51
A + B = B + A A +( B + C )=( A + B)+ C A + 0= A A +( A)=0 A B = A +( B)

Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila resumo de métodos de matemática utilizados em física, escrito pelo professor Adriano Reinaldo Viçoto Benvenho da Universidade Federal do ABC.

Citation preview

Page 1: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos

Eletromagnéticos

4 de Fevereiro de 2010

Professor Adriano Reinaldo Viçoto Benvenho.

Centro de Ciências Naturais e Humanas (CCNH), Universidade Federal do ABC

O desenvolvimento do curso de fenômenos eletromagnéticos necessita da utiliza-

ção de diversos métodos matemáticos, aqui serão desenvolvidos conceitos que serão

utilizados em nosso curso.

1 Vetores no Plano

Aqui será feito um desenvolvimento sobre alguns álgebra vetorial.

1.1 Vetores e Adição de Vetores

Vetor é um segmento orientado. Cada vetor tem uma origem e uma extremidade,

sendo orientado da origem para a sua extremidade.

Propriedades:

A+ B = B + A (1)

A+ (B + C) = (A+ B) + C (2)

A+ 0 = A (3)

A+ (−A) = 0 (4)

A− B = A+ (−B) (5)

1

Page 2: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Figura 1: Propriedade de soma e subtração de dois vetores

1.2 Multiplicação de Vetores por Escalares

Propriedades:

Figura 2: Figura mostrando

a multiplicação de um vetor

por um escalar

(st)A = s(tA) (6)

s(A+ B) = sA+ sB (7)

(s+ t)A = sA+ tA (8)

1A = A (9)

s(−A) = (−s)A = −(sA) (10)

−A = (−1)A (11)

0A = 0 (12)

s0 = 0 (13)

sA = 0 s = 0 ou A = 0 (14)

s(A− B) = sA− sB (15)

(s− t)A = sA− tA (16)

1.3 Vetores em uma Base Canônica

Em uma base ortogonal é possivel escrever os vetores em função de seus vetores

unitários ou versores.

Fazendo:

A = x1ı+ y1ȷ e B = x2ı+ y2ȷ (17)

A− B = (x1ı+ y1ȷ)− (x2ı+ y2ȷ) = (x1 − x2)ı+ (y1 − y2)ȷ (18)

2

Page 3: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Figura 3: Projeção em um sistema ortogonal bidimensional

Quando tratamos da teoria eletromagnética, principalmente na determinação de

fenômenos devido a interação da carga elétrica com o campo elétrico o produto escalar

ou interno apresenta grande importância para o desenvolvimento das equações que

descrevem fenomenologicamente o sistema.

1.4 Produto escalar

A · B = ab cos θ (19)

Figura 4: Produto escalar ou interno entre dois vetores

1.4.1 Propriedades do Produto Escalar

A · B = B · A (20)

(A+ B) · D = A · D + B · D (21)

(sA) · B = s(A · B) (22)

A · B =| A | · | B | cos θ (23)

cos θ =A · B

| A | · | B |(24)

3

Page 4: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Figura 5: Projeção do produto escalar

1.4.2 Lei dos Cossenos

A lei dos cossenos é bastante importante quando queremos projetar vetores em

qualquer sistema em que a soma de dois vetores forma um sistema triangular.

Figura 6: lei dos cossenos para dois vetores onde a soma forma um triângulo retângulo

| A+ B |2= (A+ B) · (A+ B) = A · (A+ B) + B · (A+ B)

= A · A+ A · B + B · A+ B · B

= | A |2+ 2| A | · | B |+ | B |

2; A · B = 0; cos 90o = 0

| A+ B |2= | A |

2+ | B |

2(25)

Figura 7: lei dos cossenos para dois vetores onde a soma forma um triângulo qualquer

4

Page 5: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

| A− B |2= (A− B) · (A− B) = A · (A− B)− B · (A− B)

= A · A− A · B − B · A+ B · B

= | A |2− 2 | A | · | B | +| B |

2

| A+ B |2= | A |

2+ | B |

2− 2 | A || B | cos θ (26)

2 Vetores no Espaço Trimidimensional

Figura 8: Projeção de vetores no espaço tridimensional

A equação para a distância r entre o ponto P = (x, y, z) e a origem O do espaço

xyz. Seja r1 a distância, no plano xy, entre o ponto Q = (x, y, 0) e a origem O.

Pela equação da distância entre dois pontos no plano xy, r21 = x2 + y2. Aplicando o

teorema de Pitágoras no triângulo OQP

r2 = r21 + z2

r2 = x2 + y2 + z2

r =√x2 + y2 + z2 (27)

2.1 Relações em um triângulo retângulo

r2 = x2 + y2 (28)

x = r cos θ

y = r sin θ

5

Page 6: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

2.2 Propriedades básicas do produto escalar no espaço

A · A =| A |2≥ 0

Se A · A = 0 pode-se concluir que A = 0

A · B = 0 se e somente se A e B = 0 forem perpendiculares

Quando é considerada à projeção dos vetores no espaço tridimensional, pode-se

escrever o vetor em termos de seus versores (vetores unitários), para o produto escalar

ou interno, eles satisfazem algumas propriedades.ı · ı = ȷ · ȷ = k · k = 1

ı · ȷ = ı · k = ȷ · k = 0

Produto Escalar entre dois vetores

A = aı+ bȷ+ ck B = xı+ yȷ+ zk

A · B = ax+ by + cz

2.3 Cossenos diretores de um vetor

Figura 9: Cosseno diretores em um sistema cartesiano

Considerando um vetor A, não nulo no espaço xyz, o qual é projetado com nos

eixos coordenados do sistema tridimensional ortogonal, da seguinte forma:

cosα =A · ı| A |

cos β =A · ȷ| A |

cos γ =A · k| A |

(29)

6

Page 7: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Supondo A = aı+ bȷ+ ck:

A · ı = a A · ȷ = b A · k = c (30)

Substituindo o produto nas equações para os cossenos diretores.

cosα =a√

a2 + b2 + c2cos β =

b√a2 + b2 + c2

cos γ =c√

a2 + b2 + c2(31)

Fazendo a soma dos cossenos dos ângulos diretores:

cosα · ı+ cos β · ȷ+ cos γ · k =1√

a2 + b2 + c2(aı+ bȷ+ ck) =

A

| A |(32)

Considerando o quadrado dos ângulos diretores:

cos2 α =a2

a2 + b2 + c2cos2 β =

b2

a2 + b2 + c2cos2 γ =

c2

a2 + b2 + c2(33)

Somando o quadrado dos ângulos diretores:

cos2 α+cos2 β+cos2 γ =a2

a2 + b2 + c2+

b2

a2 + b2 + c2+

c2

a2 + b2 + c2=a2 + b2 + c2

a2 + b2 + c2= 1

(34)

2.4 Produto vetorial e produto misto de vetores no espaço

Figura 10: (a) Regra da mão direita e (b) projeção do produto vetorial.

7

Page 8: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Sejam A e B dois vetores não paralelos no espaço tridimensional. Então, o

produto vetorial A e B é representado por A × B, é o vetor cujo comprimento é

numericamente igual a área gerada do paralelogramo A e B e cuja direção é perpen-

dicular simultaneamente a A e B. Se A e B são paralelos A× B = 0

ı× ı = 0 ȷ× ȷ = 0 k × k = 0

ı× ȷ = k ȷ× k = ı k × ı = ȷ

ȷ× ı = −k k × ȷ = −ı ı× k = −ȷ

Propriedades do produto vetorial:

(A× B) = −(B × A) (35)

| (sA)× B |= s | A× B | (36)

A× (tB) = t(A× B) (37)

(−A)× B = −(A× B) = A× (−B) (38)

Outra característica interessante é obter o volume de sólidos como no caso de um

paralelogramo

Figura 11: Cálculo do volume de um sólido por meio do produto misto

V =| A× B | h =| A× B || C | cos θ = (A× B) · C (39)

2.4.1 Produto Vetorial

Aqui será calculado o produto vetorial de dois vetores

A = a1ı+ a2ȷ+ a3k B = b1ı+ b2ȷ+ b3k

8

Page 9: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

A× B = (a1ı+ a2ȷ+ a3k)× (b1ı+ b2ȷ+ b3k) (40)

A× B = (a2b3 − a3b2)ı+ (a1b3 − a3b1)ȷ+ (a1b2 − a2b1)k

A× B =

∣∣∣∣∣∣∣ı ȷ k

a1 a2 a3

b1 b2 b3

∣∣∣∣∣∣∣ (41)

2.4.2 Duplo produto vetorial

A× (B × C) = (A · C)B − (A · B)C (42)

(A× B)× C = (A · C)B − (B · C)A (43)

3 Regras Básicas de diferenciação

Nesta seção serão mostradas as principais regras para derivação de funções.

