Lei Procuradoria JP

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LEI COMPLEMENTAR N 061, DE 10 DEZEMBRO DE 2010. Dispe sobre a Lei Orgnica da Procuradoria Geral do Municpio de Joo Pessoa, redefinindo sua competncia, ainda do estrutura sobre o Municpio e e organizao, Estatuto d dos outras dispondo

Procuradores providncias.

O PREFEITO DO MUNICPIO DE JOO PESSOA, ESTADO DA PARABA, FAO SABER QUE A CMARA MUNICIPAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR: TTULO I DAS DISPOSIES INICIAIS Art. 1 A Procuradoria Geral do Municpio instituio essencial e responsvel pelo exerccio das funes administrativa e jurisdicional no mbito do Municpio de Joo Pessoa, diretamente vinculada ao Prefeito Municipal, sendo responsvel, em toda sua plenitude, pela defesa de seus interesses judicial e extrajudicialmente, bem como pelas funes de consultoria jurdica e, com exclusividade, de execuo da dvida ativa, orientada pelos princpios da legalidade, moralidade e da indisponibilidade dos interesses pblicos. TTULO II DA COMPETNCIA E DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL CAPTULO I DA COMPETNCIA Art. 2 So funes institucionais da Procuradoria Geral do Municpio, dentre outras: I zelar pelo cumprimento da Constituio Federal, da Constituio do Estado da Paraba e da Lei Orgnica do Municpio de Joo Pessoa, assim como pelos preceitos delas decorrentes;

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II representar judicial e extrajudicialmente o Municpio, promovendo a defesa de seus interesses, em qualquer instncia judicial, nas causas em que for autor, ru, terceiro interveniente ou, por qualquer forma interessado; III efetuar o controle de legalidade da inscrio e da cobrana da dvida ativa; IV analisar a redao de projetos de leis, vetos, justificativas, atos normativos, editais, contratos, convnios, acordos, ajustes e outros documentos similares; V assessorar o Poder Executivo e os rgos da Administrao Direta e Indireta do Municpio em atribuies de natureza consultiva; VI exercer o controle da legalidade e da moralidade dos atos administrativos; VII orientar a administrao pblica acerca dos instrumentos jurdicos hbeis implementao das polticas pblicas; VIII atuar nos processos de licitaes, desapropriaes, alienaes, aquisio, permisso ou concesso de uso e a locao de imveis; IX promover a unificao da jurisprudncia administrativa do municpio; X zelar pela probidade administrativa e exercer funo correicional no mbito da administrao pblica municipal direta e indireta; XI representar os interesses da administrao pblica municipal perante o Tribunal de Contas da Unio e o Tribunal de Contas do Estado; XII orientar processos administrativo-disciplinares no mbito da administrao pblica municipal, emitindo parecer naqueles que devam ser encaminhados deciso final do Prefeito; XIII orientar o procedimento administrativo de indenizao extrajudicial em face de danos decorrentes de atos da administrao pblica municipal; XIV prestar assistncia jurdica aos servidores pblicos municipais, por atos decorrentes de suas funes e tipificados como ilcitos civis e penais, quando no houver conflito com o interesse do ente pblico; XV praticar atos prprios de gesto, administrar os fundos vinculados a Procuradoria Geral do Municpio, expedindo os competentes demonstrativos, adquirir bens e contratar servios, efetuando a respectiva contabilizao;

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XVI ajuizar as medidas judiciais visando a proteo do meio ambiente, patrimnio histrico, artstico-cultural, turstico, finanas pblicas, consumidor, probidade administrativa, alm de outras no interesse do municpio; XVII prestar orientao tcnica e jurdica s assessorias jurdicas das secretarias municipais e dos rgos e entidades da administrao direta e indireta; XVIII manter estgio de estudantes de direito, na forma da legislao pertinente; XIX desenvolver atividades de relevante interesse municipal, das quais especificamente a encarregue o Prefeito Municipal; XX celebrar convnios com rgos semelhantes dos demais municpios que tenham por objetivo a troca de informaes e o exerccio de atividade de interesse comum, bem como o aperfeioamento e a especializao dos Procuradores do Municpio; XXI propor medidas de carter jurdico que visem proteger o patrimnio do municpio ou aperfeioar as prticas administrativas; 1 Os pronunciamentos da Procuradoria Geral do Municpio, nos processos submetidos ao seu exame e parecer, quando homologados pelo Prefeito Municipal, esgotam a apreciao da matria no mbito do Poder Executivo Municipal, tendo carter vinculante e sendo de observncia obrigatria para toda a administrao pblica municipal. 2 A Procuradoria Geral do Municpio dever executar, no prazo mximo de 120 (cento e vinte dias), as certides de dvida ativa e demais ttulos executivos, judiciais ou extrajudiciais, cuja cobrana situe-se no mbito de sua esfera de competncia. 3 Caso os ttulos apresentados no preencham os requisitos mnimos para a sua vlida e efetiva execuo, em face da ausncia de informaes que inviabilizem a propositura da competente ao, compete Procuradoria Geral do Municpio comunicar ao rgo de origem do ttulo, a fim de possibilitar a correo da irregularidade, recomeando a fluir o prazo previsto neste dispositivo a contar da cessao da lacuna.

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4 As autoridades administrativas do Municpio que figurem como coatoras em aes de Mandado de Segurana devero encaminhar Procuradoria Geral do Municpio, no prazo mximo de 72 horas, a contar do encaminhamento da respectiva pea informativa, cpia da petio inicial e das informaes que porventura houverem prestado. CAPTULO II DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Art. 3 A Procuradoria Geral do Municpio goza de autonomia administrativa, com dotaes oramentrias prprias e tem a seguinte estrutura organizacional:I RGOS DE DIREO SUPERIOR: I.I. I.II. I.III. I.IV. Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio; Procurador Geral do Municpio; Procurador Geral Adjunto do Municpio; Corregedor da Procuradoria Geral do Municpio;

II RGOS DE ASSESSORAMENTO: II.I. II.II. II.III. II.IV. Gabinete do Procurador Geral do Municpio; Assistente de Procurador Municipal; Assessor Especial; Assessor de Gabinete do Procurador Geral do Municpio

III RGOS DE ATUAO PROGRAMTICA III.I. III.II. III.III. III.IV. III.V. Procuradoria Judicial; Procuradoria Fiscal; Procuradoria Patrimonial; Procuradoria Administrativa; Procuradoria Consultiva.

IV RGO DE EXECUO IV.I. IV.II. IV.III. Chefe de Diviso de Administrao e Finanas; Chefe de Unidade de Informtica; Centro de Estudos Mrio Moacyr Porto;4

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IV.IV. IV.V. IV.VI. IV.VII.

Chefe da Biblioteca; Chefe da Unidade de Clculos; Chefe de Diviso de arrecadao e cobrana; Chefe de Contabilidade e Finanas;

CAPTULO III DOS RGOS DE DIREO SUPERIOR DO CONSELHO SUPERIOR DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICPIO Art. 4 O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, rgo tcnico e

normativo de deliberao superior, constitudo de sete (07) membros, sendo: I Membros Natos: a) O Procurador Geral do Municpio; b) O Procurador Geral Adjunto do Municpio; c) O Corregedor; d) O Presidente da Associao dos Procuradores do Municpio ou de outra entidade de representao da categoria; II - 02 (dois) membros nomeados pelo Prefeito Municipal para um mandato de 02 (dois) anos, dentre os representantes da carreira de Procurador do Municpio; III 01 (um) membro nomeado pelo Prefeito Municipal para um mandato de 02 (dois) anos, dentre um dos assessores especiais; Pargrafo nico. A cada membro a que se refere os incisos II e III deste artigo, corresponde um suplente, que substituir o membro titular em suas faltas, ausncias e impedimentos e complementar o mandato, em caso de vacncia. Art. 5 O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio reunir-se-,

ordinariamente, uma vez por ms e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Procurador Geral do Municpio ou pela maioria absoluta de seus membros.5

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Pargrafo nico. As disposies do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio sero tomadas pela maioria absoluta de seus membros. Art. 6 Compete ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio: I aprovar o regulamento geral da Procuradoria Geral do Municpio, a ser aprovado mediante Decreto do Prefeito Municipal; II expedir o seu regimento interno; III deliberar sobre as normas que disciplinam a promoo dos integrantes da carreira de procurador municipal; IV organizar, anualmente, as listas de antiguidade e merecimento dos Procuradores Municipais; V processar e julgar as reclamaes e recursos em matria de promoes e ingresso em carreira; VI deliberar sobre a oportunidade de realizao dos concursos para ingresso na carreira de Procurador do Municpio e decidir sobre as inscries, programas e normas regulamentadoras; VII exercer o poder tico-disciplinar relativamente aos membros da Procuradoria Geral do Municpio, na forma regimental; VIII conhecer as representaes dos procuradores do municpio, quando decorrentes do exerccio de atribuies; IX exercitar outras competncias estabelecidas no Regulamento Geral da Procuradoria Geral do Municpio; X dar posse aos Procuradores do Municpio nomeados em virtude de aprovao em concurso pblico; XI constituir a comisso do concurso e as bancas examinadoras para ingresso na carreira de Procurador do Municpio; XII opinar sobre medidas de carter administrativo ou de interesse da categoria, que lhe forem submetidas pelo Procurador Geral;

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XIII sugerir ao Prefeito Municipal, por intermdio do Procurador Geral, a adoo de medidas e providncias necessrias ao bom desempenho dos servios a cargo da Procuradoria Geral; XIV pronunciar-se, previamente, sobre a aposentadoria, demisso, disponibilidade, aproveitamento e reverso de Procuradores do Municpio; XV manifestar-se sobre o afastamento de Procuradores do Municpio do exerccio efetivo das atribuies de seu cargo; XVI votar o seu prprio Regimento, dirimir dvidas sobre a interpretao do mesmo e resolver os casos omissos; XVII editar portarias e resolues DO PROCURADOR GERAL Art. 7 A Procuradoria Geral do Municpio tem como titular o Procurador Geral do

