdades. E estas verdades, quando sejam mais bem conhecidas, modificaroprofundamente as fracas noes que temos a respeito do homem e do Universo."

    Charles Richet*

    * Autor da famosa obra "Tratado de Metapsquica" e de outras, traduzidas nos principaisidiomas Richet, catedrtico de Fisiologia de grande projeo no mundo cientfico, dedicou-se durantequarenta anos a estudos e trabalhos experimentais sobre os fenmenos espritas, tendo chegado a

    concluses positivas quanto autenticidade de seus fenmenos.O ttulo "Deve Estudar-se o Espiritismo?" o nome de um opsculo de autoria do prprioRichet.

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    Mensagem a um mdium

    Pgina de EMMANUEL ditada ao mdium Chico Xavier

    Meu amigo, que o Senhor te fortalea o corao nos testemunhos da f. Aceita asangstias da hora presente, convicto de que o sofrimento a nossa nica oficina depurificao individual. Sabemos que os espinhos da amargura te feriram fundo n' almagenerosa e sensvel. Entretanto, nesses acleos de dor que desabrocharo as rosas de tuafelicidade porvindoura. No condenes, no odeies, no revides. Guarda a fonte do amor que aProvidncia Divina te situou no esprito bem-formado. E porque as pedras do mundo tedilaceram as esperanas, no permitas se resseque, em teu ntimo, o manancial de poceleste, que a mediunidade localizou em tua avanada capacidade de servir.

    O missionrio do bem no possui na Terra outro padro maior que o Cristo,desprezado e crucificado no mais sublime ministrio de renunciao. O mdium, cnscio daselevadas obrigaes que lhe cabem, sofre os antagonismos do meio, a incompreenso, muitavez, dos mais amados e, sobretudo, experimenta o constante assdio das forasdesintegrantes das trevas que ainda cercam a maioria dos homens. Por trazer novacontribuio da verdade, aos domnios da revelao, paga doloroso tributo de sacrifcio indiferena dos semelhantes.

    No percas, portanto, a tua coragem e o teu valor, diante da tormenta. Refugia-te naprece e na confiana ativa, amparado pelos benfeitores que te assistem e segue para diante,com teu vaso de consolaes, lenindo aflies e pensando feridas naqueles irmos que,tangidos pelos padecimentos morais, se aproximam sequiosos da fonte de luz.

    No te faltaro amigos abnegados que, de nossos crculos, velam por ti e por tuavitria no campo das provas a que foste chamado. Perdoa e prossegue. A luta angustiosa domundo o meio. Jesus o fim. No troques, meu irmo, os frutos sublimes da eternidadepelas flores efmeras de um dia. Com a lmpada acesa da orao, atingiremos o Alto.Rogando, pois, ao Senhor para que te no falhem as foras no bom combate, a fim de quecontinues valoroso e sereno at o triunfo final, sou o amigo e servo humilde

    Emmanuel

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    Captulo 1

    A antiguidade do fenmeno medinicoe sua comprovao bblica

    PERGUNTA: - Alguns membros e adeptos de outras instituiesespiritualistas, como o Esoterismo, a Teosofia, a Rosa-cruz ou a Ioga, censuram oEspiritismo por ter popularizado demais a prtica medinica. Alegam que isso vulgariza ointercmbio espiritual com o mundo oculto, o qual s deveria ser efetuado em ambientesiniciticos, sem as confuses, os exotismos, as mistificaes e interferncias anmicas demdiuns incultos e indisciplinados. Afirmam que isso tambm contribui para ridicularizaro esforo dos mentores espirituais em sua delicada tarefa de esclarecer os encarnados. Eque o Espiritismo deveria ser doutrina exclusivamente filosfica, sem difundir ointercmbio medinico entre um pblico ainda ignorante ou apenas curioso. Que dizeis?

    RAMATS: - A mediunidade no foi inventada pelo Espiritismo. to velhaquanto o homem, pois uma faculdade oriunda do esprito e no da matria. 1 Portanto,existe desde que a primeira criatura (esprito encarnado) surgiu na Terra e os centrosnervosos do seu corpo apuraram a sensibilidade dos seus sentidos. Ento, o homem primitivotransformou-se em um instrumento que, pouco a pouco, apuraria as suas faculdades que oajustariam a ser um trao-de-unio entre o mundo oculto e o mundo fsico.

    1 - Vide Apresentao, captulo inicial da obra "Grandes Vultos da Humanidade e oEspiritismo", de Sylvio Brito Soares, edio da Federao Esprita Brasileira.

    evidente que essa sensibilizao do sistema nervoso do homem contribuiu para que

    as entidades do mundo invisvel o utilizassem como veculo para se estabelecer umintercmbio entre os dois planos.

    No entanto, embora a criatura ignore, ela pressente que o seu aperfeioamento"psicofsico" depende muitssimo da assistncia e pedagogia do mundo espiritual. AHumanidade tem sido guiada desde sua origem por leis do mundo oculto, que atuam com profunda influncia no ser humano. Todas as histrias, lendas, narrativas de tradiomilenria do vosso orbe esto repletas de acontecimentos, revelaes, fenmenos emanifestaes extraterrenas, que confirmam a existncia da mediunidade entre os homensdas raas mais primitivas.

    A prpria Bblia, que serve de argumento tradicional para os sacerdotes combateremo Espiritismo, entremeado de relatos e acontecimentos prprios do mundo oculto, nos quais

    intervm anjos, profetas ou entidades sobrenaturais. Qualquer tribo, raa, povo ou civilizaodo presente ou do passado ainda conserva no seu folclore a tradio vivida por gnios, fadas,gnomos, deuses, silfos, bruxas, ondinas, salamandras, nereidas ou seres exticos, que sedivertem no mundo invisvel e tanto ajudam como hostilizam a vida dos homens.Antigamente havia tratados sibilinos, mtodos ocultos e prticas de magia sublime ourepulsiva, que os magos consideravam os processos mais eficientes para o homem entrar emcontacto com os habitantes do mundo invisvel. A magia a era praticada junto aos rios, ao

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    mar, no campo e na mata virgem, pois a Natureza sempre foi o palco adequado paradesenvolver a vontade, a coragem e o esprito curioso ao ser humano.

    Entretanto, os fenmenos medinicos j se generalizaram de tal forma, no sculoatual, que se manifestam tanto aos homens que os desejam ou procuram, como entre aquelesque os detestam ou os temem por manifestaes diablicas. Malgrado o prestgio da Cincia

    acadmica do vosso mundo, os cientistas terrenos j no podem fugir contingnciaimperiosa de estudarem a mediunidade, cada vez mais atuante no seio da humanidadeterrena. Em pases mais cultos, j se efetuam pesquisas e estudos srios no gnero, emboraainda sob o rtulo de "parapsicologia", nomenclatura que atende aos superficialismos davaidade acadmica.