3.1 Regra da Constante

A derivada de uma função constante é uma função nula

dc

dx= 0 (44)

3.2 Regra da Identidade

A derivada de uma função identidade é a função constante

dx

dx= 1 (45)

3.3 Regra da Potência

A derivada de uma potência inteira positiva de x é o expoente de x vezes n elevado

a potência anterior.

d

dxxn = nxn−1 (46)

9

Page 10: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

3.4 Regra da Homogeneidade

A derivada de uma constante (a) vezes uma função (u) dependente de x é a cons-

tante vezes a derivada da função

d

dx(au) = u

da

dx+ a

du

dx= a

du

dx(47)

3.5 Regra da Soma

A derivada de uma soma é a soma das derivadas, sendo as funções u e v dependentes

de xd

dx(u+ v) =

du

dx+dv

dx(48)

3.6 Regra da multiplicação, regra do produto, ou regra de

Leibniz

A derivada do produto de duas funções u e v dependentes de x, é a primeira

função vezes a derivada da segunda função mais a derivada da primeira função vezes

a segunda

d

dx(uv) = u

dv

dx+ v

du

dx(49)

3.7 Regra da inversa aritmética

A derivada da inversa aritmética de uma função é a razão negativa da derivada da

função para o quadrado da função, sendo v diferenciável em x

d

dx

(1

v

)= −

dv

dxv2

(50)

3.8 Regra do quociente

A derivada do quociente de duas funções é o denominador vezes a derivada do nu-

merador menos o numerador vez as derivada do denominador dividido pelo quadrado

do denominador.

d

dx

(uv

)=vdu

dx− u

dv

dxv2

(51)

10

Page 11: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

4 Integrais

Aqui serão desenvolvidas das metodologias básicas para a anti-diferenciação, ou,

integração de funções:

Derivadas Diferenciaisdc

dx= 0 dc = 0

d(cu)

dx= c

d(u)

dxd(cu) = cdu

d(u+ v)

dx=du

dx+dv

dxd(u+ v) = du+ dv

d(uv)

dx= u

dv

dx+ v

du

dxd(uv) = udv + vdu

d(uv

)dx

=vdu

dx− u

dv

dxv2

d(uv

)=vdu− udv

v2d(un)

dx= nun−1du

dxd(un) = nun−1du

d(cun)

dx= ncun−1du

dxd(cun) = ncun−1du

d(cxn)

dx= ncxn−1 d(cxn) = ncxn−1dx

4.1 Regras básicas para antidiferenciação

d

dx

∫f(x)dx = f(x) (52)

∫d[f(x)]

dxdx = f(x) + C (53)

∫dx = x+ C (54)

∫xndx =

xn+1

n+ 1+ C (55)

∫af(x)dx = a

∫f(x)dx a = const. (56)

∫[f(x) + g(x)]dx =

∫f(x)dx+

∫g(x)dx (57)

∫[a1f(x)+a2g(x)]dx = a1

∫f(x)dx+a2

∫g(x)dx; a1 = const.; a2 = const. (58)

11

Page 12: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

∫[a1f1(x)+a2f2(x)+...+amfm(x)]dx = a1

∫f1(x)dx+a2

∫f2(x)dx+...+am

∫fm(x)dx

(59)

4.1.1 Mudança de Variável

Processo para calcular ∫f(x)dx

pela mudança de variável.

Etapa 1⇒ Determine a porção do integrando f(x) que é essencialmente 'proe-

minente' no sentido de que, se ela fosse trocada por uma nova variável, digamos u,

então o integrando seria consideravelmente simplicado. Faça u igual a essa porção.

A equação resultante deverá ter a forma u = g(x).

Etapa 2⇒ Usando a equação u = g(x) obtida na Etapa 1 determine a diferen-

cial du. A equação resultante deverá ser da forma du = g′(x)dx =dg(x)

dxdx.

Etapa 3⇒ Usando as duas equações u = g(x) e du = g′(x)dx obtidas nas Eta-

pas 1 e 2, reescreva todo o integrando, incluindo dx em termos de u e du somente.

Etapa 4⇒Calcule a integral indenida resultante em termos de u

Etapa 5⇒ Usando a equação u = g(x) da Etapa 1, reescreva a resposta da Etapa

4 em termos da variável original x

Exemplo:∫ √(7x+ 2)dx u = 7x+ 2

du

dx= 7 du = 7dx dx =

1

7du

É possível então reescrever a equação:∫ √(7x+ 2)dx =

∫ √u

7du =

1

7

∫u1/2du;Utilizando :

∫undx =

un+1

n+ 1+C;n = 1/2

∫ √(7x+ 2)dx =

1

7

u3/2

3/2+ C =

2

21u3/2 + C =

2

21(7x+ 2)3/2 + C

12

Page 13: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

4.1.2 Propriedades dos intervalos do limite de integração

∫ c

a

f(x)dx =

∫ c

b

f(x)dx+

∫ b

a

f(x)dx (60)

4.1.3 Teorema fundamental do cálculo

Seja f uma função contínua num intervalo I, suponha que a e b são números em I,

então:

Primeira Parte:d

dx

∫ x

0

f(t)dt = f(x)

Segunda Parte: Se g é a antiderivada de f , de tal forma que g′(x) = f(x) é válido

para todo I, então: ∫ b

a

f(x)dx = g(b)− g(a)

5 Funções Trigonométricas

As relações trigonométicas são de suma importância, pois são baseadas em um

sistema que relaciona as propriedades de uma circunferência e que podem servir de

auxílio para a resolução de vários problemas:

Denição⇒ Se t é um número real e P (x, y) é o ponto do círculo unitário U

correspondente a t, então:

Figura 12: Circuferência utilizada para obter as relações trigonométricas

sin t = y (61)

cos t = x (62)

13

Page 14: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

tan t =y

x(se x = 0) (63)

csc t =1

y(se y = 0) (64)

sec t =1

x(se x = 0) (65)

cot t =x

y(se y = 0) (66)

Onde sin ⇒ seno; cos ⇒ cosseno; tan ⇒ tangente; csc ⇒ cossecante ; sec ⇒ secante;

cot ⇒ cotangente

Outra forma de escrever as relações trigonométricas é:

csc t =1

sin t(67)

sec t =1

cos t(68)

cot t =1

tan t(69)

tan t =sin t

cos t(70)

cot t =cos t

sin t(71)

Como as funções trigonométicas estão inseridas em uma circunferência no espaço

U de raio unitário

x2 + y2 = 1 (72)

Utilizando as relações (61) e (62):

cos2 t+ sin2 t = 1 (73)

Utilizando a relação(63) e substituindo y por y = x tan t

x2 + x2 tan2 t = 1 (74)

fazendo algumas manipulações algébricas

1 + tan2 t =1

x2

14

Page 15: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

utilizando que sec t = 1x, é possível obter a relação trigonométrica

1 + tan2 t = sec2 t (75)

Utilizando que x = y cot t, e a equação1

y= csc t e fazendo algumas manipulações

algébricas temos que:

cot2 t+ 1 = csc2 t (76)

