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Mercadorias Transportadas

Mercadorias Transportadas - Nossa Seguros · h) Efeito directo ou indirecto de explosão, libertação de calor e radiações, provenientes da desintegração ou fusão do núcleo

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Mercadorias

Transportadas

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CONDIÇÕES GERAIS

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ARTIGO PRELIMINAR

Entre a NOSSA – NOVA SOCIEDADE DE SEGUROS DE ANGOLA,S.A., adiante designada por Seguradora, e o Tomador deSeguro mencionado nas Condições Particulares, estabele-ce-se um contrato de seguro de Mercadorias Transportadasque se regula pelas Condições Gerais, Especiais e Parti-culares desta Apólice, de harmonia com as declarações cons-tantes da proposta que lhe serviu de base e da qual faz parteintegrante.

CAPÍTULO IDEFINIÇÕES E OBJECTO DO CONTRATO

ARTIGO 1.º – DEFINIÇÕES

Para efeitos do presente contrato entende-se por:

Seguradora – A entidade legalmente autorizada para aexploração do seguro de Mercadorias Transportadas, quesubscreve com o Tomador do Seguro o presente contrato;

Tomador de Seguro – a entidade que celebra o contrato deseguro com a Seguradora, sendo responsável pelo pagamen-to do prémio;

Segurado – a pessoa no interesse da qual o contrato é cele-brado;

Sinistro – todo e qualquer acontecimento susceptível defazer funcionar as garantias do contrato;

Franquia – importância que, em caso de sinistro, fica a cargodo Segurado e cujo montante encontra-se estipulado nasCondições Particulares do contrato;

Salvados – Objectos seguros que em consequência de umsinistro ficam danificados, podendo o seu valor se deduzido naindemnização a que o Segurado tiver direito.

ARTIGO 2.º – OBJECTO DO CONTRATO

O presente contrato segura, nos termos desta Apólice, osobjectos e/ou interesses patrimoniais estimáveis em dinheirodescritos nas Condições Particulares, durante o seu transpor-te, no percurso normal da viagem segura, quer este se efectuepor via marítima, fluvial, terrestre ou aérea.

CAPÍTULO IICOBERTURAS E EXCLUSÕES

ARTIGO 3.º – COBERTURAS

1. O presente seguro cobre:

a) A perda total, material e absoluta, dos objectos seguros,quando ocorrida conjuntamente com idêntica perdatotal, por fortuna de mar, do navio ou da embarcaçãoem que são transportados, ou por acidente terrestre ouaéreo ocorrido com o meio de transporte utilizado,durante o periodo de risco abrangido por esta Apólice;

b) A contribuição que, em regulação de avaria grossa,impenda sobre os objectos e/ou interesses seguros;

c) O depósito provisório que, eventualmente, seja exigidopara garantia de liquidação da contribuição definitivade avaria grossa;

d) A perda resultante de alijamento ou arrebatamentopelas ondas dos objectos, transportados no convés,desde que o transporte nessas condições tenha sidopreviamente declarado pelo Segurado e especificamen-te aceite pela Seguradora;

e) As perdas ou danos sofridos pelos objectos seguros emconsequência de riscos expressamente declarados nasCondições Particulares como riscos cobertos.

2. Sem prejuízo do disposto nas alíneas b) e c) do númeroanterior, no caso de os valores atribuidos aos objectos e/ouinteresses seguros serem estimados num montante superiorao declarado na Apólice, a Seguradora apenas respondepela contribuição ou pelo depósito provisório correspon-dente à parte proporcional do valor seguro em relação aovalor atríbuido para efeitos de contribuição.

ARTIGO 4.º – EXCLUSÕES

1. Ficam expressamente excluídas das garantias prestadaspor esta Apólice, as perdas ou danos, directa ou indirecta-mente, resultantes de:

a) Contrabando, descaminho, comércio proibido ou clan-destino;

b) Medidas sanitárias ou de desinfecção;

c) Mau acondicionamento ou deficiências de embalagemda responsabilidade do Segurado;

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SEGURO DE MERCADORIAS TRANSPORTADAS

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d) Vício próprio, ou alteração da natureza intrínseca, dosobjectos seguros;

e) Atrasos na viagem ou sobre-estadias qualquer que sejaa causa;

f) Diferenças de cotação, perda de mercado ou quaisqueroutros motivos que obstem, dificultem ou alterem atransacção comercial do Segurado;

g) Acções ou omissões dolosas do Segurado, dos seusempregados, mandatários ou representantes, ou prati-cados com a sua cumplicidade ou participação;

h) Efeito directo ou indirecto de explosão, libertação decalor e radiações, provenientes da desintegração oufusão do núcleo de átomos, aceleração artificial de par-tículas ou radioactividade.