    PERGUNTA: - E que dizeis quanto possibilidade do estudo do fenmenomedinico nas faculdades mdicas do Brasil?

    RAMATS: - O Brasil ainda est condicionado influncia obsoleta do Estadodo Vaticano, representado pelo Clero Romano, vido de bens terrenos e bastante influente na

    poltica e administrao pblica do pas. O cientista brasileiro s em casos raros acha-seliberto da prerrogativa religiosa ou do preconceito acadmico, desinteressando-se desubmeter o fenmeno medinico ao estudo das faculdades superiores. Mas a verdade que acincia do mundo no poder fugir sua prpria misso de sanear a prtica dafenomenologia medinica, no futuro, quando os laboratrios tambm ajudaro a selecionaros mdiuns verdadeiros e os charlates, histricos, mercenrios ou enfermios, que por vezes,lideram movimentos no seio do Espiritismo, mas sem possuir as credenciais exigidas para atarefa.

    E quando o fenmeno medinico se impuser definitivamente cincia profana, osmdiuns tambm se livraro da tradicional excomunho dos prprios sacerdotes, queirritados pela mensagem sensata e inconfundvel do Espiritismo, ainda confundem o sculo

    XX com a poca sombria da Inquisio, quando queimavam ciganos, bruxos ou esoteristas aguisa de afilhados de Belzebu! Considerando-se que o Criador permanece integrado em todasua obra, evidente que Ele tambm opera atravs da cincia do mundo material como umdos recursos benfeitores para a mais breve felicidade de seus filhos.

    PERGUNTA: - Mas evidente que o despertamento do "homem interno" peladisciplina esotrica e a exigncia moral superior que formam as bases da iniciao nostemplos iniciticos so dignas de acatamento. No assim?

    RAMATS: - Embora louvando a iniciao tradicional que, desde pocas

    remotas, gradua o discpulo estudioso e disciplinado ara receber o seu mestre ou "guru", nomomento de seu despertamento espiritual, devemos advertir que a humanidade terrenaatingiu atualmente o perodo do seu mais grave e doloroso reajuste crmico. O sculoapocalptico em que viveis e a poca proftica do "Fim dos Tempos" reclamam abertura detodas as portas dos templos iniciticos, pois o fenmeno medinico generaliza-se luz do diae se manifesta cotidianamente a todos os homens, independente de raa, casta, cultura ousituao financeira.

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    Quando o Alto convocou o esprito hbil, genial e laborioso de Allan Kardec, paracodificar a doutrina esprita e disciplinar a prtica medinica, j tencionava livr-las dossortilgios, das invocaes lgubres, das posturas melodramticas, dos compromissosridculos, da magia exaustiva e dos ritos extravagantes. Ainda no sculo passado s osiniciados mais felizes sabiam manipular os ingredientes mgicos e promover o "suspense",

    destinados a proporcionar o clima favorvel para se manifestarem as entidades do outromundo. Depois de exaustivos rituais e cantilenas cabalsticas, longo desperdcio de tempo,emprego de drogas misteriosas e uso de instrumentos exticos, eles ento conseguiamalgumas fugazes materializaes de "larvas" ou entes do astral inferior, que se moviam eflutuavam guisa de fenmenos importantes e assustadores. Sem dvida, houve magos quetambm puderam vislumbrar algumas almas elevadas e seres resplandecentes, mas isso nolhes aconteceu por fora dos ritos ou das prticas extravagantes, porm, devido ao seuprprio carter nobre e sua melhor graduao espiritual. 2

    2 - Nota do Revisor: o caso dos velhos magos do passado, como Eliphas Levi, Papus eoutros, que em sua poca condenavam veementemente o Espiritismo, conforme se pode verificar pgina 162, da obra"A Chave dos Grandes Mistrios", que diz: j desde muito tempo esta doutrina

    (esprita) ou antidoutrina, prepara o mundo para precipit-lo numa anarquia universal. Porm, a lei deequilbrio nos salvar e j comeou um grande movimento de reaes. Na pgina 187, lemos: Osmdiuns so geralmente pessoas doentes e acanhadas. Ainda na pgina 189, consta o seguinte:Quem sabe quantas catalepsias, ttanos, loucuras e mortes violentas foram produzidas pela maniadas mesas girantes?

    Eliphas Levi, Papus e outros mestres da velha magia advertiam as pessoas de crebro fracopara no lidarem com fenmenos ou foras ocultas, nem cultivarem idias macabras, ante o perigode formarem clichs mentais ou idias fixas, estratificadas no crebro pelo medo ou pela fascinaomrbida. No entanto, eles mesmos publicaram obras repletas de figuras teratolgicas e de imagensdemonacas, passveis de causarem graves perturbaes aos seus leitores mais sugestionveis.

    Alis, as prprias autoridades eclesisticas da Igreja Catlica tambm so muitoimprudentes quando citam as imagens horripilantes e repulsivas do temido reino de Satans, poiscriam na mente dos prprios catlicos os estigmas dessas idias enfermias, fruto do medo e do

    terror do Inferno. Comprovando os nossos dizeres, aconselhamos os leitores a consultarem a obramedinica "Ao e Reao", ditada por Andr Luiz a Chico Xavier, captulo Iv, principalmente otrecho entre as pginas 50 e 52, quando os espritos socorrem uma infeliz desencarnada, em cujamente conturbada enraizara-se a figura do demnio Belfegor, que tanto a apavorara durante a suaexistncia carnal. Realmente, o demnio Belfegor uma pintura executada por certo pintor, a pedidode clrigos catlicos, com a finalidade imprudente de impressionar os pecadores. No entanto, essasfiguras satnicas ainda mais contribuem para o desequilbrio mental e terror incontrolvel dos fiiscatlicos que, depois, atravessam o tmulo completamente apavorados por essas convicesafirmadas pela sua religio.

    PERGUNTA: - Sem desmerecermos as vossas consideraes, cremos que o

    Espiritismo no de muito interesse para a cincia acadmica, uma vez que amediunidade fenmeno exclusivo do mundo oculto.

