Mensagem de Governo 2014

Mensagem do Governo do Pará

Dispõe a Constituição do Estado do Pará:“Art. 135 – Compete privativamente ao Governador:.................................................................................IX – remeter mensagem e plano de Governo àAssembleia Legislativa, expondo a situação do estadoe solicitando as providências que julgar necessárias”.

Mensagem do Governo do Pará à Assembleia Legislativa

Ano 2014

Governo do Estado do Pará

Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças

Projeto gráfico e edição: Griffo Comunicação

Fotografias: Agência Pará

Secretaria de Estado de Comunicação

Impressão: Gráfica Sagrada Família

Governador do Estado do ParáSimão Robison Oliveira Jatene

Vice-Governador do Estado do ParáHelenilson Cunha Pontes

Assembleia Legislativa do Estado do ParáDeputado Márcio Desidério Teixeira Miranda

Tribunal de Contas do Estado do ParáCipriano Sabino de Oliveira Júnior

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do ParáJosé Carlos Araújo

Tribunal de Justiça do Estado do ParáDesa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento

Justiça Militar do EstadoJosé Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior

Ministério Público do Estado do ParáMarcos Antônio Ferreira das Neves

Ministério Público de Contas do Estado do ParáAntonio Maria Filgueiras Cavalcante

Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos MunicípiosElizabeth Massoud Salame da Silva

Chefe da Casa Civil da Governadoria do Estado Sofia Feio Costa

Chefe da Casa Militar da Governadoria do EstadoTen. Cel. QOPM Fernando Augusto Dopazo Noura

Consultor Geral do EstadoCaio de Azevedo Trindade, em exercício

Procurador Geral do EstadoCaio de Azevedo Trindade

Defensoria Pública do Estado do ParáLuís Carlos de Aguiar Portela

Auditor Geral do EstadoRoberto Paulo Amoras

Presidente da Ação Social Integrada do Palácio do GovernoCarmen Lúcia Dantas do Carmo

Secretário de Estado de ComunicaçãoDaniel Nardin Tavares

Presidente da Fundação Paraense de RadiodifusãoAdelaide Oliveira de Oliveira

Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa SocialLuiz Fernandes Rocha

Delegado Geral da Polícia Civil do Estado do ParáRilmar Firmino de Sousa

Comandante Geral da Polícia Militar do ParáCel. PM Daniel Borges Mendes

Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará Cel. QOBM João Hilberto Sousa de Figueiredo

Diretor Geral do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”Orlando Salgado Gouvêa

Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado do ParáTen. Cel. André Luiz de Almeida e Cunha

Diretor-Superintendente do Departamento de Trânsito do Estado do ParáAgostinho Queiroz Soares

Secretário Especial de Estado de GestãoHelenilson Cunha Pontes

Secretária de Estado de AdministraçãoAlice Viana Soares Monteiro

Secretário de Estado da FazendaJosé Barroso Tostes Neto

Secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e FinançasMaria do Céu Guimarães de Alencar

Presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do ParáAllan Gomes Moreira

Presidente do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do ParáIris Ayres de Azevedo Gama

Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do ParáMaria Adelina Guglioti Braglia

Diretor Geral da Escola de Governo do Estado do ParáRuy Martini Santos Filho

Diretor-Presidente da Loteria do Estado do ParáJorge Otávio Bahia de Rezende

Presidente da Imprensa Oficial do EstadoLuis Cláudio Rocha Lima

Presidente da Empresa de Processamento de Dados do Estado do ParáTheo Carlos Flexa Ribeiro Pires

Presidente do Banco do Estado do Pará S/A.Augusto Sérgio Amorim Costa

Diretora do Núcleo Administrativo e FinanceiroPatrícia Barbosa Brito Nasser

Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção

Secretário de Estado de AgriculturaAndrei Gustavo Leite Viana de Castro

Secretário de Estado de Pesca e AquiculturaAndré Fernandes de Pontes

Secretário de Estado de Indústria, Comércio e MineraçãoDavid Araújo Leal

Secretário de Estado de TurismoAdenauer Marinho de Oliveira Góes

Diretor Geral da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do ParáMário Aparecido Moreira

Presidente da Junta Comercial do Estado do ParáPaulo Sérgio Pinto Marques Pinheiro

Presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do ParáCleide Maria Amorim de Oliveira

Presidente da Centrais de Abastecimento do Pará S/A.Carlos Augusto Barbosa de Souza

Presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do ParáWalter Vieira da Silva

Diretor-Presidente da Companhia Paraense de TurismoMarcelo José Mendes da Silva

Gerente-Executivo do Núcleo de Gerenciamento do PARÁ RURALAntonio Carlos Correa Pinto de Oliveira

Núcleo de Gerenciamento do Programa de Microcrédito – CREDCIDADÃOElza Aparecida Queiroz

Secretário Especial de Estado de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento SustentávelVilmos da Silva Grunvald

Secretário de Estado de TransportesEduardo Carneiro da Silva

Secretário de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e MetropolitanoLuciano Lopes Dias

Secretário de Estado de Obras PúblicasPedro Abílio Torres do Carmo

Secretário de Estado de Meio AmbienteJosé Alberto da Silva Colares

Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e InovaçãoCláudio Cavalcanti Ribeiro

Presidente do Instituto de Terras do ParáCarlos Alberto Lamarão Corrêa

Diretor-Geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do ParáThiago Valente Novaes

Diretor Geral da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do ParáAntonio Bentes de Figueiredo Neto

Diretor-Presidente da Companhia de Saneamento do ParáNoêmia Jacob

Presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do ParáAbraão Benassuly Neto

Presidente da Companhia de Habitação do Estado do ParáJoão Hugo Barral de Miranda

Diretor-Presidente da Fundação Amazônia Paraense de Amparo à PesquisaMário Ramos Ribeiro

Diretor-Presidente da Companhia de Gás do ParáCláudio Luciano da Rocha Conde

Diretor-Geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte MetropolitanoCésar Augusto Brasil Meira

Secretário Especial de Estado de Promoção SocialAlex Bolonha Fiúza de Mello

Secretário de Estado de EducaçãoJosé Seixas Lourenço

Secretário de Estado de CulturaPaulo Roberto Chaves Fernandes

Secretário de Estado de Esporte e LazerVitor Renato de Miranda Pinto Júnior

Reitor da Universidade do Estado do ParáJuarez Antônio Simões Quaresma

Presidente do Instituto de Artes do ParáFábio Jorge Carvalho de Souza

Presidente da Fundação Cultural do Pará “Tancredo Neves”Carlos Nilson Batista Chaves

Superintendente da Fundação Carlos GomesPaulo José Campos de Melo

Superintendente da Fundação Curro VelhoDina Maria César de Oliveira

Secretário Especial de Estado de Proteção e Desenvolvimento SocialAdnan Demachki

Secretário de Estado de Saúde PúblicaHélio Franco de Macedo Júnior

Secretário de Estado de Assistência SocialHeitor Márcio Pinheiro Santos

Secretário de Estado de Trabalho, Emprego e RendaRodivan dos Santos Nogueira

Secretário de Estado de Justiça e Direitos HumanosJosé Acreano Brasil Júnior

Presidente do Instituto de Metrologia do Estado do ParáFabrizio Augusto Guaglianone de Souza

Diretor Geral do Hospital Ophir LoyolaVitor Moutinho da Conceição

Presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do ParáAna Conceição Matos Pessoa

Presidente da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do ParáLuciana Maria Cunha Maradei Pereira

Presidente da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar ViannaAna Lydia Ledo de Castro Ribeiro Cabeça

Presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo do ParáTerezinha de Jesus Moraes Cordeiro

Secretário Extraordinário de Estado de Articulação MunicipalSérgio Roberto Bacury de Lira

Secretário Extraordinário de Estado para Assuntos de EnergiaNicias Lopes Ribeiro

Secretário Extraordinário de Estado para Coordenação do Programa Municípios VerdesJustiniano de Queiroz Netto

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) – Belém-PA

P221m Pará. Governador (2011 - : Simão Jatene) Mensagem do Governo do Pará à Assembleia Legislativa /Simão Robison Oliveira Jatene – Belém: Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, 2014 234 p.: iI. 1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – Pará – Mensagem. 2. PARÁ – Política e Governo. 3. PARÁ – Programa de governo. I Jatene, Simão, Governador do Pará. II Título

Mensagem do

Governador

Simão Jatene

8 MENSAGEM DO GOVERNO DO PARÁ À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - 2014 MENSAGEM DO GOVERNADOR 9

Excelentíssimo senhor presidente da Assembleia Legislativa do Esta-do do Pará, excelentíssimos senhores deputados, autoridades, lideranças populares, jornalistas, minhas senhoras e meus senhores

Imbuído do mais elevado espírito de servidor público, compareço hoje a esta Casa para prestar contas a Vossas Excelências e à população do Pará das ações realizadas pelo Poder Executivo Estadual ao longo do ano de 2013.

Quero começar ressaltando que os resultados que veremos a seguir, espe-cialmente os mais significativos, são frutos da cooperação e da colaboração entre os poderes Executivo e Legislativo e, principalmente, da vontade e participação da nossa gente. Em última instância, no anonimato e de forma coletiva, é essa gente que financia todas as nossas ações. Por isso, quero, antes de tudo, agradecer e reverenciar aquele que é e deve ser razão e inspiração de todos nós: o povo do Pará.

Neste momento de abertura dos trabalhos legislativos de 2014, quero, tam-bém, agradecer a todos, e a cada um dos membros dessa Casa, pela produção legislativa do ano passado, quando foram aprovadas leis de grande importância que consolidam avanços e beneficiam a população e o Estado. Cito, apenas como exemplos, a lei do Cheque Moradia, a lei de Organização Básica da Polícia Militar, a lei do ProPaz Cidadania, entre muitas outras que, inclusive, garantiram operações de crédito e a realização de investimentos fundamentais, e que receberam a contri-buição e chancela deste colegiado.

Para o Executivo, contar com o apoio desta Casa é condição fundamental para que o Estado avance em várias direções, inove, se renove, sem perder a sintonia com os anseios da população que o parlamento, como ninguém, tão bem reconhe-ce. Nas vozes das galerias, na pluralidade de opiniões e na multiplicidade de visões de mundo dos representantes aqui reunidos, esta Assembleia é, por excelência, a própria síntese da sociedade a qual devemos servir.

Senhor presidente, senhoras e senhores deputados

Já disse em outras oportunidades que o ato de governar, numa democracia, é criar condições de convivência entre interesses distintos e muitas vezes conflitan-tes, dispondo para isso de meios limitados, diante de necessidades ilimitadas. Aqui pras nossas bandas, onde pobreza e desigualdade ainda nos marcam com seus traços mais cruéis, é quase sempre levar ao paroxismo o esforço de tratar desigual-mente os desiguais, com o objetivo de melhorar o presente sem jamais perder o compromisso com o futuro. E, muitas vezes, é preciso fazer escolhas entre o que

não se pode escolher, para evitar que o imobilismo e a perplexidade se imponham ao processo social.

Entendo que vivemos uma encruzilhada civilizatória que decorre em grande parte da quebra de correspondência entre direitos e deveres, secularmente pratica-da pela elite brasileira que, utilizando-se do clientelismo, patrimonialismo e outros “ismos”, se impôs sobre as leis, exigindo a chancela da impunidade e permissi-vidade hoje requerida por todos os segmentos sociais e insustentável enquanto comportamento coletivo.

Tempos difíceis que exigem mais de todos que escolhemos a vida pública. Tempos preocupantes que estão a nos cobrar uma grande cruzada das pessoas de bem e do bem, que resgate da política sua condição mais nobre.

Por isso, mais do que nunca, governar exige humildade pra ouvir e coragem pra ousar. Impõe que se coloque os interesses coletivos sobre projetos pessoais, familiares ou mesmo de grupos e partidos. E essa deve ser uma luta de todos que não almejam a barbárie, que só serve aos que não têm limites nem escrúpulos, cuja voracidade insa-ciável é o único sentimento e motivação.

Por isso, senhor presidente, senhoras e se-nhores deputados, o Governo precisa ter princípios e valores. Além, é claro, de objetivos e uma unidade que permita que cada ano, com suas particularida-de e especificidades, se some a outro, constituindo etapas que compõem uma integralidade. E esse é o sentido que procuro dar quando faço a analogia en-tre o governar e os tempos de arar, plantar e colher.

Entendo que a campanha eleitoral, momento mágico no processo democrático, é tempo de as-sumir compromissos que devem ser ajustados e resgatados por quem alcança o governo. Só assim se imprimirá maior responsabilidade aos discursos de campanha e maior credibilidade à política e aos políticos. E esse, senhoras e senhores, sem qual-quer vaidade, tem sido o comportamento do nosso Governo.

Os resultados, especialmente os mais significativos, são frutos da cooperação entre os poderes Executivo e Legislativo e, principalmente, da vontade e participação da nossa gente, que financia todas as nossas ações.


Logo no início de 2011, pautado pelas demandas captadas na campanha e diante de estimativas e informações ainda que preliminares, elaboramos e divulga-mos a Agenda Mínima que, obviamente com as correções e ajustes naturais, vem sendo executada na sua maior parte.

Para tal, foi fundamental reequilibrar as contas públicas e recuperar os me-canismos de gestão, elaborar projetos e definir financiamentos, licitar e contratar empresas executoras. São mais de 500 obras, incluindo construção e reforma, em execução em todo o Estado, além de outras tantas ações que não envolvem obras físicas ou ostentam placas, mas se refletem na vida das pessoas, como se verá na leitura do relatório.

Numa rápida panorâmica, temos que no pri-meiro ano, em 2011, sem desprezar outras ações, investimos particularmente no reequilíbrio das con-tas públicas e na recuperação dos mecanismos de gestão, sem o que nada poderia ser feito.

Partindo de um Resultado Primário Negativo da ordem de R$ 433 milhões, em 2010, ao final do primeiro ano de Governo conseguimos concluir o exercício de 2011 com o Resultado Primário Positivo de R$ 738 milhões. Em 2012, mantendo a mesma lógica, registramos R$ 774 milhões, número bem acima da meta pactuada com o programa de Ajuste Fiscal assinado com o Governo Federal, que era de R$ 134 milhões.

Finalmente, apesar das graves restrições fis-cais pelas quais passa a Federação brasileira, que provocou grandes perdas finan-ceiras a estados e municípios, encerramos o ano de 2013 registrando um valor po-sitivo de R$ 116 milhões, consolidando a inversão da tendência negativa observada em 2009 e 2010, e garantindo por três anos consecutivos que o Pará honrasse as metas do Programa de Ajuste Fiscal.

Para isso, foi necessário melhorar o sistema de arrecadação própria e criar no-vas fontes de recursos, considerando que as transferências federais, face inclusive às desonerações concedidas pela União, apresentaram, especialmente em 2013, números bem inferiores aos previstos pela própria Secretaria do Tesouro Nacional.

É bem sugestivo o fato de que, entre 2011 e 2013, o ICMS, que é o principal tributo estadual, apresentou um crescimento nominal de 40%, ou seja, bem acima da inflação, enquanto o FPE, mais importante transferência federal, cresceu apenas 10%, ou seja, menos que a própria inflação no período, que foi de aproximadamen-te 18%. Fato que é mais grave quando se considera também que a população do Estado cresce 2% ao ano.

Assim, ao tempo que se buscou aumentar a arrecadação de ICMS, conforme demonstrado, trabalhou-se para criar novas fontes de receitas para o Estado e apri-morar os mecanismos de fiscalização sobre atividades importantes. Aqui, eu tenho

que mais uma vez agradecer a todos desta Casa que, corajosamente, acompanharam o Executivo na atitude histórica de criar a Taxa de Controle, Acompa-nhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Mi-nerais (TFRM), mais conhecida como Taxa Mineral, que está sendo recolhida pelas grandes mineradoras e permitiu ao Estado, pela primeira vez, ter algum mecanismo de intervenção sobre essa atividade his-toricamente considerada como objeto de ação exclu-siva da União.

Pelo lado das despesas, contraiu-se particular-mente o custeio e, no primeiro momento, forçosa-mente, também o investimento, uma vez que a con-ta de pessoal, mesmo sendo a maior conta pública, é a menos flexível no que se refere à redução.

O sucesso da estratégia e o ganho de eficiên-cia, além da recuperação do resultado primário, ficam claros num outro indicador considerado pelo Programa de Ajuste Fiscal assinado com o Governo Federal: a re-lação entre outras despesas correntes e a receita líquida real. Em 2010, a relação foi de 41,45%, descumprindo o limite máximo acordado de 38,34%. Já em 2011, essa relação cai para 38,20%, passando também a se enquadrar nos limites pactuados e, em 2013, recua mais ainda, para 37,24%, mesmo considerando a expansão de serviços decorrentes de ações e projetos, como a implantação do Hospital Jean Bitar, o Centro de Hemodiálise Monteiro Leite, a Caravana ProPaz, etc., só para citar alguns exemplos especificamente na área da saúde.

Encerramos o ano de 2013

registrando um valor positivo de R$ 116

milhões, consolidando a inversão da tendência negativa observada em

2009 e 2010, e garantindo por três anos consecutivos

que o Pará honrasse as metas do Programa de

Ajuste Fiscal.

É bem sugestivo o fato de que, entre 2011 e 2013, o ICMS apresentou um crescimento nominal de 40%, bem acima da inflação, enquanto o FPE, mais importante transferência federal, cresceu apenas 10%, menos que a inflação no período, que foi de aproximadamente 18%


O esforço do Governo no processo de modernização da área de Gestão vi-sando à melhoria da eficiência, qualidade e transparência das ações, de forma a assegurar melhoria de resultados, pode ser também comprovado pelos dados que refletem a política de gestão de pessoas, implantada a partir de 2011.

O Executivo Estadual conta hoje com 103 mil servidores ativos, incluindo co-missionados e temporários, e empregava mais 99 mil no início do Governo, apesar de terem sido nomeados mais de 10 mil concursados nos últimos 3 anos, demons-trando a preocupação de não inchar a máquina pública. No mesmo período, os cargos comissionados foram reduzidos e somam atualmente pouco mais de 3 mil, ou seja, menos de 3% do total de servidores.

Por outro lado, os gastos com ativos e inativos alcançaram, em 2013, aproxi-madamente R$ 7,5 bilhões, registrando um crescimento de mais de 50% em rela-ção a 2010, que era de R$ 4,8 bilhões, numa demonstração inequívoca da política

adotada pelo Governo de privilegiar a recuperação gradativa do salário dos servidores, inclusive com a quitação de um passivo trabalhista encontrado de cerca de R$ 140 milhões. Assim, a remuneração dos servidores estaduais cresceu, em média, mais de 45% em relação ao ano de 2010, consideran-do que naquele exercício era de pouco mais de R$ 2.700,00 e, em dezembro de 2013, alcançou mais de R$ 4.000,00, apontando, na média, um ganho real de aproximadamente 25%, considerando que a inflação no período, conforme já mencionado, ficou em torno de 18%.

Senhor presidente, senhoras deputadas e senhores deputados

Longe de mim dizer que chegamos onde gos-taríamos. Não! Primeiro que, até por formação aca-dêmica, sei que o crescimento, ainda que expressi-vo, da remuneração média pode esconder grandes distorções entre categorias, e minha experiência não permite desconhecer esse lamentável traço da administração pública brasileira. Por outro lado, com

mais de 45 anos dedicados ao serviço público, sei o quanto ainda é preciso avançar para que a remuneração do verdadeiro servidor seja correspondente à grandeza da sua missão. Entretanto, é o mesmo compromisso com a verdade que não me permite deixar de constatar o quanto avançamos na valorização dos profissionais de determinadas áreas, como Educação e Segurança, só para citar dois exemplos.


A consolidação das contas em patamares equilibrados e a retomada dos me-canismos de gestão permitiram a recuperação do crédito e a realização de parcerias estratégicas que ensejaram o grande número de projetos estruturantes, inclusive aprovados por essa Casa e, felizmente, graças a esse esforço coletivo, atualmente em franco andamento e alguns em fase de conclusão.

Nesse aspecto, não posso deixar de registrar, até para a tranquilidade dos senhores e de toda a sociedade paraense, e para o desencanto dos arautos da desgraça e abutres do caos, que mesmo com as operações de crédito realizadas, concluímos 2013 com a relação entre a Dívida Financeira do Estado e a Receita Líquida Real de 0,25, ou seja, quatro vezes menor do que o limite de 1,00, definido pelo Programa de Ajuste Fiscal, em mais uma demonstração da responsabilidade que vem pautando a gestão do nosso Estado.


Falei, no início dessa mensagem, do meu sentimento de crise civilizatória pela qual passa a sociedade brasileira, cuja superação está exigindo a revisão de valores e princípios.

Cabe-me agora dizer-lhes, também, da minha crença de que esse estado de coisas só encontrará superação através de um grande pacto social, que fortaleça as instituições e tenha na Educação seu pilar central.

A transformação vivida pela nação brasileira nas últimas décadas, ao tempo que provocou uma radical mudança da família, da rua, do bairro, como espaços de socialização das nossas crianças e adolescentes, não conseguiu, também, fazer com que a escola, pressionada pela necessidade da universalização da educação, sequer garantisse a qualidade do aprendizado, quanto mais continuasse tendo seu papel insubstituível na transmissão de valores e construção de cidadania.

O esforço do Governo no processo de

modernização da área de Gestão visando à melhoria da eficiência, qualidade e transparência das ações, de forma a assegurar melhoria de resultados, pode ser também comprovado pelos dados que refletem a política de gestão de pessoas, implantada a partir de 2011.


Essa compreensão, aliada aos frágeis resultados do Estado nas avaliações nacionais, que colocam o País em posição bastante desconfortável no ranking mundial, nos levou, já no primeiro trimestre de 2011, a buscar parcerias e iniciar negociações para implantarmos um grande programa educacional transformador que chamamos de Pacto pela Educação.

O programa tem sido desafiador e inovador, a partir do seu financiamento e institucionalização. Pela primeira vez, o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, após longas negociações, foi provocado e se dispôs a financiar um projeto es-pecificamente voltado para educação. São mais de 200 milhões de dólares, sem in-cluir a contrapartida direta do tesouro estadual, cujo contrato, finalmente, foi assinado no final de 2013.

Tal gesto, conquanto possa parecer simples e usual, se reveste até de certa ousadia, quando se constata que até então nenhum outro ente federa-tivo teve atitude semelhante. É comum a busca de empréstimos para construção de estradas, portos, aeroportos e muitos outros investimentos não me-nos importantes e com resultados mais imediatos, mas alçar a Educação, na prática, a esse patamar de essencialidade e urgência, mesmo considerando que as respostas, certamente, extrapolam os limites temporais de um governo, é algo que nos enche de esperanças e orgulho que quero dividir com cada um que contribuiu para a sua materialização.

Tendo a audaciosa meta de aumentar em 30% o IDEB em todos os níveis de ensino Fundamental e Médio, em um período de cinco anos, o Pacto reú-ne uma série de ações, das quais muitas em anda-mento, envolvendo três pontos cruciais: a melhoria da gestão escolar, a formação continuada dos professores e a qualidade da estrutura e logística da rede escolar, de modo a que o aluno possa encontrar na escola um ambiente acolhedor, que lhe estimule a criatividade e desperte a vontade de ali permanecer ao longo de sua formação.

Integrando setores do Governo, da sociedade civil, da iniciativa privada e orga-

nismos internacionais, o programa, que tem um comitê estadual e comitês regio-nais de acompanhamento, já engloba projetos e ações com resultados palpáveis, conforme detalha o relatório. Na área de infraestrutura física e logística, estão em diversos estágios de construção 45 novas escolas de 12 salas de aulas, das quais 9 tecnológicas, somando mais de 500 salas, sem falar nas inúmeras escolas re-formadas e em reforma, como a tradicional Deuzuite Queirós, lá em Redenção, o Deodoro de Mendonça, e o histórico Barão do Rio Branco, aqui mesmo em Belém, só pra citar exemplos em localidades extremas.

A caminhada é longa e difícil, mas as sementes estão lançadas. E um indica-tivo importante de reconhecimento é a participação crescente de empresas e instituições que se desta-cam por seu compromisso social, apoiando a ini-ciativa. No próximo dia 8 de abril, o Pacto pela Edu-cação receberá o Bridging Leardership do Synergus 2014, em Nova York, homenagem que faço questão de dividir com todos que são capazes de colocar a educação acima de interesses pessoais, simpatias ou conveniências.

No âmbito da formação superior, 2012 foi o ano da formatura da primeira turma de médicos no interior do estado, no Curso de Medicina da UEPA, em Santarém. Implantado na nossa primeira ges-tão, foi uma alegria e honra indescritível paraninfar os novos médicos. Ainda que enfrentando limita-ções e dificuldades, avançamos mais uma vez, im-plantando, em 2013, o Curso de Medicina da UEPA em Marabá, concretizando mais um dos compro-missos assumidos na Agenda Mínima com o sul do Estado, e contribuindo para reduzir a histórica e

penosa insuficiência de profissionais da área médica.

É verdade que os avanços não acontecem da noite para o dia e mais uma vez lembro aos que não acreditavam que levaríamos em frente o Pacto Pela Educação do Pará, que só projetos estruturantes como esse são capazes de promover as grandes transformações que precisamos realizar. E elas só acontecem com traba-lho e esperança.

Pela primeira vez, o BID, após longas

negociações, foi provocado e se dispôs a financiar um projeto especialmente voltado para educação. São mais de 200 milhões de dólares, sem incluir a contrapartida. Tal gesto, conquanto possa parecer simples e usual, se reveste até de certa ousadia, quando se constata que até então nenhum outro ente federativo teve atitude semelhante.

A caminhada é longa e difícil, mas as sementes estão lançadas. E um indicativo importante de reconhecimento é a participação crescente de instituições que se destacam por seu compromisso social, apoiando a iniciativa. No próximo dia 8 de abril, o Pacto pela Educação receberá o Bridging Leardership do Synergus 2014, em Nova York.


Não tenho dúvidas de que muito falta fazer, menos ainda espero reconheci-mento daqueles que fizeram da política instrumento para se servirem do público e não servirem ao público, mas o fato é que estamos executando o maior programa de investimento já realizado no conjunto na Educação paraense, e à semelhança do que aconteceu com os hospitais regionais, o tempo se encarregará de mostrar o acerto dessas decisões.

Senhoras e senhores deputados

2013 foi ano de passos importantes para a saúde pública do Estado. Vivendo um

cenário crítico nacional, onde a falta de atenção básica e redução de leitos públicos pro-

duzem, a cada dia, manchetes que entristecem a todos aqueles que não conseguem

fazer proselitismo com o sofrimento dos outros, desenvolvemos projetos e ações que

pelo menos permitem dizer que uma parte, ainda que pequena, do gigantesco desafio

de contribuir para melhorar a saúde pública, conforme definido na Agenda Mínima, foi

cumprida.

E a missão é chegar ao final do governo com a entrega à população de mais mil

novos leitos, dando continuidade a uma política iniciada em nosso mandato passado,

graças à qual o Pará foi um dos poucos estados brasileiros a não sofrer redução dessa

infraestrutura.

Concluímos o Hospital Materno Infantil Dr. Almir Gabriel, a Nova Santa Casa,

como os paraenses acostumaram a chamá-la, carinhosamente. Com isso, o Pará pas-

sou a ter uma das maiores, mais modernas e bem equipadas maternidades públicas

do Brasil, com 25.000 m² de área construída, 8 pavimentos e 406 novos leitos hospita-

lares, sendo 60 para UTI neonatal.

É claro que, mesmo assim, estamos longe de alcançar indicadores razoáveis,

mas também é leviano negar o avanço que ela representa, diminuindo o sofrimento

e garantindo mais dignidade às mães e aos paraenses que chegam ao mundo em

condições muito melhores.

Em 2013, também vimos finalmente o Oncológico Infantil do Ophir Loyola subir e

as obras entrarem em fase de acabamento. Serão mais 130 leitos especializados, que

ajudarão no tratamento do câncer, particularmente, em crianças e jovens.

No mesmo esforço de melhorar a dramática relação leito por habitante, que tanto penaliza nossa gente, praticamente concluímos um novo hospital público, o Galileu, na Av. Mário Covas, na Região Metropolitana, com 120 leitos e equipa-do para servir de apoio e retaguarda para outras unidades, dentre elas o Hospital Metropolitano, cada dia mais sobrecarregado pelo crescimento da demanda em traumatologia, em função de acidentes com motos. E também para o Hospital das Clínicas e o Abelardo Santos, que precisou ser demolido para permitir a construção do novo hospital.

Com inauguração prevista para a primeira semana de março, a entrega à po-pulação de mais esse hospital representa também resgate de mais um compro-misso da Agenda Mínima, e faço questão de agradecer o apoio e dividir os méritos com esta Casa.

Senhor presidente, senhores deputados e deputadas

Quando ainda em campanha, disse que saú-de seria prioridade, e para o desespero daqueles que só veem e apostam na desgraça, iniciamos a cons-trução do novo Abelardo Santos, que vai resgatar um antigo sonho e atender 300 mil moradores de Icoaraci e das ilhas mais próximas a Belém. O novo Abelardo Santos terá serviços de média e alta com-plexidade e 230 leitos, que certamente contribuirão, e muito, para elevar a qualidade do atendimento da população.

No interior do Estado também estamos inves-tindo firmemente para melhorar o quadro da saúde. Iniciamos a construção do Hospital Regional do Ta-pajós, em Itaituba, com capacidade para 140 leitos. Quando em funcionamento, temos certeza, terá um papel importante no atendimento da região Oeste do Pará, da mesma forma como aconteceu com os outros Hospitais Regionais que, inegavelmente, têm salvado vidas, mudando pra melhor o atendimento em todo Estado.

Na saúde, a missão é chegar ao final do Governo com a entrega à população de mais mil novos leitos, dando continuidade a uma política iniciada em nosso mandato passado, graças à qual o Pará foi um dos poucos estados brasileiros a não sofrer redução dessa infraestrutura. Concluímos a Nova Santa Casa e outras obras estão em andamento.


Para atender o crescimento da demanda, estamos ampliando os Hospitais Regionais de Santarém, em mais 23 leitos de UTI, e o de Marabá, com mais 20 má-quinas de hemodiálise e 30 novos leitos, além de mais uma sala cirúrgica.

Importante frisar que a ampliação se dá tanto no campo das obras físicas, com aumento dos leitos de UTI, quanto na área das competências médicas, com a oferta de novos serviços. Destaco, nesse aspecto, a alegria que vivi ao acompanhar por telefone os movimentos que culminaram com o primeiro transplante de rins no interior da Amazônia, lá em Redenção, lembrando que até bem pouco tempo lá sequer havia um bom hospital.

Senhores deputados, não faço isso por vaida-de ou em busca de elogio, mas não posso negar que às vezes me pergunto, e acho até que muitos paraenses, principalmente os que vivem no interior, se perguntam também: o que seria do Pará sem os Hospitais Regionais?

Eles foram implantados no nosso primeiro go-verno e lembro muito bem que a ideia de construir uma rede regional aqui no estado surgiu das minhas andanças pelo interior, onde as pessoas se queixa-vam muito, justificadamente, que quando precisa-vam de tratamento de saúde tinham dois caminhos: ou vinham para Belém, ou viajavam buscando atendimento em outros estados.

É claro que sei que essa situação ainda persiste em determinadas circunstân-cias, mas não dá pra negar que, hoje, são pessoas de outros estados que estão vin-do atrás dos nossos Hospitais Regionais, porque, a cada dia que passa, eles estão realizando transplantes e cirurgias mais complexas bem sucedidas, inaugurando um novo tempo na medicina paraense.

Estamos concluindo uma Unidade de Tratamento de Câncer - UNACON - no Hospital de Tucuruí, e já implantamos uma delas no Barros Barreto.

Trabalhamos para que todas as regiões do estado possam contar com servi-ços médicos de alta e média complexidades. Mas não é só: avançamos, também,

na requalificação de alguns hospitais municipais, dentre os quais destaco o de Abaetetuba, em fase bastante avançada de construção, e o materno infantil de Barcarena, iniciado ainda no nosso governo passado e parado por tanto tempo que exigiu uma longa negociação para sua retomada recente.

Lembro que, logo nos três primeiros meses de governo, reduzimos as filas de hemodiálise e construímos o Centro Dr. Monteiro Leite, para dar atendimento a pacientes renais crônicos aqui na região de Belém, implantando esse serviço tam-

bém em várias regiões, de modo a não afastar os pa-cientes fragilizados de suas famílias. Depoimentos que ouvi nesse sentido, me reforçaram a convicção de quão nobre e gratificante é o exercício da política quando o objetivo é efetivamente o bem coletivo e não o enriquecimento pessoal.

Ainda no primeiro ano, entregamos o Hospital Jean Bitar, com 90 leitos, que vem atendendo milha-res de pessoas num elevado padrão de qualidade, e quando agregados aos mais de 400 leitos da Santa Casa, os 120 do Galileu, os 130 do Oncológico Infan-til, os 140 do Regional do Tapajós, sem falar nas ex-pansões de Santarém e Marabá, no de Abaetetuba, Abelardo Santos, etc. mostram que a meta de alcan-çar mil leitos está próxima de ser atingida sem a ne-cessidade de qualquer manipulação ou mágica.

Senhor presidente

Novos hospitais já ficaram prontos e estão funcionando; outros, de vários por-tes, estão em construção e outros em processo de conclusão de projeto e licitação, mas o desafio de melhorar a Saúde vai além disso.

No âmbito do controle das endemias, o Pará reduziu em 70% a ocorrência dos casos de malária, isso graças a ações preventivas realizadas nas áreas de maior in-cidência da doença. Esse é um dado importante, que demonstra o quanto podemos fazer pela saúde da população quando se tem determinação e vontade de acertar.

No primeiro ano, entregamos o Jean Bitar, com 90 leitos. Agregando os mais de 400 leitos da Santa Casa, os 120 do Galileu, os 130 do Oncológico Infantil, os 140 do Regional do Tapajós, a meta de mil leitos está próxima de ser atingida.

Não faço isso por vaidade ou

em busca de elogio, mas não posso negar que às vezes me pergunto, e acho até que muitos paraenses, principalmente os que vivem no interior, se perguntam também: o que seria do Pará sem os Hospitais Regionais?


Reduzimos o índice da mortalidade infantil, os casos de dengue e doença de Chagas, isso com a ajuda da população e ações efetivas de prevenção nas áreas mais atingidas por cada uma delas.

Em todos os setores, apesar das dificuldades, o tempo da colheita já começou.

Em 2013, a Caravana ProPaz Oftalmológica realizou mais de 16 mil cirurgias de catarata permitindo que milhares de pessoas voltassem a enxergar. E todas as palavras que eu pudesse usar aqui não seriam suficientes para descrever o que cada um desses procedimentos mudou não só na vida dessas pessoas, mas também na de suas famílias.

A Caravana ProPaz realizou a segunda expedição aos municípios do Marajó, expandiu os serviços de saúde e chegou às regiões do Tocantins, Xingu e Baixo

Amazonas.

Em reconhecimento à importância dos atendi-mentos prestados pelas Caravanas ProPaz, o Gover-no Federal não apenas passou a aportar recursos fi-nanceiros no programa, como está estudando levar o modelo paraense a outras localidades do Brasil.

Mais uma vez reafirmo que os resultados aqui apresentados, mesmo sendo conquistas expressi-vas, ainda estão muito longe de suprir as necessi-dades da nossa população, distribuída num estado tão grandioso como o nosso.

Na saúde pública, que acumula carências his-tóricas, mesmo o muito que se faz ainda pode ser pouco, mas, sem nenhuma dúvida, temos avanços a destacar e comemorar.


O crescimento dos aglomerados humanos num contexto de quebra de correspondência entre direitos e deveres, desqualificação das instituições, subversão de valores e reconhecida permissividade

e impunidade, cria uma mistura explosiva para produção e reprodução da violência nas suas mais diversas formas.

E, lamentavelmente, é impossível negar que o Brasil vive esse cenário. A cor-rupção política, praticada no passado, ao originar fortunas inexplicáveis, além de reduzir a capacidade dos governos implementarem políticas públicas, cujos resul-tados, hoje, nos fazem tanta falta, impregnou a sociedade com a certeza da impu-nidade, difundindo o sentimento de que o crime compensa, aguçando a sensação de estarmos, todos, vivendo numa sociedade fraturada e cativa dos seus próprios erros. E esse, certamente, é o mais claro e triste exemplo da encruzilhada civiliza-tória à qual tenho me referido, cujo enfretamento não comporta o oportunismo de aproveitadores, que por vezes até contribuíram para esse estado de coisas.

Só assim, entendendo a violência como uma questão nacional que tem ma-nifestações locais, encontraremos caminhos e construiremos a cooperação e so-lidariedade necessárias para superar o problema, cuja manutenção custará caro a todos.

Em 2013, considerando todas as fontes, o Governo do Estado aplicou em pes-soal, investimento e custeio, cerca de R$ 1,5 bilhão na área de segurança. Conclu-ímos 14 novas Unidades Integradas Pro-Paz (UIPPs) implantadas nos municípios de Viseu, Santa Bárbara do Pará, São Sebastião da Boa Vista, Ananindeua (Distrito Industrial), Cachoeira do Arari, Jacareacanga, Marapanim (Marudá), Piçarra, San-tarém (Nova República), Dom Eliseu, Placas, São Miguel do Guamá, Ourém e Bra-gança, as quais se somaram as quatro já em funcionamento. Os bons resultados sugeriram que se avançasse com o programa, que hoje conta com mais de 30 unidades em construção.

Ainda no sentido de melhorar a infraestrutura física do sistema, foram cons-truídas e reformadas unidades específicas da Polícia Militar e Polícia Civil em vários municípios, dentre os quais se destacam os quartéis de Marabá, Redenção, Santa Izabel e Abaetetuba, todos em fase de conclusão, já tendo sido entregues os de Dom Elizeu, Ipixuna do Pará, Morada Nova em Marabá, Novo Repartimento, Ou-rém, Paragominas e Tomé-Açu, além de, aproximadamente, 50 delegacias terem sido reformadas.

Com o mesmo objetivo, construiu-se o Centro de Polícia Científica de Itaituba, já entregue, e estão sendo concluídos os de Paragominas e Santarém.

Em todos os setores, apesar das dificuldades, o tempo da colheita já começou.Em 2013, a Caravana ProPaz Oftalmológica realizou mais de 16 mil cirurgias de catarata permitindo que milhares de pessoas voltassem a enxergar. E todas as palavras que eu pudesse usar aqui não seriam suficientes para descrever o que cada um desses procedimentos mudou não só na vida dessas pessoas, mas também na de suas famílias.


Considerando a dimensão continental do Estado, avançando na logística e melhorando a mobilidade, o Sistema de Segurança foi reforçado com a criação do GRAESP - Grupamento Aéreo Integrado de Segurança Pública, que permitiu a inte-gração entre bombeiros, policiais e demais profissionais da segurança, aumentan-do a capacidade de resposta e de defender e salvar vidas. O GRAESP conta hoje com 6 helicópteros e núcleos regionais em Santarém, Marabá e Altamira, e até meados desse ano terá a frota acrescida de mais 2 helicópteros e um Caravan, esse último adquirido em parceria com o Governo Federal.

Com a mesma finalidade, o grupamento fluvial foi reforçado com a aquisição de novas 19 lanchas e a remotorização e adequação de mais 10, as quais têm contribuído para melhorar a di-fícil tarefa de fiscalizar a extensa rede fluvial que nos caracteriza.

O sistema de segurança também foi refor-çado com mais de 1.500 carros e motos, distribu-ídos por todo Estado, alcançando não apenas as sedes municipais, mas localidades nunca antes atendidas, enquanto se aumentou substancial-mente o armamento individual, fazendo com que, ao final de 2013, aproximadamente, 80% da tropa já contasse com sua própria arma.

Para enfrentar o grave problema da super-lotação carcerária que aflige a todos os estados brasileiros - basta ver as manchetes nacionais - a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (SUSIPE) atuou firmemente na ampliação do número de vagas, com ações e investimentos. Nesse sentido, con-cluiu e ativou o Centro de Recuperação Regional de Breves, com 128 novas vagas; implementou a Unidade Materno Infantil (UMI), anexa ao Centro de Reeducação Feminino, no município de Ananindeua, agregando atendimento diferenciado às detentas grávidas. Reconstruiu a colônia agrícola em Santa Izabel e avançou na construção de 13 unidades prisionais, com 3.348 vagas, em diversos municípios, dentre os quais destaco Santarém, que contará com uma unidade masculina com

316 vagas em fase de conclusão, além de uma feminina que conta com a parceria federal; Marabá, que também contará com 2 unidades; Santa Izabel, onde estão sendo construídos 2 centros de triagem com 292 e 316 vagas, além de uma cadeia para jovens adultos, que também conta, em parte, com recursos federais e somará mais 400 vagas.

Mas a atenção com a segurança pública não se esgotou apenas na parte física e de equipamentos. Os maiores gastos e cuidados se realizaram na área de

recursos humanos, que são os principais atores e res-ponsáveis pelo sistema. Nesse aspecto, quero começar salientando que a insuficiência de efetivo não passou despercebida ao Governo e, há muito, faz parte das nos-sas prioridades e preocupações. Entretanto devo regis-trar que, apesar das iniciativas no sentido de realizar concurso remontarem a 2012, só em 2013, e após longa caminhada que envolveu inclusive questões judiciais, finalmente avançamos na formação dos mais de 2.000 novos policiais militares concursados, que em breve es-tarão fazendo o policiamento ostensivo nas ruas, e ali-nhados aos mais de 400 novos policiais civis também recentemente aprovados em concurso, melhorando as-sim o atendimento à população.

Por outro lado, antigas e justas reinvidicações dos profissionais da área foram atendidas e faço questão de destacar apenas duas, específicas da tropa. O tradi-cional “rancho” foi substituído pelo auxílio alimentação incorporado ao contracheque, enquanto foi também ins-tituído o auxílio fardamento, pago duas vezes por ano e

correspondendo a um soldo.

A prevenção na segurança, especial e lamentavelmente na sociedade moder-na, sem dúvida, passa pelo enfrentamento das drogas. E o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), desenvolvido no estado pela Po-lícia Militar, atendeu em 2013 cerca de 27 mil alunos de escolas públicas estaduais em municípios de todas as regiões.

Mas a atenção com a segurança pública não se esgotou apenas na parte física e de equipamentos. Os maiores gastos e cuidados se realizaram na área de recursos humanos, que são os principais atores e responsáveis pelo sistema. Em 2013, avançamos na formação dos mais de 2.000 novos policiais militares concursados.

O sistema de segurança também foi reforçado

com mais de 1.500 carros e motos, distribuídos por todo Estado, alcançando não apenas as sedes municipais, mas localidades nunca antes atendidas, enquanto se aumentou substancialmente o armamento individual, fazendo com que, ao final de 2013, aproximadamente, 80% da tropa já contasse com sua própria arma.


Senhor presidente, senhores deputados

O esforço expressivo da área de Segurança Pública em articular medidas pre-ventivas e repressivas, focando na inteligência e integração das ações, propiciou a redução dos principais indicadores de criminalidade, ainda que pelo caráter elevado dos números, o mesmo não se possa dizer quanto à sensação de insegurança, e manifestações de violência que, repito, só oportunistas e insensatos fazem ques-tão de não ver como um desafio nacional.

Avaliar é sempre comparar. Desse modo, quando comparamos os índices de homicídios, roubos e latrocínios, que são os três principais indicadores de crimina-lidade, entre os anos de 2010 e 2013, observa-se uma redução nos três indicadores.

Os homicídios caíram de 3.400 em 2010, para 3.187 em 2013, indicando uma redução de 11%. O mesmo comportamento é também observado em relação ao latrocínio, que, de 226 em 2010, caiu para 150 em 2013, registrando queda de 37%. Enquanto isso, o roubo, que alcançou 113.752 em 2010, também apontou uma diminuição para 108.316, correspondendo a aproximadamente 10%. Todavia, tais dados, longe de qualquer comemoração, só podem servir como elemento a instigar a busca de melhores resultados, uma vez que, apesar das reduções, os números absolutos e mesmo os proporcionais à população continuam muito elevados.

Como se pode ver, os resultados acumulados da área de Segurança Pública, além de avanços concretos que sugerem dias melhores, já apontam alguns saldos importantes, ainda que longe dos necessários e desejáveis. Entretanto, é necessá-rio lembrar que o Pará está inserido numa região pobre de um mundo inseguro, em que o combate à violência e ao tráfico assume dimensões continentais e até mun-diais. Assim, se quanto à violência o Pará não é uma ilha isolada de tranquilidade, longe está de ser o caos que determinados politicos, sem qualquer compromisso com a verdade, querem fazer crer. Portanto, se é preciso investir continuamente e os dados mostram o quanto está sendo feito, não é possível avançar sem reformas estruturais no sistema nacional de segurança pública e justiça criminal, com a constituição de um verdadeiro Sistema Único de Segurança Pública no Brasil, que tenha melhor definido o sistema de financiamento, competências e atribuições, criando mecanismos efetivos de colaboração entre os entes federativos e desses com a sociedade.


Outra questão que merece a atenção é o avanço que registramos na expan-são e reconstrução da nossa malha viária, revelando o esforço e o compromisso do Governo em prol da integração, da mobilidade e segurança das pessoas e do desenvolvimento econômico das regiões.

São mais de 1.000 km de estradas sendo construídas e reconstruídas nos quatro cantos desse estado e todas elas estão recebendo não apenas o asfalto, mas também ganhando sinalização e, em determinados trechos, acostamento, além da substituição de pontes de madeira por concreto, somando investimentos de mais de R$ 1 bilhão.

Um exemplo que faço questão de destacar aqui é a reconstrução da PA-150, importantíssima para a economia paraense, porque se constitui na principal via de integração de várias regiões do estado.

Com quase 500 km de extensão, a PA-150 está com trabalhos bem avançados em toda a sua extensão, ligando Belém, a partir da Alça Viária, a Marabá, passando por Moju, Tailân-dia, Jacundá e Goianésia. Quase a metade de toda a extensão dessa importante rodovia já está pronta, o que melhora consideravelmente a circulação da produção agrícola, aquece a economia, dá mais se-gurança a quem trafega e interliga Belém e Região Metropolitana com todo o Sul e Sudeste do Pará.