2. Salvo convenção expressa em contrário nas CondiçõesParticulares e mediante o pagamento de um prémio adi-cional, a Seguradora não responde pelas perdas ou danosdirecta ou indirectamente resultantes de:

a) Captura, apreensão, arresto, penhora, presa ou deten-ção e respectivas consequências, ou simples tentativasde tais actos;

b) Explosão de bombas ou outros engenhos explosivos,bem como as consequências de hostilidades ou opera-ções bélicas (quer tenha havido ou não declaração deguerra), guerra civil, revolução, rebelião, insurreição eactos de terrorismo;

c) Actos de pirataria;

d) Greves, “Lock-outs”, conflitos laborais, tumultos oucomoções civis, actos de grevistas ou trabalhadores sob“lock--out” ou de pessoas tomando parte em conflitoslaborais.

CAPÍTULO IIIOBRIGAÇÕES DA SEGURADORA, DO TOMADORDE SEGURO E/OU SEGURADO

ARTIGO 5.º – OBRIGAÇÕESDA SEGURADORA

A Seguradora obriga-se em caso de sinistro abrangido pelasgarantias da presente Apólice, a realizar as prestaçõesinerentes à responsabilidade que assume nos termos doCapítulo I.

ARTIGO 6.º – OBRIGAÇÕES DO TOMADORDE SEGURO E/OU DO SEGURADO

1. O Tomador de Seguro obriga-se a pagar pontualmente oprémio devido à Seguradora logo que o recibo seja colo-cado à cobrança.

2. Sob pena de responder por perdas e danos, o Tomador deSeguro e o Segurado obrigam-se a:

a) Declarar à Seguradora, no momento da celebração docontrato de seguro, os factos que possam interessar àcorrecta apreciação do risco;

b) Comunicar de imediato à Seguradora, as circunstânciasde que tenha conhecimento e que possam agravar orisco assumido, pagando o prémio adicional que forrequerido;

c) Comunicar à Seguradora, logo que do facto tenha con-hecimento, o nome do navio ou navios transportado-res, ou, tratando-se de transporte por via terrestre ouaérea, a matrícula do veículo transportador, o númeroda guia, ou senha de caminho de ferro ou número dacarta de porte, sempre que o seguro tenha sido feitosem essas indicações.

CAPÍTULO IVINÍCIO DA PRODUÇÃO DE EFEITOS E DURAÇÃODO CONTRATO

ARTIGO 7.º – DURAÇÃO E CESSAÇÃO DO CONTRATO

1. Salvo convenção expressa em contrário nas CondiçõesParticulares, a responsabilidade da Seguradora começa etermina:

a) Relativamente ao transporte por via marítima ou fluvial– no momento em que os objectos são carregados nonavio ou nas embarcações destinadas a transportá-lospara aquele, até que sejam descarregados em terra, noporto de destino declarado na Apólice;

b) Relativamente ao transporte por outras vias – nomomento em que os objectos são carregados no meio detransporte, na localidade indicada na Apólice para o iníciodo trânsito, até que sejam entregues ao destinatário ouquem o representar na localidade declarada na Apólice.

2. Mediante o pagamento de um prémio adicional, o contra-to de seguro mantem-se em vigor em caso de demora noinício ou realização normal da viagem e ainda no caso de

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CONDIÇÕES GERAIS

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desvio de rota e transbordos não previstos, desde que taisfactos ocorram fora do controlo do Segurado, a quemcompete dar conhecimento dos mesmos à Seguradora,logo que deles tome conhecimento.

CAPÍTULO VDENÚNCIA, REDUÇÃO, RESOLUÇÃO E NULIDADE DO CONTRATO E TRANSMISSÃO DE DIREITOS

ARTIGO 8.º – DENÚNCIA DO CONTRATO

1. A denúncia do contrato equivale à sua não renovação.

2. Sem prejuizo das disposições aplicáveis em matéria depagamento de prémios de seguro a denúncia do contrato,bem como a apresentação de uma proposta de renovaçãoem condições diversas das contratadas, devem ser comu-nicadas por escrito, por uma das partes à outra parte, comuma antecedência mínima de 30 (trinta) dias em relação àdata do seu vencimento.

