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Ministério Público do Estado do Ceará Procuradoria Geral de Justiça MANUAL BÁSICO PARA A ATUAÇÃO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA Sheila Pitombeira (Coordenadora) Fortaleza-Ceará 2011

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  • Ministrio Pblico do Estado do Cear

    Procuradoria Geral de Justia

    MANUAL BSICO PARA A

    ATUAO DO PROMOTOR DE JUSTIA

    Sheila Pitombeira

    (Coordenadora)

    Fortaleza-Cear

    2011

  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Bibliotecria: Maria Rosilene Colho Cunha CRB - 3 / 832

    C387Cear. Ministrio Pblico. Procuradoria Geral de Justia.

    Manual bsico para atuao do Promotor de Justia. For-taleza: MPCE/PGJ, 2011. 671p. ; enc.

    1. Ministrio Pblico 2. Promotor de justia 3. Cear I.Ttulo.

    CDD 347

    Editorao eletrnica: Everton Viana - CE 01799 DG

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • Sumrio

    APRESENTAO ................................................................................... 24

    INTRODUO ....................................................................................... 26

    I INFORMAES GERAIS .................................................................... 30

    1 RECOMENDAES INICIAIS ............................................................ 30

    1.1 Ao Procurador-Geral de Justia .................................................... 31

    1.2 Ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico ................................ 31

    1.3 Ao Substituto .................................................................................. 32

    2 PRAZOS .............................................................................................. 32

    2.1 Sobre as eleies do Ministrio Pblico ..................................... 32

    2.2 Sobre as atribuies e deveres dos

    Membros do Ministrio Pblico ....................................................... 33

    2.3 Sobre a carreira .............................................................................. 34

    2.4 Sobre a impugnao de permanncia

    na carreira e o processo disciplinar: .................................................. 35

    3 INSTRUMENTOS E MEDIDAS UTILIZADOS

    NO EXERCCIO DAS FUNES ........................................................... 36

    3.1 Audincia Pblica .......................................................................... 37

    3.1.1 Conceito ....................................................................................... 37

    3.1.2 Caracterstica ............................................................................... 37

    3.1.3 Objetivo ....................................................................................... 37

    3.1.4 Tipos de Audincia Pblica ........................................................ 37

    3.1.5 Procedimentos Preparatrios

    realizao da Audincia Pblica ...................................................... 38

    3.1.6 Conduo da Audincia Pblica ................................................ 39

    3.1.7 Encerramento da Audincia Pblica ......................................... 40

    3.1.8 Procedimentos passveis de acontecer em decorrncia

    da Audincia Pblica realizada, alm de outros que Promotor

    de Justia entender cabveis soluo do caso ................................ 40

    3.2 Inqurito Civil ................................................................................ 40

    3.3 Procedimento Administrativo ....................................................... 40

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 3.4 Pea de Informao ....................................................................... 41

    3.5 Recomendao ............................................................................... 41

    II RECOMENDAES E ORIENTAES PARA

    ATUAO DO PROMOTOR DE JUSTIA ............................................ 42

    1 CAO CRIMINAL, DA EXECUO CRIMINAL E CONTROLE

    EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL CAOCRIM .............................. 42

    1.1 Da Fase Pr-Processual ................................................................. 44

    1.1.1 Noticia Crime .............................................................................. 44

    1.1.1.1 Providncia em caso de Comunicao Verbal ...................... 44

    1.1.1.2 Providncias em caso de Comunicao

    Escrita e Documentos .......................................................................... 44

    1.1.1.3 Carta Annima e Jornal .......................................................... 44

    1.1.2 Recebimento de Inqurito Policial Militar ................................ 45

    1.1.3 Representao do Ofendido Reduo Termo ..................... 45

    1.1.4 Comunicao de Crime de Ao Privada .................................. 46

    1.1.5 Do Recebimento de Procedimento Investigatrio ................... 46

    1.1.5.1 Controle Externo da Atividade Policial .................................. 46

    1.1.5.2 Investigado com Foro por Prerrogativa de Funo .............. 46

    1.1.5.3 Inqurito bem Instrudo .......................................................... 47

    1.1.5.4 Inqurito que Necessita de Melhores Esclarecimentos ....... 47

    1.1.6 Diligncias Prescindveis e Imprescindveis: Denncia .......... 47

    1.1.7 Diligncias: Dilao de Prazo .................................................... 47

    1.1.8 Inqurito Policial: Prazo e Cobrana ........................................ 48

    1.1.9 Crimes de Leses Corporais Graves ......................................... 48

    1.1.10 Leses Graves ........................................................................... 48

    1.1.10.1 Perigo de Vida Motivaes ................................................. 48

    1.1.10.2 Debilidade Permanente Motivaes .................................. 48

    1.1.10.3 Deformidade Permanente Motivaes .............................. 49

    1.1.11 Leso Corporal Seguida de Morte: Anlise ............................ 49

    1.1.12 Furto Qualificado ...................................................................... 49

    1.1.12.1 Prova do Arrombamento ...................................................... 49

    1.1.12.2 Escalada .................................................................................. 49

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 1.1.13 Armas de Fogo: Laudo Pericial ............................................... 50

    1.1.14 Entorpecentes: Exame Toxicolgico Definitivo ..................... 50

    1.1.15 Crimes de Jri: Ferimentos por Arma de Fogo

    - Laudo Pericial- Dados Importantes .................................................. 50

    1.1.16 Auto de Necropsia .................................................................... 50

    1.1.16.1 Ficha Biomtrica da Vtima e Dados Importantes .............. 50

    1.1.16.2 Afogamentos - Sinais Cadavricos ...................................... 51

    1.1.17 Ao Penal Condicionada Representao ............................ 51

    1.1.18 Certides de Nascimento e Casamento Juntada ................. 51

    1.1.19 Crimes de Ao Privada Decadncia .................................... 51

    1.1.20 Flagrante - Anlise do Auto de Priso .................................... 52

    1.1.21 Priso Temporria - Exame do Pedido ................................... 52

    1.1.22 Outras Medidas Cautelares ...................................................... 52

    1.1.23 Das Vtimas e Testemunhas em Situao de Risco .............. 52

    1.1.24 Inqurito Policial - Prescrio Comunicaes .................... 53

    1.1.25 Arquivamento e Extino da Punibilidade ............................. 53

    1.2 Da Denncia ................................................................................... 54

    1.2.1 Princpio da Oficialidade ou da Obrigatoriedade ..................... 54

    1.2.2 Caractersticas Fundamentais .................................................... 54

    1.2.2.1 Consequncias de sua m Elaborao: ................................. 55

    1.2.2.2 Estrutura: .................................................................................. 55

    1.2.2.3 Casos Particulares: .................................................................. 56

    1.2.2.4 Algumas Hipteses de Aditamento Denncia: .................. 56

    1.2.2.5 Diligncias ................................................................................ 57

    1.2.3 Excluso de Indiciado ................................................................ 57

    1.2.4 Crimes Contra a Vida e Integridade Corporal Requisitos ..... 57

    1.2.5 Leso Corporal - Regio Atingida e Ferimentos ...................... 57

    1.2.6 Crimes Contra o Patrimnio ...................................................... 58

    1.2.6.1 Objetos Subtrados, Apropriao Meno .......................... 58

    1.2.6.2 Valor dos Bens ......................................................................... 58

    1.2.7 Crime de Ameaa ........................................................................ 58

    1.2.8 Crime de Prevaricao ................................................................ 58

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  • 1.2.9 Crime de Receptao .................................................................. 59

    1.2.10 Crimes Contra a Dignidade Sexual

    - Violncia e Ameaa Narrao .................................................... 59

    1.2.11 Crimes da Competncia do Jri ............................................... 59

    1.2.12 Crime Culposo Narrao ....................................................... 59

    1.2.13 Qualificao Da Vtima e Testemunhas ................................. 60

    1.2.14 Idade do Acusado - Menor de 21

    e Maiores de 70 Anos Referncia ............................................... 60

    1.2.14.1 Alegao de Menoridade

    Dvida - Exame Mdico- Legal ........................................................... 60

    1.2.15 Ao Pblica Condicionada Cuidados .................................. 60

    1.2.16 Motivos Referncia ................................................................ 61

    1.2.17 Nome da Vtima Referncia .................................................. 61

    1.2.18 Agravantes, Causas Especiais

    de Aumento de Pena Descrio ....................................................... 61

    1.2.19 Crime Tentado Narrao ....................................................... 62

    1.2.20 Crime Material Consumado ..................................................... 62

    1.2.21 Crimes de Incndio ................................................................... 62

    1.2.22 Crimes de Uso de Documento Falso ....................................... 62

    1.2.23 Crimes de Falso Testemunho .................................................. 62

    1.2.24 Relao de Parentesco Entre Envolvidos

    Certido de Registro Civil .................................................................... 62

    1.2.25 Crimes Contra Vrias Vtimas Narrao .............................. 63

    1.2.26 Crime Praticado com Participao

    de Menor Corrupo ......................................................................... 63

    1.2.27 Crimes Contra o Idoso ............................................................. 63

    1.2.28 Crimes Omissivos ..................................................................... 63

    1.2.29 Crimes Continuados ou Praticados

    em Concurso Material ......................................................................... 64

    1.2.30 Crimes de Homicdio Doloso ................................................... 64

    1.2.31 Crimes de Homicdio ................................................................ 64

    1.2.31.1 Praticados Mediante Emprego de Arma de Fogo ................ 64

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 1.2.31.2 Por Afogamento ..................................................................... 64