Temos ainda a PA-279, que começou a sua completa reconstrução e pavimentação no nosso primeiro governo, e quis Deus que agora voltasse para concluí-la em toda a sua extensão. A Eldorado - Curionópolis - Parauapebas já entregue, a Vicinal do Bambu ganhando asfalto, da PA-150 até Floresta do Araguaia. Aqui mesmo, próximo, a estrada para Colares e a que liga Igarapé-Açu, Magalhães Barata e Maracanã já prontas; e, com obras a todo vapor, a reconstrução do antigo trecho da Estrada de Ferro

São mais de 1.000 km de estradas sendo construídas e reconstruídas e todas elas estão recebendo não apenas o asfalto, mas também ganhando sinalização e, em determinados trechos, acostamento, somando investimentos de mais de R$ 1 bilhão.


de Bragança, ligando Igarapé-Açu a Capanema, passando por Livramento, Nova Timboteua, Peixe-Boi; criando assim uma nova rota para quem se desloca para Sali-nas, mas, sobretudo, permitindo a revitalização daquela tradicional e bonita região que perdeu vida com a extinção da estrada de ferro.

Senhoras deputadas, senhores deputa-

dos

As obras são tantas que certamente muitos paraenses desconhecem, mas, apesar da dimen-são continental do Estado, todas as regiões estão sendo tratadas e não posso deixar de registrar, com muita satisfação, o avanço do asfaltamento da PA- 255, ligando a sede de Monte Alegre a Santana do Tapará, numa extensão de 86 km, servindo a todos que utilizam aquele porto. A alegria se justifica por conseguir realizar um antigo sonho do povo daque-la região que, pela primeira vez, vê o asfalto chegar a uma rodovia da chamada margem esquerda do Amazonas.

Sem falar nas grandes pontes de concreto como a do Rio Capim, a de Igarapé-Miri, a do rio Curuá, as de Bragança/Ajuruteua, que, mais do que margens de rios, ligam vidas, teríamos ainda mui-tas estradas em obras para mencionar, nesse con-junto de investimentos que, seguramente, é o maior programa de reconstrução de estradas já visto no nosso Estado. E não posso deixar de dividí-lo com esta Casa e com todos os senhores e senhoras.

Para ordenar o trânsito na entrada e saída de Belém e dando prosseguimento ao Ação Metrópole, iniciamos as obras de prolongamento da Avenida João Paulo II. Além de propiciar uma nova rota de acesso e saída de Belém, ela ajudará a manter a preservação ambiental dos mananciais de água do Parque Estadual do Utinga, incorporando o mesmo à paisagem e vida da cidade.

Outra intervenção estruturante de novos padrões de trânsito com impacto na Região Metropolitana é o prolongamento da Avenida Independência, localizada

entre Ananindeua e Marituba. Em 2013, os trabalhos ali avançaram significativa-mente e encerramos o ano vendo a ligação de Ananindeua com a Alça Viária ficar quase concluída.

Depois de se conseguir vencer os embaraços burocráticos, festejamos ao fi-nal do ano o início da duplicação da Avenida Perimetral, que vai do terminal da

UFPA até a Almirante Barroso.

Como Vossas Excelências puderam obser-var, são muitos os investimentos que temos fei-to na recuperação e construção de estradas por todo o Pará, mas nem por isso se deixou de dar atenção às áreas urbanas, e o Asfalto na Cidade, programa já conhecido e iniciado no nosso gover-no passado, mesmo já tendo chegado a 50 mu-nicípios, ganhará ainda mais ritmo no ano que se inicia.

O Pará é diverso e governá-lo exige compre-endê-lo em toda sua complexidade. E com muita humildade, aqui, é necessário saber o que signi-fica para uma gente simples a frase do poeta que diz que “esse rio é minha rua”, e é para eles, para as pessoas que vivem em áreas ribeirinhas e nos municípios do Marajó, que está sendo construído o novo Terminal Hidroviário de Belém. As obras estão praticamente prontas e o terminal terá ca-

pacidade para atender, com conforto e segurança, mais de 60 mil passageiros/mês, incentivando o turismo, resgatando compromissos.


Precisaríamos de uma soma enorme de recursos de que não dispomos para transformar as condições de saneamento em nosso estado. Novos modelos de financiamento e parcerias públicas e privadas precisariam ser rediscutidos nacio-nalmente e racionalmente para que o Brasil possa vencer os alarmantes índices de saneamento que apresenta.

Para ordenar o trânsito

na entrada e saída de Belém, iniciamos as obras de prolongamento da Avenida João Paulo II. Outra intervenção estruturante com impacto na Região Metropolitana, é o prolongamento da Avenida Independência, localizada entre Ananindeua e Marituba.

São muitos os investimentos

que temos feito na recuperação e construção

de estradas por todo o Pará, mas nem por isso se

deixou de dar atenção às áreas urbanas, e o Asfalto

na Cidade, programa já conhecido e iniciado no nosso governo passado,

mesmo já tendo chegado a 50 municípios, ganhará

ainda mais ritmo em 2014.


Mesmo reconhecendo que os caminhos são longos, não posso compactuar com o pensamento de que a questão do saneamento brasileiro não apresenta me-lhoras porque as obras ficam embaixo da terra, e, por isso, não são investimentos populares. A população paraense, tenho a absoluta convicção, tampouco aceita essa ideia.

Todos compreendemos a importância de ter água de boa qualidade, trata-mento de resíduos sólidos, um eficiente sistema de esgoto, reservatórios com água tratada, uma boa rede de distribuição de água.

Graças a Deus, os paraenses entendem que desse conjunto de obras de-pende a saúde deles e dos seus filhos, a qualidade de vida na rua, no bairro e na cidade.

É pensando assim que, mesmo frente a todas as dificuldades, estamos con-cluindo o sistema de abastecimento de água de Marabá, um investimento de mais de R$ 100 milhões, beneficiando mais de 100 mil pessoas, o que tornará aquele município um dos com maiores índices de saneamento do nosso Estado.

Mas não é só lá: estamos investindo também em Marituba, Dom Eliseu, Igarapé-Miri, Altamira e Itaituba. Destaco, ainda, no Oeste paraense, o mu-nicípio de Santarém, que está vendo agora reiniciar um importante trabalho de saneamento para be-neficiar mais de 150 mil pessoas, que terão, assim, melhor qualidade de vida.

Em Belém, avançam as obras da estação de Tratamento de Esgoto Sanitário da Bacia do Una e da Bacia do Benguí, mudando a realidade de mais de 35 mil moradores.

Enquanto isso, em obras de médio e peque-no porte, estamos trabalhando através da Secre-taria de Desenvolvimento Urbano em mais de 50 municípios, dos quais 36 com investimentos em torno de R$ 3 milhões em cada município, em diversos estágios de realização, dentre as quais menciono Prainha e São Caetano de Odivelas, para citar exemplos em áreas bem distintas.

Quanto às obras de maior porte, destaco os investimentos em Abaetetuba, no valor de R$ 12 milhões; Capanema, no valor de R$ 21 milhões, ambos pratica-mente concluídos e em testes para operação, além de Vigia, cujo valor dos investi-mentos alcançam R$ 10 milhões.


Nem sempre a obra mais importante é a que recebe placa. Por isso, não pos-so deixar de festejar, e até me emocionar, quando falo de um programa que traz um grande benefício para as famílias que mais precisam. Falo do Cheque Moradia, lançado no nosso primeiro governo e que se mantém hoje marcado no coração de muitos paraenses.

No ano que passou, comemoramos os 10 anos de criação do Cheque Mo-radia e, nos últimos três anos, sem perder sua essência de alcançar os mais ne-cessitados, o benefício foi ampliado, passando a atender com prioridade famílias de pessoas com deficiência, além daquelas que perderam seu teto, vítimas de catástrofes.

Em 2013, intensificamos o processo de interiorização do benefício e hoje o programa está presente em 90 municípios paraenses, após uma ampla ação de capacitação das prefeituras locais para aderirem e operacionalizarem o programa em seus âmbitos de competência.

Consignado na Agenda Mínima com uma meta de R$ 80 milhões, já em 2013 o programa superou esse limite em mais de R$ 3 milhões, atendendo, só nesse ano, aproximadamente, 6 mil famílias.

Contabilizando um atendimento total de 43 mil famílias, ou 200 mil pessoas, com investimentos de aproximadamente R$ 300 milhões, desde a sua criação, o Cheque Moradia encarna bem um tipo de programa que deixa de ser marca desse ou daquele governo, para se transformar em patrimônio da sociedade. E que bom que assim fossem todas as ações de governo.


Entendendo o Esporte e o Lazer como caminhos que contribuem para o de-senvolvimento social, ampliando as oportunidades que a sociedade oferece às gerações mais jovens, o Governo procurou não descuidar desse segmento.

Mesmo reconhecendo que os caminhos são longos, discordo do pensamento que a questão do saneamento brasileiro não apresenta melhoras porque as obras ficam embaixo da terra, e, por isso, não são investimentos puxadores de votos.


Uma sociedade solidária usa o esporte para abrir oportunidades de desen-volvimento intelectual e social, ajudando também a construir a prática de uma vida cidadã.

Estamos entrando num ano de muito significado para os esportes: o ano da Copa do Mundo. Infelizmente, o Pará não está entre as sedes dos jogos pre-vistos para acontecer no Brasil, mas isso não significa que deixamos de avançar também no campo esportivo.

Estamos fazendo a nossa parte, investindo em programas como o “Fabrica-ção de Ídolos”, que tem revelado o talento esportivo paraense aqui e lá fora.

Demos exemplo para o Brasil que temos espa-ços e milhares de abraços da carinhosa torcida para-ense para receber grandes eventos esportivos, todos eles com repercussão nacional e internacional, e por isso mesmo levando o nome do Pará mais longe.

Em 2013 recebemos eventos importantes, como os Jogos Escolares da Juventude, o maior evento esportivo estudantil do Brasil, que pela pri-meira vez foi realizado num estado da Região Norte. Sediamos também aqui o Campeonato Brasileiro Ju-venil de Natação e o Gran Prix de Atletismo.

Todos esses eventos ajudaram a ampliar e mo-dernizar nossos espaços esportivos, a exemplo do Polo Aquático da UEPA, considerado hoje o melhor parque de competições em piscina do Norte/Nordeste, e demonstraram de forma inequívoca a necessidade de termos um espaço mais adequado para eventos es-portivos e culturais maiores.

Respondendo a isso, as obras avançam na construção de um moderno Gi-násio Poliesportivo no entorno do Estádio Olímpico do Mangueirão, climatizado e com 12 mil lugares, o que garantirá a superação dessa lacuna, abrindo espaço para atrairmos e sediarmos mais espetáculos artísticos culturais e competições.

Mas não ficamos somente na capital. Em outras regiões do Estado, por exemplo, avançam as obras de conclusão do Colosso do Tapajós e a construção

do Ginásio Poliesportivo para 5 mil pessoas e todo equipado, atendendo assim uma reivindicação antiga do povo de Santarém e cumprindo um dos compromis-sos da nossa Agenda Mínima.


Não pretendia me alongar e muito menos cansá-los. Tratamos aqui apenas de alguns pontos que julgamos relevantes para essa apresentação.

Dentre eles, acrescentaria ainda o estímulo ao Turismo do Pará, onde des-taco a atuação da nova Secretaria de Turismo que, ao lado da Paratur, teve papel importante no retorno dos voos internacionais, a exemplo das rotas Belém-Mia-mi-Belém e Belém-Lisboa. Passamos, enfim, a ter uma ligação direta com os outros países, o que vai nos proporcionar a oportunidade de ganhar turistas vindos dos Estados Unidos e da Europa para conhe-cer os muitos encantos que temos a oferecer a quem nos visita.

Em 2013, recebemos 970 mil turistas brasilei-ros e estrangeiros, registrando-se um aumento de 13,9% em relação ao ano anterior. Temos a certeza de que, durante este ano, cresceremos ainda mais em número de novos turistas. Isso significa emprego e mais renda para nossa gente.

Por outro lado, partimos também para reforçar infraestrutura para o turismo em outros municípios do Pará. Cabe destacar o ritmo acelerado da construção do Centro de Convenções de Marabá, com 13.200 m² de área construída, o segundo maior do estado. Esse espaço vai proporcionar a realização de eventos de negócios no principal polo de desenvolvimento no Sul e Sudeste do Pará, gerando emprego e renda na região.

E por falar em negócios e empregos, durante o ano de 2013, o Pará manteve--se à frente como o maior gerador de empregos da Região Norte.

Novos empreendimentos voltaram a buscar as terras paraenses, abrindo

Novos empreendi-

mentos voltaram a buscar as terras

paraenses, abrindo perspectivas de milhares

de novos empregos. As empresas beneficiadas estão concentradas no

segmento de fabricação de produtos alimentícios.

Demos exemplo para o Brasil

que temos espaços e milhares de abraços da carinhosa torcida paraense para receber grandes eventos esportivos, todos eles com repercussão nacional e internacional.


perspectivas de milhares de novos empregos. As empresas beneficiadas estão con-centradas, em sua grande maioria, no segmento de fabricação de produtos alimen-tícios, seguido do cultivo de dendê e fabricação de produtos de borracha e material plástico.

O potencial turístico do Pará começa a ser descoberto e nossas manifestações culturais foram apoiadas, com o Estado trabalhando a cultura como instrumento de desenvolvimento, gerando emprego e renda para a população.

Na área cultural realizamos a Feira Pan-Amazônica do Livro e, como desdo-bramento deste evento, levamos o Salão do Livro ao Rio Capim, em Paragominas, e ao Baixo Amazonas. Este último, realizado em Santarém, atendeu a um público de mais de 100 mil pessoas, o que comprova que a nossa cultura está bem viva e presente em todo o Estado.

Merecem também destaque o Terruá Pará e o Festival de Ópera. O Festival de Ópera, que já se tornou uma marca de reconhecimento nacional, foi visto por uma grande plateia e recebeu da crítica especializada o reconhecimento por duas óperas, classificadas entre as cinco mais bem produzidas no Brasil durante o ano de 2013, num julgamento criterioso feito por especialistas para o jornal O Estado de São Paulo.

Já o Terruá recebeu uma das mais importantes premiações da cultura bra-sileira, sendo eleito o Melhor Projeto Especial, na categoria Música Popular, pela Associação Paulista de Críticos de Arte.


No relatório, que lhes passo às mãos, encontram-se detalhadas as ações de cada segmento e isso permitirá a Vossas Excelências e ao povo do nosso Estado, conferir que realmente o Pará está em obras.

São obras em todas as regiões, em todos os segmentos, com a preocupação, a responsabilidade e compromisso de, como eu tenho sempre dito, diminuir as diferenças sociais, atender a nossa gente.

Finalizando, ressalto, mais uma vez, que esses avanços só ganharam concre-tude graças à união que foi preservada e com a qual vamos continuar construindo juntos um Pará melhor para todos.

Tenho razões para acreditar que o Estado continuará contando com o senti-mento de justiça social que trouxe cada um dos senhores a esta nobre Assembleia Legislativa a fim de lutar pelo bem comum.


Ao enumerar tantas realizações e até me surpreender ao ver quanto longe chegamos, não tenho qualquer vaidade, e ao agradecer a todos, diria mesmo, adap-tando uma letra do Gilberto Gil, que se “os filhos são todos sãos, os pecados são todos meus”.

Quero agradecer também a toda equipe de Governo e em especial ao vice--governador Helenilson Pontes, que além de parceiro permanente, tem dedicado sua competência e experiência na busca de soluções que ajudem a construir uma sociedade melhor.

Ao povo do Pará, meu eterno respeito e gratidão. O apoio, solidariedade, cari-nho e compreensão que recebo nos quatro cantos desse País que se chama Pará tem sido o alimento que me fortalece nas decisões de buscar fazer o que precisava ser feito e não o que gostaria de fazer.

A todos, muito obrigado.

Ao enumerar tantas realizações e até me surpreender ao ver quanto longe chegamos, não tenho qualquer vaidade, e ao agradecer a todos, diria mesmo, adaptando uma letra do Gilberto Gil, que se “os filhos são todos sãos, os pecados são todos meus”.

Simão Jatene Governador do Pará

Gestão

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36 MENSAGEM DO GOVERNO DO PARÁ À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - 2014

Melhoria da Gestão Pública

O Governo do Estado, no período 2011 a 2013, avançou no processo de mo-dernização da área de Gestão visando à melhoria da eficiência, qualidade e trans-parência das ações de governo, de forma a assegurar resultados efetivamente esperados pela sociedade. Nesse sentido, a capacidade de governança do Estado foi ampliada com o desenvolvimento de ações que viabilizaram o fortalecimento institucional da administração pública, a manutenção do equilíbrio fiscal e finan-ceiro, a implementação de mecanismos de controle das contas e gastos públicos, o aumento significativo da arrecadação própria e com a valorização do servidor público estadual.

A política de gestão de pessoas, implantada a partir de 2011, tem como prin-cípio a valorização dos servidores públicos, mantendo o pagamento em dia, im-plantando planos de cargos, carreiras e remuneração, garantindo a reposição in-tegral da inflação do período e oportunizando ganhos reais e, ainda, atualizando o passivo trabalhista e nomeando os concursados. Todas essas ações estão sendo realizadas dentro dos limites de responsabilidade fiscal e financeira impostos pela Lei nº 101/2000.

Merecem destaque, nas relações de trabalho do Executivo estadual, os pro-cessos de negociação realizados com todas as categorias representativas dos ser-vidores públicos, objetivando, de forma responsável e democrática, o cumprimen-to de acordos que propiciem o estabelecimento de uma política de recuperação gradativa de salários, numa demonstração de respeito da atual gestão em relação ao seu maior capital, os servidores públicos.

O Quadro de Pessoal do Executivo Estadual, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013, evoluiu de 99.231 para 103.381 servidores e empregados públicos ativos, com crescimento de 4,18% Desses, 81,92% (84.685) são ocupan-tes de cargos efetivos ou funções permanentes, 12,34% (12.758) são servidores temporários, 2,74% (2.844) ocupam empregos públicos e 3% (3.094) são servido-res ocupantes de cargos ou funções comissionadas, sem vínculo efetivo com o serviço público, distribuídos entre os órgãos e entidades da administração direta e indireta, autarquias ,fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. O gasto com pessoal e encargos sociais, em 2013, foi da ordem de R$ 5,5 bilhões, representando crescimento de 53,95% em relação a 2010, cujo gasto foi de R$ 3,6 bilhões.

O crescimento desse gasto foi resultado da política adotada que privilegiou a recuperação gradativa do salário dos servidores, inclusive com a quitação do passivo trabalhista encontrado, de cerca de R$ 140 milhões. Nesse sentido, a re-muneração dos servidores estaduais cresceu em média 48,86% em relação ao ano de 2010, considerando que, naquele exercício, a remuneração média era de R$ 2.769,00 e, em dezembro de 2013, alcançou o patamar de R$ 4.122,00.

Dentre as iniciativas, ressalta-se a inserção do abono salarial no vencimento base dos profissionais de nível superior. O abono, que representava 91,20% do ven-

1 - MAIS DE 2000 cONcuRSADOS INGRESSARAM NOS quADROS DA POLÍcIA MILITAR DO ESTADO

2 - SESSãO ESPEcIAL NA POSSE DOS NOVOS SERVIDORES DA FuNDAÇãO cARLOS GOMES

3 - cANDIDATOS DISPuTAM 670 VAGAS NO cONcuRSO PÚBLIcO DA POLÍcIA cIVIL

4 - EDucAÇãO ESPEcIAL REFORÇADA cOM NOMEAÇãO DE 436 PROFESSORES cONcuRSADOS

1

1

3

2

RELATÓRIO - GESTãO DE GOVERNO 39

cimento base, não era considerado para o cálculo das demais vantagens pessoais e nem era incorporado aos proventos de aposentadoria.

A expansão do quadro de pessoal efetivo por meio da nomeação de con-cursados, com um crescimento da ordem de 2,6% em relação a 2011, decorre do crescimento da prestação de serviços nas diferentes regiões do estado, especial-mente no que se refere à ampliação de serviços nas áreas de saúde, educação e segurança pública.

A atual administração assumiu o Estado com 35 concursos públicos reali-zados para os diferentes órgãos e entidades do executivo, totalizando 25.500 apro-vados, 10.964 candidatos classificados a nomear no limite das vagas ofertadas e um cadastro reserva de 71.000 servidores, que correspondem a 67,37% do total atualmente existente na administração estadual, os quais, se nomeados, inviabili-zariam a manutenção do equilíbrio fiscal e financeiro do Estado.

No período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013, foram nomeados 10.128 novos servidores, representando 11,97% do total de servidores efetivos do Estado, respeitando todos os prazos de validade dos concursos e os limites de gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nesse período, tam-bém foram realizados 11 novos concursos públicos, com a oferta de 5.000 vagas, das quais 56,55% foram para a área de segurança pública, 31,51% para a área de educação e 11,9% para a gestão cultural e administrativa do Estado.

Sob tal enfoque e com o objetivo de profissionalizar a gestão de governo e ampliar a prestação de serviços públicos, no ano de 2013, o Governo do Estado realizou concursos públicos para a Polícia Civil, com a oferta de 670 vagas, sendo 150 para delegados, 250 para investigadores, 250 para escrivães e 20 para papilos-copistas. Para a Polícia Militar, o Governo Estadual ofertou 120 vagas para o curso de Formação de Oficiais, 60 vagas para o curso de Adaptação de Oficiais e 2.000 vagas para Soldado da Polícia Militar do Estado do Pará, totalizando 2.180 novos profissionais, que já ingressaram na academia de polícia e aumentarão, ainda em 2014, o efetivo de policiais militares para prover a segurança pública do Estado.

A Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA) ofertou 100 vagas para o preenchi-mento dos cargos de auditor fiscal e 100 vagas para fiscal da receita estadual, no intuito de aumentar a eficiência da administração tributária, atendendo, assim, a necessidade de ampliação do quadro de servidores efetivos da área fazendária e da capacidade de obtenção de receita do Estado. A Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (FAPESPA) também realizou concurso para provimento de 86 vagas, sendo 62 para cargos de nível superior, 17 cargos de nível médio e 07 para cargos de nível fundamental.

Em 2013, foram efetivadas 1.002 nomeações (Tabela 1), correspondendo a 9,9% das 10.128 realizadas no período de 2011 a 2013.

as três estações cidadania, depois de revitalizadas, realizaram 264.760 atendimentos

1 - ESTAÇãO cIDADANIA SANTARÉM

2 - INFOcENTRO DA ESTAÇãO cIDADANIA DO juRuNAS

3 - ESTAÇãO cIDADANIA DO GuAMÁ

40 MENSAGEM DO GOVERNO DO PARÁ À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - 2014 RELATÓRIO - GESTãO DE GOVERNO 41

Tabela 1 – Pará: Nomeações realizadas, 2013

Órgão2013

ToTalFinalísTico Meio

aDePara 21 49 70

cPcrc 1 1

Fcg 0 70 70

HeMoPa 1 0 1

Hol 81 1 82

seas 90 25 115

seDUc 602 3 605

sesPa 21 37 58

ToTal 817 185 1.002

Fonte: DPP/SEAD (2013)

O quadro de pessoal ocupante de cargos ou funções comissionadas, sem vínculo com o serviço público estadual, decresceu 8,69% em relação a 2010. Do total de 3.558 servidores comissionados, em 2010, 1.002 eram ocupantes do car-go de Assessor Especial do Governador, quantitativo que foi reduzido para 500 (49,9%), de acordo com a Lei nº 7.543/2011, lotados em diversos órgãos e enti-dades da administração pública estadual, totalizando, em 2013, 3.094 servidores exclusivamente comissionados.

Valorização do Servidor

A política de qualificação e valorização do servidor público promoveu, em 2013, por meio da Escola de Governo do Estado do Pará (EGPA), ações visando à capacitação profissional de 26.099 integrantes do funcionalismo público da capi-tal e demais municípios, sendo 20.951 de Belém, e, ainda, atuou na coordenação pedagógica, logística e operacional de eventos de capacitação que não foram cer-tificados pela EGPA, mas que contribuíram para qualificar 5.148 servidores públi-cos das diversas esferas administrativas.

No contexto dessa política, foi priorizada a realização de Cursos de Pós Gra-duação Lato Sensu, voltados para as ações do Estado e destinados às áreas de especialização em Gestão Pública, Gestão de Pessoas e Gestão de Logística e Patrimônio, com a parceria da EGPA e recursos do “Programa Nacional de Apoio à Modernização da Gestão e do Planejamento dos Estados e do Distrito Federal” (PNAGE), capacitando 240 servidores públicos efetivos dos diversos órgãos da administração pública estadual. A EGPA ofereceu mais seis cursos, também em nível de especialização, para 260 servidores públicos efetivos, com financiamento

proveniente do tesouro estadual, promovidos sem custo para os servidores, que refletirão na melhoria dos serviços prestados à população paraense.

Em consonância com o Decreto Estadual nº 583, de 31 de outubro de 2012, que implantou o Projeto de “Apoio ao Fortalecimento da Gestão Municipal”, a Es-cola de Governo esteve em 23 cidades do interior paraense, contabilizando 9.120 servidores públicos estaduais e municipais capacitados.

A EGPA pretende, no próximo exercício, tornar-se instituição de ensino supe-rior para chancelar cursos de graduação e pós-graduação aos servidores públicos efetivos, permitindo, assim, uma formação profissional mais completa.

A “Feira de Talentos”, a mais tradicional atividade de valorização desenvol-vida pelo Governo do Estado, que oportuniza a exposição e comercialização dos produtos artesanais desenvolvidos pelos servidores públicos, teve sua 15ª edição com a exposição de trabalhos de 82 servidores.

Compondo a Agenda Mínima de Governo e integrando as ações do Progra-ma “Gestão de Qualidade”, o “Festival de Música do Servidor” (SERVIFEST) e o prêmio “Servidor Nota 10” representaram dois momentos de celebração em 2013. O SERVIFEST, que evidencia o viés musical dos servidores, teve duas etapas regio-nais, nos municípios de Santarém e Salvaterra, levando grande público a palcos abertos, sendo a final da 12ª edição do evento, em Belém, no início de 2014. E o momento máximo da meritocracia e reconhecimento foi retratado no “Servidor Nota 10”, que homenageou em uma noite solene no Hangar - Centro de Conven-ções e Feiras da Amazônia, 62 servidores eleitos como os melhores de cada órgão.

Na área da Segurança Pública, a valorização do servidor constitui condição fundamental para que se alcance os resultados esperados pela população paraen-se. Em 2013, o Governo do Estado, por meio do programa “Valorização do Sistema Estadual de Segurança Pública”, continuou atuando no reconhecimento do traba-lho desenvolvido pelos servidores da área e na melhoria das condições de trabalho desses servidores.

A implementação de benefícios, tais como a concessão de auxílio fardamen-to a policiais militares e bombeiros, atendeu a média anual de 12.500 servidores. Este benefício equivale ao valor de um soldo e foi pago duas vezes no ano (julho e novembro). A Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA) realizou a entrega de equi-pamentos de proteção individual, o kit segurança (colete e armamento) a 90% dos comandos da capital.

Destaca-se, ainda, a premiação pecuniária pela apreensão de armas de fogo em situações ilícitas, no âmbito da atuação da Polícia Civil e da Polícia Militar do Pará, criada pela Lei nº 7.727/2013 e regulamentada pelo Decreto nº 890/2013.

A capacitação e formação dos servidores tem sido priorizadas com cursos de formação, aperfeiçoamento e qualificação para os servidores do sistema. Por intermédio do Instituto de Ensino de Segurança Pública do Pará (IESP), foram beneficiados cerca de 2.700 profissionais, com destaque para os cursos de pós--graduação (especialização e mestrado).

Nesse sentido, destaca-se, também, a formação de 1.957 soldados e 157 ofi-ciais da PMPA e a capacitação de 4.767 policiais militares, que representam um crescimento de 62% dos policiais capacitados em relação ao ano de 2012, e equi-

543

2

1

o reforço das ações de promoção e prevenção da saúde agradou o servidor

1 - IASEP MÓVEL VAI AO LOcAL DE TRABALhO

2 - INFORMAÇãO AOS SEGuRADOS

3 - ATENDIMENTO OFTALMOLÓGIcO

4 - TRATAMENTO ODONTOLÓGIcO

5 - PREVENÇãO cÂNcER DE PRÓSTATA

6 - O PROGRAMA VITALIDADE DÁ ATENÇãO ESPEcIAL AOS IDOSOS

6

1

2

3 4

o plano de assistência À saúde do iasep recebeu 13.000 novos segurados e o instituto ampliou sua rede, com implantação de novas unidades

1 - SANTARÉM

2 - MARABÁ

3 - cASTANhAL

4 - MARAcANã


valem a 33% do efetivo da corporação. A Escola de Administração Penitenciária (EAP), da SUSIPE, realizou diversos cursos de capacitação para 1.041 servidores e, ainda, o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) propiciou a par-ticipação de 158 servidores em cursos de capacitação específicos para atendi-mento padronizado à população, bem como em cursos e congressos realizados pelo país.

O Governo do Pará tem atuado, prioritariamente, na valorização do servidor estadual, em especial da área de saúde, por meio da Ação “Educação em Saúde”, na perspectiva de ampliar a capacidade de resolutividade na rede de serviços com a formação e regulação profissional no âmbito do SUS. Nesse sentido, ressalta--se a importância da composição e funcionamento de 13 Comissões de Integra-ção Ensino e Serviço (CIES) Regionais, com a realização de “Cursos de Formação Inicial e Continuada”, beneficiando 4.329 trabalhadores nas áreas de regulação, controle, avaliação e auditoria do SUS; “Qualificação para Agentes Comunitários de Saúde” (ACS) e “Enfrentamento de Crack e outras Drogas”, para ACS; além de cursos voltados para qualificação de agentes de combate às endemias, cursos técnicos em hemoterapia, citopatologia, saúde bucal e vigilância em saúde.

A continuidade das parcerias com o Ministério da Saúde, por meio das re-sidências médicas, tem apresentado resultados relevantes na formação de pro-fissionais no Hospital Ophir Loyola e na Santa Casa de Misericórdia do Pará. A parceria é responsável por aproximadamente 50% dos médicos anestesiologistas registrados no Conselho Regional de Medicina. Destaca-se, ainda, a qualificação de 1.174 profissionais de saúde para o controle e combate à doença de Chagas.

A melhoria da qualidade da educação envolve um conjunto de ações de valo-rização dos profissionais da área consubstanciado no “Pacto pela Educação”, es-tratégia política que objetiva melhorar a qualidade do ensino e aumentar o acesso à educação básica e fundamental em todo o Estado do Pará, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de US$ 200 milhões e contra-partida estadual de US$ 150 milhões.

Nesse contexto, em 2013, o Governo Estadual promoveu a formação continu-ada de profissionais dessa área, com a capacitação de 2.403 servidores, distribu-ídos nos 144 municípios do estado. Merece destaque a implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos profissionais da educação básica da rede pública do Estado do Pará, que instituiu diversas vantagens e benefícios:

• Enquadramento de 23.094 servidores no PCCR, em cinco classes (habi-litação) e 12 níveis (tempo de serviço), sendo 18.882 professores e 4.212 especialistas em educação;

• Gratificação aos professores do Sistema de Organização Modular de Ensi-no (SOME), que passou de 100% para 180% do vencimento base;

• Gratificação de Risco de Vida estendida aos professores da SEDUC que atuam na Fundação de Atendimento Sócio Educativo do Pará (FASEPA) e na Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (SUSI-PE);

• Gratificação de Magistério na Educação Especial, instituída na Constitui-

ção Estadual, cujo percentual foi alterado de 20% para 50% sobre o venci-mento base dos servidores que atuam na educação especial;

• Gratificação Progressiva, hoje no percentual de 30% sobre o vencimento base e que será majorada a cada um ano até o limite de 50%, concedida aos professores ocupantes de cargo de nível médio que concluíram licen-ciatura, atingindo 1.523 servidores;

• Gratificação de Titularidade a 2.446 servidores no biênio 2011/2012. Atual-mente está sendo paga a 12.800 servidores, totalizando gasto mensal de R$ 2,48 milhões

Como incentivo à pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado, foram concedidas a professores 407 licenças para aprimoramento e 210 bolsas de mes-trado e doutorado. Os investimentos destinados à qualificação ou formação de professores, no exercício, ultrapassaram R$ 2,14 milhões.

A política salarial do Estado, em relação aos profissionais do magistério da rede pública estadual de ensino, está alinhada ao piso salarial nacional da educa-ção. Em 2013, o valor do vencimento base foi reajustado em 7,99% passando para R$ 1.567,00. Nesse sentido, a remuneração média mensal de um professor em início de carreira e com jornada de trabalho de 40 horas semanais, acrescida das vantagens, totaliza R$ 4.009,95 e está entre as cinco melhores do país.

No período de 2010 a 2013, a remuneração dos professores com nível supe-rior da rede estadual de ensino, que representam 85% do total, cresceu 43,76%, enquanto o índice de inflação registrado pelo Índice Nacional de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA), para o mesmo período, foi de 17,32%. Nesse período, a remuneração média dos professores cresceu 66,25%. Isso evidencia claramente o ganho real da categoria no último triênio e o reconhecimento da gestão estadual quanto à importância da valorização de pessoal para a melhoria da qualidade da educação.

A continuidade do Credlivro, bônus concedido a professores e técnicos pe-dagógicos da SEDUC com o objetivo de estimular o aprimoramento pessoal e pro-fissional do quadro docente e a melhoria da prática pedagógica, contemplou, em 2013, 18.814 profissionais da educação, de 118 municípios paraenses, totalizando aporte de R$ 3,72 milhões.

Na busca da valorização do servidor do ensino superior e o desenvolvimento de competências na efetivação de melhores práticas na gestão, foram capacita-dos cerca de 300 funcionários da UEPA.

assistência ao servidorO Plano de Assistência à Saúde (PAS), executado por meio do Instituto de

Assistência dos Servidores do Estado do Pará (IASEP), consolidado como um dos planos de saúde mais completos do estado, dispõe de uma rede de atendimento médico e odontológico de 533 hospitais, clínicas e laboratórios no Pará. Em 2013, o IASEP recebeu 13 mil novos segurados, em sua maioria (75%) dependentes dos servidores públicos admitidos no período de 2011 a 2012, totalizando 246.747 se-gurados.


A política de assistência do IASEP tem buscado efetividade nas ações de promoção e prevenção em saúde. Em 2013, foram consolidadas as ações dos pro-gramas “Vitalidade”, voltado para a terceira idade que realizou 14.871 procedimen-tos médicos, e “IASEP Móvel”, que oferece consultas e exames médicos no local de trabalho do servidor público, sem prejuízo da cota anual do segurado. Juntos, os dois programas identificaram doenças ainda em estágio inicial, diminuindo, assim, a necessidade de atendimento de urgência e emergência.

No intuito de proporcionar melhoria no atendimento aos inativos e pensio-nistas do estado, em 2013 iniciou-se a construção da nova sede do IGEPREV, pre-vista para ser entregue em 2014, com vistas a consolidar a gestão dos serviços prestados.

Prestação de Serviços

As Estações Cidadania, unidades de prestação de serviços à população, foram totalmente revitalizadas em 2013, elevando a qualidade da prestação dos serviços que asseguram ações de cidadania aos paraenses. Essas unidades pro-piciam, a partir de diversos serviços integrados em um único espaço físico, a emissão de documentos pessoais, orientação jurídica gratuita, serviços bancá-rios e de postagem, com atendimentos de qualidade. São três Estações Cidadania disponíveis à população, localizadas nos bairros do Guamá e Jurunas, em Belém, e no município de Santarém, envolvendo 18 órgãos e entidades. Em 2013, foram realizados 264.760 atendimentos relativos à prestação de diversos serviços.

Com o intuito de melhorar a prestação de serviços à população e de promo-ver o fortalecimento institucional, o Governo do Estado implementou, no exercí-cio, o plano de expansão do Banco do Estado do Pará (BANPARÁ), que ampliará significativamente a presença do Banco no território do estado, disponibilizando o acesso aos serviços bancários em municípios onde a instituição ainda não está presente, bem como a oferta de produtos e negócios, dinamizando a economia local e proporcionando a inclusão bancária da população desassistida desse ser-viço.

Em 2013, foram inauguradas 14 novas unidades nos municípios de Acará, Benevides, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco, Marapanim, Marituba, Mojuí dos Campos, Muaná, Rio Maria, Santa Bárbara do Pará, Santana do Araguaia, Santa Luzia do Pará, São Geraldo do Araguaia e Vitória do Xingu. Com essas uni-dades, o Banpará passa a ter cobertura em 73 municípios paraenses e contará com a abertura de 40 novos pontos de atendimentos em 2014.

A expansão acontece, também, nos canais de autoatendimento do Banco, que somam, atualmente, 115 pontos de atendimento eletrônicos, 43 a mais com-parativamente a 2010, representando crescimento de 60%.

Merece destaque, ainda, a ampliação da rede de atendimento na Região do Marajó, que contava com apenas três unidades (nos municípios de Breves, Salva-terra e Afuá) e que em 2014 receberá mais nove (nos municípios de Anajás, Mua-ná, Limoeiro do Ajuru, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Portel, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho e Soure), totalizando o atendimento a 12 dos 16 municí-pios da região. Essa expansão possibilitará a inclusão bancária e contribuirá para que se estabeleçam condições favoráveis ao fortalecimento da economia regional, com a disponibilização de canais de crédito à população.

O BANPARÁ tem transformado em ações concretas sua visão de se tornar um banco regional de referência no varejo e fomento, atuando com uma rede cada vez mais ampla de atendimento ao setor produtivo, incluindo tanto o microempre-sário, que não tem acesso aos canais tradicionais de crédito, quanto o empresário formal, que encontra linhas de crédito para financiar investimento ou capital de giro. Nesse sentido, acompanhando a expansão de sua rede física, o Banco vem ampliando e atualizando o seu portfólio de produtos e serviços. Foram vários os produtos lançados e remodelados nos últimos anos, cabe destaque para: Seguro Banpará, Consignado Prefeitura e Empresa Privada, Cheque Especial Pessoa Físi-ca e Jurídica, Capital de Giro Pessoa Jurídica e Cartão de Crédito. A esses produ-tos, adicionam-se os lançados em 2013: Crédito Rural, retomado após 14 anos de paralisação; Seguro Cartão de Crédito; Suprimentos de Fundos; Conta Eletrônica, Saque e Pague, e Cadastro Positivo; e ainda, linha de crédito com financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na área da comunicação, a Imprensa Oficial do Estado (IOE) consolidou, em 2013, a implantação da sua Agência de Registro, que faz a emissão de certificados digitais, habilitando-se a prestar esse serviço à administração estadual e à socie-dade em geral. O Certificado Digital é uma identidade eletrônica que garante a au-tenticidade de documentos digitais, processos e mensagens em meio eletrônico.

Em continuidade ao processo de modernização e transparência dos atos ofi-ciais do Estado do Pará, em 2014, o Diário Oficial do Estado estará disponível em sistemas operacionais IOS e Android, podendo ser lido, gratuitamente, em Ipads, tablets Android e smartphones Android, e será o segundo Diário Oficial do Brasil a oferecer versões exclusivas para dispositivos móveis. Além de oferecer ferramen-tas como pesquisa textual, marcações, anotações e compartilhamento, as edições do jornal poderão ser baixadas para os dispositivos, para leitura posterior (off-line).

Na área de planejamento governamental, o Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará (IDESP), em 2013, intensificou pesquisas e estudos que forneceram conhecimento sobre a realidade econômica, social e am-biental do estado, com a finalidade de contribuir para o processo de elaboração, execução, monitoramento e avaliação das políticas públicas. Destacam-se:

• “Mapa de Exclusão Social”, que identifica e localiza as vulnerabilidades so-ciais mais graves do Estado do Pará, facilitando a gestão governamental;

• Estudo dos “Indicadores de Vulnerabilidade para a Região de Integração do Marajó”, de modo a priorizar ações voltadas, especialmente, à saúde, educação e renda, desenvolvido por meio de convênio com a Secretaria Estadual de Assistência Social (SEAS);

1

2

53 5

2 3

1

4

1 - O TRADIcIONAL SERVIFEST INOVOu cOM cOM ETAPAS REGIONAIS EM SANTARÉM E BELTERRA

2 - 82 SERVIDORES PARTIcIPARAM DA FEIRA DE TALENTOS, NO cENTuR

3 - A EScOLA DE GOVERNO FOI cREDENcIADA cOMO INSTITuIÇãO DE ENSINO SuPERIOR

4 - SERVIDORES PRESTIGIARAM O SEMINÁRIO DE ESTRATÉGIA E PROFISSIONALIZAÇãO DA GESTãO PÚBLIcA

o plano de expansão do banpará ampliou a presença do banco no estado, com a inauguração de 14 novas agências

1 - SãO GERALDO DO ARAGuAIA

2 - MuANÁ

3 - MOjuÍ DOS cAMPOS

4 - SANTA BÁRBARA

5 - VITÓRIA DO xINGu

4


• Estudo de “Indicadores de Vulnerabilidade Social do Estado do Pará e seus Municípios”, que analisa a correlação destes com as taxas de pobre-za e identifica as principais vulnerabilidades socioeconômicas por região de integração e áreas temáticas: renda, demografia, educação, saúde, sa-neamento, segurança, mercado de trabalho, economia e ambiental;

• Implementação do “Projeto de Pesquisa para subsidiar as Compras Go-vernamentais”, com o objetivo de alimentar o Banco Referencial de Pre-ços da SEAD, disponibilizado no Sistema Integrado de Materiais e Servi-ços (SIMAS), auxiliando na seleção das propostas mais adequadas para as compras do Governo para otimização do gasto público.

Equilíbrio Fiscal – Receitas e Despesas

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), e em consonância com o planejamento estratégico estadual, avançou na moder-nização da gestão fazendária que envolve ações de arrecadação tributária, gestão dos recursos públicos e manutenção do equilíbrio das contas públicas.

Para tanto, conta com recursos oriundos do tesouro estadual e de financia-mentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartida estadual, que proporcionaram a aquisição de equipamentos de informática, implantação de novos instrumentos de gestão para o controle da receita, disponibilização ao contribuinte de novas alternativas para cumprimento de suas obrigações com o Estado e, ainda, capacitação dos servidores que, em conjunto, possibilitaram o combate efetivo à sonegação de tributos e o crescimento da arrecadação própria estadual.

Com o objetivo de melhorar a efetividade da arrecadação e manter o seu crescimento continuado e monitoramento em tempo real, o Governo Estadual in-vestiu na modernização e aperfeiçoamento do Sistema de Administração Tributá-ria Estadual. Desse modo, em 2013, a arrecadação própria do Estado cresceu 3,1% em valores reais quando comparada a 2012, passando de R$ 8,1 bilhões (2012) para R$ 8,8 bilhões (2013) em termos correntes (Tabela 2).

A arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mer-cadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermuni-cipal e de Comunicação (ICMS), que representa aproximadamente 60% da receita própria, apresentou, em 2013, crescimento real de 6,4% em relação ao ano ante-rior, correspondendo a R$ 8,02 bilhões.

Ressalte-se que, no período 2011 a 2013, a arrecadação do ICMS apresentou crescimento real de cerca de 25%, acrescentando cerca de R$ 2,3 bilhões em ter-mos nominais a esse imposto, resultado da implantação de novos mecanismos de fiscalização que propiciaram maior e melhor monitoramento na cobrança dos contribuintes inadimplentes com o fisco estadual, contribuindo para alavancar a

arrecadação e melhorar a gestão tributária do estado. Em 2013, o Programa de Re-gularização Fiscal (PROREFIS) possibilitou às empresas com pendências com o fisco estadual a regularização de suas situações fiscais, com redução nas multas e nos juros.

Tabela 2 – Pará: desemPeNho da arrecadação, 2011 a 2013 (Valores correNTes) r$

DiscriMi-nação

2011 2012 2013(*)Var.

2012/2011 % real

Var. 2013/2012

% real

ParTic. % 2013 eM

rel. recei-Ta ToTal

icMs 5.729.599.886 7.096.207.672 8.025.272.732 17,4% 6,4% 59,15%

iPVa 280.102.619 325.234.960 373.704.505 10,2% 8,1% 2,75%

iTcD 18.666.851 14.654.100 11.773.504 -25,6% -24,6% 0,09%

Taxas Fa-zenDárias

26.213.596 28.203.994 28.968.850 2,1% -3,4% 0,21%

oUTras receiTas

86.947.116 640.332.726 435.263.146 590,9% -35,3% 3,21%

Taxa Mine-ral - 538.230.158 300.244.033 - -47% 2,21%

receiTa PrÓPria ar-recaDaDa

6.141.530.067 8.104.633.452 8.874.982.736 25,0% 3,1% 65,41%

FPe 3.672.562.706 3.786.726.715 4.072.438.461 -2,2% 1,2% 30,02%

iPi 196.998.422 273.004.146 277.671.603 31,3% -4,2% 2,05%

royalTies HíDricos

63.453.935 86.309.873 77.444.831 29,1% -15,7% 0,57%

royalTies Minerais

103.186.671 122.468.014 183.747.280 12,3% 42,6% 1,35%

royalTies PeTrÓleo

12.722.287 15.330.558 15.925.714 14,4% -2,3% 0,12%

ioF oUro 593.540 1.216.075 1.366.375 93,8% 6,0% 0,01%

coMPen-sação lei KanDir

63.819.259 63.819.260 63.819.260 -5,2% -6,2% 0,47%

receiTa TransFe-riDa

4.113.336.819 4.348.874.641 4.692.413.524 0,3% 1,6% 34,59%

ToTalgeral 10.254.866.886 12.453.508.092 13.567.396.261 15,05% 2,58% 100,00%

Fonte: SEFA/DAIT/Tesouro do Estado/Balancete Mensal do Estado/SIATNotas:(1) Receita de ICMS inclui dívida ativa, Fundo de Investimento e Combate à Pobreza (FICOP) e multas e acréscimos moratórios, inclusive de dívida ativa.(2) Receita de IPVA, ITCD e Taxas incluem dívida ativa, multas e acréscimos moratórios, inclusive de dívida ativa.(3) Valores corrigidos pelo IPC-A base novembro de 2013.(4) Atualizado em 10 de janeiro de 2014.(5) Valores de dezembro de 2013, provisórios.