Outra forma de escrever as relações trigonométricas é por meio das coordenadas

polares. Seja θ um ângulo em posição padrão num sistema de coordenadas retan-

gulares P (x, y) num ponto distinto de O no lado terminal de θ. Se d(0, P ) = r

Figura 13: Relações trigonométricas obtidas por meio de coordenadas polares

sin θ =y

r(77)

cos θ =x

r(78)

tan θ =y

x(se x = 0) (79)

csc θ =r

y(se y = 0) (80)

sec θ =r

x(se x = 0) (81)

cot θ =x

y(se y = 0) (82)

15

Page 16: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Podemos utilizar as relações diretamente pelos comprimentos dos lados de um

triângulo retângulo:

Figura 14: Cosseno diretores em um sistema cartesiano

sin θ =op

hip(83)

cos θ =adj

hip(84)

tan θ =op

adj(85)

csc θ =hip

op(86)

sec θ =hip

adj(87)

cot θ =adj

op(88)

5.1 Relações de ângulos negativos

sin(−u) = − sin(u); cos(−u) = cos(u); tan(−u) = − tan(u)

csc(−u) = − csc(u); sec(−u) = sec(u); cot(−u) = − cot(u) (89)

5.2 Relações de adição

sin(u± v) = sinu cos v ± cosu sin v (90)

cos(u± v) = cosu cos v ∓ sinu sin v (91)

16

Page 17: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

tan(u± v) =tanu± tan v

1∓ tanu tan v(92)

5.3 Relações de ângulo duplo

sin 2u = 2 sinu cosu (93)

cos 2u = cos2 u− sin2 u = 1− 2 sin2 u = 2 cos2−1 (94)

tan 2u =2 tanu

1− tan2 u(95)

5.4 Relações de meio ângulo

sin2 u

2=

1− cosu

2(96)

cos2u

2=

1 + cosu

2(97)

tanu

2=

1− cosu

sin u=

sinu

1 + cosu(98)

5.5 Relações de produto

sinu cos v =1

2[sin(u+ v) + sin(u− v)] (99)

cosu sin v =1

2[sin(u+ v)− sin(u− v)] (100)

cosu cos v =1

2[cos(u+ v) + cos(u− v)] (101)

sin u sin v =1

2[cos(u− v)− cos(u+ v)] (102)

5.6 Relações de Fatoração

sinu± sin v = 2 cosu∓ v

2sin

u± v

2(103)

cosu+ cos v = 2 cosu+ v

2sin

u− v

2(104)

cosu− cos v = 2 sinv + u

2sin

v − u

2(105)

17

Page 18: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

5.7 Propriedades matemáticas das funções trigononométricas

Aqui será visto como derivar, integrar as funções trigonométricas e suas inversas.

5.7.1 Derivadas de funções trigonométricas

d

dxsin u = cosu

du

dx(106)

d

dxcosu = − sin u

du

dx(107)

d

dxtanu = sec2 u

du

dx(108)

d

dxcotu = − cscu

du

dx(109)

d

dxsecu = sec u tanu

du

dx(110)

d

dxcsc u = − cscu cotu

du

dx(111)

Onde u é uma função diferenciável em x

5.7.2 Integração de funções trigonométricas

∫sin u du = − cosu+ C (112)

∫cosu du = sin u+ C (113)

∫sec2 u du = tanu+ C (114)

∫csc2 u du = − cotu+ C (115)

∫sec u tanu du = sec u+ C (116)

∫cscu cotu du = − cscu+ C (117)

18

Page 19: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

5.7.3 Derivadas de funções trigonométricas inversas

Funções trigonométricas inversas são designadas pelo arco que gera o ângulo.

d

dxsin−1 u =

du

dx√1− u2

(118)

d

dxcos−1 u =

−dudx√

1− u2(119)

d

dxtan−1 u =

du

dx1 + u2

(120)

d

dxcot−1 u =

−dudx

1 + u2(121)

d

dxsec−1 u =

du

dx| u |

√u2 − 1

(122)

d

dxcsc−1 u =

−dudx

| u |√u2 − 1

(123)

5.7.4 Integrais de funções trigonométricas inversas

∫du√1− u2

= sin−1 u+ C | u |< 1 (124)

∫du

1 + u2= tan−1 u+ C (125)

∫du

u√u2 − 1

= sec−1 | u | +C | u |> 1 (126)

∫dx√a2 − x2

= sin−1 x

a+ C a > 0 e | x |< a (127)

∫dx

a2 + x2=

1

atan−1 x

a+ C (128)

∫dx

x√x2 − a2

=1

| a |sec−1

∣∣∣xa

∣∣∣+ C a = 0 | x |>| a | (129)

19

Page 20: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

6 Função logaritmica natural

Aqui será mostrada a denição da função logaritmica natural e suas principais

propriedades.

6.1 Denição matemática

ln x =

∫ x

1

1

tdt x > 0 (130)

ln 1 =

∫ 1

1

1

tdt = 0 (131)

d

dxlnu =

1

u

du

dx(132)

6.2 Propriedades da função logaritmica

ln ab = ln a+ ln b (133)

lna

b= ln a− ln b (134)

ln1

b= − ln b (135)

6.3 Função exponencial

exp(lnx) = x (136)

ln(expx) = x (137)

exp(x+ y) = (expx)(exp y) (138)

exp(kx) = (expx)k (139)

exp(x− y) =expx

exp y(140)

d

dxexpu = expu

du

dx(141)

20

Page 21: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

6.4 Funções Exponenciais e logaritmicas com bases diferentes

de e

bxby = bx+y (142)

bx

by= bx−y (143)

(bx)y = bxy (144)

(ab)x = axbx (145)(ab

)x=ax

bx(146)

b−x =1

bx(147)

ln bx = x ln b (148)

d

dxbx = bx ln b (149)

d

dxbu = bu ln b

du

dx(150)

7 Funções Hiperbólicas

As funções hiperbólicas são denidas com relação à parábolas, e também apresen-

tam grande utilidade no desenvolvimento de fenômenos eletromagnéticos.

sinhx =ex − e−x

2(151)

coshx =ex + e−x

2(152)

tanhx =sinhx

coshx=ex − e−x

ex + e−x(153)

cothx =coshx

sinhx=ex + e−x

ex − e−x(154)

sech x =1

coshx=

2

ex + e−x(155)

csch x =1

sinh x=

2

ex − e−x(156)

21

Page 22: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

7.1 Identidades de funções hiperbólicas

cosh2 x− sinh2 x = 1 (157)

1− tan2 x = sech2x (158)

coth2 x− 1 = csch2x (159)

sinh(s± t) = sinh s cos t± cosh s sinh t (160)

cosh(s± t) = cosh s cosh t± sinh s sinh t (161)

sinh 2x = 2 sinhx coshx (162)

cosh 2x = cosh2 x+ sinh2 x = 2 cosh2 x− 1 = 2 sinh2 x+ 1 (163)

7.2 Derivação de Funções Hiperbólicas

d

dxsinhu = cosh u

du

dx(164)

d

dxcoshu = sinhu

du

dx(165)

d

dxtanhu = sech2 u

du

dx(166)

d

dxcothu = −csch2 udu

dx(167)

d

dxsech u = −sech u tanhudu

dx(168)

d

dxcsch u = −csch u cothudu

dx(169)

7.3 Integrais de Funções Hiperbólicas

∫sinhu du = coshu+ C (170)

∫coshu du = sinhu+ C (171)

∫sech2 u du = tanhu+ C (172)

∫csch2 u du = cothu+ C (173)

22

Page 23: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

∫sech u tanhu du = sech u+ C (174)

∫csch u cothu du = −csch u+ C (175)

7.4 Funções hiperbólicas inversas

sinh−1 x = ln(x+√x2 + 1) (176)

cosh−1 x = ln(x+√x2 − 1) (177)

tanh−1 x =1

2ln

1 + x

1− x(178)

coth−1 x =1

2lnx+ 1

x− 1(179)

sech−1x = ln

(1 +

√1− x2

x

)(180)

csch−1x = ln

(1

x+

1 +√1 + x2

| x |

)(181)

