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Metas Curriculares - CN (7º e 8º anos) Paula Canha | Zélia Delgado 1 METAS CURRICULARES – CN (7º e 8º anos) Nota introdutória As Metas Curriculares de Ciências Naturais para o 7º e o 8º anos (MC2013) foram homologadas no Despacho n.º 5122/2013, de 16 de abril. Recentemente, no Despacho n.º 110-A/2014, de 3 de janeiro, foram homologadas as Metas Curriculares da disciplina para o 9º ano. Apesar de ser recomendada, no Despacho n.º 5122/2013, a implementação das Metas Curriculares do 7º e 8º anos no ano letivo 2013-2014, a sua im- plementação apenas se torna obrigatória no ano letivo 2014–2015 (Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro). Para o 9º ano, a implementação das metas será obrigatória no ano letivo 2015-2016. Segundo o Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro, as Metas Curriculares «identificam a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos… realçando o que dos programas deve ser objeto primordial de ensino». Assim, as metas, que têm por base as «Orientações Curriculares para o 3.º Ciclo do Ensino Bási- co: Ciências Físico-Químicas», de 2001, pretendem, por um lado, concretizar e clarificar as aprendizagens que os alunos devem alcançar, mas por outro lado atualizar e acrescentar conteúdos às referidas orientações. No próprio documento das Metas Curriculares é referido: «Considerando que estas Metas Curriculares são as essenciais, é importante não esquecer que uma vez alcançadas, e havendo condições temporais para o efeito, é possível ir mais além, sendo o professor quem deve decidir por onde e como prosse- guir». Assim, as Metas Curriculares traduzem o essencial das aprendizagens que os alunos devem alcançar, e portanto o que poderá ser avaliado numa situ- ação de avaliação externa, mas os professores poderão ir além do que está indicado. Algumas metas incidem não só no resultado pretendido mas também no processo para o alcançar, tornando-o obrigatório. As metas organizam-se em Domínios (ex: Terra em transformação), Subdomínios (ex: A Terra conta a sua história), Objetivos gerais (ex: Compreender as grandes etapas da história da Terra) e descritores (ex: Localizar as Eras geológicas numa Tabela Cronoestratigráfica).

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Metas Curriculares - CN (7º e 8º anos) Paula Canha | Zélia Delgado 1

METAS CURRICULARES – CN (7º e 8º anos)

Nota introdutória

As Metas Curriculares de Ciências Naturais para o 7º e o 8º anos (MC2013) foram homologadas no Despacho n.º 5122/2013, de 16 de abril. Recentemente,

no Despacho n.º 110-A/2014, de 3 de janeiro, foram homologadas as Metas Curriculares da disciplina para o 9º ano.

Apesar de ser recomendada, no Despacho n.º 5122/2013, a implementação das Metas Curriculares do 7º e 8º anos no ano letivo 2013-2014, a sua im-

plementação apenas se torna obrigatória no ano letivo 2014–2015 (Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro). Para o 9º ano, a implementação das

metas será obrigatória no ano letivo 2015-2016.

Segundo o Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro, as Metas Curriculares «identificam a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos… realçando

o que dos programas deve ser objeto primordial de ensino». Assim, as metas, que têm por base as «Orientações Curriculares para o 3.º Ciclo do Ensino Bási-

co: Ciências Físico-Químicas», de 2001, pretendem, por um lado, concretizar e clarificar as aprendizagens que os alunos devem alcançar, mas por outro lado

atualizar e acrescentar conteúdos às referidas orientações.

No próprio documento das Metas Curriculares é referido: «Considerando que estas Metas Curriculares são as essenciais, é importante não esquecer que

uma vez alcançadas, e havendo condições temporais para o efeito, é possível ir mais além, sendo o professor quem deve decidir por onde e como prosse-

guir». Assim, as Metas Curriculares traduzem o essencial das aprendizagens que os alunos devem alcançar, e portanto o que poderá ser avaliado numa situ-

ação de avaliação externa, mas os professores poderão ir além do que está indicado. Algumas metas incidem não só no resultado pretendido mas também

no processo para o alcançar, tornando-o obrigatório.

As metas organizam-se em Domínios (ex: Terra em transformação), Subdomínios (ex: A Terra conta a sua história), Objetivos gerais (ex: Compreender as

grandes etapas da história da Terra) e descritores (ex: Localizar as Eras geológicas numa Tabela Cronoestratigráfica).

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Aspetos gerais – Grelha 1

Orientações curriculares 2001 Metas Curriculares 2013

Organização dos conteúdos por ciclo Organização dos conteúdos por ano

Os conteúdos de Ciências Naturais são apresentados em paralelo com os

conteúdos de Ciências Físico-Químicas Deixa de existir este paralelismo

Organização dos conteúdos dos 3 anos em 4 temas gerais:

- Terra no espaço – usualmente lecionado no 7º ano

- Terra em transformação – usualmente lecionado no 7º ano

- Sustentabilidade na Terra – usualmente lecionado no 8º ano

- Viver melhor na Terra – usualmente lecionado no 9º ano

Os conteúdos são organizados em 4 domínios

- Terra em transformação - 7º ano

Terra – um planeta com vida - 8º ano

- Sustentabilidade na Terra - 8º ano

- Viver melhor na Terra - 9º ano

São feitas sugestões metodológicas Por vezes são dadas indicações precisas para a metodologia a utilizar

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Sequência de conteúdos (7º ano) – Grelha 2

Orientações Curriculares 2001 Metas Curriculares 2013 (sequência proposta)

TERRA EM TRANSFORMAÇÃO A Terra conta a sua história Fósseis e sua importância para a reconstituição da

história da Terra Grandes etapas na história da Terra

Dinâmica interna da Terra Deriva dos continentes e tectónica de placas Ocorrência de falhas e dobras

Consequências da dinâmica interna da Terra Atividade vulcânica; riscos e benefícios da atividade

vulcânica Atividade sísmica; riscos e proteção das populações

Estrutura interna da Terra Contributo da ciência e da tecnologia para o estudo

da estrutura interna da Terra Modelos propostos

Dinâmica externa da Terra Rochas, testemunhos da atividade da Terra Rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas:

génese e constituição; ciclo das rochas Paisagens geológicas

TERRA EM TRANSFORMAÇÃO

Dinâmica externa da Terra 1. Compreender a diversidade das paisagens geológicas 2. Compreender os minerais como unidades básicas das rochas 3. Analisar os conceitos e os processos relativos à formação das rochas sedimentares

Estrutura e dinâmica interna da Terra 4. Compreender os fundamentos da estrutura e da dinâmica da Terra 5. Aplicar conceitos relativos à deformação das rochas Consequências da dinâmica interna da Terra 6. Compreender a atividade vulcânica como uma manifestação da dinâmica interna da Terra 7. Interpretar a formação das rochas magmáticas 8. Compreender o metamorfismo como uma consequência da dinâmica interna da Terra 9. Conhecer o ciclo das rochas 10. Compreender que as formações litológicas em Portugal devem ser exploradas de forma sustentada 11. Compreender a atividade sísmica como uma consequência da dinâmica interna da Terra 12. Compreender a estrutura interna da Terra A Terra conta a sua história 13. Compreender a importância dos fósseis para a reconstituição da história da Terra 14. Compreender as grandes etapas da história da Terra Ciência geológica e sustentabilidade da vida na Terra 15. Compreender o contributo do conhecimento geológico para a sustentabilidade da vida na Terra

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Nas tabelas seguintes listam-se as Metas Curriculares de 2013 (MC2013) e faz-se a correspondência destas com as orientações curriculares em vigor desde

2001 (OC2001); numa terceira coluna evidenciam-se as principais diferenças entre os dois documentos, de forma particular as novidades introduzidas pelas

MC2013.

