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MINISTÉRIO DA JUSTIÇASECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR
COORDENAÇÃO GERAL DE ARTICULAÇÃO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Ofício Circulam0 1716/2013/Senacon/CGARI
Brasília, 22 de agosto de 2013.
Aos Senhores Membros do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.
Assunto: Encaminhamento de Notas Técnicas.
Processos: 08012.013195/2007-13/ 08012.013194/2007-61/ 08012.013191/2007-27/08012.013189/2007-58.
Senhores Membros do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor,
Seguem anexasas seguintesNotas Técnicas para conhecimento:
• Nota Técnica n° 192/CGCTPA/DPDC/Senacon/MJ, que trata do ProcessoAdministrativo sobre inobservância do dever de informação, no que diz respeitoà composição de produto e descumprimento de normas técnicas, contra aempresa Parmalat Brasil S.A Indústria de Alimentos.
• Nota Técnica n° 193/CGCTPA/DPDC/Senacon/MJ, que trata do ProcessoAdministrativo sobre inobservância do dever de informação, no que diz respeitoà composição de produto e descumprimento de normas técnicas, contra aempresa Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste -Cooperoeste.
• Nota Técnica n° 194/CGCTPA/DPDC/Senacon/MJ, que trata do ProcessoAdministrativo sobre inobservância do dever de informação, no que diz respeitoà composição de produto e descumprimento de normas técnicas, contra aempresa Barbosa e Marques S.A.
• Nota Técnica n° 195/CGCTPA/DPDC/Senacon/MJ, que trata do ProcessoAdministrativo sobre inobservância do dever de informação, no que diz respeitoà composição de produto e descumprimento de normas técnicas, contra aempresa Marajoara Indústria de Laticínios Ltda.
Atenciosamente,
Patrícia Galdino de Faria Barros
Coordenadora Geral de Articulação de Relações Institucionais
Esplanada dos Ministérios - Ministério da Justiça - Bloco T- 5o andar - sala 507 - Cep: 70.064-900 - Brasília-DFFone: (61) 2025-3163/ 2025-9701/ 2025-3287
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P.nMocoio
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..'.. -'.'J -'. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA : \' .• •'. . \ '" / V-*.V , SECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR'""."" \-'.' • '.
DEPARTAMENTO DEPROTEÇÃO EDEFESA DO CONSUMIDOR •COORDENAÇÃO-GERAL DE CONSULTORIA TÉCNICAEPROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Notan. •
Nota técnica:
Data:
Representante:Representado:Assunto:
Ementa:. ,••'"' /
08012.013195/2007-13. - ~ ,..•...... ~7^-09^/2013-CGÇTPA/DPDC/Senacon/MJ. •'" -"• '' ••'.-/- . \'\"'-\'{
\H de Q/fob de 2013., "••'.'. ?\T\'.\'y,' k-.\? •../•' !/"' ;•' "V" i :Departamento deProteção e Dèfesá do Consumidor'-DPDC. -'•••" V."' ' .Parmalat Brasil S. A Indústóde Alimentos.;•...':':',, . . •'•'•.-•• / ' ./Dever de informação edescumprimento de normas técnicas.', i, -••'• ."."•Processo Administrativo. Inobservância do dever de informação no que dizrespeito à composição do produto. Colocação, no. mercado dè consumo, deproduto em desacordo, com. a. Resolução, ANVISAPJ)Cn. .360.--Infração aoPrincípios da boa-fé etransparência eaos ditames dá Lei m8.078/90 (Art 4qincisos Iem; 6o, incisos EU e IVÍ18, §-6p, inciso n, 31,e39, foefaoVimAplicação de sanção no valor de R$ 308.048,81 (trezentos eoito'mil, quarentae oito reais e oitenta eum centavos).' •" , -' ' •' '•• • ' .'• ,v
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- I. Relatório.
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1, Em inaio de:2007, o' Departamento de 'Proteção e Defesa^do Consumidor (DPDC) da-'antiga Secretaria /de Direito Econômico .(SDE), aniâl' Secretaria'Nacional do Consumidor \(Senacon), ;do Ministério da Justiça (MJ);- estabeleceu com o Departamento de "Inspeção de'Produtos de. Origem Animal, do. Ministério da Agricultura,-Pecuária e Abastecimento. •*"(DIPOA/DAS/MAPA)' é'á Coordenação Geral deAnálise Laboratorial (CGAL/DAS/MAPA), açãoconjunta para fiscalizar possíveis irregularidades ..na; composição dos produtos "Leite IntegralUHT".e "Leite em Pó". O.DPDC foi .responsável por articular junto aos PROCONS Goiás:"• 'Paraíba, Santa Catarina, São Paulo eTocantins áfiscalização e.o envio das amostras.coletadas dos-"produtos especificados para análise, ação que teve início no mês de junho do mesmo ano (fl; 01). " ' •.-
2.." De.acordo com aInformação n° 444/07/DELEI/DIPOA (Ás. 04-27):o produto anafisadò não -atende.à Portaria n° 370, de 4de setembro 1997, Regulamento.Técni.ço.para Fixação de Identidadee Qualidade dó Leite UHT (UAT) nõ requisito proteína .(mínimo de 2,9/100'g), estabelecido pelaInstrução.Normativa m.51/2.00'2, visto, que apresentou apenas .2,74%: O.produto também não 'atende ao Regulamento Técnico sobre: Rotulagem Nutricional .de Alimentos Embalados, poisapresentou 47,2% amenos de carboidrato, 1l,6%a menos de proteína e 3,2%' a mais de gordura do:' •que consta na tabelade informação nutricional da embalagem. '. '.'•/'."'-->' •'-'•
3. Através da NdtaTécnica n.° 143/CGAJ/DPDC/20Ò7, .ante indícios de infração ao dispostonos artigos 4°, incisos í'.e m;: 6Q, incisos ;ín 't IV; 18, § 6o,-inciso H; 3,1 e 39; inciso .VTJI, foiinstaurado o presente processo^ administrativo (fls. 28/3Q)J '.'.••.'"'- .'•'•. j •„ '.--' •.';• '•'''
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4.•., ' Em 07/11/2007, à Empresa foi intimada (mtimação n. 07/2007 - DPDC/SD/ . _^^.apresentar defesa. AEmpresa mformquxqué 0processo, de industrialização. dr> produto respeita a •>:Instrução Normativa n. 51/2002, bem colno obsérVa a Portaria n: 370/97 dò Ministério da-Agricultura, Pecuária e Abastecimento (fl. 50).:Requèreu.a extinção, do processo administrativo .sobrvalegação de que ps laudos dá LANAGRQ/PE nãò podeni ser. considerados por conterincbrigruências e qüe-.mantém laudos técnicos^de análises que justificam as variações dasinformações%do rótulo'(fl. 64). V '. • ' • . .'
