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CIDADES MINISTÉRIO DAS PROGRAMAS E AÇÕES

MINISTÉRIO DAS CIDADES · a inscrição e já estão na casa nova. ... zará na República Federativa do Brasil no ano de 2014, a fim de permitir seu pleno acompanhamento pela

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CIDADESMINISTÉRIO DAS

PROGRAMAS E AÇÕES

2

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Presidente

MARCIO FORTES DE ALMEIDA

Ministro de Estado das Cidades

RODRIGO JOSÉ PEREIRA-LEITE FIGUEIREDO

Secretário-Executivo

3

INÊS MAGALHÃES

Secretária Nacional de Habitação – SNH

CELSO CARVALHO

Secretário Nacional de Programas Urbanos – SNPU

Substituto

LEODEGAR DA CUNHA TISCOSKI

Secretário Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA

LUIZ CARLOS BUENO DE LIMA

Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana – Semob

ELCIONE DINIZ MACEDO

Secretário-Executivo do Conselho das Cidades – ConCidades

ALFREDO PERES DA SILVA

Diretor do Departamento

Nacional de Trânsito – Denatran

ELIONALDO MAURÍCIO MAGALHÃES MORAES

Diretor-Presidente da Companhia Brasileira de Trens

Urbanos – CBTU

MARCO ARILDO PRATES DA CUNHA

Diretor-Presidente da Empresa de Trens

Urbanos de Porto Alegre – Trensurb

PUBLICAÇÃO PRODUZIDA PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

DO MINISTÉRIO DAS CIDADES

68

1420

ÍNDICE

Apresentação Copa 2014

Minha Casa, Minha Vida

Secretaria Nacional de Habitação

30Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

46 58Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana

Companhia Brasileira de Trens Urbanos

Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre 6254

Capacitação de Gestores e Desenvolvimento das Cidades

Departamento Nacional de Trânsito

38

Secretaria Nacional de Programas Urbanos

6

APRESENTAÇÃO

7

... e integração

Quando foram concentrados, no Ministério das Cidades, em janeiro de 2003, os programas e as ações das áreas de habitação, urbanização, sa-neamento, transporte, mobilidade urbana e trânsi-to, o governo federal se propôs um desafio: atuar de forma integrada e por meio de parcerias com estados, municípios e organizações da sociedade, para melhorar a vida nos centros urbanos, alguns com problemas quase seculares.

A ocupação desordenada do solo, as políti-cas públicas ineficazes, a desigualdade social, a fal-ta de planejamento só podem ser corrigidas com a atuação conjunta dos governos federal, estaduais e municipais. E, mais que isso, com a participação efetiva da população.

Os bons resultados alcançados até agora nos colocam diante do desafio de seguir superando difi-culdades para conquistar objetivos maiores. O Brasil vai sediar, respectivamente, em 2014 e 2016, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, os dois maiores eventos esportivos do planeta. O PAC da Copa e da Mobilidade Urbana e o PAC 2 garantem os recursos para as obras que vão preparar as cida-des e, mais que isso, para que os habitantes tenham mais conforto e cidadania.

Nesta publicação, você tem informações sobre todos os programas do Ministério das Cida-des. Informações detalhadas, documentos legais e formulários estão disponíveis no endereço ele-trônico www.cidades.gov.br, onde você também esclarece suas dúvidas.

Planejamento...

Cada vez mais, os administradores públicos reconhecem a importância do planejamento, da atuação coordenada dos governos federal, esta-duais e municipais, e da participação popular para o enfrentamento dos problemas das cidades, que hoje concentram mais de 80% da população bra-sileira.

Em 2009, as parcerias governamentais per-mitiram a consolidação de vários programas de melhoria das condições de vida nos nossos centros urbanos. Os programas Minha Casa, Minha Vida e Pró-Moradia, de grande alcance social e econômi-co, integram ações dos três níveis de governo e têm participação direta da população.

Parceria do governo federal com estados e municípios, o Minha Casa, Minha Vida vai per-mitir a construção de 1 milhão de moradias. O Programa de Atendimento Habitacional, por meio do poder público (Pró-Moradia) – integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), investe R$ 5,5 bilhões em projetos de urbanização de assentamentos precários e produção de novas casas e apartamentos.

O Programa de Aceleração do Crescimento executa obras em todo o País: no Rio de Janeiro, onde 30 mil famílias que vivem no Morro do Alemão conquistaram o direito a redes de água e esgoto, ilu-minação pública e regularização das residências; ou em São Luís, capital do Maranhão, onde famílias de baixa renda são beneficiadas com obras de urbaniza-ção e construção de novas moradias.

A população também participa das decisões sobre investimentos nos sistemas de transporte e mobilidade urbana. Governos estaduais e prefeituras asseguram a contrapartida para o cumprimento dos programas, e a população, chamada a participar por meio do Conselho das Cidades e durante as Con-ferências Nacionais das Cidades, garante que tudo seja executado em benefício da maioria.

8

MinhaMinha Casa,

9

Minha VidaCasa,

10

programa Minha Casa, Minha Vida

atende todos os municípios brasilei-

ros – as capitais e regiões metropoli-

tanas, cidades com mais de 100 mil habitantes;

e municípios com população entre 50 mil e 100

mil habitantes são contemplados em função

do déficit habitacional.

Lançado em março de 2009, com a meta

de financiar a construção de 1 milhão de moradias,

o programa, integrante do PAC, teve a adesão da

maioria dos estados e municípios. Em dezembro

O de 2009, o governo federal formalizou, com go-

vernadores e prefeitos, os protocolos de 2.042

propostas selecionadas pelo programa para muni-

cípios com menos de 50 mil habitantes.

Executado em parceria com governos es-

taduais e prefeituras, o Minha Casa, Minha Vida

atende, também, a população rural. Na seleção,

têm prioridade os projetos que oferecem a melhor

contrapartida, garantem o terreno e proporcionam

redução de impostos sobre produtos e serviços.

Patrícia e Jorge Silva moram em Londrina, no Paraná, com três filhos. Um dia, eles viram uma placa do programa Minha Casa, Minha Vida e foram à prefeitura em busca de informações. Na COHAB, eles fizeram a inscrição e já estão na casa nova. Patrícia conta que estava no hospital quando recebeu a notícia de que a proposta tinha sido aprovada.