    1.2.32 Crimes de Porte de Arma ou

    Praticados com Emprego de Arma de Fogo ...................................... 64

    1.2.33 Crime de Furto Qualificado ..................................................... 65

    1.2.34 Crime de Estelionato ................................................................ 65

    1.2.35 Crimes de Trfico de Entorpecentes ....................................... 65

    1.2.36 Crimes de Quadrilha ou Bando ............................................... 65

    1.2.37 Crimes Prprios Praticados por Funcionrio Pblico ............ 65

    1.2.38 Folha de Antecedentes Cuidados ......................................... 66

    1.3 Da Colheita da Prova ..................................................................... 66

    1.3.1 Provas da Fase Policial com Valor de Prova

    Definitiva (Cautelares, no Repetveis e Antecipadas ...................... 66

    1.3.2 Provas Documentais de Elementos do Tipo ............................ 67

    1.3.3 Fase Judicial ................................................................................ 67

    1.3.4 Percias ......................................................................................... 67

    1.3.5 Cobrana de Laudos ................................................................... 67

    1.4 Da Fase Processual ........................................................................ 68

    1.4.1 Citao ......................................................................................... 68

    1.4.1.1 Por Mandado Art. 351 do CPP .............................................. 68

    1.4.1.2 Por Edital - Art. 366 do CPP .................................................... 68

    1.4.1.3 Por Hora Certa - Art. 362 do CPP ............................................ 68

    1.4.2 Revelia ......................................................................................... 68

    1.4.3 Interrogatrio - Ru Revel ......................................................... 69

    1.4.4 Audincia ..................................................................................... 69

    1.4.4.1 Presena do Promotor ............................................................. 69

    1.4.4.2 Dispensa do Ru Cautela ..................................................... 69

    1.4.4.3 Adiamento de Audincia ......................................................... 69

    1.4.4.4 Testemunhas Faltantes Providncias .................................. 70

    1.4.4.5 Testemunhas - Conduo Coercitiva ..................................... 70

    1.4.4.6 Citaes/Notificaes .............................................................. 70

    1.4.5 Precatrias ................................................................................... 71

    1.4.6 Excesso de Prazo - Formao

    da Culpa - Ciso do Processo .............................................................. 71

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 1.4.7 Fase de Diligncias - Art. 402 do CPP ....................................... 71

    1.4.8 Alegaes e Arrazoados ............................................................. 72

    1.4.8.1 Preliminares ............................................................................. 72

    1.4.8.2 Estrutura ................................................................................... 72

    1.4.9 Alegaes Finais ......................................................................... 73

    1.4.9.1 Priso do Ru ........................................................................... 73

    1.4.9.2 Alegaes Finais Orais - Substituies

    por Alegaes Escritas ......................................................................... 73

    1.4.9.3 Desclassificao Delitiva ......................................................... 73

    1.4.10 Sentena - Intimao Fiscalizao ....................................... 73

    1.4.11 Recurso ...................................................................................... 74

    1.4.11.1 Desistncia de Prazo ............................................................. 74

    1.4.11.2 Modo de Interposio ............................................................ 74

    1.4.11.3 Recurso em Sentido Estrito e Carta Testemunhvel .......... 74

    1.4.11.4 Carta de Guia - Zelar Pela Expedio de Carta de Guia ..... 75

    1.4.11.5 Razes em 2 Grau Providncias ...................................... 75

    1.4.12 Fase Recursal ............................................................................ 75

    1.4.13 Apelao .................................................................................... 75

    1.4.14 Condenao de Estrangeiro Providncias ........................... 76

    1.4.15 Manifestao Em Habeas

    Corpus Em 1 Grau De Jurisdio ....................................................... 76

    1.5 Do Processo do Jri ....................................................................... 76

    1.5.1 Crimes Contra a Vida- Autor Militar ......................................... 76

    1.5.2 Alegaes em Processos de Jri Caractersticas ................... 77

    1.5.3 Recurso em Sentido Estrito Pronncia que no

    Contempla a Totalidade da Pretenso Deduzida na Denncia ........ 77

    1.5.4 Absolvio Sumria Reviso Necessria

    Necessidade de Recurso Voluntrio ................................................... 77

    15.5 Desclassificao da Imputao para

    outro Crime de Competncia do Juiz Singular ................................. 77

    1.5.6 Causa de Impedimento ou Suspeio de Jurado ..................... 78

    1.5.7 Presena de Assistente da Acusao ......................................... 78

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 1.5.8 Concesso de Apartes ................................................................ 78

    1.5.9 Postura do Promotor de Justia em Plenrio ........................... 78

    1.5.10 Julgamento em Plenrio do Jri Cuidados .......................... 78

    1.6 Do Juizado Especial Criminal ....................................................... 79

    1.6.1 Competncia - Lugar da Infrao .............................................. 79

    1.6.2 Termo Circunstanciado de Ocorrncia (Tco) ............................ 79

    1.6.3 Autoria Desconhecida ................................................................ 79

    1.6.4 Lavratura de Auto de Priso em Flagrante ............................... 79

    1.6.5 Juizados Especiais e Crimes Comuns ....................................... 80

    1.6.6 Presena do Ministrio Pblico nos Atos Judiciais .................. 80

    1.6.7 Audincia Preliminar - Ausncia

    Injustificada do Autor do Fato ............................................................ 80

    1.6.8 Representao Oportunidade .................................................. 80

    1.6.9 Composio de Danos ................................................................ 80

    1.6.10 Proposta ..................................................................................... 81

    1.6.11 Denncia Oral Requisitos ..................................................... 81

    1.6.12 Citao Pessoal ......................................................................... 81

    1.6.13 Termos de Audincia - Atos Relevantes ................................. 81

    1.6.14 Fundamentao das Intervenes ........................................... 81

    1.6.15 Conciliadores ............................................................................ 82

    1.6.16 Audincia Preliminar - Proposta de Transao

    Participao de Juiz Leigo ou Conciliador ......................................... 82

    1.6.17 Pena de Multa - No Pagamento Execuo ......................... 82

    1.6.18 Transao Penal - no Cumprimento ..................................... 82

    1.6.19 Turmas Recursais Interveno ............................................. 83

    1.7 Observaes Gerais ....................................................................... 83

    2 CAO DOS REGISTROS PBLICOS, FUNDAES

    E ENTIDADES DE INTERESSE SOCIAL CAOFURP .......................... 84

    2.1 Das Associaes ............................................................................. 84

    2.1.1 Da Existncia Legal .................................................................... 85

    2.1.2 Dos Atos Constitutivos ............................................................... 85

    2.1.3 Das Disposies Estatutrias Obrigatrias ............................... 86

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 2.1.4 Do Controle Exercido pelo Ministrio Pblico ........................ 87

    2.1.5 Da Extino ................................................................................. 88

    2.2 Das Fundaes ............................................................................... 89

    2.2.1 Da Definio ................................................................................ 89

    2.2.2 Da Natureza ................................................................................. 89

    2.2.3 Do Instituidor .............................................................................. 91

    2.2.4 Dos Atos Constitutivos ............................................................... 91

    2.2.5 Da Vontade do Instituidor e dos

    Objetivos do Ente Fundacional ........................................................... 92

    2.2.6 Do Estatuto .................................................................................. 93

    2.2.7 Do Patrimnio, sua Constituio e Utilizao ......................... 94

    2.2.8 Das Fundaes de Apoio ............................................................ 97

    2.2.9 Das Fundaes de Previdncia Privada ..................................... 98

    2.2.10 Das Fundaes Partidrias ....................................................... 99

    2.2.11 Do Velamento ........................................................................... 100

    2.2.11.1 Dos instrumentos de atuao

    do curador de fundaes ..................................................................... 101

    2.2.12 Da Prestao de Contas ............................................................ 103

    2.2.13 Da Extino ............................................................................... 103

    2.2.14 Exposio Sinttica das Atribuies

    do Curador de Fundaes .................................................................... 106

    2.3 Da Estrutura Orgnica das Entidades

    Sem Fins Lucrativos ............................................................................ 108

    2.3.1 Introduo ................................................................................... 108

    2.3.2 Do rgo Deliberativo ............................................................... 108

    2.3.3 Do rgo Executivo ................................................................... 109

    2.3.4 Do rgo de Controle Interno................................................... 109

    2.4 Da Remunerao de Dirigentes e dos

    reflexos no Gozo de Imunidade Fiscal .............................................. 110

    2.5 Da Responsabilidade dos Dirigentes ............................................ 112

    2.6 Dos Ttulos, Certificados e Qualificaes .................................... 113

    2.7 Registros Pblicos .......................................................................... 115

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 2.7.1 Conceito ....................................................................................... 115

    2.7.2 Espcies ....................................................................................... 116

    2.7.3 Princpios ..................................................................................... 116

    2.7.4 Escritura Pblica ......................................................................... 117

    2.7.5 Registros Pblicos ....................................................................... 118

    2.7.5.1 Retificao do Registro de Nascimento ................................. 118

    2.7.5.1.1 Idade ...................................................................................... 118

    2.7.5.1.2 Nomes dos Ascendentes ...................................................... 119

    2.7.5.1.3 Naturalidade .......................................................................... 119

    2.7.5.2 Retificao do Registro de Casamento .................................. 119

    2.7.5.2.1 Idade ...................................................................................... 119

    2.7.5.2.2 Nome do Cnjuge ................................................................. 120

    2.7.5.2.3 Profisso Do Cnjuge ........................................................... 120

    2.7.5.2.4 Naturalidade do Cnjuge ..................................................... 120

    2.7.5.3 Registro Tardio de bito ......................................................... 120

    2.7.5.4 Traslados de Assentos Lavrados no Exterior ........................ 121

    2.7.5.4.1 Trasladao do Registro de Nascimento ............................ 123

    2.7.5.4.2 Trasladao do Registro de Casamento .............................. 123

    2.7.5.4.3 Trasladao do Registro de bito ....................................... 125

    2.7.5.5 Alterao de Nome .................................................................. 125

    2.7.5.6 Retificao Imobiliria ............................................................ 127

    2.7.5.7 Fundaes e Associaes Filantrpicas ................................ 129

    2.7.5.7.1 Velamento ............................................................................. 129

    2.7.5.7.2 Aprovao de Estatuto de Fundao .................................. 130

    2.7.5.7.3 Os Estatutos de Fundao Devero Conter: ...................... 130

    2.7.5.7.4 Observaes Importantes: ................................................... 131

    2.7.5.7.5 Alterao de Estatuto de Fundao: ................................... 132

    2.7.5.7.6 Atestado de Regular Funcionamento

    de Entidade Filantrpica: ..................................................................... 132