Comparação entre Metas Curriculares 2013 e Orientações Curriculares 2001 (7º ano) – Grelha 3 Metas Curriculares 2013 (MC2013) Orientações Curriculares 2001 (OC2001) Considerações

Terra em transformação

Dinâmica externa da Terra 1. Compreender a diversidade das paisagens geológicas 1.1. Identificar paisagens de rochas vulcânicas e paisagens de rochas plutónicas através das suas principais caraterísticas. 1.2. Dar dois exemplos de paisagens de rochas magmáticas em território português. 1.3. Referir as principais caraterísticas das paisagens de rochas metamórficas. 1.4. Indicar dois exemplos de paisagens de rochas metamórfi-cas em território nacional. 1.5. Descrever as principais caraterísticas das paisagens de rochas sedimentares. 1.6. Apresentar dois exemplos de paisagens sedimentares em Portugal. 1.7. Identificar o tipo de paisagem existente na região onde a escola se localiza. 2. Compreender os minerais como unidades básicas das rochas 2.1. Enunciar o conceito de mineral. 2.2. Identificar minerais nas rochas (biotite, calcite, estaurolite, feldspato, moscovite, olivina, quartzo), correlacionando algu-mas propriedades com o uso de tabelas.

Terra em transformação

Dinâmica externa da Terra Paisagens geológicas O estudo das paisagens geológicas pode ser feito a partir da saída de campo anteriormente realizada e/ou com recurso a visualização de fotografias, diapositivos, filmes que permi-tam a compreensão do contributo dos vários agentes de alteração e erosão na formação dessas paisagens. Rochas, testemunhos da atividade da Terra A granularidade das rochas poderá ser introdutória ao estu-do dos minerais enquanto constituintes das mesmas. O recurso a amostras de minerais (quartzo, feldspatos, olivi-nas, moscovite, biotite, calcite, entre outros) e o estudo de algumas propriedades físicas (dureza, brilho, clivagem, tra-ço, fratura), possibilitará (…) a compreensão da utilidade destas para identificar (…) alguns minerais.

- Os descritores das MC2013 especificam os objetivos que devem nortear o estudo das paisagens geológicas, que eram nas OC2001 muito mais vagos. - As MC2013 são menos especí-ficas quanto estudo dos mine-rais, não estando explícitas as propriedades dos minerais que devem ser objeto de estudo. - Fazem referência à estauroli-te, não referida nas OC2001.

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3. Analisar os conceitos e os processos relativos à formação das rochas sedimentares 3.1. Resumir a ação da água, do vento e dos seres vivos en-quanto agentes geológicos externos. 3.2. Prever o tipo de deslocação e de deposição de materiais ao longo de um curso de água, com base numa atividade prá-tica laboratorial. (Novo) 3.3. Explicar as fases de formação da maior parte das rochas sedimentares. 3.4. Propor uma classificação de rochas sedimentares, com base numa atividade prática. 3.5. Identificar os principais tipos de rochas detríticas (arenito, argilito, conglomerado, marga), quimiogénicas (calcário, gesso, sal-gema) e biogénicas (carvões, calcários), com base em ativi-dades práticas. 3.6. Associar algumas caraterísticas das areias a diferentes tipos de ambientes, com base numa atividade prática labora-torial. (Novo)

Rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas: génese e constituição; ciclo das rochas - A proposta é a de um estudo das rochas não exaustivo, mas uma abordagem simples no final da qual os alunos compre-endam as diferenças quanto à génese e textura entre um granito e um basalto e entre estas e rochas sedimentares (calcário, areias, arenitos, salgema) e metamórficas (xisto e gnaisse). A utilização de esquemas, puzzles, ou de outras formas de representação, constituirá um modo de explorar o ciclo das rochas. - Para a compreensão da formação de rochas sedimentares é possível a realização de algumas atividades práticas que si-mulem, por exemplo, a formação de estratos, a deposição de sal nas salinas, a deposição do carbonato de cálcio, a forma-ção de estalagmites e estalactites.

- Os descritores 3.2 e 3.6 são novos. Os descritores 3.4 e 3.5 indicam expressamente metodologias práticas.

Estrutura e dinâmica interna da Terra 4. Compreender os fundamentos da estrutura e da dinâmica da Terra 4.1. Apresentar argumentos que apoiaram e fragilizaram a Teoria da Deriva Continental. 4.2. Reconhecer o contributo da ciência, da tecnologia e da sociedade para o conhecimento da expansão dos fundos oceâ-nicos. 4.3. Esquematizar a morfologia dos fundos oceânicos. 4.4. Explicar as evidências clássicas (oceânicas e continentais) que fundamentam a Teoria da Tectónica de Placas. 4.5. Relacionar a expansão e a destruição contínuas dos fundos oceânicos com a constância do volume da Terra. 4.6. Resolver um exercício que relacione a distância ao eixo da dorsal atlântica com a idade e o paleomagnetismo das rochas do respetivo fundo oceânico. (Novo)

Dinâmica interna da Terra Deriva dos continentes e tectónica de placas - (…) sugere-se o estudo da hipótese de Wegener de modo a ser possível o confronto entre os argumentos propostos (paleontológicos, paleoclimáticos, litológicos e morfológi-cos) na defesa da sua teoria a favor da mobilidade dos con-tinentes e os principais argumentos, na época, contra. Este conteúdo constitui oportunidade para relacionar a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade, ao mesmo tempo que é um bom exemplo do carácter dinâmico da Ciência. - A observação de filmes, esquemas, bem como a realização de simulações pode constituir um recurso para a introdução à Teoria da Tectónica de Placas.

- Os descritores são bastante mais específicos quanto às aprendizagem pretendidas do que as OC2001. - A relação entre a distribuição atual das espécies e a tectónica de placas não é aprendizagem essencial. - O descritor 4.3 é novo pela forma como exige que os alu-nos demonstrem conhecer a morfologia dos fundos oceâni-cos (que já era abordada).