Eu tinha ido levar o bebê ao médico quando eles ligaram. Pensei que era brincadeira e até desliguei o telefone. A moça insistiu e disse que a minha casa tinha saído. No outro dia, nós assinamos o papel e pegamos a chave. A prestação é de R$ 50. Agora, nós vamos murar a casa e fazer mais um quarto pro menino.

“ “

11

Renda de até R$ 1.395 Até R$ 4.650

Como Funciona o Minha Casa, Minha Vida

A estimativa, para essa faixa de renda, é de

400 mil casas e apartamentos com, no mínimo, 35

e 42 m2, respectivamente. O cadastramento e a

triagem dos beneficiários são feitos pelos estados

e pelos municípios, que selecionam e indicam as

famílias de acordo com critérios nacionais e locais.

Os projetos das construtoras são apresen-

tados às superintendências regionais da Caixa

Econômica Federal. As empresas podem fazer os

projetos independentemente ou em parceria com

cooperativas, organizações sociais, governos esta-

duais e prefeituras.

São priorizados, na hora da seleção, projetos

para áreas dotadas de infraestrutura – água, luz e es-

goto – e cujos governos locais executem ações que

possibilitem redução dos custos de produção.

O objetivo é financiar projetos de construção

de habitação popular para famílias com renda de até

R$ 4.650 e dar prioridade para quem ganha até R$

2.790. Nessa faixa, há aumento do subsídio nos fi-

nanciamentos com recursos do FGTS. Quem ganha

entre R$ 2.790 e R$ 4.650 tem redução dos custos de

seguro e acesso ao Fundo Garantidor da Habitação.

As construtoras apresentam os projetos dos

empreendimentos à Caixa Econômica Federal e os

contratos de financiamento são assinados depois da

análise de comprovação de comercialização mínima.

Os recursos são liberados após vistorias da Caixa, de

acordo com o cronograma definido.

12

Parcerias com Associações e Cooperativas

O Minha Casa, Minha Vida também prevê

a construção de habitações urbanas e rurais em

parceria com associações e cooperativas.

Famílias com renda de até R$ 1.395, or-

ganizadas em cooperativas e associações urba-

nas e rurais sem fins lucrativos de todo o País,

podem se beneficiar dessa modalidade de finan-

ciamento do programa.

Habitação Rural

Podem participar famílias de agricultores

de todo o País, com renda bruta anual de até

R$ 7.000. Na análise das inscrições, são utilizadas

informações constantes da Declaração de Aptidão

para o Programa Nacional de Agricultura Familiar

(Pronaf). É exigida a apresentação de documento

de identidade e CPF.

O agricultor não pode ter casa própria ou

financiamento, nem ter participado de qualquer

programa de habitação social do governo.

As primeiras casas do programa foram entregues, em dezembro de 2009, a 32 famílias moradoras do Jardim Aliança, em Londrina, no Paraná. O projeto é para construir oito mil residências. Nair Alves fez o cadastro na prefeitura e recebeu a casa.

Fiquei sabendo que iam construir as casas, fui lá e me inscrevi e logo fui contemplada. Já faz quatro meses que eu estou morando na casa e vou começar a pagar, daqui a um mês, com a renda proporcional ao meu trabalho. Eu quase desmaiei de tanta alegria.

“ “

13

Critérios para Seleção dos Beneficiários

Em fevereiro de 2010, o Ministério das Cidades abriu processo de consulta pública para estabeleci-

mento de critérios de cadastro e seleção de beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV),

nas operações destinadas ao atendimento da população com renda de até R$ 1.395.

Todas as informações sobre o programa Minha Casa, Minha Vida estão disponíveis no sítio do

Ministério das Cidades www.cidades.gov.br.

142014Copa

152014

16

Serviço), os estados e as prefeituras, nas 12 cida-

des onde se realizarão os jogos.

Para a seleção, foram observados, além

da necessidade de melhoria dos trajetos que li-

gam os estádios aos aeroportos e aos hotéis, os

benefícios que as obras deixarão para a popula-

ção de cada cidade.

O Pró-Transporte, programa do Ministério

das Cidades, vai dispor de R$ 9 bilhões já libera-

dos pelo Conselho Gestor do FGTS. Os sistemas

de transporte sobre trilhos ficarão com 30% des-

ses investimentos, que vão financiar obras em to-

das as regiões do País.

resultado da seleção dos projetos para

as obras nas cidades-sede da Copa do

Mundo de 2014, apresentados por es-

tados e prefeituras em 2009, foi divulgado pelo

governo federal em 13 de janeiro de 2010. No

mesmo dia, foram assinados os acordos que defi-

nem as responsabilidades de cada nível da admi-

nistração pública, os prazos e os recursos a serem

disponibilizados pelas prefeituras, pelos governos

estaduais e pelo governo federal.

Os 47 projetos selecionados integram o

PAC da Mobilidade Urbana, que vai investir R$

11,48 bilhões divididos entre o governo federal

(R$ 7,68 bi do Fundo de Garantia do Tempo de

OCopa 2014 Mobiliza Governo Federal, Estados e Municípios

17

Sudeste

São Paulo – Investimento de R$ 1,08 bilhão

para construção da Linha Ouro do Monotrilho, que

vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do

Morumbi.

Belo Horizonte – A Central de Controle de

Tráfego da capital mineira será ampliada. Vão ser

construídas seis linhas de BRT (Bus Rapid Transit) e

executadas várias obras viárias com investimentos

federais totalizando R$ 1,02 bilhão.

Rio de Janeiro – Na cidade que, além da

Copa do Mundo de 2014, sediará os Jogos Olím-

picos de 2016, o investimento será de R$ 1,19 bi-

lhão para implantação de BRT que ligará os bairros

Penha e Barra da Tijuca, passando pelo Aeroporto

Internacional Antônio Carlos Jobim.

Sul

Curitiba – Na capital do Paraná, serão in-

vestidos R$ 440,6 milhões. Desse total, R$ 265,5

milhões serão destinados à implantação de corre-

dores expressos. E R$ 175,1 milhões vão financiar

a construção de linha de BRT, terminal, sistema de

monitoramento e obras viárias.

Porto Alegre – Investimento de R$ 273,9

milhões do governo federal em corredores exclusi-

vos para ônibus. Desses, R$ 81 milhões financiarão

duas linhas de BRT e R$ 13,7 milhões serão desti-

nados ao sistema de monitoramento de tráfego.

Centro-Oeste

Brasília – Investimento de R$ 361 milhões

na linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que li-

gará o Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek

ao terminal Asa Sul, e em obras viárias que facilita-

rão o acesso ao aeroporto.