7.5 Derivadas de funções parabólicas inversas

d

dxsinh−1 u =

1√u2 + 1

du

dx(182)

d

dxcosh−1 u =

1√u2 − 1

du

dx(183)

d

dxtanh−1 u =

1

1− u2du

dx(184)

d

dxcoth−1 u =

1

1− u2du

dx(185)

d

dxsech−1u =

−1

u√1− u2

du

dx(186)

d

dxcsch−1u =

−1

| u |√1 + u2

du

dx(187)

23

Page 24: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

7.6 Integrais envolvendo funções parabólicas inversas

∫dx√a2 + x2

= sinh−1 x

a+ C (188)

∫dx√x2 − a2

= cosh−1 x

a+ C (189)

∫dx

a2 − x2=

1

atanh−1 x

a+ C se | x |< a

1

acoth−1 x

a+ C se | x |> a > 0

(190)

∫dx

x√a2 − x2

= −1

asech−1 | x |

a+ C (191)

∫dx

x√a2 + x2

= −1

acsch−1 | x |

a+ C (192)

8 Técnicas de Integração

Há na realidade somente três procedimentos gerais para calcular integrais:

1⇒ Substituição ou troca de variáveis

2⇒ Manipulção do Integrando usando tanto identidades algébricas quanto outras,

am de transformar a integral em algo de mais fácil tratamento

3⇒ Integração por partes.

Há alguns truques para resolução de integrais como, por exemplo, substituição

trignométrica e método das frações parciais.

8.1 Integrais que envolvem produtos de potências de senos e

cossenos

8.1.1 Integrais da forma∫sinm x cosn x dx

Am de calcularmos∫sinm x cosn x dx onde m e n são expoentes constantes, consi-

deramos separadamente o caso em que no mínimo um dos expoentes é inteiro ímpar

positivo e o caso no qual ambos os expoentes são inteiros pares não negativos.

24

Page 25: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Caso 1 - No mínimo um dos expoentes m, n é um inteiro ímpar posi-

tivo

Neste caso usa-se a identidade sin2 x+ cos2 x = 1

Exemplos

1-)

∫sin3 x dx

Resolução:∫sin3 x dx =

∫sin2 x sin x dx, Fazendo, sin2 x = 1− cos2 x

∫sinx(1− cos2 x)dx =

∫sin x dx︸ ︷︷ ︸

I

−∫

sin x cos2 x dx︸ ︷︷ ︸II

Resolvendo I ∫sinxdx = − cosx+ C

Resolvendo II∫sinx cos2 x dx, Fazendo a mudança de variável u = cos x du = − sinu du

II = −∫u2 du = −u

3

3+ C = −cos3 x

3+ C

A solução para a integral é:

∫sin3 x dx = I− II = − cosx+

cos3 x

3+ C

2-)

∫sin3 x√cos x

dx

Resolução:

∫sin3 x√cosx

dx =

∫sin2 x√cos x

sinx dx =

∫(1− cos2 x)√

cosxsin x dx

Fazendo a mudança de variáveis: u = cos x então, du = − sinx dx ,Obtém-se

25

Page 26: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

∫sin3 x√cosx

dx = −∫

1− u2

u1/2du =

∫u2 − 1

u1/2du =

∫(u2u−1/2 − u−1/2) du

∫sin3 x√cosx

dx =

∫(u3/2 − u−1/2)du =

∫u3/2 du−

∫u−1/2 du Utilizando:

Utilizando:∫xndx =

xn+1

n+ 1+ C

∫sin3 x√cos x

dx =2

5u5/2 − 2u1/2 + C =

2

5(cosx)5/2 − 2

√cos x+ C

Caso 2 - Ambos os expoentes m, n são inteiros, pares e positivos

Neste caso usam-se a identidades trigonométricas:

sin2 x =1

2(1− cos 2x) e cos2 x =

1

2(1 + cos 2x)

Exemplo

1-)

∫cos2 kx dx

∫cos2 kx dx =

∫1

2(1 + cos 2kx)dx =

1

2

∫dx︸ ︷︷ ︸I

+1

2

∫cos 2kx dx︸ ︷︷ ︸

II

Resolvendo I ∫dx = x+ C

Resolvendo II∫cos 2kxdx Fazendo a substituição de variáveis u = 2kx du = 2k dx

∫cos 2kxdx =

1

2k

∫cosu du =

1

2ksin u+ C =

1

2ksin 2kx+ C

Então: ∫cos2 kx =

x

2+

sin 2kx

4k+ C

Caso 3 - Integrais envolvendo produtos sinmx cosnx, sinmx sinnx, ou cosmx cosnx

26

Page 27: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Neste caso usam-se a identidades trigonométricas:

1-) sin s cos t =1

2sin(s+ t) +

1

2sin(s− t)

2-) sin s sin t =1

2cos(s− t)− 1

2cos(s+ t)

3-) cos s cos t =1

2cos(s− t) +

1

2cos(s+ t)

Exemplo ∫sin 3x cos 4x dx; sin 3x cos 4x =

1

2sin 7x+

1

2sin (−x)

Utilizando a propriedade do seno ser uma função ímpar, ou seja, sin (−x) = − sin x

∫ [12sin 7x+

1

2sin (−x)

]dx =

1

2

∫ [sin 7x− sinx

]dx

Por meio do método de mudança de variáveis visto anteriormente, obtém-se que:∫sin 3x cos 4x dx = −cos 7x

14+

cosx

2+ C

27

Page 28: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

8.2 Integrais por substituição trigonométrica

A substituição por relações trigonométricas também é bastante útil na resolução de

integrais:

1-)

u = a sin θ

a2 = x2 + u2

x =√a2 − u2

√a2 − u2 = a cos θ

2-)

u = a tan θ

x2 = a2 + u2

x =√a2 + u2

√a2 + u2 = a sec θ

3-)

u = a sec θ

u2 = a2 + x2

x =√u2 − a2

√u2 − a2 = a tan θ

As substituições sugeridas geometricamente, podem ser obtidas analiticamente:

1-)Se o integrando envolve:√a2 − u2

√a2 − u2 =

√a2 − a2 sin2 θ =

√a2(1− sin2 θ) = a

√cos2 θ = a cos θ

2-)Se o integrando envolve:√a2 + u2

√a2 + u2 =

√a2 + a2 tan2 θ =

√a2(1− tan2 θ) = a

√sec2 θ = a sec θ

28

Page 29: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

3-)Se o integrando envolve:√u2 − a2

√u2 − a2 =

√a2 sec2 θ − a2 =

√a2(sec2 θ − 1) = a

√tan2 θ = a tan θ

Exemplos:

1-) ∫x2dx

(4− x2)3/2

Essa integral pode ser resolvida por relações trigonométricas do triângulo mos-

trado na gura:

22 = x2 + u2

u2 = 4− x2

u =√4− x2

sin θ =x

2x = 2 sin θ

dx = 2 cos θ dθ

Manipulando algebricamente a expressão em u

u =√

4− (2 sin θ)2 =√4− 4 sin2 θ = 2

√1− sin2 θ = 2

√cos2 θ = 2 cos θ

(4− x2) = 4 cos2 θ

Substituindo as relações na integral, obtém-se a seguinte integral:∫x2dx

(4− x2)3/2=

∫4 sin2 θ × 2 cos θ dθ

43/2(cos2 θ)3/2=

∫8 sin2 θ cos θ dθ√

64 cos3 θ

29

Page 30: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

∫8 sin2 θ cos θ dθ√

64 cos3 θ=

∫sin2 θ

cos2 θdθ =

∫tan2 θ dθ

Utilizando a relação trigonométrica tan2 θ = sec2 θ − 1∫tan2 θ dθ =

∫sec2 θ dθ −

∫dθ = tan θ − θ + C

tan θ =x√

4− x2sin θ =

x

2θ = sin−1 x

2∫x2dx

(4− x2)3/2=

x√4− x2

− sin−1 x

2+ C

2-) ∫dx

x2√x2 + 9

Essa integral pode ser resolvida por relações trigonométricas do triângulo mos-

trado na gura:

tan θ =x

3x = 3 tan θ

dx = 3 sec2 θdθ

x2 + 9 = (3 tan θ)2 + 9 = 9(1 + tan2 θ) = 9 sec2 θ

∫dx

x2√x2 + 9

=

∫3 sec2 θdθ

9 tan2 θ√9 sec2 θ

=

∫3 sec2 θdθ

9 tan2 θ × 3 sec θ=

1

9

∫sec θ

tan2 θdθ

Utilizando as seguintes relações trigonométricas:

sec θ =1

cos θtan θ =

sin θ

cos θ

1

tan2 θ=

cos2 θ

sin2 θ

30

Page 31: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

1

9

∫sec θ

tan2 θdθ =

1

9

∫1

cos θ× cos2 θ

sin2 θdθ =

1

9

∫cos θ

sin2 θdθ

Fazendo a mudança de variáveis v = sin θ e dv = cos θ dθ

1

9

∫cos θ

sin2 θdθ =

1

9

∫dv

v2= − 1

9v+ C = − 1

9 sin θ+ C = −1

9csc θ + C

csc θ =1

sin θsin θ =

x√x2 + 9

csc θ =

√x2 + 9

x∫dx

x2√x2 + 9

= −√x2 + 9

9x+ C

3-) ∫dt

t3√t2 − 25

t2 = 52 + u2

u =√t2 − 25

t = 5 sec θ dt = 5 sec θ tan θ dθ

t2 − 25 = 25 sec2 θ − 25 = 25(sec2 θ − 1) = 25 tan2 θ∫dt

t3√t2 − 25

=

∫5 sec θ tan θ dθ

125 sec3 θ · 5 tan θ=

1

125

∫dθ

sec2 θ=

1

125

∫cos2 θ dθ

Utilizando a identidade cos2 θ =1

2(1 + cos 2θ)

1

125

∫cos2 θdθ =

1

125

∫1

2(1+cos 2θ)dθ =

1

250

∫(1+cos 2θ)dθ =

1

250

(∫dθ︸ ︷︷ ︸

I

+

∫cos 2θ dθ︸ ︷︷ ︸

II

)

31

Page 32: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

I =∫dθ = θ + C

II =∫

cos 2θdθ Fazendo a mudança de variáveis v = 2θ, dv = 2 dθ, dθ =dv

2∫cos 2θdθ =

1

2sin v =

1

2sin 2θ + C (193)

Utilizando a identidade sin(2θ) = sin(θ+θ) = sin θ cos θ+sin θ cos θ = 2 sin θ cos θ

I+II =1

250

(θ +

1

2sin 2θ

)+ C =

1

250

(θ + sin θ cos θ

)+ C

θ = sec−1 t

5sin θ =

√t2 − 25

tcos θ =

5

t∫dt

t3√t2 − 25

=1

250

(sec−1 t

5+

5√t2 − 25

t2

)+ C

8.3 Integração por partes

De acordo com a regra do produto:

d

dx(f · g) = f

dg

dx+ g

df

dx

dg

dx= g′

df

dx= f ′

d

dx(f · g) = f ′g + fg′ fg é uma antiderivada da função f ′g + fg′

∫[f ′(x)g(x) + f(x)g′(x)]dx = f(x)g(x) + C

ou ∫f ′(x)g(x)dx+

∫f(x)g′(x)dx = f(x)g(x) + C

A última expressão pode ser escrita como:∫f(x)g′(x)dx = f(x)g(x)−

∫g(x)f ′(x)dx

Fazendo

u = f(x) v = g(x)

du = f ′(x)dx dv = g′(x)dx

32

Page 33: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

∫u dv = uv −

∫v du (equação para a integração por partes) (194)

Exemplo:∫x︸︷︷︸u

sin x dx︸ ︷︷ ︸dv

, u = x, dv = sin x dx, du = dx v = − cosx+ C

∫x sin x dx = −x cos x+ C −

∫(− cos x) dx = −x cos x+ sin x+ C

8.4 Integração de funções racionais por frações parciais - caso

linear ∫3x− 5

x2 − x− 2dx (x2 − x− 2) = (x− 2)(x+ 1)

3x− 5

(x− 2)(x+ 1)=

A

x− 2+

B

x+ 1

Fazendo x = 2

3x− 5

(x+ 1)= A+ (x− 2)

B

x+ 1, x = 2 B = 0

3 · 2− 5

(2 + 1)= A A =

1

3

Fazendo x = −1

3x− 5

(x− 2)=

A

(x− 2)(x+ 1) +B x = −1 A = 0

3 · (−1)− 5

(−1− 2)= B B =

8

3∫3x− 5

x2 − x− 2dx =

∫ 13

x− 2dx︸ ︷︷ ︸

I

+

∫ 83

x+ 1dx︸ ︷︷ ︸

II

I =1

3

∫dx

x− 2u = x− 2 du = dx

1

3

∫dx

x− 2=

1

3

∫du

u=

1

3lnu+ C =

1

3ln | x− 2 | + C

II =8

3

∫dx

x+ 1v = x+ 1 dv = dx

33

Page 34: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

8

3

∫dx

x+ 1=

8

3

∫dv

v=

1

3ln v + C =

8

3ln | x+ 1 | + C

∫3x− 5

x2 − x− 2dx =

1

3ln | x− 2 | +8

3ln | x+ 1 | + C

9 Sistemas de Coordenadas

A mudança de coordenadas é importante para muitos propósitos em fenômenos

eletromagnéticos, principalmente para algumas simetrias encontradas em sistemas

físicos.

9.1 Coordenadas Polares

Ao fazer uma conversão, é importante perceber que geometricamente os pontos do

plano não se alteram.

pelas relações do triângulo retângulo:

Figura 15: Transformação de coordenadas cartesianas para coordenadas polares

x = r cos θ

y = r sin θ (195)

r2 = x2 + y2 ⇒ equação da circunferência (196)

9.2 Coordenadas Cilíndricas

No plano xy temos as coordenadas polares, para gerar o cilindro θ é girado 360o = 2π

radianos e a uma altura z

34

Page 35: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Figura 16: Transformação de coordenadas cartesianas para coordenadas cilíndricas

x = r cos θ

y = r sin θ

z = z (197)

9.3 Coordenadas Esféricas

Figura 17: Transformação de coordenadas cartesianas para coordenadas esféricas e

como a esfera é formada por meio dessas coordenadas

sinϕ =r

ρ=

| OQ || OP |

r = ρ sinϕ cosϕ =| OR || OP |

=z

ρ(198)

35

Page 36: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

x = r cos θ = ρ sinϕ cos θ

y = r sin θ = ρ sinϕ sin θ

z = ρ cosϕ (199)

ρ2 = x2 + y2 + z2 (200)

y

x=ρ sinϕ sin θ

ρ sinϕ cos θ= tan θ (201)

z

ρ= cosϕ

ρ =√x2 + y2 + z2

ϕ = cos−1 z

ρ

ϕ = cos−1 z√x2 + y2 + z2

(202)

10 Funções de Várias Variáveis

As funções de várias variáveis têm muita importância para o cálculo da variação

dos campos elétrico e magnético no espaço tridimensional.

Supondo f = f(x)

df =df

dxdx (unidimensional) (203)

Supondo f = f(x, y, z)

df =∂f

∂xdx+

∂f

∂ydy+

∂f

∂zdz = f1(x, y, z)dx+f2(x, y, z)dy+f3(x, y, z)dz (tridimensional)

(204)

Onde, ∂ simboliza a derivada em uma das direções ou a derivada parcial.

10.1 As regras da cadeia

i-) Supondo que z seja uma função a duas variáveis x e y, de modo que z = f(x, y),

enquanto x e y sejam funções a uma outra variável t, ou seja, x = g(t) e y = h(t).