    RAMATS: - Embora o fenmeno medinico seja manifestao intrnseca domundo espiritual invisvel, ele se manifesta entre os homens de acordo com a sensibilidade, acultura, a moral, a capacidade nervosa e a dependncia do compromisso assumido pelosmdiuns antes de se encarnarem. No entanto, a sua tcnica nas relaes entre os "vivos" e os"mortos" poder melhorar consideravelmente, assim que houver maior cooperao da prpriacincia terrena, ajudando a eliminar as excrescncias mrbidas e os fatores nocivos e

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    ridculos do falso mediunismo. Alis, inmeros cientistas e homens de letras, desde oaparecimento do Espiritismo, j contriburam salutarmente para livr-lo de muita superstioe ritos indesejveis. 3

    3 - Nota do Revisor: Entre eles destacamos Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano, Aksakof, deRochas, William Crookes, Oliver Lodge. No Brasil, deve-se distinguir o movimento do Espiritismo,

    quanto manuteno dos princpios kardecistas.

    certo que, atualmente, j no existem as fogueiras da Idade Mdia, quando asautoridades eclesisticas torravam os mdiuns por consider-los feiticeiros mancomunadoscom o Diabo; mas, infelizmente, ainda permanecem acesas as chamas do sarcasmo, dacalnia, do despeito e da injria! Num extremo, os cientistas envaidecidos pelos seuspruridos acadmicos atacam os mdiuns e clamam contra o perigo de uma psicose espirticacoletiva; noutro lado, o sacerdcio organizado os excomunga de seus plpitos, injuriando-osdiante da imagem do prprio Jesus, que foi um defensor do amor incondicional!

    Mas ningum poder deter a marcha evolutiva do Espiritismo, pois os bons mdiunsde hoje j dominam os mesmos fenmenos que antigamente exaltavam os profetas, os

    orculos, as pitonisas, os astrlogos, as sibilas e os magos. Graas, pois, ao esprito sensato,laborioso e inteligente de Allan Kardec, as relaes medinicas entre os encarnados e osdesencarnados j se efetuam desembaraadas das complicaes, das verborragias e dosdesperdcios de tempo, que eram essenciais velha magia.

    Acresce, ainda, que o homem do sculo XX vive cada vez mais desesperado edescrente da possvel ventura no mundo material, cujas dificuldades e desventurasavolumam-se dia a dia, arrasado pela angstia e pelo temor da guerra atmica! As estatsticasterrenas comprovam o aumento constante de neurticos e desequilibrados, malgrado oavano espetacular da cincia moderna lanando satlites e foguetes interplanetrios, e doprogresso tcnico da Medicina, capaz de transplantar rins e outros rgos, mudando-os de umorganismo para outro.

    O terrcola j no esconde o seu desnimo e a sua decepo quanto a melhor sorte nacrosta do seu mundo fsico. Ele sente falta de um ritmo confortador e tranqilo que s podeser proporcionado pela paz espiritual duradoura; o que jamais ele conseguir pela cinciaacadmica ou pelas religies ainda sob comando de outros homens, tambm infelizes e atdescrentes do que predicam em pblico. Eis por que o sculo em que vos encontrais realmente o clima eletivo para a divulgao e receptividade de uma doutrina to sedativa econfortadora quanto o Espiritismo, que orienta a prtica de um mediunismo sadio, sem ritosexaustivos ou prticas misteriosas. 4

    4 - Nota do Revisor: Realmente, consultando a Magia Prtica de Papus, desde o captulo XIIat ao XVII e a "Concluso" final, verificamos que o mestre escreveu longamente sobre os mtodos,ritos, objetos e arrazoados cabalsticos, para, depois, lograr um insuficiente contato com o Invisvel.

    Na referida obra enumeram-se espadas, estiletes, bastes, xcaras, tinteiros, queimador de ervas,velas, sal, tinta mgica, giz, rolos de cordas, calas, sapatos, meias e avental branco, tudo issoacompanhado de frmulas qumicas, talisms com smbolos astrolgicos e hierglifos misteriosos,alm de extensas citaes de grego e latim. Depois do banho purificador base de essncias"crismadas", das posturas dramticas dentro do crculo de corda ou de giz, das esgrimas de espadasrevoluteando no ar sob o eco das frases cabalsticas e "mantrans" de vibrao mgica, ento sedesenhava, por vezes, na penumbra do aposento consagrado, alguma forma horripilante,ameaadora ou mesmo triste, que Papus depois aponta em suas obras sob as mais graves eseveras reflexes.

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    No temos o direito de condenar esses brilhantes magos do passado, que ainda recorriamaos fumigadores, queima de ervas aromticas e aos ritos fatigantes sob as influncias astrolgicasfavorveis, a fim de obter uma "pitada" de ectoplasma exsudado do prprio corpo etrico daNatureza. Sem dvida, naquele tempo, eles no podiam prever o sucesso do mdium de"fenmenos fsicos", que no sculo XX pode fornecer ectoplasma de sua prpria intimidade etrica, eassim produzir os fenmenos de materializaes, voz direta, transporte, levitaes ou intervenescirrgicas sob o comando dos espritos desencarnados. E o mais importante que, atualmente, nose manifestam apenas as entidades lgubres, ameaadoras ou indesejveis, mas os homenstambm entram em contacto com os seus familiares falecidos e com as entidades de excelenteestirpe espiritual, cujas fulguraes e luzes siderais comprovam sua elevada origem.

    PERGUNTA: - Onde tiveram incio as primeiras manifestaes damediunidade e qual foi o povo que primeiramente as revelou ao nosso mundo?

    RAMATS: - s civilizaes como as da Atlntida, Lemria, China, Hebria,Egito, Prsia, Caldia, Cartago, Assria, Grcia, Babilnia, ndia, Germnia ou Arbia,comprovam, pela sua histona, lendas ou pelo seu folclore, que os fenmenos medinicossurgiram em todos os recantos do orbe terrqueo, quase ao mesmo tempo e sem privilgiosespeciais. Eles se manifestaram em todos os agrupamentos humanos. A fenomenologiamedinica foi evidenciada at nos objetos e nos propsitos guerreiros desses povos primitivos, tendo-os influenciado seriamente, embora a sua realidade esteja velada pelosimbolismo das tradies lendrias.

    Os escandinavos. principalmente os "vikings", narram os seus encontros com deuses,bruxas, sereias e entidades fascinadoras, que surgiam das brumas misteriosas perseguindo-osdurante as noites de lua cheia. Na prpria msica desse povo transparece a tonalidade daindagao oculta ou expectativa fantasiosa cujas melodias sugerem coisas incomuns esurpreendentes vida do homem fsico.

    As histrias e as lendas musicadas por Wagner em suas peas sinfnicas ou perasmagistrais confirmam o esprito de religiosidade e a crena no mundo invisvel por parte dospovos germnicos e anglo-saxes. Eles rendiam sua homenagem aos deuses, aos gnios, aosnumes, e os consideravam habitantes de um mundo estranho muito diferente do que habitado pelos homens. 5

    5 - Nota do Revisor: Realmente, os temas fundamentais das peras musicadas por\Vagnerso todos estribados em acontecimentos sobrenaturais, traindo em seu profundo simbolismoinicitico ou religioso a existncia de um mundo espiritual. A Cavalgada das Walkrias, por exemplo,conta a histria das deusas que recolhiam os guerreiros germnicos nos campos de batalha e depoisos levavam para o Walhala, ou seja, ao reino da Glria!

