56
TURISMO Nos meses de frio, Campos do Jordão e Gramado são os destinos mais procurados do país SOCIAL Vez da Voz ajuda a mudar a realidade daqueles que possuem alguma deficiência CULTURA O centenário de Burle Marx, maior paisagista do Brasil, é comemorado com exposição Soprando as velinhas Soprando as velinhas Mercosul for export for export for export for export for export Ao completar 18 anos Mercosul busca maturidade e desenvolvimento Ao completar 18 anos Mercosul busca maturidade e desenvolvimento Revista bimestral da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas www.ccmercosul.org.br

mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

  • Upload
    dodan

  • View
    224

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

TURISMONos meses defrio, Campos doJordão eGramado são osdestinos maisprocurados dopaís

SOCIALVez da Vozajuda a mudara realidadedaqueles quepossuemalgumadeficiência

CULTURAO centenário deBurle Marx,maiorpaisagista doBrasil, écomemoradocom exposição

Soprando asvelinhas

Soprando asvelinhas

Mercosulfor exportfor exportfor exportfor exportfor export

Ao completar 18 anos Mercosulbusca maturidade e

desenvolvimento

Ao completar 18 anos Mercosulbusca maturidade e

desenvolvimento

Revista bimestral da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas

www.ccmercosul.org.br

Page 2: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 3: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 4: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

EDITORIAL

Miguel Lujan PalettaPresidente da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas

Arquivo

4

O Mercosul e amaioridade

No último dia 26 de março o Tra-tado de Assunção, que criou oMercosul, completou 18 anos de ida-de. Com isso, surgem diversas refle-xões sobre as propostas e avanços con-quistados. Vejamos alguns pontos.

No campo econômico e comerci-al, observou-se que as exportaçõesintra-bloco foram multiplicadas em 8,5vezes até o ano de 2007, enquanto asexportações do bloco cresceram qua-se cinco vezes. Além disso, foram cri-ados diversos mecanismos de incenti-vo ao intercâmbio comercial, como oSistema de Moeda Local (SML).

No âmbito político-institucional,houve a incorporação de novos Esta-dos associados (Peru, Equador e Co-lômbia) e membros (a Venezuela ain-da em processo de adesão), aumen-tando a projeção do bloco. Foi criadotambém o Fundo para a Convergên-cia Estrutural e FortalecimentoInstitucional do Mercosul (Focem),com o objetivo de amenizar asassimetrias entre as diferentes econo-mias dos países-membro. A criação doParlamento do Mercosul, que iniciousuas operações em 2007 e tem comoobjetivo tratar de questões deintegração atuando como órgãolegislativo, também é considerada umavanço nas questões regionais.

Em relação à previdência, hojejá é possível que qualquer pessoapossa trabalhar em um dos países dobloco, cumprindo com as contribui-ções devidas de acordo com as nor-mas locais e se aposentar em seu paísde origem. Na educação, destaca-sea harmonização de currículos, reco-nhecimento de certificados escola-res e criação das “escolas de frontei-ras”. Há a previsão de que ainda esteano passe a funcionar a Universida-de Federal da Integração LatinoAmericana, em Foz do Iguaçu/PR.

Embora sejam significativos, estesavanços não foram os únicos nestes

18 anos. No entanto, cabe uma inte-ressante reflexão: a comparação coma União Européia. O bloco econômi-co europeu completou 52 anos de ida-de em 2009, ou seja, 34 anos a maisque o Mercosul, quase 3 vezes a idadedo bloco sul-americano. Com isso, aorganização e o grau de integração quehoje vemos no continente europeutêm como fator relevante seu “tempode vida”, que permitiu ao bloco aper-feiçoar e desenvolver ainda mais osideais propostos em sua criação.

Partindo deste ponto de vista, oMercosul, que atinge sua maiorida-de em um período de conjuntura in-ternacional adversa, pode e deve servisto como um projeto de integraçãoque caminha no sentidocorreto. Não podemos esperar queas coisas aconteçam sozinhas e emum curto espaço de tempo. A expe-riência européia nos mostra que exis-te um período de maturação para aintegração e que, mesmo atingindoum estágio avançado, sempre existi-rão complicações e questões polê-micas que devem ser enfrentadas.

Há que trabalhar! A Câmara deComércio do Mercosul tem se empe-nhado neste processo de integraçãonos mais diferentes campos e, juntocom o Mercosul, tem colhido boasrealizações. Empresas internacionali-zadas, investimentos privados atraídos,financiamentos obtidos, cidades e re-giões divulgadas no mundo, eventos efeiras internacionais desenvolvidos,aproximação entre as esferas pública eprivada em toda a América Latina, etc.Realizações que efetivamente muda-ram e realmente agregaram valores àsempresas, entidades de classe, cidades,regiões e governos federais. A Câmarado Mercosul tratou de fazer acontecer.Este dinamismo a acompanha duran-te estes 18 anos e, sem dúvida, tem sidofator determinante nos resultados ob-tidos e nos que virão.

Page 5: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

O QUE LEVA UM ARGENTINOA CONSUMIR AUTOMÓVEIS BRASILEIROS?

A AÇÃO DA APEX-BRASIL.

Em um ano, a Apex-Brasil, em parceria com 63 setores produtivos, realizou mais de 700 eventos de negócio em 60 países, contribuindo para inserção de novas empresas no comércio exterior. Sempre que o produto nacional conquista o mundo, quem ganha são os brasileiros.O sucesso do País tem a marca da Apex-Brasil. www.apexbrasil.com.br

Page 6: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

ÍNDICE

ExpedienteRevista bimestral da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas

Presidente da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas: Miguel Lujan PalettaJornalista responsável: Tanara DanileviczRedação e reportagem: Martha Romano e Tanara DanileviczDesign e diagramação: Martha RomanoFiguras: site www.sxc.huPublicidade:Brasil: Fábio TorquatoTel: +55 (11) 41119665/ (11) 80612851 / (19) 92663881 - Email: [email protected]: Rosário Business - Alejandro CalabreseTel: +54 3415309834 - Email: [email protected]úvidas e sugestões: [email protected]

Toda edição na Mercosul for export08 Curtas

Prefeitura em ação16Novas ferramentas20

24 Case de Sucesso

28

26

30

Novos parceiros

Oportunidades de negóciosMercosul em foco

32 AconteceAgenda49Novos associados/parceiros50

Mercosul e a maioridadeHá 18 anos era formado o MercadoComum do Sul, mais conhecidocomo Mercosul. Porém, ao chegar àmaioridade são discutidos eanalisados todos os propósitos daintegração e especialistas comentamse realmente foram atingdas asmetas iniciais.

Capa

34 O som do silêncio

38 Ai que frio!Campos do Jordão e Gramado são destinos certos durante temporadade inverno

42

44

Conhecendo o MercosulSecretária de Turismo da Câmara na Argentina oferece opções paratodos os gostos

Muito além do paisagismoNo ano do centenário de Burle Marx, exposição mostra facetas doartista pouco conhecidas pelo grande público

12

Mais do que Responsabilidade social, Vez da Voz se preocupa com sonhos

Page 7: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 8: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

CURTAS

8 www.ccmercosul.org.br

AviaçãoO conselho administrativo da TAM S/A passou por

mudanças recentes. Devido ao acordo de aconselhamentoestratégico firmado pela família Amaro, controladora dacompanhia aérea, e o BTG, grupo financeiro capitanea-do pelo banqueiro André Esteves e por Pérsio Arida,saem o executivo do grupo gaúcho RBS, Pedro Parente,e o ex-vice-presidente do Unibanco, Adalberto Schettert.No lugar deles, entram Esteves e o ex-presidente da TAM,Marco Antonio Bologna.

Aviação IIA companhia aérea Webjet investiu US$ 50 milhões

para ampliar sua frota brasileira. Até o final do ano,serão comprados mais cinco aviões do modelo 737-300 segundo o presidente da empresa, Wagner Freire.Com isso, o número de aeronaves subirá de 16 para 21.O objetivo é aumentar a participação no mercado de4% para 5%. Salvador, Porto Alegre e Curitiba estãoentre as cidades beneficiadas.

AutomobilismoA montadora japonesa Nissan apresentou seu

primeiro modelo de carro totalmente elétrico,batizado como “Leaf ”. Esse é a primeira iniciati-va para a nova estratégia de desenvolvimento decarros “limpos”. A apresentação foi feita durantea inauguração da nova sede do grupo emYokohama, periferia de Tóquio. Segundo aNissan, o veículo permite percorrer mais de 160km sem recarga. Sua velocidade máxima é de 140km/h. A empresa pretende comercializar o auto-móvel a partir do final de 2010.

ChinaAs vendas de minério

de ferro do Brasil para aChina bateram recorde

em julho.Os embarquespara o país asiático

chegou a 39, númerobem superior aos 24

registrados em junho. Asimportações de minériode ferro da China subi-

ram 29% nos últimos seismeses, chegando a 297

milhões de toneladas.

Crise econômicaO Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê

recuperação gradual da economia dos Estados Uni-dos. Apesar dos desafios, o órgão afirma que as me-didas já começam a surtir efeito. Segundo o FMI, acrise no setor de crédito já custou aos governos maisde US$ 10 trilhões. Nos emergentes, o apoio gover-namental girou em torno de US$ 1,6 trilhão, en-quanto nos países ricos, US$ 9,2 trilhões.

Page 9: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 9

ConcorrênciaO diretor-executivo do Google,

Erick Schmidt, deixou a diretoria daApple. Segundo o comunicado dacompanhia, o motivo seria a disputade mercado entre as empresas.

As antigas aliadas hoje começama competir de forma mais direta.

EnergiaApós a renegociação dos preços pagos pelo Brasil pela

energia de Itaipu, o Paraguai pretende colocar em pauta oacordo da hidrelétrica Yacyretá. A usina foi construída emparceria com a Argentina, constituindo uma empresabinacional. A proposta inicial dos paraguaios é reduzir em60% a dívida de US$$ 15 bilhões que a Entidade BinacionalUacyretá (EBY) tem com o governo argentino. A EBYprevê que o Paraguai receberá cerca de US$ 800 milhõespor ano pela energia elétrica enviada à Argentina depoisque a hidrelétrica estiver funcionando com sua capacidadetotal. No entanto, esse valor não seria suficiente nem parapagar as dívidas adquiridas para a construção da usina.

PIBO crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)

do Brasil deve ficar entre 0,5% e 1% neste ano, deacordo com as previsões do presidente do BancoNacional de desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), Luciano Coutinho. Para ele, os bancoscomerciais devem aproveitar as boas perspectivas deexpansão para aumentarem a concessão de créditopara as empresas.

IndústriaA indústria nacional cresceu 0,2% em junho em relação ao mês anterior. Apesar da expansão, esse

foi o pior semestre desde 1975, quando teve início a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE). De janeiro a junho, a alta foi de 7,9%. Entre os setores que mais contribuíram parao crescimento estão a indústria extrativa (5,3%) e os veículos (2,6%).

Page 10: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

OPINIÃO

No processo de exportação deuma empresa, que normalmente seinicia com a concepção de uma idéiade comercializar seus produtos noexterior, o empresário se depara comum amplo leque de possibilidadespara operacionalizar seu “novo ne-gócio”. Esta primeira idealização doprojeto de exportação é, de modogeral, baseada na ambição da empre-sa em negociar diretamente com seucliente, dominar todo o processooperacional da transação, etc. Naexaltação de seu ímpeto empreen-dedor, o empresário, se não atento,pode acabar pulando etapas e tor-nando uma simples estrada em umtortuoso caminho.

Conhecidas como tradingcompanies, as “Comercial Importado-ra/Exportadora” são um importan-te agente no processo de exporta-ção. O trabalho desenvolvido porestas empresas são de intermediaras operações, de modo que com-pram o produto diretamente daempresa fornecedora e vendem estea um comprador internacional. Mui-to escutamos deste trabalho, massuas vantagens e desvantagens nãoficam tão claras à primeira vista.

Vale destacar três principais van-tagens da exportação via comercialexportadora para empresas que pre-tendem vender seus produtos noexterior: 1) gasto reduzido nacomercialização do produto: umavez que toda a operação seráconduzida pela comercial exporta-dora contratada, esta é uma preocu-pação a menos para a empresa pro-dutora, pois serão eliminados os pro-cedimentos burocráticos e seus cus-tos, já que a documentação se resu-me à Nota Fiscal; 2) eliminação dapesquisa de mercado: esta é umagrande vantagem na contratação

deste tipo de empresa, pois normal-mente estas já possuem sua cartei-ra de clientes e canais de distribui-ção desenvolvidos em certos países;3) redução de riscos: não somenteos riscos de movimentação de mer-cadorias no exterior como tambémos riscos comerciais são excluídosdas operações em que se utilizam ascomerciais exportadores, que assu-mem toda esta responsabilidade.Assim, utilizando a exportação indi-reta, a empresa pode concentrar seusesforços no que sabe fazer de me-lhor: produzir. Além disso, pelo fatode concentrar o menor comprome-timento com a operação e, portan-to, menor risco, estas operações sãouma ótima ferramenta para empre-sas que estão começando a expor-tar. Outras que já possuem certa ex-periência e conhecimento do mer-cado internacional a utilizam com oobjetivo de buscar maior facilidadeno processo.

Por outro lado, este menorcomprometimento e risco nas ex-portações trazem também algu-mas questões. Além do distanterelacionamento com o cliente fi-nal e margem de lucro diminuídapelo fato de não dominar todo oprocesso de exportação e contra-tar uma comercial exportadora, aempresa que opta por este tipo deexportação indireta fica, de certomodo, atrelada ao desempenho dacomercial exportadora.

Portanto, quando se fala deexportação é necessário analisartodas as possibilidades de traba-lho disponíveis e verificar quaissão os objetivo=s da empresa acurto, médio e longo-prazo, demodo que estes possam conver-gir com a melhor estratégia de ex-portação.

Márcio MarquesVice-Presidente da Câmara de Comércio do Mercosul e

Proprietário da JC Trading

ExportaçõesIndiretas

Divulgação

Page 11: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 12: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

12 www.ccmercosul.org.br

CAPA

Mercosul e aMaioridade

Mercosul e aMaioridade

Após completar 18 anos especialistasanalisam a maturidade da união

produtivos entre os países, pormeio, entre outros, da eliminaçãodos direitos alfandegários e restri-ções não-tarifárias à circulação demercadorias. Participam desse ob-jetivo comum, os quatro paísesfundadores, conhecidos como Es-tados Partes, e também os Esta-dos Associados, Bolívia, Chile,Colômbia, Equador e Peru.

