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METANÓIA: O QUE É ISSO? JUSTIÇA PRIVADA CHEGA A PORTO VELHO SUA EMPRESA USA O ESTÁGIO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA? PENSANDO EM CIDADANIA-I CONHEÇA O GRUPO LOGOS BRASIL. CANTINHO DA POESIA! Edição 001 Abril 2011 META META

METANÓIA 001

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JORNAL DA LOGOS BRASIL

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Page 1: METANÓIA 001

METANÓIA: O QUE É ISSO?

JUSTIÇA PRIVADA CHEGA A PORTO VELHO

SUA EMPRESA USA O ESTÁGIO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA?

PENSANDO EM CIDADANIA-I

CONHEÇA O GRUPO LOGOS BRASIL.

CANTINHO DA POESIA!

Edição 001Abril 2011 METAMETA

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“MUDANÇA DE MENTE”! Bem... quero esclarecer melhor. Surgiu em 2004 em

Goiânia a LOGOS Cursos, Treinamentos e Assessoria Empresarial. Agora, transfe-

re-se para Porto Velho como GRUPO LOGOS BRASIL. Ao foco de trabalho acrescen-

tou-se a área de Recursos Humanos, incluindo Recrutamento e Seleção. Surgiu

com objetivo específico: oferecer cursos de atualização profissional, treinamentos,

assessoria empresarial e recursos humanos. O interesse é levar os profissionais

de empresas a se atualizarem, a se adequarem às últimas informações em suas

respectivas áreas profissionais. Cursos, treinamentos e assessorias visando

oferecer uma oportunidade aos diversos profissionais para que alcancem uma

“mudança de mente”, uma “nova visão”, uma “visão atualizada” do assunto

focado.

O português é uma língua neolatina originada na transformação do latim, ao

longo do tempo. O latim era um simples dialeto dos pastores do campo do pequeno

território do Lácio, na Itália. Cresceu tanto que dominou as demais línguas na

Península Itálica, à medida que os romanos se expandiam e aprimoravam sua

cultura em contato com a grega. Com a expansão romana, o latim foi imposto como

língua oficial aos países conquistados; afinal a língua constitui importante instru-

mento de dominação.

Assim, com o contato com a cultura helênica, o latim e, posteriormente o

português, foi impregnado com a língua grega dos grandes filósofos. Por exemplo:

“agorafobia”, que em português significa “medo mórbido a lugares públicos ou

praças”, tem sua origem no grego “ágora” (praça pública).

Metanóia (metanoia) é uma transliteração do grego e tem, na sua tradução,

uma ampla aplicação: mudança profunda e radical de mente, incluindo as facul-

dades de percepção, compreensão, emoções, juízo e vontade; mudança do homem

interior; mudança de opinião, etc.

Assim, LOGOS BRASIL lança sua edição de abertura da empresa no campo

rondoniense e, mais especificamente, em Porto Velho: O Informativo METANÓIA.

Ele sairá bimestralmente. Será de distribuição gratuita e dirigido aos profissionais

liberais, estudantes universitários em geral, executivo de todos os níveis em todas

as empresas, gerentes da indústria e comércio, instituições religiosas, instituições

de ensino, escritórios diversos, bem como estará à disposição da população

interessada em atualização profissional.

O METANÓIA estará aberto a sugestões, ao diálogo e à auto “metanóia”! Para

recebê-lo é imprescindível que nos entregue sua ficha completa!

Boa Leitura!

METANÓIA: O QUE É ISSO?

Eziquiel M. do Nascimento

Diretor da LOGOSBrasil

EXPEDIENTE

META

Primeiro o significado: LOGOS (do grego) significa “palavra – não vocábulo – mas

linguagem que encerra idéia”; “ensino”; “razão”; “pensamento”. Encerra, também, a idéia

de “ação (verbo)”.

Nasceu na cidade de Jataí em Goiás. Nasceu da vontade de dois educadores paulistas

contumazes. Vontade... de proporcionar à população a oportunidade de atualização profis-

sional e educacional nos mais variados ramos de atividades. De Goiás a LOGOS foi transfe-

rida para Porto Velho (RO) e, aqui começa sua atividade.