Municpio, nomeado livremente pelo Prefeito Municipal, dentre advogados com comprovado saber jurdico e reputao ilibada, sendo-lhe assegurado subsdio igual ao de Secretrio do Municpio, cabendo-lhe: I orientar, coordenar e supervisionar os servios jurdicos e administrativos da Procuradoria Geral do Municpio; II representar o Municpio em juzo ou fora dele, em qualquer juzo ou instncia, nos casos em que entender conveniente; III receber, pessoalmente, quando no delegar tal atribuio ao Procurador Geral Adjunto, as citaes, intimaes e notificaes relativas a quaisquer aes ajuizadas contra o Municpio, ou em que este seja parte interessada; IV transacionar, firmar acordo e termo de compromisso, desde que previamente autorizado pelo Prefeito; V recomendar ao Prefeito Municipal o ajuizamento de ao direta de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo local; VI delegar competncia ao Procurador Geral Adjunto e aos Procuradores do Municpio;

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VII expedir instrues e provimentos para os servidores da Procuradoria Geral, sobre o exerccio das respectivas funes; VIII propor, a quem for de direito, declarao de nulidade ou anulao de quaisquer atos administrativos manifestamente inconstitucionais ou ilegais; IX assessorar o Prefeito Municipal em assuntos de natureza jurdica de interesse da Administrao Pblica; X submeter ao Prefeito Municipal o expediente que depender de sua deciso; XI apresentar ao Prefeito Municipal, relatrio das atividades da Procuradoria Geral; XII requisitar, com atendimento prioritrio, aos secretrios do Municpio ou dirigentes de rgos ou entidades da administrao direta ou indireta, certides, cpias, exames, diligncias, relatrios, processos ou esclarecimentos necessrios ao exerccio de suas atribuies; XIII requerer ao Prefeito a remoo ou disposio de servidores de outros rgos da Administrao Municipal, para prestarem servios junto Procuradoria Geral; XIV presidir o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio; XV promover a distribuio dos servios entre os diferentes rgos da Procuradoria Geral para elaborao de pareceres e adoo de outras providncias e encaminhar os expedientes para as proposituras ou defesas de aes ou feitos; XVI exarar despacho conclusivo sobre os pareceres e informaes dos Procuradores Municipais nos processos que tramitam pela Procuradoria Geral do Municpio, ordenando, quando for o caso, sua restituio ao rgo de origem; XVII dispor sobre a lotao do pessoal da Procuradoria Geral do Municpio; XVIII conceder licenas, frias, direitos e vantagens, na forma da lei, aos servidores lotados na Procuradoria Geral do Municpio; XIX determinar o registro dos elogios funcionais e aplicar as penalidades disciplinares objeto de deliberao do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, na forma prescrita nesta Lei Complementar; XX instaurar, de ofcio ou por deliberao do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, processos disciplinares referentes s infraes cometidas por Procuradores Municipais e por servidores lotados na Procuradoria Geral do Municpio;8

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XXI elaborar anualmente o relatrio geral das atividades funcionais da Instituio, dando conhecimento ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio; XXII elaborar a proposta oramentrio-financeira da Procuradoria Geral do Municpio; XXIII convocar e presidir as reunies ordinrias e extraordinrias do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, submetendo a sua deliberao os assuntos de maior complexidade e interesse institucional; XXIV cumprir e fazer cumprir as deliberaes do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio; XXV presidir a comisso de concurso para ingresso na carreira de procurador do municpio, podendo tal atribuio ser delegada a procurador municipal; XXVI autorizar a seleo de estagirios; XXVII despachar diretamente com o Prefeito Municipal; XXVIII promover a uniformidade do entendimento das leis aplicveis administrao municipal, prevenindo e dirimindo conflitos de interpretao entre os seus rgos, podendo emitir smulas administrativas e pareceres normativos que tero natureza vinculante perante os rgos e entidades da administrao municipal; XXIX aprovar smula de orientao jurdica, com fora vinculante em matria controvertida, decidida em nica ou ltima instncia pelo Poder Judicirio; XXX - presidir o Comit Gestor do Fundo de Gesto, Desenvolvimento e Modernizao da Procuradoria Geral do Municpio de Joo Pessoa FUNDERM; XXXI - exercer outras atribuies inerentes s funes de seu cargo. DO PROCURADOR GERAL ADJUNTO Art. 8 O Procurador Geral Adjunto ser nomeado livremente pelo Prefeito Municipal, dentre advogados com comprovado saber jurdico e reputao ilibada, sendo-lhe assegurado subsdio igual ao de Secretrio Adjunto do Municpio, incumbindo-lhe: I substituir o Procurador Geral do Municpio, em seus impedimentos, frias, licenas ou afastamentos temporrios;

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II planejar, orientar, dirigir e controlar, em articulao com o Procurador Geral do Municpio, as atividades dos rgos da estrutura organizacional da Procuradoria Geral; III exercer as demais atividades que lhe forem conferidas ou delegadas pelo Procurador Geral.

DA CORREGEDORIA E DA CMARA DE TICA E DISCIPLINA Art. 9 A Corregedoria Geral da Procuradoria Geral do Municpio rgo de ouvidoria, orientao, superviso e inspeo permanente da conduta moral e tico-profissional e controle direto das atividades funcionais dos Procuradores do Municpio e dos servidores lotados na Procuradoria Geral do Municpio. Art. 10. A Corregedoria da Procuradoria Geral do Municpio ser ocupada por Procurador do quadro da carreira da Procuradoria do Municpio, nomeado pelo Prefeito, com comprovado saber jurdico, exemplar comportamento tico e desde que no tenha recebido sanes disciplinares. Art.11. Compete a Corregedoria da Procuradoria Geral do Municpio: I ouvir, dos administrados e das autoridades pblicas em geral, quaisquer reclamaes sobre abusos, irregularidades ou ineficincias a respeito dos servios prestados diretamente ao pblico pelos Procuradores do Municpio e servidores da Procuradoria Geral do Municpio; II avaliar diretamente o desempenho funcional e a forma de conduo dos trabalhos dos Procuradores do Municpio e dos servidores lotados na Procuradoria Geral do Municpio; III analisar os relatrios mensais remetidos, adotando, de imediato, as providncias que se fizerem necessrias; IV realizar visitas peridicas aos conselhos administrativos do Municpio, Juzos Federais, Estaduais e Municipais onde tramitem feitos do interesse da Fazenda Pblica Municipal, para fins de inspeo e correio das atividades desenvolvidas pela Procuradoria Geral do Municpio;10

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V examinar, permanentemente, o funcionamento da Procuradoria Geral do Municpio e os rgos jurdicos a ela vinculados, sugerindo o que for necessrio racionalizao dos servios; VI instaurar, de ofcio, procedimentos administrativos de averiguao contra Procuradores do Municpio e servidores da Procuradoria Geral do Municpio; VII determinar, em ato ou provimento, a providncia a ser tomada ou a corrigenda a ser feita; VIII comunicar ao Procurador Geral do Municpio os fatos relevantes apurados no exerccio de sua competncia; IX requisitar aos rgos da Procuradoria Geral do Municpio os documentos necessrios sua avaliao e correio; X ter integral acesso s dependncias e aos documentos pblicos dos rgos da Procuradoria Geral do Municpio; XI atuar no controle da disciplina devida e manter a fiscalizao da assiduidade, da pontualidade e da eficincia dos trabalhos realizados, adotando ou sugerindo as medidas cabveis; XII cumprir e fazer cumprir as deliberaes do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, no mbito de sua competncia; XIII apresentar, a cada ano ou sempre que necessrio, ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, o relatrio das atividades da Corregedoria Geral, sugerindo as medidas e as providncias que julgar necessrias; XIV acompanhar o estgio probatrio do Procurador do Municpio; XV fiscalizar as atividades dos estagirios da Procuradoria Geral do Municpio; XVI prestar informaes e responder a requisies do Ministrio Pblico e Magistratura; Art. 12. A Cmara de tica e de Disciplina, rgo colegiado de assessoramento

Corregedoria-Geral da Procuradoria Geral do Municpio, organizada e disciplinada em regimento prprio, presidida pelo Corregedor-Geral e composta por mais dois (02) Procuradores do Municpio, efetivos e designados pelo Procurador Geral do Municpio, tem a funo de instruir, recomendar providncias e sugerir solues para os processos administrativos de averiguao de conduta referentes s questes de tica no exerccio da funo pblica e nas questes de disciplina

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que envolvam os integrantes da Procuradoria Geral do Municpio, sugerindo Corregedoria Geral do Municpio a soluo adequada. 1 As resolues da Cmara de tica e de Disciplina somente sero dotadas de efeitos jurdicos aps homologadas pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. 2 A Cmara de tica e de Disciplina promover as audincias e as diligncias necessrias formalizao das concluses a serem encaminhadas s autoridades competentes para decidir sobre tais procedimentos. CAPTULO IV DOS RGOS DE ASSESSORAMENTO DO ASSISTENTE DE PROCURADOR Art. 13. O Assistente de Procurador ser nomeado, em comisso, pelo Prefeito Municipal, dentre advogados com pelo menos 02 anos de prtica forense, com comprovado saber jurdico e reputao ilibada, cabendo-lhe: I assessorar os Procuradores-Chefes do Judicial, Consultivo, Fiscal, Administrativo e Patrimonial; II elaborar pareceres jurdicos, peas processuais e minutas, bem como realizar estudos e pesquisas de interesse do rgo, quando para isso designado pelo Procurador-Chefe; III colaborar com os demais rgos da Procuradoria Geral, quando designado para tal. DO GABINETE DO PROCURADOR GERAL Art. 14. O gabinete do Procurador Geral o rgo incumbido de auxili-lo no exerccio de suas atividades e ser dirigido por um advogado, nomeado, em comisso, pelo Prefeito Municipal, competindo-lhe: I prestar assistncia administrativa ao procurador geral do municpio;12

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II propor a expedio de normas sobre assuntos de sua competncia; III encaminhar ao procurador geral assuntos, processos e correspondncia, cujas solues dependam de sua apreciao; IV preparar o expediente a ser despachado pelo procurador geral; V preparar a agenda do procurador geral, avisando-o, com antecedncia, dos atos e solenidades a que deve comparecer; VI atender as partes que pretendam contato com o procurador geral; VII coordenar e controlar as atividades do gabinete do procurador geral; VIII planejar a execuo de atividades de comunicao social, interna e externa da Procuradoria Geral do Municpio; IX despachar com o procurador geral; X encaminhar aos rgos da procuradoria os processos de sua competncia, aps despacho do procurador geral ou do procurador geral adjunto; XI desempenhar as funes que lhe forem cometidas pelo Procurador Geral DOS ASSESSORES ESPECIAIS Art. 15. Os assessores especiais sero nomeados pelo Prefeito Municipal, dentre

advogados, sendo vinculados ao gabinete do Procurador Geral do Municpio como rgo central de apoio tcnico-cientfico. CAPTULO V DOS RGOS DE ATUAO PROGRAMTICA SEO I DA PROCURADORIA JUDICIAL Art. 16. Compete Procuradoria Judicial: I patrocinar, judicialmente, os interesses do Municpio nas causas mencionadas no art. 2, II, desta Lei, salvo nos feitos de competncia de outros rgos da Procuradoria Geral;13