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4.7. Identificar os contributos de alguns cientistas associados à Teoria da Deriva Continental e à Teoria da Tectónica de Placas. 4.8. Caraterizar placa tectónica e os diferentes tipos de limites existentes. 4.9. Inferir a importância das correntes de convecção como “motor” da mobilidade das placas tectónicas. 5. Aplicar conceitos relativos à deformação das rochas 5.1. Distinguir comportamento frágil de comportamento dúctil, em materiais diversos, com base numa atividade prática labo-ratorial. 5.2. Explicar a formação de dobras e de falhas, com base numa atividade prática laboratorial. 5.3. Relacionar a movimentação observada numa falha com o tipo de forças aplicadas que lhe deram origem. 5.4. Identificar, em esquema e imagem, as deformações obser-vadas nas rochas existentes nas paisagens. 5.5. Relacionar a deformação das rochas com a formação de cadeias montanhosas.

- Sugere-se o estudo da distribuição geográfica atual das espécies, entendida como consequência direta da tectónica e na lógica da evolução da Terra e das espécies (de forma muito concreta e nunca entrando nas questões da especia-ção). Ocorrência de falhas e dobras - A observação de dobras e falhas visíveis nas cadeias de montanhas pode servir de exemplo para a introdução da deformação da litosfera. Esta poderá ser estudada utilizan-do modelos feitos de madeira, esferovite ou outros materi-ais igualmente apropriados, existentes na escola ou constru-ídos pelos alunos.

- Constituem novidades a refe-rência ao paleomagnetismo no descritor 4.6 e a necessidade da resolução de um exercício para relacionar a distância ao eixo da dorsal com a idade e o paleo-magnetismo das rochas. - Os descritores das MC2013 são bastante mais específicos do que as OC2001. - As MC2013 exigem que parte das aprendizagens deste tema sejam feitas através de ativida-des práticas.

Consequências da dinâmica interna da Terra 6. Compreender a atividade vulcânica como uma manifestação da dinâmica interna da Terra 6.1. Esquematizar a estrutura de um aparelho vulcânico. 6.2. Distinguir diferentes materiais expelidos pelos vulcões, com base em amostras de mão. 6.3. Estabelecer uma relação entre os diferentes tipos de magmas e os diversos tipos de atividade vulcânica, através de uma atividade prática. 6.4. Exemplificar manifestações de vulcanismo secundário. 6.5. Explicar os benefícios do vulcanismo (principal e secundá-rio) para as populações. 6.6. Referir medidas de prevenção e de proteção de bens e de pessoas do risco vulcânico. 6.7. Inferir a importância da ciência e da tecnologia na previsão de erupções vulcânicas.

Consequências da dinâmica interna da Terra Atividade vulcânica; riscos e benefícios da atividade vulcâ-nica - Para o estudo do vulcanismo e manifestações secundárias sugere-se o uso de videogramas, fotografias, diapositivos, relatos históricos de grandes erupções vulcânicas, notícias de jornais, excertos de obras literárias onde constem relatos de episódios vulcânicos. Os alunos poderão construir mode-los de vulcões, bem como observar e discutir o que aconte-ce durante a simulação da erupção de um vulcão. (...) Não se pretende a este nível de escolaridade utilizar a classifica-ção proposta por Lacroix, mas a relação entre o tipo de erupções vulcânicas, o tipo de aparelho vulcânico que origi-nam e algumas propriedades do magma como sejam a vis-cosidade/fluidez e o teor em água.

- Os descritores são bastante mais específicos do que as OC2001. - Os descritores 6.1 e 6.2 intro-duzem novidade, não pelo con-teúdo mas pela indicação de como a aprendizagem deve ser feita.

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6.8. Reconhecer as manifestações vulcânicas como consequên-cia da dinâmica interna da Terra. 7. Interpretar a formação das rochas magmáticas 7.1. Explicar a génese das rochas magmáticas plutónicas e vul-cânicas. 7.2. Identificar diferentes tipos de rochas plutónicas (gabro e granito) e vulcânicas (basalto e riólito), com base em amostras de mão. 7.3. Relacionar a génese das rochas magmáticas com a respeti-va textura, com base na dimensão e na identificação macros-cópica dos seus minerais constituintes. 8. Compreender o metamorfismo como uma consequência da dinâmica interna da Terra 8.1. Explicar o conceito de metamorfismo, associado à dinâmi-ca interna da Terra. 8.2. Referir os principais fatores que estão na origem da forma-ção das rochas metamórficas. 8.3. Distinguir metamorfismo de contacto de metamorfismo regional, com base na interpretação de imagens ou de gráfi-cos. (Novo) 8.4. Identificar diferentes tipos de rochas metamórficas (xistos e outras rochas com textura foliada e/ou bandada bem defini-da; mármores; quartzitos, que apresentem textura granoblás-tica), com recurso a uma atividade prática. 8.5. Relacionar o tipo de estrutura que a rocha apresenta com o tipo de metamorfismo que lhe deu origem, em amostras de mão. (Novo) 9. Conhecer o ciclo das rochas 9.1. Descrever o ciclo das rochas. 9.2. Enunciar os processos geológicos envolvidos no ciclo das rochas.

Dinâmica interna da Terra Rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas: génese e constituição; ciclo das rochas - A proposta é a de um estudo das rochas não exaustivo, mas uma abordagem simples no final da qual os alunos compreendam as diferenças quanto à génese e textura en-tre um granito e um basalto (...) - A proposta é a de um estudo das rochas não exaustivo, mas uma abordagem simples no final da qual os alunos compreendam as diferenças quanto à génese e textura en-tre um granito e um basalto e entre estas e rochas sedimen-tares e metamórficas (xisto e gnaisse). A utilização de esquemas, puzzles, ou de outras formas de representação, constituirá um modo de explorar o ciclo das rochas.

- A principal novidade diz res-peito ao momento de leciona-ção. Enquanto nas OC2001, o tema das rochas era abordado na dinâmica externa da Terra e em bloco, as MC2013 integram em diferentes momentos o estudo dos 3 tipos de rochas. - As MC2013 introduzem a dis-tinção entre metamorfismo regional e de contacto e as respetivas estruturas das ro-chas; contudo esta distinção era já abordada por muitos profes-sores, embora não constasse das OC2001. - Os descritores concretizam o que os alunos necessitam de saber sobre o ciclo das rochas. Nas MC2013 o ciclo das rochas é colocado no subdomínio Con-sequências da dinâmica interna da Terra;