ATUALIZAÇÃO! Esse é o objetivo central! Atualização para os profissionais da contabi-

lidade, do direito, da educação em geral, da música, das artes, do gerenciamento, das

finanças, da administração, de formação e liderança de equipes, e outras áreas.

Quase sempre, ao necessitar de atualização, surge a pergunta: com quem posso

contar? Qual empresa é idônea e tem profissionais competentes?

A LOGOS mantém convênio com profissionais de porte e fama nacional! Profissionais

os mais atualizados e competentes em suas áreas e que, trarão até você ou sua empresa o

que há de melhor em atualização em sua área.

O jornal METANÓIA trará bimestralmente informações detalhas sobre os cursos do

período seguinte.

Sinta-se à vontade para enviar para a LOGOS seu artigo, sua opinião, sua crítica, seu

desejo, sua sugestão. Na medida do possível o informativo METANÓIA estará publicando.

Para tanto, junto ao seu artigo, envie uma cópia xérox do seu RG, bem como as informações

pessoais. Nosso telefone e e-mail estarão à disposição no rodapé deste. Não haverá

qualquer custo. O informativo é de circulação gratuita.

Atualize-se! Veja neste METANÓIA, as datas, locais dos próximos cursos. Leia, tam-

bém, com atenção, neste número as informações sobre os diretores responsáveis pelo

Instituto LOGOS de Ensino.

Um Abraço.

Eziquiel M. do Nascimento

GRUPO LOGOS BRASIL.Metanóia é apenas um Informativodo GRUPO LOGOS Brasil.Mas o que significa a o termo LOGOS?

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EDITORIAL

Textos: Eziquiel M. do Nascimento e Jaime Ferreira Coelho FilhoDiagramação,Ilustrações e Fotos: ZEBRA DESIGN

LOGOS B R A S I L

G R U P O

Edição 001Abril 2011

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No Brasil, grande parte das empresas possui em seu quadro de colaboradores estagiários e estes,

normalmente, são os colaboradores que estão à frente da sua operação, no contato com o cliente e execu-

tando funções operacionais rotineiras. São estes profissionais que estão observando as necessidades da sua

empresa no dia a dia.

Entretanto, parte dos gestores e empresários enxergam o estagiário como mão de obra barata e não

percebem que o estágio é uma grande ferramenta competitiva.

O estágio como ferramenta competitiva? Sim, e os números comprovam isso. Em pesquisa realizada

pelo CIEE (Centro de Integração Empresa Escola), 83% dos estudantes pesquisados buscam o estágio pela

aprendizagem, 99% das empresas pesquisadas acreditam que e estágio ajuda o jovem a se preparar, definir

e/ou fortalecer interesses profissionais e 93% dos professores pesquisados acreditam que o estágio melhora

o desempenho escolar dos estudantes.

Um raciocínio simples: Um estagiário que busca o estágio para aprender, desenvolve e fortalece seus

interesses profissionais e melhora o seu desempenho acadêmico não deve ser bem aproveitado pelas

empresas? Claro que sim.

Estagiários são talentos que precisam ser desenvolvidos. As empresas precisam observar o estagiário

como uma semente. Para que a semente se torne uma planta, é necessário regar, adubar e cuidar. Para

desenvolver o estagiário formando um grande profissional, é necessário educar, orientar e investir.

Peter Drucker, em uma das suas geniais frases, questiona: “De que adianta investir uma fortuna para

trazer para o centro da cidade corpos pesando 80 quilos, se o que vocês querem são os cérebros deles, que

pesam 3,8 quilos?”.

Desenvolva o cérebro do seu estagiário. Eduque-o. Oriente-o. Desenvolva-o. Se as empresas investirem

nesses futuros profissionais, com treinamentos, capacitações, orientações profissionais e benefícios para

desenvolver algumas aptidões, obterão certamente profissionais qualificados para exercer cargos em elevados

níveis hierárquicos dentro da organização a curto, médio ou longo prazo.

Com esta visão, o estágio deixa de ser uma política de mão de obra e torna-se uma política de

desenvolvimento profissional e competitividade em relação a seus concorrentes. Você terá jovens atualizados,

pró-ativos, atualizados, com grandes objetivos de vida e, principalmente, comprometidos com a empresa.

Jaime Ferreira Coelho Filho

Gestor de Relacionamentos da LOGOSBrasil

SUA EMPRESA USA O ESTÁGIOCOMO FERRAMENTA COMPETITIVA?