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5. . Com relação aos argumentos apresentados, o MAPA alegou que. as-.análises feitas pela .LANAGRQ/PE estão corretas'.. E que a. Empresa desconsiderou a; existência de sais'minerais no - ,
' leite, além do citrato de sódio, legalmente adicionado por se-.tratár'de leite UHT, p que demonstra' '^"desconheciniento básico a respeitada composição do leite" (fls. .569). Afirmou que a equipe/ do. ' .'LANAGKO/PE estáplenamente capacitada para ã execução dametodologia apliçada^o queresulta ,em conclusões confiáveis è reprodutíveis em análises de contraprova realizados neste laboratório(fi-570). ••'.í; ••:.••'•:••; ; ..;.;,;"•'•'... : ;- •:••;..'.";• ~.:'v:" "\.•//•.*". •;; -/...6' Considerando à reiteração do'resuitado em desacorda com asnórmas técnicas, das amostras -de leite coletadas, oDPDC por-meio da Notificação íl°327/2012.- ÇG<^Á^PDC7Senacon/MJ,em 17/10/201.2,"intimou aEmpresa pára apresentar as alegações.finais (fl. $09).. •. ., . -
i: ' Em resposta à Notificação; a Empresa reafirmou- em 'suas. alegações finais que requereurecuperação, judiciai no ano de 20Ò5, quando posteriormente teveá direção, dá Empresa.trocada,passando acontar com noya'ádininistráção.l(fl.- 615); Aduz que oleite craque chega aEmpresa é _;..examinado, para verificação nãosódk'çpnipnnidade. incompatibilidade entre os dados obtidos a '•'..'partir' dó teste' realizado retira a validade/das análises realizadas pela ação conjunta E que a . -redução dos níveis de carboidratos, apegas'poderiam ser obtidos apartir da diluição do leite, com ,adição..de água Por.'fim, alegou que seus"produtos..estão em,plena compatibilidade com a •'•Resolução n,* 360/03^ editada pela ANVISA.;, que os. Laudos do LANAGRÓ não: classificam o' ,.
' produto- como impróprio para o consumo é",'por isso, não houve fraude áò, consumidor (fls.611/627)..':. .'"."..Vv]'..'•': ••:".':\- ':'.'.'• •''•••-';'•••''••••.•'..•••''':.•'"'•.':'•'••'•,...'':.8, -Em 15'̂ de ,abril de 2.013, ,o DPDC enviou- a Notificação n,° 222/2013- CGGTPÀ/ •
'DPDCySenáconyMJípara que .a Empresa informasse seu faturamento, quantas unidades do' Leite. UHT Integral foram produzidas éopreço médio do referido produto, no>anos.de 2007 é2013 £fT .•629). .'«,•'. •'"" .•'• :\;-.; , :.•-'. ,::'• *"•*[• • :•'•' ••.'. .•••;;/. '.'• .-'"..'.--. •'"..':..
9.V Éorelatório:., .'•. ' " :'.*'-v!:, -'• ..'.' - :.''"•'.. •'•-.' '.'•• .• .•' • V-
Èl) Do Mérito,'." .'- • • .-' '.'.•. '•••: \ •'."•'/ ";';:/.'-
a.' ' Competência da Secretaria Nacional do Consumidor - Senacon.
. 10; No caso ;em tela, a questão ultiápassav contornos^pois aoferta dò produto anngiü mdetérminado número de pessoas em.todoterritório nacional. .
li. importante salientar-que os órgãos^integrantes do Sistema Nacional, de ^Defesa, doConsumidor (SNDC) têm"... competência concorrente .no/'exercício'-do poder de polícia
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administrativo, sendo que sua atuação coordenada edifusa - contribui paraa efetividade-dalteíesa»doçpnsümidornibPàís.' . ''" ; ' •/ -..••' j"'"•-..'•.. . y ••--;.'. ; -4'. • .
12. .-Esse Sistema tem'suas.relações.pautadas na-, integração entre osórgãos; isto é, todos osparticipantes dq 'SNÍ}C possuena autonomia'para atuar,-buscando sempre.uma harmonia comoforma.de garantir a proteção e.defesa dq consumidor, da maneira mais adequada-e eficiente'possível.' • • .'. \\ . ••. '.'•.'.'.