Ainda no âmbito do ICMS, destaca-se que os segmentos referentes a com-bustíveis, energia elétrica e comunicações são os mais significativos e, em 2013, responderam por 41,7% do total arrecadado, equivalente a R$ 3,3 bilhões. No entanto, com a edição do Decreto nº 7.891/2013, que regulamenta a Lei nº 12.783/2013 e a Medida Provisória nº 605/2013, houve redução média de 20% nas tarifas de energia elétrica, o que afetou o desempenho da arrecadação desse setor que apresentou, em 2013, crescimento nominal de 1% em relação ao ano anterior.

No que se refere ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), em 2013, a arrecadação desse tributo foi de R$ 373,7 milhões, com cresci-mento real de 8,1% em relação ao ano anterior.

Quanto à arrecadação do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), que em 2012 foi de R$ 14,6 milhões, em 2013 passou para R$ 11,7 milhões, apresentando queda real de 24,6%.

Um fator positivo no crescimento da arrecadação própria tem sido a recu-peração dos recursos inscritos em dívida ativa que compõem o item Outras Re-ceitas (Tabela 3). Resultado do trabalho realizado pela SEFA em parceria com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), no ano de 2013 a arrecadação foi de R$ 303,1 milhões. Ressalta-se que a arrecadação de 2012, de R$ 806,4 milhões, foi impul-sionada por receitas atípicas de grandes contribuintes nos meses de outubro e novembro da ordem de R$ 576,4 milhões.

Tabela 3 – Pará: arrecadação díVida aTiVa TribuTária e Não TribuTária(Valores NomiNais)

r$ 1.000,00

DiscriMinação 2012 2013 Variação %noMinal real

realizaDa 806.444,07 303.145,59 -62,4% -64,7%

ajUsTaDa (1) 66.851,65 69.900,26 4,6% -1,4%

Fonte: SEFA/SIAT(1) Exclusive Dívida Ativa do Programa de Regularização Fiscal (REFIS) em 2013 e recolhimentos atípicos de grandes contribuintes nos meses de outubro e novembro de 2012.

O nível de arrecadação de ICMS em relação ao PIB estadual passou de 8,39%, em 2012, para 8,56%, em 2013 (Tabela 4). Considerando-se que no período não houve elevação de carga tributária, o incremento no indicador sugere evolu-ção na eficiência na arrecadação estadual.

Tabela 4 – Pará: íNdice de desemPeNho da arrecadação

inDicaDor FÓrMUla resUlTaDo 2012 resUlTaDo 2013Nível de ArrecAdAção do IcMS eM relAção Ao PIB eStAduAl

ArrecAdAção de IcMS / PIB eStAduAl A PreçoS de MercAdo correNte

8,39% 8,56%

Fonte: SEFANotas:(1) Valores provisórios de ICMS em dezembro de 2013.(2) Valores de PIB estimados pelo IDESP em agosto de 2013.

O crescimento positivo da arrecadação é reflexo dos investimentos realiza-dos pelo programa de modernização fazendária e das ações de fiscalização pro-movidas ao longo do ano, dentre as quais, destacam-se:

• Auditoria Fiscal em Profundidade por Distribuição Aleatória: programa-ção fiscal em exercício fechado, na qual os contribuintes selecionados são fiscalizados por um auditor selecionado por sorteio. Até novembro de 2013, foram concluídas 280 ordens de serviço com geração de crédito tri-butário de cerca de R$ 35,15 milhões;

• Auditoria Fiscal em Profundidade por Distribuição Dirigida ou Especial: programação fiscal em exercício fechado, decorrente de indícios de ir-regularidades identificados pelas unidades fazendárias. Esta modalidade pode alcançar mais de um exercício para cada uma das inscrições esta-duais selecionadas. Até novembro de 2013, foram concluídas 701 ordens de serviço, com a constituição de crédito tributário de R$ 1.089,96 bilhão, representando acréscimo de 20,15% em relação aos R$ 870,34 milhões de 2012;

• Programação Fiscal Pontual: ação realizada com objetivo específico e so-bre o exercício corrente, nas hipóteses indicadas na legislação tributária. Até novembro de 2013, foram concluídas 3.885 ordens de serviço, com a constituição de crédito tributário de R$ 680,77 milhões.

Em 2013, as 5.438 ordens de serviço expedidas constituíram crédito tribu-tário de R$ 2.234,28 bilhões. Em relação ao valor da média do crédito tributário constituído, observa-se significativo aumento, passando de R$ 289 mil, em 2012, para R$ 410 mil, em 2013 (Tabela 5; Gráfico 1).

Tabela 5 – Pará: QuaNTidade ToTal de ações fiscaise crédiTo TribuTário coNsTiTuído, 2008 a 2013

r$

anocréDiTo

consTiTUíDo VariaçãoQUanTiDaDe

os Variação créDiTo

consTiTUíDo Por os

Variação

2008 439.301.883,28 4.546 96.634,82

2009 790.383.318,26 79,92% 4.325 -4,86 % 182.747,59 89,11 %

2010 669.984.140,09 -15,23 % 5.168 19,49 % 129.640,89 -29,06 %

2011 1.280.307.527,44 91,10 % 6.082 17,69 % 210.507,65 62,38 %

2012 1.801.410.559,09 40,70 % 6.227 2,38 % 289.290,28 37,43 %

2013 2.234.284.499,86 24,03 % 5.438 -12,67 % 410.865,12 42,03 %

Fonte: SEFA/DFI


• Criação do Universo do Simples Nacional no DW que facilitará as ações de monitoramento fiscal no segmento;

• Início do ajuste para adequação do funcionamento do Passe Fiscal Inte-restadual via Portal da Nota Fiscal Eletrônica;

• Abertura de Procedimento Fiscal de Controle em 40 contribuintes que operam com remessa com o fim específico de exportação, visando à con-firmação das efetivas exportações.

No que se refere à educação fiscal, em 2013, a SEFA, em parceria com as Secretarias de Estado de Educação (SEDUC), de Integração Regional, Desenvol-vimento Urbano e Metropolitano (SEIDURB), secretarias de Finanças dos municí-pios, Receita Federal do Brasil (RFB) e Centro Regional da Escola de Administra-ção Fazendária (CENTRESAF), realizou o Programa de Educação Fiscal (PEFI-Pará) que integra o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a importância socioeconômica dos tributos e do acompanhamento da aplicação do gasto público.

O Programa envolve 87 municípios, dos quais 39 foram incluídos em 2013, e tem desenvolvido ações de sensibilização em parceria com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Dentre as realizações, destacam-se:

• Formação de 58 conselheiros escolares da rede municipal, envolvendo 20 escolas em Belém e 12 em Paragominas;

• Capacitação de 16 conselheiros estaduais e realização de oficinas para escolas integrantes do Pacto pela Educação, atingindo 115 participantes;

• Realização do projeto piloto do Curso de Tributação e Cidadania Fiscal com nove instituições superiores, das 23 que possuem o Curso de Ciên-cias Contábeis no Pará, com formação de 60 universitários;

• Formação de 15 novos Tutores e 20 Facilitadores do Programa de Educa-ção Fiscal;

• Capacitação de 178 pessoas no Curso de Formação de Disseminadores em Educação Fiscal à distância;

• Implantação do Projeto “Pescador Cidadão”, desenvolvido na Associação dos Ruralistas e Pescadores da Vila Castelo, no Município de Bragança, que ficou entre os dez selecionados (4º lugar) no II Concurso de Projetos em Educação Fiscal promovido pela Federação Brasileira de Associações do Fisco (FEBRAFITE).

Destaca-se, ainda, o Programa Nota Fiscal Cidadã, instituído pela Lei nº 7.632/2012 e regulamentado pelo Decreto nº 490/2012, concebido com base em programas similares desenvolvidos por outras unidades da Federação, que obje-tiva estimular a cidadania fiscal no Estado do Pará mediante a conscientização da sociedade sobre a gestão fiscal; a valorização de iniciativas cidadãs de apoio e exercício da cidadania fiscal; e a premiação trimestral, na forma de crédito do tesouro do Estado, ao consumidor que exigir do fornecedor de mercadorias e bens a emissão de documento fiscal hábil, com a identificação do consumidor, observa-do o disposto em lei e em seu regulamento.

Gráfico 1 – Pará: Volume do crédiTo TribuTário coNsTiTuídoe QuaNTidade das ações fiscais, 2013

Fonte: SEFA/DFI

Os principais projetos relacionados à auditoria e fiscalização de estabeleci-mentos e de mercadorias em trânsito envolveram, especialmente, notas fiscais eletrônicas, escrituração fiscal digital e cruzamento de parâmetros fiscais, com destaque para as seguintes ações:

• Projeto para autorização de uso de equipamento emissor de cupom fiscal via web, serviço informatizado oferecido no Portal da Secretaria da Fazen-da que elimina a necessidade de visita física à unidade fazendária;

• Projeto de denegação de notas fiscais eletrônicas que impede o recebi-mento de notas eletrônicas para os contribuintes baixados ou suspensos do cadastro;

• Implementação da 1ª e 2ª fases do Projeto da Nomenclatura Comum Mer-cosul (NCM) nas unidades de fronteira, com possibilidade de geração de relatório que indica os valores do imposto como antecipação de receita e de relatório que efetua o cálculo do ICMS devido por antecipação via NCM, de cada produto constante na nota eletrônica;

• Autuação via Auto de Infração Automatizado de 116.476 contribuintes do IPVA, com crédito tributário em valor original de R$ 33,69 milhões e acrés-cimos de multa de 5%, correção monetária e juros, relativo aos períodos de 2008 a 2010;

• Conclusão da 1ª etapa de desenvolvimento do Auditor Eletrônico, programa que facilitará o desenvolvimento das auditorias em documentos e livros ele-trônicos e início dos treinamentos dos auditores fiscais do programa;

• Consolidação do entendimento da inclusão da base cálculo dos descon-tos incondicionais nas operações de substituição tributária para frente;

1 - LINK “OBSERVATÓRIO BELO MONTE”

2 - IDESP LANÇA LINK “OBSERVATÓRIO BELO MONTE”;

3 - IOE: cIDADãO cOM AcESSO AO DIÁRIO OFIcIAL POR MEIO DE DISPOSITIVO MÓVEL

4 - SEFA: PREMIAÇãO NOTA FIScAL cIDADã

5 - SEFA: IMPLANTAÇãO DE SISTEMA DE AuTOATENDIMENTO EM BELÉM E NO INTERIOR;

6 - SEFA: PRÊMIO quALIDADE E GESTãO FAZENDÁRIA

1 - IMPRENSA OFIcIAL INOVA E INSTITuI O AcESSO AO DIÁRIO OFIcIAL POR MEIO DE DISPOSITIVO MÓVEL

2 - IDESP LANÇA LINK PARA AcOMPANhAR O PROcESSO DAS OBRAS DA uSINA DE BELO MONTE

3 - LINK “OBSERVATÓRIO BELO MONTE”

4 - MAIS DE 10.000 PRÊMIOS FORAM DISTRIBuÍDOS NO PROGRAMA NOTA FIScAL cIDADã

5 - A IMPLANTAÇãO DE SISTEMA DE AuTOATENDIMENTO EM BELÉM E NO INTERIOR FAcILITOu A RELAÇãO cOM O cONTRIBuINTE

6 - EquIPE DA SEFA REcEBE PRÊMIO DE quALIDADE E GESTãO FAZENDÁRIA

4

5

2

3

1

6


Em 2013, o programa alcançou dez segmentos varejistas e 95.000 estabele-cimentos comerciais. Aproximadamente 110.000 consumidores cadastraram-se no programa e 10.136 bilhetes foram contemplados com prêmios que totalizam R$ 746,5 mil.

Com relação à gestão dos recursos públicos, o Governo Estadual, por meio da SEFA, atua em duas dimensões: na normatização de questões tributárias de iniciativa do Estado ou relacionadas ao Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ); e na concessão de incentivos, benefícios fiscais e regimes especiais.

Na primeira dimensão, que abrange a elaboração de normas de caráter tri-butário de iniciativa do poder público estadual ou vinculado a discussões nacio-nais efetivadas no âmbito do CONFAZ, destacam-se as discussões relativas à ado-ção de mecanismos que possibilitem a minimização da questão da “guerra fiscal” entre as unidades federadas, mediante harmonização das alíquotas interestadu-ais; convalidação de benefícios fiscais; repartição das receitas tributárias nas ope-rações interestaduais realizadas de forma não presencial; definição das alíquotas nas operações interestaduais de bens importados do exterior; e a definição dos coeficientes de repartição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), principal fonte de receita dos recursos transferidos pela União às unidades federativas.

Na segunda dimensão, foram analisados 5.278 solicitações de benefícios fis-cais (Tabela 6) e implantou-se o sistema de solicitação eletrônica de benefícios, que atendeu prioritariamente o segmento de pessoas com deficiência. Esse siste-ma possui links com outros sistemas corporativos como o Sistema de Administra-ção Tributária (SIAT), os sistemas de Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAN) e de Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (RENACH), admi-nistrados pelo Departamento de Trânsito do Pará, e com o Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SIMLAM), administrado pela Secre-taria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).

A integração entre os sistemas demonstra a disposição do Governo em es-tabelecer ações que resultem em benefícios tanto para a sociedade, como para a SEFA, e ainda dê celeridade ao processo de solicitação do benefício fiscal.

Tabela 6 – Pará: Número de soliciTações de beNefícios fiscais, 2013

DiscriMinação icMs iPVa iTcD ToTal

DeFicienTe Físico 329 463 792

TaxisTa 685 3.182 3.867

iMPorTação 203 - 203

caDeia FloresTal 127 - 127

seMear 40 - 40

PolíTica De incenTiVos 49 - 49

iMUniDaDe 115 115

oUTros 37 3 445 85

ToTal 1.470 3.763 445 5.278

Fonte: SEFA

No âmbito da gestão dos recursos públicos, destacam-se ainda, em 2013:

• O Tribunal Administrativo de Recursos Fazendários (TARF) obteve, dos re-cursos julgados, crédito tributário favorável da ordem de R$ 856 milhões, enquanto o contribuinte teve a seu favor o montante de R$ 218,30 milhões;

• No âmbito do Programa de Apoio à Modernização e à Transparência da Gestão Fiscal do Estado do Pará (PROGEFAZ), foram aplicados US$ 5,7 milhões de recursos do BID e US$ 2,4 milhões do tesouro estadual, tota-lizando US$ 8,1 milhões, propiciando melhoria da qualidade dos serviços prestados à sociedade;

• A Linha de Apoio à Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal, Financeira e Patrimonial das Administrações Estaduais (PMAE/BNDES), prorrogada até 2015, no valor de R$ 13,3 milhões, sen-do R$ 10 milhões financiados pelo BNDES e R$ 3,3 milhões pelo tesouro do Estado, objetiva a implantação dos projetos integradores nacionais, como: Cadastro Sincronizado, Nota Fiscal Eletrônica e SPED Fiscal e Con-tábil. Em 2013, foram gastos R$ 10,18 milhões, correspondentes a 76% do total de recursos, sendo R$ 9,47 milhões do BNDES e R$ 712 mil de con-trapartida estadual.

No que se refere à transparência da gestão pública, destaca-se o Call Cen-ter; plantão fiscal virtual com atendimento por agendamento para obtenção dos serviços de orientação tributária, regulamentação das 12 Centrais de atendimen-to, com unificação no atendimento presencial, novos canais de atendimento, fa-cebook da Nota Fiscal Cidadã, Portal Nota Fiscal Cidadã, como forma de garantir a transparência e a qualidade na prestação de serviços ao usuário-contribuinte. Em 2013, foram realizados 51.909 atendimentos presenciais e recebidas, pelo Call Center, 69.363 ligações (Tabela 7). O Portal de Serviços, em 2013, recebeu 6.222.862 acessos (Tabela 8).

Tabela 7: Pará/sefa - assuNTos mais TraTados No call ceNTer, 2013

assUnTo ToTal De ligações %

noTa Fiscal ciDaDã 7.865 13,60

anTeciPação Do iPVa 3.911 6,77

noTa Fiscal eleTrônica 3.806 6,58

inForMações Fiscais 2.194 3,79

noTa Fiscal aVUlsa 1.828 3,16

aTiVação De senHa - QUaDro socieTário 1.670 2,89

Dae aVUlso 1.532 2,65

iPVa – consUlTa 1.504 2,60

MercaDorias eM TrânsiTo 1.425 2,46

BeneFício Fiscal 1.126 1,95

Fonte: SEFA/CAFE/Atendimento


Tabela 8 – Pará/sefa: serViços mais acessados, 2013

serViço Mais acessaDo no PorTal seFa QUanTiDaDe De acessos %

sinTegra 2.158.724 33,77

anTeciPação Do iPVa 749.521 11,72

consUlTa Fic 582.519 9,11

Dae aVUlso 574.641 8,99

anTeciPação Do icMs 521.324 8,16

consUlTa esTaBeleciMenTo (cnPj) 421.597 6,6

eMissão De cerTiDão 273.446 4,28

aiDF 261.275 4,09

noTa Fiscal aVUlsa Mei 94.969 1,49

caDasTro 82.893 1,30 Fonte: SEFA/CAFE/Atendimento

Com relação à manutenção do equilíbrio das contas públicas, os números apresentados no Balanço Geral do Estado de 2012 apontaram resultados supe-ravitários em todos os níveis das gestões orçamentária, financeira e patrimonial.

Na gestão orçamentária, a receita foi superior à despesa em R$ 1 bilhão. A gestão financeira apresentou superávit de R$ 3,4 bilhões e o resultado econômico ou patrimonial foi de R$ 1 bilhão positivo. Esses resultados só foram possíveis de-vido à efetividade das ações voltadas para a modernização da gestão financeira es-tadual e da administração fazendária, assim como ao esforço do Governo Estadual na racionalização, eficiência e controle dos gastos e no compromisso permanente do equilíbrio fiscal das contas públicas.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou por unanimidade as contas governamentais relativas ao exercício 2012 e concluiu que o Governo cumpriu to-dos os limites constitucionais e legais estabelecidos para a administração públi-ca, inclusive quanto às metas e obrigatoriedades estabelecidas na Lei de Diretri-zes Orçamentárias (LDO) para 2012, em cumprimento a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tais como: resultado primário; resultado nominal; limite com despesa de pessoal; e dívida consolidada. Na educação, foram aplicados 25,18%, e na saú-de, 13,81%, ambos ultrapassaram o mínimo legal de 25% e 12%, respectivamente.

Nessa perspectiva, na 13ª revisão do Programa de Ajuste Fiscal (PAF) do Es-tado, quando são analisados os resultados do último triênio, com ênfase no exercí-cio de 2012, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) identificou o cumprimento de todas as metas pactuadas para o referido exercício, evidenciando o compromisso do Governo Estadual com o equilíbrio das contas públicas, resultado de rigoroso controle dos gastos e do incremento da arrecadação estadual.

Ressalte-se que uma vez que a STN não assinou a Revisão do PAF proposto pelo Estado do Pará para o período 2013 a 2015, permanecem válidos os compro-missos pactuados nas metas para o período 2012 a 2014, conforme prevê o próprio Programa.

O Resultado Primário, principal indicador do Programa, que corresponde à diferença entre a receita líquida e as despesas não financeiras e registra a capa-cidade de pagamento do serviço da dívida pública estadual, tem como meta es-tabelecida, para 2013, R$ 46 milhões e, para 2014, R$ 65 milhões, que somados com as fontes de financiamento serão suficientes para o Estado honrar os seus compromissos financeiros projetados para o futuro.

Os indicadores de 2012 a 2014 e os resultados fiscais de 2013 sinalizam para um fechamento positivo do exercício no âmbito das metas pactuadas no PAF, de-monstrando o acerto das medidas implementadas e do monitoramento realizado ao longo do exercício de 2013 (Tabela 9).

Tabela 9 - Pará: iNdicadores fiscais do esTado, 2013 a 2014

inDicaDores Fiscais 2013 2014

DíViDa Financeira / rlrreAlIzAdo 0,25

MetA ≤1 ≤1

resUlTaDo PriMário - Valor MíniMo (eM MilHões)reAlIzAdo 116

MetA 46 65

Pessoal / rcl - Valor MáxiMo (eM %)reAlIzAdo 56,48

MetA ≤60% ≤60%

receiTa PrÓPria - Valor MíniMo (eM MilHões) reAlIzAdo 9.844

MetA 9.740 10.939

oUTras DesPesas correnTes/ rlr -Valor MáxiMo (eM %)reAlIzAdo 37,24

MetA 37,26 37,49

inVesTiMenTos / rlr - Valor MáxiMo (eM %)reAlIzAdo 9,53

MetA 12,24 12,48

Fonte: SEFA/Base de dados do SIAFEMNota: Resultados sujeitos a avaliação da STN por ocasião da vinda da Missão ao Estado do Pará.

Diante do compromisso com a manutenção do equilíbrio fiscal, em 2013, o Governo do Estado manteve efetivo controle do fluxo de caixa do tesouro e, ainda, buscou contribuir para o cumprimento das medidas de controle das despesas públicas editadas no Decreto Governamental nº 503/2012, que objetivou, dentre outros direcionamentos, estabelecer normas e procedimentos para o controle e redução das despesas dos órgãos públicos no âmbito da administração direta e indireta do Estado.

Nesse sentido, foram realizadas diversas reuniões e audiências, nas quais a SEFA, em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Fi-nanças (SEPOF) e as secretarias especiais, orientou a todos os órgãos da adminis-tração pública estadual, demonstrando numericamente que, a despeito do cresci-mento da arrecadação própria, o Estado vem enfrentando dificuldades financeiras em seu fluxo de caixa decorrente da queda mensal das transferências da União, em especial do repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), consequên-


cia da manutenção das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com o objetivo de promover o aquecimento da economia brasileira e de en-frentamento à crise econômica mundial.

Para o Pará, a perda do FPE em 2013, relativamente ao previsto no orçamen-to da União, foi de aproximadamente R$ 400 milhões. Se adicionadas a essa perda a decorrente do repasse do IPI Exportação, as perdas acumuladas são de aproxi-madamente R$ 500 milhões.

O Governo do Estado, por meio da SEPOF e da SEFA, desempenhou, em 2013, seu papel no processo de captação de recursos adicionais para o finan-ciamento de projetos prioritários, subsidiando e participando da negociação de diversas operações de crédito que financiarão o Programa de Investimentos, tais como: o prolongamento da Avenida João Paulo II (R$ 104 milhões), melhoria da qualidade e expansão da cobertura da educação básica do Estado do Pará (US$ 200,8 milhões), o Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR - US$ 26,4 milhões) e as contrapartidas do Programa de Aceleração do Crescimento (CPAC - R$ 112 milhões), dentre outros.

Quanto ao monitoramento do cumprimento dos limites fiscais de 2013, os dados indicam uma gestão de equilíbrio nas contas públicas e o cumprimento dos limites no âmbito da Lei de Responsabilidade Fiscal (Tabela 10).

Tabela 10 - Pará: iNdicadores do esTadorelaTiVos à lei de resPoNsabilidade fiscal, 2013

r$1.000,00

inDicaDores Da lrF 2013

Valor %

deSPeSA totAl coM PeSSoAl - dtPreAlIzAdo 6.387.252 47,89

MetA ≤48,6%

oPerAçõeS de crédIto exterNAS e INterNASreAlIzAdo 498.849 3.74

MetA ≤16%

reSultAdo NoMINAlreAlIzAdo 39.433 9,05

MetA 435.706

reSultAdo PrIMárIoreAlIzAdo 513.575 581,60

MetA 88.323

MíNIMo ANuAl doS IMPoStoS NA MANuteNção e deSeNvolvIMeNto do eNSINo – Mde

reAlIzAdo 2.954.032 26,21

MetA ≥25%

MíNIMo ANuAl do FuNdeB NA reMuNerAção doS ProFeSSoreS do eNSINo FuNdAMeNtAl e MédIo

reAlIzAdo 1.616.756 99,85

MetA ≥60%

deSPeSAS PróPrIAS coM AçõeS e ServIçoSPúBlIcoS de SAúde

reAlIzAdo 1.525.771 13,5

MetA ≥12% Fonte: Base de dados do SIAFEMNota: Dados de janeiro a dezembro de 2013

O percentual de gastos com pessoal do Poder Executivo no período alcançou 47,89% em relação à Receita Corrente Liquida (RCL), para um limite prudencial mínimo de 46,17% e máximo de 48,60%, conforme preceitua a LRF.

Ressalte-se que o cumprimento de compromissos junto ao funcionalismo público estadual – entre eles, pagamento do piso da educação, reajuste do salá-rio mínimo e compromissos junto à área de segurança - aliados à postergação de receitas provenientes da União para o Estado do Pará, no montante de R$ 158,4 milhões, ocasionaram o afastamento do limite estabelecido como prudencial rela-tivo às despesas com pessoal.

O afastamento do limite prudencial ocorreu em virtude do Governo Federal ter deixado de repassar aos estados, em 2013, a transferência do auxílio finan-ceiro para Fomento das Exportações (FEX), conforme Medida Provisória (MP) nº 629/2013, no valor de R$ 133,5 milhões, e da transferência do FPE correspondente à parcela de arrecadação do Programa de Parcelamento de Débitos Tributários Federais (REFIS), conforme o art. 17 da Lei nº 12.865/2013, no valor inicial de R$ 24,9 milhões. Esse valor poderá ser ainda maior em razão da conclusão da clas-sificação das receitas da União, além de outras receitas nas áreas da educação e saúde. As transferências foram repassadas em janeiro de 2014, de forma diferente do que vinha sendo realizado em exercícios anteriores, afetando os resultados fis-cais dos entes federados no exercício de 2013.

Com relação à meta de Resultado Primário da LRF, um dos principais indi-cadores de gestão fiscal, fixada em R$ 88,3 milhões para 2013, o valor apurado no exercício foi de R$ 513,5 milhões. Quanto ao Resultado Nominal, indicador que mede a evolução do saldo da dívida fiscal, a meta fixada na LDO previa crescimen-to de R$ 435,7 milhões e o montante apurado no exercício foi de R$ 39,43 milhões, mostrando redução no saldo da dívida fiscal em 2013.

Em relação à capacidade de endividamento do Estado (Tabela 11), a apu-ração dos limites demonstra plena capacidade do Pará em captar recursos por meio da contratação de operações de crédito. O estoque da Dívida Consolidada, até dezembro de 2013, corresponde a R$ 3,1 bilhões, representando acréscimo de R$ 221 milhões em relação ao exercício anterior, decorrente principalmente do ingresso de recursos de operações de crédito no exercício. O ingresso desses re-cursos não pode exceder a 16% da RCL, sendo que em 2013, o Estado apresentou como resultado o percentual de 3,74%, aquém do limite estabelecido. Ressalte-se o ingresso de R$ 498,8 milhões referentes a operações de crédito, com destaque para R$ 299 milhões oriundos do Programa de Investimentos (PROINVESTE) do BNDES.


Tabela 11 – Pará: caPacidade de eNdiVidameNTo, 2012 a 2013r$ 1.000,00

DiscriMinação 2012 % soBre a rcl

2013 % soBre a rcl

receiTa correnTe líQUiDa - rcl(ParâMeTro)

12.722.720 13.336.643

arTigo 7º - inciso i

liMiTe 2.035.635 16,00 2.133.863 16,00

MonTanTe gloBal Das oP. De créDiTo realizaDas 41.634 0,33 498.849 3,74

MargeM DisPoníVel Para conTraTar noVasoPerações

1.994.001 15,67 1.635.014 12,26

arTigo 7º - inciso ii

liMiTe 1.463.113 11,50 1.533.714 11,50

DisPênDio coM ToTal Das oP. créDiToconTraTaDas e a conTraTar

575.992 4,53 582.718 4,37

MargeM DisPoníVel Para o DisPênDio coM noVas oPerações

887.121 6,97 950.996 7,13

arTigo 7º - inciso iii

liMiTe 25.445.440 200,00 26.673.286 200,00

DíViDa consoliDaDa 2.923.896 22,98 3.145.071 23,58

MargeM DisPoníVel Para o MonTanTe Da DíViDa consoliDaDa

22.521.544 177,02 23.528.215 176,42

Fonte: SEFA, 2012 e 2013.

Os resultados apurados até dezembro de 2013 demonstram que o dispêndio com a dívida pública aponta para um gasto na ordem de R$ 582,71 milhões, tendo sido pagos R$ 410 milhões de amortização e R$ 173 milhões de juros e encargos da dívida. Esse montante corresponde a 4,37% da RCL do exercício, estando abai-xo do limite estabelecido pelo Senado Federal de 11,5%.

A Dívida Consolidada apresenta como limite duas vezes o valor da RCL. Os dados até dezembro de 2013 indicam uma margem disponível de 176,42%, sinali-zando que o Estado pode avançar na captação de novas operações de crédito.

Controle Social

Em continuidade ao compromisso de ampliar a participação da população na administração pública, destaca-se a realização das audiências públicas anuais para a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), da Lei Orçamentária Anual (LOA) e revisão do Plano Plurianual de Investimentos 2012/2015 (PPA), e das audiências públicas quadrimestrais para apresentação e avaliação do cum-primento das metas fiscais. Essas ações reorientam os mecanismos de controle social para o acompanhamento de resultados decorrentes das políticas públicas, ampliando a interlocução do poder público com a sociedade civil representada, e constituem-se em vetor para o alcance de uma gestão eficaz e legítima.

Cabe ressaltar que no exercício, o Governo do Estado consolidou a parti-cipação social por meio do portal www.sepof.pa.gov.br/ppasite, instrumento que oportunizou a sociedade paraense participar do processo de construção coletiva dos instrumentos de planejamento, discutindo e propondo alternativas de solução para melhoria da qualidade de vida e para redução da pobreza e da desigualdade regional no Estado.

No sentido de contribuir com informações sobre a realidade econômica, so-cial e ambiental do Estado do Pará, o IDESP disponibilizou, em 2013, um espaço virtual intitulado “Observatório Belo Monte”, que fornece um banco de informa-ções e permite o acompanhamento das condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) à implantação do projeto de construção da hidroelétrica de Belo Monte.

A realização desse estudo e a disponibilização das informações permitem que o Governo e a sociedade acompanhem a evolução da qualidade ambiental e social dos municípios da região, possibilitando a adoção de medidas comple-mentares de controle ou a antecipação de proposições capazes de minorar os impactos do projeto em benefício da população e do meio ambiente. Atualmente, o “Observatório Belo Monte” é referência na busca de informações sobre o empre-endimento por parte de professores, pesquisadores e da sociedade em geral de todos os lugares do país.

Pacto Pelos Resultados

70 MENSAGEM DO GOVERNO DO PARÁ À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - 2014 RELATÓRIO - PAcTO PELO PARÁ: RESuLTADOS À SOcIEDADE 71

Segurança Pública e Defesa Social

A área de Segurança e Defesa Social insere-se na diretriz de Governo que visa promover a inclusão social, contribuindo diretamente ao alcance do objetivo estratégico de “assegurar a prevenção social da violência e criminalidade e redu-ção da impunidade”.

As ações de Governo nessa área sensível, que é influenciada pelo desempe-nho do conjunto de políticas públicas, são coordenadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) e gravitam em torno de dois eixos fundamentais: acesso à segurança pública e à promoção da cidadania e dos di-reitos humanos. Neste sentido, envolve, também, questões que dizem respeito à eficiência, eficácia e efetividade na aplicação dos instrumentos jurídicos, tendo em vista que quanto maior a percepção de funcionamento e confiança no exercí-cio da ordem jurídica, maior o sentimento de segurança por parte da população.

Sob tal enfoque, e com a perspectiva de consolidar o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social (SIEDS), ao longo de 2013 foi elaborado o Planejamento Estratégico Integrado do SIEDS do Estado do Pará. Projetado para o período de 2013-2032, esse Planejamento considerou, em sua formulação, a dinamização da economia paraense, em especial os grandes projetos regionais, dentre os quais os de mineração, de energia e de infraestrutura portuária, implantados ou em im-plantação, e ainda a demanda por segurança nas áreas de fronteiras.

O Planejamento Estratégico apoiou-se em cenários prospectivos e contou com a participação e envolvimento de vários atores, tanto internos quanto exter-nos ao Sistema de Segurança, que juntos procuraram analisar e buscar soluções para contrarrestar as diversas variáveis que interferem direta e indiretamente na questão da segurança pública e da defesa social nos municípios paraenses.

Dentre os principais fatores identificados como determinantes para a dete-rioração da ordem pública no Pará, destacam-se: a disputa por espaço e poder no mercado de drogas ilícitas; as invasões desordenadas e o surgimento de aglome-rados humanos sem infraestrutura; a desigualdade social e a pressão dos grandes projetos regionais.

A mitigação desses fatores e a efetivação do planejamento estratégico nor-tearam as ações governamentais do Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará ao longo de 2013.

Neste sentido, o Governo Estadual, além de dar continuidade às ações pre-ventivas, intensificou investimentos e ações estratégicas na logística dos órgãos que compõem o SIEDS, recuperando, ampliando e implementando instalações físicas de importantes unidades que integram esse Sistema (Polícia Militar, Polí-cia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito, Sistema Penal e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves). A capacitação dos recursos humanos e a aquisição de equipamentos também foram prioritárias nesse exercício.

Em 2013, Governo do Estado aplicou cerca de R$ 1,5 bilhão na área da segu-rança, consideradas todas as fontes, entre investimento, pessoal e custeio. Desse

montante, cerca de R$ 50 milhões foram gastos em obras e na aquisição de equi-pamentos imprescindíveis às ações de defesa social, dentre os quais veículos, lanchas, motocicletas, helicópteros e cavalos, além de investir em inovações tec-nológicas, como resposta efetiva de combate ao crime em todo o território para-ense, inclusive em áreas de difícil acesso que necessitam da intervenção pública de forma ágil e tempestiva. E ainda, R$ 1 bilhão em pessoal e R$ 435 milhões em custeio.

Dentre as principais realizações que visaram efetivar melhorias no atendi-mento dos serviços dessa área destacam-se, na infraestrutura, em 2013:

• Conclusão de 14 Unidades Integradas ProPaz (UIPP´s) nos municípios de Viseu, Santa Bárbara do Pará, São Sebastião da Boa Vista, Ananin-deua (Distrito Industrial), Cachoeira do Arari, Jacareacanga, Marapanim (Marudá), Piçarra, Santarém (Nova República), Dom Eliseu, Placas, São Miguel do Guamá, Ourém e Bragança;

• Obras em andamento e/ou com processos licitatórios concluídos em 51 UIPP’s em Almeirim, Altamira (Castelo de Sonhos), Belém (Tapanã), Bu-jaru, Igarapé-Açú, Novo Repartimento, Canãa dos Carajás, Palestina do Pará, Portel, Água Azul do Norte, Alenquer, Bagre, Baião, Bannach, Brejo Grande do Araguaia, Cachoeira do Piriá, Cametá, Colares, Concórdia do Pará, Curuá, Eldorado dos Carajás, Faro, Gurupá, Irituia, Melgaço, Moca-juba, Moju, Nova Esperança do Piriá, Óbidos, Ponta de Pedras, Prainha, Quatipuru, Santa Cruz do Arari, São Caetano de Odivelas, São João da Ponta, Sapucaia, Terra Santa, Trairão, Tucumã, Bonito, Ipixuna do Pará, Itaituba, Juruti, Santarém (Lago Grande do Curuai), São Félix do Xingu, Oriximiná, Novo Progresso, Tomé-Açu (Quatro Bocas), Santa Maria, Vigia e Capitão Poço; e

• Em fase de licitação, há três UIPP´s nos municípios de Almeirim (Monte Dourado), Barcarena e Curionópolis.

Além destas, entre 2011 e 2012, foram construídas quatro UIPP´s nos mu-nicípios de Belém (Terra Firme), Santarém (Alter do Chão), Mojuí dos Campos e Cumaru do Norte, perfazendo um total de 72 unidades para atendimento à popu-lação do estado.

A Polícia Militar (PM) viabilizou reformas nos quartéis dos municípios de Breves, Paragominas e Cametá, e está em fase de finalização a reforma do quartel de Salinópolis, a instalação dos destacamentos da PM em Ourém e Afuá, além de terem sido iniciadas reformas nos quartéis de Ananindeua e Xinguara. Ressalte-se que os novos quartéis localizados nos municípios de São Miguel do Guamá, Re-denção, Santa Izabel do Pará e Marabá (Morada Nova) estão prontos para serem entregues à sociedade, beneficiando cerca de 400 mil pessoas.

No sentido de melhor equipar a Polícia Militar, em 2013, houve aumento de 56% na frota de veículos locados e foram adquiridas 367 motos, que representam incremento de 196% em relação ao ano anterior. Esses investimentos resultaram no aumento de 86% da frota estadual e quase duplicaram a mobilidade operacio-nal dessa instituição.

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foram concluídas 14 unidades integradas propaz - uipp e mais 51 estão em construção

1 - ANANINDEuA, DISTRITO INDuSTRIAL

2 - PIÇARRAS

3 - OuRÉM

4 - MARuDÁ

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as uipps cumprem importante papel na política de prevenção social da violência

1 - SãO MIGuEL DO GuAMÁ

2 - BRAGANÇA

3 - NA uIPP, ATENDIMENTO cuIDADOSO AO cIDADãO

4 - PLAcAS

5 - SANTARÉM, NOVA REPÚBLIcA

o governo investe na implantação de novas unidades integradas propaz

1 - OBRAS DA uIPP TAPANã, BELÉM

2 - OBRAS DA uIPP DO MOju


Quanto à Polícia Civil, destacam-se investimentos em obras públicas da or-dem de R$ 13,8 milhões (R$ 9 milhões em construções; R$ 4,6 milhões em refor-mas), com conclusão de 15 unidades policiais: Barcarena (sede), Barcarena (Vila dos Cabanos), Belém (Divisão de Homicídios, Icoaraci, Outeiro, São Brás e Guana-bara), Marituba (Decouville), Óbidos, Paragominas, Porto de Moz, Santarém Novo, Santa Izabel (Americano), Tailândia e Tucuruí. As obras em andamento contem-plam reformas do Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) do ProPaz, em Belém, e delegacias dos municípios de Bujaru, Belém (Icoaraci – Patrimônio), Marabá, Portel, Primavera, Rio Maria, Santa Izabel do Pará e Santa Luzia do Pará.

No que se refere à superlotação carcerária, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (SUSIPE) atuou firmemente na ampliação do nú-mero de vagas no sistema, com ações de investimentos. Nesse sentido, ativou o Centro de Recuperação Regional de Breves, com 128 novas vagas; implementou a Unidade Materno Infantil (UMI), com 14 leitos infantis, em anexo ao Centro de Reeducação Feminino, no município de Ananindeua, agregando atendimento di-ferencial às detentas grávidas. Encontram-se em fase de construção, ampliação, licitação e/ou aprovação de projetos, 22 unidades penitenciárias nos municípios de Marabá (02), Parauapebas (01), Santa Izabel do Pará (03), São Félix do Xingu (01), Santarém (02), Tomé-Açu (01), Bragança (01), Redenção (01), Marituba (01), Óbidos (01), Conceição do Araguaia (01), Vigia (01), Abaetetuba (01), Paragominas (01), Tucuruí (01) e Vitória do Xingu (03), com a perspectiva de gerar 5.764 novas vagas no sistema penitenciário.

No âmbito do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), em 2013, foram realizadas reformas na sede em Belém, inclusive nos laboratórios; nas unidades regionais de Castanhal, Marabá e Santarém; e ainda, nos núcleos avançados de Itaituba e de Paragominas, cuja obra de construção do novo pré-dio encontrava-se paralisada desde 2010, tendo sido retomada com previsão de inauguração em 2014. Essas ações favoreceram o processo de descentralização da perícia oficial, iniciado em anos anteriores, com qualidade e eficiência no ter-ritório paraense, fazendo com que o CRCPC passasse a ter uma atuação efetiva em vários municípios, por meio das unidades regionais de Castanhal, Marabá, Santarém e Altamira, e dos núcleos avançados de Abaetetuba, Bragança, Paraua-pebas, Tucuruí, Paragominas e Itaituba, garantindo e ampliando a efetividade das perícias do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística.

Destaca-se ainda, na área de Segurança Pública e Defesa Social, o uso de novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que favoreceram o aprimo-ramento da comunicação de dados e informações entre as 199 unidades policiais informatizadas, instaladas em 139 municípios paraenses, que muito contribuíram ao combate dos diversos tipos de crimes e delitos.

Além disso, a disposição em implantar um atendimento humanizado no âm-bito do SIEDS, aliado a investimentos em altas tecnologias, com destaque para a implantação da Metodologia de DNA Mitocondrial, e a instalação de modernos equipamentos, contribuíram para qualificar ainda mais os laudos periciais emiti-dos no Pará.

Todos esses investimentos e atividades foram realizados sempre com o obje-tivo de ampliar e melhorar a prestação de serviços na área da segurança e defesa

social. Nesse sentido, o CPCRC passou a trabalhar com plantão 24h e as necrop-sias realizadas diariamente, inclusive nos sábados, domingos e feriados. Além disso, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que está em fase de implantação, contará a partir de 2014 com carro de remoção exclusivo, inclusive nos finais de semana, resolvendo o problema histórico de demora na liberação de cadáveres e detecção de causas de mortes naturais.

No aspecto de prevenção, destaca-se a atuação do Corpo de Bombeiros Mili-tar (CBM) com a aquisição de dez veículos auto bomba tanque (ABT), um ônibus, um micro ônibus, duas pickups, dois jeeps e dois jet skys; e a conclusão dos repa-ros em cinco plataformas para atendimento de sinistros em grandes alturas. Os serviços de análise de projetos e vistorias anuais ultrapassaram os resultados do ano anterior em 62%, numa clara indicação do avanço na prestação desse serviço em decorrência da dinamização no mercado imobiliário.

O Departamento de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN) realizou ações educativas (215) e de fiscalização (3.774), com destaque para as operações de-senvolvidas nos períodos de maior fluxo nas estradas, a exemplo das operações “Verão”, “Carnaval”, “Semana Santa” e “Final de ano”, e intensificou a fiscalização relacionada à alcoolemia no trânsito. Quanto às atividades de controle e regula-ção de veículos e condutores, esse órgão expediu 349.398 Carteiras Nacionais de Habilitação e 1.004.545 documentos de registro de veículos, que representa um incremento de 16,14% em relação ao ano anterior, perfazendo o total de 1.432.154 veículos.

Ressalte-se que a ampliação da frota de veículos particulares impactou não apenas na mobilidade urbana das cidades paraenses, em especial da Região Me-tropolitana de Belém (RMB), como também na intensificação dos serviços de prestação de saúde pública resultantes de acidentes no trânsito, o que explica em parte o incremento de 66% do serviço de Atendimento Pré Hospitalar (APH) mó-vel, desenvolvido pelo CBM.

Com relação aos serviços prestados pela Polícia Civil, foram registrados 675.400 boletins de ocorrência policial e instaurados 41.578 procedimentos (den-tre autos de apreensão e de investigação, boletim de ocorrência circunstanciado, etc.). E, a partir de outubro de 2013, o Governo Estadual passou a emitir a nova carteira de identidade para o uso dos nomes sociais de travestis e transexuais, numa clara demonstração de respeito aos direitos individuais e de inovação de política pública.

No que se refere aos projetos de reinserção de egressos do sistema penal, destaca-se a continuidade do projeto “Fábrica Esperança” que, em 2013, passou a contar com uma nova panificadora com produção de mais de 20 itens e capaci-dade diária de atendimento de 3.000 lanches. Quanto à capacitação de egressos, destaca-se a realização de 24 cursos de capacitação e treinamento no âmbito da “Fábrica Esperança” e a disponibilização de 64% das unidades prisionais com sa-las de aula, visando à inclusão dessa população no mercado de trabalho.

O esforço expressivo da área de Segurança Pública em articular medidas preventivas e repressivas, fundamentado no trinômio Integração, Inteligência e Operação, com ênfase na integração, modernização e reaparelhamento dos ór-gãos do Sistema de Segurança Pública, propiciou a redução dos principais in-

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reforma e implantação de quarteis garantem condições para ampliação de efetivos da pm

1 - 9º BATALhãO DA PM EM BREVES, TOTALMENTE REFORMADO

2 - NOVO quARTEL DA PM EM SãO MIGuEL DO GuAMÁ

3 - PM GANhA NOVO quARTEL EM SANTA IZABEL DO PARÁ

4 - EM MORADA NOVA, MARABÁ, NOVO quARTEL

5 - DESTAcAMENTO DE POLÍcIA DE OuRÉM

6 - MARABÁ TERÁ O PRIMEIRO NÚcLEO DE OPERAÇõES DA POLÍcIA MILITAR NO INTERIOR DO ESTADO

7 - cONcuRSOS AuMENTAM O EFETIVO POLIcIAL. NO IESP OS APROVADOS NO cONcuRSO DA PM PREPARAM-SE PARA POSSE

8 - POLIcIAIS MILITARES cONcLuEM TREINAMENTO

9 - cONcLuINTES DO cuRSO PARA TRIPuLANTES OPERAcIONAIS FESTEjAM APROVAÇãO


Santa Izabel do Pará, Tucuruí, Redenção, Conceição do Araguaia, Paragominas, Salinópolis,Tracuateua, Vitória do Xingu, Abaetetuba, Cametá, Soure e Breves, com ações de prevenção ao uso de drogas e à prática da violência.

