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 142  ARTIGO 9 ENSAIO VISUAL T-910 ESCOPO (a) Este Artigo contém o método e os requisitos para o ensaio visual aplicável quando especificado por uma Seção referenciada do Código. Os procedimentos específicos de ensaio visual requeridos por cada tipo de ensaio não estão incluídos neste Artigo, pois existem muitas aplicações onde o ensaio visual é requerido. Alguns exemplos destas aplicações incluem os ensaios não destrutivos, teste de estanqueidade, ensaios em serviço e procedimentos de fabricação. (b) Os requisitos do Artigo 1, Requisitos Gerais, são aplicáveis de acordo com o Artigo 9 quando for requerido por uma Seção referenciada do Código. (c) As definições dos termos usados no ensaio visual são mostradas no Artigo 1, Apêndice I – Glossário de Termos usados em Ensaios Não Destrutivos, e no Artigo 9, Apêndice I. T-920 GERAL T-921 Requisitos do Procedimento Escrito T-921.1 Requisitos Os ensaios visuais devem ser realizados de acordo com um  procedimento escrito, o qual deve conter, no mínimo, os requisitos listados na Tabela T-921. O procedimento escrito deve estabelecer um valor único ou uma faixa de valores para cada requisito. T-921.2 Qualificação do Pro cedimento Quando a qualificação do procedimento for especificada, a mudança de um requisito listado na Tabela T-921, identificado como sendo uma variável essencial, deve requerer a requalificação do procedimento por demonstração. A mudança de um requisito identificado como sendo uma variável não essencial não requer requalificação do  procedimento escrito. Todas as mudanças de variáveis essenciais ou não essenciais especificadas no procedimento escrito devem requerer uma revisão do procedimento, ou um adendo ao procedimento escrito. T-921.3 Demonstração O procedimento deve conter ou fazer referência a um relatório que foi usado para demonstrar que o procedimento de ensaio foi adequado. Geralmente, a utilização de uma linha fina de largura igual ou menor que 1  / 32 ” (0,8 mm), ou TABELA T-921 REQUISITOS DE UM P ROCEDIMENTO DE ENSAIO VISUAL Requisitos (aplicáveis) Variável Essencial Variável  Não Essencial Mudança em uma técnica usada: Direto para ou do translúcido X Direto para o remoto X Recursos visuais remotos X Requisitos de desempenho de pessoal, quando requerido X Intensidade de iluminação (somente decréscimo) X Configuração e material base do produto a ser ensaiado ( tubo, chapa, forjado, etc.) X Equipamento de iluminação X Métodos ou ferramentas usadas na  preparação da superfície X Equipamentos ou dispositivos usados para a técnica direta. X Seqüência do ensaio X Qualificação do pessoal uma imperfeição artificial ou uma condição simulada, localizada na superfície ou então uma superfície semelhante àquela que estiver sendo ensaiada, pode ser considerado como um método de demonstração do procedimento. Uma condição ou uma imperfeição artificial deve ser vista com o mínimo de dificuldade, na área da superfície a ser inspecionada para que o procedimento tenha validade. T-922 Requisitos de Pessoal O usuário deste Artigo deve ser responsável pela qualificação do pessoal para a realização do ensaio visual de acordo com os requisitos deste Artigo. O fabricante pode, a seu critério, manter os registros da certificação para cada produto, ou vários registros em separado, baseados na área ou tipo de trabalho, ou ambos combinados. Onde a utilização de pessoal especializado em ensaio visual for impraticável, pode ser utilizado pessoal experiente e treinado, com qualificação limitada, para realizar ensaios específicos, e para assinar os formulários do relatório. O pessoal que realiza os ensaios deve ser qualificado de acordo com os requisitos da Seção referenciada do Código. n  e g i s t e r e d

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ARTIGO 9ENSAIO VISUAL

T-910 ESCOPO(a) Este Artigo contém o método e os requisitos para o ensaiovisual aplicável quando especificado por uma Seçãoreferenciada do Código. Os procedimentos específicos deensaio visual requeridos por cada tipo de ensaio não estãoincluídos neste Artigo, pois existem muitas aplicações onde oensaio visual é requerido. Alguns exemplos destas aplicaçõesincluem os ensaios não destrutivos, teste de estanqueidade,ensaios em serviço e procedimentos de fabricação.

(b)  Os requisitos do Artigo 1, Requisitos Gerais, sãoaplicáveis de acordo com o Artigo 9 quando for requerido poruma Seção referenciada do Código.

(c)  As definições dos termos usados no ensaio visual sãomostradas no Artigo 1, Apêndice I – Glossário de Termosusados em Ensaios Não Destrutivos, e no Artigo 9, ApêndiceI.

T-920 GERAL

T-921 Requisitos do Procedimento Escrito

T-921.1 Requisitos

Os ensaios visuais devem ser realizados de acordo com um procedimento escrito, o qual deve conter, no mínimo, osrequisitos listados na Tabela T-921. O procedimento escritodeve estabelecer um valor único ou uma faixa de valores paracada requisito.

