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Memória de opostos da Cidade Educadora O presente jogo é uma proposta da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE, www.edcities.org), dirigida aos cidadãos para trabalhar de forma lúdica alguns valores e ações vinculados dos princípios da Carta das Cidades Educadoras. O objetivo principal é incentivar à reflexão sobre que medidas e ações poderíamos empreender individual e coletivamente para melhorar a qualidade de vida e fomentar uma boa convivência no Município. Sugere-se que este jogo seja acompanhado de um diálogo entre os jogadores, sobre os valores transmitidos pelas cartas, se se verificam ou não na sua cidade e sobre como poderíamos melhorar a nossa envolvente, saúde, meio ambiente e as relações interpessoais, etc. Nivel inicial Para crianças mais novas, propomos que inicie o jogo com todas as cartas viradas para cima. O objetivo será encontrar os pares de opostos. Para facilitar formar estes pares, as cartas estão pintadas com um rebordo da mesma cor e contêm um símbolo relacionado com a ideia que se pretende transmitir. Comece por formar dois montes diferentes, um com as cartas que têm o símbolo com uma cruz e um com as cartas que têm o símbolo sem cruz. Baralha-se cada monte em separado e colocam-se todas as cartas sobre a mesa, cada monte num lado diferente. Pode-se jogar individualmente ou de forma colaborativa, neste caso o vencedor é a pessoa que mais pares conseguir formar. O jogo acaba quando todos os pares de opostos forem formados. A pessoa que forma um par deve explicar porque considera que são opostos, qual a ação que considera correta, se no município se verifica alguma destas situações e o que poderia ser feito para melhorar a situação. Nivel avançado Uma vez familiarizados com as cartas ou para os jogadores mais avançados, sugere-se a modalidade de jogo abaixo. O objetivo continua a ser formar pares de opostos, mas neste caso a ilustração irá estar escondida. Baralham-se todas as cartas e colocam-se sobre a mesa com a face virada para baixo. Começa um jogador ou jogadora virando duas cartas, se lhe calhar um par de opostos fica com eles, caso contrário, volta as cartas para baixo, na mesma posição que ocupavam e dá a vez ao jogador seguinte. O jogo finaliza quando todos as cartas tiverem sido emparelhadas e ganha a pessoa que mais pares conseguir formar. A pessoa que forma um par deve explicar porque considera que são opostos, qual a ação que considera correta, se no município se verifica alguma destas situações e o que poderia ser feito para melhorar a situação. Variante do jogo Outra modalidade do jogo para formar pares, mas com mais atividade física, é a seguinte. Seleciona-se um conjunto de pares e colocam-se os opostos (símbolo com a cruz) em fila no solo a alguns metros de distância. Das outras cartas selecionadas dá-se uma carta a cada jogador ou jogadora. O objetivo é que corram, encontrem o oposto e voltem com a maior rapidez possível. A pessoa que chegue da volta primeiro, com o par formado corretamente, ganha um ponto. O jogo continua com as restantes cartas. Ganha a pessoa que no final do jogo tenha conseguido mais pontos. Colorir seu próprio jogo Versão para colorir disponível. Memória de opostos da Cidade Educadora Regulamento do jogo Idades: dos 6 aos 99 anos Componentes: 32 cartas Número de jogadores: 2-6 pessoas Autoria e © : AICE Ilustradora: Evelt Yanait Jogo de cartas da memória AICE

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Page 1: Memória de opostos da Cidade Educadora Memória

Memóriade opostos

da Cidade Educadora

O presente jogo é uma proposta da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE, www.edcities.org), dirigida aos cidadãos para trabalhar de forma lúdica alguns valores e ações vinculados dos princípios da Carta das Cidades Educadoras.

O objetivo principal é incentivar à reflexão sobre que medidas e ações poderíamos empreender individual e coletivamente para melhorar a qualidade de vida e fomentar uma boa convivência no Município. Sugere-se que este jogo seja acompanhado de um diálogo entre os jogadores, sobre os valores transmitidos pelas cartas, se se verificam ou não na sua cidade e sobre como poderíamos melhorar a nossa envolvente, saúde, meio ambiente e as relações interpessoais, etc.