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10. Compreender que as formações litológicas em Portugal devem ser exploradas de forma sustentada 10.1. Identificar os diferentes grupos de rochas existentes em Portugal, utilizando cartas geológicas. (Novo) 10.2.Referir aplicações das rochas na sociedade. (Novo) 10.3.Reconhecer as rochas utilizadas em algumas constru-ções, na região onde a escola se localiza. (Novo) 10.4.Defender que a exploração dos recursos litológicos deve ser feita de forma sustentável. (Novo) 11. Compreender a atividade sísmica como uma consequência da dinâmica interna da Terra 11.1.Explicar a formação de um sismo, associado à dinâmica interna da Terra. 11.2.Associar a vibração das rochas ao registo das ondas sísmi-cas. 11.3.Distinguir a Escala de Richter da Escala Macrossísmica Europeia. 11.4.Explicitar a intensidade sísmica, com base em documentos de sismos ocorridos. 11.5. Interpretar cartas de isossistas, em contexto nacional. 11.6. Identificar o risco sísmico de Portugal e da região onde a escola se localiza. 11.7.Caraterizar alguns episódios sísmicos da história do terri-tório nacional, com base em pesquisa orientada. 11.8. Indicar os riscos associados à ocorrência de um sismo. 11.9. Descrever medidas de proteção de bens e de pessoas, antes, durante e após a ocorrência de um sismo. 11.10. Reconhecer a importância da ciência e da tecnologia na previsão sísmica. 11.11. Relacionar a distribuição dos sismos e dos vulcões na Terra com os diferentes limites de placas tectónicas. 12. Compreender a estrutura interna da Terra 12.1.Relacionar a inacessibilidade do interior da Terra com as limitações dos métodos diretos.

Consequências da dinâmica interna da Terra Atividade sísmica; riscos e proteção das populações - Para o estudo dos sismos será também possível recorrer a notícias de jornal e/ou a relatos históricos de sismos causa-dores de grandes destruições (…). Recomenda-se também a exploração e discussão de cartas de isossistas e o contacto dos alunos com as escalas de Mercalli modificada e de Rich-ter. (…) a magnitude de um sismo está relacionada com a quantidade de energia libertada no foco sísmico. - A visita ao Instituto de Meteorologia e Geofísica, a análise de documentos onde seja feita referência ao papel dos sis-mógrafos, e/ou a construção destes aparelhos, a observa-ção de sismogramas, por parte dos alunos, constituirão situações de contacto com inventos tecnológicos indispen-sáveis ao estudo dos sismos. - A realização de um exercício de simulação da ocorrência de um sismo constituirá uma experiência educativa signifi-cativa das normas a seguir antes, durante e após um sismo. Estrutura interna da Terra Contributo da ciência e da tecnologia para o estudo da estrutura interna da Terra

nas OC2001 enquadrava-se na abordagem da dinâmica exter-na. - Este é um objetivo que surge de novo, apesar de habitual-mente já se falar das aplicações das rochas e de fazer uma ca-racterização litológica genérica do país. Mais uma vez se refere a região onde a escola se locali-za como objeto de estudo. - Os descritores são bastante mais específicos do que as OC2001. - Substitui a escala de Mercalli pela Escala Macrossísmica Eu-ropeia (EMS-98)

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12.2.Enumerar diversos instrumentos tecnológicos que permi-tem compreender a estrutura interna da Terra. 12.3.Explicar os contributos da planetologia, da sismologia e da vulcanologia para o conhecimento do interior da Terra. 12.4.Caraterizar, a partir de esquemas, a estrutura interna da Terra, com base nas propriedades físicas e químicas (modelo geoquímico e modelo geofísico).

- Sugere-se o estudo da estrutura interna da Terra subli-nhando-se genericamente o contributo do estudo dos vul-cões e sismos para o estabelecimento desta estrutura. (...) Modelos propostos - Para o estudo dos modelos da estrutura interna da Terra, os alunos poderão construir modelos simples (…) explorar modelos em computador.

- Em termos gerais, as metas não introduzem novidade. Con-tudo, não se considera como essencial a compreensão das limitações dos modelos da Ter-ra.

A Terra conta a sua história 13. Compreender a importância dos fósseis para a reconstitui-ção da história da Terra 13.1.Definir paleontologia. 13.2.Apresentar uma definição de fóssil. 13.3.Explicar os diversos processos de fossilização, recorrendo a atividades práticas. 13.4.Relacionar a formação de fósseis com as condições físicas, químicas e biológicas dos respetivos ambientes. 13.5.Ordenar acontecimentos relativos a processos de fossili-zação, de acordo com a sequência em que estes ocorreram na Natureza. 13.6.Caraterizar os grandes grupos de fósseis, com base em imagens e em amostras de mão. (Novo) 13.7.Explicar o contributo do estudo dos fósseis para a recons-tituição da história da vida na Terra. 14. Compreender as grandes etapas da história da Terra 14.1.Sistematizar informação, em formatos diversos, sobre o conceito de tempo. (Novo) 14.2.Distinguir tempo histórico de tempo geológico, com base em documentos diversificados. (Novo) 14.3.Explicar o conceito de datação relativa, com base nos princípios do raciocínio geológico e com recurso a uma ativi-dade prática laboratorial. (Novo) 14.4.Distinguir datação relativa de datação radiométrica. (Novo)

A Terra conta a sua história Fósseis e sua importância para a reconstituição da história

da Terra - (...) Sugere-se a realização de atividades práticas: saída de campo para observação e recolha de fósseis (início ou con-tinuação de uma coleção de fósseis), visita a museus da especialidade, construção de moldes externos e internos, simulação da preservação de formas de vida nas regiões geladas (o que permite introduzir o estudo dos diferentes tipos de fossilização). - Estas atividades são passíveis de estar integradas em pro-jetos a serem desenvolvidos na área de projeto ou de estu-do acompanhado. Grandes etapas na história da Terra - As grandes etapas da história da Terra podem ser estuda-das tendo como referência acontecimentos de carácter cíclico (de curta duração) como as extinções em massa (por exemplo, a extinção dos grandes répteis) ou a ocorrência de transgressões e de regressões, que servem de marco para a transição Pré-Câmbrico - Paleozoico, Paleozoico – Meso-zoico, Mesozoico - Cenozoico. Em alternativa, sugere-se a observação e discussão de imagens relativas às grandes

- Os descritores são bastante mais específicos que as OC2001, muito vagas. - Não é clara a obrigatoriedade da abordagem dos conceitos de fósseis de idade e de fósseis de ambiente nas MC2013. - As MC2013 tornam obrigató-rio/essencial a identificação dos grandes grupos de fósseis em amostras de mão. - As MC2013 tornam obrigató-rio/essencial a referência da datação radiométrica.

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14.5. Localizar as Eras geológicas numa Tabela Cronoestratigrá-fica. 14.6. Localizar o aparecimento e a extinção dos principais gru-pos de animais e de plantas na Tabela Cronoestratigráfica. 14.7. Inferir as consequências das mudanças cíclicas dos subsis-temas terrestres ao longo da história da Terra, com base em documentos diversificados. 14.8.Caraterizar ambientes geológicos passados, através de uma atividade prática de campo. (Novo)

etapas da história da Terra e/ou esquemas evidenciando a distribuição temporal de fósseis, sendo estes alguns exem-plos para a introdução da noção de tempo geológico. É oportuno fazer-se uma breve introdução à evolução dos seres vivos, relacionando com as etapas da história da Terra. - As atividades propostas permitirão ao aluno inferir da importância dos fósseis para a datação (relativa) das forma-ções onde se encontram e para a reconstituição de paleo-ambientes (conceitos de fósseis de idade e de fácies).