3. Apresentando uma das partes uma proposta de renovaçãoem condições diversas das contratadas, dispõe a outraparte de um período de 15 (quinze) dias a contar da datade recepção da comunicação para, querendo, fazer cessaro contrato.

ARTIGO 9.º – REDUÇÃO E RESOLUÇÃODO CONTRATO

1. O Tomador de Seguro pode, a todo o tempo, reduzir ouresolver o presente contrato, mediante comunicação escri-ta à Seguradora, com a antecedência mínima de 30 diasem relação à data em que a redução ou resolução produzos seus efeitos.

2. O prémio a devolver em caso de redução ou resolução deiniciativa do Tomador de Seguro será calculado proporcio-nalmete ao período de tempo não decorrido, sem prejuízodo disposto no número seguinte.

3. A Seguradora pode reduzir ou resolver o contrato fazendoa comunicação por carta registada ou por qualquer outromeio do qual fique registo escrito, enviada ao Tomador deSeguro com pré-aviso de 30 dias sobre a data de produ-ção de efeitos, nos seguintes casos:

a) Após participação de sinistros, o mais tardar até 30dias após o pagamento da indemnização ou da recusade intervenção da Seguradora;

b) Havendo cúmulo de seguros;

c) Havendo agravamento de risco;

d) No caso de alteração de circunstâncias que determi-nem um desiquilibrio desproporcionado das presta-ções;

e) Havendo fraude, considerando-se como tal a obtençãoou tentativa de obtenção de um benefício ilegítimo porparte do Tomador de Seguro, do Segurado ou terceiros,com ou sem conivência de algumas das pessoas referi-das, à custa da Seguradora.

4. O prémio a devolver em caso de redução ou resolução daSeguradora será calculado proporcionalmente ao períodode tempo não decorrido, com excepção dos casos de reso-lução ao abrigo da alínea e) do número anterior, casosesses em que os prémios serão devidos por inteiro àSeguradora, a título de perdas ou danos.

5. Existindo previlégio creditório sobre os bens que consti-tuem o objecto do seguro, a Seguradora obriga-se acomunicar por escrito à entidade credora, expressamenteidentificada nas Condições Particulares, a redução ouresolução do contrato com a antecedência mínima de 15dias em relação à data em que a mesma irá produzir osseus efeitos.

ARTIGO 10.º – NULIDADE DO CONTRATO

1. As declarações inexactas, assim, como a reticência de fac-tos ou circunstâncias do conhecimento do Tomador deSeguro ou do Segurado, e que teriam podido influir sobrea existência ou condições do mesmo, tornam o contratonulo.

2. Se as referidas declarações tiverem sido feitas de má-fé, aSeguradora terá direito ao prémio, sem prejuízo da nulida-de do contrato nos termos do número anterior.

ARTIGO 11.º – TRANSMISSÃO DE DIREITOS

1. Se os objectos seguros mudarem de proprietário no decur-so do período de validade da presente Apólice, esta,mediante o respectivo endosso pelo Tomador de Seguro,transmite-se para o novo proprietário, para o qual se trans-ferem todos os direitos e obrigações dela emergentes.

2. Quando tiver sido emitido um certificado de seguro válidopara efeitos de reclamação, tal documento substitui a pre-

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SEGURO DE MERCADORIAS TRANSPORTADAS

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sente Apólice e o seu endosso equivale à transmissão refe-rida no número anterior.

CAPÍTULO VICONDIÇÕES, PRAZO E PERIODICIDADEDO PAGAMENTO DOS PRÉMIOS

ARTIGO 12.º – TAXA DO PRÉMIO

1. A taxa do prémio é fixada pela Seguradora em função dascoberturas e riscos que se pretendam garantir, dos objec-tos e valores a segurar, do periodo do seguro, bem comode quaisquer outros factos ou circunstâncias consideradosno caso concreto relevantes para a determinação do riscoa assumir por aquela.

2. No presente contrato é admissível que, mediante reduçãodo respectivo prémio bruto, parte do risco, determinadoem valor ou em percentagem, fique a cargo do Tomadorde Seguro e/ou Segurado, de acordo com o que for contra-tado entre as partes e expressamente indicado nasCondições Particulares da Apólice.

