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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Violência domEstica Violência domEstica Análise das ocorrências participadas às Forças de Segurança durante o ano de 2009 14 de Abril de 2010 1

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Violência domEstica Análise das ocorrências participadas às Forças de Segurança durante o ano de 2009 14 de Abril de

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Violência domEsticaViolência domEstica

Análise das ocorrências participadas às Forças de Segurança durante o ano de 2009

14 de Abril de 2010

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Atribuição da DGAIAtribuição da DGAI

Garantir a recolha, produção e o tratamento,

designadamente estatístico, e acesso da

informação adequada, nas áreas de atribuições

do Ministério, formatando-a e disponibilizando-a

em função das necessidades dos utilizadores

institucionais e do público.Decreto-Lei n.o 78/2007, de 29 de Março

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

A violência doméstica exprime uma A violência doméstica exprime uma realidade significativarealidade significativa e e

crescentemente discrepantecrescentemente discrepante com os padrões sociais vigentes, e é esta com os padrões sociais vigentes, e é esta

discrepância que a sinaliza enquanto discrepância que a sinaliza enquanto problema socialproblema social..

Posicionamento para efeitos da análise do Posicionamento para efeitos da análise do

fenómeno da violência domésticafenómeno da violência doméstica

3

REJEITAR PRESSUPÕE

CONHECER

CONHECER SIGNIFICA

REDUZIR O GRAU DE

OPACIDADE DE UM

FENÓMENO

A OPACIDADE É UMA

CIRCUNSTÂNCIA

SOCIALMENTE

PRODUZIDA, NÃO UMA

FATALIDADE

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Novo auto de notícia

NOVO MODELO DE REGISTO DE OCORRÊNCIAS DE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

• A notação estatística dos crimes de violência doméstica física e/ou psicológica exercida sobre mulheres, menores ou dependentes a cargo do agressor passará a ser feita de forma autónoma (metodologiametodologia).

• Os dados recolhidos deverão constar nos relatórios mensais de ocorrências das forças de segurança, bem como nos relatórios anuais de actividade (monitorizaçãomonitorização).

Despacho MAI nº 15/98, de 9 de Março

Despacho MAI nº 16/98, de 9 de Março

• Programas de policiamento de proximidade e de atendimento por parte das forças de segurança, de vítimas de violência (instalaçõesinstalações).

• Plano de Segurança Pessoal e Manual de Atendimento, deverão ser distribuídos em todos os Postos Territoriais da Guarda Nacional Republicana e em todas as Esquadras da PSP (procedimentoprocedimento).

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Artigo 152ºViolência doméstica

1 – Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais:

a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge;

b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação;

c) A progenitor de descendente comum em 1º grau; ou

d) A pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença, gravidez ou dependência económica, que com ele coabite;

é punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

2 – No caso previsto no número anterior, se o agente praticar o facto contra menor, na presença de menor, no domicílio comum ou no domicílio da vítima é punido com pena de prisão de dois a cinco anos.

3 – Se dos factos previstos no nº 1 resultar:

a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de dois a oito anos;

b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de três a dez anos.

4 – Nos casos previstos nos números anteriores, podem ser aplicadas ao arguido as penas acessórias de proibição de contacto com a vítima e de proibição de uso e porte de armas, pelo período de seis meses a cinco anos, e de obrigação de frequência de programas específicos de prevenção da violência doméstica.

5 – A pena acessória de proibição de contacto com a vítima pode incluir o afastamento da residência ou do local de trabalho desta e o seu cumprimento pode ser fiscalizado por meios técnicos de controlo à distância.

6 – Quem for condenado por crime previsto neste artigo pode, atenta a concreta gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser inibido do exercício do poder paternal, da tutela ou da curatela por um período de um a dez anos.

Lei nº 59/2007, de 4 de Setembro (in Diário da República, 1ª série — N.º 170 — 4 de Setembro de 2007, página 6188)

Artigo 152ºViolência doméstica

1 – Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais:

a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge;

b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação;

c) A progenitor de descendente comum em 1º grau; ou

d) A pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença, gravidez ou dependência económica, que com ele coabite;

é punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

2 – No caso previsto no número anterior, se o agente praticar o facto contra menor, na presença de menor, no domicílio comum ou no domicílio da vítima é punido com pena de prisão de dois a cinco anos.

3 – Se dos factos previstos no nº 1 resultar:

a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de dois a oito anos;

b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de três a dez anos.

4 – Nos casos previstos nos números anteriores, podem ser aplicadas ao arguido as penas acessórias de proibição de contacto com a vítima e de proibição de uso e porte de armas, pelo período de seis meses a cinco anos, e de obrigação de frequência de programas específicos de prevenção da violência doméstica.