    Em Siegfried, o heri busca a verdade, vence o drago, smbolo da natureza inferior dohomem, e mais tarde destri Mine, personagem conhecido no rito inicitico como o corpo denso ou amatria ilusria. O tema em sua profundidade adverte que o poder do esprito s pode ser

    conseguido depois de ele dominar a carne, ou seja, o instinto animal. Em Crepsculo dos Deuses,Wagner trata de um assunto profundamente anlogo ao Apocalipse, de Joo Evangelista, lembrandoa expectativa da seleo da Humanidade na hora cruciante do Fim dos Tempos. Tannhuser conta ahistria da alma imperfeita encarnada pelo heri principal da obra, enquanto Elisabeth, a herona dapea, simboliza a alma pura proibida de ligar-se ao amor impuro humano e maculado pelos estigmasdas paixes do mundo material. Mas o Lohengrin, uma das mais belas composies wagnerianas,a obra musical de maior expresso inicitica, cujo resumo, j no preldio do 1 ato, revela amensagem de ascenso espiritual do ser a outros mundos superiores.

    Lohengrin, o magnfico cavaleiro, surge deslizando superfcie do lago tranqilo, conduzidopor majestoso cisne branco, decidido a salvar Elsa, vtima de Telramund, o smbolo do Mal. Alis, o

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    cisne branco e imaculado representa um dos smbolos mais eletivos da iniciao espiritual, ave quedominou os diversos elementos da vida fsica, pois ela nada majestosamente sobre a gua ousubmerge o seu longo pescoo para explorar o leito do rio; vive tambm superfcie slida ou voaseguramente. Ela domina a terra, a gua e o ar, simbolizando o prprio esprito depois que sedespoja das iluses da matria para viver somente no reino da Glria! O tradicional canto do cisneainda simbolizava antiga iniciao, o juramento do discpulo despedindo-se, em definitivo, dostesouros, das glorolas, dos poderes e das paixes fsicas. Significava, enfim, a morte simblica dohomem animal e o renascimento jubiloso do homem espiritual.

    Alis, o Brasil tambm rico de lendas e histrias sobrenaturais, cuja origem se devepropriamente faculdade medinica bastante desenvolvida dos brasileiros que, em geral, soprodigamente intuitivos desde o bero. Muito antes da codificao esprita, os silvcolas dasplagas americanas j praticavam diversos ritos, que os dispunham ao intercmbio medinicocom o mundo invisvel, pondo-os, assim, em contado com os companheiros de tribo, jdesencarnados. Eles tambm exerciam a mediunidade curativa, quer prescrevendo ervasselecionadas, como esconjurando os maus espritos pelo processo mgico dos exorcismoscoletivos. Previam as variaes do tempo, a poca favorvel para a melhor plantao ecolheita; auscultavam os sinais do mundo oculto e pressentiam os lugares epidmicos ou

    imprprios para sua existncia. Os pajs mais tarimbados prenunciavam a morte doscaciques, o nascimento dos bons guerreiros ou a marcha belicosa das tribos adversas,advertindo, com xito, sobre o resultado das porfias sangrentas.

    As lendas brasileiras so frteis de fenmenos medinicos. No cenrio das matasenluaradas surge o "boitat" lanando fogo pelas narinas; nas encruzilhadas escuras aparece ofantasmagrico "saci-perer", saltitando numa perna s e despedindo fulgores dos olhosesbraseados; na pradaria sem fim, corre loucamente a mula-sem-cabea, ou na penumbra dasmadrugadas nevoentas, os mais crdulos dizem ouvir os gemidos tristes do negrinho dopastoreio.

    Embora sejam histrias modeladas pela lenda e fantasia, no mago dessas narrativasfolclricas domina o fenmeno medinico inconfundvel a comprovar a vida imortal.

    PERGUNTA: - A prtica do intercmbio medinico tambm no poderia servulgarizada pelos demais movimentos espiritualistas, em vez de o considerarem quase umaocupao exclusiva do Espiritismo?

    RAMATS: - Quer os mdiuns kardecistas de "mesa", durante as comunicaes,copiem os notveis tribunos, expondo em linguagem culta e castia o pensamento dosdesencarnados; quer os "cavalos" de Umbanda cuidem dos filhos do terreiro, transmitindo osconselhos dos "pais" em linguagem simples ou arrevesada; quer os esoteristas em suas"sesses brancas" se digam inspirados para as prdicas doutrinrias; e os teosofistas confiem

    unicamente nos seus mestres tradicionais, ou os discpulos iniciticos aguardem o seu"mestre" na hora de sua maturidade espiritual, isso tudo, enfim, no passa de "fenmenosmedinicos", embora varie o ambiente de sua manifestao e seja diferente o rtulo de cadaconjunto religioso ou espiritualista.

    Mas foi o Alto e no o homem terreno quem atribuiu ao Espiritismo a vigilncia e ocontrole da manifestao medinica na Terra, alm da divulgao dos seus postulados deesclarecimento da vida imortal e renovao moral do homem. A codificao esprita aresponsvel pela prtica medinica mais sadia e sensata nas relaes entre os "mortos" e os

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    "vivos", atendendo ainda promessa de Jesus, quando advertiu que enviaria o "Consolador"para derramar-se pela carne dos homens, das mulheres e das crianas.

    Desde que o Espiritismo no uma iniciativa destinada exclusivamente a especulaofilosfica "extraterrena", mas ainda deve zelar pelo exerccio eficiente e sensato damediunidade entre os homens, ento, realmente, lhe cabe vulgarizar o intercmbio com os

    "mortos" para melhor esclarecimento dos "vivos". O mdium difere do tradicional adeptofiliado aos templos iniciticos, porque deve enfrentar as suas provas e tentaes luz do dia,entre as suas atividades e vicissitudes cotidianas. O discpulo da iniciao oculta deve provarsuas virtudes e vontade atravs dos smbolos e das reaes provocados pelos "testes"iniciticos. O mdium, no entanto, enfrenta as mais duras provas no convvio da famlia, noambiente de trabalho, nas suas relaes cotidianas, nas obrigaes sociais e pelas deficinciasda sade.

    Conforme j dissemos, o Espiritismo foi inspirado pelo prprio Mestre Jesus paraesclarecer os homens; cabendo-lhe atender desde os crebros mais cultos, at aos mais pobresde entendimento intelectual. Assim como o Divino Amigo desceu Terra para servir a"todos" os homens, o Espiritismo tambm assumiu a responsabilidade crtica de atender todaa Humanidade, sem qualquer exceo de seita religiosa, casta social ou privilgio e cultura.