    2.7.5.7.7 Registro de Nascimento ....................................................... 133

    2.7.5.7.8 Registro de Casamento ........................................................ 134

    2.7.5.7.9 Registro Imobilirio ............................................................. 134

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 2.7.5.7.10 Transcrio, Inscrio e Matrcula .................................... 135

    2.7.5.7.11 Retificao Imobiliria ....................................................... 135

    2.7.5.7.12 Fuso Imobiliria ............................................................... 139

    2.7.5.7.13 Parcelamento do Solo Urbano .......................................... 140

    2.7.5.7.14 Pedido Judicial Registro de Escritura Pblica ................... 141

    2.7.5.7.15 Suscitao de Dvida ......................................................... 141

    2.7.5.7.16 Enfiteuse .............................................................................. 142

    2.8 Registro Civil .................................................................................. 144

    2.8.1 Histrico ...................................................................................... 144

    2.8.2 Espcies ....................................................................................... 146

    2.8.3 Alterao de Nome ..................................................................... 147

    2.8.4 Retificao Registro Civil ........................................................... 148

    2.9 Rotina Administrativa Desenvolvida no CAOFURP .................... 149

    2.9.1 Procedimentos ............................................................................ 149

    2.9.1.1 Denncia Direta ....................................................................... 150

    2.9.1.2 Consultas: Formas de Atendimento ...................................... 151

    2.9.1.2.1 Pessoalmente ........................................................................ 151

    2.9.1.2.2 Por telefone ........................................................................... 151

    2.9.1.2.3 Por E-mail ............................................................................. 151

    2.9.1.3 Distribuio de Feitos para o Ncleo de Fundaes ............ 152

    2.9.1.4 Arquivamento .......................................................................... 152

    2.9.1.5 Em Relao ao Envio de Informaes das Comarcas .......... 152

    2.9.1.6 Em Relao s Denncias feitas

    diretamente no CAOFURP ................................................................... 153

    2.9.1.7 Em Relao s Consultas ........................................................ 153

    2.9.1.7.1 Remessa de procedimento para

    outro Centro de Apoio Operacional ................................................... 154

    2.9.1.7.2 Recebimento de procedimento

    oriundo de outro CAO ......................................................................... 154

    2.9.1.7.3 Solicitao de Material ......................................................... 154

    3 CAO DA DEFESA DO PATRIMNIO PBLICO

    E DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA CAODPP ............................ 154

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 3.1 Apresentao .................................................................................. 155

    3.2 Consideraes Preliminares ......................................................... 156

    3.2.1 Tribunal de Contas dos Municpios ........................................... 156

    3.2.1.1 Atribuies ............................................................................... 156

    3.2.1.2 Contas de Gesto ..................................................................... 157

    3.2.2 Tomada de Contas Especial ....................................................... 159

    3.2.3 Contas de Governo ..................................................................... 160

    3.2.4 Tribunal de Contas do Estado .................................................... 162

    3.2.5 Repercusses Eleitorais ............................................................. 163

    3.2.6 Orientaes Gerais para Atuao .............................................. 164

    3.2.6.1 Imputao de Dbito e Multa ................................................. 164

    3.2.7 Anlise do Procedimento Administrativo,

    em face dos efeitos .............................................................................. 165

    3.2.7.1 Anlise Preliminar ................................................................... 165

    3.2.7.2 Arquivamento do Procedimento ............................................ 166

    3.2.7.3 Ao Judicial por Ato de Improbidade ................................... 167

    3.3 Consideraes Pertinentes ao

    Processo Judicial, de Natureza Cvel: ................................................. 168

    3.3.1 Prescrio .................................................................................... 168

    3.3.2 Legitimidade para iniciar a Ao ............................................... 173

    3.3.3 Ao Executiva ............................................................................ 177

    3.4 Improbidade Administrativa algumas consideraes .............. 182

    3.4.1 Atos de Improbidade Administrativa ........................................ 182

    3.4.1.1 Elemento Subjetivo (dolo ou culpa)

    na conduta do agente: ......................................................................... 186

    3.4.1.2 Petio inicial: .......................................................................... 194

    3.4.1.3 Notificao prvia do demandado ......................................... 199

    3.4.1.4 Competncia de foro e recurso .............................................. 204

    3.5 Consideraes Acerca da Reclamao STF 2.138/2007 ............. 207

    3.6 Consideraes Pertinentes ao Processo Judicial,

    de Natureza Criminal: .......................................................................... 210

    3.6.1 Anlise Preliminar dos Efeitos do Acrdo ............................. 212

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 3.6.1.1 Ressarcimento do Dano: ......................................................... 212

    3.6.1.2 Efeito Sancionador .................................................................. 213

    3.6.1.3 Atos de Improbidade no Prescritos: ..................................... 213

    3.6.2 Ao Civil Pblica por Ato de

    Improbidade Administrativa ................................................................ 214

    3.6.2.1 Diligncias Preliminares (Coleta de Provas): ........................ 214

    3.6.2.2 Petio Inicial: .......................................................................... 214

    3.6.2.3 Competncia: ........................................................................... 214

    3.6.2.4 Legitimidade Passiva ............................................................... 215

    3.6.2.5 Sentena: .................................................................................. 215

    3.6.2.6 CAODPP Na Internet (Site PGJ): .............................................. 215

    3.7 Condenao Apenas ao Pagamento de Multa ............................. 215

    3.7.1 Consideraes Gerais ................................................................. 215

    3.7.2 Anlise do Acrdo: ................................................................... 216

    3.7.3 Atraso na Prestao de Contas .................................................. 217

    3.8 Roteiro Simplificado ...................................................................... 220

    3.8.1 Tribunais de Contas .................................................................... 220

    3.8.1.1 Tribunal de Contas dos Municpios TCM ............................ 220

    3.8.1.2 Tribunal de Contas do Estado TCE ...................................... 221

    3.8.1.3 Tipos de Contas ....................................................................... 221

    3.8.1.4 Julgamento das Contas de Gesto ......................................... 221

    4 CENTRO DE APOIO OPERACIONAL

    DO MEIO AMBIENTE, CAOMACE ..................................................... 221

    4.1 Roteiros de Atuao ...................................................................... 222

    4.1.1 Matadouros .................................................................................. 222

    4.1.1.1 Passo 1 ...................................................................................... 222

    4.1.1.1.1 Providncia ............................................................................ 223

    4.1.1.2 Passo 2 (Opcional) : ................................................................. 223

    4.1.1.3 Passo 3 ...................................................................................... 223

    4.1.1.3.1 Providncia ............................................................................ 223

    4.1.1.4 Passo 4 ...................................................................................... 224

    4.1.1.4.1 Providncia ............................................................................ 224

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 4.1.1.5 Passo 5 ...................................................................................... 224

    4.1.1.5.1 Providncia ............................................................................ 224

    4.1.1.6. Legislao a ser observada .................................................... 225

    4.1.2 Poluio Sonora ......................................................................... 225

    4.1.2.1 Passo 1 ...................................................................................... 228

    4.1.2.1.1 Recebimento de Representao .......................................... 228

    4.1.2.1.2 Instaurao Ex OfcioB ...................................................... 228

    4.1.2.2 Passo 2 - Oitiva dos Interessados .......................................... 229

    4.1.2.3 Passo 3 - Oficiar ao Municpio

    buscando informaes sobre: ............................................................. 229

    4.1.2.4 Passo 4 - Oficiar ao rgo Competente

    para a Medio Sonora ........................................................................ 229

    4.1.2.5 Passo 5 - Audincia com o Investigado ............................... 229

    4.1.2.6 Passo 6 - Ajustamento de Conduta ........................................ 229

    4.1.2.7 Legislao a ser observada ..................................................... 230

    4.1.2.8 Nveis Mximos de rudos ...................................................... 231

    4.2 Roteiro de Atuao do Promotor de Justia para a

    questo da destinao dos resduos slidos nos Municpios .......... 233

    4.2.1 Passo 1 ......................................................................................... 233

    4.2.1.1 Recebimento da Representao: ............................................ 233

    4.2.1.2 Instaurao ex officio ........................................................... 234

    4.2.2 Passo 2 ......................................................................................... 234

    4.2.2.1 Providncias: ............................................................................ 234

    4.2.3 Passo 3 ......................................................................................... 234

    4.2.4 Passo 4 ......................................................................................... 234

    4.2.4.1 No caso de j existir uma Ao Civil Pblica: ...................... 234

    4.2.5 Passo 5 ......................................................................................... 235

    4.2.5.1 No caso do TAC ter sido firmado na ACP .............................. 235

    4.2.6.1 Legislao a ser observada ..................................................... 235

    4.3 Roteiro de Atuao do Promotor de

    Justia para a questo dos agrotxicos .............................................. 237

    5 INFNCIA E JUVENTUDE .................................................................. 250

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 5.1 Apresentao .................................................................................. 250

    5.2 Introduo: A Doutrina da Proteo

    Integral Infncia e Juventude ........................................................ 251

