36
Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial Março 2010 Banco Mundial

Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos

Experiência Global e Opções para Moçambique

Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris UtriaBanco Mundial

Março 2010Banco Mundial

Page 2: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

2

Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos

O contexto: Oportunidades e desafios

Melhorando o ciclo de preparação de projectos

Como assegurar a participação doméstica: Financiamento pelo Orçamento?

Impactos macroeconómicos e como geri-los A “maldição” dos recursos naturais e políticas

para evitá-la

Questões finais

Page 3: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Mozambique 3Mozambique 3

Carvão de Moatize

Cahora Bassa

Mpanda Nkuwa

Bacia do Rovuma – Gás (e Petróleo?)

Moma - Titânio

Chibuto - Titânio

Potencial Florestal

Mozal

Complexo Metalúrgico de Maputo

Campos de Gás

Central da Moamba

Refinaria

Refinaria

Petroline

Carvão de Benga

Central de Moatize

Central de Benga

Page 4: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

4

Megaprojectos:Oportunidades e desafios Moçambique granjeou uma forte reputação por possuir uma

ambiente favorável ao investidor Tanto a S&P como a Fitch atribuíram a Moçambique uma

perspectiva estável nas suas ‘Credit Rating’ B+ O aumento do interesse dos investidores em Moçambique

traduz-se em investimentos multibilionários As contribuições dos megaprojectos para o orçamento

podem ser cruciais para financiar investimentos em infra-estrutura

Com vista ao futuro: Necessidade de equilibrar a reputação de ambiente favorável ao investidor com a maximização dos benefícios internos

Page 5: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o ciclo de preparação de projectos

5

Page 6: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o ciclo dos projectos: estado actual

Debilidades do actual ciclo dos projectos Existem lacunas no contexto jurídico e

regulamentário Processo ad hoc de coordenação interministerial MF chamado muitas vezes a participar já numa

fase avançada das negociações Os grandes investidores reportam que, muitas

vezes, as delegações do GdM não estão adequadamente preparadas e equipadas

6

Page 7: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o ciclo dos projectos: Contexto Jurídico & Regulador

Falta de uma lei-marco abrangente para megaprojectos, concessões e PPPs para fornecer as directrizes para selecção de projectos e alocação de riscos quem é a autoridade contratante prazos máximos para a aprovação de contratos a que órgãos cabe atribuir aprovações e em que

estágio como as concessões e outros acordos poderiam ser

regulados e/ou monitorizados diferentes opções de aprovisionamento disponíveis

7

Page 8: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o ciclo dos projectos:o processo institucional

Necessidade de formular um processo claramente estruturado para a avaliação, convite a licitação, negociações e monitorização pós-implementação de megaprojectos

Demarcar claramente as responsabilidades entre os ministérios

Assegurar o papel-chave do MF na negociação e monitoria dos megaprojectos, concessões e PPPs

Avaliar e priorizar as necessidades-chave de recursos humanos, tais como especialistas em financiamento

8

Page 9: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o ciclo de projectos: O processo institucional Necessidade de facilitar a participação do sector

privado Fortalecer a capacidade de resposta aos grandes

investidores Desenvolver maior capacidade do GdM de iniciar

projectos e responder adequadamente a propostas não solicitadas

Necessidade de formular um contexto para avaliar: os benefícios globais dos investimentos propostos as opções de financiamento se um processo de licitação mais abrangente seria

benéfico para as propostas não solicitadas

9

Page 10: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Melhorando o ciclo de projectos: O processo institucional

Seria melhor contar com uma unidade dedicada e equipada com pessoal adequado? A responsabilidade deveria continuar a ser

descentralizada, ou deveria ser transferida a uma Unidade centralizada de ‘Megaprojectos, PPPs e Concessões’?

Será melhor desenvolver as necessárias competências junto de cada ministério interessado, ou seria a criação de uma unidade centralizada especializada a solução institucional mais apropriada?