Desde que:

dz =∂z

∂xdx+

∂z

∂ydy (205)

36

Page 37: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

dz

dt=∂z

∂x

dx

dt+∂z

∂y

dy

dt(206)

Exemplo:

z =√x2 + y2 x = 2t+ 1 y = t3

dz

dt=∂z

∂x

dx

dt+∂z

∂y

dy

dt

∂z

∂x=

x√x2 + y2

∂z

∂y=

y√x2 + y2

dx

dt= 2

dy

dt= 3t2

dz

dt=

x√x2 + y2

(2) +y√

x2 + y2(3t2) =

2x√x2 + y2

+3yt2√x2 + y2

dz

dt=

2(2t+ 1) + 3t2(t3)√(2t+ 1)2 + (t3)2

=3t5 + 4t+ 2√t6 + 4t2 + 4t+ 1

ii-) Supondo um sistema em que w é uma função a m variáveis y1, y2, ... ym e se

cada uma dessas variáveis é por sua vez uma função a n variáveis x1, x2, ... xm

∂w

∂xj=∂w

∂y1

∂y1∂xj

+∂w

∂y2

∂y2∂xj

+ ...+∂w

∂ym

∂ym∂xj

j = 1, 2, ...n (207)

A expressão pode ser escrita de forma compacta:

∂w

∂xj=∑k=1

∂w

∂yk

∂yk∂xj

j = 1, 2, ...n (208)

A idéia mostrada aqui pode ser utilizada da seguinte maneira, se w = f(x, y, z),

x = g(s, t, u), y = h(s, t, u), z = p(s, t, u) e f é diferenciável, então:

∂w

∂s=∂w

∂x

∂x

∂s+∂w

∂y

∂y

∂s+∂w

∂z

∂z

∂s(209)

∂w

∂t=∂w

∂x

∂x

∂t+∂w

∂y

∂y

∂t+∂w

∂z

∂z

∂t(210)

∂w

∂u=∂w

∂x

∂x

∂u+∂w

∂y

∂y

∂u+∂w

∂z

∂z

∂u(211)

37

Page 38: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Exemplo:

Sejam w = xy2 + yz2 + zx2 x = r cos θ sinϕ y = r sin θ sinϕ = r cosϕ

∂w

∂r=∂w

∂x

∂x

∂r+∂w

∂y

∂y

∂r+∂w

∂z

∂z

∂r

∂w

∂r= (y2 + 2xz) cos θ sinϕ+ (2xy + z2) sin θ sinϕ+ (2yz + x2) cosϕ

∂w

∂θ=∂w

∂x

∂x

∂θ+∂w

∂y

∂y

∂θ+∂w

∂z

∂z

∂θ

∂w

∂θ= (y2 + 2xz)(−r cos θ sinϕ) + (2xy + z2)(r cos θ sinϕ) + (2yz + x2)(0)

∂w

∂ϕ=∂w

∂x

∂x

∂ϕ+∂w

∂y

∂y

∂ϕ+∂w

∂z

∂z

∂ϕ

∂w

∂ϕ= (y2 + 2xz)r cos θ cosϕ+ (2xy + z2)r sin θ cosϕ+ (2yz + x2)(−r sinϕ)

10.2 Derivadas de ordem superior

Considere uma função f de duas variáveis tendo derivadas parciais f1 e f2

f1(x, y) = fx(x, y) =∂

∂xf(x, y) e f2(x, y) = fy(x, y) =

∂yf(x, y) (212)

As funções f1 e f2 são funções de duas variáveis e podem então ter derivadas

parciais. Por exemplo, se f(x, y) = 3x2y3 + 6xy2

f1(x, y) = fx(x, y) =∂

∂x(3x2y3 + 6xy2) = 6xy3 + 6y2

f2(x, y) = fy(x, y) =∂

∂y(3x2y3 + 6xy2) = 9x2y2 + 12xy

Portanto,

∂xf1(x, y) =

∂x

[ ∂∂xf(x, y)

]=

∂x(6xy3 + 6y2) = 6y3

38

Page 39: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

∂yf1(x, y) =

∂y

[ ∂∂xf(x, y)

]=

∂y(6xy3 + 6y2) = 18xy2 + 12xy

∂xf2(x, y) =

∂x

[ ∂∂yf(x, y)

]=

∂x(9x2y2 + 12xy) = 18xy2 + 12y

∂yf2(x, y) =

∂y

[ ∂∂yf(x, y)

]=

∂x(9x2y2 + 12xy) = 18x2y + 12x

f11 = fxx =∂2f

∂2x=

∂x

(∂f∂x

)(213)

f12 = fxy =∂2f

∂y∂x=

∂y

(∂f∂x

)(214)

f21 = fyx =∂2f

∂x∂y=

∂x

(∂f∂y

)(215)

f22 = fyy =∂2f

∂2y=

∂y

(∂f∂y

)(216)

10.3 Derivadas direcionais (gradiente)

Agora será denido por meio das derivadas parciais a taxa de variação de uma

função em relação a qualquer direção e sentido, levando em conta o conceito de de-

rivada direcional.

Denição:

Seja f uma função de duas variáveis x e y. Se U for um vetor unitário cos θı+sin θȷ,

então a derivada direcional de f na direção de U denominada Duf

Teorema:

Se f for uma função diferenciável de x e y e U = cos θı+ sin θȷ

Duf(x, y) = fx(x, y) cos θ + fy(x, y) sin θ (217)

Ilustração:

f(x, y) = 3x2 − y2 + 4x U = cosπ

6ı+ sin

π

Duf(x, y) =∂f(x, y)

∂xcos

π

6+∂f(x, y)

∂ysin

π

6= (6x+ 4) cos

π

6+ (2y) sin

π

6

Denição:

39

Page 40: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Se f for uma função de três variáveis x, y, z edf

dx,df

dy,df

dzexistirem, então o

gradiente é denotado por:−→∇f (218)

Onde ∇ é o operador diferencial nabla denido como:

∇ = ı∂

∂x+ ȷ

∂y+ k

∂z(219)

então o gradiente de uma função f = f(x, y, z) é dada por:

∇f = ı∂f

∂x+ ȷ

∂f

∂y+ k

∂f

∂z(220)

10.4 Divergente

Supondo que temos uma função vetorial

V = Vxı+ Vy ȷ+ Vzk (221)

Aplicando o operador ∇ sobre a função V temos que:

∇ · V =(ı∂

∂x+ ȷ

∂y+ k

∂z

)· (Vxı+ Vy ȷ+ Vzk) (222)

∇ · V =∂Vx∂x

+∂Vy∂y

+∂Vz∂z

(223)

Esse produto é muito útil para descrever em eletromagnetismo as equações de

Maxwell.

10.5 Rotacional

O rotacional realaciona a projeção de um vetor em direções perpendiculares análogo

ao produto vetorial, terá grande utilidade quando estudarmso o campo magnético.

utilizando a mesma função V .

V = Vxı+ Vy ȷ+ Vzk

40

Page 41: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Temos que o rotacional é denido como:

∇× V =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣ı ȷ k∂

∂x

∂y

∂zVx Vy Vz

∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = ı(∂Vz∂y

− ∂Vy∂z

)+ ȷ(∂Vx∂z

− ∂Vz∂x

)+ k(∂Vy∂x

− ∂Vx∂y

)(224)

Propriedade

∇ × (fV ) = f∇ × V + (∇f)× V (225)

10.6 Vetores de Integração

Depois de diferenciar os vetores será visto como integrar os vetores.

10.6.1 Integrais de linha

Tendo como elemento de integração:

dr = dx ı+ dy ȷ+ dz k (226)

Deve-se encontrar as integrais de linha∫C

φdr︸ ︷︷ ︸I

∫C

V · dr︸ ︷︷ ︸II

∫C

V × dr︸ ︷︷ ︸III

(227)

I-) Como φ é um escalar a integral reduz-se a:∫C

φdr = ı

∫C

φ(x, y, z) dx+ ȷ

∫C

φ(x, y, z) dy + k

∫C

φ(x, y, z) dz (228)

II-) Neste caso temos um produto escalar entre dois vetores, como em fenômenos

mecânicos no caso do produto entre a força e o deslocamento resultando em trabalho.