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-.13.. Á SecretariaNacional dq...Consumidor - Senaron, segi^do o artigo 106 ^oCDCé'.responsável peláòõordenàção dess& sistema e, por tal razão, desenvolve aintegração'cqoperatiya,
, .solidária è: sinérgica dos, órgãos de; dpfesa dó consumidor. :ÁijQda,^confpnne.o Decreto n. • ", 7;738/2012','a Sena^nâeye-se-çonçento .. 'órgãos de interesse de. defesa "do rohsumidor competentes, e atuar neste sentido, quando às'' "' j"
• ciicunstânciaâ assimdemandarem. • r ' '. • " .-...'• . • ) ,. •
14..;. Para tanfo,.a Senáconconta.'com o'Departamento, de-Protec^^e Defesa do Consumidor : v'(DPDÇ)'qúe, de acordo-çom.o art 18 doRfegünento Interno.da.Senacón.(Portariam '
•de agosto,de 2012á publicada ntí'D.0:U5 de 22 de agosto'deiOp-S^ão 1-ji. 163^48.26-29), é.. órgão deassessoria para formulação, promoção, supervisão,ecoordenação do. Sistema Nacional dov Consumidor. Assim, compete aó' DPDC^fisca^za^;;demandas qué envolvam relevante'interesse
geral, è tentam abrangência'nacional e aplicar sanções administrativas previstas nas normas de- '"defesa do consumidor, podendo.para tanto, .iástaurar averiguações, preliminares .e' processos"
.; .admfr4stfativos(art 18, Ill^doPJegim^ ...:..,. •.'..'"'"" ••'••.•
%15. .: Dessa forma,. otomando expresso.no art .55, § \v, e no-art. 106,-VI e VII,-dó. CDC bem•• como o art. "4o, .ca/?^..do Decreto- n0,' 2.181/1997, .atualizado pelo'Decreto. íl.°,.7.73'8/2012, •"; "''.'.. . determinam caber ao Departamento de. Protéçã^.é'Defesa do Consumidor (bPDe) a análise dè'
questões' que' tenham"' repercussão, nacional' è" interesse, gerais' coriçetindó•aos órgãos" regionais e' *v^locais devdefesa e proteção.ao .consumidor assuntos .relacionados às KspèctiVas çircünscrições* ' -. v :
'*'- territoriais ecasos individuais específicos. ' '- ~ ?. '• >' . •;" --. ':* ,.•./.'..•>. *•'.•
:- 1.6. . Xonsideraiido que i oferta- ^cqrf^;'-em'todo ó'território'nacional, pois houve-à.rómercializ^ão.do pr^^ "'
.DenaTtaTnentn .fíft Pmtfirrãn >. TVff*ca' An Pj-»r»cnmiiírw fiTPTIPY-.«qtq aníi;^ a^L' f~í~~ ' j_~ j_
âmbito, nacional.'
b.: Da proteçãoconstitucional e dos princípios básicos do.consumidor. •:;-'':. .." .
Í7.. - Á Gonstituição Federal (CF) de 1988 situado Direito doConsumidor no rol dos direitos e."1 garantias ftmdamehtaisdo 'cidadão, "e- da coletividade,(art. -.5?, incjsõ' XXXH) e- estabelece que-é
dever àVEstádo promover, na forma da lei, a defesa do cons^nxudoiTj-alèm de-determinarser aproteção do consumidor baliza para a ativídadç econômica, nos termosdoárL'170,-inciso V,; dá''
' ÇartàMagna!.. .;!.- .'••'• •' ."• ' .. '. \ ••'-'.• \ -'"•*•. .. •.-"••' ' •'<:
18.'. "•' A CF.também determina que "éassegurado, à todos àjacesso à informação^ (art 5°,.oncisoXIV)! Nesse mesmo diapasão, o Código de Defesa do ClOiisumidor (CDC) define que o direito à.'informação adequada,'ciara è inequívoca (quantidade, cawterísticas,' composição, qualidade, J. .'.
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pre£ó, riscos) sobre os diferentes produtos. e~serviços é um-: direito básico dõ consumtpressuposto para oexercício de sualiberdadedè escolhia. • .-.• ';'"..• '-•••' ''.'>'
19. !; ÓCDC é um niicrossistéma jurídico que determina a. prevalência dó Princípio da boa-fé etransparência nas relações de consumo,' com ointuito de garantir a;harmqiiizaçãó dos mteresses,
'.'<: das partes!.Tais princípios estão expressamente previstos nq'art. 4o.do Código ev"determinàm qüé ò ;consumidor e o fornecedor contratem com lealdade esegurança recíprocas. •'•-._. .' ;
20. OCDC .instituiu oPrincípio da proteção da confiança do consumidor, tendo cpnio ujn dós ;seus aspectos, "a proteção da confiança ha prestação, contratual, que dará origem às. normas , .:cogentes do CDC que procuram, garantir ao consumidor a adequação do prçdutçi ou serviço
• adquirido, assim como. evitar, riscos e}prejúíz6s oriundos -destes produtos-e serviços" . Atransparência;- confiança, harmonia' nas relações de consumo, reconhecimento da.v^er^ijidade:do çonsumidors bem: como aharmonização'de interesses,'̂ sempre com base/na boa-feeequüíbrio •nas relações-enfreron^ : '
• noartigo 4o do CDC; noseguinte sentido: v •""'. •;.'"•> .-.''• ........ . ;.-
i "Árt.4° A Política Nacional das Relações de Consumo tem por.objetivo .o atendimento jias<'. necessidades dos. consumidores, o respeito à sua dignidade,.saúde e segurança, a proteção de
seus interesses econômicos, a melhoria da suaqualidade devida, bem comò.a transparência e '..-',::•,' harmonia das relações de consumo, atendidos (» seguintesprincípios:.. • ......
'• __ "- *i_ rPr.nnhrrÍTnt>ntn rta vulnerabilidade do consumidor no. mercado de^consumo; '.
'•:-."•" / .' •'••':;. p •/" ' \ ? '. \ •_ ;.;. •'•"•;;'•:... • A': " : -."••''.'•'.'•.•.'".••"•:.. '•!":'-'./.-' '..*'. : m _ harmonização dos: interesses dos partidpahtes' das. relações de consumo'.e . •
• ' . . . compatibilização da proteção do consumidor cont anecessidade dé desenvolvimento econôitaico-'v' > ' .'. e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios pos quais se funda aòiüêm econômica (art.