Ciência geológica e sustentabilidade da vida na Terra 15. Compreender o contributo do conhecimento geológico para a sustentabilidade da vida na Terra 15.1.Associar as intervenções do ser humano aos impactes nos processos geológicos (atmosfera, hidrosfera e litosfera). (Novo) 15.2.Relacionar o ambiente geológico com a saúde e a ocor-rência de doenças nas pessoas, nos animais e nas plantas que vivem nesse mesmo ambiente. (Novo) 15.3.Extrapolar o impacte do crescimento populacional no consumo de recursos, no ambiente e na sustentabilidade da vida na Terra. (Novo)

Todo o objetivo é novo. Exige a abordagem do conceito de sustentabilidade.

Comparação entre Metas Curriculares 2013 e Orientações Curriculares 2001 (8º ano) – Grelha 4 Metas Curriculares 2013 (MC2013) Orientações Curriculares 2001 (OC2001) Considerações

Terra – um planeta com vida Sistema Terra: da célula à biodiversidade 1. Compreender as condições próprias da Terra que a tornam o único planeta com vida conhecida no Sistema Solar 1.1. Identificar a posição da Terra no Sistema Solar, através de representações esquemáticas.

Terra no Espaço (7º ano)

Terra – um planeta com vida Condições da Terra que permitem a existência da vida

- Considerando o Sistema Solar, os alunos devem refletir sobre as condições próprias da Terra que a tornam no único planeta com vida (pelo menos, tal como a conhecemos).

Os conteúdos associados aos descritores 1.1,1.2 e 1.5 transi-tam do 7º para o 8º ano

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1.2. Explicar três condições da Terra que permitiram o desen-volvimento e a manutenção da vida. 1.3. Interpretar gráficos da evolução da temperatura, da energia solar e do dióxido de carbono atmosférico ao longo do tempo geológico. (Novo) 1.4. Descrever a influência da atividade dos seres vivos na evolução da atmosfera terrestre. (Novo) 1.5. Inferir a importância do efeito de estufa para a manuten-ção de uma temperatura favorável à vida na Terra. 2. Compreender a Terra como um sistema capaz de gerar vida 2.1. Descrever a Terra como um sistema composto por subsis-temas fundamentais (atmosfera, hidrosfera, geosfera, biosfe-ra). 2.2. Reconhecer a Terra como um sistema. 2.3. Argumentar sobre algumas teorias da origem da vida na Terra. (Novo) 2.4. Discutir o papel da alteração das rochas e da formação do solo na existência de vida no meio terrestre. (Novo) 2.5. Justificar o papel dos subsistemas na manutenção da vida na Terra. 3. Compreender a célula como unidade básica da biodiversida-de existente na Terra 3.1. Distinguir células procarióticas de células eucarióticas, com base em imagens fornecidas. 3.2. Identificar organismos unicelulares e organismos pluricelu-lares, com base em observações microscópicas. 3.3. Enunciar as principais caraterísticas das células animais e das células vegetais, com base em observações microscópicas. 3.4. Descrever os níveis de organização biológica dos seres vivos. (Novo) 3.5. Reconhecer a célula como unidade básica dos seres vivos.

Fotografias de animais e plantas que habitem ambientes diversificados, recolhidas pelos alunos, (...) podem gerar uma discussão sobre algumas das condições que os seres vivos necessitam para viver e que estão asseguradas na Terra (água, oxigénio, luz solar). Tal permitirá a consciencia-lização de que, apesar de não ser mais do que um pequeno planeta à escala do Universo, a Terra tem características muito próprias. A Terra como um sistema - A visualização de documentários sobre a vida de determi-nados grupos de animais e a observação da dependência que existe entre eles e em relação ao meio, constituem uma oportunidade de abordar o conceito de sistema. - Numa discussão alargada à turma (…) identificar que as trocas entre os seres e o meio, bem como as influências recíprocas (…) referência ao conceito de ecossistema, que será retomado posteriormente. O conceito de sistema, complexo para este nível, deve ser discutido de uma forma muito elementar. (...) - A visualização de documentários (…) permitirá discutir características específicas dos seres vivos, (…) reforçar a ideia de biodiversidade e de unidade. Sugere-se a realização de atividades experimentais, com o microscópio: observa-ção de microrganismos. - (…)discussão das ordens de grandeza relacionadas com os seres vivos. A observação de células animais e vegetais permitirá compreender melhor também as noções de diver-sidade e de unidade.

São assuntos novos: a evolução das características à superfície da Terra, nomeadamente da atmosfera, assim como a influ-ência dos seres vivos nessa evolução (1.3 e 1.4) Introduz um tema novo – A origem da vida. (2.3) O papel da alteração das rochas e da formação do solo na exis-tência de vida no meio terrestre (2.4) também é um assunto novo. Embora já se abordasse a importância da geosfera para a vida, não era comum relacionar este assunto com a conquista do meio terrestre pelos seres vivos. Os níveis de organização bioló-gica (3.4), que já eram aborda-dos por muitos professores, passam agora a estar incluídos nas metas.

Sustentabilidade na Terra Ecossistemas

Sustentabilidade na Terra Ecossistemas

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4. Compreender os níveis de organização biológica dos ecossis-temas 4.1. Apresentar uma definição de ecossistema. 4.2. Descrever os níveis de organização biológica dos ecossis-temas. 4.3. Usar os conceitos de estrutura, de funcionamento e de equilíbrio dos ecossistemas numa atividade prática de campo, próxima do local onde a escola se localiza. (Novo) 5. Analisar as dinâmicas de interação existentes entre os seres vivos e o ambiente 5.1. Descrever a influência de cinco fatores abióticos (luz, água, solo, temperatura, vento) nos ecossistemas. (Parcialmente novo) 5.2. Apresentar exemplos de adaptações dos seres vivos aos fatores abióticos estudados. 5.3. Testar variáveis que permitam estudar, em laboratório, a influência dos fatores abióticos nos ecossistemas. (Parcial-mente novo) 5.4. Concluir acerca do modo como as diferentes variáveis do meio influenciam os ecossistemas. 5.5. Prever a influência dos fatores abióticos na dinâmica dos ecossistemas da região onde a escola se localiza. (Novo) 5.6. Relacionar as alterações do meio com a evolução ou a extinção de espécies. (Novo) 6. Explorar as dinâmicas de interação existentes entre os seres vivos 6.1. Distinguir, dando exemplos, interações intraespecíficas de interações interespecíficas. 6.2. Identificar tipos de relações bióticas, em documentos di-versificados. 6.3. Interpretar gráficos que evidenciem dinâmicas populaci-onais decorrentes das relações bióticas. 6.4. Avaliar as consequências de algumas relações bióticas na dinâmica dos ecossistemas.