V = Vxı+ Vy ȷ+ Vzk∫C

V · dr =∫C

Vx(x, y, z)dx+

∫C

Vy(x, y, z)dy +

∫C

Vz(x, y, z)dz (229)

III-) Neste caso teremos a projeção do vetor em direções perpendiculares ao seu

vetor de origem.

∫C

V×dr =∫C

∣∣∣∣∣∣∣ı ȷ k

Vx Vy Vz

dx dy dz

∣∣∣∣∣∣∣ = ı

∫C

(Vydz−Vzdy)+ȷ∫C

(Vzdx−Vxdz)+k∫C

(Vxdy−Vydx)

(230)

41

Page 42: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

10.6.2 Integrais de superfície

Integrais de superfície aparecem na mesma forma que as integrais de linha, sendo o

elemento de área o vetor dσ∫C

φdσ

∫C

V · dσ∫C

V × dσ (231)

10.6.3 Integrais de volume

∫V

B dV = ı

∫V

Bx dV + ȷ

∫V

By dV + k

∫V

Bz dV (232)

Figura 18: Integração do vetor B pelo volume

10.6.4 Teorema de Stokes

A integral de linha de um vetor sgundo uma curva fechada é igual à integral da

componente normal de seu rotacional sobre qualquer área limitada pela curva, isto

é: ∮C

F · dl =∫

∇ × F · n da (233)

10.6.5 Teorema do divergente

A integral de um vetor sobre um volume V é igual à integral de superfície da

componente normal ao vetor sobre a superfície que limita V , isto é:∫V

∇ · F dV =

∮S

F · n da (234)

42

Page 43: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

10.6.6 Identidades vetoriais

∇ · ∇φ = ∇2φ (235)

∇ · ∇ × F = 0 (236)

∇ × ∇φ = 0 (237)

∇ × (∇ × F ) = ∇(∇ · F )−∇2F (238)

∇(φψ) = (∇φ)ψ + φ∇ψ (239)

∇(F · G) = (F · ∇)G+ F × (∇ × G) + (G · ∇)F + G× (∇ × F ) (240)

∇ · (φF ) = (∇φ) · F + φ∇ · F (241)

∇ · (F × G) = (∇ × F ) · G− (∇ × G) · F (242)

∇ × (φF ) = (∇φ)× F + φ∇ × F (243)

10.7 Transformações jacobianas para sistemas de coordena-

das polares, cilíndricas e esféricas

Como foi descrito anteriormente temos agora uma ideia de como funcionam as

derivadas parciais. Agora será mostrado como modica-se o integrando de uma

integral, quando é feita uma mudança de coordenadas.

A forma geral pode ser escrita como:

Duas dimensões

dxdy =

∣∣∣∣∣∣∣∂x

∂q1

∂x

∂q2∂y

∂q1

∂y

∂q2

∣∣∣∣∣∣∣ dq1dq2 =( ∂x∂q1

∂y

∂q2− ∂x

∂q2

∂y

∂q1

)dq1dq2 (244)

Onde q1 e q2 são as novas coordenadas.

Três dimensões

dxdydz =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

∂x

∂q1

∂x

∂q2

∂x

∂q3∂y

∂q1

∂y

∂q2

∂y

∂q3∂z

∂q1

∂z

∂q2

∂z

∂q3

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣dq1dq2dq3 (245)

43

Page 44: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

10.7.1 Coordenadas polares

x = r cos θ

y = r sin θ

Mudança de coordenadas xy → rθ

∂x

∂r= cos θ

∂y

∂r= sin θ

∂x

∂θ= −r sin θ ∂y

∂θ= r cos θ

dxdy =

∣∣∣∣∣∣∣∂x

∂r

∂x

∂θ∂y

∂r

∂y

∂θ

∣∣∣∣∣∣∣ drdθ =∣∣∣∣∣ cos θ −r sin θsin θ r cos θ

∣∣∣∣∣ drdθdxdy = (r cos2 θ + r sin2 θ)drdθ = r(cos2 θ + sin2 θ︸ ︷︷ ︸

1

)drdθ

dxdy = rdrdθ (246)

10.7.2 Coordenadas cilíndricas

x = r cos θ

y = r sin θ

z = z

Mudança de coordenadas xyz → rθz

∂x

∂r= cos θ

∂y

∂r= sin θ

∂z

∂r= 0

∂x

∂θ= −r sin θ ∂y

∂θ= r cos θ

∂z

∂θ= 0

∂x

∂z= 0

∂y

∂z= 0

∂z

∂z= 1

dxdydz =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

∂x

∂r

∂x

∂θ

∂x

∂z∂y

∂r

∂y

∂θ

∂y

∂z∂z

∂r

∂z

∂θ

∂z

∂z

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣drdθdz =

∣∣∣∣∣∣∣cos θ −r sin θ 0

sin θ r cos θ 0

0 0 1

∣∣∣∣∣∣∣ drdθdz

44

Page 45: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

dxdydz = (r cos2 θ + r sin2 θ)drdθ = r(cos2 θ + sin2 θ︸ ︷︷ ︸1

)drdθdz

dxdydz = rdrdθdz (247)

10.7.3 Coordenadas esféricas

x = ρ sinϕ cos θ

y = ρ sinϕ sin θ

z = ρ cosϕ

Mudança de coordenadas xyz → ρϕθ

∂x

∂ρ= sinϕ cos θ

∂x

∂ϕ= ρ cosϕ cos θ

∂x

∂θ= −ρ sinϕ sin θ

∂y

∂ρ= sinϕ sin θ

∂y

∂ϕ= ρ cosϕ sin θ

∂y

∂θ= ρ sinϕ cos θ

∂z

∂ρ= cosϕ

∂z

∂ϕ= −ρ sinϕ ∂z

∂θ= 0

dxdydz =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

∂x

∂ρ

∂x

∂ϕ

∂x

∂θ∂y

∂ρ

∂y

∂ϕ

∂y

∂θ∂z

∂ρ

∂z

∂ϕ

∂z

∂θ

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣dρdϕdθ =

∣∣∣∣∣∣∣sinϕ cos θ ρ cosϕ cos θ −ρ sinϕ sin θsinϕ sin θ ρ cosϕ sin θ ρ sinϕ cos θ

cosϕ −ρ sinϕ 0

∣∣∣∣∣∣∣ dρdϕdθ

dxdydz = [ρ2 sin3 ϕ cos2 θ+ρ2 sinϕ cos2 ϕ sin2 θ+ρ2 sinϕ cos2 ϕ cos2 θ+ρ2 sin3 ϕ sin2 θ]dρdϕdθ

dxdydz = [ρ2 sin3 ϕ(cos2 θ + sin2 θ︸ ︷︷ ︸1

) + ρ2 sinϕ cos2 ϕ(sin2 θ + cos2 θ︸ ︷︷ ︸1

)]dρdϕdθ

dxdydz = [ρ2 sin3 ϕ+ ρ2 sinϕ cos2 ϕ]dρdϕdθ

dxdydz = ρ2 sinϕ(sin2 ϕ+ cos2ϕ︸ ︷︷ ︸1

)dρdϕdθ

dxdydz = ρ2 sinϕ dρdϕdθ (248)

45

Page 46: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

10.7.4 Operador diferencial nabla (∇) e laplaciano (∇2) em coordenadas

cilídricas

∇ = r∂

∂r+ θ

1

r

∂θ+ z

∂z(249)

∇2 =1

r

∂r

(r∂

∂r

)+

1

r2∂2

∂θ2+

∂2

∂z2(250)

10.7.5 Operador diferencial nabla (∇) e laplaciano (∇2) em coordenadas

esféricas

∇ = ρ∂

∂ρ+ ϕ

1

ρ

∂ϕ+ θ

1

ρ sinϕ

∂θ(251)

∇2 =1

ρ2 sinϕ

[sinϕ

∂ρ

(ρ2∂

∂ρ

)+

∂ϕ

(sinϕ

∂ϕ

)+

1

sinϕ

∂2

∂θ2

](252)

11 Ângulo Sólido

Considere uma superfície esférica de raio r contendo um elemento de área ∆A. O

ângulo sólido ∆Ω, subentende-se do centro da esfera por este elemento é dado por:

Figura 19: Ilustração da obtenção do ângulo sólido

∆Ω =∆A

r2(253)

∆Ω é admensional ∆A e r2 tem dimensão de comprimento ao quadrado. A unidade

admensional do ângulo sólido é o esferoradiano. Porque a área da superfície da

esfera é 4πr2, então:

∆Ω =4πr2

r2= 4π esferoradianos (254)

46

Page 47: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

12 Equações Diferenciais

Em fenômenos eletromagnéticos serão, também, necessários conceitos básicos de

resolução de equações diferenciais, principalmente as separáveis e as de segunda

ordem.