O Projeto “Conquistando a Liberdade”, executado pela SUSIPE em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado (TJE) e o “ProPaz”, foi um dos 18 projetos pre-miados entre os mais de 460 inscritos no Prêmio Innovare 2013. Este projeto tem o objetivo de investir na ressocialização de detentos, proporcionando a realização de atividades produtivas. Possibilita, ainda, que os estudantes de escolas públicas participantes do projeto, no momento denominado “Papo di Rocha”, conheçam as histórias de vida dos detentos que executam atividades laborais nessas esco-las, bem como os riscos e perigos do mundo do crime e a experiência no cárce-re, tornando-se assim agentes de transformação social. Atualmente, o projeto é desenvolvido em 17 municípios do Pará (Santarém, Abaetetuba, Altamira, Belém, Bragança, Cametá, Capanema, Castanhal, Marabá, Marituba, Mocajuba, Parago-minas, Redenção, Salinópolis, Santa Izabel do Pará, Tomé-Açu e Tucuruí).

As ações desenvolvidas nas Unidades Integradas ProPaz (UIPP’s) visam re-duzir os índices de violência e de criminalidade nas áreas consideradas de risco social e vulnerabilidade em que vivem crianças, adolescentes, jovens e respecti-vas famílias em situação de exclusão social, favorecendo o processo de inclusão com base na construção coletiva da cultura da paz e mediação de conflitos, forta-lecendo a relação do Estado com a comunidade.

Estas ações são realizadas em unidades físicas integradas da qual partici-pam os órgãos de Segurança Pública e de Proteção Social e as comunidades envolvidas. No caso de ausência dessa infraestrutura física, são utilizados os es-paços públicos de segurança existentes mediante articulações diretas entre as polícias Civil e Militar, comunidades e demais organizações socais locais (escola, ONGs, fundações, dentre outras).

A Ação “ProPaz Infraestrutura” realizou a revitalização e construção de es-paços de atuação relacionados à cultura de paz, com vistas ao desenvolvimento de projetos e ações locais, fortalecendo o desenvolvimento social e buscando a mitigação da violência nos espaços comunitários. Em 2013, foram revitalizados os polos existentes na UFPA, UFRA, Mangueirão, além do Espaço do APOENA--FASEPA (ProPaz nos Bairros); foi construído o complexo esportivo do município de Mojuí dos Campos; e encontra-se em conclusão a construção do Polo Santa Bárbara (ProPaz Esporte e Lazer).

No âmbito do “ProPaz Integrado” foi construído e implantado o Serviço da Unidade de Bragança e concluídas as obras dos espaços físicos de Tucuruí, Alta-mira e Paragominas, ficando a parte de implementação dos serviços a ser execu-tada no exercício de 2014. Outro fato relevante que pode ser destacado é a execu-ção das obras do Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) de Belém.

De forma a dar maior consistência a esse conjunto de políticas públicas fundamentais para a promoção da inclusão social no Estado, o programa “ProPaz Presença Viva, por uma cultura de paz” passou a ser vinculado à Casa Civil do Go-verno do Estado, por meio da Lei nº 7.773, de 26 de dezembro de 2013.

dicadores de violência: na variação 2010/2013, o Índice de Criminalidade (IC) de homicídio reduziu 11%, o de latrocínio 37% e o de roubo 10% (Tabela 12).

Tabela 12 - Pará: PriNciPais iNdicadores de ViolêNcia, 2010 a 2013

DeliTo

ocorrências regisTraDas

Variação%

2010 2011 2012 2013 2011/2010Var% ic*

2012/2010Var% ic*

HoMicíDio 3.409 2.914 3051 3.187 -16% -13%

laTrocínio 226 140 132 150 -39% -43%

roUBo 113.752 103.464 96.071 108.316 -11% -18%

Fonte: SEGUP, 2013.*Índice de Criminalidade: Número de crimes /100.000 habitantesNota: 20% dos roubos dizem respeito a roubo de documento, mas muitos deles são registrados para justificar a obtenção de segunda via gratuita de documentos.

Como estratégia para redução da violência e da criminalidade, destacam-se as ações desenvolvidas pelo Programa “ProPaz, por uma Cultura de Paz”, de extre-ma importância no atendimento de crianças e adolescentes em situação de risco.

O “ProPaz” é um programa que tem como princípio a difusão da cultura da paz e o enfrentamento às diferentes formas de violência. Está amparado no arti-go 227 da Constituição Federal (1988) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e, a partir de 2011, foi retomado em resposta ao alto índice de violência e criminalidade no Estado do Pará.

Objetiva garantir direitos sociais de famílias, crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, fomentando e promovendo o alinhamento entre diversos setores e atores da política pública. A atuação conjunta das organi-zações governamentais tem sido um dos desafios permanentes enfrentados pelo Governo do Estado, que para tanto tem desenvolvido um conjunto articulado de ações realizadas por órgãos do Poder Executivo como SEAS, SEEL, SESPA, Casa Civil, SEDUC, CBM, Polícia Civil, FCV, SEJUDH, SETER, FCPTN, Santa Casa, FASE-PA, SEGUP, IAP, CPC, PMPA, FCG, DETRAN, ASIPAG, SEMA, LACEN e SEOP, além de parcerias com órgãos e entidades dos demais Poderes constituídos e represen-tações da sociedade civil organizada.

Dentre as ações desse programa desenvolvidas pelos órgãos componentes do SIEDS destaca-se o projeto “Escola da Vida”, do CBM, que, associado a outras ações educativas, contribuiu para a redução no atendimento a incêndios e salva-mentos da ordem de 13% e 46%, respectivamente, em relação ao ano anterior em áreas urbanas e rurais.

No enfrentamento ao uso de drogas, o Programa Educacional de Resistên-cia às Drogas e à Violência (PROERD), desenvolvido no estado pela Polícia Mi-litar, conta com uma equipe de policiais pedagogos dedicados ao trabalho e ao apoio de programas sociais que auxiliam no trato com a juventude. Atendeu cer-ca de 27.000 alunos de escolas públicas estaduais nos municípios de Ananin-deua, Marituba, Santarém, Oriximiná, Prainha, Marabá, São Geraldo do Araguaia, São Domingos do Araguaia, Castanhal, São Domingos do Capim, Inhangapi,

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novos veículos e atuação das polícias e dos bombeiros dão mais segurança À população

1 - TucuRuÍ

2 - EMBARcAÇõES PARA O INTERIOR

3 - AuTO PLATAFORMAS REFORMADAS

4 - BOMBEIROS, ITAITuBA

5 - POLÍcIA cIVIL, BELÉM

6 - POLÍcIA MILITAR, BELÉM

7 - MAIS POLÍcIA E VIATuRAS, MARABÁ

8 - NOVAS VIATuRAS PARA O INTERIOR

9 - SANTARÉM


garantia de direitos HumanosCom a perspectiva de consolidar as iniciativas voltadas à promoção da ci-

dadania e dos direitos humanos, objetivo estratégico do Governo do Estado sob a coordenação da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH), esforços foram empreendidos para efetivação de ações sociais integradas para fins de atender às demandas de justiça social e cidadania da população paraense, em especial as ações voltadas à Igualdade Social e Racial, Direitos da Mulher, da Juventude e Enfrentamento às Drogas, dentre outras.

Nesse sentido, uma das principais realizações refere-se à criação do “Opor-tuniza Pará”, programa criado com o objetivo de viabilizar a garantia de direitos à comunidade Lésbica, Gay, Bissexual e Transexual (LGBT), como forma de favore-cer a superação de estigmas sociais como o preconceito, a discriminação, a vio-lência e o desemprego, obstáculos que historicamente têm sido impostos a esta população causados pela opção sexual. O programa pretende, ainda, possibilitar o acesso à educação, saúde e lazer por meio de práticas de cidadania e inclusão social. Dentre as principais ações, destaca-se a emissão da carteira de identidade com nome social para população LGBT, a partir de outubro de 2013, com a emis-são de aproximadamente 100 certidões.

No campo da promoção dos Direitos da Mulher, a SEJUDH, em parceria com o “ProPaz”, estimulou o debate e a realização de ações que ampliam a compreen-são do papel social das mulheres, divulgando conquistas e enfrentamentos ne-cessários para a construção efetiva de um projeto de estado e país com equidade entre homens e mulheres. Atuou, ainda, no fortalecimento do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM), incentivando a criação de conselhos nos municí-pios paraenses.

Ações de capacitação, eventos e manutenção dos serviços especializados foram realizadas como forma de garantir as conquistas e estimular a participação das mulheres na sociedade, conforme preconiza o Plano Estadual para Promoção dos Direitos da Mulher. A melhoria no atendimento pela rede de serviços especia-lizados foi o principal objetivo para a capacitação dos profissionais integrados na rede de atendimento à mulher em situação de violência: CRAS, CREAS, UBS; po-lícias Civis e Militares, Centros de Referências, Defensorias Públicas, Promotorias de Justiça, Varas de Violência Doméstica, Conselhos Tutelares, IML e profissionais da educação. Em 2013, foram realizadas 17 capacitações, atendendo 1.005 agen-tes públicos de vários setores da rede de atendimento.

Quanto às ações direcionadas ao combate à discriminação e à violência con-tra jovens, o “ProPaz Juventude” realizou 13 Encontros Temáticos da Juventude, em 13 municípios polos de todas as regiões de integração do estado, atendendo aproximadamente 600 jovens de 75 municípios. O projeto fortalece o pleno exercí-cio da cidadania por meio de capacitação e da participação juvenil na construção e controle social de políticas públicas, fomentando as discussões sobre protago-nismo juvenil, trabalho e renda, controle e participação social.

Esses encontros permitiram a mobilização para instalação e fortalecimento de Conselhos Municipais de Juventude como um canal democrático de participa-

ção e controle social, a exemplo do município de Novo Repartimento que possui conselho instalado a partir desta ação, além do fortalecimento do próprio Conse-lho Estadual de Juventude no Estado do Pará.

Ainda nessa estratégia, foram desenvolvidas outras ações como o “Movi-mento de Valorização do Estatuto da Criança e do Adolescente (MOVER)”, no qual o Programa “ProPaz” atua na Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes, por meio dos sistemas de justiça, segurança pública, conselhos tutelares, conselhos de direitos de crianças e adolescentes, dentre outros, em articulação e integração entre Governo, Ministério Público e Sociedade Civil, poderes Legislativo e Judici-ário e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para implementação do Sistema de Garantia de Direitos nos 144 municípios, por meio de 13 Regionais de Proteção Social. Em 2013, foram realizados seis Encontros de Atualização nos Municípios utilizando como principal estratégia a realização de cursos para a ca-pacitação em garantia de direitos, destinados aos técnicos operadores do Siste-ma, apresentando como principal resultado a capacitação de 883 operadores.

Coordenados pela SEJUDH, a Política Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o Plano Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas firmaram importantes passos para a adoção de ações afirmativas no estado. Destacam-se como pontos fundamentais, as campanhas alusivas ao tráfico de pessoas, a im-plementação do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a Reu-nião Técnica da Região do Xingu (Altamira, Brasil Novo e Vitória do Xingu), que en-volveu 120 participantes. Ressalta-se, ainda, o funcionamento do posto avançado de combate ao tráfico de pessoas e a manutenção do atendimento especializado às vitimas do tráfico.

Para fazer frente a um dos maiores desafios que o poder público e a socie-dade têm se deparado nos dias atuais, a questão do consumo de drogas ilícitas, realizaram-se várias ações integradas, tanto no sentido de combate aos trafican-tes quanto na intervenção junto à vítima maior, o usuário. Para tanto, é necessá-ria a articulação de diversas políticas públicas, entre as quais educação, saúde, segurança, assistência social, cultura e esporte. Foram realizadas ações compar-tilhadas com o Conselho Estadual sobre Drogas (CONED/PA), reconhecendo e consolidando a perspectiva de que a “causa” do consumo de drogas somente será vencida com a participação de todos os segmentos da sociedade.

Em relação às ações de prevenção e redução de danos resultantes do consu-mo de drogas, foram realizadas pela SEJUDH campanhas no período de carnaval; 14 palestras em unidades socioeducativas e demais instituições como escolas, Corpo de Bombeiros, Marinha e IESP, na Região Metropolitana de Belém; e capa-citações no âmbito do “Programa Educativo e Reflexivo de Atenção a Jovens Usu-ários de Drogas (PED JOVEM)” para profissionais da área de segurança pública, educação e justiça, que ocorreram em parceria com a SEDUC em Abaetetuba, Mosqueiro e Santa Bárbara, além do desenvolvimento do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) pela Polícia Militar do Estado do Pará.

caravanas propaz levam cidadania e saúde para o povo paraeense

cRuZANDO O ESTADO, AS cARAVANAS FORAM DO MARAjÓ AO BAIxO AMAZONAS OFEREcENDO SERVIÇOS DIVERSIFIcADOS, cOM DESTAquE PARA A EMISSãO DE DOcuMENTOS quE BENEFIcIOu quASE 50.000 cIDADãOS EM 2013


O “ProPaz Cidadania”, criado em 2011, realiza ações de emissão de docu-mentos e atendimento médico, dentre outros serviços, nos diversos municípios paraenses, e consegue ofertar diversos serviços devido às parcerias estabelecidas com órgãos como SESPA, SEAS, SEJUDH e Defensoria Pública.

O reconhecimento de direitos é o passo inicial para a concretização de uma sociedade que promova a paz e a acessibilidade da população mais carente aos serviços que constituem a atenção às necessidades básicas do cidadão. As ações de mobilização nos bairros e municípios para o resgate da cidadania, como a emissão de documentos, assistência jurídica, atendimento médico e odontológi-co, orientações empresariais, oficinas, atividades ligadas ao agronegócio, expo-sições, apresentações de arte e show musical, contribuem para uma política de acesso democrático aos direitos e garantias legais para todo cidadão brasileiro.

O principal instrumento dessa ação na área da garantia de direitos, em 2013, foram as Caravanas da Cidadania, realizadas nas regiões do Marajó e do Baixo Amazonas, por apresentarem realidades bem diferentes dos municípios mais pró-ximos a Belém. O impacto da atuação dessas Caravanas é visível, com emissão de 47.256 documentos civis, dentre os quais carteiras de identidade, de trabalho, Cadastro de Pessoa Física (CPF), além de encaminhamento para emissão de cer-tidão de nascimento e atendimento jurídico em parceria com a Defensoria Pública do Estado.

O combate ao sub-registro civil é vital para garantir o acesso da população paraense aos direitos para o livre exercício da cidadania. Para tanto, em 2013, o “ProPaz Cidadania”, em articulação com órgãos como a SEAS e SEJUDH, atuou beneficiando cerca de 3.500 pessoas com a emissão de registro civil, o que repre-senta uma etapa fundamental para a conquista dos demais direitos socioassis-tenciais e de cidadania. Outra ação desenvolvida nesta perspectiva é o ressarci-mento de registros expedidos junto aos cartórios de registro civil, sendo que, em 2013, foram ressarcidos 186.393 registros de nascimento aos cartórios, dos quais 152.343 referentes à primeira via do documento e 34.050, à segunda via. A ação também possibilita a inclusão das famílias no CadÚnico, o sistema federal que re-gistra as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, com investimento no valor de R$ 2,4 milhões.

O atendimento integral às crianças e adolescentes vítimas de violência, rea-lizado por meio do “ProPaz Integrado”, compõe-se de serviços especializados (mé-dico e psicossocial) prestados pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) e Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) e de perícias técnicas do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), além dos procedimen-tos investigativos realizados pela Polícia Civil, via Divisão Especializada de Aten-ção à Criança e Adolescente (DEACA).

Desde a implantação, em 2004, vem apresentando crescimento em sua linha de ação com descentralização de serviços por meio da criação de diversos núcle-os no Estado do Pará. Foram capacitados 2.620 agentes do Sistema de Garantia de Direitos, além da realização de palestras nos municípios de Santarém, Bragança e Belém, num total de 28 escolas e seis universidades. Em 2013, essa ação atendeu

cerca de 3.500 crianças, adolescentes e mulheres de baixa renda, nos núcleos da FSCMP e CPCRC, garantido assim os direitos quanto aos cuidados da saúde física e mental dessa população.

O resultado dessas ações foi a redução da revitimização de crianças, adoles-centes e mulheres, por meio da integração dos serviços médicos, psicossocial, de defesa social e de perícia.

As ações de promoção e inclusão social têm fortalecido a atuação de gesto-res do terceiro setor com apoio técnico e financeiro a projetos sociais destas orga-nizações. Realizadas por meio do “ProPaz Comunidade”, as ações são executadas em parceria com a Ação Social Integrada do Palácio do Governo (ASIPAG), Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), SEGUP, SEDUC e SEAS, entre outras secretarias de Estado, e com as prefeituras municipais de Belém e de Ananindeua e iniciativa privada.

Entre as ações, destaca-se o Projeto “ASIPAG na Comunidade” que, em 2013, atendeu 171 comunidades, promovendo a inclusão social e a participação da co-munidade na formulação e avaliação de políticas públicas, e, ainda, o cadastra-mento das organizações sociais que resultou no registro de 100 organizações do Terceiro Setor.

A ação também incluiu a atuação na área de prolongamento da Av. João Pau-lo II, no sentido de promover o desenvolvimento das comunidades afetadas pelo projeto visando equacionar os problemas econômicos, sociais e de segurança pú-blica da área afetada, especificamente, nos bairros da Guanabara e Castanheira.

No âmbito do Programa “Igualdade Étnico-Racial e Social”, foram concluí-das obras de seis escolas indígenas localizadas nos municípios de Tomé-Açu (3), Capitão-Poço (1), São Geraldo do Araguaia (1) e Tucuruí (1), beneficiando as al-deias Acará-mirim, Cuxiu-mirim, Suruí, Ti Trocara e Pinawa com a implementação da educação básica nessas comunidades e povos tradicionais. Encontram-se em finalização as obras das escolas nos municípios de Oriximiná, Bom Jesus de To-cantins, Capitão Poço e Paragominas.

Em 2013, ações conjuntas voltadas ao desenvolvimento de políticas públicas às comunidades quilombolas no estado foram o foco dos 7º e 8º Fóruns Regionais de Promoção de Igualdade Racial, realizados nas comunidades Abacatal, no mu-nicípio de Ananindeua, e na Comunidade Sucurijaquara, na Vila de Mosqueiro, município de Belém.

A área da segurança pública tem sido priorizada pelo Governo do Estado, com a implantação de instrumentos inovadores de gestão nos diversos órgãos que compõem o SIEDS, no sentido de tornar esse sistema cada vez mais presente e capaz de responder aos anseios sociais e a vencer os desafios.

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1 - cRIANÇAS E jOVENS DO EScOLA DA VIDA REcEBEM O GOVERNADOR, EM SANTARÉM

2 - PROGRAMA DA PM ENSINA cOMO RESISTIR ÀS DROGAS E LOTA O AuDITÓRIO DA PM

3 - NA IV OLIMPÍADA, O PROGRAMA EScOLA DA VIDA APOSTA NO ESPORTE cOMO INSTRuMENTO DE INcLuSãO E PAZ

4 - PROERD cAPAcITA quASE 2.000 jOVENS EM cAMETÁ

5 - jOVENS REcEBEM TREINAMENTO EM PRIMEIROS SOcORROS

0 proJeto conquistando a liberdade recebeu menção Honrosa no prêmio innovare 2013, pelo sucesso na ressocialização de detentos

1 - EM AÇãO NAS RuAS DE BELÉM

2 - TRABALhO EM SALINAS

3 - SOLENIDADE DE ENTREGA DO PRÊMIO

4 - PROjETO ATIVO EM SANTARÉM

5 - AÇãO EM EScOLAS DA ZONA RuRAL DE BRASIL NOVO

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1 - A NOVA uNIDADE MATERNO INFANTIL DO cENTRO DE REEDucAÇãO FEMININO DE ANANINDEuA OFEREcE cONFORTO E DIGNIDADE ÀS DETENTAS E SEuS FILhOS

o centro de recuperação de breves abre 128 novas vagas no sistema

2 - FAchADA

3 - SALA DE VISITA

4 - DORMITÓRIO INDIVIDuAL

5 - SALA DE ODONTOLOGIA

o proJeto de expansão dos centros de recuperação, muitos com obras adiantadas, vai criar 5.764 novas vagas

1 - cENTRO DE REcuPERAÇãO FEMININO DE MARABÁ

2 - cENTRO DE TRIAGEM MAScuLINO DE MARABÁ

3 - cENTRAL DE TRIAGEM MAScuLINO DE SANTARÉM

4 - cADEIA PÚBLIcA DE SãO FÉLIx DO xINGu

5 - cENTRAL DE TRIAGEM FEMININA DE SANTARÉM

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a escola de tempo integral permite melHor aprendizado e oferece atividades extracurriculares

1 - EScOLA RuY PARANATINGA

2 - EScOLA cARLOS GuIMARãES

3 - EScOLA NORMA MORhY

4 - EScOLA cIDADE DE EMAÚS

5 - EScOLA RAIMuNDO VERA cRuZ

6 - EScOLA ANTÔNIO PAES DA SILVA


Educação

O Pará vive a perspectiva de um cenário socioeconômico favorável com gran-des projetos produtivos implantados ou em fase de implantação, exigindo mudan-ça do perfil produtivo e crescente demanda por mão de obra qualificada.

Nesse contexto, o cenário educacional enfrenta grandes desafios que se re-fletem, por exemplo, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) que coloca o Pará abaixo da média nacional. Além disso, o baixo percentual de alunos com aprendizagem considerada adequada e a descontinuidade dos estu-dos de jovens até 19 anos inseridos no ensino médio (31%) limitam o exercício da cidadania e a entrada no mercado de trabalho contemporâneo. A escolaridade média da população nessa faixa etária é de 5,9 anos, abaixo da média nacional que é de 7,2 anos.

Dessa forma, tornar a educação o centro do processo de desenvolvimento sustentável é o compromisso assumido por este Governo, ao reconhecer a impor-tância do conhecimento para o uso consciente dos recursos ambientais; fortale-cimento da democracia e coesão social; melhoria das condições de saúde e nu-trição; redução da pobreza; redução da mortalidade; redução das desigualdades sociais e de gênero; e ampliação da inovação tecnológica.

O “Pacto pela Educação do Pará”, lançado em 2013, representa o esforço integrado de diferentes setores e níveis de governo, da sociedade civil (fundações, organizações não governamentais e demais organizações sociais), da iniciativa privada e de organismos internacionais, liderados pelo Governo do Estado, para promover a melhoria da qualidade da Educação no Estado do Pará. Desdobra-se em três linhas de ação: gestão escolar, formação continuada dos professores e infraestrutura e logística.

Estabeleceu-se a meta de aumentar em 30% o IDEB em todos os níveis, de Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, em um período de cinco anos. Para aplicação, estão assegurados US$ 200.810 milhões, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartida estadual de US$ 150.650 milhões, con-forme contrato de empréstimo externo assinado em dezembro de 2013, com vi-gência de 25 anos.

A área da Educação recebeu, em 2013, investimentos da ordem de R$ 1,59 bilhão, oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Bá-sica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e R$ 614 milhões diretamente do tesouro estadual, que foram aplicados em ações, programas e projetos, beneficiando 240.830 alunos do ensino fundamental, 339.774 do ensino médio e técnico profissionalizante e 98.504 da educação de jovens e adultos, tota-lizando 679.108 alunos atendidos, nos 144 municípios do estado.

Como estratégia complementar à cobertura da educação básica regular, em especial do Ensino Médio, dificultada pela dimensão territorial do estado e pelas especificidades regionais, a atual gestão manteve investimentos no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), que tem como objetivo garantir aos alu-nos do interior o acesso à escola e a conclusão de seus estudos em seu local de

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1 - INVESTIMENTOS NA EDucAÇãO INDÍGENA, cOM FORMAÇãO DE 108 PROFESSORES E ENSINO MODuLAR PARA MAIS 4 cOMuNIDADES

2 - uEPA INIcIA A PRIMEIRA TuRMA DO cuRSO DE MEDIcINA EM MARABÁ

3 - O V ENcONTRO DE cORDAS REVELOu NOVOS TALENTOS

4 - ESTuDANTES LOTAM TEATRO NOS cONcERTOS DIDÁTIcOS

5 - EM SOuRE, cuRSO DE cAPAcITAÇãO ATuALIZA PROFISSIONAIS

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RELATÓRIO - PAcTO PELO PARÁ: RESuLTADOS À SOcIEDADE 97

origem. O SOME está presente em 444 localidades de 98 municípios paraenses, possuindo cerca de 1.191 professores para 35.919 alunos (média de 30 alunos/professor), com acréscimo de matrículas, em 2013, de 940 alunos.

educação básica – ensino infantil, fundamental e médio/profissionalEm consonância com o objetivo do “Pacto Pela Educação”, de ofertar educa-

ção pública de qualidade com impactos que garantam a permanência do aluno em sala de aula e a melhoria dos índices da educação básica, destacam-se, em 2013, a realização das seguintes iniciativas: Programa “Aprender Mais”, “Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa” (PNAIC), Programa “Ensino Médio Ino-vador/Jovem do Futuro” (PJF), “Escola de Tempo Integral”, Programa de “Infra-estrutura Escolar”, “Sistema Paraense de Avaliação Educacional” (SISPAE) e o Programa “Mais Educação”.

A busca da melhoria de estratégias de aprendizagem é o que move o Progra-ma “Aprender Mais”. Em 2013, por meio da capacitação de professores de Língua Portuguesa e Matemática, do 5º ao 9º ano da rede estadual de ensino, aproxima-damente 6.000 professores foram aprimorados para o uso pedagógico dos resulta-dos do IDEB e ao reforço das habilidades contidas nos descritores da Prova Brasil/MEC.

O “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa” tem como objetivo al-fabetizar as crianças até os oito anos de idade. Com abrangência em toda a rede estadual de ensino, o Pacto priorizou 21 municípios que ainda não municipaliza-ram o ensino fundamental do 1º ao 5º ano. Como estratégia para alcançar esse objetivo, destaca-se a capacitação de 1.155 professores da rede de ensino.

A continuidade das ações do Programa Brasil Alfabetizado (MOVA PARÁ Al-fabetizado), desenvolvido por meio de parcerias institucionais e articulações intra e intergovernamentais, atendeu cerca de 70.000 pessoas no estado, em 2013. A adoção diversificada de metodologias e práticas pedagógicas específicas ao pú-blico alvo, pessoas acima de 15 anos, vem impactando positivamente nos índices de analfabetismo, conforme demonstra a queda de 5,18% registrada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2011).

O “Ensino Médio Inovador/Jovem de Futuro”, em parceria com o Unibanco, possibilita a ampliação do tempo de permanência na escola e a diversidade de práticas pedagógicas. No estado, são atendidas 562 escolas com o projeto que contribui também para desenvolver atividades técnicas pedagógicas em busca da gestão por resultados nas escolas.

A implantação de “Escolas de Tempo Integral”, compromisso da Agenda Mí-nima de Governo, visa elevar o tempo efetivo da permanência do aluno na escola e aprimorar a aprendizagem e a convivência social, ao oferecer atividades educa-tivas complementares à base nacional comum da educação. O projeto piloto foi implantado em 10 escolas da rede estadual, sendo uma em Benevides, uma em Ananindeua e oito em Belém, atendendo 1.375 alunos do Ensino Fundamental e 450 alunos do Ensino Médio. Em 2013, mais duas escolas foram implantadas, com funcionamento em tempo integral previsto para 2014, sendo uma em Belém


(Escola Estadual “Dr. Carlos Guimarães”), que atenderá aproximadamente 379 alu-nos, e uma em Castanhal (Escola de Ensino Fundamental e Médio “Maria Mercês de Oliveira”) com capacidade para 826 alunos.

Uma das ações do “Pacto pela Educação” é a implementação de processo de avaliação e adequação da política pública de educação. Em 2013, foi implantado o Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SISPAE), que objetiva desenvolver, em parceria com diferentes segmentos sociais, a cultura de avaliação, envolvendo toda a comunidade escolar na busca por melhores resultados educacionais. Na primeira edição do SISPAE, em 2013, foram avaliados 478.191 alunos matricula-dos no Ensino Fundamental, no 4º e no 7º ano, e todos os alunos matriculados nos três anos do Ensino Médio. Considerando o regime de cooperação entre os sistemas de ensino, os municípios foram mobilizados a aderirem ao SISPAE, que contou, na edição de 2013, com a participação de 73 municípios paraenses (50,7% do total).

O Programa ”Mais Educação” objetiva a formação integral de crianças e ado-lescentes por meio de atividades socioeducativas, envolvendo arte, cultura, espor-te e lazer, dentre outros. O projeto vem se firmando como prática complementar à aprendizagem e ao exercício de coletividade, estando presente em 524 escolas estaduais.

Em consonância com a política da alimentação escolar, foi garantida a distri-buição da Merenda Escolar para 379.950 alunos da rede estadual de ensino, com o aporte de R$ 22,8 milhões, em parceria com o MEC. A estratégia, que contribui para a melhoria do rendimento escolar, efetivou-se por meio do repasse financeiro a 58 prefeituras que possuem a merenda escolar municipalizada. Em concondân-cia com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), essa ação fomenta a aquisição direta de alimentos nos municípios conveniados, com benefícios às cadeias produtivas locais.

No que se refere ao transporte escolar, o Governo Estadual possibilitou o acesso de 130.345 alunos da zona rural às unidades escolares, por meio de convê-nios com 143 municípios, investindo recursos no valor de R$ 16,5 milhões.

Desde 2011, o governo do estado promove a melhoria da infraestrutura física da rede de ensino, com a construção, ampliação e reforma das salas de aulas, sa-las de leituras, laboratórios, acessibilidade de pessoas com deficiência, constru-ção e cobertura de quadras poliesportivas, entre outros serviços, visando oferecer aos alunos, professores e técnicos da educação ambientes adequados às ativida-des pedagógicas e de ensino das escolas. Em 2013, os investimentos na infraes-trutura escolar permitiram a construção e reformas de mais de 200 escolas, das quais foram concluídas 53. Estão em construção 45 novas escolas de 12 salas de aula, das quais 9 Tecnológicas.

Dentre as obras de infraestrutura escolar, destaca-se a conclusão de seis es-colas destinadas a etnias indígenas e sete em construção, obras da Agenda Míni-ma de Governo, nas quais foram aplicados recursos do tesouro estadual e federal.

Em complementação aos investimentos feitos em infraestrutura, foi aplica-do, em 2013, o montante de R$ 2,13 milhões para atender às necessidades de logística e consumo de 733 escolas e 26 unidades administrativas. Por meio do

Plano de Ações Articuladas (PAR)/MEC, foram adquiridos mobiliários para atendi-mento a 171.535 alunos e 2.426 professores, além de 12.458 tablets educacionais e 146 ônibus escolares para 87 municípios paraenses, entre outros.

O site www.maisescola.pa.gov.br foi criado pela SEDUC para ampliar a trans-parência na gestão da educação paraense. Com ele, alunos, professores, comu-nidade escolar e sociedade em geral podem acompanhar em tempo real as ações de melhoria da infraestrutura física das escolas da rede estadual de ensino.

Quanto às políticas de educação para segmentos específicos da população, destaca-se, em 2013, o montante de R$ 4 milhões aplicados na área rural. Pro-venientes do tesouro estadual, por meio de convênios de cooperação técnica e financeira firmados com as associações das Casas Familiares Rurais (CFR’S), os recursos são destinados às Escolas Comunitárias Rurais (ECR’S). O foco é a for-mação de 1.371 jovens e adultos agricultores por meio da pedagogia da alternân-cia. Os recursos estaduais garantiram a manutenção das escolas a partir do su-porte técnico-pedagógico às unidades de formação das Casas Familiares Rurais, beneficiando os municípios de Altamira, Anapu, Belterra, Brasil Novo, Breves, Conceição do Araguaia, Cachoeira do Arari, Gurupá, Juruti, Medicilândia, Moju, Ourém, Pacajás, Placas, Rurópolis, Santarém, São Félix do Xingu, Tucuruí, Tucu-mã, Ourilandia, Uruará e Óbidos.

O Programa “ProJovem Campo - Saberes da Terra”, que considera as especi-ficidades do campo e as condições de vida de jovens agricultores familiares, con-templou, em 2013, 33 municípios em 11 regiões de integração (Baixo Amazonas, Carajás, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Metropolitana, Rio Caetés, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu), possibilitando a formação e capacitação de 2.487 alu-nos das áreas rurais do estado. Oportunizou, também, a realização do “I Encontro Territorial da Juventude do Campo, das Águas e das Florestas”, que envolveu 748 jovens de 45 municípios de dez regiões de integração (Baixo Amazonas, Carajás, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Metropolitana, Rio Caetés, Tapajós, Tocantins e Xingu), propiciando discussões temáticas sobre identidade, protagonismo no ter-ritório, renda e sustentabilidade.

Quanto à qualificação dos profissionais desse programa, foi realizado, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), Curso de Especialização em educação no campo, atendendo 183 educadores e 25 coordenadores pedagógi-cos.

No que se refere à política de educação indígena no estado, o atendimento efetiva-se por meio do SOME. Em 2013, o Sistema Modular de Ensino foi implan-tado na Aldeia Djudekô, no município de Parauapebas; na Comunidade de Escra-vidão, no município de Aveiro; e na Reserva Indígena Solimões e Povo Camarua-ra, município de Santarém. Destaca-se também a formação de 108 professores indígenas no Ensino Médio Normal / Magistério Indígena, nos polos de Altamira, Marabá, Santarém e São Félix do Xingu. E, ainda, em convênio com FNDE/MEC, a conclusão de seis escolas indígenas nos municípios de Tomé-Açu, Capitão-Poço, São Geraldo do Araguaia e Tucuruí, estando sete em andamento nos municípios de Bom Jesus do Tocantins, Oriximiná e Paragominas.

No âmbito da educação ambiental, o Projeto “Florestabilidade – Educando para o manejo florestal”, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, foi im-

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melHores condições de ensino com reforma e ampliação de escolas

1 - EScOLA DE cAMPO, ABAETETuBA

2 - EScOLA MARIO BRASIL, GARRAFãO DO NORTE

3 - quADRA POLIESPORTIVA DA EScOLA MARIO BRASIL

4 - EScOLA ANTONIO GONDIM

5 - EScOLA GASPAR VIANA, MARABÁ

6 - EScOLA LIBERDADE, MARABÁ

7 - EScOLA DEuZuITA PEREIRA DE quEIROZ, REDENÇãO

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3 - EScOLA RIO TAPAjÓS, SANTARÉM

4 - EScOLA NOSSA SENhORA DE FÁTIMA, ABAETETuBA

5 - EScOLA MARIVALDA PANTOjA, ANANINDEuA

pacto pela educação investe na melHoria da rede física e na qualidade do ensino

1 - EScOLA ALExANDRE NIcOMEDES

2 - EScOLA RuTh ROSITA


plantado com o objetivo de despertar vocação nos jovens estudantes da Amazônia para carreiras ligadas ao manejo e gestão de florestas. Contou com a participação de 628 professores em 184 escolas nas regiões Metropolitana e Baixo Amazonas.

Na área da ciência e tecnologia, o Centro de Ciências e Planetário do Pará, sob a coordenação da Universidade do Estado do Pará (UEPA), vem mantendo a estrutura para realização de projetos de ensino, pesquisa e extensão, median-te a demanda de estudantes e professores da educação básica e superior, bem como, do público em geral. Integram as atividades técnicas: visitas monitoradas, sessões públicas, realização de eventos (feiras, minicursos, oficinas, workshops, programação de férias), além de atividades de formação inicial e continuada de professores. O Centro atende, mensalmente, em torno de 34 escolas da rede públi-ca e privada da cidade de Belém e interior do estado, com um número aproximado de 980 alunos/mês.

No ensino musical fundamental, ressalta-se a atuação da Fundação Carlos Gomes (FCG), que atendeu, em 2013, 1.530 alunos, entre novos e remanescentes, que se apresentaram em recitais locais e de âmbito nacional. Além disso, através da interiorização da educação musical, a FCG viabilizou cursos de instrumentistas musicais, por meio de convênios com entidades municipais, para 3.378 músicos e aprendizes de Bragança, Cametá, Castanhal, Colares, Igarapé-Miri, Oeiras do Pará, Santarém, São Caetano de Odivelas, Soure, Vigia e Viseu.

A educação profissional efetiva-se por meio da rede de escolas tecnológi-cas, que tem como objetivo a geração de conhecimento na perspectiva da pro-moção de desenvolvimento econômico-social. Essa diretriz coaduna com os eixos do “Programa Nacional de Educação Profissional e Emprego” (PRONATEC), que visa expandir e interiorizar a oferta de cursos de educação profissional técnico de ensino médio e de cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores. São ofertados 40 cursos em 18 escolas, localizadas nos municípios de Abaetetuba, Belém, Cametá, Itaituba, Marituba, Monte Alegre, Paragominas, Redenção, Salva-terra, Santa Izabel do Pará e Tailândia. São 18.231 alunos atendidos nas modalida-des “Ensino Médio Integrado” e “Programa de Educação Profissional Articulado à Educação de Jovens e Adultos” (PROEJA).

Em ação conjunta com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC), encontra-se em andamento a constru-ção de mais 11 novas escolas, o que permitirá a ampliação da oferta do ensino profissional no estado.

Ainda no ensino profissionalizante, a Fundação Carlos Gomes (FCG) oferece formação musical, em Nível Médio, voltada ao mercado de trabalho para 80 alu-nos, dos quais 63% ingressaram em 2013. Os recursos aplicados, da ordem de R$ 1,25 milhão, viabilizaram também a participação dos músicos paraenses em recitais locais e nacionais, assim como o intercâmbio com músicos de referência nacional.

A escola é um espaço privilegiado para a formação cidadã e construção co-letiva da paz como forma de redução da violência. Nesse sentido, o Governo do Es-tado assumiu o compromisso de reduzir as situações de violência nas escolas, va-lorizando alunos e professores e fortalecendo a construção para a cultura de paz.

Esse compromisso materializa-se com a implementação do projeto “ProPaz

Escola” que conta com a parceria de diversos órgãos estaduais, tais como SE-DUC, SEMA, SEJUDH, DETRAN, Instituto de Artes do Pará (IAP), Fundação Cultu-ral Tancredo Neves (FCTN), Corpo de Bombeiro Militar (CBM), Polícia Militar (PM) e, ainda, as secretarias municipais de educação. Além das organizações relacio-nadas, o projeto também contou com a parceria de seu próprio público envolvido, a comunidade escolar com participação ativa e significativa por parte de alunos, professores, grêmios e conselhos escolares.

Em 2013, por meio desse projeto, foram atendidos 32 municípios nas regiões Metropolitana, Marajó, Guamá, Rio Caetés, Araguaia, Carajás, Tocantins, Baixo Amazonas, Lago de Tucuruí, Rio Capim e Xingu, com a implantação de mecanis-mos de gestão democrática e de boas práticas no processo de enfrentamento à violência, expressos nos seguintes resultados: participação de 25.087 pessoas, en-tre crianças e adolescentes, em atividades culturais, científicas, palestras educa-tivas, reuniões e oficinas; qualificação de 41 professores; e sensibilização de 169 escolas com participação de 1.300 pessoas da comunidade escolar.

educação superiorOs investimentos do Estado em relação ao ensino superior coadunam-se

aos objetivos estratégicos de Governo de “Intensificar, Interiorizar e Melhorar a Qualidade do Ensino” e “Desenvolver Ciência e Pesquisa com Foco em Sustenta-bilidade”.

Responsável pelas ações do ensino superior, a Universidade do Estado do Pará (UEPA) desenvolve suas iniciativas no âmbito das Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Ciências Sociais e Educação (CCSE) e Ciências Naturais e Tecno-logia (CCNT), ofertando 3.262 vagas de graduação distribuídas por 23 cursos, em todos os campi. As principais metas alcançadas pela instituição, em 2013, foram:

• Implementação do curso de Medicina, com a oferta de 20 vagas, em Ma-rabá, compromisso da Agenda Mínima de Governo, e incremento de 20 vagas no curso de Biomedicina, em Belém;

• Ampliação e reforma de 15 unidades acadêmicas: quatro obras de am-pliação em Belém e Moju e 11 obras de reforma em Belém, Marabá e Santarém, totalizando R$ 14,78 milhões. A reforma e ampliação do com-plexo esportivo do Campus II, em Belém, no valor de R$ 7,73 milhões, destacou o Pará no cenário esportivo nacional, com a realização de eventos de grande porte, como os Jogos Nacionais da Juventude, rea-lizados em novembro de 2013;

• Qualificação de 38 docentes em mestrado e doutorado; e 386 servidores técnicos administrativos em cursos de curta duração;

• Implementação de 131 projetos de extensão;

• Publicação de seis obras científicas

Ressalte-se que do total de alunos que ingressaram em 2013 na graduação, 66% são oriundos da rede pública de ensino.

O apoio ao estudante de graduação efetiva-se por meio da assistência es-tudantil, com a concessão de bolsas individuais, no valor de R$ 350,00, a alunos

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novas vagas serão abertas com a construção de 45 escolas novas, com 12 salas de aula, 9 delas tecnológicas

1 - TAILÂNDIA

2 - MOju

3 - cuRuÇÁ

4 - MARLucE PAchEcO, BELÉM

5 - EScOLA TÉcNIcA, MARAcANã

6 - ÁGuA AZuL DO NORTE

7 - MOSquEIRO

a reforma e ampliação de escolas prosseguem em todo o pará

1 - EucLIDES DA cuNhA, ANANINDEuA

2 - RODRIGuES APINAjÉS, BELÉM

3 - ANÍSIO TEIxEIRA, MARABÁ

4 - IEEP, BELÉM

5 - cÔNEGO cALADO, IGARAPÉ AÇÚ

6 - D. LuIZ DE MOuRA PALhA, xINGuARA

em santa izabel do pará, a escola antonio lemos, também abrigada em prédio Histórico, passa por cuidadosa restauração que trará de volta o esplendor original da construção, referência arquitetônica do estado

a escola barão do rio branco, em belém, está em fase de restauração para que o prédio, tombado pelo patrimônio Histórico, recupere sua beleza, mas garantindo todas as condições para um ensino de qualidade e adequado Às exigências do século xxi


em situação de vulnerabilidade de todos os campi do Estado. São, em média, 304 bolsas por mês, com um investimento anual de R$ 1,27 milhão, representando au-mento de 7% nesse tipo de investimento em relação a 2012.

Para fortalecer e complementar a formação acadêmica, a instituição man-tém bolsas de incentivo aos alunos inseridos em programas como o de “Moni-toria”, “PRO PET- Saúde”, “Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Do-cência” (PIBID) e Programa “Ciência Sem Fronteiras”. Em 2013, o Programa de “Monitoria” selecionou 183 bolsistas, distribuídos nos cinco campi da capital e em 14 campi do interior do estado, nas áreas da Educação, Saúde e Tecnologia, com investimento médio mensal de R$ 125,83 mil. Já o Programa “Ciências sem Fron-teiras”, cujos benefícios englobam traslado, estada e auxílio à permanência no país escolhido, registrou 97 discentes oriundos de oito diferentes cursos. Desse total, 71 são da área de Tecnologia; 23 da área da Biologia e Saúde; e três da área de Educação (licenciaturas).

Destaca-se, ainda, o curso de Bacharelado em Música, viabilizado pela par-ceria Fundação Carlos Gomes (FCG) e UEPA, que compreende três habilitações: Canto Lírico, Instrumento (Piano, Flauta Transversal, Clarinete, Fagote, Trompa, Trombone, Trompete, Tuba, Saxofone, Oboé, Violino, Viola, Violoncelo, Contrabaixo, Violão e Percussão) e, a mais recente, Composição e Arranjo. Com 80 alunos ma-triculados, em 2013, o curso foi credenciado pelo Conselho Estadual de Educação para ser executado pela FCG e Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG), a partir de 2014. A parceria com a UEPA continua no período de transição.

O curso pioneiro de Licenciatura Intercultural Indígena conta hoje com 47 alunos da etnia Tembé matriculados em São Miguel do Guamá e 37 alunos das etnias Gavião e Suruí-Aikewara, em Marabá.

Em relação à modalidade educacional à distância, foram realizados por meio de convênio com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), no ano de 2013, cursos de Matemática, Pedagogia, Letras e Ciências Naturais, resultando na colação de grau de 713 alunos, 37% a mais do total de concluintes nos últimos quatro anos.

No âmbito da Pós-Graduação Lato-Sensu, foram ofertados, em 2013, 37 cur-sos, nove a mais do que no ano anterior, para um total de 661 alunos inscritos. Na área da Pós-Graduação Stricto Sensu, foram ofertados sete cursos de mestrado nas áreas de educação, ciência e tecnologia e saúde, com 281 alunos matricula-dos. Aos docentes da UEPA, houve a oferta de cursos de mestrado e doutorado interinstitucionais, em parceria com outras universidades. No Mestrado Interins-titucional (MINTER), foi oferecido um curso na área de saúde, com quatro docen-tes em processo de formação, e no Doutorado Interinstitucional (DINTER), quatro cursos nas áreas ciência e tecnologia de alimentos, educação matemática, enge-nharia de produção e saúde, com 34 docentes em doutoramento.

Quanto à Política de Desenvolvimento à Pesquisa, foram fomentados e es-timulados o ensino, a pesquisa e a extensão em todos os níveis de atuação aca-dêmica. Nessa linha, o incentivo à publicação anual de editais de fomento à Ini-ciação Científica e Pesquisa, com recursos do Estado e parceria com o CNPq/CAPES, apresentou incremento no pagamento de bolsas para todos os progra-mas. Ressaltam-se os convênios no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), realizados por meio do Con-selho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da UEPA. O montante de investimentos realizados foi de R$ 833,3 mil, com a disponibilização de 119 bolsas que variam entre R$ 436,00 e R$ 400,00.

A Política de Desenvolvimento à Extensão Universitária promove a interação entre a universidade e a comunidade a partir da produção e da disseminação de conhecimentos nas áreas de educação, saúde e tecnologia. Nos dois últimos anos, destaca-se a ampliação dos investimentos por meio da captação de recur-sos federais do Programa de Extensão do Governo Federal (PROEXT). Em 2013, houve investimento em 131 projetos de extensão, com concessão mensal de 189 bolsas de extensão.

Foram 500.000 atendimentos especializados realizados na Unidade do Mar-co, em Belém, e em programas de saúde como diabetes, hipertensão ou pediatria; nos programas de terapia ocupacional e fisioterapia; além dos laboratórios de bio-química e do teste “triagem neonatal”. Esses serviços ofertados à sociedade são proporcionados pela formação acadêmica da UEPA, pela infraestrutura dos labo-ratórios, centros de referência e demais locais de atendimento multiprofissional.