T-921.2 Qualificação do ProcedimentoQuando a qualificação do procedimento for especificada, amudança de um requisito listado na Tabela T-921,identificado como sendo uma variável essencial, deverequerer a requalificação do procedimento por demonstração.A mudança de um requisito identificado como sendo umavariável não essencial não requer requalificação do

 procedimento escrito. Todas as mudanças de variáveisessenciais ou não essenciais especificadas no procedimentoescrito devem requerer uma revisão do procedimento, ou umadendo ao procedimento escrito.

T-921.3 DemonstraçãoO procedimento deve conter ou fazer referência a umrelatório que foi usado para demonstrar que o procedimentode ensaio foi adequado. Geralmente, a utilização de umalinha fina de largura igual ou menor que 1

 / 32” (0,8 mm), ou

TABELA T-921REQUISITOS DE UM PROCEDIMENTO

DE ENSAIO VISUAL

Requisitos (aplicáveis) VariávelEssencial

Variável Não

EssencialMudança em uma técnica usada:

Direto para ou do translúcido XDireto para o remoto X

Recursos visuais remotos X

Requisitos de desempenho de pessoal,quando requerido XIntensidade de iluminação (somentedecréscimo) XConfiguração e material base do produto aser ensaiado ( tubo, chapa, forjado, etc.) XEquipamento de iluminação XMétodos ou ferramentas usadas na preparação da superfície XEquipamentos ou dispositivos usados paraa técnica direta. XSeqüência do ensaio XQualificação do pessoal

uma imperfeição artificial ou uma condição simulada,localizada na superfície ou então uma superfície semelhanteàquela que estiver sendo ensaiada, pode ser considerado comoum método de demonstração do procedimento. Uma condiçãoou uma imperfeição artificial deve ser vista com o mínimo dedificuldade, na área da superfície a ser inspecionada para queo procedimento tenha validade.

T-922 Requisitos de PessoalO usuário deste Artigo deve ser responsável pela qualificaçãodo pessoal para a realização do ensaio visual de acordo com osrequisitos deste Artigo. O fabricante pode, a seu critério,manter os registros da certificação para cada produto, ouvários registros em separado, baseados na área ou tipo detrabalho, ou ambos combinados. Onde a utilização de pessoalespecializado em ensaio visual for impraticável, pode serutilizado pessoal experiente e treinado, com qualificaçãolimitada, para realizar ensaios específicos, e para assinar osformulários do relatório. O pessoal que realiza os ensaios deveser qualificado de acordo com os requisitos da Seçãoreferenciada do Código.

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 T-923 ARTIGO 9 – ENSAIO VISUAL T-993

T-923 Requisitos FísicosO pessoal deve se submeter a um exame de vista anual paraassegurar uma acuidade natural ou corrigida para perto, talque sejam capazes de ler as letras J-1 do padrão Jaeger paravisão próxima. Exames de vista equivalentes são aceitáveis.

T-930 EQUIPAMENTOOs equipamentos usados nas técnicas do ensaio visual, porexemplo, direto, remoto, ou translúcido, devem ter ascapacidades especificadas no procedimento. As capacidadesincluem, mas não se limitam à visualização, ampliação,identificação, medição, e/ou registro das observações deacordo com os requisitos da Seção referenciada do Código.

T-950 TÉCNICA

T-951 Aplicações

O ensaio visual geralmente é utilizado para determinar certosdetalhes, como a condição superficial da peça, o alinhamentode superfícies justapostas, formatos, ou evidência devazamentos. Além disso, o ensaio visual é usado paradeterminar as condições subsuperficiais de materiaiscompostos (laminados translúcidos).

T-952 Ensaio Visual DiretoO ensaio visual direto pode ser realizado usualmente, quandoo acesso ao material do ensaio é suficiente para que a vista se

localize a uma distância não maior que 24” (600 mm) dasuperfície a ser inspecionada e num ângulo de visão nãoinferior a 30º da superfície. Podem ser usados espelhos paramelhorar o ângulo de visão, bem como outros dispositivostais como lentes de aumento para auxiliar nos ensaios. Èrequerida a iluminação (natural ou suplementar) da parteespecífica, do componente, vaso, ou seção que estiver sendoinspecionada. A intensidade mínima da de iluminação dasuperfície do ensaio deve ser de 100 pés-candela (1000 lux).È requerido que a verificação da fonte de luz, da técnicausada, e do nível de iluminamento seja demonstrada uma veze que seja documentada e o registro arquivado.

T-953 Ensaio Visual Remoto

Em alguns casos, o ensaio visual remoto pode vir a substituiro ensaio direto. O ensaio visual remoto pode utilizar recursosvisuais tais como espelhos, telescópios, boroscópios, fibrasóticas, câmeras, e outros instrumentos adequados. Estesequipamentos devem ter uma capacidade de resolução queseja equivalente, no mínimo, àquela obtida por observaçãovisual direta.