Atualmente, a Venezuela, ape-sar de já considerada Estado Par-te, se encontra ainda em processode adesão plena. Composto dessamaneira, o Mercosul também pre-za pelo desenvolvimento eintegração da América Latina.

Porém, ao chegar à maioridadesão discutidos e analisados todos

os propósitos da integração e es-pecialistas comentam se realmen-te foram atingindas as metas inici-ais. Apesar das dificuldades queenvolvem os países citados, oMercosul avançou nos seus intui-tos? É possível concluir que a Amé-rica Latina foi beneficiada? Quaissão os próximos passos e dificul-dades que o bloco precisa passar?

Esses não são questionamentossimples, porém foram observadasgrandes transformações positivastanto no âmbito interno, quantoexterno. Houve diversos progressosno tocante às relações trabalhistas.Já em 1991, foi criado o Subgrupode Trabalho SGT-10 (AssuntosLaborais, Emprego e Seguridade

Tanara Danilevicz

HHá 18 anos, com a assinaturado Tratado de Assunção, era for-mado o Mercado Comum do Sul,mais conhecido como Mercosul.Constituído pela República Ar-gentina, República Federativa doBrasil, República do Paraguai e aRepública Oriental do Uruguai,o processo de integração tinhacomo escopo desenvolver as eco-nomias par t ic ipantes, ass imcomo as dimensões políticas, pri-vando sempre pela justiça social.

Para isso, os envolvidos nessetratado proclamam a livre circu-lação de bens, serviços e fatores

Page 13: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 13

Social), órgão de apoio técnico aoGrupo Mercado Comum. De com-posição tripartite, o SGT10 é res-ponsável por analisar os temas re-lacionados ao trabalho e daseguridade social e propor medi-das e recomendações que contri-buam para o processo deintegração regional.

O Coordenador Nacional dosÓrgãos Sóciolaborais doMercosul e Assessor para Assun-tos Internacionais do Ministériodo Trabalho e Ministério do Tra-balho e Emprego (MTE), MárioBarbosa, frisa que desde o princí-pio o movimento sindical latino-americano se posicionou a favordo Mercosul. “O Subgrupo temo papel primordial em aproximartrabalhadores e organizações sin-dicais de diferentes países que en-frentam problemas semelhantes erepresentam reforços no diálogosocial ao reunir-se de formatripartite, com participação dosgovernos e representantes traba-lhadores e empregadores”.

Outro campo de crescimentopertence à área de assimetrias. Nelao bloco avançou com a criação doFOCEM - Fundo para a Conver-gência Estrutural e Fortalecimen-to Institucional do Mercosul, per-mitindo um financiamento a fun-do perdido de obras de infra-es-trutura e sociais na região. Apesarde destinar recursos às economiasmenos favorecidas, como oParaguai e o Uruguai, os países quevem recorrendo mais ao Fundo sãoo Brasil e a Argentina.

O coordenador Mário Barbo-sa lembra também da DeclaraçãoSociolaboral do Mercosul, apro-vada em 1997, que promove umconjunto de princípios e direitosna área do trabalho e o AcordoMultilateral de Previdência Socialno Mercosul de 2005, que visa ga-rantir ao trabalhador estrangeiroa cobertura previdenciária. Esseato assegura a proteção social dotrabalhador imigrante que fezcontribuições a sistemasprevidenciários fora de seu país de

origem, porém dentro do bloco.Já em 2006, foi aprovada a Es-

tratégia Mercosul para o Cresci-mento do Emprego que deu ori-gem em 2007 a duas diretrizes re-gionais para o crescimento do em-prego: 1) promover o desenvolvi-mento das micro, pequenas e mé-dias empresas (MIP e MEs), decooperativas, de agricultura fami-liar e a integração de redes pro-dutivas, incentivando a comple-mentaridade produtiva no contex-to da economia regional; e 2) ori-entar investimentos públicos eprivados em mão-de-obra e seto-res estratégicos da economia taiscomo infra-estrutura e novastecnologias, entre outros.

Ainda em 2006, foram aprova-das duas decisões relativas à inspe-ção do trabalho no Mercosul. Aprimeira, sobre “Condições Míni-mas do Procedimento de Inspeçãodo Trabalho no Mercosul”, que temcomo objetivo adotar procedimen-tos de inspeção homogêneos queassegurem um controle eficaz dasnormas trabalhistas nacionais vi-gentes nos quatro Estados Partes.A segunda, sobre “Requisitos Mí-nimos do Perfil do Inspetor do Tra-balho no Mercosul”, que estabele-ce o grau de escolaridade desse pro-fissional e a realização de concursopúblico para sua contratação. Oprazo para que ela seja imple-mentada nos países membros é até2010. Igualmente, foi aprovado oPlano Regional do Trabalho para aPrevenção e Erradicação do Traba-lho Infantil no Mercosul.

Em novembro de 2008, foiaprovada a institucionalização doOMTM - Observatório do Mer-cado de Trabalho do Mercosul,que tem por objetivo central for-necer aos Estados Partes elemen-tos que contribuam ao processodecisório acerca das políticas deemprego, trabalho e salários.“Nota-se que a atuação na áreatrabalhista é bastante dive-rsificada, abrangendo temas quese inter-relacionam e se com-plementam. A preocupação é cri-

ar integração regional de formasustentável e transversal, mas con-siderando a particularidade e rea-lidade de cada país do bloco”, ex-plica Barbosa.

Assim, prezando pelainteração entre os países comoforma de mapear realidades seme-lhantes e trocar informações acer-ca da realidade de cada país, tam-bém deve ser analisado o avançono campo dos direitos humanos.“Temos atuado para mapear a re-alidade dos diferentes países, bus-cando discutir as demandas apre-sentadas. Além das reflexões quetêm gerado proposições, atuamospela garantia dos cumprimentosdas leis de proteção a todos oscidadãos, independente da nacio-nalidade”, afirma o membro daComissão de Direitos Humanosdo Parlamento do Mercosul e de-putado federal, Geraldo Thadeu.

Ainda de acordo com Thadeu aelaboração de questionamentos,ações e metas se potencializamquando abordadas por seus mem-bros. Sendo por meio dessa trocaque se esclarecem as demandas, seampliam os horizontes, abrindo ca-minho para políticas mais eficazes,que acarretam em acordos que im-pulsionam o desenvolvimento dasnações, no campo social, da cultu-ra, dos direitos humanos, da eco-nomia e do meio ambiente. “São osobjetivos desse Bloco que temembasado as ações, trazendo mu-danças e apontando o desenvolvi-mento com base na democracia,portanto, na busca pelo respeito –chave para relações mais harmoni-osas e conseqüentemente da igual-dade de direitos dos cidadãos dospaíses envolvidos”.

MaturidadeAos 18 anos e em meio a uma

crise mundial, o Mercosul enfrentaproblemas inegáveis de ordem eco-nômica devido aos percalços natu-rais de um processo de construçãohistórica de longo prazo, porémespecialistas acreditam naconcretização dos objetivos dessa

Page 14: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

CAPA

integração. Com base nos seus pre-ceitos iniciais, o processo deintegração ainda se encontra nafase de união aduaneira imperfei-ta. Isso porque ainda não podeser observada a livre circulaçãototal de bens e serviços. Porém,é importante ressaltar que os tra-balhadores circulam livremente,com o acordo de residência paranacionais do Mercosul, que per-mite a radicação em qualquer paísenvolvido no processo.

Assim, também é possívelponderar que os países estão avan-çando no sentido da realizaçãodos seus objetivos, mesmo com osdesafios que devem ser enfrenta-dos, sobretudo com vontade po-lítica e capacidade de decisão.Dessa forma, o que direciona oMercosul é o estabelecimento dasbases para uma união cada vezmais estreita entre seus povos,cujos objetivos abrangem váriasáreas, desde a já citada livre circu-lação de bens e pessoas entre ospaíses até temas como a preser-vação do meio ambiente.

Para o Coordenador Nacionaldos Órgãos Sóciolaborais doMercosul, Mário Barbosa, os te-mas do trabalho têm avançado aoseu ritmo em diversos níveis. Aexemplo da inspeção do trabalho,

como adotar procedimentos deinspeção homogêneos que asse-gurem um controle eficaz dasnormas trabalhistas nacionais vi-gentes nos quatro Estados Par-tes e o Plano Regional para a Pre-venção e Erradicação do Traba-lho Infantil no Mercosul. Dire-trizes essas que propõem mudan-ças significativas no quadro regi-onal, por meio da cooperaçãoentre os Estados Partes. “O mo-mento é de intensificar esforçosno sentido de fazer avançar oprocesso de integração comoparte de uma visão estratégica ecom base na cooperação solidá-ria”, acredita Barbosa.

A integração nas questões detrabalho e previdência tambémapresentam avanços importantes,como o Acordo Multilateral sobreSeguridade Social do Mercosul.Assim, a temática da seguridadesocial está sendo aprofundada noprocesso de revisão da DeclaraçãoSóciolaboral do Mercosul quecompletou 10 anos. O SGT10, emcoordenação com a ComissãoMultilateral Permanente do Acor-do Multilateral sobre SeguridadeSocial, está elaborando onomenclador para uma Matriz deSeguridade Social do Mercosul.

Apesar desses avanços espe-

cia l is tas acreditam que oMercosul ainda não conseguiu seconstituir como Mercado Co-mum, no qual as quatro liberda-des comunitárias estejam em ple-na vigência, devido a falta de con-senso nas negociações relaciona-das à área comercial. Essa discre-pância de opiniões pode atrapa-lhar no avanço de maior abertu-ra e aprofundamento do comér-cio intra-zona e extra-zona.

Próximos desafiosAtualmente, com as dificuldades

geradas pela crise é notável proble-mas de ordem comercial e político-institucional. Na área comercial, oMercosul necessita concluir as ne-gociações para a eliminação da du-pla cobrança da tarifa externa co-mum, o que permitiria que qualquerproduto que ingresse em um dospaíses do bloco, depois da entradano território do Mercosul, possacircular livremente no mesmo, semcobrança de tarifa externa. Isso sig-nifica a conclusão do acordo de as-sociação bi-regional com a UniãoEuropéia, já que o tema se consti-tui em um dos principais entraves.

Já na área político-institucional,os especialistas notam que oMercosul necessita de uma reformainstitucional que possa atualizar a

Além dasreflexões que têm

geradoproposições,

atuamos pelagarantia dos

cumprimentos dasleis de proteção a

todos os cidadãos,independente da

nacionalidade

Geraldo Thadeu - Comissãode Direitos Humanos doParlamento do Mercosul

Divulgação

14 www.ccmercosul.org.br

Page 15: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 15

sua estrutura de acordo com osnovos lineamentos do bloco após18 anos de sua criação. Nesse tema,a criação do Parlamento doMercosul como o primeiro âmbitode debate político e de representa-ção cidadã sobre a união é funda-mental para a redução do déficitdemocrático e para o seu avançoinstitucional. A respeito do que já érealizado pelo Paraguai, é necessá-rio continuar os esforços para aseleições diretas de seus membros.

Desta forma, essa é a atual con-juntura gerada pela crise econômi-ca e financeira mundial que consti-tui uma barreira também nas áreaslaborais. Colocar o debate sobremedidas de defesa e promoção doemprego e do trabalho no contex-to da crise constitui hoje em umgrande desafio. Neste sentido, cabedestacar as deliberações da reuniãodos órgãos sócio-laborais, em espe-cial do GANEmple realizadas emmaio deste ano sob a PresidênciaPró Tempore do Paraguai e a De-claração dos Ministros do Trabalhodo Mercosul realizada em junhoúltimo durante a Conferência Inter-nacional do Trabalho em Genebra.

Existe ainda o consenso no sen-tido de que a crise deve ser enfren-tada com mais integração, o que deveresultar em oportunidade para umsalto de qualidade em termos demaior cooperação. O GANEmpledeliberou sobre a proposta de umplano de enfrentamento da crise combase na Estratégia Mercosul de Cres-cimento do Emprego a qual foi res-paldada em seguida na Declaraçãode Ministros do Trabalho. NestaDeclaração os Ministros do Traba-lho vinculam a proposta doGANEmple para enfrentamento dacrise, com a proposta do Pacto Mun-dial pelo Emprego, aprovada na re-ferida Conferência da OIT.

O coordenador Barbosa acredi-ta ainda que o Observatório do Mer-cado de Trabalho também deu umpasso a frente ao ser elevado à con-dição de Órgão Sócio-laboral vincu-lado ao Grupo Mercado Comum, oque deve contribuir na facilitação datarefa de sua estruturação técnica.

De mesma opinião é GeraldoThadeu, da Comissão de Direi-tos Humanos do Parlamento doMercosul, ao afirmar que os fa-tos pensados em parceira trariam

grandes conquistas às nações.“Posso citar como exemplo, aquestão das Hepatites Virais nomundo. Sou presidente da Fren-te Parlamentar das Hepatites eTransplantes da Câmara dos De-putados. Uma doença grave queatinge, só no Brasil, cerca de seismilhões de pessoas. Imaginoquantos outros milhões deinfectados temos nos paísesmembros”. Para e le, ummapeamento dessa realidade emtoda a união e o comprometi-mento dos membros possibilita-ria ações contra esse mal, evitan-do milhares de mortes por ano.

É desse modo que a criação doMercosul, após 18 anos, continua re-presentando um grande potencial naluta contra políticas mais democráti-cas e de abraço e contemplação a to-das as nações. Muito se tem feito pe-las questões sociais desses países. Masainda é possível avançar muito mais,fortalecendo o diálogo, unificando obloco e interagindo de forma a cola-borar não só com questões individu-ais dos países, mas na mobilização deações grandiosas, na luta por avan-ços em todas as áreas.

O momento é deintensificaresforços nosentido de fazeravançar oprocesso deintegração comoparte de umavisão estratégicae com base nacooperaçãosolidária

Mário Barbosa -Coordenador Nacionaldos ÓrgãosSóciolaborais doMercosul

Divulgação

Page 16: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

PREFEITURA EM AÇÃO

São Vicente:A primeira

cidade do Brasil

Divulgação

mo dia, 30 anos antes, a expe-dição do também navegador por-tuguês, Gaspar Lemos, havia che-gado aqui e batizado o local comoSão Vicente, em homenagem a SãoVicente Mártir. Martim Afonso deSousa, católico fervoroso, ratificouo nome. Isso porque, logo após asua chegada, ele adotou as medi-das recomendadas pelo Rei de Por-tugal e organizou um sistema po-lítico-administrativo nas novas ter-ras. Assim, após batizar o local ofi-cialmente como Vila de SãoVicente, Martim Afonso de Sousainstalou aqui a Câmara, oPelourinho, a Cadeia e a Igreja,símbolos da colonização e bases daadministração portuguesa.

