24
CAPÍTULO 01 PARTES DA EMBARCAÇÃO Proa - é a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. A proa é a origem de contagem das marcações relativas. Corresponde aos 000° relativos. Popa - extremidade posterior do navio. Para efeitos de marcações relativas corresponde a 180° relativos. Bordos - são duas partes simétricas em que o casco (corpo principal da embarcação) é dividido por um plano vertical que contém a linha proa-popa. Bochechas - parte curvas do costado de um e de outro bordo, junto a roda de proa. Para efeito de marcações relativas a bochechas de BE está aos 045° da proa e a BB aos 315° dela. Través - é a direção perpendicular ao plano longitudinal (linha proa-popa) aproximadamente a meio - navio. Para efeito de marcações relativas o través de BE está aos 90° relativos e o de BB aos 270° relativos. Alhetas - partes do costado de um e de outro bordo entre o través e a popa. Para efeito de marcações relativas a alheta de BE está aos 135° da proa e a de BB aos 225° dela. Denominamos de Boreste (BE) a parte à direita de quem olha a proa e de Bombordo (BB) à parte à esquerda. Obs.: Se um objeto estiver mais para a proa do que outro diz-se que ele está por Ante-A-Vante (AAV) dele; se está mais para a popa, diz-se que está por Ante-A-Ré (AAR).

Microsoft Word Apostila 01

Embed Size (px)

DESCRIPTION

apostila de arrais

Citation preview

  • CAPTULO 01

    PARTES DA EMBARCAO

    Proa - a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. A proa a origem de contagem das marcaes relativas. Corresponde aos 000 relativos.

    Popa - extremidade posterior do navio. Para efeitos de marcaes relativas corresponde a 180 relativos.

    Bordos - so duas partes simtricas em que o casco (corpo principal da embarcao) dividido por um plano vertical que contm a linha proa-popa.

    Bochechas - parte curvas do costado de um e de outro bordo, junto a roda de proa. Para efeito de marcaes relativas a bochechas de BE est aos 045 da proa e a BB aos 315 dela.

    Travs - a direo perpendicular ao plano longitudinal (linha proa-popa) aproximadamente a meio - navio. Para efeito de marcaes relativas o travs de BE est aos 90 relativos e o de BB aos 270 relativos.

    Alhetas - partes do costado de um e de outro bordo entre o travs e a popa. Para efeito de marcaes relativas a alheta de BE est aos 135 da proa e a de BB aos 225 dela.

    Denominamos de Boreste (BE) a parte direita de quem olha a proa e de Bombordo (BB) parte esquerda.

    Obs.: Se um objeto estiver mais para a proa do que outro diz-se que ele est por Ante-A-Vante (AAV) dele; se est mais para a popa, diz-se que est por Ante-A-R (AAR).

  • CAPTULO 02

    MARCAES RELATIVAS

    As marcaes relativas so medidas como ngulos a partir da proa da embarcao na direo dos ponteiros de um relgio de 0 a 360 em torno do barco.

    As direes so sempre mostradas (ou informadas) com trs dgitos usando zeros se necessrio: 50dizer zero-cinco-zero (050) relativos.

    Quando temos um objeto aos 000 costuma-se dizer Pela Proa ou aos zero-zero-zero relativos. Semelhantemente, quando temos um objeto aos 180 dizemos que est Pela Popa ou aos uno-oito-zero relativos.

    Quando temos um objeto pelo Travs temos que definir obrigatoriamente o bordo. Ex.: farol pelo Travs de BE (ou farol aos zero-nove-zero) relativos .

    Quando temos um objeto entre o travs de um dos bordos e a alheta respectiva diz-se que o objeto est por ante-a-vante da alheta (de BE ou de BB). Quando entre a alheta e a popa o objeto estar por ante-a-r da alheta (BE ou BB).

    BOCHECHADE BE

    BOCHECHADE BB

    PROA

    POPA

    ALHETADE BE

    ALHETADE BB

    TRAVSDE BE

    BORESTE

    BOMBORDO

    TRAVSDE BB

  • CAPTULO 03

    NCORAS E AMARRAS

    NCORAS

    As ncoras, comumente chamadas de ferros so peas de ao de forma especial e com um peso adequado ao deslocamento das embarcaes e que desempenham o importante papel de mant-las firmes em um fundeadouro longe de pedras, arrebentaes ou outros perigos.