ARTIGO 13.º – PAGAMENTOSDOS PRÉMIOS

1. Os prémios (ou fracções de prémio) iniciais são devidos logoque o recibo seja posto à cobrança, sendo os prémios oufracções seguintes devidos na data indicada no aviso depagamento, para o efeito, enviado pela Seguradora, 30 diasantes da data para cumprimento da referida prestação.

2. Na falta de pagamento do prémio ou fracção na data indi-cada no aviso, o Tomador de Seguro constitui-se em morae, decorridos que sejam 30 dias após aquela data, o con-trato será automaticamente resolvido, sem possibilidadede ser reposto em vigor.

3. A resolução não exonera o Tomador de Seguro da obriga-ção de liquidar os prémios ou fracções em dívida corres-pondentes ao período em que o contrato esteve em vigor,acrescido de uma penalidade de 50% da diferença entreo prémio devido para o período de tempo inicialmentecontratado e as fracções eventualmente já pagas, tudoacrescido dos respectivos juros de mora calculados nostermos legais em vigor.

4. O seguro considera-se em vigor sempre que o prémiotenha sido pago pelo Tomador de Seguro ao mediadordurante o período indicado no n.º 5 e o recibo tenha sido

entregue ao Tomador de Seguro por mediador com poderde cobrança.

CAPÍTULO VIIVALOR SEGURO E COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS

ARTIGO 14.º – VALOR SEGURO

1. O Tomador de Seguro poderá efectuar o seguro dos objec-tos por um valor compreendido entre o seu preço no lugare data do carregamento, acrescido das despesas, até aolugar de destino, e uma percentagem até 15% para lucrosesperados, salvo se outra percentagem tiver sido declara-da nas Condições Particulares e o preço corrente dos mes-mos no lugar de destino, à sua chegada, sem avaria.

2. Em caso de reclamação, a Seguradora tem sempre o direi-to de pedir a justificação do valor seguro e de reduzí-lo deharmonia com o que se estabalece no número anterior.

3. Se o valor seguro for inferior ao valor real dos objectos, oSegurado responderá proporcionalmente pelas perdas edanos sofridos pelos mesmos.

ARTIGO 15.º – COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS

1. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado ficam obrigados aparticipar à Seguradora, sob pena de responderem porperdas e danos, a existência de outros seguros com o mesmoobjecto e garantia.

2. Se à data do sinistro existir mais do que um contrato deseguro, com o mesmo objecto e cobertura, a presente apó-lice apenas funcionará em caso de nulidade, ineficácia ouinsuficiência dos seguros anteriores.

CAPÍTULO VIIIOBRIGAÇÕES E DIREITOS DA SEGURADORA,DO TOMADOR DO SEGURO E/OU DO SEGURADOEM CASO DE SINISTRO

ARTIGO 16.º – PROCEDIMENTOS A ADOPTAREM CASO DE SINISTRO

1. Em caso de suspeita de avaria ou danos nos objectosseguros, o Tomador de Seguro, o Segurado, o consignatá-rio, ou quem os represente, deve solicitar, imediatamente

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por escrito, a presença do comissário de avarias ou doperito indicado na Apólice ou certificado de seguro para avistoria, sem prejuízo da observância do que dispõem osArt.ºs 440.º e 615.º do Código Comercial.

2. Sob pena de responder por perdas e danos, o Tomador deSeguro e/ou Segurado, obrigam-se a:

a) Tomar as medidas que estejam ao seu alcance para evi-tar ou diminuir os prejuízos;

b) Promover a guarda, segurança e conservação dos sal-vados;

c) Adoptar as providências para que não se perca o direi-to de regresso contra terceiros eventualmente respon-sáveis pelos prejuízos, nomeadamente no que respeitaa entidades transportadoras, com vista a apresentar, noprazo estabelecido no título de transporte, na lei ou nasconvenções internacionais aplicáveis, a competentereclamação por escrito.

3. Sem prejuízo do disposto das alíneas a) e b) do númeroanterior, o abandono dos objectos seguros apenas é admi-tido nos seguintes casos:

a) Desaparecimento total e definitivo em consequência deafundamento, por fortuna de mar, do navio ou daembarcação transportadora, ou de acidente ocorridocom o meio de transporte utilizado;

b) Falta de notícias do navio transportador, de acordocom os prazos fixados no Art.º 617.º do Código Co-mercial.