Para São Vicente, o título de Vilarepresentava mais benefícios parao povo, já que esse era o termo uti-lizado pelos portugueses para de-signar uma cidade organizada. Édesse fato que deriva o títulovicentino de Cellula Mater da Na-cionalidade, ou Primeira Cidade doBrasil. Pela importância estratégicado local, Martim Afonso de Sousacoordenou, em 22 de agosto de1532, as primeiras eleições popula-res das Três Américas, instalando aprimeira Câmara de Vereadores docontinente. Por esse motivo, SãoVicente é considerado como o ber-ço da democracia americana.

O navegador português tam-bém foi o primeiro a implantar a

*Edgar Lucero

AA expedição portuguesa coman-dada por Gaspar de Lemos chegouem 22 de janeiro de 1502, e deu àilha o nome de São Vicente, atéentão o local era conhecido comoIlha de Gohayó. Mais tarde, outronavegador português, MartimAfonso de Sousa, chegou a SãoVicente exatamente 30 anos depois,em 22 de janeiro de 1532. Ele foienviado pela Coroa Portuguesa paraconstituir aqui a primeira Vila doBrasil e resolveu batizá-la reafir-mando o nome do santo daqueledia, São Vicente, pois era reconhe-cidamente um católico fervoroso.

Coincidentemente, nesse mes-

Page 17: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

reforma agrária no Brasil, quatroséculos antes desse tema movi-mentar a classe política e a socie-dade. Ao mesmo tempo, plantou asemente da industrialização e dodesenvolvimento agrícola que fezcom que, por volta do ano de 1600,São Vicente fosse conhecido como“o celeiro” do País.

Começou-se, então, o cultivoorganizado de vários produtos,com destaque para o trigo, a vinhae a cana-de-açúcar. Para estimularo setor açucareiro, Martim Afon-so de Sousa mandou erguer umpequeno engenho movido a águano centro da Vila, o primeiro en-genho do Brasil. Com o sucessodesse primeiro, outros engenhosforam construídos em toda a re-gião e, em poucos anos, SãoVicente já vendia açúcar e aguar-dente para outras Capitanias bra-sileiras e até exportava os produ-tos para o Reino.

Com o sucesso alcançado, opasso seguinte foi a organizaçãode uma empresa mercantil para acomercialização do excedente, jáque a produção era bem superioràs necessidades do consumo lo-cal. Martim Afonso de Sousa,mais uma vez, foi o pioneiro emterras brasileiras. Foi dele a inici-ativa de criar uma instituição querepresentasse diretamente os co-lonos nas negociações de vendalocal e exportação dos produtoslocais, além da intermediação daaquisição de gêneros europeus.

O progresso da Vila era tal quemuitos colonos portugueses pen-saram em mandar vir as famíliasque haviam deixado para trás. Fo-ram tempos de glória, pois todoo movimento econômico da Ilhae redondezas era concentradoaqui. São Vicente abrigou o pri-meiro empório marítimo da cos-ta, que se localizava onde hoje estáo Porto das Naus. Também foidaqui que saíram as primeiras ex-pedições portuguesas para o In-terior, inclusive a que fundou aVila de São Paulo de Piratininga.

Nos tempos da Fundação daVila de São Vicente, as mais no-

bres famílias tupis dominavam asterras que Martim Afonso deSousa tomaria em nome do Reide Portugal. Os tupis eram for-mados por diversos grupos indí-genas, em especial tamoio, carijó,tupiniquim e biobeba. O maiororgulho para a maioria das tribosera a força de seus guerreiros,tanto que eram reconhecidos pe-los portugueses por suas habili-dades durante as batalhas.

O Cacique Tibiriçá foi um for-te aliado dos jesuítas e amigo dosportugueses. Chefe de uma gran-de nação indígena e sogro do por-tuguês João Ramalho, que vivia emSão Vicente desde 1493, ele co-mandou o desarmamento frente àesquadra de Martim Afonso deSousa, garantindo a chegada tran-qüila do fundador à nova terra.

Conta a História que, atenden-do a um pedido dos jesuítas,Tibiriçá transferiu sua tribo paraum local próximo ao Colégio deSão Paulo, com o objetivo de ga-rantir a segurança. O Caciquecumpriu sua promessa e deu ou-tra prova de fidelidade e amizadeaos colonizadores quando impe-diu, com bravura, um ataque àVila de São Paulo de Piratininga,em 1562. Sob o seu comando, atribo lutou e venceu os guaianá ecarijó. Esse foi apenas um dosproblemas enfrentados pela Igre-ja Católica em terras brasileiras.

É certo que o trabalho missi-onário produziu bons frutos naVila de São Vicente e também naVila de São Paulo de Piratininga,principalmente porque os religio-sos percorriam as aldeias distribu-indo presentes, socorrendo enfer-mos e ensinando músicas e brin-cadeiras às crianças.

Embora em franco desenvol-vimento, com a lavoura de cana-de-açúcar crescendo a olhos vis-tos, a Vila de São Vicente tambémenfrentava outros problemas alémda constante ameaça dos índios.A primeira ocorrência grave sedeu quando o espanhol RuyMoschera, morador de Iguape,atacou a Vila, saqueando o porto

e os armazéns e carregando tudoo que ele e seus homens podiam.Antes disso, derrotou em batalhao Padre Gonçalo Monteiro, vigá-rio e homem de confiança deMartim Afonso de Sousa.

Em 1542, ocorreu o pior de-sastre natural em São Vicente. Omar agitado avançou demais, en-goliu a praia a entrou pelas pe-quenas ruas, destruindo a IgrejaMatriz, a Casa do Conselho, a Ca-deia, os estaleiros, o pelourinhoe inúmeras casas. A Vila teve queser reconstruída um pouco maisdistante do mar.

Em dezembro de 1591, SãoVicente foi saqueada pelo piratainglês Thomas Cavendish, queretornava de um ataque a Santos.Ele e seus homens roubaram eatearam fogo em diversas partesda Vila, causando enormes preju-ízos. O pirata fugiu, mas um tem-poral o impediu de seguir viagemEle retornou e tentou uma novainvestida. Porém, desta vez a Po-pulação das duas vilas estava pre-parada e Cavendish foi repelido.

Em 1615, outro pirata atacouSão Vicente. O holandês Joris VanSpilbergen dividiu seus homens e,enquanto um grupo saqueava aVila para obter alimentos, o res-tante dos homens invadia a vila vi-zinha. Os piratas ocuparam o en-genho e entraram em luta com osmoradores locais. Os invasoresforam expulsos e a vida, aos pou-cos voltou ao normal.

Com o passar do tempo, osproblemas que surgiram eram deoutra natureza, principalmenteeconômica, em virtude do cres-cimento da região e de São Pau-lo. A tenacidade de sua gente e amística de ter sido a Primeira Ci-dade do Brasil fizeram com queSão Vicente enfrentasse os sécu-los com altivez, mantendo lugarde destaque no contexto do Es-tado e da Nação.

* Assessor de Relações Interna-cionais da Câmara Municipal deSão Vicente

Page 18: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Principais temas abordados

A Comunidade das nações e as Américas

Energia para crescimento

Desenvolvimento das pequenas e médias empresas

Controlando as mudanças climáticas

Inovação e tecnologia

Desafios para a economia global

1) Internet:

http://cbf09.eventbrite.com/

use o código promocional para desconto: CBF09MERCOSUL

Contatando os organizadores 2) Endereço postal: Av. Paulista, 2.444 13º andar,

CEP: 01310-300, Bela Vista – São Paulo – Brazil 3) Email: [email protected]

4) Telephone: +55 (11) 4111-9665 / (11) 0612851 / (19) 92663881

4 maneiras fáceis de se registrar:

www.cbcglobal.org

Prof. Joseph Stiglitz – Prêmio Nobel em Economia de 2001

Dr. Anthony Hayward – CEO, British Petroleum Group

HE Edwin W. Carrington - Secretário-geral do CARICOM

Sir Allan Fields, KCMG – Chairman, Cable & Wireless, Barbados

Aclamados oradores internacionais como:

Reservas se encerram no dia 19 de Outubro

Patrocinadores

Parceiros

Commonwealth Business Forum 2009

Parceria para um futuro com mais igualdade e sustentabilidade: A comunidade das nações e as Américas

23 a 26 de Novembro de 2009 Port of Spain, Trinidad & Tobago

Reserve agora!

Registre online em http://cbf09.eventbright.com

Use o seu codigo promocional: CBF09MERCOSUL

Desconto especial Ganhe US$ 200.00 registrando antes de 30 de Setembro

Official Carriers

Page 19: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Viaje por toda a Argentina com a Aerolineas.

Consultem-nos 0800-7073313

www.aerolineas.com

UM PAÍS INTEIRO POR DESCOBRIR E SOMENTE UMA COMPANHIA AÉREA PARA TE LEVAR.

Page 20: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

20 www.ccmercosul.org.br

NOVAS FERRAMENTAS

Sisprom:Incentivando

exportação brasileira

Em 2009, diversas ferramen-tas foram criadas ou aperfeiçoa-das para facilitar e estimular o co-mércio exterior. O Sisprom- Sis-tema de Registro de Informaçõesde Promoção, foi uma delas, pas-sando por mudanças e implanta-do pelo o Decreto nº 6.761, de 5de fevereiro de 2009.

Essas modificações do Sistemavisam reduzir a zero a alíquota doImposto sobre a Renda – IR, sobreas operações de pagamento, crédi-to, entrega, emprego ou remessa devalores a residentes ou domiciliadosno exterior, relativas a despesas compromoção de produtos, serviços edestinos turísticos brasileiros, noexterior. A partir dessas alterações

no Sistema já existente não serámais necessária a entrega de docu-mentos prévios.

Desenvolvido por meio da Se-cretaria de Comércio Exterior, oMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior(MDIC) criou a nova ferramentapara incentivar produtos e serviçosbrasileiros no exterior. De acordocom a publicação do MDIC, serãobeneficiadas também as remessasinternacionais destinadas a paga-mentos de despesas vinculadas àparticipação de empresas ou enti-dades em feiras, exposições e even-tos semelhantes, propaganda reali-zada no âmbito desses eventos, bemcomo à realização de pesquisa demercado no exterior.

Segundo o especialista em Co-mércio Exterior, Miguel Carmo,

apesar de já existirem empresassendo beneficiadas, ainda é mui-to cedo para mensurar dados so-bre o Sistema. Mesmo assim é ine-gável que se trata de uma medidapositiva não só para o Mercosul,como para todas as relações co-merciais brasileiras. “Não enxer-go desvantagens, mas acho quepode ser mais ágil e ser totalmen-te online, sem que seja necessárioo envio de documentos para ca-dastro, por exemplo”, afirma.

Na visão de Carmo, o ideal se-ria que existisse uma faixa debenefício decrescente de acordocom o faturamento mensal daempresa, para que as empresaspequenas e médias sejam maisbeneficiadas do que as empresasde grande porte. Atualmente, oSistema funciona com o benefi-

Tanara Danilevicz

Page 21: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 21

ciado se cadastrando só uma vezsendo o benefício não retroati-vo, concedido apenas para des-pesas registradas no Sispromaproximadamente 30 dias antesdo seu efetivo pagamento.

Para cada promoção de pro-dutos ou serviços deverão ser re-metidos documentos para o De-partamento de Planejamento eDesenvolvimento do ComércioExterior (DEPLA), da Secretariade Comércio Exterior, do Minis-tério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior eDepartamento de Políticas deComércio e Serviços (DECOS),também da Secretaria, respectiva-mente para ser efetuado o Regis-tro de Promoção (RPs). É neces-

sário ainda que o credenciamentodo representante legal da empre-sa ou assemelhada no Sisprom.

Com essa nova ferramenta aexpectativa é que aumente o nú-mero de transações comerciaisbrasileiras fora do país, fazendotambém com que os beneficiadospossam investir em outras ativi-dades. “O Sistema é bom, maspode ser mais ágil. O nosso Go-verno está com uma ferramentamuito grande de desenvolvimen-to do país, e deve ser aplaudidopor isso, mas deve também saberdivulgar e dar conhecimento daferramenta aos nossos empresá-rios, independentemente do por-te”, conclui o especialista MiguelCarmo.

Informações sobre o Sisprom

1) Se cadastrar no Sistema de Registro de Informações de Promoção, através doendereço http://www.sisprom.desenvolvimento.gov.br, para obter login e senha;2) Os novos usuários deverão clicar na opção de operação que gostaria deregistrar, podendo ser: referentes à promoção de produtos brasileiros (utilizarásomente o módulo P – Produto, do SISPROM), à promoção de serviços brasileiros(utilizará apenas o módulo S – Serviço) ou à promoção de ambos (será usuário deambos os módulos);3) Os usuários já cadastrados no Sisprom devem informar o login e a senha e osusuários novos, preenchendo ficha de cadastramento e enviando, ao Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o seguinte documento:

• Cópia autenticada do documento que expresse o poder derepresentação (estatuto ou contrato social em vigor da pessoa jurídicarepresentada ou procuração ou documento de efeito equivalente);

Para ter direito ao benefício, o exportador precisa:

Fonte: MDIC

Miguel Carmo - especialista emComércio Exterior

Divulgação

Observação: Na procuração, entre os poderes do outorgado deve estar prevista arepresentação junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior- MDIC ou à Secretaria de Comércio Exterior - SECEX;Os documentos acima listados devem ser endereçados ao seguinte destinatário:Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ExteriorSecretaria de Comércio ExteriorDepartamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio ExteriorEsplanada dos Ministérios - Bloco J - Protocolo Geral – TérreoCEP 70053-900 - Brasília – DF.

Após análise e aprovação, será enviada comunicação eletrônica ao usuário de que seucadastro foi efetuado com sucesso.

Page 22: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 23: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 24: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

24 www.ccmercosul.org.br

CASE DE SUCESSO

A recuperação econômica defi-nitivamente já começou. Confor-me o artigo de agosto, publicadopelo Fundo Monetário Internacio-nal (FMI), apesar das cicatrizes pro-fundas e das consequências que acrise gerou, já é possível observaruma reação econômica positiva.Também na América Latina, asempresas estão participando de umciclo de recuperação.

Segundo a pesquisa trimestral daSondagem Econômica da AméricaLatina, feita em parceria pela Fun-dação Getúlio Vargas (FGV) e peloInstitute for Economic Research atthe University of Munich (IFO), oBrasil é o segundo país com melhorreação perante a crise, perdendoapenas para o Peru. Entre outrosmotivos, isso é decorrente da baixado dólar, fazendo com que as im-portações se tornem mais barataspara os empresários brasileiros.

