MF_Dia de Santa Luzia tem Baião na Casa de Fanti-Ashanti.doc

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    COMISSÃO MARANHENSE DE FOLCLORE 

     Boletim On-LineCMF - n. 06 / Dezembro 1997/ atualização quadrimestral  

    Boletim da Comissão Maranhense de Folclore, São Luís-MA, v. 6, n. 6, p. 3, !!6.

    EDITORIAL

     VIVO VIVENDO! FORTE E CRESCENDOMARIA DO SOCORRO ARAUJO

    DIA DE SANTA LUZIA TEM BAIÃO NA CASA FANTI-ASHANTIMUNDICARMO FERRETTI

     VISITANTES DA HORA DO GALOIZAURINA NUNES

    PRESÉPIOS ONTEM E HOJENIZETE MEDEIROS

     AUGUSTO ARANHA CÉLIA CARVALHO

    SANTOS DO MÊS:SANTA BÁRBARA 

    N. SRA. DA CONCEIÇÃO

    SANTA LUZIA 

    MONOGRAFIAS RELACIONADAS COM FOLCLORE

    NOTICIÁRIO1º PUNGAR 

    NOVA DIRETORIA E NOVOS MEMBROSBAZAR DO GIZ

     ANDAMENTO DE PROJETOS

    PERFIL POPULAR - DONA EPIFÂNIA RIBEIROMANOEL MARINHO

    OUTROS BOLETINSClique aqui

    PESQUISAAssunto

    Autor

    http://sites.uol.com.br/cmfolclorehttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#editorial06%23editorial06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#vivo%23vivohttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#dia%23diahttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#visitantes%23visitanteshttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#presepios%23presepioshttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#aranha%23aranhahttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#santos06%23santos06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#monografias06%23monografias06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#noticiario06%23noticiario06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#perfil06%23perfil06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/boletinsanteriores.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/pesquisa.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/pesquisa.htmhttp://sites.uol.com.br/cmfolclorehttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#editorial06%23editorial06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#vivo%23vivohttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#vivo%23vivohttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#dia%23diahttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#dia%23diahttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#visitantes%23visitanteshttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#visitantes%23visitanteshttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#presepios%23presepioshttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#presepios%23presepioshttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#aranha%23aranhahttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#aranha%23aranhahttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#santos06%23santos06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#santos06%23santos06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#monografias06%23monografias06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#noticiario06%23noticiario06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#noticiario06%23noticiario06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#perfil06%23perfil06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#perfil06%23perfil06http://cmfolclore.sites.uol.com.br/boletinsanteriores.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/boletinsanteriores.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/boletinsanteriores.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/pesquisa.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/pesquisa.htmhttp://cmfolclore.sites.uol.com.br/pesquisa.htm

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    COMISSÃO MARANHENSE DE FOLCLORE 

    DIRETORIA

    Presidente: Carlos de LimaVice-Presidente: José Valdelino Cécio S. Dias

    Secretário: Sergio Ferretti

    Tesoureiro: Maria Michol Pinho de CaralhoRe!a"#o !o Boleti$Sergio Ferretti e Carlos de Lima

    Ilustra"%esCláudio Vasconcelos e Ciro Falcão

    VERSÃO PARA A INTERNET:"ranilton Ara#$o Avelar

    CORRESPONDÊNCIA: CENTRO DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIERA FILHO, Rua do Giz,20!22", P#aia G#a$d%& CEP& '0()'*0 ) S+o Lu- ) Ma#a$.+o, Fo$%: 0/*))21")"( !!! Fa:

    0/*))212120%)3ai4: 536o454o#%7uo4&5o3&8# 

    Matérias e opiniões aqui divulgadas são da inteira responsabilidade dos autores que as assinam,não comprometendo a C.M.F.

     

    EDITORIAL! com grande satis"a#$o %ue tra&emos a 'u(lico este n)mero *+,+ do /L0T1M D2C/M1SS3/ M2425605S0 D0 F/LCL/40. 2'resentamos artigos de mem(ros denossa Comiss$o7 relacionados 'rinci'almente com "estiidades natalinas no Maranh$o enoticiário de atiidades na área do "olclore e cultura 'o'ular ocorridos recentemente.

    0m 8+ conseguimos desenoler alguns 'ro9etos em connio com a S0C40T2412D0 0ST2D/ D2 C;LT;42 atraés do Programa de Mecenato do M15C e editamostrs n)mero deste /L0T1M com a'

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    0sta a"irma#$o do t=tulo em mostrar a realidade do (um(a-meu-(oi do Maranh$o nestairada do século. Veri"ica-se nas 'essoas %ue "a&em esta mani"esta#$o7 uma "or#a %uerege a lBgica 'ro"unda de sua e@istncia7 %ue a'esar das di"iculdades de um cotidiano"atigado7 re'rimido7 calado7 en"im7 so"rido7 o (oi é "esta7 é alegria %ue adém dare'rodu#$o7 da 'artici'a#$o desse 'oo no mundo7 atraés do con=io na "am=lia7 no

    tra(alho7 no (airro na sua cidade.

    ! "ácil com'roar o %ue se a"irma7 'elo %ue se o(sera nas "estas 9uninas maranhenses7 'er=odo em %ue o (oi se a'resenta no Maranh$o em louor aos Santos: S$o Jo$o7 S$oPedro e S$o Mar#al.

     5esta é'oca a cidade se trans"orma num grande arraial onde se a'resenta um granden)mero de mani"esta#>es como: dan#a do coco7 cacuriá7 dan#a da "ita7 tam(or decrioula7 %uadrilhas7 outros e o (oi %ue é a e@'ress$o maior com suas caracter=sticas

     'eculiares7 (uscando re'rodu&ir suas ra=&es culturais no seu canto7 dan#a7 enredo eindumentária7 mostrando toda uma criatiidade 'o'ular %ue se recria e se ada'ta de

    acordo com a dinmica da sociedade.

    /(sera-se a so(reincia dessas (rincadeiras no tem'o7 o %ue em demonstrar %ue o (um(a-meu-(oi está io7 io 'or%ue consegue se ada'tar ao conte@to social igente.