    5.3 O Ministrio Pblico na defesa dos Direitos

    Fundamentais das Crianas e dos Adolescentes ............................... 255

    5.4 O Direito vida e sade ............................................................. 260

    5.4.1 Peas e Jurisprudncias .............................................................. 264

    5.4.1.1 Jurisprudncia 1: Obrigao dos municpios de

    custearem tratamento para dependncia qumica de adolescentes

    em clnicas particulares ....................................................................... 264

    5.4.1.2 Jurisprudncia 2: Direito vida do nascituro

    pela observncia da melhor sade da gestante (STJ) ....................... 266

    5.5 O Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade ...................... 266

    5.5.1 Violao da Dignidade e Ato Infracional: ................................ 268

    5.5.2 Violao da Liberdade Sexual ................................................... 271

    5.5.3 Peas e Jurisprudncia ................................................................ 273

    5.5.3.1 Jurisprudncia 1: Aplicabilidade da manuteno de medida

    socioeducativa a pessoa que atingiu a maioridade civil .................. 273

    5.5.3.2 Jurisprudncia 2: Progresso da medida

    socioeducativa mediante a considerao de mudanas

    no contexto familiar do indivduo ..................................................... 274

    5.5.3.3 Jurisprudncia 3: STJ reconhece que anncio de

    evento sem indicar a classificao etria configura-se

    como ofensa integridade de crianas e adolescentes ................... 276

    5.5.3.4 Jurisprudncia 4: STJ reconhece a ausncia de

    competncia das Varas da Infncia e Juventude para

    expedir portarias que estabeleam limitaes de acesso

    locais de lazer atravs de toques de recolher ............................. 277

    5.6 O Direito Convivncia Familiar e Comunitria ....................... 277

    5.6.1 Jurisprudncia 1: Absoro pela Jurisprudncia do

    STJ do novo conceito de famlia mediante o reconhecimento

    de laos familiares baseados na afetividade ..................................... 286

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 5.6.2 Jurisprudncia 2: Anulada deciso que colocou

    recm-nascido em acolhimento institucional ao invs de

    deix-lo na convivncia da famlia substituta at o trmino

    do julgamento da ao de guarda definitiva ..................................... 287

    5.6.3 Jurisprudncia 3: TJRJ admite a concesso da guarda

    a pais biolgicos quando no foram rompidos completamente

    os laos de convivncia e afetividade, ainda que tenham confiado

    anteriormente a prole aos cuidados de terceiros ............................. 290

    5.7 Direito Educao, Cultura, ao Esporte e ao Lazer ............... 291

    5.8 Papel do Conselho Tutelar e Sugestes de Atuao .................. 296

    6 CVEL E CONSUMIDOR ..................................................................... 301

    6.1 Atuao do MP no Juzo de Famlia ............................................. 301

    6.1.1 Habilitao de Casamento ......................................................... 303

    6.1.2 Separao Judicial ...................................................................... 305

    6.1.3 Divrcio ....................................................................................... 305

    6.1.3.1 Modalidades de Divrcio: ....................................................... 306

    6.1.3.2 Efeitos do Divrcio .................................................................. 306

    6.1.4 Divrcio Consensual Extrajudicial ............................................ 307

    6.1.5 Modificao Regime de Bens ..................................................... 308

    6.1.6 Suprimento de Idade para Casamento ..................................... 309

    6.1.7 Suprimento de Consentimento para Casamento .................... 309

    6.1.8 Ao de Nulidade e Anulao de Casamento .......................... 309

    6.1.9 Aes Cautelares ........................................................................ 310

    6.2 Ao Declaratria de Unio Estvel ............................................. 310

    6.2.1 Interveno do Ministrio Pblico ............................................ 310

    6.2.2 Requisitos .................................................................................... 311

    6.2.3 Converso da Unio Estvel em Casamento: .......................... 311

    6.3 Tutela .............................................................................................. 311

    6.3.1 Da Tutela e a Interveno do Ministrio Pblico: ................... 312

    6.4 Curatela (Ao de Interdio) ....................................................... 312

    6.4.1 Legitimidade Passiva: ................................................................. 312

    6.4.2 Legitimidade Ativa: ..................................................................... 313

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 6.4.3 Competncia: .............................................................................. 313

    6.4.4 Ministrio Pblico, como: .......................................................... 313

    6.5 Guarda ............................................................................................. 314

    6.6 Regulamentao de Visitas ........................................................... 315

    6.7 Investigao de Paternidade ......................................................... 316

    6.7.1 Procedimento Administrativo: ................................................... 316

    6.7.2 Convnio: Coleta de Amostra ................................................... 317

    6.7.3 Procedimento Judicial ................................................................. 318

    6.7.3.1 Ministrio Pblico como parte ativa: ..................................... 318

    6.7.3.2 Ministrio Pblico como Fiscal da Lei: .................................. 318

    6.7.3.3 Ministrio Pblico e recurso: ................................................. 318

    6.7.3.4 Ministrio Pblico e desistncia nas

    aes de investigao de paternidade: ............................................... 319

    6.8 Ao de Alimentos ........................................................................ 319

    6.8.1 Legitimidade Ativa do MP: ......................................................... 319

    6.8.2 O MP como Fiscal da Lei: ........................................................... 320

    6.8.3 Dos Alimentos Internacionais: .................................................. 321

    6.9 Pedido de Mudana de Nome e

    Sexo Formulado por Transexual ........................................................ 322

    6.10 Recomendaes do Conselho Nacional

    do Ministrio Pblico ........................................................................... 327

    6.10.1 Nos Processos de Inventrios e

    Arrolamentos, Recomenda-se: ........................................................... 330

    6.10.2 Em caso de Alvars Inerentes

    Matria Sucessria, Recomenda-se: ............................................... 332

    6.10.3 Para Ao de Abertura, Registro

    e Cumprimento de Testamento, Recomenda-se: .............................. 333

    6.11 Atuao do MP nos Juizados Especiais Cveis .......................... 334

    6.12 Atuao do MP no Juzo da Fazenda Pblica ............................ 335

    6.13 Atuao do MP no DECON .......................................................... 341

    6.13.1 Consideraes Gerais: .............................................................. 341

    6.13.2 Aspectos Administrativos do CPDC (A Tutela Proteo /

    Defesa das Prerrogativas Jurdicas de Consumo) .............................. 341

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 6.13.2.1 A distino entre os termos

    Proteo/Defesa no mbito do CDC: ................................................. 342

    6.13.2.2 Lineamentos sobre a atuao

    do MP no mbito administrativo: ....................................................... 343

    6.13.2.3 Algumas consideraes acerca

    da Atuao dos rgos de Execuo do MP: .................................... 346

    6.13.2.4 Investigao Preliminar, Processo

    Administrativo, e Inqurito Civil Pblico: ......................................... 347

    6.13.2.4.1 Da Investigao Preliminar .............................................. 347

    6.13.2.4.2 Do Processo Administrativo: ............................................. 349

    6.13.2.4.3 Do Processo Administrativo Cautelar ............................... 351

    6.13.2.4.4 Do Inqurito Civil Pblico ................................................. 352

    6.13.2.4.5 Da Multa Dosimetria da Pena ......................................... 352

    6.13.2.4.6 Da Deciso Administrativa e do Recurso: ........................ 356

    6.13.2.5 Atuao Funcional na Comarca: .......................................... 358

    6.13.2.5.1 Atuao Social Educao para o Consumo: ................. 358

    6.13.2.5.2 Incentivo Criao de Procons ......................................... 359

    6.13.2.5.3 Audincias Pblicas ............................................................ 360

    6.13.2.5.4 Atendimento ao Consumidor ............................................ 360

    6.13.3 A Defesa do Consumidor em Juzo

    (A Tutela Civil dos Consumidores) ..................................................... 361

    6.13.3.1 Atuao como Dominus Litis: .............................................. 361

    6.13.3.2 Atuao como Custos Legis: ................................................ 362

    6.13.4 ATutela Penal dos Consumidores ........................................... 363

    6.13.4.1 A Estrutura Tridimensional

    do Direito do Consumidor: ................................................................. 363

    6.13.4.2 Inao Estatal e Impunidade ................................................ 365

    6.13.4.3 O Direito Penal e Funo Repressiva

    aos Delitos de Consumo ..................................................................... 368

    6.13.4.4 Da presuno de Extino da Punibilidade

    face ao adimplemento da Obrigao derivada

    da relao de consumo ....................................................................... 370

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 6.14 Da atuao do Ministrio Pblico

    na falncia e na recuperao de empresas: ...................................... 371

    6.14.1 Atuao do Ministrio Pblico na Falncia: .......................... 371

    6.14.2 Atuao do Ministrio Pblico

    na recuperao de empresa: ............................................................... 372

    6.15 Cveis - Ministrio Pblico:

    atuao nas Varas Cveis ..................................................................... 373

    6.15.1 Introduo ................................................................................. 373

    6.15.2 Aspectos prticos das aes mais recorrentes ....................... 375

    6.15.2.1 Ao de Usucapio ................................................................ 376

    6.16.2.2 Jurisdio Voluntria ............................................................. 380

    6.15.2.3 Mandado de Segurana ......................................................... 381

    6.15.2.4 Ao Civil Pblica .................................................................. 382

    6.15.2.5 Ao Previdenciria ............................................................... 383

    6.15.2.6 Ao de Indenizao

    decorrente de acidente de trabalho .................................................... 383