10

Page 11: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como assegurar a participação doméstica nos megaprojectos?

11

Page 12: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Deverá existir participação doméstica nos megaprojectos?

É essencial que interesses privados internos sejam convidado a participar de forma competitiva e transparente Evitar preocupações concernentes a Pessoas Politicamente

Expostas

Passará algum tempo até que os diferentes investidores corporativos e institucionais moçambicanos possam amealhar os recurso financeiros para investir em MPs

O GdM manifestou interesse em participar financeiramente em vários projectos futuros

12

Page 13: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como pode ser financiada a participação doméstica em megaprojectos?

Opção 1: O GdM investirá e financiará directamente a participação doméstica em megaprojectos

Porém, deverá o GdM utilizar seus limitados recursos para financiar participações em megaprojectos?

Geralmente a opção menos preferida e orientada apenas por considerações estratégicas

A forma de veiculação apropriada de tais investimentos públicos iria depender da lei moçambicana

13

Page 14: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como pode ser financiada a participação doméstica nos megaprojectos?

Opção 2: Reserva de capital através de uma ‘opção de compra’ de acções no futuro

Ao outorgar concessões, o GdM poderia reservar capital próprio para que moçambicanos possam comprá-lo no futuro

Isto funciona como uma ‘opção de compra’ de um título para aumentar a participação moçambicana no futuro

A venda futura de acções deverá ser efectuada ao preço de mercado

14

Page 15: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como pode ser financiada a participação doméstica nos Megaprojectos?

Opção 3: ‘Armazenamento’ de acções até que haja demanda local suficiente para a sua aquisição (a) empresas privadas (b) instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs) (c) o próprio Governo moçambicano

Com o sector privado ou as IFDs a funcionar como “instituições armazenárias”, o GdM não teria de utilizar seus escassos recursos (ou contrair empréstimos) para financiar a participação

15

Page 16: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Implementação de um Mecanismopara Armazenamento de Múltiplos Investimentos Seria mais adequado que a participação pública

não ficasse nas mãos de uma instituição de serviços públicos, de modo a assegurar uma boa governação corporativa e a evitar conflito de interesses

Será melhor tratar a questão do armazenamento de acordo com a situação ou criar um mecanismos especializado?

16

Page 17: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como poderia ser estruturada uma Sociedade De Controlo moçambicana

17

SPV 1 do Projecto

IDA/BIRD

GdM

Ministério das Finanças

Bancos

Moçambicanos

Investidores

Sociedade de Controlo

(Moçambique)

IFDs / IFIs

Fundos de

Sub + senior

dívida

SPV 2 do Projecto do Projecto

SPV 3 Futuro

Carteira de títulos

Page 18: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

O caso de Singapura: a sociedadede controlo TEMASEK

Esta empresa de controlo estatal de Singapura constitui um bom exemplo tanto de estratégia como de governação A Temasek tem participação integral ou parcial nas

maiores empresas do país Investe em áreas com boas e fortes características

públicas Gerida por um conselho independente e profissional e

por uma equipa de gestão responsável Divulgação total dos materiais e transacções

correspondentes Publicação das demonstrações financeiras auditadas

18

Page 19: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Sociedade de Controlo de Singapura: TEMASEK

19

Ministério das Finanças

(Singapura)

Singapore Telecom

100% de participação

TemasekHolding CompanyCapital

Mercados de

Financiamento de obrigações::(eg 2005, US$1,75 mil

milhões)

-Classificação AAA para notas a 1 ano

Administração doPorto de Singapura

Singapore

Power Keppel

Corporation

100% de participação 100% de participação 100% de participação 21% de participação

Conselho Independente

Mais de USD 100 mil milhões em carteira

Equipa de Gestão

Page 20: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Impactos Macroeconómicos e Orçamentais dos Megaprojectos

20

Page 21: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Passos Recentes para Aumentar os Benefícios Domésticos dos Megaprojectos