    NCORAS DANFORTH

    atualmente a mais usada em embarcaes amadoras.

    AMARRAS

    A ligao da ncora com embarcao se faz pela amarra, a amarra constituda de quartis. Um quartel tem um comprimento de aproximadamente 25 metros de amarra. A quartelada, comprimento total da amarra paga, chamada de filame.

    DANFORTH

    CEPO ANETE

    CEPO

    BRAOS

    ANETE

    CEPO

    UNHA HASTE

    PATA

    BRAOCRUZ

    ALMIRANTADO

  • CAPTULO 04

    ATRACAR E DESATRACAR

    De uma maneira geral, para atracar, levamos a embarcao com pouco seguimento, e fazendo um ngulo de cerca de 45, em relao ao cais, de maneira a passar um cabo de proa logo que pudermos, carregando-se o leme para o bordo oposto ao cais para fazer a popa vir a este. A embarcao deve ser mantida atracada ao cais, passando-se um cabo dizendo para vante e outro dizendo para r. Havendo corrente, facilmente verificada pela posio de outras embarcaes que filam a ela, deve-se aproveit-la, isto , atracar contra a corrente. Isso trs vantagem, pois a corrente agir sobre a popa, aproximado-a e facilitando a atracao.

    Para desatracarmos, devemos inicialmente largar os cabos a r e manobrando com os cabos avante procurar abrir a popa. Se necessrio, usaremos ainda o motor dando atrs e manobraremos o leme como conveniente para obter tal efeito. Logo que a popa estiver safa do cais, largamos os cabos de vante e dando atrs afastamos a embarcao, dando adiante logo que julgarmos conveniente, manobrando o leme de maneira a colocarmos nossa proa na direo desejada.

    Podemos ainda desatracar usando uma corrente favorvel. Se ela estiver pela proa, folgamos os cabos a vante, mantendo os de r apertados. A proa se afasta do cais e a popa permanece junto a ele. Logo aps folgamos os cabos a r; a popa tambm afastar, permitindo uma desatracao sem maiores dificuldades.

    Se a corrente estiver pela popa, adotamos o procedimento inverso, o que nos levar tambm a uma fcil desatracao.

    CAPTULO 05

    ESPIAS E SEU USO

    Os cabos que permitem a uma embarcao amarrar a um cais so chamados de espias.

    De acordo com seu posicionamento em relao embarcao as espiasdenominadas de lanantes, espringues ou traveses. Assim a espia que diz para vante ou para r em relao ao seu posicionamento na embarcao um lanante de proa ou de popa, conforme o caso. A espia que diz para direo de meio navio, quer a vante, quer a r, um espringue e aquelas que so perpendiculares ao cais constituem os traveses.

    Sempre durante as atracaes, ou muitas vezes j atracados, necessitamos manobrar nossas embarcaes ao longo do cais. Para tanto, basta manobrarmos convenientemente com as espias, fazendo com que a embarcao caia a vante ou a r.

  • 1) LANANTE DE PROA no deixa a embarcao cair a atrs;2) ESPRINGUE DE PROA no deixa a embarcao cair adiante (frente);3) TRAVS no deixa a embarcao se afastar do cais;4) ESPRINGUE DE POPA - no deixa a embarcao cair a r (atrs); e5) LANANTE DE POPA no deixa a embarcao cair a frente.

    CAPTULO 06

    LEME E SEUS EFEITOS

    O leme tem por finalidade dar direo a uma embarcao e mant-la a caminho, no rumo determinado. por meio do leme que se faz o navio guinar. Ele disposto na popa e s tem ao quando a embarcao est em movimento (ressalvados os casos de correnteza), uma vez que o seu efeito resultante da fora das guas, em movimento, sobre sua porta. O leme comandado por um timo, por uma roda de leme ou por uma cana de leme. Ao girarmos o timo ou a roda do leme para um bordo a proa da embarcao ir para esse bordo. J com a cana do leme, ao empurr-la para boreste (BE) por exemplo, a proa ir para bombordo (BB) e vice-versa.

    1 2 3 4 5

  • CAPTULO 07

    SITUAES DE MANOBRA DE EMBARCAES

    ATRACAO COM VENTO OU CORRENTE PERPENDICULAR AO CAIS,APROXIMAO POR BARLAVENTO

    Aproximar-se paralelo ao cais, quase parando. O vento ou corrente aproximar a embarcao ao cais. Passar logo que possveis espias pela proa e pela popa.