    PERGUNTA: - Alguns crticos afirmam que a fenomenologia medinica sobos auspcios do Espiritismo s atende a um sentido espetacular, uma vez que os fenmenosdo mundo oculto impressionam os sentidos fsicos do homem, mas de modo algumdespertam a sua natureza anglica. Que dizeis?

    RAMATS: - No opomos dvida a que a fenomenologia medi nica,considerada exclusivamente como espetculo incomum aos sentidos humanos, no suficiente para modificar o raciocnio do homem impenitente. Na verdade, os fenmenosmedinicos podem convencer o homem de sua imortalidade, sem no entanto o converter

    vida moral superior pregada pelos mais abalizados instrutores do reino anglico. Justamentepor isso, o Evangelho a base ou o cimento indestrutvel da codificao esprita porque ohomem, alm de reconhecer-se imortal, deve tambm angelizar-se atravs da mensagem doCristo. Que vale a convico salutar de sua imortalidade, se ele no se prepara para usufruir aventura espiritual depois da morte fsica?

    Evidentemente, o Espiritismo no culpado porque muitos dos seus adeptos no lheseguem os princpios de libertao espiritual e renovao moral preferindo apenas usufruir-lhe os fenmenos que s afetam os sentidos fsicos. Alis, Jesus solucionou muito bem esseassunto quando atendendo queixa de Pedro contra a multido ingrata, disse-lhe, categrico:"Que te importa, Pedro, que no me sigam? Segues-me tu?"

    PERGUNTA: - Tambm ouvimos alguns adversrios da doutrina espritaalegarem que a generalizao da prtica medinica sensibiliza prematuramente o homem,colocando-o em relao e contacto desvantajoso com o astral inferior, quando ele aindano desvendou os meios de defesa psquica contra o assdio perigoso dos espritosperversos e mistificadores. Que dizeis?

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    RAMATS: - No vos deve ser estranho o fato de que nenhuma criatura precisa"desenvolver" sua mediunidade, para depois ligar-se ao mundo oculto inferior! Os asilos deloucos esto repletos de indivduos egressos de todas as religies e condies humanas, quede modo algum exercitaram sua mediunidade ou participam de qualquer movimento esprita.Eles arruinaram-se pela sua ndole moral deficiente, pelo vcio, pela fraqueza espiritual ou

    pelo dbito crmico do passado, e no por qualquer "exerccio medinico".Qualquer estatstica, no vosso pas, suficiente para comprovar-vos que os hospcios,os asilos e as demais instituies de doentes mentais esto lotados por criaturas de todas asidades, religies, cultura, doutrinas e nacionalidade. Embora os cientistas e adversriosreligiosos ainda acoimem o Espiritismo de "fbrica de loucos", eles ficariam surpresosverificando que os espritas, na verdade, constituem menor nmero de inquilinos das casas dealienados.

    O contacto perigoso com os espritos inferiores no fruto exclusivo da freqnciaaos trabalhos de "mesa kardecista", ou dos terreiros de Umbanda, mas depende muitssimoda natureza dos pensamentos e das emoes dos homens. A corrupo moral, o vciodegradante, a paixo inferior, a lascvia mental ou verbal, so atitudes desfavorveis e

    sensibilizam mediunicamente qualquer pessoa para lig-la s entidades das sombras.Enquanto Rasputin, sem freqentar qualquer trabalho de desenvolvimento medinico, punha-se em contacto dirio com os espritos diablicos, Francisco de Assis, atuando noutra faixavibratria, podia comunicar-se com Jesus!

    No vemos motivo de censuras porque o Espiritismo pesquisa, estuda, controla edivulga o fenmeno medinico e as relaes com os desencarnados, quando realmente issoconstitui a base prtica dos seus princpios doutrinrios em conexo com os ensinamentos daLei do Carma e da Reencarnao. Tratando-se de doutrina que no depende de rituais,compromissos religiosos ou iniciticos, nem firma sua divulgao nos ingredientes da magiaterrena, mas sim, na elevao moral na vida prtica, o Espiritismo realmente o maiscredenciado movimento espiritualista para popularizar os fenmenos de contacto com o

    Alm-tmulo. E no deve ser responsabilizado pelas incongruncias, diatribes, tolices,leviandades ou interesses mercenrios dos mdiuns inescrupulosos, ignorantes ou charlates,que lhe exploram o veio espiritual.

    Em obra anterior, 6 j dissemos que a mediunidade de prova um ensejo, espcie de"aval" concedido pelo Alto ao homem demasiadamente comprometido em suas existnciasanteriores. Mas do seu dever cumprir a tarefa medinica de modo honesto, sublime ecaritativo, cabendo-lhe a responsabilidade moral na boa ou m aplicao dos bens cedidospela magnanimidade dos seus guias. O certo que, no "lado de c", ainda no possumosuma polcia especializada com o dever de sanear o servio dos mdiuns na seara esprita.Temos de curvar-nos prpria vontade do Criador. Quando respeita o livre-arbtrio de seusfilhos, embora a Lei depois os discipline para seu prprio bem.

    6 - Nota do Mdium: Vide captulo "Consideraes sobre a mediunidade natural e de prova"da obra "Mediunismo" (Editora do Conhecimento), de Ramats.

    Seria to absurdo os adversrios condenarem o Espiritismo, s porque ainda vicejam sua sombra os mdiuns e os adeptos inescrupulosos, assim como teramos de execrar aMedicina, em face dos mdicos sacripantas que exploram a dor guisa de negcio lucrativo,ou ento acusarmos a Igreja Catlica devido existncia dos clrigos venais.

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    PERGUNTA: - Alhures, tendes afirmado que a Bblia j registra, h milnios,os fatos medinicos entre os homens. Podereis citar-nos alguns exemplos elucidativosdessa afirmao, a fim de ampliarmos o nosso conhecimento a respeito desse assunto, toimportante para nossos estudos?

    RAMATS: - Embora os acontecimentos medi nicos descritos na Bblia estejamvelados pelo simbolismo da raa hebraica ou pela poesia religiosa, em verdade, eles sofenmenos medinicos to especficos e positivos quanto aqueles que Allan Kardec e outrosautores espritas enumeraram em estudos. Em face da exigidade do espao de que dispomosnesta obra, citaremos alguns dos principais fenmenos medinicos insertos no Velho e noNovo Testamento, que provam a manifestao da mediunidade naquela poca, isentando adoutrina esprita de hav-los inventado para fim doutrinrio.