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II promover aes do Municpio contra a Unio, Estados ou Municpios, bem assim contra quaisquer de suas respectivas entidades da Administrao Indireta e de defend-lo nas que lhe forem movidas, bem como promover aes regressivas contra servidores; III preparar informaes e acompanhar processos de mandados de segurana impetrados contra as autoridades municipais, ressalvadas as hipteses de competncia das Procuradorias Fiscal e Patrimonial. Art. 17. A Procuradoria Judicial ter um Procurador-Chefe, livremente nomeado em

comisso pelo Prefeito Municipal, dentre os procuradores do quadro de carreira da Procuradoria Geral, sendo diretamente subordinado ao Procurador Geral do Municpio. Art. 18. So atribuies do Procurador-Chefe da Procuradoria Judicial do Municpio: I orientar, fiscalizar e distribuir os servios da procuradoria judicial; II atribuir encargos especiais compatveis com suas funes a Procuradores e propor ao Procurador Geral a designao de substitutos em suas frias, licenas e impedimentos; III organizar e encaminhar ao Procurador Geral a escala de frias anuais dos Procuradores e servidores lotados na sua Procuradoria; IV assessorar o Procurador Geral nos assuntos jurdicos afetos sua Procuradoria; V estabelecer critrios da distribuio, em rodzio, entre os Procuradores, de processos, aes ou servios de competncia da Procuradoria Judicial; VI apresentar, no prazo estabelecido pelo Procuradoria Geral, relatrio das atividades da Procuradoria; VII exercer outras atribuies que forem conferidas pelo Procurador Geral.

SEO II DA PROCURADORIA FISCAL14

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Art. 19. Compete Procuradoria Fiscal: I promover a arrecadao judicial da dvida ativa Municpio, de natureza tributria ou no; II representar a Fazenda Pblica Municipal nos processos de inventrio, arrolamento e partilha, arrecadao de bens ausentes e de herana jacente; III defender os interesses da Fazenda Municipal nos Mandados de Segurana relativos a matria fiscal; IV emitir pareceres sobre material fiscal; V representar a Fazenda Municipal em processos ou aes que versem matria financeira, relacionada com a arrecadao tributria; VI realizar trabalhos relacionados com o estudo e a divulgao da legislao fiscal e tributria, atuando em colaborao com o Centro de Estudos MRIO MOACYR PORTO; VII examinar as ordens e sentenas judicirias cujo cumprimento dependa de iniciativa dos Secretrios Receita e Finanas do Municpio, respectivamente. Art. 20. A Procuradoria Fiscal ter um Procurador-Chefe, livremente nomeado em

comisso pelo Prefeito Municipal, dentre os Procuradores do quadro de carreira da Procuradoria Geral, sendo subordinado diretamente ao Procurador Geral do Municpio. Art. 21. So atribuies do Procurador-Chefe da Procuradoria Fiscal. I orientar, fiscalizar e distribuir os servios da Procuradoria Fiscal; II atribuir encargos especiais compatveis com suas funes a Procuradores e propor ao Procurador Geral a designao do substituto em suas frias, licenas e impedimentos; III editar normas sobre servios internos; IV organizar e encaminhar ao Procurador Geral do Municpio a escala de frias anuais dos Procuradores e servidores lotados na sua Procuradoria;15

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V assessorar o Procurador Geral do Municpio nos assuntos jurdicos de natureza tributria; VI estabelecer critrio de distribuio, em rodzio, entre os Procuradores, de processos, aes, ou servios de competncia da Procuradoria Fiscal; VII apresentar no prazo estabelecido pelo Procurador Geral, relatrio das atividades de sua Procuradoria; VIII exercer outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Procurador Geral do Municpio.

SEO III DA PROCURADORIA PATRIMONIAL Art. 22. Compete Procuradoria Patrimonial: I promover a defesa e proteo, em juzo ou fora dele em qualquer instncia: a) dos bens pblicos municipais de uso comum do povo; b) dos bens pblicos municipais destinados a uso especial. II organizar e acompanhar, devidamente autorizada, os processos de desapropriao por interesse social ou utilidade pblica; III funcionar, judicial ou extrajudicialmente, em casos de locao, posse, arrendamento, enfiteuse e/ou compra a venda de bens imveis e semoventes do Municpio; IV prestar assistncia tcnico-jurdica aos atos, fatos ou negcios, cujo preparo diga respeito a bens definidos neste artigo; V dar parecer em processos administrativos sobre assuntos de interesse patrimonial do Municpio;16

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VI manifestar-se nos processos que envolvam matria relacionada com a defesa do meioambiente; VII acompanhar os processos jurdicos de usucapio para os quais o Municpio de Joo Pessoa seja citado; VIII elaborar minutas de contratos e requerer ao Cartrio de Registro de Imveis a inscrio de ttulo relativo a imvel do patrimnio municipal; IX funcionar judicial ou extrajudicialmente, na defesa do Municpio de Joo Pessoa em casos relacionados com quantidades econmicas a ele pertencentes e no aplicados a servio especial, como dinheiro, ttulos de crditos e propriedade imvel que sejam transferidos, a qualquer ttulo, para o municpio; X preparar informaes e acompanhar processos de mandado de segurana relativos a matria patrimonial; XI exercer outras atribuies que lhe forem cometidas pelo Procurador Geral. Art. 23. A Procuradoria Patrimonial ter um Procurador-Chefe, livremente nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal, dentre os Procuradores do quadro de carreira da Procuradoria Geral, sendo diretamente subordinado ao Procurador Geral. Art. 24. So atribuies do Procurador-Chefe da Procuradoria Patrimonial do Municpio: I orientar, fiscalizar e distribuir os servios da Procuradoria Patrimonial; II atribuir encargos especiais compatveis em suas funes a Procuradores e propor ao Procurador Geral a designao de substituto em suas frias, licena e impedimentos; III editar normas sobre servios internos; IV organizar e encaminhar ao Procurador Geral do Municpio a escala de suas frias anuais dos Procuradores Patrimoniais e funcionrios lotados na sua Procuradoria;

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V assessorar o Procurador Geral do Municpio nos assuntos jurdicos de natureza patrimonial; VI estabelecer o critrio de distribuio em rodzio, entre os Procuradores, de processos, aes ou servios da competncia da Procuradoria Patrimonial; VII apresentar, no prazo estabelecido pelo Procurador Geral, relatrio das atividades da Procuradoria; VIII exercer outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Procurador Geral do Municpio. SEO IV DA PROCURADORIA ADMINISTRATIVA Art. 25. Compete Procuradoria Administrativa: I atuar nos processos judiciais que envolvam servidores pblicos, alm dos relativos a contratos administrativos, licitaes, concesses, permisses e cesses; II emitir pareceres sobre as matrias jurdicas elencadas no inciso anterior, submetidas ao exame da Procuradoria Geral pelo Prefeito ou Secretrio do Municpio, ressalvadas as que forem de competncia do Procurador Geral; III atuar nos processos perante os Tribunais de Contas; IV assessorar o Procurador Geral nos assuntos relativos matria de sua competncia; V executar outras atividades correlatas. Art. 26. A Procuradoria Administrativa ter um Procurador-Chefe, livremente nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal, dentre os Procuradores do quadro de carreira da Procuradoria Geral, sendo diretamente subordinado ao Procurador Geral. Art. 27. So atribuies do Procurador-Chefe da Procuradoria Administrativa:18

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I orientar, fiscalizar e distribuir os servios da Procuradoria Administrativa; II editar normas sobre servios internos; III organizar e encaminhar ao Procurador Geral a escala de frias anuais dos Procuradores e servidores da sua Procuradoria; IV estabelecer critrios de distribuio, em rodzio, entre os Procuradores, em processos para emisso de pareceres; V apresentar, no prazo estabelecido pelo Procurador Geral, relatrio das atividades da Procuradoria Administrativa; VI exercer outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Procurador-Geral.

SEO V DA PROCURADORIA CONSULTIVA Art. 28. Compete Procuradoria Consultiva: I emitir pareceres sobre matrias jurdicas submetidas ao exame da Procuradoria Geral pelo Prefeito ou Secretrio do Municpio e pelas entidades representativas de classe, ressalvadas as que forem de competncia do Procurador Geral; II assessorar o Procurador Geral nos assuntos de natureza jurdica; III examinar projetos e autgrafos de lei, decretos, portarias, por solicitao do Prefeito ou Secretrios do Municpio; IV sugerir a adoo das medidas necessrias tendo em vista a pronta adequao das leis e atos normativos da Administrao municipal s regras e princpios constitucionais, bem como s regras e princpios da Lei Orgnica do Municpio;

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V elaborar smulas de seus pareceres, para uniformizar a jurisprudncia administrativa municipal, solucionando as divergncias entre rgos jurdicos da Administrao; VI executar outras atividades correlatas. 1 As consultas formuladas Procuradoria Geral do Municpio devero ser acompanhadas dos autos e instrudas adequadamente com pareceres conclusivos dos rgos jurdicos das respectivas instituies ou rgos interessados. 2 Sero dispensadas as exigncias do pargrafo anterior nas hipteses de comprovada

urgncia ou de impedimento dos interessados do rgo que deveria funcionar, a critrio do Procurador Geral, bem como as formuladas pelo Poder Legislativo Municipal. Art. 29. Os pareceres da Procuradoria Consultiva, aps despacho do Procurador Geral, sero submetidos aprovao do Prefeito Municipal. 1 Se aprovado o parecer, com o respectivo nmero de ordem e o despacho do Prefeito a ele relativo, ser encaminhado para publicao de sua ementa no rgo oficial do Municpio, salvo os reservados. 2. Aps a publicao da ementa no rgo oficial do Municpio, o parecer produzir efeitos normativos em relao aos rgos e entidades da Administrao Pblica Municipal. 3. O reexame de qualquer parecer pela Procuradoria Geral depender de expressa

determinao do Prefeito Municipal, vista de requerimento fundamentado. 4. Quando o parecer concluir por medidas a serem tomadas pelo rgo consulente, estas, aps sua adoo, sero comunicadas por escrito Procuradoria Geral do Municpio. 5. A Procuradoria Geral do Municpio somente emitir parecer sobre matria jurdica de interesse da Administrao Indireta quando por solicitao de qualquer Secretrio do Municpio ou despacho do Prefeito.