Desse modo, a UEPA, enquanto produtora de conhecimento, ao longo do exercício, aprofundou investimentos nas expertises consolidadas por suas políti-cas de acesso ao ensino, pesquisa e extensão, visando à formação de profissio-nais comprometidos com o desenvolvimento social e sustentável do Estado do Pará e da Amazônia.

Cultura

O Governo do Estado reconhece como direito social do cidadão o acesso democrático à cultura, e vem fomentando como política de inclusão e promoção social a valorização e preservação das manifestações culturais paraenses. A mul-tiplicação das oportunidades de acesso à cultura funciona como instrumento de integração econômica e social, promove a saúde física e mental, enriquece e in-centiva a preservação do patrimônio histórico-cultural e artístico paraense, além de manter e preservar os espaços públicos destinados às atividades culturais.

Na perspectiva de garantir esses valores, o Governo Estadual vem potenciali-zando a riqueza e diversidade cultural do estado por meio do fomento à produção e difusão cultural, que abrange a implantação e implementação de equipamentos culturais, a capacitação de artistas e a promoção de eventos.

Em 2013, o conjunto de ações dessa área possibilitou, também, a geração de ocupação, emprego e renda, ao dinamizar economicamente os diferentes seg-mentos interligados à cultura, contribuindo para o aprimoramento de talentos lo-cais e o reconhecimento nacional da cultura amazônica, e, ainda, a promoção da inclusão social.

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programas, ações e eventos para estimular a leitura, enriquecer a cultura e o conHecimento

1 - cARAVANA DA LEITuRA, EM SOuRE

2 - “LIVRO SOLIDÁRIO” NA ILhA DO uRIBOcA

3 - FEIRA DO LIVRO, EM PARAGOMINAS

4 - SALãO DO LIVRO, EM SANTARÉM

5 - PALESTRA DE IGNAcIO LOYOLA BRANDãO NA FEIRA PANAMAZÔNIcA DO LIVRO, BELÉM

eventos culturais enriquecem a vida paraense

1 - ExPOSIÇãO FOTOS “OS jARDINS FAZEM A cIDADE”

2 - ExPOSIÇãO “MIRITI DAS ÁGuAS”, ESTAÇãO DAS DOcAS

3 - ExPOSIÇãO “jOIAS DE NAZARÉ 2013”, SãO jOSÉ LIBERTO

4 - MOSTRA cANDIDO PORTINARI, MuSEu DO ESTADO

5 - MOSTRA cOLEÇãO MuIRAquITã, MuSEu DE ARTES SAcRAS


Foram alocados recursos da ordem de R$ 74,49 milhões, que viabilizaram os programas “Nossa Arte, Nossa Cultura”, “O Pará que Lê” e “Revitalização, Preser-vação da Memória e Identidade Cultural”, com abrangência em todas as 12 regi-ões de integração e cobertura de 133 municípios paraenses.

O Festival Internacional de Música do Pará, considerado referência dentro e fora do país, inovou ao dedicar parte do evento às bandas de música municipais, historicamente tradicionais nos municípios paraenses, ícones da musicalidade de nosso Estado. A criação da Banda Sinfônica do Estado do Pará, composta por mú-sicos de 25 municípios paraenses, expressa o reconhecimento ao desenvolvimen-to das bandas musicais, sendo esse o passaporte para a realização, em Belém, do Projeto “Música das Américas”, promovido pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE)/Ministério da Cultura, em parceria com a Banda Sinfônica do Esta-do de São Paulo. Esse projeto promoveu a capacitação de alunos das escolas de músicas vinculadas às bandas municipais. No Pará, foram inscritos 622 músicos, oriundos de 38 municípios paraenses.

A nova dinâmica dada à ação de interiorização musical, com oferta de cur-sos em 45 municípios, resultou no atendimento de 56 escolas e/ou bandas de mú-sica, oportunizando acesso ao ensino musical, além de propiciar renda aos jovens que atuam como monitores em educação musical em suas respectivas localida-des. As parcerias com a FUNARTE e a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), favoreceram a implantação, em Belém, do Curso de Mestre de Bandas no Nível Superior, pela Fundação Estadual Carlos Gomes (FCG), até então ofertado apenas pela Escola Superior de Música da UFRJ.

A inserção de crianças e adolescentes na prática musical foi garantida pelo projeto “Jovens Talentos da Música” que, em 2013, atendeu 1.670 novos artistas, em aproximadamente 30 municípios, o que representa incremento de 111,25% em relação ao exercício de 2012, com execução orçamentária de R$ 978 mil.

Na perspectiva de inclusão social, o Projeto “Música Cidadania”, que oferece o ensino profissionalizante da música, atendeu 2.793 alunos da periferia de Be-lém, com cursos de três anos de duração.

A promoção à leitura foi expressa pela modernização de 23 bibliotecas, em 24 municípios dispostos em nove regiões de integração (Araguaia, Carajás, Rio Capim, Metropolitana, Rio Caetés, Guamá, Tapajós, Baixo Amazonas e Xingu), com atendimento a 158.391 pessoas e 450.000 acervos consultados. Destaca-se, ainda, a doação de 9.512 publicações a bibliotecas, associações, escolas e insti-tuições públicas.

O acesso à informação e conhecimento foi potencializado com a implanta-ção do Sistema Estadual de Bibliotecas do Pará (SEBP) e a capacitação de 545 profissionais das bibliotecas públicas municipais, escolares e comunitárias em todo o estado com a finalidade de garantir atendimento de qualidade aos usuários desse sistema. Nos cursos de “Métodos de Fomento à Leitura em Sala de Aula” fo-ram envolvidos 160 educadores/multiplicadores das redes estaduais e municipais da capital e de quatro municípios do interior (Paragominas, Benevides, Castanhal e Igarapé-Açu).

A Fundação Tancredo Neves, também com o objetivo de incentivar o hábito da leitura no estado, promoveu doações de 10.000 publicações para bibliotecas

municipais, atendendo 20 municípios (Belém, Santa Izabel do Pará, Breves, Santa Maria do Pará, Igarapé-Miri, Moju, São Miguel do Guamá, Bom Jesus do Tocan-tins, Tucuruí, Bujarú, Afuá, Conceição do Araguaia, Monte Alegre, Prainha, Salva-terra, Anajás, Juruti, Santo Antonio do Tauá, Viseu e São Félix do Xingu), além de escolas particulares e públicas, bibliotecas comunitárias, associações e pessoas físicas.

O apoio e incentivo a diversos eventos temáticos também trouxeram resulta-dos importantes ao público leitor:

• “Caravana da Leitura”, iniciativa de fomento à leitura desenvolvida em ôni-bus-biblioteca, viabilizou rodas de leitura, painel literário, teatro de fanto-ches, cursos e oficinas lúdico-literárias, além de contação de histórias, alcançando público de 50.000 pessoas em 28 municípios, dispostos nas regiões de Integração Metropolitana, Guamá, Rio Capim, Caetés, Marajó, Baixo Amazonas e Tocantins;

• “A Noite é uma Palavra”, encontro mensal de escritores paraenses com a comunidade, possibilitou a realização de saraus de poesias, exposição e comercialização de obras, registrando um público de 4.100 pessoas, apre-sentação de 72 poetas e escritores e cinco obras lançadas, no município de Belém;

• “Circuito Literário”, em parceria com o Banco da Amazônia (BASA), con-tou com a participação de 37 escritores, contemplando público de apro-ximadamente 4.000 pessoas, nos municípios de Belém, Ananindeua, Bragança, Capanema, Castanhal, Altamira, Óbidos, Santarém e Santa Bárbara;

• “Chuva de Livros”, que incentiva a troca de livros entre os participantes, viabilizou a circulação de mais de 1.400 obras literárias, atingindo público de mais de 400 pessoas, no município de Belém.

A Feira Pan-Amazônica destaca-se como o terceiro maior evento do gênero em todo o país. Realizada em Belém, no período de 26 de abril a 5 de maio, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o evento homenageou o escritor paraense Rui Barata, atraindo público de 404 mil visitantes, com a parti-cipação de 140 empresas e 500 editoras nacionais e internacionais, organizadas em 224 estandes. Foram comercializados 841 mil livros e expostos 96 mil títulos, movimentando mais de R$ 15 milhões, apresentando crescimento a cada ano.

Como etapas preparatórias à Feira de 2014, foram realizados os saraus lite-rários, a Pan-Amazônica na escola e nos municípios, a Gincana Literária e o Salão do Livro. Nos Saraus, foram discutidas as obras do autor Vinícius de Moraes e dos escritores do romantismo brasileiro, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves.

O intercâmbio entre o escritor e o estudante da rede pública foi o foco da Pan- Amazônica nas Escolas, realizada nos municípios de Belém, Ananindeua e Santa Bárbara do Pará, com a participação de 130 pessoas. Essa ação foi esten-dida para os municípios de Marabá, Ponta de Pedras e Redenção, mobilizando público de cerca de 1.070 pessoas, entre alunos, professores, gestores da rede estadual e comunidade, oportunizando a interação com escritores nacionais e

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1 - TERRuÁ PARÁ 2013 ENcANTA O PÚBLIcO DE SãO PAuLO E É ELEITO MELhOR PROjETO ESPEcIAL, NA cATEGORIA MÚSIcA POPuLAR, PELA ASSOcIAÇãO PAuLISTA DE cRÍTIcOS DE ARTES (APcA)

2 - SucESSO TAMBÉM NO PORTAL DA AMAZÔNIA, quE LOTOu PARA A APRESENTAÇãO DO TERRuÁ PARÁ

3 - A MÚSIcA PARAENSE BRILhA TAMBÉM NO 12º SERVIFEST, EM SANTARÉM

4 - E SALVATERRA MOSTROu A FORÇA DE SuA cuLTuRA NO 7º SERVIFEST

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a música erudita ocupou o tHeatro da paz e se estendeu para a rua no festival de ópera, que teve duas de suas montagens classificadas entre as 5 melHores do brasil em 2013

1 - ÓPERA “O NAVIO NEGREIRO”

2 - ENcERRAMENTO DO FESTIVAL

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1 - RÉVEILLON DA ESTAÇãO DAS DOcAS REuNIu 50 MIL PESSOAS

2 - NAS FESTAS juNINAS, O ARRAIAL DE TODOS OS SANTOS ANIMOu O cENTuR

3 - REcITAL E ENTREGA DE IMAGENS SAcRAS NOS FESTEjOS DO ANIVERSÁRIO DE BELÉM

4 - PROjETO BuMBARquEIRA REÚNE NAS RuAS DE BELÉM, NO cARNAVAL, 35 GRuPOS DE cuLTuRA POPuLAR, DE 10 MuNIcÍPIOS

1 - xxVI FESTIVAL INTERNAcIONAL DE MÚSIcA, REFERÊNcIA NAcIONAL E INTERNAcIONAL

2 - DuRANTE A FESTA DO cÍRIO, O PROjETO NAZARÉ EM TODO cANTO ESPALhOu MÚSIcA E ARTE NA cAPITAL PARAENSE

3 - jÁ INTEGRADO À TRADIÇãO, O NATAL cOM ARTE EM TODA PARTE FOI PRESTIGIADO POR MILhARES DE PESSOAS


locais, como Ignácio de Loyola Brandão, Ademir Braz, João Bosco Maia e Luis Carlos Martins de Sousa. Em Altamira, o evento contou com a participação do escritor paraense Walcyr Monteiro e com a presença dos escritores da Academia de Letras de Altamira.

Os alunos das escolas estaduais também participaram da Gincana Literária, realizada no Hangar e no Teatro Maria Silva Nunes, com a presença dos escritores Age de Carvalho, João Bosco Maia, Jorge Andrade e Olga Savary, objeto de estudo dos alunos da SEDUC.

Em 2013, duas regiões do estado foram contempladas com o Salão do Livro: Rio Capim e Baixo Amazonas. Em Paragominas, município da Região do Rio Ca-pim, o Salão contou com 20 estandes de vendas e atendeu público de aproxima-damente 54 mil visitantes, movimentando um volume de operações da ordem de R$ 560 mil, com 43.500 livros vendidos. O Salão realizado na Região Baixo Ama-zonas, município de Santarém, no Espaço Pérola do Tapajós, recebeu público de cerca de 112 mil pessoas. O evento, com exposição de 70 estandes, contou com a participação de 350 editoras e teve em torno de 79 mil livros comercializados, com movimentação financeira de R$ 1,5 milhão.

Dentre os compromissos da Agenda Mínima de Governo, foram apoiados e fomentados 389 eventos integrantes de diversas expressões culturais paraenses. Nesse sentido, em 2013, o Governo Estadual investiu R$ 12,52 milhões, por meio das ações de “Apoio às Manifestações Culturais” e de “Incentivo à Cultura”. Mere-cem destaque:

• Círio de Nazaré;

• Círio de Castanhal;

• Aniversário de Belém;

• Semana Santa;

• Festival de Música Popular “TREME”;

• Carnaval.

Como forma de valorizar a cultura amazônica, destaca-se, ainda, o Projeto “Bumbarqueira”, com aplicação de R$ 160,96 mil, direcionado a 35 grupos cultu-rais, envolvendo a participação de 400 artistas, originários de dez municípios (Ana-nindeua, Belém, Bragança, Colares, Curuçá, Maracanã, São Caetano de Odivelas, Santarém Novo, Vigia e Viseu), e um público de 40 mil pessoas. Também tiveram realce em Belém: o 8º Festival de Dança de Salão; o Projeto “24h de Teatro”, que alcançou 6.000 espectadores; e a “Revoada dos Grupos de Pássaros e Bichos Ju-ninos”, com público de 5.000 pessoas.

A realização de grandes festivais, compromisso da Agenda Mínima de Go-verno, e outros 523 eventos culturais, envolveram mais de 5.000 artistas e recur-sos financeiros da ordem de R$ 8,1 milhões. Esses eventos valorizam as múltiplas linguagens artísticas como teatro, dança, música e fotografia, sendo um dos des-taques de 2013 a realização do Festival de Ópera da Amazônia. Com público de 6.800 pessoas, cada nova edição envolve crescente número de profissionais locais como cenógrafos, figurinistas, pintores, músicos e atores, e possibilita, principal-

mente, a visibilidade da formação continuada dos músicos paraenses pela Funda-ção Carlos Gomes.

Na linha de grandes festivais, o “Arraial de Todos os Santos”, o “Nazaré em Todo Canto” e o “Natal com Arte” são projetos que consolidam os espaços e equi-pamentos culturais como referência à promoção de culturas populares. Em 2013, agregou o público estimado de 47.500 pessoas. Além desses, o projeto “Toque de Bandas Paraenses” oportuniza a apresentação de bandas municipais no Teatro Gasômetro e em outros espaços e equipamentos públicos.

Merece destaque especial a Mostra “Terruá Pará”, que integra a política pú-blica de difusão e circulação da música paraense. Em 2013, as preliminares da Mostra Terruá Pará, que antecederam aos eventos em Belém e São Paulo, selecio-naram 72 artistas entre mais de 300 inscritos de todo o Pará para se apresentarem semanalmente durante três meses em Belém. Desses, 12 foram escolhidos por uma comissão julgadora para integrar o lançamento do “Terruá Pará 3”.

O evento, de dimensão grandiosa, representa o encontro de várias gerações e diferentes segmentos musicais que constituem a diversidade sonora do Pará, com participação de diversos artistas locais. Sua terceira edição, realizada em Belém, no dia 1º de novembro, no Portal da Amazônia, e nas noites de 14 e 15 de novembro, em São Paulo, no Teatro das Artes do Shopping Eldorado, foi bem rece-bida pelo público e crítica especializada, colocando o Pará no mapa das grandes novidades e tendências da música contemporânea do país. O Terruá Pará 2013 recebeu uma das mais importantes premiações da cultura brasileira: foi eleito o Melhor Projeto Especial, na categoria Música Popular, pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).

Realizado por meio da Cultura - Rede de Comunicação e da Secretaria de Estado de Comunicação (SECOM), contou com a participação de instituições go-vernamentais, totalizando mais de 400 profissionais envolvidos para atendimento de público de aproximadamente 7.000 pessoas, nos três shows realizados.

A implementação dos espaços culturais se reveste de extrema relevância à preservação do patrimônio material e imaterial do povo paraense por meio da pro-moção e difusão cultural amazônica. A conservação e manutenção dos espaços Parque da Residência, Museu do Círio, Museu de Arte Sacra, Museu da Imagem e do Som, Forte do Presépio, Casa das Onze Janelas, Museu do Estado do Pará, Museu de Gemas (São José Liberto), Mangal das Garças, Estação das Docas e Hangar - Centro de Convenções, com média de 2.383.625 visitantes, contribuiu significativamente para a consolidação desses espaços no roteiro turístico da ci-dade de Belém, com aplicação de recursos da ordem de R$ 18,9 milhões.

No âmbito da capacitação cultural, foram realizadas 650 oficinas em 30 mu-nicípios, capacitando 14.410 pessoas, que tiveram acesso às linguagens de ar-tes visuais, cênicas, música e informática. A capacitação de profissionais voltada para consolidação do mercado cultural ocorreu por meio de 57 oficinas, envolven-do 810 jovens e adultos. No campo da preservação do patrimônio histórico e social das populações negras, indígenas e comunidades tradicionais, foram realizadas 47 oficinas de arte e ofício, capacitando 1.553 pessoas em 38 comunidades tradi-cionais do estado.


O aperfeiçoamento do artista tem sido um elemento importante para agrega-ção de valor na produção cultural. Nessa perspectiva, foi significativo o desenvol-vimento de ações de capacitação e qualificação do artista em dez das 12 regiões de integração do estado, atendendo 30 municípios, com 147 cursos e oficinas e 22 eventos, entre seminários, palestras e workshops, integrando mais de 7.000 artistas.

O “Circuito das Artes”, que reuniu um público de 5.843 pessoas em 30 apre-sentações, foi fruto também do aporte de R$ 450 mil em bolsas de pesquisa desti-nadas ao fomento de projetos artísticos culturais sob diversas linguagens. O even-to proporcionou exposições em fotovaral, projeções audiovisuais, dança regional e urbana, teatro de fantoches, teatro de rua, apresentações de grupos folclóricos das escolas e shows musicais e atendeu 451 alunos e comunidades, por meio de 28 oficinas.

O projeto Mapeamento das Artes do Pará (MAPA), espaço virtual que regis-tra a arte produzida no Pará, possibilitou, em 2013, o cadastro de 297 artistas nas diversas áreas, beneficiando 25 municípios, 12 novos grupos e 20 instituições.

O reconhecimento dos esforços aos artistas e produtores locais foi foco das 12 premiações de edições culturais, com um montante de R$ 200 mil. O “Criativo Birô Pará”, coordenado pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), é um dos quatro es-critórios nacionais e destina-se ao atendimento de profissionais e empreendedo-res dos setores criativos, promoção de negócios e fomento a empreendimentos e empreendedores dos setores criativos.

Outro importante instrumento de fomento e difusão cultural no Estado do Pará tem sido a Lei Semear, que permite o patrocínio a ações culturais através de incentivos fiscais concedidos a empresas contribuintes do ICMS. Em 2013, o aper-feiçoamento dos mecanismos de difusão por meio da internet possibilitou maior acesso ao conjunto de informações relacionado aos editais para captação de re-cursos e critérios para participação. Esse suporte on-line facilitou o processo de inscrição e acompanhamento das propostas, e contribuiu ao incremento de 166% no número de projetos inscritos em relação ao ano anterior, atingindo a expressiva marca de 320 inscrições. Foram 170 projetos aprovados, representando um cres-cimento de 112% em relação a 2012, atendendo todos os segmentos culturais nas 12 regiões de integração do estado.

A ação de Governo nessa área tem procurado não apenas valorizar a diver-sidade cultural paraense no que se refere ao extraordinário potencial econômico que representa em suas diferentes formas de musicalidade, artes plásticas, te-atro, dança e literatura, entre outras, mas, principalmente, enquanto elemento transformador de desenvolvimento humano e social, buscando a construção cole-tiva de um caminho prático para sua utilização em favor das comunidades e dos empreendimentos culturais.

Nesse sentido, o projeto “ProPaz nos Bairros”, em consonância com o Esta-tuto da Criança e do Adolescente (ECA), oportuniza o acesso de crianças e adoles-centes a uma educação integral por meio da arte, esporte e lazer ao promover o reencontro de crianças, adolescentes e jovens com suas cidadanias, combinando

ações de educação para a cidadania, tendo como eixo norteador o fortalecimento das famílias e da comunidade.

Em 2013, esse projeto atendeu 3.111 crianças, adolescentes e jovens mo-radores de áreas consideradas de risco em cinco polos na Região Metropolita-na (Campus III da UFPA, IESP em Marituba, Mangueirão no Estádio Olímpico do Pará, UFRA na Terra Firme e Praça Doroty Stang na Sacramenta), desenvolvendo temas como valores, respeito e disciplina. Articulado à ação “ProPaz Arte e Cul-tura”, eixo transversal do programa “ProPaz”, promove a inclusão social pela edu-cação e arte, realizando ações onde crianças, adolescentes e jovens vivenciam a arte como processo criativo vital, estabelecendo uma nova forma de perceber o mundo. Os polos funcionam em dois turnos, das 08h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta, e os professores de arte são contratados pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), Fundação Curro Velho (FCV) e Fundação Carlos Gomes (FCG), de acordo com as demandas apresentadas pelo Polo (Tabela 13).

Tabela 13 - “ProPaz Nos bairros”:aTeNdimeNTos realizados Nos Polos, 2013

Polo joVens aTenDiDoscaMPUs iii - UFPa 463

iesP 384

MangUeirão 413

UFra 430

sacraMenTa 1.421

ToTal 3.111

Fonte: PROPAZ, 2013

No âmbito do “ProPaz Arte e Cultura”, foram realizados atendimentos a crianças, adolescentes e jovens nos cinco polos da Região Metropolitana, que resultaram em encaminhamentos para o CRAS, Conselho Tutelar, Casa Mental da Criança e do Adolescente, CCDQ (Centro de Cuidados de Dependentes Químicos) e ProPaz Integrado. Realizaram-se, também, acompanhamentos individuais e em grupos, visitas domiciliares e institucionais com a participação das famílias.

Foram realizadas 63 oficinas de arte (dança, musicalização, percussão, hip--hop, balé, teatro, leitura literária), nos polos Mangueirão (11), UFRA (10), UFPA (10), IESP (10) e Sacramenta (12). Também foram realizadas Gincanas da Energia com a programação voltada para as crianças da Colônia de Férias, com práticas de confecção de pipas, palestra sobre consumo racional de energia e “Festival de Pipas”, tendo este último o enfoque na prevenção dos riscos do cerol e da rede elé-trica e como instrumento de socialização e de estímulo ao aprendizado estudantil.

Em parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (FA-SEPA), o IAP realizou oficinas de arte para adolescentes e jovens em atendimento sócioeducativo, com participação de cerca de 400 alunos nas oficinas realizadas. Ressalte-se que são fundamentais o envolvimento e a participação ativa das crian-ças, adolescentes e suas famílias.

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2 - PROPAZ uFPA

3 - PROPAZ NÚcLEO IESP

4 - PROPAZ MANGuEIRãO

5 - OFIcINAS DE ARTE E cuRSOS PROFISSIONALIZANTES ABRIRAM hORIZONTES E OPORTuNIDADES

com o propaz nos bairros, milHares de crianças ganHam acesso a uma educação integral, através da arte, do esporte, do lazer

1 - PROPAZ SAcRAMENTA

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1 - IDOSOS MOSTRARAM RESISTÊNcIA NOS jOGOS DO VIDA ATIVA NA TERcEIRA IDADE

2 - PARÁ cONquISTA O 23º TROFÉu NORTE NORDESTE

3 - PRATA PARA A GINÁSTIcA RÍTMIcA

4 - SuRF NOTuRNO NA POROROcA: INOVAÇãO NO cAMPEONATO

5 - EScOLINhA DE SuRF EM SALINAS E ALGODOAL

6 - EM SãO PAuLO, MEDALhAS PARA ATLETAS PARALÍMPIcOS


Esporte e Lazer

O esporte e o lazer configuram-se como um dos caminhos que contribuem ao desenvolvimento social, ampliando as oportunidades que a sociedade oferece às gerações mais jovens. Uma sociedade solidária possibilita às crianças, jovens e adultos, oportunidades de desenvolvimento intelectual e social, como também adequada qualificação para o trabalho e para o exercício da vida cidadã.

Nessa perspectiva, o Governo Estadual, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL) e demais parceiros, direcionou ações, programas e projetos para es-timular o hábito pelo esporte, intensificando medidas voltadas à prática esportiva e garantindo o atendimento a todos os segmentos da população, inclusive às pes-soas com deficiência, além de desenvolver o associativismo esportivo e a parceria com entidades públicas e não governamentais. A aplicação nessa área envolveu recursos de R$ 33,29 milhões.

A continuidade do programa “Fabricação de Ídolos”, compromisso da Agen-da Mínima de Governo, possibilitou, em 2013, o aumento do número de atletas representantes do Pará em competições de níveis regional, nacional e interna-cional, com grandes resultados em diversas modalidades esportivas que revelam melhorias no desempenho dos atletas paraenses, tais como karatê (tricampeo-nato mundial, na Grécia), nado sincronizado (medalha de ouro no Campeonato Brasileiro, em Maceió) e atletismo (participação em três modalidades nos XIX Jo-gos Sul-Americanos Escolares, em Mar Del Plata, Argentina). Nesse exercício, 170 atletas receberam apoio financeiro mensal do Governo do Estado, desses, 164 foram atendidos com bolsa nacional, correspondendo ao adicional de 62 atletas em relação ao ano anterior, com aplicação de R$ 1,7 milhão.

O Governo do Estado também valorizou novos talentos por meio de incenti-vos e apoio a federações, técnicos e atletas com idade de até 17 anos, custeando viagens, alimentação e hospedagens de 66 jovens revelações paraenses em diver-sas competições esportivas oficiais no Brasil e no mundo.

• A Ginástica Rítmica, representada por 12 atletas mirins, de idade entre 09 e 15 anos, alcançou o segundo lugar geral no Torneio Regional de Ginás-tica Rítmica, em Manaus. Na competição, a delegação paraense ganhou o troféu Eficiência pelo maior número de atletas em uma delegação, além da medalha de ouro na modalidade em equipe;

• O Karatê, representado por atleta de 12 anos, obteve medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de Komitê, categoria de 12 e 13 anos, em Fortale-za;

• O Jiu Jitsu, categoria Infantil B (até 38,5 kg), representado por um atleta paraense, de apenas 09 anos, que se sagrou bicampeão brasileiro, em campeonato em São Paulo;

• A Ginástica Aeróbica, em que dois ginastas paraenses foram classifica-dos para o Campeonato Pan-Americano, realizado no mês de outubro, em Santiago, Chile;

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mostrando mais uma vez que está preparado para receber grandes eventos esportivos, o pará sediou o maior evento esportivo estudantil do brasil, os Jogos escolares da Juventude. reunidos em belém, 4.000 atletas disputaram mais de 200 Jogos. as equipes paraenses brilHaram e conquistaram medalHas, inclusive a medalHa de ouro no futsal


• As modalidades esportivas kung fu, judô, natação, taekwondo e atletismo também obtiveram apoio do Governo, fazendo com que jovens atletas ad-quirissem experiência em competições em níveis mais elevados fora do estado.

Além disso, o Governo do Estado contribuiu na esfera social, provendo or-ganizações não governamentais com aquisição de materiais esportivos, como a Federação Paraense de Jiu Jitsu, que beneficiou jovens atletas dos municípios de Belém, Ananindeua, Castanhal, Parauapebas, Curionópolis, Santa Maria e Capa-nema, alcançando um total de 2.300 crianças.

Não menos importante, os recursos aplicados na Ação “Apoio ao Atleta” de-monstram a atenção especial do Governo Estadual aos atletas paraenses de to-das as idades. Em 2013, o aporte de recursos somou R$ 420 mil, sendo atendidos 306 atletas, ultrapassando a meta de 70 atletas, revelando maior valorização des-te segmento. Essa ação permitiu que o Pará estivesse representado em diversos eventos, dentre os quais, o Grande Prêmio Sul-Americano de Muay Thai Tradional, ocorrido em Goiás, assim como no Ultimate Fighter Championship (UFC), catego-ria Peso-Galo, nos Estados Unidos.

O atendimento às demandas das pessoas com deficiência tem sido uma das ações prioritárias nessa área, com a realização de ações que buscam proporcio-nar o acesso de forma igualitária ao esporte e lazer como direito fundamental dos cidadãos. Direcionado a essa clientela, o “Plano Existir” do Governo Estadual, ar-ticulado com o “Plano Nacional Viver sem Limites”, do Governo Federal, prevê não só os atendimentos pontuais, mas também, projetos permanentes com foco na inclusão social e descentralização das ações aos municípios paraenses. Merece destaque o desempenho da equipe de Goalball do Pará (deficientes visuais), que conquistou a medalha de bronze na Competição Regional Centro/Norte, realizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Mas, não só nessa modalidade esportiva, o paratletismo do Pará obteve bons resultados:

• Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, medalha de ouro, com paratleta do projeto “Fabricação de Ídolos”;

• 1ª Etapa Brasileira de Atletismo do Circuito Loteria/Caixa, em São Paulo, segundo lugar na prova dos 400m rasos, com a participação de dois bol-sistas do programa “Fabricação de Ídolos”.

O Governo Estadual apoiou, ainda, o Campeonato de Bocha Paralímpica, que reuniu mais de 30 paratletas com paralisia cerebral e doenças crônico-dege-nerativas dos municípios de Belém, Barcarena, Abaetetuba e Marabá.

O esporte e lazer como instrumento de inserção social foi priorizado, tam-bém, no âmbito do Programa “ProPaz”, viabilizando recursos que permitiram a aquisição de materiais esportivos, contratação de equipes e apoio a eventos es-portivos, como a Corrida da Mulher e Jogos Escolares da Juventude. O “ProPaz nos Bairros” esteve presente no Campus III / UFPA, na UFRA, no IESP e na Sacra-menta, desenvolvendo atividades de atletismo, voleibol, futebol de campo, futsal e natação; e no Estádio Olímpico Edgar Proença (Mangueirão), com atividades esportivas e recreativas.

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1 - O DESAFIO DO MARAjÓ REuNIu ATLETAS DO cIcLISMO DE TODO O PARÁ NA ILhA FLuVIOMARÍTIMA

2 - cAMPEONATO ESTADuAL cAIxA juVENIL DE ATLETISMO MOSTROu A FORÇA DO ESPORTE DO PARÁ

3 - ATLETAS INTERNAcIONAIS PARTIcIPARAM DO SuL AMERIcANO DE MILhA DE RuA

4 - O PARAENSE TORcEu NO GRANPRIx DE ATLETISMO


Ainda com o intuito de viabilizar espaços adequados às práticas esportivas, o Governo do Estado destinou recursos, por meio do Programa “ProPaz Esporte e La-zer”, no valor de R$ 542 mil, para construção e revitalização de espaços esportivos nos polos ProPaz localizados em Belém, APEAMA, UFPA e UFRA. No município de Mojuí dos Campos, as obras em andamento somam R$ 274 mil.

Em 2013, a melhor idade recebeu atenção especial com a alocação de R$ 300 mil para o projeto “Vida Ativa na 3ª Idade”. Atualmente, são 2.000 pessoas inscritas nos núcleos do Clube do Remo, Associação de Classes, Associação dos Servidores da Assembléia Legislativa do Pará (ASALP), Estádio Olímpico do Pará, Grêmio Literário Português, Hospital Regional Abelardo Santos e Associação “Vida Nova”, em Icoaraci. Os idosos inscritos recebem aulas de hidroginástica, natação, alongamento, ginástica, aerodança, vôlei, memorização, xadrez, dança e artesa-nato, orientações nutricionais e atendimento médico e odontológico.

Além de todas essas iniciativas e realizações, e com o objetivo de apoiar ações que promovem a educação por meio do esporte e lazer, foram assegurados recursos estaduais às organizações não governamentais atuantes em projetos só-cioesportivos. No suporte às federações organizadoras de certames e eventos es-portivos, foram aplicados recursos no valor de R$ 3,8 milhões, evidenciando-se os convênios com a Federação Paraense de Jiu Jitsu, Federação Paraense de Futebol, Comitê Brasileiro de Atletismo e a Federação Nipo Brasileiro de Jiu Jtsu, para a realização do “II Open Internacional”.

Para associações e entidades em atuação no estado, foram disponibilizados recursos de cerca de R$ 2 milhões, com destaque para os projetos desenvolvidos por meio de emendas parlamentares em apoio a diversas modalidades de espor-tes amadores, como corridas de ruas, artes marciais, campeonatos de surf, futsal, esporte paralímpicos e jogos de verão.

O desenvolvimento do esporte paraense foi consequência, também, da pro-moção e apoio aos grandes eventos, para os quais foram aportados cerca de R$ 3,9 milhões. Dentre os principais eventos realizados, destacam-se o Campeonato Brasileiro Juvenil de Natação, o XXXVII Troféu Norte e Nordeste de Atletismo e o Grande Prêmio Brasil Caixa/Governo do Pará de Atletismo, que teve a participação de atletas brasileiros e de Cuba, EUA, Canadá, Portugal e Coréia. Por sua impor-tância, o GP de Atletismo integra a Agenda Mínima de Governo.

Os “Jogos Estudantis Paraenses” (JEP’s), evento esportivo educacional que mobiliza os alunos dos estabelecimentos de ensino público e privado com a finali-dade de propiciar a participação em diversas modalidades e a inclusão e integra-ção dos alunos por meio do esporte, em 2013, envolveu 7.563 alunos de 65 muni-cípios integrantes das 12 regiões do estado.

O Pará foi destaque nacional, em 2013, com a realização em Belém, dos “Jo-gos Escolares da Juventude”, maior evento esportivo estudantil do Brasil, que reu-niu alunos/atletas de instituições do ensino público e privado em uma competição de abrangência nacional. Este evento é uma ação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e tem o objetivo de promover a inclusão social, revelar novos talentos espor-tivos nas modalidades, proporcionar o intercâmbio com diversas culturas e criar um ambiente favorável à continuidade da prática esportiva no país.

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o governo investe na melHoria e ampliação dos equipamentos esportivos

1 - OBRAS DO cOLOSSO DO TAPAjÓS, SANTARÉM

2 - OBRAS DO GINÁSIO POLIESPORTIVO DO MANGuEIRãO


A inclusão de alunos com deficiência em atividades esportivas também foi incentivada pela realização, em 2013, dos “Jogos Paralímpicos”, evento esportivo que proporciona aos alunos com deficiência física, visual e intelectual das redes de ensino público e privado a oportunidade de participação em competições des-portivas por meio do esporte adaptado. Durante a etapa do “Escolar Paraense”, participaram 392 pessoas, sendo 240 alunos e 62 técnicos de 11 municípios; e na etapa “Escolar Brasileiro” foi viabilizada a participação de 145 pessoas, sendo 116 alunos e 29 técnicos e dirigentes oriundos de Abaetetuba, Belém, Barcarena, Cas-tanhal, Marabá, Moju, Parauapebas e Ulianópolis.

Ainda no sentido de oferecer espaços adequados às práticas esportivas e de lazer, o Governo do Estado priorizou recursos no valor de R$ 145 mil para a me-lhoria e adequação das dependências físicas do Estádio Olímpico Edgar Proença (Mangueirão), além de reforço nos serviços de segurança interna e externa. Em 2013, o Estádio mais uma vez foi palco de grandes eventos como o Grand Prix de Atletismo, Campeonato Paraense de Futebol e o Campeonato Norte e Nordeste de Atletismo.

Da mesma forma, foram assegurados recursos da ordem de R$ 3,1 milhões para a conclusão do Estádio Colosso do Tapajós, obra em andamento no Muni-cípio de Santarém, Região do Baixo Amazonas, e cerca de R$ 60 milhões para a construção do Ginásio Poliesportivo no entorno do Estádio Olímpico Mangueirão, sendo a primeira etapa executada em 2013, com previsão de entrega em 2014.

As atividades realizadas nessa área, ao longo do exercício de 2013, revelam o crescente interesse do Governo do Estado em criar e estimular políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento de atividades de esporte e lazer enquanto instru-mento de cidadania.

Saúde

O acesso à Saúde é um direito de todos os paraenses e dever do Estado. A atuação do Governo Estadual tem se pautado pelo compromisso de garantir o atendimento às necessidades da população nos serviços de atenção básica e média e alta complexidade, por meio de ações de prevenção e vigilância sanitária, tratamento e reabilitação; além de disseminar e estimular o acesso a informações relevantes que permitam o conhecimento, por parte dos cidadãos, quanto aos di-reitos e riscos à saúde.

Sob esse enfoque, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA), coorde-nadora da política, bem como os demais órgãos estaduais e organizações sociais responsáveis pela prestação dos serviços públicos de saúde, atuam na busca pe-rene de redução das desigualdades sociais e espaciais por meio da descentraliza-ção regional dos serviços, e em atenção ao princípio da equidade.

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a nova santa casa oferece 406 leitos, sendo 60 para uti neonatal, 10 para uti pediátrica e um atendimento de alta qualidade

1 - FAchADA

2 - REFEITÓRIO

3 - hELIPONTO

4 - REcEPÇãO

5 - SALA DE PARTO

6 - cIRcuLAÇãO

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equipamentos de última geração e profissionais bem qualificados fazem da nova santa casa referência no atendimento materno infantil

1 - uTI NEONATAL

2 - ENFERMARIA

3 - ESPAÇOS ADEquADOS AOS PEquENOS PAcIENTES

4 - SALA DE MONITORAMENTO

5 - ENFERMARIA PEDIÁTRIcA


Em 2013, o Governo do Pará, por meio do Fundo Estadual de Saúde (FES), aplicou recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão, cerca de 13% da receita líquida do Estado resultante de impostos, superior ao limite mínimo constitucional de 12%, previsto no Art. 6º da Lei Complementar nº 141/2012, que dispõe, dentre outros, sobre os valores mínimos a serem aplicados, anualmente, pela União, estados, Distrito Federal e municípios em ações e serviços públicos de saúde.

A aplicação desses recursos ocorreu com os objetivos estratégicos não só de assegurar e ampliar o atendimento de média e alta complexidade, mas também de fortalecer e valorizar a atenção básica nos municípios, cuja execução direta é de competência municipal. Também são metas do Governo garantir o atendimen-to de urgência e emergência com qualidade e resolutividade; coordenar de forma integrada a política de vigilância em saúde; e ainda, garantir a incorporação de novas tecnologias de gestão, visando à eficácia e efetividade das diretrizes e ações institucionais de forma estratégica e participativa.

Quanto à Ação de “Atenção de Média e Alta Complexidade”, merece desta-que, em 2013, a conclusão da Unidade Materno Infantil Dr. Almir Gabriel, que pas-sou a integrar o atendimento efetuado pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. O investimento total foi de R$ 170 milhões, dos quais R$ 122 milhões referem-se à obra física e R$ 48 milhões à aquisição de equipamentos, sendo de responsabilidade do tesouro estadual o aporte de R$ 135 milhões, e o restante ao Ministério da Saúde.

Essa nova unidade compreende área construída de 25.000 m2, distribuídos em oito pavimentos, com sete salas de cirurgias e 406 leitos, sendo 60 para UTI Neonatal, 10 para UTI Pediátrica, 124 para obstetrícia de alto risco e 72 leitos para pediatria. Hoje, o Complexo Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará é um dos maiores hospitais públicos de referência em gestação de alto risco e neonato-logia do país, sendo o único hospital da Região Norte a contar com um heliponto para suporte aos casos de emergência vindos do interior do estado.

De igual importância, destaca-se a conclusão da nova ala de oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), onde foram alocados recursos da ordem de R$ 2 mi-lhões em obras de construção, reformas e serviços de engenharia realizados em uma área de 3.000 m2, que abriga nove clínicas, sendo oito na área de oncologia com 95 leitos, e ainda, Centro Cirúrgico, Centro de Terapia Intensiva (CTI), o Hos-pital Dia e a Agência Transfusional. Todos os espaços foram revitalizados de forma diferenciada, com adaptações físicas e melhorias nas condições de acessibilida-de, possibilitando a redução do tempo médio de espera para internação.

Além de permitir melhores condições de trabalho e atendimento, esses in-vestimentos tiveram impactos positivos em toda a rede do Complexo Hospitalar Ophir Loyola, composto por três unidades:

• Hospital Ophir Loyola - Reconhecido como referência no tratamento às doenças crônicas degenerativas de média e alta complexidade, em espe-cial no tratamento de câncer e transplantes no Norte do país. Em 2013, o HOL respondeu por um total de 113.832 consultas ambulatoriais, 694 consultas com observação 24 horas e 29.079 consultas de urgência/emer-gência. Realizou, ainda, 3.116 cirurgias, sendo 78% de grande e médio

porte, com destaque para os procedimentos neurológicos, transplantes e tratamento de vários tipos de câncer;

• Centro Hospitalar Jean Bitar - Adquirido em 2011 pelo Governo do Estado, tornou-se pioneiro no norte do Brasil no atendimento às clínicas médicas e cirúrgicas por especialidade: cirurgia geral com os serviços de parede abdominal, cirurgia gástrica, de fígado, de pâncreas e vias biliares; servi-ços especializados de clínica médica nas áreas de Endocrinologia, Pneu-mologia, Cardiologia e Nefrologia, ofertando 60 leitos e com possibilidade de expansão para mais 20 leitos. O Centro possui o único Laboratório de Habilidades Videolaparoscópicas da Região Norte (LAP Norte), que per-mite treinar os residentes médicos em cirurgia geral e oferecer mão de obra qualificada para o mercado de trabalho. Ao longo de 2013, foram realizadas 1.139 cirurgias, 1.328 internações, sendo 184 no Centro de Te-rapia Intensiva (CTI), e 10.947 consultas ambulatoriais, o que representou acréscimo de 10% em relação ao número de atendimentos de 2012;

• Núcleo de Acolhimento ao Enfermo Egresso (NAEE) - Garante manuten-ção do espaço de acolhimento ao enfermo egresso, oriundo do interior do estado, e otimiza o processo de tratamento dos pacientes oncológicos ao oferecer suporte bio-psico-social, bem como minimiza as dificuldades sociais enfrentadas pelos pacientes em seu deslocamento.

Ainda no âmbito da “Atenção de Média e Alta Complexidade”, em 2013, des-tacam-se os investimentos do Governo do Estado nas seguintes ações:

• Retomada das obras do Hospital Oncológico Infantil, em Belém. A quar-ta unidade do Ophir Loyola tem área construída de 8.000 m2, em 7 pavi-mentos, e oferecerá 138 leitos de pediatria e hematologia e estrutura para transplantes. A previsão é que seja entregue até o final deste ano;

• Requalificação dos hospitais municipais, com obras em execução nos municípios de Abaetetuba (63%), Afuá (60%), Bagre (99%), Barcarena (17%) e Ipixuna do Pará (68%); e obras concluídas em São Domingos do Capim;

• Construção de mais dois hospitais regionais, cujas obras se encontram em fase inicial de execução: Hospital Regional Público do Tapajós, em Itaituba, orçado em R$ 120 milhões (obras e equipamentos), com 140 lei-tos e previsão de cerca de 700 empregos diretos gerados e 2.100 indiretos, para atendimento de uma população estimada em 240.165 habitantes; e o novo Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Belém, distrito de Ico-araci, projetado para 230 leitos e investimento total de R$ 274 milhões, com previsão de gerar cerca de 1.200 empregos diretos e 4.700 indiretos, e cobertura de atendimento estimada para 400.000 pessoas;

• Expansão das ações e serviços no Hospital Regional da Região do Baixo Amazonas, localizado em Santarém, com a implantação dos serviços de quimioterapia, radioterapia e braquiterapia, procedimentos de biópsias (mama e próstata), clínica e cirurgias oncológicas, hemodiálise, atendi-mento de urgência em traumato-ortopedia, obstetrícia de alto risco com

1 - NOVA ALA DE ONcOLOGIA DO hOSPITAL OPhIR LOYOLA. SãO 3000 M² cOM 95 LEITOS, 9 cLÍNIcAS, cENTRO cIRÚRGIcO, uTI E hOSPITAL DIA

2 - hOSPITAL jEAN BITAR: PIONEIRO NO NORTE NO ATENDIMENTO ÀS cLÍNIcAS MÉDIcAS E cIRÚRGIcAS POR ESPEcIALIDADE

3 - PRIMEIRA cIRuRGIA VIDEOLAPAROScÓPIcA DO INTERIOR, NO hOSPITAL REGIONAL DO ARAGuAIA, REDENÇãO

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1 - hEMOPA FESTEjA DIA NAcIONAL DO DOADOR DE SANGuE cOM cAMPANhA PELA DOAÇãO

2 - INAuGuRAÇãO DA ALA DE BRAquIOTERAPIA DO hOSPITAL REGIONAL DE SANTARÉM

3 - hOSPITAL REGIONAL DO MARAjÓ, EM BREVES, INVESTE EM TEcNOLOGIA cOM cIRuRGIA LAPAROScÓPIcA

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UTI, UCI neonatal e UTI obstétrica e, ainda, ampliação da UTI adulto de 6 para 20 leitos, neonatal de 7 para 10 leitos e UCI de 3 para 9 leitos;

• Implantação de novos serviços no Hospital Regional de Marabá: hemodi-nâmica e serviços de terapia renal substitutiva, que conta com 20 máqui-nas de hemodiálise, área de acolhimento com quatro leitos e ampliação da internação, com 30 novos leitos, e do centro cirúrgico, com mais uma sala para realização de procedimentos cirúrgicos.

Além desses investimentos, o Governo do Estado, por meio da SESPA e da Secretaria de Estado de Obras Pública (SEOP), está implementando a reforma e readequação do Hospital Galileu, localizado na Rodovia Mario Covas, município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Esse hospital, construído em 2005, não estava em funcionamento, mas diante da necessidade crescente de aumen-tar a quantidade de leitos e ampliar a retaguarda na rede pública de saúde, está sendo adaptado para melhor atender à população, bem como reduzir a demanda de serviços de saúde sobre o Hospital Metropolitano de Belém.