Nivel inicial Para crianças mais novas, propomos que inicie o jogo com todas as cartas viradas para cima. O objetivo será encontrar os pares de opostos. Para facilitar formar estes pares, as cartas estão pintadas com um rebordo da mesma cor e contêm um símbolo relacionado com a ideia que se pretende transmitir.

Comece por formar dois montes diferentes, um com as cartas que têm o símbolo com uma cruz e um com as cartas que têm o símbolo sem cruz. Baralha-se cada monte em separado e colocam-se todas as cartas sobre a mesa, cada monte num lado diferente.

Pode-se jogar individualmente ou de forma colaborativa, neste caso o vencedor é a pessoa que mais pares conseguir formar. O jogo acaba quando todos os pares de opostos forem formados.

A pessoa que forma um par deve explicar porque considera que são opostos, qual a ação que considera correta, se no município se verifica alguma destas situações e o que poderia ser feito para melhorar a situação.

Nivel avançado Uma vez familiarizados com as cartas ou para os jogadores mais avançados, sugere-se a modalidade de jogo abaixo. O objetivo continua a ser formar pares de opostos, mas neste caso a ilustração irá estar escondida.

Baralham-se todas as cartas e colocam-se sobre a mesa com a face virada para baixo. Começa um jogador ou jogadora virando duas cartas, se lhe calhar um par de opostos fica com eles, caso contrário, volta as cartas para baixo, na mesma posição que ocupavam e dá a vez ao jogador seguinte. O jogo finaliza quando todos as cartas tiverem sido emparelhadas e ganha a pessoa que mais pares conseguir formar.

A pessoa que forma um par deve explicar porque considera que são opostos, qual a ação que considera correta, se no município se verifica alguma destas situações e o que poderia ser feito para melhorar a situação.

Variante do jogoOutra modalidade do jogo para formar pares, mas com mais atividade física, é a seguinte. Seleciona-se um conjunto de pares e colocam-se os opostos (símbolo com a cruz) em fila no solo a alguns metros de distância. Das outras cartas selecionadas dá-se uma carta a cada jogador ou jogadora. O objetivo é que corram, encontrem o oposto e voltem com a maior rapidez possível. A pessoa que chegue da volta primeiro, com o par formado corretamente, ganha um ponto. O jogo continua com as restantes cartas. Ganha a pessoa que no final do jogo tenha conseguido mais pontos.

Colorir seu próprio jogoVersão para colorir disponível.

Memória de opostos da Cidade Educadora Regulamento do jogo

Idades: dos 6 aos 99 anos

Componentes: 32 cartas

Número de jogadores:2-6 pessoas

Autoria e © : AICE

Ilustradora: Evelt Yanait

Jogo de cartas da mem

ória AIC

E

Page 2: Memória de opostos da Cidade Educadora Memória

01. Reciclagem

Reciclar vs. não reciclar e sujar a cidade:

Com esta ilustração pode-se refletir sobre os nossos hábitos de separação de resíduos e de reciclagem, sobre a existência de diferentes c o n te n to re s p a ra fa ze r e st a s e p a ra ç ão de resíduos, os problemas que acarreta a acumulação de lixo nos sítios não adequados para ele, etc. Como podemos contribuir para um meio ambiente mais sustentável, através da reciclagem? Separamos os resíduos em casa? Que resíduos separamos? Para que contentor deve ir cada um? Sabemos o que acontece aos resíduos dos diferentes contentores? Existem zonas no concelho que se converteram em lixeiras? Que problemas ocasionam? Como poderíamos encorajar as pessoas a deitar os resíduos nos contentores correspondentes e a fazer a sua separação?

02. Mobilidade/transportes

Utilizar transportes não contaminantes vs. uso do automóvel privado:

Esta ilustração permite-nos debater sobre os diferentes meios de transporte e as alternativas aos meios de transporte mais contaminantes, assim como os benefícios para o meio ambiente e para a nossa saúde. Também se pode incluir perguntas sobre os meios de transporte mais utilizados pelos jogadores e a possibilidade de mudar de hábitos de mobilidade nas deslocações diárias. Vamos para a escola a pé ou de bicicleta? Que obstáculos encontramos? Como poderíamos solucioná-los?

03. Cidade acessível

Cidade acessível a pessoas com mobilidade reduzida vs. cidade não acessível:

As ruas da nossa cidade estão acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida (idosas, pessoas em cadeiras de rodas, cadeirinhas de bebé)? Quais são os principais obstáculos que estas pessoas encontram? Existem espaços e transportes públicos que tenham sido tornados acessíveis para facilitar a sua mobilidade na cidade?