Cuiabá – A capital do Estado do Mato Gros-

so receberá investimentos de R$ 423,7 milhões do

governo federal para implantação de duas linhas

de BRT e R$ 31 milhões para construção do corre-

dor de ônibus Mário Andreazza.

Investimentos por Região

18

19

Norte

Manaus – Investimento de R$ 800 milhões

do governo federal na construção do trem suspen-

so que ligará a zona norte ao centro, e na implan-

tação de BRT ligando o leste e o centro.

Nordeste

Recife – Para implantação de corredores

expressos, de duas linhas de BRT, e construção do

Terminal Cosme e Damião, o governo federal vai

investir R$ 648 milhões na capital de Pernambuco.

Natal – Um corredor expresso e obras viá-

rias vão ligar o novo aeroporto da cidade à Arena

das Dunas e ao setor hoteleiro, com investimentos

de R$ 350,4 milhões. No prolongamento da Ave-

nida Prudente de Moraes, o governo federal vai

investir R$ 10,58 milhões.

Fortaleza – O governo federal financiará

o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) com

R$ 170 milhões. A implantação de quatro linhas

de BRT será financiada com R$ 113,5 milhões. O

projeto contempla ainda a construção de corredor

expresso (R$ 97,7 milhões) e das estações de me-

trô Padre Cícero e Montese (33,2 milhões).

Salvador – Financiamento de R$ 541,8

milhões para implantação do sistema de BRT

de Salvador.

Para Acompanhar as Obras

O andamento das obras do PAC da Copa e do PAC da Mobilidade Urbana pode ser acompa-

nhado por todos os cidadãos no Portal da Transparência do governo federal, no endereço

eletrônico www.portaltransparencia.gov.br.

Um decreto do Presidente da República, editado em dezembro de 2009, determina que seja dada “ampla

transparência às ações do governo federal para a realização da Copa do Mundo de Futebol, que se reali-

zará na República Federativa do Brasil no ano de 2014, a fim de permitir seu pleno acompanhamento pela

sociedade”.

A responsabilidade pela divulgação das informações é da Controladoria-Geral da União, que, para isso,

receberá dados de todos os órgãos envolvidos nas obras.

20

Nacional deSecretaria

Habitação

21

Nacional deHabitação

22

lém do programa Minha Casa, Minha

Vida, integrante do Programa de Acele-

ração do Crescimento (PAC), a Secretaria

Nacional de Habitação do Ministério das Cidades,

em parcerias com governos estaduais, prefeituras,

cooperativas, associações e movimentos sociais,

é responsável pelos programas de construção, fi-

nanciamento e melhoria das condições de moradia

das populações de baixa renda.

A

23

Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários

Esse programa visa à melhoria das condições

de habitabilidade e urbanização de assentamentos

precários, e sua fonte de recursos é o Fundo Nacio-

nal de Habitação de Interesse Social (FNHIS).

Para participar desse programa – que atende

famílias com renda de até R$ 1.395, os estados, os

municípios e o Distrito Federal devem fazer consulta

prévia ao Ministério das Cidades, elaborar os proje-

tos de urbanização dos assentamentos precários e

assumir a responsabilidade pela execução das obras.

24

Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

As famílias que têm renda mensal de

até R$ 1.395 podem se beneficiar do Programa de

Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social,

que atende a projetos habitacionais articulando re-

cursos e iniciativas do poder público, da população

e de organizações sociais, com envolvimento das co-

munidades nas ações de autoconstrução e mutirão.

Com recursos do Fundo Nacional de Habi-

tação de Interesse Social (FNHIS), esse programa fi-

nancia projetos de construção e compra de unidades

residenciais ou lotes urbanizados, assim como requa-

lificação de imóveis. Ao poder público local, compe-

te a elaboração da proposta e a execução da obra. O

acesso ao programa se dá por meio de apresentação

de carta-consulta ao Ministério das Cidades na épo-

ca das chamadas públicas.

Em São Luís, capital do Maranhão, o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social financia a

construção do Residencial Camboa. A obra vai resolver o problema de 3 mil famílias que vivem em condi-

ções precárias às margens do Rio Anil. As primeiras unidades foram entregues em dezembro de 2009.

Dulcilene Pereira dos Santos e Nilton Rafael Pacheco moram no Residencial Camboa, em São Luís, capital do Maranhão. Mas, até pouco tempo atrás, os dois viviam em uma palafita às margens do Rio Anil.

Lá, a gente corria o risco de pegar qualquer tipo de doença porque, na maré, tem muita contaminação. Lá tinha muito lixo, os moradores jogavam muito lixo. Eu não tinha segurança. Qualquer pessoa que metesse o pé na porta entrava. Agora, o apartamento é bom. São dois quartos, uma sala, uma cozinha. Nós recebemos quitado. A localização é muito boa. Ele fica próximo do centro. E ainda vai passar uma avenida por trás. Vai ficar muito melhor, vai valorizar muito o apartamento ainda.

25

Apoio à Elaboração de Planos Locais de Habitação de Interesse Social

O Ministério das Cidades, por intermédio

da Secretaria Nacional de Habitação, executa um

programa de apoio aos estados, municípios e ao

Distrito Federal na elaboração ou revisão de Plano

Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS), um

dos compromissos relativos à adesão ao Sistema

Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS).

O acesso ao programa, que tem recursos

do Fundo Nacional de Habitação de Interesse So-

cial (FNHIS), é feito por meio de carta-consulta ao

Ministério das Cidades em resposta a chamadas

públicas. O poder público local deve apresentar o

projeto e o plano de execução.

Pró-Moradia

Com recursos do Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço (FGTS), o Pró-Moradia destina-

se aos governos estaduais, às prefeituras e ao Dis-

trito Federal e órgãos da administração direta e

indireta.

O programa financia a construção de con-

juntos habitacionais para populações de baixa ren-

da, a urbanização e a regularização de favelas e o

desenvolvimento institucional.

Aos governos estaduais e municipais compe-

tem a elaboração dos projetos – que são apresenta-

dos ao agente financeiro e submetidos à seleção do

Ministério das Cidades – e a execução das obras.

26

27

Carta de Crédito Individual

O objetivo do programa é facilitar a compra,

a construção, a conclusão, a ampliação ou a melhoria

da residência, e a compra de material de construção,

além da aquisição ou produção de lotes urbanizados.

Os destinatários fazem requisição de crédito à Caixa

Econômica Federal. No caso de parcerias, é firmado

convênio entre a prefeitura e o agente financeiro.