O Hospital Galileu, instalado em uma área de cerca de 4.000 m2, está sen-do totalmente readequado, principalmente nas instalações internas, para atender às novas atividades que ali serão desenvolvidas. Para isso, está em implantação o novo parque tecnológico, totalmente modernizado com a instalação de equipa-mentos que permitirão a realização de exames com maior rapidez e qualidade, além de oferecer maior precisão na definição de diagnóstico.

Essa obra terá capacidade instalada de 120 leitos, divididos da seguinte for-ma: 50 de clínica médica, 30 de clínica cardiológica, 20 de clínica cirúrgica e 20 de ortopedia, além de seis leitos de UTI adulta e duas salas de cirurgia. O investimen-to total é de cerca de R$ 10 milhões, dos quais R$ 7 milhões referem-se a obras e R$ 3 milhões a aquisição de equipamentos.

No que se refere à prestação de serviços públicos específicos, destacam-se, em 2013, a realização pelo HOL de 40 transplantes de rins, 182 de córnea e quatro de válvulas cardíacas, e a captação e disponibilização para outros estados de 14 órgãos para transplante. A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA) participa do programa viabilizando exames necessários em pa-cientes com indicação para transplante.

O Governo Estadual deu continuidade, também, às ações de expansão e inte-riorização da Terapia Renal Substitutiva (TRS), mais conhecida como hemodiálise, estando em processo de aquisição de 20 máquinas para o município de Marabá e 20 máquinas para o município de Breves, que entrarão em funcionamento a partir de 2014, com cobertura potencial de 350.000 pessoas. Ressalte-se que a aquisição desses equipamentos, com custo de R$ 1,78 milhão, demanda permanente da população paraense, ampliará significativamente a prestação desse serviço, em especial no interior do estado, resultando que, do total dos 13 Centros Regionais de Saúde, 54% disponham dessa modalidade de serviço.

A ampliação da atenção de média e alta complexidade, realizada pelos hos-pitais regionais e serviços de diálise, demandou uma cobertura hemoterápica que tem sido garantida pelas unidades do HEMOPA. Aliado aos serviços prestados, a Fundação tem fortalecido a hemorrede tanto no que diz respeito a recursos mate-

riais, como também à qualificação dos profissionais que nela atuam. Em 2013, fo-ram realizadas mais de 20.000 consultas médicas para pacientes hematológicos, dentro do grupo de atendimento de hemoglobinopatias e coagulopatias, benefi-ciando, aproximadamente, 19.000 pacientes.

Quanto ao atendimento à pessoa com deficiência, foram ofertados serviços de reabilitação física e motora, saúde visual, saúde auditiva, saúde intelectual e odontologia especial; acompanhamento dos programas de distrofia muscular e esclerose lateral amiotrófica e esclerose múltipla, de estomizados, dispensação de aparelhos de ventilação não invasiva, próteses auditivas e oculares. A conces-são de órtese e prótese e meios auxiliares de locomoção disponibilizou, em 2013, o total de 4.820 cadeiras de rodas e 1.162 órteses e próteses em todas as regiões do estado.

Na Ação de “Implementação da Rede de Atenção às Urgências e Emergên-cias”, destaca-se o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (SAMU), habilitado em 47 municípios, com investimentos de contrapartida esta-dual da ordem de R$ 3,3 milhões. Além do SAMU, o Governo do Estado direcionou recursos aos serviços de Resgate e de UTI Aérea, que juntos atendem 86 municí-pios paraenses, com aporte do tesouro estadual de R$ 10,1 milhões. As “Unida-des de Pronto Atendimento” (UPA), que também oferecem serviços de urgência e emergência e pronto atendimento, receberam investimentos estaduais no valor de R$ 885 mil, possibilitando a implantação de cinco novas unidades nos municípios de Belém, Ananindeua, Capanema, Tucuruí e Xinguara.

O “Serviço de Telemedicina” alcançou a cobertura de 39 municípios paraen-ses, com 40 pontos de serviços implantados e aporte de recursos de contrapartida estadual de R$ 518 mil. Esse serviço tem o objetivo de aumentar a capacidade diagnóstica, inclusive na ocorrência de infarto do miocárdio, nas regiões de difícil acesso.

No tocante ao Programa “Atenção Primária de Saúde”, a qualificação e ex-pansão das ações respondem por recursos da ordem de R$ 74,82 milhões, aplica-dos em todo o território paraense. Organizado sob a Estratégia Saúde da Família (ESF), que tem por fundamento o trabalho em equipes multiprofissionais, con-forme orienta as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica de Saúde, o Programa dispõe, para sua implementação, de 1.031 equipes credenciadas pelo Ministério da Saúde, 983 das quais já estão implantadas, consolidando a cobertu-ra de 42,6% da população paraense.

Outro elemento de fundamental importância à implementação da “Atenção Primária de Saúde” nos municípios paraenses é o “Agente Comunitário de Saúde”, que atua nas diversas comunidades rurais e urbanas, especialmente nas ações de promoção e prevenção. Por meio desse Agente, o Programa propicia a cobertura de 82% do total do Estado do Pará, com 14.394 equipes implantadas e 18.938 cre-denciadas pelo Ministério da Saúde.

Destaca-se, ainda, a Ação “Presença Viva”, que objetiva realizar atendimento itinerante básico de saúde às comunidades de difícil acesso e/ou em situação de

com obras em fase de conclusão, o Hospital galileu recebe os primeiros equipamentos. o governo investiu na readequação do Hospital, que oferecerá 120 leitos, e implantou novo parque tecnológico, que permitirá a realização de exames com maior rapidez e qualidade


risco iminente, coordenada pela SESPA e executada em parceria com o “ProPaz”, e que realizou, em 2013, 215.684 procedimentos, atendeu 14.950 receitas medica-mentosas e disponibilizou 208.571 medicamentos, beneficiando 70.710 pessoas.

Ressalte-se que a implantação de 161 pontos de Telessaúde no estado está vinculada ao conjunto de ações de educação permanente das equipes de atenção básica e objetiva propiciar aporte de conhecimento por meio de teleconferências. Essa ferramenta contribui também para o fortalecimento do “Programa Saúde da Família”, na medida em que dá suporte tanto à qualificação profissional quanto à qualidade do diagnóstico.

Em 2013, o Governo do Estado, por meio de cofinanciamento, possibilitou aos municípios a contratualização de 793 equipes de Atenção Básica, 508 equi-pes de Saúde Bucal, 39 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e 27 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Como resultado dessa estratégia e da integração de políticas públicas voltadas ao saneamento, à ampliação da renda e melhoria da qualidade do atendimento pré-natal e de incentivo ao aleitamento ma-terno, destaca-se, dentre outros indicadores, a significativa queda da mortalidade infantil no estado, a seguir demonstrada (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Pará: coeficieNTe de morTalidade iNfaNTil, 2008 a 2013

Fonte: SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade/DATASUS. (*) Até Outubro 2013

Quanto à atenção básica às populações indígenas e tradicionais localiza-das nas regiões do Marajó e Nordeste Paraense, o Governo do Estado promoveu a capacitação de 130 servidores das secretarias municipais de saúde de Soure e Inhangapi para atuação junto a esse público específico, bem como realizou 24 pesquisas em assentamentos rurais com a finalidade de diagnosticar as condi-ções de vulnerabilidade social dessas populações.

Diante da realidade dos 144 municípios paraenses, e a partir de análises e índices das demandas, em 2013, a prestação de serviços de saúde foi ampliada por meio da Ação “ProPaz Cidadania”, realizada especificamente na área da saúde sob as modalidades das Caravanas Oftalmológicas e Caravanas Fluviais.

Em 2013, as Caravanas Oftalmológicas, por meio da SESPA, realizaram 43.419 consultas, 16.584 procedimentos cirúrgicos e 169.080 exames nas regiões do Marajó, Guamá e Caetés e, ainda, no município de Santarém, totalizando aten-dimento a 29 municípios (Gráficos 3, 4 e 5; Tabela 14).

Gráfico 3 - caraVaNa ofTalmolóGica: aTeNdimeNTos realizados Na reGiãode iNTeGração marajó, 2013

Fonte: PRO PAZ, 2013

Gráfico 4 - caraVaNa ofTalmolóGica: aTeNdimeNTos realizados Na reGiãode iNTeGração Guamá, 2013


as caravanas oftalmológicas propaz devolveram a visão a milHares de paraenses com orientação, receituário de óculos e procedimentos cirúrgicos


Gráfico 5 - caraVaNa ofTalmolóGica: aTeNdimeNTos realizados Na reGiãode iNTeGração rio caeTés, 2013


Tabela 14 - caraVaNas ofTalmolóGicas:aTeNdimeNTo realizado No muNicíPio de saNTarém, 2013

serViço ToTal

consUlTas 1.348

ÓcUlos 860

ToTal 2.208


Além da Caravana Oftalmológica, a nova Caravana Fluvial expandiu os ser-viços ofertados em anos anteriores, atendendo as regiões do Marajó, Tocantins, Xingu e Baixo Amazonas. No período de agosto a dezembro de 2013, foram aten-didos 177.115 usuários nos serviços de saúde ofertados pela SESPA, sendo que, desse total, 65.913 referem-se às consultas nas seguintes especialidades: clínica médica, pediatria, ginecologia, cardiologia, dermatologia, reumatologia, neurolo-gia, urologia e endocrinologia; além de 18.179 exames laboratoriais e 9.108 testes e procedimentos diagnósticos.

Todos esses serviços de saúde ocorreram dentro das dependências de um ferryboat adaptado ao atendimento ambulatorial, com 21 consultórios climatiza-dos, farmácia, laboratório de análises clínicas, salas de exames preventivos e ul-trassom, salas de eletrocardiograma, além de salas para a realização de testes rápidos de HIV, hepatite e sífilis. Ressalte-se que toda a estrutura é informatizada, gerando a cada usuário uma carteira com o registro do número do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa informatização tem por objetivo compor uma amostragem do mapa da saúde nas regiões visitadas, com o intuito de servir de estudo para novos traçados de políticas públicas na área da saúde.

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para modernizar a rede Hospitalar do estado, o governo investiu em reformas e ampliação de Hospitais regionais e municipais

1 - hOSPITAL REGIONAL OESTE, SANTARÉM

2 - hOSPITAL REGIONAL SuDESTE, MARABÁ

3 - hOSPITAL MuNIcIPAL DE BAGRE

4 - hOSPITAL MuNIcIPAL SANTA ROSA, ABAETETuBA


Os municípios atendidos nas caravanas fluviais foram: Soure, Salvaterra, Ponta de Pedras, Muaná, São Sebastião, Curralinho, Breves, Melgaço, Anajás, Afuá, Limoeiro do Ajuru, Oeiras do Pará, Bagre, Portel, Gurupá, Porto de Moz, Se-nador José Porfírio, Vitória do Xingu, Almerim, Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Curuá, Óbidos, Oriximiná, Terra Santa, Faro, Juruti e Santarém.

Com relação à “Vigilância em Saúde”, o Governo Estadual focalizou o contro-le e a prevenção de agravos, como tuberculose, hanseníase, DST/AIDS, vigilância ambiental, vigilância sanitária, saúde do trabalhador e vigilância epidemiológica, incluindo a imunização, com resultados dentro dos padrões esperados.

Vale ressaltar o bom desempenho das ações do “Programa de Controle da Malária”, com redução de 69,77% em relação a 2012, quando foi registrada a ocor-rência de 92.034 casos de malária; e a relevância do “Programa de Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue”, com redução de 16% do número de óbitos, 36% dos casos notificados e 42% dos casos confirmados, em relação aos resulta-dos de 2012.

Quanto às ações de controle e combate à doença de Chagas, cujos resulta-dos apontam a redução média de 29% no número de casos em todo o estado, com queda de 68% das ocorrências nos municípios de Belém e Abaetetuba, destaca-se a certificação do Laboratório Central (LACEN) pela Fundação Ezequiel Dias (FU-NED) para realizar e liberar os resultados de diagnóstico da doença de Chagas, o que vem possibilitando a detecção precoce da doença e, como consequência, o seu tratamento no tempo adequado.

A qualificação de 182 laboratórios pelo LACEN impactou diretamente na me-lhoria dos serviços especializados, destacando-se 55 laboratórios gerais para vírus respiratórios; um para entomologia; 95 para malária e doença de Chagas e dois para leishmaniose visceral humana e canina, bem como a qualificação de 668 profissionais para o diagnóstico laboratorial de agravos de saúde pública, benefi-ciando todos os 144 municípios do estado.

A ação pública na área da saúde demonstra o compromisso do atual Governo com a ampliação e a qualidade na prestação dos serviços de saúde, independen-temente da competência federativa em relação a esses serviços, com a disponibi-lização, em 2013, de 281 novos leitos públicos estaduais e a construção e amplia-ção dos hospitais regionais, desconcentrando o atendimento do serviço de saúde da capital para o interior. Pauta-se na perspectiva da construção de uma gestão de saúde que incorpore não apenas o modelo curativo, centrado na assistência médica e nas especialidades, de fato imprescindíveis ao bem-estar da população, mas também as transformações produzidas pelo conhecimento científico e tecno-lógico, saberes populares e experiências práticas exitosas, construídos acerca da importância dos cuidados primários, da prevenção e promoção da saúde.


Trabalho e Assistência Social

As ações de geração de trabalho, emprego e renda no Estado do Pará, nos di-ferentes segmentos produtivos de indústria, comércio e serviços, pautam-se pelo macro-objetivo de governo de redução da pobreza e da desigualdade social, por meio do desenvolvimento sustentável.

O Estado do Pará tem acumulado, nos três últimos anos, um desempenho positivo na geração de emprego. As taxas de criação de postos de trabalho no mercado paraense têm sido superiores à média regional (Tabela 15; Gráfico 6), de acordo com o balanço do mercado formal de trabalho paraense, aferido a partir dos Boletins Estatísticos elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatísti-ca e Estudos Econômicos (DIEESE/PA) e pelo Instituto de Desenvolvimento Eco-nômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Tabela 15 - reGião NorTe: fluTuação do emPreGo formal, 2012 a 2013

ano DeclaraDo

esTaDo 2013 2012

aDMiTiDos DesligaDos salDo aDMiTiDos DesligaDos salDo

roNdôNIA 144.916 151.651 -6.735 154.007 152.711 1.296

Acre 27.380 27.485 -105 27.944 28.453 -509

AMAzoNAS 214.634 201.970 12.664 191.601 195.329 -3.728

rorAIMA 20.967 22.704 -1.737 20.427 18.799 1.628

PArá 361.589 349.231 12.358 342.832 325.208 17.624

AMAPá 33.565 32.093 1.472 30.894 28.354 2.540

tocANtINS 67.413 68.232 -819 66.625 66.164 461

regIão Norte 870.464 853.366 17.098 834.330 815.018 19.312

Brasil 20.942.051 20.211.364 730.687 20.432.039 19.563.798 868.241

Fonte: MTE/CAGEDElaboração: DIEESE/PA

Gráfico 6 – reGião NorTe:saldo da moVimeNTação do emPreGo formal, 2012 a 2013

Fonte: MTE/CAGEDElaboração: SEPOF

Esse desempenho é resultante do esforço contínuo do atual Governo Esta-dual em direcionar suas ações para a formação e consolidação de um ambiente social, econômico e institucional favorável à promoção efetiva do desenvolvimento sustentável. Com esse propósito, as ações de qualificação profissional configu-ram-se como instrumentos prioritários de inserção da População Economicamen-te Ativa (PEA) no mercado de trabalho. Em 2012, foram destinados R$ 6,7 milhões somente para essas ações, no âmbito do Programa “Geração de Trabalho Empre-go e Renda”. Em 2013, a aplicação ultrapassou a casa dos R$ 7 milhões, sete vezes mais do que o valor aplicado em 2010, ano que antecedeu o início desta gestão de governo, quando foi aplicado pouco mais de R$ 1 milhão.

Ressalte-se que, nesses três anos, a soma dos recursos orçamentários do tesouro estadual destinados às ações de qualificação social e profissional ultra-passa o volume de recursos repassados pelo Governo Federal ao Pará, no mesmo período, para a execução do Plano Nacional de Qualificação Profissional (PLAN-TEQ), o qual tem como fonte de recursos o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), administrado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que atendeu cerca de 10.793 trabalhadores no estado. Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (SETER), em 2013, foram qualificados 26 mil trabalha-dores em todas as regiões de integração do Estado do Pará.

Também em 2013 foram implementadas cinco Casas do Trabalhador nas re-giões de integração: Metropolitana (Belém - 01), Tocantins (Abaetetuba - 01 e Iga-rapé-Miri - 01), Rio Caeté (Capanema - 01) e Guamá (Castanhal - 01) que, pela im-portância à área, constituem-se em compromisso de Agenda Mínima de Governo.

1 - A cOMuNIDADE quILOMBOLA DE cAMETÁ FESTEjA O REcEBIMENTO DO TÍTuLO DE DOMÍNIO cOLETIVO DA ÁREA

2 - PROGRAMA DE SEGuRANÇA ALIMENTAR ATENDEu quASE 1.000 PESSOAS/DIA NO RESTAuRANTE PRATO POPuLAR

3 - GOVERNO ENTREGA TÍTuLOS DE TERRA PARA 491 FAMÍLIAS DA TERRA FIRME, BELÉM

4 - PROjETO jOVEM DO FuTuRO PROMOVE FORMAÇãO DE PROFESSORES

5 - PROjETOS NA ÁREA DE EMPREGO E RENDA quALIFIcARAM 26 MIL TRABALhADORES PARA O MERcADO DE TRABALhO, EM TODO O PARÁ

6 - 200 FAMÍLIAS DE BujARu REcEBERAM TÍTuLOS DE PROPRIEDADE

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A “Implementação de Ações de Intermediação de Mão de Obra”, atividade integrante do Sistema Mais Emprego, do MTE, desenvolvida pela SETER/Casa do Trabalhador, proporcionou a contratação efetiva de 14.642 pessoas, tendo sido ca-dastrados 113.915 trabalhadores, dos quais 38% foram encaminhados ao merca-do de trabalho. Dentre os benefícios da seguridade social disponibilizados pelo Sistema, foram atendidos 118.390 trabalhadores pelo Seguro Desemprego e pelo Seguro Defeso, este último concedido a pescadores afetados pela suspensão da atividade pesqueira.

Com recursos destinados à promoção do artesanato, no total de R$ 1,13 mi-lhão, foi possível dinamizar e promover a abertura de novos mercados a 1.271 trabalhadores e empreendedores, além de investir na qualificação social e pro-fissional de 1.400 artesãos. Outro aspecto importante refere-se à inserção de ar-tesãos no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB), atualmente com 2.317 cadastrados. Dentro dessa política, foi estimulada a parti-cipação de artesãos paraenses em eventos do setor, entre os quais destacamos:

• Feira em Homenagem ao Artesão Paraense, realizada no Hangar, em mar-ço, com volume de vendas de 16.200 peças e faturamento de R$ 213,7 mil;

• Feira Internacional de Negócios com Artesanato (FINNAR), realizada em Brasília/DF, no mês de abril;

• Feira dos Estados, em Salvador/BA, no mês de julho;

• II Feira Estadual do Artesanato Paraense (FESART), realizada em agosto, no Hangar, movimentando recursos da ordem de R$ 550 mil e ultrapas-sando as expectativas em relação à comercialização das peças artesa-nais;

• Feira POP UP – Círio, no auditório da SETER (Belém), no mês setembro;

• Feiras POP UP realizadas nas sedes de órgãos públicos como SEFIN, SEURB, TCM, TRE,TJ e no espaço Ver-o-Rio (Belém), em outubro;

• VI Salão do Artesanato de Brasília, em novembro;

• Feira do Artesanato de Minas Gerais, em novembro.

O Programa “Bolsa Trabalho”, que objetiva promover ações para ampliar o acesso e permanência dos jovens no mundo do trabalho, atendeu 4.007 jovens com cursos de qualificação social e profissional, por meio do PROJOVEM Traba-lhador. Em 2013, foi ampliado o volume de recursos repassados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o que resultou na descentralização da ação, que chegou a 38 municípios das 12 regiões de integração estadual. A ação “ProPaz Jovem Traba-lhador” possibilitou a qualificação profissional de 1.460 jovens, contribuindo tam-bém para a inserção social de jovens e adolescentes, por meio da disseminação da cultura de paz.

Em 2013, foi realizada a I Conferência Estadual de Emprego e Trabalho De-cente, organizada pelo MTE em parceria com o Fórum Nacional de Secretarias do Trabalho (FONSET) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), com apoio do Governo do Estado. A Conferência criou uma Comissão de Trabalho, formada por

representantes das secretarias estaduais, trabalhadores, empregadores e socie-dade civil organizada, que será responsável, em 2014, pela estruturação e imple-mentação do Plano Estadual de Emprego e Trabalho Decente e pela elaboração da Agenda Estadual de Emprego e Trabalho Decente.

A área do Trabalho esteve sempre integrada e articulada às políticas públi-cas setoriais, de modo que os eixos trabalho e qualificação social foram inseridos nos seguintes instrumentos de gestão: Plano Estadual Socioeducativo, Plano Es-tadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos, Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Plano de Ações Integradas de Políticas sobre Drogas, Plano Estadual de População em Situação de Rua, Pacto pelo Pará para Enfrentamento à Pobreza – Marajó Sem Miséria, Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e Plano Es-tadual de Segurança Alimentar e Nutricional, dentre outras ações de competência do executivo paraense.

A SETER, em parceria com “ProPaz Jovem Trabalhador”, realizou ações de capacitação e qualificação para o mundo do trabalho dirigidas a jovens de 18 a 29 anos de idade, através de cursos que vão ao encontro das demandas apontadas pelos dados de pesquisa DIEESE como áreas a serem atendidas por concentração do maior quantitativo de vagas existentes no mercado produtivo. Esta atuação res-ponde à solicitação apresentada na 2ª. Conferência Estadual da Juventude, ocor-rida em 2011, quando jovens das mais diversas localidades apontaram a neces-sidade de melhor qualificação para disputar o ingresso no mercado de trabalho.

Dentre os resultados alcançados por essa iniciativa destacam-se a capaci-tação de 700 jovens nos polos ProPaz e Aurá (UIPP: 120, Sacramenta: 200, UFPA: 80, UFRA: 140, Mangueirão: 40, IESP: 80 e Aurá: 40); as ações no âmbito do Plano Estadual de Qualificação da Juventude, com qualificação de 1.200 jovens de 16 municípios (Curuçá, Irituia, Paragominas, Marapanim, Salinópolis, Ananindeua, Benevides, Belém, Gurupá, Ponta de Pedras, Salvaterra, Soure, Abaetetuba, Igara-pé Miri, Moju, Oeiras do Pará); e a qualificação de 220 jovens em 07 cursos oferta-dos pelo Núcleo ProPaz Jovem Trabalhador.

As ações empreendidas pelo Governo do Estado em qualificação têm via-bilizado condições para que muitos jovens deixem a situação de vulnerabilidade social em que se encontram, além de fortalecer a capacidade da juventude em organizar-se, discutir, construir e acompanhar políticas públicas através da intera-ção com o poder público.

Na área da Assistência Social, as ações de Governo, em 2013, foram dire-cionadas à consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Pará e ao fortalecimento da gestão municipal de assistência social, como forma de assegurar direitos às famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social, em consonância à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e ao objetivo estratégico de governo de inclusão social do cidadão paraense.

O fortalecimento do SUAS no Pará traz o desafio, presente também nas de-mais áreas setoriais, de atender às demandas da população de um Estado com especificidades socioterritoriais heterogêneas e desiguais.

1 - uNIcEF cONcEDE cERTIFIcAÇãO INTERNAcIONAL PARA O MOVER

2 - APLIcAÇãO DO SISTEMA NAcIONAL DE SOcIOEDucAÇãO FOI TEMA DE ENcONTRO ESTADuAL

3 - cAPAcITAÇãO DE ÍNDIOS MuNDuRuKu NO BENEFIcIAMENTO DE cOPAÍBA, EM jAcAREAcANGA

4 - cERTIFIcAÇãO PARA PRODuTORES DE AÇAÍ

5 - EMATER PROMOVE cAPAcITAÇãO DE PINTuRA EM TEcIDOS

6 - FEIRA MOSTRA ARTESANATO PARAENSE

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A intervenção de forma integrada à população em situação de vulnerabilida-de social vem se constituindo em política estratégica para reversão da pobreza. Atualmente, são 1.200 famílias inseridas no Cadastro Único da Assistência Social, e 860 mil no Programa “Bolsa Família”, do Governo Federal. O Cadastro Único, além de identificar o perfil dessa população, enseja um conjunto de ações socio-assistenciais expressas no cotidiano dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CRE-AS) e nas Unidades de Alta Complexidade, mantidas ou apoiadas pelo Governo do Estado.

Nesse contexto, em 2013, a Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS) elaborou o Plano Estadual de Assistência Social (PEAS), instrumento de orientação dos programas, ações, projetos e benefícios, no âmbito do SUAS, no Estado do Pará. O plano foi estruturado de forma regionalizada, trazendo informa-ções que configuram o cenário territorial da assistência social no Estado.

Merece destaque a implantação do cofinanciamento pelo Governo Estadual, por meio de transferências regulares e automáticas do Fundo Estadual de Assis-tência Social (FEAS) para os Fundos Municipais de Assistência Social dos 144 municípios paraenses. Em 2013 foi pactuado na Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e aprovado no Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS) o valor de R$ 6,4 milhões para aplicação, a partir de 2014, em ações voltadas à proteção social básica e especial. Ressalta-se a implantação do Sistema Estadual de Assistên-cia Social (SUAS)/Web-Pará que garante a operacionalização on-line do monito-ramento do plano de ação e da prestação de contas dos recursos recebidos pelos municípios.

Em 2013, o Governo Estadual confirmou o aceite com o Ministério do Desen-volvimento Social e Combate a Fome (MDS) para cofinanciamento de serviços de Proteção Social Especial a pessoas com deficiência e em situação de dependên-cia e respectivas famílias, nas modalidades Residência Inclusiva e Centros-Dia de Referência, nos municípios de Belém e Tomé-Açu, com valor anual de R$ 300 mil a ser aplicado a partir de 2014. E, ainda, foi assegurado o benefício para 2.473 pes-soas acometidas pela hanseníase, em 99 municípios paraenses, com recursos da ordem de R$ 18,2 milhões.

Quanto à Proteção Social Especial de alta complexidade, nesse exercício, manteve-se o serviço de acolhimento, na modalidade abrigo institucional, oferta-do em 8 abrigos sendo 2 em Marabá e Santarém, destinados a mulheres em situa-ção de risco, e 6 em Belém: 1 para mulheres, 2 para pessoa idosa, 1 para crianças de 0 a 6 anos, 1 ao migrante em trânsito e 1 às crianças e adolescentes com com-prometimento neurológico de ordem física e mental.

A capacidade de atendimento dos abrigos está assim distribuída: mulheres - 20 (cada abrigo); migrantes – 20; idosos - 50 (cada abrigo); crianças 0 a 6 anos – 50; e crianças e adolescentes com comprometimento neurológico de ordem física e mental - 35. Ressalte-se que esses serviços são mantidos basicamente com re-cursos do tesouro estadual, tendo sido aplicado em 2013 o montante de R$ 8,7 mi-lhões, uma vez que apenas os abrigos de idosos, que representam 2% em relação ao custo total de manutenção dos serviços, recebem verbas do Governo Federal.


Os serviços socioassistenciais, prestados por organizações governamentais e não governamentais (ONGs) que desenvolvem ações continuadas com crianças e adolescentes receberam aporte de recursos financeiros de R$ 564 mil, com as seguintes destinações:

• Associação Casa de Misericórdia de Tucumã - atividades sócio-educativas para 100 crianças e adolescentes, na faixa etária de 7 a 17 anos;

• República de Emaús e Santa Edwiges - serviços de proteção social espe-cial de média complexidade e acompanhamento e defesa de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social, visando redu-zir os índices de violência intrafamiliar, trabalho infantil, evasão e repetên-cia escolar, com atendimento de 1.026 crianças e adolescentes;

• Centro de Valorização da Criança (CVC) – serviços de acolhimento a crian-ças e adolescentes, entre 7 e 12 anos incompletos, do sexo feminino, cujas famílias ou responsáveis estão impossibilitados de cumprir suas funções de cuidado e proteção;

• Creche Lar Cordeirinho de Deus - apoio financeiro ao projeto “Recons-truindo vínculos familiares, afetivos e sociais”, destinado a crianças de 7 a 12 anos, do sexo feminino, com disponibilização de serviços de proteção social especial de alta complexidade, modalidade abrigo institucional.

A Loteria do Estado do Pará (LOTERPA), em parceria com órgãos públicos es-taduais, apoiou projetos socioeducativos e socioassistenciais executados por ins-tituições governamentais e não governamentais, dentre as quais Fundação Curro Velho (FCV), Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSC) e SUSIPE, bene-ficiando 1.761 pessoas. Destaca-se o projeto “Livro Solidário”, em parceria com a Casa Civil e a Imprensa Oficial do Estado, com doação de 567 livros novos, volta-dos para o público infanto-juvenil que passa por tratamento nas alas pediátricas do Hospital Ophir Loyola.

A integração das diversas políticas públicas é condição fundamental à ga-rantia dos direitos da pessoa com deficiência. Nesse sentido, as ações constantes no “Plano Existir”, iniciado em 2012, foram executadas ao longo do exercício de 2013 e coadunadas às diretrizes do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Nos eixos inclusão social e acessibilidade, destacam-se o Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), consolidado como centro de referência de políticas públicas para pessoa com deficiência, com os seguintes atendimentos: 1.491 psi-cossocial; 3.713 intermediação de mão de obra; 20.614 em procedimentos na área da saúde; os 114 infocentros; e a concessão de 436 “Cheques Moradia” especial. Essas ações foram executadas por meio de parcerias entre os órgãos de políticas setoriais como SEAS, SETER, SESPA, COHAB e SEJUDH.

O Governo do Estado vem fortalecendo ações na busca da promoção da ci-dadania e garantia dos direitos essenciais do cidadão. Desse modo, por meio da ação “ProPaz Cidadania”, foi intensificada a busca ativa, estratégia que visa al-cançar aqueles que não acessam os serviços públicos ou qualquer rede de pro-

teção social. Em 2013, o total de atendimento foi de 19.302 pessoas, é importante salientar que essa ação integra a estratégia de combate ao subregistro no estado, executada por várias instituições governamentais, com investimentos de R$ 2,4 milhões.

Com o objetivo de ampliar a capacidade de intervenção ao uso de drogas, foi viabilizada a qualificação de 530 profissionais das redes pública e privada que atu-am, de forma integrada, no atendimento especializado em instituições nos vários municípios do estado. O “Plano de Capacitação sobre Álcool e outras Drogas” é o instrumento norteador, com dinâmica de atuação de forma regionalizada, com vistas a atender os 144 municípios paraenses.

O Programa “Segurança Alimentar”, que objetiva o atendimento de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, tem priorizado aquelas que estão abaixo da linha da pobreza, por meio de fomento e financiamento a projetos de produção de alimentos. Nesse sentido, o fortalecimento das cadeias produtivas vem resultando impactos positivos para 14.578 famílias inseridas nos projetos em andamento.

Por meio do “Programa de Aquisição de Alimentos” (PAA) foram beneficia-dos, também, 1.475 produtores familiares, com incentivos e compra da produção. Outra ação de destaque é a implantação de “Equipamentos Públicos de Alimenta-ção e Nutrição” (EPAN), que objetiva a construção de restaurantes populares, co-zinhas comunitárias e banco de alimentos. Nesse sentido, cozinhas comunitárias estão sendo instaladas nos municípios de Xinguara, Ulianópolis e Rondon do Pará (obra concluída), todas com previsão de entrega para 2014.

Em Belém, as atividades do “Restaurante Prato Popular”, executadas pela SEAS, em parceria com Companhia Paraense de Refrigerantes (COMPAR), têm a finalidade de atender parte da população em situação de vulnerabilidade social. O programa subsidiou, em 2013, 6.000 refeições/mês, sendo repassado à popula-ção com custo mínimo de R$1,00. Em 2013 o aporte de recursos foi de R$ 439 mil. Ainda em Belém, o Governo do Estado, em parceira com o Ministério de Desen-volvimento Social (MDS), está implantando o Restaurante Popular, para atender 1.000 pessoas/dia. 40% da obra já foram executados e sua conclusão está prevista para 2014.

As ações de inclusão socioprodutiva são executadas em conjunto pelos ór-gãos integrantes do CEAS e originárias dos seguintes convênios:

• Inclusão Socioprodutiva, firmado entre o MDS e o Governo do Estado/ SEAS, que tem como foco as cadeias produtivas da pesca artesanal, açaí, caranguejo, filetagem do peixe, cacau, farinha de mandioca, resíduos só-lidos e segmento da rede de supermercados;

• Convênio Pró-Catador Ativação Pará, firmado entre o MTE/SENAES e Go-verno do Estado/SEAS, voltado à cadeia produtiva de resíduos sólidos, que tem como principal objetivo o fechamento de lixões, entre eles o Lixão do Aurá, e a transformação da reciclagem em forma inclusiva e sustentável;

• Projeto Ouro Verde, na Região do Xingu, em parceria com a Norte Energia, com ênfase na cadeia produtiva do cacau.


O cadastro, mobilização e monitoramento das famílias para essas ações de inclusão socioprodutiva foram realizados em 44 municípios de oito regiões de in-tegração do Estado: Marajó, Metropolitana, Caeté, Tocantins, Baixo Amazonas, Carajás, Guamá e Xingu, abrangendo as mesmas 14.570 famílias que participam do programa de “Segurança Alimentar”.

No âmbito do controle social, destaca-se o Comitê Interinstitucional para In-clusão Social e Econômica dos Catadores e Catadoras de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC/PA), criado pelo Decreto Governamental nº 793/2013 e cons-tituído por 24 instituições públicas e privadas, com o objetivo de garantir a gestão integrada, compartilhada e participativa do projeto “Pró-Catador Ativação Pará”. Esse Comitê será o responsável pela instalação do Fórum Estadual do Lixo e Cida-dania, em 2014, possibilitando a governança na formulação de políticas públicas afetas à área.

Destaca-se, ainda, a realização da IX Conferência Estadual de Assistência Social, que teve como tema “A Gestão e o Financiamento na efetivação do SUAS”, promovida pelo Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS) e que contou com a participação de 133 municípios, num total de 1.500 pessoas.

Alinhado ao programa “ProPaz, por uma Cultura de Paz”, o projeto Justiça Restaurativa objetiva a implantação das práticas restaurativas nas escolas estadu-ais e na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Pará (FASEPA). Essas práticas desenvolvem-se através de Círculos de Construção de Paz, utiliza-dos como ferramenta para prevenção e resolução positiva de conflitos e desenvol-vimento da Cultura de Paz.

Na FASEPA, as práticas restaurativas são utilizadas como um instrumento de apoio aos adolescentes no cumprimento das medidas socioeducativas, dimi-nuindo os índices de fuga e violência nas unidades, com perspectivas favoráveis para a sua volta à sociedade e convivência familiar. A instalação destas práticas justifica-se em resposta ao alto índice de violência, com relacionamentos interpes-soais agressivos e desrespeitosos entre alunos/socioeducandos e servidores, ga-rantindo uma convivência saudável nas instituições e contribuindo para a melho-ria das relações de trabalho dentro da FASEPA, com reflexos positivos na melhoria das relações entre os alunos na sala de aula e no ambiente familiar.

Na perspectiva de concretizar os direitos humanos de crianças e adolescen-tes, em cumprimento de medidas socioeducativas, o governo garantiu o atendi-mento médio mensal de 400 socioeducandos, em 14 unidades localizadas nas regiões Metropolitana, Baixo Amazonas (Santarém) e Carajás (Marabá).

Para efetivar e apoiar a execução de medidas socioeducativas em Meio Aber-to, Internação, Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade, a FA-SEPA viabilizou 5.031 atendimentos a adolescentes, sendo 3.138 na internação de sentença e 1.893 na internação provisória, com aplicação de recursos de R$ 6,47 milhões.

Em parceria com a SEDUC, 97% dos socioeducandos dos municípios de Be-lém, Ananindeua, Benevides, Marabá e Santarém foram inseridos, em 2013, nas modalidades de ensino regular e ensino para jovens e adultos (EJA).

No que se refere à educação para o trabalho, 42% dos socioeducandos parti-ciparam em ações de qualificação profissional em 2013, destacando-se as seguin-tes ações:

• Certificação de 60 adolescentes pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)/CEDAM em cursos profissionalizantes resultantes da adesão ao Programa Nacional de Educação Tecnológica (PRONATEC);

• Capacitação de 53 adolescentes em cursos de reciclagem, pneus, móveis, olericultura, compostagem e vivericultura, por meio do Projeto Terra Viva;

• Concessão de bolsa remunerada a 19 adolescentes, resultante de con-vênio celebrado com a Secretaria de Estado de Administração (SEAD) e participação de diversos órgãos estaduais, e ainda, Tribunal de Justiça do Estado (TJE), Ministério Público e Defensoria Pública.

O apoio à municipalização das medidas socioeducativas de meio aberto atendeu aos municípios de Tracauteua, Santa Bárbara, Santarém, Santa Cruz do Arari, Salvaterra, Goianésia, Inhangapi, Nova Timboteua, Terra Alta, Ipixuna do Pará e Peixe Boi. E as oficinas regionalizadas, com a finalidade de elaboração dos Planos Municipais de Atendimento Socioeducativo, foram efetivadas nos municí-pios de Barcarena, Bragança, Castanhal, Marabá, Tucuruí, Redenção, Santarém, Altamira, Itaituba, Marajó I Soure, Marajó II Breves, Paragominas e Belém.

O II Encontro Estadual de Atendimento Socioeducativo, realizado em agosto de 2013, contou com a representação de 36 municípios paraenses, 113 participan-tes da FASEPA, dentre os quais 25 socioeducandos, e a representação de 18 enti-dades, totalizando 256 participações. Como foco do encontro, a municipalização da assistência social e a conclusão do Plano Estadual de Atendimento Socioedu-cativo, elaborado com a participação de representantes de organizações governa-mentais, conselhos de direito e representantes dos municípios paraenses.

Merece destaque também a realização do I Encontro Estadual do Mover (Mo-vimento pela Valorização do Estatuto da Criança e do Adolescente), em maio de 2013, com 377 participantes de 52 municípios, e que abordou, dentre outros te-mas, a implementação do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adoles-centes nos 144 municípios paraenses. Some-se a isso as capacitações realizadas nas regiões Metropolitana e Tapajós, que reuniram 65 municípios e 593 participan-tes; e nas regiões Rio Capim, Araguaia e Carajás, com participação de 400 repre-sentantes de 29 municípios. Além disso foram realizadas ações de capacitação e eventos de lazer e cultura em sete municípios por meio do Programa “ProPaz”.

Com o propósito de ampliar o desenvolvimento de habilidades e competên-cias dos servidores dessa área, o Programa de Formação Continuada qualificou 352 servidores e capacitou 430 da rede de assistência social, sendo 30 do Municí-pio de Santarém, 25 do Município de Marabá e 375 da Região Metropolitana.

NA DIMENSÃO DA

INFRAESTRUTURA

E LOGÍSTICA


Transporte, Saneamento Básico e Habitação

Com uma população de cerca de 7,3 milhões de habitantes, distribuída em mais de 1,2 milhão de Km2, o que corresponde a densidade demográfica de 6,08 hab/km2, uma das mais baixas dentre os estados brasileiros, o Estado do Pará enfrenta grandes desafios na área de infraestrutura e logística. O suprimento e a manutenção da malha relacionada aos diversos modais de transportes, redes de abastecimento d´água e esgotamento sanitário e o atendimento ao déficit habita-cional, em um contexto de grandes distâncias entre localidades dispersas geogra-ficamente, potencializam ainda mais o grau de dificuldades para suprir necessida-des básicas nesses segmentos de ações de Governo.

Em 2013, foram investidos R$ 262,1 milhões na conservação, recuperação e restauração de 437,90 km de rodovias estaduais. A fim de elevar o padrão de ha-bitabilidade das famílias paraenses, prioritariamente as de baixa renda, o Governo do Estado investiu R$ 57,3 milhões em ações de construção e requalificação de habitação e expandiu o “Cheque Moradia”, que concede crédito para a melhoria da habitação de famílias com renda de até três salários mínimos e daquelas em situação de risco e ocorrência de sinistro.

transporteVisando ampliar a mobilidade e acessibilidade de pessoas e bens com rapi-

dez e segurança, o Governo Estadual, por meio da Secretaria de Estado de Trans-portes (SETRAN) e da Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará (CPH), executa ações nos modais de transporte rodoviário, aeroviário e hidroviário em todo o Estado.

A rede rodoviária do Estado do Pará, segundo dados da SETRAN, conta com aproximadamente 11.754 mil km abertos, pavimentados ou não. Desses, 43% (5.036 km) estão sob a jurisdição do Governo Federal e 57% (6.718 km) são admi-nistrados pelo Governo Estadual. No período de 2011 a 2013, aproximadamente 1.266 mil km de rodovias sofreram intervenção estadual com obras de implanta-ção, restauração, conservação e pavimentação. Parte delas já está concluída e o restante tem previsão de conclusão em 2014, envolvendo aporte de cerca de R$ 1 bilhão (Tabela 16).

Tabela 16 – Pará: rodoVias coNcluídas e em execução, 2011 a 2013

roDoVias exTensão (KM) Valor (r$)

iMPlanTação 44,00 33.881.997,40

resTaUração 547,48 495.469.298,24

conserVação 178,54 77.054.946,82

PaViMenTação 496,61 398.253.637,60

ToTal 1.266,63 1.004.659.880,06

Fonte: SETRAN/DTT Nota: Dados de out/2013

No modal rodoviário, o Governo do Estado realizou importantes obras de for-ma a possibilitar a melhoria no escoamento da produção e mobilidade da popula-ção em todo o Estado. Merece destaque a pavimentação já concluída da PA-481, PA- 409 e PA-403, que interligam o município de Abaetetuba à Vila do Conde, em Barcarena, e a outras localidades, como a Vila de Beja. Com um investimento de cerca de R$ 22 milhões, as obras contemplaram, ao todo, a pavimentação de mais de 30 km de estrada e a construção de duas pontes em concreto sobre os rios Ara-piranga e Guajará de Beja.

Outra importante obra é a revitalização da PA-150, que tem cerca de 400 km de extensão e liga os municípios de Moju a Marabá, passando por Goianésia do Pará, Jacundá e Nova Ipixuna. A rodovia foi construída para facilitar o escoamento da produção, ligando o sul, sudeste e nordeste do Pará e integrando essas regiões com o porto de Vila do Conde. Segundo o cronograma do Governo do Estado, a entrega da rodovia completamente restaurada está prevista para 2014. O valor to-tal da obra é de R$ 397,1 milhões, sendo R$ 342,7 milhões provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 54,4 milhões do tesouro estadual. Até o momento, foram aplicados R$ 139,4 milhões na obra, que se encontra com 40% dos serviços concluídos.

Dentre as realizações no modal rodoviário em 2013, destacam-se, ainda, a conclusão da pavimentação e restauração das seguintes rodovias:

• Pavimentação da rodovia PA-127, que interliga a BR-316 aos municípios de Igarapé-Açu, Maracanã e Magalhães Barata, com 76 km de extensão;

• Pavimentação da rodovia PA-238, que liga os municípios de Vigia de Naza-ré e Colares, a partir da PA-140, com 26 km de extensão;

• Restauração da rodovia Alça Viária, com 69,2 km de extensão;

• Restauração da rodovia PA-275, que interliga os municípios de Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Parauapebas, com 66 km de extensão;

• Restauração de 52 km da rodovia PA-279, no trecho que vai do Rio Cara-panã, no município de Tucumã, até São Félix do Xingu.

o governo deu continuidade ao programa 1000 km de asfalto. entre as muitas obras, destaque para recuperação da alça viária e da rodovia perna sul, que liga acará À alça e estava sem condições de tráfego. HoJe são caminHos seguros para o desenvolvimento

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fundamental para o escoamento da produção do sul, sudeste e nordeste do pará, a pa-150 está sendo reconstruída. são quase 500 km de rodovia, de moJu a marabá, e 40% das obras, que serão concluídas ainda este ano, Já foram entregues

obras em todo o pará

1 - OS TRABALhOS AVANÇAM NA PA-279, quE REcEBERÁ SINALIZAÇãO EM BREVE

2 - cONcLuÍDA, A PA-238 (VIGIA/cOLARES) VOLTOu A OFEREcER SEGuRANÇA AOS VIAjANTES

3 - cOM 150 KM quE cORTAM 6 MuNIcÍPIOS, A PA-124 jÁ ESTÁ EM OBRAS

4 - PRIMEIRA ESTRADA DA MARGEM ESquERDA DO AMAZONAS A REcEBER ASFATO, A PA-255, cOM MAIS DE 80 KM, SERÁ INTEGRALMENTE REFEITA

4 - PA-444, SALINÓPOLIS

5 - PA-449, FLORESTA DO ARAGuAIA

6 - VIcINAL DO BAMBu, FLORESTA DO ARAGuAIA

7 - PA-424, IGARAPÉ-AÇu

estradas recuperadas abrem caminHos para o desenvolvimento

1 - ROD. EVERALDO MARTINS (PA-370), SANTARÉM

2 - PA-409, IMPORTANTE VIA DE ABAETETuBA

3 - PA-287, LIGAÇãO ENTRE cONcEIÇãO DO ARAGuAIA A REDENÇãO

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até o final do programa 1000 km de asfalto, o governo investirá mais de r$160 milHões na recuperação de pontes, dando mais segurança Às estradas1 - PA-252

2 - PA-403

3 - PA-140

4 - PA-403, ABAETETuBA, BARcARENA

5 - PA-127, BR-316, IGARAPÉ-AÇu, MAGALhãES BARATA, MARAcANã


Compondo as ações da área de transporte, no período de 2011 a 2013, o Go-verno Estadual priorizou a construção de 2.565 m de pontes de concreto, somando investimentos da ordem de R$ 168,6 milhões (Tabela 17). As pontes, comuns em todas as regiões do Pará, transpõem rios e igarapés que cortam rodovias estadu-ais. Desse modo, priorizar as novas pontes feitas em concreto pré-moldado ou em estrutura mista com arco de metal, em substituição às antigas pontes de madeira, é investir na melhoria da malha rodoviária estadual.