    O fenmeno medinico de "materializaco" e de "voz direta", por exemplo, indiscutivelmente registrado em I Samuel, captulo 28, versculos 11, 12 e 15, quando Saul,em vsperas de enfrentar dificultosa batalha sob o seu comando, resolve consultar umaclebre pitonisa da poca, a fim de ouvir a alma de Samuel, poderoso comandante dos

    exrcitos de Israel, j falecido e sepultado em Ramatha, sua ptria. 7 Eis, ento, como a Bbliarelata os fatos atravs dos versculos j citados: "e disse-lhe a mulher: Quem queres tu que teaparea? Disse Saul: Faze-me aparecer Samuel. E a mulher, tendo visto aparecer Samuel, deuum grande grito e disse a Saul: Por que me enganaste tu? Disse pois Samuel (o espritomaterializado) a Saul: Por que me inquietaste fazendo-me vir c?"

    7 - Nota do Mdium: Vide captulo "A palavra do Morto", da obra" Lzaro Redivivo", ditadapelo esprito do Irmo X a Chico Xavier. Edio da FEB.

    Em J, captulo 4, versculos 13, 15 e 16, diz o profeta: "No horror de uma visonoturna, quando o sono costuma ocupar os sentidos dos homens, ao passar diante de mim um

    esprito, os cabelos de minha carne se arrepiaram. Parou algum diante de mim, cujo rosto euno conhecia, um vulto diante dos meus olhos, e eu ouvi uma voz como de branda virao".Em ambos os casos comprova-se perfeitamente a materializao de espritos e o fenmeno de"voz direta", que melhor se confirma na seguinte frase: ... "e eu ouvi uma voz como debranda virao".

    No "II Livro dos Reis", captulo 6, versculos 5 e 6, o profeta Eliseu produz ofenmeno de levitao, muito conhecido nas sesses espritas de fenmenos fsicos,conforme o seguinte relato: "Aconteceu, porm, que um, cortando uma rvore, caiu na gua oferro do machado: e ele gritou e disse: Ai, meu senhor! Que este mesmo o tinha emprestado(o machado). E o homem de Deus (o profeta Eliseu), indagou: Onde caiu? E ele mostrou olugar. Cortou pois Eliseu um pau, e o lanou no mesmo lugar e o ferro saiu nadando". No h

    dvida alguma sobre o fato, pois em tal caso a "levitao" se comprova de modo espetacular,quando o ferro do machado emergiu superfcie do rio e luz do dia.O fenmeno de materializao ainda se confirma, outra vez na seguinte narrativa de

    Lucas, Captulo 1 versculo 11, que assim diz: "E apareceu a Zacarias um anjo do Senhor,posto em p na parte direita do altar do incenso". Conforme narram os apstolos, noutrostrechos bblicos, um anjo materializou-se tambm a Maria, avisando-a de que seria a me doSenhor.

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    A mediunidade de "transporte" est perfeitamente implcita nos relatos de Ezequiel. o profeta (captulo 3, versculo 14), quando assim se expressa: "Tambm o esprito melevantou, e me levou consigo; e eu me fui, cheio de amargura e indignao do meu esprito;porm, a mo do Senhor estava comigo, confortando-me". Da mesma forma. Felipe (Atos,captulo 8, versculo 39 e 40) assim explica: "E tanto que eles saram da gua, arrebatou o

    esprito do Senhor a Felipe, e o eunuco no o viu mais. Porm, continuava o seu caminhocheio de prazer. Mas Felipe se achou em Azot, e, indo passando, pregava o Evangelho emtodas as cidades at que veio a Cesreia".

    A premonio tambm foi largamente exercida nos tempos bblicos, pois a Bblia prdiga desses relatos profticos, nos quais se profetiza a vinda de grandes seres. Malaquias,captulo 4, versculo 5, prediz a vinda de Elias: "Eis que vos enviarei o profeta Elias, antesque venha o grande e horrvel dia do Senhor". Isaas tambm foi um clarividente incomum,prevendo, quase um milnio antes, a vinda de Jesus e expondo mincias que, mais tarde,serviriam para identificar o tipo sublime do Mestre, conforme se verifica no captulo 7,versculos 14 e 15 do seu livro: "Pois por isso mesmo o Senhor vos dar este sinal. Eis queuma virgem conceber, e parir um filho, e ser chamado o seu nome Emanuel (Deusconosco). Ele comer manteiga e mel, at que saiba rejeitar o mal e escolher o bem". Isaasprofetizou o nascimento de Jesus de uma virgem, isto , o primeiro filho concebido de umavirgem s pode ser aquele que gerado na primeira unio conjugal. O Mestre, portanto,nasceu de uma virgem, mas sem desmentir as leis fsicas imutveis do Criador, ou semviolentar o processo gentico peculiar do mundo em que viveis. A clarividncia de Isaasainda mais se confirma quando ele indica que Jesus seria alimentado a manteiga e mel, isto ,seria vegetariano, preferindo o mel como um dos seus alimentos prediletos.

    Ainda na Bblia possvel comprovar-se de modo indiscutvel o mecanismo justo eeqitativo da Lei do Carma e os processos da Reencarnao, que atualmente se entrosamcomo ensinamentos espirticos, sendo bastante examinar-se a parte referente vinda doprofeta Elias e de Joo Batista, quando assim diz: (Mateus, captulo 17, versculos 11 a l3)."Porque todos os profetas e a lei at Joo profetizaram. E se vs quereis bem compreender,ele mesmo Elias, que h de vir." E Mateus, captulo 17, v. 11 e 13): "E Jesus, respondendo-lhes, disse-lhes: Em verdade, Elias vir primeiro, e restaurar todas as coisas; Mas digo-vosque Elias j veio, e no o conheceram (...) Ento entenderam os discpulos que lhes falara deJoo Batista".

    Atravs desses relatos tradicionais a prpria Bblia confirma-nos a idia dareencarnao naqueles tempos memorveis ainda endossa-nos o conceito retificador da Leido Carma, em que "a colheita sempre de acordo com a sementeira". No I Livro dos Reis,captulo 18, versculos 40, Elias ordena aos discpulos: "Apanhai os profetas de Baal, e noescape um s deles. E tendo o povo os agarrado, Elias os levou torrente de Quizon, e ali osmatou". Assim, Elias mandou-os degolar junto ao rio Quizon, inculpando-se perante a Lei doCarma pela espcie de morte brbara que ordenou aos sacerdotes de Baal e candidatando-se asofrer igual sorte no futuro. Na verdade, a prpria Bblia que nos comprova o resgate dessadvida crmica de Elias, quando depois de renascer na Terra, sob a figura do profeta JooBatista, ele tambm foi degolado no reinado de Herodes, a pedido de Salom. Cumprira-seassim a Lei do Carma em sua implacvel justia redentora, uma vez que Elias, o degoladorde outrora, depois de reencarnado como Joo Batista, tambm sofre idntica prova crmicasob a lei de "quem com ferro fere, com ferro ser ferido", malgrado tenha sido ele oprecursor do prprio Messias. 8

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    8 - Nota do Revisor: Em aditamento a Ramats, sobre os fenmenos medinicos relatadospela Bblia, citamos Lucas, captulo 24, versculo 37, no qual se comprova tambm a vidncia dosapstolos guisa de "mdiuns espritas", em que se diz: "Mas eles (os apstolos) aps aressurreio do Mestre, achando-se perturbados e espantados, cuidavam que viam algum esprito".Isso prova que h muito tempo os apstolos j viam espritos, pois doutro modo eles no poderiampressupor um fato possvel se j no o conhecessem anteriormente.