A Justiça Privada surgiu e tem como missão “promover a solução de conflitos, restabele-

cendo as relações interpessoais, com responsabilidade social e respeito aos princípios do

pleno exercício da cidadania. A visão é “disponibilizar para a sociedade, tecnologia e serviços

visando desafogar a Justiça Pública e estimulando a pacificação em meio à sociedade”.

Assim, estabelece-se em Porto Velho a Primeira Câmara de Conciliação e Arbitragem da

5ª Região do TJAMME. Mas... o que é o TJAMME? É o Tribunal de Justiça Arbitral e Mediação do

MERCOSUL.

É uma instituição de direito privado, especializada na administração e solução de confli-

tos extrajudiciais, amparada pela Lei Federal n. 9.307/96 (Lei de Arbitragem), visando o

cumprimento da mesma, concomitante ao interesse social, de modo a agilizar a resolução de

conflitos de maneira imparcial, célere, ética, sigilosa e menos onerosa.

Todos sabemos que um processo na Justiça Pública pode levar vários anos para ser

solucionado, muitos chegando a mais de dez (10) anos. Na arbitragem, obrigatoriamente, é

resolvido em, no máximo, seis (06) meses.

A Arbitragem é baseada na “autonomia da vontade das partes”, pois além de poderem

escolher os árbitros que decidirão a demanda, podem escolher as regras de direito material e

processual a serem aplicadas no procedimento, ou a entidade especializada que ficará

encarregada da administração da arbitragem. Isso produz agilidade, eficácia e economia.

Agilidade porque qualquer demanda é resolvida em até 06 meses. Eficácia porque a

decisão é considerada um “título executivo judicial”, podendo ser executado em caso de

descumprimento de uma das partes, não estando sujeita a recursos ou homologação do Poder

Judiciário. Economia porque os valores da Justiça Arbitral são infinitamente menores que uma

demanda judicial.

A Primeira Câmara de Conciliação e Arbitragem da Quinta Região (RO), inaugurada em

Porto Velho; está instalada à Rua Manoel Laurentino de Souza, 2884, no bairro Embratel, com

expediente comercial (08:00 até 18:00 Hs). A população Rondoniense está convidada para

conhecer as instalações e dirimir todas as suas dúvidas.

Eziquiel Messias do Nascimento

Juiz Arbitral Titular e Diretor da LOGOSBrasil

“Que os primeiros juízes sejam aqueles que o demandante e o demandado tenham eleito, a quem o nome de árbitros convém mais que o de juízes; que o mais sagrado dos tribunais seja aque-

le que as partes mesmas tenham criado e eleito de comum acordo”. Platão (428-347 a.C)

JUSTIÇA PRIVADACHEGA A PORTO VELHO

CANTINHO DA POESIA!Em todos os números haverá este “cantinho da poesia”. Mande-nos sua poesia que, na medida do possível, após seleção, estará sendo

publicada. Abaixo vai a primeira de autoria do nosso diretor.

UMA QUESTÃO DE FÉ

(Eziquiel M. do Nascimento)

Finito... imerso estou do Infinito!

Finito... vejo além, suspirando pelo Infinito!

Esperança... não é do verbo esperar!

Esperança... é do verbo esperançar!

Nem espero... nem tenho esperança!

Finito... tenho certeza do Infinito!

Finito... vejo além, certo do amor Infinito!

Esperança... vivo na certeza do esperar!

Esperança... é viver pela fé o eternizar!

Nem espero... vivo a maior aliança!

Espero! Não desespero... jamais!

Finito... pela fé habita-me o Infinito!

Infinito amor! Infinita graça!

Esperança-certeza! De paz eternal!

Infinito! É nesse Deus que creio!

Infinito que ama, apesar da finitude minha!

Infinito que ama, apesar do que sou!

Infinito que me transforma em novo ser!

Infinito que tornou-se um de nós! Por nós!

Infinito... a quem sirvo! Sempre! Deus!www.zebradesign.com.br

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Lembro-me bem! Faz apenas dois anos que as eleições municipais se foram. Há bem

pouco ainda existiam os “showmicios”. O povo teve que agüentar papéis que emporcalham

as ruas, lixo, poluição sonora e visual, enfim... é a “democracia” feita sem minha autoriza-

ção e com o meu e o seu dinheiro! Afinal, todos são iguais perante a lei. É bem verdade que

há alguns mais iguais que outros! Exceção feita aos “showmícios”, tudo está de volta.