12.1 Equações de variáveis separáveis

dy

dx= f(x, y) (255)

Pode-se analisar equações que não sejam lineares.

M(x, y) +N(x, y)dy

dx= 0 (256)

É possível adotar esta escritura fazendo M(x, y) = −f(x, y) e N(x, y) = 1, mas

podem existir outras maneiras. QuandoM for uma função exclusiva de x e N é uma

função exclusiva de y, então:

M(x) +N(y)dy

dx= 0 (257)

A equação é então uma equação separável, pois se for escrita em forma integral

M(x)dx = −N(y)dy (258)

Exemplo:

dy

dx=

x2

1− y2

−x2 + (1− y2)dy

dx= 0 M(x) = −x2 N(y) = 1− y2

∫(1− y2)dy =

∫x2 dx

y − y3

3+ C =

x3

3+ C

3y − y3 − x3 = C

47

Page 48: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

12.2 Equações diferenciais de segunda ordem

Supondo a equação diferencial

y′′ + p(x)y′ + q(x)y = g(x) Sendo: y′′ =d2y

dx2y′ =

dy

dx(259)

Em lugar da equação acima pode-se reescrever a equação como:

P (x)y′′+Q(x)y′+R(x)y = G(x) ÷P (x) p(x) =Q(x)

P (x); q(x) =

R(x)

P (x); g(x) =

Q(x)

P (x)

(260)

Se a equação não tiver as duas formas é chamada não-linear. As equações gerais

acima são não-homogêneas, só são homogêneas se, nas equações acima os termos

g(x) e G(x) são nulos para todo x.

P (x)y′′ +Q(x)y′ +R(x)y = 0

ay′′ + by′ + cy = 0 (261)

Análise de um exemplo simples

y′′ − y = 0 a = 1; b = 0; c = −1

Solução: propriedade da derivada segunda de uma função ser a própria função. A

função que atende essas condições é a função exponencial.

y1(x) = ex e y2(x) = e−x

A combinação linear das solução, também é uma solução da equação diferencial.

y1 = C1y1(x) + C2y2(x) = C1ex + C2e

−x

y′1 = C1ex − C2e

−x

y′′1 = C1ex + C2e

−x

Supondo que: y(0) = 2 e y′(0) = −1

C1 + C2 = 2

C1 − C2 = −1

C1 =1

2e C2 =

3

2

48

Page 49: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

A solução geral é:

y =1

2ex +

3

2e−x

Voltando à equação mais geral

ay′′ + by′ + cy = 0

Supondo y = erx, y′ = rerx, y′′ = r2erx

(ar2 + br + c)erx = 0

ar2 + br + c = 0 Equação característica da equação diferencial

Com a hipótese de que as raízes da equação sejam reais e diferentes:

y1(x) = er1x e y2(x) = er2x (262)

y = C1y1(x) + C2y2(x) = C1er1x + C2e

r2x (263)

y′ = C1r1er1x + C2r2e

r2x (264)

y′′ = C1r21e

r1x + C2r22e

r2x (265)

ar2 + br + c = C1(ar21 + br1 + c)er1x + C2(ar

22 + br2 + c)er2x (266)

Cada expressão no segundo termo é nula, pois r1 e r2 são raízes da equação.

Supondo as condições de contorno

y(x0) = y0 e y′(x0) = y′0 (267)

C1er1x0 + C2e

r2x0 = y0

C1r1er1x0 + C2r2e

r2x0 = y′0 (268)

Resolvendo o sistema de equações obtém-se

C1 =y′0 − y0r2r1 − r2

e−r1x0 , C2 =y0r1 − y′0r1 − r2

e−r2x0 (269)

A solução geral da equação diferencial é, então:

y =(y′0 − y0r2r1 − r2

)e−r1x0 er1x +

(y0r1 − y′0r1 − r2

)e−r2x0 er2x (270)

49

Page 50: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

12.3 Equações não homogêneas

L[y] = y′′ + p(x)y′ + q(x)y = g(x) (271)

Onde p(x), q(x) e g(x) são funções dadas (contínuas) no intervalo aberto I. A

equação.

L[y] = y′′ + p(x)y′ + q(x)y = 0 (272)

Na qual g(x) = 0, p(x) e q(x), são as mesmas funções anteriores, a equação (272)

é a equação homogênea correspondente a equação não homogênea (271).

Os dois resultados seguintes descrevem a estrutura das soluções das equações não

homogêneas, e propiciam a base para a solução geral.

Teorema 1

Se Y1 e Y2 forem duas soluções da equação não homogênea (271), então a diferença

Y1 − Y2 é uma solução da equação diferencial homogênea (272). Se além disso y1 e

y2 constituem um conjunto fundamental de seoluções de (272), então:

Y1 − Y2 = C1y1(x) + C2y2(x) (273)

Teorema 2

A solução geral da equação não homogênea (271) pode ser escrita na forma:

y = ϕ(x) = C1y1(x) + C2y2(x) + Y (x) (274)

Onde y1 e y2 constituem um conjunto fundamental de soluções da equação homo-

gênea, correspondente a (272), C1 e C2 são constantes arbitrárias e Y é uma solução

particular da equação não homogênea.

Para resolver a equação não homogênea deve-se proceder ao longo de 3 etapas:

1-)Achar a solução geral C1y1(x) + C2y2(x) da equação homogênea correspondente.

Esta é a solução denominada frequentemente de solução complementar, pode ser

simbolizada por yc2-)Achar a solução da equação não homogênea. Muitas vezes a solução é denominada

uma solução particular yp3-)Somar as funções encontradas.

Exemplo:

y′′ − 2y′ − 3y = 3e2x

50

Page 51: Métodos Matemáticos utilizados em Fenômenos Eletromagnéticos

Solução da equação diferencial ordinária homogênea

yc = C1e3x + C2e

−x

Solução da equação diferencial ordinária não homogênea

yp = Ae2x = Y (x)

Y ′(x) = 2Ae2x

Y ′′(x) = 4Ae2x

4Ae2x − 4Ae2x − 3Ae2x = 3Ae2x

A = −1

A solução geral é dada por:

y = yc + yp = C1e3x + C2e

−x − e2x + C

Só é útil o conhecimento que nos faz melhores - Sócrates -Filósofo Grego

Referências

[1] George B. Arfken - Mathematical Methods for Physicists (Sixth Edition - Else-

vier Academic Press, 2005).

[2] Earl W. Swokowski - Cálculo com Geometria Analítica - volume 1 (2aEdição -

McGraw-Hill, 1983).

[3] Earl W. Swokowski - Cálculo com Geometria Analítica - volume 2 (2aEdição -

McGraw-Hill, 1983).

[4] Mustafá A. Munem, David J. Foulis - Cálculo - volume 1 (1aEdição - Editora

Guanabara Koogan, 1982).

[5] Mustafá A. Munem, David J. Foulis - Cálculo - volume 2 (1aEdição - Editora

Guanabara Koogan, 1982).

[6] Louis Leithold - O Cálculo com Geometria Analítica - volume 1 (3aEdição -

Editora Harbra, 1994).

[7] Louis Leithold - O Cálculo com Geometria Analítica - volume 2 (3aEdição -

Editora Harbra, 1994).

[8] William E. Boyce, Richard C. Di Prima - Equações Diferenciais e Problemas de

Valores de Contorno(5aEdição - Editora Guanabara Koogan, 1994).

51