    Ve9a o %ue di& um cantador do (oi: Se o (oi n$o se ada'tar7 ele se aca(a nos terreiros econtinua: Tratar desses temas Emomento 'ol=tico e 'ro(lemas sociais é uma "orma deocu'ar es'a#o na mente e na alma das 'essoas E8.

    Merece registrar7 %ue o (oi está 'resente na m)sica 'o'ular maranhense7 em 'e#asteatrais7 em telas de artistas 'lásticos7 em 'es%uisas acadmicas7 o(ras literárias7 e noier do 'oo de maneira geral.

    / (oi cada e& con%uista mais es'a#os7 diersi"ica e am'lia as con%uistas de seusterreiros EG.

    2 'artir desta coloca#$o eri"ica-se %ue o (oi está em 'leno reigoramento e continuacrescendo7 sendo uma das grandes "estas motiadora da cultura 'o'ular maranhense. SBem S$o Lu=s s$o cadastrados no Centro de Cultura Po'ular do 0stado7 mais de H*gru'os de (um(a-meu-(oi %ue se a'resentam no 'er=odo 9unino. 0sses gru'os s$ores'onsáeis em disseminar a alegria e a i(ra#$o da (rincadeira 'or toda a cidade7

     9unto aos isitantes e ? comunidade local.

    /utro "ato im'ortante a ser registrado é a 'artici'a#$o das crian#as no (oi. Ve9am o %uecoloca o Jornal / 0stado do Maranh$o: Iuem 'ensa %ue sB o (um(a-meu-(oi deadulto anima os arraiais da cidade está seeramente enganado. /s (ois mirins tam(émest$o dando o seu recado nos "este9os 9uninos7 animando tanto nos terreiros %uanto emclu(es7 colégios e aniersários de crian#as7 com dedica#$o de gente grande E.

    0stas crian#as assumem a (rincadeira com todo um com'romisso 'or se sentirim'ortante e 'rinci'almente 'elo gosto de (rincar e %ue na erdade tale& n$o se9amconscientes da grande contri(ui#$o %ue est$o 'restando ao (um(a-meu-(oi 'ara a

    continuidade da sua e@istncia no século KK1.

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    Merece tam(ém o registro7 do calendário das a'resenta#>es rituais do (um(a-meu-(oi7de %uando chega a hora do (oi urrar e de mostrar suas toadas e dan#as na noatem'orada7 %ue come#a com o (ati&ado na és'era do dia de S$o Jo$o G de 9unho.Fa&em 'arte desse ritual a ladainha7 re&as e cantos7 nesta data7 a maioria dos gru'os ou

     (atalh>es reali&am a sua 'rimeira a'ari#$o7 da= se a'resentam todos os dias7 nos ários

    largos es'alhados 'ela cidade7 logo cada (airro 'ossui seu arraial.

     5a madrugada de G 'ara G de 9unho7 dia de S$o Pedro7 acontece o encontro de todosos (ois7 no Largo de S$o Pedro. /(serem o %ue "ala o Jornal / 0stado do Maranh$o ares'eito desses "este9os: 5a 'assagem 'ara o dia de S$o Pedro a cidade de S$o Lu=sn$o adormeceu. sso acontece a cerca de H* anos7 lem(ra Jo$o atista. 2 tradi#$o ées'erar acordado a chegada do dia do 'adroeiro %uando a Ca'ela do Largo é a(erta 'ara%ue todos 'ossam "a&er homenagem ao Santo.

    ;ns o"ereciam "lores7 acendiam elas. /utros sB se contentaam %uando tocaam naimagem do Santo.

    5o Largo7 ontem7 milhares de 'essoas acom'anhaam os gru'os de (um(a-meu-(oi%ue chegaam e "a&iam a'resenta#>es de até uma hora. / tradicional encontro de todosos sota%ues de (ois da ilha n$o terminou antes de meio dia EN.

     5a manh$ do dia * os (ois oltam a se encontrar7 no (airro do Jo$o Paulo ao longo da2enida Jo$o Pessoa. ! dia de S$o Mar#al. Mantendo uma tradi#$o de mais de setentaanos7 os grandes (atalh>es de matraca da ilha7 'romoem mais uma e& o es'etáculo dadata de S$o Mar#al7 'ersonagem "olclBrica %ue é considerado o 'adroeiro dos (rincantesde (um(a-meu-(oi EH.

    De'ois de todos esses com'romissos7 resta a'enas o dia da morte do (oi7 %ue cadagru'o reali&a em seu terreiro ou (arrac$o. 2 data di"ere de gru'o 'ara gru'o7 masacontece entre 9ulho e setem(ro de cada ano.

    Pelas coloca#>es %ue "oram "eitas durante todo o te@to7 'ode-se com'reender %ue o (um(a-meu-(oi continua sendo o gi$o das "estas 9uninas7 cerne da cultura 'o'ularM2425605S0

     $otas%

    E8 Jornal / 0stado do Maranh$o - Caderno 2 - S$o Lu=s *.*+.+.EG Jornal / 0stado do Maranh$o - 4eista P6 - 8+ de 9unho de 8+.E Jornal / 0stado do Maranh$o - Caderno 2 - S$o Lu=s7 G+.*+.*+EN Jornal / 0stado do Maranh$o - 'g. 8G - S. Lu=s7 *.*+.+.EH Jornal / 0stado do Maranh$o - Caderno 2 - S$o Lu=s7 *.*+.+.

    DIA DE SANTA LU)IA TEM BAIÃO NA CASA FANTI(ASHANTI Mundi!armo &erretti - '(M"

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    / ai$o é uma "esta religiosa reali&ada na Casa de Fanti-2shanti7 no dia de Santa Lu&iaE8,8G7 'ara entidades es'irituais "emininas: 'rincesas e ca(oclas. 0m(ora se9aconhecida como de Olinha de CuraO e se dance nesta "esta em transe7 o ritual e@i(e granden)mero de elementos da cultura de origem euro'éia e 'auta-se7 'rinci'almente7 'oralores (rancos.

    Surgiu no e@tinto terreiro do 0gito7 onde Pai 0uclides come#ou a dan#ar Mina7 emhomenagem a ela 1n"ncia7 entidade associada a /(á7 da "am=lia de 4ei da andeira7%ue comandaa ali a linha de 'rincesas. Foi tam(ém organi&ado em S$o Lu=s nosterreiros do 0ngenho e de M$e Ver

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    a'resentando-se ? assistncia7 tal como "a&em os (oiadeiros no Sam(a 2ngolaECandom(lé de Ca(oclo.