04. Sustentabilidade

Cidade verde vs. cidade com altos índices de contaminação:

O debate aqui pode girar em torno de quais os elementos da nossa cidade, bairro, comunidade que favorecerem a criação de espaços verde onde as pessoas tenham espaços públicos de qualidade, onde podem brincar, ler, andar e sociabilizar. Por outro lado, a poluição é maior em cidades onde as industrias não seguem medidas / controles ambientais e onde predominam os carros, com prioridade sobre as pessoas, o que faz com que o ar seja prejudicial à saúde e a vida em espaços públicos seja mais difícil. Existem passeios ou avenidas sem veículo, só para pões na nossa cidade? Nós temos espaços verdes onde podemos brincar e encontrar amigos? Na nossa cidade respira-se ar limpo ou ar poluído? Por quê? Há mais pessoas dirigindo carros ou a andar a pé?

05. Espaço público

Espaço públ ico cuidado vs. espaço públ ico negligenciado:

Estas ilustrações convidam-nos a refletir sobre a importância de cuidar dos espaços públicos da nossa comunidade entre todos e todas, já que isto favorece o seu uso e usufruto. Por outro lado, quando um espaço deixa de estar cuidado, converte-se numa área degradada da cidade, que deixa de ser utilizada e convida a comportamentos antissociais. Que qualidades valorizas no espaço público? São espaços bem cuidados? Como poderíamos melhorar o espaço público da nossa cidade?

06. Civismo

Participar na melhoria da cidade vs. vandalismo:

A cidade como bem compartilhado em que a participação de seus habitantes é essencial na sua melhoria e cuidado. Pelo contrário, uma cidade onde os seus habitantes não se importam com o seu cuidado, convidando a um aumento de situações de vandalismo, que causam danos em propriedade pública ou privada. Nós ajudamos a cuidar da nossa cidade? Podes explicar algumas ações de melhoria e cuidado que conheças ou que em participes?

07. Participação

Espaços de participação inclusivos vs. exclusivos:

Existem espaços para participação na escola, bairro, cidade onde podemos expressar a nossa opinião e ser ouvidos? São espaços inclusivos onde a diversidade de pessoas presentes podem participar ativamente?

08. Gestão de conflitos

Diálogo vs. violência em caso de conflito:

Estas ilustrações convidam-nos a refletir na importância do uso do diálogo para resolver conflitos, em vez de recorrer à violência. A importância de tentar chegar a um acordo e de respeitarmos o outro, ainda que pensemos de forma diferente. A possibilidade de recorrer à mediação, caso necessário, para resolver conflitos. Como solucionamos os conflitos com outras pessoas? Recorremos às mãos ou ao diálogo? Já mediaste alguma vez um conflito entre outras pessoas para encorajar à paz e procurar uma solução?

09. Lazer

Leitura vs. uso descontrolado de videojogos:

A leitura como forma de acesso à cultura e promoção da imaginação. Pelo contrário, o uso

de jogos não controlado, refletido pelas luas e pelos sóis, que indicam a passagem do tempo. A reflexão pode incluir perguntas sobre hábitos de leitura (como atividade individual ou familiar), o uso de bibliotecas, etc; bem como o uso de videojogos, tipos de videojogos… e como reverter esses hábitos (referir os efeitos nocivos do vício em jogos: perda de hábitos alimentares, do sono, diminuição das relações interpessoais e do contacto direto com o outro, etc.). O que fazes nos tempos livres? Gostas de ler, assistir TV, jogar...? Qual o tempo que despendes para cada atividade? Que tipo de livros/ videojogos é que gostas? Vais à biblioteca? Porque é que achas importante ler?

10. Relações Intergeracionais

Compartilhar vs. individualismo:

V i v e m o s e m s o c i e d a d e s e m q u e o s relacionamentos entre diferentes gerações são cada vez mais difíceis e, portanto, torna se necessário ter espaços e momentos de reunião onde compartilhamos e aprendemos uns com os outros. Algumas perguntas que poderiam orientar o debate: ajudamos os nossos avós (ou outros idosos da nossa comunidade) para acompanharem as novas tecnologias? O que aprendemos com os nossos avós?