Carta de Crédito Associativo

Os recursos são do Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço (FGTS).

O poder público local pode participar das

ações garantindo a redução de impostos ou a doa-

ção do terreno. Os projetos são apresentados pela

entidade organizadora ao agente financeiro para

as avaliações de risco, técnica e jurídica.

Para as famílias com renda mensal de até R$

4,9 mil, a Secretaria Nacional de Habitação do Mi-

nistério das Cidades mantém um programa de carta

de crédito individual que tem fonte de recursos no

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O Programa de Carta de Crédito Associa-

tivo destina-se ao financiamento de pessoas com

renda familiar de até R$ 4,9 mil, organizadas em

condomínios, sindicatos, cooperativas, associa-

ções, companhias de habitação ou empresas do

setor da construção civil.

As ações executadas por esse programa

são produção de lotes urbanizados, construção de

unidade habitacional e reabilitação de imóvel.

28

Apoio à Produção

ção de imóveis, voltados ao público-alvo do FGTS

(famílias com renda limitada a R$ 4,9 mil/mês). Os

financiamentos são concedidos a pessoas jurídicas

do ramo da construção civil.

Com recursos do Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço (FGTS), o Programa de Apoio à

Produção oferece financiamento para empreendi-

mentos de produção habitacional ou de reabilita-

29

Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP-H

Profissionais, empresas e entidades pú-

blicas e privadas que atuam no setor da cons-

trução civil podem se beneficiar do Programa

Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-

H), cujo objetivo é ampliar o acesso, à moradia

de qualidade, da população de baixa renda,

elevando os patamares dos atributos e da pro-

dutividade da construção civil, com o uso de

procedimentos ambientais, sociais e econômi-

cos sustentáveis.

Com recursos do Orçamento Geral da

União (OGU), o PBQP-H faz a avaliação da con-

formidade das empresas de serviços e obras, da

qualificação do material e dos componentes e sis-

temas construtivos, além da avaliação técnica dos

produtos inovadores e da capacitação e certifica-

ção profissional.

A adesão ao programa tem que ser feita

por meio de celebração de acordos setoriais e

construção de parcerias.

30

31

Ambiental

Secretaria Nacional de

Saneamento

32

Mais Saneamento, Vida Melhor

dos programas. Os originários de emendas parla-

mentares – individuais ou de bancadas – ao Or-

çamento Geral da União (OGU), seleção pública

ao OGU/Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC); e aqueles financiados pelo Fundo de Garan-

tia do Tempo de Serviço (FGTS) e pelo Fundo de

Amparo ao Trabalhador (FAT).

Secretaria Nacional de Saneamento

Ambiental do Ministério das Cidades

é responsável pelos programas de

planejamento, implementação das obras e identi-

ficação de fontes de financiamento para os pro-

gramas estaduais e municipais de redes de água e

esgotos. Há dois tipos de recursos para execução

A

Ducilene dos Santos Mendes Silva morava numa palafita, em São Luís, capital do Maranhão. Na casa nova, ela tem água e saneamento:

Quem tem condições de morar em outro lugar não mora em uma palafita de jeito nenhum. Onde eu morava, não tinha água encanada, o lixo a gente jogava na maré, não tinha vaso sanitário, saneamento. Era jogado tudo na maré. Estou feliz demais porque o meu sonho era uma casa pra eu sair daquela palafita.

33

Pró-Municípios

desenvolvimento urbano, mobilidade, produção

ou compra de moradias, e urbanização de assen-

tamentos precários.

As propostas são analisadas pela Caixa.

Aprovados os projetos, são assinados os contratos

de repasse para o início das obras.

O objetivo do apoio à Política Nacional de

Desenvolvimento Urbano é a colaboração com di-

versas ações, entre elas as de infraestrutura urbana

que contribuam para a qualidade de vida da popu-

lação, inclusive adequação de vias para sistemas

motorizados e não motorizados, resguardadas as

competências setoriais do Ministério das Cidades.

Recursos do Orçamento Geral da União

(OGU) definidos por emendas parlamentares

financiam esse programa, que é voltado para

obras de implantação ou melhoria de infraestru-

tura urbana em qualquer município, não impor-

tando o tamanho.

Depois de terem as emendas selecionadas

e empenhadas, os governos estaduais, as prefeitu-

ras e o Distrito Federal apresentam os projetos de

abastecimento de água, esgotamento sanitário,

drenagem urbana, elaboração de programas de

34

Serviços Urbanos de Água e Esgoto

recursos do Orçamento Geral da União, definidos

por emendas parlamentares.

O programa Serviços Urbanos de Água e

Esgoto também apoia a elaboração de estudos e

projetos para aquisição de equipamentos e ações

que envolvam atividades de captação, elevação,

adução, tratamento, preservação, distribuição, li-

gações domiciliares e sistemas simplificados.

Os municípios com mais de 50 mil habitantes

podem acessar esse programa, que apoia a constru-

ção ou a ampliação de sistemas de abastecimento

de água e tratamento de esgotos sanitários.

Os órgãos locais – secretarias estaduais e

municipais, companhias de saneamento ou agên-

cia reguladoras – elaboram as propostas e a do-

cumentação técnica. O financiamento é feito com

35

Resíduos Sólidos Urbanos

catadores, e de encerramento de lixões. A fonte de

recursos é o Orçamento Geral da União (OGU).

O programa Resíduos Sólidos Urbanos tem por

objetivo ampliar a cobertura e aumentar a eficiência e

a eficácia no manejo de resíduos sólidos, na perspecti-

va da universalização e da melhoria de qualidade dos

serviços prestados. O programa incentiva a redução,

a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos urba-

nos, a erradicação dos lixões e do trabalho infantil no

lixo, e a implantação de soluções adequadas e susten-

táveis para tratamento e destino final de resíduos sóli-

dos, contribuindo para promover a inserção social e a

emancipação econômica de catadores, por intermédio

da inserção em projetos de coleta seletiva (construção

de unidades de triagem – galpões e outros).

Os Ministérios das Cidades, do Trabalho e Em-

prego, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,

e do Meio Ambiente, a Fundação Nacional de Saúde

(Funasa) e o Banco Nacional de Desenvolvimento So-

cial (BNDES) executam esse programa em conjunto.

Os estados, os municípios e o Distrito Federal

recebem apoio para elaboração de projetos de assis-

tência técnica no manejo de resíduos sólidos, desativa-

ção de lixões e adequação de aterros sanitários.