    ATRACAO COM VENTO OU CORRENTE PERPENDICULAR AO CAIS,

    BARLAVENTOVento ou corrente

    a embarcao.

    Atracao com vento ou correnteperpendicular ao cais,

    Aproximao por Barlaventose paralelo ao cais,

    quase parando.O vento ou corrente aproximar

    BARLAVENTOVento ou corrente

  • APROXIMAO POR SOTAVENTO

    Aproximar-se do cais, com um ngulo aproximado de 45. Assim que a bochecha da embarcao tocar o cais, passar um espringue de proa. Dar leme para o bordo contrrio ao cais. Mquina adiante devagar. A popa encostar.

  • ATRACAO COM VENTO OU CORRENTE PARALELA AO CAIS

    Procure atracar sempre contra a correnteza ou vento. Aproxima-se do cais com um ngulo de cerca de 30, com a mquina adiante devagar. Assim que possvel passar um lanante de proa e parar a mquina. O vento ou corrente ajudar a encostar a popa.

    LARGAR DO CAIS SEM VENTO E SEM CORRENTE

    Leme a meio, mquinas adiante devagar, defensas protegendo o costado. Ao iniciar o deslocamento v dando leme no sentido contrrio ao cais lentamente at ficar com a popa safa. Podemos tambm largar todas as espias exceto o espringue da popa, ir entrando com essa espia, leme contrrio ao cais e mquina adiante devagar.

    LARGAR DO CAIS COM VENTO OU CORRENTE PELA PROA

    Largar todas as espias exceto o espringue de popa manter o leme contrrio ao cais. Depois que a proa abrir o suficiente, folgar o espringue, at que a popa se afaste do cais. Largar o espringue de popa, dar mquinas adiante devagar.

    LARGAR DO CAIS COM VENTO OU CORRENTE PELA POPA

    Largar todas as espias exceto o espringue de proa. Leme na direo ao cais, ir entrando o espringue da proa. Quando a popa estiver safa, leme a meio e mquinas atrs devagar.

    1 2 3 4

    21 3 4 5

    Correnteza

  • FUNDEAR

    Por ocasio de fundear devemos tomar certos cuidados:

    A escolha do local verificando a carta nutica e a mar dominante (enchente ou vazante);

    Aproximarmo-nos do local de fundeio em marcha reduzida e aproados ao vento, ou corrente se esta for mais forte;

    Chegarmos ao local de fundeio com as mquinas paradas ou os panos abafados e a embarcao com pouco seguimento ou quase parada;

    Largar o ferro, deixando-se correr uma quantidade de amarra de, no mnimo, trs vezes a profundidade do local, ao mesmo tempo em que damos mquinas atrs devagar o necessrio para ajudarmos o ferro a unhar. No devemos deixar a amarra correr livre, com a embarcao parada, para evitar que ela embole sobre o ferro, perdendo assim o seu efeito. As embarcaes, exclusivamente a vela, devem largar o ferro quando ainda com seguimento a vante, para o mesmo fim;

    Ter certeza de que o ferro unhou, sem o que a embarcao ficar a garra Se necessrio, recolha o ferro e a amarra e tente novo fundeio; Para evitarmos perder o ferro devemos nos habituar a fixar nele um cabo fino

    chamado arinque que agentado na superfcie por um objeto flutuante denominado bia de arinque;

    Logo que a embarcao se estabilizar no fundeadouro, fazer marcaes de pontos de terra para determinarmos nossa posio na carta. Escolher tanto quanto possvel pontos que possam ser vistos tanto de dia quanto de noite, possibilitando assim que a qualquer hora possamos verificar se a embarcao est garrando no fundeadouro ou no.

    SUSPENDER

    Quando vamos suspender, normalmente a embarcao estar sempre aproada direo em que se encontra o ferro. Procuramos manobrar com a embarcao de maneira a colocarmos o ferro a pique (amarra na vertical). Em seguida arrancarmos o ferro de fundo e iamo-lo para bordo. Devemos ter cuidado ao manobrarmos a embarcao evitando que a amarra passe a dizer para r (fique no na vertical e sim enviesada na direo da popa).

    preciso tambm ter cuidado na ocasio em que o ferro arranca do fundo, porque a partir desse momento, se o motor estiver parado ou as velas estiverem abafadas, a embarcao fica deriva ou matroca, isto , ao sabor do vento e da corrente existentes. Deve-se pois, a partir desse momento, manobrar com o motor ou caar os panos, como conveniente, para iniciarmos o movimento desejado da embarcao.