De acordo com o diretor de re-lações comerciais da Câmara deComércio do Mercosul e das Amé-ricas, Fábio Torquato, essa vanta-gem deve ser aproveitada para queestes possam reestruturar sua em-presa no sentido de modernizar ain-da mais sua estrutura (máquinas eequipamentos) e buscar insumosmais baratos no exterior. “Errone-

amente as empresas vêm a impor-tação como algo indesejável. Noentanto, as importações exercemum papel fundamental no proces-so de internacionalização das em-presas. Essa é uma das ferramentaspara se manter competitivo nestecenário”, afirma Torquato.

Sabendo dessa importância nocomércio exterior, a Câmara prepa-rou sua estrutura para atender tam-bém os empresários interessadosnestas operações. Atualmente pos-sui uma Trading que fazer este tra-balho tanto para empresas que que-rem exportar quanto para importar.Isso só é possível uma vez que aTrading já possui canais decomercialização no exterior e estápreparada para representar os inte-resses dos associados em quaisqueroperações de comércio exterior.

Na visão da Câmara as impor-tações exercem um papel fun-damental no processo de inter-na-cionalização das empresas.Isso porque, uma vez que a em-presa passa atuar no mercado in-ternacional, ela necessita ser cadavez mais competitiva e, portan-to, deve estar atenta a todas asopções disponíveis no exteriorpara que seu processo produtivoseja otimizado.

É assim que a Base Fértil Agrí-cola se destaca no cenário econô-mico. Situada em Ribeirão Preto, a

empresa do setor de produtos agrí-colas orgânicos para usoagropecuário já está importandomatéria-prima da Índia e com pro-jetos de participar da AlimentariaMercosur na Argentina, maior fei-ra do segmento.

Parceira da Câmara de Comér-cio do Mercosul e das Américas, hápouco mais de um ano, a empresatem como finalidade ampliar o mer-cado, realizar outras importaçõespara posteriormente exportar oproduto acabado. “O óleo de NIM(Azadiracta indica) é o nosso prin-cipal produto, utilizado como de-fensivo agrícola que controla maisde 400 espécies de pragas”, explicaa diretora da Base Fértil RibeirãoComercial Agrícola, Jamile Najem.

Base Fértil AgrícolaCriado em junho de 2005, a

empresa tem como filosofia nutrire proteger como saída econômicae sustentável para agricultura. Atu-almente está presente no mercadode produtos naturais agrícolas or-gânicos para uso agropecuários. Oobjetivo é proporcionar mais con-trole e proteção contra pragas edoenças sem desequilíbrio ecoló-gico, a partir de linha de produtose protetores de plantas, elaboradoscom tecnologia e qualidade redu-zindo substancialmente os custosde produção.

Importação na criseImportação na criseVista erroneamente como indesejável, importação

auxilia no processo de internacionalização

Tanara Danilevicz

Page 25: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 26: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

NOVOS PARCEIROS

26 www.ccmercosul.org.br

Grande ABC:potencial em

desenvolvimento

Grande ABC:potencial em

desenvolvimento

mento de uma organização e de ummodelo de governança que reúnamos principais atores do GrandeABC envolvidos com o comércioexterior. Dessa forma, foi formadoum conselho consultivo visando au-mentar as oportunidades de negóci-os para as empresas do Grande ABC,surgindo a proposta com a Câmara.Atualmente, a parceria concerne oauxilio técnico, cultural e científico,além do intercâmbio de experiênci-as, avaliações, treinamentos e apoiomútuo.

De acordo com o prefeito de RioGrande da Serra e Presidente doConselho Diretor da Agência, AdlerTeixeira, as instituições serão privi-

legiadas por terem acesso ao know-how de uma outra entidade e pode-rão transmiti-lo aos empresários.“Somos o terceiro maior PIB e aquarta maior região exportadora dopaís, mas apenas 10% das nossasempresas exportam. Temos aindamuito potencial a explorar nessecampo”, afirma Teixeira.

Com esse leque de oportunida-des, o destaque da região fica comos pólos produtivos de cosméticos,plástico, metal-mecânico, móveis,entre outros. Esses setores possuemcompetitividade no exterior, sendoo principal objetivo trabalhar estepotencial. Assim, o convênio de co-operação tem também a finalidade

Tanara Danilevicz

Kiko (centro) e Valter Moura (esq.) assinam termo de cooperação com aCâmara de Comércio do Mercosul e Américas

Divulgação

CConhecida por ser o terceiropólo econômico do Brasil, com umperfil predominantemente industri-al, a região do Grande ABC, cons-tituída por sete cidades, é a novaparceira da Câmara de Comércio doMercosul e Américas. O convêniode cooperação fechado com aAgência de Desenvolvimento Eco-nômico do Grande ABC, em julhode 2009, ocorreu durante o lança-mento do Projeto ABCex - Fomen-to ao Comércio Exterior do Gran-de ABC – para estimular o comér-cio exterior das empresas da região.

O projeto prevê o desenvolvi-

Page 27: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

de fortalecer a participação das em-presas do Grande ABC no mercadoexterno e trazer novas oportunida-des de negócios para a região. Na parceria, a demanda de pro-dutos desses segmentos serãoprospectadas no mercado exteriore então encaminhadas para as em-presas da região. “Serão beneficia-das principalmente aquelas empre-sas que tenham uma visãoempreendedora e queiram conquis-tar novos mercados. Não basta que-rer exportar. É preciso estar prepa-rado. E o ABCex atuará nessa pre-paração das empresas para o merca-do internacional”, explicou Teixeira. Cooperação Com o seu expertise, a Câmarade Comércio do Mercosul poderácontribuir com a prospecção de mer-cados e troca de tecnologia, além depoder auxiliar também na coopera-ção com entidades de classe para que,se possível, crie uma sinergia entre

www.ccmercosul.org.br 27

os municípios da região do GrandeABC e as empresas. De acordo como diretor de Relações Internacionaisda Câmara, Fábio I. Torquato, a ex-pectativa é muito positiva, uma vezque a Agência está muito bem orga-nizada para desenvolver um traba-lho sério e ue gere resultados rápi-dos. “Entre feiras e consultorias queserão oferecidos, também pretende-mos trazer missões do exterior paravisitar a região e encontrar os em-presários locais”, conta Torquato. Atualmente já estão sendo traba-lhados dois nichos de mercado: os Ar-ranjos Produtivos Locais (APL’s) dossetores metal-mecânico e plásticos.Foram encaminhados aos APL’s oquestionário para conhecer operfil dessas empresas e assim mapearas necessidades em capacitação, pro-moção e marketing. Com o resultadoem mãos, a Agência irá propor açõesconcretas, juntamente com o apoioda Câmara do Mercosul. Os encontros do ABCex a-

contecem a cadatrês meses, apre-sentando a Balan-ça Comercial daregião e as opor-tunidades denegócio. Nosite do ABCex(www.abcex.org.br)é possível obterinformações so-bre os eventos deexportação pro-movidos em todas assete cidades da região. Serviço As empresas do Gran-de ABC interessadas emparticipar devem entrar emcontato com a Agência deDesenvolvimento Econô-mico do Grande ABCpelo telefone 11 4992-7352 ou pelo [email protected].

Page 28: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Ofertas

Materiais para ManufaturaEmpresa de Massachusetts

(USA), produtora de partes metáli-cas de canetas, instrumentos médi-cos, embalagens de cosméticos, par-tes automotivas, ferramentas, itensde decoração e afins. A empresatambém pode manufaturar de acor-do com o pedido do cliente. Buscaparceiros/distribuidores/represen-tantes no Brasil. Cód. 004.

Serviços em SaúdeEmpresa de Massachusetts

(USA) que gere TI para ciências davida. Busca parceiros que conheçamas necessidades do mercado brasi-leiro para pequenas e médias em-presas a fim de entender como es-tas gerenciam seus dados. Cód. 025.

HospitaisHospital de Massachusetts (USA)

ligado à Universidade de Harvard com184 anos de história dedicados em for-necer cuidados de primeira classe a pa-cientes e no ensino e pesquisa dedisfunções dos olhos, ouvidos, nariz,garganta, cabeça e pescoço. A equipedo Escritório Internacional coordenao tratamento de pacientes estrangei-ros. O Hospital busca instituições par-ceiras, pacientes e profissionais interes-sados. Cód. 020.

Materiais de ConstruçãoEmpresa de Massachusetts (USA)

especializada em produtos capazes detornar qualquer tipo de piso (seja in-terno ou externo) antiderrapante,bem como banheiras, sem alterar aaparência da superfície e tendo suaeficiência mantida por um períodomínimo de cinco anos para pisos ede um ano para banheiras. Busca par-ceiros/distribuidores/representantesno Brasil. Cód. 013.

ConstruçãoEmpresa da Colômbia de estru-

turas metálicas busca parceiros, dis-tribuidores ou representantes noBrasil. Cód. 059.

CerâmicaEmpresa da Nicarágua produto-

ra de equipamentos sanitários em ce-râmica busca parceiros, distribuidoresou representantes no Brasil. Cód. 060.

BrinquedosFábrica argentina de jogos

educativos, busca empresas brasilei-ras importadoras, distribuidoras,atacadistas e supermercados parasua linha de jogos didáticos para es-tímulo de bebês e crianças com ida-de pré-escolar. Cód. 048.

Biotecnologia / MedicinaEmpresa de Massachusetts

(USA) produtora de kits de análi-se para diagnósticos em laborató-rios clínicos, kit de teste para do-ença de Lyme pelo método ELISAe Western Blot (teste HIV ecisticercose) e miniblotters parapesquisa de proteína e hibri-dizações, busca parceiros/distri-buidores/representantes no Brasil.Cód. 001.

Bens de ConsumoEmpresa de Massachusetts

(USA) especializada em produtos li-gados à saúde, sexo seguro e beleza.Sua linha inclui diferentes tipos depreservativos (masc. e fem.), preser-vativos customizados (com logo daempresa), lubrificante íntimo, cami-setas, roupa íntima e outros. Buscaparceiros/distribuidores/represen-tantes no Brasil. Cód. 005.

BebidasEmpresa brasileira da Bahia, pro-

dutora de cachaça, busca parceiros/distribuidores/representantes na re-gião sudeste e no exterior. Cód. 065.

Frutos do MarEmpresa do Panamá produtora

de camarão de cultivo, busca par-ceiros, distribuidores ou represen-tantes no Brasil. Cód. 058.

Ferramentas PneumáticasEmpresa de Massachusetts

(USA) produz ferramentas de arcomprimido. Sua linha inclui ferra-mentas para cortar, moldar e des-travar, especialista em ferramentasmanuais pneumáticas e ferramen-tas de design customizado. Buscaparceiros/distribuidores/represen-tantes no Brasil. Cód. 015.

Equipamentos HospitalaresEmpresa de Massachusetts (USA)

é produtora especializada em equipa-mentos de imagens médicas (radio-grafias digitais e outros) e equipamen-tos de suspensão de pacientes. Está àprocura de distribuidores para seusequipamentos no Brasil. Cód. 018.

SaúdeEmpresa argentina dedicada

desde 1958 a embalagens e acessó-rios para laboratórios médicos, cos-méticos e alimentícios, está interes-sada em realizar intercâmbio co-mercial com industriais e/ou dis-tribuidores brasileiros. Cód. 049.

SaúdeEmpresa argentina dedicada a

importação, distribuição, fabricação evenda de insumos e equipamentosmédicos, habilitada pela ANMAT ecom clientes em todo o país, buscacomprador ou sócio para incrementarseus volumes de negócios. Cód. 051.

SaúdeEmpresa argentina de desenvolvi-

mento de software, especializada emengenharia de processos, busca em-presas no Brasil para comercializarseus produtos e serviços. Cód. 050.

Materiais de ConstruçãoEmpresa brasileira de torneiras

e metais sanitários busca parceiros/distribuidores no exterior. Cód. 066.

28 www.ccmercosul.org.br

Page 29: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Demandas

CalçadosEmpresa do Equador busca for-

necedores de acessórios para calça-dos, como couro sintéticos, plan-tas PVC, etc. Cód. 054.

Matéria-primaEmpresa da Espanha busca for-

necedores de produtos fabricadosem cartão PVC, polipropileno ecouros para uso escolar. Cód. 056.

AlimentosEmpresa do Peru busca forne-

cedores de polpa de frutas comqualidade de exportação. Cód. 063.

Cama, mesa e banhoEmpresa argentina busca forne-

cedores de toalhas de todos os ta-manhos. Cód. 047.

Matéria-primaEmpresa estatal de Cuba procura

fornecedores de matéria-prima parafabricação de PET e embalagens.Possui a fábrica mas necessita maté-ria-prima. Disponível a importação,produção cooperada, consignação ouqualquer outra modalidade que sejaatrativa para ambos. Cód. 046.

AlimentosEmpresa do Peru busca forne-

cedores de sucos concentrados defrutas tropicais e não tropicais.Cód. 052

MadeiraEmpresa da Bolívia busca for-

necedores de madeiras serradas,verniz, cola, etc. Cód. 055.

TecnologiaEmpresa de Cuba necessita

tecnologia para produzir móveis eutensílios para cozinha, de aço ino-xidável. Disponível a importação,produção cooperada, consignaçãoou qualquer outra modalidade queseja atrativa para ambos, pois jápossui compradores para seus pro-dutos. Cód. 041.

EletrodomésticoEmpresa de Cuba procura

fornecedores de eletrodomésti-cos, televisores ou eletrodomés-ticos que sejam econômicos. Pos-sui uma fábrica de televisorescom capacidade para produzir300 por dia. Disponível a reali-zar uma produção cooperada.Cód. 036.

HigieneEmpresa da Argentina busca

fornecedores de fraldas des-cartáveis. Cód. 057.

Higiene e limpezaEmpresa estatal de Cuba pro-

cura fornecedores de concentra-dos para produtos de higiene elimpeza. Disponível a importa-ção, produção cooperada, con-signação ou qualquer outra mo-dalidade que seja atrativa paraambos. Cód. 042.

HotelariaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de equipamentos parahotéis em geral, como carrinhos,mesas inoxidáveis, etc. Disponívela importação, produção cooperada,consignação ou qualquer outramodalidade que seja atrativa paraambos. Cód. 031.

Matéria-primaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de resinas de diferentestipos para a produção de produtosplásticos. Consomem aproximada-mente 20.000 toneladas por ano dediferentes tipos. Disponível a im-portação, produção cooperada,consignação ou qualquer outramodalidade que seja atrativa paraambos. Cód. 039.

Matéria-primaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de matéria-prima parafabricação de móveis metálicos ede madeira. Possuem uma fábrica.Disponível a importação, produçãocooperada, consignação ou qual-quer outra modalidade que seja atra-tiva para ambos. Cód. 040.