- • "" '« 170 da Constituição Federal), sempre, com Base na boa-fé.eeqiulíbrio .nas.relações, entre .; •. . " consumidores e fornecedores". (Grjfós acrescidos). ' ••>." V. . . v
•• ••/;'""'•. . •'• ••'.<• ;• .'.:' • '••.; •'. •' ".'.".' :•''• ''.;• ;'•. •.V. _.••'.-. •• •" •• ' ••''!;.,: A"2L Assim,'nota-se que entre os objetivos da: Política Nácionaldas Relações de Cbústimo estãoo respeito à dignidade, -o atendimento1 à: saúde e segurança dos consumidores, a proteção dos
.' 'interesses econômicos e a transparência e. harmonia nas relações de 'consumo,- por- mtenriédio do;.reconhecimento do Prmcípw ^ ". , ., •'.' .
22. PàraValério Daí Pai Moraes:; '• :"\ . .. • ; ; _,.' .\ > '. ;•;
V : '' "Vulnerábüidàde, sob o enfoque jurídico,, é, então,', oprincípfo pelo q^.ò'sistema jurídicoV ;pqsitivaiio' brasileiro reconhece a qualidade ou condição daquelas). sujeito(s) mais fiaco(s) na
.- "".'.•• relação,de consumo, tendo emvisíà.a pwsnjffidaderdeque venbi(m).a serofendido(s).ou'. • feridos,'na sua mcolurhidade física ou psíquica) bem como no âmbito econômico, por parte .
•:•-.'- ,'• • doXs)sujàtoXs).maispou^te(s)o^mesniáidaçãoJ.'?. • ~\ >..• . . . . ' '
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1MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor, Rf, 3à-ed, 1999,.p. 126 e1272MORAES, Paulo Valério Daí Pai. Código de Defesa do. Consumidor: òprincípio da vulnerabilidade no contrato, napublicidade..nas demais práticas comerciais: interpretação sistemática'dó direito. 3. ed. Porto Alegre:.Livraria.do
•Advogado; 2009. p. 125 . ' '.,.'' ?. '/"•.,".•'.,' ...-;•" ' ''•'"• • •' , .'"'.-,
•*Págmá.4dei4 .
23., •Nesse passo, avulnerabilidade édividida em três3 âmbitos de forma clássica para dlunmHrbrasilèira: atécnica, jurídicaefática. Areformulação dada pel^ Professora Cláudia Lima Marques
' ao conceito insereà idéia'de vulnerabilidade informacional, que éa mais iúiportante para ocasoem-telà, . . . • . ^"'• •• j
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24. Dessa forma; técnica seria a^ vulnerabilidade .mais fácil de se/identifícar. Basicamentepode-sese resumir naideiá de.que oconsumidor não -tem conhecimento dó produto ou serviçoJauêadquire,' enquanto, p fornecedor é aquele.detentor desse.conhecimento: Nas^.liçõès de. Bruno-Miragem, oexemplo típico de relação é aquela do médico epacienté.V ""..'"'''
25.. De outro lado, avulnerabilidade jurídica éaquela em que o^consumidor não entende quaisas çonseqüências-de firmar um contrato ou estabelecer uinã relàçãpde consumo! Paia aProfessprá v'Claudia'.Lima Marques estaria.incluída aqui ayulnerabftdade além de jurídica, também acontábil *'e a econômica. ' .. .-'; . .• • ' ' • '.""•'. '.'• ' •. :• , ••'.- ' '
26..' :Em outro âmbito,.à vulnerabilidade fática émais abrangente, è;.é.reôonliecida no caso em -concreto; E espécie importante,'pois àlém.de ser uma ídéw/concèitò genérica dé vulnerabilidade é ,':aqui que se estabelecem casos de duplayiuneràbffi
27, Resta .consignar, que a.íyjimerabilidade irtformacional, tias. lições da .Professora Cláudia •Lima Marques f representa veriiádeiramerité ofenômeno, da sócied^uie.ir^ormaçipn '̂ ein quévivemos. Segundo, entendera sociedade infonnacional c^ráçtèfiza-sé pelo stffgiinejdto de-blocos.econômicos e pela globalização, pela acesabilidade,- rapidez-é flúidéz do acesso], à informação. 'Nesse <x>ntejxto,.JQ dever de informar ganhacontornos importantíssimos; efundarnentàis noatempos^atuais, seja no direito civil ou no direito do consumidor; pndé sua importância' é ainda, maior ':reflètindo-^se há. proteção legal da vulnerabilidade: do cbr^sumidor, nos termos do art 4°, D£ doQ>C, exataméhte a vümeiábih em concreto, em que informações /essènciis'sãó'omitidasaòs(X)nsumidores;-: .i •.•'••.- > " . s .•:.<.•'• • ' "'•..• •"' ' ••.'" .••'• •*'•' ''.•'• •' ' .':• . ' ; , ' "••• ."-. .' .'....: ... -, • .- •
'••• ' s ••''•-.-:»'.-•!":.'•.'.''" . •.•'"*'•.'•"'7 .•'••••'."''••'""""''-x J ••' '•'••' '•'"• :')'r-.• ••!.. '
••. r • ' .-.-*•• • . • - " *.. '••.'.-• - v •-.-._- * •:-.-.De .outro modo escreve MORAES, Paulo Valério Dal Pai. Código dé Defesa do Consumidor:, à princípio- da
.vulnerabilidade nocòntrato,:nàpublicidadenas demais praticas'comerciais: interpretação sistemática dó direito. 3.' •:ed. Porto Alegre: Lavraria do.Advogado, 2009.- p. 141 a 191, que haveria'além' dos três conceitos .clássicos outras •'espécies de yulõerabilidade: pplítica.oú legislatiyaj neuropsicologica,-ecpnômica' esocíaCambiental etributária.•4--"0 princípio.da vulnerabilidade é Q^princípio básico, qüè fundamenta a exisjência'e aplicação, do -direito dó •''-...consumidor[..'. ;•] constitui presuncãofegal absoluta [...] Adoutrina, ejurisprudência vêm distinguindo diversas •e^éries de_vumerabiiidade: Entre nós, éconh,cdda ah'çâb de^Cláudia limaMarques que distingui a.vulnerabilidade"ein.três grandes espécies: vulnerabilidade técnica, vulnerabilidade júridicaj.e vulnerabilidade fática. E recentemente vv"identifica a autora- gaúcha uma-.quarta espécie de-vulnerabilidade, a vulnerabilidade informacional." (MIRAGEM,.2008, p. 61-^4).. . '.•'-.-..•" Vv'"' ' '.'.;'.•". •'.'•.". .''•'.•.'/•'. -l "'•.••".5 MIRAGEM, Bruno.Nunes. Direito do consunudon fundamentos do;direito do .consumidor;fdireito material eprocessual do consumidor; proteção administratíya dó consumidor;- direito penal do consumidor: -Saó Paulo: Revista.