    BOIA DE ARINQUE

  • FUNDEADOURO

    Ao escolhermos um local de fundeio, devemos ter em mente que um bom fundeadouro deve:

    Ser abrigado de ventos, correntes e ondas; Ter uma profundidade adequada a nossa embarcao (cuidado para no

    encalhar na baixa-mar); Ter um fundo sem grande declividade, pois em caso contrrio facilmente a

    embarcao garrar; Ter um fundo de boa tena (poder de prender o ferro). Os melhores fundos

    so os de areia, lama, cascalho ou uma combinao deles; Ter espao suficiente que permita a nossa embarcao girar sem perigo, em

    um raio que ser funo da quantidade de amarra largada e do comprimento da embarcao;

    * Ao escolhermos um local de fundeio devemos evitar o fundo de pedra, para evitarmos perder o ferro ou a prpria amarra, devido a um provvel entocamento nas pedras.

    Se a permanncia no fundeadouro pequena, largamos, como j vimos, um comprimento de amarra igual no mnimo a trs vezes a profundidade (se a amarra for toda de corrente).

    Mas se a demora for maior, ou se a nossa amarra mista devemos largar cinco vezes a profundidade.

    Se previsto mal tempo, podemos ainda aumentar por medida de segurana, a quantidade de amarra, para oito vezes a profundidade do local.

  • CAPTULO 08

    REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA EVITAR ABALROAMENTOS NO MAR

    RIPEAM

    O Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamentos no Mar, tambm conhecido como RIPEAM, o conjunto de regras que, tendo a fora de lei, prescreve como deveremos conduzir as embarcaes na presena de outras, bem como, inform-las de nossas intenes ou aes, por sinais de apito, por luzes ou por marcas diurnas, de maneira que possamos desenvolver manobras corretas e seguras, afastando assim do perigo do abalroamento (coliso).

    O RIPEAM se aplica a todas as embarcaes em mar aberto e em todas as guas a este ligada.

    Nada contido no RIPEAM dispensar qualquer embarcao ou seu proprietrio, seu Comandante ou sua tripulao das conseqncias de qualquer negligncia no cumprimento destas ou em qualquer precauo reclamada ordinariamente pela prtica marinheira ou pelas circunstncias especiais do caso.

    Embarcao de Propulso Mecnica - designa qualquer embarcao movimentada por meio de mquinas ou motores.

    Embarcao sem Governo - designa uma embarcao que, por alguma circunstncia excepcional, se encontra incapaz de manobrar como determinado por estas Regras e, portanto, est incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcao.

    Embarcao com Capacidade de Manobra Restrita - designa uma embarcao que, devido natureza de seus servios, se encontra restrita em sua capacidade de manobrar como determinado por estas Regras e, portanto, est incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcao.

    Embarcao em movimento - se aplica a todas as embarcaes que no se encontram fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas.

    Embarcaes no visual - quando uma embarcao pode ser observada pela outra visualmente.

    Visibilidade dita como Restrita quando ela prejudicada por: Nvoa Tempestade de areia Nevada Chuvas pesadas Nevoeiro Outras causas semelhantes

    Haver risco de Coliso sempre que: A marcao for constante e A distncia estiver diminuindo.

    Manobras para evitar Coliso

    Manobra franca e positiva, o que, normalmente, significa dizer: altere o rumo de maneira ampla. Varie a velocidade para mais ou menos de maneira sensvel.

  • Manobre com bastante antecedncia. Nunca espere o ltimo momento. Se necessrio, pare suas mquinas, ou mesmo, inverta-as para cortar seu

    seguimento.

    Canais Estreitos

    Procure se manter to prximo quanto possvel e seguro da margem a seu boreste.

    Embarcaes engajadas na pesca no devero atrapalhar a passagem de qualquer outra embarcao.

    Cuidado para quando cruzar um canal ou via de acesso, no atrapalhar outras embarcaes.

    Quando for ultrapassar use o apito e espere a resposta da outra embarcao. Manobre com cuidado e segurana. Em curvas use sinal apropriado de apito. Tenha ateno e cuidados

    redobrados. S fundeie em canais estreitos se assim as circunstncias exigirem.