Matéria-primaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de polipropileno, poispossuem uma fábrica de bolsasplásticas e embalagens em geral,incluindo garrafas plásticas. Dispo-nível a importação, produção coo-perada, consignação ou qualqueroutra modalidade que seja atrativapara ambos. Cód. 037.

Infra-estruturaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de luminárias públicas edomésticas, incluindo seus supor-tes. Disponível a importação, pro-dução cooperada, consignação ouqualquer outra modalidade que sejaatrativa para ambos. Cód. 033.

Matéria-primaEmpresa estatal de Cuba procu-

ra fornecedores de poliespuma, poisproduzem molas flutuantes com essematerial. Disponível a importação,produção cooperada, consignaçãoou qualquer outra modalidade queseja atrativa para ambos. Cód. 044.

TecnologiaEmpresa de Cuba possui cen-

tro de pesquisas sobre antenas eprocura parceiros que possam for-necer know-how e tecnologia. Dis-ponível a importação, produçãocooperada e consignação. Cód. 030.

www.ccmercosul.org.br 29

Page 30: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

30 www.ccmercosul.org.br

MERCOSUL EM FOCO

Menina dos olhosMenina dos olhos

Menina dos olhos

Menina dos olhosProvíncia de San Luis destaca-se como

importante pólo exportador da Argentinatabeleceu no Brasil um escri-

tório de representação dos inte-resses comerciais de San Luis,com o objetivo de fomentar ain-da mais os negócios de região.

A importância da província nocontexto argentino é logo desta-cada quando se analisa as expor-tações do país por região. Segun-do dados do Governo de SanLuis, das exportações argentinas,58% saem a partir da província,sendo que os outros 42%correspondem às exportaçõesdas outras províncias em conjun-to. Isso mostra não só a impor-tância da região para o país, comotambém seu considerável desen-volvimento em infra-estrutura elogística, que permite às empre-sas da região maior compe-titividade no comércio exterior.

Dados oficiais mostram quede 1993 a 2008, ou seja, nos últi-mos 15 anos, as exportações daprovíncia cresceram quase 560%enquanto a Argentina teve um in-cremento de 433%. Estes dadosdeixam claro que a região vem sedestacando na atividade de co-mércio exterior do país e, por

consequência, traz reflexos nodesempenho do Mercosul.

Entre os principais destinosdas exportações de San Luis, oMercosul é o bloco que possuimaior participação, com 26%(ver gráfico 1). No entanto, utili-zando o conceito de MercosulAmpliado, no qual admitimosnão só os países membros dobloco, como também seus asso-ciados, considerando a Américado Sul como um todo, vemos queesta região é responsável por ab-sorver quase 56% das exporta-ções da província.

Estes dados refletem a impor-tância da província para o con-texto regional, assim como o in-verso ocorre. O segundo blocoque mais importa de San Luis é aUnião Européia , com umarepresentatividade de apenas15%, aproximadamente.

Analisando por país de desti-no destas exportações, o Chileaparece em primeiro lugar, segui-do de Brasil e Alemanha. Apenaso Brasil, tem uma parcela de par-ticipação nas exportações de SanLuis de cerca de 17%, o que o

Fábio Torquato *

DDentro do bloco formado porArgentina, Brasil, Paraguai e Uru-guai, estão sub-regiões dentro decada país que merecem cada vezmais destaque no comércio inter-nacional globalizado. Estas regi-ões possuem grande importânciapara os países nos quais estãoinseridas e, conseqüentemente,trazem reflexos para o desempe-nho do Mercosul como um todo.

Localizada no centro-oeste ar-gentino, a província de San Luisé uma destas regiões que mere-cem destaque. Tendo como prin-cipal motor da economia local aatividade agropecuária, San Luistem atraído importantes indústri-as de diversos segmentos, refle-tindo positivamente em seu de-sempenho no comércio exterior.

Além disso, a província tementendido muito bem a nova di-nâmica internacional e a impor-tância de fazer dela um aliado aodesenvolvimento. Recentemente,em acordo firmado com a Câma-ra de Comércio do Mercosul, es-

Page 31: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 31

torna um importante parceiro co-mercial da região.

As exportações da provínciade San Luis refletem caracterís-ticas de economia local, mas tam-bém se verifica uma diversifica-ção da pauta. Seguindo sua vo-cação agropecuária, 6,3% das ex-portações da região são de pro-dutos primários e outros 57,1%são de produtos manufaturadosde origem agropecuária (ver grá-fico 2). Dentre os principais pro-

dutos estão os ligados a carnes,couro, amendoim, entre outros.Já os manufaturados de origemindustr ia l , que representam36,61% das exportações de SanLuis, são representados por dife-rentes tipos de produtos, que vãodesde fraldas a bombas hidráuli-cas, fitas adesivas, motores e tan-ques de gás. Portanto, pode-seperceber que há uma importantediversificação na pauta exporta-dora da província, de modo que

esta possa assistir a um crescimen-to relativamente igual de diferentessetores, que trazem maior estabili-dade econômica e comercial à re-gião. Isso faz com que esta estejacada vez mais preparada para en-frentar os desafios do comércio re-gional e internacional.

* Fábio Torquato é diretor deRelações Internacionais da Câ-mara de Indústria e Comércio doMercosul e Américas

Gráfico 1 – Principaisdestinos das exportações

Mercosul – 26%

União Européia – 15,60%

Nafta – 7,10%

Ásia-Pacífico – 5,10%

Outros Blocos – 46,42%

*Fonte: Governo de San Luis *Fonte: Governo de San Luis

Gráfico 2 – Principais produtosexportados

Produtos primários – 6,30%

Manufaturados de origemindustrial – 36,61%

Manufaturados de origemagropecuário – 57,10%

Page 32: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

ACONTECE

32 www.ccmercosul.org.br

Maior divulgação

Em março, a Câmara participouda Feira Internacional de Turismo(Fistur) em São Paulo. Na ocasião,a entidade representou seisempresas argentinas e brasileirasem um estande.

A Câmara realizou um evento na cidade de Jarinú/SP, reunindo secretáriosde turismo e prefeitos de 13 cidades do interior de São Paulo que compõe oCircuito Turístico. A iniciativa teve como objetivo apresentar uma proposta deparceria na área do turismo. Estavam presentes representantes argentinos daCâmara. O evento aconteceu em maio.

De olho no interior

Novas parcerias

A presidente e coordenadora da ZonaFranca de San Luis, Graciela Corvalán(esq.), e o presidente da Câmara, MiguelPaletta (dir.), depois de assinarem umacrodo de cooperacao em junho naprovíncia de San Luis, Argentina.

Page 33: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 33

A Câmara foi convidada a participar de debate sobre a internacionalizaçãodos municípios brasileiros na Prefeitura de Campinas em junho. O eventofoi realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pelaPrefeitura da cidade.

Internacionalização

No mês de agosto, a Câmara realizoudois eventos para promover ointercambio de pacotes turísticos entreo Brasil e a Argentina. As cidadesescolhidas para as ocasiões foramCampinas, São Paulo, e Poços de Caldas,Minas Gerais. Nos encontros, estiverampresentes autoridades locais erepresentantes do governo de San Luis,Argentina.

Hermanos argentinos

Rumo à África

A Câmara do Mercosul, por meio da JC Trading,estará participando lançamento da missão paraa África realizado pela Apex, representandoempresas brasileiras no continente africano. Oevento ocorrerá na África do Sul no início deSetembro.

Fotos: Divulgação

Page 34: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

RESPONSABILIDADE SOCIAL

34 www.ccmercosul.org.br

O som do silêncioO som do silêncioO som do silêncioMais do que Responsabilidade social, Vez

da Voz se preocupa com sonhosMais do que Responsabilidade social, Vez

da Voz se preocupa com sonhos

IInspirada em uma história real, nasceu a personagem Amanda.Uma menininha surda que ensina aos colegas de escola aimportância do som do silêncio. Acostumadas com os barulhosda cidade, todas as crianças da história se assustam ao sedeparar com um passeio ao fundo do mar e o silêncio das águas.Todas, menos Amanda, que maravilhada com cores e peixes,brinca à vontade. Ao ouvir a história, crianças e adultospercebem o quão maravilhoso é o mundo das Amandas, dascrianças que não ouvem e que, nem por isso, deixam de sonhar.

Divulgação

Page 35: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 35

Censo Demográfico - 2000

Tipo dedeficiência Visual Motora Auditiva Mental Física Total de

deficiências

Homem

Mulher

Total

7.259.074

9.385.768

16.644.842

3.295.071

4.644.713

7.939.784

3.018.218

2.716.881

5.735.099

1.545.462

1.299.474

2.844.936

861.196

1.416.060

554.864

15.979.021

18.601.700

34.580.721

Foi com histórias infantis comoessa que a organização da sociedadecivil de interesse público (Oscip) Vezda Voz começou a se formar. Depoisde escrever alguns contos sobre os di-ferentes tipos de comunicação, afonoaudióloga, Cláudia Cotes, perce-beu que não poderia estar sozinha pararealizar um projeto que incluísse a pes-soa com deficiência e trabalhasse coma diversidade humana.

Para isso foi necessário buscarapoio e fazer parcerias. A partir dai,com a ajuda da preparadora vocal ecompositora, Ciça Baradel, elasaprenderam que para cada históriadeveria haver uma música abordan-do o tema e que precisariam de vári-as vozes diferentes, e assim o grupocomeçou a crescer.

Voluntariamente, tiveram a par-

ticipação de crianças entre 2 e 9 anosde idade, de jornalistas e de um téc-nico de áudio.

Dessa forma, o grupo formadosempre com a ajuda de voluntários,tem cunho social e oferece como va-lores a ideia de ir além dos deveresde responsabilidade social. O obje-tivo é proporcionar uma infância ver-dadeira para crianças com algum tipode deficiência.

“Apresentamos uma proposta fei-ta por e para crianças ouvintes e não-ouvintes poderem interagir e apren-der umas com as outras. No Brasil,muito se discute sobre os direitos dosdeficientes, ainda longe de serem res-peitados em sua integralidade, maspouco se fala sobre os sonhos e dese-jos dessas crianças. Resolvemos, então,abordar o tema”, explica Cláudia.

Assim, os voluntários do projetoVez da Voz querem ajudar a mudar arealidade daqueles que possuem algu-

ma deficiência. Pensando dessa manei-ra não era possível só atingir criançassurdas era preciso se preocupar comas cegas também.

Essa é a pratica da solidariedade,que fez com que o pequeno grupo devoluntários, viajasse por vários estadose criasse o Telelibras: o primeirotelejornal inclusivo da Internet brasi-leira, com mais de 200 vídeos em doisanos. “O nosso desejo era não deixarninguém de fora. Se a criança não forsurda ou cega, poderá olhar os livros,entender como esse mundo diferentedo dela funciona e doar o material paraoutras crianças.

Desta forma, a interação entre cri-anças surdas e ouvintes acontecerá na-turalmente. A prática da solidariedadeé o desejo da Vez da Voz” , afirmaumas das fundadoras, Cláudia. Hoje,o site recebe mais de 20 mil acessosmensais e o Telelibras já está no portalda Prefeitura de São Paulo.

Voluntários em ação; Vez da Voz quer ajudar a mudar a realidadedaqueles que possuem alguma deficiência

Tanara Danilevicz

DivulgaçãoDivulgação

Page 36: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Com iniciativas feitas pela Internet,canal de TV e vídeos acessíveis paradownload, as ações atingem o Brasilinteiro e ganham ajuda nos mais dife-rentes estados.

A voluntária Roberta Lage, repre-sentante da ONG em Brasília, é umexemplo disto e já viajou para váriascidades divulgando o projeto. For-mada em Comunicação Social,Roberta desenvolveu o projeto “Pra-ticamos a Inclusão”, que consiste emum treinamento voltado aos estabe-lecimentos comerciais que queremcapacitar sua equipe de atendimen-to para se relacionar com as pessoascom deficiência.

Para isso, são oferecidas palestras,dinâmicas, oficinas de Língua Brasi-leira de Sinais (LIBRAS) e Braile (mé-todo de leitura e escrita voltado aosdeficientes visuais), com certificaçãoe selo de inclusão social para o esta-belecimento.

O projeto já deu tão certo quepossui parceria com a Caixa Econô-mica Federal de Campinas e deBrasília, com a Infraero de Brasília,entre outros. Outra parceria de suces-so foi realizada com um dos maioresshoppings da América Latina, o Par-

que Dom Pedro, que fica na cidadede Campinas, São Paulo.

O estabelecimento decidiu mon-tar um lançamento especial do pro-jeto, com apresentação dos corais desurdos e ouvintes, sapateado eestandes com exposições de arte ede novas tecnologias para deficien-tes auditivos. Dessa forma, mais cri-anças foram beneficiadas. O proje-to A Vez da Voz começou com umkit contendo um CD, que aborda di-ferentes tipos de comunicação, umlivro em braile, outro livro de ativi-dades lúdicas em língua de sinais eletras e um livro de ilustrações.

O grupo busca a susten-tabilidadecom trabalhos de vídeos com Libraspara o governo, além de palestras depessoas com deficiência em escolas eempresas. Em 2008, o grupo foi elei-to como um dos melhores projetossociais pela equipe do Programa Ação(Serginho Groisman).

Porém, hoje em dia, as principaisdificuldades que o grupo passa são deordem financeira. “Necessitamos de parceiros que nos dêem espaços emsites, televisão e que façam doações demateriais para gravações em estúdio.Precisamos comprar mais equipamen-

tos de filmagem e pagar cachês aos vo-luntários com deficiência. Para doar,basta entrar no site e verificar os da-dos”, esclarece Cláudia.

Em busca de novos voluntários,Roberta Lage explica que participar doprojeto possibilita poder provocarmudança na sociedade, trocar experi-ências, aprender novas culturas e dife-rentes formas de comunicação.

Dessa forma, os objetivos quereúnem os profissionais para re-alizar esse trabalho são paixão,transparência e profissionalismopor uma diversidade de raças,classe social, religião, pensamen-tos e culturas, transformando emum único coração que transbor-da de vontade e iniciativa de pro-mover mudanças significativas navida de muita gente.

“Como diz a letra da música temada ONG Vez da Voz - “Voz do Cora-ção”- (autoria Gabriela Parra), integraresta ONG me ensinou a ver além doque meus olhos podem enxergar, aescutar o que as mãos podem dizer e areconhecer que somos todos diferen-tes, ao mesmo tempo tão iguais, e pornossas diferenças somos tão especiais”,conclui a voluntária.