O GdM pretende aumentar o impacto domestico dos megaprojectos, notadamente a contribuição fiscal para o orçamento

O GdM reduziu adequadamente os incentivos fiscais e padronizou os termos fiscais para todos os novos projectos

21

Page 22: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Próximos Passos para Aumentar os Benefícios Domésticos dos Megaprojectos

Necessidade de um contexto jurídico apropriado Adopção de mecanismos que assegurem que

sejam orçamentados e devidamente monitorizados recursos adicionais

Reflectir sobre a possibilidade de reduzir os benefícios fiscais em projectos de investimento, em paralelo com a redução das taxas de IRPC

22

Page 23: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Serão os incentivos úteis para atrair investimentos? A maior parte da literatura questiona os incentivos Pesquisa sobre o impacto dos incentivos em

Moçambique (Bolnik, 2009) Amostra aleatória de 60 empresas que se qualificaram para

o gozo de benefícios fiscais do CIP em 2005, 2006 e 2007

Factores críticos que influenciam a decisão de investimento mercado doméstico em crescimento (38 vezes) falta de concorrência local (16 vezes) estabilidade política (14 vezes) ambiente de negócios (12 vezes) e acesso aos mercados vizinhos (9 vezes) Apenas um respondente citou “incentivos”

23

Page 24: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Serão os incentivos úteis para atrair investimentos? Pesquisa sobre o impacto dos incentivos em

Moçambique Os benefícios fiscais não são decisivos para a maioria dos

investimentos 85% dos investidores afirmou que a sua decisão não dependeu da

redução de impostos sobre o rendimento, dando uma taxa de redundância de 80%

Para alívio do imposto de importação sobre bens de capital a taxa de redundância correspondente foi de73%

Muito poucos desses projectos poderiam ser categorizados como “sem entraves” Apenas 12% dos investidores considerou locais fora de Moçambique —

e nenhum deles considerou a redução de impostos um aspecto crítico Cerca de 90% dos investimentos foram guiados pelas oportunidades do

mercado interno

24

Page 25: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Reforma da Política Fiscal para Aumentar a Competitividade das PMEs

O clima fiscal poderia ser significativamente melhorado mediante a redução simultânea dos incentivos fiscais e do número e nível de taxas tributárias — sem comprometer a receita pública Aumentar a base tributária para criar um nível de

actuação equitativo para todos os possíveis investidores Simplificar consideravelmente a administração tributária Encaminhar o investimento para onde for mais produtivo Reduzir o espaço para arbítrio e corrupção Melhorar o regime fiscal para investimento por

pequenos/médios empreendedores

25

Page 26: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Outras Potenciais Melhorias no Impacto Macrofiscal dos MPs

Melhoria da previsão de receitas e da eficiência da despesa Desenvolvimento e implementação de um modelo macrofiscal

para os megaprojectos Melhoria da eficiência da despesa como parte de um esforço

para prevenir a “Dutch Disease”

Fortalecimento da transparência e responsabilização Adopção de práticas de monitorização da recolha e

distribuição de receitas fiscais dos megaprojectos A adesão à ITIE é um início promissor Adopção dos mesmos princípios / abordagem ao longo da

cadeia de valores em todos os projectos de recursos naturais

26

Page 27: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Outras Potenciais Melhorias no Impacto Macrofiscal dos MPs

Refinação do contexto da política monetária Adaptar o conjunto de políticas de intervenção do Banco

Central para facilitar a absorção de entradas de capital provenientes de MPs

Melhoria da gestão de liquidez e das operações de política monetária do Banco Central para gerir efectivamente o excedente de liquidez associado aos fluxos de capital dos MPs

Desenvolvimento da política da taxa cambial tendo como foco o médio prazo A curto prazo, mitigar as pressões pela apreciação da taxa

cambial associadas as fluxos de capital dos MPs Que política cambial poderia optimizar os fluxos de recursos

associados a megaprojectos a médio/longo prazo?