    MARGEM

  • MARGEM

    MARGEM

  • CONDUO DE EMBARCAES NO VISUAL UMA DA OUTRA

    As regras a seguir apresentadas se aplicam a embarcaes no visual uma da outra, ou seja, quando uma pode Ver a outra.

    Antes de passarmos a apresentao das regras, devemos mostrar dois termos que so muito utilizados para diferenciar uma embarcao que se encontra com outra:

    Manobradora - aquela embarcao que no tem preferncia de passagem, ou seja, a embarcao que tem que tomar uma ao necessria a ficar fora do caminho da outra;

    Preferenciada - aquela embarcao que tem o direito de passagem ou seja, aquela que em um encontro pode prosseguir sem necessidade de tomar nenhuma ao.

    RODA A RODA

    Duas embarcaes se aproximando em rumos diretamente opostos ou quase diretamente opostos, em condies que envolvem risco de coliso, cada uma dever guinar para boreste, de forma que a passagem se d por bombordo uma da outra.

    RUMOS CRUZADOS

    Quando duas embarcaes a propulso mecnica navegam em rumos que se cruzam em situao que envolve risco de coliso, a embarcao que avistar a outra por boreste dever se manter fora do caminho dessa e, tanto quanto possvel, evitar cruzar sua proa.

  • Toda embarcao que esteja ultrapassando outra dever manter-se fora do caminho dessa outra.

    BARLAVENTO - bordo de onde vem o ventoSOTAVENTO - bordo por onde sai o vento

    SINAIS DE MANOBRA E SINAIS DE ADVERTNCIA

    Estou guinando para Boreste (BE) - 1 apito curto ( noite 1 lampejo curto)

  • Estou guinando para Bombordo (BB) - 2 apitos curtos ( noite 2 lampejos curtos)

    Estou dando atrs - 3 apitos curtos ( noite 3 lampejos curtos)

    Tenciono Ultrapass-lo por Boreste - 2 apitos longos e 1 curto

  • Tenciono Ultrapass-lo por Bombordo - 2 apitos longos e 2 curtos

    Concordo com sua Ultrapassagem - 1 apito longo, 1 curto 1 longo e 1 curtoNo Entendi sua Inteno de Manobra - 5 apitos curtos ( noite 5 lampejos

    curtos e rpidos)Embarcao aproximando-se de uma curva ou de um canal estreito ou via de

    acesso onde outras embarcaes podem estar ocultas - 1 apito longoEmbarcaes de Propulso mecnica com Seguimento - 1 apito longo em intervalos no superiores 2 minutos

    Embarcaes de Propulso Mecnica sob Mquinas, mas parada e sem seguimento - 2 apitos longos sucessivos em intervalos no superiores 2 minutos

  • Embarcao sem Governo - 1 apito longo, seguido de 2 apitos curtos em intervalos no superiores 2 minutos

    Embarcao Rebocada - 1 apito longo e 3 apitos curtos

  • CAPTULO 09

    COMBATE A INCNDIO

    Tirando-se um dos elementos desse tringulo a combusto ser eliminada. Assim, para combatermos um incndio, temos trs (3) regras bsicas:

    A remoo do material combustvel de locais inadequados ou perigosos - No havendo o que queimar no pode haver incndio.

    O resfriamento - abaixando a temperatura de ignio estaremos desfazendo o tringulo do fogo.

    O abafamento - em um incndio a remoo do oxignio feita por abafamento.

    CLASSIFICAO DOS INCNDIOS PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES

    Incndios Classe A - os que envolvem materiais fibrosos ou slidos que deixam como resduos brasas ou cinzas. o caso da madeira, papel, cabos, estopas, velas, etc. Esta classe de incndio pode ser extinguida principalmente por gua, porm o CO2 e a espuma tambm podem ser usados eficientemente.

    Incndios Classe B - os que ocorrem em lquidos inflamveis, tais como: gasolina, leo, nafta, etc. Esta classe de incndio pode ser extinguida principalmente por agentes abafadores como CO2 , p qumico e a espuma. A gua deve ser evitada, pois poder espalhar o incndio.

    Incndio Classe C - os que ocorrem em equipamentos eltricos ou eletrnicos em geral quando energizados. Nesta classe de incndio a primeira providncia, se possvel, desalimentarmos o circuito, porm no devemos perder tempo com isto. Combata-o imediatamente com melhor agente disponvel. No hesite em usar gua em circuitos de baixa voltagem e corrente contnua, como so normalmente os sistemas eltricos das pequenas embarcaes. No h perigo de choque eltrico nem curto circuito. NUNCA USE GUA EM CIRCUITO DE ALTA VOLTAGEM.O incndio classe C pode ser combatido eficientemente com CO2 ou com p qumico.