36 www.ccmercosul.org.br

Sara Bentes(baixa visão) eGabriela Parra

(fonoaudióloga);Ambas sãocantoras e

compositoras

Divulgação

Page 37: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 38: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

TURISMO

38 www.ccmercosul.org.br

Ai que frio!Ai que frio!Campos do Jordão e Gramado são destinos

certos durante temporada de invernoCampos do Jordão e Gramado são destinos

certos durante temporada de invernoMartha Romano esquecidas do roteiro.

No caso de Campos do Jordão,é durante o inverno que o localrecebe mais de 50% dos turistasdo ano inteiro. Para se ter umaideia, a expectativa para esta tem-porada é que 1,7 milhão de pes-soas passem pela cidade, marca30% maior do que em 2008.

“Acreditamos que a crise mun-dial ajudará no crescimento do tu-rismo interno brasileiro”, afirma oSecretário Municipal de Turismo,Tércio Laurelli. De acordo com ele,anualmente o município chega a re-ceber 2,3 milhões de visitantes.

“Essa procura pela cidade éexplicada por questões históricas e

pelo clima frio. Já é costumetransmitido por gerações passaro inverno em Campos do Jordão,curtindo as temperaturas baixase a natureza. Além disso, as mar-cas e pessoas que querem ser vis-tas são ‘obrigadas’ a passar poraqui”, revela Lourelli.

Devido à demanda, pode-se di-zer que quase 100% da verba deCampos está ligada direta ou indi-retamente ao turismo. O secretárioconta que a maior parte do orça-mento da cidade é proeminente doIPTU das residências de turistas emoradores. Estima-se que há maisde oito mil casas de veraneio queprovavelmente não existiriam se a

Divulgação

ÉÉ hora de tirar os casacos e oscachecóis do armário. O invernochegou e, segundo o Centro de Pre-visão do Tempo e Estudos Climá-ticos, do Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (Cptec/Inpe), osefeitos típicos da estação estão devolta: manhãs frias e tempo secono sudeste e centro-oeste.

Mas julho também é época deférias e nada melhor do que apro-veitar os dias de folga para sair umpouco da rotina. Para quem gostado frio, as cidades de Campos doJordão, São Paulo, e de Gramado,Rio Grande do Sul, não podem ser

Page 39: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Vandeir RodriguesJosé Alfredo Rodrigues

cidade não fosse turística. Os impos-tos cobrados para a liberação dosestandes representam aproximada-mente 0,5% do orçamento da cidade.

No entanto, devido à transiçãodo governo municipal não foi pos-sível realizar o investimento deseja-do no turismo de Campos doJordão para esta temporada.

“O trabalho que tem sido feitoé a busca de parcerias para divulgara cidade, principalmente nos veícu-los de comunicação das capitais. Aprincipal premissa desta administra-ção é realizar o máximo possívelcom o mínimo de dinheiro públi-co”, destaca Lourelli.

Um importante investimentopartiu do Governo Estadual, emque 32 câmeras de segurança se-rão instaladas em toda a cidade,auxiliando no monitoramento asegurança pública. Até o final do

inverno as câmeras deverão serinstaladas, a um custo estimadode R$ 3,6 milhões.

Mais dinheiro para gastarCampos do Jordão recebe, em

sua maioria, turistas de classe alta emédia-alta. Durante o inverno, to-das as faixas etárias freqüentam acidade, mas a maioria é de jovens eadultos. Já durante os meses de bai-xa temporada, a grande parte dosvisitantes é composta por famíliascom crianças e casais.

Quanto à infraestrutura, o mu-nicípio conta com uma variedade dehotéis e pousadas, que estão entreos melhores do Brasil. Agastronomia apresenta forte ascen-são e já alcança nível internacional.

Para entreter os turistas que vi-sitam a cidade, diversos eventosacontecem em Campos do Jordão

durante a temporada de inverno. Agrande maioria deles é de empresasque se instalam para mostrar seusprodutos e serviços. Entre os des-taques estão o show de IveteSangalo no dia 11 de junho, a Fei-joada da Fama no dia 11 de julho eo Festival Internacional de Inverno,que acontece de 4 a 26 de julho.

Serra GaúchaDiferente de Campos do Jordão,

a cidade de Gramado é procuradapelos turistas o ano inteiro, com es-pecial ênfase durante a realização doNatal Luz, que se estende de no-vembro a janeiro. “Estasazonalidade não existe mais”, res-salta o Secretário Municipal de Tu-rismo, Gilberto Tomasini.

No total, são mais de 11 mil lei-tos para receber cerca de 2,5 mi-lhões de turistas por ano. Somente

José Alfredo RodriguesVandeir Rodrigues

Portal de Campos do Jordão (esq.) e Horto Florestal da cidade(dir.); Anualmente omunicípio chega a receber 2,3 milhões de visitantes

Quase 100% da verba de Campos do Jordão está ligada direta ou indiretamente ao turismo

Page 40: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

TURISMO

no período de frio, Gramado recebe700 mil visitantes. Segundo Tomasini,em média o estrangeiro gasta R$ 160por dia na cidade, enquanto o brasi-leiro, R$ 100.

Com isso, R$ 280 milhões sãogerados pela atividade turística. Umaenquete realizada pela Secretaria Mu-nicipal do Turismo atesta que 96,5%dos entrevistados pretendem retornara Gramado e 99,7% recomendariama cidade a outras pessoas.

Um dos pontos de atração per-manente é a Rua Coberta, que con-ta com bares e restaurantes, ondesão realizados eventos variados.Também se destaca o Palácio dosFestivais, que abriga 37 anos de his-tória do mais conceituado Festivaldo Cinema Brasileiro.

“O trabalho de revitalização re-alizado fez com que a caminhadapelo centro seja um verdadeiropasseio em um Shopping a céuaberto, com enorme variedade delojas que comercializam chocola-tes, moda, couro, malhas, móveise decoração da melhor qualidade ecom padrão internacional”, afirmaTomasini. Entre as opções de lazerpara a temporada, estão o Festivalde Cinema, a Feira do Livro,

Gramado possui mais de 11 mil leitos para receber 2,5 milhões pessoas por ano

Divulgação

a Feira do Artesanato, o Festivalde Inverno e a Estação Gramado.

Sempre maisComo cerca de 90% da receita

de Gramado é proveniente da ativi-dade turística, a cidade sempre pro-cura investir no setor. Entre as me-didas, o município tem procuradocriar novos eventos e promover par-cerias com trade turístico como, porexemplo, a recente viagem de divul-gação da cidade realizada em três ca-pitais do nordeste.

Recentemente, foi comprado oExpoGramado, um moderno ebem equipado espaço multi-funci-onal para realização de feiras, con-gressos, convenções e shows. “Semdúvidas com esta aquisição dare-mos um novo impulso à atividadeturística da cidade que já conta comuma invejável estrutura para rece-ber eventos”, afirma Tomasini. Ele destaca ainda queo turismo é uma ati-vidade econômica sustentável, com papelrelevante na ge-ração de postos de trabalho e in-clusão social.

O Festival deCinema deGramado éuma dasmaioresatrações dacidade

Page 41: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 42: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

42 www.ccmercosul.org.br

TURISMO

Conhecendo oMercosul

Secretaria de Turismo da Câmara na Argentinaoferece opções para todos os gostos

Conhecendo oMercosul

Tanara Danilevicz

Martha Romano

HHá nove anos, a Secretária de Tu-rismo da Câmara de Comércio doMercosul foi criada com o firme pro-pósito de responder às necessidadesde países, estados e municípios do blo-co e de divulgar a públicos interessa-dos não só o turismo de lazer, mas tam-bém o de negócios. Por isso, a Secre-tária de Turismo passou a representaros interesses públicos de divulgação dedestinos, fazendo uma interface juntoao setor privado, por meio de parceri-as e utilização dos diferentes meios decomunicação da entidade, como site,revista e canal de TV.

Atualmente, o órgão é dirigido porJavier Leonardo Corvalán, assessor daCâmara de Comércio do Mercosul edas Américas, além de Agente Comer-cial de Comércio Exterior. Corvalán,que também é gerente de negócios da

Business & Travel, cedeu uma entre-vista a Mercosul for Export, para ex-plicar as propostas e novos desafiosda Secretaria. Confira abaixo.

Mercosul for Export – Quais sãoas principais atividades desen-volvidas pela Secretaria?Javier Leonardo Corvalán – ASecretaria tem um cronograma deatividades anuais e foca suas ener-gias em fóruns e simpósios de pro-moção turística, realizando umaponte com as entidades intermedi-árias, como as secretarias munici-pais, e promoções turísticas de go-vernos estaduais e nacionais.

ME – Quais os serviços oferecidos?J.C – Atualmente a Secretaria oferececoncretamente uma negociação dire-ta entre os municípios, governos, ope-radores de viagens, agências recepti-

vas/emissivas, hotéis e todos os inte-grantes da cadeia de valor do turismo.A Secretaria ainda oferece reais bene-fícios à grande quantidade de sóciosativos, sócios empresariais, comunida-de turística e também ao público emgeral através de ofertas de turismo enegócios de qualidade e competitivosem preços finais, qualidade de servi-ços com valor agregado. Promoven-do novos destinos turísticos, consoli-dando os destinos tradicionais e ou-torgando facilidades para que cadainteressado encontre a melhor formade pagamento. A divulgação em mas-sa de nossas tarefas e de todos os ato-res se realiza através dessa revista,“Mercosul for Export”, dos siteswww.ccmercosul.org.br etvmercosul.com e em todos os even-tos que a Câmara de Comércio doMercosul e Américas participa peloMercosul.

Page 43: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

www.ccmercosul.org.br 43

Martha Romano

ME – Que trabalho vocês estão re-alizando para promover o turismoda Argentina e a região doMercosul?J.C – Neste trimestre, desenvolvemosregiões como o circuito das águaspaulistas e circuitos entre serras e águas(janeiro – maio). Atualmente estamosfortemente com a promoção das ci-dades de Rosário, Mar del Plata eMendoza, além do estado de San Luisna República Argentina. No mês dejunho, assinamos um importante acor-do bilateral comercial e turístico coma província de San Luis. Já estão pro-gramadas também reuniões muitoimportantes para definir as datas decongressos, simpósios e oficinas deturismo, com diferentes prefeituras naArgentina e no Brasil, inicialmente,onde realizaremos atividades conjun-tas de turismo e negócios com os re-presentantes de grandes empresas ePequenas e Médias Empresas (PME)de cada cidade. Dessa maneira, cum-primos com uma de nossas metas fun-damentais que é: promover os interes-ses das empresas e destinos turísticosdesde o Mercosul para o mundo.

ME – Qual o objetivo dessas ini-ciativas?J.C – O nosso propósito imediato éque todos possam combinar os des-tinos de turismo de prazer com o tu-rismo de negócios, profissional, fei-ras e congressos, cultura e educação.Para isso estamos trabalhando for-temente com todos os interessadosem promover estas áreas em todasas regiões do Mercosul. A Câmara ea Secretaria convida a estes setores eregiões que nos contatem para ofe-recer soluções e conhecer melhornossas atividades.

ME– O que mais atrai os turistas?J.C – Hoje o turismo está passandopor muitas mudanças, na qual se va-loriza os destinos do Mercosul. Entreos motivos, os custos acessíveis, paco-tes muito competitivos e uma combi-nação de viagens de lazer e negócios,entre outras questões. Porém, não de-vemos esquecer que a América do Sulhoje é um destino turístico imbatívelpor sua variedade de climas, praias,

neve, cidades, cultura, natureza,gastronomia de excelência e hospitali-dade genuína de nossas regiões. Emmatéria de infra-estrutura, os investi-mentos não param. Por isso temos aoferecer o melhor em hotéis, resorts,companhias aéreas, terrestres, trans-porte fluvial e etc. A isso se soma acompetitividade de nossas moedasfrente ao euro ou ao dólar.

ME – O sr. acredita que o turis-mo na Argentina foi afetadopela crise?J.C – Acho que todos os setoresforam afetados pela crise global, naArgentina também. É por isso quea Secretaria está oferecendo alter-nativas totalmente diferentes aqualquer outra entidade com pro-postas idôneas, com grande leitu-ra das tendências, e de acordo comos tempos atuais.

ME – Como a Câmaraestá ajudando o setor?J.C – No caso do turismo de negóci-os, feiras e congressos, estamos con-vidando os empresários de todo oBrasil, como, por exemplo, na Ali-mentaria Mercosur 2009, feira de ne-gócios de alimentos, bebidas, e ser-viços gastronômicos que será realiza-da em Buenos Aires, entre os dias 29de setembro e 1 de outubro. Nestaocasião, inclusive, a área comercial daCâmara tem espaço de negócios den-tro da mesma, oferecendo serviços eprofissionalismo a cada participante.Para isso, temos uma proposta queinclui um pacote de viagens por qua-tro noites, no qual o empresário atra-vés da Câmara de Comércio doMercosul tem benefícios, como city toure translatos. Também para aExpocomm, que ocorrerá do dia 22 a25 de setembro, temos o mesmo ser-viço. Estes são reais benefícios aosquais há uma equipe de profissionaisresponsáveis por trás. Temos aindauma nova unidade de trabalho chama-da Business & Travel e, somente naArgentina, chegamos a mais de 800agências de viagens. Já está começan-do também este mesmo desenvolvi-mento em todas as regiões de Brasil,Chile, Peru, inicialmente, levando rea-

lidades e produtos específicos. ME – No inverno quais são os prin-cipais destinos no Mercosul?J.C – Bariloche, San Martín de losAndes, Ushuaia, Mendoza e Chilesão os protagonistas durante o in-verno e definem-se como destinosde neve, aventura e natureza. A Câ-mara e a Secretaria de Turismo pro-movem estes destinos não só geo-graficamente como também compreços acessíveis para todos os as-sociados da entidade.

ME – Que movimento a Câmaraviu nos últimos anos em relação aoturismo na região do Mercosul?Como pode ser definido o perfil dosturistas da região?J.C – Os turistas do bloco participamcom cerca de 35 % e os turistas extraMercosul, seguem a seguinte ordem:Europa com 23 %, Ásia com 13 % eos norte-americanos com 13%. Há umforte consumo de turismo nacional ouregional. Por fim, gostaria de convidarquem tiver interesse, a participar desteespaço, no qual destacaremos os avan-ços mais relevantes e tendências mun-diais da indústria do turismo e todasua cadeia de valor.