'.dos Tribunais, 2008.p. 63-••••' -; '" v. ,_. ' '..- •' -::.'- ...":6 .Neste-sentido/, vide oManual de Direito do Consumidor-'MARQUES et- ali, 2009, :p.-76X77: "Resta analisar, a '-''•vulnerabilidade informacional, que éavulnerabilidade básicadoconsumidor, intrínseca ecaracterística deste' papel na .sociedade..Hoje merece ela uma'menção especial, pois na sociedade atual.são de.grande importância a aparência,' a'.confiança, a comunicação ca informação. Nosso mundo de consumo é cada vez inàisvisual, rápido e de risco, dai ã.importânriada confiança."' -.. -•-'•.. ' •.', . ."'' . .- '•
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- 28. . Ainda assim, o legislador, definiu no CDC, entre'os direitos básicos dò consúnudoTirtrr; direito àinformação adequada eciará eâproteção'contra ápublicidade iengánosa, in verbis: •-'."*'
"Art. 6o. São direitos básicos dò consumidor: .'-' - ' ..
•'•' ' .'• •••'•' W-'"'- ' • .. : -.'"• .' '' -'•' -• ••• '•• ':• •-••'•" ••'"'• '. ••". V' "• :""•' - "•...'••- EQ- ainformação, adèqjiaida e-clara sobre os^diferentes produtos eserviços, com
cspecificaçãbcorréta dè quantidade, características, composição, qualidade epreço, bem comosobre os riscos que apresentem; .', '"
•'..'' » ..••',••:•• .-;-... .•-."'•• -'.-;..-• . •'... . • . '. "iy.-a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva^,métodos comerciais coercitivos oudesleais, bemcomo contra práticas ecláusulas abusivas ouimpostas.no fornecimento de
.. '.' .. produtos e serviços;. -. .••.'.. .. •' ] . •' '• ,-•' .-
. > .VI- aefetiva prevenção e.reparaçâo dec^os pafrimoniaise morais, individuais,coletivos e •• • • /•• •. ' ''difusos; - ' i" ' • • .' - .•'.'•'.."-• ...'•• ''..••- '. ..'•/•:
• ArL 37. É proibida toda publicidade engandsa oüabusiva.''•.
. i'§ 1"? é enganosa qtialquer modalidade de informação ou comunicação dé caráter pubHritário,- ...-•'. inteira ou parcialmente falsai ou, por-quaiquer outromodo,' mesmo por omissão, capaz de .....
. ^ induzir em erro o consumidora'respeito da natureza, caraderísticas', qualidade, i :-.'.•-, • quantidade, propriedades^ origem, preçp.e quaisquer outros dadds.sobre produtos .e serviços. ..'.'•
V -: ••• '"•'•• C4 : : -'.' ": ':.'.'.'•'• :.V"'-•'"" : '-'•'.,'' "' :•'.-••"'"",.,- §3° Para os efeitos deste código; apublicidade éenganosa por omissão quando deixar de .
••••';.''. ' -informarsobre dado essencial do :prodúto ou serviço". (Grifos acrescidos).. •'.
°•'"'••'. ' ' '•'•''•••'••'•• ;- ' '. • •-.v:••'"•*'•'• ' •• • ''r •'•'•"";- ^ '.-'•". "*'"•''• •'• '' •'••'""'29. : OMmisfro dò-SupérioíTribunal de Justiça, Antônio Herman V. Benjamin,. também destaca •áimportância dò direito àinformação no Recurso Especial n.9.586.316/MG, ^jis/iaem: '•
'••'. ''..?./.--'' • .-'..:'•.••..','-'"'' .' :'.. > . ."••,:•'•'''"..'•«;"• '•'. •••'..' 'v ''••".• "".'•'' "A informação é: irmã-gêmea - 'inseparável',-.,diz Jorge Mosset Itürraspe (DefensaDel
Consumidor, 2s'ei,.Sanfe fé, RubinzaUCulzoni, 2003,^^p. 29) dofPrincípios da Trár^arênciã,' '..'""•" daConfiança é da Boa-fé Objetiva. Semeia, esses; princípios não sé realkam. Por isso-se :-.
O'apregoa que serinfomiado £ser uSre,.mexisti^• •• . i então, a contradição entre aqueles que pregam o 'livre mercado'. e,-ao mesmq tempo, negam,•..'• —solapam ou inviabilizam a plena informação ao conMmiiddr.jSegundd, é a informação que
confere ao consumidor !a póssiBUidade. de utilizar òs. produtos comercializados com plena. -, segurança è de modo satisfatório aos seus.^
. . " -Del Consumidor, liuehos Aires, Depalma, Í98í>, p. 45). Soo consumidor bem informado. consegue de fato usiifruir mtégralmerite os benefícios econômicos qüe o produto du-serviço lhe
\ . .proporciona, bem como proteger-se démaneira adequada dos riscos, que apresentam. Por esse.' . último aspecto (proteção contra riscos), a obrigação de informar deriva da obrigação de .