4. Qualquer intervenção da Seguradora com vista a recupe-rar, beneficiar ou preservar os objectos seguros, não signi-ficará a aceitação do sinistro.

ARTIGO 17.º – RECLAMAÇÕES

1. As reclamações a apresentar à Seguradora serão obrigató-riamente acompanhadas dos seguintes documentos:

a) Original da Apólice ou certificado de seguro;

b) Original ou cópia autenticada do conhecimento deembarque ou documento de transporte equivalente;

c) Factura comercial;

d) Certificado da vistoria efectuada pela entidade indica-da na Apólice ou certificado de seguro;

e) Cópia da carta dirigida, no prazo legal, ao transporta-dor ou outras entidades eventualmente responsáveispelos prejuizos ocorridos e a respectiva resposta.

2. Os documentos referidos no número anterior deverão serentregues à Seguradora o mais rapidamente possível, den-tro do prazo de nove meses após a descarga dos objectosseguros no lugar do destino no caso de transporte por viamarítima e cinco meses no caso de transportes por viaterrestre ou aérea, sem prejuízo, no que for aplicável, dodisposto no Art.º 615.º do Código Comercial.

3. Para além dos documentos referidos no n.º1 a Seguradorapode exigir outros necessários à apreciação do sinistro eestabelecimento do montante da indemnização.

ARTIGO 18.º – PAGAMENTO DE INDEMNIZAÇÃO

1. À Seguradora fica reservado o direito de repôr ou subs-tituir os objectos perdidos ou avariados por outros damesma natureza, espécie e tipo, ou indemnizar oSegurado pelo prejuízo patrimonial sofrido até ao limi-te do valor seguro, tendo em atenção o disposto noArt.º. 18.

2. A obrigação da Seguradora limita-se à quantia segura,pelo que se durante o período de risco abrangido por estaApólice, houver lugar ao pagamento de quaisquer impor-tâncias, na eventual indemnização por perda total serádeduzido o quantitativo desse pagamento.

3. O Tomador de Seguro poderá efectuar um seguro adicio-nal pelo valor dos pagamentos referidos no número ante-rior, logo que os mesmos tenham lugar, de modo a reporo valor seguro inicial.

4. Do disposto no n.º 2 excluem-se as despesas que foremlegítima e razoavelmente feitas pelo Tomador de Seguro,pelo Segurado, seus empregados ou representantes, nocumprimento da obrigação estabelecida nas alíneas a) eb) do n.º 2 do Art.º 16.º, com vista à protecção, salvaguar-da e recuperação dos objectos seguros ou parte deles,despesas essas que ficam a cargo da Seguradora na pro-porção do valor seguro em relação ao valor real dos objec-tos, independentemente da indemnização por prejuízosque venha a ter lugar.

5. Na determinação do valor da indemnização não serão con-sideradas as despesas que não forem efectivamente realiza-das, ainda que estejam englobadas no valor seguro.

6. As indemnizações por perdas ou avarias serão liquida-das pela Seguradora com a dedução das quantias que

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lhe forem devidas pelo Tomador de Seguro e relaciona-das com o mesmo contrato, incluindo as franquias indi-cadas nas Condições Particulares e nos termos aí con-vencionados.

ARTIGO 19.º – SUBSEGURO

Se o valor seguro for inferior ao valor real dos objectos, oSegurado responderá proporcionalmente pelas perdas edanos sofridos pelo mesmo.

ARTIGO 20.º – SOBRESSEGURO

Em caso de reclamação, a Seguradora tem o direito de pedir ajustificação do valor seguro e de reduzi-lo de harmonia com oque se estabelece no Art.º 14.º.

ARTIGO 21.º – ÓNUS DA PROVA

1. Impende sobre o Tomador do Seguro e/ou o Segurado oónus da prova da veracidade da reclamação e/ou do inte-resse legal nos bens seguros, podendo a Seguradora exi-gir-lhe os meios de prova adequados que estejam ao seualcance.

2. No caso de não serem respeitadas pelo Tomador doSeguro e/ou pelo Segurado as obrigações acima estipu-ladas, a Seguradora poderá declinar a sua responsabili-dade.

ARTIGO 22.º – SALVADOS

1. O valor dos salvados será sempre deduzido ao montanteda indemnização.

2. A Seguradora tem direito a que o valor dos salvados sejadeterminado pela sua venda em hasta pública, mesmoque os objectos em estado de avaria tenham sido avalia-dos com o seu consentimento.