11. Convivência

Comunidades coesas vs. Comunidades segregadas:

Os seres humanos são seres sociais por natureza. Embora na nossa idade as características físicas, de personalidade, os hobbies, as crenças, etc., nos diferenciem uns dos outros, compartilhamos o mesmo mundo. Essa pluralidade e diversidade pode ser percebida como fonte de enriquecimento pessoal e social ou pode levar a divergências e conflitos. Favorecemos nas nossas comunidades as relações entre pessoas diferentes? Na nossa escola os meninos e meninas de etnias e culturas diferentes brincam juntos ou separados? O que podemos fazer para promover a sociabilização entre pessoas diferentes? O que achas das barreiras que são estabelecidas quando as pessoas vão morar para outra cidade/país? Alguma vez pensaste que poderias ter que mudar de cidade? Como gostarias de ser recebido?

12. Desporto

Desporto com fairplay vs. desporto agressivo:

O desporto para além de nos permitir um estilo de vida mais saudável pode ser uma ferramenta para transmitir certos valores, como trabalho em equipa, companheirismo, respeito pelo outro, jogo limpo, superação pessoal, etc. Portanto, é importante estabelecer regras de comportamentos para delimitar determinadas ações que possam surgir durante o jogo, pois competir e ganhar de qualquer forma não deverá ser o objetivo principal. Praticas algum desporto? O trabalho em equipa é necessário? Que valores são incentivados nesse desporto? Houve alguma situação agressiva? Como podemos contorná-las?

13. Hábitos alimentares

Acesso a alimentos saudáveis vs. alimentos não saudáveis:

A reflexão aqui pode girar em torno da conveniência de uma dieta equilibrado e saudável para desfrutar de uma boa saúde. Por outro lado, certos alimentos (comida fast food, doces e bolos) podem ser uma opção pontual, mas se se transformarem num hábito alimentar poderiam causar problemas de saúde. Todas as pessoas têm direito de poder comer saudavelmente. Quem cozinha em casa? Que alimentos são mais frequentes? Comemos de uma maneira variada, incluindo frutas, legumes e verduras? Com que frequência comemos doces e bolos? Na nossa cidade todas as pessoas têm um prato na mesa? Existem cantinas sociais ou entidades que recolhem alimentos para pessoas com menos recursos? Essas iniciativas são suficientes para garantir que todos têm acesso a uma dieta saudável?

14. Economia local

Comprar em lojas locais vs. comprar em grandes superfícies:

Sabemos de onde vem a comida e os bens que compramos e consumimos? Onde fazemos compras? Quem vai às compras? Conhecemos a cadeia por onde passam os produtos que compramos nas grandes superfícies e que, muitas vezes, são vendidos embalados? É essa uma compra justa que respeita os produtores e é responsável com o meio ambiente? É possível reduzir o uso de plástico? Que efeitos tem para o nosso bairro ou cidade a compra em lojas de proximidade? Quais os benefícios e as desvantagens de fazer compras on-line?

15. Acesso à Cultura

Equidade, justiça vs. igualdade:

A desigualdade está presente na nossa sociedade, essa desigualdade faz com que nem todas as pessoas possam ter acesso a oportunidades culturais e formativas da nossa comunidade. Por isso, nem sempre é suficiente oferecer recursos para promover a cultura, mas é também necessário levar em consideração o contexto desigual de partida para garantir a igualdade de oportunidades a pessoas com menos recursos. Fazes alguma atividade cultural fora da escola? Que tipo de atividade? Achas que todas as pessoas podem aceder a essa atividade? Vais visitar museus em família ou com amigos, para além das visitas organizadas pela escola? E a atuações de teatro ou de música? Os equipamentos estão abertos a todos os públicos ou o preço impede que as pessoas os possam visitar/assistir?

16. Educação inclusiva e de qualidade ao longo da vida

Educação inclusiva vs. educação para algumas pessoas:

Existe diversidade nas escolas (meninos, meninas, pessoas de diferentes origens etc.)? Achas que todas as pessoas têm oportunidades para continuar a estudar o que querem? Existem profissões realizadas principalmente por homens ou mulheres? Por que é que achas que é assim? Como podemos mudar estas tendências? Existem oportunidades de ensino para pessoas mais velhas? Por que é importante fazer formação ao logo da vida?

Dobrar !