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6. Os pareceres proferidos pelos Procuradores do Municpio, nos processos que lhes forem distribudos, podero ser desaprovados, mediante despacho fundamentado do chefe da Procuradoria respectiva ou do Procurador Geral do Municpio. Art. 30. A Procuradoria Consultiva ter um Procurador-Chefe, livremente nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal, dentre os Procuradores do quadro de carreira da Procuradoria Geral, sendo subordinado diretamente ao Procurador Geral do Municpio. Art. 31. So atribuies do Procurador-Chefe da Consultoria: I orientar, fiscalizar e distribuir os servios da Consultoria; II editar normas sobre servios internos; III organizar e encaminhar ao Procurador Geral a escala de frias anuais dos Procuradores e servidores da Consultoria; IV estabelecer critrios de distribuio, em rodzio entre os Procuradores, de processos para emisso de parecer; V apresentar, no prazo estabelecido pelo Procurador Geral, relatrio das atividades da Consultoria; VI exercer outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Procurador Geral.

SEO VI DAS UNIDADES DE REGISTRO E CONTROLE DE FEITOS DAS PROCURADORIAS Art. 32. Compete s Unidades de Registro e Controle de Feitos das Procuradorias: I receber, registrar e controlar a movimentao de documentos e processos judiciais e administrativos, de competncia das respectivas Procuradorias;21

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II manter atualizados os registros e feitos em curso, promovidos ou contestados pelas respectivas Procuradorias; III organizar e manter atualizados os fichrios de acompanhamento de aes, bem como colecionar em acervo, as cpias dos trabalhos elaborados pelos Procuradores; IV manter atualizadas as pastas correspondentes s aes ajuizadas; V prestar informaes s partes, no vedadas em lei e regulamento; VI colaborar na elaborao do relatrio trimestral das respectivas Procuradorias; VII compilar e manter registro atualizado da legislao referente aos assuntos de competncia das respectivas Procuradorias, bem como da jurisprudncia administrativa e judicial; VIII manter atualizado o arquivo de pareceres proferidos pelas respectivas Procuradorias em processos administrativos; IX manter repertrio de jurisprudncia de interesse das respectivas Procuradorias.

CAPTULO VI DOS RGOS DE EXECUO DA CHEFIA DE DIVISO DE ADMINISTRAO E FINANAS Art. 33. As funes administrativas da Procuradoria Geral do Municpio sero executadas pela Chefia de Diviso de Administrao e Finanas, tendo como titular o Chefe de Diviso de Administrao e Finanas, nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal, sendo subordinado diretamente ao Procurador Geral. Art. 34. Compete ao Chefe de Diviso de Administrao e Finanas: I coordenar, orientar, supervisionar e sugerir ao Procurador Geral a elaborao de normas em assuntos da administrao em geral;22

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II assessorar, em assuntos de sua competncia, a administrao superior e os demais rgos da Procuradoria Geral; III executar as atividades-meio da Procuradoria Geral; Pargrafo nico. O funcionamento e as atribuies administrativas dos demais rgos integrantes da Chefia de Diviso de Administrao e Finanas sero definidas em Decreto. CAPTULO VII DO CENTRO DE ESTUDOS MRIO MOACYR PORTO Art. 35. finalidades so: I promover o aperfeioamento intelectual e cultural dos procuradores, assessores e servidores da Procuradoria Geral; II organizar seminrios, cursos, estgios, treinamentos e atividades jurdicas; III divulgar matria doutrinria, legislativa e jurisprudencial de peculiar interesse do municpio; IV elaborar estudos e pesquisar; V promover a elaborao de livros e revistas no mbito jurdico municipal; 1 O Centro de Estudos MRIO MOACYR PORTO ser dirigido por um Procurador do Municpio, nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal. 2 Ao Centro de Estudos ficar vinculada uma biblioteca, cujo diretor ser nomeado em comisso pelo Prefeito Municipal, dentre profissionais da rea de biblioteconomia. CAPTULO VIII DOS RGOS DE ASSESSORAMENTO, PROGRAMTICOS E DE EXECUO23

Fica institudo o Centro de Estudos MRIO MOACYR PORTO, cujas

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Art. 36. Integram a estrutura administrativa da Procuradoria Geral do Municpio unidades em reas de assessoramento, programtica e de execuo, dirigidas e gerenciadas por servidores ocupantes de cargos de provimento em comisso.

TTULO III DO ESTATUTO DOS PROCURADORES DO MUNICPIO CAPTULO IX DA CARREIRA DE PROCURADOR DO MUNICPIO SEO I DAS ATRIBUIES DOS PROCURADORES DO MUNICPIO Art. 37. A carreira de Procurador do Municpio fica estruturada funcionalmente em quatro classes, da seguinte forma: I Procurador do Municpio Classe A (20 cargos) II Procurador do Municpio Classe B (10 cargos) III Procurador do Municpio Classe C (5 cargos) III Procurador do Municpio Classe Especial (5 cargos) Art. 38. So atribuies do cargo de Procurador do Municpio: I defender, judicial ou extrajudicialmente, os interesses do Municpio de Joo Pessoa; II realizar os trabalhos de assessoramento jurdico e de consultoria do interesse do Municpio que lhes sejam submetidos; III participar de comisses, grupos de trabalho e rgos colegiados; IV zelar pelos princpios e funes institucionais; V sugerir a declarao de nulidade de qualquer ato administrativo ou sua revogao;

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VI representar o Municpio nas sociedades de economia mista, empresa pblicas, agncias de fomento ou reguladoras dos servios pblicos, quando designado pelo Procurador Geral do Municpio; VII - requisitar s reparties e s autoridades administrativas do Municpio os esclarecimentos indispensveis ao desempenho de suas atribuies, e, quando se fizer necessrio, propor ou solicitar a requisio de processos e de outros papis ou documentos; VIII denunciar agentes pblicos ao Prefeito e ao Ministrio Pblico, propondo, inclusive, a abertura de processo administrativo e instaurao de ao penal, nos casos de malversao de verbas do errio municipal ou quando da ocorrncia de ato administrativo praticado com excesso de poder ou desvio de finalidade; IX exercer outras atividades inerentes advocacia pblica do Municpio. 1 O Procurador do Municpio no poder eximir-se ou recusar-se a praticar os atos necessrios defesa dos interesses do Municpio, salvo em casos de impedimento declarado ou suspeio justificada. 2 O Procurador do Municpio no poder transigir, confessar, desistir ou acordar em juzo ou fora dele, salvo quando expressamente autorizado pelo Prefeito. 3 vedado ao Procurador do Municpio advogar, assistir ou intervir, ainda que

informalmente, nos processos judiciais ou administrativos que versem sobre matrias contrrias ou conflitantes com os interesses do Municpio. 4 Salvo nas hipteses elencadas nesta Lei Complementar, ao Procurador do Municpio vedado recusar-se a receber processos, judiciais ou administrativos, que lhe sejam distribudos por determinao ou delegao do Procurador Geral do Municpio e do Procurador Geral Adjunto do Municpio, sob pena de responsabilizao funcional, nos termos desta Lei.

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Art. 39. Nos casos em que entender incabveis recursos ou medidas judiciais, o Procurador do Municpio, logo no incio do prazo para tal fim, dever justific-lo por escrito ao Procurador Geral do Municpio.

SEO II DO CONCURSO PBLICO Art. 40. O ingresso na carreira de Procurador do Municpio dar-se-, exclusivamente, no cargo de classe inicial da carreira, mediante aprovao prvia em concurso pblico de provas e ttulos, organizado e realizado pela Procuradoria Geral do Municpio, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil. Pargrafo nico. Verificada a existncia das vagas, aps a autorizao do Prefeito do Municpio, o Procurador Geral do Municpio convocar, no prazo de cinco dias, o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio para elaborao do Regulamento do Concurso e respectivo edital. Art. 41. A Comisso Organizadora do Concurso Pblico elaborar o programa, abrangendo as matrias compreendidas nas reas de atuao da Procuradoria Geral do Municpio. Art. 42. A inscrio para o concurso ficar aberta durante trinta dias contnuos, com edital publicado no rgo de publicao oficial do Municpio, admitindo-se a prorrogao do prazo, a critrio da Comisso Organizadora. 1 A publicao do edital ser feita integralmente ou por extrato e com antecedncia mnima de cinco dias do incio do prazo de inscrio.26

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2 O edital, aps a aprovao de ato pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, mencionar os requisitos exigidos para a inscrio, as condies para o provimento do cargo, o programa de cada matria, as modalidades de provas e a pontuao mnima exigida, os ttulos suscetveis de apresentao e os critrios de sua valorao, o dia e a hora do encerramento da inscrio, bem como outros esclarecimentos relativos ao concurso.

Art.43. So requisitos para a inscrio no concurso de ingresso: I - ser brasileiro; II ser advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil; encontrando-se em situao regular, mediante a exibio de competente certido; III - comprovar quitao ou iseno do servio militar; IV estar em gozo dos direitos polticos e quite com as obrigaes eleitorais; V possuir idoneidade moral e no registrar antecedentes criminais; VI gozar de higidez fsica e mental; VII comprovao de pelo menos 2 anos de prtica forense. 1 A prova de inexistncia de antecedentes criminais ser feita mediante certificado de antecedentes criminais da Justia e da Polcia dos Estados em que o candidato houver residido nos ltimos cinco anos, podendo o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio realizar investigaes sobre a conduta do candidato. 2 O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio poder autorizar a dispensa, no ato da inscrio, da prova de atendimento pelos candidatos dos requisitos exigidos nos incisos V e VI, determinando o momento adequado para sua apresentao. Art. 44. O concurso ser vlido pelo prazo de dois anos, contado da data de homologao, permitida sua prorrogao por igual perodo mediante deliberao do Procurador Geral do Municpio, ouvido o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio.27

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SEO III DA POSSE E DO EXERCCIO Art. 45. Para tomar posse, o Procurador do Municpio dever exibir autoridade competente o ttulo de sua nomeao, o laudo de sanidade fsica e mental, comprovado em inspeo pela Junta Mdica Oficial do Municpio, e a declarao de seus bens, prestando o compromisso em sesso solene do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. Pargrafo nico. No ato da posse, o Procurador do Municpio prestar o seguinte

compromisso: Prometo, no exerccio do cargo de Procurador do Municpio, bem e fielmente, cumprir a Constituio Federal, a Constituio Estadual, a Lei Orgnica do Municpio de Joo Pessoa e a Lei Orgnica da Procuradoria Geral do Municpio, e as demais leis do meu pas, conduzindo-me sob os preceitos da tica e da salvaguarda do interesse pblico. Art. 46. O Procurador do Municpio tomar posse dentro de trinta dias da data da

publicao do ato de nomeao, prorrogveis por mais trinta, a pedido do interessado. 1 competente para receber o compromisso e dar posse aos Procuradores do Municpio o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. 2 A posse poder efetuar-se mediante procurao, em casos especiais, a critrio da autoridade competente. 3 Para fins da posse prevista no cargo de Procurador do Municpio, ser assegurada a

ordem de classificao final obtida no respectivo concurso. Art. 47. O Procurador do Municpio dever entrar em exerccio no prazo de quinze dias da concluso do estgio de adaptao, prorrogvel por igual tempo, havendo motivo de fora maior, reconhecido pelo Procurador Geral do Municpio.