    Incndio Classe D - incndios que envolvem metais combustveis como Sdio, Potssio, Magnsio, Titnio e Alumnio. A extino feita usando-se agentes absorvedores de calor, tais como, certos p qumicos que no reagem com os metais que estejam queimando.

    H uma grande variedade de extintores acordo com as finalidades a que se destinam. Os mais comuns so os CO2 , p qumico e a espuma

    Em caso de incndio a bordo da embarcao, no esquea: coloque as pessoas a barlavento das chamas e faa-as vestirem o colete salva-vidas imediatamente.

  • CAPTULO 10

    PRIMEIROS SOCORROS

    PRINCPIOS GERAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS

    Verifique atravs de exame se o acidentado ou doente est respirando. Se no estiver, inicie imediatamente a respirao artificial e o massageamentocardaco. Cada segundo que passa pe a vida em perigo.

    Se existe hemorragia, estanque-a mais rpido possvel. Uma grande perda de sangue pode conduzir morte.

    O acidentado ou doente deve ser mexido o menos possvel e com a maior suavidade. Se tiver que desloc-lo faa cuidadosamente, pois qualquer solavanco repentino pode agravar seriamente o estado provocado por um traumatismo.

    A posio do acidentado ou doente deve ser cmoda e permitir-lhe respirar o melhor possvel. Alargue a roupa do acidentado ou doente em volta do pescoo, peito e abdmen.

    No tire ao acidentado ou doente mais roupa do que o necessrio e quando o fizer faa-o com cuidado.

    No dar a beber ao acidentado ou doente qualquer espcie de bebida alcolica. Esta pode ser necessria, mais tarde, durante o tratamento; porm nunca na face dos primeiros socorros.

    Em casos de fraturas o acidentado s deve ser movimentado aps a imobilizao das fraturas. O transporte deve ser suave e eficiente.

    Jamais presuma que um acidentado ou doente est morto at que tenhaexecutado certos testes.

    CHOQUE ELTRICO

    O Choque eltrico por vezes no provoca mais do que um incmodo passageiro, mas em casos graves o acidentado perde os sentidos, pode ter convulses, deixar de respirar e dar a impresso de ter morrido. Nestas circunstncias, no perca tempo, a vida do acidentado ainda poder ser salva. Procure seguir a seguinte seqncia:

    Corte o mais rapidamente possvel o contato do acidentado com a corrente. Se no for possvel cortar a corrente tome precaues para se proteger a si

    prprio de qualquer choque quando tentar puxar o acidentado pela roupa. Use materiais secos e isolantes.

    To logo a vtima esteja livre, no perca tempo em remov-la, desaperte suas roupas e se ela tiver deixado de respirar comece imediatamente a respirao artificial. Faa massagem cardaca se o corao no bater. Mantenha a respirao artificial at que a vtima volte a respirar, ou at que chegue socorro mdico mais adequado.

    A preveno do choque eltrico o melhor tratamento. Qualquer equipamento eltrico pode ser considerado perigoso. No d qualquer bebida vtima enquanto esta estiver inconsciente.

    AFOGAMENTOS

  • Em caso de afogamento afrouxe as roupas da vtima e deite-a de bruos com a cabea virada de lado e apoiada sobre os braos, para facilitar a sada de gua dos pulmes. Verifique se h obstrues das vias respiratrias e tire de sua boca quaisquer objetos estranhos, como por exemplo dentes postios. Aplique a respirao artificial.

    O corpo do paciente deve ficar ligeiramente inclinado (cabea mais baixa que os ps) para permitir a drenagem de lquidos das vias respiratrias.

    Mantenha o paciente em repouso at que chegue socorro mdico adequado ou at que aparea assegurado o seu restabelecimento. Salvamento de Afogados

    O nadador quando se aproximar de uma pessoa que est se afogando deve tomar cuidado para que esta no o abrace ou agarre de forma a lhe por em risco tambm a sua vida.