Para acessar o programa, o poder público

local ou as prestadoras de serviços, públicas e priva-

das, têm que apresentar ao Ministério das Cidades

projetos de melhoria da eficiência dos serviços de

limpeza urbana, de inclusão social e emancipação de

36

Saneamento para Todos

O governo estadual ou a prefeitura interes-

sada submete ao Ministério das Cidades os pro-

jetos de rede de abastecimento de água, esgota-

mento sanitário, saneamento integrado, manejo

de águas pluviais e resíduos sólidos, e preservação

e recuperação de mananciais, e se responsabiliza

pela execução das obras.

O objetivo desse programa é garantir a

universalização dos sistemas de água e esgoto

tratado e levar esses serviços a todos os brasilei-

ros. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

financia o Saneamento para Todos, que faz a in-

tegração e a articulação das ações de saneamen-

to com outras políticas.

37

Drenagem Urbana Sustentável

Recursos do Orçamento Geral da União,

definidos por emendas parlamentares – individu-

ais ou de bancadas, financiam esse programa, que

apoia estados e municípios na construção e na am-

pliação dos sistemas de drenagem urbana, e na

elaboração de projetos de drenagem.

Para acessar o programa, é preciso apre-

sentar propostas de promoção da gestão susten-

tável da drenagem urbana dirigida à recuperação

de áreas úmidas, à prevenção, ao controle e à mi-

nimização dos impactos provocados por enchen-

tes urbanas e ribeirinhas.

O programa Drenagem Urbana e Controle

de Erosão Marítima e Fluvial, e o programa Gestão

da Política de Desenvolvimento Urbano, quando

operados com recursos do OGU, objetivam pro-

mover, em articulação com as políticas de desen-

volvimento urbano, de uso e ocupação do solo, e

de gestão das respectivas bacias hidrográficas, a

gestão sustentável da drenagem urbana.

38

Secretaria Nacional de

Programas

39

Urbanos

40

Apoio à Política Urbana Municipal

de exclusão territorial das cidades brasileiras.

Para tanto, a SNPU tem como objetivo funda-

mental implementar o Estatuto da Cidade – Lei

nº 10.257/2001, por meio de mecanismos de

apoio direto, mediante repasse de recursos or-

çamentários, mobilização, articulação institucio-

nal e capacitação.

Secretaria Nacional de Programas Ur-

banos tem por missão estimular, arti-

cular e apoiar uma rede de parceiros,

por meio de processos participativos e democráti-

cos, contribuindo para a organização humanizada

do espaço urbano, ampliando o acesso sustentá-

vel à terra urbanizada e transformando a cultura

A

Daiane Aparecida Rocha Santos e o marido dela, João Batista Lacerda dos Santos, moram em Paraisópolis, na capital paulista. Eles são benefi ciários do Programa Papel Passado. Conseguiram o título de posse do apartamento onde moram. Daiane, agora, sente-se mais segura:

Eu não tinha nenhum documento do lugar onde eu morava e você realmente só tem como comprovar que tem uma casa com o documento. Se alguém chegasse lá e falasse ‘Daiane, você tem que sair daqui’, eu não tinha como fazer nada porque era uma coisa que não era minha. Aqui, já é o contrário. Aqui, eu tenho que bater fi rme. Isso aqui é meu. Enquanto eu estiver aqui, está no meu nome. Isso aqui posso garantir que é meu.

41

Programa Papel Passado

corresponde a mais de 30% do total. Para enfren-

tar essa realidade e promover o acesso, à terra

urbanizada e regularizada, à população de baixa

renda, foi instituído o Programa Papel Passado.

A Secretaria Nacional de Programas Urba-

nos estima que a irregularidade fundiária existente

nas áreas urbanas das cidades brasileiras ultrapas-

se o número de 13 milhões de domicílios, o que

Posse Legalizada

Por meio do Programa Papel Passado, a SNPU apoia,

desde 2003, os estados, os municípios, o Distrito Fe-

deral, as defensorias públicas e entidades civis sem

fi ns lucrativos na implementação de ações capazes

de enfrentar o quadro de informalidade urbana exis-

tente nas cidades brasileiras. O programa possibili-

ta o repasse de recursos para elaboração de planos

municipais de regularização fundiária e atividades es-

pecífi cas de regularização fundiária, com o objetivo

de fomentar o desenvolvimento de políticas e pro-

gramas locais. São fi rmados convênios diretamente

com os estados e com o Ministério da Justiça visando

à implementação de ações de planejamento ou ativi-

dades específi cas.

42

Processos Simplificados

Além do repasse de recursos orçamentários

da União, a SNPU desenvolve várias ações com ca-

ráter de apoio indireto, tais como orientação para

agilização dos processos de regularização fundiá-

ria nas intervenções de urbanização de favelas do

PAC; apoio à Secretaria do Patrimônio da União,

para regularização de assentamentos em terras da

União; capacitação de agentes públicos e não go-

vernamentais, mediante oficinas, seminários, pu-

blicações destinadas a instruir a implementação de

ações locais, cursos a distância. A SNPU fomenta

a celebração de acordos de cooperação com car-

tórios no sentido de efetivar os direitos sociais à

moradia e o primeiro registro imobiliário gratuito,

entre outros. Além disso, desenvolve esforços para

retirar os obstáculos da legislação e simplificar os

processos de reconhecimento do direito de posse

da população de baixa renda.

Prevenção de Riscos

Os municípios que apresentam problemas relacionados com riscos em

encostas e margens de rios podem solicitar apoio ao Ministério das Ci-

dades, por meio da Ação de Prevenção de Riscos em Assentamentos

Precários.

A ação apoia os municípios na realização de trabalhos de redução de

riscos que atingem comunidades em áreas urbanas, de forma recorren-

te, a cada período chuvoso. As ações de apoio correspondem à capaci-

tação de equipes municipais, ao planejamento das ações de redução de

risco e à elaboração de projetos para contenção de riscos. O recurso fi-

nanceiro é oriundo do Orçamento Geral da União – OGU e, basicamen-

te, consiste na transferência voluntária de recursos para a formalização

de contratos de repasse.

43

Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais

Além das ações orçamentárias, o programa

atua no fomento à cooperação técnica, federativa e

internacional, visando disponibilizar imóveis públicos

ociosos, prestar assessoria técnica e viabilizar ações

integradas e coordenadas de reabilitação de áreas

centrais.