    Iuando eu chego7 ou entrandono sal$o de curador 

    2h7 (ate 'alma7 minha gente7n$o re'are %uem eu ses catBlicas7 e os m)sicos tocam uma alsa de encerramento7 %ue é dan#adatam(ém 'or 'essoas da assistncia7 a conite das encantadas. 5a%uele momento árias"ilhas da casa %ue n$o 'artici'aram do ritual costumam rece(er seus ca(oclos7 %ue em

    atra=dos 'ela (rincadeira7 %ue geralmente é organi&ada de'ois %ue as encantadas Oso(emOEdei@am as dan#antes.

    Pai 5osso %ue estais nos céus2e Maria7 senhora.0u digo adeus aos meus irm$os7eu digo adeus7 eu ou mim(ora.

    &ISITANTES DA HORA DO *ALO )saurina $unes

     5o Maranh$o7 chama-se 'astor o auto da natiidade re'resentado durante os "este9osnatalinos lem(rando o nascimento do Menino Jesus. ! uma "esta da cultura 'o'ular

     'ouco conhecida atualmente. Contudo7 9á tee o seu 'er=odo áureo no século 'assado eaté a 'rimeira metade deste século. 5a%uela é'oca7 era 'rática rotineira na im'rensalocal7 a 'u(lica#$o de not=cias7 no ms de de&em(ro7 in"ormando os leitores so(re as

    a'resenta#>es dos gru'os.

    2 'artir das notas 'u(licadas em 9ornais antigos7 'erce(e-se %ue o 'astor era tido comos=m(olo de 'rest=gio n$o sB 'ara os res'onsáeis 'elos gru'os7 mas tam(ém 'ara as"am=lias %ue chamaam os 'astores 'ara se a'resentarem em suas casas. 0ste dado noslea a crer %ue o 'astor se constitu=a7 na%uela é'oca7 numa "orma de entretenimento aomesmo tem'o em %ue re"or#aa e consolidaa a cren#a na doutrina crist$.

    Para se entender um 'ouco desta mani"esta#$o da cultura 'o'ular7 %ue re)ne trs "ormasde e@'ress$o art=stica E a m)sica7 a dan#a e o teatro7 é necessário retroceder no tem'o e

     (uscar as origens do 'astor na 1dade Média7 'er=odo em %ue 'realecia a e@'lica#$oteolBgica 'ara todos os "en

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     'lenos 'oderes so(re a ida 'ol=tica e 'rinci'almente es'iritual do homem. Tudo eraoltado 'ara a educa#$o religiosa dos "iéis.

    2ssim7 dois momentos da ida de Cristo na terra ganharam desta%ue nos o"=ciosreligiosos: o nascimento e a ressurrei#$o. 1nicialmente eram "eitas7 durante as missas7

    leituras de trechos (=(licos relatios ?s duas 'assagens. 2s 'ersonagens eramencarnadas 'or sacerdotes e mais tarde 'or gente do 'oo7 %uando os dramas dei@aramde ser lit)rgicos e ganharam es'a#o nas ruas e 'ra#as.

    ! im'ortante destacar %ue a 'assagem dos autos de dentro das igre9as 'ara as ruas e 'ra#as se deu 'or um 'rocesso gradual. 2o sair das igre9as7 os mistérios Ecomo eramchamadas essas encena#>es sacras7 eram re'resentados nos adros Eáreas 'rB@imas aostem'los religiosos e mais tarde "oram se distanciando até chegarem ?s 'ra#as.

    Se antes7 %ual%uer elemento %ue "ugisse aos 'receitos da 1gre9a eram 'roi(idos7 agora osdramas7 antes lit)rgicos7 n$o sB incor'oraam elementos ces na esta#$o de (ondes o %ue7 de certa"orma7 reela a 'o'ularidade dos autos natalinos no século 'assado.

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    2tualmente7 em S$o Lu=s7 'oucos s$o os gru'os de 'astores %ue ainda reerenciam onascimento do Menino Deus. /s motios alegados 'elas res'onsáeis 'elos gru'os s$oinariaelmente a "alta de interesse das meninas7 mais interessadas nas "estas dereggaeR "alta de recursos "inanceiros7 isto %ue (otar um 'astor é (astante oneroso e ae@igncia da irgindade das 'artici'antes7 'ois há uma cren#a %ue se "undamenta na a-

    se@ualidade das meninas 'ara %ue a (rincadeira tenha @ito.

    De um leantamento n$o e@austio reali&ado no 9ornal Pa+otil,a7 da década de *7"oram identi"icados 8 gru'os de 'astor. 5um segundo leantamento "eito com "ontesorais e em cadastro do centro de Cultura 'o'ular Domingos Vieira Filho7 "oramencontrados G gru'os7 dos %uais a'enas trs s$o mantidos7 'orém sem regularidade:

     'astoral Filhas de elém7 de Dona Maria das Dores Pereira EDona DorinhaR 'astor do/riente7 de Dona 0l&ita Vieira Martins Coelho7 do Sacaém e 'astor Filhas deJerusalém7 de Dona 2liete Sá Mar%ues EDona Lili7 do Jo$o Paulo.

    /s gru'os a'resentam as mesmas caracter=sticas em(ora ha9a aria#$o de denomina#$o7

    de n)mero de 'artici'antes e de algumas 'ersonagens. 2 manuten#$o da tradi#$o7 ouse9a7 a 'resera#$o do auto da "orma como "oi dei@ado 'elos res'onsáeis %ueantecederam os atuais donos de 'astor7 é motio de orgulho. 5este as'ecto7 os cadernosde 'astor desem'enham um 'a'el im'ortante. 5ele s$o co'iados os cantos7 as "alas e asorienta#>es cnicas %ue condu&em o auto. uardados como erdadeiras raridades7 eless$o 'assados de gera#$o a gera#$o como "orma de transmiss$o de uma heran#a cultural.

    0m(ora as donas de gru'os de 'astor a"irmem n$o manterem contato entre si7 oscadernos reelam coincidncias de cantos e "alas7 o %ue 'ode ser um indicatio de %ueos gru'os tieram uma origem comum e de %ue houe 'oucas aria#>es entre os gru'ose de uma gera#$o 'ara outra.