Interações seres vivos – ambiente - (...) Os alunos devem compreender os conceitos de ecos-sistema, espécie, comunidade, população e habitat. De mo-do a rentabilizar a informação retirada do documentário, a respetiva discussão deve também ser orientada para uma reflexão sobre a influência de fatores físicos e químicos do meio sobre cada indivíduo (efeitos de ordem fisiológica ou comportamental) e/ou sobre as populações (efeitos de or-dem demográfica – sobre as taxas de natalidade ou mortali-dade, emigração ou imigração dos grupos). Para comple-mentar este assunto, cada grupo de alunos pode desenvol-ver pesquisas relativas a um fator abiótico (luz, temperatu-ra, pluviosidade) e apresentar os resultados aos colegas. No âmbito do estudo desta temática podem também ser reali-zadas atividades experimentais para a observação, por exemplo, da influência da luz no desenvolvimento das plan-tas. Sugere-se ainda a construção de um aquário ou de um aquaterrário na escola, ficando em cada semana um grupo de alunos responsável pela sua manutenção; desta forma, os alunos têm que compreender a importância de controla-rem certos fatores abióticos para garantir a sobrevivência dos seres. - Certas interações, como predação, parasitismo, competi-ção, comensalismo ou mutualismo podem ser abordadas com recurso a diversas atividades. (...) Devem ser referidas situações de interações inter e intraespecíficas, destacando-se os casos de canibalismo como expressão extrema da competição intraespecífica e de cooperação em grupos com comportamento social. (...) Relativamente a este assunto, deve ser valorizada a inter-pretação dos alunos face aos vários exemplos de interações, identificando benefícios e prejuízos para os seres envolvi-dos, em vez da simples aplicação de terminologia.

O descritor 4.3 implica uma nova abordagem do tema, tor-nando essencial a concretização das aprendizagens numa saída de campo. As metas vêm acrescentar co-mo essenciais os fatores solo e vento (5.1) O descritor 5.3 torna essencial o que no programa é apenas uma sugestão. O descritor 5.5 é novo pelo facto de tornar essencial a apli-cação das aprendizagens à regi-ão onde a escola se localiza. O estabelecimento da relação entre as alterações do meio e a evolução (5.6) também é nova e implica uma abordagem, ainda que simples, da evolução. O descritor 6.3 torna essencial a interpretação de gráficos sobre as dinâmicas populacionais decorrentes das relações bióti-cas. O descritor 6.4 implica uma nova perspetiva de abordagem das relações bióticas, que não apenas os benefícios e prejuízos para os indivíduos envolvidos.

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6.5. Explicar o modo como as relações bióticas podem condu-zir à evolução ou à extinção de espécies. (Novo) 7. Compreender a importância dos fluxos de energia na dinâ-mica dos ecossistemas 7.1. Indicar formas de transferência de energia existentes nos ecossistemas. 7.2. Construir cadeias tróficas de ambientes marinhos, fluviais e terrestres. 7.3. Elaborar diversos tipos de cadeias tróficas a partir de teias alimentares. 7.4. Indicar impactes da ação humana que contribuam para a alteração da dinâmica das teias alimentares. (Novo) 7.5. Discutir medidas de minimização dos impactes da ação humana na alteração da dinâmica dos ecossistemas. (Novo) 8. Sintetizar o papel dos principais ciclos de matéria nos ecos-sistemas 8.1. Explicar o modo como algumas atividades dos seres vivos interferem nos ciclos de matéria. 8.2. Explicitar a importância da reciclagem da matéria na dinâ-mica dos ecossistemas. 8.3. Interpretar as principais fases do ciclo da água, do ciclo do carbono, do ciclo do oxigénio e do ciclo do azoto, a partir de esquemas. (Novo) 8.4. Justificar o modo como a ação humana pode interferir nos ciclos de matéria e afetar os ecossistemas. (Novo) 9. Relacionar o equilíbrio dinâmico dos ecossistemas com a sustentabilidade do planeta Terra 9.1. Descrever as fases de uma sucessão ecológica, utilizando um exemplo concreto. 9.2. Distinguir sucessão ecológica primária de sucessão ecoló-gica secundária. (Novo) 9.3. Identificar o tipo de sucessão ecológica descrita em docu-mentos diversificados.

Fluxos de energia e ciclo de matéria Compreender a intensa atividade dos ecossistemas, onde os seres nascem e morrem e fluxos de energia e ciclos de ma-téria ocorrem ininterruptamente, como fenómenos e pro-cessos que contribuem para o seu equilíbrio dinâmico, do qual transparece uma imutabilidade apenas aparente. - A propósito dos fluxos de energia (…) o papel do Sol como fonte de energia. Certos conceitos, como produtor, consu-midor e nível trófico, podem ser referidos mediante a explo-ração de cadeias alimentares simples. Pode ser pedido aos alunos que construam cadeias alimentares (…). - No que diz respeito aos ciclos de matéria, não se pretende analisar os vários ciclos biogeoquímicos, mas realçar a exis-tência nas comunidades de grupos de seres vivos com ativi-dades, de certa forma, complementares (produtores, con-sumidores e decompositores), que possibilitam uma recicla-gem permanente da matéria. No caso de os alunos já co-nhecerem as mudanças de estado da água, terão facilidade em interpretar um esquema simplificado do ciclo da água, a título exemplificativo dos ciclos biogeoquímicos. - Tendo sido abordado o aparecimento de ilhas como con-sequência de atividades vulcânicas, sugere-se que os alunos conheçam o fenómeno da sucessão ecológica com base na colonização (…) e posteriores alterações nas comunidades que povoam esses espaços. Em alternativa, o professor pode optar por exemplificar a sucessão que ocorre após uma área ser devastada por um incêndio (…). As simulações em computador podem facilitar a compreensão deste as-sunto.

As MC2013 acrescentam a ne-cessidade de falar da interven-ção humana nas teias alimenta-res, o que estava ausente nas OC 2001. As MC 2013 tornam essencial a interpretação dos ciclos da água, do carbono, oxigénio e azoto e não apenas a referência genérica dos ciclos como acon-tece nas OC 2001. As MC2013 exigem a distinção entre sucessão ecológica primá-ria e secundária. Tornam essen-cial a abordagem da relação entre o equilíbrio dinâmico dos ecossistemas e a sustentabili-dade da vida na Terra.