O Programa de Reabilitação de Áreas Urba-

nas Centrais tem por objetivo promover o uso e a

ocupação democrática das áreas urbanas centrais de

municípios localizados em regiões metropolitanas,

regiões integradas de desenvolvimento econômico

(RIDEs) e capitais.

Fortalecimento da Gestão Urbana

Foi criado com o objetivo de fortalecer a ca-

pacidade técnica e institucional dos municípios nas

áreas de planejamento, serviços urbanos, gestão ter-

ritorial e política habitacional. É subdividido em sete

ações que atuam por meio de apoio à capacitação

e assistência técnica aos municípios, para preparar

as equipes na implementação da Política Urbana em

conformidade com o Estatuto da Cidade. As ações

apoiam objetos específicos, possibilitando que os di-

versos temas setoriais sejam abordados, quais sejam:

saneamento ambiental, habitação, transporte e mo-

bilidade urbana, e planejamento urbano.

44

45

Elaboração de Planos Diretores

A ação de Assistência Técnica para o Planeja-

mento Territorial e Gestão Urbana Participativa (Ação

8874) promove assistência técnica, capacitação e apoio

financeiro para elaboração e implementação dos pla-

nos diretores e demais instrumentos de gestão urbana.

De 2003 a 2006, enfatizou-se o apoio à elaboração de

Planos Diretores, instrumentos básicos da política de

desenvolvimento urbano. A partir de 2007, a ação pas-

sou a apoiar a implementação dos planos diretores e

respectivos instrumentos, como maneira de se fazerem

valer os princípios do Estatuto da Cidade, em especial

o cumprimento da função social da propriedade e a

gestão democrática.

Para cumprir os objetivos do programa, a

Secretaria Nacional de Programas Urbanos também

tem articulado diversas ações com parceiros, em es-

pecial as de mobilização, sensibilização e capacita-

ção técnica da sociedade e de equipes municipais,

com o intuito de disseminar uma cultura de planeja-

mento e gestão urbana com base nos princípios do

Estatuto da Cidade.

46

da MobilidadeSecretaria Nacional de Transporte e

47

da Mobilidade Urbana

48

A Divisão Equilibrada do Espaço com Cidadania

Nas páginas seguintes, você tem informa-

ções sobre os dez princípios para o planejamento

da mobilidade e os programas da Secretaria Na-

cional de Transporte e da Mobilidade Urbana do

Ministério das Cidades.

uase 50 milhões de automóveis, cami-

nhões, motos e ônibus disputam es-

paço com as pessoas nas nossas cida-

des. Para racionalizar o uso dos espaços, melhorar

os sistemas de transporte de passageiros e cargas,

e facilitar a movimentação das pessoas, especial-

mente as portadoras de necessidades especiais,

são executadas ações integradas entre o governo

federal, os estados e os municípios.

Projetos de Corredores Estruturais de Transporte Coletivo Urbano

Os destinatários desse programa são, prio-

ritariamente, os municípios com mais de 50 mil

habitantes situados nas regiões metropolitanas e

em áreas de risco ou de grande concentração de

pobreza. Regiões com Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) abaixo da média nacional e onde há

dificuldade de acesso ao transporte coletivo urba-

no também se beneficiam.

Com recursos do Orçamento Geral da União

(OGU), o programa financia a construção de corredo-

res estruturais de transporte, a qualificação de vias em

áreas centrais, a implantação de terminais e abrigos em

pontos de parada e a instalação de equipamentos para

melhoria do sistema e da acessibilidade.

Os estados e as prefeituras elaboram as

propostas e as encaminham pela internet, de acor-

do com a sistemática anual – divulgada no ende-

reço eletrônico www.cidades.gov.br, ao Ministério

das Cidades, a título de consulta prévia. Aqueles

que têm os projetos aprovados assinam contratos

de repasse com a Caixa Econômica Federal.

Q

49

Projetos de Sistemas Integrados de Transporte Coletivo Urbano

O acesso ao programa se faz da seguinte

maneira:

A prefeitura encaminha a proposta, feita

de acordo com as regras anuais, ao endereço do

Ministério das Cidades na internet. Os projetos se-

lecionados são encaminhados à Caixa Econômica

Federal para assinatura dos contratos de repasse

dos recursos.

Esse programa também dá prioridade

às cidades com mais de 50 mil habitantes cuja

população enfrenta dificuldades de acesso ao

transporte coletivo e onde há grande concentra-

ção de pobreza.

O objetivo é financiar, com recursos do

OGU, a elaboração de Planos Diretores de Trans-

porte e Mobilidade Urbana, de sistemas integra-

dos de transporte e circulação, planos de circula-

ção não motorizada e projetos de terminais.

Sistemas de Circulação Não Motorizada

O programa de apoio à criação e à amplia-

ção de sistemas de circulação não motorizada ob-

jetiva a redução dos conflitos entre os vários meios

de transporte utilizados pelas populações das ci-

dades médias e grandes.

Os projetos de implantação de ciclovias,

de reforma e ampliação de passeios públicos, e

de obras que contribuam para a divisão equili-

brada dos espaços devem ser encaminhados pela

internet. Como nos outros programas, os projetos

aprovados vão para a Caixa, que faz os contratos

de repasse dos recursos.

50

Moderação de Tráfego

Projetos que visam a moderação do tráfe-

go em áreas residenciais de baixa renda, nos cen-

tros comerciais urbanos e em centros históricos

também se enquadram nesse programa, que tem

recursos do Orçamento Geral da União e pode ser

acessado em consulta prévia ao Ministério das Ci-

dades, via internet, de acordo com as regras divul-

gadas no endereço eletrônico www.cidades.gov.br.

O agente financeiro é a Caixa.

Os municípios situados em regiões metropo-

litanas, aqueles com mais de 50 mil habitantes, os

localizados em áreas de risco ou com grande con-

centração de pobreza têm prioridade nessas ações.

O programa apoia a execução de medidas

moderadoras de tráfego em áreas onde funcionam

postos de saúde, creches, escolas, centros espor-

tivos, hospitais.

Acessibilidade para Portadores de Deficiência

Essa ação faz parte do Programa Nacional

de Acessibilidade da Secretaria Especial dos Di-

reitos Humanos da Presidência da República e é

gerida pelo Ministério das Cidades, com recursos

do OGU.

As prefeituras das grandes e médias ci-

dades, e daquelas com IDH abaixo da média na-

cional, encaminham os projetos das obras para

melhorar as condições de circulação das pessoas

com restrição de mobilidade ou portadoras de

necessidades especiais.