    6.15.2.7 Ao Consumerista ............................................................... 384

    6.15.2.8 Ao em que haja Pedido de Declarao Incidental

    de Inconstitucionalidade de Lei ou Ato Normativo .......................... 384

    6.15.2.9 Ao em que tenha sido interposto Recurso ...................... 384

    6.15.3 Concluso .................................................................................. 384

    7 O CENTRO DE APOIO OPERACIONAL

    ELEITORAL CAOPEL .......................................................................... 385

    7.1 Introduo ...................................................................................... 385

    7.2 Centro de Apoio Eleitoral ............................................................. 387

    7.3 A Designao dos Promotores Eleitorais .................................... 388

    7.4 A Legitimidade do Ministrio Pblico Eleitoral .......................... 390

    7.5 Funes do Ministrio Pblico Eleitoral ...................................... 391

    7.5.1 Funes relativas ao alistamento eleitoral .............................. 392

    7.5.2 Funes relativas ao controle das filiaes partidrias .......... 394

    7.5.3 Funes relativas fiscalizao das contas partidrias .......... 395

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 7.5.4 Funes relativas fiscalizao

    das convenes partidrias ................................................................. 396

    7.5.5 Funes relativas ao registro das candidaturas ....................... 397

    7.5.6 Funes relativas propaganda poltica .................................. 402

    7.5.7 Funes relativas votao,

    apurao e totalizao dos resultados ............................................... 410

    7.5.8 Funes relativas prestao de contas de campanha .......... 413

    7.5.9 Funes relativas diplomao ................................................ 425

    7.5.10 Funes relativas apurao dos crimes cleitorais .............. 426

    8 MODELOS E FORMULRIOS ............................................................ 430

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

  • 24

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    Apresentao

    Desde o ano de 2008, quando inauguramos os procedimentos de

    nosso Planejamento Estratgico, o primeiro efetivamente realizado com

    participao representativa dos membros e servidores do Ministrio P-

    blico do Cear, vimos implementando uma srie de medidas e rotinas

    objetivando o aprimoramento de nossa atuao.

    No curso dessas medidas diretamente relacionadas ao planejamento

    em questo, promovemos a reestruturao dos Centros de Apoio Ope-

    racionais, incumbindo-os de planejar e acompanhar a atuao do Mi-

    nistrio Pblico em cada rea, Criminal, Registros Pblicos, Patrimnio

    Pblico, Meio Ambiente, Infncia e Juventude, Eleitoral, Cvel e Consu-

    midor, compondo-se, desta forma, o Plano Geral de Atuao do Minis-

    trio Pblico do Cear.

    O Manual Bsico, que ora apresentamos aos Colegas, resultado de

    uma parcela de todo esse trabalho a que temos nos dedicado nesse

    intervalo de tempo. Os artigos, roteiros e formulrios que compem

    esta publicao fazem parte desse projeto, que, na verdade, engloba

    vrios outros trabalhos que resultam desse marco institucional, e alme-

    ja fornecer indcios para que se possa repensar a configurao de um

    Ministrio Pblico consentneo com as expectativas da sociedade mo-

    derna, dos novos tempos, cada um fazendo a sua parte, mas colaboran-

    do com o conjunto, com a Instituio, como sugerido na capa.

    A coordenao desta publicao, a cargo da Dra. Sheila Pitombeira,

    antes de concretizar um de nossos objetivos estratgicos, uniformizar

    os procedimentos dos rgos de execuo e administrativos, instituin-

    do mecanismos voltados orientao desses rgos, tambm contribui

    para uma reflexo significativa sobre como temos atuado e como pode-

    remos evoluir, projetando para o futuro uma construo cultural em

  • 25

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    que a informao, a adaptao dos contedos, teorias e conceitos de

    uma matriz cientfica podem combinar com as singularidades locais de

    cada Promotoria de Justia.

    Acreditamos que o presente manual, a par de ser um estudo criteri-

    oso, caracteriza-se tambm como um objeto de conhecimento e de for-

    mao, uma vez que explica as formas de atuao institucional, permi-

    tindo a compreenso e a aproximao dos diferentes nveis hierrqui-

    cos dessa atuao. Enfim, apresenta-se como importante instrumento

    de comunicao, produo e transmisso de conhecimento ante a pre-

    mente necessidade de atuao do Ministrio Pblico, cada vez mais ins-

    tigado pelas relaes contraditrias da sociedade contempornea.

    Socorro Frana

    Procuradora-Geral de Justia

  • 26

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    INTRODUO

    Sheila Pitombeira1

    A partir do ano de 1993, quando da publicao da Lei Orgnica Naci-

    onal do Ministrio Pblico, Lei Federal N 8.625, de 12 de fevereiro de

    referido ano, todos que integramos a Instituio temos nos preocupado

    com a efetiva implementao da lei nos seus respectivos Estados da

    Federao, bem como, ano a ano, preocupamo-nos em qualificar os

    procedimentos, rotinas e condutas relacionados a essa implementao.

    Assim, to logo promulgada a Lei Orgnica, os Ministrios Pblicos,

    em maioria, adotaram algumas providncias, como a criao dos Cen-

    tros de Apoio Operacional, ainda que no tivessem a nova Lei Comple-

    mentar do Ministrio Pblico daquele Estado.

    Os Centros de Apoio Operacional - CAOs, como definidos na Lei N

    8.625/93, so rgos auxiliares da atividade funcional do Ministrio

    Pblico, cabendo-lhes, dentre outras atribuies legais, prestar auxlio

    e promover a integrao e o intercmbio entre os rgos de Execuo,

    o Procurador-Geral de Justia, o Conselho Superior do Ministrio Pbli-

    co, os Procuradores de Justia e os Promotores de Justia, que atuam

    em uma mesma rea ou tenham atribuies comuns2 .

    O Ministrio Pblico do Estado do Cear, como ocorreu em outros

    estados, instituiu seus Centros de Apoio Operacionais antes da edio

    da respectiva Lei Complementar Estadual que, no caso do Cear, so-

    mente foi promulgada em 12 de dezembro de 2008. Entretanto, no

    obstante esse descompasso de tempo da Lei Complementar estadual em

    relao ao ano de 1993, data de promulgao da Lei Orgnica Nacional,

    j em 1995 criou o primeiro Centro de Apoio Operacional, o da Morali-

    dade Administrativa, atravs do Provimento N 18, em 16 de junho de

    1995 daquele ano.

    Na sequncia vieram os outros Centros de Apoio: da Infncia e da

    Juventude, em 26 de julho de 1995; do Processo e Julgamento dos Cri-

  • 27

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    mes contra a Ordem Tributria, em 30 de agosto de 1995; de Grupos

    Socialmente Discriminados e do Acidente do Trabalho, em 29 de de-

    zembro de 1995; de Controle Externo da Atividade Policial, em 22 de

    dezembro de 1997; de Proteo Ecologia, Meio Ambiente, Paisagsti-

    co, Patrimnio Histrico, Artstico e Cultural, em 18 de fevereiro de 1998.

    Desde ento os Centros de Apoio vm, naturalmente, sofrendo alte-

    raes em torno das respectivas reas de atuao, segundo as necessi-

    dades institucionais de apoio em cada rea, como ocorreu com o Centro

    de Apoio dos Grupos Socialmente Discriminados e de Acidente de Tra-

    balho em 1996, cuja rea de atuao sofreu alteraes para incluso da

    proteo do idoso.

    A par dessas modificaes pontuais, dois momentos posteriores se

    relacionam com o desenho do perfil atual dos Centros de Apoio. O pri-

    meiro deles ocorreu em 2007, ano em foi criado o Centro de Operacio-

    nal das Promotorias de Justia de Acidentes do Trabalho, Defesa da Ci-

    dadania, Defesa do Idoso e do Portador de Deficincia, Provimento 42,

    de 22 de agosto de 2007, em substituio ao Centro dos Grupos Social-

    mente Discriminados e de Acidente de Trabalho. Naquele ano, tambm,

    em 07 de novembro, houve a criao do Centro de Apoio de Registros

    Pblicos e Promotorias de Justia de Tutela de Fundaes e Entidades de

    Interesse Social.

    O outro momento aconteceu em 2008, com a criao do Centro de

    Apoio Eleitoral, Provimento N 32, de 19 de maro, alterado em 11 de

    abril do mesmo ano, e a reestruturao de todos os Centros de Apoio,

    conforme os termos do Provimento N 70, de 22 de agosto de 2008. Essa

    reestruturao, uma necessidade identificada nos trabalhos prelimina-

    res do diagnstico do Planejamento Estratgico, consistiu em renomear

    alguns CAOs, redimensionar-lhes as atribuies de apoio aos rgos de

    execuo e atribuir-lhes encargos voltados ao assessoramento da pol-

    tica institucional e formulao do Plano Especfico de Atuao PEA,

    nas respectivas reas.

    Desde ento o Ministrio Pblico do Cear conta o auxlio dos se-

    guintes CAOs: Centro de Apoio Operacional Criminal, da Execuo Cri-

  • 28

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    minal e do Controle Externo da Atividade Policial; Centro de Apoio Ope-

    racional dos Registros Pblicos, das Fundaes e das Entidades de Inte-

    resse Social; Centro de Apoio Operacional da Cidadania; Centro de Apoio

    Operacional da Defesa do Patrimnio Pblico e da Moralidade Adminis-

    trativa; Centro de Apoio Operacional de Proteo Ecologia, Meio Am-

    biente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimnio Histrico, Arts-

    tico e Cultural; Centro de Apoio Operacional da Infncia e Juventude;

    Centro de Apoio Operacional Cvel e do Consumidor e Centro de Apoio

    Operacional Eleitoral.

    Naturalmente, o redimensionamento dos CAOs, sobretudo com a

    atribuio de formular anualmente os respectivos planos de atuao,

    que devem ser orientados pelos resultados das consultas pblicas, audi-

    ncias pblicas, e das consultas entre os Membros, implicou novos en-

    cargos a todos, Coordenadores e membros da Instituio, em particular

    aos Promotores de Justia das Promotorias das Comarcas do Interior,

    muitas vezes com sobrecarga de demandas coletivas a formalizar e

    acompanhar, sem falar da atuao judicial.