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    Captulo 2

    Algumas observaes sobre os mdiuns 1

    1 - Nota do Mdium: Em face da enorme quantidade de cartas a ns dirigidas, cujosmissivistas solicitam que a nossa mediunidade tambm seja explicada no campo do receituriomedinico, sentimo-nos no dever de solicitar a Ramats suas consideraes sobre o assunto que seenfeixa no presente captulo. Alguma cousa ele j disse em obras anteriores; mas agora abordaoutros aspectos. Alis, recomendamos ao leitor o exame do captulo 11 da obra Mediunismo, ondeRamats aborda o tipo de nossa mediunidade de modo a auxiliar os mdiuns intuitivos e inspirativos,para lograrem mais xito e segurana no desempenho do seu servio medinico.

    PERGUNTA: - Considerando a vivacidade, a presteza e a segurana do vossomdium atual, que tambm atende nas mesmas condies ao receiturio medinico; e jhavendo conseguido curar enfermidades gravssimas nessa tarefa teraputica, indagamos:- a sua mediunidade apenas intuitiva?

    RAMATS: - Conforme j explicamos em obra anterior, o nosso sensitivo templena conscincia das idias que lhe transmitimos; e em virtude e uma perfeita e recprocasintonia ou afinidade entre ns, ele redige as nossas mensagens e o receiturio medinicocom presteza e fidelidade, podendo mesmo interromper a comunicao durante algunsmomentos e atender a outros servios ou obrigaes profanas; e depois retornar a psicografar,sem que isso afete os resultados da sua tarefa medinica. Porm, o que ele prescreve quasesempre medicao homeoptica de seu conhecimento, pois sendo mdium intuitivo, masconsciente, ele no pode indicar remdios que desconhea. E os terapeutas desencarnadoscingem-se, naturalmente, aos remdios cujos nomes esto decorados ou averbados em sua

    mente.

    2

    2 - Nota do Mdium: Realmente, durante o receiturio medinico, aflora-me de modoindiscutvel o nome da medicao escolhida pelos mdicos homeopatas desencarnados, queoperam comigo; porm, trata-se de medicao escolhida pelos mdicos homeopatasdesencarnados, que operam comigo; porm trata-se de medicao que eu conheo. medida queamplio o meu arsenal de medicamentos homeopticos, verifico que tambm cresce o xito do meureceiturio medinico.

    Atravs do contado perispiritual, s vezes superamos a sua receptividade mental,fazendo que ele funcione como um receptor e nos como o transmissor teleptico. Embora ofenmeno ocorra entre um esprito desencarnado e outro encarnado, a sua eficincia igual obtida entre vs, por dois exmios telepatas.

    No entanto, a mediunidade de maior amplitude no sensitivo a da "transmentao",denominao feliz de conhecido escritor esprita ainda encarnado. 3

    3 - Nota do Mdium: Edgard Armond, Captulo "Transmentao", pgina 58, da obraMediunidade, 9 edio, da LAKE, cujas caractersticas transcrevemos abaixo:

    1) no h transmisso teleptica, como ocorre nas formas conscientes e semiconscientes jestudadas;

    2) no h incorporao fsica, como exteriorizao do Esprito do mdium, como ocorre naforma inconsciente;

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    3) no indispensvel a presena do Esprito comunicante que, s vezes, atua a distncia;4) o mdium no perde sua capacidade ambulatria nem h inibio de qualquer natureza

    para o lado do seu corpo fsico;5) o mdium no submetido a sono sonamblico e nenhuma interferncia anmica se

    pode dar;6) opera-se uma substituio, ou melhor, uma sobreposio da mente individual do mdium

    pela do Esprito comunicante, que fica, assim, com inteiro domnio fsico do mdium, pelo comandodos centros cerebrais e anmicos.

    Torna-se, portanto, evidente que, para esta forma de mediunidade, exigem-se mdiunsdotados de sensibilidade apurada e de perfeito equilbrio psquico. E: uma mediunidade de exceoou mais comum entre artistas, pintores, msicos, poetas e outros cuja funo produzirem obrasdestacadas, de carter universalista.

    No caso em apreo, ns no falamos propriamente ao ouvido fsico do nosso mdium,mas, sim, por conjuno mental, exceto em algumas ocasies muito raras, em que atuamos demodo semiconsciente: Quando se trata de receiturio medinico, o esprito receitista. escolheno arquivo mental do mdium a medicao que julga mais apropriada para o consulente.Ento, atendendo a essa intuio mais forte sobre determinado remdio, o sensitivo escrevena receita justamente o nome do mesmo.

    um ti o de mediunidade cujo maior xito e amplitude depende essencialmente deestudo incessante, libertao das algemas da ortodoxia religiosa; ausncia de idiaspreconcebidas ou e preveno contra esta ou aquela doutrina espiritualista.

    O mdium "transmentativo", estudioso e avesso ao sectarismo, de esprito idnticoao dos artistas, msicos ou pintores, cuja mente se entreabre para todas as expresses davida; e, por isso, pode dispensar os recursos das concentraes especiais ou "correntes psquicas", como garantia de sucesso em seu intercmbio conosco. Nos momentos depsicografar, o nosso mdium procura sintonizar-se o melhor possvel nossa faixa vibratria.Ento, ele obtm de ns as melhores elucidaes possveis s perguntas que redige;permitindo-nos tambm associar novas indagaes, s quais ns mesmos respondemos, a fimde que a questo em foco seja esclarecida sem dar lugar a quaisquer dvidas.

    PERGUNTA: - Qual o motivo mais importante, da parte do vosso mdium,nesse gnero de mediunidade "transmentativa", que lhe tem permitido receber umconjunto de comunicaes valiosas, abordando problemas invulgares, cujo racionalismo,no entanto, pela sua lgica convincente, est despertando interesse em diversos pases?

    RAMATS: - O nosso sensitivo, aps constantes meditaes, durante algunsanos, subordinou a sua faculdade medinica de psicgrafo a um carter panormico,impessoal e didtico, desinteressando-se de enveredar pelos meandros de feio individual oupela curiosidade to ao gosto dos terrcolas. O seu trabalho tem, pois, a finalidade essencial

    de captar mensagens espirituais de interesse para a Humanidade, ou seja, ampliar o campoideolgico de todos os homens, no sentido de interess-los nos problemas da vida do espritoimortal.