Quero, em poucos artigos (nestes e nos dois próximos), pensar um pouco sobre

CIDADANIA, Que bicho é esse? Espero que você o entenda, após a leitura dos artigos. Para

não plagiar, preciso informar que todos os artigos serão calcados em cima do livro “Cidada-

nia para Principiantes (a história dos direitos do homem)”, da editora Ática (SP) dos auto-

res Carlos Eduardo Novaes e César Lobo. Por isso, não serão usadas aspas ou qualquer

outro sinal para indicar a autoria.

INTRODUÇÃO

Cidadania pressupõe cidadãos que participem ativamente da vida comum da sua

sociedade. Inclui-se o Bairro, a Cidade, o Estado, a Nação. Numa visão genérica,

o cidadão espera dos políticos (executivo e legislativo) o exercício da

cidadania, ou seja, a construção do desenvolvimento que a todos

beneficiem. Essa é a visão que foi plantada culturalmente por este

Brasil afora, desde a colonização. Mas, cidadania é muito mais

que isto: é toda a sociedade - dos mais pobres aos mais ricos,

dos mais letrados aos menos letrados - organizada para

alcançar o desenvolvimento da sociedade onde vive.

Cada cidadão deve exigir um comportamento ético dos

poderes constituídos, mas deve, também, cada cidadão,

ter um comportamento ético à toda prova. É o conjunto

todo que faz a obra ser boa! Não se pode exigir do poder

constituído transparência, coerência, incorruptibilidade;

se o cidadão nas suas transações diárias age com falta

de transparência, com sonegação, usando nas suas

transações a “lei de Gerson”.

Estou falando de uma cidadania ativa. Por que?

Porque toda pessoa, desde que nasce é cidadã. O

simples fato de eu existir me torna um cidadão. Mas isso

é cidadania passiva. Esta de nada adianta, de nada

ajuda. A cidadania para ter efeito no desenvolvimento da

sociedade, precisa ser ativa, ou seja, precisa ser partici-

pativa, precisa ser presente, precisa ser efetiva em todos

os atos sociais.

CIDADANIA É O DIREITO DE TODOS TERMOS DIREITOS!

Cidadãos deveríamos ser todos. Junto da certidão de

nascimento todos deveriam receber um certificado de garantia

de cidadania. Mas, não é isso que garante a Constituição

Brasileira?

É! E daí? É como o certificado de garantia de produtos compra-

dos no comércio e na indústria. Tente reclamar prá ver o trabalho que

terá! Foram necessários dezessete séculos após Cristo, para que nossos

ancestrais deixassem de ser vistos como peças de reposição na engrenagem

dos reinos e impérios e, conquistando a liberdade, iniciassem uma nova luta para

impor limites aos poderes ilimitados do Estado. “É preciso termos o direito de utilizar nossa

liberdade para adquirirmos nossos direitos”. (Hariolf Oberer - filósofo alemão).

A revolução francesa plantou o grito pela liberdade e a semente da cidadania. Cada

vez o mundo vem “diplomando” mais cidadãos. Mas, em pleno terceiro milênio, com

certeza, o número de indivíduos que têm, verdadeiramente, a plenitude de seus direitos

(civis, sociais, políticos), é irrisório. Ainda o ser humano não faz justiça à qualificação de

“animal racional”.

Não temo errar ao afirmar que a cidadania não está ao alcance de todos. O que fazer

para que todos sejam cidadãos? Respondo: nessa cesta básica o alimento essencial

deveria ser educação. Educação formal, um bem público, um dever do Estado. É a educa-

ção que abrirá os horizontes e fará o indivíduo ser crítico e consciente de seus direitos e

deveres fundamentais. É a educação que fará o cidadão lutar pelos seus direitos e o dos

seus semelhantes. Almejo que chegue o

PENSANDO EM CIDADANIA-I dia em que todos sejam cidadãos. Quando será que esse dia chegará no calendário da

desigualdade social?