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Pargrafo nico. Se o Procurador do Municpio, no caso de nomeao, deixar de assumir, dentro do prazo, o exerccio do cargo, ser declarado sem efeito o respectivo ato de nomeao.

SEO IV DO ESTGIO DE ADAPTAO Art. 48. Os Procuradores do Municpio, depois de empossados, participaro de estgio de adaptao, pelo perodo de trinta dias, destinado ao treinamento para as funes que iro desempenhar. 1 No perodo do estgio de adaptao, o Procurador do Municpio prestar auxlio nas Procuradorias Especializadas, sob orientao e superviso do Procurador do Municpio Chefe do rgo, sob a coordenao do Procurador Geral Adjunto do Municpio. 2 A programao do estgio poder exigir, como atividade complementar, a participao do Procurador do Municpio em curso ou palestra de atualizao e aperfeioamento funcional. 3 Incumbir ao Chefe da Procuradoria Especializada onde tenha estagiado o Procurador do Municpio encaminhar, no prazo de dez dias da concluso do estgio, Corregedoria-Geral relatrio pormenorizado das atividades e do aproveitamento do estagirio. SEO V DO ESTGIO PROBATRIO

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Art. 49. Nos trs primeiros anos de exerccio no cargo, o Procurador do Municpio ter seu trabalho e sua conduta examinados pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, a fim de que venha a ser, ao trmino desse perodo, confirmado ou no na carreira. Pargrafo nico. Para esse exame, o Corregedor Geral determinar, por meio de ato prprio, aos Procuradores do Municpio em estgio probatrio, que lhe remeta cpias de trabalhos jurdicos apresentados e de relatrio, que lhe remeta cpias de trabalhos jurdicos apresentados e de relatrio e outras peas que possam influir na avaliao do desempenho funcional. Art. 50. O Corregedor Geral, no perodo compreendido entre os trs ltimos meses antes de decorrido o trinio, remeter ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio relatrio circunstanciado sobre a atuao pessoal e funcional dos Procuradores do Municpio em estgio, concluindo, fundamentalmente, pela sua confirmao ou no, com base nos seguintes requisitos: I idoneidade moral; II disciplina; III dedicao ao trabalho; IV eficincia no desempenho das funes. 1 Se a concluso do relatrio for desfavorvel confirmao, o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio ouvir, no prazo de dez dias, o Procurador do Municpio interessado, que exercer o direito de ampla defesa, podendo requerer e assistir sesso de julgamento. 2 Esgotado o prazo, com a defesa ou sem ela, e produzidas as provas requeridas, o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, aps sustentao oral facultada ao Procurador do Municpio interessado, pelo prazo de trinta minutos, decidir pelo voto de dois teros de seus membros, excludo da votao o Corregedor Geral.

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3 O Procurador Geral do Municpio comunicar, no prazo de cinco dias, ao Prefeito a deciso do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio contrria confirmao, para efeito de exonerao do Procurador do Municpio. SEO VI DAS FORMAS DE PROVIMENTO DERIVADO Art. 51. O provimento derivado das vagas verificadas na carreira dos Procuradores do Municpio far-se- mediante promoo, reintegrao e aproveitamento. SUBSEO I DA PROMOO Art. 52. A promoo do Procurador do Municpio consiste em seu acesso classe

imediatamente superior quela em que se encontra. Art. 53. As promoes so processadas pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, segundo os critrios, alternativamente, de antiguidade e de merecimento, a comear pelo primeiro, reservando-se ao segundo, porm, dois teros das vagas existentes. 1 O merecimento dos Procuradores do Municpio para fins de promoo ser apurado levando-se em considerao, especialmente, o perodo de exerccio na carreira, e aferido com a prevalncia de critrios objetivos, tendo-se em conta: I sua pontualidade e dedicao no cumprimento das obrigaes funcionais e das instrues da Procuradoria Geral do Municpio, aquilatadas pelos relatrios de suas atividades; II sua eficincia no desempenho das funes, verificadas por intermdio das referncias dos Chefes dos rgos da Procuradoria Geral do Municpio nas inspees permanentes; III sua presteza e segurana nas informaes processuais; IV sua colaborao ao aperfeioamento dos trabalhos desenvolvidos pela Procuradoria Geral do Municpio;31

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V o aprimoramento de sua cultura jurdica, por meio da participao em cursos de psgraduao e de aperfeioamento, publicao de livros, teses, estudos e artigos, de natureza jurdica, bem como a obteno de prmios relacionados com sua atividade funcional; VI as informaes constantes nos relatrios relativos a visitas de inspeo e correo. 2 A promoo pressupe trs anos de efetivo exerccio na classe de origem. 3 Na aferio da antiguidade, ser levado em conta o tempo de servio em cada classe, contado da data da investidura no cargo. Art. 54. O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, mediante resoluo, baixar as instrues complementares quanto aferio dos critrios explicitados no artigo anterior e estabelecer a pontuao pertinente a cada um deles. Art. 55. Nos processos referentes promoo do Procurador do Municpio, haver parecer prvio do Corregedor Geral, cujos feitos sero examinados e decididos pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, no prazo mximo de dez dias. Art. 56. O Conselho Superior, no exame que fizer, alm de considerar os dados fornecidos pelo Procurador do Municpio, consultar a respectiva ficha funcional, mantida pela Corregedoria Geral, da qual constar: I seus assentamentos individuais; II as ocorrncias de sua vida funcional; III os relatrios mensais e documentos de apresentao obrigatria; IV as apreciaes do Procurador Geral do Municpio, do Corregedor Geral e dos Chefes do rgo de lotao do Procurador do Municpio sobre os relatrios e outros documentos funcionais; V os ttulos que o Procurador do Municpio julgou capazes de atestar seu mrito intelectual e cultural jurdica.32

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Art. 57. O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio publicar resoluo certificando a classificao dos Procuradores do Municpio, na pontuao aferida, para fins de promoo por merecimento. 1 Caber pedido de reconsiderao, dentro de 05 (cinco) dias, do Procurador do

Municpio que se sentir prejudicado quanto aferio dos critrios utilizados. 2 No poder constar da lista de promoo por merecimento o Procurador do Municpio que estiver afastado do exerccio do cargo na Procuradoria Geral do Municpio ou gozando da licena prevista nesta Lei Complementar. 3 Decididas as impugnaes, o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio publicar a relao dos promovidos. SUBSEO II DA REINTEGRAO Art. 58. A reintegrao o retorno do Procurador do Municpio estvel ao cargo

anteriormente ocupado ou ao cargo resultante da transformao deste ltimo, em decorrncia de deciso judicial ou de deciso administrativa resultante de reviso. 1 Achando-se provido o cargo em que foi reintegrado o Procurador do Municpio, o seu ocupante passar disponibilidade remunerada, at posterior aproveitamento. 2 O Procurador do Municpio reintegrado ser submetido inspeo mdica e, se considerado incapaz, ser aposentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito se efetivada a reintegrao SUBSEO III33

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DO APROVEITAMENTO Art. 59. O aproveitamento o retorno do Procurador do Municpio em disponibilidade ao exerccio funcional. 1 Ao retornar atividade, ser o Procurador do Municpio submetido inspeo mdica e, se julgado incapaz, ser aposentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito, se efetivado o seu retorno. 2 O Procurador do Municpio em disponibilidade remunerada continuar sujeito s vedaes constitucionais e ser classificado em quadro especial, provendo-se a vaga que ocorrer. 3 A disponibilidade outorga ao Procurador do Municpio o direito percepo de subsdio e a contagem do tempo de servio como se em exerccio estivesse. SEO VII DA EXONERAO Art. 60. A exonerao do Procurador do Municpio dar-se-: I a pedido; II de oficio. Pargrafo nico. Ao Procurador do Municpio em estgio probatrio sujeito a processo administrativo ou judicial, somente se conceder a exonerao a pedido depois de julgado o processo e cumprida a pena disciplinar eventualmente imposta. SEO VIII DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS DOS PROCURADORES DO MUNICPIO

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Art. 61. Os Procuradores do Municpio gozam das seguintes garantias: I a estabilidade, aps o cumprimento do estgio probatrio de dois anos de exerccio, no podendo perder o cargo, seno por processo administrativo disciplinar ou sentena judicial transitada em julgado; II a irredutibilidade de subsdio, na forma do disposto no art. 37, inciso XV, da Constituio Federal. Art. 62. Constituem prerrogativas dos Procuradores do Municpio: I gozar de inviolabilidade pelas opinies que externam ou pelo teor de suas manifestaes processuais ou em procedimentos; II exercer os direitos relativos liberdade sindical; III requisitar informaes ou diligncias a qualquer rgo pblico municipal; IV obter, sem despesa, a realizao de buscas e o fornecimento de certides dos cartrios ou de quaisquer outras reparties pblicas municipais; V ser custodiado ou recolhido priso domiciliar ou sala especial de Estado Maior, por ordem e disposio do Tribunal competente, quando sujeito priso antes do julgamento final; VI no ser preso seno por ordem judicial escrita, salvo em flagrante delito de crime inafianvel, caso em que a autoridade far, no prazo mximo de vinte e quatro horas, a comunicao e a apresentao do Procurador do Municpio ao Procurador Geral do Municipal; VII ter assegurado o direito de acesso, retificao e complementao dos dados e informaes relativos sua pessoa, existentes no rgo da Instituio; VIII ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inqurito, em dia, hora e local previamente ajustados com o Juiz ou a autoridade competente. Art. 63. Ao Procurador do Municpio ser fornecida carteira de identidade funcional, expedida pela Procuradoria Geral do Municpio, para fins de uso no desempenho de suas atribuies, podendo requisitar das autoridades policiais, de trnsito, fiscais e sanitrias as providncias que se fizerem necessrias ao cumprimento de suas atribuies legais.35

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Art. 64. As garantias e prerrogativas dos Procuradores do Municpio so inerentes ao exerccio de suas funes e so irrenunciveis.