    Assim, a ideia do presente Manual Bsico para a Atuao do Promo-

    tor de Justia objetiva no s cumprir uma ao do planejamento estra-

    tgico, ocasio em que foi observada essa necessidade, a de elaborar e

    implantar manuais de procedimentos e rotinas, seja na rea institucio-

    nal ou na administrativa. Objetiva ainda auxiliar o Promotor de Justia

    em suas consultas rpidas sobre a forma de fazer ou conduzir determi-

    nada atuao. Objetiva, ainda, apresentar um modelo de atuao a par-

    tir do qual possa ser lapidado o perfil do Ministrio Pblico do Cear.

    O MANUAL apresenta orientaes, sugestes e modelos de atuao

    em cada uma das reas dos CAOs, segundo a ordem retronomeada, que

    ordem de apresentao de cada Centro de Apoio constante do referido

    Provimento N 70/2008 e est disponibilizado na verso escrita e digi-

    tal. As referncias e abonaes das respectivas reas foram realizadas

    e/ou orientadas pelos respectivos coordenadores: Dr. Andr Karbage,

    CAOCRIM; Dr. Leo Bossard, CAOFURP; Dra. Jaqueline Faustino, CAO-

    DPP; Dr. Odilon Silveira, CAOPIJ; Dra. Ana Bastos, CAOCC; Dr. Emanuel

  • 29

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    Giro, CAOPEL e por mim, no CAOMACE. Naturalmente, todos recebe-

    mos ajuda de outros colegas e servidores, como se ver na leitura das

    orientaes aqui sugeridas.

    Guardamos a expectativa de que este seja o primeiro volume de uma

    srie, cujas abordagens posteriores evidenciaro o marco e a evoluo

    de nossa atuao institucional.

  • 30

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    I INFORMAES GERAIS

    Sheila Pitombeira

    O presente captulo cuida de apresentar recomendaes, sugestes e

    algumas informaes sobre os prazos estabelecidos em nossa Lei Org-

    nica Estadual.

    1 RECOMENDAES INICIAIS

    De acordo com o captulo constitucional dedicado ao Ministrio P-

    blico3 , o ingresso na carreira dar-se somente mediante concurso pbli-

    co de provas e ttulos, assegurada a participao da Ordem dos Advoga-

    dos do Brasil em sua realizao, sendo exigido como requisito indis-

    pensvel o grau de bacharel em Direito e o exerccio mnimo de trs

    anos de atividade jurdica. A nomeao, naturalmente, deve acontecer

    segundo a ordem de classificao no certame4 .

    A Lei Orgnica Federal disciplina sobre o ingresso, nomeao e pos-

    se aos quadros do Ministrio Pblico nos art. 59 a 59 e a Lei Orgnica

    Estadual no Ttulo I do Livro II, arts 120 a 129. Ambas estabelecem ou-

    tros requisitos para o ingresso na carreira, como ser brasileiro e estar

    em gozo dos direitos polticos. Exigem ainda que o candidato nomeado

    apresente declarao de bens antes da posse.

    Ao assumir a Promotoria de Justia, o Promotor deve comunicar sua

    assuno ao cargo autoridade judicial local, fazendo-o pessoalmente,

    e, atravs de ofcio, ao Prefeito Municipal, ao Presidente da Cmara

    Municipal, ao Defensor Pblico, ao Presidente da Subseo da Ordem

    dos Advogados do Brasil, ao Delegado de Polcia e outras autoridades

    locais, disponibilizando-se a receber a todos com vistas atuao do

    Ministrio Pblico e ao bom relacionamento com os diversos segmen-

    tos da sociedade5 . Essa comunicao deve acontecer sempre que o Pro-

    motor assumir a titularidade de uma Promotoria de Justia.

    O Promotor de Justia deve, tambm, comunicar Procuradoria Ge-

  • 31

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    ral de Justia e ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico o endereo

    residencial na comarca (endereo completo, incluindo telefone, fixo e/

    ou mvel). Mudanas futuras de endereo ou trocas de nmeros de tele-

    fone tambm devem ser comunicadas, de vez que a residncia na co-

    marca dever funcional, art. 43, inciso X da Lei Federal N 8625/93, e

    art. 212, inciso XV da Lei Estadual N 72/2008.

    Dever ser igualmente comunicado o retorno s atribuies funcio-

    nais aps perodo de frias, licenas6 e afastamentos7 . Alis, to logo

    retorne s funes, ou mesmo assuma novo cargo, oportuno que o

    membro do Ministrio Pblico solicite certido sobre os processos com

    vista ao Ministrio Pblico e sobre as audincias agendadas durante sua

    ausncia da secretaria do juzo onde oficia, com o objetivo de inteirar-

    se das atividades a serem desenvolvidas. Deve, da mesma forma, confe-

    rir os feitos e a agenda extrajudicial da Promotoria de Justia.

    Alm das comunicaes retromencionadas, devem ainda ser comu-

    nicados os seguintes eventos:

    1.1 Ao Procurador-Geral de Justia

    a) Declarao anual de seus bens, do cnjuge ou companhei-ro e de familiares que vivam sob sua dependncia. Essa comu-nicao deve acontecer aps o envio da declarao anual derenda.b) Fatos atentatrios s garantias e prerrogativas institucio-nais8 .c) Endereo onde poder ser encontrado em perodo de frias9 .

    1.2 Ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico

    a) Exerccio de Magistrio, indicando a instituio de ensino,sua localizao e o horrio da atividade docente, demonstran-do sua compatibilidade com as atribuies do cargo de Pro-motor de Justia na comarca onde titular;b) Fatos atentatrios s garantias e prerrogativas institucio-nais10 .c) Comunicao da pauta de audincias, dos prazos abertospara recursos ou razes e da relao discriminada dos inqu-ritos policiais, processos, judiciais ou extrajudiciais, com vis-tas ao Ministrio Pblico, ao entrar em gozo de frias11 .

  • 32

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    1.2 Ao Substituto

    Comunicao da pauta de audincias, dos prazos abertos para recur-

    sos ou razes e da relao discriminada dos inquritos policiais e pro-

    cessos, judiciais ou extrajudiciais, com vistas ao Ministrio Pblico, ao

    entrar em gozo de frias12 .

    O membro do Ministrio Pblico deve atender s convocaes do

    Procurador-Geral de justia e do Corregedor-Geral do Ministrio Pbli-

    co, bem como s solicitaes de colegas para acompanhar atos judiciais

    ou diligncias que devam ser realizadas na jurisdio de suas atribui-

    es funcionais13 . Entretanto, no deve permitir que servidores da Insti-

    tuio pratiquem atos privativos de Promotor de Justia. Tampouco, deve

    delegar atos e/ou subscrio dos expedientes a seu cargo, incluindo os

    que so destinados aos rgos da Administrao Superior.

    A par de todos esses compromissos funcionais, o membro do Minis-

    trio Pblico deve conferir diariamente a intranet e o e-mail institucio-

    nal. No deve esquecer que o dia 14 de dezembro o DIA NACIONAL DO

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO CEAR14 .

    2 PRAZOS:

    De acordo com os regramentos da Lei Orgnica Estadual, os mem-

    bros do Ministrio Pblico do Cear devem observar os seguintes

    prazos:

    2.1 Sobre as eleies no Ministrio Pblico:

    a) At 30 dias antes do trmino do mandato do Procurador-Geral de Justia, a eleio destinada formao da lista trplicepara Procurador-Geral de Justia15 .b) At 10 dias da vacncia do cargo de Procurador-Geral deJustia para convocao de eleio para Procurador-Geral deJustia pelo Colgio de Procuradores de Justia;16c) At 120 dias antes da data das eleies para Conselho Su-perior o prazo para desincompatibilizao de Procurador deJustia que esteja no exerccio de um dos cargos elencados nosincisos do art. 37 da Lei Orgnica Estadual;17

  • 33

    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    d) At 120 dias antes da data das eleies para o cargo deCorregedor-Geral do Ministrio Pblico o prazo para desin-compatibilizao de Procurador de Justia que esteja no exer-ccio de um dos cargos elencados nos incisos do art. 5218 .e) At 30 dias antes do trmino do mandato do Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, a eleio pelo Colgio de Procura-dores para o novo mandato de Corregedor-Geral do MinistrioPblico19 .f) Primeira semana de novembro publicao de Resoluo doColgio de Procuradores de Justia com instrues sobre a elei-o para o Conselho Superior do Ministrio Pblico20 .g) Na primeira quinzena de novembro, o Colgio de Procurado-res de Justia dever convocar as eleies para a composiodo Conselho Superior do Ministrio Pblico21 .h) Primeira quinzena do ms de dezembro dever acontecer arealizao da eleio para a composio do Conselho Superi-or do Ministrio Pblico22 .