    Dentre os as'ectos comuns entre os gru'os7 a deo#$o ao menino Jesus mani"estada 'elas organi&adoras dos 'astores é o mais marcante. 2 encena#$o é sem're "eita diantede um 'resé'io %ue sere de cenário. 2 'rimeira a'resenta#$o é 'recedida de umaladainha e a )ltima é "eita com a %ueima#$o de 'alhinha7 encerrando o ciclo das "estasde 5atal. / "orte sentimento religioso é re"or#ado 'ela e@clus$o de meninas n$o-irgens dos gru'os7 "undamentada na cren#a de %ue a 'resen#a destas meninas no gru'oinia(ili&a a re'resenta#$o do auto da natiidade.

    0sse sentimento religioso ao mesmo tem'o em %ue caracteri&a o 'astor como

     (rincadeira marcadamente crist$7 'ode ser tam(ém um dos res'onsáeis 'elasdi"iculdades %ue os gru'os m atraessando como o desinteresse das meninas.0ntretanto7 algumas sa=das 9á est$o sendo encontradas. Diante de tais di"iculdades7 a"le@i(ilidade %uanto a a-se@ualidade 9á é colocada como uma 'ossi(ilidade o %ue emre"or#ar a idéia de %ue a cultura 'o'ular é dinmica e tem encontrado alternatias 'ara asua manuten#$o en%uanto "orma de a"irma#$o da identidade dos gru'os sociais.

    PRES-PIOS ONTEM E HO.E

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     $izete Maria "breu Medeiros

    2 idéia de armar 'resé'ios surgiu de S$o Francisco de 2ssis. Foi ele %uem armou o 'rimeiro 'resé'io. Com o 'assar dos anos7 esta re'resenta#$o do nascimento de Jesus"oi se es'alhando e come#aram a ser armados 'resé'ios nas igre9as e nas casas

     'articulares.

    Desde tem'os remotos os 'resé'ios "icaram t$o marcantes na é'oca natalina7 %uechegou a constituir rotina a sua isita#$o. /s 'resé'ios sem're 'rocuraram mostrar agruta onde Jesus nasceu7 a cidade 'or onde José e Maria 'assaram7 'rocurandohos'edaria e o 'alácio do rei 6erBdes.

    2s crian#as7 'rinci'almente7 eram as %ue mais se deleitaam considerando %ue muitos 'resé'ios a'resentaam detalhes curiosos %ue 'rendiam sua aten#$o. Podiam sero(serados alguns moimentos em animais7 'ersonagens reali&ando algumas atiidadesou reerenciando o Menino Jesus.

    0m S$o Lu=s 7 "oi muito marcante e ainda 'erdura o costume de armar 'resé'ios nasresidncias. 0ntre tantos %ue armaram 'resé'ios7 'odemos citar Dr. Cesário Veras na ruado 0gito7 Sr. elarmino 5ogueira no eco da Passagem7 D. Mariana uimar$es na ruadas Flores7 Pro". /rlande@ na rua de Santaninha7 Sr. Tinoco Pereira e D. Carmina elona rua das 6ortas.

    2tualmente ainda 'odem ser a'reciados 'resé'ios nas residncias de D. Tere&a Maia7 narua Joa%uim Táora ELord 6otelR do Sr. Loureiro7 na rua de Santana n G*R o de D.Joentina7 na rua S$o Se(asti$o n N no Cru&eiro do 2nilR o de D. Maria 1ns7 na rua +7%d H7 casa 7 VinhaisR o do Centro de Cultura Po'ular Domingos Vieira Filho7 na ruado i& GG8R o do Museu 6istBrico e 2rt=stico do Maranh$o7 na rua de S$o Jo$o e o de2ugusto Medeiros7 na rua do Co%ueiro n G Centro. De todos estes o mais antigo é ode 2ugusto %ue em mantendo há + anos a atiidade %ue desenole com amor e

     'rinci'almente com "é ina(aláel.

    2rmado em dois n=eis7 'ode ser o(serado no n=el su'erior a cidade com o casario eoutros detalhes %ue com'>em uma cidade de é'oca. 2o "undo7 o cenário 'intado 'or2ugusto mostra a "ortale&a com o castelo do rei 6erBdes. 5o 'lano in"erior7 s$ore'resentados está(ulos7 grutas7 'o#o7 re(anhos de carneiros e detalhe curioso de uma"onte %ue atraés do sistema manual de asos comunicantes dei@a cair água. 2 gruta

    centro é o %ue mais se destaca onde "icam o Menino Jesus7 S$ José e 5ossa Senhora etam(ém o (urro e a aca %ue7 segundo a histBria7 "oram os animais %ue estaam noestá(ulo %uando Jesus nasceu.

    Muitas "iguras de 'astores e animais s$o distri(u=das no 'resé'io7 dando a idéia demoimento. 2lém do cenário7 2ugusto utili&a 'a'el de saco de cimento 'intado7imitando 'edras e de'ress>es %ue "ormam as grutasR 'ara o 'iso7 ele usa areia da 'raia eserragem de madeiraR "ia'os 'intados de erde d$o a idéia de ca'im 'or entre as 'edrasdas grutas. 2 noite a ilumina#$o 'rodu& e"eitos es'eciais na cidade7 nas grutas7 "onte7estradas e nas 'e%uenas casinhas.

     5o 'er=odo de GN de de&em(ro a 8* de 9aneiro7 ? noite a residncia de 2ugusto "icaa(erta ? isita#$o ')(lica. Durante a isita#$o 'ara as 'essoas mais curiosas e

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    interessadas em sa(er so(re os 'resé'ios7 2ugusto relata algumas 'assagens iidas nodecurso de seus anos7 ressaltando %ue muitos dos 'resé'ios 'articulares e até dealgumas igre9as 9á "oram armados 'or ele.

    2 tradi#$o de 2ugusto em armar 'resé'ios lhe aleu o conite 'ara armar o 'rimeiro

     'resé'io do Colonial Sho''ing. 5a casa de 2ugusto tam(ém é costume a dan#a de 4eiscomo um dos rituais do 'resé'io7 'ara lem(rar a isita dos 4eis Magos do /riente aoMenino Jesus. 0sta dan#a acontece do dia H 'ara + de 9aneiro.