SEO IX DOS DEVERES, VEDAES E IMPEDIMENTOS DOS PROCURADORES DO MUNICPIO SUBSEO I DOS DEVERES Art. 65. So deveres dos Procuradores do Municpio, alm de outros previstos em lei: I manter ilibada a conduta pbica e particular; II zelar pelo prestgio da Justia e da Administrao Pblica, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funes; III indicar os fundamentos jurdicos de seus pronunciamentos processuais; IV obedecer aos prazos processuais, no excedendo, sem justo motivo, os prazos nos servios a seu cargo; V velar pela regularidade e celeridade dos processos em que intervenha; VI assistir os atos judiciais, quando obrigatria ou conveniente a sua presena; VII guardar segredo sobre assunto de carter reservado que conhea em razo do cargo ou funo; VIII declarar-se impedido, nos termos da lei; IX adotar, nos limites de suas atribuies, as providncias cabveis em face de irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos servios a seu cargo;36

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X prestar informao ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, quando solicitada; XI manter atualizados os seus dados pessoais e curriculares junto unidade competente da Procuradoria Geral do Municpio, informando eventuais mudanas no seu endereo residencial; XII representar ao Procurador Geral sobre irregularidades que afetem o bom desempenho de suas atribuies; XIII comparecer s reunies dos rgos colegiados da Instituio a que pertencer; XIV comparecer s reunies dos rgos de execuo que componha; XV praticar os atos de ofcio, cumprir e fazer cumprir as disposies legais, com independncia, serenidade e exatido; XVI identificar-se em suas manifestaes funcionais; XVII acatar, no plano administrativo, as decises do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. SUBSEO II DAS VEDAES Art. 66. Aos Procuradores do Municpio, aplicam-se as seguintes vedaes: I receber dos administrados, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, honorrios ou outras vantagens; II acumular, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de magistrio, na forma da Constituio Federal; III empregar, em suas manifestaes processuais ou extrajudicialmente, mesmo que independente do exerccio de suas funes, por qualquer meio de comunicao, expresso ou termo desrespeitoso Procuradoria Geral do Municpio, Justia, ao Ministrio Pblico, aos advogados, s autoridades constitudas ou Lei, ressalvada a crtica nos autos e em obras tcnicas ou no exerccio do magistrio;

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IV manifestar-se, por qualquer meio de divulgao, sobre assunto pertinente s suas funes, salvo ordem ou autorizao expressa do Procurador Geral do Municpio; V contrariar smula administrativa, parecer normativo ou orientao tcnica adotada pelo Procurador Geral do Municpio.

SUBSEO III DOS IMPEDIMENTOS Art. 67. vedado ao Procurador do Municpio exercer suas funes em processo judicial ou administrativo: I em que seja parte; II em que haja atuado como advogado de qualquer das partes; III em que seja interessado parente consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, inclusive at o terceiro grau, bem como cnjuge ou companheiro; IV nas hipteses da legislao processual. Art. 68. Os procuradores do Municpio devem dar-se por impedidos: I quando hajam proferido parecer favorvel pretenso deduzida em juzo pela parte adversa; II nas hipteses da legislao processual. Pargrafo nico. Nas situaes previstas neste artigo, cumpre que seja dada cincia ao superior hierrquico imediato, em expediente reservado, dos motivos do impedimento, objetivando a designao de substituto.38

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Art. 69. Os Procuradores do Municpio no podem participar de comisso ou banca de concurso, intervir no seu julgamento e participar na organizao de lista para promoo, quando concorrer parente consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, bem como cnjuge ou companheiro.

SEO X DA REMUNERAO, VANTAGENS E DIREITOS SUBSEO I DA REMUNERAO Art. 70. A remunerao dos Procuradores do Municpio constituda por subsdio, fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, no podendo ultrapassar, em nenhuma hiptese, o limite previsto no art. 37, inciso XI, da Constituio Federal, conforme os valores fixados no anexo III desta Lei. Art. 71. O subsdio no exclui o direito percepo, nos termos da legislao e regulamentao especfica, das seguintes espcies remuneratrias: I Ajuda de custo; II Diria; III Gratificao natalina, de acordo com o art. 39, 3, da Constituio Federal; IV Adicional de frias, de acordo com o art. 39, 3, da Constituio Federal. V honorrios de sucumbncia rateado entre os procuradores municipais atravs do Fundo de Gesto, Desenvolvimento e Modernizao da Procuradoria Geral do municpio FUNDERM.

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Pargrafo nico. O disposto no caput deste artigo aplica-se retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento e s parcelas indenizatrias previstas em lei. Art. 72. A remunerao por subsdio aplica-se aos Procuradores do Municpio ativos e inativos, bem como aos pensionistas de Procurador do Municpio, e no poder implicar reduo de remunerao, de proventos e de penses.

SUBSEO II DAS DIRIAS Art. 73. O Procurador do Municpio que, a servio, em carter eventual ou transitrio, afastar-se da sede do seu local de trabalho em que tenha exerccio para outro ponto do territrio municipal ou estadual far jus a passagens e a dirias para cobrir as despesas de hospedagem e de alimentao. 1 A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede. 2 Na hiptese de o Procurador do Municpio retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo de 02 (dois) dias. 3 Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o Procurador do Municpio no far jus a dirias. SEO XI DOS DIREITOS

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Art. 74. Alm da remunerao e das vantagens previstas nesta Lei Complementar, asseguram-se aos Procuradores do Municpio os seguintes direitos: I frias; II licena e afastamento III aposentadoria. Pargrafo nico. O Procurador do Municpio de frias ou licenciado no poder exercer qualquer de suas funes. SUBSEO I DAS FRIAS Art. 75. Os Procuradores do Municpio tero direito a frias anuais, por 30 (dias) dias, que sero concedidas pelo Procurador Geral do Municpio, no prazo de at doze meses aps o perodo aquisitivo. 1 O direito a frias ser adquirido aps o primeiro ano de exerccio. 2 As frias no podero ser fracionadas em perodos inferiores a 30 (trinta) dias e somente podem acumular-se por imperiosa necessidade do servio pelo mximo de dois perodos. SUBSEO II DAS LICENAS Art. 76. Os Procuradores do Municpio tero direito s seguintes licenas: I para tratamento de sade; II por acidente de servio; III por motivo de doena em pessoa da famlia;41

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IV gestante; V paternidade; VI para casamento; VII para aperfeioamento jurdico; VIII para tratar de interesse particular; IX por luto, em virtude de falecimento de pessoa da famlia; X as demais licenas concedidas aos servidores pblicos em geral. 1 As licenas previstas neste artigo sero concedidas sem prejuzo da remunerao do cargo de Procurador do Municpio, salvo disposio legal expressa em contrrio. 2 A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao. 3 As licenas constantes neste artigo sero concedidas pelo Procurador Geral do

Municpio, a requerimento do interessado ou de ofcio, salvo quelas concedidas ao Procurador Geral do Municpio, que sero deferidas pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. Art. 77. A licena prevista no inciso I do art. 76 ser deferida pelo Procurador Geral do Municpio, aps inspeo realizada pela Junta Mdica do Municpio. Art. 78. A licena por acidente em servio, concedida a pedido ou de ofcio, observar as seguintes condies: I configura acidente em servio o dano fsico ou mental que se relacione, mediata ou imediatamente, com as funes exercidas; II equipara-se ao acidente em servio o dano decorrente de agresso no provocada e sofrida no exerccio funcional, bem como o dano sofrido em trnsito a ele pertinente;42

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III dever ser feita no prazo de 10 (dez) dias contados de sua ocorrncia, prorrogvel quando as circunstncias o exigirem. Art. 79. A licena prevista no inciso III do art. 76 ser precedida de exame pela Junta Mdica do Municpio, considerando-se pessoas da famlia o cnjuge ou companheiro, o ascendente, o descendente, o colateral consanguneo ou afim at o segundo grau civil, e respeitar, ainda, as seguintes condies: I somente ser deferida, se a assistncia direta do Procurador do Municpio for indispensvel e no puder ser dada simultaneamente com o exerccio do cargo; II ser concedida sem prejuzo da remunerao ou qualquer direito inerente ao cargo, salvo para contagem de tempo de servio em estgio probatrio, at 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por igual prazo nas mesmas condies, hiptese em que ser considerada como para tratar de interesses particulares. Art. 80. condies: I poder ter incio no primeiro dia do nono ms de gestao, salvo antecipao por prescrio mdica; II no caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto; III no caso de natimorto, decorrido 30 (trinta) dias do evento, a me ser submetida a exame mdico e, julgada apta, reassumir as funes; IV em caso de aborto atestado por mdico oficial, a licena dar-se- por 30 (trinta) dias, a partir da sua ocorrncia. Pargrafo nico. Na adoo ou na obteno de guarda judicial de criana de at 1 (um) A licena gestante, por 180 (cento e oitenta) dias, observar as seguintes

ano de idade, o prazo da licena da adotante ou detentora da guarda ser de 120 (cento e vinte) dias; de criana de 1 (um) at 4 (quatro) anos de idade, a licena ser de 60 (sessenta) dias e, no caso de criana de 4 (quatro) at 8 (oito) anos de idade, a licena de 30 (trinta) dias.