    2.2 Sobre as atribuies e deveres

    dos Membros do Ministrio Pblico:

    a) At 30 dias para o membro do Ministrio Pblico realizar osdevidos procedimentos para a tramitao de peties, recla-maes de qualquer natureza, notcias de irregularidades quelhe forem encaminhadas, promovendo as apuraes cabveisa cada caso23 .b) At 30 dias aps o trnsito em julgado de sentena criminalcondenatria aplicada a estrangeiro, remeter cpia da deci-so, da folha de antecedentes criminais constantes dos autosda ao penal e a certido de trnsito em julgado ao Ministroda Justia24 .c) At 3 dias, aps a manifestao de arquivamento promovi-da em inqurito civil, procedimento administrativo e pea deinformao, a remessa dos respectivos autos ao ConselhoSuperior do Ministrio Pblico para exame e deliberao25 .d) At 15 dias da indicao dos assessores pelo Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, para o Procurador-Geral de Justianomear os Promotores de Justia da mais elevada entrnciaindicados para a funo de Promotor-Corregedor Auxiliar26 .e) De 15 dias para o Colgio de Procuradores de Justia delibe-rar sobre a recusa do Procurador-Geral de Justia em nomearos assessores indicados pelo Corregedor-Geral do MinistrioPblico27 .f) At o dia 10 de abril de cada ano, o envio de sugestes dasPromotorias de Justia ao Procurador-Geral de Justia, comvistas elaborao do Plano Anual de Atuao do MinistrioPblico para o exerccio seguinte28 .g) At o dia 10 de cada ms, Procuradores e Promotores deJustia devero remeter Corregedoria Geral do Ministrio P-blico os quadros estatsticos dos processos distribudos e de-volvidos29 .h) At o dia 20 de cada ms, Procuradores e Promotores de

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    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    Justia, devero remeter relatrio das atividades funcionais doms anterior ao Ncleo de Estatstica e Gesto Estratgica NEGE, para viabilizar o cumprimento do prazo previsto nasResolues 25, 03 de dezembro de 2007, e 33, de 15 de dezem-bro de 2008, expedidas Pelo Conselho Nacional do MinistrioPblico CNMP30 .i) At o dia 10 de abril de cada ano, o envio de sugestes dasProcuradorias de Justia ao Procurador-Geral de Justia, comvistas elaborao do Plano Anual de Atuao do MinistrioPblico para o exerccio seguinte31 .j) At o dia 30 de junho, o Procurador-Geral dever elaborar oPlano Anual de Atuao do Ministrio Pblico do Cear, sub-metendo-o apreciao do Colgio de Procuradores de Justi-a32 .k) At o dia 10 do ms subsequente, o recebimento do relatriotrimestral elaborado pelo estagirio pelo coordenador do est-gio33 .l) Mensal, o envio da frequncia do estagirio pelo rgo doMinistrio Pblico a que estiver vinculado administrativamen-te o estagirio ao coordenador do estgio,34 .m) At 15 de janeiro de cada ano para os Coordenadores deCentros de Apoio enviarem ao Procurador-Geral de Justia orelatrio das atividades realizadas no exerccio anterior, apre-sentarem a Proposta do Plano de Atuao Especfica (PEA)para o ano em curso e apresentarem ao Conselho Superior doMinistrio Pblico o relatrio das atividades com as Promoto-rias de Justia, Art. 8 e seguintes do Provimento 070, de 30 desetembro de 2008.n) Trimestralmente dever acontecer a reunio dos Coordena-dores de Centros de Apoio com o Procurador-Geral de Justiapara balano das atividades35 ;o) Primeira semana de dezembro para reunio conjunta detodos os Coordenadores de Centros de Apoio com os rgosde execuo para avaliao conjunta das atividades36 ,

    2.3 Sobre a carreira

    a) At 10 dias para manifestao do membro do MinistrioPblico junto ao CSMP, sobre sua pretenso de concorrer promoo ou remoo de cargo destinado a provimento deri-vado37 .b) At 3 dias antes da sesso do CSMP que apreciaria o pedidode promoo ou remoo do Ministrio Pblico, para formali-zar desistncia junto ao CSMP38 .c) At 5 dias da publicao do ato de promoo, para manifes-tar opo de remoo para o cargo que ocupava anteriormen-te, no caso de Promotoria de Justia elevada de entrncia39 .d) At 30 dias, contados do compromisso e posse, da publica-o do ato de promoo ou remoo, ou das demais formasde provimento derivado, para o membro do Ministrio Pblicoentrar em exerccio na respectiva titularidade40 .e) At 10 dias, a partir do exerccio, o Promotor de Justia terdireito a perodo de trnsito, no caso de promoo ou remoo

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    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    de promotoria de comarcas distintas 41 .f) At 31 de janeiro de cada ano, a publicao da lista de anti-guidade dos membros da carreira, apurada at o ltimo dia doexerccio anterior42 .g) 1 ano impedido de concorrer promoo, na hiptese derenncia promoo no prazo de 30 dias para entrar em exer-ccio43 .h) Aps o binio do estgio probatrio, apresentao de rela-trio circunstanciado sobre a atuao pessoal e funcional doPromotor de Justia em estgio probatrio , pelo Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, ao Conselho Superior do MinistrioPblico44 .i) 12 meses, aps punio, disciplinar poder concorrer pro-moo por antiguidade ou merecimento45 .j) 1 ano de interstcio de efetivo exerccio na entrncia ou Pro-motoria de Justia pelos pretendentes, para remoo por per-muta46 .k) 2 anos de efetivo exerccio na Promotoria de Justia apsremoo por permuta, para renovao de remoo por permu-ta47 .l) 2 anos de interstcio de efetivo exerccio em decorrncia dapromoo do membro do Ministrio Pblico48 .m) 3 anos do termo inicial da disponibilidade compulsria, ointeressado poder requerer ao CSMP a cessao dos motivosque a determinaram49 .n) At 2 anos para acumular frias no gozadas por necessi-dade de servio50 .o) At 30 dias poder ser concedida licena mdica medianteapresentao de atestado mdico. Acima desse perodo hnecessidade de inspeo pela Percia Mdica51 .p) At 2 anos de licena para trato de interesse particular, noremunerada, sendo defeso afastamento nesse sentido ao Pro-motor de Justia em estgio probatrio52 .q) 2 aps a extino da ou do seu cumprimento o membro doMinistrio Pblico poder postular a reabilitao junto aoCSMP53 .

    2.4 Sobre a impugnao de permanncia

    na carreira e o processo disciplinar:

    a) Antes de completado o binio do estgio probatrio para oCorregedor-Geral do Ministrio Pblico remeter ao ConselhoSuperior do Ministrio Pblico Pedido de Impugnao de Per-manncia na Carreira de Promotor de Justia54 .b) At 15 dias para concluso da instruo do Pedido de Im-pugnao de Permanncia na Carreira remetido pelo Correge-dor -Geral do Ministrio Pblico ao Conselho Superior do Mi-nistrio Pblico 55 .c) At 10 dias para ouvida do Promotor de Justia, apresenta-o de defesa prvia e requerimento de provas junto ao Pedidode Impugnao de Permanncia de Promotor de Justia emestgio probatrio na Carreira, remetida pelo Corregedor-Ge-ral do Ministrio Pblico ao Conselho Superior do Ministrio

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    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    Pblico56 .d) At 10 dias, contados da intimao pessoal do Promotor deJustia, que deve ocorrer somente aps o encerramento da ins-truo do Pedido de Impugnao de Permanncia na Carreira,para apresentao das alegaes finais em referido Pedido deImpugnao57 .e) At 5 dias, contados da intimao pessoal do interessado,para interposio de recurso ao Colgio de Procuradores deJustia, na hiptese de deciso contrria ao vitaliciamento58 .f) At 30 dias para o Colgio de Procuradores de Justia julgaro recurso interposto contra deciso desfavorvel ao vitalicia-mento59 .g) At 15 dias do conhecimento da irregularidade ou falta fun-cional praticada por membro do Ministrio Pblico, dever serinstaurado o procedimento disciplinar (sindicncia, inquritoadministrativo e processo administrativo) pelo rgo da Ad-ministrao Superior competente60 .h) At 15 dias aps a instaurao da sindicncia, o Correge-dor-Geral mandar ouvir o membro do Ministrio Pblico paraapresentar sua defesa61 .i) At 30 dias deve ser concludo o inqurito administrativo,podendo ser prorrogado por igual perodo, devendo ser conce-dido prazo de 15 dias para o indiciado concluda a instruo62 .j) At 90 dias deve ser concludo o processo administrativo,podendo ser prorrogado por perodo de 30 dias, contados dapublicao da deciso de instaurao63 .k) At 10 dias da citao pessoal do Promotor de Justia paraa realizao de seu interrogatrio, facultando-lhe a indicaode dia e hora64 .l) At 15 dias, contados do interrogatrio, para apresentaoda defesa prvia em processo administrativo65 .m) At 15 dias, contados da concluso da instruo, para asalegaes finais66 .n) At 15 dias, decorrido o prazo das razes finais no processoadministrativo para remessa ao Conselho Superior do Minist-rio Pblico67 .o) At 10 dias para interposio de recurso ao Colgio de Pro-curadores de Justia de deciso, condenatria ou absolutria,proferida pelo Procurador-Geral de Justia, Corregedor-Geraldo Ministrio Pblico e pelo Conselho Superior do MinistrioPblico68 .p) At 30 dias da interposio de recurso, contra deciso con-denatria ou absolutria, para o Colgio de Procuradores deJustia apreci-lo, podendo o prazo ser prorrogvel por igualperodo, se houver motivo justo69 .

    3 INSTRUMENTOS E MEDIDAS

    UTILIZADOS NO EXERCCIO DAS FUNES

    As leis orgnicas, federal (8625/93) e estadual (72/2008), indicam

    algumas das medidas e procedimentos a serem utilizados pelos mem-

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    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    bros do Ministrio Pblico no exerccio de suas funes, art. 26 e 27 da

    Lei Federal N 8625/93 e art. 116 e 117 da Lei Complementar Estadual N

    72/2008. Dentre eles merecem destaque os seguintes:

    3.1 Audincia Pblica

    3.1.1 Conceito:

    Ato pblico de consulta, escuta ou ausculta sociedade, grupos inte-

    ressados ou qualquer cidado sobre determinado problema ou reclama-

    o ambiental ou em torno de sua atuao institucional.

    3.1.2 Caracterstica: carter oficial e consultivo

    3.1.3 Objetivo

    Ateno s pessoas envolvidas em torno de direitos ou assuntos

    ambientais de seu interesse de modo a subsidiar a adoo das medidas

    cabveis ao fato exposto.