     5o dia 8* de 9aneiro7 'ara encerrar a re'resenta#$o do 'resé'io7 é reali&ada a%ueima#$o das 'alinhas7 cerim

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    Co%ueiro. 2 'rinc='io o 'resé'io era 'e%ueno7 com'osto a'enas 'or algumas "iguras degesso7 ad%uiridas 'or ele no antigo a&ar do Ja'$o E%ue "icaa em "rente ao 'rédio doColégio Centro Cai@eral e endia lou#as e artigos im'ortados. uardadas com carinho

     'or seu 2ugusto7 muitas outras 'e#as "oram se 9untando ?s antigas7 "ormando o cenáriodo 'resé'io7 a cada noo 5atal %ue chegaa. 'er"a&endo este ho9e um total de mais de

    du&entas estatuetas7 distri(u=das entre imagens de santos7 animais7 castelos7 an9os de (iscuit e até uma "onte de água corrente.

    Seu 2ugusto lem(ra %ue era tradi#$o em S$o Lu=s7 grandes 'resé'ios armados 'ela 'o'ula#$o nas casas e igre9as 'ara isita#$o ')(lica. 0le mesmo a9udou a montar muitosdestes7 na igre9a de Santo 2nt

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    /N,8G -S25T2 42424242,125S3: S056/42 D/S V05T/S 0 D2S T0MP0ST2D0S

     Maria do osrio *ar,alo antos

    Cada terreiro de Mina tem seus santos de deo#$o relacionados aos seus encantados7oduns ou ori@ás7 %ue s$o ali "iguras re'resentatias de santos catBlicos como: S$oenedito7 Santa 0"ignia7 S$o Jorge7 S$o Se(asti$o7 S$o Cosme e Dami$o7 entre outros.;ma das santas mais cultuadas no terreiros de Mina do Maranh$o é Santa ár(ara7 'ois7sua histBria de ida7 registrada 'ela memBria oral7 'ro'orciona li#>es de amor7 (ondadee7 so(retudo7 humildade e caridade 'ara com o 'rB@imo.

    Con"orme nos "oi narrado 'or Seu enésio 4odrigues7 disc='ulo do a"amado Mestre Uéruno7 de 5a&aré EM27 ár(ara era "ilha de "am=lia tradicional e aristocrática. 0ra uma

     9oem sim'les7 %ue resistia ?s 'ress>es do 'ai7 %ue era um rei 'ag$oE8. 0ste7 durantetoda a ida em'enhou-se em 're'arar ár(ara 'ara %ue7 "uturamente se casasse com um

    no(re da regi$o. Vendo o desenolimento da menina ár(ara7 o 'ai conidaa 'r=nci'es 'ara isitas7 no intuito de des'ertar nela algum interesse. 0ntretanto7 muitocedo7 ár(ara 'assou a reali&ar curas entre o 'oo humilde de sua terra e7 atraés danature&a7 e@traia elementos (ásicos 'ara a cura de en"ermidades Eresinas de árores7

     (arro e 'edras 9ogadas ao mar. Todo isso contrariaa muito o rei7 seu 'ai.

    ár(ara n$o daa alor ?s coisas materiais e 'edia "or#as a Deus 'ara %ue lhe dessemeios 'ara "a&er algo em (ene"=cio do 'oo. Seus sonhos reeladores7 %ue eram logodeci"rados 'or um elho mestre do lugar7 trans"ormaram-na numa clariidente. Passaaum (om tem'o meditando so(re a de"esa das guerras e da 'este. Certa e&7 sonhou %uetrs 'essoas "oram a sua 'rocura7 em (usca de remédio. 2o acordar sur'reendeu-se coma 'resen#a delas em sua 'orta7 gritando e 'edindo7 em nome de Deus7 %ue as curassem.ár(ara7 como costumaa "a&er7 as'irou 'ro"undamente e acenou com as m$os 7 comose estiesse (en&endo. 1mediatamente as 'essoas "icaram aliiadas e sa=ram dali

     'ro'agando aos %uatro entos o milagre de ár(ara. Foi o su"iciente 'ara contrariar oseu 'ai e7 'or isso7 a 9oem mandou as 'essoas %ue a 'rocuraram 'ara as montanhas7di&endo-lhes %ue aguardasse7 com 'reces7 a lu& %ue iria até elas 'ara cura-las. 5aerdade7 ela %ueria era eitar o con"lito entre o 'oo e o rei7 seu 'ai7 mas7 eis %ue do

     'alácio saiu um "oco de lu&7 cru&ando o céu em dire#$o ? montanha e7 assim7 ela 'assoua curar ? distncia.

    0m "ace a sua determina#$o es'iritual em de"esa de 'o(res7 crentes e o'rimidos7ár(ara so"reu as maiores atrocidades 'or 'arte do 'ai7 como: tentatia de a"ogamentono mar e deca'ita#$o no alto da montanha7 o %ue a leou a morte. 0ntretanto7 o 'odersu'remo condenou o t$o 'oderoso rei7 'unindo-o com a morte7 a'Bs o tresloucadogesto7 en%uanto a mártir7 ár(ara7 "oi santi"icada 'elos crist$os.

     5os cultos a"ros7 Santa ár(ara é associada ao ori@á 1ans$7 mulher de Kanges e 'roi(i#>es %ue os cultos m so"rendo ao longo dos anos7 da= as

    modi"ica#>es a %ue "oram o(rigados. 5o Maranh$o7 no dia %uatro de de&em(ro7 osterreiros de cultos a"ros entoam cantos de louor7 re&am ladainhas e dan#am ao som de

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    tam(ores7 ca(a#as e agog

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    Já com Pedro lares Ca(ral7 chegara ao rasil a 'rimeira imagem de 5ossa Senhorada Concei#$o7 e cou(e aos "rades "ranciscanos a di"us$o desta deo#$o 'or todo oterritBrio.