segurança, quemodèmamente,. por força de lei ou da razão, se põe ce^mó pressuposto para q~ ' •.',' exercício de qualquer atividade ndmereadd.de consumo", 7. ,'•-•
30.' ' Nesta esteira,'o necessário :alinhamento7 dos. valores' e princípios Organizacionais das.".'-', empresas, còin apolítica:de oferta de produtos eserviços no.mércadoe apreocupação em relação à
forma de comunicação dirigida áo arasumidòr na oferta, apresentam-se como indicativos sensíveis , .e reveladores dos padrões éticos d^ relaçÕesvdè consumo.- " ; .- .-.".' ••;. v \:
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. V
•31. Devido àmippftância da ^ormaçã^coiriòeíèmerito essencialpára ahannonia nas rela^- . de.consump-e Opleno çxercíciodo direito, de escqlba do consumidor; òCDC estipula.-tal dever
. maisespecificamente nóartigo 31, ipsis Hitéris:' • ••'.'•• ... '•- • " •
; . * ... •; "ArL. 31. Aoferta c. apresentação de produtos eserviços devem assegurai informações.•'•'• --.."• . ' Wa^S' •y*a* precisas ? os.íe,>siyas e em língua portuguesa sobre as características •*'- '•'
, , qualidades, quanüdade, composição, preço, garantia, prazos de validade eorigem, entre outros•.... •-. . v . dados,,bem como sobre' os,riscos que apresentam à saúdeve se'gurança dos consumidores^ '.. • . • (Gnros acrescidds)..! "• ' .• '.•>•• ...
. 32: : O;dlspo.sítiv(jacimà impõe ao fornecedor o dever.de informar acerca de certos -dados. essenciais, entre estes, .a origem/ a- composição •e -ás características,".'o que significa,
•• • especificamente,- quais seus valores; exatos, quais, suas condições dé utilização'. etc •Impwtante '-. •re^a*i^quehãoba^• ; clara, precisa, ostensiva e em língua portuguesa. ... •••".'"-•.• . • ''••-•• '
.' 33; •. Do mesmo modo,, é imprescindível frisar que-os dados essenciais 'constantes'- no art 31 ''"• acima/: mencionado são de -observância obrigatória, p^ln fornecedor.' -Antônio' Herfnan de• Vasconcelos e Benjamin, em seus comentários ao .ÇDC, explica: "Não áe trata de listaeem '• "
facultativa. Bcompletamente obrigatória''7." [• l'. . " -, v
; .• 34r Com relação ao Princípio da transparênciadas informações e"proib'Íçãb dè toda publicidade• .,. enganosa, Cláudia lima Marques leciona, mvérôis: '•' '. .'••".'. a
;......:-. ' • "No sistema do CDC,'atransbarência, airrformaçãp correta, está diretamente Ugada à ; '>•• •. . ; lealdade, ao respeito no tratamento entre parceiros." Éaexigência de bda-fé quando da
•'*.••"• '•.;."'•' apro^, (m^que Htartprésalratiial) entM Wecèér e'coiisraúdqr. ( )'...-.: - \,Nesse sénüdo, oCóàlgo proi>e-a pubKddadé enganosa Ajjuéle fd^
•>-.: veicular uma publicidade.enganosa," estará a desciimpriraproibição legal do sei' 37- - "'•'•'•. ; . '. logo, juridicamente;..estará cometendo, um ato ilícito, pois p dano em.caso de : "''
j 'publicidadeéd^Siso,in^ facrunente presirável''.* .'••
,' .. 3$. . E acresceáta:'•; *•.•••'.•.''..• .".:'•'' • '.' ' •• ' '.'" C /'•-•.;•' ''•'.- .".'"'
'. • ;. ;''À.c^ractenstíca principal da. p^bHcidade engmosa,'segundo o(±>Ç, é: ser suscetível•'••.: .' ,. ' . • de induzir ao erro o.consumidor, mesmo atràVés de suas .'omissões\ Ainterpretação' • ) .
'. v. . dessa norma deve ser nerêssmamente ampla, uma.^ézojieo'eiro'. éa^sarioçãbda.: •'-'. •'•' •.•';' "" ' \, ,' realidadevfelsa.noção esta potencial formada na mente'do conWmidòr pòfVaçíto da
: ' •. .' publicidade. Parâmetro paradeterminarse apubUddade éòunãò. enganosa deveria ser ;.' r•;• ' ojpbseryador menos alento, pois-esle-representa" uma parte' não'..negügenciável dos'
. consumidores e, principalrnènte, teíespéctàSores . .'••.. .'•-•'"
3.6.'- ' Diante d^so, percebe-se que ^^ ..rotulagem do produto não «tá de acordo, com;à' regidamentação>:dá. Agência Nacional.- deVigilância Sanitária:^ ANVISA;,pois ó.produto'̂ não: atende ao.Regulamento técnico, sobre "
jiíew. p.246r • •'-
•Herman
252-9Ibidp.737-,738.'•
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.. • ••-. ;.Página 7 de 14'
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- ''Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, haja vista^qúe apresentou 47,2%. amçàpS*»carbòiõlato; 11,6% amenos de"proteína e. 3,2% amais de. gordura- do que tonsta na tabe ade
. iiíformação nutricional.da.embalagem..Desía forma, na oferta do produto, leite UHT-Integral nao'-' foi disponibilizada informação coleta èprecisa sobre acomposição, pois .a rotulagem do^ produto-
mostrou-se em'.desacordo com oRegulamento Técnico sobre Rotulagem NutncionáUe AbmentosEmbalados.-ANVISA. -;••." '"'',"' :v .. V; '•• / .-;'37 -'O fornecedor ao colocar produto no mercado.dé consumo deve atender ao Princípio dl
• transparência nas relações de consumo; tendo em vista ser responsável por todas as. informações^• nela sua ausência. Trata-se de dever inerente àsua atividade econômica, .conforme determinação
leealfart 3.1 doCDC); caso descumprido.este dever terá que assumir todos os nscos, respondendopor qualquer vício,de informação.qü&impeça oconsumidor de cónbecer;^
. diante dé sua'condição d'e.vulnerabilidade ná relação contratual.;., . •. ,
38 ' Importante destacaraindáque oato do fornecedor emquestão feriu o;?rÍncípio daboa-íé .•nas relações de consumo, consubstanciado no artigo 4Vm do CPC.O Prmcipio ;da boa-fe£*a a.Sconfratual moderna,'tendo, conforme'aponta Ronaldo-Porto Macedo-Jumor entre seusSignificados mais comuns, de:'̂ abüjdade, lealdade, justiça,fair c^^V^Tl SÍÍ•J ^ffairdeâling, decência comportamento decente, sentido ético comum,sobdânedade, lealdade.epadrões comuns dé justiça". •: .-..••'• ••'.'.-; '•. ^ . '-*.. ç ' .• • . • ' . • . , . • • .. • i . X ••'- •<"..-''• - •. •39.- '.ÀmdaparaRonaldo Porto Macedo Jr.:- N ,. •" •• . :>
.. «Ò aspecto relevante ecomum aos significados possíveis éQde que abpa-fé éuma •-'- •: nomà em referenciai
•••••••:•••••• •'.. ' demais..'Neste ^^.-;' .valoreseexpectativascómpartübados" . .' ;;
c•••' '•> Do descumprimento de normas técnicas do produto. .