    3.1.4 Tipos de Audincia Pblica:

    a) Audincia Pblica para promover a ausculta da sociedadeem torno dos direitos que lhe so assegurados nas Constitui-es Federal e Estadual e nas Leis Orgnicas Municipais (LeiFederal N 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, art. 27, Pargrafonico, inciso IV, c/c a Lei Complementar Estadual N 072, de12 de dezembro de 2008, art. 117, Pargrafo nico, alnea d);b) Audincia Pblica para promover a exposio do contedodo Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) bem como a dis-cusso dos provveis impactos ambientais de empreendimen-tos em processo de licenciamento ambiental (BRASIL, Resolu-o CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986, art. 11, 2 c/c aResoluo CONAMA 009, de 03 de dezembro de 1987).c) Audincia Pblica para promover a ausculta da sociedadeem torno da atuao institucional do Ministrio Pblico.d) Audincia ou consulta Pblica com previso legal para pro-mover ausculta da populao local em torno de criao deunidade de conservao (art. 22, 2 da Lei Federal N 9985,de 18 de julho de 2000).e) Audincia Pblica para debates da populao e associa-es representativas dos diversos segmentos da comunidade

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    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    em torno da proposta do plano diretor (art. 40, 2, I, da LeiFederal N 10257, 10 de julho de 2001).

    3.1.5 Procedimentos Preparatrios

    realizao da Audincia Publica

    a) Proceder anlise da convenincia ou no da realizao deaudincia no curso de Inqurito Civil ou Procedimento Admi-nistrativo em tramitao no rgo de Execuo, em torno doobjeto de investigao que vem sendo realizada pelo MP. Veri-ficada a convenincia, emitir manifestao nesse sentido, de-signando a data, hora e local para sua realizao;b) Proceder anlise da convenincia ou necessidade de reali-zao de audincia pblica prvia em torno de temtica relaci-onada aos direitos constitucionais assegurados ao cidado,com vistas a coletar informaes e subsidiar a atuao minis-terial na defesa desses direitos;c) Proceder anlise da convenincia ou necessidade de realiza-o de audincia pblica com vistas coleta de informaesem torno da atuao institucional do MP;d) Proceder anlise da necessidade de discutir o contedo doRIMA com a populao envolvida com vistas aos necessriosesclarecimentos tcnicos e coleta de subsdios adequadaatuao do MP ao caso especfico;e) Preparar a pauta da Audincia Pblica;f) Realizar as providncias iniciais, tais como: escolha do local,que deve ser acessvel, e da data; elaborao da lista de auto-ridades, peritos, tcnicos, das pessoas a serem convidadas edas que sero notificadas; elaborao da lista de informaes,documentos, laudos, percias que devero ser apresentadasou disponibilizadas no curso da audincia, salvo os que foremacobertados pelo sigilo legal; elaborao da lista das pessoasque devero compor a mesa; formalizao de solicitao dolocal e de servios de copa, ou contratar tais servios, se for ocaso; prvia contratao de gravao por qualquer meio; pre-parao do formulrio de coleta de informaes em torno daopinio dos participantes sobre a audincia pblica realizada;g) Formalizar os convites e notificaes segundo as respecti-vas listas;h) Requisitar auxlio ou reforo da Polcia, se for o caso;i) Divulgar a realizao da audincia pblica junto aos rgosdo Ministrio Pblico (internet e intranet), aos grupos ou pes-soas diretamente relacionadas, ao rgo ambiental estadual,municipal e federal, se for o caso;j) Na hiptese de Audincia Pblica para promover a auscultada sociedade em torno da atuao institucional do MinistrioPblico: definir o escopo da audincia; elaborar lista de autori-dades e representaes de Conselhos e das pessoas a seremconvidadas; vistoriar previamente o local para providenciar ainstalao dos servios de apoio em tempo hbil; verificar ascondies do local com vistas segurana dos participantes eautoridades convidadas; definir previamente as atividades aserem desenvolvidas por cada Diretoria ou Ncleo da PGJ; for-

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    malizar a solicitao da disponibilizao do local e de serviosde copa, ou contratar tais servios, se for o caso; expedir osconvites.k) Preparao de slides ou de qualquer outro material a serapresentado.

    3.1.6 Conduo da Audincia Pblica:

    a) A Presidncia da Audincia Pblica pode ser dirigida/reali-zada:- Pelo Promotor de Justia com atribuio legal para a respec-tiva atuao, salvo eventual delegao na forma da lei, noscasos de ausculta sociedade em torno dos direitos que lheso assegurados nas Constituies Federal e Estadual e nasLeis Orgnicas Municipais;- Pelo Chefe do rgo Ambiental (art. 3 da Resoluo CONA-MA 09/87), nos casos afetos exposio do contedo do Re-latrio de Impacto Ambiental (RIMA), cirao de Unidade deConservao;- Pelo Procurador-Geral de Justia, salvo eventual delegaona forma da lei, nos casos de ausculta da sociedade em tornoda atuao institucional do Ministrio Pblico;- Representante do Poder Executivo Municipal nos casos dediscusso em torno das propostas para elaborao do PlanoDiretor.b) Composio da mesa segunda a lista previamente elabora-da, com possibilidade de alteraes segundo as autoridadespresentes no momento;c) Incio dos trabalhos com abertura formal da Audincia P-blica pelo Presidente dos trabalhos apresentando o caso obje-to da discusso e a pauta a ser cumprida;d) Exposio das questes importantes e dos pontos contro-versos do caso objeto da discusso;e) Palavra aos especialistas, tcnicos ou convidados para aaudincia e inscrio das pessoas presentes.f) Palavra aos presentes, iniciando pelos componentes da mesa,de acordo com prazo previamente estabelecido;g) Lavratura de termo das principais ocorrncias da audincia.Se a audincia for realizada no curso de Inqurito civil ou Pro-cedimento Administrativo o termo dever ser juntado aos res-pectivos autos. O mesmo deve ocorrer se tiver havido grava-o.h) Proceder avaliao da Audincia Pblica atravs de questi-onrio, formulrio entregues s pessoas que se fizeram pre-sentes, sobretudo nas audincias de ausculta da sociedadeem torno da atuao institucional do Ministrio Pblico. Nasdemais, essa avaliao ficar a critrio do respectivo rgo deExecuo.

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    3.1.7 Encerramento da Audincia Pblica:

    a) O Presidente apresenta resumo dos debates e manifesta-es realizadas durante a audincia e anuncia os encaminha-mentos que sero formalizados bem como a forma de divul-gao dos resultados esperados a partir das providncias aserem adotadas.b) Distribuio de formulrio e coleta de dados em torno daopinio dos participantes sobre a Audincia Pblica.c) O Presidente apresenta os agradecimentos aos presentes eaos convidados.

    3.1.8 Procedimentos passveis de acontecer em decorrncia da

    Audincia Pblica realizada, alm de outros que Promotor de Jus-

    tia entender cabveis soluo do caso:

    a) Expedio de ofcios e recomendaes;b) Instaurao de Inqurito Civil, de Procedimento Administra-tivo ou Pea de Informao;c) Requisio de Inqurito Policial;d) Propositura de ao civil pblica, ao penal e/ou de impro-bidade administrativa;e) Arquivamento das investigaes sobre o tema discutido;f) Realizao de compromisso de ajustamento de conduta.g) Avaliao da audincia pblica realizada a partir dos dadoscoletados.

    3.2 Inqurito Civil

    O Inqurito Civil foi criado pela Lei Federal N 7347/85 (Ao civil

    Pblica), est previsto no texto constitucional (art. 129, III). um proce-

    dimento administrativo investigatrio de natureza inquisitorial, instau-

    rado e presidido por membro do Ministrio Pblico. O disciplinamento

    de sua instaurao e tramitao encontra-se na Resoluo CPJ/CE 007/

    2010 c/c as Resolues 23/2007 e 35/2009 do Conselho Nacional do

    Ministrio Pblico (CNMP).

    3.3 Procedimento Administrativo

    Criado pela Lei Federal N 8.625/93 (art. 26, I), presta-se apurar

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    Manual Bsico para a Atuao do Promotor de Justia

    ofensa aos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos, dada

    a saber ao Ministrio Pblico.

    3.4 Pea de Informao

    Criada pela Lei Federal N 7347/85, toda e qualquer notcia docu-

    mentada versando sobre os interesses difusos, coletivos e individuais

    homogneos, encaminhada ao Ministrio Pblico. A Resoluo 23/2007

    do CNMP denomina a Pea de Informao de Procedimento Administra-

    tivo Preparatrio (art. 2 2 a 6).

    Dos instrumentos retro considera-se que o inqurito civil deve ser

    utilizado para os casos de maior complexidade, o procedimento admi-

    nistrativo para os casos de mdia complexidade e a pea de informao

    para os que no apresentam nenhuma complexidade, de vez que j apre-

    senta a maioria dos dados sobre o fato a demandar atuao ministerial

    na tutela dos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos.

    O disciplinamento da instaurao e tramitao do inqurito civil, pro-

    cedimento administrativo e pea de informao encontra-se na Resolu-

    o CPJ/CE 007/2010 c/c as Resolues 23/2007 e 35/2009 do Conse-

    lho Nacional do Ministrio Pblico (CNMP).

    3.5 Recomendao

    Criada pela Lei Federal 9625/93 (art. 26, pargrafo nico, IV), consis-

    te em documento escrito, da lavra do representante do Ministrio Pbli-

    co, dirigido aos rgos e entidades da Administrao Pblica, estadual

    ou municipal, direta ou indireta, requisitando imediata adequao ao

    padro legal que resguarde e/ou efetive a proteo aos interesses difu-

    sos, coletivos e individua