5 – A pena acessória de proibição de contacto com a vítima pode incluir o afastamento da residência ou do local de trabalho desta e o seu cumprimento pode ser fiscalizado por meios técnicos de controlo à distância.

6 – Quem for condenado por crime previsto neste artigo pode, atenta a concreta gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser inibido do exercício do poder paternal, da tutela ou da curatela por um período de um a dez anos.

Lei nº 59/2007, de 4 de Setembro (in Diário da República, 1ª série — N.º 170 — 4 de Setembro de 2007, página 6188)

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

MODELO DE REGISTO DE OCORRÊNCIAS DE MODELO DE REGISTO DE OCORRÊNCIAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SUPORTADO NA REDE NACIONAL DE SEGURANÇA INTERNAVIOLÊNCIA DOMÉSTICA SUPORTADO NA REDE NACIONAL DE SEGURANÇA INTERNA

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

MODELO DE ANÁLISE PARA FAVORECER A INTERVENÇÃO PRECOCE, A MODELO DE ANÁLISE PARA FAVORECER A INTERVENÇÃO PRECOCE, A SENSIBILIZAÇÃO PÚBLICA E MITIGAÇÃO DOS RISCOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICASENSIBILIZAÇÃO PÚBLICA E MITIGAÇÃO DOS RISCOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

PERFIL DO

AGREGADO

FAMILIAR

PERFIL DO

DENUNCIADO

PERFIL DAS

OUTRAS VÍTIMAS

PERFIL DA VÍTIMA

PERFIL DAS

TESTEMUNHAS

PERFIL DO

DENUNCIANTE

CONTEXTOCONTEXTO

FACTOSFACTOS

CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS

Área de vitimação primária e colateral

Área das relações interpessoais de risco

Área das redes sociais de suporte informal

Área de potencial conflito interpessoal

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

RESPOSTAS E ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS RESPOSTAS E ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS NAS FORÇAS DE SEGURANÇANAS FORÇAS DE SEGURANÇA

Na GNR, existem 22 Núcleos de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) e 210 Equipas de Investigação e Inquérito;

Na PSP, existem 250 Equipas de Proximidade e Apoio à Vítima, com 621 elementos afectos às mesmas;

Cerca de 52% dos Postos e Esquadras, da GNR e da PSP, dispõem de uma sala de atendimento à vítima.

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

OS DISPOSITIVOS OS DISPOSITIVOS

TERRITORIAIS DA TERRITORIAIS DA

GNR E DA PSP GNR E DA PSP

CONSTITUEM CONSTITUEM

UMA DAS UMA DAS

MAIORES REDES MAIORES REDES

FORMAIS DE FORMAIS DE

PROXIMIDADE EM PROXIMIDADE EM

PORTUGALPORTUGAL

Distribuição dos Postos e Esquadras no território nacional

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Estruturas especializadas existentes nas Forças de Segurança

ALARGAMENTO ALARGAMENTO

DA CAPACIDADE DA CAPACIDADE

DE RESPOSTAS DE RESPOSTAS

DE PROXIMIDADE DE PROXIMIDADE

E DE E DE

INVESTIGAÇÃO INVESTIGAÇÃO

CRIMINAL CRIMINAL

ESPECIALIZADAESPECIALIZADA

Presença em todos os distritos do Continente e nas Regiões Autónomas

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Percentagem de salas de atendimento à vítima existentes no total de Postos/Esquadras, por distrito

PROGRESSIVA PROGRESSIVA

MELHORIA DAS MELHORIA DAS

CONDIÇÕES DE CONDIÇÕES DE

ATENDIMENTO E ATENDIMENTO E

RESPOSTARESPOSTA

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

DENÚNCIAS DO CRIME DE VIOLÊNCIA DENÚNCIAS DO CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICADOMÉSTICA

PRINCIPAIS RESULTADOS GLOBAIS PRINCIPAIS RESULTADOS GLOBAIS REFERENTES AO ANO DE 2009REFERENTES AO ANO DE 2009

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

O elevado volume de participações registadas pelas Forças de

Segurança em termos de violência doméstica posiciona este crime

como sendo o quarto crime mais registado em Portugalquarto crime mais registado em Portugal (a seguir ao

“furto em veículo motorizado”, a “outros furtos” e à “ofensa à

integridade física voluntária simples”) , e o segundo crime mais segundo crime mais

registado na tipologia de crimes contra as pessoasregistado na tipologia de crimes contra as pessoas.

A violência doméstica representa cerca de 7% dos crimes registados

(o furto em veículo motorizado representa 11%) e corresponde a mais

de um quarto dos crimes contra as pessoas (28%).