    O nosso mdium um sensitivo de intuio consciente; portanto no pode exprimir-se ou escrever na mesma grafia que os "mortos" adotavam quando viviam na matria. Noentanto, a sua mediunidade, repetimos, permite-lhe captar toda a substncia das idias queprojetamos na tela da sua mente. Porm, como a singularidade das nossas revelaes ouproblemas contradizem certas premissas da vossa cincia e contrariam dogmas seculares do

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    sectarismo religioso, muito sensata a sua atitude de submeter nossos comunicados a umareviso de coordenao lgica e mxima clareza expositiva feita por outrem que tambmdisponha de certa receptividade s nossas indues e, alm disso, expresse o nosso intuitofraterno de fazer que o leitor, ao considerar as facetas dos nossos estudos, no se limite "vantagem" de haver tomado conhecimento de novas revelaes, mas apreenda e sinta que o

    objetivo essencial "das mesmas despertar-lhe a conscincia de modo que, ante a luz denovos horizontes, o seu esprito se apure em sentimentos e virtudes que o integrem, cada vezmais, no roteiro do Evangelho de Jesus!

    Alis, todo mdium deve auscultar e submeter a certo controle os "produtos" da suamediunidade. Mesmo porque nenhum sensitivo medinico est absolutamente imune de sermistificado, pois do "lado de c" tambm existem consumados "prestidigitadores" defenmenos psquicos e hbeis sofistas da palavra falada e escrita, capazes de iludirem omdium de boa-f e conduzi-lo a certos equvocos.

    No contestamos que o nosso mdium tambm incorra em deficincias. s vezestambm se julga autor das idias e dos pensamentos que registra no papel, descrendo, assim,de terem sido inspirados por ns. Noutros casos, ele se cr um plagirio por associar assuntosde obras alheias que j leu; e quando tal acontece, ao recordar-se onde "ouviu ou leu" aquiloque lhe ditamos, ele sente-se amargurado. Ignora, no entanto, que ns mesmos, osdesencarnados nada criamos de novo no Cosmo. Ns apenas damos curso s concepes econhecimentos dos nossos antepassados, vestindo suas idias com a roupagem da pocaatual. Somos, por vezes, uma espcie de lente ampliadora das idias daqueles que nosprocederam, tal qual eles, por sua vez, j o foram de seus antecessores.

    Porm o nosso mdium, ao examinar, posteriormente, o que escreve sob nossaintuio, verifica haver tratado de assuntos que lhe so desconhecidos e ter aduzidoconcluses at opostas sua opinio.

    semelhana da bolota, que se desenvolve no solo sujeita a crescer naturalmente porefeito da sua dinmica gentica, ele sabe que se cultivar cuidadosamente a sua faculdademedinica, ento tambm conseguir tornar-se uma espcie de carvalho generoso, cujasombra amiga beneficiar muitos viandantes necessitados de repouso.

    Assim como o modesto veio d'gua, nascido e vertido da encosta do Peru, depois desulcar prodigamente o extenso solo ressequido por onde passa e contornar obstculosimensos, transforma-se no caudaloso Amazonas, o mdium tambm precisa transpor e venceras pedras que surgem no caminho do seu aprendizado e aperfeioamento medinico. Noentanto, se quiser vencer mais facilmente as decepes, os desnimos na sua caminhadaevolutiva sobre a face do planeta, o talism milagroso para conseguir esse objetivo integrar-se de alma e corao, no roteiro luminoso o Evangelho de Jesus!

    Constitui um caso muito raro o do mdium que pode exercer diversas faculdades aomesmo tempo, 4 pois a sua maioria compe-se de intuitivos. Assim, no caso do receiturio, onosso sensitivo tambm s atende nos limites que no ultrapassem a sua capacidademedinica consciente, conjugado bagagem teraputica que de seu conhecimento, pois nosendo mdium mecnico, sonamblico ou de incorporao no pode receitar medicaes quelhe sejam desconhecidas nem fazer diagnsticos de profundidade.

    4 - Nota do Mdium: Cremos que Chico Xavier, na atualidade, o mdium que melhor seajusta a essa enunciao de Ramats.

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    Mediunidade de Cura Herclio Maes Ramats

    No caso do mdium mecnico, os espritos terapeutas acionam o brao do mdium altura do seu plexo braquial e trabalham movendo-o como se e fosse uma espcie de caneta"viva", podendo, ento, receitar sem utilizar como veculo o crebro humano. Quanto aonosso sensitivo, seus sucessos teraputicos so devidos mais propriamente ao treino e confiana que j adquiriu no intercmbio conosco. No entanto, ele seria improdutivo e

    claudicante na sua funo medinica, caso pretendesse solucionar problemas e assuntosparticulares dos seus comunicantes ou dos consulentes terrcolas.

    PERGUNTA: - Desde que o vosso mdium apenas intuitivo consciente, entoqual o segredo do sucesso de vossas mensagens, que retratam um estilo, conhecimentos econcepes muito alm da sua capacidade e cultura? Conhecemo-lo em suas deficinciashumanas e sabemos da sua incapacidade para discernir e redigir dissertaes a respeito decertos problemas bastante complexos, que constam das diversas obras j editadas sobvosso nome.

    RAMATS: - Tal resultado fruto de disciplina, estudo, devotamento e trabalhoincessantes. Durante o contacto perispiritual a sua receptividade mental, sintonizando-se nossa freqncia vibratria, faz que o seu trabalho psicogrfico deslize com firmeza. ,enfim, um veculo que no nos ope qualquer resistncia. E sua confiana absoluta nasrespostas que lhe transmitimos tambm contribui para a perfeio da sua tarefa e da nossa.Ele escreve de acordo com a sua grafia comum e veste nossos pensamentos com ovocabulrio de seu conhecimento e sem trair a nossa idia.

    O mdium intuitivo algo semelhante a um vidro colorido, pois d a sua cor prpria luz que transmite. Tal qual o pintor experiente e devotado, o nosso mdium usa das "tintas"do mundo material para reproduzir os quadros que projetamos em sua mente perispiritual.Alis, muitos mdiuns de bom quilate espiritual estiolam suas faculdades pelo temor deserem mistificados ou recuam diante do servio muito antes de alcanarem o domnio

    completo da sua capacidade medinica. Entretanto, o caminho seguro para o mdiumintuitivo desenvolver essa faculdade a perseverana, o estudo e o anseio de querer ser tilna evangelizao da Humanidade. Aguardar o "milagre" da perfeio medinica , obtendo-ade um jato, isto no possvel, pois a subida dos degraus da evoluo exige esforosprprios.

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    Captulo 3

    Novos aspec