Tenho que louvar as pessoas que, consciente ou inconscientemente, ajudam aos

outros com ações isoladas ou ONGS, como o saudoso Betinho e tantos outros. Mas a

questão é saber onde está a cidadania da imensa massa ignara que passa fome - criaturas

de Deus, como nós! Será que se tornarão cidadãos, só com uma cesta básica ou um prato

de comida? A Constituição-cidadã garante, na letra da sua lei, o direito à alimentação, ao

emprego, à moradia, etc. Esse é o certificado de garantia... Sem qualquer garantia. Tantos

outros Betinhos existem por aí. Eles ocupam o vazio deixando pelo Estado (municipal,

estadual e federal), a quem cabe o dever e a obrigação de elevar sua gente à condição de

cidadãos dignos.

Parece que cidadania é um privilégio de alguns poucos. O Estado tem deveres com a

população (esta ainda não foi privatizada). O artigo 196 diz que a “saúde é um direito de

todos e dever do Estado...” Mas o Estado não consegue fazer valer o escrito para todos os

seus habitantes. Aliás, se fizesse para a metade, seria a glória. Então, por uma questão de

lógica, a cidadania é privilégio de uma minoria.

PENSANDO E ENTENDENDO A CIDADANIA

O termo “Cidadania” tem sido banalizado. Geralmente tem sido

entendido como “fazer alguma coisa pelos semelhantes” Cidadania é

confundido com filantropia, ações religiosas, movimentos ecológi-

cos e tantas outras coisas. Cidadania vai muito além disso.

Cidadania, na verdade, é a condição adquirida por um indivíduo

que consegue exercitar todos os seus direitos assegurados

por lei. Mas, que direitos são esses?

A Constituição de 1988 alista todos esses direitos que

são civis, sociais e políticos. Essas coisas são obrigação

do Estado em proporcionar uma vida digna e participativa

aos seus habitantes. O cidadão precisa entender que tem

direito de cobrar e até processar o Estado por não pro-

porcionar ao cidadão o mínimo necessário. Resumindo,

Cidadania é o direito à vida com tudo o que deve vir

junto: justiça, saúde, trabalho, educação, etc. Infeliz-

mente o “direito à vida”, para muitos, é apenas ter um

coração batendo dentro do peito.

Cabe aqui fazer a diferença básica entre indivíduo e

cidadão. Indivíduo é ser humano considerado apenas

quanto as suas características físicas e psíquicas

(dicionário Aurélio). Cidadão é algo mais, ou seja, é o

indivíduo no gozo dos direitos que lhe confere o Estado. No

artigo sétimo da Declaração Universal dos Direitos do

Homem diz que “todos são iguais perante a lei”. Parece que

todos entendemos isso, mas o fato é que “a lei é que não é

igual perante todos”! Na Constituição Brasileira no seu artigo

sétimo, alínea IV, lê-se que todo trabalhador tem direito a um

salário mínimo “capaz de atender suas necessidades vitais básicas

e às de sua família, com moradia, alimentação, lazer, higiene..., etc.

Para a maioria dos brasileiros o salário mínimo acaba no segundo item.

Se os Estados não conseguem cumprir o que está na lei, a cidadania precisa

ser conquistada num esforço individual e coletivo. Essa conquista exige educação e

informação e muito esforço. Temos exemplos cristalinos disso em Martin Luter King (1929 -

1968) nos EUA e Nelson Mandela na África do Sul, com suas lutas para por fim à discrimi-

nação racial que impossibilitava aos negros a cidadania. Outra questão básica da cidada-

nia é a pergunta seguinte: Por que o grau de cidadania varia tanto dentro de um mesmo

país? A resposta é simples e direta: porque no mundo contemporâneo o Estado - quase

sempre - anda de mãos dadas com o poder econômico e, desse modo, privilegia a supre-

macia de um grupo sobre outro, ou outros. Por que será que, por exemplo, uns podem

responder o processo em liberdade e outros não? Não adianta os advogados dizerem que

isto está na lei. Estar na lei não significa justiça, ou ser justo. Um juiz amigo sempre me

disse: “na escolha entre a lei e a justiça, fico sempre com a última”. Tenho dito, aliás,

escrito.

Até o próximo Metanóia. Um abraço.

Eziquiel M. do Nascimento. Diretor da LOGOSBrasil