Tabela 17 – Pará: obras de arTe esPeciais coNcluídas e em execução, 2011 a 2013

PonTes De concreTo arMaDo QUanT. exTensão (M) Valor (r$)

consTrUíDas 29 973,50 35.668.839,24

eM SuBStItuIção A PoNteS de MAdeIrA 25 707,50 20.332.100,45

eM SuBStItuIção de BueIroS 2 24,00 1.077.580,98

PArA duPlIcAção de lArgurA 2 242,00 14.259.157,81

eM consTrUção 5 1.592,48 133.168.065,06

eM SuBStItuIção A PoNteS de MAdeIrA 2 102,00 5.641.672,59

eM SuBStItuIção de trAveSSIAS (BAlSAS) 3 1.490,48 127.526.392,47

ToTal 34 2.565,88 168.636.904,30

Fonte: SETRAN/DTT Nota: Dados de out/2013

Dentre as obras de construção de pontes, destacam-se as seguintes:

• Substituição de duas pontes de madeira por novas estruturas de concreto armado - uma sobre o Rio Arapiranga, com extensão de 33 m, e outra so-bre o Rio Guajará de Beja, com 17 m de extensão;

• Substituição de pontes de madeira por novas estruturas em concreto ar-mado na rodovia PA-458, em Bragança, acesso à praia de Ajuruteua, no nordeste do Pará. No total, são 278 m de pontes em concreto armado nos furos da Ostra, do Meio (Chato), do Café e da Estiva;

• Substituição de ponte de madeira por nova estrutura de concreto armado sobre o Rio Itapecuru, extensão de 67,50 m, no trecho Alça Viária/PA-252 – Rodovia Perna Sul – município do Acará;

• Substituição de ponte de madeira por nova estrutura de concreto armado sobre o Rio Mãe de Deus, extensão de 30 m, ligando Salvaterra/Camará, na PA-154, município de Salvaterra

Destaca-se, também, a primeira ponte em concreto armado de grande por-te na rodovia PA-151, que será erguida sobre o rio Igarapé-Miri, de fundamental importância para a economia e qualidade de vida da população do Baixo Tocan-

tins. O Governo do Estado investiu, nesse exercício, R$ 56,8 milhões na estrutura da ponte que terá extensão de 585 m, beneficiando os municípios de Mocajuba, Cametá, Baião e Igarapé-Miri, entre outros. A entrega da obra está prevista para dezembro de 2014.

Ainda na área do transporte, no sudeste do Pará, o Governo do Estado inau-gurou a iluminação da Rodovia Transamazônica, no trecho urbano de Marabá, com a instalação de luminárias em cerca de 15 km de extensão da rodovia, envol-vendo investimento de R$ 4 milhões. O sistema de iluminação implantado esten-de-se da ponte sobre o Rio Itacaiúnas até a rotatória do Km 6. A ponte recebeu 36 postes galvanizados a fogo, de 12 m, com luminárias tipo pétala e lâmpadas de vapor metálico de 400W. Na rodovia, são 296 postes de 16 m, luminárias de duas pétalas, com lâmpada de vapor de sódio de 400W.

Sob a responsabilidade da CPH, o modal hidroviário é de fundamental im-portância para o desenvolvimento e integração do Estado. Nele foram aplicados recursos da ordem de R$ 1,8 milhão, no exercício de 2013, para a conclusão das obras de reforma e adequação dos Terminais Hidroviários dos municípios de Porto de Moz, Barcarena e São Sebastião da Boa Vista. Em 2014, serão concluídas as obras dos Terminais Hidroviários de Gurupá e Itaituba, que somam investimentos de R$ 3,6 milhões.

A CPH elaborou os projetos básicos da 1ª etapa da construção da Platafor-ma Logística do Guamá (PLG), que será implantada no município de Inhangapi. Esta primeira etapa compreende as vias de acesso externas e internas à PLG, rede elétrica, abastecimento de água, além da Instalação Portuária Pública de Peque-no Porte (IP4) e toda a urbanização para instalação de Estações Privadas de Trans-bordo de Carga e do Parque Industrial. A PLG será um centro de serviços nucleado por atividades relacionadas aos setores de transportes, armazenagem, distribui-ção e produção regional, visando melhorar a qualidade e eficiência/produtividade desses serviços. Vai também reduzir custos de fretes e da produção em geral e descongestionar o tráfego de caminhões na área urbana de Belém.

A obra de reforma e adequação do Armazém 9 da Companhia das Docas do Pará (CDP) para implantação do Terminal Hidroviário de Belém, que atualmente funciona no Armazém 10 da CDP, é um dos compromissos da Agenda Mínima de Governo e entra na sua fase de conclusão. O Terminal garantirá aos cerca de 40.000 usuários/mês mais conforto, segurança e eficiência em seus deslocamen-tos. Ocupa um espaço de 2.400m² totalmente refrigerado e contará com áreas segregadas de embarque e desembarque de passageiros, controle de raio-X para bagagens, dez guichês para venda de passagens, guarda-volume, farmácia, cai-xas eletrônicos, Juizado de Menores, banheiros para portadores de necessidades especiais, lanchonetes, revistaria, Centro de Apoio ao Turista (CAT), lojas, coope-rativa de táxis e boxe da Polícia. Os investimentos dessa obra são da ordem de R$ 17,56 milhões, sendo R$ 15 milhões provenientes de operação de crédito com o BNDES/PROINVESTE e R$ 2,56 milhões de recursos ordinários do tesouro esta-dual.

A melhoria da infraestrutura aeroviária é outra prioridade de Governo na área do transporte. Nesse sentido, foram concluídos os projetos executivos para

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1 - EM FASE DE cONcLuSãO, O TERMINAL hIDROVIÁRIO DE BELÉM ATENDERÁ A POPuLAÇãO RIBEIRINhA E TuRISTAS

2 - OBRAS ADIANTADAS NA cONSTRuÇãO DA PONTE SOBRE O RIO cAPIM

3 - GOVERNO ILuMINA TREchO uRBANO DA TRANSAMAZÔNIcA (BR-320), EM MARABÁ

4 - cONcLuÍDA A OBRA DA PA-275, ENTRE ELDORADO E PARAuAPEBAS

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reforço À infraestrutura metropolitana e Às cidades paraenses

1 - PROLONGAMENTO DA AV. INDEPENDÊNcIA, LIGANDO ANANINDEuA A MARITuBA, VAI GARANTIR NOVA OPÇãO DE ENTRADA E SAÍDA DE BELÉM

2 - ASFALTO NA cIDADE EM MOjuÍ DOS cAMPOS

3 - A PAISAGEM DE BREu BRANcO MuDOu DEPOIS DO ASFALTO

4 - TucuMã TAMBÉM REcEBEu O PROGRAMA

ritmo intensificado nas obras de prolongamento da avenida João paulo ii, em belém. estratégica, a avenida será mais um correndor de saída e entrada da capital. o proJeto inclui esquema de proteção do parque estadual do utinga


implantação e melhoramento de aeródromos públicos nas regiões do Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Marajó, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu. Parte dessas obras será financiada por meio de operação de crédito contratada junto ao Banco do Brasil, no montante de R$ 55 milhões. Municípios de difícil acesso se-rão beneficiados, como Anajás, Chaves, Cachoeira do Arari, Curralinho, Gurupá, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Santa Maria das Barreiras, além de Tomé Açú e Cametá.

As ações do projeto Ação Metrópole, iniciadas em 2012, foram asseguradas com a contratação do empréstimo de R$ 320 milhões junto à Agência de Coope-ração Internacional do Japão (JICA) para a implantação do Sistema Integrado de Transporte da Região Metropolitana de Belém, cuja conclusão está prevista para 2016. Dando continuidade ao Projeto, o Governo do Estado priorizou as seguintes obras viárias:

• Prolongamento da Avenida João Paulo II - iniciada em julho de 2013, com previsão de conclusão em novembro de 2014, a obra conta com inves-timento conjunto dos governos Federal e Estadual de cerca de R$ 300 milhões. A via, estratégica à melhoria da mobilidade na Região Metropo-litana de Belém (RMB), propiciará um novo acesso de entrada e saída da capital paraense, além de contribuir à proteção ambiental do Parque Esta-dual do Utinga (PEUt) e aos seus mananciais, com reflexos na qualidade de vida da população do entorno e da RMB;

• Prolongamento da Avenida Independência - localizada entre os municí-pios de Ananindeua e Marituba, a extensão da avenida, orçada em cerca de R$ 120 milhões, é considerada fundamental para viabilizar o trânsito na Região Metropolitana, uma vez que vai se configurar em corredor de tráfego alternativo para entrada e saída da capital paraense. Em 2013, as obras avançaram significativamente com mais de 50% realizados. A previ-são de conclusão é para o primeiro semestre de 2014;

• Adequação da Avenida Júlio César - com 95% da obra realizada e previsão de conclusão em fevereiro de 2014. Os investimentos, de R$ 7,4 mi-lhões, objetivam a melhoria da fluidez e segurança do tráfego de veículos e de pedestres na via, componente da rede de transporte coletivo;

• Duplicação da Avenida Perimetral no trecho compreendido entre o Termi-nal da UFPA até a Avenida Almirante Barroso, com 5,06 km de extensão.

Com o objetivo de melhorar o sistema viário urbano, o Governo do Estado desenvolve o Programa Asfalto na Cidade, que implementa ações de pavimenta-ção e urbanização de ruas em vários municípios. No período 2011 a 2013, foram pavimentados 227 km de vias e estão em andamento mais 146 km, totalizando 373 km de asfalto em TST (Tratamento Superficial Triplo), camada de revestimento constituída por três aplicações, incluindo meio fio e linha d’água. Por meio desse programa, o Governo beneficia diretamente os municípios e seus moradores

Saneamento Básico

O Governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento do Pará (CO-SANPA) e da Secretaria de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urba-no e Metropolitano (SEIDURB), desde 2011 vem intensificando ações no sentido de ampliar e melhorar o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgota-mento sanitário à população. Dessa forma, promove a inclusão social e contribui para a redução da pobreza e desigualdade social no Estado.

Dentre as principais ações realizadas em 2013, destacam-se as seguintes obras em andamento:

• Recuperação e revitalização da Estação de Tratamento de Água do Setor São Brás, que atende grande parte da população da área central de Be-lém, contemplando 160.000 pessoas e envolvendo investimentos de R$ 7,6 milhões;

• Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água do Setor Cordeiro de Fa-rias – Belém, com investimento de R$ 720 mil, beneficiando 23.000 pessoas;

• Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água do Setor Sideral – Belém, para uma população de 16.000 pessoas, com investimento de R$ 3,6 mi-lhões;

• Ampliação e melhoria do Sistema de Abastecimento de Água de Altamira, onde foram alocados R$ 15,3 milhões para uma população beneficiada de 78.270 pessoas;

• Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Marabá, com inves-timentos de R$ 99,9 milhões, beneficiando 102.290 pessoas;

• Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Marituba, em que foram aplicados R$ 6,2 milhões em benefício de aproximadamente 13.290 pessoas;

• Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água de D. Eliseu, um investi-mento de R$ 16,8 milhões, beneficiando 33.330 pessoas;

• Ampliação dos Sistemas de Abastecimento de Água de Igarapé-Miri, com investimentos de R$ 9,2 milhões e uma população beneficiada de 26.200 pessoas;

• Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água de Itaituba, onde foram investidos R$ 13 milhões em benefício de 70.948 pessoas;

• Ampliação dos Sistemas de Abastecimento de Água de Santarém, em que foram alocados R$ 61,2 milhões, beneficiando 155.450 pessoas.

investimentos em saneamento refletem-se positivamente na saúde pública e nas condições de vida da população

1 - AMPLIAÇãO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGuA DE MARABÁ

2 - ESTAÇãO DE TRATAMENTO DE ÁGuA DE cAPANEMA

3 - ESTAÇãO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO uNA, EM BELÉM

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Para 2014, está previsto o início das seguintes obras:

• Revitalização e modernização da Estação de Tratamento de Água do Com-plexo Bolonha – 1ª Etapa, envolvendo municípios da Região Metropolitana de Belém (Ananindeua, Belém e Marituba), no valor de R$ 189,8 milhões;

• Ampliação e Melhoria dos Sistemas de Esgotamento Sanitário (APA) Utin-ga, que objetivam a proteção sanitária dos dois principais mananciais de abastecimento de água da área metropolitana de Belém – Lagos Água Preta e Bolonha, com uma população beneficiada de 55 mil pessoas e investimentos de R$ 146,5 milhões.

As obras no entorno do Bolonha também vão propiciar a criação de uma barreira de proteção para o lago, que abastece a Estação de Tratamento de Água, localizada no Parque Ambiental do Utinga, que atualmente atende a cidade de Be-lém e, futuramente, Ananindeua e Marituba, na Região Metropolitana.

Também em Belém está em andamento a primeira etapa da obra de amplia-ção e reforma da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário da Bacia do Una. A ETE Una terá eficiência superior a 90% na retirada de matéria orgânica e sólidos suspensos e acima de 99% na retirada de microrganismos, garantindo uma sig-nificativa melhoria no efluente lançado na Baía do Guajará. A obra, iniciada em novembro de 2013, possui três etapas, sendo que a primeira irá beneficiar cerca de 87.500 habitantes. A Estação de Tratamento envolve um investimento de R$ 60 milhões e tem entrega prevista para novembro de 2015.

Outra importante obra de esgotamento sanitário em execução pela CO-SANPA no município de Belém deverá mudar a realidade de 35.000 moradores da Região Metropolitana, notadamente aqueles residentes nas área Benguí 1, Benguí 2, Mangueirão, Pantanal e Pratinha. Trata-se da reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto da Bacia do Benguí – ETE Benguí IV, com investimentos da ordem de R$ 10 milhões. A obra vai quadruplicar, a partir de 2015, a capacidade atual de tratamento sanitário da área. Com a ampliação, mais de 70% dos esgotos serão purificados antes do despejo no canal de Val-de-Cans, contribuindo para a proteção do meio ambiente e da saúde dos moradores.

A obra contempla a construção de uma nova Estação Elevatória de Esgoto Bruto, na Rua das Rosas, que irá transferir os resíduos para a antiga Estação de Tratamento, em 2,6 m de tubulação de ferro 300 mm (linha de recalque). Para isso, a Estação Benguí IV, localizada na Rua Ajax de Oliveira, também será amplia-da. Os reatores, que atualmente operam com três módulos, passarão a funcionar com quatro. No local, a atual Estação Elevatória passa por reformas. Também está sendo construído um leito de secagem, que funcionará com um sistema inovador, denominado de “Peneira Rotativa”.

Dos recursos alocados, cerca de R$ 7 milhões são provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por meio do Programa “Saneamento para Todos”, do Governo Federal. Os outros R$ 3 milhões são provenientes do tesouro do estado. Atualmente, cerca de 30% das obras estão concluídas. Das três etapas previstas no projeto, a mais avançada é a construção da linha de recalque, com

95% dos trabalhos feitos. A construção da Estação Elevatória – Benguí V e a am-pliação da Benguí IV já avançaram em cerca de 10% e 20%, respectivamente.

Além dessas ações, está em andamento o Projeto de Urbanização do Bairro Francisco Coelho (Cabelo Seco), no município de Marabá, que abrange a constru-ção de 68 unidades habitacionais em áreas próximas às edificações remanejadas, com toda a infraestrutura urbana para 820 famílias. Em 2013, foram executados 60% do projeto, no valor de R$ 15,1 milhões, que correspondem à entrega de 12 unidades habitacionais com 48 apartamentos, beneficiadas com abastecimento de água e esgotamento sanitário, energia elétrica, urbanização e paisagismo. A previsão de conclusão é para julho de 2014.

Também em 2013, por meio da SEIDURB, o Governo do Estado lançou o PLANSANEAR, programa direcionado a prefeituras e organizações sociais rela-cionadas ao setor, que tem como objetivo a elaboração de diagnóstico da situação do saneamento básico nos componentes: água, esgotamento sanitário, drenagem e resíduos sólidos. O programa também oferece apoio técnico aos municípios para elaboração dos seus planos de saneamento básico e já conta com a adesão de 101 municípios paraenses.

Habitação

A Região Norte ainda figura entre as regiões brasileiras nas quais o proble-ma da inadequação habitacional é um desafio a ser enfrentado. De acordo com o Censo 2010, o Estado do Pará tem uma população de 1.267.159 pessoas residindo em domicílios localizados em aglomerados subnormais, assentamentos irregula-res como favelas, invasões, entre outros.

Diante disso, reduzir o déficit habitacional com ações que possibilitem o acesso à moradia digna, prioritariamente às famílias de baixa renda, é um dos principais objetivos do Governo do Estado, de forma a promover a inclusão social e a redução das desigualdades.

Dentre as ações desenvolvidas pela Companhia de Habitação do Estado do Pará (COHAB) no enfrentamento da questão do déficit habitacional, está a cons-trução de habitações de interesse social voltadas prioritariamente para famílias na faixa de renda de até três salários mínimos, com recursos do Governo Federal, no âmbito do Programa “Minha Casa, Minha Vida” que subsidia o valor de R$ 25 mil por unidade construída, e contrapartida do estado, por meio do “Cheque Moradia”.

Em 2013, foram investidos R$ 2,5 milhões na construção de 756 unidades ha-bitacionais, com conclusão prevista até o final de 2014. As unidades distribuem-se por 19 municípios, localizados em sete regiões de integração (Tabela 18).

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1

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1 - cOM 1.248 uNIDADES, O cONjuNTO jARDINS DO IPÊ VAI BENEFIcIAR FAMÍLIAS DE cASTANhAL

2 - NO cABELO SEcO, O MAIS TRADIcIONAL BAIRRO DE MARABÁ, O cONjuNTO hABITAcIONAL cOLORIu A PAISAGEM

3 - MAIS DE DuAS MIL cASAS NO cONjuNTO TABOquINhA, EM IcOARAcI

4 - cOhAB GARANTE cASAS PARA A cOMuNIDADE PATANAL

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Tabela 18 – Pará: iNVesTimeNTos em habiTação, 2013vAloreS eM r$ 1.000

regiãoDe inTe-gração

MUnicíPios QUanT.cHeQUe

MoraDia(Por UH)

PMcMV+cHeQUe

MoraDia

inVesTiDo goVerno esTaDUal

inVesTiDo goVernoFeDeral

ArAguAIAcuMAru do Norte 36 4.000 29.000 144.000 900.000

PAu d’Arco 40 3.000 28.000 120.000 1.000.000

SANtA MArIA dAS BArreIrAS 32 4.000 29.000 128.000 800.000

BAIxo AMAzoNAS

curuá 39 5.500 30.500 214.500 975.000

FAro 38 6.000 31.000 228.000 950.000

JurutI 39 5.500 30.500 214.500 975.000

guAMáINhANgAPI 40 2.000 27.000 80.000 1.000.000

São FrANcISco do PArá 40 2.000 27.000 80.000 1.000.000

vIgIA 47 2.000 27.000 94.000 1.175.000

MArAJóAFuá 50 4.000 29.000 200.000 1.250.000

BAgre 50 4.000 29.000 200.000 1.250.000

SAlvAterrA 32 4.000 29.000 128.000 800.000

rIo cAetéNovA tIMBoteuA 40 2.000 27.000 80.000 1.000.000

PrIMAverA 40 2.000 27.000 80.000 1.000.000

QuAtIPuru 37 2.000 27.000 74.000 925.000

rIo cAPIMAurorA do PArá 50 2.000 27.000 100.000 1.250.000

gArrAFão do Norte 28 2.000 27.000 56.000 700.000

ouréM 31 2.000 27.000 62.000 775.000

xINgu PlAcAS 47 5.500 30.500 258.500 1.175.000

ToTal 756 63.500 538.500 2.541.500 18.900.000

Fonte: COHAB/PA, 2013

A COHAB atua também em áreas ocupadas irregularmente, localizadas nos municípios de Belém, Ananindeua e Castanhal, com o objetivo de reduzir a ina-dequação habitacional. A ação congrega os projetos vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, e é voltada à intervenção em áreas ocupadas, classificadas como assentamentos precários que se caracte-rizam pelo alto grau de carência habitacional e de infraestrutura, assim como pela irregularidade da terra.

As áreas objeto de intervenção estão sendo contempladas com serviços de infraestrutura básica (sistema de drenagem, rede de distribuição de água, sistema de esgoto sanitário, sistema viário, terraplenagem e pavimentação), construção e melhoria de habitações, além da implantação de equipamentos comunitários. As famílias residentes nesses assentamentos também serão beneficiadas com a pro-moção da regularização fundiária, com vistas ao reconhecimento constitucional do direito social de moradia e da função social da propriedade.

Com essas ações, o Governo do Estado, por meio da COHAB, promove a qualificação da moradia, integrando assentamentos informais à cidade formal, beneficiando 7.434 famílias no período 2011 a 2013, com a meta de finalizar todos os empreendimentos até 2014 (Tabela 19 ).

Tabela 19 – cohab: reGularização de asseNTameNTos, 2008 a 2013

eMPreenDiMenTo MUnicíPio esTiMaTiVa De FaMílias

BeneFiciaDas

nº De FaMílias BeneFiciaDas

2008-2010


2011-2013


2008-2013

JAderlâNdIA cAStANhAl 3.164 1.018 1.928 2.946

PrAtINhA BeléM 1.645 507 897 1.404

PANtANAl BeléM 1.692 184 492 676

rIAcho doce I BeléM 886 137 432 569

rIAcho doce II BeléM 1.000 108 378 486

rIAcho doce III - 1ª etAPA BeléM 957 199 407 606

rIAcho doce III - 2ª etAPA BeléM 884 0 317 317

Fé eM deuS BeléM 1.689 334 931 1.265

tABoQuINhA BeléM 1.862 206 767 973

Jd. JAder BArBAlho – zeIS ANANINdeuA 350 76 189 265

Jd. JAder BArBAlho - PMA ANANINdeuA 1.519 267 523 790

Jd. gArçAS I - eScolA SANtA IzABel 528 0 40 40

Jd. gArçAS II - cAMPo SANtA IzABel 56 0 56 56

ProvIdeNtINoS cAStANhAl 202 0 77 77

ToTal 16.434 3.036 7.434 10.470

O Programa “Cheque Moradia”, um dos compromissos da Agenda Mínima de Governo, objetiva atender famílias com renda bruta de até três salários míni-mos nas modalidades de construção, ampliação ou melhoria habitacional. Des-tina-se, exclusivamente, à aquisição de material de construção de fornecedores legalmente estabelecidos no estado, cabendo aos beneficiários a responsabilida-de pela mão de obra. O fornecedor deve utilizar o Cheque para saldar o seu ICMS mensal junto à Fazenda Estadual.

Em 2013, o Programa manteve o atendimento a servidores públicos estadu-ais, famílias em situações de risco social (extrema pobreza) ou de sinistro, como incêndio, desabamentos, alagamentos, além do público em geral. Além disso, am-pliou seu atendimento aos municípios paraenses através de formalização de Ter-mos de Adesão com as prefeituras. Em 2013, 92 prefeituras, que representam 64% do total de prefeituras do estado, formalizaram interesse em aderir ao Programa, comprovando-se, assim, a grande repercussão social do “Cheque Moradia”.

Os números do Cheque são surpreendentes ao longo do período e supera-ram inclusive a meta da Agenda Mínima, que previa o investimento de R$ 80 mi-lhões em quatro anos de Governo. Em quase três anos, foram investidos R$ 80,2 milhões, que representam mais de 90% da meta prevista para o final de 2014. Em 2011, foram entregues 745 Cheques, no ano seguinte, o número saltou para 3.483 e, em 2013, foram 5.176, o que demonstra o crescimento contínuo dessa ação go-vernamental (Gráfico 7).

milHares de famílias paraenses puderam melHorar suas casas e suas condições de vida com o programa cHeque moradia, que atende também pessoas com deficiência e em 2013 passou a ser uma política pública, com a aprovação da lei 7.776.


Por iniciativa do Governo do Estado, o “Cheque Moradia” passou a ser uma política pública por meio da Lei nº 7.776, de 23 de dezembro de 2013.

Gráfico 7 – ProGrama “cheQue moradia”: eVolução de aTeNdimeNTo, 2011 a 2013

Fonte: COHAB/PA

Além dessas ações, a COHAB oferece assistência técnica gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social às famílias de baixa ren-da; apoio aos municípios com o objetivo de torná-los regulares perante o Siste-ma Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e aptos a participarem de seleções visando à captação de recursos federais para produção habitacional; e Trabalho Técnico Social, com ações voltadas às famílias beneficiadas com proje-tos habitacionais, que se iniciam antes da obra e continuam após a mudança dos moradores.

Ciência eTecnologia

As ações desenvolvidas na área de Ciência e Tecnologia são fundamentais para propiciar a transformação da estrutura produtiva pelo conhecimento, condi-ção indispensável ao desenvolvimento paraense. Por essa razão, o Governo atual desenvolveu esforços para consolidar a cooperação entre o setor produtivo e as instituições acadêmicas de pesquisa, com vistas a incorporar novas tecnologias, agregar valor à produção e ao desenvolvimento estadual de forma sustentável, ele-vando a qualidade do produto paraense e inserindo-o de maneira competitiva nos mercados local, regional, nacional e internacional.

Neste sentido, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ci-ência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e demais instituições governamentais, como a Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (FAPESPA) e a Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (PRODEPA), e ainda em parceria com universidades e institutos de ensino e pesquisa, tem desenvolvido ações di-

recionadas ao incremento de tecnologias de ponta voltadas ao desenvolvimento paraense.

Em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), está sendo im-plantado o Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT Guamá), instrumento fundamental para o apoio e fomento à criação e atração de empresas estratégicas para o Estado. Em 2013, as obras do Parque tiveram avanço significativo, com a conclusão de 42% do complexo arquitetônico e 98% do complexo urbanístico. Os investidos são de R$ 4,2 milhões, com previsão de finalização para 2014.

Em 2013, deu-se continuidade às ações do NAVEGAPARÁ, programa de in-clusão digital que disponibiliza comunicação de dados, voz e imagem em banda larga, não só para os órgãos da administração pública, como também para gran-de parte da população do Estado do Pará, com recursos investidos da ordem de R$ 6,2 milhões, nas atividades de implantação e implementação de infocentros, pontos livres de acesso à internet, infovias e cidades digitais.

A presença do NAVEGAPARÁ no território estadual ultrapassa sua função inicial de promover a inclusão digital da população paraense, uma vez que impul-siona e contribui para o desenvolvimento dos mais variados setores e atividades produtivas. Estima-se que atualmente o sinal alcance o equivalente a 5,7 milhões de habitantes, distribuídos em 72 municípios de 11 regiões de integração do esta-do, o que significa que cerca de 70% dos paraenses são potencialmente conectá-veis a internet.

Os infocentros disponibilizam à população serviços considerados essenciais na sociedade atual, como o acesso gratuito à internet, capacitação básica e avan-çada em informática e oficinas de diversos conteúdos, visando à difusão da cultu-ra, comunicação e informação entre os habitantes das regiões onde o NAVEGAPA-RÁ está presente. Atualmente, 178 infocentros estão ativos e sendo mantidos pela PRODEPA, alguns em parceria com os governos municipais.

Ao longo do exercício de 2013, foram realizadas visitas técnicas em infocen-tros localizados na capital e nos demais municípios, com o objetivo de revitalizar os espaços já existentes. Em 117 infocentros foram substituídos equipamentos obsoletos por computadores novos e com melhor desempenho. A SECTI também acompanhou, em 2013, o serviço de montagem de novos infocentros que serão construídos em parceria com o programa de Telecentros BR, do Governo Federal, que tem o objetivo de desenvolver ações conjuntas entre órgãos das três esferas de governos (Federal, Estadual e Municipal) e a sociedade civil, com vistas à ins-talação e manutenção de infocentros. Desse total, 49 infocentros estão com es-trutura e equipamentos adequados, aguardando somente a instalação de link de internet do Programa NAVEGAPARÁ. A expectativa é que no primeiro semestre de 2014, sejam criados 50 novos espaços de inclusão digital em parceria com prefei-turas e instituições privadas.

Os pontos livres de acesso à internet, que somam hoje 95 pontos distribu-ídos por 46 municípios, são outra forma de estender a acessibilidade digital às regiões de integração estaduais. Em 2013, foram implantados mais cinco pontos livres de acesso à internet nos municípios de Acará, Curionópolis, Eldorado dos

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investimentos e ações direcionadas incrementam o desenvolvimento de tecnologias e a inclusão digital

1 - INFOcENTRO DA ESTAÇãO cIDADANIA DO juRuNAS

2 - NAVEGAPARÁ EM ELDORADO DO cARAjÁS

3 - III FÓRuM DA INTERNET NO BRASIL, EM BELÉM

4 - NOVO INFOcENTRO DO NAVEGAPARÁ, NA SEDE DA ASIPAG

5 - VI FEIRA ESTADuAL DE cIÊNcIA E TEcNOLOGIA MOSTRA INOVAÇõES

6 - PARquE DE cIÊNcIA E TEcNOLOGIA DO GuAMÁ VAI GARANTIR APOIO E FOMENTO À cRIAÇãO E ATRAÇãO DE EMPRESAS ESTRATÉGIcAS PARA O ESTADO

7 - ADIANTADAS AS OBRAS DO PARquE TEcNOLÓGIcO DE SANTARÉM


Carajás, Parauapebas e Tomé Açu. Foram implantadas também cinco novas info-vias, que são linhas digitais por onde trafegam os dados das redes eletrônicas e cuja implantação é condição para a instalação de infocentros e cidades digitais, nos municípios de Parauapebas, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Tomé-Açu e Acará, beneficiando cerca de 320 mil habitantes.

As cidades digitais são localidades ou municípios que recebem o sinal, em banda larga, do NAVEGAPARÁ para uso da internet em praças públicas, prefeitu-ras e órgãos da administração pública, tais como: escolas, secretarias municipais e estaduais, postos de saúde, hospitais, delegacias, quartéis da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares. Atualmente, estão implantadas 72 cidades digitais em 11 regiões de integração. Para 2014, foram tomadas iniciativas para a execução de várias obras de implantação de cidades digitais em Xinguara, Sapucaia, Pau D´Arco, Redenção e Rio Maria, na Região do Araguaia, única região ainda não contemplada.

Entre as ações voltadas ao desenvolvimento de pesquisas e inovação, esse exercício finalizou com avanços no processo de criação da empresa pública PA-RAFARMA, direcionada à pesquisa e ao desenvolvimento de biofármacos no Es-tado do Pará e planejada para operar em três segmentos: de fitofármacos, voltado à produção e comercialização de fitomedicamentos destinados à atenção básica à saúde, com uso inicial da lista de plantas medicinais autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS); de farmoquímicos, que será responsável pela produção e comercialização de medicamentos de origem química (sintéticos); e de biofárma-cos, que será constituída por unidades de pesquisa e desenvolvimento de medi-camentos de origem biológica (bioequivalentes de alta tecnologia) e contará com parcerias de multinacionais do setor farmacêutico e do Ministério da Saúde.

Ainda como incentivo à pesquisa e contribuindo para a formação e fixação de mestres e doutores no Estado do Pará, a FAPESPA concedeu, em 2013, 480 bolsas que, somadas às existentes, totalizam 522 bolsas vigentes, sendo 336 de iniciação científica, 77 de mestrado, 52 de doutorado, 16 de desenvolvimento tec-nológico industrial, uma de extensão, duas de apoio a pesquisador que atua na área de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), 33 de apoio técnico e cinco para monitores de infocentros, distribuídas entre a UFPA, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Univer-sidade do Estado do Pará (UEPA), EMBRAPA, Instituto Evandro Chagas, Museu Emílio Goeldi e Hospital Gaspar Viana (Gráfico 8). O valor total aplicado nesse exercício foi de R$ 4,6 milhões.

Gráfico 8 – faPesPa: Número de bolsas fomeNTadas, 2012 a 2013

Fonte: FAPESPA, 2013

No que diz respeito à popularização da ciência, em 2013, mais de 50 mil visitantes participaram das “Mostras Vicente Salles de Ciência e Cultura”, que le-varam para 12 municípios (Acará, Barcarena, Bragança, Bujaru, Moju, Mosquei-ro, Paragominas, Salinópolis, São Miguel do Guamá, Soure, Terra Alta e Tucuruí) ações educativas, científicas e culturais.

Destaca-se, também, a realização da “VI Feira Estadual de Ciência, Tecno-logia e Inovação”, que alcançou público de cerca de 14 mil pessoas. Ressalte-se que, no momento do encerramento desse evento, ocorreu a entrega do “Prêmio Paraense Destaque Científico” aos profissionais vencedores, cujo objetivo é valo-rizar o pesquisador paraense e suas contribuições para o desenvolvimento cien-tífico da Amazônia e, em especial, do Estado do Pará; e do “Prêmio Paraense de Jornalismo Científico”, que visa à valorização dos profissionais da imprensa que fazem jornalismo sobre a ciência no Pará, como forma de incentivo à publicação de matérias sobre conteúdos científicos pelos veículos locais de comunicação.

NA DIMENSÃO DO

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO


Meio Ambiente, Produção Florestal e Regularização da Posse e Uso dos Recursos Naturais

A concepção de um modelo de produção e consumo sustentável dos recur-sos naturais, que permita não somente o desenvolvimento social e econômico mas também a conservação da natureza e da cultura dos povos que nela habitam, se constitui num dos principais desafios dos estados localizados na Amazônia.

Neste sentido, o Governo do Pará, em 2013, intensificou as ações voltadas para a área ambiental, visando, principalmente, promover a eficiência dos meca-nismos de gestão ambiental e territorial nas esferas dos seus municípios, assim como priorizar a regularização de uso e posse de áreas rurais e florestais. Para tanto, foram investidos na área ambiental cerca de R$ 14,7 milhões para compor operações de combate e controle do desmatamento decorrentes das diversas ati-vidades produtivas no estado.

A governança ambiental é um dos compromissos do Governo do Estado que, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e do Programa Muni-cípios Verdes (PMV), desenvolveu, em 2013, atividades direcionadas para a pro-moção da gestão ambiental em conjunto com os municípios e organizações não governamentais.

Aliada a esse instrumento, a SEMA investiu na aquisição de novas ferramen-tas de geotecnologias, como imagens de satélite de alta resolução e softwares de geoprocessamento, com as quais realizou análises espaciais do território paraen-se, em um total de 726 processos, garantindo melhor gerenciamento do Banco de Dados Ambiental. Do mesmo modo, iniciou a customização do Sistema de Co-mercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA) que irá aperfeiçoar a estrutura de monitoramento e fiscalização das atividades de comercialização da exploração madeireira.

No que se refere ao processo de descentralização da gestão ambiental, a SEMA realizou iniciativas como a entrega da habilitação de gestão ambiental para 14 municípios do estado (Abatetuba, Anapu, Brasil Novo, Castanhal, Igarapé-Açu, Novo Progresso, Novo Repartimento, Moju, Pacajá, Parauapebas, Santarém, Trai-rão, Tucuruí e Vigia), habilitando-os a executar atividades de licenciamento am-biental, aprovar planos de manejo, executar ações de educação ambiental, fis-calização e regularização ambiental em consonância com a legislação vigente. E ainda, a distribuição de kits ambientais para 23 municípios, assim como a realiza-ção de seminários de integração e ações de capacitação de técnicos das secreta-rias municipais de Meio Ambiente.

Na área de educação ambiental, 21.000 pessoas foram alcançadas com a execução de programas, atividades, ações e atendimento de demandas espon-tâneas, dentre as quais se destacam o Projeto de “Fortalecimento da Educação

Ambiental na Gestão Ambiental Compartilhada e Descentralizada”, Projeto “Verão Legal com Educação Ambiental”, “IV Conferência Estadual do Meio Ambiente” e, ainda, as conferências municipais e regionais.

No quesito ordenamento, o Governo do Estado deu início à elaboração e im-plementação de “Planos Municipais de Controle e Combate ao Desmatamento” (PPCADs municipais) de 15 municípios: Almeirim, Brasil Novo, Cumaru do Norte, Dom Eliseu, Goianésia do Pará, Itaituba, Novo Progresso, Novo Repartimento, Pa-cajá, Paragominas, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Ara-guaia, Tailândia e Ulianópolis. A SEMA, em parceria com o Programa Municípios Verdes (PMV), definiu a metodologia de ação dos PPCADs municipais.

Com propósito similar, foi elaborado e lançado o Projeto “Pacto Municipal para a Redução do Desmatamento” no município de São Félix do Xingu, que faz parte do plano do Governo Federal, em parceria com a União Europeia, para provi-são de instrumentos de monitoramento e controle do desmatamento.

Em 2013, também foi celebrado o Acordo de Cooperação Técnica entre o Go-verno do Estado, por meio da SEMA, e o Instituto de Conservação Ambiental The Nature Conservancy (TNC) do Brasil, para promover o ordenamento ambiental e territorial e o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, com foco nas regiões da Bacia do Rio Tapajós e do Sul do Pará, como estratégia de conservação dos recursos naturais no estado.

Quanto à emissão de Cadastro Ambiental Rural (CAR), relevante instrumen-to de apoio para o acesso às políticas públicas ambientais, em 2013, foram emi-tidos aproximadamente 35.000 cadastros. Atualmente, cerca de 97.000 proprie-dades rurais possuem o CAR, fazendo do Pará o estado com a maior cobertura cadastral no Brasil, em torno de 34 milhões de ha, equivalente a quase 60% da área a ser cadastrada.

Em consonância com esse processo, destaca-se, em 2013, a saída dos mu-nicípios de Tailândia e Brasil Novo da lista dos maiores desmatadores do país. O número de municípios paraenses embargados, no período de 2011 a 2013, redu-ziu de 19 para 13 no estado, permitindo ao produtor o acesso ao crédito rural e outros benefícios programados pelos Governos Federal e Estadual. Esse resultado é produto de um trabalho coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), realizado em parceria com o “Programa Municípios Verdes” (PMV), Empresa Bra-sileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), organizações munici-pais, estaduais, federais e organizações não governamentais, dentro do pacto pela redução do desmatamento e degradação ambiental.

No âmbito da política de gestão de Unidades de Conservação (UC), foi apro-vado o novo Plano de Manejo do Parque Estadual do Utinga (PEUT). O instrumen-to regula o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da Unidade de Conservação (UC). Outro destaque refere-se à criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) “Campo das Mangabas”, em con-sulta pública, no município de Maracanã.


É importante pontuar também o convênio assinado pela SEMA com o Minis-tério do Meio Ambiente relativo ao projeto “Consolidação das Unidades de Con-servação da Terra do Meio”, que será implementado pelo Estado em parceria com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). Nesse sentido, as unidades de conservação estadual beneficiadas são a Área de Preservação Ambiental (APA) Triunfo do Xingu e a Flo-resta Estadual do Iriri e mais nove unidades federais localizadas na Terra do Meio, sudeste do Pará.

Ainda na promoção da política de unidades de conservação, houve avanço para os estudos e mapeamento da criação de 13 Unidades de Conservação Esta-duais de Proteção Integral e de Uso Sustentável no estado.

Sobre os Planos de Manejos Florestais Sustentáveis, foram emitidos 187 Li-cenças de Atividade Rural (LAR), abrangendo uma área de 1.219.333,315 ha; 187 Autorizações de Exploração Florestal (AUTEF) relativas a 110.383,051 ha, além da liberação de 2.854.825,04 m3 de madeira nativa; 2.913.535,96 m3 de madeira em tora, 503.078 unidades de palmito in natura; 1.121.516,60 estéreos de resíduos flo-restais; 56.846,70 m3 de toretes.

Outro avanço importante em relação a planos de manejo é a conclusão do Plano da Área de Proteção Ambiental da Ilha de Algodoal-Maiandeua, aprovado em 2012, e o início da elaboração do Plano do Parque Estadual Charapucu (Ilha do Marajó), em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Norte (CEPNOR/IBAMA), Universi-dade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

Quanto ao licenciamento de atividades potencialmente poluidoras no Pará, no decorrer de 2013, foram emitidas 517 licenças ambientais para viabilizar em-preendimentos nas seguintes áreas: comércio e serviços, obras civis e de infraes-trutura, fauna, mineração, projetos industriais, aquicultura e pesca. Destaca-se a entrega pela SEMA e prefeitura de Santarém das licenças prévias e de instalação do shopping Rio Tapajós.

Com relação ao carvão florestal, o Estado investiu na reformulação da nor-ma legal que dispõe sobre a reposição florestal e o consumo de matéria-prima florestal. Foi elaborada a Instrução Normativa para licenciamento das atividades relativas ao carvoejamento. Desse modo, foram estabelecidos os procedimentos para inscrição do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Flores-tais no Estado do Pará para as atividades de extração de madeira e micro serraria por ribeirinhos.

No âmbito do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) relativo à cadeia de carvão vegetal, foi apresentado o Plano de Suprimento Anual 2013 para fins de regularização das carvoarias que podem oferecer carvão vegetal às guseiras no Pará. As entidades que fazem parte desse grupo de trabalho e controle são a SEMA, o Ministério Público Federal (MPF), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e três siderúrgicas do Pólo Carajás (Ibérica, Sidepar e Cosipar).

Na área de recursos hídricos, destacam-se a execução das ações referentes à Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Estado do Pará, que permi-tiu a elaboração do calendário florestal para definição de períodos de restrição das atividades de corte, arraste e transporte na floresta, em função do período chuvo-so da região; e a implantação de uma Sala de Situação de Eventos Hidrometeoro-lógicos Extremos para previsão e monitoramento desses eventos, que está em ple-no funcionamento desde o início do ano, resultado de acordo feito com a Agência Nacional de Águas (ANA). O Estado mantém dez estações meteorológicas e três hidrológicas para o perfeito andamento das previsões e monitoramentos.

A parceria com a ANA se estendeu, ainda, ao Pacto Nacional pela Gestão das Águas, cuja adesão do Estado garante a disponibilização de até R$ 3,75 mi-lhões nos próximos cinco anos para o Pará, de forma a estimular a gestão de recursos hídricos. Quanto à solicitação de outorga, em 2013, a SEMA analisou 713 processos e emitiu 250 outorgas de direito, 144 declarações de dispensa e 42 outorgas prévias.

Com relação ao licenciamento ambiental de projetos econômicos, em 2013, foram realizadas seis audiências públicas para apresentação e apreciação de Es-tudo de Impacto Ambiental (EIA), entre os quais o projeto Volta Grande, que tra-ta de atividades de lavra e beneficiamento do ouro no município Senador Jose Porfírio; a Estação de Transbordo de Carga (ETC-Cargill), no distrito de Miritituba, município de Itaituba, que trata do transporte de cargas pela hidrovia Tapajós--Amazonas até o porto de Santana no Estado do Amapá; e o projeto Alumina Ron-don para lavra e beneficiamento de bauxita e produção de alumina em Rondon do Pará e Dom Eliseu.

Em relação aos povos indígenas, o Estado investiu no Plano de Recuperação de áreas degradadas da aldeia Mapuera, iniciou negociações para ajustes no Et-nomapeamento das terras indígenas Kayapó, realizou pagamentos por serviços ambientais aos indígenas do Alto Rio Guamá, com recursos da bolsa Guardiões da Floresta, além de implantar programa de formação e treinamento de agentes ambientais indígenas do Alto Rio Guamá.

Nas questões relativas às intervenções de ordem jurídica, a SEMA contabi-lizou 2.646 processos, sendo 1.662 notificações e 1.827 pareceres, ambos sobre licenciamento de manejo florestal, infraestrutura, indústria, mineração, deman-das administrativas e processos de demanda punitiva. Destaca-se a mobilização jurídica em torno da recuperação de passivos vinculados à dívida ativa que resul-taram na arrecadação de cerca de R$ 767 mil, destinados ao Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA).

Em 2013, aparelhada a fiscalização ambiental, o Estado, através da SEMA, registrou a análise de 70 Planos de Manejo Florestal, dos quais 50 indicaram sinal de alerta. A partir daí, foram efetivadas 33 ações relativas à fiscalização florestal (destruição, danificação de floresta, transporte, comércio, depósito de produtos florestais) e à fauna (transporte, comércio de caranguejo e do pescado, pesca predatória, tráfico de animais silvestres, e defeso dos quelônios), que produziram mais de 270 autuações.

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1 - PARÁ E ALEMANhA DIScuTEM PARcERIAS PELA SuSTENTABILIDADE NOS DOIS DIAS DE EcOGERMA, cONGRESSO E FEIRA DE TEcNOLOGIAS SuSTENTÁVEIS

2 - ESTADO FORMA 1ª TuRMA DE MAGISTÉRIO INDÍGENA

3 - PARquE DO chARAPucu TERÁ INVENTÁRIO DE IcTIOFAuNA

4 - MONITORAMENTO VIA SATÉLITE NO cOMBATE A cRIMES AMBIENTAIS

5 - OPERAÇãO MAMuRu FIScALIZA ÁREA DE DESMATAMENTO EM juRuTI

6 - LANÇAMENTO DA cAMPANhA cONTRA O DESMATAMENTO, quE INcLuI INcENTIVOS À EcONOMIA VERDE

7 - GOVERNO FAZ PARcERIA cOM EScOLA DE PEScA DO OuTEIRO PARA PROMOVER quALIFIcAÇãO PROFISSIONAL E AMPLIAR A PRODuÇãO DO SETOR PESquEIRO

8 - cuRSO DE MANDIOcuLTuRA EM MONTE ALEGRE


Assim, nestas ações, obtiveram-se os seguintes resultados: embargo de área de 9.826,63 ha, com apreensão de um volume superior a 466 m3 de madeira serra-da (3.000 em tora, 40 mdc de carvão; e 4,8 mil m3 em resíduos e estéril de lenha); na fauna, apreensão de mais de 4,6 mil kg de pescado, doados a instituições be-neficentes sem fins lucrativos, além de filhotes de jacaré e tartarugas que foram devolvidos ao habitat natural. Também foram doados mais de 111 m3 de madeira serrada e 705 m2 de rede de pesca para fins educacionais.