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9.4. Explicitar as causas e as consequências da alteração do equilíbrio dinâmico dos ecossistemas. (Novo) 9.5. Concluir acerca da importância do equilíbrio dinâmico dos ecossistemas para a sustentabilidade da vida no planeta Terra.(Novo) 10. Analisar a forma como a gestão dos ecossistemas pode contribuir para alcançar as metas de um desenvolvimento sustentável (Novo) 10.1.Apresentar uma definição de desenvolvimento sustentá-vel. 10.2.Diferenciar os serviços dos ecossistemas, ao nível da produção, da regulação, do suporte e da cultura. (Novo) 10.3.Justificar o modo como os serviços dos ecossistemas afetam o bem-estar humano. (Novo) 10.4.Discutir opções disponíveis para a conservação dos ecos-sistemas e a sua contribuição para responder às necessidades humanas. (Novo) 11. Compreender a influência das catástrofes no equilíbrio dos ecossistemas 11.1.Distinguir, dando exemplos, catástrofes de origem natural de catástrofes de origem antrópica. 11.2.Descrever as causas das principais catástrofes de origem antrópica. 11.3.Extrapolar o modo como a poluição, a desflorestação, os incêndios e as invasões biológicas afetam o equilíbrio dos ecos-sistemas. 11.4.Explicitar o modo como as catástrofes influenciam a diversidade intraespecífica, os processos de extinção dos seres vivos e o ambiente, através de pesquisa orientada. (No-vo) 11.5.Testar a forma como alguns agentes poluentes afetam o equilíbrio dos ecossistemas, a partir de dispositivos experi-mentais. (Novo)

- Através da interpretação de gráficos, os alunos devem refletir sobre a flutuação do número de indivíduos de uma população ao longo do tempo, respetivas causas e conse-quências (por exemplo, o aumento do número de indivíduos num espaço limitado pode originar maior competição e atrair predadores, aumentando a taxa de mortalidade). Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas - Atendendo a que inúmeras catástrofes podem comprome-ter o equilíbrio dos ecossistemas e a sobrevivência das po-pulações humanas, os alunos devem refletir sobre causas e efeitos de catástrofes (atividades vulcânica e sísmica, tem-pestades, inundações, secas, explosões, poluição ou conta-minações). Dar particular relevo às que tiverem ocorrido recentemente e às que suscitarem maior interesse nos alu-nos (…) discutidas com base em notícias veiculadas nos meios de comunicação social e (…) realçadas as respetivas medidas de proteção das populações. - A poluição, nas múltiplas formas que pode tomar, constitui uma das principais causas do desequilíbrio dos ecossiste-mas. Fontes de poluição, agentes poluentes e consequên-cias da poluição são vertentes a serem exploradas.

Todo o objetivo é novo, embora o conceito de desenvolvimento sustentável constasse já das OC2001. É introduzido o conceito de diversidade intraespecífica. A tónica é posta nas conse-quências das catástrofes no equilíbrio dos ecossistemas e não tanto nas populações hu-manas como faziam as OC2001 que apenas tinha esta referên-cia para a poluição.

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12. Sintetizar medidas de proteção dos ecossistemas 12.1.Indicar três medidas que visem diminuir os impactes das catástrofes de origem natural e de origem antrópica nos seres vivos e no ambiente. 12.2.Categorizar informação sobre riscos naturais e de ocupa-ção antrópica existentes na região onde a escola se localiza, recolhida com base em pesquisa orientada. (Novo) 12.3.Identificar medidas de proteção dos seres vivos e do ambiente num ecossistema próximo da região onde a escola se localiza. (Novo) 12.4.Construir documentos, em diferentes formatos, sobre medidas de proteção dos seres vivos e do ambiente, imple-mentadas na região onde a escola se localiza. (Novo) 12.5.Explicitar o modo como cada cidadão pode contribuir para a efetivação das medidas de proteção dos ecossistemas.

Sugere-se o contacto dos alunos com problemas reais, quer através de situações locais e/ou regionais que os afetem em particular quer mediante problemas mais gerais que afetam a Terra de um modo global e em particular os seres vivos. Deste modo, poderão constituir temas de discussão: o efei-to de estufa, o buraco do ozono, as chuvas ácidas, a desflo-restação, entre outros. Estes assuntos são passíveis de se-rem estudados sob a forma de pequenos projetos, interdis-ciplinarmente com Ciências Físico-Químicas e Geografia.

Apesar do conteúdo do objetivo geral não ser novo, a aborda-gem exigida traz algumas novi-dades, com alguma complexi-dade na planificação das ativi-dades.

Gestão sustentável dos recursos 13. Compreender a classificação dos recursos naturais 13.1.Apresentar uma definição de recurso natural. 13.2.Enunciar os critérios de classificação dos recursos natu-rais, apresentando exemplos. 13.3.Distinguir recursos energéticos de recursos não energéti-cos, com exemplos. 13.4.Definir recursos renováveis e recursos não renováveis, apresentando exemplos. 13.5.Justificar a importância da classificação dos recursos na-turais. 14. Compreender o modo como são explorados e transforma-dos os recursos naturais (RN). 14.1.Identificar três formas de exploração dos RN. 14.2.Descrever as principais transformações dos RN. 14.3.Inferir os impactes da exploração e da transformação dos RN, a curto, a médio e a longo prazo, com base em documen-tos fornecidos.

Gestão sustentável dos recursos Recursos naturais – Utilização e consequências - (…) levantamento e identificação dos recursos naturais existentes na região (…) estudo mais pormenorizado um deles (…) estudo da extração dos recursos minerais recor-rendo a estudos locais e/ou à análise de notícias de impren-sa, relacionadas com a exploração de minas, pedreiras, are-eiros e respetivas consequências para os ecossistemas (…) abordar extração dos metais a partir dos minérios, a sua importância para a evolução das civilizações e as razões que tornam estes materiais tão importantes na nossa sociedade (…) pesquisar acerca dos minerais existentes no nosso país (em especial o cobre e o ferro) (…) estratégias de resolução de problemas e de tomadas de decisão. - A transformação dos recursos (…) pesquisa sobre os mate-riais que existem à nossa volta e identificação da matéria prima que os originou (...) visitas de estudo a unidades in-dustriais da região com análise dos custos, benefícios e ris-cos sociais e ambientais da atividade industrial.

Neste tema, anteriormente comum às disciplinas de Ciên-cias Naturais e Ciências Físico-Químicas, as OC2001 são mais específicas dos que as MC2013, embora. As MC2013 acrescentam a refe-rência às medidas que estão a ser implementadas em Portugal para promover a sustentabili-dade dos recursos naturais mas não referem, por exemplo, a necessidade de dar a perspetiva histórica da utilização dos re-cursos naturais ou a distinção entre os diferentes tipos de água.

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14.4.Propor medidas que visem diminuir os impactes da explo-ração e da transformação dos RN. 14.5.Referir medidas que estão a ser implementadas em Por-tugal para promover a sustentabilidade dos recursos naturais. (Novo) 15. Relacionar o papel dos instrumentos de ordenamento e gestão do território com a proteção e a conservação da Natu-reza 15.1.Apresentar um conceito de ordenamento do território. (Novo) 15.2.Indicar exemplos de instrumentos de ordenamento e gestão do território. (Novo) 15.3.Enunciar as tipologias de Áreas Protegidas.