PRESENÇA PRESENÇA

RELEVANTE DA RELEVANTE DA

VIOLÊNCIA VIOLÊNCIA

DOMÉSTICA NAS DOMÉSTICA NAS

ESTATÍSTICAS ESTATÍSTICAS

POLICIAISPOLICIAIS

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Observou-se um aumento de 10,1% entre 2008 e 2009 (aumento de cerca de 14,4% no caso da GNR, e de 7,7% no caso da PSP).

MANUTENÇÃO DO MANUTENÇÃO DO

CRESCIMENTO, CRESCIMENTO,

EM LINHA COM A EM LINHA COM A

TENDÊNCIA TENDÊNCIA

OBSERVADA NA OBSERVADA NA

ÚLTIMA DÉCADAÚLTIMA DÉCADA

11162

30543

10000

15000

20000

25000

30000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Em 2009 foram recebidas pelas FS, em média, 2545 participações por mês, o que corresponde a cerca de 84 queixas por dia (52 na PSP e 32 na GNR), e a cerca de 4 queixas/denúncias por hora

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Em 2009 os distritos onde se registaram mais participações foram: Lisboa (7522), Porto (6562), Setúbal (2400), Aveiro (1929) e Braga (1635). Nos distritos de Setúbal e Évora registaram-se as mais elevadas taxas de variação anual: 32,7% e 30,3%, respectivamente.

DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO

DESIGUAL PELO DESIGUAL PELO

TERRITÓRIO TERRITÓRIO

NACIONAL EM NACIONAL EM

TERMOS DO TERMOS DO

NÚMERO DE NÚMERO DE

OCORRÊNCIASOCORRÊNCIAS

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Em 2009 os distritos que apresentaram as mais elevadas taxas de incidência foram: Lisboa, Porto e Faro. Os distritos de Beja, Santarém, Guarda, Viseu, Vila Real e Braga foram aqueles que apresentam as menores taxas de incidência.

DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO

DESIGUAL DA DESIGUAL DA

TAXA DE TAXA DE

INCIDÊNCIA DA INCIDÊNCIA DA

VIOLÊNCIA VIOLÊNCIA

DOMÉSTICA DOMÉSTICA

REPORTADAREPORTADA

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Verifica-se que a nível de Portugal continental, as comarcas de São João da Madeira, Porto, Espinho e Sintra foram as que apresentam taxas de incidência mais elevadas

QUANTO MAIS QUANTO MAIS

FINA A FINA A

DESAGREGAÇÃO DESAGREGAÇÃO

TERRITORIAL, TERRITORIAL,

MAIS MAIS

COMPREENSIVA COMPREENSIVA

SE TORNA A SE TORNA A

ANÁLISE DA ANÁLISE DA

VIOLÊNCIA VIOLÊNCIA

DOMÉSTICADOMÉSTICA

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

DENÚNCIAS DO CRIME DE VIOLÊNCIA DENÚNCIAS DO CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICADOMÉSTICA

PRINCIPAIS RESULTADOS DETALHADOS PRINCIPAIS RESULTADOS DETALHADOS REFERENTES AO ANO DE 2009REFERENTES AO ANO DE 2009

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Em 2009, os meses em que se registaram mais queixas foram Agosto e Junho, com uma média de queixas diárias na ordem das 98

VARIAÇÕES VARIAÇÕES

MENSAIS E MENSAIS E

DIÁRIAS COM DIÁRIAS COM

ALGUM ALGUM

SIGNIFICADO, SIGNIFICADO,

SOBRETUDO NA SOBRETUDO NA

ÓPTICA DA ÓPTICA DA

RESPOSTA RESPOSTA

PREVENTIVAPREVENTIVA

8

7

9

8

8

109

10

9

8

7 7

8

7

9

8

9

9 9

10

9

8

77

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Participação

Ocorrência

Ocorrências de VD, segundo o mês em que ocorreram e foram participadas (%)

7173

75

85

92

8886

78

84

98

93

83

68

85

72

63

67

7669

92

97

79

79

68

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2008

2009

Média diária de ocorrências às FS em 2008 e 2009, segundo o mês

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Em linha com os dados dos anos anteriores, o período em que se registaram mais participações foi a noite, seguindo-se a tarde e a manhã

O PERÍODO MAIS O PERÍODO MAIS

CRÍTICO PARA AS CRÍTICO PARA AS

OCORRÊNCIAS OCORRÊNCIAS

DE VIOLÊNCIA DE VIOLÊNCIA

DOMÉSTICA É O DOMÉSTICA É O

NOCTURNONOCTURNO

Hora de participação das ocorrências e hora das ocorrências - 2009 (%)

21

3334

12

16

27

47

10

Manhã (7-12h) Tarde (13-18h) Noite (19-0h) Madrugada (1-6h)