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Art. 81. A licena prevista no inciso V do artigo 76 ser concedida, a requerimento do interessado, pelo nascimento ou a adoo de filho, ao pai ou adotando, at 5 (cinco) dias teis. Art. 82. A licena para casamento ser concedida pelo prazo de 8 (oito) dias, findos os quais dever haver comprovao da celebrao do matrimnio, sob pena de desconto em folha dos dias licenciados e sem prejuzo das penalidades disciplinares cabveis. Art. 83. A licena prevista no inciso VII do artigo 76 ser deferida ao Procurador do Municpio, pelo prazo mximo de 8 (oito) dias, para frequentar palestras, seminrios e cursos de curta durao, nas reas afetas s atribuies do seu cargo, a critrio do Procurador Geral do Municpio, condicionada prvia comprovao do pagamento da respectiva inscrio. Art. 84. A licena prevista no inciso VIII do artigo 76 pode ser concedida ao Procurador do Municpio estvel, pelo prazo de at 2 (dois) anos consecutivos, sem remunerao, observadas as seguintes condies: I poder ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do interessado; II no ser concedida nova licena antes de decorridos 2 (dois) anos do trmino da anterior. Art. 85. A licena prevista no inciso IX do artigo 76 desta Lei Complementar ser deferida pelo prazo de 08 (oito) dias, contado da data do bito, em virtude de falecimento de parente em linha reta, afim ou colateral at o segundo grau do Procurador do Municpio. SUBSEO III DO AFASTAMENTO E DO TEMPO DE SERVIO Art. 86. So considerados como de efetivo exerccio para todos os efeitos legais, exceto para estabilidade, os dias em que o Procurador do Municpio estiver afastado de suas funes em razo:44

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I das licenas previstas na subseo anterior; II de frias; III de cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos, no pas ou no exterior, de durao mxima de dois anos e mediante prvia autorizao do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio; IV de perodo de trnsito; V de disponibilidade remunerada, exceto para promoo; VI de desempenho de funo eletiva ou para concorrer respectiva eleio; VII de cesso a rgo pblico; VIII de convocao para servio militar ou outros servios por lei obrigatrios; IX de outras hipteses definidas em lei. Art. 87. A apurao do tempo de servio ser feita em dias. Art. 88. vedada a acumulao de tempo concorrente ou simultaneamente prestado ao servio pblico. SUBSEO IV DA APOSENTADORIA E DA PENSO Art. 89. O Procurador do Municpio ser aposentado em consonncia com as normas previstas na Constituio Federal e na legislao previdenciria reguladora dessas normas. Art. 90. Os proventos de aposentadoria sero concedidos na forma prevista na Constituio Federal e de acordo com a legislao que disciplina matria. Pargrafo nico. Os proventos dos Procuradores do Municpio sero pagos na mesma ocasio da remunerao dos Procuradores do Municpio em atividade.

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Art. 91.

A penso por morte, igual totalidade da remunerao ou dos proventos

percebidos pelos Procuradores do Municpio em atividade ou inatividade, ser reajustada na mesma data e em proporo daqueles, observado o disposto no 7 do art. 40 da Constituio Federal. Pargrafo nico. A penso obrigatria no impedir a percepo de benefcios decorrentes de contribuio voluntria para qualquer entidade de previdncia. Art. 92. Para os fins desta Subseo, equipara-se esposa a companheira, nos termos da lei. TTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR CAPTULO X DAS DISPOSIES GERAIS SEO I DAS CORREES Art. 93. A atividade funcional dos Procuradores do Municpio est sujeita a: I inspeo permanente; II visita de inspeo; III correio ordinria; IV correio extraordinria. Pargrafo nico. Qualquer pessoa poder reclamar ao Corregedor Geral da Procuradoria Geral do Municpio sobre os abusos, erros ou omisses de Procuradores do Municpio sujeitos correio.

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Art. 94. A inspeo permanente ser procedida pelos Procuradores Chefes dos rgos da Procuradoria Geral do Municpio onde os Procuradores do Municpio estejam lotados. Pargrafo nico. O Corregedor Geral, de ofcio ou vista das informaes enviadas pelos Procuradores Chefes, far aos Procuradores do Municpio oralmente ou por escrito, em carter reservado, as recomendaes ou observaes que julgar cabveis, dando-lhes cincia dos elogios. Art. 95. A correio ordinria ser efetuada anualmente pelo Corregedor Geral, para

verificar a regularidade do servio, a eficincia e a pontualidade com o cumprimento das obrigaes legais e das determinaes da Procuradoria Geral do Municpio e da Corregedoria Geral. Art. 96. A correio extraordinria ser realizada pelo Corregedor Geral, de ofcio, por determinao do Procurador Geral do Municpio ou pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. 1 Concluda a correio, o Corregedor Geral apresentar ao Procurador Geral do

Municpio e ao rgo que houver determinado relatrio circunstanciado, mencionando os fatos observados, as providncias adotadas e propondo as medidas de carter disciplinar ou administrativo que excedam suas atribuies, bem como informando sobre os aspectos da conduta social, intelectual e funcional dos Procuradores do Municpio. 2 Com base nas observaes feitas nas correies, o Corregedor Geral poder editar instrues aos Procuradores do Municpio. Art. 97. Sempre que, em correio ou visita de inspeo, verificar a violao dos deveres impostos aos Procuradores do Municpio, o rgo de correio tomar notas reservadas do que coligir no exame dos autos, livros e papis e das informaes que obtiver.

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Pargrafo nico. Quando, no curso da investigao ou mediante acusao documentada, o rgo de correio verificar possvel infrao disciplinar, comunicar imediatamente ao Corregedor Geral, para o fim de instaurao de sindicncia. SEO II DAS FALTAS E DAS PENALIDADES Art. 98. disciplinares: I advertncia; II censura; III suspenso de at 90 (noventa) dias; IV cassao de disponibilidade remunerada ou aposentadoria. Art. 99. A pena de advertncia ser aplicada reservadamente, por escrito, nos seguintes casos: I negligncia no exerccio de suas funes; II desobedincia s determinaes e s instrues do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio; III prtica de ato reprovvel. Art. 100. A penalidade de censura ser aplicada reservadamente, por escrito, no caso de reincidncia em falta j punida com advertncia. Art. 101. A penalidade de suspenso ser aplicada no caso de violao das proibies estabelecidas ao Procurador do Municpio na Constituio Federal, na Constituio do Estado, na Lei Orgnica do Municpio e nesta Lei Complementar. Os Procuradores do Municpio so passveis das seguintes penalidades

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Art. 102. A penalidade de demisso, enquanto no decorrido o estgio probatrio, ser aplicada nos casos de: I falta grave; II abandono de cargo; III conduta incompatvel com o exerccio do cargo; IV leso aos cofres pblicos, dilapidao do patrimnio pblico ou de bens confiados sua guarda; V sentena condenatria, com trnsito em julgado, pela prtica de crime contra o patrimnio, os costumes, a Administrao e a f pblica, a posse e o trfico de entorpecentes e de abuso de autoridade, quando a pena aplicada for igual ou superior a dois anos. 1 Considera-se abandono de cargo a ausncia do Procurador do Municpio ao exerccio de suas funes, sem causa justificada, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos. 2 Equiparam-se ao abandono de cargo as faltas injustificadas por mais de 60 (sessenta) dias intercalados, no perodo de 12 (doze) meses. 3 Considera-se conduta incompatvel com o exerccio do cargo a reiterao de atos que violem proibio expressamente imposta por este Estatuto, quando j punidos, mais de uma vez, com a penalidade de suspenso. Art. 103. Aplica-se a pena de cassao de aposentadoria ao Procurador do Municpio inativo que houver praticado, quando em atividade ou em disponibilidade, falta sujeita penalidade de demisso. Art. 104. Na aplicao das penalidades disciplinares, considerar-se-o a natureza e a

gravidade da infrao, os danos que dela provierem para o servio e os antecedentes do infrator.

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Pargrafo nico. artigo.

Compete ao Procurador Geral do Municpio aplicar as penalidades

previstas nos I, II, III do artigo 98, e, ao Prefeito, a penalidade prevista no inciso IV do mesmo

Art. 105. Considera-se reincidncia, para os efeitos desta Lei Complementar, a prtica de nova infrao, dentro do prazo de 5 (cinco) anos, aps a cientificao do infrator, do ato que lhe tenha imposto penalidade disciplinar. Art. 106. Ficam assegurados ao Procurador do Municpio a ampla defesa e o contraditrio nos procedimentos disciplinares respectivos. Art. 107. Devero constar do assentamento individual do Procurador do Municpio as penalidades que lhe forem impostas, vedada a sua publicao, exceto no caso de pena de demisso e nas hipteses de revelia. Pargrafo nico. vedado fornecer a terceiros certides relativas s penalidades de advertncia, de censura e de suspenso, salvo para defesa de direito. SEO III DA PRESCRIO Art. 108. Prescrever: I em um ano, a falta punvel com advertncia ou censura; II em dois anos, a falta punvel com suspenso; III em cinco anos, a falta punvel com demisso ou cassao de disponibilidade. Art. 109. A prescrio comea a correr: I no dia em que a Administrao tomar cincia do cometimento da falta;50

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II no dia que tenha cessado a continuidade ou permanncia, nas faltas continuadas ou permanentes. Pargrafo nico. Interrompem a prescrio a instaurao de processo administrativo e a citao para a ao de perda do cargo.

SEO IV DA REABILITAO Art. 110. O Procurador do Municpio que houver sido punido disciplinarmente com

advertncia ou censura poder obter do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio o cancelamento das respectivas notas constantes da sua ficha funcional, decorridos dois anos do trnsito em julgado da deciso administrativa que as aplicou, desde que, nesse perodo, no haja sofrido outra punio disciplinar. CAPTULO XI DO PROCESSO DISCIPLINAR SEO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 111. A apurao das infraes ser feita por sindicncia ou processo administrativo disciplinar, que sero instaurados pelo Corregedor Geral da Procuradoria Geral do Municpio, de ofcio ou mediante representao de qualquer autoridade ou pessoa interessada, assegurado o direito ampla defesa.

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1 As sindicncias e os processos administrativos disciplinares correro em segredo, at a sua deciso final, a ele s tendo acesso o sindicado ou acusado, o seu defensor e os Procuradores do Municpio integrantes da Cmara de tica e de Disciplina. 2 A representao oferecida por pessoa estranha Instituio dever trazer reconhecida a firma do seu autor, sem o que no ser processada. 3 A representao incluir todas as informaes e documentos que possam servir apurao do fato e da sua autoria, sendo liminarmente arquivada, se o fato narrado no constituir, em tese, infrao administrativa ou penal. 4 A autoridade no poder negar-se a receber a representao, desde que devidamente formalizada. 5 Os autos dos procedimentos administrativos sero arquivados na Corregedoria Geral. SEO II DA SINDICNCIA Art. 112. Promover-se- a sindicncia para a apurao de fatos irregulares no servio pblico e tambm como preliminar do processo administrativo disciplinar, quando a medida possa ensejar a aplicao de penalidade disciplinar a Procurador de Municpio. Art. 113. A sindicncia, aps o ato de sua instaurao, ser remetida Cmara de tica e de Disciplina, encarregada do processamento. Art. 114. A sindicncia ter carter inquisitivo e valor meramente informativo, obedecendo a procedimento sumrio, que dever concluir-se no prazo de trinta dias, a contar da instalao dos trabalhos.