    O salvador deve nadar de modo a aproximar-se pelas costas da vtima, pegando-a pelos cabelos ou pelas roupas, de forma a mant-la com o rosto fora dgua e assim reboc-la para o local de apoio ou abrigo. A pessoa a ser salva, podendo respirar livremente, em geral mantm-se quieta e coopera com o salvador. Se houver corrente forte ou se o local for muito afastado de terra ou da embarcao de socorro, no tente nadar para evitar o cansao. O melhor agentar o nufrago at que chegue auxlio.

    HEMORRAGIAS

    A hemorragia ocorre quando um vaso sangneo lesado e deixa sair o sangue, quando esta visvel superfcie do corpo trata-se hemorragia externa. A hemorragia externa pode ser:

    Artificial - sangue escarlate vivo, esguichando em jatos rtmicos Venosa - sangue escuro e continuo Capilar - a hemorragia devida a feridas comuns.A hemorragia venosa no geralmente perigosa, embora possa provocar alarme.

    Ela facilmente controlvel por compresso.A hemorragia Arterial pode fazer com que o acidentado perca grande quantidade

    de sangue em poucos minutos. este tipo de hemorragia que pe a vida em perigo; na hemorragia arterial, a compressa ou o garrote devem ser feitos entre a ferida e o corao.

    INSOLAES OU INTERMAES

    Ambas so provadas pela ao de calor. A insolao por exposio ao calor do sol. A intermao, por exposio ao calor radiante ou ambiental (praa de mquinas, pores, fornalhas, etc.)

    A insolao e a intermao apresentam sintomas diferentes e devem ser tratadas diferentemente.

    Insolao IntermaoSintomas Sintomas

    Dor de cabea. Rosto afogueado. Pele quente e seca. No h suor,. Pulso forte e rpido. Temperatura elevada. Geralmente desacordado.

    Rosto plido, vertigens. Pele mida e fresca, suores abundantes. Temperatura baixa. Algumas vezes desacordado, mas

    geralmente volta a si, dentro de poucos instantes.

    Respirao rpida e superficial.

  • Respirao barulhenta. Tratamento Tratamento

    Deitar com a cabea elevada. Refrescar o corpo com banho ou com

    compressas frescas. No dar estimulantes.

    Rosto plido Pele mida e fresca, suores. deitar coma cabea no mesmo nvel ou

    mais baixo que o corpo. Algumas vezes requer aquecimento. Repor lquidos e minerais perdidos

    (gua com um pouco de sal).

    CAPTULO 11

    NAVEGAO EM GUAS INTERIORES

    O Que so guas Interiores?

    O Brasil considera guas interiores as vias navegveis interiores em que ambas as margens ou seus limites esto o em territrio nacional. Assim rios, canais, lagos e lagoas so guas interiores

    REGRAS ESPECIAIS DA MANOBRA E VELOCIDADE NAS GUAS INTERIORES BRASILEIRAS

    As principais regras de manobra e velocidade estabelecidas especialmente para as guas interiores brasileiras so:

    Nas guas interiores brasileiras, a embarcao restrita devido ao seu comprimento e boca (isto , a embarcao de propulso mecnica que, devido s dimenses em relao s profundidades ou rea de manobra disponvel, est com severas restries para se desviar do rumo que est seguindo) deve ser considerada como embarcao com capacidade de manobra restrita, tendo a precedncia estabelecida no RIPEAM para este tipo de embarcao.

    As embarcao transportando, rebocando ou empurrando carga explosiva inflamvel tambm devero ser consideradas como embarcao com capacidade de manobra restrita, adquirindo a precedncia estabelecida no RIPEAM para esta tipo de embarcao.

    Toda embarcao dever navegar com velocidade apropriada sempre que cruzar com embarcao pequenas e embarcao empurrando ou rebocando, que devem ser protegidas com avarias causadas pela ao de maretas ou bazeiros (ondas provocadas pelo deslocamento de uma embarcao)

    Uma embarcao que estiver navegando ao longo de um canal estreito ou uma via de acesso dever se manter to prxima seja possvel e seguro do limite lateral desse canal, ou via de acesso, que estiver a seu boreste.

    Uma embarcao com propulso mecnica navegando em rios ou canais com a corrente a favor ter preferncia de passagem quando cruzar com uma embarcao navegando contra corrente. A embarcao com prefernciaindicar a maneira e o local da passagem e efetuar os sinais de manobra prescritos no RIPEAM. A embarcao que estiver navegando contra a corrente se manter parada, para possibilitar uma ultrapassagem segura.