As normas para acesso ao programa são di-

vulgadas anualmente pela Secretaria Nacional de

Transporte e da Mobilidade Urbana, no sítio ele-

trônico do Ministério, na internet. Aqui, também,

o agente financeiro é a Caixa Econômica Federal.

51

52

Pró-Transporte

Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade

Urbana para enquadramento de acordo com as nor-

mas do Ministério das Cidades e seleção final. A rela-

ção de propostas aprovadas é divulgada e devolvida

à Caixa para assinatura dos contratos.

As iniciativas financiadas pelo Pró-Transporte

são implantação, ampliação, modernização e ade-

quação da infraestrutura; equipamentos, sinalização

e veículos dos sistemas de transporte público coleti-

vo urbano sobre trilhos, pneus e hidroviário; obras e

serviços complementares e equipamentos especiais

destinados à acessibilidade universal.

O Programa de Infraestrutura de Transpor-

te e da Mobilidade Urbana, conhecido como Pró-

Transporte, financia projetos dos setores público e

privado para melhoria dos sistemas de transporte

coletivo e da mobilidade urbana, com recursos do

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Os órgãos gestores dos governos estadu-

ais e municipais, e as empresas concessionárias ou

permissionárias dos serviços de transporte coletivo

urbano encaminham carta-consulta com projetos e

documentos para análise de crédito da Caixa Econô-

mica Federal. Os projetos aprovados são enviados à

A Mobilidade Facilitada

Na Estação Canoas/La Salle, da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), temos um

exemplo de obra de melhoria de acessibilidade.

Localizada na região metropolitana da capital gaúcha, a estação está apta a receber pessoas por-

tadoras de necessidades especiais e com dificuldades de movimentação.

As obras duraram oito meses e foram custeadas pela empresa, por intermédio do Ministério

das Cidades. Foi construído um piso podotátil para orientação de pessoas com deficiência vi-

sual, desde o acesso à estação até a plataforma; os sanitários foram reformados e adaptados

para os deficientes.

53

MobilidadeO Decálogo do Planejamento

Promob

O Promob, Programa de Infraestrutura

para Mobilidade Urbana, fi nancia, com recursos

do Fundo de Amparo ao Trabalho (FAT), projetos

de implantação de modernização de infraestrutura

que qualifi quem os sistemas de transporte coletivo

e mobilidade: construção de corredores de trans-

porte, terminais, abrigos em pontos de parada,

passeios, ciclovias, sinalização.

O programa alcança os municípios com

mais de 100 mil habitantes.

Os projetos são encaminhados por carta-

consulta ao Ministério das Cidades, de acordo

com as regras do programa, divulgadas todos os

anos. Depois de enquadradas, as propostas pre-

cisam ser aprovadas, respectivamente, pelo agen-

te fi nanceiro, pela Secretaria do Tesouro Nacional

(STN) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES). Em seguida, a pre-

feitura pode assinar o contrato.

Aqui estão dez pontos a serem observados na hora de planejar ações de melhoria dossistemas de transportes urbanos e de qualifi cação da mobilidade nas nossas cidades:

1

6

2

7

3

8

4

9

5

10

Reduzir a necessidade de viagens motorizadas.

Reduzir os impactos ambientais da mobilidade urbana.

Repensar o desenho urbano.

Garantir facilidades às pessoas com defi ciência e restrição de mobilidade.

Repensar a circulação de veículos para priorizar os meios não motorizados e de transporte coletivo.

Priorizar o transporte público coletivo no sistema viário.

Desenvolver os meios de transporte não motorizados.

Promover a integração dos diversos modos de transporte.

Reconhecer a importância da movimentação dos pedestres.

Fortalecer o papel regulador dos órgãos públicos gestores dos serviços de transporte público e trânsito.

54

DepartamentoNacional de

55Trânsito Nacional de

56

Ações para um Trânsito Responsável e Seguro

Departamento Nacional de Trânsito

(Denatran), órgão executivo de trânsito

da União e responsável pelo cumprimen-

to das atribuições determinadas pela Lei nº 9.503, de

23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de

Trânsito Brasileiro, realiza ações estruturantes visando

ao fortalecimento institucional do Sistema Nacional de

Trânsito (SNT), para oferecer à sociedade brasileira um

trânsito seguro e de qualidade, com redução da quan-

tidade e da gravidade de acidentes.

Nesse sentido, investe no desenvolvimento

de programas, projetos e sistemas de âmbito na-

cional voltados para educação e aumento da segu-

rança no trânsito, apoiando todos os órgãos e en-

tidades do SNT, notadamente os Departamentos

Estaduais de Trânsito, o Departamento de Trânsi-

to do Distrito Federal e 945 órgãos municipais de

trânsito, no desempenho de suas atribuições.

O

57

Formação Profissional

Preocupações constantes são o aprimo-

ramento e a formação dos profissionais do SNT,

por meio da promoção de uma série de cursos de

capacitação específicos e da disponibilização de

publicações que permitem suprir as necessidades

dos técnicos envolvidos com a gestão do trânsito

em todo o País.

Educação e Cidadania

Para execução de uma política de educa-

ção e cidadania no trânsito, o Denatran produz

programas de televisão dirigidos ao público infan-

tojuvenil e edita publicações dirigidas a alunos de

pré-escolas e instituições de ensino fundamental.

O departamento também investe fortemente em

campanhas de utilidade pública veiculadas nacio-

nalmente, em todas as mídias, para apresentar

informações que ajudem motoristas, passageiros,

pedestres, ciclistas e motociclistas a ter atitudes

cada vez mais seguras.

Identificação Automática

Está em fase final de desenvolvimento o Sis-

tema Nacional de Identificação Automática de Veí-

culos (SINIAV), que garantirá maior controle da frota

e da velocidade média dos veículos, com a conse-

quente diminuição dos acidentes e das mortes no

trânsito. O SINIAV será integrado ao Sistema Nacio-

nal de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Fur-

to e Roubo de Veículos e Cargas, configurando-se,

assim, como ferramenta importante à repressão do

roubo e do furto de veículos e cargas.

58

Empresa de

Companhia Brasileira de

59de Porto Alegre

TRENSURBANOS

TRENSURBANOS

Companhia Brasileira de

60

Trens Urbanos

Companhia Brasileira de Trens Ur-

banos (CBTU) e a Empresa de Trens

Urbanos de Porto Alegre (Trensurb),

empresas vinculadas ao Ministério das Cidades,

atuam na implantação, na modernização e na

operação das linhas de trens urbanos das princi-

pais regiões metropolitanas.