     5o Maranh$o esta inoca#$o é (astante enerada7 tanto entre os catBlicos %uanto nos

    terreiros de mina e um(anda7 ha9a isa a mesma ser sincreti&ada com as diindades1eman9á e /@um. So( sua 'rote#$o est$o diersas cidades do 0stado. 0m S$o Lu=s a 'rimeira igre9a 'ara a 1maculada Concei#$o situaa-se ? 4ua /sWaldo Cru&7 Eantiga 4uarande7 canto com a rua de S$o Pantale$o7 onde ho9e se encontra o 0di"=cio Cai#ara7 eera conhecida como 1gre9a de 5ossa Senhora da Concei#$o dos Mulatos7 dada a

     'o'ularidade do re"erido tem'lo entre as 'essoas de cor. / tem'lo "oi demolido emmeados da década de 8N*7 %uando se im'lementaam tra(alhos de moderni&a#$o eur(ani&a#$o da cidade. Para su(stitu=-lo "oi constru=do um outro no (airro do MonteCastelo7 'ara onde "oram trans"eridos a imagem7 'aramentos e demais 'ertences. ! de lá%ue até ho9e a de de&em(ro sai uma das maiores 'rociss>es da cidade.

    2 iconogra"ia da 1maculdada Concei#$o a'resenta a Virgem so(re o lo(o terrestre7esmagando com os 'és a ser'ente %ue sim(oli&a o 'ecado original7 de m$os 'ostas ematitude de ora#$o7 tem ca(elos longos ca=dos so(re os om(ros. Veste-se com manto a&ul7

     'ossuindo 'or e&es uma coroa real so(re a ca(e#a7 ?s e&es ainda a'arece so( seus 'ésuma lua em %uarto crescente7 nesta 'osi#$o a ser'ente encontra-se enroscada no glo(o7

     'or e&es ainda na (ase encontram-se %ueru(ins.

     

    8,8G - S25T2 L;U12

     Lenir ereira dos antos Oli,eira

    Virgem mártir7 Lu&ia nasceu em SXracusa na Sic=lia no século 111 DC. De "am=lia rica7no(re e crist$7 rece(eu educa#$o re%uintada (aseada em 'rinc='ios de irtude e "é7decidindo-se logo cedo 'or uma ida religiosa.

    Yr"$ de 'ai7 a m$e resoleu casá-la com um 9oem da no(re&a 'orém 'ag$oR entretantodada a en"ermidade de %ue "oi acometida7 e %ue durou cerca de %uatro anos7 o assuntodas n)'cias "oi adiado.

    2'Bs 'eregrina#$o ao t)mulo de Santa gata na Catnia7 de onde oltou curada7 agenitora de Lu&ia n$o desistiu do casamento como ainda lhe entregou seu dote7 o %ual"oi 'or ela diidido entre os 'o(res.

    / noio ao tomar conhecimento dos "atos ocorridos7 inadido 'or um "orte dese9o deingan#a7 denunciou Lu&ia ao oernador7 'elos crimes de n$o cum'rimento da 'alaraem'enhada e 'or ser crist$. Leada aos tri(unais a 9oem negou-se a 'restar culto aosdeuses 'ag$os7 o %ue "e& com %ue "osse amea#ada de ser condu&ida a um 'rost=(ulo.

     5$o conseguindo cum'rir as amea#as7 o oernador ordenou ent$o %ue "ossemcolocados so(re a mo#a7 a&eite7 resinas e 'iche e em seguida se ateasse "ogo em seuredor7 tendo sa=do ainda mais uma e& ilesa. 2 ira da autoridade se eleou tanto %ue

     'ediu ao soldado %ue com sua es'ada tras'assasse a garganta da 9oem7 %ue n$oresistindo aos "erimentos 'ereceu.

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    Santa Lu&ia tem 'or atri(utos uma 'alma7 %ue carrega na m$o es%uerda e sim(oli&a omart=rio e na m$o direita segura 'e%ueno 'rato so(re o %ual se encontram dois olhos.0ste )ltimo atri(uto está ligado a milagres de cegueira dado ao nome Lu&ia EL)cia7deriar-se de lu@ Elu&7 relacionada n$o sB com o sentido da is$o7 mas tam(ém com asua "aculdade es'iritual.

    Fonte de Pes%uisa: Sgar(osa7 MarioR ioannini7 Luigi. ;m Santo 'ara cada dia.0ditora Paulus7 8.

    MONO*RAFIAS Maria do o!orro "ra#o

    ;M2 V120M S2/4/S2 P0L2 2ST4/5/M12 TZP1C2 D0 S3/ L;ZS,M2

    0ste tema é o nome dado ? monogra"ia da aluna do Curso de Turismo da ;FM27 LXanaMaria Pereira da Sila7 %ue discutiu a %uest$o da gastronomia Maranhense. / tra(alho"oi de"endido em setem(ro de +7 'ossuindo H+ 'áginas e "oi orientado 'ela Pro"[. Mariado Socorro 2ra)9o.

    2 re"erida monogra"ia a(orda os seguintes as'ectos:

    2 histBria da alimenta#$o7 en"ocando a rela#$o arte culinária e gastronomia.2limenta#$o no rasil7 ressaltando a in"luncia e contri(ui#$o do =ndio7 (ranco e negro.Cita a gastronomia t='ica de S$o Lu=s destacando em su(=tens a com'osi#$o dos

     'rinci'ais 'ratos. 2nalisa a rela#$o entre atiidade tur=stica e a gastronomia t='ica.Finalmente7 'ro'>e a cria#$o de uma 'ra#a de alimenta#$o de comidas t='icas de S$oLu=s.

    2 autora ainda coloca7 %ue acreditar na im'ortncia da alimenta#$o "oi condi#$oindis'ensáel 'ara a reali&a#$o deste tra(alho7 uma e& %ue a mesma n$o é somenteim'ortante "isiologicamente7 mas tam(ém resgata as ra=&es da "us$o aculturada doshá(itos alimentares do 'ortugus7 do =ndio e do a"ricano7 reelada atraés de 'ratos %ue

    retratam nossas origens e %ue sim(oli&am a regi$o nordestina.