Participação

Ocorrência

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Mais de metade das situações de violência doméstica foram reportadas no próprio dia em que ocorreram (54,2%); 25,1% foram reportadas no dia seguinte, 12,4% entre 2 a 5 dias depois e 8,2% após mais de cinco dias

MAIORITARIAMENTE, MAIORITARIAMENTE,

AS PARTICIPAÇÕES AS PARTICIPAÇÕES

SÃO EFECTUADAS SÃO EFECTUADAS

NO MESMO DIA EM NO MESMO DIA EM

QUE OCORREMQUE OCORREM

Tempo decorrido entre a data da participação e a data da ocorrência (%)

54,2

25,1

12,4

8,2

Mesmo dia Dia seguinte 2-5 dias após a ocorrência 6 ou mais dias após aocorrência

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Maioritariamente é a própria vítima (89%), do sexo feminino (84%), casados/as ou em união de facto (56%) e com idade média de 40 anos (57% encontrava-se no grupo etário dos 25 a 45 anos)

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

DO DENUNCIANTEDO DENUNCIANTE

As relações conjugais presentes ou passadas representaram cerca de 82% dos casos (65% conjugalidade presente e 17% conjugalidade passada; 8% das vítimas eram ascendentes do/a denunciado/a e 8% eram descendentes

Cerca de 72% das vítimas possuía habilitações literárias iguais ou inferiores ao 9º ano e 28% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou superior (dados PSP)

A maioria das vítimas encontrava-se activa/empregada (54%); 17,5% desempregadas/os, cerca de 13% eram domésticas/os, 9% reformadas/os ou pensionistas e as vítimas que eram estudantes representam 6,5%

Mais de três quartos das vítimas não dependiam economicamente do/a denunciado/a (77%)

18% das vítimas nasceu no estrangeiro, sendo que as vítimas naturais do Brasil representam 4,8%, as de Angola 3,9% e de Cabo Verde 2,7% (dados PSP);

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

DA VÍTIMADA VÍTIMA

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Maioritariamente do sexo masculino (88%), casados/as ou em união de facto (54%), idade média 40 anos (57,8% tinha entre os 25 e os 45 anos), e não dependiam economicamente da vítima (86%);

Mais de três quartos dos/as denunciados/as possuía habilitações iguais ou inferiores ao 9º ano (78%) e cerca de 22% possuía habilitações a nível do ensino secundário ou do ensino superior (dados PSP);

Mais de dois terços dos/as denunciado/as encontravam-se activos/as empregados/as (70,5%), 18% estavam desempregados/as, 8% eram reformados/as ou pensionistas, 2% estudantes e 1,5% domésticos/as;

17% nasceu no estrangeiro

16% possuía/utilizou arma (dados GNR)

O consumo habitual de álcool estava patente em 46% dos casos e o de estupefacientes em 11%

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

DO DENUNCIADODO DENUNCIADO

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Reincidência em 51% dos casos (dados GNR);

45% das ocorrências foram presenciadas por menores;

Em 80% dos casos as ocorrências sucederam-se na casa onde reside a vítima

Geralmente as situações tiveram como consequências para a vítima ferimentos ligeiros ou ausência de lesões

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CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

DA OCORRÊNCIADA OCORRÊNCIA

NA ÓPTICA DO CONTEXTO E DAS CONSEQUÊNCIASNA ÓPTICA DO CONTEXTO E DAS CONSEQUÊNCIAS

Estado alterado do/a denunciado/a devido ao consumo de álcool ou drogas

Questões monetárias/bens/desemprego

Respostas do/a denunciado/a a uma ruptura na relação

Ciúme/desconfianças da parte do/a denunciado/a em relação à vítima ou controlo (ou tentativa de controlo) dos movimentos da vítima

Aparentes “pormenores” ligados à rotina diária, à custódia/educação de menores ou relacionados com comportamentos agressivos/violentos por parte do/a denunciado/a devido a doença do foro psicológico

NA ÓPTICA DA ETIOLOGIA DA OCORRÊNCIA NA ÓPTICA DA ETIOLOGIA DA OCORRÊNCIA DENUNCIADADENUNCIADA

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

A intervenção policial ocorreu geralmente motivada por pedido da vítima (77%)

Em cerca de 29% dos casos, as FS entraram no domicílio do/a denunciado/a e da vítima. Nestes casos, a entrada foi viabilizada na maior parte dos casos verbalmente pela vítima (55%); em 34% dos casos foi dada autorização verbal por parte da vítima e do/a denunciado/a

Em mais de dois terços das situações a Força de Segurança deslocou-se ao local da ocorrência, após a notícia/denúncia/conhecimento da mesma (67%)

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

DA OCORRÊNCIADA OCORRÊNCIA

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NA ÓPTICA DA RESPOSTA POLICIALNA ÓPTICA DA RESPOSTA POLICIAL