41• •Nopreseitecaso^^ '\•nois as' embalagens 'acostadas aos aútòs'.não cumprem as normas técmcas" 4o produto Em•conseqüência, ocorre infração apdireito do consumidor à.mfomiação correta eadequada-sobre os- •produtose*eryiços,p^ V .' . ' ;:
• 42 ' Como'se sabe, pára''garanti- a efetividade :do"direito àmfoimaçao dó Consumidor, é,;necessário que aoferta seja correta,'clara eostensiva sobre os dados característicos ecomposição .
-do produto' de modo que os destinatários destas'informações facilmente;entendam epercebam aspeculiaridades da bemoferiado.Nes.se sentido, Bnmp Miragem esclarecer. •
. \íq machdO "JR; Ronaldo Porto, Contratos' relacionais edefesa docor>sumÍdorr São Paulo, kax Limonad,. 1998,p-229. . •'••'..• .'•-. ...:\ '•' • ' ; :'••'''":".'-'. :"v •' '-..'•• - '•:••/'•• •.-.' •".•Vibid:p;2>9. --. • •-. ,: • •; ; .V • ••• .;•-;._..•,•• •. - . - : :v
;••',." ,"'..' • ' ' :'.. / ••• •'.-".'. Página8;àe'l4-
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••• •• •''•'. >'•••.••,•-••:•,': -•••' ••'•'• ;;/"':.' ''frM^VPrtJiocT-
"0- conteúdo do direito à informação do -consumidor,não é determinado a*pkori?. •Necéssário-que se yérifiquenòs contratos erelações jurídicas de consumo respectivas," ••
". •. ' '.. ^ '̂.quais ás'infôrmáç5.es substanciais cuja efetiva- transmissão ao consumidor constituí ' ''•'•.•__ ..'•'.•' dever intrarisfenyèl do fornecedor. Kto porque, não basta pára atendimento do.dever de. -
. r ••"'•••/; informar pelo fornecedor que as Monnáções. consideradas reíevanies sobre o. produto : /'. oú sei-viçpj sejam transmitidas ao consumidor,É necessário que esta informação seja
-,. V • .' transmitida de mbdó adequado, eficiente, ou seja, de modo que seja percebida pú pelo '£ -•.-'.•;•' meQos perceptível ao consumidor. A eficácia'do direito à informação.dd consumidor
•' '.'• _não se satisfaz com.V.cnimprimentò. formal do dever, de1 mdicar dados e demaiselementos .informativos, sem-o cuidado õu. a preocupação de que-estejam.sendo
.,, .: devidamente entendidos pelosdéstinatános destas informações":/'2 ' .
43. ' ."Acrescentaainda:' \. ' ' • . ' '• .,'"" • ''•' > :- .'••..-'"••:••"-•'-.••. •".'./•'. .•••V-! "••< ••-.-. \ -",-'r".- \ '".
• '• •. • ' "Emuma relação': contratual, p conteúdo da infonnação adequada, deve abranger;"'•./« ••"/.-:' essencialníéntej a) as condições da contratação; b).as características dos produtos ou \; V
>• . /[ ' . serviços objetos da relação de consumo;.'c) eventuais c»nseqiiênçias: é riscos da'•.';,. •. v-^^^
.,:;/'.- '.'. mas hérn por isso menos preciso: Ébcasodapublidd^j que na medidaW quê conta* ' ,> ' também com eficácia.vinqulativa de nar^za contxamal (artigo. 30..do CDC)i deverá^..
• •[ oferecer informação precisa,; clara é objetiva (artigo 31), assim como aprèsentar-se ao :..' consumidor com seu caráter promocional epublicitário, em acordoçom oprincípio da
.... ' identificação (m^. publicidade como tal,'não,"a disfarçando"ou bcnilümdo.sob a" fórmade irupnnação. '".'. ' desinteressada)".7f. .'• \. ' •> .. '• .' .- •"••: .
44. '.No mesmo sentido, Antônio Hérmán V. Benjamih áp discorrer sobre o artigo- 31 do CDCexplica: •.-'''"'•'.*.-••'•.'....-. "% . •••* '•' • : '.-.'.'. ;i • l • - '.-.-••'• '• '•'/.•' ' •• :"•". •; •:••' '.'• • • "•••.'• "- •"•' ' ' • •' '.-'"•• * l •-
. "Q artj 31 apticã-sè, preripuamènlé, à'oferta hÃPrpubHcâtá '̂Cuida do dever.'de"' ?'•''. \ informar àcárgcrdo fornecedor.' OÇÒdigQ, como se sabe, dá' grande ênfase .ao aspecto
•••..: preventivo daproteçãó do consumidor. Eum.dos mecanismos mais .eficientes de •".--'. •. •• prevençãoé'exatamente a mfoimaçãopreambular,acomürn '•'•..-/ .
... Não é: qualquer modalidade informativa.que sé presto para Atender aos'.ditames do -.Cédigol A infonnação deve sercorreta (verdadeira), clara (de fãcüventendimentojj' ..