Feira Alimentaria Mercosur 2009será realizada em Buenos Aires,

entre os dias 29 de setembro e 1de outubro

Page 44: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

CULTURA

44 www.ccmercosul.org.br

Muito além dopaisagismo

No ano do centenário de Burle Marx,exposição mostra facetas do artista pouco

conhecidas pelo grande públicoO nome de ori-

gem estrangeira es-conde a nacionali-dade brasileira.Quarto filho deCecília Burle,de descendên-cia francesa, e

de Wilhelm Marx, um judeu ale-mão, Roberto Burle Marx nasceuem São Paulo no dia 4 de agostode 1909, mas viveu grande partede sua vida no Rio de Janeiro. Éde sua autoria, inclusive, o mo-saico de pedras portuguesas dofamoso calçadão de Copacabana.Até o ano de sua morte, em 1994,foram mais de dois mil jardinsprojetados por ele.

Burle Marx também foi o res-ponsável pelos projetospaisagísticos de alguns dos maisconhecidos endereços no Brasil,como é o caso do Aterro doFlamengo, no Rio de Janeiro, oConjunto da Pampulha, em BeloHorizonte, e o Parque doIbirapuera, em São Paulo. No ex-terior, destacam-se os jardins doprédio da Unesco e os jardins doCentro Cultural GeorgesPompidou, ambos em Paris.

Além dos jardins do Parque DelEste, na Venezuela. Contudo, oque poucos sabem é que suasobras abrangem também a pro-dução de cenários, desenhos, pa-inéis de cerâmica, jóias, guaches,tapeçarias e pinturas.

“Todas as minhas obras refle-tem as mesmas preocupações es-téticas, não sou como FernandoPessoa e seus heterônimos. Den-tro da minha maneira de ser, pro-curo o equilíbrio”, revela BurleMarx, durante uma entrevistapublicada em abril de 1989 pelojornal carioca Última Hora. Naocasião, ele explicou que antes decombinar as plantas procura pen-sar na cor, no volume e no rit-mo, e que usa princípios quenorteiam a música e a poesia.

Apesar de seu interesse pre-coce pelo paisagismo, Burle Marxcomeçou a sua coleção de plan-tas e mudas aos oito anos. Elepossui uma produção artísticamultifacetada que ainda é desco-nhecida pelo grande público.Para fazer jus à pluralidade desuas obras, a exposição BurleMarx 100 anos: A permanência doinstável aproveita o centenário de

seu nascimento para mostrar queele foi um criador muito além docampo dos jardins, área em queele ficou conhecido nacional e in-ternacionalmente.

A mostra teve sua primeiraparada no Rio de Janeiro, ondepermaneceu entre os dias 12 dedezembro de 2008 e 19 de abrildeste ano. Devido ao sucesso, aexposição foi inaugurada no Mu-seu de Arte Moderna de São Pau-lo, no Parque Ibirapuera, no dia17 de julho, onde ficará até 13 desetembro. Segundo o curadorLauro Cavalcanti, os próximosdestinos ainda estão sendo acer-tados. Mas há ne-gociações comRecife, Brasília,Paris e Roma. “Ogrande objet ivodessa iniciativa éexaminar e tornarconhecida do públi-co as múlt iplasfacetas de BurleMarx”, contaCavalcanti.

Em gran-de parte, a ex-posição con-

Page 45: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

centra-se em Burle Marx pintor.As telas apresentadas são feitaspelo artista a partir de 1930 até oano de sua morte. “Penso que eleera muito conhecido como pai-sagista e menos como pintor.Com a mostra, as pessoas passa-rão a associar os parques e jar-dins que já conheciam como sen-do de sua autoria e o grande pú-blico ver o grande artista plásti-co que e le era”, af i r maCavalcanti.

Na exposição, são 80 pinturasem tela, 95 guaches sobre papel,16 pinturas sobre tecido, três ta-peçar ias, 34 projetos paisa-gísticos, 12 jóias, cinco escultu-ras e 26 maquetes. Além dessematerial, o curador conseguiureunir foto, documentos e obje-tos pessoais do artista. Todo esseacervo é organizado cronologica-mente de forma decrescente.

PioneirismoNa década de 1930, Burle

Marx ficou famoso por ter acres-centado plantas brasileiras aosjardins. Até o momento, as espé-cies nacionais eram preteridas àseuropeias. De acordo comCavalcanti, com isso ele criou al inguagem internacional dopaisagismo do século XX. “Eleresgatou a vegetação nativa dacondição de ‘mato’ no fundo dosquintais para usá-la na composi-ção dos jardins. Estabeleceu prin-cípios que até hoje são seguidos”,ressalta.

Ainda na entrevista publicadado jornal Última Hora, BurleMarx explicou sua relação com anatureza do Brasil. “Minha prio-ridade no paisagismo é utilizarplantas nacionais. A flora brasi-leira é riquíssima, no entanto, épouco utilizada nos jardins naci-onais”, conta.

Sua importância foi tanta queaté hoje suas obras e projetos sur-tem efeito no paisagismo brasi-leiro. Entre os principais artistas

influenciados porele estão FernandoChacel, Rosa Kliass eHaruyoshi Ono. Esteúltimo foi seu sócio duran-te décadas.

Aproveitandoas comemora-ções pelo cente-nário de BurleMarx, o prefeitodo Rio de Janeiro,Eduardo Paes, tombouno inicio de agosto 84 pro-jetos paisagísticos do arqui-teto na cidade. Entreeles estão opaisagismo daPraça SantosDumont, osito RobertoBurle Marx eo painel daSede Náuticado Clube de Re-gatas Vasco daGama.

www.ccmercosul.org.br 45

Motivos para admirar Burle Marx

- Junto a Lucio Costa e Oscar Niemeyer,forma a trinca central do modernismobrasileiro;- Incorporou plantas brasileiras às suascriações;- Descobriu novas espécies, que levam seunome;- Criou o conceito de “jardim vertical”;- Um dos precursores da consciênciaecológica nos anos de 1970;- Inovou na forma de fazer jardins;- Fez do jardim uma experiência sensoriale de caráter pictórico.

Page 46: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

CULTURA

46 www.ccmercosul.org.br

Ao mestre, com carinhoEm entrevista, o paisagista José Tabacow comenta comofoi trabalhar com Burle Marx por cerca de trinta anos

Quando José Tabacow resolveupedir um estágio a Burle Marx, elenão sabia quase nada sobrepaisagismo. Em trinta anos, Tabacowpassou de estagiário a arquiteto as-sociado. Por três décadas, realizaramjuntos projetos paisagísticos, expo-sições e pesquisas.

“Na maioria do tempo, (BurleMarx) era uma pessoa alegre, quefazia brincadeiras e que gostava decompartilhar seu conhecimento esua vasta cultura com quem mani-festasse interesse e participação”,lembra. Abaixo está a entrevistaconcedida por Tabacow aMercosul for Export.

Mercosul for Expor - Quando osr. pediu um estágio a Burle Marxjá tinha ideia que este seria umfato determinante na sua vida?José Tabacow - Não tinha ideia.Vi uma placa de obra do escritóriono Aterro do Flamengo, anotei oendereço e resolvi pedir um está-gio. Deu certo, mas, na época, eumal sabia o que era paisagismo. Terido lá foi tão decisivo que, emboratenha me formado em arquiteturae urbanismo, praticamente só medediquei a paisagismo e urbanismo.Fiz muito poucos projetosarquitetônicos

ME - Como foi trabalhar comBurle Marx?JT - Foi tudo: bom, ruim, tenso,descontraído. Roberto tinha um

humor muito instável. Às vezes,um fato mínimo mudava seu es-tado de espírito ou de ânimo.Nestas ocasiões, a melhor estra-tégia era “fingir de morto”, tra-balhar em silêncio e só falar comele quando necessário. Mas, namaioria do tempo, era uma pes-soa alegre, que fazia brincadeirase que gostava de compartilhar seuconhecimento e sua vasta cultu-ra com quem manifestasse inte-resse e participação.

ME - Qual a sua relação com ele?JT - Minha relação com Robertofoi boa, mesmo depois que saí doescritório e do sítio, e fui morarno Espírito Santo. A partir de1984, vi Roberto apenas nas pou-cas vezes em que vinha ao Riode Janeiro com tempo para visitá-lo. Profissionalmente, foi uma re-lação profícua, pois passei por to-das as etapas, desde estagiário atésócio, tendo sido estagiário, de-senhista, colaborador, arquitetocolaborador e, finalmente, arqui-teto associado. Creio que o aju-dei a organizar o escritório, or-denar os numerosos projetos queele já havia feito e que viríamos afazer, o arquivo de plantas e, cla-ro, a elaboração de projetos,acompanhamento das obras edetalhamento executivo.

ME - No centenário do aniversá-rio de Burle Marx, qual a principal

influência que seus projetos aindasurtem no paisagismo brasileiro?JT - Burle Marx criou uma escolade paisagismo. Isso significa dizerque ele não inovou apenas no de-senho dos projetos, mas em suaconceituação, em termos de geome-tria, composição e volumetria. Éainda importante mencionar suacontribuição na introdução de no-vas espécies de plantas, não usadasantes em parques, praças e jardins.Muitas das plantas que hoje vemosnas cidades foram introduzidas porele e algumas até desconhecidas daciência, acabaram levando seu nomecomo designativo científico, comohomenagem ao descobridor.

ME - Qual a principal caracte-rística que fez Burle Marx ser tãoreconhecido em todo o mundo?JT - Acho que Burle Marx foi re-conhecido em sua verdadeira di-mensão, de forma tardia. Mesmoquando faleceu, a repercussão foimuito pequena em relação a suaimportância. Curiosamente, agora,nos cem anos de seu nascimento, arepercussão foi muito maior, pormeio de várias exposições, palestrasno Brasil e exterior. O reconheci-mento de Burle Marx como um dosmaiores, senão o maior, paisagistado século XX deve-se a sua capaci-dade de invenção, sua coragem ili-mitada em experimentar, mas asso-ciada conscientemente à sua humil-dade em reconhecer o erro.

Page 47: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Drops

www.ccmercosul.org.br 47

Brésil, je t´aime IAtor francês Vincent Cassel

declara amor ao Brasil durante visitaao país no mês de julho para divul-

gar o filme “À deriva”, do diretorHeitor Dhalia. Completam o elenco

nomes como Débora Bloch, CauãReymond, Camila Belle e a estreante

de 16 anos Laura Neiva. O longa-metragem competiu na mostra

paralela “Um certo olhar” doFestival de Cannes deste ano.

Brésil, je t´aime IIVincente Cassel parece mesmo se

interessar pelo Brasil. O ator é um dosnomes cotados para participar da adapta-

ção para o cinema de “Onze minutos”,baseado no livro de Paulo Coelho.

CinebiografiaA vida do líder espírita Chico Xavier será con-

tada nas telas de cinema. O filme é baseado nolivro “As vidas de Chico Xavier”, de Marcel SoutoMaior, e tem como diretor Daniel Filho (da co-média “Se eu fosse você”). A estreia está previstapara abril de 2010. No elenco, Nelson Xavier,Letícia Sabatella, Giulia Gam, Giovanna Antonelli,Tony Ramos, Cássio Gabus Mendes, ChristianeTorloni e Cássia Kiss.

Rei do PopO cenário da música mundial ficou

órfão de uma de suas maiores estrelas.No dia 25 de junho, às vésperas de umasérie comemorativa de shows pelos seus50 anos, morreu Michael Jackson, con-siderado o Rei do Pop. Se sua vida foimarcada por polêmicas e escândalos, asua morte não foi diferente. Depois dahomenagem realizada na arena espor-tiva Staples Center, em Los Angeles, noinício de julho, questionamentos sobreo paradeiro do corpo até as causas desua morte ainda são incógnitas.

Selton Mello em três temposOs filmes “A mulher invisível”, “Jean Charles” e “A erva do rato” podem contar

histórias completamente diferentes, mas têm uma coisa em comum: Selton Mello.Apesar de filmados em épocas diferentes, os longas-metragens estrearam quase si-multaneamente. Como o próprio ator disse em entrevistas, para quem gosta de seutrabalho esse é um motivo para comemorar. Mas para aqueles que não gostam dele,as estreias não devem ter agradado muito.

Vôo soloO CD e DVD ao vivo “Luz negra” é o

segundo trabalho solo da vocalista do PatoFu, Fernanda Takai. Depois de vender maisde 50 mil cópias do álbum “Onde brilhemos olhos Teus”, a cantora incluiu no re-pertório músicas que sempre quis interpre-tar como “Cinco discos”, parceria dela comJohn Ulhoa, e “Você já me esqueceu”, deFred Jorge e eternizada na voz de RobertoCarlos na década de 1970.

Page 48: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

OPINIÃO

Igor Furniel, diretor-executivo da Actuale, empresa especializadaem viabilizar contratos de PPPs

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

Com o anúncio das 12 cidades-sede para a Copa do Mundo de 2014,começa uma corrida contra o tempono Brasil. Temos menos que cincoanos para deixarmos todos os muni-cípios preparados para receber mi-lhões de torcedores (e turistas, orapois). Vale lembrar que as obras fun-damentais precisam estar prontas umano antes, em 2013, para recebermosa Copa das Confederações. Pode pa-recer muito tempo, mas não é.

Diversas entidades, como oSinaenco (Sindicato Nacional dasEmpresas de Arquitetura e Engenha-ria Consultiva), alertam há tempospara a necessidade urgente de inves-timentos rápidos. Estudo da Abdib(Associação Brasileira deInfraestrutura e Indústria de Base)indica que serão aplicados R$ 110 bi-lhões no país nos próximos anos. E ademora em anunciar as cidades esco-lhidas só atrapalhou o cronograma deobras previstas e necessárias.

Entre os maiores desafios estãoos estádios. As capitais precisarãopensar em projetos que tornem essesempreendimentos capazes de gerarlucro depois que a competição aca-bar. No caso de Minas Gerais, o va-lor da reforma do Mineirão será bemacima do previsto para as construçõesdos outros estádios e gira em tornode R$ 800 milhões.

Em entrevistas recentes, o minis-tro das Cidades, Márcio Fortes, indi-cou que as Parcerias Público-Priva-das podem ser uma excelente opçãopara o Brasil seguir. Segundo Fortes,as PPPs são uma alternativa confiávele com grande potencial de retorno.

Ou seja, mais uma vez estamosdiante de uma grande possibilidadede crescimento. Diversos empreen-dedores citam que as oportunidades

aparecem para todos, mas nem to-dos são capazes de aproveitá-las. Coma Copa, o país irá crescer muito e asPPPs precisam estar na pauta dosprincipais governantes. Elas, semdúvida, serão imprescindíveis para ocorreto andamento das obras – asquais serão muitas e diversas.

Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá,Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal,Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,Salvador e São Paulo foram as esco-lhidas. Nos próximos anos, milhõesde reais em investimentos serãodirecionados para elas, seja por inici-ativa Federal (por vários caminhos,como orçamentos de ministérios eBNDES), seja pela iniciativa privada.