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1 O prazo estabelecido neste artigo poder ser prorrogado por mais quinze dias, a critrio do Presidente da Cmara de tica e de Disciplina. 2 Em virtude de seu carter meramente informativo e no comportar o contraditrio ou a necessidade de apresentao de defesa, da sindicncia, no poder resultar nem uma penalidade a servidor. Art. 115. O Presidente da Cmara de tica e de Disciplina proceder s seguintes diligncias: I a instalao dos trabalhos que dever ocorrer no prazo mximo de cinco dias, a contar da cincia do sindicante de sua designao, lavrando-se ata resumida da ocorrncia; II ouvir o sindicado, se houver, e conceder-lhe- o prazo de cinco dias para apresentar justificao, podendo este juntar provas e arrolar at trs testemunhas por cada fato a ser apurado; III no prazo de cinco dias, colher as provas que entender necessrias, ouvindo, a seguir, quando houver, as testemunhas do sindicato. 1 Encerrada a instruo, o Presidente da Cmara de tica e de Disciplina elaborar relatrio conclusivo pelo arquivamento ou pela instaurao de procedimento administrativo e encaminhar os autos ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, que decidir sobre a abertura do processo disciplinar. 2 O parecer que concluir pela instaurao do processo administrativo formular a smula de acusao, que conter a exposio do fato imputado, com todas as suas circunstncias e a capitulao legal da infrao. SEO III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

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Art. 116. A portaria de instaurao de processo administrativo, expedida pelo Corregedor Geral da Procuradoria Geral do Municpio, conter o nome dos integrantes da Cmara de tica e Disciplina, a qualificao do acusado, a exposio circunstanciada dos fatos a ele imputados, a previso legal sancionada e a expressa salvaguarda dos princpios constitucionais do devido processo legal, do contraditrio e da ampla defesa. Art. 117. Durante o processo administrativo, poder o Procurador Geral do Municpio afastar o acusado do exerccio do cargo, sem prejuzo de sua remunerao, pelo prazo mximo de noventa dias. Pargrafo nico. O afastamento no ocorrer, quando o fato imputado corresponder s penas de advertncia ou de censura. Art. 118. O processo administrativo ser presidido pelo Presidente da Cmara de tica e de Disciplina, salvo quando o acusado for o Procurador Geral do Municpio, ocasio em que os autos sero encaminhados ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio. Art. 119. O processo administrativo iniciar-se- dentro de cinco dias aps a expedio da sua portaria de instaurao e dever ser concludo dentro de sessenta dias, prorrogveis por mais trinta dias, a juzo da Cmara de tica e de Disciplina, vista de proposta fundamentada do Presidente. Art. 120. Ao receber a portaria de instaurao do processo, os autos da sindicncia com a smula de acusao ou peas informativas, o Presidente da Cmara de tica e de Disciplina imediatamente convocar os membros para a instalao dos trabalhos, ocasio em que ser compromissado o Secretrio e se far a autuao, deliberar-se- sobre a realizao das provas e diligncias necessrias comprovao dos fatos e de sua autoria, designando-se data para audincia do denunciante, se houver, e do acusado, lavrando-se ata circunstanciada.

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1 O Presidente da Cmara de tica e de Disciplina mandar intimar o denunciante e citar o acusado, com antecedncia mnima de seis dias, com a entrega de cpia de Portaria, do relatrio final da sindicncia, as smulas da acusao e da ata de deliberao. 2 Se o acusado no for encontrado ou furtar-se citao, esta ser feita por AR (Aviso de Recebimento), frustrando-se a efetivao do ato, esta ser feita por Edital, devendo o mesmo ser publicado por 3 (trs) vezes consecutivas no Dirio Oficial do Estado e 1 (uma) vez em jornal de grande circulao do Municpio. 3 Se o acusado no atender citao por edital, ser declarado revel, designando-se, para promover-lhe a defesa, Procurador do Municpio, de classe igual ou superior, o qual no poder escusar-se da incumbncia, sem justo motivo, sob pena de advertncia. 4 O acusado, depois de citado, no poder, sob pena de prosseguir o processo sua revelia, deixar de comparecer, sem justo motivo, aos atos processuais para os quais tenha sido regularmente intimado. 5 A todo tempo, o acusado revel poder constituir defensor, que substituir o Procurador do Municpio designado. 6 Nessa fase, os autos podero ser vistos pelo acusado ou seu procurador em mos do Presidente da Cmara de tica e de Disciplina. 7 Se a autoridade processante verificar que a presena do acusado poder influir no nimo do denunciante ou de testemunha, de modo que prejudique a verdade do depoimento, solicitar a sua retirada, prosseguindo na inquirio com a presena de seu defensor, devendo constar do termo a ocorrncia e os motivos que a determinaram. Art. 121. Aps o interrogatrio, o acusado ter dez dias para apresentar defesa prvia, oferecer provas e requerer a produo de outras, que podero ser indeferidas, se forem55

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impertinentes ou tiverem intuito meramente protelatrio, a critrio do Presidente da Cmara de tica e de Disciplina. Pargrafo nico. No prazo da defesa prvia, os autos ficaro disposio do acusado para consulta, na Secretaria da Comisso, ou podero ser retirados pelo Procurador do Municpio designado como defensor dativo, mediante carga. Art. 122. Findo o prazo, o Presidente designar audincia para inquirio das testemunhas de acusao e da defesa, mandando intim-las, bem como o acusado e seu defensor. 1 Havendo mais de um acusado, cada um poder arrolar at oito testemunhas. 2 Prevendo a impossibilidade de inquirir todas as testemunhas na audincia, o Presidente poder, desde logo, desdobrar a audincia em quantas sesses forem necessrias. 3 A ausncia injustificada do acusado a qualquer ato para o qual haja sido regularmente intimado no obstar sua realizao. 4 Na ausncia ocasional do defensor do acusado, o Presidente da Cmara de tica e de Disciplina designar um defensor dativo, cuja atuao cessar, quando o acusado revel constituir defensor prprio nos autos. Art. 123. Finda a produo da prova testemunhal e na prpria audincia, o Presidente, de ofcio, por proposta de qualquer membro da Comisso ou a requerimento do acusado, determinar a complementao das provas, se necessrio, sanadas as eventuais falhas, no prazo de cinco dias. Art. 124. Encerrada a instruo, o acusado ter cinco dias para oferecer alegaes finais. Art. 125. As testemunhas so obrigadas a comparecer s audincias, quando regularmente intimadas.56

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Art. 126. O acusado e seu defensor devero ser intimados pessoalmente de todos os atos e termos do processo, com antecedncia mnima de cinco dias, quando no o forem em audincia. Art. 127. As testemunhas podero ser inquiridas por todos os integrantes da Comisso, pelo defensor e reinquiridas pelo Presidente. Art. 128. Os atos e termos para os quais no foram fixados prazos sero realizados dentro daqueles que o Presidente determinar, respeitado o limite mximo de trinta dias. Art. 129. Esgotado o prazo para alegaes finais, a Cmara de tica e de Disciplina, em dez dias, apreciar os elementos do processo, apresentando relatrio em que propor justificadamente a absolvio ou a punio do acusado, indicando a pena cabvel e seu fundamento legal. 1 Havendo divergncia nas concluses, ficar constando, no relatrio, o voto de cada membro da Cmara de tica e de Disciplina. 2 Juntado o relatrio, sero os autos remetidos, desde logo, ao rgo julgador. Art. 130. Nos casos em que a Cmara de tica e de Disciplina opinar pela imposio de pena, o rgo julgador decidir no prazo de vinte dias, contado do recebimento dos autos. 1 Se o rgo julgador no se considerar habilitado a decidir, poder converter o

julgamento em diligncia, devolvendo os autos comisso, para os fins que indicar, com o prazo no superior a dez dias. 2 Retornando os autos, o rgo julgador decidir em cinco dias. Art. 131. O Procurador Geral do Municpio, quando o relatrio concluir pela aplicao das penalidades de advertncia ou de censura, ser competente para decidir o processo administrativo disciplinar.57

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Pargrafo nico. Na hiptese de o Procurador Geral do Municpio entender cabvel ao acusado penalidade diversa das referidas no caput deste artigo, remeter os autos que receber ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Municpio para julgamento Art. 132. O acusado, em qualquer caso, ser intimado da deciso pessoalmente ou, se for revel, atravs do Dirio Oficial do Municpio. Art. 133. No ser declarada a nulidade de nenhum ato processual que no houver infludo na apurao da verdade substancial ou na deciso do processo. Art. 134. Aplicam-se subsidiariamente ao processo administrativo disciplinar o Cdigo de Processo Penal e as normas da Lei n 2.380, de 26 de maro de 1979 Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais. SEO IV DOS RECURSOS Art. 135. Os recursos, que tero, sempre, efeito suspensivo, sero conhecidos pelo

Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Municpio, contra deciso: I de estabilidade ou no de Procurador do Municpio; II condenatria em processo administrativo disciplinar; III proferida em reclamao sobre o quadro geral de antiguidade; IV de disponibilidade ou remoo de Procurador do Municpio por motivo de interesse pblico. Art. 136. So irrecorrveis as decises que determinarem a instaurao de sindicncia e os atos de mero expediente.

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Art. 137. O recurso ser interposto pelo acusado ou seu defensor, no prazo de dez dias, contado da intimao da deciso, por petio dirigida ao Procurador Geral do Municpio, e dever conter, desde logo, as razes do recorrente. Art. 138. Recebida a petio, o Procurador Geral do Municpio determinar sua juntada ao processo, se tempestiva, sortear relator e revisor entre os Procuradores do Municpio com assento no Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio e convocar uma reunio deste, no prazo de vinte dias. Pargrafo nico. Nas quarenta e oito horas subsequentes ao sorteio, o processo ser entregue ao relator, que ter prazo de dez dias para elaborar seu relatrio, encaminhando, em seguida, ao revisor, que devolver no prazo de cinco dias ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do Municpio, onde permanecer para exame de seus membros. Art. 139. O julgamento rea