- O estudo da utilização dos recursos naturais, energéticos, hídricos, biológicos em trabalhos projeto (…) realçar a utili-zação de recursos como a água e o petróleo. Desde os tem-pos mais recuados a água assume um papel fundamental no desenvolvimento das populações; (...) Importância da água (…) diferentes tipos de águas e a rela-ção com a sua utilização para fins diversos. (...). A compara-ção da composição química de diferentes ‘águas minerais’ poderá levar à distinção entre águas de nascente, água mi-neral, água termal e água medicinal. - As OC2001 referem ainda metodologias diversas para aná-lise de dados sobre consumo de água e pesquisa de medidas para poupar esse recurso, com referência análise da Carta Europeia da Água, bem como de outros documentos de legislação internacional e nacional. - Estudo do consumo de combustíveis fósseis, dando espe-cial ênfase à velocidade e ao modo de consumo comparati-vamente com o modo e tempo de formação (…) analisar modo como o petróleo tem vindo a afetar as sociedades contemporâneas (…) soluções alternativas para minimizar a dependência face aos combustíveis fósseis (…) barragens, centrais nucleares, centrais eólicas e painéis solares, bio-massa (...) análise da razão benefício / custos (…) tomadas de decisão considerando toda a informação recolhida (…) derivados do petróleo no dia-a-dia, vantagens e inconveni-entes associados ao seu uso (...) visita a uma refinaria. Proteção e conservação da natureza - (…) visitas de estudo a Parque Nacional, Parque Natural, Reserva Natural, Paisagem Protegida e/ou Sítio Classificado, recolhendo elementos documentais (fotografias, diapositi-vos, vídeos) que evidenciem características das áreas visita-das (fauna, flora, geologia da região, formas de relevo...) e o impacte ambiental produzido por ação humana (…) discu-tam e reflitam sobre os dados recolhidos e os analisem (…) questões diretamente relacionadas com a sustentabilidade.

Grande parte do conteúdo do objetivo geral 15 já estava pre-visto nas OC2001. Contudo, nas MC2013 é introduzido o concei-to de ordenamento do territó-rio e respetivos instrumentos, referências ausentes nas OC2001. O estudo de áreas protegidas abrange um âmbito mundial.

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15.4.Sistematizar informação acerca da criação de Áreas Pro-tegidas em Portugal e no mundo, com base em pesquisa ori-entada. (Novo) 15.5.Resumir três medidas de proteção e de conservação das Áreas Protegidas em Portugal. 16. Integrar conhecimentos de ordenamento e gestão do território (Novo) 16.1.Enumerar associações e organismos públicos de prote-ção e de conservação da Natureza existentes em Portugal, com base em pesquisa orientada. (Novo) 16.2.Construir uma síntese sobre um problema ambiental existente na região onde a escola se localiza, indicando possí-veis formas de minimizar danos, sob a forma de uma carta dirigida a um organismo de conservação da Natureza ou de um trabalho de projeto. (Novo) 17. Relacionar a gestão de resíduos e da água com o desenvol-vimento sustentável 17.1.Distinguir os diversos tipos de resíduos. 17.2.Resumir a importância da promoção da recolha, do tra-tamento e da gestão sustentável de resíduos. 17.3.Planificar a realização de campanhas de informação e de sensibilização sobre a gestão sustentável de resíduos. 17.4.Construir plano de ação que vise diminuir o consumo de água na escola e em casa, com base na Carta Europeia da Água. 17.5.Propor medidas de redução de riscos e de minimização de danos relativos à contaminação da água procedente da ação humana.

- A extração, transformação e utilização dos recursos natu-rais produz, em diferentes momentos, resíduos e lixos que é necessário considerar (…) visitas de estudo a aterros sanitá-rios e/ou incineradoras (…) discussão de questões mobiliza-doras da intervenção pública/manifestações populares. (...) - Visitas de estudo a estações de tratamento de águas resi-duais (ETAR) (…) contacto direto com diferentes processos (físicos, químicos e biológicos) para o tratamento de águas provenientes dos esgotos, de atividades industriais, domés-ticas e agrícolas (…). - Mobilizar os alunos para a importância da reciclagem dos resíduos (lixo, água, papel, lata, entre outros) necessidade de preservar e economizar os recursos naturais (…) fazer o diagnóstico da situação relativa ao depósito dos lixos do-méstico, industrial e hospitalar (…) levantamento, junto da Câmara Municipal, sobre a quantidade de lixo produzido por habitante, modo de recolha e tratamento (…) elaborar pan-fletos de divulgação sobre a separação do lixo doméstico,

Também o estabelecimento da relação entre as áreas protegi-das e o ordenamento do terri-tório é uma perspetiva nova. Todo o objetivo geral 16 é novo As MC2013 mantêm, no essen-cial, o que era proposto nas OC2001.

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18. Relacionar o desenvolvimento científico e tecnológico com a melhoria da qualidade de vida das populações humanas 18.1.Identificar exemplos de desenvolvimento científico e tecnológico na história da ciência, com base em pesquisa orientada. (Novo) 18.2.Debater os impactes ambientais, sociais e éticos de casos de desenvolvimento científico e tecnológico. 18.3.Prever as consequências possíveis de um caso de desen-volvimento tecnológico na qualidade de vida das populações humanas, com base em inquérito científico. (Novo) 18.4.Discutir os contributos do desenvolvimento científico e tecnológico para o desenvolvimento sustentável.

-local de depósito e modo de tratamento (…) numa inter-venção junto da comunidade (…) propostas relativas a uma gestão racional dos recursos, comparando-as com docu-mentos atuais sobre este assunto (por exemplo o protocolo de Quioto). Debater a polémica em torno deste Protocolo. Riscos das inovações científicas e tecnológicas para o indi-víduo, a sociedade e o ambiente - (…) discussão de problemáticas reais, como por ex. aciden-tes em centrais nucleares (…) o lançamento de resíduos industriais para os rios (…) discussão de questões de nature-za social e ética - reflexão a propósito dos prós e contras de algumas inovações científicas para o indivíduo, para a socie-dade e para o ambiente (…) em muitos casos, não são a C&T diretamente responsáveis por malefícios, mas o não contro-lo das aplicações científicas ou má utilização. Ciência e conhecimento do Universo (7º ano) É fundamental que os alunos compreendam que há benefí-cios para a humanidade resultantes do desenvolvimento científico e tecnológico que, simultaneamente, colocam em risco pessoas e ambiente. Os alunos devem ter oportunida-de para refletir sobre as implicações ambientais, sociais e/ou emocionais de certos acontecimentos (…).

As MC2013 pretendem dar uma perspetiva diferente do desen-volvimento científico e tecnoló-gico à que era dada nas OC2001. Aqui, mais dos que os benefícios eram realçados os riscos. As MC2013, não deixan-do de focar os riscos, parecem realçar os benefícios para a sociedade e para o desenvolvi-mento sustentável das inova-ções científicas e tecnológicas.