Com relação à Compensação Ambiental, o Governo Estadual publicou Ins-trução Normativa (IN) que regulamenta a destinação dos recursos advindos des-ta compensação, determinando procedimentos administrativos para a cobrança, aplicação e gestão, além da celebração de termo de compromisso para cumpri-mento da compensação e de concordância de cálculo de gradação de impacto ambiental.

Por conta disto, em 2013, a SEMA recebeu R$ 18,8 milhões por Termos de Compromissos assinados com a Eletronorte, Votorantim Cimentos, Guamá Tra-tamento de Resíduos e Hidrovias do Brasil em Barcarena. Com destaque para Eletronorte/UTE e Eclusas de Tucuruí que, juntas, transferiram R$ 11,7 milhões para serem aplicados na criação e manutenção de unidades de conservação do Estado.

Cabe destacar, ainda, a atuação do Programa Municípios Verdes (PMV) que tem contribuído firmemente para o fortalecimento da gestão ambiental. Em 2013, o Governo do Estado, por meio desse programa, lançou uma proposta inovadora contra o desmatamento: a criação do ICMS Verde. A iniciativa consiste em adotar critérios ambientais para a distribuição da arrecadação do referido imposto entre os municípios que promovem ações contra o desmatamento ilegal e fortalecem a gestão ambiental. Em 2014, os municípios receberão R$ 35 milhões (2% de ICMS) baseados em critérios ambientais. Em 2017, o percentual subirá para 8%, totali-zando um repasse aproximado de R$ 140 milhões de reais.

O lançamento da Campanha Estadual de Combate ao Desmatamento “Pro-duzir sem Desmatar” é outra iniciativa que, além de frear o desmatamento, pro-move a adesão dos produtores rurais ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Esse documento identifica os imóveis rurais, reunindo informações diversas sobre o tamanho da área, os locais de reserva florestal e os dados do proprietário.

Ressaltam-se, ainda, outras iniciativas viabilizadas através do PMV, como o Fundo de Investimento em Participação da Amazônia (FIP Amazônia), o primeiro fundo de private equity da região, uma parceria entre BANPARÁ e BNDES, com disponibilidade de R$ 100 milhões para investir em negócios e empreendimentos de economia verde. Além disso, o Programa Municípios Verdes ganhou divulga-ção internacional, com apresentações na Colômbia e no Peru; e recebeu a visita de pesquisadores americanos. Proporcionou a edição do Decreto nº 739/13, que objetiva agilizar a titulação dos imóveis e viabilizar maior acesso ao crédito onde ocorreu o ordenamento ambiental; do Decreto nº 740/13, que visa incentivar os municípios cumpridores das metas estabelecidas pelo Programa; e do Decreto nº 838/13, que estabelece limitação administrativa sobre áreas ilegalmente desmata-das no Estado do Pará.

produção florestalNo que se refere ao setor florestal, o Pará foi o primeiro estado do Brasil a

assinar contratos de concessão florestal. No período de 2011 a 2012, o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDEFLOR) assinou nove contratos de Concessão Flo-restal. Desses, três correspondem a 150.957 ha, distribuídos em três Unidades de Manejo Florestais (UMFs) no Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, nos municí-pios de Aveiro, Santarém e Juruti, e 326.183 ha em seis UMFs na Floresta Estadual do Paru, nas áreas dos municípios de Almeirim e Monte Alegre, perfazendo uma área total 477.141 ha para exploração de recursos florestais.

A concessão florestal, nos termos do inciso VII, do art. 3º, da Lei nº 11.284/2006, é a delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa unidade de ma-nejo, mediante licitação, à pessoa jurídica.

Em 2013, o Governo do Estado, por meio do IDEFLOR, publicou o edital de li-citação para concessão florestal referente à concorrência 01/2013, 2º lote estadual da Flota Paru, localizada no Município de Monte Alegre. A área disponibilizada no edital corresponde a 108.524 ha, distribuídos em três UMFs. Além dessa área, ain-da está prevista a concessão de 200.000 ha pertencentes à Flota Iriri, localizada no município de Altamira, e 136.323 ha pertencentes ao conjunto de glebas Mamuru--Arapiuns, localizada nos municípios de Aveiro, Santarém e Juruti.

No referido exercício, o IDEFLOR realizou, ainda, visitas técnicas de monito-ramento das concessões florestais nas Unidades de Manejo Florestal – UMF VIII e IX, localizadas na Floresta Estadual do Paru, com o objetivo de verificar in loco se as empresas vencedoras das concessões estão cumprindo as cláusulas contratu-ais do processo.

No que se refere à agregação de valor aos produtos florestais não madeirei-ros, cabe destacar, dentre as iniciativas realizadas em 2013, a realização do Proje-to de “Conservação e Uso dos Recursos Florestais” na comunidade São Benedito, no município de Porto de Moz. Por meio de parceria entre o IDEFLOR, EMATER, EMBRAPA, CEPLAC, prefeitura e Associação dos Agricultores Familiares, foram beneficiadas 120 famílias da referida comunidade, através da realização de curso de produção de mudas, construção de viveiro de produção de mudas, construção de casa de sementes, inventário florestal, além da doação de 15 mil mudas que permitirá a implantação de um Sistema Agroflorestal SAFs no município.

Quanto à implantação de Planos de Desenvolvimento Local (PDL) em áre-as de Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares (PCTAFs), em 2013, o Governo do Estado, por meio do IDEFLOR, beneficiou 680 famílias do muni-cípio de Portel. As comunidades pertencentes às glebas Alto Camarapí, Acangatá, Jacaré-Puru e Acutipereira contaram com diversas iniciativas, como a realização de oficinas, cadastramento, visitas técnicas, georeferenciamento, que permitirão a implantação do Plano de Uso dos Recursos Naturais das Glebas Públicas Esta-duais de Portel, previsto para 2014.


regularização da posse e uso dos recursos naturaisAs ações de regularização fundiária visaram assegurar o acesso à proprie-

dade como forma de promover o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, em 2013, o Governo do Estado, por meio do Instituto de Terras do Pará (ITERPA), rea-lizou vistoria, identificação, fiscalização e georeferenciamento que resultaram na expedição de 663 títulos para pequenos e médios proprietários rurais e urbanos de 26 municípios, localizados em dez regiões de integração: Araguaia (3), Baixo Amazonas (2), Carajás (3), Lago de Tucuruí (1), Metropolitana (2), Rio Caetés (2), Rio Capim (4), Guamá (4), Tocantins (4) e Xingu (1).

Consolidar o domínio pleno das áreas aforadas, com comprovada explora-ção econômica e inequívoco cumprimento da função social da propriedade, tem sido o objetivo do Estado. Em tal sentido, no exercício de 2013, foram emitidos 14 Termos de Resgate de Aforamento nos municípios de Marabá (08), São Domingos do Capim (05) e Itupiranga (01), com área total de 18.807,72 ha, objetivando con-solidar o domínio pleno em favor dos atuais foreiros.

No que se refere aos projetos de assentamentos rurais, o ITERPA realizou georreferenciamento de dois Projetos Estaduais de Assentamento Sustentável (PEAS): um na comunidade Bacabal Grande, em Bom Jesus do Tocantins, bene-ficiando 77 famílias; e outro na comunidade Lourival Santana, em Tailândia, com 170 lotes. No final do processo de regularização fundiária deverão ser emitidas 247 Concessões de Direito Real de Uso.

Com a intenção de promover o reconhecimento das comunidades remanes-centes de quilombos, o ITERPA realizou a emissão de títulos para as comunidades quilombolas “Terra Liberdade”, localizada no município de Cametá, e “Muruteua-zinho”, em Santa Luzia do Pará, beneficiando 217 famílias. Além disso, foram rea-lizadas outras ações de regularização fundiária em 14 comunidades quilombolas, beneficiando 1.075 famílias.

O Governo do Estado, por meio do ITERPA, também procedeu a arrecadação e matrícula de terras devolutas em áreas sob jurisdição estadual, visando à incor-poração dessas áreas ao patrimônio fundiário do Pará. Em 2013, foram incorpora-dos 455.602,61 ha de terras devolutas pertencentes a 32 municípios, localizados em dez regiões de integração: Araguaia (3), Baixo Amazonas (1), Carajás (1), Lago de Tucuruí (2), Metropolitana (3), Rio Caetés (5), Rio Capim (6), Guamá (3), Tocan-tins (7) e Xingu (1).

Agropecuária

A atividade agropecuária no Estado do Pará vem passando por um processo de reestruturação, no qual a implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da produção rural sustentável assume papel relevante. Assim, o fortalecimento da produção de base familiar com sustentabilidade, a incorpora-ção de novas tecnologias aos sistemas produtivos locais e a agregação de valor às cadeias produtivas são objetivos estratégicos desta gestão de Governo e visam elevar a produtividade agropecuária a patamares mais competitivos e, ao mesmo tempo, reduzir o desmatamento no Estado, beneficiando tanto a agricultura fami-liar como o agronegócio.

agricultura familiarNo Pará, a agricultura familiar é constituída por aproximadamente 196 mil

estabelecimentos, abrangendo uma área de 6,9 milhões de ha, com grande diver-sificação e exploração de produtos agropecuários. A diversidade, o modo de vida e a inserção social, que caracterizam essa modalidade de agricultura, requerem ações que considerem a multifuncionalidade que o segmento apresenta, sempre na perspectiva do seu fortalecimento.

Desse modo, o Governo do Estado realizou, em 2013, diversas ações de as-sistência técnica e extensão rural que atenderam cerca de 150 mil famílias, nas 12 regiões de integração.

O Programa “Pará Rural”, no combate à extrema pobreza, aplicou R$ 11,7 milhões e beneficiou cerca de 3.000 famílias no exercício, superando em 30% a meta prevista inicialmente, com financiamento de 93 projetos de investimentos produtivos, garantindo oportunidade de emprego e renda na área rural.

Em 2013, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER), no âmbito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRO-NAF), elaborou 7.940 projetos de crédito rural, através do Banco do Brasil (BB) e Banco da Amazônia (BASA). Desse total, foram contratados 3.446 projetos (43,4%) no valor de R$ 49,4 milhões, junto a produtores rurais, cooperativas e associações.

A merenda escolar recebeu produtos de diversas organizações de produ-tores beneficiados com assistência técnica, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), envolvendo 58 municípios do estado pertencentes às 12 regiões de integração e 1.123 agricultores, que puderam comercializar seus produtos, proporcionando um total de R$ 14,8 milhões em vendas.

Outro importante instrumento de fortalecimento da agricultura familiar, o “Programa de Aquisição de Alimentos” (PAA), viabilizou, com apoio da EMATER, a organização e a participação dos agricultores familiares do Estado, permitindo que 654 agricultores tivessem seus produtos comercializados gerando um valor total de R$ 876,5 mil.

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governo investe na qualificação técnica e profissional reforçando a atividade produtiva

1 - AGRIcuLTORES DE SANTO ANTONIO DO TAuÁ APRENDEM TÉcNIcA DA MANIVA PRÉ-cOZIDA

2 - OFIcINA SOBRE TÉcNIcAS DE cuRAuÁ, EM AuRORA DO PARÁ

3 - FEIRA DIVuLGA POTENcIAL AGROPEcuÁRIO E MOSTRA FORTE VOcAÇãO AGRÍcOLA DA REGIãO DO ARAGuAIA

4 - EMATER ORIENTA OS AGRIcuLTORES DE cASTELO DOS SONhOS A DIVERSIFIcAREM A PRODuÇãO

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1 - FEIRAS DO PEScADO ATRAEM cONSuMIDORES cOM PREÇOS cOMPETITIVOS E ESTIMuLAM O cREScIMENTO DA PRODuÇãO

2 - EMATER cOM NOVA SEDE EM cAPITãO POÇO

3 - FLOR TAPAjÓS ATRAI MAIS DE 12.000 VISITANTES


Os agricultores familiares tiveram a oportunidade de participar da “Feira da Agricultura Familiar da Amazônia Legal” (AGRIFAL 2013), em Belém, onde realiza-ram exposições e comercialização da produção, gerando negócios da ordem de R$ 2,7 milhões. A Feira contou com a participação de diversos estados, além de três países visitantes: República do Suriname, Itália e Espanha.

Outro importante evento para a agricultura familiar foi a “I Exposição de Flo-res e Plantas Ornamentais Flor Tapajós”, realizada pela EMATER, no espaço Pé-rola do Tapajós, em Santarém. O evento reuniu público de aproximadamente 12 mil pessoas, em quatro dias de atividades, com comercialização de cerca de R$ 100 mil diretamente nos estandes e R$ 300 mil em negócios futuros. Possibilitou, ainda, a capacitação de mais de 250 agricultores familiares através de cursos, pa-lestras e oficinas.

Em 2013, as populações tradicionais também receberam assistência técnica diferenciada do Governo Estadual. 7.516 famílias foram beneficiadas, dentre elas, comunidades indígenas como a dos Kayapós, no município de Novo Progresso, e comunidades quilombolas, nas regiões do Marajó, Guamá e Tocantins.

No que se refere a áreas de assentamento rural, o governo atual, por meio da EMATER, realizou a entrega de 11 Planos de Recuperação de Assentamento (PRA) e cinco Planos de Desenvolvimento de Assentamento (PDA) ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), beneficiando cerca de 2.100 famílias em 19 assentamentos no estado. Além disso, cerca de 14.000 famílias assentadas foram beneficiadas com ações diversas, como a construção da base cartográfica em 28 assentamentos da Região do Xingu, implantação de Unidades Demonstrati-vas (UDs) voltadas para a agricultura familiar agroecológica, melhorias no cultivo da cultura do cacau e criação de aves, o que permitirá a geração de renda nessas comunidades.

Quanto ao apoio à cadeia produtiva de origem animal, destaca-se, entre outras iniciativas, a implantação da agroindústria de beneficiamento de leite no assentamento Canarana, localizado no município de Conceição do Araguaia. A agroindústria possui capacidade de beneficiamento de oito mil litros de leite por dia e absorve a produção de 15 agricultores familiares da região. O projeto tornou--se referência nacional ao ser selecionado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), no ramo agroindústria.

A produção de mel por apicultores familiares do município de Aurora do Pará também foi destaque em 2013, com produção de 180 toneladas do produto, que corresponde a quatro vezes a produção do ano anterior.

Um projeto desenvolvido pela EMATER no município de Terra Alta foi fina-lista do “Prêmio da 4ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente”, sob a coordenação dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação. O projeto, denominado “Eco Paisagismo Sustentável”, foi implantado na Escola de Ensino Fundamental Maria Creuza Viana, reunindo alimentação saudável, paisagismo e educação ambiental.

desenvolvimento rural e defesa sanitáriaEm 2013, o Governo do Estado realizou diversas ações com vistas a apoiar

o processo produtivo de comunidades rurais. Por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (SAGRI), disponibilizou às prefeituras, associações e sindicatos de produtores e trabalhadores rurais, veículos, máquinas, equipamentos e imple-mentos agrícolas, assim como infraestrutura de suporte à produção, com recur-sos financeiros no montante aproximado de R$ 5,6 milhões.

O melhoramento genético de sementes e mudas, envolvendo espécies agrí-colas e florestais, constitui uma das linhas de ação priorizadas por esta gestão de Governo. Para tanto, a SAGRI apoiou o desenvolvimento de novos cultivares mais adaptados às condições regionais, inclusive com a aquisição e distribuição de sementes certificadas, e que apresentam maior produtividade e resistência a doenças e pragas.

No calendário agrícola 2013, foram distribuídas aos produtores paraenses 200 toneladas de feijão caupi, 158 toneladas de milho Al Bandeirante, 30 tonela-das de arroz da variedade BRS, 53,4 mil mudas de essências florestais e fruteiras destinadas à formação de sistemas agroflorestais, e 275 kg de sementes de Pari-cá, Pau Brasil, Pau d’arco e outras espécies destinadas à produção de mudas de essências florestais, beneficiando cerca de 13.570 produtores em todo o Estado.

No que se refere às culturas industriais, destacam-se os resultados obtidos no “Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultu-ra”, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Comissão Executiva do Pla-no da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), apoiado com recursos do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (FUNCACAU). No exercício de 2013, foram cele-brados 12 convênios com recursos desse Fundo, no valor de R$ 2,6 milhões, com destaque para o “Projeto de Expansão e Fortalecimento da Lavoura Cacaueira”, nos municípios de Santa Bárbara, Ananindeua, Benevides, Acará e Santa Izabel do Pará, que deverá ter a sua produção absorvida por uma unidade industrial que está sendo instalada em Santa Bárbara, com funcionamento previsto para o pri-meiro trimestre de 2014.

No segmento da fruticultura, ressalta-se a realização do curso “Boas Práti-cas de Manipulação e Processamento do Açaí e o Uso do Branqueador” para 550 batedores de açaí, em parceria com a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (AVABEL) e as secretarias de Saúde do Estado e do município de Belém. O uso do branqueador foi objeto de uma cartilha elaborada pela SESPA e SEMA. Trata-se de uma técnica indicada para eliminar a possibilidade de contami-nação pelo Trypanosoma cruzi, transmissor da doença de Chagas, sem que haja alteração das propriedades organolépticas do produto,

A SAGRI também efetuou a distribuição de 2,7 mil kg de sementes de açaí, 152 mil kg de cupuaçu e 2,2 mil kg de cacau, beneficiando 7.449 produtores em 65 municípios paraenses, além de 2,8 mil mudas de açaí, 4,4 mil de cupuaçu e 440 de banana, atendendo 356 produtores nos municípios de Soure, Benevides, Curuçá, Santarém e Tracuateua.


No segmento da floricultura, destaca-se a distribuição de 8.163 kits de se-mentes olerícolas para 8.163 pequenos produtores, distribuídos em 43 municípios paraenses, contemplando todas as 12 regiões do Estado, além da distribuição de insumos para implantação de hortas, atendendo 85 produtores, nos municípios de Belém, Santo Antônio do Tauá e Acará.

Quanto às ações de defesa sanitária, em 2013, foram realizadas diversas ini-ciativas bem sucedidas que evitaram a entrada e/ou desenvolvimento de doenças e pragas no estado. Dentre elas, cabe destacar o combate a “mosca da carambo-la”, alvo de mais de 25 mil ações da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ), de monitoramento, combate, controle e educação sanitária. Relevantes também são as mais de cinco mil ações de monitoramento e inspeção realizadas através dos programas da teca, citros, palmáceas (dendê, coco e açaí), banana, soja, pastagens, pimenta do reino, abacaxi, cacau e cupuaçu, todas rele-vantes para a economia do Pará.

A atenção ao uso de agrotóxicos ocasionou a retirada de 150 toneladas de embalagens vazias do campo, que foram encaminhadas à destinação final ade-quada (reciclagem ou incineração), ocasionando grande ganho ambiental e a consequente melhoria na qualidade de vida da população.

No ano de 2013, cerca de 83 mil veículos foram fiscalizados quanto ao trans-porte de animais de diversas espécies e de produtos e subprodutos de origem ani-mal e vegetal, resultando em 65 ocorrências com 61 autos de infração emitidos.

As ações de educação sanitária, no ano de 2013, permitiram ao Estado a mudança de status para “Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação”, o que de-monstra que a ação conjunta entre o Governo do Estado e a iniciativa privada vem gerando excelentes resultados para o desenvolvimento do agronegócio paraense.

Outro importante resultado, em 2013, foi a efetivação, pela ADEPARÁ, do Serviço de Inspeção Vegetal Estadual (SIE Vegetal). Sete empresas produtoras de tucupi e maniva cozida encontram-se registradas e 10 estão em processo de ade-quação de seus estabelecimentos para recebimento do selo, que permitirá maior qualidade aos alimentos consumidos pela população.

pesca e aquiculturaO Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicul-

tura (SEPAq), realizou em 2013 diversas ações que contribuíram para o desenvol-vimento do setor pesqueiro e aquícola do Estado do Pará.

No que se refere à comercialização, o Governo deu prosseguimento, em 2013, ao projeto “Feira do Pescado”, contribuindo para uma alimentação mais saudável à população. Foram realizadas 138 feiras em diversos pontos do Estado do Pará, abrangendo 55 municípios, em 10 regiões de integração (Tucuruí, Baixo Amazonas, Guamá, Araguaia, Tocantins, Capim, Metropolitana, Marajó, Caetés e Carajás), comercializando cerca de 384 toneladas de pescado, entre peixe, cama-rão, caranguejo e ostra, com preços abaixo do custo, atendendo 69.119 mil con-sumidores.

No âmbito do incentivo e apoio à pesca, foram realizados pela SEPAq, em conjunto com outros órgãos estaduais, 14 eventos temáticos, destacando-se as “Feiras do Pescado”, na Semana Santa, o Festival Bacufest em Vigia e o Torneio de Pesca em Tucuruí. Além disso, destaca-se a participação nos seguintes eventos:

• Evento da Federação das Associações de Pescadores Artesanais e Aqui-cultores do Estado do Pará (FAPA): realizado no período de 05 a 07 de junho de 2013, no município de Viseu, o evento contou com palestra de técnicos da SEPAq sobre pesca e aquicultura;

• “1° seminário de Pesca e Aquicultura” de São João de Pirabas: realizado de 11 a 12 de julho de 2013. A SEPAq ministrou palestra com o tema “Au-tonomia Financeira para Mulheres Pescadoras” e o curso de capacitação de “Piscicultura em Viveiros Escavados”, do qual participaram aproxima-damente 120 pescadores do município;

• “1° encontro de Produtores Rurais da Região do Salgado (EPRAFRESAL)”: realizado no município de São João de Pirabas, nos dias 12 e 13 de julho de 2013. A SEPAq participou com estande informativo e atendimento ao público;

• “Seminário de Valorização do Pescador”: realizado no município de Vigia, no período de 14 a 17 de agosto de 2013. A SEPAq ministrou capacitação em “Transporte e Logística do Caranguejo-Uçá” para 82 pessoas;

• “1° Seminário Municipal de Política de Pesca” de Muaná: realizado nos dias 17 e 18 de setembro de 2013, no qual foram abordadas questões rela-tivas à concessão de licenças ambientais e linhas de crédito;

• “Feira da Agricultura Familiar (AGRIFAL)”: realizada no Hangar, em Be-lém/PA, no dia 04 de julho de 2013. A SEPAq participou com estande e atendimento ao público, inclusive com exposição de trabalho de incentivo à ostreicultura;

• “XVII Feira de Exposição de Tucuruí (EXPOTUC)”: realizada no período de 31 de julho a 4 de agosto. A SEPAq ministrou palestra sobre “Piscicultura em Viveiros Escavados”;

• “Seminário dos Pescadores e Aquicultores do Estado do Pará”: realizado em Belém, no mês de outubro de 2013.

Na atividade de piscicultura, o Governo do Estado promoveu o fomento a pescadores e aquicultores de 23 municípios das seguintes regiões de integração: Baixo Amazonas, Xingu, Tapajós, Baixo Amazonas, Guamá e Lago de Tucuruí, com a doação de aproximadamente 5,5 milhões de pós-larvas e mais de 1 milhão de alevinos de peixes das espécies tambaqui, pirapitinga e tambatinga. Em parceria com empresas paraenses ligadas ao pescado, foi feita doação de 2 toneladas de piramutaba a comunidades e entidades de Belém (incluindo os distritos de Mos-queiro e Icoaraci), Ananindeua e Benevides, beneficiando cerca de 300 famílias.


Em 2013, foram beneficiados, aproximadamente, 16 mil pescadores e aqui-cultores em todo o território do Pará, com ações de assistência técnica e capacita-ção realizadas pela SEPAq e EMATER. E por meio do PRONAF, estão sendo adqui-ridos equipamentos que desenvolvem a atividade a partir da avaliação de Projetos de Piscicultura em viveiros escavados e tanques-rede, além de visitas técnicas de monitoramento nos projetos de cultivo de ostras e atividades de piscicultura.

Na área da pesquisa, destaca-se a assinatura do Termo de Cooperação Téc-nica firmado entre a SEPAq e a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), visando ao desenvolvimento de ações de caráter de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços em área de mútuo interesse. Nesse contexto, em 2013, fo-ram apoiadas pelo Estado relevantes pesquisas na área da pesca e aquicultura, como a análise de amostra de moluscos; comportamento e ciclos de atividade em caranguejos Uça; produtos naturais como anestésicos em peixes da região oeste do Pará; e crescimento do pirarucu Arapaima Gigas em cativeiro.

No sentido de ampliar as ações de pesquisa e assistência técnica aos pes-cadores e aquicultores do Estado, foram direcionados investimentos de R$ 1,8 milhões à melhoria da infraestrutura do setor, permitindo, entre outras ações, a implantação da Estação de Aquicultura Fernando Flambot da Cruz, no município de Curuçá, assim como a ampliação e reforma do Centro de Capacitação de Aqui-cultura e Pesca do Nordeste Paraense, na comunidade de Curuperé, também em Curuçá.

Ressalte-se que todas as ações direcionadas à pesca e aquicultura, setor de grande relevância para a atividade econômica paraense, contribuíram para que o Pará, em 2013, ultrapassasse a produção do estado de Santa Catarina, passando a ser o maior produtor de pescado do país, com produção aproximada de 728.393 toneladas de pescado, sendo 670.961 no segmento da pesca artesanal (92,1%), 41.250 da industrial (5,7%) e 16.182 na piscicultura (2,2%).

Indústria, Comércio e Serviços

O processo de globalização e, em particular, o dinamismo da economia chi-nesa têm estimulado a demanda mundial por diversos produtos intensivos em recursos naturais (minérios, metais, alimentos, papel e celulose, etc.), com refle-xos no crescimento recente da economia brasileira, inclusive de regiões historica-mente menos dinâmicas do país.

Esse movimento tem implicado no surgimento de novos polos econômicos distribuídos pelo país, contrapondo-se ao peso do sudeste do Brasil na geração do Produto Interno Bruto (PIB). Entre essas regiões, estão o sudeste do Pará, o centro-norte do Mato Grosso, o oeste da Bahia e o sul do Maranhão, que deverão atrair grande parcela dos investimentos ao longo da próxima década.

Dentre os objetivos estratégicos desta gestão de Governo, destaca-se o de fortalecer a economia paraense em bases sustentáveis, buscando diversi-ficar a pauta de exportação para inserção competitiva do Estado na economia global.

Em 2013, o Governo do Pará, mantendo o foco nesses objetivos estraté-gicos, direcionou os investimentos em favor da dinamização das economias locais em bases sustentáveis, da incorporação de novas tecnologias ao siste-ma produtivo local e do fortalecimento da produção de base familiar.

Nesse sentido, o Governo Estadual realizou extenso programa de visitas aos municípios, por meio do Projeto “Caravana da Produção”. Idealizado para interiorizar as ações, o projeto foi realizado entre janeiro e dezembro de 2013 e visitou 51 municípios em 11 regiões de integração: Araguaia, Baixo Amazo-nas, Carajás, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Rio Caetés, Rio Capim, Tapa-jós, Tocantins e Xingu. O objetivo é estabelecer o diálogo com as lideranças empresariais e políticas locais, articulando soluções para melhorar a infraes-trutura e a logística. Superando os desafios ao desenvolvimento, é possível atrair novos investimentos nas áreas da indústria, comércio, serviços e mine-ração para fins de geração de emprego e renda.

A Política de Incentivos ao desenvolvimento socioeconômico do Pará e outras ações governamentais contribuem para a consolidação de um pro-cesso de desenvolvimento econômico moderno e competitivo, socialmente mais justo e ecologicamente sustentável, com maior internalização e melhor distribuição de benefícios. Contempla a implantação, modernização e diversi-ficação de empreendimentos novos ou existentes, assim como a aquisição de máquinas e equipamentos, tendo como foco o desenvolvimento de produtos e/ou processos, em consonância com as diretrizes e áreas consideradas es-tratégicas pelo Governo.

Atualmente, 126 empresas usufruem de incentivos fiscais, em municí-pios de 11 regiões de integração, que geram em média 14.255 empregos di-retos. Em 2013, 13 novos projetos foram beneficiados por incentivos fiscais, com perspectivas de geração de 1.578 empregos e internalização de 74% do total de suas compras no Estado do Pará, que correspondem a R$ 248 mi-lhões.

As empresas beneficiadas estão concentradas, em sua grande maioria, no segmento de fabricação de produtos alimentícios, seguido do cultivo de dendê e fabricação de produtos de borracha e material plástico.

O Banco do Produtor foi criado a partir de protocolo firmado entre o Governo Estadual e a empresa Vale, no qual as partes comprometem-se a aportar recursos na mesma proporção. Possui 16 operações contratadas no montante de R$ 26,8 milhões e disponibilidade total de R$ 17,9 milhões. Em 2013, 19 empresas se interessaram por recursos do Banco do Produtor, resul-tando em 11 cartas-consulta aprovadas.

Como coordenadora da política, coube a Secretaria de Indústria, Comér-cio e Mineração (SEICOM), recriada pela Lei nº 7.570/2011, alinhar as diretri-

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1 - O PARÁ REcEBE BRASILIDADES, A MAIS TRADIcIONAL FEIRA DE jÓIAS DO BRASIL

2 - PARÁ SEDIA FESTIVAL INTERNAcIONAL DO chOcOLATE

3 - cuRSOS E OFIcINAS MELhORAM A REcEPÇãO AOS TuRISTAS

4 - O GOVERNADOR SIMãO jATENE FALA A EMPRESÁRIOS PAuLISTAS SOBRE AS VANTAGENS DE INVESTIR NO PARÁ.

5 - GOVERNO APOSTA NA DEScENTRALIZAÇãO E MELhOR cONTROLE DA PRODuÇãO MINERAL E IMPLANTA uNIDADE REGIONAL DA SEIcOM EM MARABÁ

zes estratégicas de desenvolvimento com as iniciativas setoriais, dando continui-dade à criação de um ambiente favorável à implantação de novos investimentos.

indústriaA política industrial paraense propicia um ambiente favorável ao fortaleci-

mento do setor, à diversificação produtiva e à competitividade sistêmica, atuando de forma articulada com a política de Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) e com a política de fomento.

Nesse sentido, objetivou-se atrair cada vez mais investimentos produtivos, a fim de fomentar o desenvolvimento sustentável dos setores produtivos do Estado, com iniciativas positivas para os setores de indústria, comércio e serviços, em es-pecial a mineração e transformação mineral.

Entre essas iniciativas, merecem destaque o “Grupo Executivo de Atração de Investimento” e a “Rede Paraense de Atração de Investimentos”, projetos que têm por missão articular ações voltadas à melhoria do ambiente de negócios no Pará, promover o desenvolvimento sustentável e auxiliar no atendimento ao investidor, facilitando a instalação e/ou ampliação de novos negócios no estado. Já aderiram ao projeto os municípios de Ananindeua, Barcarena, Canaã dos Carajás, Casta-nhal, Goianésia, Jacundá, Rondon do Pará e Santa Izabel do Pará.

Além disso, está em andamento o Plano Estadual de Atração de Novos Ne-gócios (PANN), instrumento legal que dará máxima celeridade a projetos que vi-sem à instalação, modernização e expansão de empreendimentos. O projeto será operacionalizado com a emissão do Selo de Prioridade, que dará preferência para a tramitação dos respectivos processos nas instituições e secretarias do Governo. Entre as iniciativas do Plano, destaca-se o protocolo de intenção firmado entre SEICOM e as mineradoras (Vale, Hidro, Collossus, Imerys, Dow Corning, Votoran-tin e Alcoa) ligadas ao Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (SIMI-NERAL), que indicarão, dentre seus fornecedores, os que se encontram em estado crítico para fins de recebimento do Selo de Prioridade.

Com o intuito de promover a imagem e divulgar as potencialidades do Es-tado para investidores nacionais e internacionais, foram criados o Guia de Opor-tunidades do Pará e o site InvestPará, subsidiado pelo Mapeamento de Insumos Industriais Estratégicos, que apresenta os principais insumos consumidos pelas indústrias instaladas no Pará.

Outra iniciativa importante é o Polo Tecnológico Naval, o primeiro da Ama-zônia, que está em desenvolvimento por intermédio do Laboratório de Engenharia Naval, da Universidade Federal do Pará (UFPA), juntamente com o Programa de Qualificação Profissional para indústria naval e offshore e desenvolvimento de su-pply chain (cadeia de suprimentos), especificamente voltado para a indústria de construção naval e offshore. Além disso, foi firmado também Termo de Coopera-ção Técnica entre Governo do Estado, UFPA e Sindicato dos Construtores Navais com vista ao desenvolvimento de embarcações com certificação para a plena e segura navegabilidade na Amazônia.

No que se refere à infraestrutura industrial, em 2013, iniciaram-se as obras para implantação da Zona de Processamento de Exportações de Barcarena (ZPE--Barcarena), com previsão para conclusão em 2014. Quanto aos Distritos Indus-triais, o projeto executivo do complexo Inhangapi/Castanhal está em fase de con-clusão, enquanto que as obras do Distrito Industrial de Marabá estão previstas para serem concluídas em 2014.

mineraçãoNo tocante ao setor mineral, o foco está em reverter a lógica exportadora do

Estado, mudando a tradição de exportar minérios em estado bruto e/ou semie-laborado, que geram pouca ou nenhuma receita tributária, passando a exportar produtos com maior agregação de valor e que propiciam maior adensamento da cadeia produtiva. Neste sentido, em 2013, destacam-se os protocolos de inten-ções e acordos de cooperação técnica assinados entre a SEICOM e as empresas interessadas na verticalização do cobre, alumínio, cerâmica, cimento e aço, entre outros; e a Taxa Mineral (TFRM), que arrecadou cerca de R$ 270 milhões com o cadastramento de 342 empresas vinculadas ao setor. A TFRM auxilia o Estado na fiscalização dos empreendimentos minerais e na ampliação da capacidade de in-vestimento em obras sociais e de infraestrutura.

Quanto à consolidação das políticas na área mineral, a SEICOM concluiu os estudos e as oficinas para elaborar o primeiro Plano Mineral do Pará 2030, com foco no longo prazo. Foram realizadas 11 reuniões de trabalho entre oficinas e seminários de consolidação, em cinco municípios (Barcarena, Belém, Paragomi-nas, Parauapebas e Santarém), que contaram com a participação de cerca de 800 pessoas e 200 instituições de Governo, de ensino e pesquisa, da sociedade civil e do setor produtivo, o que assegura a legitimidade social dessa área estratégica para o Estado, porém ainda pouco debatida e conhecida por amplos segmentos da sociedade.

Em 2013, outra relevante iniciativa do Governo para o setor mineral foi a inau-guração do Núcleo Regional da SEICOM em Marabá, passo importante para in-teriorizar as ações em uma região estratégica, proporcionando maior eficiência, eficácia e efetividade ao programa de controle, acompanhamento e fiscalização da atividade minerária no Estado, conforme requer a Lei estadual nº 7.591/2011.

Destaca-se, ainda, o apoio da SEICOM aos Arranjos Produtivos Locais de Gemas e Joias da Região do Tapajós (Itaituba) e ao Oleiro-Cerâmico da Região Guamá (São Miguel do Guamá). Uma agenda de políticas públicas foi potencia-lizada pela articulação entre diferentes segmentos do Governo, sobretudo com o Sindicato das Indústrias Cerâmicas de São Miguel do Guamá (SINDICER).

O Governo do Estado, por meio da SEICOM, SEMA, SEAS, SESPA, SEGUP e ProPaz, também desenvolve ações para resguardar os direitos dos garimpei-ros. Nesse sentido, realizou visita técnica à vila de Serra Pelada, no município de Curionópolis, visando à implementação de ações direcionadas às áreas de saúde, saneamento básico e infraestrutura destinadas a atender, aproximadamente, 6,5 mil habitantes, entre garimpeiros e familiares.


comércio exteriorO fluxo do comércio exterior entre Brasil e resto do mundo revela um cená-

rio com a participação de todos os estados na composição da balança comercial do país. De um lado, estados com grande participação na pauta de exportação, registrando elevados superávits. De outro, estados com elevadas demandas ao exterior que acentuam suas participações na pauta de importação nacional com grandes déficits. Inserido no primeiro grupo, destaca-se o Estado do Pará com um dos maiores superávits na balança comercial brasileira.

Com o objetivo de fomentar políticas estaduais alinhadas às estratégias de aumento da base exportadora e internacionalização das cadeias produtivas, o Go-verno do Estado, por meio da SEICOM, potencializou iniciativas de capacitação para o segmento do comércio exterior.

Foram realizadas importantes atividades durante o ano, entre treinamentos, oficinas, workshops e cursos básicos em exportação, com um total de 160 em-presários capacitados e 136 empresas atendidas. Para a melhoria do ambiente de negócios, trabalhou-se com estudos e pesquisas direcionados aos mercados da Alemanha, China, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Hungria, Portugal, Su-riname e Trinidad e Tobago. Além disso, foram firmados termos de cooperação técnica com as instituições parceiras: SEBRAE, Centro Internacional de Negócios – Federação das Indústrias do Pará e Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Também merece realce a participação dos empresários locais em eventos, feiras, fóruns, rodadas de negócios e encontros, visando à promoção dos produtos paraenses no mercado mundial.

comércio e serviços e apoio a pequenos negóciosDentre os setores da economia paraense, o setor de Comércio e Serviços

apresenta o maior volume de mão de obra ocupada, com 232.803 pessoas ocupa-das e geração de receita bruta de R$ 30 bilhões (IBGE-2011).

Em 2013, o Governo do Estado procurou fortalecer as Micro e Pequenas Em-presas (MPEs) com a implementação do Fórum Estadual das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Pará, composto por 17 entidades, sendo oito do Governo Estadual e nove da iniciativa privada. O objetivo é criar uma instância es-tadual competente para cuidar dos aspectos não tributários relativos ao tratamen-to diferenciado às MPEs.

Outra importante iniciativa realizada pelo Governo do Estado, em 2013, diz respeito à aprovação junto ao SEBRAE Nacional do projeto Compras Governamen-tais, para capacitação de fornecedores e compradores no valor de R$ 2,5 milhões, o que permitirá maior competitividade empresarial e desenvolvimento da econo-mia local. Nesse período, o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pe-quenas Indústrias (PROCOMPI) aprovou o Projeto de Qualificação e Capacitação no valor de R$ 300 mil, que irá atender 25 micro e pequenas empresas do setor de gemas e joias sediadas no Espaço São José Liberto.

O São José Liberto desenvolveu atividades de apoio aos artesãos e pequenos produtores criativos de gemas e joias, como a realização de 20 eventos que visa-ram ampliar o mercado, promovendo a comercialização dos produtos gerados, com receita estimada em R$ 1 milhão. Do total de eventos realizados, destacam--se seis feiras locais, três nacionais, além de exposições nacionais e internacio-nais. A Casa do Artesão e sua Loja Incubadora atenderam 2.712 produtores, ge-rando receita de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 972 mil provenientes da Loja Incubadora e R$ 615 mil da Casa do Artesão.

Além disso, buscou-se aprimorar o processo de produção joalheira artesanal paraense e a atualização técnica, capacitando 693 profissionais, sendo 568 volta-dos a joias e acessórios de moda e 125 de artesanatos. Foram realizados, ainda, três workshops de geração de produtos, seis cursos e 11 palestras. Os workshops possibilitaram a produção de duas coleções de joias e uma coleção de acessórios de moda, lançadas no Espaço São José Liberto e comercializadas nos pontos de venda direta do Polo Joalheiro, em eventos e feiras.

Outra importante ação de Governo no apoio aos pequenos negócios foi efe-tivada por meio do Programa CREDCIDADÃO. A política de concessão de crédito popular, ágil, acessível, de baixo valor e adequada para a criação, proporciona o crescimento e a consolidação de empreendimentos de micro e pequeno porte de pessoas físicas e jurídicas e de organizações sociais produtivas. Em 2013, foram beneficiados 988 empreendedores, localizados em 17 municípios pertencentes às regiões do Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guamá, Lago de Tucuruí, Metropo-litana e Tapajós. Ao todo, receberam R$ 5,3 milhões e propiciaram efeito multipli-cador de emprego e renda no âmbito dos pequenos negócios locais.

turismoA prioridade do Governo para o Turismo, setor estratégico para a geração de

emprego e renda e desenvolvimento regional, consiste na promoção da atividade em bases sustentáveis e direcionadas à redução das desigualdades sociais. A partir desse enfoque, que contempla uma dinâmica de atuação descentralizada e participativa, o Governo Estadual tem priorizado o fortalecimento da imagem do Pará como polo turístico nacional, assim como a implantação de melhorias na in-fraestrutura e na logística turística do Estado.

Nesse sentido, o Governo, por meio da Secretaria de Estado de Turismo do Pará (SETUR) e da Companhia Paraense de Turismo (PARATUR), investe e estimu-la a implantação de empreendimentos e atividades turísticas capazes de assegu-rar o desenvolvimento moderno e sustentável para as diferentes regiões, dentro de um conceito que privilegia atividades economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis e que contemplem os saberes e a riqueza cultural dos municípios paraenses. O foco é a criatividade intelectual, a capacitação e a qualidade de vida das populações locais. Nessa direção, os investimentos foram realizados nesse setor.

Em 2013, o Estado do Pará recebeu mais de 970 mil turistas brasileiros e estrangeiros, um incremento de 13,9% em relação ao ano anterior, gerando cerca



de US$ 196 milhões, aproximadamente R$ 450 milhões em valores monetários atuais. O turismo contribuiu com 2,9% do PIB estadual e mais de 90 mil empregos no setor, considerando as atividades de transporte, hotéis e similares, alimentação (restaurantes e outros), agências de viagens, lazer e cultura.

Contando com um canal de comunicação direto com as prefeituras e se-cretarias municipais de turismo, foram reativados os quatro fóruns regionais de turismo nos polos Amazônia Atlântica, Belém, Marajó e Tapajós, permitindo o for-talecimento das estâncias de governança turísticas nessas regiões.

Com o objetivo de profissionalizar e operacionalizar eventos culturais em todo o Pará, e dessa forma refletir na ampliação da receita gerada pelos turistas, foi implementado o Projeto “Incubadora de Eventos”, que contemplou seis ações:

• Paixão de Cristo, em Barcarena;

• Círio Noturno Fluvial de Santo Antônio, em Oriximiná;

• Festival do Sairé, em Santarém;

• Festival do Carimbó, em Marapanim;

• Boi Tinga, em São Caetano de Odivelas;

• Marujada, em Bragança.

O Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) também teve destaque em 2013, com dois projetos concluídos. O Estudo de Viabilidade Econômica e Avaliação Ambiental Estratégica permitiu, juntamente com os de-mais projetos que estão em andamento, o desenvolvimento dos polos turísticos de Belém, Marajó e Tapajós, contribuindo para a ampliação e aproveitamento do potencial das regiões turísticas em todo o Estado.

No que se refere à capacitação de profissionais do setor, com vistas à melho-ria da capacidade competitiva na prestação de serviços turísticos, mais de 4.000 pessoas participaram dos cursos relativos à qualidade no atendimento; condutor de pesca esportiva; garçom; gestão de pequenos negócios turísticos; cozinha re-gional e outros.

A qualificação dos serviços turísticos também mereceu atenção da gestão estadual, no sentido de contribuir para elevar a competitividade dos negócios. Desse modo, 537 empreendimentos foram beneficiados com o registro no Sis-tema de Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas que atuam no setor do turismo (CADASTUR) e no Ministério do Turismo (MTUR). Os registros possibilitam maior visibilidade para os negócios turísticos, com a inclusão dos cadastros nos sites www.cadastur.gov.br e www.viajelegal.turismo.gov.br, além de outros benefícios, como linhas de crédito especiais junto a bancos oficiais e oportunidade de acesso a mercados consumidores nacionais e internacionais.

Quanto à infraestrutura voltada para o turismo, cabe destacar, em 2013, a conclusão da revitalização e reforma da Orla do Maçarico, no município de Salinó-polis, com investimentos de R$ 526 mil, bem como as iniciativas para a constru-ção dos Centros de Convenções de Santarém, que se encontra em fase de defini-ção do projeto, e de Marabá, cuja obra foi iniciada com previsão de conclusão no segundo semestre de 2014.

O Centro de Convenções e Eventos de Marabá está sendo construído no bair-ro Nova Marabá, localizado às margens da rodovia Transamazônica, e terá 13.200 m2 de área construída em um terreno de 35.000 m2. É composto por quatro blocos principais onde ficarão os setores administrativo, de feiras e eventos, teatro e área direcionada a auditórios. Com capacidade para receber até 15 mil pessoas em eventos simultâneos, além de estacionamento projetado para aproximadamente 500 veículos, o Centro hoje está com 50% dos trabalhos de engenharia executa-dos. Sua construção envolve recursos financeiros da ordem de R$ 18,94 milhões.

As estratégias para divulgação e promoção do destino Pará, no ano de 2013, envolveram a participação dos órgãos de turismo em eventos nacionais e inter-nacionais, com destaque para a Feira Internacional de Turismo de Lisboa; Feira Internacional de Turismo da América Latina, em São Paulo; Expocatólica - Jornada Mundial da Juventude, realizada na cidade do Rio de Janeiro; Feira Internacional de Turismo, em Buenos Aires; e 41º Feira de Turismo das Américas, promovida pela Associação Brasileira de Agentes de Viagens (ABAV) - em São Paulo. Essa participação proporcionou maior promoção dos produtos paraenses nos princi-pais mercados emissores de turista.

Como resultado dos esforços do Governo à ampliação da acessibilidade do turista ao Pará, em 2013, foi negociada a abertura de novos vôos internacionais: Belém-Miami, a ser operado pela companhia aérea TAM, e Belém-Lisboa, pela companhia aérea TAP, previstos para entrar em operação no primeiro semestre de 2014. Essas iniciativas propiciarão a elevação do fluxo de turistas e oportunidades para desenvolvimento de negócios, com isso ampliando o nível de emprego e ren-da nesse setor no Estado do Pará.

www.pa.gov.br

Documents

Mensagem de Governo 2014