3. A venda em hasta pública será efectuada extrajudicial-mente, com observância, naquilo que puder ser aplicável,dos critérios seguidos na venda judicial.

4. Após o pagamento do sinistro pela totalidade do valor dosobjectos danificados, a Seguradora, se assim o desejar,ficará com a propriedade dos salvados.

CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAIS

ARTIGO 23.º – COMUNICAÇÕES E NOTIFICAÇÕES

1. As comunicações ou notificações que, no âmbito do presen-te contrato, cada uma das partes faça à outra, só serão efi-cazes se forem efectuadas por meio de carta registada oupor outro meio do qual fique registo escrito, enviada para oúltimo domicílio do Tomador de Seguro e/ou Segurado,constante do contrato ou para a sede social da Seguradora.

2. Todavia, a alteração de morada ou de sede do Tomador doSeguro e/ou do Segurado deve ser comunicada àSeguradora nos 30 dias subsequentes à data em que severifiquem, por carta registada ou por outro meio do qualfique registo escrito, sob pena de as comunicações ounotificações que a Seguradora venha a efectuar para amorada desactualizada se terem por válidas e eficazes.

3. As comunicações ou notificações da Seguradora previstasnesta apólice consideram-se válidas e plenamente efica-zes caso sejam efectuadas por correio registado, ou poroutro meio do qual fique registo escrito, para a últimamorada do Tomador do Seguro e/ou do Segurado constan-te do contrato, ou entretanto comunicada nos termos pre-vistos no número anterior.

ARTIGO 24.º – SUB-ROGAÇÃO

1. A Seguradora, uma vez paga a indemnização, fica sub-ro-gada até à concorrência da quantia indemnizada, em todosos direitos do Tomador de Seguro e/ou Segurado, contra osterceiros responsáveis pelo sinistro, obrigando-se estes apraticar o que necessário for para efectivar esses direitos.

2. De acordo com o estabelecido no número anterior, oTomador do Seguro e/ou o Segurado obrigam-se a fazerem tempo oportuno todas as diligências necessárias parafazer valer esses direitos, comprometendo-se a entregar àSeguradora, mesmo antes do pagamento do sinistro – setal for necessário – e mediante o reembolso das despesasfeitas, toda a documentação que permita exercer essesdireitos.

3. A Seguradora considera-se liberta do cumprimento daprestação a que se encontra obrigada, enquanto, por actoou omissão meramente culposa do Tomador de Seguroe/ou do Segurado, a sub-rogação não se puder exercer.

4. Quando tal acto ou omissão do Tomador de Seguro e/oudo Segurado se traduza num comportamento doloso, a

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Seguradora terá direito a uma indemnização pelas perdase danos sofridos.

ARTIGO 25.º – ARBITRAGEM

1. Nos litígios surgidos ao abrigo desta apólice poderá haverrecurso à arbitragem para o que, cada uma das partesnomeará um perito-árbitro, os quais, em caso de necessi-dade designarão um terceiro perito-árbitro, que decidirásobre os pontos em que houver divergências.

2. No caso de discordância quanto à designação do terceiroperito-árbitro, este será indicado pelo Juiz da Comarca dolocal da emissão da apólice.

3. A arbitragem incidirá apenas sobre a determinação dosvalores, nunca implicando o reconhecimento por parte daSeguradora da obrigação de indemnizar, nem prejudican-do a alegação de questões de direito, ou mesmo de facto,que não sejam de mera valorimetria.

4. Os peritos-árbitros são dispensados de formalidades judi-ciais, e a avaliação final é inatacável por qualquer uma daspartes.

5. Cada uma das partes pagará os honorários do respectivoperito-árbitro, e metade dos honorários do terceiro perito-árbitro se o houver.

ARTIGO 26.º – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

1. Todo o conflito que respeite à interpretação do presentecontrato será decidido segundo a lei angolana.

2. Nos casos omissos no presente contrato, recorrer-se-á àlegislação aplicável.

ARTIGO 27.º – FORO COMPETENTE

O foro competente para qualquer pleito emergente deste con-trato é o do local de emissão da Apólice.

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Nossa Sociedade de Seguros de Angola, S.A.Rua 21 de Janeiro, Academia BAI, Edifício C, 4º Andar

Morro Bento, Luanda Sul - Angolawww.nossaseguros.ao