Para o Estado, este modelo trazvários ganhos como o de não preci-sar investir diretamente uma grandequantia de dinheiro. Já a empresa queparticipa de uma PPP tem como ga-rantia um contrato de prestação deserviços de longo prazo e garantiasreais dadas pelo governo, que podeser feito por meio de um fundo ga-rantidor administrado por uma enti-dade oficial, por exemplo.

Aliás, o próprio governo já adi-antou que existe um PAC da Copaengatilhado. A capital mato-grossense, por exemplo, apontadacomo uma das piores em infra-estru-tura, já tem garantido R$ 1 bilhão.

Carências logísticas, problemas desaneamento básico, infra-estruturahoteleira reduzida, construção denovas e modernas arenas. Não falta-rão direcionamentos para os investi-mentos. Por isso os empresários dosmais variados setores precisam estaratentos a tudo que vai acontecer.Novos negócios certamente surgirão,e precisamos estar preparados paraatendê-los.

Divulgação

Brasil 2014: aCopa das PPPs

Page 49: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Agenda

29 de Agosto a 01 de SetembroFeira Latino-Americana deCosméticos e Beleza (Beauty Fair)– São Paulo – Brasil

08 a 10 de SetembroFeira Internacional de Negócios daIndústria da Reciclagem (ExpoSucata) – São Paulo – Brasil

10 a 12 de SetembroFeria Internacional de Produtos,Equipamentos e Serviços para aSaúde (ExpoMEDICAL) – BuenosAires – Argentina

14 a 17 de Setembro47ª Feira Internacional deEquipamentos, Produtos, Serviçospara Hotéis e Restaurantes (NovaEquipotel 2009) – São Paulo –Brasil

17 a 20 de SetembroFeira Internacional do Turismo noEquador (FITE 2009) – Guayaquil– Equador

18 a 27 de Setembro34ª Feira Internacional de SantaCruz – Santa Cruz de La Sierra –Bolívia

22 a 25 de SetembroFeira Internacional de Tecnologiaem Telecomunicações (EXPOCOMM Argentina) – Buenos Aires– Argentina

29 de Setembro a 01 de OutubroFeira Internacional de Alimentos eBebidas (Alimentaria Mercosur) –Buenos Aires – Argentina

30 de Setembro a 05 de OutubroFeira da Construção – Montevidéu –Uruguai

30 de Setembro a 03 de OutubroFeira Internacional da Indústria deAutopeças e Reparação Automotiva(Rio Parts 2009) – Rio de Janeiro –Brasil

15 a 18 de Outubro5º Salão Internacional da Limpeza(LIMPIATECH) – Pampatar –Venezuela

26 a 30 de OutubroSalão Internacional do Transporte(FENATRAN) – São Paulo – Brasil

27 a 30 de OutubroFeira Internacional de Produtos,Embalagens, Equipamentos,Acessórios e Serviços para aAlimentação (Fispal Bahia 2009) –Salvador – Brasil

30 a 31 de OutubroFeira de Tecnologia e Eletrônica 2009(EXPOMÁTICA) – Assunção –Paraguai

Page 50: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Novos sócios/parceirosEMPRESA SETOR SITE

Alimentos

Telecomunicação

50 www.ccmercosul.org.br

Bionative Cosméticos LTDA Cosméticos www.bionative.com.br

Dover do Brasil LTDA Máquinas eEquipamentos

www.hydronovabrasil.com

Gabriel Barreneche S.A www.productosmaiten.com.ar

Alimentos

www.kathrein.com.brKathrein Mobilcom Brasil LTDA

Maprin S.A. www.maprin.com.ar

Metalurgia

MCS – Montagens, Construções eServiços LTDA

Engenharia eConstrução www.mcsconstrucoes.com.br

Neo Nutri Suplementos NutricionaisLTDA

Suplementosnutricionais

www.e-commercemercosur.com

Nilko Metalurgia LTDA www.nilko.com.br

Oppnus Indústria de vestuário LTDA Confecção www.grupooppnus.com.br

Porcelanas Industriais Germer S.A IsoladoresTérmicos

www.pigsa.com.br

Quality Fiber Indústria de PlásticosLTDA

Fabricação debanheira www.multimax.com.br

Rio do Engenho Indústria e Com.Bebidas LTDA Bebidas

San Lien Exportação e ImportaçãoLTDA

Sucataseletrônicas www.sanlien.com.br

Sigma do Brasil Granitos e MármoresLTDA

Mármore egranitos www.sigmadobrasil.com.br

www.riodoengenho.com.br

Survival Language Center LTDA Tradução www.survival.com.br

Sociedade Paulista de Tubos FlexíveisLTDA Metalurgia www.sptf.com.br

Page 51: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Mercosul: Serviços na esteira dos produtos

Seguindo o caminho já trilhado pelosprodutos, o setor de serviços procuraampliar seu campo e expandir negócios.As oportunidades abertas ao setor pro-dutivo com a criação e solidificação doMERCOSUL como Mercado Comum e seusparceiros como potenciais clientes, sen-do tudo isso ratificado pelos signatários,constituem um novo horizonte para em-presas prestadoras dos mais diversos ti-pos de serviços.

A realidade do MERCOSUL hoje, princi-palmente no que concerne a seus signa-tários fundadores, tem sido sedimentadadia-a-dia, quer seja pela lista crescentedas NCM (Nomenclatura Comum doMercosul), que ao codificar e unificar sobum mesmo arcabouço de especificaçõescada produto produzido permite,concomitantemente, que os órgãos res-ponsáveis pelo controle aduaneiro e tri-butário de cada país elaborem, aproveme implementem a normatização adequa-da, regulamentando o comércio inter-fron-teiras; quer seja com o fortalecimentodeste comércio entre as empresas, comestas se adequando às necessidades dosdemais países e gerando uma demandacada vez maior de insumos, seja matéria-prima ou serviços.

Atendo-nos a este último caso, a deman-

da de serviços pode ser avaliada sob duasabordagens diferentes, haja vista haveremduas claras etapas evolutivas neste setor,sendo a primeira a demanda direta porparte dos clientes já estabelecidos que pas-saram a comercializar internamente noMERCOSUL, e todo um novo horizonte declientes provenientes dos demais paísesque necessitam de assessoramento e mão-de-obra para se adequarem ao novo desti-no de suas mercadorias.

Na primeira etapa, as empresas pres-tadoras de serviços foram incitadas porseus clientes, que passaram a co-mercializar com os países vizinhos, a pres-tar uma gama maior de serviços e emmaior quantidade, bem como elevando onível destes serviços com o intuito de aten-der os novos requisitos internacionais. Esteefeito foi sentido de imediato por todos osprovedores de serviços, os quais detinhamcontratos com essas empresas produto-ras, e agora exportadoras.

Isso é facilmente ilustrado na situaçãoem que uma empresa passa a vender seusprodutos no mercado vizinho cuja legisla-ção desconhece. Em razão de tal fato, essaempresa demandará uma consultoria es-pecializada para, por exemplo, saber quaisas informações que devem constar do ró-tulo do produto. A partir dessa consultoria

Panorama Jurídico

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

Page 52: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

especializada, será necessário criar umnovo rótulo, o que também demandaránova diagramação do rótulo, o que farácom que a empresa responsável pela im-pressão tenha uma nova demanda. Esteé um encadeamento normal de demanda,a partir de uma nova demanda primária.

Em contrapartida, temos o que poderí-amos chamar de segunda etapa, ou umsegundo passo na evolução e sedimenta-ção do mercado de serviços nesta novaordem estabelecida pelo MERCOSUL.

Neste contexto, com a capacitação deprofissionais, quer seja em áreas especí-ficas ou num grupo multidisciplinar, pode-se atender tanto a demanda nacionalquanto àquela das empresas dos outrospaíses signatários que estejam procuran-do trazer seus produtos onde o prestadorde serviços está sediado.

Parece bem clara a condição de quea abertura dada pelo MERCOSUL às mer-cadorias teria um impacto direto nosserviços, mas nem todas as empresasde serviços se adaptaram e outras ape-nas vislumbram um pequeno pedaço donovo mercado, atendo-se apenas às so-licitações dos clientes.

Há um mercado em potencial quandoempresas, além de exportar seus produ-tos, passam a se interessar em ter umponto de presença nos novos mercados.O leque de serviços se torna ainda maiore uma nova abordagem é necessária aosprestadores de serviços para que possamse colocar numa posição de destaque, paraserem vistos como referência pelas em-presas de ambos os países.

A busca por parceiros é um primeiro

passo para se estabelecer no mercado,assim se oferece aos clientes novos servi-ços de qualidade mesmo distante da sede.Com a parceria firmada se deve absorvero máximo de conhecimento, incorporan-do o know how dos parceiros e principal-mente expondo a esses parceiros a capa-cidade e segurança da empresa nos ser-viços que presta. O intercâmbio de de-mandas é de extremo interesse às em-presas que desejam ser reconhecidas porsua excelência na prestação de serviços,deixando os parceiros seguros de que aprestação de serviços de alto nível abreportas para novas oportunidades. Ainterdependência e a possibilidade dadapelos parceiros aos clientes de serem aten-didos dentro e fora do território nacional,estejam onde estiverem, insere a empre-sa numa rede de demanda por serviços,alavancando-a tanto no que diz respeitoao faturamento, quanto na abrangência evisibilidade no mercado comum.

A verdade é que, com o mercado de todoum continente se descortinando, as opçõesse multiplicam, e para se estabelecer nes-te mercado, o prestador de serviços temque investir na capacitação do seu staff,especializado e/ou multidisciplinar, forta-lecer o foco nas necessidades dos clientes,nacionais e internacionais, e flexibilizar, deforma criteriosa, a seleção e relação comos parceiros. Oportunidades existem, sãoreais assim como o estágio de sedimenta-ção a que chega o MERCOSUL, como tra-tado e como bloco econômico, por isso, háque se investir e estar preparado para pres-tar os serviços que surgem na esteira dosprodutos.

Mário Anderson KawahalaConsultor Empresarial. Pós-graduado Latu Sensu em Análise e GestãoEmpresarial pela FMU-SP, graduando em Direito, pelo Mackenzie-SP.

Panorama Jurídico

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

Page 53: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Panorama de Sustentabilidade

A Responsabilidade SocialEmpresarial: um desafio

contemporâneo

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

O mundo dos negócios se renovao tempo todo. A cada dia surgem no-vos conceitos empresariais,tecnologias e práticas de gestão. Nabusca por inovação, muitos concei-tos surgiram e, vários outros, entra-ram em desuso. Contudo, os princí-pios da responsabilidade social e dasustentabilidade entraram, definitiva-mente, para a agenda das empresasmodernas. As corporações modernasse renovam e discutem seu presentee seu futuro com os públicos com osquais se relaciona. O desafio do su-cesso, nos dias de hoje, vai além darelação empresa-cliente.

A lógica empresarial mudou, setornou mais complexa. Além de pro-duzir e comercializar seus produtose serviços, as companhias precisamgerenciar pessoas, contribuir com aconservação do planeta e cooperarcom a solução de diversos conflitossociais. A Responsabilidade SocialEmpresarial se tornou estratégia ine-rente ao próprio negócio.

O exercício perene da ação social pro-

voca transformações significativas naidentidade das companhias e cria vín-culos profícuos com seus stakeholders.As empresas que priorizam negóciossustentáveis investem na construção derelacionamentos éticos e transparentescom seus públicos de interesse. É a bus-ca por uma gestão empresarial que pre-ze pela qualidade nas relações sociaise geração compartilhada de valores.

Frente a este cenário, percebe-segrande movimento no meio empre-sarial para qualificar suas práticas deinvestimento social. Segundo um le-vantamento do IPEA (Instituto dePesquisa Econômica Aplicada) 59%das empresas brasileiras declararamrealizar algum tipo de ação socialpara a comunidade.

Para o Grupo Votorantim, ser umaempresa responsável e sustentávelé ser capaz de garantir continuida-de e crescimento dos negócios nolongo prazo, antecipando motivaçõesdas partes interessadas e incorpo-rando-as aos objetivos da empresa. Adiferença do desenvolvimento susten-

Page 54: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos

Panorama de Sustentabilidade

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

tável está em gerar valor com respeitoaos interesses dos diversos públicos quese relacionam com a empresa.

O Instituto Votorantim, organismodo grupo dedicado à responsabilida-de social, tem como missão qualifi-car o investimento social externo dasempresas do Grupo nas comunida-des onde atuam. É uma área de co-nhecimento dedicada à Responsabi-lidade Social Corporativa (RSC) e aserviço da sustentabilidade do Gru-po Votorantim. Seu papel é, antesde tudo, incentivar a prática da RSCalinhada à gestão dos negócios deforma estratégica. Neste sentido,seus programas e projetos são liga-dos diretamente à gestão das em-presas, afinal a Responsabilidade So-cial é algo totalmente associada àsestratégias do negócio.

Os desafios do trabalho do Institu-to Votorantim são muitos. Um gru-po, presente em mais de 300 muni-cípios brasileiros, e com um portifóliode produtos tão diversificado, tornaa missão do Instituto ainda mais com-

plexa. Contudo, a companhia, quepossui uma bagagem de mais de 90anos de atuação, com destacado in-vestimento na área social, aprendeua utilizar seu potencial inovador e aforça de sua cadeia de valor a favorda ética e da transparência.

Para gerir sua ampla carteira de pro-jetos e parceiros, o Instituto Votorantimse reinventa a cada ano. Hoje, a maiorparte das ações é realizada com o apoiode parceiros dos diversos setores da so-ciedade. Ao longo de sua história, o Ins-tituto percebeu que apenas o trabalhoem rede e a atuação alinhada às políti-cas públicas nacionais é que poderia ga-rantir capilaridade, eficiência e relevân-cia às intervenções sociais.

Planejar e coordenar investimentossociais, é a afirmação de um compro-misso do Grupo Votorantim com o de-senvolvimento sustentável do País. Comdiretrizes claras e objetivas para a atu-ação social, é possível a qualquer em-presa contribuir de maneira relevantepara a construção de um Brasil maisjusto para todos.

Para saber mais sobre o Instituto Votorantim:www.institutovotorantim.org.br

Celia Picon*Diretora do instituto Votorantim

*membro do corpo diretor da Votorantim desde 2001, diretora doInstituto Votorantim, que conduz as ações do investimento socialexterno e de sustentabilidade do Grupo Votorantim.

Page 55: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos
Page 56: mercosul for export - Câmara de Comércio do Mercosul e ...ccmercosul.org.br/imagens_arquivos/112010/26112010_113238.pdf · organização e o grau de integração que hoje vemos