T-954 Ensaio Visual TranslúcidoO ensaio visual translúcido é um complemento do ensaiovisual direto. O método do ensaio visual translúcido utiliza orecurso de iluminação artificial, o qual pode ser composto poruma luminária que produza iluminação direcional. Aluminária deve fornecer iluminação com uma intensidade

suficiente para iluminar e difundir a luz suavemente pala áreaou região em inspeção. A iluminação ambiental deve serdisposta de forma a não haver superfícies brilhantes oureflexos da superfície em inspeção, e deve ter intensidadeinferior à iluminação aplicada sobre a área ou região eminspeção. A fonte de iluminação artificial deve ter umaintensidade suficiente para permitir a indicação luminosa dequalquer variação de espessura do laminado translúcido.

T-980 AVALIAÇÃO

T-980.1 Todos os ensaios devem ser avaliados de acordo coma Seção referenciada do Código.

T-980.2  Deve ser utilizada uma lista de verificação para planejar o ensaio e para assegurar que as observações visuaisrequeridas foram realizadas. Esta lista de verificação deveestabelecer os requisitos mínimos e não deve indicar o nívelmáximo do ensaio que o fabricante deve realizar no processode fabricação.

T-990 DOCUMENTAÇÃO

T-991 Relatório do Ensaio

T-991.1 Um relatório do ensaio escrito deve conter asseguintes informações:

(a) a data do ensaio;(b) identificação do procedimento e revisão utilizada;

(c) técnica utilizada;

(d) resultados do ensaio;

(e)  identificação do pessoal do ensaio, e, quando requerido pela Seção referenciada do Código, o nível de qualificação;

(f) identificação da parte ou do componente inspecionado.

T-991.2  Certos detalhes dimensionais, etc., que foramregistrados no processo do ensaio visual, como elementosauxiliares na avaliação, não precisam ser documentados paracada inspeção visual ou para cada verificação dimensional. A

documentação deve conter todas as observações everificações dimensionais especificadas pela Seçãoreferenciada do Código.

T-992 Documentação do Desempenho

A documentação da demonstração do desempenho deve sercompletada quando requerido pela Seção referenciada doCódigo.

T-993 Manutenção dos Relatórios

Os relatórios devem ser mantidos conforme requerido pelaSeção referenciada do Código.

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ARTIGO 9APÊNDICE OBRIGATÓRIO

APÊNDICE I – GLOSSÁRIO DETERMOS PARA O ENSAIO VISUAL

I-910 ESCOPO 

Este Apêndice Obrigatório é utilizado com o propósito deestabelecer os termos padrões e as definições dos termosrelativos ao Ensaio Visual que aparecem no Artigo 9.

I-920 GERAL

(a)  O Artigo 30, SE-1316, Seção 9, fixa a definição de  pé-candela (pé-cd).(b)  As definições dos termos para o ensaio visual e outrosmétodos são mencionadas no Artigo 1, Apêndice ObrigatórioI, Glossário de Termos para Ensaios Não Destrutivos.(c) Os seguintes termos do Código são usados juntamente como Artigo 9:

 falha artificial  – imperfeição intencionalmente colocada nasuperfície do material para mostrar uma condiçãorepresentativa de falha;

iluminação artificial – uma fonte de luz artificial usada comoum recurso visual para melhorar as condições de visualizaçãoe a percepção visual;

indicação luminosa – ver ensaio visual translúcido;

ensaio visual direto – uma técnica de ensaio visual realizadacom vista desarmada sem nenhum recurso visual (excluindofontes de luz, espelhos, e/ou lentes corretivas); 

ensaio visual realçado  – uma técnica de ensaio visual queutiliza recursos para melhorar a capacidade de visualização,ex., recursos de amplificação, boroscópios, transmissor devídeo, fibra ótica, etc;

lux (lx) – uma unidade de iluminação igual ao iluminamentodireto de uma superfície que está eqüidistante de 1 m dedistância de uma fonte pontual uniforme de intensidade iguala uma candela ou igual a 1 lúmen por m²;

ensaio visual remoto  – uma técnica de ensaio visual que

utiliza recursos visuais para as condições onde a área a serinspecionada seja inacessível para o ensaio visual direto;

superfície brilhante – reflexões de luz artificial que interfiracom o ensaio visual;

laminado translúcido  – uma série de camadas de fibra devidro reforçadas, unidas entre si, e tendo a capacidade detransmitir luz;

ensaio visual translúcido  – uma técnica que utilizailuminação artificial com intensidade suficiente que permitavisualizar as variações de espessura em um laminadotranslúcido (também chamada indicação luminosa);

ensaio visual – um método de ensaio não destrutivo utilizado

 para avaliar um item por observação, tais como: umamontagem correta, condições superficiais, ou limpeza demateriais, partes, e componentes usados na fabricação econstrução de vasos e sistemas pelo Código ASME.

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