A Trensurb tem 25 trens que transportam,

em média, 170 mil passageiros por dia, em uma

linha de 33,8 km de extensão. A empresa atende

diretamente cinco municípios da região metropo-

litana da capital gaúcha: Porto Alegre, Canoas, Es-

teio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo.

Em regime de integração físico-tarifária,

a empresa atende 252 linhas de ônibus em Nova

Santa Rita, Novo Hamburgo, Araricá, Capela de

Santana, Taquara, Nova Hartz, Dois Irmãos, Paro-

bé, Sapiranga e Campo Bom. Está em execução,

com previsão de término em três anos, a obra de

extensão da linha até Novo Hamburgo.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos

(CBTU) atua nas regiões metropolitanas de Belo

Horizonte, Maceió, Recife, João Pessoa e Natal, e

promove um austero ajuste nas próprias práticas

de gestão, o que possibilita a concretização de

avanços muito significativos nos resultados ope-

racionais. Com 103 estações distribuídas ao lon-

go de 215,3 km, em 17 municípios, alcançou, em

2009, a marca de 110,5 milhões de passageiros

transportados por cinco sistemas, praticando uma

tarifa de forte significado social.

Diversas ações foram levadas a efeito nos sis-

temas durante 2009, sendo que, em Recife, destaca-

se a inauguração da Linha Sul, de Recife a Cajueiro

Seco, e a aquisição de sete composições de Veícu-

los Leves sobre Trilhos – VLT; em Belo Horizonte, a

realização de obras complementares da Linha 1 e a

retomada dos projetos executivos das linhas 2 e 3;

nos sistemas de Natal e João Pessoa, a CBTU am-

pliou suas ações de recuperação da via permanente

e do material rodante; e, em Maceió, foram iniciados

os trabalhos de modernização do sistema de trens

metropolitanos, com a recuperação da linha e a aqui-

sição de oito composições de VLT.

A

61

Nas cidades de Salvador e Fortaleza, a

CBTU atua como representante do governo fede-

ral na modernização dos sistemas de trens urba-

nos, em parceria com o governo do Ceará e com a

prefeitura de Salvador.

Em 2009, mereceram destaque, ainda, as

ações realizadas pela CBTU, com participação de

recursos federais nos trabalhos de elaboração do

projeto básico para implantação de VLT entre São

Bernardo do Campo e São Paulo; elaboração de

estudos e projetos de engenharia referentes à im-

plantação de sistema de transporte de alta capa-

cidade no corredor Norte/Sul de Curitiba; e ainda

a assinatura de convênio para implantação de um

sistema ferroviário de passageiros na cidade de

Sobral, no Ceará.

Desde 2006, pelo sítio eletrônico www.cbtu.gov.br, a CBTU desenvolve o programa A Cidade nos

Trilhos, que mobiliza as cidades por meio da disseminação de informações e debates. O Concurso

de Monografias da CBTU já teve quatro edições e 120 trabalhos apresentados. O portal CBTU,

que divulga as monografias e os informativos, já contabiliza 3 milhões de acessos, com envolvi-

mento de algo em torno de 6 mil pessoas nas palestras e nos debates realizados. Os projetos

acontecem por meio de parcerias com prefeituras, universidades e órgãos estaduais e municipais

voltados para o planejamento urbano, o trânsito e o transporte.

A Cidade nos Trilhos

62

63

e Desenvolvimento das Cidades

Capacitação de

Gestores

64

Secretaria Nacional de Programas

Urbanos tem, entre outras respon-

sabilidades, a de apoiar a prepara-

ção de servidores das prefeituras

e dos governos estaduais que atuam nas áreas

de planejamento, gestão territorial e serviços

urbanos. No sítio do Ministério das Cida-

des, www.cidades.gov.br, estão disponíveis

informações técnicas e relatos de experiências

de gestão em municípios onde existem núcleos

habitacionais de baixa renda em área de risco.

A

65

Programa Nacional de Capacitação das Cidades

público prioritário dos cursos e demais atividades

do programa compreende os técnicos da adminis-

tração pública municipal, os atores sociais envolvi-

dos com a implementação da política urbana e os

técnicos da Caixa Econômica Federal.

A coordenação do programa é feita pela

Gerência de Capacitação, no âmbito da Secretaria

Executiva do Ministério, com o apoio do Grupo de

Trabalho de Capacitação, composto por represen-

tantes das Secretarias Nacionais e demais órgãos

do Ministério das Cidades.

Informações sobre os cursos e material téc-

nico podem ser encontradas no sítio do Ministério

das Cidades, www.cidades.gov.br, ou pedidas pelo

e-mail capacitaçã[email protected].

Formação Profissional

O Programa Nacional de Capacitação das

Cidades (PNCC) está voltado à capacitação de

agentes públicos e sociais para elaboração e im-

plementação de políticas públicas urbanas inte-

gradas. O objetivo é contribuir para a formação

de sujeitos sociais capazes de intervir no debate

sobre a política urbana e de lidar com aspectos

críticos da contemporaneidade, especialmente no

que diz respeito à redução das desigualdades so-

ciais e à justa distribuição dos ônus e benefícios da

urbanização.

Por meio do PNCC, o Ministério das Ci-

dades promove, coordena e apoia programas e

ações voltados para capacitação de agentes públi-

cos e sociais e para apoio ao setor público munici-

pal e estadual no desenvolvimento institucional. O

No âmbito do PNCC, destacam-se as seguintes

ações e programas:

• ProgramadeApoioaosMunicípiosemTributa-

ção Imobiliária;

• Programa de Apoio à Extensão Universitária

(PROEXT MEC/CIDADES);

• ProgramadeCapacitaçãoparaElaboraçãode

Planos Diretores Participativos e Ações de Re-

gularização Fundiária Sustentável;

• ProgramadeCapacitaçãodeEquipesMu-

nicipais para Prevenção de Riscos em As-

sentamentos Precários;

• ProgramadeCapacitaçãodaSecretariaNacio-

nal de Habitação;

• ProgramaHabitarBrasilBID–Subprogramade

Desenvolvimento Institucional de Municípios;

• ProgramadeModernizaçãodoSetordeSane-

amento (PMSS);

• Programa de Treinamento eCapacitação

a Distância em Gestão Integrada de Resí-

duos Sólidos;

• ProgramadeAçãoSocialemSaneamento.

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