27

Page 28: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Transparência Fiscal e Boa Governação

28

Page 29: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

29

Riqueza Proveniente de Recursos Naturais e Crescimento Económico: ‘A Maldição’

Page 30: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Que é a ‘Maldição dos Recursos Naturais’? Segundo muitos estudos, a abundância de recursos

naturais tem forte impacto negativo no crescimento

Por exemplo (Sachs e Warner 1995, 2001) Corte transversal de países no período 1970-90 Aumento de dez pontos percentuais na rácio de exportação de

recursos naturais sobre o PIB associado a um crescimento anual 0,4% – 0,7% mais baixo do PIB per capita

Três principais explicações: A ‘Dutch disease (Doença Holandesa)’: apreciação da taxa de

câmbio real e perda de competitividade Procura de renda Deterioração institucional e qualitativa das políticas

30

Page 31: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

31

A ‘Maldição dos Recursos Naturais’: Papel-chave para a Boa Governação

Consenso emergente de que o resultado depende da qualidade das instituições e políticas do país (Collier e Goderis 2007) Série cronológica de 130 países no período 1963-

2003 Divisão da sua amostra em países de boa e má

governação (um índice ICRG inferior a 75 é ‘bom’) Impacto negativo do crescimento apenas em

países com má governação; relação positiva em países com boa governação

Page 32: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

32

Implicações-chave de política para o uso de recursos naturais Moçambique até agora evitou a maldição de

recursos, reflectindo a ‘natureza de enclave’ dos MPs existentes

Três tipos de política podem ajudar Moçambique a abordar os desafios do desenvolvimento baseado nos recursos naturais Boa governação e transparência Um regime fiscal para o sector de recursos naturais Boa postura da política fiscal

Políticas de alocação de despesas públicas para promover o crescimento a longo prazo e minimizar a Dutch disease

Adopção de normas fiscais apropriadas para poupar o suficiente das receitas geradas pelos recursos naturais

Page 33: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Conclusões

33

Page 34: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como maximizar os benefícios provenientes de megaprojectos Fortalecimento do ciclo de preparação de projectos

Revisão completa do contexto jurídico e institucional, bem como do processo do ciclo dos projectos?

Seria útil uma lei de bases para PPPs, Concessões e Megaprojectos?

Como pode ser melhorada a avaliação das ‘liabilities’ do Estado?

Deveria existir uma unidade centralizada?

Assegurar a participação moçambicana Deverá ser financiada pelo orçamento ou deverão ser

utilizadas alternativas (opção de compra, “armazenamento”)? Se financiada pelo orçamento, que princípios deverão orientar

a operação de uma Sociedade de Controlo moçambicana?

34

Page 35: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Como maximizar os benefícios provenientes de megaprojectos Impactos macroeconómicos e orçamentais

Será necessário um modelo macrofiscal para prever as receitas fiscais e o envelope de recursos para as despesas do governo a médio prazo?

Há necessidade de oferecer benefícios fiscais aos investidores? Deverá o GdM considerar uma redução dos benefícios fiscais,

em paralelo com a redução do número e nível de taxas tributárias?

Que política de taxa cambial poderia optimizar o fluxo de recursos provenientes de megaprojectos a médio/longo prazo?

Transparência fiscal e boa governação Deveria o GdM considerar a adopção de princípios/abordagem

similares aos da ITIE ao longo da cadeia de valores em todos os projectos de recursos naturais?

35

Page 36: Melhorando o Impacto Doméstico dos Megaprojectos Experiência Global e Opções para Moçambique Antonio Nucifora, Peter Nicholas, and Boris Utria Banco Mundial

Obrigado!

Antonio NuciforaEconomista Sénior, PREM, Banco Mundial, MoçambiqueTel: +258-21-48-2371Fax: +258-21-49-2893Email: [email protected]

Março 2010Banco Mundial