     

    P40/ P403/: ;M 0ST;D/ S/40 P40/014/S D0 S.L;ZS

    Silana dos Santos 4aXol7 de"endeu na ;FM2 monogra"ia de conclus$o de Curso deacharel em Cincias Sociais7 em agosto de 8+7 com setenta e sete 'áginas7 com ot=tulo: Prego-Preg$o: ;m estudo so(re os 'regoeiros de S$o Lu=s-Ma. So( orienta#$oda Pro"a. Maria do Socorro 2rau9o7 o tra(alho "oi arg\ido 'or (anca e@aminadoracom'osta dos 'ro"essores Carlos enedito 4. da Sila e Maria Michol P. de Caralho.

    http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#sobe%23sobe

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    / tra(alho "oi a'oiado em 'es%uisas7 entreistas e consultas as mais diersas. / temadi& res'eito a uma atiidade %ue muito ocorria no século 'assado e da %ual se notamainda ho9e alguns res%u=cios.

    2 "igura do 'regoeiro é a(ordada dentro de as'ectos culturais7 sociais e econ

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    / tra(alho se inicia com de"ini#>es macum(a7 %uim(anda7 um(anda e mina7 re"ere-seao surgimento da cidade de CodB7 ao negro no rasil7 ao culto a"ro no Maranh$o e emCodB e trata do o(9eto do en"o%ue. Com N 'áginas e "otos7 o tra(alho "oi orientado

     'elo Pro". Josenildo Pereira e a'reciado 'or (anca com'osta 'elos 'ro"essores LimaFilho e 0stherlina Pereira.

     5/T1C141/:8 P;524 

    2 Semana de Cultura Po'ular organi&ada 'elo CCPDVF da S0CM2 e 'ela C.M.F. em

    agosto de 8+7 em comemora#$o do Dia 1nternacional do Folclore7 este ano destacouuma das mais e@'ressias dan#as do re'ertBrio 'o'ular maranhense7 o Tam(or deCrioula. Foram conocados de& gru'os de S$o Lu=s 'ara se a'resentarem na Pra#a doFolclore Ena con"luncia do co da Pacotilha com a 4ua do i&. 2s a'resenta#>escom'roaram %ue o Tam(or de Crioula está cada e& mais atraente7 'roocando grande

     'artici'a#$o do ')(lico7 %ue n$o se cansou de a'laudir entusiasticamente o 1P;5247 como "oi (ati&ado o eento reali&ado entre 8G e G de agosto.

    ;ma ladainha a S$o enedito7 santo 'adroeiro da (rincadeira7 deu a(ertura o"icial ao 1P;524. 2o mesmo tem'o "oram inauguradas no Centro de Cultura Po'ular7locali&ado em "rente ? 'ra#a7 as e@'osi#>es 6omem de Couro7 com "otogra"ias de

    Márcio Vasconcelos so(re Tam(or de Crioula7 uma e@'osi#$o de slos entitulada 2Tradi#$o e a Cultura rasileira7 organi&ada 'ela 0CT e uma e@'osi#$ode 'u(lica#>esso(re Tam(or de Crioula. 5o dia 8 "oi tam(ém a(erta ao ')(lico uma /"icina deSensi(ili&a#$o 'ara o Tam(or de Crioula7 atendendo a uma clientela in"anto-9uenil7 %ueno encerramento7 no dia G7 em'olgou a todos so( a orienta#$o do coureiro 'raticanteLá&aro Pereira.

    ;ma mesa redonda com de'oimentos aliosos e i(rantes de 'rodutores culturais7donos de gru'os7'es%uisadores e grande ')(lico7 conseguiu lotar o 2uditBrio do Centro7"irmando-se a idéia de reali&ar em 8A a segunda ers$o do eento7 contando com a

     'artici'a#$o de gru'os do interior do 0stado. 5a ocasi$o "oram e@i(idos =deos so(re a

    mani"esta#$o em de(ate. 2 o"icina de tra(alhos so(re instrumentos musicais7 no dia G87mo(ili&ou coureiros e coureiras de "orma didática mas7 sem 'erder o (rilho e adescontra#$o7 'ara o e@erc=cio 'leno desta "orma de dan#ar7 cantar7 tocar e (rincar otam(or. 2 'artir deste dia7 sem're com in=cio ?s G* horas7 o tam(or ru"ou ? solta naPra#a7 com os seguintes gru'os: Cru&eiro do 2nil7 de il(ertoR airro de Fátima7 deDona 4o@aR Li(erdade7 de LeonardoR Vila Concei#$o,Coroadinho7 de Feli'eR 2reinha7de ConstantinoR Floresta7 de 2'ol

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     5/V2 D140T/412 0 5/V/S M0M4/S:

    0m reuni$o da Comiss$o Maranhense de Folclore reali&ada no dia GA de setem(ro de8+7 "oi eleita a noa diretoria da entidade %ue estará tomando 'osse no dia G* dede&em(ro de 8+. 2 noa diretoria está assim constitu=da:

    Presidente: Carlos de LimaVice-Presidente: José Valdelino Cécio S. DiasSecretário: Sergio FerrettiTesoureiro: Maria Michol Pinho de Caralho

     5a mesma reuni$o "oram admitidos como noos mem(ros da Comiss$o Maranhense deFolclore as seguintes 'essoas: Maria do 4osário Caralho7 Tere&inha de Jesus JansenPereira7 Josimar Mendes Sila7 Manoel de Jesus Marinho7 Manoel de Jesus arrosMartins7 Lenir Pereira dos Santos /lieira7 2nanias 2les Martins7 Marcia Tere&a PintoMendes.

    2 Comiss$o Maranhense está de 'ara(ens com a noa diretoria a %uem auguramos (oagest$o e com os noos mem(ros %ue m reigorar e tra&er sangue noo ?s nossasatiidades.

     

    2U24 D/ 1U

    2 Comiss$o Maranhense de Folclore7 em connio com a Secretaria de 0stado daCultura7 atraés do Centro de Cultura Po'ular Domingos Vieira Filho7 inaugurou7 no diaGG,88,+ o 2U24 D/ 1U7 uma lo9a de arte"atos 'o'ulares7 locali&ada no andar térreodo 'rédio de 0@'osi#>es do Centro7 ? 4ua do i& GG8 - Praia rande.

    / a&ar do i& "unciona de segunda a se@ta-"eira no horário das 8G ?s 8 horaso"erecendo artigos ligados ? cultura 'o'ular maranhense tais como: arma#>es e courosde (oi7 'e#as de estuário de mani"esta#>es "olclBricas7 miniaturas de 'e#as comomáscaras de ca&um(ás7 (rin%uedos artesanais7 'e#as de 'alha7 coco7 chi"re7 cermica7

     (uriti7 madeira7 a&ule9o7 renda de (ilro7 %uadros7 'rodutos da culinária maranhense comodoces7 licores7 (om(ons7 discos7 liros7 camisetas7 @ilograuras7 'ostais7 etc.