•„• •precisa (sem proliridàdé), ostensiva (de fa^*pèrc^jçãp)eemlmguapc>rtuguésa.. -.0 consumidor bem informado é um ser apto a ocupar- seu espaço na sociedade dé
' -. . • consumo. Só-qüeessasinfoimaçõesmuitas.vezesnacrestãoà sua disposiçSoTPór outro '" '^ ........ ' lado, por"melhor que seja a.sua escolaridade, não temelé condições, por si mesmo, de
'-'>: :':. v, apreender todáa.complexidade do mercado" • '• '.'-,':••
:; y" ••:" ••- •'..."•• ".. •••:•-•'•/•'.,• "•..'••" Vv'"'--'• '• ;:. ••• •-"' ":••• "•••'•45. - 'Ainda, vejá-Se que a oferta cbn^bstanciada.ná.embalagem do. Leite ÜrTT Integral.inifir>rmqqiie á.quantidade, de200' rnljcontém lOg de carboidratos, 6gde proteínas e: 6g. de gorduras totais.'..Todavia,;a InfonnaçãoVn. 444/07/PILELÜIPÒAMAPAMejnionsrj^que o produto:' "apresentou -.•47$2% -a medos decarboidrato, Í1,6% áinenos.de proteína,e.3/2% a mais de gorduradõ qüie cònstà •natabdadeMcttTrjaçãonuto í ;- ';!;'.', •'..'' •'
12, Curso de Direitoda Consumidor. 3 edlSão.Pâulo: RT, 2012. p. 168.'13
Jdem.'14 MARQUES, aáuHálima et ai Manual de Direito doConsumidor. 2 ed. SâoTauíq::RT;2009. p: 19Í,. .'•).'
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46 AResolução RDC da ANVISA n.° 360, de 23;de dezembro de 2003, que trata ^rotulagem,nutricionálde alimentos embalados, estabelece que sé admitirájAirna variação .de,20% com relatoao valor calóricoe aos nutrientes' declarados no rótulo da embalagem do produto, Conforme constanos autos o-produto coletadppèk) PROCQN/PB e, posteriormente, analisado" pelo; MAPA,. . >apresenta níveis Je proteína inferiores ao informado no rótulo,em.percentual que supera o.limitede diferença permitido, Oqüe provoca sua descoiiformidade com aResolução especifica. ...47 Saüente-sè que o-conhecimento sobre acojnposiçáo de'um produto é essencial para agarantia de um consumo consciente eadequado. Nesse sentido, informações incorretas impedem.que oconsumidor conheça as reais propriedadesnutricíonais dos produtos eexerça efetivamente a .-sua liberdade de escolha, oquê wrnigura^fensa ao séu direito básico amfpxmaçaP eliberdade de. . •.escolha,bemcomo aos Princípios da transparência eboa-fé. •.•'..••"-•.• ' ' : ' '48 " Demais amais,' oproduto Leite UBTWegrai enviado.paraaânáHseeràimpróprip parao •- -
•consumo, nos termos do. artigo .1.8, =§6°, do Código de;.Defesa.do.Cojwm^o qüe agravadas ,infraçõesdetectadas na prática abusivadescrita nQartigo39,mcisPym, do .mesmo-C^.^e-- ^ _.•-,: v'À;*„ i™» •,«.;* r.-rJÀr*An tin mercado dé consumo .deve apresentar características .,
semelhantes e que são comerciaHzádos sem-.apresentarem- problemas- ou defeitos, inclusive .• informações que estejam.emsua embalagemou rótulo.". ' • • •-' ' . •.-".• . . r. ;
.49., .Sobre átemáticadovício dó prpdutòpor fálha.de mfpixnacab, é.opp^p.ó comentário ^ ...Professora Cláudia Lima Ma^esiSeáào vejamos:. •_. ,..;.-', ; ._.
V "No Sistema do- CDC àfalha de informação, tipificada pela 'disparidade com as .-'•' v . " , • .'indicações ,constantes ào recipiente da embalagem, rotulagem ou mensagepi ...
'•' , '•••'•• publicitária', éconsideradavício de qualidade doproduto. .' ; ." ..- ,. ... — ;'"•..-' •"•••' n novo reeüh* de vícios de informação'pode ter redobrada importância tombem
•tratando-se Íp* chamados rnntratos de bapatela,' pequenas compras em- :•/ lüolrmeTcadós, contratos de serviços de pequena valor, quando a oferta assegure v.
v: r,n1ü„A„K nunrestacões aue nãn **iktem no produto oà no serviço, poz exemplo, a-••:,.. embalagèm qüe afirma ser o refrigerante apto pára ser,ingerido por diabéticos, o .. -.
•••'.-"' ;V : shà^óqueafirw r'~ -••'.,'< : .'.
' 50' CabeMestacar^^^- A^cultura, Pecuária feAbást^^ .de quaüdadè dosprodutòs.,0 fespeUoa estes parâmétro^torna menos suscetível;as grandes .
•' diferenças nos componentes e,a qualidade dos; produtos, tal p-adrpnrzaçao objetiva, inclusive, -.facilitará identificação dos diversos tipos de um mesmo produto a^es do tipo XJHT, integral,; em ,pó, semidesnatado ou,desnatado,'por exemplo), permitindo;ao consumidor/a aquisição de um •
. pipduto espeçíficopara as suas necessidades'. .-: . .'• •:- _• - .' ' ... '•
51 Consta nos antos (fls.04^27), que.o proditoanalisa^V- setembro 1997 Regulamento Téònicó para. Fixação de Identidade e Qualidade do Leite UHT .-.
(ÜAT) no requisito, proteína (mímmo.dè.2,9/100g), estabelecido pela Instrução;Normativa.n.51/2002. Adémais,'não atende W-Regulamento Técnico sobre. Rotulagem. Nutricional de .
^MARQUES, Cláudia Limai Op.Cit,'p. 996..;' . • •-.-..' .-.•..' ' '•
'•'•'••*-..-' • '• ; \ • . '• i '̂ • Página 10de 14