    2 'ro'osta deste noo es'a#o é de se constituir numa noa e interessante o'#$o 'ara acomerciali&a#$o de o(9etos de 'rodutores culturais maranhenses7 os %ue 'ossam serircomo lem(ran#as criatias e di"erentes 'ara a 'o'ula#$o local e 'ara os isitantes.

     

    25D2M05T/ D0 P4/J0T/S

    2 Comiss$o Maranhense de Folclore em 'artici'ando7 9untamente com a Secretaria de0stado da Cultura7 da e@ecu#$o de dois 'ro9etos "inanciados 'ela T0L042S7 atraésdo Programa 5acional de 2'oio a Cultura,P4/52C - M0C052T/7 do M15C.

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    /s 'ro9etos a'oiados 'or contrato de 'atroc=nio da T0L042S ora em andamento noMaranh$o s$o: 0ditora#$o da MemBria Cultural Maranhense e Valori&a#$o da M)sicaPo'ular Produ&ida no Maranh$o. 0stes 'ro9etos englo(am atiidades es'ec="icas nestasduas áreas com desta%ue 'ara a edi#$o de liros de autores maranhenses e dois CD7 umso(re Carnaal e outro intitulado MemBria.

    P04F1L P/P;L24: 0P1F]512 41014/ Manoel Marino

    Leanta-te7 'arte 'ara elém

    Iue aca(a de nascer o MessiasParte7 segue a lu& dessa estrelaTe serirá de guia

     5o "im da 9ornada erás a ca(ana0m %ue nasceu o Messias

    /s ersos acima citados "a&em 'arte do auto Pastoral das Filhas de elém e s$o deautoria da ines%uec=el D. 0'i"nia 4i(eiro nascida em S$o Lu=s a A de a(ril de 8*G.

    Considerada 'essoa de inteligncia e@traordinária7 0'i"nia 4i(eiro7 ainda meninacome#ou a tra(alhar como remetedeira da "á(rica da Cam(oa. Desde cedo mantee um

    "orte dese9o de comemorar o nascimento de Cristo com toda 'om'a %ue lhe eramerecida. 2os G anos concreti&ou seu sonho maior e come#ou a organi&ar uma dasmais "amosas 'astorais de S$o Lu=s7 a Pastoral Filhas de elém.

    De tem'eramento "orte e muito e@igente7 dona 0'i"nia n$o admitia %ue nada sa=sseerrado. Para tanto7 os ensaios da 'astoral eram reali&ados so( sua rigorosa "iscali&a#$o ere'etidos árias e&es até %ue tudo "icasse do 9eito %ue ela %ueria. Sua e@igncia eratanta %ue o acom'anhamento musical da Pastoral das Filhas de elém era "eito 'or umdos gru'os mais "amosos do 0stado7 / Ja&& 2lcino =lio.

    2s a'resenta#>es costumaam acontecer sem're em casar>es antigos7 %ue eram

    alugados 'ara a tem'orada e o(edeciam um rigoroso calendário7 a sa(er: GG,8G era "eitoo ensaio geral num casar$o situado na 4ua da Cru&7 com acom'anhamento de or%uestraRGN,8G7 ?s GN horas7 tinham in=cio as a'resenta#>es ao ')(lico %ue inha de todas as

     'artes da cidade7 o %ue contri(u=a 'ara %ue todos os ingressos "ossem endidos e ainda 'ara o sucesso da Pastoral.

    0stas a'resenta#>es 'rosseguiam até o dia *+ de 9aneiro E4eis Magos7 sendo %ue nestedia ocorria a tradicional %ueima#$o das 'alinhas7 com acom'anhamento de or%uestra eas 'astoras deidamente tra9adas.

    Com a morte de dona 0'i"nia7 sua so(rinha e "ilha de cria#$o7 Maria das Dores PereiraEDona Dorinha7 deu continuidade aos tra(alhos iniciados 'or sua tia e ainda ho9e resistea todas as 'ress>es 'ara 'oder mostrar ? sociedade ludoicense uma 'astoral autntica e

    http://cmfolclore.sites.uol.com.br/bol06.htm#sobe%23sobe

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    cheia de (ele&a7 isto %ue esta mani"esta#$o está em ias de desa'arecimento do nossocalendário cultural.

    ETe@to redigido a 'artir de in"orma#>es de Dona Dorinha - Dona Maria das DoresPereira.

    Tra(alhos a enda na C.M.F. ? 4ua do i& G*H7 em S$o Lu=s:

     

    L1V4/S ^ V1D0/S

    M2412 M1C6/L P156/ D0 C24V2L6/Matracas Iue Desa"iam o Tem'o. S$o Lu=s7 8H.0studa gru'os de oi de S$o Lu=s analisando rela#>es entre tradi#$o e modernidade nareligi$o e na cultura 'o'ular.

    4_ GH7**

    S041/ F0440TT1I;0400T3 D0 U/M2D`5;. 0"nogra"ia da Casa das Minas. S$o Lu=s70D;FM27 8+7 G[ 0d. 4eista e 2tuali&ada7 G '.E4S GH7**.

    S041/ F0440TT14e'ensando o Sincretismo. S$o Paulo7 0D;SP,F2P0M27 8H.4eis$o da literatura so(re sincretismo e sua identi"ica#$o na Casa das Minas doMaranh$o.E4_ GH7**.

    S041/ F0440TT14eligi$o e Cultura Po'ular V=deo V6S - 5TCS - 8AQ. S$o Lu=s7 8H.Documenta "estas do Diino7 Tam(or de Crioula e um(a-Meu-oi em terreiros deTam(or de Mina do Maranh$o.E4_ GH7**.

    S041/ F0440TT1 0 /;T4/STam(or de Crioula 4itual e 0s'etáculo. S$o Lu=s7 8H EG[.0d.Pes%uisa o Tam(or de Crioula en"ati&ando histBria7 dan#a7 m)sica7 religiosidade erela#>es com o turismo. E4_ G*7**.